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Director: Ângelo Munguambe|Editor: Egídio Plácido | Maputo, 12 de Agosto de 2021 |Ano XIV | nº 966 50,00MT E Z Sai às quintas ONDE A NAÇÃO SE REENCONTRA AMBEZ Comercial TABELA DE PREÇOS Abertas assinaturas para 2021 MAIS INFORMAÇÕES Cell: (+258) 82 30 73 450 | (+258) 84 56 23 544 Email: [email protected] ZAMBEZE 2.300,00MT 2.900,00MT 4.450,00MT PERÍODO TRIMESTRAL SEMESTRAL ANUAL Assembleia Municipal congela decisão “Piqueiros” sequestradores fora da corporação Purificação das fileiras no SERNIC FADM e aliados não dão tréguas no TON Guerra custa metade das dívidas ocultas Al-Shabaab em debandada Terrorismo em Cabo Delgado Mortos e vivos provocam comichão no município

Terrorismo em Cabo Delgado Purificação das fileiras no

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Director: Ângelo Munguambe|Editor: Egídio Plácido | Maputo, 12 de Agosto de 2021 |Ano XIV | nº 96650,00mt

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O n d e a n a ç ã O S e r e e nc O n t r aambEz

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trimestral semestral aNUal

Assembleia Municipal congela decisão

“Piqueiros” sequestradores

fora da corporação

Purificação das fileiras no SERNIC

FADM e aliados não dão tréguas no TON

Guerra custa metade das

dívidas ocultas

Al-Shabaab em debandada

Terrorismo em Cabo Delgado

Mortos e vivos provocam

comichão no município

| destaques |

FADM com apoio da SADC e Ruanda vasculham terroristas em Cabo Delgado

Mandato é a reposição da ordem e segurançaembora com algum atraso, devido a questões de natureza

logística, a missão militar da Comunidade de desenvolvimen-to da África austral entrou em cena, na última segunda-feira, na dura e árdua missão de combater o extremismo violento na província moçambicana de Cabo delgado. No terreno, as Forças armadas de defesa de moçambique (Fadm) e os ruandeses já tiveram importantes conquistas e o terrorismo está a ficar fragilizado. “O nosso mandato é a reposição da ordem e segurança para que as populações possam viver em paz”, destacou o major-General da Força em estado de aler-ta da sadC, Xolani mankayi.

A SADC entra no campo de batalha um dia depois de as For-

ças de Defesa e Segurança de Moçambique, em coordenação com militares ruandesas, terem recuperado a vila de Mocimboa da Praia, que tinha caído nas mãos dos terroristas há mais de um ano. Vários ataques, inclusive do de Palma, que criou maior agitação interna-cional, terão sido planificados a partir de Mocímboa da Praia, que tinha sido transformado em um califado santuário do terrorismo em Moçambique pese embora as FDS sempre insistiram que o terceiro cen-tro urbano mais importante da província de Cabo Delga-do, esteve sempre controlado.

Aliás, tal como explicaram as autoridades militares mo-çambicanas, todas as estraté-gias de assalto a Mocímboa de Praia foram traçadas coordena-das e executadas pela inteligên-cia militar moçambicana com auxilio da infantaria do Ruanda.

O comandante do Exérci-to, Cristóvão Chume, explicou a TVM que a tomada da vila não resultou em confrontações militares de “grande monta” o que indicia que houve uma re-tirada antecipada dos mesmos, tendo-se registado apenas al-guns tiros nalguns bairros pe-riféricos, por isso não houve números nem de mortos nem de feridos de ambos os lados.

Chume explicou que a equação foi planificada há qua-se três semanas e que permitiu a neutralização de dois postos avançados do inimigo no dis-trito de Mocímboa da Praia, neste caso, Awasse e Diaca.

Para o assalto final, segun-do o dirigente das FADM fo-ram definidos quatro eixos de intervenção simultânea: O pri-meiro seria por via marítima, tendo como objectivo principal a recuperação do porto, e esta missão foi entregue à marinha das FADM. Igualmente por via

marítima, um pelotão de Fuzi-leiros Navais das FADM teve a missão de desembarcar a sul do porto para, por via terrestre, controlar a vila. Estas duas for-ças conseguiram alcançar o seu objectivo logo pelas 7 horas da manhã e a outra pelas 9 horas.

Os outros dois eixos fica-ram a cargo da tropa ruandesa, sendo que um grupo tinha que entrar na vila de Mocímboa da Praia partindo de Palma, ou seja, a norte, e o outro eixo entrou pela parte sul, a partir de Awa-sse. Estas duas equipas conse-guiram alcançar o seu objectivo por volta das 11 horas que era tomar o controlo do Aeroporto.

Várias aldeias atacadas durante a sua fuga

Entretanto, segundo escre-ve a Voz de América (VOA) durante a fuga os terroristas atacaram cinco aldeias e rou-baram bens dos poucos que sobreviveram às suas anterio-res investidas. Segundo a VOA várias casas foram saqueadas e incendiadas, e disparos de metralhadoras foram ouvi-dos em aldeias do noroeste de Mocímboa da Praia e sudeste de Nangade, entre quarta-fei-ra, 4 e sábado. Os terroristas movimentavam-se de motori-

zadas, supostamente em direc-ção à fronteira com a Tanzâ-nia, relataram diversas fontes.

“Na altura em que as for-ças conjuntas estavam a ac-tuar em Awasse e Mocímboa, os insurgentes começaram a actuar (atacar) nas aldeias do nosso distrito de Nangade, como Mandimba, Chacamba (na fronteira com a Tanzâ-

nia), Nune e Quissama” dis-se, à VOA, Salimo Abuba-car, um morador de Nangade.

“Havia deslocados de Mo-címboa da Praia e Palma que não tinham conseguido fugir para outros distritos, mas de-pois desses problemas (no-vos ataques) nas aldeias, os deslocados decidiram aban-donar as aldeias e as matas onde estavam a viver escon-didos” disse Zuneide Usseine.

Neutralização da crueldade do terrorismo

A entrada dos militares da SADC reforça o contingen-te presente no terreno e a sua missão terá uma duração de três meses, diferentemente dos ruandeses que não vão deixar o país até que a situação não seja totalmente controlada. Fa-lando em Pemba, no acto do lançamento oficial da Força em Estado de Alerta da SADC, o comandante da missão militar da SADC, o sul-africano Xola-ni Mankayi, prometeu auxiliar na neutralização da crueldade do terrorismo para a restaura-ção da paz em Cabo Delgado.

“O nosso mandato é a re-posição da ordem e seguran-ça, para que as populações possam viver em paz”, disse.

O comandante assegurou que a missão militar da SADC vai actuar em estreita colabora-ção com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambica-nas e com o contingente mili-tar do Ruanda. Este segundo tem sido essencial nos ganhos registados contra os grupos ar-mados nas últimas semanas.

O contingente militar da

SADC integra as forças de defesa e segurança da Áfri-ca do Sul, Botsuana, Angola, Lesotho e Tanzânia, nas es-pecialidades de forças terres-tres, navais, aéreas, informa-ções, logística, entre outras.

Não há desarticulação entre as forças

Entretanto, o Presidente da República, Filipe Nyusi afas-tou qualquer possibilidade de desarticulação entre as tropas porque tudo está assente para melhor entrosamento e arti-culação entre os contingentes empenhados no teatro opera-cional norte. Nyusi refere que há progressão nas incursões das

tropas conjuntas que culmina-ram com ocupação efectiva do Posto administrativo de Diaka e localidade de Auasse tidas como quartel dos terroristas.

O controlo da vila sede de Mocimboa da Praia e a retoma gradual de circulação entre Mo-cimboa e Palma resulta de acor-do com presidente da bravura e entrega conjunta com vista a de-volver a estabilidade na região.

“O esclarecimento de pro-fundidade na vila sede de palma e ao progresso que cul-minou na desactivação das po-sições avançadas dos terroris-tas nos eixo da zona mais para o norte distritos abrangidos” disse a fonte desafiando as for-ças conjuntas a esclarecer por completo o triângulo Macomia, Quissanga e Auasse e corredor Muidumbe Muiangaleia para além de fechar por completo a linha estratégica de Nangade e consolidar as conquistas já con-seguidas com muita bravura.

A missão ocorre num con-texto em que desde 2017, a província de Cabo-Delgado tem registado actos de violên-cia terrorista cobarde contra indivíduos sem rostos, segundo Filipe Nyusi tais actos provoca-ram a perda de mais 2000 vidas humanas e um drama humani-tário com mais de 800000 des-locados que se viram despoja-das dos seus sonhos e lugares.

O estadista moçambicano fez saber ainda que a violência dilacera o tecido económico--social como também da re-gião e que os ataques terroris-tas no país concretamente na província de Cabo-Delgado, não só chocam em Moçambi-que como também a região, continente e o mundo intei-ro que se tem mobilizado no movimento de repúdio e soli-dariedade ao povo, o que de-monstra que “não estamos so-zinhos na luta que travamos”.

Quinta-feira, 12 de Agosto de 20212 | zambeze

| destaques |

Informação tardia com detalhes interessantes

Bonomade Machude Omar é moçambicano líder do terrorismo

Sobre ISIS-Moçambique Forquilha entende

Os EUA anunciam que Bonomade Machude Omar, também conhecido como Abu Sulayfa Muhammad e Ibn Omar, lidera os Departamentos de Assuntos Militares e Ex-ternos do ISIS-Moçambique e actua como comandante sé-nior e coordenador principal de todos os ataques realizados pelo grupo no norte de Mo-çambique, bem como faci-litador principal e canal de comunicação para o grupo.

O anúncio foi feito pelo Secretário do Estado Norte--Americano, Antony J. Blinken, na última sexta--feira, 6 de Agosto, numa lista que contem 5 líderes de grupos terroristas em Africa.

Uma publicação do Go-verno dos Estados Unidos da América indica que durante o ataque de Março de 2021 a

Palma, Omar liderou um gru-po de combatentes enquanto Abu Yasir Hassan, o líder do ISIS-Moçambique, liderou outro grupo de combatentes, e Omar também liderou o ataque ao Hotel Amarula em Palma. Omar foi responsável por ata-ques na província de Cabo Del-gado, em Moçambique, e na região de Mtwara, na Tanzânia.

Assim, o Governo Norte--Americano impôs um conjun-to de sanções contra os indiví-duos mencionados, incluindo contra entidades que efectuam sanções financeiras com os mesmos. “Todas as proprieda-des e interesses na propriedade desses indivíduos devem ser bloqueados e informados ao Departamento de Controle de Activos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro. Além disso, as pessoas que par-

ticipam de certas transacções com as pessoas designadas hoje podem estar expostas à designação. Além disso, qual-quer instituição financeira es-trangeira que conscientemente facilite uma transacção finan-ceira significativa ou forneça serviços financeiros significa-tivos para as pessoas designa-das hoje pode estar sujeita a contas de correspondente nos EUA ou a pagar por meio de sanções na conta”, lê-se na pu-blicação onde o Governo nor-te-americano anunciam com-promisso em contribuir para a fragilização dos homens que protagonizam ataques armados em Cabo Delgado desde 2017.

“Os Estados Unidos estão empenhados em interromper os métodos de financiamento do ISIS-Moçambique, JNIM e al-Shabaab - todos designados

como Organizações Terroristas Estrangeiras e ODSS - limitan-do suas capacidades de condu-zir novos ataques contra civis e apoiar nossos parceiros nos esforços para interromper fi-nanciamento do terrorismo”, declarou o governo de Wa-shington, realçando a impor-tância do trabalho colaborati-

vo no combate ao terrorismo. “Enfrentar a ameaça terro-

rista em todo o continente exi-girá trabalhar em estreita cola-boração com nossos parceiros para degradar a capacidade e as operações desses grupos terro-ristas, combatendo seu contro-le e influência no oeste, leste e sul da África”, considera.

“Por aquilo que sabemos da capacidade de inteligência dos EUA, a informação é verídica e sua disponibilização deve ser bem aproveitada para a captura do líder do isis em moçambique,” palavras de albino Forquilha, sociólogo e director da FomiCres, segundo o qual, a informação dis-ponibilizada tem um conjunto de aspectos sobre os principais terroristas.

Albino For-quilha ex-plicou que se tais in-fo rmações

tivessem sido disponibilizadas quando dos ataques em Outu-bro de 2017, eventualmente teriam sido evitadas várias situações como o caso do ata-que de Março onde morreram mais de cinquenta jovens e o drama humanitário criado por esta instabilidade terrorista.

“Prosseguido diz que “isto mostra que os EUA nunca ti-veram dificuldades para fa-zer o rastreio dos possíveis terroristas que atacam várias aldeias dos distritos de Cabo--Delgado e porque agora está

sendo disponibilizada infor-mação detalhada sendo que se registam avanços do Ruanda e das FDS, na ocupação de regiões tidas como santuários dos terroristas. Mas isso não descura o facto de que a infor-mação é útil porque permite que o estado moçambicano converse com o comandan-te dos ataques para perceber as reais motivações para tan-tas atrocidades ou capturar”.

A incapacidade de o go-verno combater o terrorismo sempre esteve visível e agora é hora de o estado aproximar--se aos Estados Unidos de modo a ter a real situação e quiçá ter as coordenadas para possível captura do mesmo.

Abílio Forquilha acrescen-ta que é preciso compreender as reais motivações de tantas

rebeliões terroristas em África como Boko Haram, Al Shabab , Isis Moçambique entre ou-

tros focos que ocorrem a nível do continente. O terrorismo não acontece por mera vonta-de. Há motivações que levam aos cidadãos a enveredar por esta via, e uma delas são as desigualdades, má governa-ção e o tratamento diferen-ciado dos cidadãos estes fac-tos, dão campo ao terrorismo.

Os estados da UA devem estudar as causas e tratarem como agendas de governação, só assim poderão reduzir as incursões terroristas porque os conflitos em África facilmen-te são encaixados dentro de outros interesses. Albino For-quilha sublinhou que os ter-roristas que desestabilizaram há algum tempo a província de Cabo-Delgado são jovens moçambicanos na sua maioria.

“A insurgência tem uma causa e encontra parceiros de fora que acabam apoiando por haver também alguns interes-ses. Quero reconhecer que é uma insurgência interna” disse.

O apoio dos países da re-gião e do Ruanda é segundo o presidente uma experiencia sem igual que traduz a determina-ção de enfrentar determinada-mente, o flagelo do terrorismo extirpando do nosso seio de modo a devolver o ambiente

de tranquilidade e estabilidade para o desenvolvimento sócio económico de Moçambique.

A presença de forças é o culminar de uma serie de pro-cedimentos políticos diplomá-ticos que o país vinha encetan-do, no quadro do principio de

segurança colectiva que orienta as nações relações desde cons-tituição como bloco regional.

A acção de concertação não é de hoje, esclarece o presidente a quem remonta desde as lutas que viabilizaram a libertação total da região da SADC do

colonialismo e de regimes mi-noritários, sendo nessa história valorizadas por solidariedade

“O empenho na luta das ameaças terrorismo transna-cional e extremismo violento e esforços energéticos entre as forças da região e Ruanda ao

lado das forças de defesa de Moçambique. Temos confiança que não há lugar a desarticula-ção” admitiu apelando maior ar-ticulação entre as forças obser-vando-se com rigor as faixas de responsabilidades prévias e es-trategicamente definidas” referiu.

zambeze | 3Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

| destaques |

Gastos dos sectores da Defesa e da Segurança e Ordem Pública triplicaram desde 2015

Factura da guerra chega mais cara

A Guerra de Cabo Delgado custou até 2020, pelo menos 64,17 mil milhões de meticais (cerca de Usd1.1 mil milhões) aos cofres do Estado. Os gastos oficiais dos sectores da Defesa e da segurança e ordem pública triplicaram desde 2015, passando de 21 mil milhões de meticais para 62 mil milhões de meticais por ano, revela um estudo publicado esta sema-na pela organização Não Governamental (oNG) Centro de integridade pública (Cip) que acrescenta que nestes valores podem não estar inclusos os cerca de 10 mil milhões de meti-cais que se estima tenham sido gastos com a contratação de empresas militares privadas.

O estudo do CIP toma como base o bolo des-tinado para a

defesa nas contas do Estado en-tre 2015 a 2020 e aponta que há falta de prestação de contas so-bre os gastos militares no geral e com a Guerra em Cabo Delga-do, em particular. “Os moçam-bicanos não sabem quanto cus-ta a Guerra em Cabo Delgado. A fiscalização externa de gas-tos militares é importante para prevenir corrupção, e evitar repetição de casos como o das dívidas ocultas”, pode-se ler no documento que acrescenta que a “Assembleia da República é o órgão central que deve fazer o controlo externo dos gastos mi-litares, mas tem sido fraco no exercício deste papel. A partir dos instrumentos de execução orçamental, como a Conta Ge-ral do Estado (CGE), é possível verificar os gastos dos secto-res de Defesa e Segurança”.

