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ELIAKIM ARAÚJO Funcionário que se dividia entre o BB e o telejornalismo ANO XXVII | N O 219 | MAIO - JUN/2013 RESOLUÇÃO CNPC Conheça as novas regras para retirada de patrocínio DEMOCRACIA ANABB apoia manifestações populares em todo o Brasil TETO PARA ESTATUTÁRIOS

TETO PARA - ANABB · 2013-07-05 · 26. Destrinchar os argumentos de quem elaborou aque-la medida tem sido essencial para definir os caminhos de luta. A partir daquele debate, a ANABB

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Page 1: TETO PARA - ANABB · 2013-07-05 · 26. Destrinchar os argumentos de quem elaborou aque-la medida tem sido essencial para definir os caminhos de luta. A partir daquele debate, a ANABB

ELIAKIM ARAÚJO Funcionário que se dividia

entre o BB e o telejornalismo

ANO XXVII | NO 219 | MAIO - JUN/2013

RESOLUÇÃO CNPCConheça as novas regras

para retirada de patrocínio

DEMOCRACIA ANABB apoia manifestações populares em todo o Brasil

TETO PARA ESTATUTÁRIOS

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ANABB: SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF Atendimento ao associado: (61) 3442 9696 | Site: www.anabb.org.br | E-mail: [email protected] Coordenação: Fabiana Castro | Redação: Tatiane Lopes, Priscila Mendes, Naitê Almeida, Josiane Borges | Colaboração: Elder Ferreira | Anúncios: Luiz Sérgio Mendonça | Edição: Ana Cristina Padilha | Revisão: Cida Taboza | Editoração: Zipo Comunicação | Tiragem: 99 mil | Banco de imagem: Shutterstock | Impressão e CTP: Gráfica PositivaOs artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da ANABB

jornal AçãoDIRETORIA EXECUTIVA

CONSELHO DELIBERATIVO

SERgIO RIEDEPresidenteREINALDO FUJIMOTOVice-Presidente Administrativo e FinanceiroDOUgLAS SCORTEgAgNA Vice-Presidente de ComunicaçãoTEREzA gODOyVice-Presidente de Relações FuncionaisFERNANDO AMARALVice-Presidente de Relações Institucionais

João Botelho (Presidente)Ana Lúcia LandinAugusto CarvalhoCecília Mendes Garcez SiqueiraCláudio José ZuccoClaudio Nunes LahorgueDenise ViannaEmílio Santiago Ribas RodriguesGilberto Matos SantiagoGraça MachadoIlma Peres Causanilhas RodriguesIsa MusaJosé BranissoLuiz Antonio CareliLuiz Oswaldo Sant’Iago Moreira de SouzaMaria Goretti Fassina Barone FalquetoMário Tatsuo MiyashiroMércia PimentelNilton BrunelliPaula Regina GotoWilliam Bento

CONSELHO FISCALVera Lúcia de Melo (Presidente)João Antonio Maia Filho Maria do Céu Brito Anaya Martins de Carvalho (suplente) Antonio José de Carvalho (suplente) Marco Antonio Leite dos Santos (suplente)

DIRETORES REgIONAISRegional AC-01: Julia Maria Matias de Oliveira Regional AL-02: Ivan Pita de AraújoRegional AP-03 : VagoRegional AM-04: Ângelo Raphael Celani PereiraRegional BA-05: José Easton Matos NetoRegional BA-06: Jonas Sacramento CoutoRegional BA-07: Paulo Vital LeãoRegional BA-08: Maruse Dantas XavierRegional CE-09: Maria José Faheina de OliveiraRegional CE-10: Erivanda de Lima MedeirosRegional DF-11: Hélio Gregório da SilvaRegional DF-12: Marcos Maia BarbosaRegional DF-13: Francisco Mariquito CruzRegional DF-14: Carlos Nascimento MonteiroRegional DF-15: Messias Lima AzevedoRegional ES-16: Sebastião CeschimRegional GO-17: Saulo Sartre Ubaldino Regional GO-18: José Carlos Teixeira de QueirozRegional MA-19: Camilo Gomes da Rocha FilhoRegional MT-20: Daniel Ambrosio FialkoskiRegional MS-21: Valdineir Ciro de SouzaRegional MG-22: Luiz Carlos FazzaRegional MG-23: Eustáquio GuglielmelliRegional MG-24: Matheus Fraiha de Souza CoelhoRegional MG-25: Amir Além de AquinoRegional MG-26: Aníbal Moreira BorgesRegional MG-27: Maria Rosário Fátima DurãesRegional PA-28: Fábio Gian Braga PantojaRegional PB-29: Maria Aurinete Alves de OliveiraRegional PR-30: Aníbal RumiattoRegional PR-31: Luiz Carlos KappRegional PR-32: Moacir FinardiRegional PR-33: Carlos Ferreira KraviczRegional PE-34: Sérgio Dias César LoureiroRegional PE-35: José Alexandre da SilvaRegional PI-36: Francisco Carvalho MatosRegional RJ-37: Antônio Roberto VieiraRegional RJ-38: VagoRegional RJ-39: Carlos Fernando S. OliveiraRegional RJ-40: Vago Regional RJ-41: Sérgio Werneck Isabel da CruzRegional RJ-42: Eduardo Leite GuimarãesRegional RN-43: Hermínio SobrinhoRegional RS-44: Celson José MatteRegional RS-45: Santiere Fernandes RolimRegional RS-46: Edmundo Velho BrandãoRegional RS-47: Oraida Laroque MedeirosRegional RS-48: Enio Nelio Pfeifer FriedrichRegional RS-49: Saul Mário MatteiRegional RO-50: Sidnei Celso da SilvaRegional RR-51: VagoRegional SC-52: Carlos Francisco PamplonaRegional SC-53: Moacir FogolariRegional SC-54: Alsione Gomes de Oliveira FilhoRegional SP-55: Rosângela Araújo Vieira SanchesRegional SP-56: Dirce Miuki MiyagakiRegional SP-57: VagoRegional SP-58: Reginaldo Fonseca da CostaRegional SP-59: Adilson Antonio Meneguela Regional SP-60: José Antônio da SilvaRegional SP-61: Edmilson ZucolottoRegional SP-62: José Antonio Galvão RosaRegional SP-63: Jaime BortolotiRegional SP-64: Juvenal Ferreira AntunesRegional SE-65: Almir Souza VieiraRegional TO-66: Pedro Carvalho Martins

CARTAS À REDAÇÃO

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser

editadas e serão publicadas apenas as selecionadas pela ANABB. Envie comentários, sugestões e

reclamações para [email protected] ou para SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF.

REDUÇÃO DE gASTOS NA ANABBRelatório Anual 2012 ANABB: uma iniciativa louvável – nunca fui sócio da ANABB e uma das razões era a falta de transparência na gestão dos enormes recursos que movi-mentava. E as mordomias das dire-ções. Hoje folheei, pela primeira vez, uma prestação de contas, inclusive o balanço, em que é digna de nota – e explicação – a redução drástica nos abonos pagos a dirigentes: caiu de R$ 615.546,00 em 2011 para R$ 65.058,00 em 2012, ou seja, 89,43%, porque os novos diretores abriram mão dessa verba.Fernando BranquinhoPublicado no Facebook

PLANO 1 DA PREVIEm nota divulgada pela ANABB a res-peito do trem-bala, em 1º de abril, lê-se que o presidente da Previ, Dan Conrado, entre outras coisas, lem-brou que a Previ terá de pagar bene-fícios para os integrantes do Plano 1 até 2080, ou seja, mais 67 anos. O Plano 1 já está fechado e me parece que são poucos os integrantes com idade inferior a 40 anos e que teriam de viver até completarem 100 anos. Ivo SchmidtCapinzal – SC

ASSÉDIO MORAL – INDIgNAÇÃOLi com revolta a parte da matéria de capa que registrou as palavras do Sr. Carlos Neri. O BB já se acostu-mou com a produção de estatísticas mentirosas, pseudoimplementação de áreas para cumprimentos de leis, ordens judiciais ou TAC. O fun-cionamento dos comitês de ética e o tratamento corporativista dado às denúncias na Ouvidoria Interna são ridículos e têm total descrédito do funcionalismo na ativa. Por quê? Só porque não funcionam! Só servem para fingir que o Banco cumpre o que deveria ou que apura as denúncias.

Mas a instituição nem sequer cum-pre seu dever de emitir CATs para os casos de adoecimento psíquico no trabalho, escondendo os fatos e dificultando que os colegas doentes sejam afastados por acidente de tra-balho, e não por auxílio-doença. Hoje está institucionalizada a prática do assédio moral e da gestão pelo medo. O Sindicato dos Bancários de Brasília tem números e relatos muito mais confiáveis do que as palavras deste senhor que talvez, por algum interesse ou “de ofício”, finge des-conhecer a realidade. E certamente esta passa longe de zeros ou centé-simos de pontos percentuais...Gustavo CarvalhoBrasília – DF

CONCURSO CULTURALComo sonetista petrarquiano, para-benizo a poetisa Regina Coeli Rocha por seu magnífico soneto “Mulher”, em perfeitos decassílabos heróicos, que, sem nenhum demérito das de-mais concorrentes, merecia o primei-ro lugar. Infelizmente, a poesia clás-sica, aquela pérola que herdamos do emérito movimento parnasiano, vem sofrendo as inconsequências do mo-dernismo que desponta e desapon-ta, cada vez mais, em movimentos incertos e desengonçados. Sinto na pele esse disparate, porquanto falo com propriedade, mesmo que talvez soe a imodéstia.Genilton Vaillant de SáVitória – ES

TETO DE CONTRIBUIÇÃO DA PREVIConcordo inteiramente com os ter-mos da nota oficial da ANABB que trata do Teto de Contribuição e do Benefício da Previ e aproveito o en-sejo para parabenizar a Direção da entidade pela clara e firme posição assumida.José Sampaio de Lacerda JuniorBrasília – DF

A Gráfica e Editora Positiva é licenciada pelo IBRAM - Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF - sob o nº 072/2010.Todo o papel utilizado na impressão do Jornal Ação é oriunda de reflorestamento ecologicamente correto.

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CARTA DO PRESIDENTE

a AGU seriam instâncias importantes de contato na busca de solução para o problema gerado pela ausência de teto para estatutários do BB. Hoje temos expectativa bastante positiva de solução para a questão. Conhecer as teses de quem pensa diferente da gente foi fundamental para saber quem po-deria ser nosso aliado e quais as “armas” que podemos utilizar.

