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EFEITOS DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA INTENSIDADE DE UM
PROGRAMA DE TREINAMENTO CONTÍNUO EM VARIÁVEIS
RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DE ADOLESCENTES
ASMÁTICOS GRAVES
LUZIMAR RAIMUNDO TEIXEIRA
Tese apresentada à Escola de
Educação Física da Universidade de
São Paulo, como requisito parcial
para obtenção do grau de Doutor
em Educação Física.
ORIENTADOR: PROFA. DRA. MARIA AUGUSTA P. DAL MOLIN KISS
2
AGRADECIMENTOS
À orientadora, Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss, pela
paciência e orientação.
Aos membros da banca examinadora de qualificação; Prof. Dr. Ruy
Laurenti, Prof. Dr. Paulo Affonso Pinto Saraiva, Prof. Dr. Edison Duarte e
Prof. Dr. Benedicto Sérgio Denadai, pelas valiosas sugestões.
Ao Prof. Dr. Go Tani, amigo, crítico e grande incentivador.
Ao Prof. Dr. Edison Jesus Manoel, pela revisão do inglês.
Ao Prof. Dr. Luis Augusto Teixeira, pelo auxílio no projeto inicial.
À médica Anna Lúcia de Barros Cabral pelo auxílio e acompanhamento
médico da pesquisa.
Ao Prof. Guilherme Veiga Guimarães pelo inestimável auxílio na
formatação final do trabalho.
Aos amigos professores do CEPEUSP, Emílio e Pascoal que muito
ajudaram dividindo os encargos na direção do CEPEUSP.
Às funcionárias da biblioteca da EEFUSP, Lúcia, Regiane, Selma e Maria
Helena pelos “medlines”, “comuts”, revisões e sobretudo pela amizade e
prontidão no atendimento.
À secretária Rosângela Aparecida M. O. Montani, do CEPEUSP, pela
digitação, paciência em todas as correções necessárias e pela amizade.
À Raquel Cunha Valle pelo tratamento estatístico e atenção dispensada.
Aos amigos e amigas não citados nominalmente mas que são muito
importantes pela amizade sempre presente, mesmo na ausência.
À minha família.
3
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS ............................................................................. v
LISTA DE FIGURAS ............................................................................ viii
LISTA DE ANEXOS ........................................................................... ...xii
LISTA DE APÊNDICES ..................................................................... ..xvii
RESUMO ............................................................................................... .xix
ABSTRACT ......................................................................................... ...xxi
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 01
2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................... 11
3 OBJETIVOS ....................................................................................... 23
4 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................. 23
4.1 Seleção da amostra ........................................................................ 23
4.2 Medidas e testes ............................................................................ 24
4.2.1 Variáveis antropométricas ................................................... 25
4.2.2 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias ............................ 25
4.2.3 Variáveis da função pulmonar ............................................. 28
4.2.4 Exames clínicos e ficha de acompanhamento ..................... 29
4.2.5 Cálculos ................................... ........................................... 29
4.3 Programa de Treinamento ............................................................. 30
4.3.1 Programa educativo ............................................................. 31
5 ESTATÍSTICA .................................................................................. 33
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................... 34
4
6.1 Análise descritiva........................ ................................................ 34
6.1.1 Variáveis antropométicas.. .................................................... 34
6.1.2 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias.... .......................... 35
6.1.3Variáveis da função pulmonar........ ................................... 50
6.2 Análise inferencial ........ ............................................................. 56
6.2.1 Variáveis hemodinâmicas respiratórias .......................... 56
6.2.2 Variáveis da função pulmonar ........................................ 61
7 CONCLUSÕES ................................................................................. 73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................... 74
5
LISTA DE TABELAS
Página
TABELA 1 - Média e desvio padrão para as variáveis
antropométricas. .................................................................. 35
TABELA 2 - Média e desvio padrão dos dados
hemodinâmicos e respiratórios, que antecederam o
exercício, do grupo experimental e grupo controle
nas condições pré e pós. ...................................................... 36
TABELA 3 - Média dos dados hemodinâmicos e respiratórios
durante o exercício máximo, do grupo
experimental e grupo controle .nas condições pré e
pós ....................................................................................... 37
TABELA 4 - Média e desvio padrão das diferenças entre as
condições final (pós ) e inicial ( pré ). ................................ 42
TABELA 5 - Média e desvio padrão, das variáveis duração (s) e
sobrecarga (w) nos instantes LIV1 e pico, pré e
pós 20 semanas. .................................................................. 47
6
TABELA 6 - Média e desvio padrão da variáveis de consumo de
oxigênio nos instantes repouso, LIV1 e pico, pré e
pós 20 semanas. .................................................................. 49
TABELA 7 - Média e desvio padrão do ARP das
variáveis da função pulmonar nos quatro
instantes considerados. ..................................................... 51
TABELA 8 - Média e desvio padrão da diferença entre o ARP
nos três instantes após os exercícios físicos e o
repouso, para as variáveis respiratórias. ........................... 52
TABELA 9 - Média e desvio padrão da diferença entre os
momentos pós e pré, nos três instantes após os
exercícios físicos, para as variáveis respiratórias,
ajustadas para padrão e repouso. ...................................... 53
TABELA 10 - Níveis descritivos resultantes da análise
de perfis. ............................................................................ 57
TABELA 11 - Níveis descritivos resultantes das comparações
dos dois grupos nos diferentes momentos de
avaliação, para a variável VCO2. ...................................... 58
TABELA 12- Níveis descritivos resultantes da análise de
perfis. ................................................................................ 59
7
TABELA 13 - Níveis descritivos resultantes da análise de
perfis. ................................................................................ 60
TABELA 14 - Níveis descritivos resultantes das comparações
dos dois grupos nos diferentes momentos de
avaliação. .......................................................................... 60
TABELA 15 - Níveis descritivos resultantes da análise de
perfis das variáveis da função pulmonar. ......................... 64
TABELA 16 - Níveis descritivos resultantes das comparações
dos dois grupos nos diferentes momentos de
avaliação, para a variável FMF. ........................................ 65
TABELA 17 - Níveis descritivos resultantes das comparações
dos três momentos de avaliação em cada um dos
grupos, para a variável FMF. ............................................ 66
TABELA 18 - Níveis descritivos resultantes das comparações
dos momentos de avaliação dois a dois do grupo
controle, para a variável FMF. .......................................... 66
TABELA 19 - Níveis descritivos resultantes das comparações
dos momentos de avaliação dois a dois, para a
variável FEV1. .................................................................. 67
8
LISTA DE FIGURAS
Página
FIGURA 1 - Gráfico do comportamento da freqüência
cardíaca pré e pós 20 semanas .......................................... 38
FIGURA 2 - Gráfico do comportamento do consumo de
oxigênio (VO2 ml.kg-1.min-1) pré e pós 20
semanas ............................................................................. 38
FIGURA 3 - Gráfico do comportamento do consumo de
oxigênio (VO2 ml.min-1) pré e pós 20 semanas ................ 39
FIGURA 4 - Gráfico do comportamento da produção de dióxido
de carbono (VCO2 ml.min-1) pré e pós 20
semanas ............................................................................. 39
FIGURA 5 - Gráfico do comportamento da ventilação
pulmonar (VE l.min-1) pré e pós 20 semanas ................... 40
FIGURA 6 - Gráfico do comportamento do volume corrente
(VC ml) pré e pós 20 semanas ............................................ 40
9
FIGURA 7 - Gráfico do comportamento da freqüência
respiratória (FR irp) pré e pós 20 semanas ....................... 41
FIGURA 8 - Gráfico do instante de ocorrência de LIV1 e pico
(em segundos) pré e pós 20 semanas .................................. 41
FIGURA 9 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré
da FC. .................................................................................. 43
FIGURA 10 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-
pré da PAS. ....................................................................... 43
FIGURA 11 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós -
pré da PAD. ......................................................................... 44
FIGURA 12 - Gráfico dos perfis médios das diferenças
pós-pré da VCO2. ............................................................. 44
FIGURA 13 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-
pré da RER. ....................................................................... 45
FIGURA 14 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré
da VE. ............................................................................... 45
FIGURA 15 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré
do VC. ............................................................................... 46
10
FIGURA 16 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré
da FR. ................................................................................ 46
FIGURA 17 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós -
pré da duração ................................................................... 47
FIGURA 18 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré
da sobrecaraga. ................................................................. 48
FIGURA 19 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré
do VO2a. ............................................................................ 49
FIGURA 20 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré
do VO2b. ........................................................................... 50
FIGURA 21 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré
da FVC, ajustado para padrão e repouso. ........................ 54
FIGURA 22 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré
do FEV1, ajustado para padrão e repouso. ...................... 54
FIGURA 23 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós -pré,
do FEF, ajustado para padrão e repouso. ......................... 55
FIGURA 24 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré
do FMF, ajustado para padrão e repouso. ........................ 55
11
FIGURA 25 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré
do FMFT,ajustado para padrão e repouso. ...................... 56
FIGURA 26 - Gráfico da variável FVC nos diferentes
instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 61
FIGURA 27 - Gráfico da variável FEV1 nos diferentes
instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 62
FIGURA 28 - Gráfico da variável FEF nos diferentes
instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 62
FIGURA 29 - Gráfico da variável FMF nos diferentes
instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 63
FIGURA 30 - Gráfico da variável FMFT nos diferentes
instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 63
12
LISTA DE ANEXOS
Página
ANEXO I - Características dos alunos do grupo experimental,
no início do programa, que definem os valores das
variáveis da função pulmonar ............................................... 86
ANEXO II - Características dos alunos do grupo experimental
no final do programa, que definem os valores das
variáveis da função pulmonar ............................................. 87
ANEXO III - Características dos alunos do grupo controle, no
início do programa, que definem os valores das
variáveis da função pulmonar ............................................ 88
ANEXO IV - Características dos alunos do grupo controle, no
final do programa, que definem os valores das
variáveis da função pulmonar ............................................ 89
ANEXO V - Valores das variáveis hemodinâmicas e
respiratórias na posição sentada, do grupo
experimental, que antecedeu o exercício na
condição pré treinamento . .................................................. 90
13
ANEXO VI - Valores das variáveis hemodinâmicas e
respiratórias na posição sentada, do grupo
experimental,que antecedeu o exercício na
condição pós treinamento ............................................... 91
ANEXO VII - Valores das variáveis hemodinâmicas e
respiratórias durante o exercício máximo, do
grupo experimental, nas condições pré
treinamento.. ..................................................................... 92
ANEXO VIII - Valores das variáveis hemodinâmicas e
respiratórias durante o exercício máximo, do
grupo experimental, nas condições pós
treinamento. .................................................................... 93
ANEXO IX - Valores das variáveis hemodinâmicas e
respiratórias na posição sentada, do grupo
controle, que antecedeu o exercício na
condição pré.. ................................................................ 94
ANEXO X - Valores das variáveis hemodinâmicas e
respiratórias na posição sentada, do grupo
controle, que antecedeu o exercício na condição
pós.. ..................................................................................... 95
14
ANEXO XI - Valores das variáveis hemodinâmicas e
respiratórias durante o exercício máximo, do
grupo controle, na condição pré ....................................... 96
ANEXO XII - Valores das variáveis hemodinâmicas e
respiratórias durante o exercício máximo, do
grupo controle, na condição pós ..................................... 97
ANEXO XIII - Valores das variáveis da função pulmonar em
repouso, obtidas pré e pós o período de
treinamento .................................................................... .98
ANEXO XIV - Valores das variáveis da função pulmonar em
repouso e cinco minutos após o exercício,
obtidas pré período de treinamento . .............................. 99
ANEXO XV - Valores das variáveis da função pulmonar em
repouso e 10 minutos após o exercício, obtidas
pré período de treinamento. ............................................ 100
ANEXO XVI - Valores das variáveis da função pulmonar em
repouso e 20 minutos após o exercício, obtidas
pré período de treinamento. ............................................ 101
ANEXO XVII - Valores das variáveis da função pulmonar em
repouso e cinco minutos após o exercício,
obtidas pós período de treinamento. ............................. 102
15
ANEXO XVIII - Valores das variáveis da função pulmonar
em repouso e 10 minutos após o exercício,
obtidas pós período de treinamento. ............................. 103
ANEXO XIX - Valores das variáveis da função pulmonar em
repouso e 20 minutos após o exercício, obtidas
pós período de treinamento. ............................................ 104
ANEXO XX - Valores das variáveis da função pulmonar do
grupo controle, em repouso e cinco minutos após
o exercício ......................................................................... .105
ANEXO XXI - Valores das variáveis da função pulmonar do
grupo controle, em repouso e 10 minutos após o
exercício. ......................................................................... 106
ANEXO XXII.- Valores das variáveis da função pulmonar do
grupo controle, em repouso e 20 minutos após
o exercício. .................................................................... 107
ANEXO XXIII - Valores das variáveis da função pulmonar do
grupo controle, em repouso e cinco minutos
após o exercício (pós) ................................................... 108
16
ANEXO XXIV - Valores das variáveis da função pulmonar do
grupo controle, em repouso e 10 minutos após
o exercício (pós) ........................................................... 109
ANEXO XXV - Valores das variáveis da função pulmonar do
grupo controle, em repouso e 20 minutos após
o exercício.(pós) ........................................................... 110
17
LISTA DE APÊNDICES
Página
APÊNDICE 1 - Prontuário individual com exame clínico e as
avaliações ........................................................................ 111
APÊNDICE 2 - Modelo da avaliação de função pulmonar com
os fatores de correção em BTPS e STDP ....................... 113
APÊNDICE 3 - Ficha para o traçado espirográfico.. ................................ 114
APÊNDICE 4 - Ficha para as sessões de treinamento .............................. 115
APÊNDICE 5 - Carta aos pais. ................................................................. 116
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócio-
econômicas e nível de conhecimento dos pais
sobre a doença. ................................................................ 117
APÊNDICE 7 - Folha de rosto da cartilha educativa utilizada no
programa de educação. .................................................. 127
APÊNDICE 8 - Diário para o controle da asma. ...................................... 128
18
APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V utilizadas
para avaliar e reforçar as informações sobre a
asma. ............................................................................... 128
19
RESUMO
EFEITOS DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA INTENSIDADE DE UM
PROGRAMA DE TREINAMENTO CONTÍNUO EM VARIÁVEIS
RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DE ADOLESCENTES
ASMÁTICOS GRAVES
Autor: Luzimar Raimundo Teixeira
Orientador: Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss
Este estudo teve por objetivo investigar se uma intensidade de
treinamento contínuo individualizado, para as condições dos alunos, pode
modificar as variáveis da função pulmonar e hemodinâmicas de adolescentes
asmáticos graves. Participaram deste estudo 19 adolescentes encaminhados ao
“Programa de educação e atividades físicas adaptadas ao portador de asma”
do Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo, com idade
variando entre 11 e 14 anos. O grupo controle foi formado por 12 pacientes do
ambulatório do Hospital Infantil Darcy Vargas, com a mesma gravidade da
doença e idade variando entre nove e 12 anos. Os grupos apresentaram as
mesmas características sócio-econômicas. O treinamento consistiu de três
sessões semanais durante 20 semanas sendo: cinco minutos de aquecimento
20
pedalando sem carga e 30 minutos com a carga de treinamento individual
previamente determinada a 70% do VO2 de pico. Participaram também de
duas outras sessões semanais com as seguintes atividades: 45 minutos de
exercícios generalizados intercalados com exercícios respiratórios, 45 minutos
de natação e 30 minutos de exercícios diafragmáticos intercalados com canto.
O consumo de oxigênio de pico (VO2 pico) foi obtido em cicloergômetro de
frenagem eletromagnética. O protocolo foi o incremental tipo rampa com
aumento de 10 ou 15 w/min, dependendo da estatura da criança.
Paralelamente foi desenvolvido um programa educativo sobre a doença para o
asmático e seus familiares. Os resultados mostram que: treinamento aeróbio
individualizado pode aumentar o VO2 pico e a ventilação pulmonar (VE) de
asmáticos graves; uma menor ventilação para um mesmo esforço indica
melhor eficiência respiratória e tende a evitar o brocoespasmo induzido pelo
exercício (BIE); não há diferenças significativas nas variáveis da função
pulmonar, com exceção do fluxo expiratório forçado (FEF); não há
diminuição do BIE após teste máximo; melhor capacidade cardiovascular e
ventilação proporcionam menor desconforto respiratório; melhor ventilação
com menor freqüência respiratória permite ao asmático grave participar de
atividades físicas mais intensas.
21
ABSTRACT
EFFECTS OF INDIVIDUALIZING INTENSITY IN A CONTINUOUS
TRAINING PROGRAM ON RESPIRATORY AND HEMODYNAMIC
VARIABLES OF SEVERE ASTHMATIC ADOLESCENTS
Author: Luzimar Raimundo Teixeira
Adviser: Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss
This study aimed to investigate whether individualizing a given
intensity in a continuous training program can modify lung function and
hemodynamic variables of severe asthmatic adolescents. nineteen subjects
aged between 11 and 14 years took part in this study. They were enrolled in a
“Program of education and adapted physical activities for asthmatic
individuals” offered by The Sports Center, University of Sao Paulo. The
control group had twelve subjects aged between nove and 12 years who
regularly attending surgery in the Children’s Hospital Darcy Vargas. The
groups were matched by the severity of their asthma condition and their socio-
economic level. The training program consisted of three weekly sessions over
a period of 20 weeks. Each session was composed of free loading five minutes
22
cycling followed by thirty minutes with an overload determined individually
according to 70 % of peak oxygen uptake (peak VO2) They had also more two
week's sessions with the following activities: 45 minutes of general exercise
done interchangeably with respiratory exercises, 45 minutes of swimming and
30 minutes of exercises with the diaphragm done interchangeably with
singing. Meanwhile an educational program about asthmatic individuals and
their family was developed. The peak VO2 was obtained from cycling an
ergometer with electromagnetic breaking. The protocol was ramp gradual with
10 or 15 w/min increases depending upon the child’s height. The results can
be summarized as follows: individualized aerobic training can increase peak
VO2 and pulmonary ventilation (VE) of severe asthmatic adolescents; less
ventilation for the same effort indicates better respiratory efficiency and can
avoid BIE; there were no significant differences in all lung function variables
but FEF; there was no decrease of BIE after maximum effort, the greater the
cardiovascular capacity and ventilation the lesser respiratory discomfort;
improved ventilation accompanied by less respiratory frequency allows severe
asthmatic individuals to take part in more intense physical activities.
23
1 INTRODUÇÃO
A asma é uma doença complexa, muito comum e antiga.
Inicialmente foi termo utilizado para referir-se a qualquer doença associada à
falta de ar. Foi o médico grego Hipócrates quem denominou como asma a
dificuldade para respirar ou ofegar, há 2500 anos atrás (CABRAL &
TEIXEIRA, 1994).
FLOYER, em seu livro "Tratado da Asma", apresentou o
broncoespasmo como causador da falta de ar, relacionando-o com
hereditariedade, poluição, infecções, exercício físico e fatores emocionais
(TEIXEIRA, 1990).
A incidência da asma na população difere de país para país,
apresentando uma variação de 3 a 10%. Geralmente é mais frequente na
criança que no adulto. Nos países ocidentais acomete de 3 a 6% da população
geral. Na população pediátrica a incidência chega a 10% (CABRAL &
TEIXEIRA, 1994). Com relação ao sexo a incidência maior é entre os
meninos, sendo os mais afetados na relação 2:1 a 3:2. Por razões
desconhecidas, os meninos além de apresentarem maior freqüência são os que
apresentam maior gravidade da doença. Por outro lado, na adolescência as
meninas são mais acometidas (TEIXEIRA, 1993a). Atingindo as crianças
principalmente na fase de seu maior crescimento e desenvolvimento, cerca de
80% dos asmáticos apresentam as primeiras manifestações da doença até os
cinco anos de idade.
Estudos recentes sugerem que a asma está se tornando cada vez mais
frequente, grave, problemática e que o número de crianças asmáticas dobrou
nos últimos 20 anos. Hoje é considerada a principal causa de falta à escola e
24
ao trabalho. Várias possibilidades têm sido aventadas para explicar esse
aumento, entre elas a poluição do ar e o aumento de elementos alergênicos na
atmosfera, em particular o ácaro, que encontrou um ambiente propício para
sua proliferação. Embora a taxa de mortalidade por asma ainda seja pequena,
o risco de morte por uma crise asmática é inquestionável. Em alguns países
parece ter havido um aumento no número de casos fatais e os estudos
realizados em busca das causas apontaram falta de tratamento adequado e
preventivo, chamando-se aqui a atenção para o fato de que os asmáticos
muitas vezes são subavaliados quanto a gravidade de sua doença. A
subavaliação aliada ao tratamento inadequado tem consequências sérias.
Outro aspecto importante é a morbidade, ou seja, os prejuízos que a doença
acarreta ao asmáticos. Acometidos de crises frequentes e com baixa
resistência a atividades físicas, por exemplo, os asmáticos são submetidos a
inúmeras restrições que o privam do pleno desenvolvimento de suas aptidões.
Com isto levam o rótulo de "criança doente", sofrendo como conseqüência a
rejeição dos colegas. Mas os avanços na área do conhecimento e controle da
doença, alcançados nos últimos quinze anos, tornam possível dar a 95% dos
asmáticos uma boa qualidade de vida. Infelizmente, os recursos relativos a
terapêutica e programas educativos/preventivos não estão ao alcance da
maioria e isto pode explicar, pelo menos em parte, porque a asma está se
tornando cada vez mais grave (CABRAL & TEIXEIRA, 1994).
Embora conhecida desde a antigüidade, a definição completa de
asma há anos representa um desafio e não está ainda claramente determinada
com uma definição universalmente aceita. Os autores e instituições têm
procurado uma definição que seja abrangente quanto aos aspectos
etiopatogênicos e clínicos. Do ponto de vista clínico, representa uma
obstrução difusa das vias aéreas que é reversível espontaneamente ou com
25
tratamento. Fisiologicamente, é uma obstrução de vias aéreas associada à
hiperinsuflação e, farmacologicamente, é uma reatividade exagerada das vias
aéreas a estímulos específicos e inespecíficos (HOLGATE, 1990). A
Organização Mundial da Saúde aponta a asma como sendo o estreitamento
generalizado dos brônquios, cuja intensidade pode variar em curto espaço de
tempo, seja espontaneamente ou por efeito de tratamento e que não é causada
por enfermidade cardiovascular. Por outro lado a AMERICAN THORACIC
SOCIETY (1962), a define como uma doença caracterizada pelo aumento da
resposta da traquéia e brônquios a vários estímulos, manifestando-se por um
estreitamento difuso das vias aéreas, variando de severidade espontaneamente
ou como resultado de terapia. O relatório de um grupo de consenso
internacional em asma pediátrica aponta que o conceito atual de inflamação
das vias aéreas mediada por eosinófilos deveria ser incorporado à definição,
mas que a falta de informações sobre a patologia no interior das vias aéreas de
todos, exceto dos asmáticos graves, não permite sua inclusão (WARNER,
1992). O NATIONAL HEART, LUNG AND BLOOD INSTITUTE OF THE
UNITED STATES PUBLIC HEALTH SERVICE (NHLBI, 1992), apresenta
asma como uma doença crônica e persistente das vias aéreas, caracterizada
por episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto torácico e falta de ar, que
geralmente são reversíveis, mas que podem ser graves e algumas vezes fatais.
