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1 EFEITOS DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA INTENSIDADE DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO CONTÍNUO EM VARIÁVEIS RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DE ADOLESCENTES ASMÁTICOS GRAVES LUZIMAR RAIMUNDO TEIXEIRA Tese apresentada à Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Educação Física. ORIENTADOR: PROFA. DRA. MARIA AUGUSTA P. DAL MOLIN KISS

TESE DOUTORAMENTO LUZIMAR · 2 AGRADECIMENTOS À orientadora, Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss, pela paciência e orientação. Aos membros da banca examinadora de

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1

EFEITOS DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA INTENSIDADE DE UM

PROGRAMA DE TREINAMENTO CONTÍNUO EM VARIÁVEIS

RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DE ADOLESCENTES

ASMÁTICOS GRAVES

LUZIMAR RAIMUNDO TEIXEIRA

Tese apresentada à Escola de

Educação Física da Universidade de

São Paulo, como requisito parcial

para obtenção do grau de Doutor

em Educação Física.

ORIENTADOR: PROFA. DRA. MARIA AUGUSTA P. DAL MOLIN KISS

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AGRADECIMENTOS

À orientadora, Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss, pela

paciência e orientação.

Aos membros da banca examinadora de qualificação; Prof. Dr. Ruy

Laurenti, Prof. Dr. Paulo Affonso Pinto Saraiva, Prof. Dr. Edison Duarte e

Prof. Dr. Benedicto Sérgio Denadai, pelas valiosas sugestões.

Ao Prof. Dr. Go Tani, amigo, crítico e grande incentivador.

Ao Prof. Dr. Edison Jesus Manoel, pela revisão do inglês.

Ao Prof. Dr. Luis Augusto Teixeira, pelo auxílio no projeto inicial.

À médica Anna Lúcia de Barros Cabral pelo auxílio e acompanhamento

médico da pesquisa.

Ao Prof. Guilherme Veiga Guimarães pelo inestimável auxílio na

formatação final do trabalho.

Aos amigos professores do CEPEUSP, Emílio e Pascoal que muito

ajudaram dividindo os encargos na direção do CEPEUSP.

Às funcionárias da biblioteca da EEFUSP, Lúcia, Regiane, Selma e Maria

Helena pelos “medlines”, “comuts”, revisões e sobretudo pela amizade e

prontidão no atendimento.

À secretária Rosângela Aparecida M. O. Montani, do CEPEUSP, pela

digitação, paciência em todas as correções necessárias e pela amizade.

À Raquel Cunha Valle pelo tratamento estatístico e atenção dispensada.

Aos amigos e amigas não citados nominalmente mas que são muito

importantes pela amizade sempre presente, mesmo na ausência.

À minha família.

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3

SUMÁRIO

Página

LISTA DE TABELAS ............................................................................. v

LISTA DE FIGURAS ............................................................................ viii

LISTA DE ANEXOS ........................................................................... ...xii

LISTA DE APÊNDICES ..................................................................... ..xvii

RESUMO ............................................................................................... .xix

ABSTRACT ......................................................................................... ...xxi

1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 01

2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................... 11

3 OBJETIVOS ....................................................................................... 23

4 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................. 23

4.1 Seleção da amostra ........................................................................ 23

4.2 Medidas e testes ............................................................................ 24

4.2.1 Variáveis antropométricas ................................................... 25

4.2.2 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias ............................ 25

4.2.3 Variáveis da função pulmonar ............................................. 28

4.2.4 Exames clínicos e ficha de acompanhamento ..................... 29

4.2.5 Cálculos ................................... ........................................... 29

4.3 Programa de Treinamento ............................................................. 30

4.3.1 Programa educativo ............................................................. 31

5 ESTATÍSTICA .................................................................................. 33

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................... 34

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6.1 Análise descritiva........................ ................................................ 34

6.1.1 Variáveis antropométicas.. .................................................... 34

6.1.2 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias.... .......................... 35

6.1.3Variáveis da função pulmonar........ ................................... 50

6.2 Análise inferencial ........ ............................................................. 56

6.2.1 Variáveis hemodinâmicas respiratórias .......................... 56

6.2.2 Variáveis da função pulmonar ........................................ 61

7 CONCLUSÕES ................................................................................. 73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................... 74

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5

LISTA DE TABELAS

Página

TABELA 1 - Média e desvio padrão para as variáveis

antropométricas. .................................................................. 35

TABELA 2 - Média e desvio padrão dos dados

hemodinâmicos e respiratórios, que antecederam o

exercício, do grupo experimental e grupo controle

nas condições pré e pós. ...................................................... 36

TABELA 3 - Média dos dados hemodinâmicos e respiratórios

durante o exercício máximo, do grupo

experimental e grupo controle .nas condições pré e

pós ....................................................................................... 37

TABELA 4 - Média e desvio padrão das diferenças entre as

condições final (pós ) e inicial ( pré ). ................................ 42

TABELA 5 - Média e desvio padrão, das variáveis duração (s) e

sobrecarga (w) nos instantes LIV1 e pico, pré e

pós 20 semanas. .................................................................. 47

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TABELA 6 - Média e desvio padrão da variáveis de consumo de

oxigênio nos instantes repouso, LIV1 e pico, pré e

pós 20 semanas. .................................................................. 49

TABELA 7 - Média e desvio padrão do ARP das

variáveis da função pulmonar nos quatro

instantes considerados. ..................................................... 51

TABELA 8 - Média e desvio padrão da diferença entre o ARP

nos três instantes após os exercícios físicos e o

repouso, para as variáveis respiratórias. ........................... 52

TABELA 9 - Média e desvio padrão da diferença entre os

momentos pós e pré, nos três instantes após os

exercícios físicos, para as variáveis respiratórias,

ajustadas para padrão e repouso. ...................................... 53

TABELA 10 - Níveis descritivos resultantes da análise

de perfis. ............................................................................ 57

TABELA 11 - Níveis descritivos resultantes das comparações

dos dois grupos nos diferentes momentos de

avaliação, para a variável VCO2. ...................................... 58

TABELA 12- Níveis descritivos resultantes da análise de

perfis. ................................................................................ 59

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TABELA 13 - Níveis descritivos resultantes da análise de

perfis. ................................................................................ 60

TABELA 14 - Níveis descritivos resultantes das comparações

dos dois grupos nos diferentes momentos de

avaliação. .......................................................................... 60

TABELA 15 - Níveis descritivos resultantes da análise de

perfis das variáveis da função pulmonar. ......................... 64

TABELA 16 - Níveis descritivos resultantes das comparações

dos dois grupos nos diferentes momentos de

avaliação, para a variável FMF. ........................................ 65

TABELA 17 - Níveis descritivos resultantes das comparações

dos três momentos de avaliação em cada um dos

grupos, para a variável FMF. ............................................ 66

TABELA 18 - Níveis descritivos resultantes das comparações

dos momentos de avaliação dois a dois do grupo

controle, para a variável FMF. .......................................... 66

TABELA 19 - Níveis descritivos resultantes das comparações

dos momentos de avaliação dois a dois, para a

variável FEV1. .................................................................. 67

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LISTA DE FIGURAS

Página

FIGURA 1 - Gráfico do comportamento da freqüência

cardíaca pré e pós 20 semanas .......................................... 38

FIGURA 2 - Gráfico do comportamento do consumo de

oxigênio (VO2 ml.kg-1.min-1) pré e pós 20

semanas ............................................................................. 38

FIGURA 3 - Gráfico do comportamento do consumo de

oxigênio (VO2 ml.min-1) pré e pós 20 semanas ................ 39

FIGURA 4 - Gráfico do comportamento da produção de dióxido

de carbono (VCO2 ml.min-1) pré e pós 20

semanas ............................................................................. 39

FIGURA 5 - Gráfico do comportamento da ventilação

pulmonar (VE l.min-1) pré e pós 20 semanas ................... 40

FIGURA 6 - Gráfico do comportamento do volume corrente

(VC ml) pré e pós 20 semanas ............................................ 40

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FIGURA 7 - Gráfico do comportamento da freqüência

respiratória (FR irp) pré e pós 20 semanas ....................... 41

FIGURA 8 - Gráfico do instante de ocorrência de LIV1 e pico

(em segundos) pré e pós 20 semanas .................................. 41

FIGURA 9 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré

da FC. .................................................................................. 43

FIGURA 10 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-

pré da PAS. ....................................................................... 43

FIGURA 11 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós -

pré da PAD. ......................................................................... 44

FIGURA 12 - Gráfico dos perfis médios das diferenças

pós-pré da VCO2. ............................................................. 44

FIGURA 13 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-

pré da RER. ....................................................................... 45

FIGURA 14 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré

da VE. ............................................................................... 45

FIGURA 15 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré

do VC. ............................................................................... 46

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FIGURA 16 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré

da FR. ................................................................................ 46

FIGURA 17 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós -

pré da duração ................................................................... 47

FIGURA 18 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré

da sobrecaraga. ................................................................. 48

FIGURA 19 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré

do VO2a. ............................................................................ 49

FIGURA 20 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré

do VO2b. ........................................................................... 50

FIGURA 21 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré

da FVC, ajustado para padrão e repouso. ........................ 54

FIGURA 22 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré

do FEV1, ajustado para padrão e repouso. ...................... 54

FIGURA 23 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós -pré,

do FEF, ajustado para padrão e repouso. ......................... 55

FIGURA 24 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré

do FMF, ajustado para padrão e repouso. ........................ 55

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FIGURA 25 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré

do FMFT,ajustado para padrão e repouso. ...................... 56

FIGURA 26 - Gráfico da variável FVC nos diferentes

instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 61

FIGURA 27 - Gráfico da variável FEV1 nos diferentes

instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 62

FIGURA 28 - Gráfico da variável FEF nos diferentes

instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 62

FIGURA 29 - Gráfico da variável FMF nos diferentes

instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 63

FIGURA 30 - Gráfico da variável FMFT nos diferentes

instantes, pré e pós 20 semanas ....................................... 63

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LISTA DE ANEXOS

Página

ANEXO I - Características dos alunos do grupo experimental,

no início do programa, que definem os valores das

variáveis da função pulmonar ............................................... 86

ANEXO II - Características dos alunos do grupo experimental

no final do programa, que definem os valores das

variáveis da função pulmonar ............................................. 87

ANEXO III - Características dos alunos do grupo controle, no

início do programa, que definem os valores das

variáveis da função pulmonar ............................................ 88

ANEXO IV - Características dos alunos do grupo controle, no

final do programa, que definem os valores das

variáveis da função pulmonar ............................................ 89

ANEXO V - Valores das variáveis hemodinâmicas e

respiratórias na posição sentada, do grupo

experimental, que antecedeu o exercício na

condição pré treinamento . .................................................. 90

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ANEXO VI - Valores das variáveis hemodinâmicas e

respiratórias na posição sentada, do grupo

experimental,que antecedeu o exercício na

condição pós treinamento ............................................... 91

ANEXO VII - Valores das variáveis hemodinâmicas e

respiratórias durante o exercício máximo, do

grupo experimental, nas condições pré

treinamento.. ..................................................................... 92

ANEXO VIII - Valores das variáveis hemodinâmicas e

respiratórias durante o exercício máximo, do

grupo experimental, nas condições pós

treinamento. .................................................................... 93

ANEXO IX - Valores das variáveis hemodinâmicas e

respiratórias na posição sentada, do grupo

controle, que antecedeu o exercício na

condição pré.. ................................................................ 94

ANEXO X - Valores das variáveis hemodinâmicas e

respiratórias na posição sentada, do grupo

controle, que antecedeu o exercício na condição

pós.. ..................................................................................... 95

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ANEXO XI - Valores das variáveis hemodinâmicas e

respiratórias durante o exercício máximo, do

grupo controle, na condição pré ....................................... 96

ANEXO XII - Valores das variáveis hemodinâmicas e

respiratórias durante o exercício máximo, do

grupo controle, na condição pós ..................................... 97

ANEXO XIII - Valores das variáveis da função pulmonar em

repouso, obtidas pré e pós o período de

treinamento .................................................................... .98

ANEXO XIV - Valores das variáveis da função pulmonar em

repouso e cinco minutos após o exercício,

obtidas pré período de treinamento . .............................. 99

ANEXO XV - Valores das variáveis da função pulmonar em

repouso e 10 minutos após o exercício, obtidas

pré período de treinamento. ............................................ 100

ANEXO XVI - Valores das variáveis da função pulmonar em

repouso e 20 minutos após o exercício, obtidas

pré período de treinamento. ............................................ 101

ANEXO XVII - Valores das variáveis da função pulmonar em

repouso e cinco minutos após o exercício,

obtidas pós período de treinamento. ............................. 102

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15

ANEXO XVIII - Valores das variáveis da função pulmonar

em repouso e 10 minutos após o exercício,

obtidas pós período de treinamento. ............................. 103

ANEXO XIX - Valores das variáveis da função pulmonar em

repouso e 20 minutos após o exercício, obtidas

pós período de treinamento. ............................................ 104

ANEXO XX - Valores das variáveis da função pulmonar do

grupo controle, em repouso e cinco minutos após

o exercício ......................................................................... .105

ANEXO XXI - Valores das variáveis da função pulmonar do

grupo controle, em repouso e 10 minutos após o

exercício. ......................................................................... 106

ANEXO XXII.- Valores das variáveis da função pulmonar do

grupo controle, em repouso e 20 minutos após

o exercício. .................................................................... 107

ANEXO XXIII - Valores das variáveis da função pulmonar do

grupo controle, em repouso e cinco minutos

após o exercício (pós) ................................................... 108

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ANEXO XXIV - Valores das variáveis da função pulmonar do

grupo controle, em repouso e 10 minutos após

o exercício (pós) ........................................................... 109

ANEXO XXV - Valores das variáveis da função pulmonar do

grupo controle, em repouso e 20 minutos após

o exercício.(pós) ........................................................... 110

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17

LISTA DE APÊNDICES

Página

APÊNDICE 1 - Prontuário individual com exame clínico e as

avaliações ........................................................................ 111

APÊNDICE 2 - Modelo da avaliação de função pulmonar com

os fatores de correção em BTPS e STDP ....................... 113

APÊNDICE 3 - Ficha para o traçado espirográfico.. ................................ 114

APÊNDICE 4 - Ficha para as sessões de treinamento .............................. 115

APÊNDICE 5 - Carta aos pais. ................................................................. 116

APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócio-

econômicas e nível de conhecimento dos pais

sobre a doença. ................................................................ 117

APÊNDICE 7 - Folha de rosto da cartilha educativa utilizada no

programa de educação. .................................................. 127

APÊNDICE 8 - Diário para o controle da asma. ...................................... 128

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V utilizadas

para avaliar e reforçar as informações sobre a

asma. ............................................................................... 128

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RESUMO

EFEITOS DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA INTENSIDADE DE UM

PROGRAMA DE TREINAMENTO CONTÍNUO EM VARIÁVEIS

RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DE ADOLESCENTES

ASMÁTICOS GRAVES

Autor: Luzimar Raimundo Teixeira

Orientador: Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss

Este estudo teve por objetivo investigar se uma intensidade de

treinamento contínuo individualizado, para as condições dos alunos, pode

modificar as variáveis da função pulmonar e hemodinâmicas de adolescentes

asmáticos graves. Participaram deste estudo 19 adolescentes encaminhados ao

“Programa de educação e atividades físicas adaptadas ao portador de asma”

do Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo, com idade

variando entre 11 e 14 anos. O grupo controle foi formado por 12 pacientes do

ambulatório do Hospital Infantil Darcy Vargas, com a mesma gravidade da

doença e idade variando entre nove e 12 anos. Os grupos apresentaram as

mesmas características sócio-econômicas. O treinamento consistiu de três

sessões semanais durante 20 semanas sendo: cinco minutos de aquecimento

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20

pedalando sem carga e 30 minutos com a carga de treinamento individual

previamente determinada a 70% do VO2 de pico. Participaram também de

duas outras sessões semanais com as seguintes atividades: 45 minutos de

exercícios generalizados intercalados com exercícios respiratórios, 45 minutos

de natação e 30 minutos de exercícios diafragmáticos intercalados com canto.

O consumo de oxigênio de pico (VO2 pico) foi obtido em cicloergômetro de

frenagem eletromagnética. O protocolo foi o incremental tipo rampa com

aumento de 10 ou 15 w/min, dependendo da estatura da criança.

Paralelamente foi desenvolvido um programa educativo sobre a doença para o

asmático e seus familiares. Os resultados mostram que: treinamento aeróbio

individualizado pode aumentar o VO2 pico e a ventilação pulmonar (VE) de

asmáticos graves; uma menor ventilação para um mesmo esforço indica

melhor eficiência respiratória e tende a evitar o brocoespasmo induzido pelo

exercício (BIE); não há diferenças significativas nas variáveis da função

pulmonar, com exceção do fluxo expiratório forçado (FEF); não há

diminuição do BIE após teste máximo; melhor capacidade cardiovascular e

ventilação proporcionam menor desconforto respiratório; melhor ventilação

com menor freqüência respiratória permite ao asmático grave participar de

atividades físicas mais intensas.

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21

ABSTRACT

EFFECTS OF INDIVIDUALIZING INTENSITY IN A CONTINUOUS

TRAINING PROGRAM ON RESPIRATORY AND HEMODYNAMIC

VARIABLES OF SEVERE ASTHMATIC ADOLESCENTS

Author: Luzimar Raimundo Teixeira

Adviser: Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss

This study aimed to investigate whether individualizing a given

intensity in a continuous training program can modify lung function and

hemodynamic variables of severe asthmatic adolescents. nineteen subjects

aged between 11 and 14 years took part in this study. They were enrolled in a

“Program of education and adapted physical activities for asthmatic

individuals” offered by The Sports Center, University of Sao Paulo. The

control group had twelve subjects aged between nove and 12 years who

regularly attending surgery in the Children’s Hospital Darcy Vargas. The

groups were matched by the severity of their asthma condition and their socio-

economic level. The training program consisted of three weekly sessions over

a period of 20 weeks. Each session was composed of free loading five minutes

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cycling followed by thirty minutes with an overload determined individually

according to 70 % of peak oxygen uptake (peak VO2) They had also more two

week's sessions with the following activities: 45 minutes of general exercise

done interchangeably with respiratory exercises, 45 minutes of swimming and

30 minutes of exercises with the diaphragm done interchangeably with

singing. Meanwhile an educational program about asthmatic individuals and

their family was developed. The peak VO2 was obtained from cycling an

ergometer with electromagnetic breaking. The protocol was ramp gradual with

10 or 15 w/min increases depending upon the child’s height. The results can

be summarized as follows: individualized aerobic training can increase peak

VO2 and pulmonary ventilation (VE) of severe asthmatic adolescents; less

ventilation for the same effort indicates better respiratory efficiency and can

avoid BIE; there were no significant differences in all lung function variables

but FEF; there was no decrease of BIE after maximum effort, the greater the

cardiovascular capacity and ventilation the lesser respiratory discomfort;

improved ventilation accompanied by less respiratory frequency allows severe

asthmatic individuals to take part in more intense physical activities.

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1 INTRODUÇÃO

A asma é uma doença complexa, muito comum e antiga.

Inicialmente foi termo utilizado para referir-se a qualquer doença associada à

falta de ar. Foi o médico grego Hipócrates quem denominou como asma a

dificuldade para respirar ou ofegar, há 2500 anos atrás (CABRAL &

TEIXEIRA, 1994).

FLOYER, em seu livro "Tratado da Asma", apresentou o

broncoespasmo como causador da falta de ar, relacionando-o com

hereditariedade, poluição, infecções, exercício físico e fatores emocionais

(TEIXEIRA, 1990).

A incidência da asma na população difere de país para país,

apresentando uma variação de 3 a 10%. Geralmente é mais frequente na

criança que no adulto. Nos países ocidentais acomete de 3 a 6% da população

geral. Na população pediátrica a incidência chega a 10% (CABRAL &

TEIXEIRA, 1994). Com relação ao sexo a incidência maior é entre os

meninos, sendo os mais afetados na relação 2:1 a 3:2. Por razões

desconhecidas, os meninos além de apresentarem maior freqüência são os que

apresentam maior gravidade da doença. Por outro lado, na adolescência as

meninas são mais acometidas (TEIXEIRA, 1993a). Atingindo as crianças

principalmente na fase de seu maior crescimento e desenvolvimento, cerca de

80% dos asmáticos apresentam as primeiras manifestações da doença até os

cinco anos de idade.

Estudos recentes sugerem que a asma está se tornando cada vez mais

frequente, grave, problemática e que o número de crianças asmáticas dobrou

nos últimos 20 anos. Hoje é considerada a principal causa de falta à escola e

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24

ao trabalho. Várias possibilidades têm sido aventadas para explicar esse

aumento, entre elas a poluição do ar e o aumento de elementos alergênicos na

atmosfera, em particular o ácaro, que encontrou um ambiente propício para

sua proliferação. Embora a taxa de mortalidade por asma ainda seja pequena,

o risco de morte por uma crise asmática é inquestionável. Em alguns países

parece ter havido um aumento no número de casos fatais e os estudos

realizados em busca das causas apontaram falta de tratamento adequado e

preventivo, chamando-se aqui a atenção para o fato de que os asmáticos

muitas vezes são subavaliados quanto a gravidade de sua doença. A

subavaliação aliada ao tratamento inadequado tem consequências sérias.

Outro aspecto importante é a morbidade, ou seja, os prejuízos que a doença

acarreta ao asmáticos. Acometidos de crises frequentes e com baixa

resistência a atividades físicas, por exemplo, os asmáticos são submetidos a

inúmeras restrições que o privam do pleno desenvolvimento de suas aptidões.

Com isto levam o rótulo de "criança doente", sofrendo como conseqüência a

rejeição dos colegas. Mas os avanços na área do conhecimento e controle da

doença, alcançados nos últimos quinze anos, tornam possível dar a 95% dos

asmáticos uma boa qualidade de vida. Infelizmente, os recursos relativos a

terapêutica e programas educativos/preventivos não estão ao alcance da

maioria e isto pode explicar, pelo menos em parte, porque a asma está se

tornando cada vez mais grave (CABRAL & TEIXEIRA, 1994).

Embora conhecida desde a antigüidade, a definição completa de

asma há anos representa um desafio e não está ainda claramente determinada

com uma definição universalmente aceita. Os autores e instituições têm

procurado uma definição que seja abrangente quanto aos aspectos

etiopatogênicos e clínicos. Do ponto de vista clínico, representa uma

obstrução difusa das vias aéreas que é reversível espontaneamente ou com

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tratamento. Fisiologicamente, é uma obstrução de vias aéreas associada à

hiperinsuflação e, farmacologicamente, é uma reatividade exagerada das vias

aéreas a estímulos específicos e inespecíficos (HOLGATE, 1990). A

Organização Mundial da Saúde aponta a asma como sendo o estreitamento

generalizado dos brônquios, cuja intensidade pode variar em curto espaço de

tempo, seja espontaneamente ou por efeito de tratamento e que não é causada

por enfermidade cardiovascular. Por outro lado a AMERICAN THORACIC

SOCIETY (1962), a define como uma doença caracterizada pelo aumento da

resposta da traquéia e brônquios a vários estímulos, manifestando-se por um

estreitamento difuso das vias aéreas, variando de severidade espontaneamente

ou como resultado de terapia. O relatório de um grupo de consenso

internacional em asma pediátrica aponta que o conceito atual de inflamação

das vias aéreas mediada por eosinófilos deveria ser incorporado à definição,

mas que a falta de informações sobre a patologia no interior das vias aéreas de

todos, exceto dos asmáticos graves, não permite sua inclusão (WARNER,

1992). O NATIONAL HEART, LUNG AND BLOOD INSTITUTE OF THE

UNITED STATES PUBLIC HEALTH SERVICE (NHLBI, 1992), apresenta

asma como uma doença crônica e persistente das vias aéreas, caracterizada

por episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto torácico e falta de ar, que

geralmente são reversíveis, mas que podem ser graves e algumas vezes fatais.