O estudo do CIP revela que em 2017, ano de início do con-flito, o orçamento executado

no sector da Defesa foi de 8,3 mil milhões de meticais, com o peso de 3,4% na despesa total do Estado nesse ano. Quatro anos depois, em 2020, o orça-mento executado para o sec-tor de Defesa foi de 21,16 mil milhões de meticais, com peso de 6,0% na despesa total do Es-tado desse ano. Comparando o orçamento do sector da De-fesa de 2017 e de 2020, mos-tra-se que houve aumento de cerca de 154,94% em 4 anos.

O orçamento do sector da Segurança e Ordem Pública seguiu a mesma trajectória. De uma realização de 21,1 mil milhões de meticais¸ em 2017, passou para 40,68 mil milhões de meticais em 2020, um cres-cimento de 92,8% em quatro anos. O peso do orçamento de segurança e ordem pública na despesa total passou de 8,5% em 2017 para 11,5% em 2020.

“Conforme sugere a teoria e a experiência de outros pa-íses, o aumento do peso dos sectores directamente ligados ao conflito (Defesa e Seguran-ça) foi acompanhado de uma

estagnação, crescimento não significativo e/ou redução do peso do orçamento dos sec-tores sociais na despesa total. Para o caso de Moçambique, o peso do orçamento para o sector da Saúde aumentou apenas 19,7% e na Educação registou-se um crescimento negativo do peso do orçamento ao sector de 10,55%, de 2017 a 2020”, diz aquela ONG.

Informação do governo

Segundo o CIP, de 2017 a 2020 o Governo declarou gas-tos com os sectores de Defesa e Segurança totalizando 170,86 mil milhões de meticais. Este é o valor reportado através da Conta Geral do Estado (CGE) cobrindo os quatro anos.

“No entanto, não é possível distinguir, por falta de detalhe na CGE, deste valor qual foi destinado ao combate ao ter-rorismo e ao extremismo vio-lento na província de Cabo Delgado. Ademais, estima--se que o Governo tenha gas-to, pelo menos, 154 milhões de dólares (correspondentes a cerca de 10 mil milhões de meticais) que não estão re-portados na CGE. Este valor teria sido destinado à contra-tação de empresas militares privadas, à aquisição de equi-pamentos militares e ao trei-namento militar por empresas privadas”, diz a organização.

Num outro desenvolvi-mento, a investigação do CIP

constatou que desde o início do conflito de Cabo Delgado o Governo, através do Minis-tério do Interior (MINT) e do Ministério da Defesa Nacio-nal (MDN), contratou¸ pelo menos, três empresas milita-res de segurança privada para prover homens, equipamento e assistência militar às Forças de Defesa e Segurança (FDS). Os custos da contratação des-tas empresas para os cofres do Estado não são conheci-dos pelos moçambicanos.

A Assembleia da República (AR), segundo o CIP, também não foi informada sobre os gastos do Governo com a con-tratação das empresas militares privadas. No dia 22 de Abril de 2021, o Primeiro-Ministro Carlos Agostinho do Rosário não aceitou prestar declara-ções em plenário da Assem-bleia da República sobre os gastos públicos com o conflito de Cabo Delgado alegando que o assunto “é reservado às For-ças de Defesa e Segurança”.

Igualmente o CIP acres-centa que desconhece-se se as comissões parlamentares especializadas para a fiscali-zação da despesa dos sectores de Defesa e Segurança dis-põem de informação sobre os gastos com a guerra de Cabo Delgado. Se por um lado o investimento público no sec-tor de defesa e segurança com equipamento e treinamento militar é importante para do-tar as forças de capacidades

necessárias para combater os insurgentes e¸ por conseguin-te, repor a segurança e a esta-bilidade nos distritos alvos de ataques, por outro lado há uma justificada preocupação com a falta de informação ao públi-co sobre os gastos do sector.

“A falta de transparência e o excesso de secretismo no sector da Defesa criam con-dições favoráveis à corrupção que, por sua vez, pode com-prometer o alcance de objecti-vos neste sector2. O escândalo das dívidas ocultas pode ser um exemplo fresco de como o secretismo no sector de Defe-sa e Segurança pode favorecer à corrupção”, conclui o CIP.

“A prestação de contas e a transparência relativamente ao orçamento para os gastos com a guerra de Cabo Delgado não deve ser confundida com a divulgação de informação operativa das Forças Arma-das de Defesa de Moçambique (FADM). Em termos do pro-cesso orçamental, os sectores da Defesa e Segurança com-partilham características com outros sectores económicos e sociais. Isto é, estão sujeitos ao mesmo amplo conjunto de regras e procedimentos que são aplicados a outros sectores. Portanto, é essencial dar alta prioridade a princípios como a transparência e a prestação de contas. O orçamento militar não deve ter um tratamento diferen-te do orçamento para os outros sectores”, lê-se no documento.

Quinta-feira, 12 de Agosto de 20214 | zambeze

|dastaques |

“Piqueiros” corruptos expulsos do SERNIC Purificação das fileiras

onze (11) agentes do serviço Nacional de investigação Criminal, afectos a província e cidade de maputo, bem como província de tete, foram expulsos da corporação por envol-vimento em vários tipos de crime desde os raptos, assaltos e associação para delinquir. o porta-voz do serviço Nacional de investigação Criminal (serNiC), leonardo simbine, afirma se tratar de uma acção que tem em vista a purificação das fileiras, pois a postura de um agente da polícia não deve compactuar com o crime.

Leonardo Sim-bine não reve-lou os nomes dos agentes expulsos mas

assegurou que as idades dos mesmos variam entre os 20 há 40 anos e uma experien-cia de 15 anos de serviços e,

“São agentes do serviço na-cional de investigação criminal afectos a instrução criminal que foram expulsos depois de vários processos disciplinares. Não vamos parar por aqui. Exis-te outros passos subsequentes que tem que ver com a ins-tauração do processo-crime”, assegurou Leonardo Simbine

para quem o combate a promis-cuidade no seio da corporação será uma guerra declarada.

Alias, Leonardo Simbine assegurou ainda que a expul-são dos agentes não significa que o fim. Serão monitorados no sentido de se evitar que os mesmos cometam mais crimes.

Magistrado expulsosAinda no sector da justi-

ça, o Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público, reunido na sua 10ª Sessão Ordinária do Plenário, realizada de 21 a 23 de Julho, deliberou aplicar a sanção de Expulsão a um Magistrado com a categoria de Procurador

da República de terceira, por ter detido e solto cidadãos em troca de valores monetários.

Na mesma sessão, foi de-cidido a aplicação da sanção de Multa a dois Magistrados

com a categoria de Procura-dor da República de segunda e de primeira, respectivamente.

O Conselho Superior da Magistratura do Ministério Pú-blico ainda aplicou a sanção

de Expulsão a um Oficial de Justiça, com categoria de Es-crivão de Direito Distrital, por ter recebido valores monetários para facilitar a restituição em liberdade de um arguido preso.

Assembleia Municipal congela preço de morte! Taxas de cemitérios e funerais

A pressão popular resul-tou! A Assembleia Municipal de Maputo decidiu adiar a pu-blicação das posturas sobre cemitérios e funerais enquanto vigorar o estado de calamida-de pública. Recorda-se que a postura sobre os cemitérios e funerais foi demasiadamen-te contestada pelos cidadãos na cidade de Maputo alegan-do tratar se de taxas proibiti-vas para famílias vulneráveis.

Falando esta quarta-feira, em conferência de imprensa, o Presidente da Assembleia Municipal de Maputo, Samuel Mudumela, garantiu que a de-cisão não foi revogada, mas sim foi suspensa a sua publi-cação e consequente entrada em vigor enquanto vigorar o estado de calamidade pública.

O presidente da Assem-bleia Municipal, explicou que para a aprovação da Postura, o órgão teve em consideração que a actual gestão dos cemi-térios municipais impõe uma regulamentação actualizada dos seus serviços que, embora respeitando as tradições locais, introduza inovações de gestão

no contexto da implementação do Plano de Desenvolvimento Municipal da Cidade de Ma-puto, tendo como fim último a satisfação das necessidades e expectativas dos munícipes.

Igualmente, segundo a fon-te, pesou a previsão da introdu-ção de métodos modernos de cremação e de assistência aos munícipes que vai levar ao au-mento do custo dos serviços, por isso, nesta postura foi prevista a actualização de taxas referentes aos serviços a prestar e as tari-

fas e taxas a aplicar, de acor-do com diversos factores que se impõem para a sua fixação.

“De modo a assegurar às famílias sem posses e outros munícipes que vivem em si-tuação de vulnerabilidade, foi prevista a isenção de custos nos funerais a estes grupos. Foi assegurada a manutenção das taxas referentes à concessão de terrenos para jazigos, taxas de tratamento de sepulturas, taxa de inumações em jazigos, entre outros aspectos”, disse a fonte.

Entretanto, Samuel Mudu-mela explicou pelo facto de a Mesa da Assembleia verificar distorção da informação sobre a mesma, no referente à inter-pretação correcta do alcance dos conteúdos constantes da Postura revista, associado à conjuntura causada pela CO-VID-19, a Mesa da Assem-bleia Municipal decidiu “adiar a publicação da Postura revista enquanto durarem os efeitos do período de calamidade pú-blica resultante da COVID-19,

mantendo-se em vigor a Postu-ra anterior, aprovada em 2011 e ainda recomendou ao Con-selho Municipal a dissemina-ção da Postura revista junto aos munícipes e prestar a de-vida e necessária informação relativa às taxas aprovadas”.

Refira-se que as taxas para o valor da reserva de espaço para enterrar um cadáver foram revista de 1500 para 4500 me-ticais. A Chapa de identifica-ção de campas que antes custa-va 100 meticais passa para 400 meticais. O preço de cremação de cadáveres aumenta de 500 meticais para 5000 meticais. Já a exumação de corpos passa de 1000 para 2500 meticais.

Mesmo os revestimentos das campas têm novos preços: A licença de construção de campa em cimento que antes custava 1000 passa para 1500 meticais. Se o acabamento da campa for de mármore, o preço é outro: sobe dos actu-ais 2000 para 3000 meticais. E há quem queira Jazigo, aí o esforço será maior ainda. No lugar de pagar 5000, pas-sa a pagar 10.000 meticais.

zambeze | 5Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

6 | zambeze | opinião |

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Grafismo: NOVOmedia, SARLFotografia: José Matlhombe Revisão: AM

Expansão: Adélio Machaieie (Chefe), Cell: 84-7714280(PBX) 82-307 3450Publicidade: Egídio Plácido Cell: 82-5924246 | 84-7710584 [email protected]ão: Sociedade do Notícias S.A

Editor: Egídio Plácido | Cell: 82 592 4246 ou 84 771 0584(E-mail. [email protected])

Redacção: Ângelo Munguambe, Egídio Plácido, Elton da Graça, Dionildo Tamele, Silvino Miranda

Colunistas: Sheikh Aminuddin Mohamad, Cassamo Lalá

Colaboradores: Kelly Mwenda (Manica), Crizalda Vilanculos, Jordane Nhane

Director: Ângelo Munguambe | Cell: 84 562 3544(E-mail: munguambe2 @hotmail.com

Registado sob o nº 016/GABINFO-DE/2002

Propriedade da NOVOmedia, SARL

D i r e c ç ã o , R e d a c ç ã o M a q u e t i z a ç ã o e A d m i n i s t r a ç ã o : Av. Emília Daússe nº1100 (casa da Educação da Munhuana)

Alto-Maé - Maputo

Cell: 82-307 3450 (PBX)[email protected]

O S e r H u m a n o enfrenta ao longo da sua vida muitas v i c i s s i t u d e s , muitos altos e

baixos, pois por vezes são alegrias, e outras vezes são tristezas.

Da mesma forma, há altos e baixos a nível social e também de países, entristecendo-nos algumas vezes, alegrando-nos outras.

Q u a n d o a s i t u a ç ã o é desagradável, o Ser Humano fica preocupado, tornando-se-lhe difícil manter o ritmo do seu dia-adia.

Muitos outros, os que têm a fé enfraquecida, para se livrarem dessa situação optam por várias medidas, algumas de entre elas, de tão extremadas, são proibidas, pois ao invés de sossego e tranquilidade tal só lhes acarreta mais perturbações, caindo no desespero, e mais grave ainda, alguns acabam por se deixar resvalar para o suicídio.

Contudo, os que acreditam em Deus, nunca se deixam cair no desespero, pois encaram todas as situações, tanto as agradáveis como as adversas, com fé, coragem, esperança e determinação, conscientes de que não há nem constância nem perpetuidade em nenhuma coisa do Mundo. Tudo o que aqui há, um dia terá um fim. A alegria deste Mundo não é perpétua, nem a tristeza nem o poder o são. Um dia tudo isto terá o seu fim.

O crente refugia-se em Deus, e em qualquer caso com se depara, apenas olha para o se Criador. Só desespera quem não confia no seu Senhor. Consta no Qur’án, Cap. 12, Vers. 87:

“Certamente ninguém fica desesperançado da misericórdia de Deus, senão o povo descrente”.

Consta ainda no Cap. 15, Vers. 56:“E quem desespera da misericórdia

de seu Senhor, serão os perdidos”.É verdade que v ivemos

actualmente momentos muito difíceis, de pandemia e outras doenças, mas não devemos ficar desanimados. Temos que nos compenetrar que a situação se pode reverter para o melhor. Depois de observarmos todas as medidas de precaução devemo-nos virar para o nosso Criador e humilharmo-nos perante Ele, convictos de que depois de cada tristeza e dor, virá a alegria e o conforto.

Consta no Qur’án, Cap. 27, Vers. 62:“Quem atende quando o aflito

O chama e remove (dele) o mal e vos faz sucessores na Terra? Acaso há alguma divindade (comparável) com Deus? Pouco é o que reflectis”.

Acabamos de entrar no Novo Ano – 1443 - do calendário isslâmico, e na história de cada povo, quando ocorre algum evento, seja ele alegre ou triste, esse povo nunca o esquece. Aliás, tentam mantê-lo vivo para sempre de uma ou de outra forma, sendo esse dia sempre recordado.

Da mesma mane i r a , o s muçulmanos iniciam o seu ano isslâmico com o evento de “Hijra” (Migração), mantendo-o vivo na sua memória até hoje. E bem merece ser recordado, pois envolve dentro de si inúmeros factos históricos.

A migração é um fenómeno natural, pois até os animais migram. Uma visita aos anais da história permite encontrar vários episódios que envolvem a migração humana de grupos ou povos, algumas delas difíceis de apagar da história, e outras de que já não existe qualquer vestígio.

A Migração (Hijra) do Profeta Muhammad (S.A.W.) é das que não podem ser apagadas, pois todos, amigos ou inimigos, conhecem-na já que a mesma não foi com

o objectivo do procurar por uma vida melhor. Foi sim uma migração forçada de um grupo de muçulmanos por si liderados, que tinha por objectivo proteger a sua religião e elevar bem alto a palavra de Deus. Contrariamente, as outras migrações foram-no por opção, em busca de melhores condições de vida.

Quando na Era de Ummar Ibn El-Khataab (R.T.A.), segundo khalifa, os seus companheiros discutiam sobre qual seria o ponto de partida na contagem do calendário, alguns de entre eles sugeriram que deveria ser a partir do nascimento do Profeta Muhammad (S.A.W.), à semelhança do calendário gregoriano que tem como início o nascimento de Jesus Cristo, enquanto outros sugeriam que tivesse como início a data da revelação divina dos primeiros versículos qur’ánicos ao Profeta. Outros sugeriam como início a data da conquista da cidade de Makkah, e outros ainda sugeriam que tivesse como início a data da última Peregrinação do Profeta (Peregrinação de Despedida), etc.

Não tendo havido unanimidade nas sugestões adiantadas, optou-se pela adopção da data em que teve início um evento de extrema importância na História do Isslam: a migração do Profeta (S.A.W.) com o seu grupo, da cidade de Makkah para a cidade de Madina. A partir dessa altura o calendário isslâmico, que é lunar, passou a ser conhecido por “Hijra”.

A razão para a adoção do calendário “Hijra” prende-se ao sucesso da reimplantação do Isslam, à entrega inequívoca do Profeta Muhammad (S.A.W.) na missão que lhe foi confiada por Deus, e porque não, também do esforço a que muitos dos seus discípulos se entregaram.

Quando o Profeta e seus

companheiros viviam em Makkah, foram humilhados, perseguidos, torturados e massacrados. Muitos de entre os companheiros foram alvo de tentativa de assassinato. Enfrentaram tudo isso com paciência e determinação ao longo de um período de 13 (treze) anos, mas depois que migraram a sua situação alterou por completo, e todo o esforço dos descrentes com vista a impedi-los de praticarem livremente a sua religião foi em vão.