Aponta ainda que os fatores que mais contribuem para a mortalidade da asma
são o subdiagnóstico e o tratamento inadequado. Que a maioria das crises
refletem falhas no tratamento, cujas metas devem ser: melhora da qualidade
de vida, controle dos sintomas, prevenção das crises, manutenção de
atividades (inclusive exercícios físicos) e prevenção dos efeitos colaterais dos
medicamentos.
26
A rápida reversibilidade das crises asmáticas, acompanhadas por
registros eletromiográficos dos músculos brônquicos, sugere que a contração
da musculatura lisa tem importante papel na produção da broncoconstricção,
sendo esta contração acompanhada de edema da mucosa e secreção (RATTO
et al., 1981). A hiper-reatividade brônquica manifesta-se por desconforto
respiratório, tosse seca, chiado e dispnéia em resposta ao exercício físico,
exposição à fumaça de cigarro, "sprays" e outros alérgenos. A maioria dos
sintomas produzidos por reações virais e alérgicas é decorrente do efeito
direto do estímulo na via aérea hiperresponsiva (PLATTS-MILLS et al., 1985;
TAUSSIG et al., 1981).
O broncoespasmo é provocado pela interação dos fatores causativos,
mas o efeito de apenas um deles também leva à crise se a tolerância ao
alérgeno for baixa (OSEID, 1982). A asma é caracterizada pela diversidade de
seus sintomas, sendo que, em crianças, as manifestações mais comuns são os
problemas respiratórios recorrentes que podem determinar um
comprometimento funcional de repetição irregular e que se manifesta através
da hiper-reatividade das vias aéreas a diferentes estímulos.
O brônquio que recebe um estímulo específico tem uma resposta
broncoconstritora imediata que atinge seu máximo em 15 a 20 minutos. Uma
segunda resposta, mais prolongada, pode ocorrer entre quatro a seis horas e
mais raramente pode reaparecer nos dois ou três dias seguintes. Estas
respostas são denominadas reações imediatas e tardias, respectivamente. A
broncoconstrição imediata é uma reação de hipersensibilidade cuja
característica é a liberação de mediadores inflamatórios. Essa resposta é
iniciada pelo mastócito. O mecanismo de ativação imunológica dos mastócitos
pela IgE está claramente relacionado à broncoconstrição alérgica, mas outros
mecanismos também podem ativá-lo como, por exemplo, as lecitinas
27
bacterianas, o que associa a asma às infecções respiratórias. A liberação de
mediadores inflamatórios nas vias aéreas, a partir dos mastócitos e outras
células ativadas, promove um mecanismo que pode explicar muitos dos
aspectos fisiopatalógicos da asma (HOLGATE, 1990).
Nas crises de asma o estreitamento das vias aéreas, de pequeno e
grande calibre, provoca alterações na relação ventilação/perfusão, devido à
ventilação não uniforme. A hipoxia que ocorre devido a esse fato aumenta o
estímulo respiratório, como uma tentativa do organismo de aumentar a
ventilação. Isso envolve maior gasto energético. Ora, o consumo de oxigênio
necessário para ventilação pulmonar normalmente é menor que 5% do
consumo total de oxigênio do organismo. Nas crises, o aumento do trabalho
respiratório aumenta a porcentagem dispendida para 25% ou mais. Quando
isso ocorre, o aumento da ventilação se torna insustentável, sobrevindo a
acidose respiratória. As crises prolongadas causam fadiga na musculatura
envolvida na respiração o que pode levar à falência respiratória (TEIXEIRA,
1993a).
A principal ocorrência da crise de asma é a obstrução generalizada
das vias aéreas, sendo que quatro eventos contribuem para essa obstrução: a)
broncoespasmo (aumento do tônus da musculatura lisa do brônquio); b)
hipersecreção (receptores estimulados aumentam a secreção de muco para a
luz dos brônquios); c) edema da mucosa respiratória (mediadores
inflamatórios aumentam a permeabilidade vascular); d) inflamação
(mastócitos liberam fatores quimiotáticos que atraem o infiltrado inflamatório
celular com eosinófilos e neutrófilos). Como conseqüência, ocorrem também
a descamação epitelial (ruptura e subsequente eliminação do epitélio
respiratório) e o espessamento da membrana basal (multiplicação das células
epiteliais para repor a membrana resulta em espessamento). Estes eventos, que
28
são as alterações funcionais características da asma, provocam: aumento da
resistência das vias aéreas, distribuição irregular do ar inspirado, distúrbios na
relação ventilação-perfusão e maior consumo energético durante o trabalho
respiratório (SANTANA & AFONSO, 1983; JACKSON, 1984; TEIXEIRA,
1987, 1993a).
Esta doença geralmente se apresenta com chiado, mas também pode
estar associada a outros sintomas como, por exemplo, a tosse, a respiração
reduzida, a sensação de pressão no peito e a pequena tolerância ao exercício
físico (TINKELMAN et al., 1987). Critérios rigorosos nos diagnósticos são,
portanto, essenciais para a correta caracterização da asma.
Em adultos, a manifestação comum é a hiper-reatividade de vias
aéreas e, em crianças, sintomas como chiado ou simplesmente a tosse podem
ser o único sinal (BOUSHEY et al., 1980; LEE et al., 1984; SPEIGHT et al.,
1984).
A associação da asma com alergia e atopia forneceu um modelo a
partir do qual vários mecanismos fisiopatológicos têm sido demonstrados. Os
processos fisiopatológicos subjacentes a essas reações têm permitido
compreender melhor as complexas interações celulares dessa doença. Nesse
sentido, a relação entre atividade física e asma também tem sido objeto de
investigações em várias pesquisas pois, atualmente, o exercício físico é
claramente reconhecido como causa de reações alérgicas, incluindo-se aqui a
anafilaxia, a urticária, a asma e a rinite induzidas pelo exercício (SILVERS,
1991). No caso da asma, estudos recentes feitos a partir de lavagem
broncoalveolar de indivíduos atópicos e com broncoespasmo induzido pelo
exercício (BIE), sugerem que a patogenia do referido broncoespasmo
independe da liberação de mastócitos. Assim, a problemática da fisiopatologia
do BIE continua desdobrando-se, o que torna de fundamental importância a
29
compreensão dos exercícios (tipo, quantidade e intensidade) que induzem a
reações alérgicas.
Os possíveis benefícios da atividade física para indivíduos asmáticos
têm sido objeto de estudo em diversas investigações (STRIK, 1969;
SELIGMAN et al., 1970; SLY et al., 1972; GHORY, 1974; FITCH et al.,
1976; OSEID & HAALAND, 1978; BROWN & WASSERMAN, 1981;
BUNDGAARD, 1985; FITCH, 1974a, b, 1978, 1983, 1986; HAAS et al.,
1987; TEIXEIRA, 1990), assim como sua participação em esportes (FITCH,
1974b; FITCH & GODFREY, 1976; KATZ, 1983; TODARO et al., 1984;
TODARO & CORSICO, 1986; BAEZA-BACAB & MONGE, 1987).
Outros estudos têm verificado modificações na função pulmonar
decorrentes da atividade física (ROSSI et al., 1984; TEIXEIRA, 1993b;
VRIJENS & BECUE, 1972). Efeitos positivos sobre o volume pulmonar e
sobre a condutância nas pequenas vias aéreas foram verificados nos estudos
de ROSSI et al. (1982).
No caso de asmáticos, a atividade física tem dois distintos efeitos
sobre a função pulmonar, dependendo de sua duração e intensidade. Esforços
de um a dois minutos aumentam o fluxo expiratório, ao passo que esforços
mantidos entre seis a oito minutos, numa intensidade correspondente a uma
freqüência cardíaca entre 160-170 bpm e/ou 70-80% do VO2 max. previsto
para a idade, diminuem os fluxos (GODFREY, 1986; HENRIKSEN, 1986;
OSEID, 1982; TEIXEIRA, 1993b).
Os estudos que verificaram a relação entre programas de atividade
física e asma não estabeleceram claramente em que extensão essas atividades
são capazes de melhorar a asma. Entretanto, ela é apontada e aceita sobre uma
base de que atividades físicas são consideradas benéficas para indivíduos com
disfunções pulmonares.
30
Como resultado da prática regular de atividade física, alguns estudos
se referem inespecificamente a benefícios físicos e fisiológicos (KING, et al.,
1984; ORENSTEIN et al., 1985; VAVRA, et al., 1971; WOOD et al., 1970).
Outros admitem apenas uma relação indireta entre esses fatores apontando
uma melhora na condição física geral do asmático que eventualmente lhe
permite suportar melhor as crises asmáticas (TINKELMAN et al., 1987).
OSEID & HAALAND, 1978 e TINKELMAN et al., 1987 apontam que o
ganho fisiológico após programa de atividade física reflete-se num aumento
da capacidade de trabalho, o que pode significar melhor tolerância ao
exercício e não resultado direto do aumento da função pulmonar. Esse ganho
fisiológico apresenta a suposta vantagem de melhorar a resistência da criança
fornecendo-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas.
Quanto às variáveis básicas da função pulmonar como capacidade
vital forçada (CVF), volume expiratório no primeiro segundo (VEF1) e fluxo
expiratório forçado medido entre 25% e 75% da CVF (FEF 25%-75%), alguns
estudos não encontraram modificações após um programa de exercícios para
crianças asmáticas (NICKERSON et al., 1983; SLY et al., 1972; TEIXEIRA,
1990).
Os benefícios associados à melhora do condicionamento físico
referem-se a melhor postura, aumento da força muscular e melhor rendimento
cardíaco, assim como diminuição das crises asmáticas, do uso de
medicamentos e das faltas escolares (AMERICAN ACADEMY OF
PEDIATRICS, 1970; FITCH, 1983; KATZ, 1983; MC FADDEN, 1984;
MORTON et al., 1981; PETERSEN & MCELHENNEY, 1965; SLY et al.,
1972; TINKELMAN et al., 1987).
Outros benefícios considerados importantes referem-se aos efeitos
psicológicos como aumento da auto-estima e da confiança por desenvolver
31
uma auto-imagem positiva. A criança asmática tem a auto-percepção de estar
doente ou fraca. A melhora nesse aspecto pode levar a menor isolamento
social, tornar os pais menos super-protetores e consequentemente equilibrar a
dinâmica familiar (STAUDENMAYER et al., 1981 e TINKELMAN et al.,
1987).
Apesar de diversos autores terem estudado os efeitos de programas
de atividade física em asmáticos, parece que até o momento não existe
evidência suficiente para responder à pergunta: Qual a quantidade/intensidade
de exercício necessária para promover melhoras significativas na eficiência
ventilatória assim como na capacidade pulmonar? Os estudos realizados
geralmente deixaram de controlar adequadamente não só a intensidade do
treinamento mas também a quantidade total de trabalho realizado e o tempo de
treinamento. Talvez por essa razão não tenham sido encontradas diferenças
significativas após programas de exercícios.
Observa-se, na população sadia, que a magnitude do efeito do
treinamento está diretamente ligado ao estado inicial do indivíduo. O mesmo é
sugerido para o portador de asma, sendo que provavelmente a magnitude da
melhora seja diferente.
O American College Sports Medicine (ACSM, 1978), recomenda
que a quantidade e qualidade de treinamento para desenvolver e manter
aptidão cardiorrespiratória em adultos sadios deve ser: a) em torno de 60% a
90% da freqüência cardíaca de reserva (FCR) ou 50% a 85% do consumo
máximo de oxigênio (VO2max); b) freqüência de três a cinco vezes semanais
e c) duração de 15 a 30 minutos de atividade aeróbia continua.
O aumento da potência aeróbia além de estar diretamente
relacionado com a freqüência, duração e intensidade do exercício, também
depende da quantidade total de trabalho realizado.
32
As pessoas portadoras de doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC) apresentam algumas diferenças quando comparadas àquelas sem esse
distúrbio: a freqüência cardíaca (FC)/VO2 obedece o mesmo padrão mas em
menor magnitude, a maior relação de FC/VO2 para a DPOC provavelmente
deve-se ou reflete a falta de aptidão física enquanto a relativamente menor FC
max deve-se à limitação respiratória, o que pode ser analisado também pelo
pulso de O2 (VO
2/FC - volume de O
2 acrescentado ao sangue pulmonar por
batimento cardíaco). Durante o exercício o padrão é o mesmo mas para cada
carga de trabalho os valores do portador de DPOC são menores, refletindo
menor volume de ejeção (WASSERMAN et al., 1987).
O VO2 max, nas pessoas normais, mantém uma relação direta com o
desempenho cardiovascular máximo e seus determinantes e também com o
volume da massa muscular ativa. Há uma relação esperada entre tolerância
máxima ao exercício e a idade. A relação da freqüência cardíaca máxima
relacionada à idade parece ser o fator na diminuição do débito cardíaco e em
decorrência do VO2 max (NEDER, 1995).
DENADAI (1995), ao revisar os estudos sobre os fatores
determinantes e limitantes do consumo máximo de oxigênio aponta que
grupos heterogêneos (diferentes idades, sexo, estado de treinamento)
apresentam maiores variações nos valores de VO2 max que grupos
homogêneos. Destaca ainda que os fatores determinantes do VO2 max são:
genético, idade, sexo e treinamento; e que os fatores limitantes são: a
ventilação pulmonar, a difusão alvéolo-capilar, o sistema de transporte de O2
e a diferença artéria venosa de O2.
Os resultados dos programas de atividades físicas são conflitantes.
As discrepâncias podem ser explicadas pela falta de grupo controle,
individualização e tempo de treinamento. Geralmente as intensidades dos
33
treinamentos foram normalizadas pelos batimentos cardíacos. Isso seria
apropriado se os asmáticos pudessem ser considerados um grupo homogêneo
na sua aptidão física inicial e nas suas reações fisiológicas ao exercício, mas
há uma variação importante em função das severidades da doença.
Asmáticos "sub-treinados" não obtêm benefícios e o "super-
treinamento" provoca efeitos danosos.
Através dos conhecimentos relativos do metabolismo energético é
possível a realização de avaliações, prescrições, controle do treinamento,
predição da "performance" de diferentes exercícios e a identificação de
mecanismo ligado à fadiga (DENADAI, 1995).
Embora a avaliação da condição cardiorrespiratória deva envolver
inúmeras variáveis e condições de exercícios, o VO2 max. é o mais
freqüentemente utilizado nas investigações sobre o estado funcional ou
adaptações no sistema de transporte de oxigênio, incluindo aqui a capacidade
de captação, transporte e utilização, sendo também descrita como a mais
simples medida da capacidade cardiorrespiratória (WENGER & BELL, 1986)
Assim, uma intensidade de treinamento deve seguir os conceitos de
individualização. Um caminho seguro é através da determinação do pico de
VO2 (VO2 medido em teste máximo)
Neste sentido torna-se necessário essa determinação para prescrição
de atividades adequadas e avaliação de mudanças nas variáveis da função
pulmonar.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Nos últimos anos tem aumentado o interesse dos pesquisadores no
estudo da atividade física como fator de saúde para a criança asmática.
34
Inúmeros relatos sobre efeitos benéficos dos programas de atividades físicas
foram apresentados por muitos investigadores, dentre os quais:
BUNDGAARD (1985), FITCH et al. (1976), OSEID & HAALAND (1978),
SELINGMAN et al. (1970) e STRIK (1969). Em geral as conclusões dessas
investigações foram que a participação regular nesses programas pode
aumentar a tolerância ao exercício e à capacidade de trabalho. Aumento do
apetite, melhora do sono, diminuição do uso de drogas e sensação de bem-
estar também são fatores associados ao aumento do VO2 max. Muitos estudos
concordam que a atividade física pode melhorar a qualidade de vida do
indivíduo com asma mas, segundo JANKOWSKI & ROY (1977), esses
progressos não são geralmente associados com uma melhora das variáveis
medidas da função pulmonar.
Se por um lado as atividades físicas são benéficas e têm sido
recomendadas, por outro lado podem ser provocadoras de broncoespasmo
induzido pelo exercício (BIE). As pesquisas indicam que os exercícios físicos
são provocadores de BIE em 80 a 90% dos asmáticos. Há de se compreender
que nem todas as atividades físicas provocam esse tipo de reação. Diferentes
exercícios em diferentes intensidades provocam diferentes magnitudes de
crises. A resposta ao exercício aparece alguns minutos após cessado o esforço
e se reverte após aproximadamente 60 minutos. Na maioria dos indivíduos o
BIE consiste em uma única crise de rápido início e recuperação. Alguns
podem desenvolver uma reação tardia (quatro a seis horas após o exercício)
(GODFREY, 1990). O BIE é caracterizado por uma queda de 10% a 15% no
fluxo expiratório máximo. Ocorre com a duração do exercício entre seis e oito
minutos e intensidade de trabalho de aproximadamente dois terços do
consumo máximo de oxigênio (freqüência cardíaca de 170 a 180 bpm para
crianças) (TEIXEIRA, 1993b).
35
Os exercícios podem ser classificados em mais asmagênicos (mais
provocadores de crises), como a corrida, e menos asmagênicos, como a
natação, por exemplo. O exato mecanismo responsável pelo BIE é incerto,
sendo que o resfriamento e ressecamento das vias aéreas na atividade física
parecem ser os maiores responsáveis (TEIXEIRA, 1993a; VIRANT, 1992).
PETERSEN & MCELHENNEY (1965) estudaram 18 meninos com
idade entre oito e 13 anos com asma moderada/severa. O estudo teve duração
de oito meses. Foram realizados e verificados: teste de aptidão física,
capacidade vital, análise das faltas escolares, questionário para os pais sobre o
número e severidade das crises asmáticas e estabilidade emocional, avaliação
dos professores de escola quanto ao progresso escolar, teste psicológico e
avaliação alérgica. O programa de atividades físicas constava de exercícios
calistênicos, jogos de organização simples, rolamentos e desenvolvimento de
habilidades e jogos esportivos, realizados três vezes por semana.
Os resultados indicaram haver diferença significativa nas avaliações
de pré e pós-treinamento quanto à aptidão física e à capacidade vital.
Observou-se também, redução no número de faltas às aulas, e no número e
severidade das crises asmáticas. As professoras relataram que após o período
de atividades físicas os alunos participavam mais ativa e prazerosamente das
atividades ao ar livre, apontando ainda maior na estabilidade emocional.
SELIGMAN et al. (1970), realizou um programa com duração de
oito semanas, freqüência semanal e sessões de uma hora e meia de duração.
Cada sessão constava de meia hora de relaxamento e controle respiratório;
meia hora de jogos em grupo e atividades generalizadas e meia hora de
natação. Participaram desse estudo 20 crianças de seis a 12 anos, não havendo
critério preestabelecido para admissão das mesmas, sendo que todas eram
doentes de atendimento ambulatorial. A proposta do programa era ensinar
36
relaxamento, controle da respiração, controle da respiração em atividade,
desenvolver o tórax, a mobilidade torácica e a resistência física. Os pais foram
convocados para receberem orientações sobre os objetivos do programa,
aprenderem os exercícios respiratórios e assim completar o auxílio em casa.
Os resultados indicaram diminuição dos batimentos cardíacos e melhor
expansibilidade torácica. Não foram notadas mudanças nas variáveis da
função pulmonar: capacidade vital e volume expiratório no primeiro segundo.
SLY et al. (1972), dividiu um grupo de 26 crianças, de nove a 13
anos, em grupo controle e experimental. O grupo experimental participou de
um programa de atividades físicas durante três meses, freqüência de três vezes
por semana e duas horas de duração cada sessão. As atividades consistiam de
uma hora de natação e uma hora de exercícios gerais incluindo calistenia,
exercícios de solo, exercícios em aparelhos (barras, espaldares) e exercícios
abdominais. Os resultados, comparando os grupos, indicou menor número de
dias com chiado no grupo experimental. Não foi encontrada nenhuma
diferença significativa quanto às variáveis da função pulmonar medidas:
capacidade vital e volume do fluxo expiratório no primeiro segundo.
Os estudos de FITCH et al. (1976), foram realizados após um
programa de natação com duração de cinco meses, freqüência de cinco vezes
semanais e uma hora cada sessão. Foi investigado um grupo de 46 crianças
com asma moderada/severa e idades entre nove e 16 anos. Os autores
sugeriram que as mudanças encontradas refletiam um ajustamento fisiológico
para uma melhor condição física. Apontaram também, que foram observadas
melhor postura e aptidão física, redução da gordura corporal, diminuição do
uso de medicamentos, além de benefícios emocionais reconhecidos pela
família.
37
GRAFF-LONNEVIG et al. (1980), estudaram 11 meninos asmáticos
participantes de um programa de atividades físicas e um grupo controle de
nove meninos também asmáticos durante 20 meses. A média de idade de
ambos os grupos era de 11,2 anos. O programa, com uma hora de duração em
duas vezes semanais, era composto de 10 minutos de aquecimento sem
corrida, cinco minutos de exercícios respiratórios, 20 minutos de circuit-
training em cinco estações (pular corda, exercícios na barra horizontal,
agachamentos, exercícios de elevação do corpo e o "step test"), cinco minutos
de treinamento na barra e saltos variados e 20 minutos de jogos de equipe. As
atividades eram realizadas dentro de um ginásio coberto. O programa teve a
duração de cinco meses, após os quais os alunos foram levados para as
montanhas (altitude de 600 metros) com o objetivo de verificar suas
performances no esqui a baixas temperaturas. Os resultados dessa
investigação indicaram aumento, em ambos os grupos, de todas as variáveis
respiratórias e circulatórias, mas não significativamente (taxa total de
hemoglobina, concentração de hemoglobinas por litro de sangue, volume do
coração, capacidade pulmonar total, capacidade vital forçada, volume
expiratório forçado no primeiro segundo, ventilação total e VO2 máximo).
Após as provas de esqui, verificou-se uma queda no volume expiratório
forçado no primeiro minuto (FEV1) em todos os meninos. Os autores
colocaram que os aumentos obtidos dentro do grupo controle se deram
principalmente por efeito do crescimento e desenvolvimento e que, embora o
grupo experimental tenha obtido valores maiores que os do grupo controle,
esta diferença não foi significativa.