Aponta ainda que os fatores que mais contribuem para a mortalidade da asma

são o subdiagnóstico e o tratamento inadequado. Que a maioria das crises

refletem falhas no tratamento, cujas metas devem ser: melhora da qualidade

de vida, controle dos sintomas, prevenção das crises, manutenção de

atividades (inclusive exercícios físicos) e prevenção dos efeitos colaterais dos

medicamentos.

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A rápida reversibilidade das crises asmáticas, acompanhadas por

registros eletromiográficos dos músculos brônquicos, sugere que a contração

da musculatura lisa tem importante papel na produção da broncoconstricção,

sendo esta contração acompanhada de edema da mucosa e secreção (RATTO

et al., 1981). A hiper-reatividade brônquica manifesta-se por desconforto

respiratório, tosse seca, chiado e dispnéia em resposta ao exercício físico,

exposição à fumaça de cigarro, "sprays" e outros alérgenos. A maioria dos

sintomas produzidos por reações virais e alérgicas é decorrente do efeito

direto do estímulo na via aérea hiperresponsiva (PLATTS-MILLS et al., 1985;

TAUSSIG et al., 1981).

O broncoespasmo é provocado pela interação dos fatores causativos,

mas o efeito de apenas um deles também leva à crise se a tolerância ao

alérgeno for baixa (OSEID, 1982). A asma é caracterizada pela diversidade de

seus sintomas, sendo que, em crianças, as manifestações mais comuns são os

problemas respiratórios recorrentes que podem determinar um

comprometimento funcional de repetição irregular e que se manifesta através

da hiper-reatividade das vias aéreas a diferentes estímulos.

O brônquio que recebe um estímulo específico tem uma resposta

broncoconstritora imediata que atinge seu máximo em 15 a 20 minutos. Uma

segunda resposta, mais prolongada, pode ocorrer entre quatro a seis horas e

mais raramente pode reaparecer nos dois ou três dias seguintes. Estas

respostas são denominadas reações imediatas e tardias, respectivamente. A

broncoconstrição imediata é uma reação de hipersensibilidade cuja

característica é a liberação de mediadores inflamatórios. Essa resposta é

iniciada pelo mastócito. O mecanismo de ativação imunológica dos mastócitos

pela IgE está claramente relacionado à broncoconstrição alérgica, mas outros

mecanismos também podem ativá-lo como, por exemplo, as lecitinas

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bacterianas, o que associa a asma às infecções respiratórias. A liberação de

mediadores inflamatórios nas vias aéreas, a partir dos mastócitos e outras

células ativadas, promove um mecanismo que pode explicar muitos dos

aspectos fisiopatalógicos da asma (HOLGATE, 1990).

Nas crises de asma o estreitamento das vias aéreas, de pequeno e

grande calibre, provoca alterações na relação ventilação/perfusão, devido à

ventilação não uniforme. A hipoxia que ocorre devido a esse fato aumenta o

estímulo respiratório, como uma tentativa do organismo de aumentar a

ventilação. Isso envolve maior gasto energético. Ora, o consumo de oxigênio

necessário para ventilação pulmonar normalmente é menor que 5% do

consumo total de oxigênio do organismo. Nas crises, o aumento do trabalho

respiratório aumenta a porcentagem dispendida para 25% ou mais. Quando

isso ocorre, o aumento da ventilação se torna insustentável, sobrevindo a

acidose respiratória. As crises prolongadas causam fadiga na musculatura

envolvida na respiração o que pode levar à falência respiratória (TEIXEIRA,

1993a).

A principal ocorrência da crise de asma é a obstrução generalizada

das vias aéreas, sendo que quatro eventos contribuem para essa obstrução: a)

broncoespasmo (aumento do tônus da musculatura lisa do brônquio); b)

hipersecreção (receptores estimulados aumentam a secreção de muco para a

luz dos brônquios); c) edema da mucosa respiratória (mediadores

inflamatórios aumentam a permeabilidade vascular); d) inflamação

(mastócitos liberam fatores quimiotáticos que atraem o infiltrado inflamatório

celular com eosinófilos e neutrófilos). Como conseqüência, ocorrem também

a descamação epitelial (ruptura e subsequente eliminação do epitélio

respiratório) e o espessamento da membrana basal (multiplicação das células

epiteliais para repor a membrana resulta em espessamento). Estes eventos, que

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são as alterações funcionais características da asma, provocam: aumento da

resistência das vias aéreas, distribuição irregular do ar inspirado, distúrbios na

relação ventilação-perfusão e maior consumo energético durante o trabalho

respiratório (SANTANA & AFONSO, 1983; JACKSON, 1984; TEIXEIRA,

1987, 1993a).

Esta doença geralmente se apresenta com chiado, mas também pode

estar associada a outros sintomas como, por exemplo, a tosse, a respiração

reduzida, a sensação de pressão no peito e a pequena tolerância ao exercício

físico (TINKELMAN et al., 1987). Critérios rigorosos nos diagnósticos são,

portanto, essenciais para a correta caracterização da asma.

Em adultos, a manifestação comum é a hiper-reatividade de vias

aéreas e, em crianças, sintomas como chiado ou simplesmente a tosse podem

ser o único sinal (BOUSHEY et al., 1980; LEE et al., 1984; SPEIGHT et al.,

1984).

A associação da asma com alergia e atopia forneceu um modelo a

partir do qual vários mecanismos fisiopatológicos têm sido demonstrados. Os

processos fisiopatológicos subjacentes a essas reações têm permitido

compreender melhor as complexas interações celulares dessa doença. Nesse

sentido, a relação entre atividade física e asma também tem sido objeto de

investigações em várias pesquisas pois, atualmente, o exercício físico é

claramente reconhecido como causa de reações alérgicas, incluindo-se aqui a

anafilaxia, a urticária, a asma e a rinite induzidas pelo exercício (SILVERS,

1991). No caso da asma, estudos recentes feitos a partir de lavagem

broncoalveolar de indivíduos atópicos e com broncoespasmo induzido pelo

exercício (BIE), sugerem que a patogenia do referido broncoespasmo

independe da liberação de mastócitos. Assim, a problemática da fisiopatologia

do BIE continua desdobrando-se, o que torna de fundamental importância a

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compreensão dos exercícios (tipo, quantidade e intensidade) que induzem a

reações alérgicas.

Os possíveis benefícios da atividade física para indivíduos asmáticos

têm sido objeto de estudo em diversas investigações (STRIK, 1969;

SELIGMAN et al., 1970; SLY et al., 1972; GHORY, 1974; FITCH et al.,

1976; OSEID & HAALAND, 1978; BROWN & WASSERMAN, 1981;

BUNDGAARD, 1985; FITCH, 1974a, b, 1978, 1983, 1986; HAAS et al.,

1987; TEIXEIRA, 1990), assim como sua participação em esportes (FITCH,

1974b; FITCH & GODFREY, 1976; KATZ, 1983; TODARO et al., 1984;

TODARO & CORSICO, 1986; BAEZA-BACAB & MONGE, 1987).

Outros estudos têm verificado modificações na função pulmonar

decorrentes da atividade física (ROSSI et al., 1984; TEIXEIRA, 1993b;

VRIJENS & BECUE, 1972). Efeitos positivos sobre o volume pulmonar e

sobre a condutância nas pequenas vias aéreas foram verificados nos estudos

de ROSSI et al. (1982).

No caso de asmáticos, a atividade física tem dois distintos efeitos

sobre a função pulmonar, dependendo de sua duração e intensidade. Esforços

de um a dois minutos aumentam o fluxo expiratório, ao passo que esforços

mantidos entre seis a oito minutos, numa intensidade correspondente a uma

freqüência cardíaca entre 160-170 bpm e/ou 70-80% do VO2 max. previsto

para a idade, diminuem os fluxos (GODFREY, 1986; HENRIKSEN, 1986;

OSEID, 1982; TEIXEIRA, 1993b).

Os estudos que verificaram a relação entre programas de atividade

física e asma não estabeleceram claramente em que extensão essas atividades

são capazes de melhorar a asma. Entretanto, ela é apontada e aceita sobre uma

base de que atividades físicas são consideradas benéficas para indivíduos com

disfunções pulmonares.

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Como resultado da prática regular de atividade física, alguns estudos

se referem inespecificamente a benefícios físicos e fisiológicos (KING, et al.,

1984; ORENSTEIN et al., 1985; VAVRA, et al., 1971; WOOD et al., 1970).

Outros admitem apenas uma relação indireta entre esses fatores apontando

uma melhora na condição física geral do asmático que eventualmente lhe

permite suportar melhor as crises asmáticas (TINKELMAN et al., 1987).

OSEID & HAALAND, 1978 e TINKELMAN et al., 1987 apontam que o

ganho fisiológico após programa de atividade física reflete-se num aumento

da capacidade de trabalho, o que pode significar melhor tolerância ao

exercício e não resultado direto do aumento da função pulmonar. Esse ganho

fisiológico apresenta a suposta vantagem de melhorar a resistência da criança

fornecendo-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas.

Quanto às variáveis básicas da função pulmonar como capacidade

vital forçada (CVF), volume expiratório no primeiro segundo (VEF1) e fluxo

expiratório forçado medido entre 25% e 75% da CVF (FEF 25%-75%), alguns

estudos não encontraram modificações após um programa de exercícios para

crianças asmáticas (NICKERSON et al., 1983; SLY et al., 1972; TEIXEIRA,

1990).

Os benefícios associados à melhora do condicionamento físico

referem-se a melhor postura, aumento da força muscular e melhor rendimento

cardíaco, assim como diminuição das crises asmáticas, do uso de

medicamentos e das faltas escolares (AMERICAN ACADEMY OF

PEDIATRICS, 1970; FITCH, 1983; KATZ, 1983; MC FADDEN, 1984;

MORTON et al., 1981; PETERSEN & MCELHENNEY, 1965; SLY et al.,

1972; TINKELMAN et al., 1987).

Outros benefícios considerados importantes referem-se aos efeitos

psicológicos como aumento da auto-estima e da confiança por desenvolver

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uma auto-imagem positiva. A criança asmática tem a auto-percepção de estar

doente ou fraca. A melhora nesse aspecto pode levar a menor isolamento

social, tornar os pais menos super-protetores e consequentemente equilibrar a

dinâmica familiar (STAUDENMAYER et al., 1981 e TINKELMAN et al.,

1987).

Apesar de diversos autores terem estudado os efeitos de programas

de atividade física em asmáticos, parece que até o momento não existe

evidência suficiente para responder à pergunta: Qual a quantidade/intensidade

de exercício necessária para promover melhoras significativas na eficiência

ventilatória assim como na capacidade pulmonar? Os estudos realizados

geralmente deixaram de controlar adequadamente não só a intensidade do

treinamento mas também a quantidade total de trabalho realizado e o tempo de

treinamento. Talvez por essa razão não tenham sido encontradas diferenças

significativas após programas de exercícios.

Observa-se, na população sadia, que a magnitude do efeito do

treinamento está diretamente ligado ao estado inicial do indivíduo. O mesmo é

sugerido para o portador de asma, sendo que provavelmente a magnitude da

melhora seja diferente.

O American College Sports Medicine (ACSM, 1978), recomenda

que a quantidade e qualidade de treinamento para desenvolver e manter

aptidão cardiorrespiratória em adultos sadios deve ser: a) em torno de 60% a

90% da freqüência cardíaca de reserva (FCR) ou 50% a 85% do consumo

máximo de oxigênio (VO2max); b) freqüência de três a cinco vezes semanais

e c) duração de 15 a 30 minutos de atividade aeróbia continua.

O aumento da potência aeróbia além de estar diretamente

relacionado com a freqüência, duração e intensidade do exercício, também

depende da quantidade total de trabalho realizado.

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As pessoas portadoras de doença pulmonar obstrutiva crônica

(DPOC) apresentam algumas diferenças quando comparadas àquelas sem esse

distúrbio: a freqüência cardíaca (FC)/VO2 obedece o mesmo padrão mas em

menor magnitude, a maior relação de FC/VO2 para a DPOC provavelmente

deve-se ou reflete a falta de aptidão física enquanto a relativamente menor FC

max deve-se à limitação respiratória, o que pode ser analisado também pelo

pulso de O2 (VO

2/FC - volume de O

2 acrescentado ao sangue pulmonar por

batimento cardíaco). Durante o exercício o padrão é o mesmo mas para cada

carga de trabalho os valores do portador de DPOC são menores, refletindo

menor volume de ejeção (WASSERMAN et al., 1987).

O VO2 max, nas pessoas normais, mantém uma relação direta com o

desempenho cardiovascular máximo e seus determinantes e também com o

volume da massa muscular ativa. Há uma relação esperada entre tolerância

máxima ao exercício e a idade. A relação da freqüência cardíaca máxima

relacionada à idade parece ser o fator na diminuição do débito cardíaco e em

decorrência do VO2 max (NEDER, 1995).

DENADAI (1995), ao revisar os estudos sobre os fatores

determinantes e limitantes do consumo máximo de oxigênio aponta que

grupos heterogêneos (diferentes idades, sexo, estado de treinamento)

apresentam maiores variações nos valores de VO2 max que grupos

homogêneos. Destaca ainda que os fatores determinantes do VO2 max são:

genético, idade, sexo e treinamento; e que os fatores limitantes são: a

ventilação pulmonar, a difusão alvéolo-capilar, o sistema de transporte de O2

e a diferença artéria venosa de O2.

Os resultados dos programas de atividades físicas são conflitantes.

As discrepâncias podem ser explicadas pela falta de grupo controle,

individualização e tempo de treinamento. Geralmente as intensidades dos

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treinamentos foram normalizadas pelos batimentos cardíacos. Isso seria

apropriado se os asmáticos pudessem ser considerados um grupo homogêneo

na sua aptidão física inicial e nas suas reações fisiológicas ao exercício, mas

há uma variação importante em função das severidades da doença.

Asmáticos "sub-treinados" não obtêm benefícios e o "super-

treinamento" provoca efeitos danosos.

Através dos conhecimentos relativos do metabolismo energético é

possível a realização de avaliações, prescrições, controle do treinamento,

predição da "performance" de diferentes exercícios e a identificação de

mecanismo ligado à fadiga (DENADAI, 1995).

Embora a avaliação da condição cardiorrespiratória deva envolver

inúmeras variáveis e condições de exercícios, o VO2 max. é o mais

freqüentemente utilizado nas investigações sobre o estado funcional ou

adaptações no sistema de transporte de oxigênio, incluindo aqui a capacidade

de captação, transporte e utilização, sendo também descrita como a mais

simples medida da capacidade cardiorrespiratória (WENGER & BELL, 1986)

Assim, uma intensidade de treinamento deve seguir os conceitos de

individualização. Um caminho seguro é através da determinação do pico de

VO2 (VO2 medido em teste máximo)

Neste sentido torna-se necessário essa determinação para prescrição

de atividades adequadas e avaliação de mudanças nas variáveis da função

pulmonar.

2 REVISÃO DA LITERATURA

Nos últimos anos tem aumentado o interesse dos pesquisadores no

estudo da atividade física como fator de saúde para a criança asmática.

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Inúmeros relatos sobre efeitos benéficos dos programas de atividades físicas

foram apresentados por muitos investigadores, dentre os quais:

BUNDGAARD (1985), FITCH et al. (1976), OSEID & HAALAND (1978),

SELINGMAN et al. (1970) e STRIK (1969). Em geral as conclusões dessas

investigações foram que a participação regular nesses programas pode

aumentar a tolerância ao exercício e à capacidade de trabalho. Aumento do

apetite, melhora do sono, diminuição do uso de drogas e sensação de bem-

estar também são fatores associados ao aumento do VO2 max. Muitos estudos

concordam que a atividade física pode melhorar a qualidade de vida do

indivíduo com asma mas, segundo JANKOWSKI & ROY (1977), esses

progressos não são geralmente associados com uma melhora das variáveis

medidas da função pulmonar.

Se por um lado as atividades físicas são benéficas e têm sido

recomendadas, por outro lado podem ser provocadoras de broncoespasmo

induzido pelo exercício (BIE). As pesquisas indicam que os exercícios físicos

são provocadores de BIE em 80 a 90% dos asmáticos. Há de se compreender

que nem todas as atividades físicas provocam esse tipo de reação. Diferentes

exercícios em diferentes intensidades provocam diferentes magnitudes de

crises. A resposta ao exercício aparece alguns minutos após cessado o esforço

e se reverte após aproximadamente 60 minutos. Na maioria dos indivíduos o

BIE consiste em uma única crise de rápido início e recuperação. Alguns

podem desenvolver uma reação tardia (quatro a seis horas após o exercício)

(GODFREY, 1990). O BIE é caracterizado por uma queda de 10% a 15% no

fluxo expiratório máximo. Ocorre com a duração do exercício entre seis e oito

minutos e intensidade de trabalho de aproximadamente dois terços do

consumo máximo de oxigênio (freqüência cardíaca de 170 a 180 bpm para

crianças) (TEIXEIRA, 1993b).

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Os exercícios podem ser classificados em mais asmagênicos (mais

provocadores de crises), como a corrida, e menos asmagênicos, como a

natação, por exemplo. O exato mecanismo responsável pelo BIE é incerto,

sendo que o resfriamento e ressecamento das vias aéreas na atividade física

parecem ser os maiores responsáveis (TEIXEIRA, 1993a; VIRANT, 1992).

PETERSEN & MCELHENNEY (1965) estudaram 18 meninos com

idade entre oito e 13 anos com asma moderada/severa. O estudo teve duração

de oito meses. Foram realizados e verificados: teste de aptidão física,

capacidade vital, análise das faltas escolares, questionário para os pais sobre o

número e severidade das crises asmáticas e estabilidade emocional, avaliação

dos professores de escola quanto ao progresso escolar, teste psicológico e

avaliação alérgica. O programa de atividades físicas constava de exercícios

calistênicos, jogos de organização simples, rolamentos e desenvolvimento de

habilidades e jogos esportivos, realizados três vezes por semana.

Os resultados indicaram haver diferença significativa nas avaliações

de pré e pós-treinamento quanto à aptidão física e à capacidade vital.

Observou-se também, redução no número de faltas às aulas, e no número e

severidade das crises asmáticas. As professoras relataram que após o período

de atividades físicas os alunos participavam mais ativa e prazerosamente das

atividades ao ar livre, apontando ainda maior na estabilidade emocional.

SELIGMAN et al. (1970), realizou um programa com duração de

oito semanas, freqüência semanal e sessões de uma hora e meia de duração.

Cada sessão constava de meia hora de relaxamento e controle respiratório;

meia hora de jogos em grupo e atividades generalizadas e meia hora de

natação. Participaram desse estudo 20 crianças de seis a 12 anos, não havendo

critério preestabelecido para admissão das mesmas, sendo que todas eram

doentes de atendimento ambulatorial. A proposta do programa era ensinar

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relaxamento, controle da respiração, controle da respiração em atividade,

desenvolver o tórax, a mobilidade torácica e a resistência física. Os pais foram

convocados para receberem orientações sobre os objetivos do programa,

aprenderem os exercícios respiratórios e assim completar o auxílio em casa.

Os resultados indicaram diminuição dos batimentos cardíacos e melhor

expansibilidade torácica. Não foram notadas mudanças nas variáveis da

função pulmonar: capacidade vital e volume expiratório no primeiro segundo.

SLY et al. (1972), dividiu um grupo de 26 crianças, de nove a 13

anos, em grupo controle e experimental. O grupo experimental participou de

um programa de atividades físicas durante três meses, freqüência de três vezes

por semana e duas horas de duração cada sessão. As atividades consistiam de

uma hora de natação e uma hora de exercícios gerais incluindo calistenia,

exercícios de solo, exercícios em aparelhos (barras, espaldares) e exercícios

abdominais. Os resultados, comparando os grupos, indicou menor número de

dias com chiado no grupo experimental. Não foi encontrada nenhuma

diferença significativa quanto às variáveis da função pulmonar medidas:

capacidade vital e volume do fluxo expiratório no primeiro segundo.

Os estudos de FITCH et al. (1976), foram realizados após um

programa de natação com duração de cinco meses, freqüência de cinco vezes

semanais e uma hora cada sessão. Foi investigado um grupo de 46 crianças

com asma moderada/severa e idades entre nove e 16 anos. Os autores

sugeriram que as mudanças encontradas refletiam um ajustamento fisiológico

para uma melhor condição física. Apontaram também, que foram observadas

melhor postura e aptidão física, redução da gordura corporal, diminuição do

uso de medicamentos, além de benefícios emocionais reconhecidos pela

família.

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GRAFF-LONNEVIG et al. (1980), estudaram 11 meninos asmáticos

participantes de um programa de atividades físicas e um grupo controle de

nove meninos também asmáticos durante 20 meses. A média de idade de

ambos os grupos era de 11,2 anos. O programa, com uma hora de duração em

duas vezes semanais, era composto de 10 minutos de aquecimento sem

corrida, cinco minutos de exercícios respiratórios, 20 minutos de circuit-

training em cinco estações (pular corda, exercícios na barra horizontal,

agachamentos, exercícios de elevação do corpo e o "step test"), cinco minutos

de treinamento na barra e saltos variados e 20 minutos de jogos de equipe. As

atividades eram realizadas dentro de um ginásio coberto. O programa teve a

duração de cinco meses, após os quais os alunos foram levados para as

montanhas (altitude de 600 metros) com o objetivo de verificar suas

performances no esqui a baixas temperaturas. Os resultados dessa

investigação indicaram aumento, em ambos os grupos, de todas as variáveis

respiratórias e circulatórias, mas não significativamente (taxa total de

hemoglobina, concentração de hemoglobinas por litro de sangue, volume do

coração, capacidade pulmonar total, capacidade vital forçada, volume

expiratório forçado no primeiro segundo, ventilação total e VO2 máximo).

Após as provas de esqui, verificou-se uma queda no volume expiratório

forçado no primeiro minuto (FEV1) em todos os meninos. Os autores

colocaram que os aumentos obtidos dentro do grupo controle se deram

principalmente por efeito do crescimento e desenvolvimento e que, embora o

grupo experimental tenha obtido valores maiores que os do grupo controle,

esta diferença não foi significativa.