O mesmo aconteceu a respeito da Resolução CGPC nº 26. Destrinchar os argumentos de quem elaborou aque-la medida tem sido essencial para definir os caminhos de luta. A partir daquele debate, a ANABB e outras entidades resolveram trabalhar pela aprovação de projetos como o do senador Paulo Bauer e o do deputado Ricardo Berzoini, que buscam impedir a repartição indevida de superávit de fun-dos de pensão com as patrocinadoras.

No mesmo sentido, foi conhecendo os argumentos dos autores da nova resolução sobre retirada de patrocínio que melhor pudemos combater os pontos negativos para os participantes. Os contra-argumentos apresentados pela ANABB, pela Anapar, pela FAABB e pela AAFBB, entre outras entidades, contribuíram muito para que a versão final tives-se avanços significativos. Para citar algumas melhorias aos participantes em relação à norma antigamente em vigor, destacamos: a) agora a decisão da patrocinadora de se reti-rar de um fundo de pensão necessita de autorização formal da Previc; b) a patrocinadora não pode mais suspender as contribuições antes desta autorização formal; c) o pedido de retirada de patrocínio tem de ser acompanhado de motiva-ção fundamentada; d) a reserva de contingência passou a ser exclusiva dos participantes; e e) o patrocinador só pode sair após análise atuarial que garanta que ele honre os com-promissos existentes com o fundo. Claro que a nova resolu-ção não é perfeita e ainda tem alguns pontos problemáticos para os participantes. Mas avanços foram conquistados e a luta ainda não acabou.

Em relação ao assédio moral, estamos tendo a mesma atitude. Não cabe à ANABB julgar caso por caso. Mas en-tendemos que é nosso dever trazer ao conhecimento dos associados os diversos pontos de vista sobre o problema. Com os argumentos trazidos à luz do dia, cabe agora a cada parte fazer o que julgue mais adequado e esteja em sua esfera de competência.

Saber o que os dirigentes do BB pensam a respeito do assunto talvez seja a primeira coisa a ser buscada por quem quer conquistar alguma mudança no comportamento da empresa nesta questão. Não é porque o pensamento não é revelado que ele deixa de estar lá. Imaginar o contrário é agir com a síndrome do avestruz.

Por tudo isso, pensar em “matar o mensageiro” pode ser um exercício intelectual de aparente combatividade, mas não ajuda a ganhar a guerra.

Boa leitura a todos!

Reza a lenda que Dario III, rei da Pérsia, havia come-tido vários erros de estratégia de guerra quando derrota-do por Alexandre, o Grande. Quem costumava informar o rei do possível fracasso de suas estratégias era um sujeito chamado Charidemos. Dario III teria mandado matá-lo por trazer más notícias. Outro que, dizem, cos-tumava temer os mensageiros era Gengis Khan. Quando a mensagem era ruim, Gengis Khan não titubeava em matar o mensageiro na hora. De histórias como essas é que teria surgido o provérbio latino Ne nuntium necare: “Não mate o mensageiro”.

Por que estou falando disso? Porque temos recebido na ANABB alguns questionamentos sobre o espaço que damos em nosso jornal a pessoas que fazem declara-ções tidas como contrárias ao interesse do funcionalis-mo. Exemplo: algumas pessoas não gostaram da repor-tagem sobre assédio moral ter contado com declarações do diretor do Banco do Brasil.

Gostaríamos de lembrar aos associados que a atual Diretoria da ANABB, ao lidar com um problema, procura sempre ouvir todos os lados. Na citada reportagem, ouvi-mos funcionários que se dizem assediados, sindicalistas, a Justiça do Trabalho, o Ministério Público, especialistas. E ouvimos também o representante do BB. Isso não quer dizer que endossamos automaticamente a opinião de quem quer que seja. A ideia foi trazer o assunto à tona, estimular a discussão e contribuir para que cada parte envolvida possa escolher melhor seus próximos passos.

Quando discutimos o tema “previdência complemen-tar”, no ano passado, chamamos para o evento: parla-mentares, representantes dos participantes, do Banco do Brasil, dos sindicatos, da Previ de outros fundos de pensão, do governo, de órgãos reguladores, de associa-ções de aposentados. Colocamos todos para debater,

frente a frente, suas teses. A partir desta postura, todos puderam com-

preender melhor o que as demais partes pensavam. Como partici-pantes de fundo de pensão, pu-demos conhecer os argumentos que são utilizados contra nós nos casos de teto para estatu-

tários, retirada de patrocínio e distribuição de superávit para a

patrocinadora, por exemplo. Conhe-cendo os argumentos que não nos

são favoráveis, conseguimos definir estratégias de luta junto com ou-

tras entidades. Foi possível, por exemplo,

compreender que a Previc e

NÃO MATE O MENSAgEIRO

Sergio Riede – Presidente

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CAPA

Previc toma decisão sobre definição de teto de contribuição para diretores,vice-presidentes e presidente do BB. ANABB participou ativamente de iniciativas para que o estabelecimento desse teto fosse definido de forma justa e coerente

A ANABB vem noticiando nos últimos meses as di-versas iniciativas desenvolvidas na luta pela imple-mentação de um teto de contribuição para os estatu-tários do BB (diretores, vice-presidentes e presidente). Em junho, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) tomou uma importante deci-são e determinou que a Previ adote as providências necessárias para implementar teto para os dirigentes estatutários do Banco do Brasil. O assunto foi homolo-gado por meio do despacho 10/2013/Difis/Previc, de 5/6/2013.

Em sua fundamentação, a Previc vale-se principal-mente do despacho do procurador-geral federal Mar-celo de Siqueira Freitas, sobre a Nota 14/2013, da Advocacia-Geral da União (AGU), de 11/4/2013.

O despacho da Previc, em síntese, estabelece que:a. os tetos para os estatutários do BB devem ter

como referência os salários que eles recebiam antes de 1º/4/2008, corrigidos pelos índices aplicados aos integrantes deste grupamento.

b. os benefícios pagos aos que se aposentaram sem a vigência do teto sejam revistos;

c. fica facultado ao BB pagar valores acima do teto, des-

de que às suas expensas e sem impacto na Previ;d. ao rever os valores dos benefícios dos que já se

aposentaram sem o teto, seja facultado o acerto desses valores pelo uso de mecanismos já exis-tentes entre o BB e a Previ; e

e. caso o BB assuma a responsabilidade pelos valores excedentes e o pagamento ocorra por meio da Previ/BB, poderá o patrocinador, se for de sua vontade, utilizar os fundos registrados em seu nome na Previ para fazer frente aos pa-gamentos.

A decisão da Previc tem similaridade com a posição assumida pela ANABB em nota oficial, especialmente ao definir três tetos diferentes: um para diretor, um para vice-presidente e outro para presidente. E todos os três com base na remuneração que os titulares desses cargos recebiam em março de 2008, portan-to antes da mudança da sistemática de remuneração desses administradores. A lógica utilizada pela ANABB e que parece ser a mesma da Previc, é evitar tanto pri-vilégios como prejuízos em relação à situação anterior dos dirigentes que agora são estatutários.

Uma vez aplicada a decisão da Previc, a consequên-

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cia concreta em relação ao valor do teto de contri-buição e de benefícios é uma redução de cerca de 30% em relação aos valores vigentes hoje, já que não haveria mais o impacto do chamado empilhamento de vantagens, que a Previc reconhece que aconteceu, mas que o Banco e a AGU entendem que não houve. “Esta decisão da Previc é importante porque recoloca a questão do teto para estatutários do BB na ordem do dia. Alguma providência prática, certamente, deve ser tomada em relação a isso nos próximos meses”, destaca o presidente da ANABB, Sergio Riede.

No entanto, a decisão da Previc traz algumas dife-renças em relação ao que a ANABB vem defendendo. Uma delas é que, ao definir que os tetos de 2008 de-vem ser corrigidos pelos índices de reajuste aplicados aos estatutários, continua existindo a possibilidade de os tetos virem a ficar totalmente afastados, para maior, do Plano de Cargos e Salários do BB, podendo provo-car impactos altamente preocupantes no equilíbrio do Plano 1 da Previ. Isto porque, na hipótese de, a qual-quer tempo, o Banco do Brasil, com autorização do go-verno, aplicar um reajuste descomunal aos dirigentes estatutários, com a atual decisão da Previc os tetos subirão proporcionalmente de maneira assustadora, já que serão reajustados pelo mesmo índice do rea-juste dos honorários. É verdade que pela decisão da Previc tais tetos seriam sempre cerca de 30% menores do que poderiam vir a ser sem a decisão. Mas ainda assim poderiam ficar gigantescos e ameaçadores para o Plano 1.

A Previc argumenta que não pode determinar ín-dice de reajuste diferente, por questões legais. Mas, segundo Sergio Riede, “ a ANABB deve continuar insis-tindo para que se chegue a uma solução que impeça a possibilidade de desequilíbrio do Plano 1 por conta de algum reajuste significativamente elevado dos honorá-rios dos estatutários”.

De qualquer forma, “todas as entidades do funcio-nalismo devem acompanhar os desdobramentos da decisão tomada pela Previc, cobrando das autoridades e dirigentes do BB e da Previ a tomada de decisões que resolvam de uma vez por todas este imbróglio”, enfatiza Riede.

Para ouvir todas as partes envolvidas, a ANABB tam-bém abriu espaço em seu site para que o associado possa conhecer o posicionamento das entidades envol-vidas na questão do teto de contribuição e de benefício para estatutários do BB. Os dirigentes (administrado-

res e conselheiros) com mandatos no Banco, na Previ, na Previc e nas demais entidades representativas do funcionalismo estão encaminhando notas oficiais com um posicionamento pessoal a respeito do assunto. Os textos estão disponíveis para leitura no site.

POSICIONAMENTO OFICIAL DA ANABBNo dia 31 de maio, a ANABB divulgou nota oficial

com seu posicionamento sobre o assunto, defendendo a existência de três tetos distintos: um para diretores, outro para vice-presidentes e um terceiro para o pre-sidente. Tais tetos teriam como referência os salários que esses dirigentes recebiam em 31/3/2008, último dia antes da mudança na sistemática de remuneração para esses administradores.