BUNDGAARD et al. (1982), verificaram os efeitos do treinamento
físico no pico de consumo de oxigênio e no broncoespasmo induzido pelo
exercício em adultos com asma perene. Dezesseis adultos foram treinados por
38
dois meses com exercícios intensos. As sessões consistiam de 15 minutos de
aquecimento (corrida moderada, saltos e exercícios calistênicos), 30 segundos
de exercícios ativos alternados com 30 segundos de exercícios de força em
membros inferiores, durante seis minutos; corrida intermitente por seis a nove
minutos e finalmente um circuito individual de exercício de alongamento e
fortalecimento para pernas, braços, tronco e dorsais. O grupo controle, com
onze sujeitos, fez exercícios leves com a mesma freqüência e duração. Os
resultados mostraram que houve um aumento de 10% no VO2 max. do grupo
que fez exercícios intensos, não sendo observadas diferenças significativas no
grupo controle. Foi também observada uma menor queda de fluxo expiratório
pós-exercício no grupo de exercício intenso (comparando-se antes e após
período de treinamento). Por outro lado, o grupo controle apresentou maior
queda de fluxo expiratório pós-exercício. Os autores concluem que o
treinamento físico pode aumentar o VO2 max. em asmático, assim como em
sujeito normais, mas não há diminuição do broncoespasmo induzido pelo
exercício.
ARBORELIUS & SVENONIUS (1984), estudaram quatro grupos de
crianças: grupo controle, grupo com ingestão de salbutamol (0,2 mg) antes da
atividade, grupo com ingestão prévia de cromoglicato (20 mg) e outro grupo
que se exercitou por conta própria, geralmente medicado com salbutamol. O
programa de atividades físicas constava de um aquecimento de cinco minutos
seguido por exercícios intensos que elevavam a freqüência cardíaca a 170
batimentos por minuto durante dois minutos, alternado com períodos de
relaxamento de dois minutos; essa alternância era seguida até trinta minutos
de atividade. A duração foi de quatro meses e a freqüência de duas vezes por
semana. Como resultados, foram verificados apenas uma proximidade dos
valores normais nas variáveis de função pulmonar nos grupos que se
39
exercitaram, mas nenhum valor estatisticamente significativo. Houve também,
nos mesmos grupos, uma melhora da capacidade de trabalho e uma queda no
grupo controle.
No estudo de ORENSTEIN et al. (1985), o programa de atividades
físicas teve duração de quatro meses e uma hora cada sessão com exercícios
de aquecimento, de resistência aeróbia, de alongamento, jogos com bola e
relaxamento. Foram estudadas 23 crianças e adolescentes portadoras de asma
na faixa etária de seis a 16 anos de idade e outras 13 crianças semelhantes
serviram de grupo controle. Os testes de função pulmonar avaliaram a
capacidade vital, o volume expiratório forçado no primeiro segundo e a
ventilação máxima voluntária. Todos os testados inalaram 180 mg de
albuterol dez minutos antes do teste. Os resultados do grupo experimental
apresentaram melhora significativa nas respostas fisiológicas ao exercício,
aumento da capacidade de trabalho, do VO2 max em (ml.Kg-1.min-1) e queda
da freqüência cardíaca submáxima. Quanto às variáveis da função pulmonar,
não foram encontradas diferenças significativas.
HAAS et al. (1987), avaliaram a função pulmonar de asmáticos após
36 semanas de treinamento aeróbio (três sessões semanais com 20 a 40
minutos de exercícios aeróbios a 60 - 80% do VO2max previsto). A carga de
trabalho foi sistematicamente aumentada ao longo das 36 semanas. Os
resultados não apontaram mudanças nos valores da função pulmonar, com
exceção de um pequeno aumento na ventilação voluntária máxima, aumento
esse atribuído ao treinamento dos músculos respiratórios. Com relação ao pico
de consumo de O2 houve um aumento de 15%. A ventilação minuto pós-
exercício também foi mais alta após o treinamento, sendo ainda encontrada
uma menor redução de fluxo expiratório forçado nos primeiros nove minutos
pós-exercício. Embora a diferença entre o máximo e o mínimo fluxo aéreo,
40
para uma mesma ventilação minuto tenha sido similar, antes e após o período
de treinamento, os autores apontam um aumento de fluxo de 50% na resposta
pós-treinamento quando comparado com 16% encontrado no pré-treinamento,
podendo indicar que a severidade do broncoespasmo induzido pelo exercício
(BIE) pode ser em parte determinada por um certo grau de bronco dilatação
proporcionado pelo treinamento aeróbio.
ENGESAETH et al. (1989), estudaram 18 crianças asmáticas, sendo
11 do sexo masculino e sete do sexo feminino com idades entre oito e 15 anos.
As variáveis de função pulmonar estudadas foram: volume expiratório forçado
no primeiro segundo (FEV1), fluxo expiratório forçado a 25% da capacidade
vital (FEF 25), fluxo expiratório forçado a 50% da capacidade vital (FEF 50),
fluxo expiratório forçado a 75% da capacidade vital (FEF 75) e fluxo
expiratório forçado entre 25% e 75% da capacidade vital (FEF 25%-75%). O
protocolo de exercícios submáximos foi composto de corrida em esteira (FC.
170 bat/min) com inclinação de quatro graus e duração de seis minutos. As
condições ambientais do local foram controladas (umidade relativa do ar de
55% á 65% e temperatura de 20o a 22o). A função pulmonar foi medida antes
da corrida, imediatamente após e com intervalos de três, seis, 10, 15 e 20
minutos após cessado o esforço. A PO2 e a PCO2 foram registradas
continuamente durante o exercício e até 20 minutos após término do teste. Os
resultados obtidos mostraram uma correlação significativa entre FEV1 em
porcentagem e o aumento do FEV1 depois da inalação de salbutamol. As
medidas de fluxo máximos realizadas caíram após o exercício (FEV 1, FEF 50
e FEF 75) de três a seis minutos após o final do teste. As variáveis FEF 25 e
FEF 25%-75% atingiram seu mínimo a 10 minutos após o final do exercício.
A média dos valores de PO2 e de PCO2 também caíram após o exercício.
Depois de um pequeno aumento de PO2 imediatamente após o término do
41
exercício, a redução volta a ocorrer próxima dos três minutos depois de parada
a corrida. Correlações positivas foram achadas entre PO2 e FEF 75, FEF 50 e
FEF 25%-75%. A média de valores de PCO2 aumentou gradualmente após o
exercício, mas não chegou a atingir os valores de pré-exercício. Não foi
achada correlação significante entre PCO2 e FEF 50, FEF 75 e FEF 25% -
75%, nem entre a função pulmonar antes da inalação de salbutamol e depois
da inalação.
CARLSEN et al. (1989), estudaram 19 meninas e sete meninos
participantes de um intenso treinamento de duas a três horas diárias de
natação. Destas 25 crianças seis sofriam de asma moderada/grave. Foram
feitos três testes. O primeiro foi de corrida na esteira com velocidade
constante por seis minutos e controle da freqüência cardíaca de no mínimo
170 bat/min. O segundo teste foi de natação onde os alunos nadaram 1000
metros, em blocos de 200 metros cada, com intervalo de um minuto entre cada
bloco. Após descanso de cinco minutos, esta mesma seqüência foi repetida. A
freqüência cardíaca foi medida continuamente durante o teste e os intervalos.
A PCO2 foi medida antes do teste de natação e 15 minutos depois do seu
término. No terceiro teste as crianças nadaram contra uma corrente de água
com velocidade variável de acordo com VO2 max., de cada um. A função
pulmonar, a concentração de gases e de lactato sangüíneos foram medidos
antes e depois do teste. A freqüência cardíaca foi registrada eletronicamente
durante todo o teste.
Os resultados obtidos mostraram que as variáveis de função
pulmonar em repouso, adiante mencionadas, não diferiram significativamente
entre as crianças asmáticas e as não asmáticas: volume expiratório forçado no
primeiro segundo (FEV1), fluxo expiratório forçado a 25% da capacidade
vital (FEF 25) e fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% da capacidade
42
vital (FEF 25%-75%). Após o teste submáximo de corrida na esteira as
crianças asmáticas apresentaram uma maior queda na variável FEV1 que as
crianças não asmáticas. Esta redução se correlacionou significativamente com
a responsividade brônquica (PC 20). As variáveis FEV1, FEF 25 e FEF 25%-
75% aumentaram durante os intervalos da natação apenas nas crianças não
asmáticas; entretanto as crianças asmáticas tiveram respostas mais constantes
que as não asmáticas. As mudanças ocorridas na função pulmonar depois das
crianças terem nadado contra a corrente de água não diferiram nos dois
grupos. As alterações verificadas na PC 20 durante as provas de natação não
diferiram significativamente entre as crianças asmáticas e as não asmáticas.
As variações do log PC 20 durante as provas de natação se correlacionaram
significativamente com o broncoespasmo máximo e com o máximo aumento
de lactato sangüíneo. O lactato sangüíneo e o broncoespasmo aumentaram e o
pH caiu gradualmente durante cada intervalo da prova de natação, mas não
diferiram significativamente entre as crianças asmáticas e as não asmáticas.
As crianças asmáticas apresentaram um maior aumento da FC e do VO2 max
durante os testes de natação realizados, mas estes resultados não diferiram
significativamente entre os dois grupos estudados.
TEIXEIRA (1990), realizou um trabalho com 50 crianças e
adolescentes, idades entre seis e 16 anos, participantes do programa de
atividades físicas adaptadas ao portador de asma do Centro de Práticas
Esportivas da Universidade de São Paulo. Este programa teve a duração de
um ano, e freqüência de dois dias semanais. Cada sessão era composta de 45
minutos de exercícios variados (relaxamento, exercícios respiratórios,
caminhadas, exercícios posturais, exercícios abdominais e exercícios de solo);
e 45 minutos de exercícios no meio líquido e natação. Através da espirometria
foram testadas as seguintes variáveis da função pulmonar: capacidade vital
43
forçada, fluxo expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros, fluxo expiratório entre
25% e 75% da FVC e o tempo médio de trânsito do ar. Como resultado
obteve-se uma maior eficiência da mecânica respiratória e da ventilação
pulmonar das crianças asmáticas com melhora significativa do fluxo
expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros (FEF) e do tempo médio de trânsito
do ar (MTT), não sendo encontradas diferenças significativas nas outras
variáveis de função pulmonar, mas os resultados mostraram um tendência
para uma melhora. Aponta ainda o autor que, apesar dos dados terem
evidenciado uma melhora nas variáveis estudadas, são necessários outros
estudos envolvendo grupo controle e com separação de faixas etárias.
VARRAY et al. (1991), buscaram definir uma duração e uma
intensidade de treinamento individualizado para um programa de
condicionamento físico para crianças asmáticas. As crianças foram divididas
em grupo controle (n=7) e nadadores (n=7). Não havia diferenças
significantes entre os grupos no que se refere a idade, peso, altura, massa
corporal magra, fluxos aéreos, freqüência das crises de asma, prática regular
de atividades físicas e condicionamento cardiorrespiratório inicial. Foi feita
uma avaliação do condicionamento cardiopulmonar em bicicleta ergométrica.
Dois tipos de programa de condicionamento foram desenvolvidos: aeróbio
(três meses) e alta intensidade (três meses). O programa aeróbio consistia de
uma hora de natação, duas vezes por semana durante três meses. O
treinamento de alta intensidade consistiu de sessões de 12 séries de 25 metros
de nado crawl, com intervalos de um minuto de recuperação, numa velocidade
individual previamente determinada. As conclusões desse estudo apontam
uma melhora das condições cardiorrespiratórias dos asmáticos com o
treinamento aeróbio e de intensidade individualizada. Por outro lado não
houve uma contribuição do treinamento em alta intensidade, mesmo tendo
44
sido tolerado, pois envolve aumento da hiperventilação, que é a grande
determinadora do broncoespasmo induzido pelo exercício.
AHMAIDI et al. (1993), avaliaram a validade do “shuttle test”
(corrida de vai-e-vem) de 20 metros com intervalos de um minuto, para
estimar o VO2 max. e a capacidade para registrar as modificações respiratórias
de um programa individualizado de treinamento aeróbio para asmáticos
leves/moderados. Foram avaliados 48 asmáticos com idades entre 12 e 17
anos, que fizeram testes de exercícios máximos, de forma escalonada, no
cicloergômetro e o “shuttle test”de 20 metros. Numa escolha randomizada, 10
asmáticos foram treinados três vezes por semana durante três meses até o seu
limiar ventilatório, outro grupo de 10 asmáticos serviu de grupo de controle. O
treinamento foi ajustado mensalmente. O grupo de treinamento participou de
36 sessões de corrida em pista externa. Cada sessão durou uma hora, durante a
qual a criança correu por dez minutos, três vezes, em sua própria velocidade.
Ao final do treinamento foi observado que os valores do VO2 max. direto e do
“shuttle test” de 20 metros não foram significantemente diferentes e os
resultados dos dois testes foram concordantes. Após o treinamento uma ligeira
melhora do VO2 max. foi notada no grupo de treinamento, assim como um
aumento no limiar ventilatório, na força máxima e no pulso máximo de
oxigênio. A medida indireta confirmou os resultados considerando-se o
número de estágios completados.
Os problemas mais comuns na maioria dos estudos foram a não
quantificação da intensidade e quantidade total de trabalho, a não
individualização dos programas de atividade física, a ausência de grupo
controle e, em alguns casos, um baixo número de sujeitos.
3 OBJETIVOS
45
1 - Analisar as respostas a um programa de educação física, com
uma determinada intensidade de treinamento contínuo, em variáveis
respiratórias e hemodinâmicas, de adolescentes portadores de asma grave,
comparando-as com um grupo controle sem atividade específica.
2 - Propor um programa educativo para o asmático e seus familiares
a fim de conscientizar sobre a doença e estimular a participação ativa no plano
de atividades físicas e no tratamento.
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Seleção da amostra
Foram avaliados dois grupos de crianças e adolescentes;
experimental e controle, portadores de asma grave, confirmados pela
avaliação clínica e provas de função pulmonar.
O grupo experimental foi formado por 15 alunos encaminhados ao
"Programa de educação e atividades físicas adaptadas ao portador de asma" do
Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo, com idade
variando entre 11 e 14 anos, de ambos os sexos.
O grupo controle foi formado por 12 pacientes do ambulatório do
Hospital Infantil Darcy Vargas, com a mesma gravidade da doença e idade
variando entre nove e 12 anos.
Os grupos apresentaram as mesmas características sócio-
econômicas.
A avaliação clínica foi realizada pelo Grupo de Asma da equipe
médica do Hospital Infantil Darcy Vargas, que mantém intercâmbio com o
Centro de Práticas Esportivas.
46
Foram preenchidos os prontuários contendo a história clínica, exame
físico, exames laboratoriais e prova de função pulmonar (APÊNDICE 1),
sendo anotado o respectivo nível de gravidade da doença. Foram considerados
como graves aqueles com ataques severos que necessitam de esteróides orais
ou intravenosos, ou sibilos que incomodam quase todos os dias e noites, que
tem menor probabilidade de responder ao cromoglicato dissódico e muitas
vezes necessitam de esteróides inalados, segundo a declaração de um grupo de
consenso internacional em asma pediátrica (WARNER, 1992).
4.2 Medidas e testes
Todos os procedimentos de testes e treinamento utilizados nesse
estudo foram submetidos à apreciação e aprovação dos pais (APÊNDICE 2)
Antes dos testes as crianças foram familiarizadas com os respectivos
protocolos.
Durante o estudo todos os participantes foram testados em duas
ocasiões: semana zero (determinação das cargas de trabalho individuais) (pré)
e semana 20 (pós), segundo o protocolo descrito no item 4.2.2.
Nas semanas um e 20 foram medidos três grupos de variáveis:
- antropométricas;
- hemodinâmicas, colhidas antes (repouso) e durante o exercício
físico (dois momentos distintos que denominaremos por LIV1 e
pico);
- respiratórias colhidas através de espirometria, em quatro
momentos, antes dos exercícios (repouso) e após cinco,10 e 20
minutos do término dos mesmos.
47
Com o objetivo de minimizar variações na situação de teste, todos os
participantes receberam as seguintes instruções:
1- Não se alimentar duas horas antes do teste.
2- Não participar de nenhuma atividades física vigorosa 24 horas
antes do teste.
3- Não tomar medicação broncodilatadora oito horas antes do teste.
4- Estar com ausculta normal ou com raros sibilos e ter a relação
FEV1/CVF maior que 60%.
Foram feitos eletrocardiograma de repouso (ECG) e durante o
exercício, com monitorização contínua, além de verificação da pressão arterial
a cada minuto.
4.2.1 Variáveis antropométricas
Foram efetuadas as seguintes medidas antropométricas:
Estatura (cm), conforme LOHMAN (1992);
Peso corporal (kg); a partir das quais foi calculada a
Superfície corpórea (m2)
4.2.2 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias
Para a determinação do VO2 pico foi realizada avaliação
cardiopulmonar durante o exercício (ACE) em cicloergômetro de frenagem
eletromagnética (CPE 2000, MGC).
A capacidade reguladora do CPE 2000, além de exatidão em termos
de watts produzidos (acima de 97%) e mínimas diferenças de freqüência real
(abaixo de cinco rpm), possibilita a realização de diferentes protocolos
48
incrementais (inclusive com elevação linear da carga ou protocolo do tipo
rampa), mesmo que a pessoa pedale fora de rítmo.
O protocolo utilizado foi o incremental tipo rampa, 10 watts/minuto
para crianças com estatura < 150 cm, 15 watts/minuto para crianças com
estatura > 150 cm (COOPER; WEILER-RAVELL, 1984), limitado por
sintomas de fadiga ou dispnéia. Durante o exercício as crianças foram
estimuladas a manter uma rotação dos pedais entre 50 e 75 rpm. Os testes
foram realizados em condições de temperatura ambiental entre 21º C e 25º C.
O protocolo de incremento de carga era selecionado no "Software"
do sistema, a partir de opções prévias. Optou-se pelo protocolo incremental de
um minuto, do tipo rampa, considerando-se as suas vantagens fisiológicas e
operacionais frente aos protocolos de incrementos lentos, além da
disponibilidade técnica da análise ergoespirométrica (DAVIS et al., 1982;
WHIPP et al., 1981; ZHANG et al., 1991)
Foram obtidas variáveis ventilatórias, metabólicas e cardiovasculares
pela análise fluxovolumétrica e das frações gasosas do ar expirado,
monitorização da saturação da oxihemoglobina e da atividade elétrica cardíaca
(MGC-CPX System).
A fração oxigênio foi determinada por um analisador de onda
(WFA), que é formado por uma célula de zircônio estabilizada com ítrio
(analisador eletroquímico).
A fração de gás carbônico foi determinada pelo analisador Datex
CX-104, que opera pelo princípio da absorbância da luz infravermelha.
Durante os teste foram utilizados: bocais, grampo nasal e uma
válvula unidirecional de não reinalação (Hans Ruldolph) com espaço morto de
100 ml.
49
A ventilação e as trocas gasosas foram determinadas respiração-a-
respiração utilizando-se o sistema computadorizado (MGC 2000).
O consumo de oxigênio obtido ao término do teste, interrompido por
sintomas ou a critério médico, foi interpretado como pico de VO2 (maior valor
identificado nas últimas oito respirações). Não foi utilizado o critério de platô
de consumo para se estabelecer o pico de VO2, pois tal comportamento seria
esperado numa população sadia e bem condicionada fisicamente
(WASSERMAN, et al.,1987).
Foram medidas as seguintes variáveis: freqüência cardíaca (FC
bpm), pressão arterial sistólica (PAS mmHg), pressão arterial diastólica (PAD
mmHg), consumo de oxigênio (VO2a ml. kg-1 .min-1), consumo de oxigênio
(VO2b ml.min-1), produção de dióxido de carbono (VCO2 ml.min-1), razão de
troca respiratória (RER) (VCO2/VO2), ventilação pulmonar (VE l.min-1),
volume corrente (VC ml), freqüência respiratória (FR ipm).
O limiar ventilatório anaeróbio (LIV1) foi determinado na
ocorrência de pelo menos duas das seguintes condições: a) perda da
linearidade entre a ventilação pulmonar (VE) e o consumo de oxigênio (VO2),
observada a partir do equivalente ventilatório de oxigênio (VE/VO2); b)
tendência à ascensão da relação entre o volume de dióxido de carbono
expirado por minuto (VCO2) e o VO2, denominada razão de troca respiratória
(VCO2/VO2); c) o menor valor da pressão de oxigênio ao final da expiração
(PetO2) (WASSERMAN et al., 1973; WHIPP et al., 1981).
Foram também medidos o tempo de duração da sobrecarga
(segundos) e a intensidade em watts (W).
4.2.3 Variáveis da função pulmonar
50
Para obtenção do traçado espirográfico foram utilizadas fichas
próprias, tubetes descartáveis, mesa de desenho com régua paralela e esquadro
em escala milimétrica para marcação de pontos no gráfico.
Na avaliação espirométrica aceita-se como medidas úteis:
capacidade vital forçada (FVC), volume expiratório no primeiro segundo
(FEV1), sua relação com a capacidade vital forçada (FEV1 %), fluxo
expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros (FEF), fluxo expiratório forçado
medido entre 25% e 75% da FVC (FMF 25%-75%) e tempo médio de fluxo
de ar (FMFT) (ANCIC & FERRETI, 1978; ELLSTEIN, 1978;
GOTTSCHALL, 1980; JANSEN & FARACO, 1986, JANSEN &
PLOTKOWSKI, 1983, 1984; OCHOA, 1985; RATTO et al. 1975; 1981;
RUPPEL, 1975).
No presente estudo, além das variáveis básicas, FVC, FEV1 e FMF
25%-75%, foram analisados o fluxo expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros
(FEF, em litros por segundo) e o tempo médio de fluxo de ar (FMFT, em
segundos).
As características da criança no que se refere a sexo, idade, altura,
peso e superfície corpórea definem os valores dos padrões das variáveis
ventilatórias. As condições corporais e ambientais de temperatura, pressão e
umidade influenciam os valores dos volumes e fluxos medidos nas provas de
função pulmonar. Levando em consideração esses fatos, os dados utilizados
foram estandardizados segundo POLGAR & PROMADHAT (1971) e a
AMERICAN THORACIC SOCIETY (1969). O fator de correção de valores
foi em BTPS (condições corporais de temperatura, pressão e saturação) e em
STDP (condições estandardizadas de pressão [760 mmHg] e temperatura
[00C]). Dessa forma, cada criança teve o seus valores das variáveis da função
pulmonar padronizadas (DICKMAN et al., 1974; SILVERMAN &
51
ANDERSON, 1977; CRAPO, et al., MORRIS & GARDENER, 1981;
TEIXEIRA, 1990).
4.2.4 Exames clínicos e fichas de acompanhamento
Prontuário individual (APÊNDICE 1) contendo:
a) Identificação e antecedentes familiares
b) Avaliação otorrinolaringológica (ORL)
c) Exame físico
d) História clínica
e) Avaliação da função pulmonar (APÊNDICE 2)
Ficha para o traçado espirográfico. (APÊNDICE 3)
Ficha para as sessões de treinamento. (APÊNDICE 4)
Cartas aos pais (APÊNDICE 5)
Programa de computador para análise da curva
espirográfica. (TEIXEIRA, 1990).
Lista de freqüência às aulas
4.2.5 Cálculos
Os algorítmos computacionais, em linguagem Basic Advanced,
analisaram os pontos obtidos no traçado espirográfico (pontos analógicos). Os
dados obtidos através da leitura foram convertidos em dígitos com precisão
decimal de duas casas.