BUNDGAARD et al. (1982), verificaram os efeitos do treinamento

físico no pico de consumo de oxigênio e no broncoespasmo induzido pelo

exercício em adultos com asma perene. Dezesseis adultos foram treinados por

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dois meses com exercícios intensos. As sessões consistiam de 15 minutos de

aquecimento (corrida moderada, saltos e exercícios calistênicos), 30 segundos

de exercícios ativos alternados com 30 segundos de exercícios de força em

membros inferiores, durante seis minutos; corrida intermitente por seis a nove

minutos e finalmente um circuito individual de exercício de alongamento e

fortalecimento para pernas, braços, tronco e dorsais. O grupo controle, com

onze sujeitos, fez exercícios leves com a mesma freqüência e duração. Os

resultados mostraram que houve um aumento de 10% no VO2 max. do grupo

que fez exercícios intensos, não sendo observadas diferenças significativas no

grupo controle. Foi também observada uma menor queda de fluxo expiratório

pós-exercício no grupo de exercício intenso (comparando-se antes e após

período de treinamento). Por outro lado, o grupo controle apresentou maior

queda de fluxo expiratório pós-exercício. Os autores concluem que o

treinamento físico pode aumentar o VO2 max. em asmático, assim como em

sujeito normais, mas não há diminuição do broncoespasmo induzido pelo

exercício.

ARBORELIUS & SVENONIUS (1984), estudaram quatro grupos de

crianças: grupo controle, grupo com ingestão de salbutamol (0,2 mg) antes da

atividade, grupo com ingestão prévia de cromoglicato (20 mg) e outro grupo

que se exercitou por conta própria, geralmente medicado com salbutamol. O

programa de atividades físicas constava de um aquecimento de cinco minutos

seguido por exercícios intensos que elevavam a freqüência cardíaca a 170

batimentos por minuto durante dois minutos, alternado com períodos de

relaxamento de dois minutos; essa alternância era seguida até trinta minutos

de atividade. A duração foi de quatro meses e a freqüência de duas vezes por

semana. Como resultados, foram verificados apenas uma proximidade dos

valores normais nas variáveis de função pulmonar nos grupos que se

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exercitaram, mas nenhum valor estatisticamente significativo. Houve também,

nos mesmos grupos, uma melhora da capacidade de trabalho e uma queda no

grupo controle.

No estudo de ORENSTEIN et al. (1985), o programa de atividades

físicas teve duração de quatro meses e uma hora cada sessão com exercícios

de aquecimento, de resistência aeróbia, de alongamento, jogos com bola e

relaxamento. Foram estudadas 23 crianças e adolescentes portadoras de asma

na faixa etária de seis a 16 anos de idade e outras 13 crianças semelhantes

serviram de grupo controle. Os testes de função pulmonar avaliaram a

capacidade vital, o volume expiratório forçado no primeiro segundo e a

ventilação máxima voluntária. Todos os testados inalaram 180 mg de

albuterol dez minutos antes do teste. Os resultados do grupo experimental

apresentaram melhora significativa nas respostas fisiológicas ao exercício,

aumento da capacidade de trabalho, do VO2 max em (ml.Kg-1.min-1) e queda

da freqüência cardíaca submáxima. Quanto às variáveis da função pulmonar,

não foram encontradas diferenças significativas.

HAAS et al. (1987), avaliaram a função pulmonar de asmáticos após

36 semanas de treinamento aeróbio (três sessões semanais com 20 a 40

minutos de exercícios aeróbios a 60 - 80% do VO2max previsto). A carga de

trabalho foi sistematicamente aumentada ao longo das 36 semanas. Os

resultados não apontaram mudanças nos valores da função pulmonar, com

exceção de um pequeno aumento na ventilação voluntária máxima, aumento

esse atribuído ao treinamento dos músculos respiratórios. Com relação ao pico

de consumo de O2 houve um aumento de 15%. A ventilação minuto pós-

exercício também foi mais alta após o treinamento, sendo ainda encontrada

uma menor redução de fluxo expiratório forçado nos primeiros nove minutos

pós-exercício. Embora a diferença entre o máximo e o mínimo fluxo aéreo,

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para uma mesma ventilação minuto tenha sido similar, antes e após o período

de treinamento, os autores apontam um aumento de fluxo de 50% na resposta

pós-treinamento quando comparado com 16% encontrado no pré-treinamento,

podendo indicar que a severidade do broncoespasmo induzido pelo exercício

(BIE) pode ser em parte determinada por um certo grau de bronco dilatação

proporcionado pelo treinamento aeróbio.

ENGESAETH et al. (1989), estudaram 18 crianças asmáticas, sendo

11 do sexo masculino e sete do sexo feminino com idades entre oito e 15 anos.

As variáveis de função pulmonar estudadas foram: volume expiratório forçado

no primeiro segundo (FEV1), fluxo expiratório forçado a 25% da capacidade

vital (FEF 25), fluxo expiratório forçado a 50% da capacidade vital (FEF 50),

fluxo expiratório forçado a 75% da capacidade vital (FEF 75) e fluxo

expiratório forçado entre 25% e 75% da capacidade vital (FEF 25%-75%). O

protocolo de exercícios submáximos foi composto de corrida em esteira (FC.

170 bat/min) com inclinação de quatro graus e duração de seis minutos. As

condições ambientais do local foram controladas (umidade relativa do ar de

55% á 65% e temperatura de 20o a 22o). A função pulmonar foi medida antes

da corrida, imediatamente após e com intervalos de três, seis, 10, 15 e 20

minutos após cessado o esforço. A PO2 e a PCO2 foram registradas

continuamente durante o exercício e até 20 minutos após término do teste. Os

resultados obtidos mostraram uma correlação significativa entre FEV1 em

porcentagem e o aumento do FEV1 depois da inalação de salbutamol. As

medidas de fluxo máximos realizadas caíram após o exercício (FEV 1, FEF 50

e FEF 75) de três a seis minutos após o final do teste. As variáveis FEF 25 e

FEF 25%-75% atingiram seu mínimo a 10 minutos após o final do exercício.

A média dos valores de PO2 e de PCO2 também caíram após o exercício.

Depois de um pequeno aumento de PO2 imediatamente após o término do

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exercício, a redução volta a ocorrer próxima dos três minutos depois de parada

a corrida. Correlações positivas foram achadas entre PO2 e FEF 75, FEF 50 e

FEF 25%-75%. A média de valores de PCO2 aumentou gradualmente após o

exercício, mas não chegou a atingir os valores de pré-exercício. Não foi

achada correlação significante entre PCO2 e FEF 50, FEF 75 e FEF 25% -

75%, nem entre a função pulmonar antes da inalação de salbutamol e depois

da inalação.

CARLSEN et al. (1989), estudaram 19 meninas e sete meninos

participantes de um intenso treinamento de duas a três horas diárias de

natação. Destas 25 crianças seis sofriam de asma moderada/grave. Foram

feitos três testes. O primeiro foi de corrida na esteira com velocidade

constante por seis minutos e controle da freqüência cardíaca de no mínimo

170 bat/min. O segundo teste foi de natação onde os alunos nadaram 1000

metros, em blocos de 200 metros cada, com intervalo de um minuto entre cada

bloco. Após descanso de cinco minutos, esta mesma seqüência foi repetida. A

freqüência cardíaca foi medida continuamente durante o teste e os intervalos.

A PCO2 foi medida antes do teste de natação e 15 minutos depois do seu

término. No terceiro teste as crianças nadaram contra uma corrente de água

com velocidade variável de acordo com VO2 max., de cada um. A função

pulmonar, a concentração de gases e de lactato sangüíneos foram medidos

antes e depois do teste. A freqüência cardíaca foi registrada eletronicamente

durante todo o teste.

Os resultados obtidos mostraram que as variáveis de função

pulmonar em repouso, adiante mencionadas, não diferiram significativamente

entre as crianças asmáticas e as não asmáticas: volume expiratório forçado no

primeiro segundo (FEV1), fluxo expiratório forçado a 25% da capacidade

vital (FEF 25) e fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% da capacidade

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vital (FEF 25%-75%). Após o teste submáximo de corrida na esteira as

crianças asmáticas apresentaram uma maior queda na variável FEV1 que as

crianças não asmáticas. Esta redução se correlacionou significativamente com

a responsividade brônquica (PC 20). As variáveis FEV1, FEF 25 e FEF 25%-

75% aumentaram durante os intervalos da natação apenas nas crianças não

asmáticas; entretanto as crianças asmáticas tiveram respostas mais constantes

que as não asmáticas. As mudanças ocorridas na função pulmonar depois das

crianças terem nadado contra a corrente de água não diferiram nos dois

grupos. As alterações verificadas na PC 20 durante as provas de natação não

diferiram significativamente entre as crianças asmáticas e as não asmáticas.

As variações do log PC 20 durante as provas de natação se correlacionaram

significativamente com o broncoespasmo máximo e com o máximo aumento

de lactato sangüíneo. O lactato sangüíneo e o broncoespasmo aumentaram e o

pH caiu gradualmente durante cada intervalo da prova de natação, mas não

diferiram significativamente entre as crianças asmáticas e as não asmáticas.

As crianças asmáticas apresentaram um maior aumento da FC e do VO2 max

durante os testes de natação realizados, mas estes resultados não diferiram

significativamente entre os dois grupos estudados.

TEIXEIRA (1990), realizou um trabalho com 50 crianças e

adolescentes, idades entre seis e 16 anos, participantes do programa de

atividades físicas adaptadas ao portador de asma do Centro de Práticas

Esportivas da Universidade de São Paulo. Este programa teve a duração de

um ano, e freqüência de dois dias semanais. Cada sessão era composta de 45

minutos de exercícios variados (relaxamento, exercícios respiratórios,

caminhadas, exercícios posturais, exercícios abdominais e exercícios de solo);

e 45 minutos de exercícios no meio líquido e natação. Através da espirometria

foram testadas as seguintes variáveis da função pulmonar: capacidade vital

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forçada, fluxo expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros, fluxo expiratório entre

25% e 75% da FVC e o tempo médio de trânsito do ar. Como resultado

obteve-se uma maior eficiência da mecânica respiratória e da ventilação

pulmonar das crianças asmáticas com melhora significativa do fluxo

expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros (FEF) e do tempo médio de trânsito

do ar (MTT), não sendo encontradas diferenças significativas nas outras

variáveis de função pulmonar, mas os resultados mostraram um tendência

para uma melhora. Aponta ainda o autor que, apesar dos dados terem

evidenciado uma melhora nas variáveis estudadas, são necessários outros

estudos envolvendo grupo controle e com separação de faixas etárias.

VARRAY et al. (1991), buscaram definir uma duração e uma

intensidade de treinamento individualizado para um programa de

condicionamento físico para crianças asmáticas. As crianças foram divididas

em grupo controle (n=7) e nadadores (n=7). Não havia diferenças

significantes entre os grupos no que se refere a idade, peso, altura, massa

corporal magra, fluxos aéreos, freqüência das crises de asma, prática regular

de atividades físicas e condicionamento cardiorrespiratório inicial. Foi feita

uma avaliação do condicionamento cardiopulmonar em bicicleta ergométrica.

Dois tipos de programa de condicionamento foram desenvolvidos: aeróbio

(três meses) e alta intensidade (três meses). O programa aeróbio consistia de

uma hora de natação, duas vezes por semana durante três meses. O

treinamento de alta intensidade consistiu de sessões de 12 séries de 25 metros

de nado crawl, com intervalos de um minuto de recuperação, numa velocidade

individual previamente determinada. As conclusões desse estudo apontam

uma melhora das condições cardiorrespiratórias dos asmáticos com o

treinamento aeróbio e de intensidade individualizada. Por outro lado não

houve uma contribuição do treinamento em alta intensidade, mesmo tendo

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sido tolerado, pois envolve aumento da hiperventilação, que é a grande

determinadora do broncoespasmo induzido pelo exercício.

AHMAIDI et al. (1993), avaliaram a validade do “shuttle test”

(corrida de vai-e-vem) de 20 metros com intervalos de um minuto, para

estimar o VO2 max. e a capacidade para registrar as modificações respiratórias

de um programa individualizado de treinamento aeróbio para asmáticos

leves/moderados. Foram avaliados 48 asmáticos com idades entre 12 e 17

anos, que fizeram testes de exercícios máximos, de forma escalonada, no

cicloergômetro e o “shuttle test”de 20 metros. Numa escolha randomizada, 10

asmáticos foram treinados três vezes por semana durante três meses até o seu

limiar ventilatório, outro grupo de 10 asmáticos serviu de grupo de controle. O

treinamento foi ajustado mensalmente. O grupo de treinamento participou de

36 sessões de corrida em pista externa. Cada sessão durou uma hora, durante a

qual a criança correu por dez minutos, três vezes, em sua própria velocidade.

Ao final do treinamento foi observado que os valores do VO2 max. direto e do

“shuttle test” de 20 metros não foram significantemente diferentes e os

resultados dos dois testes foram concordantes. Após o treinamento uma ligeira

melhora do VO2 max. foi notada no grupo de treinamento, assim como um

aumento no limiar ventilatório, na força máxima e no pulso máximo de

oxigênio. A medida indireta confirmou os resultados considerando-se o

número de estágios completados.

Os problemas mais comuns na maioria dos estudos foram a não

quantificação da intensidade e quantidade total de trabalho, a não

individualização dos programas de atividade física, a ausência de grupo

controle e, em alguns casos, um baixo número de sujeitos.

3 OBJETIVOS

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1 - Analisar as respostas a um programa de educação física, com

uma determinada intensidade de treinamento contínuo, em variáveis

respiratórias e hemodinâmicas, de adolescentes portadores de asma grave,

comparando-as com um grupo controle sem atividade específica.

2 - Propor um programa educativo para o asmático e seus familiares

a fim de conscientizar sobre a doença e estimular a participação ativa no plano

de atividades físicas e no tratamento.

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Seleção da amostra

Foram avaliados dois grupos de crianças e adolescentes;

experimental e controle, portadores de asma grave, confirmados pela

avaliação clínica e provas de função pulmonar.

O grupo experimental foi formado por 15 alunos encaminhados ao

"Programa de educação e atividades físicas adaptadas ao portador de asma" do

Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo, com idade

variando entre 11 e 14 anos, de ambos os sexos.

O grupo controle foi formado por 12 pacientes do ambulatório do

Hospital Infantil Darcy Vargas, com a mesma gravidade da doença e idade

variando entre nove e 12 anos.

Os grupos apresentaram as mesmas características sócio-

econômicas.

A avaliação clínica foi realizada pelo Grupo de Asma da equipe

médica do Hospital Infantil Darcy Vargas, que mantém intercâmbio com o

Centro de Práticas Esportivas.

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Foram preenchidos os prontuários contendo a história clínica, exame

físico, exames laboratoriais e prova de função pulmonar (APÊNDICE 1),

sendo anotado o respectivo nível de gravidade da doença. Foram considerados

como graves aqueles com ataques severos que necessitam de esteróides orais

ou intravenosos, ou sibilos que incomodam quase todos os dias e noites, que

tem menor probabilidade de responder ao cromoglicato dissódico e muitas

vezes necessitam de esteróides inalados, segundo a declaração de um grupo de

consenso internacional em asma pediátrica (WARNER, 1992).

4.2 Medidas e testes

Todos os procedimentos de testes e treinamento utilizados nesse

estudo foram submetidos à apreciação e aprovação dos pais (APÊNDICE 2)

Antes dos testes as crianças foram familiarizadas com os respectivos

protocolos.

Durante o estudo todos os participantes foram testados em duas

ocasiões: semana zero (determinação das cargas de trabalho individuais) (pré)

e semana 20 (pós), segundo o protocolo descrito no item 4.2.2.

Nas semanas um e 20 foram medidos três grupos de variáveis:

- antropométricas;

- hemodinâmicas, colhidas antes (repouso) e durante o exercício

físico (dois momentos distintos que denominaremos por LIV1 e

pico);

- respiratórias colhidas através de espirometria, em quatro

momentos, antes dos exercícios (repouso) e após cinco,10 e 20

minutos do término dos mesmos.

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Com o objetivo de minimizar variações na situação de teste, todos os

participantes receberam as seguintes instruções:

1- Não se alimentar duas horas antes do teste.

2- Não participar de nenhuma atividades física vigorosa 24 horas

antes do teste.

3- Não tomar medicação broncodilatadora oito horas antes do teste.

4- Estar com ausculta normal ou com raros sibilos e ter a relação

FEV1/CVF maior que 60%.

Foram feitos eletrocardiograma de repouso (ECG) e durante o

exercício, com monitorização contínua, além de verificação da pressão arterial

a cada minuto.

4.2.1 Variáveis antropométricas

Foram efetuadas as seguintes medidas antropométricas:

Estatura (cm), conforme LOHMAN (1992);

Peso corporal (kg); a partir das quais foi calculada a

Superfície corpórea (m2)

4.2.2 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias

Para a determinação do VO2 pico foi realizada avaliação

cardiopulmonar durante o exercício (ACE) em cicloergômetro de frenagem

eletromagnética (CPE 2000, MGC).

A capacidade reguladora do CPE 2000, além de exatidão em termos

de watts produzidos (acima de 97%) e mínimas diferenças de freqüência real

(abaixo de cinco rpm), possibilita a realização de diferentes protocolos

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incrementais (inclusive com elevação linear da carga ou protocolo do tipo

rampa), mesmo que a pessoa pedale fora de rítmo.

O protocolo utilizado foi o incremental tipo rampa, 10 watts/minuto

para crianças com estatura < 150 cm, 15 watts/minuto para crianças com

estatura > 150 cm (COOPER; WEILER-RAVELL, 1984), limitado por

sintomas de fadiga ou dispnéia. Durante o exercício as crianças foram

estimuladas a manter uma rotação dos pedais entre 50 e 75 rpm. Os testes

foram realizados em condições de temperatura ambiental entre 21º C e 25º C.

O protocolo de incremento de carga era selecionado no "Software"

do sistema, a partir de opções prévias. Optou-se pelo protocolo incremental de

um minuto, do tipo rampa, considerando-se as suas vantagens fisiológicas e

operacionais frente aos protocolos de incrementos lentos, além da

disponibilidade técnica da análise ergoespirométrica (DAVIS et al., 1982;

WHIPP et al., 1981; ZHANG et al., 1991)

Foram obtidas variáveis ventilatórias, metabólicas e cardiovasculares

pela análise fluxovolumétrica e das frações gasosas do ar expirado,

monitorização da saturação da oxihemoglobina e da atividade elétrica cardíaca

(MGC-CPX System).

A fração oxigênio foi determinada por um analisador de onda

(WFA), que é formado por uma célula de zircônio estabilizada com ítrio

(analisador eletroquímico).

A fração de gás carbônico foi determinada pelo analisador Datex

CX-104, que opera pelo princípio da absorbância da luz infravermelha.

Durante os teste foram utilizados: bocais, grampo nasal e uma

válvula unidirecional de não reinalação (Hans Ruldolph) com espaço morto de

100 ml.

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A ventilação e as trocas gasosas foram determinadas respiração-a-

respiração utilizando-se o sistema computadorizado (MGC 2000).

O consumo de oxigênio obtido ao término do teste, interrompido por

sintomas ou a critério médico, foi interpretado como pico de VO2 (maior valor

identificado nas últimas oito respirações). Não foi utilizado o critério de platô

de consumo para se estabelecer o pico de VO2, pois tal comportamento seria

esperado numa população sadia e bem condicionada fisicamente

(WASSERMAN, et al.,1987).

Foram medidas as seguintes variáveis: freqüência cardíaca (FC

bpm), pressão arterial sistólica (PAS mmHg), pressão arterial diastólica (PAD

mmHg), consumo de oxigênio (VO2a ml. kg-1 .min-1), consumo de oxigênio

(VO2b ml.min-1), produção de dióxido de carbono (VCO2 ml.min-1), razão de

troca respiratória (RER) (VCO2/VO2), ventilação pulmonar (VE l.min-1),

volume corrente (VC ml), freqüência respiratória (FR ipm).

O limiar ventilatório anaeróbio (LIV1) foi determinado na

ocorrência de pelo menos duas das seguintes condições: a) perda da

linearidade entre a ventilação pulmonar (VE) e o consumo de oxigênio (VO2),

observada a partir do equivalente ventilatório de oxigênio (VE/VO2); b)

tendência à ascensão da relação entre o volume de dióxido de carbono

expirado por minuto (VCO2) e o VO2, denominada razão de troca respiratória

(VCO2/VO2); c) o menor valor da pressão de oxigênio ao final da expiração

(PetO2) (WASSERMAN et al., 1973; WHIPP et al., 1981).

Foram também medidos o tempo de duração da sobrecarga

(segundos) e a intensidade em watts (W).

4.2.3 Variáveis da função pulmonar

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Para obtenção do traçado espirográfico foram utilizadas fichas

próprias, tubetes descartáveis, mesa de desenho com régua paralela e esquadro

em escala milimétrica para marcação de pontos no gráfico.

Na avaliação espirométrica aceita-se como medidas úteis:

capacidade vital forçada (FVC), volume expiratório no primeiro segundo

(FEV1), sua relação com a capacidade vital forçada (FEV1 %), fluxo

expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros (FEF), fluxo expiratório forçado

medido entre 25% e 75% da FVC (FMF 25%-75%) e tempo médio de fluxo

de ar (FMFT) (ANCIC & FERRETI, 1978; ELLSTEIN, 1978;

GOTTSCHALL, 1980; JANSEN & FARACO, 1986, JANSEN &

PLOTKOWSKI, 1983, 1984; OCHOA, 1985; RATTO et al. 1975; 1981;

RUPPEL, 1975).

No presente estudo, além das variáveis básicas, FVC, FEV1 e FMF

25%-75%, foram analisados o fluxo expiratório forçado entre 0,2 e 1,2 litros

(FEF, em litros por segundo) e o tempo médio de fluxo de ar (FMFT, em

segundos).

As características da criança no que se refere a sexo, idade, altura,

peso e superfície corpórea definem os valores dos padrões das variáveis

ventilatórias. As condições corporais e ambientais de temperatura, pressão e

umidade influenciam os valores dos volumes e fluxos medidos nas provas de

função pulmonar. Levando em consideração esses fatos, os dados utilizados

foram estandardizados segundo POLGAR & PROMADHAT (1971) e a

AMERICAN THORACIC SOCIETY (1969). O fator de correção de valores

foi em BTPS (condições corporais de temperatura, pressão e saturação) e em

STDP (condições estandardizadas de pressão [760 mmHg] e temperatura

[00C]). Dessa forma, cada criança teve o seus valores das variáveis da função

pulmonar padronizadas (DICKMAN et al., 1974; SILVERMAN &

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ANDERSON, 1977; CRAPO, et al., MORRIS & GARDENER, 1981;

TEIXEIRA, 1990).

4.2.4 Exames clínicos e fichas de acompanhamento

Prontuário individual (APÊNDICE 1) contendo:

a) Identificação e antecedentes familiares

b) Avaliação otorrinolaringológica (ORL)

c) Exame físico

d) História clínica

e) Avaliação da função pulmonar (APÊNDICE 2)

Ficha para o traçado espirográfico. (APÊNDICE 3)

Ficha para as sessões de treinamento. (APÊNDICE 4)

Cartas aos pais (APÊNDICE 5)

Programa de computador para análise da curva

espirográfica. (TEIXEIRA, 1990).

Lista de freqüência às aulas

4.2.5 Cálculos

Os algorítmos computacionais, em linguagem Basic Advanced,

analisaram os pontos obtidos no traçado espirográfico (pontos analógicos). Os

dados obtidos através da leitura foram convertidos em dígitos com precisão

decimal de duas casas.

Foi desenvolvido também, no mesmo logicial, um algorítmo para

recuperação, registro das variáveis e posterior tratamento estatístico.

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A listagem dos códigos do logicial para computador encontra-se em

TEIXEIRA (1990).

Como todas as variáveis foram colhidas no início do experimento e

ao final das 20 semanas de estudo, e tendo em vista que o objetivo desse

trabalho será verificar a eficácia do programa de treinamento, trabalharemos

fundamentalmente com a diferença entre os resultados finais (pós) e os

iniciais (pré).