Na cidade de Madina formou-se o primeiro governo isslâmico, edificou-se a primeira mesquita, estabeleceram-se princípios de justiça, igualdade, ajuda mútua, etc. Foram implantadas as bases para uma sociedade justa e saudável, o que resultou na expansão do Isslam, fazendo-se chegar a sua mensagem a todos os cantos do Mundo.

Depois que se chegou a acordo quanto ao ponto de partida para a adopção do calendário, passou-se então para a escolha do primeiro mês do ano. Concluiu-se que deveriam adoptar como primeiro mês do ano, o mês de Muharram, já que foi nesse mês que o Profeta (S.A.W.) tomou a decisão de migrar, não obstante tal tenha ocorrido no mês seguinte: Saffar, dia 27. Portanto, Muharram é o primeiro mês do ano no calendário lunar isslâmico, baseado no evento de “Hijra” que teve como elemento principal, Muhammad (S.A.W.).

Muharram, que significa “proibido”, é um dos meses declarados sagrados, desde que Deus criou os Céus e a Terra.

A sua santidade não tem a ver com o episódio de Imaam Hussein, neto do Profeta, pois antes desse avento Deus havia já declarado este mês, sagrado. Aliás, antes

mesmo do assassinato do Imaam Hussein, havia já sido assassinada uma outra figura de proa do Isslam, Ummar Ibn Al-Khataab (R.T.A.), que foi o segundo khalifa. Portanto, para além do jejum facultativo, não há recomendação nenhuma para qualquer outra comemoração ne s t e mês .

O Profeta Muhammad (S.A.W.) disse: “Eu tenho esperança em Deus, que por se jejuar no dia de Ãshura (10 de Muharram), Ele perdoou os pecados de um ano passado”. (Musslim)

Portanto, é recomendável que se jejue no dia 9 e 10 de Muharram.

Antes da ins t i tu ição do mês de Ramadhaan, o jejum de Ãshura era compulsório.

Quando se inicia um novo ano, os que exercem alguma actividade produtiva, seja na agricultura, na indústria, ou em qualquer outra actividade, habitualmente fazem o balanço do seu exercício económico, para aferirem dos resultados obtidos, se tiveram lucro ou prejuízo. Analogamente, cada um de nós deve analisar a sua situação em relação ao seu Senhor, se está a cumprir com as suas obrigações, ou se se está afastando d’Ele.

E assim terminamos mais um ano da nossa vida, portanto menos um ano na vida de cada um de nós, pelo que é necessário implorar por perdão pelas falhas e pecados cometidos, e começar o Novo Ano com mais determinação.

Tudo o que foi, pode ser recuperado, menos o tempo, pois tempo é vida.

Para terminar, gostaria de desejar a todos os irmãos muçulmanos Um Novo Ano Feliz, com maior proximidade à Deus, e maior distanciamento em relação à Satanás.

AlmAdinA Sheikh Aminuddin Mohamad

Ano novo – não percamos a esperança!

Conselho de AdministraçãoArminda Janfar

Quinta-feira, 12 de Agosto de 20216 | zambeze

zambeze | 7

Evolução política desde a queda do Muro de Berlim

| opinião |

Fabião Carrapau

A queda do Muro de Berlim, em Novembro de 1989, foi um acontecimento

importante na história mundial e um dos episódios mais extraordinários da história moderna, que marcou não apenas o fim da chamada “ Cortina de Ferro”, mas também o fim da União Soviética, como a conhecíamos e o sistema comunista, além de ser o início do fim da “ Guerra Fria”, que se impôs praticamente após a Segunda Guerra Mundial, entre os dois blocos, a União Soviética com seus países satélites e seu totalitarismo comuni s t a e o s Es tados Unidos e os países ocidentais, l ibe ra i s e democrá t icos .

Onze meses após a queda do Muro de Berlim, ocorreu a unificação da Alemanha, apesar das pressões contra, da então Primera Ministra do Reino Unido, Margarete Thatcher, e do Presidente da França, François Mitterrand.

Foi o colapso da URSS e deu lugar à configuração de uma nova Europa, que garantiu a independência das três repúblicas bálticas, Estonia, Letonia e Lituania, viu o nascimento de novos estados, a República Tcheca e a Eslováquia e a Iugoslávia desapareceu, criando novos países, entre outros movimentos de liberdade em países como Hungria e Polonia. A União Europeia expandiu-se para até as fronteiras da Rússia.

A queda do Muro de Berlim, além de marcar o fim da União Soviética e do comunismo tal como o conhecíamos, da mesma forma, o socialismo também perdeu o suo antigo discurso sem encontrar novas referências onde apoiar a sua ideologia ou discurso, o que os fez perder grande parte da sua influência política e social, principalmente na Europa.

Anos após este evento é o fim da Guerra Fria, novas esperanças de paz foram criadas no mundo, que infelizmente não se confirmaram porque

os confrontos armados e o terrorismo continuam em muitos países. Paralelamente, deu-se início a um movimento político, económico, tecnológico e social, que chamamos de “ Globalização “ baseado, entre outros factores, na revolução da comunicação e da informação, originado e baseado na cultura ocidental. A Globalização visa uma economia de mercado mundial, bem como uma sociedade de consumo, onde as empresas multinacionais tenham maior vantagem, em detr imento das pequenas empresas e dos países menos desenvolvidos economicamente.

Nos últimos anos, novos p a r t i d o s p o p u l i s t a s d e esquerda surgiram na esfera po l í t i ca , ap rove i tando a crise económica e social de 2008 que afectou milhões de pessoas, baseando seu novo discurso em dogmas e propostas irrealistas e demagógicas, além de direccionar seus discursos à propaganda feminista, à comunidade Gay (LGTBI) e ao ecológico, a fim de atrair os mais

desencantados simpatizantes socialistas extremistas, embora com mais publicidade na mídia do que resultados políticos.

Os meios de comunicação clássicos, especialmente a imprensa escrita, perdem parte de sua influência social, se comparados às televisões e às novas tecnologias via Web e Internet, mensagens pelo celular e as chamadas redes sociais, massificando a comunicação sem por enquanto não há nenhum tipo de controle, que é permitir a divulgação de notícias falsas, informações distorcidas e fofocas” de interesse pessoal ou de grupo. A falta de controle e responsabilidade sobre as questões publicadas ou veiculadas pelos órgãos responsáveis,

por não haver uma norma ética e de responsabilidade, como em outras mídias o ou publicações, deixa o cidadão em situação de vulnerabilidade, pois recebe a notícia de uma forma, poderíamos dizer já pensada, que facilitam a sua aceitação pelos cidadãos, destinam-se a que o leitor ou receptor da

notícia não pense se é verdade ou mentira, destina-se apenas a ser aceite e a influenciar com a mensagem na direcção que interessa ao autor ou emissor das notícias.

No que diz respeito à política, os diferentes governos perderam a capacidade de reagir, pois as acções que se decidem no âmbito dos ditos “ politicamente correctos” em muitos casos são tomadas para evitar a tomada de decisões correctas, que podem ser impopulares, mas essenciais para o futuro do país e de seus cidadãos. O aparecimento de um pequeno grupo de bilionários, como George Soros ou Bill Gates entre outros, que através de suas múltiplas ONG’s e de suos meios de comunicação e financeiros, estão direccionando seus interesses nos meios políticos e nas sociedades. É una nova faceta de políticos, políticos que no foram eleitos pelos cidadãos em nenhuma eleição, mas que estão influenciando de forma relevante na política e na vida dos cidadãos por meio de suas ONG’s e da midia.

Sou um Cidadão Nacional q u e t a m b é m l u t a p a r a o desenvolvimento deste nosso país, sou empreendedor, intervenho em várias áreas económicas de que não há necessidade de fazer referências as referidas áreas

Sucede entretanto de que tenho um processo em curso, neste momento no Tribunal Superior de Recurso da Cidade da Beira como resultado de uma reclamação de uma sentença transitada em julgado na 4ª Secção Civil do Tribunal Provincial de Manica, a forma como o rito processual está seguindo é o resultado que me faz dirigir esta carta para que outros olhos do conhecimento jurídico possam dar a sua opinião, dado que sou formado e licenciado numa outra área de formação, tudo como forma de pedir socorro pela novela perpetrada pelo referido Tribunal Províncial de Manica:

1. Fui condenado pelo referido Tribunal da Província de Manica, pela forma suspeita de que o rito processual correu, interpus um recurso ao Tribunal Superior de Recurso da Cidade da Beira;

2. C o m a r e f e r i d a interposição do Recurso para o Tribunal imediatamente Superior, o Tribunal da Província na referida secção indeferiu o recurso com alegações que até eu como não jurista julguei infundadas, de imediato foi interposta uma reclamação por retenção do recurso, esta que foi admitida;

3. Admitida a reclamação em Abril do ano corrente, a mesma deu entrada no Tribunal de Recurso da Cidade da Beira em Maio deste mesmo ano;

4. Já no Tribunal de Recurso da Cidade da Beira, de forma surpreendente fui notificado da execução da sentença por via de

uma carta precatória, notificação essa vinda da 9ª Seccao Civil do Tribunal da Cidade de Maputo, não deixar de referir de que o processo de execução da sentença vem assinado como Patrono o próprio Exequente e não o seu Advogado;

5. Não só, mesmo antes da notificação acima aludida, foi congelada a minha conta no Bancopor uma nota do Tribunal da Provincial de Manica enviada ao Banco, e julguei isto muito estranho;

Com todo esse andamento do processo, sucedeu que pessoalmente tive que me deslocar a Chimoio e encontrei o meu camião, este que foi arrolado numa providência e antes mesmo da acção principal ser submetida, esta que culminou com a sentença de condenação, cujo o mesmo continua em curso já no Tribunal Superior. O referido camião está já em circulação na Província de Manica com o Autor

da acção cerca de quatro meses;Com toda a resenha histórica

do rito processual em causa, daqui vem a minha inquietação em querer saber dos conhecedores e m m a t é r i a d e D i r e i t o :

a) SERÁ QUE O PROCESSO DE EXECUÇÃO EM CAUSA É LEGITIMO?

b) SERÁ QUE O MEU CAMIÃO JÁ PODE ESTAR EM CIRCULAÇÃO COM O AUTOR DO PROCESSO?

c) SERÁ QUE HAVIA NECESSIDADE DE UMA CARTA PRECATÕRIA DIRIGIDA PARA O TRIBUNAL DA CIDADE DE MAPUTO DADO QUE TENHO UM DOS ADVOGADOS NO PROCESSO ESTÁ DOMICILIADO EM CHIMOIO?

d) SERÁ QUE O PROCESSO DE EXECUÇÃO PODE SER ASSINADO

PELO PUNHO DO PRÓPRIO EXEQUENTE E NÃO DO SEU ADVOGADO?

e) SERÁ QUE COM O ESTÁGIO PRESENTE DO PROCESSO NO TRIBUNAL SUPERIOR DE RECURSO DA CIDADE DA BEIRA, PODE O TRIBUNAL FAZER UMA NOTA PARA CONGELAR A MINHA CONTA?

Dadas as inquietações acima referidas, embora saiba que o Tribunal Superior de Recurso vai poder dar o melhor encaminhamento processual, como cidadão que nada percebe de Direito, por iniciativa pessoal decide endereçar esta carta aos jornais em jeito de grito de socorro, POR FAVOR ME ACUDAM…….

Maputo aos 10 de Agosto de 2021

Assinatura_______________

ANÓNIMO

Carta Dirigida ao Jornal ZambezeExcelências

zambeze | 7Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

| opinião || opinião || opinião |

Comercial

Era segunda-feira de manhã, dia 2.8.2021!... Acorda-mos cedo e dirigi-mo-nos calmamente

para o Posto de Vacinação do “Parque de Continuadores de Moçambique”, situado, como se sabe naquela pista que é conhecido mundialmente, por ser lá onde Stélio Craveirinha, depois da descoberta pelo poeta-mor José Craveirinha, na Lurdes Maria Mu-tola, (menina do Chamanculo) essa grande vencedora de prémios até as medalhas nos jogos Olímpicos, apos-tou nos treinos, fazendo dela “cam-peã” mundial, pois, ganhava a quase totalidade de todas as competições.

Chegamos depois das 9 horas e lá estava o ministro moçambicano de Saúde, Professor Doutor Armin-do Tiago, numa visita relâmpago (para ver o pulsar da campanha) …

O ministro estava já a dialogar com munícipes do Bairro da Polana Ci-mento, maioritariamente, naquele dia histórico 4.8.21, data em que iniciou a vacinação massiva do COVID-19, esse “bicho” que arrasou as economias de todo mundo, mas nem com isso al-guns dizem: “eu não vou vacinar…”

É arrogância da “democracia”, quando sabemos como afirmou o Pre-sidente da República, Filipe Jacinto NYUSI, na Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, já no dia 4 de Agosto, durante o lançamento da cam-panha nacional de vacinação em mas-sa do COVID-19, que Moçambique gasta “muito dinheiro” para aquisição da vacinas, mas a alguns moçambica-nos teve que pedir favor, para irem aos postos para se vacinar – prorrogando--se o prazo – com risco de se deitar fora milhares de doze, por não terem ido no prazo indicado para a 2ª dose.

Muitos acreditam naquelas menti-ras que são sacrificadas nos whatsaps de que a vacina faz mal e o presidente questiona se são cientistas, porque não nos ajudam a salvar mortes? – foi essa a ideia central do Presidente da Repú-blica, Filipe NYUSI, no discurso que, em nosso modesto entender deveria o ministério da Saúde solicitar patro-cínio para ser editado e reproduzido não só em português, mas nas de-mais línguas nacionais: com destaque para swaili, emakua e língua tsonga.

Esse discurso traduzido e divul-

gado em línguas nacionais através dos emissores provinciais e rádios comunitárias, teria maior abrangên-cia, porque há muito desinformação (ela chega muito longe). É que o su-cesso da vacinação de pende do que os moçambicanos devem “acatar” …

Parece aquela de que o Presidente deveria esperar a reunião dos nossos parlamentares para pedir o apoio para defender o terrorismo em cabo Delga-do. Isso dá para dizer a alguns “ilumi-nados” que estão em cadeiras com ar condicionado, na Av. 24 de Julho, a tal da “Escolinha de Barrulho” que: VAI PARA TROPA MALANDRO!...

Alguma vez sabem essa “malta” o que é estar sobre fogo cruzado, em Awasse?Há que ser patriota: (Depu-tados patriotas, jornalistas patriotas, analistas patriotas, académicos patrio-tas, etc.) valorizando, os esforços, a dedicação e tenacidades desses valo-rosos combatentes (jovens nacionais) e internacionalistas que vem ajudar a debelar a maior agressão de que está sendo vítima a “Pátria Amada”, por ter petróleo ou gás em Cabo Delgado.

É segunda-feira da manhã! O ministro Armindo Tiago, telefonou para os responsáveis e o Posto só vi-ria a funcional quase 11 horas, com os munícipes à espera das 8 horas. Tal era tamanhã decepção. Valeu a destreza de Armindo Tiago que orga-nizou as filas e pôs uma funcionária que com ele trabalhou quando era vice-Reitor da UEM, que depois da chegada das funcionárias tinha meio caminho andado, com lista a ser pre-enchida. Funcionária que vinha re-ceber a vacina, Tiago pôs a ajudar…

Como que por ironia do destino do Posto de Vacinação do “Parque de Continuadores”, o ministro de Saúde chegou depois das 10 horas na Quarta-feira, 4.8.2021 e viu as-mazelas que havia na Tribuna do Campo, onde os profissionais pre-tendiam com todos aglomerados (já ninguém respeitava o distancia-mento), porque o pessoal destacado só chegou ao local às 9.20 – com 1º grupo das 8 horas presente ao qual se juntou o 2º grupo das 9 horas e já das 10 horas iria começar a chegar.

Depois do ministro Tiago ter dito que “como nós crescemos nas bichas”, vamos por grupos: das 8 horas para um lado, das 9 horas para

outro e das 10 fazem outra fila.Dada a orientação acabamos

por sair dos assentos das Bancadas para de novo para o pátio, depois da funcionária enviada pelo mi-nistro ter distribuído novas senhas.

Pessoalmente fui vaci-nado e entendo perfeitamen-te as mazelas do primeiro dia.

Enaltecemos aqui o pragma-tismo do ministro moçambicano de Saúde, Professor Doutor Ar-

mindo Tiago, pela forma prag-mática que dirige as sua “Equipa da Linha da Frente”, aproveitan-do apelar aos moçambicanos, tal como já o fez o Presidente da Re-pública de Moçambique, para fa-cilitar a missão dos trabalhadores da Saúde, apelando a estes para que sejam TAMBÉM pontuais.

N.A. – Já no regresso à casa verificamos que na Rua de Nachin-gweia n.º568 (junto ao Hotel Car-

dos) o bujão que verte água, há uma semana, continua sem reparação. É nossa responsabilidade social este alerta à “Empresa Águas de Mapu-to”, apelando para que o pessoal de distribuição dasfacturas reporte tam-bém estes casos que são muitos pela cidade das “Acácias Vermelhas”, com tantos membros da Assembleia Municipal que também não ligam patavina aos assuntos dos seus bairros. Foram eleitos para quê?