Foi desenvolvido também, no mesmo logicial, um algorítmo para
recuperação, registro das variáveis e posterior tratamento estatístico.
52
A listagem dos códigos do logicial para computador encontra-se em
TEIXEIRA (1990).
Como todas as variáveis foram colhidas no início do experimento e
ao final das 20 semanas de estudo, e tendo em vista que o objetivo desse
trabalho será verificar a eficácia do programa de treinamento, trabalharemos
fundamentalmente com a diferença entre os resultados finais (pós) e os
iniciais (pré).
4.3 Programa de treinamento
O treinamento consistiu de três sessões semanais durante 20 semanas
sendo:
a) cinco minutos de aquecimento pedalando sem carga.
b) 30 minutos com a carga de treinamento individual,
previamente determinada e a 70% do VO2 de pico.
A freqüência cardíaca foi tomada inicial, a cada minuto durante o
esforço e na recuperação.
Foi verificado o pico expiratório máximo antes do exercício, sendo
estabelecido como condição estar com, no mínimo, a 80% do previsto.
Foi utilizada medicação preventiva do broncoespasmo induzido pelo
exercício (BIE), com supervisão médica, para se evitar esse broncoespasmo ao
se atingir a carga máxima de trabalho.
Os integrantes do grupo experimental também participaram, em duas
sessões semanais, das seguintes atividades:
a) 45 minutos de exercícios generalizados (posturais, abdominais)
e intercalados com exercícios respiratórios.
b) 45 minutos de natação
53
c) 30 minutos de exercícios diafragmáticos intercalados com
canto.
Na vigésima primeira semana todos os alunos foram retestados para
verificação do V02 pico, usando-se o mesmo protocolo.
4.3.1 Programa educativo
Paralelamente ao programa de treinamento foi desenvolvido um
programa educativo, pois é essencial a conscientização do asmático e seus
familiares sobre a doença, para que estabeleçam relações entre os fatores
desencadeantes e a expressão dos sintomas.
Um famoso clínico inglês escreveu num editorial sobre asma que
"um bom clínico, para tratar asma, precisa ser um ótimo professor", indicando
que é fundamental um plano de educação em asma.
Os trabalhos de conscientização sobre a asma ainda são muito
limitados. É necessário a implantação de um sistema educativo abrangente
para que se obtenha resultados objetivos.
O plano de educação em asma teve por finalidades:
a) Conscientizar que asma é uma doença crônica, freqüente, podendo
ser grave, mas possível de ser controlada.
b) Ensinar a reconhecer os sintomas
c) Encorajar a participação ativa no tratamento
d) Melhorar a qualidade de vida do asmático.
Com a finalidade de discutir e esclarecer as alterações que ocorrem
nos pulmões dos asmáticos, os sintomas, o caráter inflamatório crônico e as
principais diferenças com a bronquite e o enfisema foi proposto o ABC da
asma (CONSENSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ASMA, 1996):
54
A. Saber o que evitar.
B. Encontrar a menor quantidade de medicamentos que os
mantenham sem sintomas.
C. Saber reconhecer precocemente quando a asma está fora de
controle.
Fazer um diário de sintomas. O diário tem por finalidade fazer com
que os alunos anotem os sintomas, efetuem a medida do pico do fluxo
expiratório e anotem o uso da medicação. A rotina no preenchimento do diário
auxilia o aluno a reparar nos sintomas da asma, facilitando o reconhecimento
precoce da exacerbação.
Podemos então ver que a abordagem do tratamento da asma deve
contemplar vários ítens, tais como, educação, atividade física, controle
ambiental, terapêutica farmacológica, bem como o controle e monitorização
da intensidade da doença.
O programa foi desenvolvido individualmente ou em pequenos
grupos, abordando os seguintes temas: conceito de asma, fatores
desencadeantes e controle ambiental, noções sobre os medicamentos usados,
técnicas de administração dos aerossóis, sinais de exacerbação e um plano de
ação (o que fazer quando a asma sair de controle).
No APÊNDICE 6 encontra-se o questionário aplicado para avaliar a
condição sócio-econômica, o nível de conhecimento dos pais sobre a doença e
assim adequar o programa educativo.
No APÊNDICE 7 encontra-se a folha de rosto da cartilha educativa
utilizada. Foram também utilizados vídeos educativos especialmente
elaborados.
O APÊNDICE 8 refere-se ao diário utilizado para o controle da asma
(medidas de fluxo expiratório, sintomas e medicação).
55
No APÊNDICE 9 estão as folhas de trabalho utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma. As folhas de trabalho têm aplicações
distintas (crianças, adolescentes e pais), identificadas no cabeçalho.
5 ESTATÍSTICA
Os efeitos de um programa de atividade física para asmático podem
ser determinados pela comparação das medidas de função pulmonar antes e
após um período de atividades. Com objetivo de verificar os referidos efeitos,
foram utilizadas as diferenças entre o afastamento relativo do padrão final e o
inicial para cada variável de função pulmonar.
Foram calculadas as medidas descritivas média e desvio padrão de
cada variável.
Foi utilizada uma análise de variância com medidas repetidas para as
variáveis hemodinâmicas e respiratórias (AUBIN, 1984).
Foi utilizado uma análise de perfil para os dados espirométricos
(SINGER & ANDRADE, 1986)
O nível de significância 0,05 foi considerado para todos os cálculos
da ANOVA e da análise de perfil (MORRISON, 1976; WINER, 1971)
Para todos os cálculos foi utilizado o pacote estatístico BMDP para
microcomputadores. Foram também utilizados os programas computacionais
Excel v 5.0 e minitab v 10.1
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Análise descritiva
56
Antes do início da análise estatística foi retirada da amostra a criança
número quatro do grupo controle, por não ter realizado a avaliação pós de
forma completa. Logo, nesse grupo foram considerados 11 indivíduos.
Como os três grupos de variáveis já citadas na metodologia
apresentam características distintas, serão analisadas separadamente:
Os dois grupos iniciaram o treinamento com consumo máximo de
oxigênio de pico, em ml.kg-1.min-1, que não diferiam significativamente entre
si (p=0,92).
6.1.1 Variáveis antropométricas
No grupo experimental, 32% das crianças são meninas, enquanto no
grupo controle, 45% são meninas. A TABELA 1 apresenta a média e o desvio
padrão das variáveis antropométricas para os dois grupos. Verifica-se que as
crianças do grupo controle são, em média, mais novas do que as do grupo
experimental e, consequentemente, apresentam valores mais baixos, em
média, para essas variáveis.
57
TABELA 1 - Média e desvio padrão para as variáveis antropométricas.
Grupo Período do
Estudo Idade (anos)
Altura (cm)
Peso (kg)
Superfície Corpórea (m2)
pré x 12,65 148,53 38,45 1,27
Experim. DP 1,51 11,43 7,79 0,17
pós x 12,83 150,93 40,77 1,32
DP 1,49 11,40 9,66 0,19
pré x 10,94 137,50 35,96 1,17
Controle DP 1,59 6,16 7,53 0,13
pós x 11,40 139,86 36,94 1,19
DP 1,57 6,00 7,63 0,13
6.1.2 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias
Serão apresentadas primeiramente as variáveis consideradas em dois
instantes e depois as observadas em três instantes.
(1) FC, VCO2, RER, VE, VC, FR, PAS e PAD.
A média e o desvio padrão dessas variáveis são apresentados nas
TABELAS 2 e 3.
58
TABELA 2 - Média e desvio padrão dos dados hemodinâmicas e
respiratórios, que antecedeu o exercício, do grupo experimental
e grupo controle nas condições pré e pós.
VARIÁVEIS Grupo Experimental Grupo Controle
PRÉ PÓS PRÉ PÓS
F.C. 97,2 ± 12,5 89,2 ± 12,4 98,8 ± 18,07 88,7 ± 10,1
PAS 85,3 ± 11,8 95,7 ± 15,0 78,1 ± 13,2 105 ± 15,0
PAD 55,3 ± 12,4 61,4 ± 10,7 50,9 ± 11,3 71,5 ± 17,9
VO2a 5,9 ± 1,3 5,0 ± 1,2 6,3 ± 1,2 5,1 ± 0,7
VO2b 223,1 ± 45,8 197,0 ± 36,2 221,4 ± 50,3 191 ± 51
VCO2 199,3 ± 43,2 176,5 ± 43,4 196,3 ± 56,3 174 ± 56,3
RER 0,89 ± 0,1 0,89 ± 0,1 0,88 ± 0,1 0,91 ± 0,1
VE 10,2 ± 2,1 8,4 ± 2,4 10,1 ± 2,6 7,8 ± 2,7
VC 528 ± 189 526 ± 140 489 ± 114 520 ± 175
FR 21,0 ± 6,9 16,5 ± 4,7 21,5 ± 6,7 17 ± 8,3
FC, freqüência cardíaca em bpm, PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg;.VO2a, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VO2b, consumo de oxigênio em ml.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em l.min-1.
59
TABELA 3 - Média dos dados hemodinâmicos e respiratórios durante o exercício máximo, do grupo experimental e grupo controle .nas condições pré e pós.
VARIÁVEIS Grupo Experimental Grupo Controle
PRÉ PÓS PRÉ PÓS
FC 177,9 ± 15,3 178,0 ± 15,2 175,5 ± 17,9 174,8 ± 16,8
PAS 125,4 ± 22,5 135,7 ± 27,7 114 ± 16,8 131 ± 14,6
PAD 63,6 ± 12,8 65,8 ± 11,6 59 ± 10,4 65 ± 12
VO2a 36,5 ± 7,2 38,1 ± 7,6 36,5 ± 6,1 34,7 ± 4,9
VO2b 1337 ± 278 1541 ± 420 1294 ± 283 1281 ± 302,8
VCO2 1543 ± 376 1852 ± 499 1401 ± 335 1510 ± 296,6
RER 1,1 ± 0,1 1,2 ± 0,07 1,0 ± 0,08 1,1 ± 0,08
VE 52,6 ± 11,9 60,6 ± 14,6 48,3 ± 11,1 50 ± 11,2
VC 1385 ± 438 1454 ± 437 1179 ± 307 1153 ± 233,6
FR 40,4 ± 10,6 43,6 ± 10,3 42,9 ± 10,1 45 ± 10,5
FC, freqüência cardíaca em bpm, PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg;.VO2a, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VO2b, consumo de oxigênio em ml.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em l.min-1.
Sete variáveis foram analisadas somente em dois instantes (repouso e
pico): FC, PAS, PAD, VCO2, VE, VC e FR.
Duas foram colhidas apenas em dois outros momentos (LIV1 e
pico): tempo e sobrecarga.
Das variáveis consideradas neste grupo, duas foram analisadas em
três instantes distintos (repouso, LIV1 e pico): VO2a e VO2b.
As FIGURAS 1 a 8 sintetizam os valores obtidos na análise
descritiva.
60
repouso pico repouso pico0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
bpm
repouso pico repouso pico
PRÉ PÓS
FC
Experimental
Controle
FIGURA 1 - Gráfico do comportamento da freqüência cardíaca (FC bpm) pré
e pós 20 semanas.
repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico0
5
10
15
20
25
30
35
40
ml . kg-1 . min-1
repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico
PRÉ PÓS
VO2a
Experimental
Controle
FIGURA 2 - Gráfico do comportamento do consumo de oxigênio
(VO2 ml.kg-1.min-1) pré e pós 20 semanas.
61
repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
ml . min-1
repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico
PRÉ PÓS
VO2b
Experimental
Controle
FIGURA 3 - Gráfico do comportamento do consumo de oxigênio
(VO2 ml.min-1) pré e pós 20 semanas.
repouso pico repouso pico0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
ml . min-1
repouso pico repouso pico
PRÉ PÓS
VCO2
Experimental
Controle
FIGURA 4 - Gráfico do comportamento da produção de dióxido de
carbono (VCO2 ml.min-1) pré e pós 20 semanas.
62
repouso pico repouso pico0
10
20
30
40
50
60
70
l . min-1
repouso pico repouso pico
PRÉ PÓS
VE
Experimental
Controle
FIGURA 5 - Gráfico do comportamento da ventilação pulmonar (VE l.min-1)
pré e pós 20 semanas.
repouso pico repouso pico0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
ml
repouso pico repouso pico
PRÉ PÓS
VC
Experimental
Controle
FIGURA 6 - Gráfico do comportamento do volume corrente (VC ml) pré e pós
20 semanas.
63
repouso pico repouso pico0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
l . min-1
repouso pico repouso pico
PRÉ PÓS
FR
Experimental
Controle
FIGURA 7 - Gráfico do comportamento da freqüência respiratória (FR i.min-1)
pré e pós 20 semanas.
LIV1 pico LIV1 pico0
100
200
300
400
500
600
s
LIV1 pico LIV1 pico
PRÉ PÓS
tempo
Experimental
Controle
FIGURA 8 - Gráfico no instante de ocorrência de LIV1 e pico (em segundos)
pré e pós 20 semanas.
Na TABELA 4 são apresentadas as médias e desvio padrão das
diferenças entre as condições final (pós) e inicial (pré). Para uma melhor
visualização do comportamento dessas variáveis em relação aos dois grupos,
64
foram construídos gráficos de perfis para as médias (diferenças entre os
resultados finais e iniciais) nos dois momentos de avaliação considerados
(FIGURAS 9 a 17).
TABELA 4 - Média e desvio padrão das diferenças entre as condições final (pós)
e inicial (pré).
Repouso Pico
Variável Experimental Controle Experimental Controle
FC x -8,0 -10,09 0,07 -0,636
bpm DP 13,53 22,63 13,65 19,90
PAS x 12,14 26,00 17,22 17,78
mmHg DP 14,24 6,99 25,39 17,16
PAD x 7,86 20,50 3,33 6,67
mmHg DP 16,72 13,01 15,81 13,23
VCO2 x -22,80 -21,55 309,33 109,36
ml.min-1 DP 46,30 67,39 289,69 194,07
RER x 0,00 0,02 0,09 0,11
DP 0,17 0,18 0,13 0,13
VE x -1,82 -2,36 8,00 2,45
l.min-1 DP 2,68 3,59 8,00 10,79
VC x -2,60 31,55 69,47 -26,64
ml DP 115,60 123,82 216,17 113,29
FR x -4,47 -4,45 3,13 2,18
i.min-1 DP 5,79 8,61 9,16 9,94
65
FC
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
repouso pico
bpm
experim
controle
FIGURA 9 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré da FC.
PAS
0
5
10
15
20
25
30
repouso pico
mmHg
experim
controle
FIGURA 10 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré da PAS.
66
PAD
0
5
10
15
20
25
repouso pico
mmHg
experim
controle
FIGURA 11 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da PAD.
VCO2
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
repouso pico
ml . min-1
experim
controle
FIGURA 12 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré da VCO2.
67
RER
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
repouso pico
experim
controle
FIGURA 13 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré da RER.
VE
-4
-2
0
2
4
6
8
repouso pico
l . min-1
experim
controle
FIGURA 14 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da VE.
68
VC
-40
-20
0
20
40
60
80
repouso pico
ml
experim
controle
FIGURA 15 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré do VC.
FR
-5-4-3-2-1
01234
repouso pico
l . min-1
experim
controle
FIGURA 16 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da FR.
(2) duração e sobrecarga. A média e o desvio padrão dessas variáveis são apresentados na
TABELA 5. Para uma melhor visualização do comportamento dessas
variáveis em relação aos dois grupos, foram construídos gráficos de perfis
para as médias nos dois momentos de avaliação considerados (FIGURAS 17 e
18).
69
TABELA 5 - Média e desvio padrão, das variáveis tempo e watts nos instantes
LIV1 e pico, pré e pós 20 semanas.
Pré pós Variável Grupo LIV1 pico LIV1 pico
Experim 356,00± 58,77 552,00±61,90 326,00±43,72 592,00±78,12
duração
(s) Controle 348,00±60,33 540,00±66,33 330,00±67,82 561,00±78,80
Experim 39,80±19,87 91,60±25,80 33,87±13,19 101,87±25,94
sobrecarga
(w) Controle 35,60±16,62 75,90±22,02 27,40±17,28 78,50±18,07
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
LIV1 pico
experim
controle
s duração
FIGURA 17 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da duração(s).
70
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
LIV1 pico
experim
controle
w sobrecarga
FIGURA 18 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da sobrecarga(w). (3) VO2a e VO2b.
Como já foi comentado anteriormente, essas variáveis foram
avaliadas em três momentos: repouso, LIV1 e pico.
A média e o desvio padrão dessas variáveis são apresentados na
TABELA 6. Para uma melhor visualização do comportamento dessas
variáveis em relação aos dois grupos, foram construídos gráficos de perfis
para as médias (diferenças entre os resultados finais e iniciais) nos três
momentos de avaliação considerados (FIGURAS 19 e 20).
71
TABELA 6 - Média e desvio padrão das variáveis de consumo de oxigênio nos instantes repouso, LIV1 e pico, pré e pós 20 semanas.
Variável Grupo repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico
Experim 5,9±1,3 21,1±66 36±7,2 5,0±1,2 15,7±4,2 38,1±7,6
VO2a
(ml.kg-
1.min-1) Controle 6,4±1,2 21,7±7,6 37±6,3 5,2±0,7 17,0±3,5 35,2±5,2
Experim 223±46 801±262 1368±279 197±36 635±206 1542±420
VO2b
(ml.min-1) Controle 221±53 760±293 1294±313 191±54 624±218 1274±334
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
repouso LIV1 pico
experim
controle
FIGURA 19 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré do VO2a.
72
-150
-100
-50
0
50
100
150
200
250
repouso LIV1 pico
experim
controle
FIGURA 20 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré do VO2b. 6.1.3. Variáveis da função pulmonar
Sabe-se que certas características da criança, tais como sexo, altura,
peso, idade, superfície corpórea e condições ambientais como temperatura e
pressão influenciam nas provas de função pulmonar. As tabelas de POLGAR
& PROMADHAT (1971) levam em consideração esses fatos, fornecendo uma
medida padrão de uma criança normal nas mesmas condições.
Para eliminarmos o efeito da influência dessas características nas
medidas das variáveis de interesse (FVC, FEV1, FEF, FMF e FMFT),
calculamos inicialmente o afastamento relativo do padrão (ARP), dado por:
afastamento relativo medida padrão - medida do teste = _____________________________
do padrão medida padrão
A média e o desvio padrão referentes a essas variáveis padronizadas,
encontram-se na TABELA 7.
73
TABELA 7 - Média e desvio padrão do ARP das variáveis da função pulmonar nos quatro instantes considerados.
Pré pós
Variável Grupo repouso 5 10 20 repouso 5 10 20
Experim 0,0529 0,1710 0,0868 0,0540 0,0497 0,1255 0,0806 0,0402
FVC 0,1340 0,1977 0,1534 0,1335 0,1437 0,1437 0,1427 0,1446
(litros) Controle -0,0257 -0,0016 -0,0350 -0,0649 -0,0210 0,0497 -0,0198 -0,0605
0,1271 0,1355 0,1156 0,1227 0,2201 0,2057 0,1557 0,1632
Experim 0,1616 0,3364 0,2928 0,2410 0,1930 0,3776 0,2966 0,2341
FEV1 0,2223 0,1729 0,1698 0,1493 0,2852 0,2158 0,1429 0,1289
(litros) Controle 0,1874 0,2339 0,1957 0,1661 0,1451 0,3078 0,2740 0,1884
0,1923 0,1527 0,1592 0,1568 0,3630 0,2656 0,2397 0,2331
Experim 0,3141 0,4645 0,4816 0,4173 0,3720 0,2988 0,4557 0,3144
FEF 0,4583 0,5459 0,2904 0,2977 0,4409 0,7590 0,2727 0,4041
(litros/seg) Controle 0,4467 0,5812 0,4868 0,4132 0,2669 0,5176 0,4167 0,4115
0,2204 0,2087 0,2345 0,3836 0,4927 0,4786 0,5129 0,4089
Experim 0,4634 0,5839 0,5497 0,4823 0,5188 0,5967 0,5393 0,4926
FMF 0,1964 0,1936 0,2067 0,2071 0,1810 0,2000 0,2044 0,1779
(litros/seg) Controle 0,4967 0,5761 0,4951 0,5161 0,5018 0,6122 0,5649 0,2934
0,1542 0,1721 0,1715 0,1613 0,3116 0,3306 0,2752 0,7231
Experim -1,0413 -1,4658 -1,4627 -1,1794 -1,2303 -1,4661 -1,3412 -1,1377
FMFT 0,7170 0,9404 1,0245 0,8644 0,8307 1,2613 0,9008 0,8339
(segundos) Controle -1,1907 -1,6813 -1,2981 -1,4428 -1,1893 -1,4912 -1,2894 -1,4018
0,6060 0,9346 0,9502 0,8260 0,7343 0,6706 0,7996 1,2373
Mas, lembrando que essas variáveis foram coletadas no repouso e em
outros três instantes após o término dos testes físicos, e tendo em vista os
objetivos deste estudo, foi calculada a diferença entre cada um desses três
74
instantes e o repouso. A média e o desvio padrão referentes a essas novas
variáveis encontram-se na TABELA 8.
TABELA 8 - Média e desvio padrão da diferença entre o ARP nos três instantes após os exercícios físicos e o repouso, para as variáveis da função pulmonar.
Pré pós
Variável Grupo 5 10 20 5 10 20
Experim 0,1182 0,0339 -0,0032 0,0778 0,0329 -0,0074
FVC 0,1358 0,1017 0,0639 0,0902 0,0948 0,0740
(litros) Controle 0,0241 -0,0093 -0,0393 0,0707 0,0012 -0,0395
0,1473 0,1349 0,1214 0,2001 0,1846 0,1995
Experim 0,1748 0,1312 0,0795 0,1846 0,1035 0,0411
FEV1 0,2513 0,2566 0,2624 0,3272 0,2670 0,2715
(litros) Controle 0,0465 0,0083 -0,0213 0,1627 0,1289 0,0433
0,2672 0,2605 0,2681 0,4071 0,3954 0,3946
Experim 0,1504 0,1675 0,1032 0,0733 0,0837 -0,0576
FEF 0,2600 0,2243 0,2511 0,3747 0,2688 0,3123
(litros/seg) Controle 0,1345 0,0401 -0,0335 0,2507 0,1499 0,1446
0,1571 0,1612 0,2769 0,2058 0,2967 0,2614
Experim 0,1205 0,0864 0,0189 0,0779 0,0205 -0,0262
FMF 0,0921 0,0870 0,0856 0,0794 0,0856 0,0837
(litros/seg) Controle 0,0793 -0,0016 0,0194 0,1103 0,0631 -0,2084
0,1101 0,0969 0,0991 0,1553 0,2302 0,5873
Experim -0,4245 -0,4214 -0,1381 -0,2358 -0,1109 0,0926
FMFT 0,4889 0,5237 0,4611 0,8309 0,5159 0,5693
(segundos) Controle -0,4906 -0,1075 -0,2522 -0,3019 -0,1001 -0,2125
0,5068 0,5657 0,4038 0,8949 0,9233 0,8931
Finalmente, como o objetivo deste trabalho é verificar a eficácia do
programa de treinamento ao final das 20 semanas, será utilizada a diferença entre
os resultados finais (pós) e os iniciais (pré). Assim, cabe ressaltar que as análises
75
feitas a seguir serão baseadas nessas novas variáveis. A média e o desvio padrão
referentes as mesmas encontram-se na TABELA 9.