4.3 Programa de treinamento

O treinamento consistiu de três sessões semanais durante 20 semanas

sendo:

a) cinco minutos de aquecimento pedalando sem carga.

b) 30 minutos com a carga de treinamento individual,

previamente determinada e a 70% do VO2 de pico.

A freqüência cardíaca foi tomada inicial, a cada minuto durante o

esforço e na recuperação.

Foi verificado o pico expiratório máximo antes do exercício, sendo

estabelecido como condição estar com, no mínimo, a 80% do previsto.

Foi utilizada medicação preventiva do broncoespasmo induzido pelo

exercício (BIE), com supervisão médica, para se evitar esse broncoespasmo ao

se atingir a carga máxima de trabalho.

Os integrantes do grupo experimental também participaram, em duas

sessões semanais, das seguintes atividades:

a) 45 minutos de exercícios generalizados (posturais, abdominais)

e intercalados com exercícios respiratórios.

b) 45 minutos de natação

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c) 30 minutos de exercícios diafragmáticos intercalados com

canto.

Na vigésima primeira semana todos os alunos foram retestados para

verificação do V02 pico, usando-se o mesmo protocolo.

4.3.1 Programa educativo

Paralelamente ao programa de treinamento foi desenvolvido um

programa educativo, pois é essencial a conscientização do asmático e seus

familiares sobre a doença, para que estabeleçam relações entre os fatores

desencadeantes e a expressão dos sintomas.

Um famoso clínico inglês escreveu num editorial sobre asma que

"um bom clínico, para tratar asma, precisa ser um ótimo professor", indicando

que é fundamental um plano de educação em asma.

Os trabalhos de conscientização sobre a asma ainda são muito

limitados. É necessário a implantação de um sistema educativo abrangente

para que se obtenha resultados objetivos.

O plano de educação em asma teve por finalidades:

a) Conscientizar que asma é uma doença crônica, freqüente, podendo

ser grave, mas possível de ser controlada.

b) Ensinar a reconhecer os sintomas

c) Encorajar a participação ativa no tratamento

d) Melhorar a qualidade de vida do asmático.

Com a finalidade de discutir e esclarecer as alterações que ocorrem

nos pulmões dos asmáticos, os sintomas, o caráter inflamatório crônico e as

principais diferenças com a bronquite e o enfisema foi proposto o ABC da

asma (CONSENSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ASMA, 1996):

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A. Saber o que evitar.

B. Encontrar a menor quantidade de medicamentos que os

mantenham sem sintomas.

C. Saber reconhecer precocemente quando a asma está fora de

controle.

Fazer um diário de sintomas. O diário tem por finalidade fazer com

que os alunos anotem os sintomas, efetuem a medida do pico do fluxo

expiratório e anotem o uso da medicação. A rotina no preenchimento do diário

auxilia o aluno a reparar nos sintomas da asma, facilitando o reconhecimento

precoce da exacerbação.

Podemos então ver que a abordagem do tratamento da asma deve

contemplar vários ítens, tais como, educação, atividade física, controle

ambiental, terapêutica farmacológica, bem como o controle e monitorização

da intensidade da doença.

O programa foi desenvolvido individualmente ou em pequenos

grupos, abordando os seguintes temas: conceito de asma, fatores

desencadeantes e controle ambiental, noções sobre os medicamentos usados,

técnicas de administração dos aerossóis, sinais de exacerbação e um plano de

ação (o que fazer quando a asma sair de controle).

No APÊNDICE 6 encontra-se o questionário aplicado para avaliar a

condição sócio-econômica, o nível de conhecimento dos pais sobre a doença e

assim adequar o programa educativo.

No APÊNDICE 7 encontra-se a folha de rosto da cartilha educativa

utilizada. Foram também utilizados vídeos educativos especialmente

elaborados.

O APÊNDICE 8 refere-se ao diário utilizado para o controle da asma

(medidas de fluxo expiratório, sintomas e medicação).

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No APÊNDICE 9 estão as folhas de trabalho utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma. As folhas de trabalho têm aplicações

distintas (crianças, adolescentes e pais), identificadas no cabeçalho.

5 ESTATÍSTICA

Os efeitos de um programa de atividade física para asmático podem

ser determinados pela comparação das medidas de função pulmonar antes e

após um período de atividades. Com objetivo de verificar os referidos efeitos,

foram utilizadas as diferenças entre o afastamento relativo do padrão final e o

inicial para cada variável de função pulmonar.

Foram calculadas as medidas descritivas média e desvio padrão de

cada variável.

Foi utilizada uma análise de variância com medidas repetidas para as

variáveis hemodinâmicas e respiratórias (AUBIN, 1984).

Foi utilizado uma análise de perfil para os dados espirométricos

(SINGER & ANDRADE, 1986)

O nível de significância 0,05 foi considerado para todos os cálculos

da ANOVA e da análise de perfil (MORRISON, 1976; WINER, 1971)

Para todos os cálculos foi utilizado o pacote estatístico BMDP para

microcomputadores. Foram também utilizados os programas computacionais

Excel v 5.0 e minitab v 10.1

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1 Análise descritiva

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Antes do início da análise estatística foi retirada da amostra a criança

número quatro do grupo controle, por não ter realizado a avaliação pós de

forma completa. Logo, nesse grupo foram considerados 11 indivíduos.

Como os três grupos de variáveis já citadas na metodologia

apresentam características distintas, serão analisadas separadamente:

Os dois grupos iniciaram o treinamento com consumo máximo de

oxigênio de pico, em ml.kg-1.min-1, que não diferiam significativamente entre

si (p=0,92).

6.1.1 Variáveis antropométricas

No grupo experimental, 32% das crianças são meninas, enquanto no

grupo controle, 45% são meninas. A TABELA 1 apresenta a média e o desvio

padrão das variáveis antropométricas para os dois grupos. Verifica-se que as

crianças do grupo controle são, em média, mais novas do que as do grupo

experimental e, consequentemente, apresentam valores mais baixos, em

média, para essas variáveis.

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TABELA 1 - Média e desvio padrão para as variáveis antropométricas.

Grupo Período do

Estudo Idade (anos)

Altura (cm)

Peso (kg)

Superfície Corpórea (m2)

pré x 12,65 148,53 38,45 1,27

Experim. DP 1,51 11,43 7,79 0,17

pós x 12,83 150,93 40,77 1,32

DP 1,49 11,40 9,66 0,19

pré x 10,94 137,50 35,96 1,17

Controle DP 1,59 6,16 7,53 0,13

pós x 11,40 139,86 36,94 1,19

DP 1,57 6,00 7,63 0,13

6.1.2 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias

Serão apresentadas primeiramente as variáveis consideradas em dois

instantes e depois as observadas em três instantes.

(1) FC, VCO2, RER, VE, VC, FR, PAS e PAD.

A média e o desvio padrão dessas variáveis são apresentados nas

TABELAS 2 e 3.

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TABELA 2 - Média e desvio padrão dos dados hemodinâmicas e

respiratórios, que antecedeu o exercício, do grupo experimental

e grupo controle nas condições pré e pós.

VARIÁVEIS Grupo Experimental Grupo Controle

PRÉ PÓS PRÉ PÓS

F.C. 97,2 ± 12,5 89,2 ± 12,4 98,8 ± 18,07 88,7 ± 10,1

PAS 85,3 ± 11,8 95,7 ± 15,0 78,1 ± 13,2 105 ± 15,0

PAD 55,3 ± 12,4 61,4 ± 10,7 50,9 ± 11,3 71,5 ± 17,9

VO2a 5,9 ± 1,3 5,0 ± 1,2 6,3 ± 1,2 5,1 ± 0,7

VO2b 223,1 ± 45,8 197,0 ± 36,2 221,4 ± 50,3 191 ± 51

VCO2 199,3 ± 43,2 176,5 ± 43,4 196,3 ± 56,3 174 ± 56,3

RER 0,89 ± 0,1 0,89 ± 0,1 0,88 ± 0,1 0,91 ± 0,1

VE 10,2 ± 2,1 8,4 ± 2,4 10,1 ± 2,6 7,8 ± 2,7

VC 528 ± 189 526 ± 140 489 ± 114 520 ± 175

FR 21,0 ± 6,9 16,5 ± 4,7 21,5 ± 6,7 17 ± 8,3

FC, freqüência cardíaca em bpm, PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg;.VO2a, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VO2b, consumo de oxigênio em ml.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em l.min-1.

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TABELA 3 - Média dos dados hemodinâmicos e respiratórios durante o exercício máximo, do grupo experimental e grupo controle .nas condições pré e pós.

VARIÁVEIS Grupo Experimental Grupo Controle

PRÉ PÓS PRÉ PÓS

FC 177,9 ± 15,3 178,0 ± 15,2 175,5 ± 17,9 174,8 ± 16,8

PAS 125,4 ± 22,5 135,7 ± 27,7 114 ± 16,8 131 ± 14,6

PAD 63,6 ± 12,8 65,8 ± 11,6 59 ± 10,4 65 ± 12

VO2a 36,5 ± 7,2 38,1 ± 7,6 36,5 ± 6,1 34,7 ± 4,9

VO2b 1337 ± 278 1541 ± 420 1294 ± 283 1281 ± 302,8

VCO2 1543 ± 376 1852 ± 499 1401 ± 335 1510 ± 296,6

RER 1,1 ± 0,1 1,2 ± 0,07 1,0 ± 0,08 1,1 ± 0,08

VE 52,6 ± 11,9 60,6 ± 14,6 48,3 ± 11,1 50 ± 11,2

VC 1385 ± 438 1454 ± 437 1179 ± 307 1153 ± 233,6

FR 40,4 ± 10,6 43,6 ± 10,3 42,9 ± 10,1 45 ± 10,5

FC, freqüência cardíaca em bpm, PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg;.VO2a, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VO2b, consumo de oxigênio em ml.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em l.min-1.

Sete variáveis foram analisadas somente em dois instantes (repouso e

pico): FC, PAS, PAD, VCO2, VE, VC e FR.

Duas foram colhidas apenas em dois outros momentos (LIV1 e

pico): tempo e sobrecarga.

Das variáveis consideradas neste grupo, duas foram analisadas em

três instantes distintos (repouso, LIV1 e pico): VO2a e VO2b.

As FIGURAS 1 a 8 sintetizam os valores obtidos na análise

descritiva.

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repouso pico repouso pico0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

bpm

repouso pico repouso pico

PRÉ PÓS

FC

Experimental

Controle

FIGURA 1 - Gráfico do comportamento da freqüência cardíaca (FC bpm) pré

e pós 20 semanas.

repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico0

5

10

15

20

25

30

35

40

ml . kg-1 . min-1

repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico

PRÉ PÓS

VO2a

Experimental

Controle

FIGURA 2 - Gráfico do comportamento do consumo de oxigênio

(VO2 ml.kg-1.min-1) pré e pós 20 semanas.

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repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

ml . min-1

repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico

PRÉ PÓS

VO2b

Experimental

Controle

FIGURA 3 - Gráfico do comportamento do consumo de oxigênio

(VO2 ml.min-1) pré e pós 20 semanas.

repouso pico repouso pico0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

ml . min-1

repouso pico repouso pico

PRÉ PÓS

VCO2

Experimental

Controle

FIGURA 4 - Gráfico do comportamento da produção de dióxido de

carbono (VCO2 ml.min-1) pré e pós 20 semanas.

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repouso pico repouso pico0

10

20

30

40

50

60

70

l . min-1

repouso pico repouso pico

PRÉ PÓS

VE

Experimental

Controle

FIGURA 5 - Gráfico do comportamento da ventilação pulmonar (VE l.min-1)

pré e pós 20 semanas.

repouso pico repouso pico0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

ml

repouso pico repouso pico

PRÉ PÓS

VC

Experimental

Controle

FIGURA 6 - Gráfico do comportamento do volume corrente (VC ml) pré e pós

20 semanas.

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repouso pico repouso pico0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

l . min-1

repouso pico repouso pico

PRÉ PÓS

FR

Experimental

Controle

FIGURA 7 - Gráfico do comportamento da freqüência respiratória (FR i.min-1)

pré e pós 20 semanas.

LIV1 pico LIV1 pico0

100

200

300

400

500

600

s

LIV1 pico LIV1 pico

PRÉ PÓS

tempo

Experimental

Controle

FIGURA 8 - Gráfico no instante de ocorrência de LIV1 e pico (em segundos)

pré e pós 20 semanas.

Na TABELA 4 são apresentadas as médias e desvio padrão das

diferenças entre as condições final (pós) e inicial (pré). Para uma melhor

visualização do comportamento dessas variáveis em relação aos dois grupos,

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foram construídos gráficos de perfis para as médias (diferenças entre os

resultados finais e iniciais) nos dois momentos de avaliação considerados

(FIGURAS 9 a 17).

TABELA 4 - Média e desvio padrão das diferenças entre as condições final (pós)

e inicial (pré).

Repouso Pico

Variável Experimental Controle Experimental Controle

FC x -8,0 -10,09 0,07 -0,636

bpm DP 13,53 22,63 13,65 19,90

PAS x 12,14 26,00 17,22 17,78

mmHg DP 14,24 6,99 25,39 17,16

PAD x 7,86 20,50 3,33 6,67

mmHg DP 16,72 13,01 15,81 13,23

VCO2 x -22,80 -21,55 309,33 109,36

ml.min-1 DP 46,30 67,39 289,69 194,07

RER x 0,00 0,02 0,09 0,11

DP 0,17 0,18 0,13 0,13

VE x -1,82 -2,36 8,00 2,45

l.min-1 DP 2,68 3,59 8,00 10,79

VC x -2,60 31,55 69,47 -26,64

ml DP 115,60 123,82 216,17 113,29

FR x -4,47 -4,45 3,13 2,18

i.min-1 DP 5,79 8,61 9,16 9,94

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FC

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

repouso pico

bpm

experim

controle

FIGURA 9 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré da FC.

PAS

0

5

10

15

20

25

30

repouso pico

mmHg

experim

controle

FIGURA 10 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré da PAS.

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PAD

0

5

10

15

20

25

repouso pico

mmHg

experim

controle

FIGURA 11 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da PAD.

VCO2

-50

0

50

100

150

200

250

300

350

repouso pico

ml . min-1

experim

controle

FIGURA 12 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré da VCO2.

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RER

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

repouso pico

experim

controle

FIGURA 13 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós-pré da RER.

VE

-4

-2

0

2

4

6

8

repouso pico

l . min-1

experim

controle

FIGURA 14 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da VE.

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VC

-40

-20

0

20

40

60

80

repouso pico

ml

experim

controle

FIGURA 15 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré do VC.

FR

-5-4-3-2-1

01234

repouso pico

l . min-1

experim

controle

FIGURA 16 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da FR.

(2) duração e sobrecarga. A média e o desvio padrão dessas variáveis são apresentados na

TABELA 5. Para uma melhor visualização do comportamento dessas

variáveis em relação aos dois grupos, foram construídos gráficos de perfis

para as médias nos dois momentos de avaliação considerados (FIGURAS 17 e

18).

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TABELA 5 - Média e desvio padrão, das variáveis tempo e watts nos instantes

LIV1 e pico, pré e pós 20 semanas.

Pré pós Variável Grupo LIV1 pico LIV1 pico

Experim 356,00± 58,77 552,00±61,90 326,00±43,72 592,00±78,12

duração

(s) Controle 348,00±60,33 540,00±66,33 330,00±67,82 561,00±78,80

Experim 39,80±19,87 91,60±25,80 33,87±13,19 101,87±25,94

sobrecarga

(w) Controle 35,60±16,62 75,90±22,02 27,40±17,28 78,50±18,07

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

LIV1 pico

experim

controle

s duração

FIGURA 17 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da duração(s).

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-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

LIV1 pico

experim

controle

w sobrecarga

FIGURA 18 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré da sobrecarga(w). (3) VO2a e VO2b.

Como já foi comentado anteriormente, essas variáveis foram

avaliadas em três momentos: repouso, LIV1 e pico.

A média e o desvio padrão dessas variáveis são apresentados na

TABELA 6. Para uma melhor visualização do comportamento dessas

variáveis em relação aos dois grupos, foram construídos gráficos de perfis

para as médias (diferenças entre os resultados finais e iniciais) nos três

momentos de avaliação considerados (FIGURAS 19 e 20).

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TABELA 6 - Média e desvio padrão das variáveis de consumo de oxigênio nos instantes repouso, LIV1 e pico, pré e pós 20 semanas.

Variável Grupo repouso LIV1 pico repouso LIV1 pico

Experim 5,9±1,3 21,1±66 36±7,2 5,0±1,2 15,7±4,2 38,1±7,6

VO2a

(ml.kg-

1.min-1) Controle 6,4±1,2 21,7±7,6 37±6,3 5,2±0,7 17,0±3,5 35,2±5,2

Experim 223±46 801±262 1368±279 197±36 635±206 1542±420

VO2b

(ml.min-1) Controle 221±53 760±293 1294±313 191±54 624±218 1274±334

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

repouso LIV1 pico

experim

controle

FIGURA 19 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré do VO2a.

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-150

-100

-50

0

50

100

150

200

250

repouso LIV1 pico

experim

controle

FIGURA 20 - Gráfico dos perfis médios das diferenças pós - pré do VO2b. 6.1.3. Variáveis da função pulmonar

Sabe-se que certas características da criança, tais como sexo, altura,

peso, idade, superfície corpórea e condições ambientais como temperatura e

pressão influenciam nas provas de função pulmonar. As tabelas de POLGAR

& PROMADHAT (1971) levam em consideração esses fatos, fornecendo uma

medida padrão de uma criança normal nas mesmas condições.

Para eliminarmos o efeito da influência dessas características nas

medidas das variáveis de interesse (FVC, FEV1, FEF, FMF e FMFT),

calculamos inicialmente o afastamento relativo do padrão (ARP), dado por:

afastamento relativo medida padrão - medida do teste = _____________________________

do padrão medida padrão

A média e o desvio padrão referentes a essas variáveis padronizadas,

encontram-se na TABELA 7.

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TABELA 7 - Média e desvio padrão do ARP das variáveis da função pulmonar nos quatro instantes considerados.

Pré pós

Variável Grupo repouso 5 10 20 repouso 5 10 20

Experim 0,0529 0,1710 0,0868 0,0540 0,0497 0,1255 0,0806 0,0402

FVC 0,1340 0,1977 0,1534 0,1335 0,1437 0,1437 0,1427 0,1446

(litros) Controle -0,0257 -0,0016 -0,0350 -0,0649 -0,0210 0,0497 -0,0198 -0,0605

0,1271 0,1355 0,1156 0,1227 0,2201 0,2057 0,1557 0,1632

Experim 0,1616 0,3364 0,2928 0,2410 0,1930 0,3776 0,2966 0,2341

FEV1 0,2223 0,1729 0,1698 0,1493 0,2852 0,2158 0,1429 0,1289

(litros) Controle 0,1874 0,2339 0,1957 0,1661 0,1451 0,3078 0,2740 0,1884

0,1923 0,1527 0,1592 0,1568 0,3630 0,2656 0,2397 0,2331

Experim 0,3141 0,4645 0,4816 0,4173 0,3720 0,2988 0,4557 0,3144

FEF 0,4583 0,5459 0,2904 0,2977 0,4409 0,7590 0,2727 0,4041

(litros/seg) Controle 0,4467 0,5812 0,4868 0,4132 0,2669 0,5176 0,4167 0,4115

0,2204 0,2087 0,2345 0,3836 0,4927 0,4786 0,5129 0,4089

Experim 0,4634 0,5839 0,5497 0,4823 0,5188 0,5967 0,5393 0,4926

FMF 0,1964 0,1936 0,2067 0,2071 0,1810 0,2000 0,2044 0,1779

(litros/seg) Controle 0,4967 0,5761 0,4951 0,5161 0,5018 0,6122 0,5649 0,2934

0,1542 0,1721 0,1715 0,1613 0,3116 0,3306 0,2752 0,7231

Experim -1,0413 -1,4658 -1,4627 -1,1794 -1,2303 -1,4661 -1,3412 -1,1377

FMFT 0,7170 0,9404 1,0245 0,8644 0,8307 1,2613 0,9008 0,8339

(segundos) Controle -1,1907 -1,6813 -1,2981 -1,4428 -1,1893 -1,4912 -1,2894 -1,4018

0,6060 0,9346 0,9502 0,8260 0,7343 0,6706 0,7996 1,2373

Mas, lembrando que essas variáveis foram coletadas no repouso e em

outros três instantes após o término dos testes físicos, e tendo em vista os

objetivos deste estudo, foi calculada a diferença entre cada um desses três

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instantes e o repouso. A média e o desvio padrão referentes a essas novas

variáveis encontram-se na TABELA 8.

TABELA 8 - Média e desvio padrão da diferença entre o ARP nos três instantes após os exercícios físicos e o repouso, para as variáveis da função pulmonar.

Pré pós

Variável Grupo 5 10 20 5 10 20

Experim 0,1182 0,0339 -0,0032 0,0778 0,0329 -0,0074

FVC 0,1358 0,1017 0,0639 0,0902 0,0948 0,0740

(litros) Controle 0,0241 -0,0093 -0,0393 0,0707 0,0012 -0,0395

0,1473 0,1349 0,1214 0,2001 0,1846 0,1995

Experim 0,1748 0,1312 0,0795 0,1846 0,1035 0,0411

FEV1 0,2513 0,2566 0,2624 0,3272 0,2670 0,2715

(litros) Controle 0,0465 0,0083 -0,0213 0,1627 0,1289 0,0433

0,2672 0,2605 0,2681 0,4071 0,3954 0,3946

Experim 0,1504 0,1675 0,1032 0,0733 0,0837 -0,0576

FEF 0,2600 0,2243 0,2511 0,3747 0,2688 0,3123

(litros/seg) Controle 0,1345 0,0401 -0,0335 0,2507 0,1499 0,1446

0,1571 0,1612 0,2769 0,2058 0,2967 0,2614

Experim 0,1205 0,0864 0,0189 0,0779 0,0205 -0,0262

FMF 0,0921 0,0870 0,0856 0,0794 0,0856 0,0837

(litros/seg) Controle 0,0793 -0,0016 0,0194 0,1103 0,0631 -0,2084

0,1101 0,0969 0,0991 0,1553 0,2302 0,5873

Experim -0,4245 -0,4214 -0,1381 -0,2358 -0,1109 0,0926

FMFT 0,4889 0,5237 0,4611 0,8309 0,5159 0,5693

(segundos) Controle -0,4906 -0,1075 -0,2522 -0,3019 -0,1001 -0,2125

0,5068 0,5657 0,4038 0,8949 0,9233 0,8931

Finalmente, como o objetivo deste trabalho é verificar a eficácia do

programa de treinamento ao final das 20 semanas, será utilizada a diferença entre

os resultados finais (pós) e os iniciais (pré). Assim, cabe ressaltar que as análises

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feitas a seguir serão baseadas nessas novas variáveis. A média e o desvio padrão

referentes as mesmas encontram-se na TABELA 9.

TABELA 9 - Média e desvio padrão da diferença entre os momentos pós e pré, nos

três instantes após os exercícios físicos, para as variáveis da função pulmonar, ajustadas para padrão e repouso.