Ministro de Saúde “salvou” Posto de Vacinação do “Parque dos Continuadores de Moçambique”

MaputadasF r a n C i s C o r o d o l F o

Vamos todos vacinar para não “morrermos”:

z Resolveu as mazelas do atraso do primeiro dia inscrição da vacinação “Pré-registo” e no primeiro dia vacinação…

z “Águas de Maputo”: onde que faz com bujão a verter água na Rua de Nachingweia, há mais de uma semana…

Quinta-feira, 12 de Agosto de 20218 | zambeze

EditorialUm aceno às FDS

e não só!Para além de tantos outros problemas que se tem ve-rificado nesse processo de vacinação, com ênfase para rumores, desinformação e folga por parte dos técnicos alocados na missão, o vício nacional em burocracia sempre se revelou um obstáculo à efici-

ência e ao pragmatismo profissionais e no caso, não está a ser

diferente. A vacinação em curso é na verdade um tiroteio a favor

do bem contra um mal tão enorme quanto a guerra mundial visto

que, todo mundo é vítima, ninguém está em situação favorável.

O mais incrível nesse trajecto de luta contra a pandemia é a amnésia

que afecta os técnicos de saúde envolvidos no processo na hora da

vacinação, pois à hora do combate contra a covid são também comba-

tidos por uma praga de burocracia e exclusividade que culmina numa

estultice bizarra e desfavorável ao momento em que se vive pois, con-

fundem a vacinação com mera distribuição de pão, arroz ou açúcar,

coisas não menos importantes mas que pela cultura de humilhação

que caracteriza essa terra, vigoraria claramente a maldade acomodada

à burocracia. Mas no que concerne a vacinação, essa crueldade e

mania de grandezas só servem para perpetuar o terror que nos assola.

A vacina não pode ser um favor. Por questões de organização

esse processo está ordenado em grupos profissionais e vários são

os pontos ou locais de vacinação e tem se notado um desequilíbrio

atinente a adesão à essa vacinação, cada posto tem tido o seu nível

de procura. Existe na organização disto, o registo ou pré-registo

para as doses e é o seguimento linear desse registo que chega a pre-

judicar a vacinação, os técnicos afectos a dura missão do combate

a covid tem rejeitado inúmeros candidatos a doentes por falta de

registos e isso chega a ser um absurdo, porque são tantas as pessoas

arredores dos postos de vacinação mas, que por razoes burocráticas

nem se quer fazem parte de qualquer que seja a lista de registados

para a vacinação e, por motivos desconhecidos, mas bons, alguns

deles fazem questão de aproximar-se aos postos para tomar as doses

contra o maior dos males e são burocraticamente escorraçados.

A vacina está sendo tratada com exclusividade, como algo dirigido

a quem trabalha ou a quem por alguma razão mereça, quando na ver-

dade ninguém desmerece um convívio seguro e saudável e isso pres-

supõe uma vacinação altamente inclusiva, é preciso vacinar a torto e

a direito, ainda que seja por mera existência de vacinas pois, ninguém

o fará mais do que o recomendado e a meta é vacinar a todos, pois

então se os registados não aderem, e para nossa sorte há quem adere,

que se vacine na mesma, o objectivo é um só, acabar com a covid.

Esta acção repelente, apátrida na verdade, aproxima e dá campo

de manuseamento ao vírus com qual nos encontramos num frente a

frente, mais do que desempenhar a sua função, os técnicos devem

estar em ataques e contra-ataques, pois o processo de vacinação

na globalidade já é um ataque, ficando os contra-ataques em suas

mãos consoante a realidade encontrada no terreno. Estimadíssimos

enfermeiros e ou técnicos de saúde, mais do que professores, cam-

poneses, operários, chapeiros, polícias, vacinem aos moçambicanos.

Burocracia e exclusividades combatem a vacinação

Pudera! Já não era sem tempo que na voz comum se falava da inoperância das FDS no combate aos terroristas em Cabo Delgado. Mas, como tudo na vida muda, eis a grande no-vidade. Moral combativa das FDS veio ao de cima, não se sabendo com que cargas de água, mas a verdade cristalina é

de que os terroristas foram, e estão a ser rechaçados a cada minuto que passa do teatro operacional norte. Os críticos dirão que a lufada de ar fresco veio do contributo dos ruandeses e da força especial da SADC, mas como moçambicanos, cabe- nos deste lado realizar um aceno à ca-pacidade combativa demonstrada nos últimos dias, facto que devolveu a mística aos militares, denunciando o efeito do 25 de Setembro de 1964.

Os terroristas vivem agora momentos de terror enfrentando a esmagadora força conjunta, com relatos de encantar os milhares de deslocados que já não viam o horizonte há bastante tempo. A esperança está relançada, apesar de sabermos que não será em duas cantigas que as pessoas irão voltar às suas zonas de origem. Haverá tempo de medo, recalcamentos, e sobretudo, vai vingar nas populações uma espécie de ver para crer, o que será suplantado gradualmente pela permanência e presença de militares até que a situação seja totalmente controlada. Mas, e cá estamos nós, não será fácil acabar de vez com o terrorismo, sabido que este, tem muitas facetas, porém, o importante foi conseguido. Cabo Delgado já não mais será uma província delgada, e vai reentrar na dinâmica do desenvolvimento, com a recuperação das infra-estru-turas e serviços atinentes ao seu crescimento. Viva o exército moçambicano!

Estão de parabéns os jovens incansáveis, que longe dos seus ultrapassam momentos que só o diabo conhece. Não é fácil entrar neste tipo de luta, por-que as metamorfoses do terrorismo impõe das suas. Mas a bravura aqui fica registada, e o nosso aceno de encorajamento, para que mais dias de vitórias se sigam e o país volte finalmente a respirar horizonte. Apesar destas vitórias realmente encorajadoras, urge refrescar o sentido de vigilância, porque no seio das populações podem sugerir infiltrados, dai a necessidade premente de um aturado trabalho de inteligência para não confundir tudo e todos. Cabe os chefes tradicionais um trabalho de sensibilização. Cabe às chefias militares um aproximar às populações, no sentido de conquistar simpatia e prevenir actos de cobardia que prejudiquem toda uma estratégia altamente montada.

Assim importa cimentar o modo pela qual os líderes militares comandam as suas tropas, usando estratégias de pensar com antecipação, para que seja mais fácil resolver as grandes questões, quando estas se colocam. Os comandos militares devem com cuidado desenvolver um plano de jogo antes de começa-rem as investidas, não reagindo apenas aos acontecimentos. O protagonismo deve ficar para depois, nas jantaradas que seguirão após o derrube total dos terroristas. Aí sim, cada militar seja ele de que nacionalidade for , poderá dar se ao garbo de falar das suas façanhas na sua aldeia de origem, facto que contribuirá para aumentar o espírito patriótico dos novos mancebos.

Era uma vez uma província chamada Cabo Delgado onde alguns dos seus distritos estavam em mãos dos terroristas. Era uma vez uma popu-lação que vivia assustada pela presença de malfeitores. Era uma vez um exército de soldados moçambicanos bem equipado que conseguiu recu-perar Mocímboa da Praia. Era uma vez a presença de forças militares do Ruanda que ajudou a combater o inimigo. Era uma vez a força da SADD que participou na delimitação de estratégias de reassentamento das popu-lações. Histórias por contar. Por hoje, o aceno aos militares de Agosto.

| opinião |

douglas Madjila

douglas Madjila

zambeze | 9Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

| opinião|

A padronização da escrita de uma língua é, sem dúvidas, necessária e

não há como evita-la, num con-texto moderno de transmissão de valores e saberes, história e cultura, vivências e experi-ências através de modelos es-truturados e sistemáticos que concorrem para a evolução e perenidade da própria língua ;contudo, o processo de padro-nização ortográfica de qualquer língua deve alicerçar-se em princípios que acolham as sensi-bilidades e convicções do povo falante, sobretudo daqueles que carregam consigo uma experi-ência da escrita dessa língua.

O que, então, terá concor-rido para que, nesta língua em particular, se trouxesse a palavraCICOPIpara subs-tituir a já existente palavra TXITXOPI?Ou porque não se optou por um dos termos comu-mente conhecidos, Tshitshopi, Tchitchopi e Txitxopi? Esta-mos certos que duas convicções mais uma se apresentam como real explicação, nomeadamente cientificidade,alfabetização;é que há um pressuposto segundo o qual os grafemas ou as letras ou os símbolos gráficos devem ser cientificamente concebi-dos e que os mesmos devem ser acessíveis para a apren-dizagem tanto para crianças, adolescentes, jovens e adultos.

No concreto estes pressu-postos buscam fazer acreditar

que o grafema C é científi-co e o conjunto dos grafemas TX(dígrafo) não é científico, por um lado, e queé fácil, para quem aprendea língua, escre-ver e assimilar o som repre-sentado por C do que escrever TX; eis o aparente pequeno problema, mas que, na verda-de, é um gigante monstruoso para os que defendem um ou outro grafema para repre-sentar este que é umdos sons mais recorrentes nesta língua, o TXITXOPI?/o CICOPI?

Talvez começássemos por desenhar uma breve perspec-tiva sobre as concepções em torno da escrita, ortografia e padronização ortográfica, para criar algum entendimento a este respeito. Relativamente a isto, não pretendo enveredar de forma religiosa pela tradi-ção académico-científica dos tempos que correm, trazendo citações e citações, mas procu-rareiusar desta mesma tradição, na sua vertente holísticapara o efeito que se pretende, isto é, os efeitos decorrentes do uso do CICOPI na proposta de padronização desta língua, o TXITXOPI, que, na verdade, trata-se de um quase padrão ortográfico, uma vez que já está a ser implementado nas escolas, no processo de en-sino bilingue, nos centros de formação de professores e nas universidades onde são ensina-das as línguas moçambicanas-mesmo sem aval público-legal de entidades competentes.

Importa que nos lembre-mos nós os outros, já no ensino preparatório de então, a ponte de trânsito entre o primário e o secundário, dos nossos pro-fessores de Português que nos repetiam aquilo que mais tarde viríamos a saber tratar-se de afirmações daquele que é con-siderado o pai da Linguística como ciência, o suíço Ferdi-nand de Saussure: os signos linguísticos são arbitrários, ou seja, não há qualquer relação natural entre a realidade fo-nética (som) de um signo lin-guístico (grafema ou palavra) e o seu significado (objecto/realidade referido). Para este conceituado linguista, a relação que há entre os signos linguísti-cos, os sons que representam e os respectivos objectos, ideias, acções referidos é simplesmen-te convencional, ou seja, algo definido e reconhecido e acei-te pelos falantes dessa língua.

Portanto, tendo em aten-ção esta teoria, que ainda não foi destituída, mas sempre rei-terada e reforçada por outros estudiosos da área da linguís-tica, antropologia linguística e outras similares, que mais adiante serão trazidos para esta reflexão, não se deve evocar qualquer ciência para advogar o grafema C em detrimento do TX; e como afirma o autor de A Nossa Gramática do Txitxopi, Vicente Likwekwe – o sim-bolismo do alfabeto fonético é radicalmente convencional, de modo que defender a existência

de uma ciência racional huma-na que vincula necessariamente um dado som elementar a um determinado símbolo gráfico é (no mínimo) um exagero.

Relativamente a ideia edu-cacional, segundo a qual as crianças, jovens e adultos po-dem aprender facilmente es-crever Ceassociá-lo ao som respectivo, mas apresentarem dificuldades para escrever TXé, até certo ponto, uma distração assustadora a todos os níveis, tanto psico-pedagógico como didáctico, porque isto signifi-caria dizer que os ingleses, ára-bes, gregos, franceses, russos, vietnamitas, chineses então entre outros, aprendem com muitas dificuldades, pois as suas ortografias, para quem as conhece, parecem serum verda-deiro absurdo. A este respeito, Mark Sebba adverte que não há ortografias simples nem com-plexas como não há línguas difíceis nem fáceis, todas as línguas e ortografias são apren-didas naturalmente mediante condições objectivas estabele-cidas com base em convenções.

É que na verdade há peda-gogos, psico-pedagogos, pro-fessores de línguas, linguistas, e tantos outros que se vêm notabilizando no campo de ba-talha contra as “ortografias di-fíceis”, apenas para acomodar um tipo de preguiça e deslei-xo ou incapacidade didáctico--pedagógico, chegando-se ao ponto de fazer crer aos incau-tos que a razão do baixo ren-

dimento escolar, sobretudo os domínios de escrita e leitura, se deve às ortografias que não “ajudam”, por isso devem ser reformadas. Mas é verdade in-contestável que há ortografias de línguas no mundo que não sofrem reformas há décadas e décadas se não mesmo sécu-los, mas o sistema de ensino nos países em questão é bom e até melhor que nos países onde é hábito alterar as ortografias.

Estes dois pressupostos, de uma cientificidade dos símbo-los linguísticos e de uma faci-lidade de aprendizagem, acaba-ram influenciando a dimensão politico-governativa que, segu-ra dos aconselhamentos aduzi-dos pelos proponentes, não fez caso algum e anuiu com tudo, orientando a implementação da tal proposta que, no caso des-ta língua, o Txitxopi, acabou criando condições indesejáveis e reprováveis, de existência de dois modelos padrões de orto-grafia da mesma língua, pois nas escolas, onde ocorreo en-sino bilingue, nos centros de formação de professores, nas universidades onde se ensi-nam as línguas moçambicanas, aprende-se o CICOPI, mas nas comunidades onde esta língua se fala nativamente, aprende--se oTXITXOPI, através de vários materiais como a Bí-blia sagrada (versões católica e protestante, publicadas em 2016 2017), publicações dis-persas de conteúdos vários e até académicas entre outros.

RAndUlAni

As Sensíveis Questões das Nossas Línguas: Padronizar a Ortografia desta Língua e não

evitar os CICOPI’s de secessão?(2)

zambEzEanUncIe nO departamento Comercial

Contactos: (+258) 82 307 3450 847710584 ou 825924246

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Quinta-feira, 12 de Agosto de 202110 | zambeze

| comercial |

maputo, agosto de 2021 - O Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique, IP, abreviadamente designado ISSM, IP, criado pelo Decreto-Lei no 1/2010, de 31 de Dezembro, é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica, com autonomia administrativa e financeira.

Compete ao ISSM, IP entre outras atribuições, no âmbito da supervisão e fiscalização dos operadores de seguros autorizados a exercer a sua actividade no País, receber e apreciar reclamações dos consumidores de seguros, no domínio da execução de contratos de seguro.

Neste contexto, esta entidade de supervisão de seguros, tem diligenciado a necessária articulação entre o tomador de seguros e seguradora, com vista a um adequado acon-selhamento, no espírito de actuação de boa-fé das partes, de acordo com a alínea b)do no 3 do artigo 7 do Regulamento Interno do ISSM, IP, aprovado pelo Diploma Ministerial no 300/2012, de 14 de Novembro.

Assim, o envio ao issm, ip, de qualquer reclamaçãodeve ser acompanhada dos respectivos documentos de suporte, podendo ser através do contacto directo às instalações da mesma instituição, ou pelos seguintes contactos:

• página web: www.issm.gov.mz• Correio electrónico: [email protected]• linhaverde/gratuita: (+258) 82 800 500 600 e 21 800 500 600

ISSM, IP, prima por excelência no atendimento ao Consumidor de seguro

zambeze | 11Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

Na Cidade de Maputo

| centrais|

Intoxicação alimentar tende a baixar em tempo da Covid-19

Quinta-feira, 12 de Agosto de 202112 | zambeze

Médica gastrenterologista, Ema Moisés Nassone, afecta no Hospital Central de Maputo, afirma que neste tempo atípico da Covid˗19, que afecta o mundo e Moçambique sem excep-ção, o número de pacientesque procura ajuda dos profissio-nais da saúde com condição clínica de intoxicação alimentar, tende a baixar porque a sociedade está mais consciente sobre a importância da lavagem das mãos inclusive dos alimentos.

Infelizmente,fazer refeição caseira pa-rece ser privilegiado de poucos. No en-tanto, hoje em dia,

a rotina diária de certas pes-soas háum cardápio recheado de opções como sanduíche, churrascos, enfim, alimen-tos encontrados facilmente nas barracas, quiosques, até mesmo em qualquer esquina.

A intoxicação alimentaré um dos principais problemas de saúde pública e acontece em todo o mundo. Não tem faixa etária, atinge qualquer pessoa que consume alimen-tos contaminados por toxinas produzidas por bactérias que podem estar presentes nos ali-mentos, referiu Ema Nassone.

Para nossa entrevistada, o diagnóstico da intoxicaçãoali-mentar, normalmente é feito o histórico clínico do paciente, para identificar as reais causas.