TABELA 9 - Média e desvio padrão da diferença entre os momentos pós e pré, nos
três instantes após os exercícios físicos, para as variáveis da função pulmonar, ajustadas para padrão e repouso.
Variável Grupo 5 10 20
Experim -0,0060 0,0131 -0,0019
FVC 0,1356 0,0772 0,0673
(litros) Controle 0,0466 0,0105 -0,0002
0,2257 0,2323 0,2541
Experim 0,0546 0,0189 -0,0007
FEV1 0,2106 0,1964 0,1552
(litros) Controle 0,1161 0,1206 0,0647
0,3001 0,3202 0,3362
Experim -0,1456 -0,0362 -0,0988
FEF 0,3494 0,1930 0,3834
(litros/seg) Controle 0,1163 0,1098 0,1781
0,2248 0,3106 0,3947
Experim -0,0142 -0,0317 -0,0211
FMF 0,1191 0,1369 0,1287
(litros/seg) Controle 0,0310 0,0648 -0,2278
0,1658 0,2795 0,6171
Experim 0,0153 0,0554 0,0920
FMFT 0,7763 0,8649 0,6719
(segundos) Controle 0,1887 0,0073 0,0397
0,8902 0,5906 0,9610
76
Para uma melhor visualização do comportamento dessas variáveis em
relação aos dois grupos, foram construídos gráficos de perfis para as médias das
variáveis de interesse ao longo dos períodos considerados (FIGURAS 21 a 25).
FVC
-0,25
-0,2
-0,15
-0,1
-0,05
0
0,05
0,1
0,15
0,2
t5 t10 t20
l
Experim
Controle
FIGURA 21 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, da FVC,
ajustado para padrão e repouso.
FEV1
-0,25
-0,2
-0,15
-0,1
-0,05
0
0,05
0,1
0,15
0,2
t5 t10 t20
l
Experim
Controle
FIGURA 22 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, do FEV1,
ajustado para padrão e repouso.
77
FEF
-0,25
-0,2
-0,15
-0,1
-0,05
0
0,05
0,1
0,15
0,2
t5 t10 t20
l . s-1
Experim
Controle
FIGURA 23 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, do FEF, ajustado para padrão e repouso.
FMF
-0,25
-0,2
-0,15
-0,1
-0,05
0
0,05
0,1
0,15
0,2
t5 t10 t20
l . s-1
Experim
Controle
FIGURA 24 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, do FMF, ajustado para padrão e repouso.
78
FMFT
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
t5 t10 t20
s
Experim
Controle
FIGURA 25 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, do FMFT, ajustado para padrão e repouso.
6.2 Análise inferencial
Procedendo de maneira análoga ao que foi feito na análise descritiva,
as inferências serão feitas separadamente para as variáveis hemodinâmicas,
respiratórias e de função pulmonar.
6.2.1 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias
(1) FC, VCO2, RER, VE, VC, FR, PAS e PAD.
Uma técnica estatística apropriada para a análise dos dados, uma vez
que o mesmo indivíduo foi observado em dois períodos de avaliação é a
Análise de Perfis. Um requisito básico para a realização dessa análise é que as
estruturas de covariância associadas às respostas dos dois grupos nos dois
instantes de avaliação sejam iguais. Os testes para a verificação desta suposição
foram considerados satisfatórios. Os níveis descritivos resultantes da análise de
perfis encontram-se na TABELA 10.
79
TABELA 10 - Níveis descritivos resultantes da análise de perfis.
Variável Efeito Nível Descritivo (p)
grupo 0,8089 FC cond. aval. 0,0286
(bpm) interação 0,8552 grupo 0,2636
PAS cond. aval. 0,7585 (mmHg) interação 0,1106
grupo 0,1367
PAD cond. aval. 0,0477 (mmHg) interação 0,0477
grupo 0,0706
VCO2 cond. aval. 0,0001 (ml.min-1) interação 0,0594
grupo 0,6642
RER cond. aval. 0,0207 interação 0,9713 grupo 0,1604
VE cond. aval. 0,0004 (l.min-1) interação 0,1683
grupo 0,4664
VC cond. aval. 0,8759 (ml) interação 0,1517
grupo 0,8578
FR cond. aval. 0,0023 (I.min-1) interação 0,8191
Pode-se observar que não foram detectadas diferenças significativas
com relação aos grupos experimental e controle para todas as variáveis, exceto
para VCO2, onde foi detectada uma possível interação entre os grupos e as
80
condições de avaliação, ou seja, o comportamento dos dois grupos, com relação
a esta variável pode não ser o mesmo para os dois instantes considerados.
Também pode-se observar que há indicações de diferenças entre os dois grupos
para a variável VE (p = 0,0574).
Assim, para a variável VCO2 torna-se necessário comparar os grupos
separadamente, em cada momento de avaliação. Os resultados obtidos
encontram-se na TABELA 11.
TABELA 11 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos dois grupos
nos diferentes momentos de avaliação, para a variável VCO2 e PAD.
Variável Momento de avaliação Nível descritivo (p)
VCO2 repouso pico
0,9555 0,0591
PAD repouso pico
0,0328 0,6342
Nessa tabela encontram-se indícios de diferenças entre os dois
grupos, quando avaliados no pico dos exercícios, com relação à variável VCO2.
(2) duração e sobrecarga.
Analogamente, uma técnica estatística apropriada para a análise dos
dados, tendo em vista que o mesmo indivíduo foi observado em dois períodos
de avaliação é a Análise de Perfis. Um requisito básico para a realização dessa
análise é que as estruturas de covariância associadas às respostas dos dois
grupos nos dois instantes de avaliação sejam iguais. Os testes para a verificação
desta suposição foram satisfatórios. Os níveis descritivos resultantes dessa
análise encontram-se na TABELA 12.
81
TABELA 12- Níveis descritivos resultantes da análise de perfis.
Variável Efeito Nível Descritivo (p)
grupo 0,8284 duração (s) cond. aval. 0,0011
interação 0,3007
grupo 0,4042
sobrecarga (w) cond. aval. 0,0053
interação 0,5438
Pode-se observar que não foram detectadas diferenças significativas
com relação aos grupos experimental e controle para essas variáveis.
(3) VO2a e VO2b.
Novamente, a técnica estatística utilizada, tendo em vista que o
mesmo indivíduo foi observado em três períodos de avaliação, será a Análise de
Perfis. Um requisito básico para a realização dessa análise é que as estruturas
de covariância associadas às respostas dos dois grupos nos três instantes de
avaliação sejam iguais. Os testes para a verificação desta suposição foram
satisfatórios.
Os níveis descritivos resultantes da análise encontram-se na
TABELA 13.
82
TABELA 13 - Níveis descritivos resultantes da análise de perfis.
Variável Efeito Nível Descritivo (p)
grupo 0,4293 VO2a cond. aval. 0,0011
interação 0,2224 grupo 0,2996
VO2b cond. aval. 0,0003 interação 0,0767
Pode-se observar que há indícios de uma possível interação entre os
grupos e as condições de avaliação para ambas as variáveis, ou seja, o
comportamento dos dois grupos pode não ser o mesmo para os três instantes
considerados. Assim, foi feita a comparação dos dois grupos separadamente,
em cada momento de avaliação. Os resultados obtidos encontram-se na
TABELA 14.
TABELA 14 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos dois grupos
nos diferentes momentos de avaliação.
Variável Momento de avaliação Nível Descritivo (p)
repouso 0,8586 VO2b LIV1 0,7900
pico 0,0310
Na TABELA 14 encontram-se indícios de diferenças entre os dois
grupos, quando avaliados no pico dos exercícios, para essas variáveis.
83
6.2.2 Variáveis da função pulmonar.
Para esse grupo de variáveis, uma técnica estatística apropriada para a
análise dos dados, tendo em vista que o mesmo indivíduo foi observado em
diferentes períodos de avaliação, é a Análise de Perfis.
Um requisito básico para a realização dessa análise é que as
estruturas de covariância associadas às respostas dos dois grupos nos diferentes
instantes de avaliação sejam iguais. Foram feitos testes para a verificação desta
suposição, que não foi satisfeita em nenhum dos casos. Assim, foram utilizados
testes aproximados e as análises apresentadas devem ser consideradas com
algumas restrições, particularmente onde não foram encontradas diferenças
significativas que talvez pudessem ser detectadas. Assim, algumas conclusões
devem ter apenas um caráter exploratório.
repouso 5 10 20 repouso 5 10 200
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
( litros )
repouso 5 10 20 repouso 5 10 20
PRÉ PÓS
FVC
Experimental
Controle
FIGURA 26 - Gráfico da variável FVC nos diferentes instantes, pré e pós 20
semanas
84
repouso 5 10 20 repouso 5 10 200
500
1.000
1.500
2.000
2.500
( litros )
repouso 5 10 20 repouso 5 10 20
PRÉ PÓS
FEV1
Experimental
Controle
FIGURA 27 - Gráfico da variável FEV1 nos diferentes instantes, pré e pós 20
semanas
repouso 5 10 20 repouso 5 10 200
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
( l . s-1 )
repouso 5 10 20 repouso 5 10 20
PRÉ PÓS
FEF
Experimental
Controle
FIGURA 28 - Gráfico da variável FEF nos diferentes instantes, pré e pós 20
semanas
85
repouso 5 10 20 repouso 5 10 200
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
( l . s-1 )
repouso 5 10 20 repouso 5 10 20
PRÉ PÓS
FMF
Experimental
Controle
FIGURA 29 - Gráfico da variável FMF nos diferentes instantes, pré e pós 20
semanas
repouso 5 10 20 repouso 5 10 200
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
( s )
repouso 5 10 20 repouso 5 10 20
PRÉ PÓS
FMFT
Experimental
Controle
FIGURA 30 - Gráfico da variável FMFT nos diferentes instantes, pré e pós 20
semanas
86
TABELA 15 - Níveis descritivos resultantes da análise de perfis das variáveis da função pulmonar.
Variável Efeito Nível Descritivo
(p) grupo 0,5879 FVC tempo 0,8831
(litros) interação 0,1353
grupo 0,1973
FEV1 tempo 0,1647
(litros) interação 0,5510
grupo 0,0062
FEF tempo 0,4805
(litros/seg) interação 0,4050
grupo 0,9344
FMF tempo 0,0485
(litros/seg) interação 0,0322
grupo 0,4968
FMFT tempo 0,8975
(segundos) interação 0,5517
Pode-se observar que não foram detectadas diferenças significativas
para as variáveis FVC, FEV1 e FMFT. Já para a variável FEF foram
encontrados indícios de diferenças entre os grupos experimental e controle.
Assim, observa-se pela FIGURA 23 que os valores médios do grupo
experimental são sempre negativos, ocorrendo o oposto com o grupo controle.
Com relação à variável FMF, foi detectada uma possível interação
entre os grupos e os tempos de avaliação, ou seja, o comportamento dos
87
grupos, com relação a esta variável pode não ser o mesmo para os três instantes
considerados.
Torna-se necessário, portanto, comparar os grupos separadamente,
em cada momento de avaliação.Os resultados obtidos encontram-se na
TABELA 16.
TABELA 16 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos dois grupos
nos diferentes momentos de avaliação, para a variável FMF.
Instante de avaliação Nível descritivo (p)
t5 0,1565 t10 0,1105
t20 0,2684
Na TABELA 16 também não foram encontrados indícios de
diferenças entre os dois grupos em nenhum dos momentos avaliados, com
relação à variável FMF.
Ainda com relação à variável FMF, pode-se também estudar o
comportamento dos momentos de avaliação para cada um dos grupos
considerados. Pela TABELA 17, observa-se que não foram encontradas
diferenças entre os tempos de avaliação para o grupo experimental, mas que
parecem existir diferenças para o grupo controle.
88
TABELA 17 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos três momentos de avaliação em cada um dos grupos, para a variável FMF.
Grupo Nível descritivo (p)
Experimental 0,8712 Controle 0,0070
Foram comparados os momentos de avaliação dois a dois, para
verificar onde encontram-se essas diferenças detectadas no grupo controle. Os
resultados obtidos encontram-se na TABELA 18.
TABELA 18 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos momentos
de avaliação dois a dois do grupo controle, para a variável FMF.
Instante de avaliação Nível descritivo (p)
t5 x t10 0,6014 t5 x t20 0,1303
t10 x t20 0,0598
Pela TABELA 18, verifica-se que para o grupo controle o momento
de avaliação t20 parece apresentar um comportamento diferente dos dois
anteriores, como também pode-se notar pela FIGURA 24.
Finalmente, com relação à variável FEV1, pode-se comparar os
instantes de avaliação dois a dois, uma vez que o nível descritivo resultante da
comparação simultânea entre os três, que foi de 0,0845, pode ser um indício
de que existam diferenças.
89
TABELA 19 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos momentos de avaliação dois a dois, para a variável FEV1.
Instante de avaliação Nível descritivo (p)
t5 x t10 0,5489 t5 x t20 0,0558
t10 x t20 0,0141
Pela TABELA 19, observa-se indícios de que o momento de
avaliação t20 parece ter um comportamento diferente dos dois momentos
anteriores (FIGURA 22).
O comportamento das variáveis da função pulmonar relativo ao
tempo pós esforço (t5, t10 e t20) era esperado e confirma os inúmeros estudos a
respeito do BIE, que apontam a maior queda entre cinco e 10 minutos após
esforço intenso e início de recuperação a partir de 20 minutos.
Podemos observar nas FIGURAS 26 a 30 uma distribuição normal
pré e pós em ambos os grupos, ou seja, queda em todas variáveis da função
pulmonar aos cinco minutos pós-exercício e retorno aos valores basais a partir
de 20 minutos, ficando evidenciado que não há diminuição no BIE por efeito de
treinamento, o que concorda com os resultados de ANDERSON (1972).
Este estudo investigou e analisou os efeitos e as respostas a um
programa de educação física, com uma carga de treinamento contínuo e
individualizado, em variáveis hemodinâmicas, respiratórias e de função
pulmonar de adolescentes portadores de asma grave.
Nos efeitos e respostas relacionadas às variáveis hemodinâmicas e
respiratórias foram observadas diferenças significativas entre os grupos
experimental e controle, durante a realização do exercício máximo (pico) para a
variável VCO2. Foram também encontrados indícios de diferenças
90
significativas nas variáveis VO2a e VO2b quando medidas no pico dos
exercícios. Para a variável VE, há indicações de diferenças entre os grupos em
ambos os instantes considerados (repouso e pico).
Os programas regulares de atividades aeróbias para asmáticos têm
evidenciado um aumento no VO2 max. e maior capacidade de trabalho com
menor freqüência cardíaca. No GC foi observado uma leve diminuição no
consumo de oxigênio de pico em ml.kg-1.min-1 e em ml.min-1 nos períodos pré
e pós 20 semanas que foi de 36,5 ± 6,1 pré para 34,7 ± 4,9 pós e de 1294 ± 283
para 1281 ± 302,8 respectivamente. No GE ocorreu aumento do consumo de
oxigênio de pico em ml.kg-1.min-1 nas condições pré e pós-treinamento, de 35,6
± 7 para 37,9 ± 7,5 e o VO2 absoluto em ml.min-1 de 1394 ± 318 para 1596 ±
445,6 respectivamente. Este estudo concorda com outros que apontam essas
melhoras em asmáticos (AHMAIDI et al., 1993; ARBORELIUS &
SVENONIUS, 1984; BUNDGAARD et al., 1982; FITCH et al.; 1976; HAAS
et al., 1987; ORENSTEIN et al., 1985; VARRAY et al., 1990, 1991). Por outro
lado, os estudos de GRAFF-LONNEVIG et al. (1980) e VAVRA et al. (1971),
não apontam essas melhoras. Essa diferença pode ser explicada pela falta de
treinamento individualizado, pois nesses estudos o treinamento foi o mesmo
para todos os sujeitos, dessa forma é possível que alguns tenham sido
subestimulados e outros superestimulados. Esse fato reforça os procedimentos
desse estudo que elaborou um plano de avaliação da capacidade aeróbia e
respiratória de cada criança para determinação de um treinamento
individualizado, assim como os ajustes das cargas durante o período de
treinamento.
A natureza e a magnitude dos efeitos de treinamento dependem da
intensidade, freqüência e duração de cada sessão além da duração do programa
e condição inicial dos participantes (WENGER & BELL, 1986). Considerando-
91
se que em geral pessoas com doenças pulmonares são limitadas na performance
em exercícios, porque seu esforço ventilatório excede sua capacidade para
respirar, deve-se levar em conta, nos programas de treinamento, os fatores que
afetam o esforço ventilatório e a capacidade ventilatória.
Existem duas possibilidades para o aumento da capacidade
ventilatória: a primeira é a mudança no mecanismo pulmonar de repouso,
embora esteja bem demonstrado que o treinamento físico não é efetivo para esta
mudança; e a segunda é o fortalecimento da musculatura respiratória, para o
qual o treinamento físico tem demonstrado ser eficiente na melhora da
“performance” da musculatura respiratória e para o aumento da ventilação
máxima.
Encontrou-se neste estudo tendência a aumento das variáveis
ventilatórias do grupo experimental (GE) na ventilação pulmonar máxima (VE)
(52,5 ± 11 pré para 62 ± 14,6 pós), no volume corrente (VC) (1413 ± 391 para
1511 ± 393,7) e na freqüência respiratória (FR) (39,1 ± 9,6 para 42,7 ± 9,7), no
grupo controle (GC) houve um pequeno aumento na VE (48,3 ± 11 pré para 50
±11,2 pós) e na FR (42,9 ± 10,1 para 45 ± 10,5), permanecendo praticamente o
mesmo VC pré e pós 20 semanas (1159 ± 307 para 1153 ± 233,6).
Esses resultados mostram que o treinamento físico tendeu a ser
efetivo no aumento das variáveis respiratórias do GE; já no GC esse pequeno
aumento na VE foi compensado pelo aumento da FR, já que o VC permaneceu
inalterado.
O aumento da massa muscular durante o crescimento leva a aumentos
proporcionais do consumo máximo de oxigênio, do débito cardíaco e da
capacidade de trabalho. O débito cardíaco depende em primeiro lugar do
volume sistólico e menos da freqüência cardíaca, assim como a ventilação
pulmonar depende do aumento do volume corrente e do volume minuto. Nesse
92
sentido, a performance no exercício depende dessas alterações fisiológicas
relacionadas ao crescimento e às acentuadas variações de peso e altura
características dessa faixa etária (BOZZA & LOOS, 1995).
A medida da produção de dióxido de carbono eliminada através da
respiração, embora pouco utilizada isoladamente, torna-se importante quando
apreciada em associação a outros dados cardiorrespiratórios. É observado
durante exercício um aumento progressivo do VCO2, que se processa devido ao
acréscimo da atividade metabólica nos músculos ativos. O resultado final do
acúmulo de ácido lático é a formação de um excesso de CO2 que, para uma
efetiva compensação da acidose metabólica, deve ser eliminado pelo sistema
ventilatório.
Observou-se aumento do VCO2 no pico de exercício em ambos os
grupos nas condições pré e pós 20 semanas; no GE foi de 1581 ± 391 para 1917
± 550,3 e no GC foi de 1401 ± 335 para 1510 ± 296,6, estas diferenças são
significativas.
Estes resultados sugerem que o GC não conseguiu compensar tão
bem a acidose, pois ventilou menos e teve um menor VCO2 no pico de
exercício quando comparado ao GE, não se encontrou na literatura resultados
semelhantes.
Na TABELA 5 os valores das variáveis de tempo e de watts para
ambos os grupos GE e GC nas condições pré e pós 20 semanas, nos instantes
LIV1 e pico de exercício, observou-se que os dois grupos se comportaram da
mesma forma, ou seja, tiveram aumento destas variáveis. Porém no GE a
variável watts aumentou mais, embora a diferença não tenha sido significativa.
Esse resultado pode ter efeito de treinamento físico no caso do GE, já
no grupo GC pode ser um efeito de adaptação ou variação do método.
93
A freqüência cardíaca (FC) de crianças durante exercícios aumenta
proporcionalmente à intensidade do esforço, semelhante aos adultos. A
diferença ocorre quanto aos valores máximos atingidos que são maiores nas
crianças. A pressão arterial durante o esforço fornece importantes informações
quanto ao desempenho do coração e das adaptações da resistência arterial
periférica através da análise do comportamento da pressão arterial sistólica
(PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD). Nas crianças a resposta da PAS
durante o exercício é semelhante aos adultos, ou seja, os valores absolutos
atingidos estão diretamente relacionados ao tamanho das crianças, à intensidade
do esforço e aos níveis da pressão em repouso. A PAD comporta-se diferente
do que foi observado em adultos. Na maioria dos casos apresenta diminuição
com o exercício mas mantêm a mesma relação com tamanho, intensidade do
exercício e valores basais. Meninos e meninas têm comportamentos
semelhantes somente ocorrendo diferenças expressivas a partir da adolescência,
onde os meninos apresentam respostas mais elevadas e as meninas o
comportamento de pressão arterial típico de mulheres jovens (BOZZA &
LOOS, 1995).
Neste trabalho não foram encontradas diferenças significativas nas
variáveis: freqüência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), pressão
arterial diastólica (PAD) e razão de troca respiratória (RER) para as condições
pré e pós entre os grupos experimental e controle, concordando com o trabalho
de BOZZA & LOOS (1995), quanto aos valores basais e em esforço obtidos.
É importante apontar também que a amplitude da faixa etária dos dois
grupos levou a uma maior variabilidade da amostra o que pode dificultar a
demonstração da evolução com treinamento.
94
Nas variáveis de função pulmonar não foram encontradas evidências
de alteração para as variáveis FVC, FEV1, FMF e FMFT. Porém, para a
variável FEF há indícios de diferenças entre os grupos experimental e controle.
O FEF é uma variável que sofre redução precoce e significativa em
doença pulmonar obstrutiva, levando os asmáticos a, apresentarem geralmente,
variações no tempo expiratório ao longo da curva espirográfica. Por essa razão,
torna-se importante analisar o FEF que é uma medida sensível a essas variações
e através da qual se pode verificar a eficiência respiratória (TEIXEIRA, 1990).
Analisando-se a FIGURA 23 verifica-se que houve uma diferença
entre os resultados pré e pós dos alunos para a variável FEF. O gráfico dos
perfis médios da diferença pós menos pré, ajustado para padrão e repouso,
mostra que os valores do grupo experimental são sempre negativos ocorrendo o
oposto com o grupo controle. Na FIGURA 28 observa-se a diferença pré e pós
que evidencia uma melhor eficácia na mecânica respiratória, expressa pela
melhora apontada na variável FEF. Esse resultado corresponde e confirma os
estudos de TEIXEIRA (1990).