Variável Grupo 5 10 20

Experim -0,0060 0,0131 -0,0019

FVC 0,1356 0,0772 0,0673

(litros) Controle 0,0466 0,0105 -0,0002

0,2257 0,2323 0,2541

Experim 0,0546 0,0189 -0,0007

FEV1 0,2106 0,1964 0,1552

(litros) Controle 0,1161 0,1206 0,0647

0,3001 0,3202 0,3362

Experim -0,1456 -0,0362 -0,0988

FEF 0,3494 0,1930 0,3834

(litros/seg) Controle 0,1163 0,1098 0,1781

0,2248 0,3106 0,3947

Experim -0,0142 -0,0317 -0,0211

FMF 0,1191 0,1369 0,1287

(litros/seg) Controle 0,0310 0,0648 -0,2278

0,1658 0,2795 0,6171

Experim 0,0153 0,0554 0,0920

FMFT 0,7763 0,8649 0,6719

(segundos) Controle 0,1887 0,0073 0,0397

0,8902 0,5906 0,9610

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76

Para uma melhor visualização do comportamento dessas variáveis em

relação aos dois grupos, foram construídos gráficos de perfis para as médias das

variáveis de interesse ao longo dos períodos considerados (FIGURAS 21 a 25).

FVC

-0,25

-0,2

-0,15

-0,1

-0,05

0

0,05

0,1

0,15

0,2

t5 t10 t20

l

Experim

Controle

FIGURA 21 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, da FVC,

ajustado para padrão e repouso.

FEV1

-0,25

-0,2

-0,15

-0,1

-0,05

0

0,05

0,1

0,15

0,2

t5 t10 t20

l

Experim

Controle

FIGURA 22 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, do FEV1,

ajustado para padrão e repouso.

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77

FEF

-0,25

-0,2

-0,15

-0,1

-0,05

0

0,05

0,1

0,15

0,2

t5 t10 t20

l . s-1

Experim

Controle

FIGURA 23 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, do FEF, ajustado para padrão e repouso.

FMF

-0,25

-0,2

-0,15

-0,1

-0,05

0

0,05

0,1

0,15

0,2

t5 t10 t20

l . s-1

Experim

Controle

FIGURA 24 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, do FMF, ajustado para padrão e repouso.

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FMFT

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

t5 t10 t20

s

Experim

Controle

FIGURA 25 - Gráfico dos perfis médios da diferença pós - pré, do FMFT, ajustado para padrão e repouso.

6.2 Análise inferencial

Procedendo de maneira análoga ao que foi feito na análise descritiva,

as inferências serão feitas separadamente para as variáveis hemodinâmicas,

respiratórias e de função pulmonar.

6.2.1 Variáveis hemodinâmicas e respiratórias

(1) FC, VCO2, RER, VE, VC, FR, PAS e PAD.

Uma técnica estatística apropriada para a análise dos dados, uma vez

que o mesmo indivíduo foi observado em dois períodos de avaliação é a

Análise de Perfis. Um requisito básico para a realização dessa análise é que as

estruturas de covariância associadas às respostas dos dois grupos nos dois

instantes de avaliação sejam iguais. Os testes para a verificação desta suposição

foram considerados satisfatórios. Os níveis descritivos resultantes da análise de

perfis encontram-se na TABELA 10.

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79

TABELA 10 - Níveis descritivos resultantes da análise de perfis.

Variável Efeito Nível Descritivo (p)

grupo 0,8089 FC cond. aval. 0,0286

(bpm) interação 0,8552 grupo 0,2636

PAS cond. aval. 0,7585 (mmHg) interação 0,1106

grupo 0,1367

PAD cond. aval. 0,0477 (mmHg) interação 0,0477

grupo 0,0706

VCO2 cond. aval. 0,0001 (ml.min-1) interação 0,0594

grupo 0,6642

RER cond. aval. 0,0207 interação 0,9713 grupo 0,1604

VE cond. aval. 0,0004 (l.min-1) interação 0,1683

grupo 0,4664

VC cond. aval. 0,8759 (ml) interação 0,1517

grupo 0,8578

FR cond. aval. 0,0023 (I.min-1) interação 0,8191

Pode-se observar que não foram detectadas diferenças significativas

com relação aos grupos experimental e controle para todas as variáveis, exceto

para VCO2, onde foi detectada uma possível interação entre os grupos e as

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condições de avaliação, ou seja, o comportamento dos dois grupos, com relação

a esta variável pode não ser o mesmo para os dois instantes considerados.

Também pode-se observar que há indicações de diferenças entre os dois grupos

para a variável VE (p = 0,0574).

Assim, para a variável VCO2 torna-se necessário comparar os grupos

separadamente, em cada momento de avaliação. Os resultados obtidos

encontram-se na TABELA 11.

TABELA 11 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos dois grupos

nos diferentes momentos de avaliação, para a variável VCO2 e PAD.

Variável Momento de avaliação Nível descritivo (p)

VCO2 repouso pico

0,9555 0,0591

PAD repouso pico

0,0328 0,6342

Nessa tabela encontram-se indícios de diferenças entre os dois

grupos, quando avaliados no pico dos exercícios, com relação à variável VCO2.

(2) duração e sobrecarga.

Analogamente, uma técnica estatística apropriada para a análise dos

dados, tendo em vista que o mesmo indivíduo foi observado em dois períodos

de avaliação é a Análise de Perfis. Um requisito básico para a realização dessa

análise é que as estruturas de covariância associadas às respostas dos dois

grupos nos dois instantes de avaliação sejam iguais. Os testes para a verificação

desta suposição foram satisfatórios. Os níveis descritivos resultantes dessa

análise encontram-se na TABELA 12.

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81

TABELA 12- Níveis descritivos resultantes da análise de perfis.

Variável Efeito Nível Descritivo (p)

grupo 0,8284 duração (s) cond. aval. 0,0011

interação 0,3007

grupo 0,4042

sobrecarga (w) cond. aval. 0,0053

interação 0,5438

Pode-se observar que não foram detectadas diferenças significativas

com relação aos grupos experimental e controle para essas variáveis.

(3) VO2a e VO2b.

Novamente, a técnica estatística utilizada, tendo em vista que o

mesmo indivíduo foi observado em três períodos de avaliação, será a Análise de

Perfis. Um requisito básico para a realização dessa análise é que as estruturas

de covariância associadas às respostas dos dois grupos nos três instantes de

avaliação sejam iguais. Os testes para a verificação desta suposição foram

satisfatórios.

Os níveis descritivos resultantes da análise encontram-se na

TABELA 13.

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82

TABELA 13 - Níveis descritivos resultantes da análise de perfis.

Variável Efeito Nível Descritivo (p)

grupo 0,4293 VO2a cond. aval. 0,0011

interação 0,2224 grupo 0,2996

VO2b cond. aval. 0,0003 interação 0,0767

Pode-se observar que há indícios de uma possível interação entre os

grupos e as condições de avaliação para ambas as variáveis, ou seja, o

comportamento dos dois grupos pode não ser o mesmo para os três instantes

considerados. Assim, foi feita a comparação dos dois grupos separadamente,

em cada momento de avaliação. Os resultados obtidos encontram-se na

TABELA 14.

TABELA 14 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos dois grupos

nos diferentes momentos de avaliação.

Variável Momento de avaliação Nível Descritivo (p)

repouso 0,8586 VO2b LIV1 0,7900

pico 0,0310

Na TABELA 14 encontram-se indícios de diferenças entre os dois

grupos, quando avaliados no pico dos exercícios, para essas variáveis.

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6.2.2 Variáveis da função pulmonar.

Para esse grupo de variáveis, uma técnica estatística apropriada para a

análise dos dados, tendo em vista que o mesmo indivíduo foi observado em

diferentes períodos de avaliação, é a Análise de Perfis.

Um requisito básico para a realização dessa análise é que as

estruturas de covariância associadas às respostas dos dois grupos nos diferentes

instantes de avaliação sejam iguais. Foram feitos testes para a verificação desta

suposição, que não foi satisfeita em nenhum dos casos. Assim, foram utilizados

testes aproximados e as análises apresentadas devem ser consideradas com

algumas restrições, particularmente onde não foram encontradas diferenças

significativas que talvez pudessem ser detectadas. Assim, algumas conclusões

devem ter apenas um caráter exploratório.

repouso 5 10 20 repouso 5 10 200

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

( litros )

repouso 5 10 20 repouso 5 10 20

PRÉ PÓS

FVC

Experimental

Controle

FIGURA 26 - Gráfico da variável FVC nos diferentes instantes, pré e pós 20

semanas

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84

repouso 5 10 20 repouso 5 10 200

500

1.000

1.500

2.000

2.500

( litros )

repouso 5 10 20 repouso 5 10 20

PRÉ PÓS

FEV1

Experimental

Controle

FIGURA 27 - Gráfico da variável FEV1 nos diferentes instantes, pré e pós 20

semanas

repouso 5 10 20 repouso 5 10 200

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

( l . s-1 )

repouso 5 10 20 repouso 5 10 20

PRÉ PÓS

FEF

Experimental

Controle

FIGURA 28 - Gráfico da variável FEF nos diferentes instantes, pré e pós 20

semanas

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85

repouso 5 10 20 repouso 5 10 200

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

( l . s-1 )

repouso 5 10 20 repouso 5 10 20

PRÉ PÓS

FMF

Experimental

Controle

FIGURA 29 - Gráfico da variável FMF nos diferentes instantes, pré e pós 20

semanas

repouso 5 10 20 repouso 5 10 200

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

( s )

repouso 5 10 20 repouso 5 10 20

PRÉ PÓS

FMFT

Experimental

Controle

FIGURA 30 - Gráfico da variável FMFT nos diferentes instantes, pré e pós 20

semanas

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86

TABELA 15 - Níveis descritivos resultantes da análise de perfis das variáveis da função pulmonar.

Variável Efeito Nível Descritivo

(p) grupo 0,5879 FVC tempo 0,8831

(litros) interação 0,1353

grupo 0,1973

FEV1 tempo 0,1647

(litros) interação 0,5510

grupo 0,0062

FEF tempo 0,4805

(litros/seg) interação 0,4050

grupo 0,9344

FMF tempo 0,0485

(litros/seg) interação 0,0322

grupo 0,4968

FMFT tempo 0,8975

(segundos) interação 0,5517

Pode-se observar que não foram detectadas diferenças significativas

para as variáveis FVC, FEV1 e FMFT. Já para a variável FEF foram

encontrados indícios de diferenças entre os grupos experimental e controle.

Assim, observa-se pela FIGURA 23 que os valores médios do grupo

experimental são sempre negativos, ocorrendo o oposto com o grupo controle.

Com relação à variável FMF, foi detectada uma possível interação

entre os grupos e os tempos de avaliação, ou seja, o comportamento dos

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87

grupos, com relação a esta variável pode não ser o mesmo para os três instantes

considerados.

Torna-se necessário, portanto, comparar os grupos separadamente,

em cada momento de avaliação.Os resultados obtidos encontram-se na

TABELA 16.

TABELA 16 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos dois grupos

nos diferentes momentos de avaliação, para a variável FMF.

Instante de avaliação Nível descritivo (p)

t5 0,1565 t10 0,1105

t20 0,2684

Na TABELA 16 também não foram encontrados indícios de

diferenças entre os dois grupos em nenhum dos momentos avaliados, com

relação à variável FMF.

Ainda com relação à variável FMF, pode-se também estudar o

comportamento dos momentos de avaliação para cada um dos grupos

considerados. Pela TABELA 17, observa-se que não foram encontradas

diferenças entre os tempos de avaliação para o grupo experimental, mas que

parecem existir diferenças para o grupo controle.

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88

TABELA 17 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos três momentos de avaliação em cada um dos grupos, para a variável FMF.

Grupo Nível descritivo (p)

Experimental 0,8712 Controle 0,0070

Foram comparados os momentos de avaliação dois a dois, para

verificar onde encontram-se essas diferenças detectadas no grupo controle. Os

resultados obtidos encontram-se na TABELA 18.

TABELA 18 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos momentos

de avaliação dois a dois do grupo controle, para a variável FMF.

Instante de avaliação Nível descritivo (p)

t5 x t10 0,6014 t5 x t20 0,1303

t10 x t20 0,0598

Pela TABELA 18, verifica-se que para o grupo controle o momento

de avaliação t20 parece apresentar um comportamento diferente dos dois

anteriores, como também pode-se notar pela FIGURA 24.

Finalmente, com relação à variável FEV1, pode-se comparar os

instantes de avaliação dois a dois, uma vez que o nível descritivo resultante da

comparação simultânea entre os três, que foi de 0,0845, pode ser um indício

de que existam diferenças.

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89

TABELA 19 - Níveis descritivos resultantes das comparações dos momentos de avaliação dois a dois, para a variável FEV1.

Instante de avaliação Nível descritivo (p)

t5 x t10 0,5489 t5 x t20 0,0558

t10 x t20 0,0141

Pela TABELA 19, observa-se indícios de que o momento de

avaliação t20 parece ter um comportamento diferente dos dois momentos

anteriores (FIGURA 22).

O comportamento das variáveis da função pulmonar relativo ao

tempo pós esforço (t5, t10 e t20) era esperado e confirma os inúmeros estudos a

respeito do BIE, que apontam a maior queda entre cinco e 10 minutos após

esforço intenso e início de recuperação a partir de 20 minutos.

Podemos observar nas FIGURAS 26 a 30 uma distribuição normal

pré e pós em ambos os grupos, ou seja, queda em todas variáveis da função

pulmonar aos cinco minutos pós-exercício e retorno aos valores basais a partir

de 20 minutos, ficando evidenciado que não há diminuição no BIE por efeito de

treinamento, o que concorda com os resultados de ANDERSON (1972).

Este estudo investigou e analisou os efeitos e as respostas a um

programa de educação física, com uma carga de treinamento contínuo e

individualizado, em variáveis hemodinâmicas, respiratórias e de função

pulmonar de adolescentes portadores de asma grave.

Nos efeitos e respostas relacionadas às variáveis hemodinâmicas e

respiratórias foram observadas diferenças significativas entre os grupos

experimental e controle, durante a realização do exercício máximo (pico) para a

variável VCO2. Foram também encontrados indícios de diferenças

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90

significativas nas variáveis VO2a e VO2b quando medidas no pico dos

exercícios. Para a variável VE, há indicações de diferenças entre os grupos em

ambos os instantes considerados (repouso e pico).

Os programas regulares de atividades aeróbias para asmáticos têm

evidenciado um aumento no VO2 max. e maior capacidade de trabalho com

menor freqüência cardíaca. No GC foi observado uma leve diminuição no

consumo de oxigênio de pico em ml.kg-1.min-1 e em ml.min-1 nos períodos pré

e pós 20 semanas que foi de 36,5 ± 6,1 pré para 34,7 ± 4,9 pós e de 1294 ± 283

para 1281 ± 302,8 respectivamente. No GE ocorreu aumento do consumo de

oxigênio de pico em ml.kg-1.min-1 nas condições pré e pós-treinamento, de 35,6

± 7 para 37,9 ± 7,5 e o VO2 absoluto em ml.min-1 de 1394 ± 318 para 1596 ±

445,6 respectivamente. Este estudo concorda com outros que apontam essas

melhoras em asmáticos (AHMAIDI et al., 1993; ARBORELIUS &

SVENONIUS, 1984; BUNDGAARD et al., 1982; FITCH et al.; 1976; HAAS

et al., 1987; ORENSTEIN et al., 1985; VARRAY et al., 1990, 1991). Por outro

lado, os estudos de GRAFF-LONNEVIG et al. (1980) e VAVRA et al. (1971),

não apontam essas melhoras. Essa diferença pode ser explicada pela falta de

treinamento individualizado, pois nesses estudos o treinamento foi o mesmo

para todos os sujeitos, dessa forma é possível que alguns tenham sido

subestimulados e outros superestimulados. Esse fato reforça os procedimentos

desse estudo que elaborou um plano de avaliação da capacidade aeróbia e

respiratória de cada criança para determinação de um treinamento

individualizado, assim como os ajustes das cargas durante o período de

treinamento.

A natureza e a magnitude dos efeitos de treinamento dependem da

intensidade, freqüência e duração de cada sessão além da duração do programa

e condição inicial dos participantes (WENGER & BELL, 1986). Considerando-

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91

se que em geral pessoas com doenças pulmonares são limitadas na performance

em exercícios, porque seu esforço ventilatório excede sua capacidade para

respirar, deve-se levar em conta, nos programas de treinamento, os fatores que

afetam o esforço ventilatório e a capacidade ventilatória.

Existem duas possibilidades para o aumento da capacidade

ventilatória: a primeira é a mudança no mecanismo pulmonar de repouso,

embora esteja bem demonstrado que o treinamento físico não é efetivo para esta

mudança; e a segunda é o fortalecimento da musculatura respiratória, para o

qual o treinamento físico tem demonstrado ser eficiente na melhora da

“performance” da musculatura respiratória e para o aumento da ventilação

máxima.

Encontrou-se neste estudo tendência a aumento das variáveis

ventilatórias do grupo experimental (GE) na ventilação pulmonar máxima (VE)

(52,5 ± 11 pré para 62 ± 14,6 pós), no volume corrente (VC) (1413 ± 391 para

1511 ± 393,7) e na freqüência respiratória (FR) (39,1 ± 9,6 para 42,7 ± 9,7), no

grupo controle (GC) houve um pequeno aumento na VE (48,3 ± 11 pré para 50

±11,2 pós) e na FR (42,9 ± 10,1 para 45 ± 10,5), permanecendo praticamente o

mesmo VC pré e pós 20 semanas (1159 ± 307 para 1153 ± 233,6).

Esses resultados mostram que o treinamento físico tendeu a ser

efetivo no aumento das variáveis respiratórias do GE; já no GC esse pequeno

aumento na VE foi compensado pelo aumento da FR, já que o VC permaneceu

inalterado.

O aumento da massa muscular durante o crescimento leva a aumentos

proporcionais do consumo máximo de oxigênio, do débito cardíaco e da

capacidade de trabalho. O débito cardíaco depende em primeiro lugar do

volume sistólico e menos da freqüência cardíaca, assim como a ventilação

pulmonar depende do aumento do volume corrente e do volume minuto. Nesse

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sentido, a performance no exercício depende dessas alterações fisiológicas

relacionadas ao crescimento e às acentuadas variações de peso e altura

características dessa faixa etária (BOZZA & LOOS, 1995).

A medida da produção de dióxido de carbono eliminada através da

respiração, embora pouco utilizada isoladamente, torna-se importante quando

apreciada em associação a outros dados cardiorrespiratórios. É observado

durante exercício um aumento progressivo do VCO2, que se processa devido ao

acréscimo da atividade metabólica nos músculos ativos. O resultado final do

acúmulo de ácido lático é a formação de um excesso de CO2 que, para uma

efetiva compensação da acidose metabólica, deve ser eliminado pelo sistema

ventilatório.

Observou-se aumento do VCO2 no pico de exercício em ambos os

grupos nas condições pré e pós 20 semanas; no GE foi de 1581 ± 391 para 1917

± 550,3 e no GC foi de 1401 ± 335 para 1510 ± 296,6, estas diferenças são

significativas.

Estes resultados sugerem que o GC não conseguiu compensar tão

bem a acidose, pois ventilou menos e teve um menor VCO2 no pico de

exercício quando comparado ao GE, não se encontrou na literatura resultados

semelhantes.

Na TABELA 5 os valores das variáveis de tempo e de watts para

ambos os grupos GE e GC nas condições pré e pós 20 semanas, nos instantes

LIV1 e pico de exercício, observou-se que os dois grupos se comportaram da

mesma forma, ou seja, tiveram aumento destas variáveis. Porém no GE a

variável watts aumentou mais, embora a diferença não tenha sido significativa.

Esse resultado pode ter efeito de treinamento físico no caso do GE, já

no grupo GC pode ser um efeito de adaptação ou variação do método.

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A freqüência cardíaca (FC) de crianças durante exercícios aumenta

proporcionalmente à intensidade do esforço, semelhante aos adultos. A

diferença ocorre quanto aos valores máximos atingidos que são maiores nas

crianças. A pressão arterial durante o esforço fornece importantes informações

quanto ao desempenho do coração e das adaptações da resistência arterial

periférica através da análise do comportamento da pressão arterial sistólica

(PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD). Nas crianças a resposta da PAS

durante o exercício é semelhante aos adultos, ou seja, os valores absolutos

atingidos estão diretamente relacionados ao tamanho das crianças, à intensidade

do esforço e aos níveis da pressão em repouso. A PAD comporta-se diferente

do que foi observado em adultos. Na maioria dos casos apresenta diminuição

com o exercício mas mantêm a mesma relação com tamanho, intensidade do

exercício e valores basais. Meninos e meninas têm comportamentos

semelhantes somente ocorrendo diferenças expressivas a partir da adolescência,

onde os meninos apresentam respostas mais elevadas e as meninas o

comportamento de pressão arterial típico de mulheres jovens (BOZZA &

LOOS, 1995).

Neste trabalho não foram encontradas diferenças significativas nas

variáveis: freqüência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), pressão

arterial diastólica (PAD) e razão de troca respiratória (RER) para as condições

pré e pós entre os grupos experimental e controle, concordando com o trabalho

de BOZZA & LOOS (1995), quanto aos valores basais e em esforço obtidos.

É importante apontar também que a amplitude da faixa etária dos dois

grupos levou a uma maior variabilidade da amostra o que pode dificultar a

demonstração da evolução com treinamento.

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Nas variáveis de função pulmonar não foram encontradas evidências

de alteração para as variáveis FVC, FEV1, FMF e FMFT. Porém, para a

variável FEF há indícios de diferenças entre os grupos experimental e controle.

O FEF é uma variável que sofre redução precoce e significativa em

doença pulmonar obstrutiva, levando os asmáticos a, apresentarem geralmente,

variações no tempo expiratório ao longo da curva espirográfica. Por essa razão,

torna-se importante analisar o FEF que é uma medida sensível a essas variações

e através da qual se pode verificar a eficiência respiratória (TEIXEIRA, 1990).

Analisando-se a FIGURA 23 verifica-se que houve uma diferença

entre os resultados pré e pós dos alunos para a variável FEF. O gráfico dos

perfis médios da diferença pós menos pré, ajustado para padrão e repouso,

mostra que os valores do grupo experimental são sempre negativos ocorrendo o

oposto com o grupo controle. Na FIGURA 28 observa-se a diferença pré e pós

que evidencia uma melhor eficácia na mecânica respiratória, expressa pela

melhora apontada na variável FEF. Esse resultado corresponde e confirma os

estudos de TEIXEIRA (1990).

Com relação às outras variáveis da função pulmonar os resultados

obtidos confirmaram as conclusões de, CARLSEN et al. (1989), HAAS et al.

(1987), SELIGMAN et al. (1970), SLY et al. (1972), TEIXEIRA (1990),

VARRAY et al. (1990, 1991). A análise dos dados (TABELAS 7 a 9 e

FIGURAS 21 a 25) revelou que essas variáveis não foram modificadas

significantemente, o que concorda com os referidos estudos. Observando-se as

FIGURAS 26,27, 29 e 30 verifica-se que para essas variáveis as diferenças pré

e pós entre os grupos experimental e controle se mantiveram inalteradas,

havendo alguns aumentos, não significativos, indicativos de melhora na função

pulmonar. Essa pequena melhora observada corresponde ao que foi encontrado

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por ARBORELIUS & SVENONIUS (1984), ENGSTRÖM et al. (1991),

MAHLER et al. (1991) e TEIXEIRA (1990).