Em sua argumentação, a ANABB elenca os princi-pais acontecimentos, entre eles o fato de que, em 1º/4/2008, o Banco do Brasil alterou a forma de re-muneração dos principais dirigentes executivos para atender à determinação do Departamento de Coor-denação e Governança das Empresas Estatais (Dest), vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

A partir daquela data, os empregados nomeados para ocupar os cargos de diretor, vice-presidente ou presidente passaram a ter regime contratual diferen-ciado, com o recebimento de HONORÁRIOS, em vez de SALÁRIOS, comissão e benefícios, mantendo os contratos de trabalho suspensos para evitar que vies-

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sem a assumir os papéis de empregado e empregador, simultaneamente. Os dirigentes do Banco à época e os da Previ buscaram alternativa para garantir “EFEITO NEUTRO” dessa medida em todos os aspectos:

a. na remuneração bruta anual dos dirigentes que passaram de celetistas para estatutários;

b. no desembolso do Banco quanto aos pagamen-tos das remunerações desses dirigentes;

c. nas contribuições dos dirigentes para a Previ; ed. nos benefícios a serem pagos pela Previ a esses

dirigentes.Dessa forma, para atender aos itens “a” e “b”, a

proposta foi a de definir o valor dos HONORÁRIOS dos cargos de diretor, vice-presidente e presidente como o somatório de todas as verbas – salários, comis-sões e benefícios – que estes recebiam como fun-cionários. Assim, nenhum alto executivo do Banco teve ganho real ou perda de remuneração enquanto cidadão da ativa.

Para atender aos itens “c” e “d”, a proposta foi a de estipular-se um teto de contribuição e, consequente-mente, de benefícios, equivalente ao maior salário dos empregados do BB – o NRF Especial, proposta aprova-da pelo Conselho Deliberativo da Previ e pela Direto-ria Executiva do Banco, sendo também encaminhada

para aprovação pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar.

O processo de implementação do teto remunera-tório acabou ficando demorado por vários motivos: a Previc, como órgão fiscalizador, formulou exigências à Previ; para cumprir tais exigências regulatórias, a Previ solicitou a extensão de prazos em três oportunidades, os quais foram concedidos pela Previc. Depois disso, o Banco informou à Previ que o Conselho Diretor ha-via revisto a decisão de instituir um teto remuneratório e, finalmente, a Previ apresentou à Previc pedido de desistência da análise de alteração do Regulamento do Plano 1. Por estes motivos, o teto não foi aplicado e os altos executivos do BB, que estavam com seus contratos de trabalho como empregados do Banco do Brasil suspensos, passaram a contribuir para a Previ sobre os HONORÁRIOS que haviam sido definidos com a incorporação (empilhamento) de diversos direitos e benefícios que os demais funcionários do BB recebem, mas que não são considerados para efeito de salário de contribuição.

A Previ considerou as contribuições sobre aqueles valores, mesmo não se tratando de salários de em-pregados. Diante disso, os altos executivos do BB, que se aposentaram depois da implantação dos HO-NORÁRIOS de dirigentes estatutários, tiveram esses valores – e não salários – considerados, para efeito do cálculo de suas aposentadorias, diferentemente dos demais funcionários partici-pantes, inclusive daqueles que pediram licença interesse para receber honorários em outras em-presas ou instituições.

“O estabelecimento de um teto aos estatutários do Banco do Brasil é uma conquista que

contribui de modo decisivo para evitar um desequilíbrio, atual

ou futuro, no Plano 1”, declarou Sergio Riede.

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A ANABB reconhece que os dirigentes do BB – dire-tores, vice-presidentes e presidente –, em 1º/4/2008, dia da implantação do novo modelo de remuneração, estariam perdendo direitos que tinham no dia ante-rior, 31/3/2008, quando eram empregados do BB, se o teto aprovado anteriormente, o NRF Especial, fosse mantido. Mas permitir a contribuição sobre uma remu-neração que não é compatível com os salários de con-tribuição dos participantes do plano é dar tratamento diferenciado dos demais participantes, caracterizando-se como privilégios.

Sendo assim, tanto no caso de aprovação do teto original como na consideração de que não há teto e de que o valor dos HONORÁRIOS – para não em-pregado – poderia ser considerado como salário de contribuição, não estaria sendo atingido o objetivo do “EFEITO NEUTRO”.

Do ponto de vista da ANABB, o justo e legítimo “EFEI-TO NEUTRO” só poderia ser conseguido se o Banco do Brasil resolvesse que, para efeito de definição dos sa-lários de contribuição para a Previ, os dirigentes esta-tutários do Banco do Brasil poderiam contribuir com os valores considerados para diretores, vice-presidentes e presidente em 31/3/2008, dia anterior à mudança da natureza jurídica das remunerações dos dirigentes.

Mantendo-se a tese do “EFEITO NEUTRO”, o Banco do Brasil também deveria assumir a responsabilidade pelo pagamento da quota patronal sobre este mesmo valor para todos os dirigentes.

A ANABB defende que, para não haver defasagem, de 31/3/2008 em diante, esses valores – que seriam considerados como “tetos” para os estatutários – de-veriam ser corrigidos pelos mesmos índices de cor-reção dos reajustes aplicados nos demais cargos do Banco do Brasil, anualmente.

Para melhor fundamentar essa proposta de teto de contribuição e, consequentemente, de benefícios, é importante registrar que somente podem fazer parte de fundos de pensão fechados os patrocinados, os em-pregados do patrocinador e com salário de contribui-

ção efetivamente recebido como empregado.Se os contratos de trabalho dos dirigentes estatu-

tários, como empregados do BB, são considerados suspensos durante o período de exercício da função estatutária, conforme parecer da Advocacia-Geral da União, o valor dessa remuneração jamais poderia ser considerado salário de contribuição.

A não aceitação desse teto com base na premissa do “EFEITO NEUTRO” remete o Banco do Brasil, como patrocinador, e a Previc, como órgão fiscalizador, à obrigação de cumprir e fazer cumprir a lei, respectiva-mente, definindo-se como teto para “preservação de salário de contribuição” de empregado e participante o salário que o empregado recebera antes de assumir a função estatutária. A ANABB entende que a Previc estava certa quando emitiu parecer que entende como “conflito de interesse” a decisão de 2010, do Conselho Diretor do BB, que determinou a retirada da autoriza-ção para implantação de teto de contribuição, com a indicação do valor dos próprios HONORÁRIOS – e não salários –, como salários de contribuição e, por conse-quência, de benefícios pagos pela Previ.

A Associação discorda do parecer da AGU, que diz não identificar conflito de interesse naquela decisão, uma vez que ela valeria tanto para os dirigentes que adotavam a decisão quanto para os futuros dirigentes.

A ANABB entende que a Previc, em seu papel fisca-lizador do sistema de previdência complementar, tem o dever de determinar à Previ o limite de suas respon-sabilidades para que todos os participantes do Plano 1 tenham os mesmos direitos e deveres, sem discrimina-ções nem privilégios.

Vale esclarecer que a ANABB não se opõe a qual-quer valor de salário ou benefício de aposentadoria que o Banco deseje pagar aos próprios dirigentes. Mas defende que o BB seja o responsável pelo que for pago acima dos valores de benefícios de aposentado-ria maiores dos que os previstos no Plano de Benefí-cios da Previ. A entidade não concorda que o Banco defina os valores dos benefícios que quer garantir aos próprios dirigentes e tente transferir para a Previ a obrigação de pagá-los.

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IR PREVI

ANABB ANALISA NORMATIVO DA RECEITAOs associados aposentados a partir de janeiro/2008 poderão receber valores também por via administrativa

Em abril, a Receita Federal publicou no Diário Ofi-cial da União (DOU) a Instrução Normativa (IN) nº 1343, que aborda o tratamento tributário relativo à apuração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) incidente sobre benefício pago ou creditado por enti-dades de previdência complementar, a título de com-plementação de aposentadoria, correspondente às contribuições efetuadas pelos beneficiários no perí-odo de 1º/1/1989 a 31/12/1995. É importante sa-lientar que os dispositivos da instrução normativa se aplicam apenas àqueles que se aposentaram a partir de 1º/1/2008. Além disso, as disposições normati-vas da instrução não são aplicadas aos pensionistas.

A instrução estabeleceu procedimento administra-tivo para devolução dos referidos valores, por meio da retificação das Declarações de Ajuste Anual dos exer-cícios dos anos-calendário 2008 a 2011, cobrados a título de imposto de renda sobre as contribuições fei-

tas à Previ. A instrução deixa claro que, para requerer administrativamente a recomposição dos valores, o contribuinte não pode possuir ação judicial em curso com o mesmo objeto. Ela sugere ainda que cada um que fizer parte de algum tipo de ação judicial refe-rente ao caso deverá formular pedido de desistência. Nessa hipótese, pode ser necessário aguardar que o pedido seja homologado pelo magistrado e, somente após esse trâmite, será possível emitir certidão para apresentar na Receita Federal, comprovando a desis-tência do processo.

A ANABB aguarda o desdobramento das providên-cias a serem adotadas pela Previ e pela Receita Fede-ral para informar como os associados devem proceder e orientá-los por meio de um passo a passo, a fim de inibir eventuais problemas junto ao órgão fiscalizador.

A íntegra da IN nº 1343 pode ser acessada pelo site da ANABB, www.anabb.org.br.

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ANABB ANALISA NORMATIVO DA RECEITA

O jornalista Eliakim Araújo foi, durante um longo período de sua vida, bancário do Banco do Brasil e vivia em um malabares entre a carreira no BB e a de personalidade do telejornalismo

Por Josiane Borges

Bancário aposentado, jornalista e advogado, Eliakim Araújo Pereira Filho conciliou durante vários anos a carreira de bancário no Banco do Brasil com outras atividades. O início no BB foi em 1962, como auxiliar de escriturário, na agência de Duque de Ca-xias, no Rio de Janeiro. De Caxias, foi trabalhar no bairro de Ramos e, em 1965, já atuava na Assessoria Jurídica da Diretoria de Câmbio, na Direção Geral do Banco. “Meu último ano de Banco foi na Assessoria de Comunicação do recém-inaugurado CCBB”, recorda.