Com relação às outras variáveis da função pulmonar os resultados
obtidos confirmaram as conclusões de, CARLSEN et al. (1989), HAAS et al.
(1987), SELIGMAN et al. (1970), SLY et al. (1972), TEIXEIRA (1990),
VARRAY et al. (1990, 1991). A análise dos dados (TABELAS 7 a 9 e
FIGURAS 21 a 25) revelou que essas variáveis não foram modificadas
significantemente, o que concorda com os referidos estudos. Observando-se as
FIGURAS 26,27, 29 e 30 verifica-se que para essas variáveis as diferenças pré
e pós entre os grupos experimental e controle se mantiveram inalteradas,
havendo alguns aumentos, não significativos, indicativos de melhora na função
pulmonar. Essa pequena melhora observada corresponde ao que foi encontrado
95
por ARBORELIUS & SVENONIUS (1984), ENGSTRÖM et al. (1991),
MAHLER et al. (1991) e TEIXEIRA (1990).
96
7 CONCLUSÕES
Os resultados desse estudo permitem concluir que:
1 - Programas de atividades físicas para asmáticos graves, com cargas
de trabalho e ajustes individualizados, podem aumentar significativamente:
a) o consumo de oxigênio de pico em ml.kg-1 .min-1.
b) a ventilação pulmonar máxima no exercício.
2 - Houve aumento do VCO2 no exercício máximo, sugerindo uma
melhor compensação da acidose metabólica, pois não houve aumento da
sobrecarga máxima.
3 - Não ocorrem mudanças significativas na freqüência cardíaca e nos
níveis pressóricos.
4 - Não houve diferenças significativas nas variáveis de função
pulmonar, entre os grupos experimental e controle, por efeito de treinamento de
20 sessões com exceção do FEF.
5 - Os resultados colocam em evidência a queda em variáveis
respiratórias entre o quinto e o décimo minuto, após um esforço intenso, assim
como seu retorno aos valores próximos do normal após o vigésimo minuto.
6 - Não houve diminuição do broncoespasmo induzido pelo exercício
(BIE) após o teste máximo, mas a melhor capacidade cardiovascular e
ventilação proporcionam menor desconforto respiratório.
7 - Vinte sessões de exercícios não foram suficientes para promover
melhoras significativas em variáveis da função pulmonar de asmáticos graves.
8 - Foi elaborado e implantado um programa educativo para o
asmático e seus familiares.
97
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109
ANEXO I - Características dos alunos do grupo experimental, no início do
programa, que definem os valores das variáveis da função
pulmonar.
Aluno Idade Sexo Altura Peso Superfície Corpórea
anos cm kg m2 1 11,00 F 135,0 27,7 1,03 2 13,83 M 160,0 43,0 1,41 3 14,08 M 158,0 50,0 1,50 4 13,58 M 148,0 44,0 1,34 5 13,92 F 155,0 42,2 1,36 6 13,08 M 144,0 35,5 1,20 7 11,92 M 151,0 48,0 1,41 8 13,17 F 167,5 39,2 1,40 9 12,58 M 155,0 50,0 1,47 10 12,58 F 137,0 27,5 1,04 11 10,17 M 140,0 33,6 1,15 12 13,83 M 166,0 42,5 1,44 13 9,08 M 131,0 27,5 1,01 14 14,08 M 140,5 32,0 1,13 15 12,92 M 140,0 34,0 1,16
110
ANEXO II - Características dos alunos do grupo experimental, no final do
programa, que definem os valores das variáveis da função
pulmonar.
Aluno Idade Sexo Altura Peso Superfície Corpórea
anos cm kg m2 1 11,25 F 136,5 28,2 1,05 2 14,08 M 164,0 47,2 1,49 3 14,28 M 161,0 56,5 1,59 4 13,83 M 149,0 44,7 1,36 5 14,17 F 155,0 53,0 1,5 6 13,33 M 149,0 36,5 1,25 7 12,08 M 155,0 50,5 1,47 8 13,33 F 169,0 39,8 1,42 9 12,75 M 158,5 52,5 1,52 10 12,83 F 138,5 28,7 1,07 11 10,37 M 141,0 35,7 1,19 12 13,45 M 166,5 42,5 1,44 13 9,33 M 133,0 28,0 1,03 14 14,33 M 143,0 31,5 1,14 15 13,00 M 145,0 36,2 1,22
111
ANEXO III - Características dos alunos do grupo controle, no início do
programa, que definem os valores das variáveis da função
pulmonar.
Aluno Idade Sexo Altura Peso Superfície Corpórea
anos cm kg m2 1 12,17 M 144,0 44,8 1,36 2 8,58 F 137,0 49,0 1,33 3 10,83 M 131,0 27,0 1 5 13,75 F 146,0 39,5 1,27 6 11,75 M 140,0 38,0 1,21 7 11,25 F 132,5 33,7 1,11 8 12,92 M 146,0 32,0 1,16 9 9,42 M 136,0 38,1 1,19 10 9,83 F 127,0 24,0 0,93 11 10,05 F 135,0 29,7 1,06 12 9,83 M 138,0 39,8 1,22
112
ANEXO IV - Características dos alunos do grupo controle, no final do
programa, que definem os valores das variáveis da função
pulmonar.
Aluno Idade Sexo Altura Peso Superfície Corpórea
anos cm kg m2 1 12,58 M 145,5 47 1,36 2 8,92 F 138,5 44 1,28 3 11,25 M 132 26,5 1 5 14,17 F 147 41,7 1,31 6 12,17 M 144 41,9 1,29 7 11,67 F 136 40,7 1,22 8 13,33 M 149 33 1,19 9 9,83 M 137 34,5 1,15 10 10,25 F 131,5 24 0,95 11 10,92 F 136 30,5 1,08 12 10,33 M 142 42,5 1,28
113
ANEXO V - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias na posição
sentada, do grupo exprimental, que antecedeu o exercício na
condição pré treinamento.
Variáveis
AL VO2 VCO
2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 PAS PAD
1 4,6 115 128 0,9 96 0,36 6,6 331 20 51 57 70 50
2 6,7 275 287 0,96 72 0,23 11 846 13 38 39 90 50
3 3,7 192 185 1,04 103 0,33 12 446 26 62 60 100 50
4 5,8 222 255 0,87 84 0,24 8 688 12 33 38 80 50
5 5,8 221 245 0,9 106 0,32 13 466 27 52 58 80 60
6 6,7 199 239 0,83 100 0,31 10 441 24 44 52 90 60
7 4,3 204 205 1 98 0,37 9 370 26 46 47 110 80
8 6,1 197 240 0,82 100 0,24 12 832 14 49 60 90 70
9 3,8 206 190 1,08 83 0,23 9 843 11 47 43 90 60
10 5,9 132 163 0,81 112 0,36 8 336 21 50 61 90 60
11 8,3 222 280 0,79 114 0,27 9 544 17 34 42 70 50
12 6,7 265 286 0,93 83 0,29 11 590 18 37 40 90 70
13 7,3 147 201 0,73 104 0,35 9 336 26 43 38 70 40
14 6,7 190 213 0,89 90 0,34 14 381 36 64 72 70 30
15 7,3 203 230 0,81 113 0,29 12 483 24 46 57 90 50
Média
5,98 199,3
223,13
0,89 97,20
0,30 10,24
528,8
21,00
46,40 50,93 85,33 55,3
DP 1,31 41,75
44,33 0,09 12,08
0,05 2,03 182,8
6,70 8,70 10,29 11,47 12,0
AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.
114
ANEXO VI - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias na posição
sentada, do grupo exprimental, que antecedeu o exercício na
condição pós treinamento.
Variáveis
AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VE/VO2 VE/VCO2 PAS PAD
1 5,6 119 157 0,76 100 0,32 7 390 17 42 56 70 50
2 4,4 249 210 1,19 67 0,23 13 863 15 60 51 90 50
3 4,4 213 246 0,87 77 0,3 11 532 20 44 50 110 80
4 3,4 130 152 0,85 76 0,33 6 430 13 37 43 110 70
5 3,7 150 194 0,77 104 0,26 6 650 9 31 40 80 60
6 5 180 183 0,98 103 0,3 9 481 18 47 48 110 70
7 4,6 185 230 0,81 80 0,32 7 454 16 31 38
8 5,6 207 222 0,93 84 0,27 10 694 14 45 48 80 60
9 2,7 116 139 0,83 97 0,26 4 691 6 28 34 80 40
10 6,4 190 185 1,03 97 0,29 10 471 21 55 53 100 60
11 7 246 248 0,99 107 0,28 11 516 21 44 45 100 60
12 5,3 169 224 0,75 100 0,32 8 515 15 34 45 110 60
13 5,1 120 144 0,84 82 0,34 6 348 19 45 54 90 60
14 6,4 171 201 0,85 79 0,34 9 381 24 44 52 90 70
15 6,1 203 221 0,92 85 0,3 9,3 478 20 42 46 120 70
Média 5,05 176,5 197,0 0,89 89,20 0,30 8,42 526,27 16,53 41,93 46,87 95,7 61,4
DP 1,16 41,97 34,98 0,11 12,06 0,03 2,34 136,04 4,62 8,47 6,01 14,5 9,90
AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.
115
ANEXO VII - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias durante o
exercício máximo, do grupo experimental, nas condições pré
treinamento.
Variáveis
AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 T PAS PAD
1 45,9 1619 1272 1,27 181 0,18 60 1202 50 47 37 9,3
2 42,6 2139 1633 1,17 158 0,16 60 1980 30 33 28 8,3 160 80
3 31,8 1958 1608 1,22 193 0,17 70 1616 41 42 34 10,3 140 70
4 27,3 1467 1203 1,22 158 0,17 46 1620 29 38 31 9
5 25,9 1143 1095 1,04 187 0,19 38 1216 32 35 34 8,3
6 33,8 1323 1200 1,1 182 0,2 51 1022 50 42 39 8,3 120 60
7 36,6 2243 1757 1,28 179 0,17 65 1674 39 37 29 11,3 160 90
8 43,2 1690 1695 1 197 0,18 77 1533 50 45 46 9 100 60
9 25,9 1446 1295 1,12 139 0,15 49 2227 22 38 34 8,3 130 60
10 30,7 891 843 1,06 179 0,22 37 752 49 44 42 7,3 100 70
11 38,7 1275 1301 0,98 179 0,19 41 1050 39 32 32 8,3 100 50
12 39,7 1772 1689 1,05 178 0,17 47 1845 26 28 27 10,3 140 60
13 42,5 1142 1168 0,98 192 0,21 45 804 57 39 40 9
14 34,9 1406 1118 1,26 181 0,19 45 1031 44 41 32 9 110 50
15 48,1 1637 1635 1 186 0,18 59 1208 49 36 36 10 120 50
Média 36,51 1543 1367 1,12 177,9 0,18 52,67 1385 40,47 38,47 34,73 9,07 125 63,64
DP 6,98 365,7 269,2 0,11 14,8 0,02 11,55 423,4 10,24 5,03 5,17 1,00 21,4 12,26
AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono;.T, tempo de exercício em segundos; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.
116
ANEXO VIII - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias durante o
exercício máximo, do grupo experimental, nas condições
pós treinamento.
Variáveis
AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 T PAS PAD
1 45 1655 1269 1,3 196 0,19 68 1083 63 54 41 9,3 110 60
2 40,8 2150 1925 1,12 152 0,16 65 1994 32 33 30 10,3 170 80
3 42,6 2962 2407 1,23 186 0,16 93 2044 46 39 31 11,3 175 80
4 33,2 1706 1485 1,15 171 0,16 48 1725 28 32 28 10,3 130 70
5 25,3 1609 1342 1,2 192 0,19 53 1211 44 40 33 8,3 120 70
6 33,3 1499 1219 1,23 174 0,2 54 1088 50 45 36 8,3 140 70
7 39,4 2349 1991 1,18 167 0,17 67 1662 40 34 28 11,3
8 38,5 2074 1531 1,35 197 0,16 81 1977 41 53 39 9,3 100 60
9 27,5 1774 1443 1,23 157 0,16 56 1907 29 39 32 8,3 100 50
10 28,3 1026 813 1,26 183 0,21 45 821 55 55 44 8,3 110 50
11 48,1 1944 1718 1,13 198 0,19 61 1079 57 36 31 9,3 150 70
12 43,5 2154 1848 1,17 185 0,17 60 1708 35 33 28 11 150 50
13 36,4 1139 1019 1,12 164 0,19 37 965 38 36 32 9
14 39 1470 1229 1,2 162 0,2 48 953 50 39 33 9
15 52 2280 1886 1,21 186 0,17 74 1605 46 39 32 12,3 170 80
Média 38,19 1852 1541 1,21 178,0 0,18 60,67 1454 43,6 40,47 33,20 9,71 135 65,8
DP 7,40 482,1 406,1 0,06 14,69 0,02 14,15 423,0 9,9 7,51 4,65 1,25 26,5 11,1
AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono;.T, tempo de exercício em segundos; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.
117
ANEXO IX - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias na posição
sentada, do grupo controle, que antecedeu o exercício na
condição pré.
Variáveis
AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 PAS PAD
1 3,4 129 152 0,85 81 0,34 6 381 17 42 50 90 60
2 5,2 161 227 0,71 95 0,3 8 438 18 35 49 70 30
3 6,9 153 186 0,82 76 0,24 11 591 18 57 69 70 50
5 7,3 252 290 0,87 126 0,29 11 500 23 39 45 100 60
6 6,9 267 262 1,02 121 0,29 15 473 32 57 56 100 70
7 7,3 188 245 0,77 124 0,31 12 407 30 50 65 80 50
8 6,9 226 221 1,03 81 0,26 12 616 19 53 52 70 40
9 7,1 289 272 1,06 110 0,23 11 718 15 39 37 70 50
10 6,7 148 161 0,92 101 0,35 10 318 31 61 67 70 50
11 5,3 134 156 0,85 79 0,28 6 478 12 37 44 60 40
12 6,6 213 264 0,81 93 0,29 10 460 22 38 47 80 60
Média 6,33 196,4 221,5 0,88 99 0,29 10,18 489 21,55 46,18 52,82 78,18 50,91
DP 1,15 53,76 47,97 0,11 18,07 0,04 2,55 109 6,46 9,10 9,85 12,66 10,83
AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.
118
ANEXO X -. Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias na posição
sentada, do grupo controle, que antecedeu o exercício na
condição pós.
Variáveis
AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 PAS PAD
1 4,9 191 229 0,83 84 0,31 8 453 18 35 43 120 95
2 4,5 160 198 0,81 108 0,32 8 412 20 42 51 90 60
3 5,1 126 136 0,92 97 0,31 6 406 15 44 48 90 50
5 4,7 179 194 0,92 78 0,31 8 469 18 43 46 130 90
6 6,8 284 285 1 97 0,26 9 593 16 33 33 120 90
7 5 237 203 1,17 90 0,25 12 609 19 57 49 100 60
8 5,2 118 172 0,68 78 0,25 5 650 7 27 39 90 60
9 4,2 130 145 0,9 73 0,2 4 955 4 28 31
10 5,7 128 137 0,93 93 0,34 7 344 22 54 58 110 90
11 4,8 133 147 0,91 90 0,28 6 476 13 41 45 90 50
12 6,2 237 263 0,9 88 0,35 13 360 36 49 55 110 70
Média 5,19 174,8 191,7 0,90 88,73 0,28 7,81 520,6 17,09 41,18 45,27 105 71,5
DP 0,72 53,69 48,63 0,11 9,677 0,04 2,62 167,8 7,925 9,37 8,03 14,32 17,04
AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.
119
ANEXO XI -. Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias durante o
exercício máximo, do grupo controle, na condição pré .
Variáveis
AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 T PAS PAD
1 37,1 1873 1662 1,13 189 0,16 56 1681 34 34 30 9,3 130 70
2 29,5 1425 1297 1,1 191 0,19 50 1114 45 38 35 9
3 48,4 1222 1306 0,94 184 0,17 47 1360 34 36 38 9 100 60
5 42,6 1992 1685 1,18 210 0,17 68 1476 46 40 34 10,3 150 60
6 42,9 1796 1633 1,1 139 0,18 68 1227 55 41 38 10 100 70
7 34,9 1248 1177 1,06 184 0,18 46 1105 42 39 37 9 120 50
8 39,5 1373 1267 1,08 165 0,18 43 1393 31 34 32 10 90 40
9 30,9 1269 1178 1,08 170 0,17 35 1343 26 29 27 9 110 50
10 27,2811 653 1,24 168 0,23 32 620 52 50 40 7 100 70
11 37 1197 1099 1,09 170 0,2 43 918 47 39 36 7,3 120 50
12 32,2 1203 1281 0,94 160 0,22 44 735 60 34 37 8,3 120 70
Média 36,56 1401 1294 1,08 175,5 0,18 48,36 1179 42,91 37,64 34,91 8,927 114 59
DP 6,15 334,6 282,9 0,08 17,98 0,02 11,13 306,8 10,18 5,13 3,70 1,00 16,8 10,4
AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; T, tempo de exercício em segundos; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.
120
ANEXO XII - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias durante o
exercício máximo, do grupo controle, na condição pós .
Variáveis
AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 T PAS PAD
1 40,3 1752 1772 0,99 190 0,17 58 1515 38 33 33 11 130 70
2 30,6 1709 1347 1,27 192 0,19 73 1083 67 54 43 8,3 120 50
3 41,8 1462 1107 1,32 183 0,17 51 1285 40 46 35 10 120 50
5 35,4 1839 1475 1,25 194 0,17 59 1423 41 40 32 10 160 80
6 37 1779 1549 1,15 184 0,18 53 1233 43 34 30 9,3 150 70
7 28,8 1426 1173 1,22 167 0,18 47 1194 40 40 33 9 130 70
8 37,9 1443 1252 1,15 156 0,18 40 1304 31 32 28 10 130 60
9 37 1502 1276 1,18 137 0,18 46 1118 41 36 31 9
10 24,3 741 582 1,27 179 0,23 28 660 43 48 38 6,3 110 90
11 33,7 1277 1029 1,24 180 0,2 45 957 47 44 35 8 120 50
12 35,9 1682 1524 1,1 161 0,21 59 907 65 39 35 10,3 140 60
Média 34,79 1510 1281 1,19 174,8 0,18 50,82 1153 45,09 40,55 33,91 9,2 131 65
DP 4,91 296,6 302,8 0,08 16,86 0,01 11,25 233,6 10,54 6,56 3,89 1,24 14,46 12,8
AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; T, tempo de exercício em segundos; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.
121
ANEXO XIII - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso, obtidas
pré e pós o período de treinamento .
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL pré pós pré pós pré pós pré pós pré pós
1 2.127 1.732 pré 1.257 2.074 1.243 1.029 0.881 1.030 0.980
2 3.609 4.223 2.831 2.888 6.033 5.358 1.867 1.891 0.970 1.120
3 3.330 3.753 2.650 2.446 2.370 4.041 1.135 1.522 1.470 1.230
4 2.092 2.989 1.953 2.004 1.475 2.939 0.826 1.281 1.270 1.170
5 3.208 3.465 1.743 3.108 13.300 10.800 3.208 3.465 0.500 0.500
6 2.336 2.550 2.929 1.824 3.318 3.062 1.709 1.254 0.680 1.020
7 3.173 3.620 1.918 2.476 9.481 3.611 2.266 1.872 0.700 0.970
8 2.650 2.398 2.615 2.128 5.531 4.593 3.058 2.398 0.430 0.500
9 2.789 2.601 2.441 1.942 2.458 2.923 1.033 1.419 1.350 0.920
10 2.266 1.925 1.743 1.115 1.844 0.946 0.971 0.530 1.170 1.820
11 2.284 2.378 1.517 1.868 2.553 4.041 1.523 1.585 0.750 0.750
12 3.522 3.770 1.813 2.548 4.148 5.388 1.447 1.714 1.220 1.100
13 1.918 2.230 2.336 1.655 2.553 2.572 1.743 1.911 0.550 0.580
14 2.371 2.493 1.628 1.503 2.553 2.500 1.226 0.984 0.970 1.270
15 3.051 3.210 1.708 2.015 4.424 2.955 1.795 1.267 0.850 1.270
AL, aluno; Rep, repouso.
122
ANEXO XIV - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e cinco
minutos após o exercício, obtidas pré período de treinamento .
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 5' Rep após 5' Rep após 5' Rep após 5' Rep após 5'
1 2.127 2.266 2.319 1.569 2.074 2.141 1.029 1.115 1.030 1.020
2 3.609 2.929 2.831 2.057 6.033 3.687 1.867 1.395 0.970 1.050
3 3.330 2.789 2.650 1.569 2.370 1.898 1.135 0.881 1.470 1.580
4 2.092 1.162 1.953 1.238 1.475 1.125 0.826 0.676 1.270 1.600
5 3.208 3.138 1.743 2.720 13.300 16.600 3.208 2.853 0.500 0.530
6 2.336 2.197 2.929 1.604 3.318 2.074 1.709 1.117 0.680 0.980
7 3.173 3.208 1.918 2.545 9.481 4.740 2.266 2.138 0.700 0.750
8 2.650 2.580 2.615 2.266 5.531 5.105 3.058 2.419 0.430 0.530
9 2.789 2.632 2.441 1.708 2.458 2.370 1.033 1.067 1.350 1.230
10 2.266 1.778 1.743 1.290 1.844 1.229 0.971 0.494 1.170 1.800
11 2.284 2.197 1.517 1.621 2.553 2.141 1.523 1.318 0.750 0.830
12 3.522 2.580 1.813 1.569 4.148 1.844 1.447 0.933 1.220 1.380
13 1.918 1.883 2.336 1.499 2.553 2.074 1.743 1.345 0.550 0.700
14 2.371 1.360 1.628 0.767 2.553 0.714 1.226 0.434 0.970 1.570
15 3.051 2.789 1.708 1.848 4.424 2.886 1.795 1.162 0.850 1.200
AL, aluno; Rep, repouso.
123
ANEXO XV - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e 10
minutos após o exercício, obtidas pré período de treinamento.