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7 CONCLUSÕES

Os resultados desse estudo permitem concluir que:

1 - Programas de atividades físicas para asmáticos graves, com cargas

de trabalho e ajustes individualizados, podem aumentar significativamente:

a) o consumo de oxigênio de pico em ml.kg-1 .min-1.

b) a ventilação pulmonar máxima no exercício.

2 - Houve aumento do VCO2 no exercício máximo, sugerindo uma

melhor compensação da acidose metabólica, pois não houve aumento da

sobrecarga máxima.

3 - Não ocorrem mudanças significativas na freqüência cardíaca e nos

níveis pressóricos.

4 - Não houve diferenças significativas nas variáveis de função

pulmonar, entre os grupos experimental e controle, por efeito de treinamento de

20 sessões com exceção do FEF.

5 - Os resultados colocam em evidência a queda em variáveis

respiratórias entre o quinto e o décimo minuto, após um esforço intenso, assim

como seu retorno aos valores próximos do normal após o vigésimo minuto.

6 - Não houve diminuição do broncoespasmo induzido pelo exercício

(BIE) após o teste máximo, mas a melhor capacidade cardiovascular e

ventilação proporcionam menor desconforto respiratório.

7 - Vinte sessões de exercícios não foram suficientes para promover

melhoras significativas em variáveis da função pulmonar de asmáticos graves.

8 - Foi elaborado e implantado um programa educativo para o

asmático e seus familiares.

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McGraw Hill, 1971. 156p.

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108

WHIPP, B.J.; et al., A test to determine parameters of aerobic function during

exercise. Journal Applied Physiology, v.50, n.1, p.217-21, 1981.

WOOD, D.W. et al. Physical therapy for children with intractable asthma.

The Journal of Asthma Research, v.7, n.4, p.177-82, 1970.

ZHANG, Y-Y.; et al., Effect of exercise test protocol on parameters of aerobic

function. Medicine and Science in Sports and Exercise, v.23, p.625-30,

1991.

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109

ANEXO I - Características dos alunos do grupo experimental, no início do

programa, que definem os valores das variáveis da função

pulmonar.

Aluno Idade Sexo Altura Peso Superfície Corpórea

anos cm kg m2 1 11,00 F 135,0 27,7 1,03 2 13,83 M 160,0 43,0 1,41 3 14,08 M 158,0 50,0 1,50 4 13,58 M 148,0 44,0 1,34 5 13,92 F 155,0 42,2 1,36 6 13,08 M 144,0 35,5 1,20 7 11,92 M 151,0 48,0 1,41 8 13,17 F 167,5 39,2 1,40 9 12,58 M 155,0 50,0 1,47 10 12,58 F 137,0 27,5 1,04 11 10,17 M 140,0 33,6 1,15 12 13,83 M 166,0 42,5 1,44 13 9,08 M 131,0 27,5 1,01 14 14,08 M 140,5 32,0 1,13 15 12,92 M 140,0 34,0 1,16

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ANEXO II - Características dos alunos do grupo experimental, no final do

programa, que definem os valores das variáveis da função

pulmonar.

Aluno Idade Sexo Altura Peso Superfície Corpórea

anos cm kg m2 1 11,25 F 136,5 28,2 1,05 2 14,08 M 164,0 47,2 1,49 3 14,28 M 161,0 56,5 1,59 4 13,83 M 149,0 44,7 1,36 5 14,17 F 155,0 53,0 1,5 6 13,33 M 149,0 36,5 1,25 7 12,08 M 155,0 50,5 1,47 8 13,33 F 169,0 39,8 1,42 9 12,75 M 158,5 52,5 1,52 10 12,83 F 138,5 28,7 1,07 11 10,37 M 141,0 35,7 1,19 12 13,45 M 166,5 42,5 1,44 13 9,33 M 133,0 28,0 1,03 14 14,33 M 143,0 31,5 1,14 15 13,00 M 145,0 36,2 1,22

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111

ANEXO III - Características dos alunos do grupo controle, no início do

programa, que definem os valores das variáveis da função

pulmonar.

Aluno Idade Sexo Altura Peso Superfície Corpórea

anos cm kg m2 1 12,17 M 144,0 44,8 1,36 2 8,58 F 137,0 49,0 1,33 3 10,83 M 131,0 27,0 1 5 13,75 F 146,0 39,5 1,27 6 11,75 M 140,0 38,0 1,21 7 11,25 F 132,5 33,7 1,11 8 12,92 M 146,0 32,0 1,16 9 9,42 M 136,0 38,1 1,19 10 9,83 F 127,0 24,0 0,93 11 10,05 F 135,0 29,7 1,06 12 9,83 M 138,0 39,8 1,22

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112

ANEXO IV - Características dos alunos do grupo controle, no final do

programa, que definem os valores das variáveis da função

pulmonar.

Aluno Idade Sexo Altura Peso Superfície Corpórea

anos cm kg m2 1 12,58 M 145,5 47 1,36 2 8,92 F 138,5 44 1,28 3 11,25 M 132 26,5 1 5 14,17 F 147 41,7 1,31 6 12,17 M 144 41,9 1,29 7 11,67 F 136 40,7 1,22 8 13,33 M 149 33 1,19 9 9,83 M 137 34,5 1,15 10 10,25 F 131,5 24 0,95 11 10,92 F 136 30,5 1,08 12 10,33 M 142 42,5 1,28

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ANEXO V - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias na posição

sentada, do grupo exprimental, que antecedeu o exercício na

condição pré treinamento.

Variáveis

AL VO2 VCO

2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 PAS PAD

1 4,6 115 128 0,9 96 0,36 6,6 331 20 51 57 70 50

2 6,7 275 287 0,96 72 0,23 11 846 13 38 39 90 50

3 3,7 192 185 1,04 103 0,33 12 446 26 62 60 100 50

4 5,8 222 255 0,87 84 0,24 8 688 12 33 38 80 50

5 5,8 221 245 0,9 106 0,32 13 466 27 52 58 80 60

6 6,7 199 239 0,83 100 0,31 10 441 24 44 52 90 60

7 4,3 204 205 1 98 0,37 9 370 26 46 47 110 80

8 6,1 197 240 0,82 100 0,24 12 832 14 49 60 90 70

9 3,8 206 190 1,08 83 0,23 9 843 11 47 43 90 60

10 5,9 132 163 0,81 112 0,36 8 336 21 50 61 90 60

11 8,3 222 280 0,79 114 0,27 9 544 17 34 42 70 50

12 6,7 265 286 0,93 83 0,29 11 590 18 37 40 90 70

13 7,3 147 201 0,73 104 0,35 9 336 26 43 38 70 40

14 6,7 190 213 0,89 90 0,34 14 381 36 64 72 70 30

15 7,3 203 230 0,81 113 0,29 12 483 24 46 57 90 50

Média

5,98 199,3

223,13

0,89 97,20

0,30 10,24

528,8

21,00

46,40 50,93 85,33 55,3

DP 1,31 41,75

44,33 0,09 12,08

0,05 2,03 182,8

6,70 8,70 10,29 11,47 12,0

AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.

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ANEXO VI - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias na posição

sentada, do grupo exprimental, que antecedeu o exercício na

condição pós treinamento.

Variáveis

AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VE/VO2 VE/VCO2 PAS PAD

1 5,6 119 157 0,76 100 0,32 7 390 17 42 56 70 50

2 4,4 249 210 1,19 67 0,23 13 863 15 60 51 90 50

3 4,4 213 246 0,87 77 0,3 11 532 20 44 50 110 80

4 3,4 130 152 0,85 76 0,33 6 430 13 37 43 110 70

5 3,7 150 194 0,77 104 0,26 6 650 9 31 40 80 60

6 5 180 183 0,98 103 0,3 9 481 18 47 48 110 70

7 4,6 185 230 0,81 80 0,32 7 454 16 31 38

8 5,6 207 222 0,93 84 0,27 10 694 14 45 48 80 60

9 2,7 116 139 0,83 97 0,26 4 691 6 28 34 80 40

10 6,4 190 185 1,03 97 0,29 10 471 21 55 53 100 60

11 7 246 248 0,99 107 0,28 11 516 21 44 45 100 60

12 5,3 169 224 0,75 100 0,32 8 515 15 34 45 110 60

13 5,1 120 144 0,84 82 0,34 6 348 19 45 54 90 60

14 6,4 171 201 0,85 79 0,34 9 381 24 44 52 90 70

15 6,1 203 221 0,92 85 0,3 9,3 478 20 42 46 120 70

Média 5,05 176,5 197,0 0,89 89,20 0,30 8,42 526,27 16,53 41,93 46,87 95,7 61,4

DP 1,16 41,97 34,98 0,11 12,06 0,03 2,34 136,04 4,62 8,47 6,01 14,5 9,90

AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.

Page 115: TESE DOUTORAMENTO LUZIMAR · 2 AGRADECIMENTOS À orientadora, Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss, pela paciência e orientação. Aos membros da banca examinadora de

115

ANEXO VII - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias durante o

exercício máximo, do grupo experimental, nas condições pré

treinamento.

Variáveis

AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 T PAS PAD

1 45,9 1619 1272 1,27 181 0,18 60 1202 50 47 37 9,3

2 42,6 2139 1633 1,17 158 0,16 60 1980 30 33 28 8,3 160 80

3 31,8 1958 1608 1,22 193 0,17 70 1616 41 42 34 10,3 140 70

4 27,3 1467 1203 1,22 158 0,17 46 1620 29 38 31 9

5 25,9 1143 1095 1,04 187 0,19 38 1216 32 35 34 8,3

6 33,8 1323 1200 1,1 182 0,2 51 1022 50 42 39 8,3 120 60

7 36,6 2243 1757 1,28 179 0,17 65 1674 39 37 29 11,3 160 90

8 43,2 1690 1695 1 197 0,18 77 1533 50 45 46 9 100 60

9 25,9 1446 1295 1,12 139 0,15 49 2227 22 38 34 8,3 130 60

10 30,7 891 843 1,06 179 0,22 37 752 49 44 42 7,3 100 70

11 38,7 1275 1301 0,98 179 0,19 41 1050 39 32 32 8,3 100 50

12 39,7 1772 1689 1,05 178 0,17 47 1845 26 28 27 10,3 140 60

13 42,5 1142 1168 0,98 192 0,21 45 804 57 39 40 9

14 34,9 1406 1118 1,26 181 0,19 45 1031 44 41 32 9 110 50

15 48,1 1637 1635 1 186 0,18 59 1208 49 36 36 10 120 50

Média 36,51 1543 1367 1,12 177,9 0,18 52,67 1385 40,47 38,47 34,73 9,07 125 63,64

DP 6,98 365,7 269,2 0,11 14,8 0,02 11,55 423,4 10,24 5,03 5,17 1,00 21,4 12,26

AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono;.T, tempo de exercício em segundos; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.

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116

ANEXO VIII - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias durante o

exercício máximo, do grupo experimental, nas condições

pós treinamento.

Variáveis

AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 T PAS PAD

1 45 1655 1269 1,3 196 0,19 68 1083 63 54 41 9,3 110 60

2 40,8 2150 1925 1,12 152 0,16 65 1994 32 33 30 10,3 170 80

3 42,6 2962 2407 1,23 186 0,16 93 2044 46 39 31 11,3 175 80

4 33,2 1706 1485 1,15 171 0,16 48 1725 28 32 28 10,3 130 70

5 25,3 1609 1342 1,2 192 0,19 53 1211 44 40 33 8,3 120 70

6 33,3 1499 1219 1,23 174 0,2 54 1088 50 45 36 8,3 140 70

7 39,4 2349 1991 1,18 167 0,17 67 1662 40 34 28 11,3

8 38,5 2074 1531 1,35 197 0,16 81 1977 41 53 39 9,3 100 60

9 27,5 1774 1443 1,23 157 0,16 56 1907 29 39 32 8,3 100 50

10 28,3 1026 813 1,26 183 0,21 45 821 55 55 44 8,3 110 50

11 48,1 1944 1718 1,13 198 0,19 61 1079 57 36 31 9,3 150 70

12 43,5 2154 1848 1,17 185 0,17 60 1708 35 33 28 11 150 50

13 36,4 1139 1019 1,12 164 0,19 37 965 38 36 32 9

14 39 1470 1229 1,2 162 0,2 48 953 50 39 33 9

15 52 2280 1886 1,21 186 0,17 74 1605 46 39 32 12,3 170 80

Média 38,19 1852 1541 1,21 178,0 0,18 60,67 1454 43,6 40,47 33,20 9,71 135 65,8

DP 7,40 482,1 406,1 0,06 14,69 0,02 14,15 423,0 9,9 7,51 4,65 1,25 26,5 11,1

AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono;.T, tempo de exercício em segundos; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.

Page 117: TESE DOUTORAMENTO LUZIMAR · 2 AGRADECIMENTOS À orientadora, Profa. Dra. Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss, pela paciência e orientação. Aos membros da banca examinadora de

117

ANEXO IX - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias na posição

sentada, do grupo controle, que antecedeu o exercício na

condição pré.

Variáveis

AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 PAS PAD

1 3,4 129 152 0,85 81 0,34 6 381 17 42 50 90 60

2 5,2 161 227 0,71 95 0,3 8 438 18 35 49 70 30

3 6,9 153 186 0,82 76 0,24 11 591 18 57 69 70 50

5 7,3 252 290 0,87 126 0,29 11 500 23 39 45 100 60

6 6,9 267 262 1,02 121 0,29 15 473 32 57 56 100 70

7 7,3 188 245 0,77 124 0,31 12 407 30 50 65 80 50

8 6,9 226 221 1,03 81 0,26 12 616 19 53 52 70 40

9 7,1 289 272 1,06 110 0,23 11 718 15 39 37 70 50

10 6,7 148 161 0,92 101 0,35 10 318 31 61 67 70 50

11 5,3 134 156 0,85 79 0,28 6 478 12 37 44 60 40

12 6,6 213 264 0,81 93 0,29 10 460 22 38 47 80 60

Média 6,33 196,4 221,5 0,88 99 0,29 10,18 489 21,55 46,18 52,82 78,18 50,91

DP 1,15 53,76 47,97 0,11 18,07 0,04 2,55 109 6,46 9,10 9,85 12,66 10,83

AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.

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ANEXO X -. Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias na posição

sentada, do grupo controle, que antecedeu o exercício na

condição pós.

Variáveis

AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 PAS PAD

1 4,9 191 229 0,83 84 0,31 8 453 18 35 43 120 95

2 4,5 160 198 0,81 108 0,32 8 412 20 42 51 90 60

3 5,1 126 136 0,92 97 0,31 6 406 15 44 48 90 50

5 4,7 179 194 0,92 78 0,31 8 469 18 43 46 130 90

6 6,8 284 285 1 97 0,26 9 593 16 33 33 120 90

7 5 237 203 1,17 90 0,25 12 609 19 57 49 100 60

8 5,2 118 172 0,68 78 0,25 5 650 7 27 39 90 60

9 4,2 130 145 0,9 73 0,2 4 955 4 28 31

10 5,7 128 137 0,93 93 0,34 7 344 22 54 58 110 90

11 4,8 133 147 0,91 90 0,28 6 476 13 41 45 90 50

12 6,2 237 263 0,9 88 0,35 13 360 36 49 55 110 70

Média 5,19 174,8 191,7 0,90 88,73 0,28 7,81 520,6 17,09 41,18 45,27 105 71,5

DP 0,72 53,69 48,63 0,11 9,677 0,04 2,62 167,8 7,925 9,37 8,03 14,32 17,04

AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.

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ANEXO XI -. Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias durante o

exercício máximo, do grupo controle, na condição pré .

Variáveis

AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 T PAS PAD

1 37,1 1873 1662 1,13 189 0,16 56 1681 34 34 30 9,3 130 70

2 29,5 1425 1297 1,1 191 0,19 50 1114 45 38 35 9

3 48,4 1222 1306 0,94 184 0,17 47 1360 34 36 38 9 100 60

5 42,6 1992 1685 1,18 210 0,17 68 1476 46 40 34 10,3 150 60

6 42,9 1796 1633 1,1 139 0,18 68 1227 55 41 38 10 100 70

7 34,9 1248 1177 1,06 184 0,18 46 1105 42 39 37 9 120 50

8 39,5 1373 1267 1,08 165 0,18 43 1393 31 34 32 10 90 40

9 30,9 1269 1178 1,08 170 0,17 35 1343 26 29 27 9 110 50

10 27,2811 653 1,24 168 0,23 32 620 52 50 40 7 100 70

11 37 1197 1099 1,09 170 0,2 43 918 47 39 36 7,3 120 50

12 32,2 1203 1281 0,94 160 0,22 44 735 60 34 37 8,3 120 70

Média 36,56 1401 1294 1,08 175,5 0,18 48,36 1179 42,91 37,64 34,91 8,927 114 59

DP 6,15 334,6 282,9 0,08 17,98 0,02 11,13 306,8 10,18 5,13 3,70 1,00 16,8 10,4

AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; T, tempo de exercício em segundos; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.

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ANEXO XII - Valores das variáveis hemodinâmicas e respiratórias durante o

exercício máximo, do grupo controle, na condição pós .

Variáveis

AL VO2 VCO2 VO2 RER FC VDVT VE VC FR VEVO2 VEVCO2 T PAS PAD

1 40,3 1752 1772 0,99 190 0,17 58 1515 38 33 33 11 130 70

2 30,6 1709 1347 1,27 192 0,19 73 1083 67 54 43 8,3 120 50

3 41,8 1462 1107 1,32 183 0,17 51 1285 40 46 35 10 120 50

5 35,4 1839 1475 1,25 194 0,17 59 1423 41 40 32 10 160 80

6 37 1779 1549 1,15 184 0,18 53 1233 43 34 30 9,3 150 70

7 28,8 1426 1173 1,22 167 0,18 47 1194 40 40 33 9 130 70

8 37,9 1443 1252 1,15 156 0,18 40 1304 31 32 28 10 130 60

9 37 1502 1276 1,18 137 0,18 46 1118 41 36 31 9

10 24,3 741 582 1,27 179 0,23 28 660 43 48 38 6,3 110 90

11 33,7 1277 1029 1,24 180 0,2 45 957 47 44 35 8 120 50

12 35,9 1682 1524 1,1 161 0,21 59 907 65 39 35 10,3 140 60

Média 34,79 1510 1281 1,19 174,8 0,18 50,82 1153 45,09 40,55 33,91 9,2 131 65

DP 4,91 296,6 302,8 0,08 16,86 0,01 11,25 233,6 10,54 6,56 3,89 1,24 14,46 12,8

AL, aluno; VO2, consumo de oxigênio em ml.kg-1.min-1; VCO2, produção de dióxido de carbono em ml.min-1; VO2, consumo de oxigênio em ml.min-1; RER, razão de troca respiratória; FC, freqüência cardíaca em bpm; VD/VT, relação estimada entre o espaço morto pulmonar fisiológico e o volume corrente; VE, ventilação pulmonar em l.min-1; VC, volume corrente em ml; FR, freqüência respiratória em I.min-1; VE/VO2, equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; VE/VCO2, equivalente ventilatório para a produção de dióxido de carbono; T, tempo de exercício em segundos; PAS, pressão arterial sistólica em mmHg; PAD, pressão arterial diastólica, mmHg; DP, desvio padrão.

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121

ANEXO XIII - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso, obtidas

pré e pós o período de treinamento .

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL pré pós pré pós pré pós pré pós pré pós

1 2.127 1.732 pré 1.257 2.074 1.243 1.029 0.881 1.030 0.980

2 3.609 4.223 2.831 2.888 6.033 5.358 1.867 1.891 0.970 1.120

3 3.330 3.753 2.650 2.446 2.370 4.041 1.135 1.522 1.470 1.230

4 2.092 2.989 1.953 2.004 1.475 2.939 0.826 1.281 1.270 1.170

5 3.208 3.465 1.743 3.108 13.300 10.800 3.208 3.465 0.500 0.500

6 2.336 2.550 2.929 1.824 3.318 3.062 1.709 1.254 0.680 1.020

7 3.173 3.620 1.918 2.476 9.481 3.611 2.266 1.872 0.700 0.970

8 2.650 2.398 2.615 2.128 5.531 4.593 3.058 2.398 0.430 0.500

9 2.789 2.601 2.441 1.942 2.458 2.923 1.033 1.419 1.350 0.920

10 2.266 1.925 1.743 1.115 1.844 0.946 0.971 0.530 1.170 1.820

11 2.284 2.378 1.517 1.868 2.553 4.041 1.523 1.585 0.750 0.750

12 3.522 3.770 1.813 2.548 4.148 5.388 1.447 1.714 1.220 1.100

13 1.918 2.230 2.336 1.655 2.553 2.572 1.743 1.911 0.550 0.580

14 2.371 2.493 1.628 1.503 2.553 2.500 1.226 0.984 0.970 1.270

15 3.051 3.210 1.708 2.015 4.424 2.955 1.795 1.267 0.850 1.270

AL, aluno; Rep, repouso.

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122

ANEXO XIV - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e cinco

minutos após o exercício, obtidas pré período de treinamento .

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 5' Rep após 5' Rep após 5' Rep após 5' Rep após 5'

1 2.127 2.266 2.319 1.569 2.074 2.141 1.029 1.115 1.030 1.020

2 3.609 2.929 2.831 2.057 6.033 3.687 1.867 1.395 0.970 1.050

3 3.330 2.789 2.650 1.569 2.370 1.898 1.135 0.881 1.470 1.580

4 2.092 1.162 1.953 1.238 1.475 1.125 0.826 0.676 1.270 1.600

5 3.208 3.138 1.743 2.720 13.300 16.600 3.208 2.853 0.500 0.530

6 2.336 2.197 2.929 1.604 3.318 2.074 1.709 1.117 0.680 0.980

7 3.173 3.208 1.918 2.545 9.481 4.740 2.266 2.138 0.700 0.750

8 2.650 2.580 2.615 2.266 5.531 5.105 3.058 2.419 0.430 0.530

9 2.789 2.632 2.441 1.708 2.458 2.370 1.033 1.067 1.350 1.230

10 2.266 1.778 1.743 1.290 1.844 1.229 0.971 0.494 1.170 1.800

11 2.284 2.197 1.517 1.621 2.553 2.141 1.523 1.318 0.750 0.830

12 3.522 2.580 1.813 1.569 4.148 1.844 1.447 0.933 1.220 1.380

13 1.918 1.883 2.336 1.499 2.553 2.074 1.743 1.345 0.550 0.700

14 2.371 1.360 1.628 0.767 2.553 0.714 1.226 0.434 0.970 1.570

15 3.051 2.789 1.708 1.848 4.424 2.886 1.795 1.162 0.850 1.200

AL, aluno; Rep, repouso.

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123

ANEXO XV - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e 10

minutos após o exercício, obtidas pré período de treinamento.