Eliakim relembra fatos interessantes que ocorre-ram nas agências do BB e que marcaram sua pas-sagem pelo Banco. “De Duque de Caxias guardo a lembrança do gerente Itamar e do subgerente Olavo, que tiveram de enfrentar a turba de novos funcioná-rios, uma garotada na faixa dos vinte e poucos anos, que tomou de assalto a agência. Olavo, administra-dor das antigas, baixou uma norma proibindo que os funcionários usassem mais de 30 centímetros do papel toalha, daquele que você puxava com as mãos e depois cortava na serra existente. De gozação, os funcionários passaram a frequentar o banheiro carre-gando nas mãos uma régua que o nordestino Olavo, sem graça, fingia não ver”, conta. O aposentado do BB ressalta que a convivência com os antigos colegas de trabalho e os valores conquistados dentro do Ban-co contribuíram muito para a formação do caráter e da personalidade do jornalista.

A carreira de jornalista já antecedia a de bancário, e as duas cresceram paralelamente. Durante o cur-so de Direito, Eliakim aceitou o convite de um colega de faculdade, então diretor de jornalismo da extinta Rádio Continental, do Rio de Janeiro, para trabalhar como redator. “A rádio estava em pleno declínio, com salários atrasados e fuga de seus melhores quadros, de modo que era a emissora ideal para quem se pro-punha a aprender, pois a cobrança era mínima. Seis meses depois, eu já redigia e apresentava os informa-tivos da rádio. Dessa época, guardo a lembrança de ter noticiado a renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961. Daí em diante, passei a vida me equilibran-

do entre o horário de trabalho no Banco e o das várias emissoras nas quais trabalhei”, relata.

A personalidade de jornalista foi realçada com o trabalho no rádio e na TV. Eliakim foi durante seis anos apresentador, juntamente com a esposa, e tam-bém jornalista, Leila Cordeiro, do Jornal da Globo, na TV Globo. De lá, seguiu para a extinta Manchete e para o SBT, neste período já aposentado do BB. Em 1997, surgiu o convite para ancorar o primeiro canal de notícias em língua portuguesa nos Estados Unidos, o CBS Telenotícias Brasil. O projeto durou al-guns anos. Atualmente, o casal reside em São Paulo e Eliakim divide o tempo trabalhando no site de notícias www.diretodaredacao.com, criado por ele, e as fre-quentes visitas aos quatro filhos e seis netos que re-sidem no exterior.

ENTRE O BB E O TELEJORNALISMO

FUNCIONÁRIO DO BB EM DESTAQUE

“De Duque de Caxias guardo a lembrança do gerente Ita-mar e do subgerente Olavo, que tiveram de enfrentar a

turba de novos funcionários, uma garotada na faixa dos

vinte e poucos anos, que to-mou de assalto a agência.”

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10 | Maio-Jun/2013 | Jornal AÇÃO

ANABB NOS ESTADOS

ANABB SEgUE COM VISITAS AOS ESTADOS Maio foi o mês dos estados da região Sul.Em julho, os dirigentes da Associação visitam o norte do Brasil

A ANABB continua suas viagens aos estados para estreitar o relacionamento com os associados. A Associação concluiu as visitas na região Nordeste em abril. O estado da Bahia recebeu o vice-presidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral, e a vice-presidente de Relações Funcionais, Tereza Godoy. Já em maio, foi a vez da região Sul. O presidente da ANABB, Sergio Riede, e o vice-presidente de Comuni-cação, Douglas Scortegagna, visitaram os estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, nos dias 15, 16 e 17 de maio, respectivamente.

O objetivo principal das visitas é aproximar a en-tidade dos associados e manter contato com as au-toridades estaduais e municipais, com as entidades representativas dos funcionários do BB e com os diri-gentes estaduais e regionais do Banco do Brasil. Para Riede, “temas de interesse do funcionalismo foram discutidos com clareza, e a Associação pôde colher sugestões para encaminhar melhor as lutas do fun-cionalismo do BB”.

Outro ponto relevante das visitas é apresentar os diretores regionais (Diregs) em suas respectivas regiões, de maneira que todos os associados os re-conheçam como representantes locais da ANABB. A ideia é proporcionar aos associados atendimento per-sonalizado, orientação sobre as atividades da entida-de e esclarecimentos de eventuais dúvidas.

Em cada estado, a programação oficial foi marcada por três eventos. Primeiro, aconteceu um almoço com autoridades do BB e do estado ou do município, para que a ANABB pudesse expor seus objetivos e compro-missos. Na parte da tarde, houve reunião com diri-

gentes de entidades representativas dos funcionários do Banco, como AABBs, sindicatos, associações de aposentados e Cassi. Por fim, ocorreu debate com os funcionários da ativa e os aposentados, em que fo-ram respondidas questões relacionadas à defesa dos interesses do funcionalismo.

Em Santa Catarina, além da programação oficial, os dirigentes da ANABB Nacional, juntamente com o diretor regional Carlos Francisco Pamplona, reuniram-se com os representantes das entidades de funcionários do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), incor-porado pelo BB.

O objetivo do encontro foi ouvir as necessidades e as reivindicações do grupo e ver como a ANABB pode atuar em defesa dos interesses desses funcionários. Estavam presentes: Aloysio Costa, presidente da As-sociação de Aposentados e Pensionistas da Fusesc (AAPFusesc); Milano Cavalcante, representante do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e mem-bro do Grupo de Assessoramento Temático (GAT) Novos Funcionários (pós-97) e Bancos Incorpora-dos; e José Henrique Pereira, diretor Financeiro da Associação dos Profissionais e Ex-profissionais do Besc (Prodesc).

Já no Rio Grande do Sul, os representantes da ANABB também participaram de audiência com o pre-feito de Porto Alegre, José Fortunati, que é funcioná-rio do BB (veja na página 17).

A ANABB segue para região Norte no mês de julho. Amazonas e Roraima recebem os representantes da Associação entre os dias 17 e 18 de julho. Confira no site da ANABB o cronograma das próximas visitas.

10 | Maio-Jun/2013 | Jornal AÇÃO

Próximas visitas* da ANABB nas regiões Norte e Centro-Oeste23 a 25 de julho: MT – RO – AC | 20 a 22 de agosto: DF – PA – AP | 27 a 29 de agosto: MS – GO – TO

* Datas e ordens dos eventos podem ser alterados. Confira o calendário atualizado no site da ANABB (www.anabb.org.br).

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Jornal AÇÃO | Maio-Jun/2013 | 11

ANABB SEgUE COM VISITAS AOS ESTADOS

Jornal AÇÃO | Maio-Jun/2013 | 11

ENCONTRO NA BAHIA – 25 DE ABRIL DA ANABB: vice-presidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral; vice-presidente de Relações Funcionais, Tereza Godoy; conselheira deli-berativa Mércia Pimentel; membros do GAT Olivan de Souza Faustino e Rosane Almeida Oliveira; e diretores regionais Jonas Sacramento, Paulo Leão e Maruse Xavier.AUTORIDADES LOCAIS: deputado estadual João Bonfim (PDT); depu-tado estadual suplente Genildo Ferreira (PV); representante do supe-rintendente estadual da Bahia, Samuel Nonato Mourão; gerente da Gepes, Rodrigo Gurgel; e gerente da Cassi, Maria do Socorro Fonseca. REPRESENTANTES DE ENTIDADES: Sindicato dos Bancários; Afabb e AAFBB.PARTICIPAÇÃO: 60 pessoas.

ENCONTRO NO PARANÁ – 15 DE MAIO DA ANABB: presidente Sergio Riede; vice-presidente de Comunicação, Douglas Scortegagna; e diretores regionais Moacir Finardi, Anibal Ru-miatto e Carlos Ferreira Kravicz.AUTORIDADES LOCAIS: representante do senador Sergio Souza (PMDB/PR), José Carlos Pires; deputado estadual Tadeu Veneri (PT); assessor especial do ministro Paulo Bernardo Ivan Kucpil; superin-tendente regional do BB Joares Ângelo Scisleski, superintendente re-gional do BB José Antônio Kaspreski; representante da Gepes Paulo Vignotto; gerente da Central de Atendimento do BB Claudio Said; e representante da Cassi Lourdes de Marchi Capeletto. REPRESENTANTES DE ENTIDADES: AABB; Cesabb-PR; AAFBB;

Sindicato dos Bancários; AFA-PR; Cooperforte; e Cassi.PARTICIPAÇÃO: 108 pessoas.

ENCONTRO EM SANTA CATARINA – 16 DE MAIO DA ANABB: presidente Sergio Riede; vice-presidente de Comunicação, Douglas Scortegagna; conselheiro deliberativo Cláudio Zucco; e diretores regionais Moacir Fogolari, Alsione Gomes de Oliveira e Carlos Francisco Pamplona.AUTORIDADES LOCAIS: representante do senador Paulo Bauer (PSDB/SC) Marcos Moser; representante do senador Casildo Maldaner (PMDB/SC) Guido Schultz; superintendente regional do BB Hiram Aparecido Si-mões de Almeida; gerente da Gepes Carlos Altemir Schmitt; e gerente de Atenção à Saúde da Cassi Gisele Ribeiro.REPRESENTANTES DE ENTIDADES: Sindicato dos Bancários; Apabb; Conselho de Usuários da Cassi; Afabb Joinvile; Afabb Florianópolis; e AABB Florianópolis.PARTICIPAÇÃO: 63 pessoas.

ENCONTRO NO RIO gRANDE DO SUL – 17 DE MAIO DA ANABB: presidente Sergio Riede; vice-presidente de Comunicação, Dou-glas Scortegagna; conselheiro deliberativo Claudio Lahorgue; e diretores re-gionais Celson Matte, Santiere Rolim, Edmundo Brandão, Oraida Medeiros, Enio Friedrich e Saul Mattei. AUTORIDADES LOCAIS: prefeito de Porto Alegre, José Fortunati; secretário do Trabalho de Porto Alegre, Pompeu de Matos; assessores do deputado estadual Gilmar Sossela; representante da Superintendência do Banco do Brasil Dario Giovanella; gerente da Gepes Celia Maria Gomes Santos; e gerente da Cassi Aldo Rossi;REPRESENTANTES DE ENTIDADES: Afabb-RS; AABB Porto Alegre; Coo-perforte; Conselho de Usuários da Cassi; AAFBB; e Apabb.PARTICIPAÇÃO: 85 pessoas.

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12 | Maio-Jun/2013 | Jornal AÇÃO

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

A ANABB participou ativamente durante todo o processo de elaboração das novas regras

Por Priscila Mendes

Depois de muitos debates e reuniões, o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) con-cluiu a nova resolução que atualiza as regras de reti-rada de patrocínio nos planos fechados de previdência complementar. O texto foi publicado no Diário Oficial da União, no dia 24/5/2013. No Brasil há, atualmen-te, 332 entidades fechadas de previdência comple-mentar e 1.129 planos de benefícios. Neste âmbito, destacam-se como os maiores fundos de pensão do país a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), o da Petrobras (Petros) e o da Caixa Econômica Federal (Funcef).