ˮ O profissional da saú-de, faz perguntas ao paciente e com essa informação pode se chegar ao diagnóstico de intoxicação alimentar. Porém é necessário para excluir ou-tras possíveis patologias do paciente. Mas também, o pa-ciente pode fazer exames de fezes, mas no entanto não é fre-quente, ˮ frisou a nossa fonte.

Entretanto, segundo con-ta a nossa entrevistada, os sintomas podem surgir como vómitos, náuseas, dor abdo-minal, diarreia, mas também, pode provocar cansaço ex-

tremo no paciente, fraqueza e também pode evoluir para sinal de desidratação como secagem da boca, sede ex-cessiva, fraqueza extrema dor de cabeça e por fim tonturas.

A fonte em alusão, diz que são poucos os pacientes que re-cebem no sector da saúde, visto que na maioria dos doentes é autolimitada, ou seja, os sinto-mas desaparecem após um pe-ríodo curto que varia de horas e alguns dias e raramente evo-lui para complicações graves.

Tratamento da intoxicação alimentar

Segundo a nossa entrevis-tada, o tratamento depende da gravidade do quadro do pacien-te. Entretanto, nos casos mais leves a hidratação abundante é corrigir a perda de electrólitos, isto é, são minerais responsá-veis pelo transporte de água para dentro das células humanas.

Além disso, nos casos mais graves há necessidade de internamento destes pa-cientes para tratar as com-plicações de acordo com as

patologias de cada paciente.Segundo Ema Nassone, nes-

te contexto da Covid˗19, os ca-sos de intoxicação alimentar es-crizaldavilanculos

| centrais| zambeze | 13Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

tão a diminuir porque as pessoas estão mais conscientes sobre a importância de lavagem cor-recta das mãos e dos alimentos.

No concreto, a nossa fonte, apelaa sociedade para continuar a fazer devidamente a higieni-zação das mãos, dos alimentos para que os casos clínicos de intoxicação alimentarnão ve-nham aumentar.A nossa fonte afirma que é possível combater através de uma boa conserva-ção de alimentos e também pelo manuseamento dos mesmos.

Factores de risco da intoxicação alimentar

Segundo conta a nossa entrevistada, o paciente mui-tas das vezes perde muitos líquidos, fica desidratado e também podem vir a sur-gir doenças gástricas no pa-ciente como a de gastrite.

ˮ O principal risco da into-xicação alimentar é a desidra-tação porque a pessoa vai per-der muitos líquidos, provocado pela diarreia e vómitos, ˮ frisou.

A nossa fonte acrescenta que, a sociedade não pode se-esquecer dasrecomendações do ministério da saúde, que é a la-vagem correcta das mãos, uso de máscara de protecção facial, gel e o distanciamento social.

Alimentos susceptíveis á contaminação

Segundo a nutricionista,CleilaOtiliaIsaiasMacandza,na abordagem sobre a intoxicação alimentarpara combater no seio da sociedade, a melhor forma de evitar a doença é não colo-car a sua vida em risco, eman-ter bons hábitos de higiene na hora de preparo de alimentos.

Segundo aquela especialis-ta em nutrição, “ a água conta-minada é a fonte da intoxicação alimentar. Portanto é importante ferver água antes do consumo”.

A nossa fonte, mencio-nou igualmente que asatravés das carnes mal cozidas po-dem sim surgir doenças do foro deintoxicação alimentar.

Por outro lado, a nutricionis-ta diz que não se fala da intoxi-cação alimentar sem mencionar os peixes porque geralmente são visitados pelas moscas que pousam e deixam lá as suas bactérias que são prejudiciais ao organismo do ser humano.

A nutricionista Mancandza, fala também dos vegetais como outra fonte de intoxicação ali-mentar para a sociedade. Para este grupo énotório à olho nu, a visitas de certos“ bichinhosˮ, por isso aconselha que haja mas atenção no momento de manuseio destes alimentos.

ˮPara mim, os vegetais

como frutas e legumes devem ser bem higienizados adequa-damente antes do consumoˮ frisou a nossa entrevista.

Diante desta situação, a nutricionista apela a sociedade para que no caso de sintomas de intoxicação alimentar pro-curar os profissionais da saúde.

Acrescenta ainda que, pode-se fazer os primei-ros socorros como o uso-do soro caseiro enquanto dirija-se ao centro de saúde.

ˮ O soro caseiro pode ser feito de seguinte maneira: jun-tar dois litros de água fervida, sal que basta, dar a pessoa beber porque o paciente perdeu mui-tas propriedades, ˮ explicou.

Alimentos que se devem evitar

A nutricionistaMacandza, afirma que é muito importan-te evitar alimentos frituosos como gordurosos, alimentos embutidos, de preferência a pessoa deve consumir alimen-tos leves, como sopa e comer frutas de forma moderada.

Explica ainda a nossa fon-te em alusão que, os alimentos para pacientes que padecem de intoxicaçãoalimentar, a textura deve ser de forma pastosa, isto é, as papas devem ser muito leves.

A nutricionistaCleila, deu alguns exemplosde alimentos que podem fazerpuré, como a batata reino, batata-doce até mesmo a cenoura, afirma que-pode-sefazer uma pasta leve.

A fonte que temos vindo a citar, afirma que nenhum ali-mento deve ficar fora pois, to-dos os alimentos são importante para organismo humano, o ideal

éconsumir deforma moderadas terminando a sua intervenção.

Citadinos e a intoxicação alimentar

A nossa equipa de repor-tagem saiu a rua da capital Maputo, para ouvir e saber de alguns municípios sobre cuidados a ter para evitar a intoxicação alimentar e, cons-tatou que,alguns municípios têm a noção de como evi-tar a intoxicação alimentar.

Dionilde João, residente no bairro25 de Junho nos arredo-res da capital Maputo.Dionil-de categoricamente respondeu que sabia de como se prevenia da intoxicação alimentar. Dio-nildeavançou que,“ é quando consumimos alimentos con-taminados e mal preparados”.

Entretanto, segundo conta,“para se livrar de doenças de foro intoxicação alimentar,

faz o devido manuseamento dos alimentos que consume ”.

A nossa entrevistadaacres-centou, que nos grupos de vegetais e legumes,procura lavar na água corrente, e outros alimentos suscep-tíveis à contaminação.

No concreto, a nossa fon-te afirma que se deve evitar-no máximo comer comida feita na rua. Porém, se por ventura comer na rua, ela tem tido muita atenção nas questões de higienização.

No posto de vista da Dio-nilde, ˮparaas pessoas que por qualquer circunstânciacomem na rua o melhor seria primeiro verificar a higienização do local onde pretendem comer, frisou.

Portanto, para nossa entre-vistada nãoé mau comer fora de casa, mashá que prestar mas atenção a questão da saú-de, porque nem todas as pesso-as que confeccionam acomida

tem a devida atenção, disse.A nossa fonte vai mas

longe ao afirmar que,“neste tempo atípico da Covid19, é muito importante os pais evi-tarem dar dinheiro de lanche as crianças para escola”, disse.

Entretanto, para Dionilde, os pais devem fazer o prepa-ro de lanche para as crian-ças a partir de casa. “Quando as crianças levamo lanche a partir de casa vão evitar com que sejam contaminados”.

A nossa fonte termina a sua locução dizendo que, é sabido por todos que quando as crianças estão fora de casa, os pais nãotem o melhor con-trolo. Por isso apela aos pais para tomarem em considera-ção esse critério de as crianças levar o lanche a partir de casa. Para a nossa entrevistadaquem sai a ganhar, são as crianças que vão evitar com que sejam contaminadaspela Covid-19.

14 | zambeze | nacional |

Inhambane

Habitantes da Ilha satisfeitos com a chegada de energia fotovoltaica

Renamo exige auditoria nas contas do Município Inhambane

os habitantes da ilha grande de inhambane situada a cerca de 2 km da parte continental mostram-se satis-feitos com a instalação de energia eléctrica, mercê da parceria existente entre a liderança da autarquia e a (Funae) fundo Nacional de energia.

O sistema fo-t o v o l t a i c o cuja a ca-pacidade é de 30 kilo-

watts vai abranger cerca de 200 agregados familiares e durou cerca de um mês para a sua montagem. Dados em poder do Zambeze indicam que nas residências atingi-das nesta primeira fase fo-ram já montados contadores.

A energia será fornecida a partir de um sistema eléctrico recem montado na base de painéis solares complemen-tados por baterias e que vai abrangir cerca de mil pessoas residentes na ilha. Espera-se com a activação do empreen-dimento o incremento do ní-vel de vida dos ilhéus que a

séculos clama pela instalação da corrente eléctrica naquele local de difícil acesso devi-do ao estado das mares que se apresenta irregular. Aliás a inauguração do referido siste-ma estava previsto para dia 10 do corrente mês mas de-vido ao mau tempo que se faz sentir na zona costeira do pais a cerimonia ficou adiada para uma data a ser anunciada.

Dércio Hilário profes-sor da única escola prima-ria residente na ilha disse em contacto com o Zambe-ze que com a conclusão da electrificação, os índices de aderência dos estudantes vai aumentar porque segundo a fonte no futuro poderá se introduzir o curso nocturno e consequentemente a ilha

terá mais gente alfabetizada.‘’Cá na Ilha temos enfren-

tado problemas com os alunos que concluem a 7 classe, isto porque depois de conclusão do nível preferem abando-nar a carteira empenhando-se apenas na pesca o que in-quieta em grande medida o sector educacional, igualmen-te acontece com as raparigas, quando elas se engravidam já não comparecem nas sa-las de aula ficam nas suas

casas.’’lamentou para depois vincar que as autoridades da educação tem envidado esfor-ço com vista a sensibilizar os pais para não permitir que o fenómeno prevaleça.

Entretanto Fabião Jaime Fabião, pescador de profissão e residente da ilha referiu que os residentes da ilha ain-da consomem agua extraída a partir de furos a céu aberto ,e pedem ao governo a instalação dum sistema melhorado.’’Nos

períodos de seca por exemplo as populações recorrem aos reservatórios de agua cap-tada a partir da chuva.’’disse

Contudo e de um modo geral aqueles habitantes da zona insular da autarquia de Inhambane clamam pela ins-talação de um posto policial, uma ambulância no mínimo para ser usada para o trans-porte de doentes ate ao posto médico para alem da activa-ção da embarcação alocada para fazer a ligação entre a parte continental e a ilha. Ac-tualmente realizam-se trocas comerciais entre a ilha e os municípios de Inhambane e Maxixe nas se gundas, quartas e sextas feiras,e com a instala-ção deste sistema os vendedo-res de mariscos vangloriam-se.

No recinto das duas ilhas nomeadamente ,a grande e a pequena não existe nenhuma viatura sendo o único trans-porte existente a motoriza-da, habitam na zona meno-res que atingem 13 a 14 anos de idade sem na vida nunca ter visto uma viatura.

z Mas clamam pela ausência no local dum posto policial e uma ambulância

O partido Renamo a nivêl da autarquia de Inhambane exige ao Ministerio da admi-nistração Estatal e a Procura-doria para que efectuem uma auditoria forense as contas correntes do município desde o inicio do actual mandato.

Vitalino Macause chefe da bancada parlamentar junto a assembleia municipal disse que a sua equipa composta por cinco deputados , pede a procuradoria e o Ministério da Administração Estatal para analisar com detalhe as con-tas do município desde a to-mada de posse do actual edil eleito nas ultimas eleições autaquicas Benedito Guimino.

‘‘No município exis-tem pessoas que recebem sem trabalhar ,alegadamen-te por serem membros do

partido no pode. A Renamo exige que as contas devem ser auditadas, apelando a procuradoria verificar a au-tenticidade dos contratos de trabalho do pessoal do muni-cípio e a respectiva aprovação do tribunal administrativo.

Aquele dirigente do par-tido da Resistencia Nacional de Moçambique referiu estar

insatisfeito devido ao que vem se desenrolando no perí-metro autárquico nestes me-ses indicando como exemplo da paralisação a cerca de um ano e meio sem justa causa das obras de amplição e re-modelação do mercado cen-tral cujo o valor da empreita-da estava estimado em cerca de 1.596.288 euros, e como

consequência imediata da in-terrupção das obras os vende-dores daquele recinto foram colocados no interior de dois grandes alpendres sem míni-mas condições de acomodação com a promessa de receber um novo mercado num prazo de 12 meses. A fonte indicou por outro lado que verifica-se grande atraso no pagamento de salários aos membros da policia municipal,o propicia um mau ambiente no seio da corporação. Aliáas num passa-do recente 16 membros da autoridade municipal ao nível da autarquia foram ordena-dos a despir o fardamento e atribuídos novas tarefas por estes terem alegadamente or-questrado uma greve devido ao exagerado atraso no paga-mento dos seus ordenados.

Entretanto e num outro desenvolvimento Vitalino Macause criticou naquilo que ele considera falta de respei-to aos munícipes por parte dos responsáveis do pelou-ro do saneamento e salu-bridade ,devido a défice de meios de recolha de lixo a nível de alguns bairros da urbe ,onde actualmente verifi-cam-se focos com elevadas quantidades de material de-positado a dias sem remoção.

‘’ A Renamo tem conheci-mento da existência de valo-res para serem usados na área do saneamento do meio, mas infelizmente a cada dia que passa a cidade vai se tornando suja e nimguem quer parar com esta situação’’rematou Vitalino Macause

Fernando lopes.

Fernando lopes

Quinta-feira, 05 de Agosto de 202114 | zambeze

|nacional |

Ser jovem em Moçambique: Um acto de heroísmo

por ocasião da comemoração do dia internacional da Juventude à 12 de agosto, o líder da Nova democracia(Nd) saúda à todos(as) jovens moçambicanos(as) pelo combate diá-rio em prol de um moçambique de progresso e justiça social.

Comemora-se este dia para r e iv ind ica r os direitos e activar o seu

papel insubstituível de força propulsora da cidadania para mudança real, na construção de um presente melhor e se cons-tituindo como precursores da Democracia enquanto fim prio-ritário do desenvolvimento.

Segundo Salomão Mu-changa, líder da Nova De-mocracia (ND), os jovens em Moçambique enfrentam um contexto já normalizado de violência e terrorismo, agudi-zado pela ovação imposta aos mitos e símbolos do regime, pela corrupção endémica, ex-clusão, precariedade, pobreza, clientelismo no acesso à opor-tunidades, marginalização, sa-lários de fome que só fomen-tam desigualdades sociais e incertezas até nos cemitérios.

Um presente muito difícil

para um futuro desafiante num país depauperado pelo défice de políticas públicas inclusivas e por um regime insensível aos problemas da juventude, esta faixa etária muito confinada à uma perspectiva recreativa de governação ausente de al-ternativas económicas e sob fortes ameaças externas de do-minação económica e militar por conta das riquezas do país.

“Apesar de todos estes de-safios novas páginas se abrem na história do país com a Nova Democracia anuncian-do e mobilizando a juventude para que não desista de Mo-çambique pois está emcons-trução uma nova chama de libertação e união para trazer esperança e dignidade à gera-ções inteiras”, afirma o líder.

É notável e preciosa a par-ticipação do(a)s jovens e das organizações juvenis no debate público Nacional sobre ques-tões cadentes do país nos am-

bientes estudantis, religiosos e profissionais, presencialmente ou pelo uso das redes sociais, assim como pela invasão das ruas por manifestações e intervenções culturais pen-sando “fora da caixa” e par-tindo a mentalidade que lhes integra na lógica do sistema.

Concordamos com os jo-vens moçambicanos das zonas rurais, suburbanas e urbanas, distritos, vilas e cidades que o patriotismo está em fazer

de Moçambique um país de paz, inclusão e justiça social livre da corrupção e pobreza extrema onde não prospere uma minoria cheia de tudo e uma maioria cheia de nada.

“Reafirmamos a nossa mais profunda convicção de que Moçambique, terra onde os nossos antepassados nas-ceram e onde os nossos netos nascerão, terra de todos(as) nós, orgulhosos(as) de quem somos e de defender a Na-

ção, em breve será um país forte, solidário e coeso com os jovens liderando proces-sos de governação inclusiva”.

Engajar a juventude nos processos decisórios é prio-ridade para que os jovens possam usufruir da repar-tição justa da riqueza Na-cional, ter uma educação de qualidade, emprego digno, habitação decente, aces-so à tecnologias e liberda-des democráticas radiantes.

Salomão Muchanga e a Nova Democracia (ND) saú-dam aos jovens nas forças de defesa e segurança que com apoio externo, dia e noite, faça sol faça chuva não poupam es-forços para a defesa da sobera-nia e integridade territorial face aos inimigos de dentro e de fora, ora cobertos pelo terrorismo.

“É a nossa justa homenagem pois reconhecemos que exercer o direito de ser jovem em Mo-çambique é um acto de heroís-mo e devemosigualmente lem-brar que é tempo de recuperar a esperança e, mais ainda, que não se pede direitos, luta-se por eles”, sublinha Muchanga.