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10

1 2.127 2.231 2.319 1.569 2.074 2.074 1.029 1.030 1.030 1.080

2 3.609 3.208 2.831 2.214 6.033 3.318 1.867 1.436 0.970 1.120

3 3.330 3.190 2.650 1.778 2.370 2.289 1.135 0.977 1.470 1.630

4 2.092 2.301 1.953 1.464 1.475 1.896 0.826 0.863 1.270 1.330

5 3.208 3.173 1.743 2.929 13.300 8.296 3.208 3.282 0.500 0.480

6 2.336 2.214 2.929 1.658 3.318 2.553 1.709 1.186 0.680 0.930

7 3.173 3.295 1.918 2.615 9.481 6.637 2.266 2.149 0.700 0.770

8 2.650 2.580 2.615 2.231 5.531 6.033 3.058 2.419 0.430 0.530

9 2.789 2.894 2.441 1.848 2.458 2.553 1.033 1.142 1.350 1.270

10 2.266 2.266 1.743 1.325 1.844 1.383 0.971 0.708 1.170 1.600

11 2.284 2.197 1.517 1.621 2.553 2.141 1.523 1.318 0.750 0.830

12 3.522 3.295 1.813 1.848 4.148 2.765 1.447 0.875 1.220 1.880

13 1.918 1.970 2.336 1.604 2.553 2.458 1.743 1.477 0.550 0.670

14 2.371 1.499 1.628 0.872 2.553 0.737 1.226 0.464 0.970 1.620

15 3.051 2.929 1.708 2.057 4.424 3.160 1.795 1.541 0.850 0.950

AL, aluno; Rep, repouso.

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ANEXO XVI - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e 20

minutos após o exercício, obtidas pré período de treinamento.

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20

1 2.127 2.127 2.319 1.464 2.074 1.702 1.029 0.997 1.030 1.070

2 3.609 3.556 2.831 2.406 6.033 4.148 1.867 1.617 0.970 1.100

3 3.330 3.452 2.650 2.092 2.370 3.160 1.135 1.248 1.470 1.380

4 2.092 2.441 1.953 1.569 1.475 1.952 0.826 1.003 1.270 1.220

5 3.208 3.225 1.743 2.946 13.300 9.481 3.208 3.354 0.500 0.480

6 2.336 2.319 2.929 1.900 3.318 2.886 1.709 1.697 0.680 0.680

7 3.173 3.295 1.918 2.615 9.481 5.531 2.266 2.247 0.700 0.730

8 2.650 2.632 2.615 2.301 5.531 5.531 3.058 2.820 0.430 0.470

9 2.789 2.911 2.441 1.953 2.458 2.886 1.033 1.284 1.350 1.130

10 2.266 2.266 1.743 1.325 1.844 1.383 0.971 0.708 1.170 1.600

11 2.284 2.441 1.517 1.918 2.553 2.886 1.523 1.877 0.750 0.650

12 3.522 3.347 1.813 2.319 4.148 6.637 1.447 1.395 1.220 1.200

13 1.918 1.918 2.336 1.586 2.553 2.458 1.743 1.555 0.550 0.620

14 2.371 1.935 1.628 1.151 2.553 0.935 1.226 0.618 0.970 1.570

15 3.051 3.033 1.708 2.231 4.424 3.493 1.795 1.685 0.850 0.900

AL, aluno; Rep, repouso.

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125

ANEXO XVII - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e cinco

minutos após o exercício, obtidas pós período de

treinamento.

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

rep após 5 rep após 5 rep após 5 rep após 5 rep após 5

1 1.732 1.715 2.319 1.223 1.243 1.115 0.881 0.830 0.980 1.030

2 4.223 3.581 2.630 2.365 5.358 5.845 1.891 1.264 1.120 1.420

3 3.753 3.533 2.888 2.089 4.041 3.233 1.522 1.140 1.230 1.550

4 2.989 3.091 2.446 1.936 2.939 2.586 1.281 1.159 1.170 1.330

5 3.465 3.125 2.089 2.870 10.800 16.200 3.465 3.606 0.500 0.430

6 2.550 2.280 3.108 1.588 3.062 2.296 1.254 0.991 1.020 1.150

7 3.432 3.432 1.824 2.186 3.421 3.421 1.320 1.320 1.300 1.300

8 2.398 2.179 2.186 1.892 4.593 8.037 2.398 2.514 0.500 0.430

9 2.601 2.652 2.128 0.186 2.923 2.679 1.419 1.283 0.920 0.030

10 1.925 1.723 1.942 0.946 0.946 0.677 0.530 0.502 1.820 1.720

11 2.378 2.276 1.115 1.596 4.041 2.086 1.585 1.177 0.750 0.970

12 3.770 3.482 1.081 2.344 5.388 9.236 1.714 1.339 1.100 1.300

13 2.230 2.196 2.548 1.757 2.572 4.287 1.911 1.464 0.580 0.750

14 2.493 1.776 1.800 0.854 2.500 0.492 0.984 0.381 1.270. 2.330

15 3.210 2.561 1.503 1.537 2.955 1.912 1.267 0.893 1.270 1.430

AL, aluno; Rep, repouso.

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126

ANEXO XVIII - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e 10

minutos após o exercício, obtidas pós período de

treinamento.

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL rep após 10 rep após 10 rep após 10 rep após 10 rep após 10

1 1.732 2.038 2.015 1.495 1.243 2.309 0.881 1.036 0.980 0.980

2 4.223 3.919 2.630 2.415 5.358 4.946 1.891 1.383 1.120 1.420

3 3.753 3.736 2.888 2.395 4.041 4.041 1.522 1.495 1.230 1.250

4 2.989 3.108 2.446 1.987 2.939 3.079 1.281 1.227 1.170 1.270

5 3.465 3.074 2.089 2.768 10.800

6.466 3.465 3.074 0.500 0.500

6 2.550 2.449 3.108 1.757 3.062 3.215 1.254 1.148 1.020 1.070

7 3.620 3.552 1.824 2.117 3.611 2.826 1.872 1.421 0.970 1.250

8 2.398 2.348 2.476 2.196 4.593 5.358 2.398 2.817 0.500 0.420

9 2.601 2.770 2.128 1.942 2.923 3.215 1.419 1.340 0.920 1.030

10 1.925 1.790 1.942 1.149 0.946 0.974 0.530 0.655 1.820 1.370

11 2.378 2.344 1.115 1.800 4.041 3.079 1.585 1.496 0.750 0.780

12 3.770 3.584 1.081 2.327 5.388 3.803 1.714 1.605 1.100 1.120

13 2.230 2.263 2.548 1.925 2.572 3.782 1.911 2.190 0.580 0.520

14 2.493 1.912 1.800 1.007 2.500 0.707 0.984 0.495 1.270 1.930

15 3.210 2.664 1.505 1.366 2.955 1.548 1.267 0.919 1.270 1.450

AL, aluno; Rep, repouso.

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127

ANEXO XIX - Valores das variáveis da função pulmonar em repouso e 20

minutos após o exercício, obtidas pós período de treinamento.

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20

Rep após 20

1 1.732 2.140 2.015 1.562 1.243 2.309 0.881 1.052 0.980 1.020

2 4.223 4.037 2.630 2.652 5.358 10.700 1.891 1.533 1.120 1.320

3 3.753 3.804 2.888 2.615 4.041 4.041 1.522 1.968 1.230 0.970

4 2.989 3.210 2.446 2.174 2.939 3.403 1.281 1.459 1.170 1.100

5 3.465 3.278 2.089 2.904 10.800 8.082 3.465 3.073 0.500 0.530

6 2.550 2.567 3.108 1.925 3.062 3.215 1.254 1.572 1.020 0.820

7 3.620 3.654 1.824 2.442 3.611 3.824 1.872 1.768 0.970 1.030

8 2.398 2.365 2.476 2.145 4.593 5.358 2.398 2.728 0.500 0.430

9 2.601 2.854 2.128 2.111 2.923 3.572 1.419 1.529 0.920 0.930

10 1.925 1.723 1.942 1.250 0.946 1.213 0.530 0.654 1.820 1.320

11 2.378 2.446 1.115 1.834 4.041 2.694 1.585 1.467 0.750 0.830

12 3.770 3.702 1.081 2.463 5.388 4.973 1.714 1.763 1.100 1.050

13 2.230 2.230 2.548 1.909 2.572 5.358 1.911 2.090 0.580 0.530

14 2.493 2.339 1.800 1.229 2.500 1.048 0.984 0.605 1.270 1.930

15 3.210 3.005 1.505 1.947 2.955 2.826 1.267 1.366 1.270 1.100

AL, aluno; Rep, repouso.

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128

ANEXO XX - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,

em repouso e cinco minutos após o exercício.

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 5 Rep após 5 Rep após 5

Rep após 5 Rep após 5

1 2.412 2.804 2.015 1.956 3.447 2.216 1.340 1.274 0.900 1.100

2 1.695 2.119 1.989 1.402 1.070 1.724 0.706 0.908 1.200 1.170

3 1.976 1.561 1.141 0.913 1.317 0.536 0.741 0.478 1.330 1.630

4 1.793 1.663 1.262 1.206 2.586 1.410 1.582 0.924 0.570 0.900

5 2.510 3.032 1.532 2.249 5.171 3.870 1.712 1.568 0.730 0.970

6 2.954 2.872 1.190 2.178 3.696 3.927 2.110 1.795 0.700 0.800

7 2.360 1.980 2.195 1.287 3.490 1.428 1.180 0.675 1.000 1.470

8 3.053 2.839 1.766 1.452 1.963 1.653 1.041 0.676 1.470 2.100

9 2.442 2.424 1.683 1.727 3.490 2.528 1.201 1.254 1.020 0.970

10 2.145 1.964 1.782 1.419 2.244 1.653 1.463 0.950 0.730 1.030

11 1.962 1.629 1.617 1.244 1.667 0.710 1.177 0.719 0.830 1.130

12 2.331 2.217 1.507 1.891 3.447 3.447 1.748 1.956 0.670 0.570

AL, aluno; Rep, repouso.

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129

ANEXO XXI - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,

em repouso e 10 minutos após o exercício.

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10

1 2.412 2.738 2.217 2.038 3.447 3.878 1.340 1.643 0.900 0.830

2 1.695 2.135 1.989 1.467 1.070 1.825 0.706 0.942 1.200 1.130

3 1.976 1.594 1.141 0.946 1.317 0.854 0.741 0.724 1.330 1.100

4 1.793 1.760 1.262 1.369 2.586 1.724 1.582 1.148 0.570 0.770

5 2.510 3.162 1.532 2.559 5.171 5.171 1.712 2.156 0.730 0.730

6 2.954 2.938 1.190 2.195 3.696 4.488 2.110 2.098 0.700 0.700

7 2.360 2.178 2.195 1.452 3.490 1.963 1.180 1.021 1.000 1.070

8 3.053 2.872 1.766 1.419 1.963 1.571 1.041 0.643 1.470 2.230

9 2.442 2.291 1.683 1.627 3.490 1.975 1.201 1.011 1.020 1.130

10 2.145 1.980 1.782 1.551 2.244 1.963 1.463 1.292 0.730 0.770

11 1.962 1.980 1.617 1.472 1.667 1.755 1.177 1.449 0.830 0.680

12 2.331 2.380 1.507 1.858 3.447 3.650 1.748 1.552 0.670 0.770

AL, aluno; Rep, repouso.

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130

ANEXO XXII - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,

em repouso e 20 minutos após o exercício.

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 20 Rep após 20 Rep após 20

Rep após 20 Rep após 20

1 2.412 2.738 1.989 2.086 3.447 3.103 1.340 1.712 0.900 0.800

2 1.695 2.021 1.989 1.434 1.070 1.633 0.706 0.919 1.200 1.100

3 1.976 1.710 1.141 0.963 1.317 0.658 0.741 0.484 1.330 1.770

4 1.793 1.793 1.262 1.369 2.586 1.551 1.582 1.076 0.570 0.830

5 2.510 3.293 1.532 2.641 5.171 5.171 1.712 1.900 0.730 0.870

6 2.954 2.954 1.190 2.294 3.696 7.853 2.110 1.927 0.700 0.770

7 2.360 2.376 2.195 1.617 3.490 3.490 1.180 1.004 1.000 1.180

8 3.053 2.938 1.766 1.716 1.963 1.122 1.041 0.881 1.470 1.670

9 2.442 2.358 1.683 1.610 3.490 2.257 1.201 0.907 1.020 1.300

10 2.145 2.046 1.782 1.485 2.244 1.745 1.463 1.137 0.730 0.900

11 1.962 1.980 1.617 1.472 1.667 1.755 1.177 1.449 0.830 0.680

12 2.331 2.575 1.507 2.021 3.447 4.432 1.748 1.680 0.670 0.770

AL, aluno; Rep, repouso.

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131

ANEXO XXIII - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,

em repouso e cinco minutos após o exercício (pós).

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 5 Rep após 5 Rep após 5 Rep após 5 Rep após 5

1 2.664 2.425 2.217 1.552 3.025 2.031 1.332 0.876 1.000 1.004

2 2.596 2.681 1.895 1.912 5.000 2.955 1.730 1.257 0.750 1.007

3 1.689 1.503 2.049 0.895 0.649 0.506 0.474 0.451 1.780 1.167

4 1.824 1.079 0.980 1.436 2.296 1.786 1.044 1.096 0.630 0.820

5 3.518 3.313 1.520 2.117 8.126 4.643 1.954 1.069 0.900 1.055

6 3.518 3.586 2.664 3.176 9.287 9.287 3.908 3.842 0.450 1.047

7 2.425 1.844 3.176 1.144 3.421 0.970 1.399 0.659 0.870 1.004

8 3.277 2.061 1.081 0.878 3.384 0.643 1.328 0.423 1.023 2.043

9 2.331 2.162 2.111 1.351 2.679 1.429 0.971 0.721 1.002 1.005

10 1.013 1.723 1.537 1.013 0.731 0.670 0.507 0.438 1.000 1.097

11 2.078 1.655 0.693 1.003 1.495 0.699 0.708 0.517 1.047 1.006

12 2.527 2.510 1.351 1.981 6.501 5.417 1.056 1.673 0.830 0.750

AL, aluno; Rep, repouso.

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132

ANEXO XXIV - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,

em repouso e 10 minutos após o exercício (pós).

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 10 Rep após 10 Rep após 10

Rep após10 Rep após 10

1 2.664 2.835 1.981 1.081 3.025 2.709 1.332 1.037 1.000 1.037

2 2.596 2.698 1.895 1.912 5.000 3.096 1.730 1.305 0.750 1.003

3 1.689 1.655 2.049 0.963 0.649 0.612 0.474 0.460 1.780 1.008

4 1.824 1.723 0.980 1.402 2.296 1.649 1.044 1.231 0.630 0.700

5 3.518 3.313 1.520 2.083 8.126 4.063 1.954 1.035 0.900 1.006

6 3.518 3.483 2.664 3.039 9.287 9.287 3.908 3.167 0.450 0.550

7 2.425 2.015 3.176 1.332 3.421 1.413 1.399 0.756 0.870 1.033

8 3.277 2.702 1.081 1.216 3.384 1.148 1.328 0.650 1.023 2.023

9 2.331 2.179 2.111 1.419 2.679 1.692 0.971 0.817 1.002 1.033

10 1.013 1.925 1.537 1.486 0.731 1.891 0.507 1.155 1.000 0.830

11 2.078 1.841 0.693 1.115 1.495 0.857 0.708 0.547 1.047 1.068

12 2.527 2.698 1.351 2.022 6.501 8.126 1.056 2.248 0.830 0.600

AL, aluno; Rep, repouso.

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ANEXO XXV - Valores das variáveis da função pulmonar do grupo controle,

em repouso e 20 minutos após o exercício (pós).

Variáveis

FVC

litros

FEV1

litros

FEF

litros/seg

FMF

litros/seg

FMFT

segundos

AL Rep após 20 Rep após 20

Rep após 20

Rep após20 Rep após 20

1 2.664 2.374 1.981 1.571 3.025 2.167 1.332 1.113 1.000 1.070

2 2.596 2.732 1.895 2.083 5.000 4.643 1.730 1.708 0.750 0.800

3 1.689 1.588 2.049 0.946 0.649 0.5554 0.474 0.433 1.780 1.830

4 1.824 1.723 0.980 1.368 2.296 1.531 1.044 1.124 0.630 0.770

5 3.518 3.364 1.520 2.100 8.126 3.611 1.954 1.009 0.900 1.067

6 3.518 3.552 2.664 3.176 9.287 8.126 3.908 6.660 0.450 0.270

7 2.425 2.322 3.176 1.571 3.421 2.167 1.399 0.941 0.870 1.230

8 3.277 2.973 1.081 1.351 3.384 1.340 1.328 0.719 1.023 2.070

9 2.331 2.331 2.111 1.605 2.679 2.143 0.971 1.093 1.002 1.070

10 1.013 2.162 1.537 1.588 0.731 1.891 0.507 1.474 1.000 0.730

11 2.078 2.094 0.693 1.419 1.495 1.738 0.708 0.795 1.047 1.320

12 2.527 2.818 1.351 2.356 6.501 6.501 1.056 5.635 0.830 0.250

AL, aluno; Rep, repouso.

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APÊNDICE 1 - Prontuário individual com exame clínico e as avaliações

ATIVIDADES FÍSICAS ADAPTADAS AO PORTADOR DE ASMA

EXAME CLÍNICO E AVALIAÇÕES

NOME: ______________________________________________________

Nasc.: ________________ sexo ___________ cor _________ idade _____

Residência: ___________________________________________________

Início caracterização da crise:

Fatores desencadeantes (alérgenos,

irritantes, infeccção, exercício):

Medicação usada na crise:

Duração - intensidade

(PS - falta escolar internações)

Freqüência das crises:

Tosse noturna

Chiado noturno

Sint concomitantes

- rinite alérgica

- sinusite

- alergia de pele, eczemas

Complicações: UTI, pneumonia

Antecedentes pessoais:

(amidalectomia)

Antecedentes familiares:

Tratamento intercrítico atual

ou já realizados

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APÊNDICE 1 - Prontuário individual com exame clínico e as avaliações

(cont.)

Exame Físico

Peso = Altura = EN = perc. =

Respiração oral

Orofaringe

Inspeção do Torax

Ausculta:

cardíada

pulmonar

Membros (cianose, baquet.)

Exames Laboratóriais

RX torax _________________________________ RX cavum ____________________

RX seios da face ________________________________________________________

Hemograma: cosenofilos:

Citol. de secreção nasal: cosenofilos _________________________________________

PPF:

Prova de função pulmonar inicial

CVF _________________ FEV _________________ Tiffenau __________________

Feep 25 - 75% _________________________________________________________

Diagnósticos:

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

________________________________________________________________

Programação terapêutica: _________________________________________________

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APÊNDICE 2 - Modelo da avaliação de função pulmonar com fatores de

correção em BTPS e STDP

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137

APÊNDICE 3 - Ficha para o traçado espirográfico

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APÊNDICE 4 - Ficha para as sessões de treinamento

NOME _______________________________________ IDADE _______

F.C. TREIN _____________

F.C. LA: __________

DATA_______SESSÃO_______PEAK FLOW REP ______PEAK FLOW ESPER_______

CARGA FC CHIADO/SIBILO PEAK FLOW COMENTARIO

S

REPOUSO

AQUEC

1'

5'

10'

15'

20'

25'

30'

1' RECUP

2' RECUP

3' RECUP

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APÊNDICE 5 - Carta aos pais

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E ATIVIDADES FÍSICAS AO PORTADOR DE ASMA

Hospital Darcy Vargas/Centro de Práticas Esportivas da USP

Escola de Educação Física da USP

ATIVIDADES FÍSICAS ADAPTADAS AO PORTADOR DE ASMA

Senhores pais: ______________________________________________

Atenção ao seu filho: _________________________________________

Durante o período em que seu filho estiver vinculado ao

Programa de Educação Atividades Físicas Adaptadas ao Portador de Asma,

serão feitas avaliações clínicas, provas de função pulmonar em repouso e

durante esforço físico. Os dados obtidos são importantes para estudo e

pesquisa dos efeitos das atividades físicas sobre a função pulmonar das

crianças asmáticas.

Portanto, gostaríamos de ter sua concôrdancia com relação

à realização dos testes e utilização desses dados para estudo, pesquisa e

divulgação.

____________________________ __________________________

MÉDICA RESPONSÁVEL PROF. RESPONSÁVEL

CONCORDO: _______________________________________________

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E ATIVIDADES FÍSICAS AO PORTADOR DE ASMA

Hospital Darcy Vargas/Centro de Práticas Esportivas da USP

Escola de Educação Física da USP

Questionário Nome:_____________________________________________________________ Data de nascimento:________________idade ___________sexo______________ Escolaridade da criança:_____________da mãe__________do pai_____________ Profissão do pai:___________________da mãe____________________________ Endereço: _____________________________________tel:__________________ Escola que freqüenta_________________________________________________ Endereço:__________________________________________________________ Período que vai à escola:______________________________________________ Renda familiar: até 5 salários de 6 a 10 de 10 a 20 >20 salários 01. Condições de habitação: casa de alvenaria: sim não outro:

número de cômodos:___________________________________

presença de umidade: sim não

quarto da criança: bate sol: sim não é bem ventilado: sim não

tem umidade: sim não

tem animais domésticos: sim não dentro de casa: sim não

no quintal: sim não

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

quais?_________________________________________________________

Fonte de poluição próxima: sim: não:

qual?__________________________________________________________

02. Quantas e quais as pessoas que moram na sua casa e fumam e quantos

cigarros são fumados por dia:

pai: (cig/dia) mãe: (cig/dia) outro: (cig/dia)

03. Quais os sintomas que seu filho/a apresenta:

tosse chiado falta de ar canseira aperto no peito

outro:

04. Com que idade seu filho começou a ter bronquite ou asma: ____________

05. Qual era a freqüência das crises nesta época?

diárias semanais mensais

06. Qual a intensidade? leve � moderada � grave � 07. Quais os fatores que desencadeiam sintomas de asma em seu filho:

pó mofo perfumes prod.limpeza inseticidas

tintas sprays mudança de tempo. atividades físicas

poluição prob.emocionais fumaça de cigarro gripes ou resfriados

medicamentos: _________________________alimentos:___________________

outros:___________________________________________________________

08. Seu filho tem rinite alérgica: sim: não: 09. Seu filho apresenta:

coceira no nariz crises de espirros nariz entupido

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

10. Alguém mais na família tem asma? sim não

Cite: __________________________________________________________

11. Alguém na família tem rinite alérgica? sim não

Cite: __________________________________________________________

12. Seu filho tem ou já teve eczema (pele grossa e seca nas regiões de

dobra acompanhada de coceira): tem teve nunca teve

13. Nos últimos 12 meses com que freqüência seu filho tem apresentado

episódios de tosse, chiado ou falta de ar:

todos os dias 1 vez por semana 1 a 2 vezes por mês

menos que uma 1 vez por mês não apresentou não sei

14. Nos últimos 12 meses, com que freqüência seu filho apresentou tosse,

chiado ou falta de ar, durante à noite.

quase todas as noites 1 a 3 noites por semana menos que

1 noite por semana só nas crises nunca não sei

15. Nos últimos 12 meses com que freqüência seu filho acordou, pela

manhã, com chiado ou sensação de aperto no peito.

maioria das manhãs 1 a 3 vezes por semana menos que

1 vez por semana só nas crises nunca não sei

16. Nos últimos 12 meses, seu filho teve uma crise forte que o impedia de falar

mais do que 1 a 2 palavras seguidas? sim não

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

17. Nos últimos 12 meses, com que freqüência as atividades de seu filho

foram prejudicadas ou limitadas por sintoma de asma?