O assunto começou a ser debatido em novembro de 2011 e foi uma das prioridades do CNPC, órgão responsável pela regulação do regime de previdência complementar brasileiro e que é formado por repre-sentantes do governo federal, das entidades fechadas de previdência complementar, dos patrocinadores ou instituidores dos planos de benefícios e dos participan-tes e assistidos. Durante todo o processo, os integran-tes do CNPC ressaltavam que não havia nenhum pro-cesso de retirada de patrocínio dos fundos de pensão das empresas públicas e estatais e que o propósito da nova resolução era atualizar a norma editada há mais de duas décadas.

A ANABB também participou do processo com o envio de sugestões ao grupo e acompanhou todas as reuniões do conselho que discutiam a nova resolu-ção, além de promover um seminário sobre previdên-cia complementar, com a programação de um painel

exclusivo para discutir a revisão na norma. Quanto à preocupação dos participantes da Previ,

em junho de 2012, o Banco do Brasil divulgou um co-municado garantindo que a retirada de patrocínio não era cogitada na entidade. Inclusive em contato, naque-la época, com o presidente da ANABB, Sergio Riede, o vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvi-mento Sustentável do Banco do Brasil, Robson Rocha, foi categórico: “a Previ é parte fundamental da política de gestão de pessoas do BB. Portanto, a retirada de patrocínio à Previ está completamente fora de cogita-ção pela Direção do Banco”.

PRINCIPAIS PONTOSEntre os pontos da nova resolução, destaca-se que

a empresa que decidir pela retirada de patrocínio de um fundo de pensão só poderá suspender a contri-buição em favor dos funcionários após a autorização da Previc. A resolução anterior permitia a suspensão das contribuições a partir da data do pedido de retira-da, independentemente do tempo de estudo para sua aprovação. A nova resolução prevê a possibilidade de participantes e assistidos de planos objetos de retira-da montarem um plano instituído na modalidade de contribuição definida; e a destinação das reservas de contingência integralmente para participantes e assis-tidos. Pela proposta original, o “superávit total” (reser-va de contingência e reserva especial) seria dividido entre os participantes e a patrocinadora. Pela resolu-ção aprovada, no caso de uma retirada de patrocínio,

RETIRADA DE PATROCÍNIO TEM NOVA RESOLUÇÃO

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os participantes e os assistidos ficariam com a re-serva de contingência – que normalmente repre-senta a maior parte do superávit de um fundo –, enquanto a reserva especial seria dividida entre patrocinadores e participantes na proporção com que tenham contribuído para o fundo.

Para Sergio Riede, a participação da ANABB, aliada à da FAABB e da AAFBB, contribuiu para a construção da nova resolução. “Reconhecemos que a aprovação trouxe avanços para a normati-zação da retirada do patrocínio e que a atuação destas entidades contribuiu para este fim.” Mes-mo reconhecendo que a norma aprovada apri-mora a resolução que estava vigente há 25 anos (Resolução CGPC nº 6/1988), os dirigentes da ANABB veem alguns pontos que a entidade ain-da considera problemáticos, como a divisão da eventual reserva especial entre os participantes e o patrocinador, conforme prevê a Resolução CGPC nº 26/2008, e a garantia apenas parcial dos benefícios dos assistidos com mais idade.

Em outubro do ano passado, a ANABB entre-gou ao secretário de Políticas de Previdência Complementar, Jaime Mariz, um parecer jurídico com o objetivo de contribuir para uma norma que contemplasse os direitos e os interesses dos par-ticipantes. Este documento foi assinado em con-junto com a AAFBB e a FAABB.

Na última reunião que finalizou o texto da nova resolução, Jaime Mariz, que presidiu a sessão, disse que a nova resolução era grande avanço para o sistema e teve, aproximadamente, 80% dos artigos aprovados por unanimidade. “Este é o resultado de uma consulta pública que teve quase três mil sugestões.” Durante as reuniões do CNPC, Mariz ressaltava que a retirada de pa-trocínio era uma realidade que não estava devi-damente regulamentada. Segundo ele, a nova resolução fomenta o sistema de previdência com-plementar.

Presidente Garibaldi Alves Filho

Ministro da Previdência Social

SubstitutoPresidente

Carlos Eduardo Gabas

Secretário Executivo do Ministério da Previdência Social

Titular José Maria Rabelo

Superintendente e Representante da Previc

Suplente José Roberto Ferreira Representante da Previc

Titular Jaime Mariz de Faria Júnior

Representante da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar

Suplente José Edson da Cunha Júnior

Representante da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar

Titular Luiz Alberto dos Santos

Representante da Casa Civil da Presidência da República

SuplenteIvo da Motta Azevedo Corrêa

Representante da Casa Civil da Presidência da República

TitularDyogo Henrique de Oliveira

Representante do Ministério da Fazenda

Suplente Marcus Pereira Aucélio

Representante do Ministério da Fazenda

TitularMurilo Francisco Barella

Representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Suplente Antônio Fernando Toni

Representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Titular Reginaldo José Camilo

Representante da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp)

Suplente Nélia Maria de Campos Pozzi

Representante da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar

TitularGema de Jesus Ribeiro Martins

Representante da Associação dos Fundos de Pensão de Empresas Privadas (Apep)

Suplente Marcelo Macedo Bispo

Representante da Associação dos Fundos de Pensão de Empresas Privadas

Titular José Ricardo Sasseron

Representante da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar)

SuplenteCláudia Muinhos Ricaldoni

Representante da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão

A íntegra da Resolução CNPC nº 11, de 13 de maio de 2013, poderá ser acessada

pelo site www.anabb.org.br.

Conheça os integrantes do Conselho Nacional de Previdência Complementar.

RETIRADA DE PATROCÍNIO TEM NOVA RESOLUÇÃO

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14 | Maio-Jun/2013 | Jornal AÇÃO

CONVERSA DE BASTIDOR

14 | Maio-Jun/2013 | Jornal AÇÃO

DEPUTADO RETIRA PROJETO QUE REDU-zIA A RESERVA DE CONTINgÊNCIA

O deputado federal Ricardo Berzoini (PT/SP) apresentou no dia 21 de maio requerimento solicitando a retirada de tramitação do Proje-to de Lei Complementar (PLP) nº 236/2012, de autoria própria, que alteraria o Art. 20 da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001. O PLP propunha reduzir o limite de constituição da reserva de contingência das entidades fechadas de previdência comple-mentar de 25% para 15% do valor das re-servas matemáticas – montante destinado à garantia de pagamento de benefícios. De acordo com informações do gabinete do de-putado, com a solicitação de Berzoini, o pro-jeto é retirado de tramitação definitivamente e a matéria vai para o arquivo da casa. Dessa forma, a discussão fica suspensa, permane-cendo o atual limite de 25%. A Lei Comple-mentar nº 109/2001, que dispõe sobre o regime de previdência complementar, previu, em seus Arts. 20 e 21, as regras aplicáveis aos planos de benefícios de entidades fecha-das por ocorrência de superávit ou déficit. No caso de resultado superavitário, os valo-res devem ser destinados à constituição da reserva de contingência limitada a 25% das reservas matemáticas.

COMISSÃO DA CâMARA DISCUTE NORMAS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados discutiu, em audiência pública, o Projeto de Lei Comple-mentar nº 161/2012, de autoria do deputado federal Ricardo Berzoini (PT/SP), que revisa normas gerais das entidades de previdência complementar e aquelas aplicadas aos fundos de pensão das empresas públicas e das sociedades de economia mista. O deputado Ro-gério Carvalho (PT/SE) pediu a realização desse debate para promover o diálogo entre o Estado, os fundos de pensão e os associados a respeito da proposta, a fim de fazer análise conjunta das alterações previstas no projeto. A ANABB apoia o projeto, principalmente no que diz respeito ao fim expresso da possibilidade de reversão de valores de eventuais superávits para o patrocinador e ao fim do voto de Mi-nerva nos Conselhos Deliberativos dos fundos de pensão. O vice-presidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral, acompanhou a audiência e a Diretoria Executiva está analisando todos os pontos do projeto para que, oportunamente, apresente sugestões de alterações que aprimorem a legislação e melhorem as condições dos participantes dos fundos de pensão. O PLP nº 161/2012 altera pontos relati-vos a gestão, formação e dinâmica dos órgãos de administração e de fiscalização previstos na Lei Complementar nº 109/2001. Entre as mudanças propostas pelo projeto, está o fim da limitação dos números máximos de integrantes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, que, atualmente, estão fixados em seis e quatro, respectivamente. Além disso, o projeto retira dos representantes da empresa patrocinadora do fundo a competência para indicar o presidente do Conselho Deliberativo, bem como o voto de qualidade do presidente.

BB ANUNCIA PLANO DE INCENTIVO À APOSENTADORIA PARA CAIXAS E ESCRITURÁRIOS

O Banco do Brasil anunciou no dia 20 de junho o Pla-no de Desligamento de Aposentáveis (PDA) destinado a caixas e escriturários (nessa condição até 31 de maio), que estejam aposentados pelo Instituto Nacio-nal do Seguro Social (INSS) ou que estão em condi-ções de se aposentar pela previdência oficial. O prazo de adesão ao PDA 2013 vai de 24 de junho a 12 de julho, sendo que o plano tem vigência até o dia 18 de agosto de 2013, período em que deverá ser efetuada a rescisão contratual de todos os optantes. Além da indenização em pecúnia prevista, que equivale a três salários brutos, os funcionários receberão as verbas rescisórias legais estabelecidas para rescisões a pedi-do, bem como aquelas estabelecidas no regulamento do Banco para os desligamentos por aposentadoria. Estima-se que dois mil funcionários do BB estejam em condições de aderir ao PDA.