Recolher obrigatório destapa dilema de transporte Munícipes do Grande Maputo entre a espada e a parede

Os munícipes da área me-tropolitana da cidade de Maputo estão a enfrentar um dilema grave de crise de transporte, onde, por um lado, devem cumprir o decre-to presidencial de recolher obri-gatório, as 21h, por outro lado, não há transporte de passageiros suficientes para muita demanda.

O caos que se vive, nas ho-ras de ponta, na cidade capital, é consequência de 46 anos de uma governação não humaniza-da. Quem assim o diz, é o porta--voz da Renamo, José Manteigas.

Segundo Manteigas, os mu-nícipes da cidade capital, actual-mente, vêm-se entre a espada e a parede, porque, ao amanhecer devem ir a procura de meios de sobrevivência, e são sujeitos a ensardinhar-se no transporte, e no regresso, precisam retornar à casa, as pressas, para não vio-larem o recolher obrigatório.

“Nos entendemos, que pri-meiro, como cidadãos, devemos tomar a consciência de que, a

pandemia da Covid-19 é um as-sunto muito sério, devemos ter a consciência de que, a prevenção é o melhor medicamento e a cons-ciência individual, conta muito. Mas por outro lado, é preciso que o governo crie outras condições, porque, se notarmos, sobretudo, nas zonas urbanas, os meios de

transportes públicos andam super lotados, quer pela, manhã, quer ao entardecer”, disse José Manteigas.

Transportes públicos tornaram-se um potencial foco de contaminação da Covid-19

Para a Renamo, nesse con-

texto, os transportes públicos de passageiros, tornaram--se em potenciais focos de contaminação da Covid-19.

“Não há condições mínimas, naquelas circunstâncias, de se evitar a Covid-19, aliada a estas condições que foram decretadas pelo Presidente da República, o governo deve criar condições viáveis para o transporte de pes-soas”, ajuntou José Manteigas.

O nosso entrevistado lamen-ta que actualmente, a cidade de Maputo está a enfrentar um dilema dessa dimensão, sobre-tudo, porque “muitos cidadãos tem a consciência que tem feito tudo para cumprir com o de-creto do recolher obrigatório, mas existe, o crónico proble-ma de falta de transportes, que por seu turno, estão a ser um meio grande de contamina-ção”, argumentou Manteigas.

Como solução, o nos-so interlocutor defende que devíamos ter um sector de

transporte funcional, porque segundo entende, esta pande-mia veio certificar que “o país está a ser mal governado”.

“Desde 1975, numa cidade capital como esta, ainda temos um dilema dessa dimensão de crise de transporte, e nos hos-pitais, é mesma coisa, fica claro que esse país está a ser mal ge-rido, e nesta semana ficamos to-dos trémulos, porque a manifes-tação da África pode inflacionar o preço dos principais produtos básicos de alimentação. Falar da agricultura, é falar da saú-de, e do transporte, em 46 anos da independência, não há nada funcional nesse país, porque o pais está a ser mal governado.

José Manteigas justifi-ca que é preciso termos uma governação humanizada, ao longo da independência não temos uma governação huma-nizada, a governação não está centrada na pessoa humana, o que considera um paradoxo.

zambeze | 15Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

O n d e O n e g ó c I O S e r e e nc O n t r a

No leito do grande rioMarnewTradingService certificada com a norma ISO 9001: 2015 pela BareauVeritas

Nacala Logistics investe na formação técnica de430 jovensem Nampula

A Nacala Logisticsfinan-ciou a formação técnico-pro-fissional de 430 membros das comunidades deNamalate e Napipine, na Cidade Nampu-la. Os jovens foram graduados nos cursos de culinária, corte e costura, carpintaria, cons-trução civil, estabelecimento e manutenção de viveiros, re-frigeração e mecânica-auto.

Ministrado pela Tecnicol Moçambique, o programa de formação teve a duração de 12 meses e abrangeu áre-as práticas de conhecimento, com potencial de gerar auto emprego. O projecto também formou mulheres, pessoas portadoras de deficiência e outros grupos sociais espe-ciais, para ampliar e diversi-ficar os meios de subsistên-

Com grande orgulho que anunciou-se que a marNeW já é uma empresa certificada na norma ISO 9001:2015 pela BureauVeritas.em cerimónia fechada, do dia 06 de agosto de 2021, a MARNEW recebeu o seu certificado da norma ISO 9001:2015, nas instalações da sua sede, em maputo.

A c e r i m ó n i a que foi di-rigida pelo D i r e c t o r E x e c u t i v o

da MARNEW, Ramílio Ma-nhique, contou com a pre-sença das representantes da BureauVeritas, Helena Ma-camo e Artilia Como, que na sequência, efectuaram a entrega do certificado.

“Conseguimos alcançar um dos objectivos estraté-gicos traçados para o biênio 2020-2021, e isto represen-ta um grande ganho para nós como organização que está focada no crescimen-to e na satisfação de cada cliente de forma individu-al e colectiva”, disse Ra-mílio Manhique, Director Executivo da MARNEW”.

Este enorme feito, mar-ca uma nova etapa para a MARNEW e todos os seus stakeholders, rumo ao al-cance da visão estabelecida desde a sua fundação e que

consiste em “tornar-se numa empresa líder em Despacho Aduaneiro, Logística, Con-sultoria e Serviços Relacio-nados em Moçambique”.

A ISO 9001 é um siste-ma de gestão com o intuito de garantir a optimização de processos, maior agilidade no desenvolvimento de produtos e produção mais ágil a fim de satisfazer os clientes e alcan-çar o sucesso sustentado. O Sistema de Gestão da Quali-dade (SGQ) funciona como um instrumento para ajudar o gestor a encontrar e corrigir processos ineficientes dentro da organização. Além disso, é uma forma de documentar a cultura da organização, per-mitindo que o negócio cres-ça mantendo a qualidade dos bens e serviços prestados.

Marnew é uma empresa moçambicana que fornece serviços de Despacho Adua-neiro, Logística, Consultoria e Serviços Conexos. Com mais de 5 anos de experi-

ência, a Marnew é capaz de fazer despacho de todo tipo de mercadorias que entram e saem de Moçambique por via aérea, terrestre e marítima.

Esta empresa tem como vi-são tornar-se uma empresa líder em Despacho Aduaneiro, Lo-gística, Consultoria e Serviços

Relacionados em Moçambi-que. No entanto, esta empresa tem como objectivo primordial compreender todas as necessi-dades dos clientes e atendê-las com um serviço bem projecta-do e adaptado individualmente, desenvolver e gerenciar solu-ções inovadoras de despacho

aduaneiro e logística, agre-gar valor às empresas clien-tes e aos nossos stakeholders.

Este ganho muito impor-tante para nós e, principal-mente, para os nossos clientes, evidencia o facto de estarmos continuamente a trabalhar na evolução e melhoria dos procedimentos e, acima de tudo, a assegurar maior qua-lidade dos nossos serviços.

São os inúmeros os bene-fícios da implementação do sistema de gestão da quali-dade em uma organização. O principal deles é o diferencial competitivo que uma empre-sa que implementou e obte-ve a certificação passa a ter.

Portanto, conquistar a certificação representa um atestado de reconhecimen-to nacional e internacional à qualidade do trabalho, pois a norma assegura boas práticas de gestão e relacionamento entre clientes e fornecedores. Além disso, possibilita maior desenvolvimento dos colabo-radores, serve como alavanca na busca pela qualidade to-tal, propicia condições para maior competitividade no mercado, optimização de pro-cesso e a redução de custos.

cia, nas comunidades locais.Durante a cerimónia de

graduação, decorrida no fi-nal do semestre, os recém--formados manifestaram aptidão técnica para em-

preender e aproveitar as oportunidades de empre-go, que surgem na região.

Celso Mutadiua Geren-te de Relacionamento com a Comunidade, da Naca-la Logistics, aconselhou os graduados a juntarem-se em associações para desenvol-verem as suas actividades. “Isso pode permitir o reforço da capacidade técnica para a busca de soluções para os problemas locais, com vista à promoção do desenvolvi-mento socio-económico das comunidades”, destacou.

O investimento da Nacala Logistics enquadra-se na sua Política de Sustentabilidade, que estabelece a melhoria das condições socio-económicas e ambientais das populações que vivem ao redor da sua zona de operações, através da promoção de iniciativas para garantir a geração de renda ea elevação da qualida-de de vida das comunidades.

O n d e O n e g ó c I O S e r e e nc O n t r a

No leito do grande rio

o BCi deu início à administração da 2ª dose da vacina contra a covid-19 aos seus colaboradores e respectivos fami-liares, no quadro da campanha de vacinação que o Banco está a desencadear em todo país, no âmbito dos esforços de combate à pandemia do novo Coronavírus.

Esta iniciativa, cuja primeira fase arrancou a 5 de Julho último, está a

ser desenvolvida pelo Banco em estreita coordenação com as autoridades governativas. A vacina, administrada em duas doses, foi adquirida através do mecanismo UNIVAX, uma iniciativa do sector privado que pretende contribuir para o forta-lecimento do programa nacional de vacinação em Moçambique.

Segundo afiançou Guerra Mandlate, director central de Recursos Humanos do BCI, “o processo de vacinação está a de-correr com normalidade estando já em curso a administração da 2ª dose”. Mandlate indicou que

“em termos numéricos, até ao momento,1.802beneficiáriostomaram a 1ª dose,1.416 dos quais são colaboradores do Banco e os restantes seus familiares”.

Para Guerra Mandlate, “es-tes dados sinalizam o maior in-teresse dos colaboradores que afluíram em massa à vacinação, envolvendo os seus familiares, o que evidencia a importância que aqui é dada à prevenção”.Acrescentou que “em virtude do sucesso desta iniciativa está já em curso a preparação de uma nova campanha de vaci-nação para abranger os colabo-radores que por diversas razões não puderam ser vacinados, o que permitirá uma maior imu-nidade colectiva no seio dos colaboradores do Banco”. Re-

cordou ainda que, perante a si-tuação global de pandemia que se atravessa, o BCI adoptou desde a primeira hora medidas

internas de segurança e seguiu as orientações do governo e das autoridades de Saúde, visando a protecção dos Colaboradores

e dos Clientes. “Esta é mais uma das medidas que o Banco está a desenvolver, neste domí-nio da prevenção” – concluiu.

O Conselho de Minis-tros anunciou que o país está no “bom caminho” no cum-primento dos procedimentos internacionais exigidos para a venda de diamantes certifi-cados, no quadro do chama-do Processo de Kimberley.

“Estamos muitos avan-çados, estamos numa fase avançada de cumprimento dos requisitos internacio-nais de certificação, estamos no bom caminho”, afirmou o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze.

Suaze avançou que o país aprovou legislação e regu-lamentos, criou a Unidade de Gestão do Processo de Kimberley (UGPK), mon-tou entrepostos de diamantes e está a formar pessoal em classificação e transparên-

cia no negócio de diamantes.“Em Setembro, uma equi-

pa de peritos internacionais em Processo de Kimberley vem a Moçambique verificar os pas-sos já dados para que o país comercialize diamantes certi-ficados”, adiantou o porta-voz do Conselho de Ministros.

Com as acções, o país quer que os diamantes, ge-mas e pedras preciosas que vai colocar no mercado in-ternacional estejam isen-tos de dúvidas em relação à licitude da sua extracção.

O Processo de Kimberley é um mecanismo internacional que defende a transparência no negócio e combate a venda de diamantes extraídos em zonas de guerra e cujas receitas são usadas para o financiamento da violência armada e ilegítima.

MISA Moçambique condena assalto à SOJORNAL

BCI imuniza colaboradores contra a Covid-19

O MISA Moçambique to-mou o conhecimento, com enorme preocupação, do roubo de equipamento e vandaliza-ção da sede da SOJORNAL, empresa proprietária do jornal Redactor e da revista Prestígio, ocorrido entre as 19 horas do dia 06 e 10 horas do dia 07 de Agosto corrente, em Maputo.

Da avaliação preliminar aos danos, para além de van-dalizar o local, os malfeito-res furtaram três máquinas fotográficas Canon 7D e um aparelho de rádio de sala e respectivas colunas (LG).

Esta é a terceira vez em que a SOJORNAL é rouba-

da, em menos de três anos. A primeira ocorreu em Ju-nho de 2018 e a segunda em Dezembro do mesmo ano.

De acordo com relatos dos gestores do grupo SO-JORNAL, diferentemente das anteriores investidas, os mal-feitores visaram exclusiva-mente o gabinete do Director Editorial, que foi brutalmente vasculhado e vandalizado.

À semelhança das an-teriores ocorrências, a Polícia da República de Moçambique (PRM) foi no-tificada sobre o sucedido. Todavia, nenhum dos casos teve o devido esclarecimento.

Para o MISA Moçambi-que, o não esclarecimento destes atentados grosseiros contra a Liberdade de Im-prensa transmite a ideia de impunidade dos crimes contra a imprensa em Moçambique e estimula os malfeitores a pros-seguir com as suas investidas.

O MISA Moçambique re-pudia reiteradamente este e qualquer acto de furto de equi-pamento jornalístico e vanda-lização de redacções. O MISA faz lembrar que é dever do Estado e das autoridades poli-ciais esclarecer quaisquer actos que minem a Liberdade de Ex-pressão e de Imprensa no país

Moçambique vende diamantes certificados no mercado internacional

zambeze | 17Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

| nacional|

Lei de Conteúdo Local é uma necessidade urgente, mas empresas moçambicanas devem se preparar para melhor servir a indústria extractiva

o pesquisador do Cdd, Betuel Chau, defende a apro-vação urgente da proposta de lei de Conteúdo local como forma de viabilizar as ligações entre os grandes projectos de exploração de recursos naturais, em particular os hidro-carbonetos, e o sector privado moçambicano. em agosto de 2019, a proposta teve o “no objection” do Conselho Econó-mico, faltando a análise, revisão e aprovação do Conselho de ministros, de modo que seja submetida à apreciação e aprovação definitiva da Assembleia da República. “Com uma lei de conteúdo legal será possível exigir às multinacionais preferência na aquisição de bens e serviços locais e partici-pação de pessoas singulares e colectivas moçambicanas nos grandes projectos.

Mas as em-presas mo-çambicanas devem se p r e p a r a r

para melhor responder às exigên-cias das multinacionais”, acres-centou Betuel Chau, que falava na qualidade de orador do webinar que discutiu “Conteúdo Local e Responsabilidade Social Corpo-rativa na Indústria Extractiva em Moçambique”. Foi o terceiro e último webinar da série sobre “In-dústria Extractiva, Governação Inclusiva e Transformação Econó-mica Estrutural”, organizada pelo CDD em parceria com o Centro de Estudos Africanos da Universida-de de Leiden do Reino dos Países Baixos, no âmbito do programa African Policy Dialogue (APD).

A Proposta de Lei de Conteú-do Local estabelece os princípios orientadores que devem ser obser-vados pelas multinacionais do sec-tor extractivo na aquisição de bens e contratação de serviços, como seja a necessidade de preferência pelos bens e serviços produzidos com recurso a factores de produção nacional; promoção da participação de pessoas singulares e colectivas nacionais no fornecimento de bens e serviços; incentivo ao investimen-to para capacitação de empresas e cidadãos moçambicanos; incentivo ao estabelecimento de parecerias empresariais estratégicas entre fornecedores nacionais e fornece-

dores estrangeiros; transparência na contratação de bens e serviços; e desenvolvimento da capacidade nacional através da transferência de tecnologia e formação. Entre-tanto, Betuel Chau lembra que a falta de uma lei específica de con-teúdo local não significa a inexis-tência de regras, ainda que disper-sas, que estimulam a participação de moçambicanos nos grandes projectos da indústria extractiva.

“Por exemplo, temos a Lei de Petróleos (Lei n.º 21/2014, de 18 de Agosto) que fala da neces-sidade de emprego e formação técnico-profissional de moçam-bicanos e sua participação na gestão e operações petrolíferas; obrigatoriedade das concessioná-rias inscreverem-se na Bolsa de Valores de Moçambique; obriga-ção de provedores de bens e ser-viços estrangeiros associarem-se com pessoas moçambicanas; pre-ferência para a aquisição de bens e serviços moçambicanos que estejam disponíveis em tempo e nas quantidades requeridas e par-ticipação do Estado nas operações petrolíferas em qualquer das suas fases nos termos e condições a se-rem estabelecidos por contrato”.

A Lei de Minas (Lei n.º 20/2014, de 18 de Agosto) tam-bém estabelece que os operadores de minas dever observar a pre-ferência por produtos e serviços locais e garantir o emprego e a formação profissional de trabalha-

Comercial

dores moçambicanos. Já o Regula-mento da Lei de Minas, aprovado pelo Decreto n.º 31/2015, de 31 de Dezembro de 2015, define as orientações para a aquisição de bens e serviços. “Temos também a Lei dos Megaprojectos (Lei n.º 15/2011, de 10 de Agosto) que impõe que entre 5% e 20% do capital social da empresa conces-sionária deve ser reservado para a participação de pessoas públi-cas e privadas moçambicanas”.