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10
1 2.127 2.231 2.319 1.569 2.074 2.074 1.029 1.030 1.030 1.080
2 3.609 3.208 2.831 2.214 6.033 3.318 1.867 1.436 0.970 1.120
3 3.330 3.190 2.650 1.778 2.370 2.289 1.135 0.977 1.470 1.630
4 2.092 2.301 1.953 1.464 1.475 1.896 0.826 0.863 1.270 1.330
5 3.208 3.173 1.743 2.929 13.300 8.296 3.208 3.282 0.500 0.480
6 2.336 2.214 2.929 1.658 3.318 2.553 1.709 1.186 0.680 0.930
7 3.173 3.295 1.918 2.615 9.481 6.637 2.266 2.149 0.700 0.770
8 2.650 2.580 2.615 2.231 5.531 6.033 3.058 2.419 0.430 0.530
9 2.789 2.894 2.441 1.848 2.458 2.553 1.033 1.142 1.350 1.270
10 2.266 2.266 1.743 1.325 1.844 1.383 0.971 0.708 1.170 1.600
11 2.284 2.197 1.517 1.621 2.553 2.141 1.523 1.318 0.750 0.830
12 3.522 3.295 1.813 1.848 4.148 2.765 1.447 0.875 1.220 1.880
13 1.918 1.970 2.336 1.604 2.553 2.458 1.743 1.477 0.550 0.670
14 2.371 1.499 1.628 0.872 2.553 0.737 1.226 0.464 0.970 1.620
15 3.051 2.929 1.708 2.057 4.424 3.160 1.795 1.541 0.850 0.950
AL, aluno; Rep, repouso.
124
ANEXO XVI - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e 20
minutos após o exercício, obtidas pré período de treinamento.
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20
1 2.127 2.127 2.319 1.464 2.074 1.702 1.029 0.997 1.030 1.070
2 3.609 3.556 2.831 2.406 6.033 4.148 1.867 1.617 0.970 1.100
3 3.330 3.452 2.650 2.092 2.370 3.160 1.135 1.248 1.470 1.380
4 2.092 2.441 1.953 1.569 1.475 1.952 0.826 1.003 1.270 1.220
5 3.208 3.225 1.743 2.946 13.300 9.481 3.208 3.354 0.500 0.480
6 2.336 2.319 2.929 1.900 3.318 2.886 1.709 1.697 0.680 0.680
7 3.173 3.295 1.918 2.615 9.481 5.531 2.266 2.247 0.700 0.730
8 2.650 2.632 2.615 2.301 5.531 5.531 3.058 2.820 0.430 0.470
9 2.789 2.911 2.441 1.953 2.458 2.886 1.033 1.284 1.350 1.130
10 2.266 2.266 1.743 1.325 1.844 1.383 0.971 0.708 1.170 1.600
11 2.284 2.441 1.517 1.918 2.553 2.886 1.523 1.877 0.750 0.650
12 3.522 3.347 1.813 2.319 4.148 6.637 1.447 1.395 1.220 1.200
13 1.918 1.918 2.336 1.586 2.553 2.458 1.743 1.555 0.550 0.620
14 2.371 1.935 1.628 1.151 2.553 0.935 1.226 0.618 0.970 1.570
15 3.051 3.033 1.708 2.231 4.424 3.493 1.795 1.685 0.850 0.900
AL, aluno; Rep, repouso.
125
ANEXO XVII - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e cinco
minutos após o exercício, obtidas pós período de
treinamento.
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
rep após 5 rep após 5 rep após 5 rep após 5 rep após 5
1 1.732 1.715 2.319 1.223 1.243 1.115 0.881 0.830 0.980 1.030
2 4.223 3.581 2.630 2.365 5.358 5.845 1.891 1.264 1.120 1.420
3 3.753 3.533 2.888 2.089 4.041 3.233 1.522 1.140 1.230 1.550
4 2.989 3.091 2.446 1.936 2.939 2.586 1.281 1.159 1.170 1.330
5 3.465 3.125 2.089 2.870 10.800 16.200 3.465 3.606 0.500 0.430
6 2.550 2.280 3.108 1.588 3.062 2.296 1.254 0.991 1.020 1.150
7 3.432 3.432 1.824 2.186 3.421 3.421 1.320 1.320 1.300 1.300
8 2.398 2.179 2.186 1.892 4.593 8.037 2.398 2.514 0.500 0.430
9 2.601 2.652 2.128 0.186 2.923 2.679 1.419 1.283 0.920 0.030
10 1.925 1.723 1.942 0.946 0.946 0.677 0.530 0.502 1.820 1.720
11 2.378 2.276 1.115 1.596 4.041 2.086 1.585 1.177 0.750 0.970
12 3.770 3.482 1.081 2.344 5.388 9.236 1.714 1.339 1.100 1.300
13 2.230 2.196 2.548 1.757 2.572 4.287 1.911 1.464 0.580 0.750
14 2.493 1.776 1.800 0.854 2.500 0.492 0.984 0.381 1.270. 2.330
15 3.210 2.561 1.503 1.537 2.955 1.912 1.267 0.893 1.270 1.430
AL, aluno; Rep, repouso.
126
ANEXO XVIII - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e 10
minutos após o exercício, obtidas pós período de
treinamento.
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL rep após 10 rep após 10 rep após 10 rep após 10 rep após 10
1 1.732 2.038 2.015 1.495 1.243 2.309 0.881 1.036 0.980 0.980
2 4.223 3.919 2.630 2.415 5.358 4.946 1.891 1.383 1.120 1.420
3 3.753 3.736 2.888 2.395 4.041 4.041 1.522 1.495 1.230 1.250
4 2.989 3.108 2.446 1.987 2.939 3.079 1.281 1.227 1.170 1.270
5 3.465 3.074 2.089 2.768 10.800
6.466 3.465 3.074 0.500 0.500
6 2.550 2.449 3.108 1.757 3.062 3.215 1.254 1.148 1.020 1.070
7 3.620 3.552 1.824 2.117 3.611 2.826 1.872 1.421 0.970 1.250
8 2.398 2.348 2.476 2.196 4.593 5.358 2.398 2.817 0.500 0.420
9 2.601 2.770 2.128 1.942 2.923 3.215 1.419 1.340 0.920 1.030
10 1.925 1.790 1.942 1.149 0.946 0.974 0.530 0.655 1.820 1.370
11 2.378 2.344 1.115 1.800 4.041 3.079 1.585 1.496 0.750 0.780
12 3.770 3.584 1.081 2.327 5.388 3.803 1.714 1.605 1.100 1.120
13 2.230 2.263 2.548 1.925 2.572 3.782 1.911 2.190 0.580 0.520
14 2.493 1.912 1.800 1.007 2.500 0.707 0.984 0.495 1.270 1.930
15 3.210 2.664 1.505 1.366 2.955 1.548 1.267 0.919 1.270 1.450
AL, aluno; Rep, repouso.
127
ANEXO XIX - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e 20
minutos após o exercício, obtidas pós período de treinamento.
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20
Rep após 20
1 1.732 2.140 2.015 1.562 1.243 2.309 0.881 1.052 0.980 1.020
2 4.223 4.037 2.630 2.652 5.358 10.700 1.891 1.533 1.120 1.320
3 3.753 3.804 2.888 2.615 4.041 4.041 1.522 1.968 1.230 0.970
4 2.989 3.210 2.446 2.174 2.939 3.403 1.281 1.459 1.170 1.100
5 3.465 3.278 2.089 2.904 10.800 8.082 3.465 3.073 0.500 0.530
6 2.550 2.567 3.108 1.925 3.062 3.215 1.254 1.572 1.020 0.820
7 3.620 3.654 1.824 2.442 3.611 3.824 1.872 1.768 0.970 1.030
8 2.398 2.365 2.476 2.145 4.593 5.358 2.398 2.728 0.500 0.430
9 2.601 2.854 2.128 2.111 2.923 3.572 1.419 1.529 0.920 0.930
10 1.925 1.723 1.942 1.250 0.946 1.213 0.530 0.654 1.820 1.320
11 2.378 2.446 1.115 1.834 4.041 2.694 1.585 1.467 0.750 0.830
12 3.770 3.702 1.081 2.463 5.388 4.973 1.714 1.763 1.100 1.050
13 2.230 2.230 2.548 1.909 2.572 5.358 1.911 2.090 0.580 0.530
14 2.493 2.339 1.800 1.229 2.500 1.048 0.984 0.605 1.270 1.930
15 3.210 3.005 1.505 1.947 2.955 2.826 1.267 1.366 1.270 1.100
AL, aluno; Rep, repouso.
128
ANEXO XX - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,
em repouso e cinco minutos após o exercício.
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 5 Rep após 5 Rep após 5
Rep após 5 Rep após 5
1 2.412 2.804 2.015 1.956 3.447 2.216 1.340 1.274 0.900 1.100
2 1.695 2.119 1.989 1.402 1.070 1.724 0.706 0.908 1.200 1.170
3 1.976 1.561 1.141 0.913 1.317 0.536 0.741 0.478 1.330 1.630
4 1.793 1.663 1.262 1.206 2.586 1.410 1.582 0.924 0.570 0.900
5 2.510 3.032 1.532 2.249 5.171 3.870 1.712 1.568 0.730 0.970
6 2.954 2.872 1.190 2.178 3.696 3.927 2.110 1.795 0.700 0.800
7 2.360 1.980 2.195 1.287 3.490 1.428 1.180 0.675 1.000 1.470
8 3.053 2.839 1.766 1.452 1.963 1.653 1.041 0.676 1.470 2.100
9 2.442 2.424 1.683 1.727 3.490 2.528 1.201 1.254 1.020 0.970
10 2.145 1.964 1.782 1.419 2.244 1.653 1.463 0.950 0.730 1.030
11 1.962 1.629 1.617 1.244 1.667 0.710 1.177 0.719 0.830 1.130
12 2.331 2.217 1.507 1.891 3.447 3.447 1.748 1.956 0.670 0.570
AL, aluno; Rep, repouso.
129
ANEXO XXI - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,
em repouso e 10 minutos após o exercício.
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10
1 2.412 2.738 2.217 2.038 3.447 3.878 1.340 1.643 0.900 0.830
2 1.695 2.135 1.989 1.467 1.070 1.825 0.706 0.942 1.200 1.130
3 1.976 1.594 1.141 0.946 1.317 0.854 0.741 0.724 1.330 1.100
4 1.793 1.760 1.262 1.369 2.586 1.724 1.582 1.148 0.570 0.770
5 2.510 3.162 1.532 2.559 5.171 5.171 1.712 2.156 0.730 0.730
6 2.954 2.938 1.190 2.195 3.696 4.488 2.110 2.098 0.700 0.700
7 2.360 2.178 2.195 1.452 3.490 1.963 1.180 1.021 1.000 1.070
8 3.053 2.872 1.766 1.419 1.963 1.571 1.041 0.643 1.470 2.230
9 2.442 2.291 1.683 1.627 3.490 1.975 1.201 1.011 1.020 1.130
10 2.145 1.980 1.782 1.551 2.244 1.963 1.463 1.292 0.730 0.770
11 1.962 1.980 1.617 1.472 1.667 1.755 1.177 1.449 0.830 0.680
12 2.331 2.380 1.507 1.858 3.447 3.650 1.748 1.552 0.670 0.770
AL, aluno; Rep, repouso.
130
ANEXO XXII - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,
em repouso e 20 minutos após o exercício.
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20
Rep após 20 Rep após 20
1 2.412 2.738 1.989 2.086 3.447 3.103 1.340 1.712 0.900 0.800
2 1.695 2.021 1.989 1.434 1.070 1.633 0.706 0.919 1.200 1.100
3 1.976 1.710 1.141 0.963 1.317 0.658 0.741 0.484 1.330 1.770
4 1.793 1.793 1.262 1.369 2.586 1.551 1.582 1.076 0.570 0.830
5 2.510 3.293 1.532 2.641 5.171 5.171 1.712 1.900 0.730 0.870
6 2.954 2.954 1.190 2.294 3.696 7.853 2.110 1.927 0.700 0.770
7 2.360 2.376 2.195 1.617 3.490 3.490 1.180 1.004 1.000 1.180
8 3.053 2.938 1.766 1.716 1.963 1.122 1.041 0.881 1.470 1.670
9 2.442 2.358 1.683 1.610 3.490 2.257 1.201 0.907 1.020 1.300
10 2.145 2.046 1.782 1.485 2.244 1.745 1.463 1.137 0.730 0.900
11 1.962 1.980 1.617 1.472 1.667 1.755 1.177 1.449 0.830 0.680
12 2.331 2.575 1.507 2.021 3.447 4.432 1.748 1.680 0.670 0.770
AL, aluno; Rep, repouso.
131
ANEXO XXIII - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,
em repouso e cinco minutos após o exercício (pós).
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 5 Rep após 5 Rep após 5 Rep após 5 Rep após 5
1 2.664 2.425 2.217 1.552 3.025 2.031 1.332 0.876 1.000 1.004
2 2.596 2.681 1.895 1.912 5.000 2.955 1.730 1.257 0.750 1.007
3 1.689 1.503 2.049 0.895 0.649 0.506 0.474 0.451 1.780 1.167
4 1.824 1.079 0.980 1.436 2.296 1.786 1.044 1.096 0.630 0.820
5 3.518 3.313 1.520 2.117 8.126 4.643 1.954 1.069 0.900 1.055
6 3.518 3.586 2.664 3.176 9.287 9.287 3.908 3.842 0.450 1.047
7 2.425 1.844 3.176 1.144 3.421 0.970 1.399 0.659 0.870 1.004
8 3.277 2.061 1.081 0.878 3.384 0.643 1.328 0.423 1.023 2.043
9 2.331 2.162 2.111 1.351 2.679 1.429 0.971 0.721 1.002 1.005
10 1.013 1.723 1.537 1.013 0.731 0.670 0.507 0.438 1.000 1.097
11 2.078 1.655 0.693 1.003 1.495 0.699 0.708 0.517 1.047 1.006
12 2.527 2.510 1.351 1.981 6.501 5.417 1.056 1.673 0.830 0.750
AL, aluno; Rep, repouso.
132
ANEXO XXIV - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,
em repouso e 10 minutos após o exercício (pós).
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10
Rep após10 Rep após 10
1 2.664 2.835 1.981 1.081 3.025 2.709 1.332 1.037 1.000 1.037
2 2.596 2.698 1.895 1.912 5.000 3.096 1.730 1.305 0.750 1.003
3 1.689 1.655 2.049 0.963 0.649 0.612 0.474 0.460 1.780 1.008
4 1.824 1.723 0.980 1.402 2.296 1.649 1.044 1.231 0.630 0.700
5 3.518 3.313 1.520 2.083 8.126 4.063 1.954 1.035 0.900 1.006
6 3.518 3.483 2.664 3.039 9.287 9.287 3.908 3.167 0.450 0.550
7 2.425 2.015 3.176 1.332 3.421 1.413 1.399 0.756 0.870 1.033
8 3.277 2.702 1.081 1.216 3.384 1.148 1.328 0.650 1.023 2.023
9 2.331 2.179 2.111 1.419 2.679 1.692 0.971 0.817 1.002 1.033
10 1.013 1.925 1.537 1.486 0.731 1.891 0.507 1.155 1.000 0.830
11 2.078 1.841 0.693 1.115 1.495 0.857 0.708 0.547 1.047 1.068
12 2.527 2.698 1.351 2.022 6.501 8.126 1.056 2.248 0.830 0.600
AL, aluno; Rep, repouso.
133
ANEXO XXV - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,
em repouso e 20 minutos após o exercício (pós).
Variáveis
FVC
litros
FEV1
litros
FEF
litros/seg
FMF
litros/seg
FMFT
segundos
AL Rep após 20 Rep após 20
Rep após 20
Rep após20 Rep após 20
1 2.664 2.374 1.981 1.571 3.025 2.167 1.332 1.113 1.000 1.070
2 2.596 2.732 1.895 2.083 5.000 4.643 1.730 1.708 0.750 0.800
3 1.689 1.588 2.049 0.946 0.649 0.5554 0.474 0.433 1.780 1.830
4 1.824 1.723 0.980 1.368 2.296 1.531 1.044 1.124 0.630 0.770
5 3.518 3.364 1.520 2.100 8.126 3.611 1.954 1.009 0.900 1.067
6 3.518 3.552 2.664 3.176 9.287 8.126 3.908 6.660 0.450 0.270
7 2.425 2.322 3.176 1.571 3.421 2.167 1.399 0.941 0.870 1.230
8 3.277 2.973 1.081 1.351 3.384 1.340 1.328 0.719 1.023 2.070
9 2.331 2.331 2.111 1.605 2.679 2.143 0.971 1.093 1.002 1.070
10 1.013 2.162 1.537 1.588 0.731 1.891 0.507 1.474 1.000 0.730
11 2.078 2.094 0.693 1.419 1.495 1.738 0.708 0.795 1.047 1.320
12 2.527 2.818 1.351 2.356 6.501 6.501 1.056 5.635 0.830 0.250
AL, aluno; Rep, repouso.
134
APÊNDICE 1 - Prontuário individual com exame clínico e as avaliações
ATIVIDADES FÍSICAS ADAPTADAS AO PORTADOR DE ASMA
EXAME CLÍNICO E AVALIAÇÕES
NOME: ______________________________________________________
Nasc.: ________________ sexo ___________ cor _________ idade _____
Residência: ___________________________________________________
Início caracterização da crise:
Fatores desencadeantes (alérgenos,
irritantes, infeccção, exercício):
Medicação usada na crise:
Duração - intensidade
(PS - falta escolar internações)
Freqüência das crises:
Tosse noturna
Chiado noturno
Sint concomitantes
- rinite alérgica
- sinusite
- alergia de pele, eczemas
Complicações: UTI, pneumonia
Antecedentes pessoais:
(amidalectomia)
Antecedentes familiares:
Tratamento intercrítico atual
ou já realizados
135
APÊNDICE 1 - Prontuário individual com exame clínico e as avaliações
(cont.)
Exame Físico
Peso = Altura = EN = perc. =
Respiração oral
Orofaringe
Inspeção do Torax
Ausculta:
cardíada
pulmonar
Membros (cianose, baquet.)
Exames Laboratóriais
RX torax _________________________________ RX cavum ____________________
RX seios da face ________________________________________________________
Hemograma: cosenofilos:
Citol. de secreção nasal: cosenofilos _________________________________________
PPF:
Prova de função pulmonar inicial
CVF _________________ FEV _________________ Tiffenau __________________
Feep 25 - 75% _________________________________________________________
Diagnósticos:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________
Programação terapêutica: _________________________________________________
136
APÊNDICE 2 - Modelo da avaliação de função pulmonar com fatores de
correção em BTPS e STDP
137
APÊNDICE 3 - Ficha para o traçado espirográfico
138
APÊNDICE 4 - Ficha para as sessões de treinamento
NOME _______________________________________ IDADE _______
F.C. TREIN _____________
F.C. LA: __________
DATA_______SESSÃO_______PEAK FLOW REP ______PEAK FLOW ESPER_______
CARGA FC CHIADO/SIBILO PEAK FLOW COMENTARIO
S
REPOUSO
AQUEC
1'
5'
10'
15'
20'
25'
30'
1' RECUP
2' RECUP
3' RECUP
139
APÊNDICE 5 - Carta aos pais
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E ATIVIDADES FÍSICAS AO PORTADOR DE ASMA
Hospital Darcy Vargas/Centro de Práticas Esportivas da USP
Escola de Educação Física da USP
ATIVIDADES FÍSICAS ADAPTADAS AO PORTADOR DE ASMA
Senhores pais: ______________________________________________
Atenção ao seu filho: _________________________________________
Durante o período em que seu filho estiver vinculado ao
Programa de Educação Atividades Físicas Adaptadas ao Portador de Asma,
serão feitas avaliações clínicas, provas de função pulmonar em repouso e
durante esforço físico. Os dados obtidos são importantes para estudo e
pesquisa dos efeitos das atividades físicas sobre a função pulmonar das
crianças asmáticas.
Portanto, gostaríamos de ter sua concôrdancia com relação
à realização dos testes e utilização desses dados para estudo, pesquisa e
divulgação.
____________________________ __________________________
MÉDICA RESPONSÁVEL PROF. RESPONSÁVEL
CONCORDO: _______________________________________________
140
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E ATIVIDADES FÍSICAS AO PORTADOR DE ASMA
Hospital Darcy Vargas/Centro de Práticas Esportivas da USP
Escola de Educação Física da USP
Questionário Nome:_____________________________________________________________ Data de nascimento:________________idade ___________sexo______________ Escolaridade da criança:_____________da mãe__________do pai_____________ Profissão do pai:___________________da mãe____________________________ Endereço: _____________________________________tel:__________________ Escola que freqüenta_________________________________________________ Endereço:__________________________________________________________ Período que vai à escola:______________________________________________ Renda familiar: até 5 salários de 6 a 10 de 10 a 20 >20 salários 01. Condições de habitação: casa de alvenaria: sim não outro:
número de cômodos:___________________________________
presença de umidade: sim não
quarto da criança: bate sol: sim não é bem ventilado: sim não
tem umidade: sim não
tem animais domésticos: sim não dentro de casa: sim não
no quintal: sim não
141
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
quais?_________________________________________________________
Fonte de poluição próxima: sim: não:
qual?__________________________________________________________
02. Quantas e quais as pessoas que moram na sua casa e fumam e quantos
cigarros são fumados por dia:
pai: (cig/dia) mãe: (cig/dia) outro: (cig/dia)
03. Quais os sintomas que seu filho/a apresenta:
tosse chiado falta de ar canseira aperto no peito
outro:
04. Com que idade seu filho começou a ter bronquite ou asma: ____________
05. Qual era a freqüência das crises nesta época?
diárias semanais mensais
06. Qual a intensidade? leve � moderada � grave � 07. Quais os fatores que desencadeiam sintomas de asma em seu filho:
pó mofo perfumes prod.limpeza inseticidas
tintas sprays mudança de tempo. atividades físicas
poluição prob.emocionais fumaça de cigarro gripes ou resfriados
medicamentos: _________________________alimentos:___________________
outros:___________________________________________________________
08. Seu filho tem rinite alérgica: sim: não: 09. Seu filho apresenta:
coceira no nariz crises de espirros nariz entupido
142
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
10. Alguém mais na família tem asma? sim não
Cite: __________________________________________________________
11. Alguém na família tem rinite alérgica? sim não
Cite: __________________________________________________________
12. Seu filho tem ou já teve eczema (pele grossa e seca nas regiões de
dobra acompanhada de coceira): tem teve nunca teve
13. Nos últimos 12 meses com que freqüência seu filho tem apresentado
episódios de tosse, chiado ou falta de ar:
todos os dias 1 vez por semana 1 a 2 vezes por mês
menos que uma 1 vez por mês não apresentou não sei
14. Nos últimos 12 meses, com que freqüência seu filho apresentou tosse,
chiado ou falta de ar, durante à noite.
quase todas as noites 1 a 3 noites por semana menos que
1 noite por semana só nas crises nunca não sei
15. Nos últimos 12 meses com que freqüência seu filho acordou, pela
manhã, com chiado ou sensação de aperto no peito.
maioria das manhãs 1 a 3 vezes por semana menos que
1 vez por semana só nas crises nunca não sei
16. Nos últimos 12 meses, seu filho teve uma crise forte que o impedia de falar
mais do que 1 a 2 palavras seguidas? sim não
143
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
17. Nos últimos 12 meses, com que freqüência as atividades de seu filho
foram prejudicadas ou limitadas por sintoma de asma?