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ANABB PARTICIPA DO CINFAABB 2013 EM gOIâNIA

O balanço do XIX Campeonato de Integração dos Funcio-nários Aposentados do Banco do Brasil (Cinfaabb) foi bas-tante positivo. Cerca de duas mil pessoas, entre atletas, familiares e convidados, participaram do evento, que acon-teceu em Goiânia (GO), de 18 a 25 de maio. A ANABB é uma das parceiras do campeonato e montou um estande no evento para receber os participantes, realizando atuali-zação cadastral e distribuindo brindes. No primeiro dia das competições, o jogador de futebol Túlio Maravilha ficou no espaço da ANABB e tirou fotos com associados. A presen-ça do jogador movimentou o local e mais de 1.600 pesso-as visitaram o estande da Associação. A ANABB também sorteou brindes diários para os associados e 42 pessoas ganharam o Kit Churrasco e o Kit ANABBPrev. A associada Maria de Fátima Viana C. Moreira, de Vitória (ES), foi sor-teada com um tablet. O campeonato acontece anualmen-te, sempre no primeiro semestre, em diferentes cidades do país. Segundo os organizadores, a próxima edição do Cinfaabb acontecerá em Salvador (BA).

ERRATA – RELATóRIO ANUAL 2012 ANABB

A ANABB retifica a informação prestada no Rela-tório Anual 2012 sobre a composição do Grupo Assessor Temático 8 (Novos Funcionários pós-97 e Bancos Incorporados), página 40, em que foi publicado que o integrante Vitor Paulo pertence ao Conselho Deliberativo. O correto é que Vitor Paulo compunha o GAT 8 como um dos três in-tegrantes de notório saber, cargo que deixou de ocupar por decisão pessoal, a partir de março de 2013. Vale lembrar que o integrante fez parte do Conselho Deliberativo da ANABB até janeiro de 2012 e é, atualmente, diretor da Previ.

CUIDADO COM E-mail FALSO EM NOME DA ANABB

Alguns associados têm recebido e-mails em nome da ANABB, solicitando atualização de dados, como usuário e senha. A ANABB informa que não envia mensagens desse tipo e pede que os associados tomem cuidado para não responder a estes e-mails. Essas mensagens podem con-ter vírus e são falsos e-mails. Qualquer dúvida, o associado deve entrar em contato com a ANABB: (61) 3442 9696 ou [email protected].

ANABB ACOMPANHA DEBATES DO XXIV CONgRESSO DE FUNCIONÁRIOS DO BB

Sob o lema “Preservar as conquistas e lutar por mais”, 318 pessoas participaram do XXIV Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, em São Paulo. A maioria dos participantes era do seg-mento pós-98. Depois dos debates, foram aprovadas as principais reivindicações do ano: resgate do papel social do BB como banco público focado no desenvol-vimento do país; valorização e respeito aos funcioná-rios; combate ao Plano de Funções Comissionadas; combate às metas abusivas e ao assédio moral; e isonomia. A ANABB participou do evento, represen-tada pela vice-presidente de Relações Funcionais, Tereza Godoy, pela conselheira deliberativa Maria Go-retti e pela equipe da Vice-Presidência de Relações Institucionais. Também estiveram presentes o diretor regional do Distrito Federal, Hélio Gregório, e os mem-bros dos GATs Olivan Faustino e Eduardo Araújo.

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16 | Maio-Jun/2013 | Jornal AÇÃO 16 | Maio-Jun/2013 | Jornal AÇÃO

SENADOR PEDRO SIMON RECEBE O PRESIDENTE DA ANABB

O presidente da ANABB, Sergio Riede, participou de uma audiência com o senador Pedro Simon (PMDB/RS), no Senado Federal, no fim de maio. No encontro, Riede apre-sentou ao parlamentar o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 275/2012, do senador Paulo Bauer (PSDB/SC), que propõe a exclusão de artigos da Resolução CGPC nº 26/2008. O presidente da ANABB traçou um panorama sobre a atual apuração e utilização de superávit dos pla-nos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar, as dificuldades enfrentadas pelos fundos de pensão e a nova regulamentação sobre a retirada de patrocínio. O senador Pedro Simon declarou total apoio à causa defendida pela ANABB e demonstrou bastante inte-resse pelos assuntos apresentados sobre Banco do Brasil, Previ e demais fundos de pensão.

ANABB CIDADANIA ANALISA NOVOS PROJETOS

O programa ANABB CIDADANIA continua beneficiando comitês e projetos desenvol-vidos pelos funcionários do Banco do Brasil. Ao longo de 2012, o programa passou por regulamentação e aprimoramento para melhor distribuir os recursos doados pelos associados da ANABB. Recomenda-se a todos os Comitês de Cidadania de Funcionários do BB, com interesse em participar do programa, que leiam o regula-mento disponível no site da ANABB (www.anabb.org.br/cidadania), para que pos-sam conhecer o programa e a forma de envio dos projetos. O ANABB CIDADANIA não tem prazo para inscrição. O programa faz parte da política de responsabilidade social da ANABB. De acordo com o novo regulamento, até 80% do valor do projeto pode vir a ser aprovado pela entidade e o restante dos recursos faz parte da contra-partida do comitê proponente. Em maio passado, foram atendidos cinco projetos enviados por comitês, em que foram investidos R$ 121.050,00.

ANABB PROMOVE ABAIXO-ASSINADO

A ANABB vem atuando com bastante firmeza no âmbito legislativo, executivo e judiciário no intuito de fazer valer os direitos dos funcionários do Banco do Brasil. Um dos principais assuntos que está na pauta de discussões da Associação é a Resolução GCPC Nº 26/2008. A exemplo de outras entidades vinculadas ao funcionalismo do BB, a ANABB resolveu promover um ABAIXO-ASSINADO em que solicita o apoio dos associados e do funcionalismo do Ban-co. O objetivo é recolher assinaturas para pleitear a apro-vação do Projeto de Lei Complementar 161/2012, de au-toria do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), e do Projeto de Decreto Legislativo 275/2012, do senador Paulo Bauer (PSDB-SC). Ambos atendem às reivindicações do fun-cionalismo sobre a destinação do superávit em fun-dos de pensão. A ANABB enviou a todos os seus quase dois mil representantes no país material para esclarecimentos e coleta de assinaturas para que o ABAIXO-ASSINADO seja entregue aos parlamentares da Câmara e do Senado, pedindo a aprovação dos dois projetos (PLP 161/2012 e PDS 275/2012). Você também pode, e deve, participar acessando no site www.anabb.org.br/abaixoassinado o formulário para coleta de assinaturas. Junte-se à ANABB e participe desse movimento, conversando com seus colegas e mos-trando a importân-cia do assunto. Cole-tadas as assinaturas encaminhe para a ANABB.

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AS VITóRIAS DA ANABB NA JUSTIÇA CHEgAM A MAIS DE R$ 3 MILHõES NO MÊS DE MAIO

Os associados da ANABB receberam em ações judiciais no mês de maio R$ 3.573.576,47 (três milhões, quinhentos e setenta e três mil, quinhentos e setenta e seis reais e quarenta e sete centavos). As vitórias da ANABB na Justiça contemplaram 183 associados. Esse resultado representa o valor das liquidações referentes às ações: FGTS Planos Econômicos, FGTS Taxas de Juros de 3% para 6%, FGTS Juros Progressivos + Correção, IR Venda de Férias, Licenças-Prêmio e Abonos, IR 1/3 Previ.

PREFEITO DE PORTO ALEgRE RECEBE DIRIgENTES DA ANABB

O presidente da ANABB, Sergio Riede, e o vice-presidente de Comunica-ção, Douglas Scortegagna, foram recebidos pelo prefeito de Porto Ale-gre, José Fortunati, na prefeitura da cidade, por ocasião da visita feita ao Rio Grande do Sul, aproveitando o encontro realizado pela ANABB na-quele estado. Fortunati, que é funcionário do Banco do Brasil, ressaltou o excelente trabalho que vem sendo realizado pela atual Diretoria da entidade. Também estiveram presentes o delegado da Coop-ANABB, Osvaldo Petersen Filho, e o presidente da Fundação de Assistência So-cial e Cidadania da Prefeitura de Porto Alegre, Kevin Krieger. José Fortu-nati foi bastante receptivo com os representantes da ANABB e falou da sua satisfação em ser associado.

TRT REALIzA PRIMEIRA AUDIÊNCIA SOBRE DEMISSõES NO BB

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª região re-alizou no dia 20 de junho, a primeira audiência da ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Tra-balho (MPT) contra as demissões e os descomissiona-mentos no Banco do Brasil. Na audiência, compareceu, além dos representantes do MPT, o advogado do BB e dos seis diretores da instituição financeira que estão na condição de réus no processo. Na ação, que tramita na 4ª Vara do Trabalho de Brasília, o MPT alega que “a prá-tica imotivada e reiterada de descomissionamentos e demissões, inclusive em gozo de auxílio-doença, de em-pregados pelo Banco do Brasil, como prática discrimina-tória e de retaliação pelo ajuizamento de reclamações trabalhistas por estes em busca do pagamento de ho-ras extraordinárias, em clara afronta ao princípio cons-titucional de acesso à Justiça”. Uma nova audiência foi agendada para o dia 2 de agosto, às 9h. Na ocasião, o juiz ouvirá os diretores do BB e as testemunhas. Por essa razão, a audiência será fechada.

BB VAI REINTEgRAR FUNCIONÁRIO DEMITIDO POR ATO DE gESTÃO

A Justiça do Trabalho condenou o Banco do Brasil a reintegrar funcionário demitido sem justa causa, por ato de gestão. No despacho, publicado em 21 de maio de 2013, o juiz Fernan-do Gabriele Bernardes, da 9ª Vara do Trabalho de Brasília/DF, aplicou a jurisprudência criada a partir de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do Recurso Extraordinário nº 589998. Tal decisão confirma ser obrigatória a motivação na dispensa unilateral de empregado por empresa pública e sociedade de economia mista, tanto da União, quanto dos es-tados, do Distrito Federal e dos municípios, uma vez que são admitidos por concurso público. Ou seja, o funcionário pode ser demitido sem justa causa, desde que haja processo admi-nistrativo que aponte a motivação da demissão, mesmo que essa motivação não permita o enquadramento legal como de justa causa. Por simples ato de gestão, sem qualquer registro de motivação, o empregado concursado não pode ser demiti-do. Como a tese já está consolidada no STF, não cabe recurso. No despacho, o juiz determinou a imediata reintegração do funcionário ao quadro do BB.