. Na sua apresentação, o pes-quisador do CDD abordou tam-bém a responsabilidade corpo-rativa na indústria extractiva. Na contextualização, ele fez referên-cia à Resolução 21/2014, de 16 de Maio, que aprova a Política de Responsabilidade Social Empre-

sarial para a Indústria Extractiva. Esta resolução estabelece vários pilares, com destaque para a ne-cessidade de assegurar maior har-monização entre os planos de de-senvolvimento local definidos pelo governo e o investimento social realizado pelas empresas no âmbi-to da sua responsabilidade social.

Falando do caso da Sasol, a petroquímica sul-africana que explora gás natural nos distri-tos de Inhassoro e Govuro, em Inhambane, Betuel Chau disse que dados da empresa mostram que foram investidos, de 2004 a 2018, 38.3 milhões de dólares em projectos sociais que benefi-ciaram cerca de 193.000 pessoas. “Os investimentos sociais foram feitos na educação (18 milhões de

dólares), saúde (10,3 milhões de dólares) e abastecimento de água (5,7 milhões de dólares). Mas as comunidades que vivem perto dos campos de exploração de gás natural (Pande e Temane) dizem que não estão a tirar nenhum be-nefício do projecto”, explicou. O pesquisador do CDD defende que os programas e os respectivos orçamentos de responsabilidade social da indústria extractiva de-vem ser objecto de monitoria e avaliação por parte de entidades independentes. “As empresas po-dem anunciar planos de respon-sabilidade social e tempo depois declararem nos seus relatórios que investiram um certo valor, quan-do na verdade nem metade desse valor foi desembolsado”. (CDD)

Quinta-feira, 12 de Agosto de 202118 | zambeze

| economia|

Governo alemão disponibiliza 1 milhão de euros para combater a pandemia da Covid-19

Economia moçambicana melhorou em Julho

Totalizando um apoio de 19,5 milhões de euros desde 2020

as condições económicas em moçambique continuaram a melhorar em Julho, de acordo com os dados mais recentes do in-quérito Purchasing Managers’ Index (PMI) do Standard Bank que explica que após um forte crescimento durante o segundo trimestre do ano, as empresas registaram aumentos sustentá-veis na produção e em novas encomendas, apesar de esta expan-são se ter atenuado em Junho. os números relativos ao empre-go e a actividade de aquisição também continuaram a crescer

Com um valor de 51,8 em Julho, o ín-dice básico sofreu uma

diminuição desde um pico re-cente de 52,9 em Junho. Portan-to, o valor mais recente apontou para uma melhoria adicional do estado do sector privado, sendo o segundo crescimento mais rápido em cerca dois anos.

A actividade empresarial em Moçambique aumentou no início do terceiro trimestre.

Segundo Standard Bank o crescimento manteve-se está-vel, embora se tenha atenuado ligeiramente a partir de Junho. Registou-se um aumento da pro-dução na maioria dos sectores, tendo sido o sector fabril o único que registou uma diminuição.

“Os dados de Julho tam-bém assinalaram um forte cres-cimento na afluência de novos negócios, prolongando a actual tendência de crescimento para quatro meses. Contudo, o rápi-do aumento de novos casos da COVID-19 reflectiu-se numa di-minuição no número de clientes em algumas empresas”, refere.

Entretanto, o Standard Bank

O sentimento empresarial pare-ceu desvanecer-se ligeiramen-te, após ter alcançado um pico de três anos e meio em Junho. Apesar desta situação, as expec-tativas mantiveram-se fortes no geral, com 69% dos inquiridos a preverem a expansão da pro-dução nos próximos 12 meses.

As empresas continuaram a apostar na mão-de-obra duran-te Julho, sendo que a taxa de criação de emprego se manteve inalterada desde o pico de 18 meses em Junho. Os membros do painel destacaram os esfor-ços dar resposta ao crescimento das vendas. Com a expansão do número de pessoal, as empresas conseguiram reduzir o núme-ro de encomendas em atraso pelo terceiro mês consecutivo.

“A actividade de aquisição também sofreu um aumento em Julho, apesar de a taxa de cresci-mento ter sido visivelmente me-nor do que no mês anterior. Isto resultou numa acumulação de in-ventários mais limitada. Apesar da aparente diminuição da oferta relacionada com a pandemia, os fornecedores conseguiram fazer entregas mais rapidamente, o que levou a uma redução significativa

dos prazos médios de entrega”.Por outro lado o PMI acres-

centa que o aumento dos requisi-tos de pessoal nas empresas mo-çambicanas resultou no aumento dos salários dos funcionários no início do terceiro trimestre. Tal resultou num crescimento significativo nos custos gerais dos meios de produção, ape-sar de uma aceleração muito mais reduzida no que diz res-peito aos preços de aquisição, em comparação com Junho.

“A subida dos preços dos produtos transferida para os clientes teve como conse-quência o aumento contínuo dos encargos com a produ-ção em Julho. Embora tenha abrandado a partir de Junho, a taxa de inflação foi a segun-

da mais rápida em 17 meses”.Relativamente aos resulta-

dos do inquérito, Fáusio Mussá, economista-chefe do Standard Bank - Moçambique, afirmou que o PMI do Standard Bank alcançou os 51,8 em Julho, após um pico recente de 52,9 em Ju-nho, apontando para o abranda-mento do ritmo da recuperação económica, devido às restrições do confinamento mais rigorosas com vista à contenção da disse-minação da pandemia de Co-vid-19. É possível que a acelera-ção da campanha de vacinação a partir de Agosto, com a recessão prevista de 11 milhões de do-ses, ajude a atenuar as restrições relacionadas com a Covid-19.

“O subíndice da produção permaneceu muito acima da

média de 50. Isto sugere que o crescimento do PIB permanece em bom território, muito pos-sivelmente devido ao desem-penho do sector da agricultura. Contudo, o índice revela uma diminuição da produção fabril, possivelmente devido à limi-tada procura agregada”, disse.

“Enquanto a maioria dos in-quiridos espera o aumento da pro-dução, os desafios de segurança existentes, os adiamentos na im-plementação de projectos de gás natural e as pressões de liquidez relativamente às trocas comer-ciais com o estrangeiro podem ter afectado a confiança empre-sarial. O índice de expectativas futuras atenuou-se em Julho, depois de um pico recente de 42 meses em Junho”, acrescentou.

A República Federal da Ale-manha coloca a disposição de Moçambique um apoio adicio-nal de 1 milhão de euros para apoiar as medidas de prevenção e de gestão dos efeitos adversos da COVID-19 através da co-operação alemã. Os presentes fundos adicionais irão reforçar o projecto de Boa Governação Financeira, um projecto entre a cooperação alemã e o Gover-no de Moçambique, cofinan-ciado pela Embaixada da Su-íça e implementado pela GIZ.

Importa referir que, com o apoio adicional de 1 milhão de euros, e somando ao apoio concedido à Moçambique em 2020 à luz dos projectos da

cooperação alemã nas áreas de educação, boa governação, desenvolvimento económico sustentável e biodiversidade destinados a prevenção e ges-

tão das consequências negati-vas decorrentes da COVID-19 em Moçambique, a Alemanha já disponibilizou um total de 19,5 milhões de euros para o

combate a COVID-19 no país.Os fundos ora anunciados,

destinam-se à implementação das seguintes actividades: virtua-lização parcial de formações dos Institutos de Formação em Ad-ministração Pública e Autárquica (IFAPA), campanhas de sensibi-lização sobre a Covid-19 e para a prevenção da violência do-méstica nos municípios das pro-víncias de Sofala, Inhambane; digitalização das administrações municipais e ofertas de serviços digitais para os munícipes em municípios seleccionados, bem como entrega de material infor-mático e equipamento de salas multimédia em unidades indivi-duais das instituições parceiras e

respectivas formações; e igual-mente equipar municípios selec-cionados com artigos de higiene e protecção a fim de manter o seu funcionamento e prevenir o risco de infecção em locais públicos.

O Governo alemão defen-de uma abordagem multilateral comum para o combate global contra a pandemia, razão pela qual é actualmente um dos maio-res contribuintes do Acelerador de Acesso às Ferramentas Co-vid-19 (ACT) / COVAX e que visa distribuir mais de 2 bilhões de doses de vacina em 2021, no intuito de vacinar os 20% mais vulneráveis da população global de forma justa, trans-parente e não discriminatória.

zambeze | 19Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

|desporto|

Baúte é o que se segue no comando da “locomotiva”

Morreu Inácio Sambo, um dos seus grandes impulsionadores!

Associação Black Bulls

Daúde Razaque já não é treinador principal da equipa de futebol do Ferroviário de maputo, segundo decisão tomada na manhã deste domingo pela direcção “locomotiva” que in-dicou o antigo defesa central Carlos Baúte como o novo ti-moneiro interino da formação da baixa da capital do país.

No breve comunica-do divul-gado nas suas pá-

ginas oficias na internet, pode se ler: “A Direcção do Clube Ferroviário de Mapu-to, CFvM, comunica às en-tidades público-privadas, à Federação Moçambicana de Futebol, aos sócios, adep-tos e simpatizantes, a não renovação do contrato de trabalho celebrado entre o clube e o treinador da equipa principal de futebol, Daude Razaque, cujo término es-tava previsto para dia 31 de Agosto do ano em curso”.

Mas adiante o clube “lo-comotiva” explica os motivos que estão por detrás desta não renovação do contrato com Razaque, escrevendo que “esta decisão amigável foi tomada em consonância com os resultados desportivos

que foram apresentados pela equipa, neste momento a não corresponderem aos objecti-vos mutuamente acordados”.

Recordar que o Ferrovi-ário de Maputo perdeu por uma bola a zero diante da União Desportiva do Songo, em jogo realizado na última sexta-feira, perdendo mais pontos na corrida de persegui-ção ao líder Black Bulls, que está com 33 pontos, mais 11 que o Ferroviário de Maputo.

Através do mesmo comu-nicado, a “Direcção do CFvM comunica igualmente que Car-los Simião Baute, assume ime-diatamente e interinamente a equipa principal de futebol”.

Ainda neste domingo, Carlos Baúte foi investido nas suas novas funções, tendo proferido as primeiras decla-rações também para a comu-nicação do clube afirmando: “as primeiras palavras são de agradecimento à Direcção do

clube por esta indicação para o cargo, mas mais do que isso é ir logo ao trabalho. A equipa encontra-se numa posição não muito boa no Moçambola e por aquilo que ia acompanha-do, é um conjunto com uma

O internacional moçambica-no Clésio Baúque foi apresentado esta segunda-feira como reforço do Marítimo que milita na Liga Portuguesa de Futebol. O mo-çambicano, que era um jogador livre depois de deixar o Azerbai-jão, chegou cheio de ambição.

“Estou feliz por regressar a Portugal e poder ajudar o Marí-timo. É um clube histórico, tra-balhador e ambicioso. E venho contribuir para ele alcançar os seus objectivos”, referiu à Ma-

rítimo TV Clésio, de 26 anos.O antigo benfiquista, inter-

nacional por 33 vezes pelo seu país, definiu-se assim ao canal do clube. “Sou um jogador rá-pido, trabalhador e prometo dar tudo para proporcionar ale-grias aos adeptos”, finalizou.

O avançado internacional moçambicano Clésio Baú-que, foi campeão português pelo Benfica em 2015/16, e junta-se a outro internacional pelos Mambas Zainadine Jú-

nior que actua no Marítimo.Clésio Baúque, que che-

ga do Azerbaijão, onde ac-tuou nos primodivisionários do Zira FK (na temporada transacta cumpriu 20 jogos e apontou cinco golos) e no FK Qabala, na época 2019/20.

Para além da uma liga por-tuguesa, o atleta, de 26 anos, tem no currículo uma Superta-ça moçambicana, conquistada ao serviço Ferroviário de Ma-puto, em 2012. (laNCemZ)

Caiu Razaque

O futsal moçambicano está de luto, na sequência da morte de Inácio Sambo, antigo Selec-cionador Nacional da modali-dade e um dos impulsionadores para a criação da Comissão Na-cional de Futsal Junto a Federa-ção Moçambicana de Futebol.

Sambo perdeu a vida este domingo, depois de estar a lutar pela sobrevivência numa clíni-ca privada na Cidade do Chi-moio, na província de Manica, onde residia nos últimos anos.

Como Seleccionador Na-cional, tendo levado o com-binado Nacional a participar em várias competições inter-nacionais, com destaque para o Grand Prix na qual Moçam-bique ocupou a quarta posi-ção. Para além de ter exerci-do as funções de timoneiro

da selecção de Moçambique, Sambo foi treinador de varias equipas com as quais con-quistou o título de Campeão Nacional por várias vezes.

Na província de Manica para além de incentivar a prática do futsal, colaborava com a As-sociação Província de Futebol sugerindo para a implementa-ção de vários programas desde a formação a alta competição.

Sambo também emprestava o seu saber como comentador desportivo na comunicação so-cial, particularmente no canal televisivo STV, com o qual co-laborou desde a primeira hora da criação dos programas despor-tivos desta estação televisiva mo-çambicana. À família enlutada o LanceMZ endereça as mais senti-das condolências. (laNCemZ)Clésio Baúque reforça Marítimo

Futsal moçambicano ficou mais pobre

boa produção em termos de volume de jogo, mas faltava--lhe o poder ofensivo. Vamos trabalhar muito no aspecto da finalização de forma a mudar o rumo dos acontecimentos” vincou Baute sem tempo para mais formalizações, até por-que deve orientar a equipa na próxima quarta-feira fren-te ao Desportivo de Maputo.

Referir que esta posição da Direcção do Ferroviário de Maputo surge numa altura em que os sócios da colecti-vidade, com destaque para elementos da claque “Vata Xanisseka” terem solicitado um encontro com a direcção do clube para analisar, dentre vários aspectos, o momento actual por que passa a equipa principal de futebol, reunião essa que foi remarcada para ocorrer esta segunda-feira, 9 de Agosto. (laNCemZ)

Quinta-feira, 12 de Agosto de 202120 | zambeze

Comercial

“Estou a viver uma nova experiência mas o futebol é igual em todo o lado”

|desporto|

Messi será adversário de Reinildo e Mexer

Lionel Messi foi oficializado como novo reforço do Pa-ris saint-Germain no início da noite desta terça-feira na França, após anúncio antecipado pela imprensa europeia e o pai do jogador. isto equivale dizer que lionel mes-si será adversário dos internacionais moçambicanos rei-nildo Mandava (campeão pelo Lille) e Edson “Mexer” Sitóe ( do Bordéus), curiosamente dois defesas que cer-tamente poderão travar alguns duelos com o argentino.

Para uma transfe-rência de um dos melhores joga-dores da história, para uma transfe-

rência do capitão de um dos maio-res clubes do mundo, para uma transferência de alguém que esta-va no mesmo sítio há 20 anos, até aconteceu tudo bastante rápido. O Barcelona anunciou que Lionel Messi não poderia ficar na Cata-lunha na quinta-feira, o próprio Lionel Messi confirmou a aborda-gem do PSG no domingo, a ofi-cialização aconteceu na terça-fei-ra e a apresentação na quarta. Em seis dias, simplesmente, o futebol enquanto o conhecíamos mudou.

Ver Messi com uma camisola do PSG tem vários fatores de es-tranheza. E nem sequer é só pela troca do número 10 pelo 30, pela ausência das riscas blaugrana e a presença do azul parisiense ou pela falta de uma braçadeira com as cores da Catalunha no braço es-querdo. Ver Messi com uma cami-sola do PSG é vê-lo, pela primeira vez, a defender um clube, uma ci-dade e uma comunidade que não Barcelona. É vê-lo, pela primeira vez, a ter de confirmar noutro sí-tio tudo o que fez nas últimas duas décadas. E é vê-lo, pela primeira vez, a procurar um espaço à me-dida num balneário recheado de personalidades fortes onde a sua ainda não é a mais cimentada.

Esta quarta-feira, no Parque dos Príncipes, Lionel Messi foi apresentado enquanto novo joga-dor do PSG. Um PSG que já tinha contratado Gianluigi Donnarum-

ma, Sergio Ramos, Achraf Haki-mi e Wijnaldum e que provou ser o único clube do mundo com ca-pacidade financeira para abordar o argentino assim que o Barcelo-na anunciou que este não pode-ria permanecer em Camp Nou. Acompanhado pela mulher, pelos três filhos e por Nasser Al-Khelai-fi, o presidente do PSG, o jogador argentino entrou na sala de im-prensa — totalmente lotada com a presença de 100 jornalistas, sendo que outros 100 assistiram à confe-rência através de um ecrã gigante num anexo e outros tantos nem sequer conseguiram acreditação.