sempre pelo menos uma vez por semana pelo menos uma vez por mês
menos que uma vez por mês nunca não sei
18. Seu filho já foi internado por asma ? sim não
Quantas vezes e quando: _______________________________________
__________________________________________________________
19. Seu filho vai ao Pronto Socorro:
quase todos os dias para fazer inalação
só quando tem crise forte e fica no hospital pelo menos 3 horas recebendo
medicamento
só vai quando, depois de medicado em casa, não melhora
não vai ao PS
20. Quando seu filho entra em crise ele melhora:
só com inalação
inalação e xarope
precisa receber soro na veia
precisa tomar corticóide para melhorar
21. Seu filho já foi internado em UTI: sim não
quando: __________________________________________________
Já apresentou cianose? (unhas ou lábios roxos) sim não
22. Cite o nome do broncodilatador que seu filho usa: _________________
144
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
23. Com que freqüência seu filho toma ou usa broncodilatador:
só nas crises e com intervalos maiores que 1 mês menos que 10 dias
por mês 10 a 20 dias por mês todos os dias várias vezes por dia
24. Seu filho toma corticóide por boca ou injeção? Com que freqüência?
só nas crises com intervalo maior que um mês
só nas crises mais pelo menos uma vez por mês
todos os dias por um período maior que 3 meses
não toma
25. Seu filho usa corticóide em aerosol?
sim não Cite o nome e há quanto tempo:___________________
26. Faz tratamento para asma? sim não
onde? ____________________________________________________
27. Quais são os remédios que utiliza fora da crise?
_ ________________________________________________________
28. Você diria que seu filho tem tolerância ao exercício físico:
igual à dos companheiros de classe menor muito menor
29. Nos últimos 12 meses, com que freqüência seu filho fica impossibilitado
de participar das aulas de educação física, por estar com tosse, chiado ou cansado?
sempre pelo menos uma vez por semana pelo menos uma
vez por mês menos que uma vez por mês nunca
145
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
30. A participação de seu filho (a) nas aulas de educação física escolar é:
igual a dos companheiros de classe evita participar sempre que possível
participa, mas não consegue acompanhar � pede dispensa não sei
31. Seu filho pratica atividades físicas ou esportivas além das aulas de educação física?
sim não
qual_ __________________________freqüência________________________
32. Seu filho falta à escola por estar com crise: sim não
Freqüência:______________________________________________________
33. O rendimento escolar é prejudicado pela asma? sim não
Por quê ?_ ______________________________________________________
146
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
34.Em qual atividade a asma prejudica ou limita seu filho ?
não limita limita um pouco
limita várias vezes
impede
brincar com amigos
brincar com animais
correr caminhar subir escadas ou
ladeiras
andar de bicicleta praticar algum
esporte
ir ao cinema/teatro
viajar com a família
ir a excursões/acampamentos
ir ao shopping dormir na casa de
amigos/avós
ir a festas outras
147
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
35. Você diria que:
seu filho se sente frustrado por ter asma é indiferente à doença
é inseguro é preocupado com a doença tira proveito da doença
coopera com o tratamento toma os medicamentos prescritos pelo médico
vive com medo da próxima crise nega a doença reluta em se tratar
36. Como você se sente em relação à doença de seu filho ?
frustrada com medo
insegura aceita a doença
ansiosa nega a doença
37. O que você sabe sobre a asma ?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
38. Na sua opinião quais os fatores que desencadeiam crises de asma ?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
39. Você sabe como evitar estes fatores. Explique.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
148
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
40. Qual é a sua opinião sobre a “bombinha”?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
41. Você sabe o que é um tratamento preventivo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
42. Você conhece medicamentos preventivos para o tratamento da asma?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
43. Como você imagina que a asma deve ser tratada?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
44. Qual a sua opinião sobre os “corticóides” no tratamento da asma?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
149
APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e
nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).
44. Gostaria de fazer alguma observação?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
150
APÊNDICE 7 - Folha de rosto da cartilha educativa utilizada no programa de
educação
151
APÊNDICE 8 - Diário para o controle da asma
152
APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DA ASMA Hospital Darcy Vargas/ CEPEUSP – Escola de Educação Física
Universidade de São Paulo Coordenadores: Dra. Anna Lucia de Barros Cabral/ Prof. Luzimar R. Teixeira
Colaboradora: Esmeralda A. B. Guarniero, Wandiney A. F. Carvalho, Renata X. Magalhães, Maykell A. Carvalho, Sylvia L Freitas
FOLHA DE TRABALHO I
(aplicação para crianças a partir de 10 anos) Ano: 1996
Nome da criança: ________________________________ Grupo:________ O que é asma? A Asma é uma doença que afeta nossos brônquios e pulmões. Para informar sobre esta doença, com o objetivo de prevení-la e controlá-la apresentamos, de modo resumido, como funciona nosso Sistema Respiratório e o que a Asma ocasiona a este sistema. Descreva nas linhas abaixo os sintomas de Asma que você conhece: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Como a Asma afeta os pulmões e os brônquios? Comecemos pela importância da respiração na obtenção de oxigênio, de difusão de ga-ses, transporte e eliminação do gás carbônico, pois este mecanismo biológico é essencial à nossa vida. Em seguida, veremos como a Asma interfere nesse processo de modo a prejudicá-lo. A respiração O ar que inspiramos contem oxigênio e segue o seguinte percurso: narinas/fossas nasais/ faringe/laringe/traquéia PULMÕES: brônquios/ bronquíolos /alvéolos. Os pulmões se enchem (dilatam) e se esvaziam pela inspiração e expiração.
153
APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma (cont.).
A difusão do ar para o sangue O ar que inspiramos contém muito oxigênio e pouco gás carbônico. Ao contrário, quando expiramos, o ar contém mais gás carbônico e menos oxigênio. A difusão é feita ao nível dos alvéolos: o oxigênio é difundido do ar para o sangue e o gás carbônico do sangue para o ar. Sendo conduzido pelo sangue, o oxigênio chega às células e possibilita a oxidação do material alimentar e transforma a energia contida nestes alimentos em outra forma de energia, indispensável às células. Estreitamento e hiper-irritação dos brônquios As Vias Aéreas Superiores — narinas, fossas nasais — são condutoras do ar. Neste percurso o ar é aquecido , umidificado e purificado. Mesmo assim, o ar pode chegar nos brônquios com impurezas, como substâncias alérgicas, irritativas e viróticas, que são causadores de problemas e doenças respiratórias. Ao reagir contra estas substâncias, os brônquios sofrem um processo de inflamação, com edema de suas paredes, aumento de muco ou secreção e contração da musculatura. Vem a reação: tosse, chiado, canseira e falta de ar.
Na sua opinião porque ocorre esta sensação de falta de ar? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Se você descreveu estreitamento dos brônquios acertou. Nesta condição, o ar que respiramos já não encontra o mesmo espaço para sua circulação. Os canais dos brônquios ficam estreitados, estrangulados pelo processo inflamatório. Neste caso, a pessoa tem ASMA. Descreva os sintomas ocasionados pela asma: A Prevenção e o Controle da Asma Há casos mais leves e mais graves de Asma. Nos casos mais graves, a criança sofre, pode ficar com as pontas dos dedos e os lábios roxos. Pode ter cianose, que em outras palavras significa insuficiência respiratória. NUNCA DEVEMOS PERMITIR QUE A CRIANÇA CHEGUE A ESTE ESTADO!
Para evitar e combater o processo inflamatório é preciso seguir o A B C da Asma: A) Reconhecer e evitar os fatores desencadeantes da Asma. B) Usar os medicamentos corretamente e indicados para o seu caso. C)Reconhecer precocemente quando a Asma está saindo de controle e saber como evitar crises graves.
154
APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma (cont.).
Ano: 1996 Nome do paciente: Grupo:
A. IDENTIFIQUE OS FATORES QUE CAUSAM SINTOMAS E SAI BA COMO EVITÁ-LOS.
I ) Você sabe quais são os fatores que podem desencadear os sintomas da asma? A Asma pode ser causada por vários fatores.Veja a seguir alguns exemplos. 1. Fator Alérgico: quando a pessoa é sensível (tem alergia) ao pó, mofo, pelos, penas, alguns tipos de alimentos, substâncias corantes ou conservantes usadas nos alimentos industrializados e em bebidas. 2. Fator Irritativo : a fumaça do cigarro, a poluição do ar causada pelos escapamentos de veículos, a fumaça das chaminés, inseticidas, produtos de limpeza, tintas , sprays e perfumes ou substância de cheiro forte são causa de irritação do aparelho respiratório e podem causar sintomas. 3. Infecções por vírus, como gripes e resfriados. 4. Fatores emocionais: quando você fica ansioso , aflito, inseguro, com raiva ou até alegre ou muito excitado não dá a sensação de falta de ar ou tem qualquer outro sintoma de asma ?... 5. Atividades físicas: há pessoas asmáticas que tem chiado, falta de ar ou sensação de peito fechado quando praticam exercícios físicos mais intensos como correr, andar de bicicleta e subir uma ladeira, etc...
Programa de Educação e Informação da Asma Hospital Darcy Vargas / CEPEUSP / Escola de Educação Física
Universidade de São Paulo Coordenadores: Dra. Anna Lucia de Barros Cabral / Prof. Luzimar R. Teixeira
Colaboradores: Wandiney A. F. Carvalho, Esmeralda A. B. Guarniero, Renata X. Magalhães
Maykell A. Carvalho, Sylvia L Freitas Folha de Trabalho II
(aplicar em crianças a partir de 10 anos e adolescentes)
155
APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma (cont.).
6. Medicamentos: existem alguns remédios que podem desencadear a crise de asma em algumas pessoas asmáticas que podem ser sensíveis a estes remédios.Nestes casos, devemos saber se somos sensíveis a algum medicamento e não ingerí-lo. 7. Mudanças bruscas de temperatura: você está suado e entra no gelado, toma banho super quente e sai de pé no chão gelado ou sai para fora sem blusa. Cuidado com a gelada! Não tome friagem sem necessidade. B) Como evitar os fatores que desencadeiam a Asma? Você tem asma, mas pode controlar os fatores que desencadeiam a doença e viver sem problemas. Vamos ver como. Alguns cuidados simples com a casa, as roupas, a higiene do corpo, os alimentos em geral são essenciais para se evitar as crises de asma. Se você sabe disto oriente seus familiares. Como é a casa onde você mora e o quarto onde você dorme? Tem carpete? cortinas? muitos brinquedos, bichinhos ou livros no quarto de dormir? Diga como entende que deveria ser seu quarto de dormir? (Use a última página para responder). A casa e o quarto de dormir ideais: devem ser mantidos sempre sem poeira, com poucos objetos para não acumular ácaros. O ácaro é um microorganismo (veja figura) que provoca alergia. A limpeza deve ser feita com pano úmido e produto à base de água sanitária, pois eliminam os ácaros. Não passe aspirador de pó ou fique perto de alguém usando-o. O cãozinho e o gatinho, têm pelos, o que pode causar alergia. De preferência, eles devem ser mantidos fora da casa e, principalmente, fora do seu quarto de dormir. Dá muito bom resultado forrar colchões e travesseiros, cujos forros possam ser lavados sempre. figura de ácaro com legenda:
O que é ácaro? Ácaros são aracnídeos microscópicos (da família das aranhas e que não podem ser vistos a olho nú, somente com o microscópio, pois este aparelho possui lentes de aumento). Os ácaros vivem e se multiplicam no pó doméstico em carpetes, tapetes de fibras naturais, colchões, roupas de cama, fendas de assoalho e dos rodapés. Nestas peças e locais eles aninham-se e reproduzem-se com certa facilidade (uma fêmea pode dar até 50 ovos). Vivem 30-35 dias. Alimentam-se de fungos, escamações da pele do homem e dos animais domésticos. Os ácaros vivos ou mortos, bem como seus dejetos, podem provocar a asma. Alimentam-se de fungos, escamações da pele do homem e dos animais domésticos.
156
APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma (cont.).
CUIDE DE SUA HIGIENE PESSOAL Tome banho todos os dias com sabonete neutro e água morna (nunca quente). Lave a cabeça no mínimo duas vezes na semana, de preferência no horário mais quente, não durma de cabeça molhada ou úmida. Alimentos: ovos, chocolate, amendoim, leite e seus derivados eventualmente podem causar asma. Muitas crianças e adolescentes gostam de alimentos industrializados que contém aditivos químicos, tais como aromatizantes, flavorizantes e corantes. Sempre que for consumir algum produto industrializado, comida ou bebida, leia a composição deles na embalagem. É sempre melhor a todos nós uma fruta a um pacotinho de salgadinho; um copo de suco natural, feito na hora, a um de refrigerante. Produtos de cheiro forte: faça uma avaliação dos produtos que são usados em sua casa, como perfume, desodorantes etc. Existem produtos sem cheiro e, portanto, menos irritativos para serem usados. Gripes e resfriados?: procure proteger-se destes males evitando locais muito aglomerados. A ventilação do local deve ser boa para evitar o contágio. Fatores emocionais: procure entender os problemas que podem causar sua crise de asma. Por exemplo, problemas com sua família, com colegas, medo de provas na escola. É possível superar os problemas? Sempre é possível, principalmente se você tiver ajuda. Exercícios físicos: Lembre-se que as atividades físicas além de nos proporcionar alegrias, elas também são importantes para a nossa saúde e portanto não devem ser evitadas. O que eu devo fazer, então para poder praticar atividades físicas sem ter estes sintomas desagradáveis? (Discutir em grupo). É possível ao asmático praticar atividades físicas se ele seguir orientação do médico e do professor de educação física. Mudanças bruscas de temperatura: quando estiver muito quente ou suado evite comer ou tomar gelados, evite friagem. Isto pode ser resolvido! Discuta em grupo: Como evitar mudanças bruscas de temperatura? Exemplo Ao tomar sorvete, beba em seguida um copo de água sem gelo. Após a discussão em grupo, responda individualmente: 1. Você é sensível ou sofre com alguns dos fatores acima citados? Quais? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
157
APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma (cont.).
2. Quais as mudanças que devem ser feitas em sua casa, no seu quarto de dormir e com sua higiene pessoal? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3. Você come ou bebe produtos artificiais (refrescos coloridos, balas, salgadinhos)? Quais? Algum deles já provocou crise asmática? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Quando você pratica alguma atividade física, você tem chiado ou canseira no peito? Qual atividade dá mais falta de ar em você? O que você faz nestas situações? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
158
APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma (cont.).
Ano: 1996
Nome:__________________________________________Grupo:_________________
Remédios usados no tratamento da asma 1. Quais são os remédios que você conhece para tratar a asma? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nós podemos separar estes remédios em dois grupos:
Grupo I: Broncodilatadores (BD) Grupo II: Preventivos ou de Tratamento
Grupo I: Os broncodilatadores são usados para aliviar os sintomas da asma. Se forem dados por via inalatória (nebulização, aerossol ou turbohaler), eles agirão rapidamente dentro de cinco a dez minutos. Puxa que bom! Posso obter alívio da falta de ar rapidamente com o uso correto de um broncodilatador em aerossol. Lembre-se que para o aerossol funcionar direito a técnica de usar tem que estar correta. Nós podemos usar o aerossol com ou sem ajuda de um espaçador. O que é um espaçador? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Quais os tipos de espaçador que você conhece? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ Para que eles servem? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DA ASMA Hospital Darcy Vargas / CEPEUSP / Escola de Educação Física
Universidade de São Paulo Coordenadores: Dra. Anna Lucia de Barros Cabral / Prof. Luzimar R. Teixeira Colaboradores: Esmeralda A.B. Guarniero, Wandiney F. Carvalho, Renata X.
Magalhães, Maykell A Carvalho, Sylvia L Freitas Folha de Trabalho III
(aplicar em crianças a partir de 10 anos e adolescentes)
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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma (cont.).
Descreva a técnica correta de usar um aerossol.Existem três técnicas: Duas são com o auxílio do espaçador. Descreva cada uma delas, mostrando em que situações devemos usá-las. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Quais os broncodilatadores que vêm em aerossol que vocês conhecem? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________Pois bem, estes BD devem ser usados só na presença de sintomas. Eles são remédios de alívio apenas. Não tratam a causa da Asma. Grupo II: Preventivos. São os remédidos que tratam a causa da asma. Se usarmos estes medicamentos corretamente, os sintomas da asma aparecerão só de vez em quando e as crises serão mais leves. Quais os medicamentos (remédios) deste grupo que você conhece? Eles também podem ser usados por aerossol e por comprimidos ou xaropes. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Caso você esteja usando um remédio preventivo corretamente e continue apresentando sintomas, fale com o seu médico. Talvez ele precise mudar a dose ou escolher outro medicamento preventivo. Os preventivos devem ser tomados de forma regular, todos os dias, independente dos sintomas. . Lembre-se que muitos atletas e até campeões olímpicos têm asma e usam os mesmos remédios que você usa. A asma é uma doença muito comum, mas se prevenida e controlada não impede que você tenha uma vida saudável.
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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e
reforçar as informações sobre a asma (cont.).
Ano: 1996
Nome do paciente:____________________________________Grupo_____________ C. SAIBA RECONHECER QUANDO SUA ASMA ESTÁ SAINDO DE CONTROLE E COMO DEVE EVITAR CRISES FORTES. Maria é uma menina de oito anos. Ela tem asma. Esta noite Maria não dormiu bem. Acordou várias vezes com tosse. Ontem à tarde ela já estava com o nariz escorrendo e olhos lacrimejando. Pela manhã, quando sua mãe foi acordá-la para ir à escola, ela não quiz levantar-se, pois estava com falta de ar e com o peito chiando.
1ª Parte: discussão — O que seus pais devem fazer? Maria usou seu BD em aerossol, conforme foi orientado pelo seu médico. Agora ela está repousando fazendo respiração diafragmática com auxílio de sua mãe.
2ª Parte: O que aconteceu com Maria? 1. Ela melhorou, mas chia ainda um pouco. 2. A falta de ar não melhorou e ela se sente cada vez mais cansada. O que ela deve fazer na situação 1 e 2?
Como num desenho de farol de trânsito:
Verde: prosseguir! Amarelo: atenção!
Vermelho: pare!
ZONA AMARELA: quando nosso organismo não está bem, ele dá um aviso para que nós façamos alguma coisa para que ele volte a ficar bem de novo. Por exemplo: quando nós ficamos muito tempo sem comer, o organismo manda um aviso e nós sentimos fome, o estômago vazio e, às vezes, até um pouco de fraqueza. Isto faz com que nós procuremos os alimentos e assim nosso organismo volta a ficar bem. Com Maria aconteceu a mesma coisa. Um dia antes dela ficar ruim, seu nariz estava escorrendo, seus olhos lacrimejando e ela começou a tossir. Estes foram os sinais que a avisaram que ela iria ter uma crise de asma. Por isto, nós vamos chamar de sinais de alerta.
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DA ASMA Hospital Darcy Vargas / CEPEUSP / Escola de Educação Física
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Colaboradora: Esmeralda A. B. Guarniero, Wandiney A. F. Carvalho, Renata X. Magalhães, Maykell A. Carvalho, Sylvia L Freitas
Folha de Trabalho IV (aplicar em crianças a partir de 10 anos e adolescentes)
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reforçar as informações sobre a asma (cont.).
O que você sente quando vai ter uma crise de asma? Identifique seus sinais de alerta. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Sabendo reconhecer estes sinais você poderá fazer alguma coisa para evitar uma crise mais grave. O que você deve fazer quando estiver com estes sintomas? 1. Avisar um adulto. 2. Tomar os medicamentos prescritos pelo seu médico. 3. Aguardar um pouco para que os medicamentos façam efeito. Quando você estiver em crise, é importante que você se mantenha calmo. Faça respiração abdominal, com o auxílio de um adulto e tente relaxar um pouco. Fique atento para as seguintes situações: O chiado e a falta de ar aumentam mesmo após o uso do Broncodilatador (BD) e/ou peak flow permanece baixo ( 25%) após o uso do broncodilatador. Você está com muita falta de ar, só consegue ficar sentado e recurvado para frente. Não tem forças nem para falar. Você está pálido e sua cor muda. Nestes caso é importante que você vá ao pronto-socorro imediatamente. Mas você pode usar seu broncodilatador no caminho do hospital. Nesta situações você entrou na ZONA VERMELHA. Como você deveria se sentir para estar na NA ZONA VERDE? Agora vamos relatar várias situações. Relacionem estas situações as cores verde, amarelo e vermelho. 1. Senti um pouco de tosse e canseira. Usei meu BD e estou bem. 2. Há duas noites venho tossindo durante a noite. 3. Tenho me cansado com mais facilidade. 4. Meu PF hoje de manhã estava > 80% do meu melhor valor. 5. Meu PF hoje de manhã estava a 60% do meu melhor. 6. Acordei muito cansado, usei o BD e continuei com falta de ar. 7. Meu PF estava < 50% do meu melhor valor e subiu só um pouco com o BD. 8. Esta semana tenho usado o BD frequentemente. 9. Usei o BD há menos de duas horas e já estou cansado novamente. 10. Qualquer atividade que faço me dá falta de ar e canseira. 11. Só apresento chiado ou falta de ar se fizer muito esforço, mas se usar o BD 10 minutos
antes faço estas atividades sem problemas.
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reforçar as informações sobre a asma (cont.).
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P L A N O D E A Ç Ã O
ZONA VERDE : Aqui é onde você deve estar todos os dias. PF superior a 80% do seu melhor valor:________ Sintomas de asma mínimos e esporádicos. Você é capaz de realizar todas as suas atividades diárias. Sono não interrompido por sintomas de asma. Você necessita usar seu broncodilatador esporadicamente( não mais que 2 ou 3 vezes por semana e nunca mais que uma vez no mesmo dia) Discuta com o médico o que deve fazer para permanecer nesta nesta zona E Evite ter contato com coisas que causem sintomas. ZONA AMARELA : Significa que a sua asma está saindo fora de controle. PF entre 50 e 80%: :___________ Sintomas aparecem com maior frequência. Fadiga fácil, tosse seca persistente (noturna), chiado e sensação de aperto no peito. Você começa a usar o BD com maior frequência ( mais que 3 vezes por semana). Os sintomas aparecem durante à noite ou de madrugada interrompendo o sono. Discuta com o seu médico como deve agir para voltar a zona verde. ASMA MAL CONTROLADA. VOCÊ ESTÁ SEMPRE CORRENDO O RISCO DE ENTRAR NA ZONA VERMELHA. APRENDA A IDENTIFICAR SEU SINAIS DE ALERTA.
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reforçar as informações sobre a asma (cont.).
ZONA VERMELHA: CRISE DE ASMA. PF<50% do seu melhor valor:___________________ Resposta pequena ou ausente ao BD (você usa o BD e já não obtem alívio ou sua duração é inferior à duas horas). Emergência : presença de cianose (lábios e unhas roxas) , confusão mental, sonolência ou perda de consciência. VÁ IMEDIATAMENTE AO PRONTO SOCORRO MAIS PRÓXIMO. No caminho do hospital, use o BD aerossol com espaçador e máscara respirando pela boca 4 a 6 vezes para cada atuação. Uma dose (2 a 4 jatos) pode ser repetida a intervalos de 20 a 30 min.