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BANCO DO BRASIL

A VOLTA DO FUNCIONALISMO AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BBO antigo Garef, agora chamado conselheiro representante dos empregados no Conselho de Administração, volta a fazer parte das reuniões que indicam as diretrizes do BB. O novo representante do funcionalismo tem direito a voto, mas perdeu algumas características

Por Josiane Borges e Tatiane Lopes

Após 11 anos, um representante dos funcionários vai voltar a ocupar um assento no Conselho de Admi-nistração do Banco do Brasil. Em maio e junho, foram realizadas eleições para o cargo. Este é um momento de grande relevância para o funcionalismo do BB, uma vez que torna legítima a participação dos funcionários nas diretrizes estratégicas da em-presa. Ao todo, foram mais de 640 funcionários da ativa do BB que se candidataram ao cargo, também chamado de conselheiro represen-tante dos empregados no Conse-lho de Administração (Caref).

A ANABB acredita que o re-presentante dos funcionários no Conselho de Administração é um defensor dos interesses do funcio-nalismo e, ao mesmo tempo, um porta-voz da sociedade nos atos de gestão do BB. “A retomada do Caref de forma legal e legítima traz transparência na gestão e ajuda na democratização do Banco do Bra-sil. A Associação buscará garantir o máximo de legiti-midade e apoio ao Caref eleito para que possa cumprir com eficiência as funções delegadas por todos os fun-cionários”, ressalta o presidente Sergio Riede.

Essa é a primeira eleição que o Banco do Brasil re-

aliza para tal fim, em cumprimento à Lei nº 12.353, de 2010, aprovada ao fim do governo Lula. Dois candi-datos levaram a votação para o segundo turno. Rafael Vieira de Matos, que obteve 5.678 votos, e Ronaldo Zeni, com 2.776. No total, 77.643 funcionários vota-ram, entre brancos (20.167), nulos (25.454) e votan-

tes (32.222).Para reforçar a importân-

cia do processo de escolha do Caref, a ANABB abriu espaço a fim de que os can-didatos participantes divul-gassem seus currículos no site da Associação. Por 15 dias, no período entre 23 de maio e 7 de junho, o funcio-nalismo acessou a página da ANABB e conheceu o per-fil dos candidatos. “Nosso site é fonte de pesquisa e re-ferência sobre assuntos de interesse dos funcionários, sejam os da ativa, sejam os

aposentados. Não poderíamos deixar de abraçar uma causa tão importante e que contribui para o fortaleci-mento do funcionalismo”, disse Riede.

O cargo de representante do funcionalismo era chamado de Garef – em referência ao Gabinete de

No caso do BB, o Conselho de Administração possui

responsabilidades estratégicas, orientadoras, eletivas e

fiscalizadoras. Também traça o plano geral de negócios

da empresa, entre diversas outras atribuições.

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A VOLTA DO FUNCIONALISMO AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BB

Representação do Funcionalismo do Banco do Brasil – e existiu entre 1987 e 2002, sendo ocupado por cinco funcionários: Fuad Nassif Ballura (1987), Luiz Oswaldo Sant’lago Moreira de Souza (1990), Henrique Pizzolato (1993), Fernando Amaral (1996) e Paulo Assunção de Souza (1999). Em 2002, o cargo foi extinto.

MISSÃO RESgATADAAinda que com nomes diferentes, principalmente

em virtude da legislação hoje vigente, a história vem demonstrando que tanto o antigo Garef quanto o atu-al Caref têm importante função: servem como instru-mento de participação dos funcionários nos rumos da empresa. Para o primeiro representante de funcioná-rios no Conselho de Administração do BB, Fuad Nas-sif Ballura, “um aspecto relevante é a consciência de que o representante dos funcionários está no conse-lho para acompanhar, discutir, deliberar e divulgar o resultado do que tenha sido decidido naquilo que diz respeito, principalmente, ao interesse geral do corpo funcional do Banco”.

No caso do BB, o Conselho de Administração possui responsabilidades estratégicas, orientadoras, eletivas e fiscalizadoras. Também traça o plano geral de negó-cios da empresa, o plano diretor e o orçamento global do Banco, entre diversas outras atribuições. O conse-lho é composto por sete membros: três indicados pelo governo federal, dois indicados pelos acionistas mino-ritários – que hoje são indicados pela Previ –, o presi-dente do Banco e agora um eleito pelos funcionários.

Para ocupar o cargo de Caref, algumas regras bási-cas precisam ser seguidas. O representante dos em-pregados irá participar mensalmente das reuniões do Conselho de Administração, mas não será lotado necessariamente em Brasília, não terá um gabinete com alguns assessores na instituição nem terá as-sento no Conselho Diretor com direito a voz, como ocorria com o Garef. Pela legislação, o conselheiro representante dos empregados não poderá participar

das discussões e das deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive matérias de previdência com-plementar e assistenciais, hipóteses em que, segundo o legislador, ficaria configurado o conflito de interesse. Porém, o mesmo legislador não entende como conflito de interesse a participação dos representantes do go-verno em assuntos de interesse governamental, nem dos demais acionistas em assuntos que digam respei-to à definição de metas de resultado que atendam a seus interesses.

Para o conselheiro do Instituto Brasileiro de Gover-nança Corporativa (IBGC), Leonardo Viegas, nas discus-sões em que for configurado o conflito de interesses, o conselheiro, além de não votar, deveria até mesmo não estar presente. “O representante dos funcionários não será necessariamente um sindicalista. Ao tomar posse, ele tem obrigação legal e ética de defender o interesse maior da empresa. A empresa é importantís-sima para o bem-estar da sociedade, mas, se for tra-tada de forma imatura e tendenciosa por empregados, acionistas ou governo, não será bom indicativo de go-vernança”, afirma Viegas.

A eleição do Caref tem provocado debate entre os próprios funcionários. Alguns criticam o fato de o con-selheiro não participar de determinadas reuniões, ou-tros acreditam que a presença de um representante eleito significa um avanço. A funcionária da ativa do BB Ana Luiza Smolka defende que o Caref pode ser mais um canal de diálogo entre o Banco e os funcionários. “Acredito que ele possa tentar resgatar o respeito ao funcionalismo. No passado, tivemos uma experiência semelhante e que foi muito boa e atuante, pois a pre-

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sença de um funcionário no conselho intimida, de algu-ma forma, situações de risco.”

O conselheiro deliberativo da ANABB Luiz Oswaldo Sant’lago Moreira de Souza, que já ocupou cargo de Garef, acredita que a atual situação do representante dos funcionários no Conselho de Administração é in-ferior àquela criada na década de 1980. “Em nossa época, o Garef podia discutir assuntos de interesse do funcionalismo, e hoje não pode. Parece uma conquista com gosto de retrocesso, pois o Garef era um admi-nistrador do Banco com a visão do funcionalismo. De repente, ele surge como se desmentisse o que sempre foi dito por todos os presidentes que passaram pelo Banco: que o funcionário é o maior patrimônio da em-presa”, destaca o conselheiro.

Para Luiz Oswaldo, é necessário que haja estrutura mínima para que o representante do funcionalismo exer-ça sua função. “Acredito que não é possível representar da forma como propuseram, em que o representante não participa de reuniões sobre assuntos de interesse do funcionalismo. Parece que a intenção é legitimar uma presença que não existe”, disse o conselheiro.

HISTóRIAA primeira eleição para representante dos funcioná-

rios no Conselho de Administração do BB aconteceu de forma indireta. O Garef Fuad Nassif Ballura lembra que não havia normas de atuação e que as dificuldades de comunicação atrapalhavam a divulgação dos traba-lhos. “Naquele tempo, não se contava com a internet nem com as redes sociais, e a eventual divulgação de decisões deveria ser feita por meio de matéria duplica-da por xerox, envelopada e encaminhada às agências por malote e que, em sua maioria, não chegava ao co-nhecimento dos funcionários”, recorda.

Em 1990, após muitas negociações, foi introduzi-da nova regra eleitoral que consagrou a eleição por meio do voto direto. Luiz Oswaldo Sant’Iago Moreira de Souza foi eleito para o segundo mandato do Garef e também enfrentou muitas dificuldades. “Precisei lu-tar para ter um gabinete de trabalho, ainda que isso já tivesse sido aprovado. A comunicação também era complicada, mas nosso boletim possibilitava a troca de informações que dava consistência à verdadeira repre-sentatividade”, relembra.

Em 1993, Henrique Pizzolato assumiu a responsa-bilidade de representar os funcionários do Banco. O gabinete chegou a ser o principal instrumento de orga-nização da Campanha contra a Fome, a Miséria e pela Vida, liderada pelo sociólogo Betinho.

Também pelo voto direto, Fernando Amaral Baptista Filho, posteriormente eleito diretor da Previ e atual vi-

A ANABB buscou a experiência de outros conselheiros elei-tos pelos funcionários para mostrar a rotina e o trabalho dessa pessoa que carrega os anseios de muitos traba-lhadores. Thadeu Figueiredo Rocha foi reeleito, em 2013, com 86,03% dos votos como representante dos empregados no Conselho de Administra-ção da Eletrobras. Com 36 anos, ele tomou posse na empresa em 2003. É formado em Economia, Administração de Empresas, especialista em Economia da Energia, mestre em Ciência Política e, atual-mente, cursa doutorado em Ciência Política na Universida-de Federal Fluminense (UFF).

EXPERIÊNCIA NA ELETROBRAS

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ce-presidente de Relações Institucionais da ANABB, foi eleito Garef em 1996, ano da reforma estatutária que modificou o artigo referente à constituição do Conse-lho de Administração. No lugar de um funcionário que conferisse representatividade ao corpo funcional, o novo regulamento estipulava que a vaga do conselhei-ro fosse ocupada por indicação de um ou mais clubes de investimentos que possuíssem, no mínimo, 3% do capital social da empresa. Os clubes de investimentos deveriam ser formados por funcionários do Banco, em atividade ou aposentados.

Essa alteração estatutária não surtiu os efeitos de-sejados porque nenhum clube de investimento de fun-cionários conseguiu alcançar 3% de participação no capital social do BB. A limitação abriu brechas para a Direção do Banco questionar a continuidade do Garef, e assim, a partir de 1996, as eleições se realizaram na forma anterior, mas em caráter de “excepcionalidade”.

A gestão de Amaral foi marcada por muitos obstácu-los: a participação do conselheiro no Conselho de Ad-ministração do BB foi bloqueada e surgiu a censura prévia do Boletim Garef, um importante canal de comuni-cação e a publicação eletrônica mais lida pelos funcionários. Os funcionários tinham a oportunidade de debater qualquer problema e, por meio do boletim, os assuntos eram ampla-mente compartilhados por todos os funcionários.