“Estou muito feliz. A minha saída do Barcelona foi muito dura, foram muitos anos, é difí-cil esta mudança depois de tanto tempo. Mas agora, chegado cá, a felicidade é enorme. Quero que tudo isto passe rápido para come-çar já a treinar. Obrigada ao clube,

a todos. Desde o dia em que saiu o comunicado do Barça que foi tudo fácil e rápido e em pouco tempo”, começou por dizer Messi, naque-las que foram as primeiras pala-vras enquanto jogador do PSG. “Tenho intacta a vontade de con-

tinuar a ganhar. Este clube é am-bicioso, vejo a equipa técnica e o plantel e estamos prontos para lu-gar por tudo. Venho aqui para este clube para isso. Obrigada também aos adeptos, esta receção tem sido uma loucura desde o primeiro mi-nuto”, acrescentou o argentino.

O agora antigo capitão do Barcelona assinou pelo PSG por dois anos, até 2023 e com a opção de um terceiro ano, e vai ganhar 35 milhões por época em Paris. Ainda assim, Messi deixou claro que não irá estrear-se já no próxi-mo sábado, na segunda jornada da Ligue 1 e contra o Estrasbur-go, já que precisa de “fazer uma pré-temporada sozinho”. “Venho de um mês parado. Ontem falei com a equipa técnica e segura-

mente terei de fazer uma pré--temporada sozinho. Oxalá seja o mais cedo possível porque tenho muita vontade, mas não posso ainda dizer quando é que vou estrear-me”, disse, ainda que vá ser oficialmente apresentado aos

adeptos no relvado do Parque dos Príncipes este fim de semana.

“Tudo o que aconteceu esta semana foi duro e rápido. E emo-cionante, porque não posso deixar para trás tudo o que vivi e passei. Mas agora estou maravilhado com esta nova etapa que tenho para viver com a minha família. Passaram-me muitos sentimen-tos pelo corpo em tempo recor-de, ninguém está preparado para viver isto tão de repente”, atirou o argentino, que assumiu a res-ponsabilidade de ir atrás da Liga dos Campeões mas lembrou que “é possível ter uma grande equi-pa e não ganhar a Champions”. “É uma competição onde estão os melhores, é preciso ter um grupo unido e forte, como creio que é este balneário. E depois é preciso ter sorte, claro. Nem sempre ganha o melhor, é um torneio especial e é isso que o torna tão importante. Disse sem-pre que o meu sonho era voltar a ganhar a Liga dos Campeões e creio que estou no sítio ade-quado”, explicou Messi, que aos 34 anos tem quatro troféus da liga milionária no palmarés.

Na apresentação, o argenti-no lembrou que tem “vários co-nhecidos” no balneário do PSG e que esse fator acabou por ser bastante importante na hora da decisão.“Tanto o PSG como eu buscávamos os mesmos objeti-vos e oxalá possamos alcançá-los

juntos. Conheço o Neymar, o Di María, o Paredes… Tenho muitos amigos aqui dentro”, disse, acres-centando que o clube impulsionou o crescimento da liga francesa com a contratação de “grandes jo-gadores” e antecipando um even-tual reencontro com o Barcelona na Liga dos Campeões. “Pode acontecer… Toda a gente sabe o carinho e o amor que tenho pelo clube, onde estive desde peque-no. Será sempre a minha casa e logo vemos se nos cruzamos na Europa. Seria estranho voltar a Camp Nou com outra camisola mas isto é futebol e pode aconte-cer”, afirmou, referindo também que será “uma loucura” dividir o ataque com Mbappé e Neymar.

“Disse ao Leonardo [direc-tor desportivo] que queria que a minha família estivesse bem e cómoda aqui em Paris. Estou a viver uma nova experiência mas o futebol é igual em todo o lado. No balneário tenho muitos ami-gos e de certeza que vão ajudar--me a adaptar-me rápido. Estou preparado a nível desportivo e a nível familiar. Paris é uma cidade espectacular e estamos tranquilos e felizes agora”, ex-plicou Messi já na reta final da apresentação, que acabou com aplausos dentro da sala de im-prensa do Parque dos Príncipes. Nasser Al-Khelaifi, por seu lado, ainda deixou a garantia de que a contratação do argentino não significa que Mbappé vai sair e que o negócio “seguiu as regras do fairplay financeiro”. Depois da conferência, Messi ainda deu os primeiros passos no relvado do estádio do PSG e subiu a um palanque, no exterior do recin-to, para cumprimentar todos os adeptos que ali esperaram du-rante horas para o conseguirem ver durante alguns segundos. (observador/laNCemZ)

zambeze | 21Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

| cultura|

“O meu Hip-Hop é caracterizado pela intervenção social e defende os direitos de África” – Bignil MC

monteiro Ângelo seba, mais conhecido no mundo ar-tístico como Bignilmc, jovem de 28 anos de idade, nasci-do na Cidade de maputo e residente no bairro do Fomen-to Cial. É promotor de vendas e tem como arte o Hip-Hop.

Bignil MC sempre foi um amante da arte, tendo começado a

praticar a arte da capoeira. A capoeira é uma representação cultural que mistura esporte, luta, dança, cultura popular, música e brincadeira. Caracte-riza-se por movimentos ágeis e complexos, onde são utilizados os pés, as mãos e elementos ginástico-acrobáticos. Dife-rencia-se das outras lutas por ser acompanhada de música.

Para si, a sua arte é importan-te porque é caracterizada pela intervenção social e defende os direitos de África e tem como princípios abordar mensagens daquilo que não aprendemos na escola. “Trago a verdadeira história do nosso continente”

O artista conta que teve que deixar a prática da capoeira

por maior parte do grupo que alinhava-se a esta prática dis-sociaram-se e assim teve que seguir outros caminhos, tendo então se encontrado na música.

“Praticava a arte da capo-eira já há bastante tempo, eu gostei daquelas acrobacias, dar pinos, eu sentia uma pai-xão incalculável nesta mo-dalidade, mas por questões da vida tive que abandonar”.

Em 2009 a convite de um amigo, Bignil MC entrapara o mundo da música, tendo en-tão gravado algumas faixas, mas nesse tempo não tinham muito acesso a internet, redes sociais, de modo a expandir mais os seus trabalhos, então o material foi se perdendo.

“Em 2011, com o acesso a internet e redes sociais, co-mecei então a gravar novas faixas e posteriormente publi-cadas nas redes e alguns sites”.

BignilMcteve que dar uma pausa na música por um perí-odo de 1 a 2 anos, por motivos de força maior, no entanto, isso não o tirou a paixão e talento que existe dentro de si, tendo retor-nadomais preparado e focado.

Tendo então retornado, BignilMC lançou uma EPin-titulada “Pele Negra﴾Mulher Africana﴿”composta por 3 fai-xas que o artista transmite o afri-canismo da mulher Africana. A EP está disponível em quase to-das as plataformas digitais, tais como, Itunes, Spotify, Youtube, SoundCloud, Deezer e outros.

“Após lançar esta EP, te-nho recebido muitos convites de artistas e tenho trabalhado em várias faixas e fiz algu-mas participações em músi-cas de vários artistas e con-fesso que foi muito bom”.

Actualmente o artista está trabalhando em um novo pro-jecto que será intitulado “King Kong Gigante” e o seu lan-çamento está previsto para Novembro do corrente ano”.

Ao falar das dificuldades, o jovem afirma que enfrentou muitas dificuldades na vida e

na arte, primeiro porque muito cedo teve que batalhar para po-der ajudar a família, muito cedo seus pais separam-se e assim morando com apenas com a sua mãe, tinha que ser o homem de casa e ajudar, sendo que eram de uma família humilde e de poucos recursos monetários.

Ao falar da arte o artista confessa que na arte, ainda é difícil os jovens artistas terem um patrocínio ou apoio, exis-tem apoios para alguns artistas, mas ainda é uma dicotomia, no entanto, também tem que batalhar para poder trazer aos demais, músicas de qualidade.

“Já tentei procurar por algum patrocínio, mas sem sucesso, portanto, faço tudo sozinho, por isso que a meu ver, parece que as coisas estão sendo meio lentas para mim, mas na verdade, eu sei o que estou a fazer, tudo ao meu tem-po devido ao meu esforço”.

No seu entender, antes da pandemia, as coisas estavam um pouco razoáveis, com o advento da mesma, as coisas tornaram-se difíceis principal-mente para os artistas que vi-

vem da música, tudo porque os concertos foram cancelados e os artistas tiveram que adaptar-se.

“Temos feito lives, para mostrar o nosso trabalho ao público e antigamente a gen-te fazia concertos e sentia a vibração do público e hoje em dia é difícil por conta da Covid-19 e temos que nos adaptar ao novo sistema”.

“Apesar disso, acho que a música está a progredir, porque estão a surgir novos talentos e são jovens que es-tão a trazer muita carga e te-nho apreciado muitos traba-lhos novos que é de louvar”.

O artista deixa um con-selho aos jovens praticantes do Hip-Hop ao dizer, “jovens sejam mais originais no que fazem, pois é notado que al-guns jovens praticantes deste estilo musical, tem feito muita imitação. Sublinha ainda, uma coisa é se espelhar e inspirar--se num determinado artista e outra coisa é imitar o que o artista faz. Por fim, agradeço pelo convite e dizer, que nós trabalhemos mais para que a nossa arte possa desenvolver”.

silvino miranda

Quinta-feira, 12 de Agosto de 202122 | zambeze

| cultura|

“A minha música é feita para tornar a vida das pessoas mais alegre” – Puto Nhamadjuya

Puto Nhamadjuya nome artístico de Hélder da Graça Sérgio, nascido na Cidade de Chimoio de 33 anos de idade. pai de famí-lia e actualmente reside na Cidade de moatize em tete e traba-lha como Técnicoresponsável de cultura na Cidade de Moatize.

Nos seus m o m e n t o s livres, o ar-tista gosta de escre-

ver música, assistir futebol (tanto que faz parte do Fer-roviário de Moatize como o homem forte de marketing e publicidade). Gosta também de ver filme e assistir novela.

Para si, o objecto na sua carreira musical e em suas músicasé ver o seu povo feliz com as suasmúsicas e tam-bém ver seu povo feliz em estar a viver na pátria ama-da, pais que lhe viu nascer.

Puto Nhamadjuyainiciou a sua carreira no ano de 2002 na Soalpo no Centro da Asso-ciação da Jossoal e fez um bom sucesso em 2004 com a músi-caviolação de menor (Firmino).

Faz parte da N-Label que significa NhamadjuyaLabel onde tem promovido vários talentos da música moçambi-cana e também tem respon-sabilidade social com a sua agência para o desporto, mú-sica, orfanatos entre outros.

Tem um álbum no mercado intitulado “Intervenção social”e

várioshits, já participou no concurso de música infantil da RádioMoçambique. Tem vá-rias participações com artistas de renome, como, Djardiles, Mrkuka e outros. Ainda está em manga uma música com participação do cantor Mrbow.

“Tenho sonhotambém de cantar com músicos internacio-nais como, Jhapraise, harmoni-ze, rayvan entre outros. Estou agora com meu manager Afon-so sixpeneJúnior,que está ago-ra a cuidar da minha carreira”.

O artista faz Também par-te da Calengo Entretenimento, mas como um dos mais ve-lhos do grupo e conselheiro.

“A minha análise sobre a cultura da música no nosso país, tendo em conta a pande-mia da Covid-19 está por água baixo, pois a maioria dos ar-tistas musicais sobrevivem na base dos shows e sem shows nãohá comida na mesa, pedi-mos a quem de direito (Minis-tério da Cultura) para ajudar os artistas porque a situaçãonãoé das melhores e não si sabe quando voltaremos aos palcos”

Falando sobre as dificulda-des enfrentadas o artista afir-

ma ter passado por várias, até que em 2004 deu um “bum”.

“Andei a pé 5 a 10km por dia a procura de oportunidade,já fui menosprezado várias ve-zes, pois para dares um “bum” na músicaé preciso dar no duro e correr atrás e graças a Deus tive amigos que viram o meu talento e ajudaram-me.

Para além do apoio dos seus amigos o artista contou com o apoio de um empresá-rio Ikibal (Falecido) dono da empresa Sena Cento-Chimoio que encantou-se com seu ta-lento e deu uma mãopara ser reconhecido anível do país e internacionalmente. “Que muito me ajudou para esta-minha longa caminhada”.

No seu entender, ainda está longe do Ministério da Cultura e Turismo, os em-presários olharem a música como algo relevante, pois um e outro empresárioé que tem dado apoio aos músicos e a outras práticas artísticas.

“Agradecer pelo convi-te, mandar beijos aos meus filhos, a minha família e não se esquecendo dos meus fãs que incansavelmentepergun-tam sobre o novo bit e dizer está prestes a sair o novo EP e para já me encontro em es-túdio a gravar músicas. Aos meus pais que tanto amo, dizer que vamos nos prevenir da Co-vid-19 pois é uma realidade”.

silvino miranda

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*Serviço de inteligência exclusivo para assinates, com publicações regulares sobre politica e economia africana*Arquivo de inteligência sobre empresas, negócios e individualidades desde década 1980*Relatórios a pedido (“tailoe-made”), de acordo com necessidades de pesquisa e analise de clientes individuas

(verificação de historial, “due dIIIIgence”, consultoria)

para mas informação, contacte: patrícia dias, +351 936 307 183 (tel/Whatsapp) ou [email protected]

zambeze | 23Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

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Papú defende igualdades de oportunidades no negócio do Cimento

Para aliviar sofrimento dos Jovens sem tecto em Sofala

o empresário mahomed akkbar, vulgarmente conhecido por Papú, considera que para aliviar o sofrimento dos “Jo-vens sem tecto”, no país, e na província de sofala em parti-cular, o Governo de moçambique deve pautar pelo espírito de igualdades de oportunidades nos baixos preços de com-pra de cimento que são praticados na província de maputo.

Para o empresá-rio, esta acção visa impulsio-nar o desen-volvimento dos

jovens que até ao momento ainda não construíram as suas próprias casas, devido ao ele-vado custo de venda deste produto que é praticado nas províncias que se localizam fora da província de Maputo.

Segundo palavras do jovem-empresário, a nova fábrica de cimentos recente-mente inaugurada pelo PR na província de Maputo, trou-xe uma nova dinâmica para aquela parcela do país, e espera-se também que a esta fábrica traga a mesma di-nâmica para a província de Sofala e não só para o país.

Papú afirmou ainda que neste momento o baixo preço da venda de cimento pratica-do na cidade de Maputo que é resultante da implantação da nova fábrica de produ-ção de cimento não está a se fazer sentir ao nível da pro-víncia de Sofala e no país em geral, devido ao diferencial de preços praticados em Ma-puto e que está muito além dos preço de venda de cimen-to praticados na Beira, que são considerados muito alto.

A fonte acha ainda que, ainda não é o momento do im-pacto directo do consumidor final do cimento comparati-vamente dos consumidores da província de Maputo, sendo a razão principal que a mesma fonte sente que haja dificul-dades maiores nos custos de cimento entre a província de Maputo e Sofala, tido como

sendo um custo muito elevado.Papú reconhece que, numa

primeira a província de Mapu-to é uma potencialidade relati-vamente a província de Sofala. “E se olharmos para aquilo que queremos como o desen-volvimento de todas as provín-cias do país, a cidade da Beira é a maior do país, sendo Sofala uma província muito extensa e bastante rica que também pode ser explorada em outras potencialidades na instalação de mais fábricas, para além das três já existentes que não trouxeram um impacto direc-to ao consumidor final.” “ E pelo facto das três fábricas instaladas na província de So-fala, terem entrado no merca-do em pé de igualdade, sem olhar o nível do crescimento populacional de uma forma igual”. E para que estas e ou-tras preocupações dos jovens

na província de Sofala sejam ultrapassados, seria melhor que fosse instalada uma fá-brica de produção de cimento, igual a nova fábrica que está sendo mais concorrida na pro-víncia de Maputo, para ajudar a impulsionar o desenvolvi-

mento da juventude na pro-víncia de Sofala, atendendo e considerando que, a província de Sofala possui matéria prima suficiente para a construção de uma fábrica de produção de cimento com a mesma quali-dade e preço do cimento que é

produzido na província de Ma-puto, para facilmente a juven-tude alcançar os seus sonhos de pelo menos possuir um texto, como o sonho de qual-quer jovem” - disse a fonte.

E sobre a produção de ou-tros matérias de construção de casas para jovens, a fonte dis-se não ter uma indústrias que possa facilitar a competitivi-dade e se houver uma indústria forte a operar plenamente em diversos ramos e na produção do ferro, chapas de zinco, de Lusalite, IBR e etc, a mesma fonte defende que, isto poderá certamente facilitar ao consu-midor final, porque a compe-titividade não é só para con-seguir alcançar os resultados para os empresários, a com-petitividade é para fazer face aquilo que são as necessidades, principalmente para o público--jovem e do consumidor final. A fonte frisa ainda que, é im-portante que haja competitivi-dade de modo a que possamos beneficiar ao consumidor final que é a juventude da Beira. Z.

Jordane nHane