sempre pelo menos uma vez por semana pelo menos uma vez por mês

menos que uma vez por mês nunca não sei

18. Seu filho já foi internado por asma ? sim não

Quantas vezes e quando: _______________________________________

__________________________________________________________

19. Seu filho vai ao Pronto Socorro:

quase todos os dias para fazer inalação

só quando tem crise forte e fica no hospital pelo menos 3 horas recebendo

medicamento

só vai quando, depois de medicado em casa, não melhora

não vai ao PS

20. Quando seu filho entra em crise ele melhora:

só com inalação

inalação e xarope

precisa receber soro na veia

precisa tomar corticóide para melhorar

21. Seu filho já foi internado em UTI: sim não

quando: __________________________________________________

Já apresentou cianose? (unhas ou lábios roxos) sim não

22. Cite o nome do broncodilatador que seu filho usa: _________________

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

23. Com que freqüência seu filho toma ou usa broncodilatador:

só nas crises e com intervalos maiores que 1 mês menos que 10 dias

por mês 10 a 20 dias por mês todos os dias várias vezes por dia

24. Seu filho toma corticóide por boca ou injeção? Com que freqüência?

só nas crises com intervalo maior que um mês

só nas crises mais pelo menos uma vez por mês

todos os dias por um período maior que 3 meses

não toma

25. Seu filho usa corticóide em aerosol?

sim não Cite o nome e há quanto tempo:___________________

26. Faz tratamento para asma? sim não

onde? ____________________________________________________

27. Quais são os remédios que utiliza fora da crise?

_ ________________________________________________________

28. Você diria que seu filho tem tolerância ao exercício físico:

igual à dos companheiros de classe menor muito menor

29. Nos últimos 12 meses, com que freqüência seu filho fica impossibilitado

de participar das aulas de educação física, por estar com tosse, chiado ou cansado?

sempre pelo menos uma vez por semana pelo menos uma

vez por mês menos que uma vez por mês nunca

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

30. A participação de seu filho (a) nas aulas de educação física escolar é:

igual a dos companheiros de classe evita participar sempre que possível

participa, mas não consegue acompanhar � pede dispensa não sei

31. Seu filho pratica atividades físicas ou esportivas além das aulas de educação física?

sim não

qual_ __________________________freqüência________________________

32. Seu filho falta à escola por estar com crise: sim não

Freqüência:______________________________________________________

33. O rendimento escolar é prejudicado pela asma? sim não

Por quê ?_ ______________________________________________________

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

34.Em qual atividade a asma prejudica ou limita seu filho ?

não limita limita um pouco

limita várias vezes

impede

brincar com amigos

brincar com animais

correr caminhar subir escadas ou

ladeiras

andar de bicicleta praticar algum

esporte

ir ao cinema/teatro

viajar com a família

ir a excursões/acampamentos

ir ao shopping dormir na casa de

amigos/avós

ir a festas outras

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

35. Você diria que:

seu filho se sente frustrado por ter asma é indiferente à doença

é inseguro é preocupado com a doença tira proveito da doença

coopera com o tratamento toma os medicamentos prescritos pelo médico

vive com medo da próxima crise nega a doença reluta em se tratar

36. Como você se sente em relação à doença de seu filho ?

frustrada com medo

insegura aceita a doença

ansiosa nega a doença

37. O que você sabe sobre a asma ?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

38. Na sua opinião quais os fatores que desencadeiam crises de asma ?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

39. Você sabe como evitar estes fatores. Explique.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

40. Qual é a sua opinião sobre a “bombinha”?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

41. Você sabe o que é um tratamento preventivo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

42. Você conhece medicamentos preventivos para o tratamento da asma?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

43. Como você imagina que a asma deve ser tratada?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

44. Qual a sua opinião sobre os “corticóides” no tratamento da asma?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

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APÊNDICE 6 - Questionário para avaliar as condições sócios-econômicas e

nível de conhecimento dos pais sobre a doença (cont.).

44. Gostaria de fazer alguma observação?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

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APÊNDICE 7 - Folha de rosto da cartilha educativa utilizada no programa de

educação

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APÊNDICE 8 - Diário para o controle da asma

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DA ASMA Hospital Darcy Vargas/ CEPEUSP – Escola de Educação Física

Universidade de São Paulo Coordenadores: Dra. Anna Lucia de Barros Cabral/ Prof. Luzimar R. Teixeira

Colaboradora: Esmeralda A. B. Guarniero, Wandiney A. F. Carvalho, Renata X. Magalhães, Maykell A. Carvalho, Sylvia L Freitas

FOLHA DE TRABALHO I

(aplicação para crianças a partir de 10 anos) Ano: 1996

Nome da criança: ________________________________ Grupo:________ O que é asma? A Asma é uma doença que afeta nossos brônquios e pulmões. Para informar sobre esta doença, com o objetivo de prevení-la e controlá-la apresentamos, de modo resumido, como funciona nosso Sistema Respiratório e o que a Asma ocasiona a este sistema. Descreva nas linhas abaixo os sintomas de Asma que você conhece: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Como a Asma afeta os pulmões e os brônquios? Comecemos pela importância da respiração na obtenção de oxigênio, de difusão de ga-ses, transporte e eliminação do gás carbônico, pois este mecanismo biológico é essencial à nossa vida. Em seguida, veremos como a Asma interfere nesse processo de modo a prejudicá-lo. A respiração O ar que inspiramos contem oxigênio e segue o seguinte percurso: narinas/fossas nasais/ faringe/laringe/traquéia PULMÕES: brônquios/ bronquíolos /alvéolos. Os pulmões se enchem (dilatam) e se esvaziam pela inspiração e expiração.

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

A difusão do ar para o sangue O ar que inspiramos contém muito oxigênio e pouco gás carbônico. Ao contrário, quando expiramos, o ar contém mais gás carbônico e menos oxigênio. A difusão é feita ao nível dos alvéolos: o oxigênio é difundido do ar para o sangue e o gás carbônico do sangue para o ar. Sendo conduzido pelo sangue, o oxigênio chega às células e possibilita a oxidação do material alimentar e transforma a energia contida nestes alimentos em outra forma de energia, indispensável às células. Estreitamento e hiper-irritação dos brônquios As Vias Aéreas Superiores — narinas, fossas nasais — são condutoras do ar. Neste percurso o ar é aquecido , umidificado e purificado. Mesmo assim, o ar pode chegar nos brônquios com impurezas, como substâncias alérgicas, irritativas e viróticas, que são causadores de problemas e doenças respiratórias. Ao reagir contra estas substâncias, os brônquios sofrem um processo de inflamação, com edema de suas paredes, aumento de muco ou secreção e contração da musculatura. Vem a reação: tosse, chiado, canseira e falta de ar.

Na sua opinião porque ocorre esta sensação de falta de ar? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Se você descreveu estreitamento dos brônquios acertou. Nesta condição, o ar que respiramos já não encontra o mesmo espaço para sua circulação. Os canais dos brônquios ficam estreitados, estrangulados pelo processo inflamatório. Neste caso, a pessoa tem ASMA. Descreva os sintomas ocasionados pela asma: A Prevenção e o Controle da Asma Há casos mais leves e mais graves de Asma. Nos casos mais graves, a criança sofre, pode ficar com as pontas dos dedos e os lábios roxos. Pode ter cianose, que em outras palavras significa insuficiência respiratória. NUNCA DEVEMOS PERMITIR QUE A CRIANÇA CHEGUE A ESTE ESTADO!

Para evitar e combater o processo inflamatório é preciso seguir o A B C da Asma: A) Reconhecer e evitar os fatores desencadeantes da Asma. B) Usar os medicamentos corretamente e indicados para o seu caso. C)Reconhecer precocemente quando a Asma está saindo de controle e saber como evitar crises graves.

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

Ano: 1996 Nome do paciente: Grupo:

A. IDENTIFIQUE OS FATORES QUE CAUSAM SINTOMAS E SAI BA COMO EVITÁ-LOS.

I ) Você sabe quais são os fatores que podem desencadear os sintomas da asma? A Asma pode ser causada por vários fatores.Veja a seguir alguns exemplos. 1. Fator Alérgico: quando a pessoa é sensível (tem alergia) ao pó, mofo, pelos, penas, alguns tipos de alimentos, substâncias corantes ou conservantes usadas nos alimentos industrializados e em bebidas. 2. Fator Irritativo : a fumaça do cigarro, a poluição do ar causada pelos escapamentos de veículos, a fumaça das chaminés, inseticidas, produtos de limpeza, tintas , sprays e perfumes ou substância de cheiro forte são causa de irritação do aparelho respiratório e podem causar sintomas. 3. Infecções por vírus, como gripes e resfriados. 4. Fatores emocionais: quando você fica ansioso , aflito, inseguro, com raiva ou até alegre ou muito excitado não dá a sensação de falta de ar ou tem qualquer outro sintoma de asma ?... 5. Atividades físicas: há pessoas asmáticas que tem chiado, falta de ar ou sensação de peito fechado quando praticam exercícios físicos mais intensos como correr, andar de bicicleta e subir uma ladeira, etc...

Programa de Educação e Informação da Asma Hospital Darcy Vargas / CEPEUSP / Escola de Educação Física

Universidade de São Paulo Coordenadores: Dra. Anna Lucia de Barros Cabral / Prof. Luzimar R. Teixeira

Colaboradores: Wandiney A. F. Carvalho, Esmeralda A. B. Guarniero, Renata X. Magalhães

Maykell A. Carvalho, Sylvia L Freitas Folha de Trabalho II

(aplicar em crianças a partir de 10 anos e adolescentes)

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

6. Medicamentos: existem alguns remédios que podem desencadear a crise de asma em algumas pessoas asmáticas que podem ser sensíveis a estes remédios.Nestes casos, devemos saber se somos sensíveis a algum medicamento e não ingerí-lo. 7. Mudanças bruscas de temperatura: você está suado e entra no gelado, toma banho super quente e sai de pé no chão gelado ou sai para fora sem blusa. Cuidado com a gelada! Não tome friagem sem necessidade. B) Como evitar os fatores que desencadeiam a Asma? Você tem asma, mas pode controlar os fatores que desencadeiam a doença e viver sem problemas. Vamos ver como. Alguns cuidados simples com a casa, as roupas, a higiene do corpo, os alimentos em geral são essenciais para se evitar as crises de asma. Se você sabe disto oriente seus familiares. Como é a casa onde você mora e o quarto onde você dorme? Tem carpete? cortinas? muitos brinquedos, bichinhos ou livros no quarto de dormir? Diga como entende que deveria ser seu quarto de dormir? (Use a última página para responder). A casa e o quarto de dormir ideais: devem ser mantidos sempre sem poeira, com poucos objetos para não acumular ácaros. O ácaro é um microorganismo (veja figura) que provoca alergia. A limpeza deve ser feita com pano úmido e produto à base de água sanitária, pois eliminam os ácaros. Não passe aspirador de pó ou fique perto de alguém usando-o. O cãozinho e o gatinho, têm pelos, o que pode causar alergia. De preferência, eles devem ser mantidos fora da casa e, principalmente, fora do seu quarto de dormir. Dá muito bom resultado forrar colchões e travesseiros, cujos forros possam ser lavados sempre. figura de ácaro com legenda:

O que é ácaro? Ácaros são aracnídeos microscópicos (da família das aranhas e que não podem ser vistos a olho nú, somente com o microscópio, pois este aparelho possui lentes de aumento). Os ácaros vivem e se multiplicam no pó doméstico em carpetes, tapetes de fibras naturais, colchões, roupas de cama, fendas de assoalho e dos rodapés. Nestas peças e locais eles aninham-se e reproduzem-se com certa facilidade (uma fêmea pode dar até 50 ovos). Vivem 30-35 dias. Alimentam-se de fungos, escamações da pele do homem e dos animais domésticos. Os ácaros vivos ou mortos, bem como seus dejetos, podem provocar a asma. Alimentam-se de fungos, escamações da pele do homem e dos animais domésticos.

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

CUIDE DE SUA HIGIENE PESSOAL Tome banho todos os dias com sabonete neutro e água morna (nunca quente). Lave a cabeça no mínimo duas vezes na semana, de preferência no horário mais quente, não durma de cabeça molhada ou úmida. Alimentos: ovos, chocolate, amendoim, leite e seus derivados eventualmente podem causar asma. Muitas crianças e adolescentes gostam de alimentos industrializados que contém aditivos químicos, tais como aromatizantes, flavorizantes e corantes. Sempre que for consumir algum produto industrializado, comida ou bebida, leia a composição deles na embalagem. É sempre melhor a todos nós uma fruta a um pacotinho de salgadinho; um copo de suco natural, feito na hora, a um de refrigerante. Produtos de cheiro forte: faça uma avaliação dos produtos que são usados em sua casa, como perfume, desodorantes etc. Existem produtos sem cheiro e, portanto, menos irritativos para serem usados. Gripes e resfriados?: procure proteger-se destes males evitando locais muito aglomerados. A ventilação do local deve ser boa para evitar o contágio. Fatores emocionais: procure entender os problemas que podem causar sua crise de asma. Por exemplo, problemas com sua família, com colegas, medo de provas na escola. É possível superar os problemas? Sempre é possível, principalmente se você tiver ajuda. Exercícios físicos: Lembre-se que as atividades físicas além de nos proporcionar alegrias, elas também são importantes para a nossa saúde e portanto não devem ser evitadas. O que eu devo fazer, então para poder praticar atividades físicas sem ter estes sintomas desagradáveis? (Discutir em grupo). É possível ao asmático praticar atividades físicas se ele seguir orientação do médico e do professor de educação física. Mudanças bruscas de temperatura: quando estiver muito quente ou suado evite comer ou tomar gelados, evite friagem. Isto pode ser resolvido! Discuta em grupo: Como evitar mudanças bruscas de temperatura? Exemplo Ao tomar sorvete, beba em seguida um copo de água sem gelo. Após a discussão em grupo, responda individualmente: 1. Você é sensível ou sofre com alguns dos fatores acima citados? Quais? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

2. Quais as mudanças que devem ser feitas em sua casa, no seu quarto de dormir e com sua higiene pessoal? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3. Você come ou bebe produtos artificiais (refrescos coloridos, balas, salgadinhos)? Quais? Algum deles já provocou crise asmática? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Quando você pratica alguma atividade física, você tem chiado ou canseira no peito? Qual atividade dá mais falta de ar em você? O que você faz nestas situações? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

Ano: 1996

Nome:__________________________________________Grupo:_________________

Remédios usados no tratamento da asma 1. Quais são os remédios que você conhece para tratar a asma? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nós podemos separar estes remédios em dois grupos:

Grupo I: Broncodilatadores (BD) Grupo II: Preventivos ou de Tratamento

Grupo I: Os broncodilatadores são usados para aliviar os sintomas da asma. Se forem dados por via inalatória (nebulização, aerossol ou turbohaler), eles agirão rapidamente dentro de cinco a dez minutos. Puxa que bom! Posso obter alívio da falta de ar rapidamente com o uso correto de um broncodilatador em aerossol. Lembre-se que para o aerossol funcionar direito a técnica de usar tem que estar correta. Nós podemos usar o aerossol com ou sem ajuda de um espaçador. O que é um espaçador? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Quais os tipos de espaçador que você conhece? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ Para que eles servem? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DA ASMA Hospital Darcy Vargas / CEPEUSP / Escola de Educação Física

Universidade de São Paulo Coordenadores: Dra. Anna Lucia de Barros Cabral / Prof. Luzimar R. Teixeira Colaboradores: Esmeralda A.B. Guarniero, Wandiney F. Carvalho, Renata X.

Magalhães, Maykell A Carvalho, Sylvia L Freitas Folha de Trabalho III

(aplicar em crianças a partir de 10 anos e adolescentes)

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

Descreva a técnica correta de usar um aerossol.Existem três técnicas: Duas são com o auxílio do espaçador. Descreva cada uma delas, mostrando em que situações devemos usá-las. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Quais os broncodilatadores que vêm em aerossol que vocês conhecem? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________Pois bem, estes BD devem ser usados só na presença de sintomas. Eles são remédios de alívio apenas. Não tratam a causa da Asma. Grupo II: Preventivos. São os remédidos que tratam a causa da asma. Se usarmos estes medicamentos corretamente, os sintomas da asma aparecerão só de vez em quando e as crises serão mais leves. Quais os medicamentos (remédios) deste grupo que você conhece? Eles também podem ser usados por aerossol e por comprimidos ou xaropes. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Caso você esteja usando um remédio preventivo corretamente e continue apresentando sintomas, fale com o seu médico. Talvez ele precise mudar a dose ou escolher outro medicamento preventivo. Os preventivos devem ser tomados de forma regular, todos os dias, independente dos sintomas. . Lembre-se que muitos atletas e até campeões olímpicos têm asma e usam os mesmos remédios que você usa. A asma é uma doença muito comum, mas se prevenida e controlada não impede que você tenha uma vida saudável.

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

Ano: 1996

Nome do paciente:____________________________________Grupo_____________ C. SAIBA RECONHECER QUANDO SUA ASMA ESTÁ SAINDO DE CONTROLE E COMO DEVE EVITAR CRISES FORTES. Maria é uma menina de oito anos. Ela tem asma. Esta noite Maria não dormiu bem. Acordou várias vezes com tosse. Ontem à tarde ela já estava com o nariz escorrendo e olhos lacrimejando. Pela manhã, quando sua mãe foi acordá-la para ir à escola, ela não quiz levantar-se, pois estava com falta de ar e com o peito chiando.

1ª Parte: discussão — O que seus pais devem fazer? Maria usou seu BD em aerossol, conforme foi orientado pelo seu médico. Agora ela está repousando fazendo respiração diafragmática com auxílio de sua mãe.

2ª Parte: O que aconteceu com Maria? 1. Ela melhorou, mas chia ainda um pouco. 2. A falta de ar não melhorou e ela se sente cada vez mais cansada. O que ela deve fazer na situação 1 e 2?

Como num desenho de farol de trânsito:

Verde: prosseguir! Amarelo: atenção!

Vermelho: pare!

ZONA AMARELA: quando nosso organismo não está bem, ele dá um aviso para que nós façamos alguma coisa para que ele volte a ficar bem de novo. Por exemplo: quando nós ficamos muito tempo sem comer, o organismo manda um aviso e nós sentimos fome, o estômago vazio e, às vezes, até um pouco de fraqueza. Isto faz com que nós procuremos os alimentos e assim nosso organismo volta a ficar bem. Com Maria aconteceu a mesma coisa. Um dia antes dela ficar ruim, seu nariz estava escorrendo, seus olhos lacrimejando e ela começou a tossir. Estes foram os sinais que a avisaram que ela iria ter uma crise de asma. Por isto, nós vamos chamar de sinais de alerta.

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DA ASMA Hospital Darcy Vargas / CEPEUSP / Escola de Educação Física

Universidade de São Paulo Coordenadores: Dra. Anna Lucia de Barros Cabral / Prof. Luzimar R. Teixeira

Colaboradora: Esmeralda A. B. Guarniero, Wandiney A. F. Carvalho, Renata X. Magalhães, Maykell A. Carvalho, Sylvia L Freitas

Folha de Trabalho IV (aplicar em crianças a partir de 10 anos e adolescentes)

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

O que você sente quando vai ter uma crise de asma? Identifique seus sinais de alerta. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Sabendo reconhecer estes sinais você poderá fazer alguma coisa para evitar uma crise mais grave. O que você deve fazer quando estiver com estes sintomas? 1. Avisar um adulto. 2. Tomar os medicamentos prescritos pelo seu médico. 3. Aguardar um pouco para que os medicamentos façam efeito. Quando você estiver em crise, é importante que você se mantenha calmo. Faça respiração abdominal, com o auxílio de um adulto e tente relaxar um pouco. Fique atento para as seguintes situações: O chiado e a falta de ar aumentam mesmo após o uso do Broncodilatador (BD) e/ou peak flow permanece baixo ( 25%) após o uso do broncodilatador. Você está com muita falta de ar, só consegue ficar sentado e recurvado para frente. Não tem forças nem para falar. Você está pálido e sua cor muda. Nestes caso é importante que você vá ao pronto-socorro imediatamente. Mas você pode usar seu broncodilatador no caminho do hospital. Nesta situações você entrou na ZONA VERMELHA. Como você deveria se sentir para estar na NA ZONA VERDE? Agora vamos relatar várias situações. Relacionem estas situações as cores verde, amarelo e vermelho. 1. Senti um pouco de tosse e canseira. Usei meu BD e estou bem. 2. Há duas noites venho tossindo durante a noite. 3. Tenho me cansado com mais facilidade. 4. Meu PF hoje de manhã estava > 80% do meu melhor valor. 5. Meu PF hoje de manhã estava a 60% do meu melhor. 6. Acordei muito cansado, usei o BD e continuei com falta de ar. 7. Meu PF estava < 50% do meu melhor valor e subiu só um pouco com o BD. 8. Esta semana tenho usado o BD frequentemente. 9. Usei o BD há menos de duas horas e já estou cansado novamente. 10. Qualquer atividade que faço me dá falta de ar e canseira. 11. Só apresento chiado ou falta de ar se fizer muito esforço, mas se usar o BD 10 minutos

antes faço estas atividades sem problemas.

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DA ASMA Hospital Darcy Vargas / CEPEUSP / Escola de Educação Física

Universidade de São Paulo Coordenadores: Dra. Anna Lucia de Barros Cabral / Prof. Luzimar Teixeira

Colaboradores: Esmeralda A.B. Guarniero, Wandiney F. Carvalho, Renata X. Magalhães, Maykell A Carvalho e Sylvia L Freitas

P L A N O D E A Ç Ã O

ZONA VERDE : Aqui é onde você deve estar todos os dias. PF superior a 80% do seu melhor valor:________ Sintomas de asma mínimos e esporádicos. Você é capaz de realizar todas as suas atividades diárias. Sono não interrompido por sintomas de asma. Você necessita usar seu broncodilatador esporadicamente( não mais que 2 ou 3 vezes por semana e nunca mais que uma vez no mesmo dia) Discuta com o médico o que deve fazer para permanecer nesta nesta zona E Evite ter contato com coisas que causem sintomas. ZONA AMARELA : Significa que a sua asma está saindo fora de controle. PF entre 50 e 80%: :___________ Sintomas aparecem com maior frequência. Fadiga fácil, tosse seca persistente (noturna), chiado e sensação de aperto no peito. Você começa a usar o BD com maior frequência ( mais que 3 vezes por semana). Os sintomas aparecem durante à noite ou de madrugada interrompendo o sono. Discuta com o seu médico como deve agir para voltar a zona verde. ASMA MAL CONTROLADA. VOCÊ ESTÁ SEMPRE CORRENDO O RISCO DE ENTRAR NA ZONA VERMELHA. APRENDA A IDENTIFICAR SEU SINAIS DE ALERTA.

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APÊNDICE 9 - Folhas de trabalho I, II, III, IV e V, utilizadas para avaliar e

reforçar as informações sobre a asma (cont.).

ZONA VERMELHA: CRISE DE ASMA. PF<50% do seu melhor valor:___________________ Resposta pequena ou ausente ao BD (você usa o BD e já não obtem alívio ou sua duração é inferior à duas horas). Emergência : presença de cianose (lábios e unhas roxas) , confusão mental, sonolência ou perda de consciência. VÁ IMEDIATAMENTE AO PRONTO SOCORRO MAIS PRÓXIMO. No caminho do hospital, use o BD aerossol com espaçador e máscara respirando pela boca 4 a 6 vezes para cada atuação. Uma dose (2 a 4 jatos) pode ser repetida a intervalos de 20 a 30 min.