Amaral relembra que o primeiro Garef não teve libe-

ração do local de trabalho, recebia os pontos de pau-ta no Cesec e registrava seu voto, sem debate com os demais conselheiros, na maioria das vezes por telefo-ne ou por correio. “Os funcionários e suas entidades reivindicaram um local de trabalho para o membro do Conselho de Administração e a liberação para executar as tarefas estratégicas pelas quais havia sido escolhi-do”, ressalta o vice-presidente da ANABB.

Amaral afirma que “o atual Caref está sendo escolhi-do em um processo de difícil aferição de legitimidade e volta ao começo da história de representação, sem liberação e sem gabinete”. Mas acrescenta que “o car-go tem importante função, principalmente na escolha dos melhores encaminhamentos estratégicos para o Banco do Brasil”.

O último conselheiro do Garef foi Paulo Assunção de Souza. Assumiu em 1999 e permaneceu até abril de 2002. Para ele, “o conselheiro representante é a voz dos funcionários no órgão que decide todas as ações da empresa. Tudo o que se discute lá tem reflexo no dia a dia dos funcionários. Além disso, o conselho do Banco do Brasil reflete sempre a opinião do acionista majoritário, que é o governo. Muitas vezes, o represen-tante dos funcionários bate de frente contra essa opinião, que é muito forte e dominante. Ser repre-sentante eleito é dar condição ao Caref de equili-brar o jogo”, finaliza.

Ação: Você costuma ouvir as demandas dos emprega-dos e levá-las para o conselho?Thadeu: Eu tenho uma rotina de ampla e produtiva in-terface com os colegas, seja para discutir a conjuntura da economia e do setor elétrico, seja para avaliar as respectivas oportunidades e riscos para a empresa. Já dei inúmeras contribuições sobre as matérias levadas ao conselho que foram aprovadas pelo colegiado. Deixo claro que também já fui contra determinadas matérias trazidas para o debate. Tudo isto faz parte do cargo e é um procedimento extremamente legítimo.

Ação: Com base em sua experiência, quais dicas você daria para o funcionário do BB que irá assumir o cargo?Thadeu: A responsabilidade do representante dos empre-gados é enorme. Os desafios também. Considero oportu-no que o novo eleito tenha grande conhecimento sobre o portfólio do Banco do Brasil, as oportunidades e os riscos para a instituição, a dinâmica do setor bancário e, espe-cialmente, possa ser o porta-voz das contribuições dos empregados sobre os rumos da instituição. O emprega-do eleito terá ativo intangível extremamente importante para as discussões do conselho: a visão de “dentro” da

empresa. Vale registrar que uma cadeira no Conselho de Administração é uma forma de aproximar os emprega-dos das estratégias discutidas pela organização. Por fim, os primeiros representantes dos empregados eleitos em suas empresas têm relevante papel institucional a cum-prir tanto para valorizar o esforço e a visão daqueles que defenderam esta lei quanto para mudar a cultura, vencer preconceitos e influenciar nos caminhos de importantes empresas brasileiras.

Ação: De que forma um representante dos empregados no Conselho de Administração agrega valor à empresa?Thadeu: Contribui para a transparência, para a discus-são das matérias da pauta e para a melhoria do nível de governança. Os acionistas representados no Conse-lho de Administração passam a ter mais uma opinião de peso sobre o ambiente “interno” da companhia e isto é extremamente salutar. Além disso, os empregados co-nhecem o negócio da empresa e podem trazer contribui-ções técnicas sobre assuntos de diversas naturezas. Um conselheiro legitimamente eleito por seus pares deve respeitar e ser respeitado por toda a Diretoria Executiva e colegas de conselho.

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Nós, participantes e assistidos da Previ, especialmente do Plano 1, estamos em situação previdenciária tão privi-legiada em relação à maioria dos brasileiros que fica até difícil aceitar questionamentos vez por outra apresentados por especialistas e outras pessoas sobre a validade de in-vestir ou não em previdência complementar. E pensar que quando tomamos posse no Banco não havia escolha – a adesão à Previ era automática, compulsória... A quem te-mos de agradecer?

Mas o contraditório é salutar. Ajuda-nos a refletir, reafir-mar ou trocar de posição. Estimula o interesse pelo acom-panhamento da gestão, das estratégias de investimentos, das alterações nas normas. Faz que fiquemos mais atentos. Nosso futuro depende disso.

Atrevo-me a dizer que os questionamentos não cabem também para participantes do Previ Futuro ou de qualquer outro plano de previdência fechada, aqueles que contam com aportes patronais na forma de paridade contributiva – quanto mais o participante contribui, mais o patrocina-dor aporta para sua conta de reservas. Deixar de aprovei-tar uma oportunidade dessas é atestar que não entende de finanças e que não valoriza seu dinheiro. Nem o próprio futuro. Onde mais seria possível ganhar 100% instantane-amente? Diante desse número, tudo mais vira secundário. Cem por cento deveria ser também o percentual de adesão, hoje opcional. Mas não o é! Espero que este artigo contri-bua para nos aproximar ainda mais dessa marca.

Porém, nem todos os planos de previdência são assim. Temos os planos instituídos, como o ANABBPrev e a previ-dência complementar aberta, que não contam com aportes patronais. Para esses, vale a pena um dedo de prosa. Antes disso, coloco outro fato incontestável: a previdência oficial, o INSS, não é e não será suficiente para garantir-nos uma renda digna na aposentadoria. Precisaremos de mais. Pre-vidência complementar é uma das alternativas. Das boas, a

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR VALE A PENA?

meu ver. Ainda mais para aqueles que, como eu, acreditam que serão centenários.

Ainda que existam custos de administração e carrega-mento pelas entidades de previdência, há ganhos nos re-sultados pelo profissionalismo da gestão, pela escala dos investimentos, pela regulamentação rígida, pelo melhor aproveitamento de oportunidades. Mas os custos são al-tos, realmente. Então, em vez de tirar o sofá da sala, por que não buscar as melhores alternativas, instituições sóli-das com bom histórico e que aceitem negociar taxas? Pe-quenas conquistas na taxa farão muita diferença ao longo dos anos. Lembremo-nos de que a taxa de administração é cobrada na entrada dos recursos. Com uma taxa de 2%, por exemplo, ao aplicar R$ 300,00, apenas R$ 294,00 irão para a reserva de capital. Imagine R$ 6,00 a menos por mês ao longo de 30 anos. Farão diferença, claro! Mas olhe-mos pelo lado positivo: R$ 294,00 por mês ao longo dos mesmos 30 anos contribuindo para as reservas previden-ciárias. Aí vale lembrar também que são raras as pessoas que mantêm disciplina para seguir esse ritmo por conta própria durante tanto tempo. As tentações no meio do ca-minho são muitas.

Porém, àqueles que defendem o investir por conta, montar a própria carteira de investimentos, é bom lembrar que todo investimento tem custos, diretos e indiretos. Para comprar ações, as tarifas não ficam abaixo dos R$ 10,00. Nos fundos, também existem taxas. Imóveis? Corretagens e tributos elevadíssimos. Poupança? E a manutenção do poder aquisitivo? Tesouro Direto? Claro! Mais uma boa op-ção complementar.

Gosto de investimentos em previdência complementar não como a alternativa, mas como uma alternativa para diversificar. Complementar não apenas em termos de pre-vidência, mas também em relação aos investimentos. Mais uma cesta para colocar os ovos. Entre as muitas vantagens, está

a de induzir os participantes a fazer aportes contínuos, módi-cos, por longo prazo. Ajuda na disciplina. Dificulta o desvio de rumos e as mudanças intem-pestivas. O foco não fica na ren-tabilidade de curto prazo. Fica mais fácil planejar, enxergar o horizonte pós-aposentadoria. Para os demais sonhos e ob-jetivos, há outros ativos mais adequados. Mas o que seria do branco se não fosse o preto?

Por Álvaro Modernell, especialista em Educação Financeira e Previdenciária

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COMPORTAMENTO

Em junho, manifestações populares eclodiram em vários pontos do Brasil, carregando características jamais vistas no país. Estamos habituados a ver pro-testos de todas as ordens, porém sempre específicos, com objetivos definidos e com identificação clara de suas origens e suas lideranças.

Esse movimento, entretanto, surge de forma dife-rente. A reivindicação inicial por redução do preço da passagem ganhou novos tons, como a reação à re-pressão desencadeada contra o movimento, em São Paulo. A partir daí, unificada pela questão da melhoria do transporte público e a defesa da liberdade de ex-pressão e do direito à manifestação, o movimento cres-ceu e se tornou nacional e internacional, rapidamente.

Os motivos se diversificaram: o movimento encon-trou apoio imediato por parte de brasileiros espalha-dos pelos cinco continentes que, mesmo de longe, também vão às ruas em solidariedade aos movimen-tos das cidades brasileiras.

Diversos analistas políticos e estudiosos de movi-mentos populares manifestam-se, perplexos, sobre esse novíssimo tipo de movimento. Poucos têm ex-pressado certezas sobre esta nova realidade.

A nós, nos parece que é hora de ouvir. É hora de compreender que a população brasileira começa a exigir, mesmo que de forma ainda difusa, o cumpri-mento do parágrafo único do Art. 1 º da Constituição da República Federativa do Brasil:

“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

As críticas sobre as opções e as prioridades de in-vestimentos definidas por representantes de todos os partidos; a exigência de transporte a preço justo a todos os prefeitos de todos os partidos; os pedidos de não cerceamento do poder de investigação de frau-des, corrupções e outros abusos contra a população,

ainda não são acompanhados de propostas concretas de alternativas, formas e regulamentações que tornem corretos, justos e eficazes os atos para garantir bons serviços ao povo.

Parafraseando José Régio, em Cântico Negro, pare-ce que o povo está nas ruas para dizer:

“ah, que ninguém me dê piedosas intenções,Ninguém me peça definições!Ninguém me diga: ‘vem por aqui’!a minha vida é um vendaval que se soltou,É uma onda que se alevantou,É um átomo a mais que se animou...Não sei por onde vou,Não sei para onde vouSei que não vou por aí!”A Diretoria da ANABB não sabe o fim desta história.

Tampouco sabe o enredo dos próximos capítulos. Mas reconhece que é muito salutar o fato de as pessoas romperem o isolamento das atitudes individualistas e resolverem lutar por causas que julgam justas. É muito importante que, sobretudo, a juventude, criticada por atitudes egocêntricas ou céticas em relação a seu pa-pel na sociedade, encontre disposição para lutar, nas ruas, o bom combate pela melhoria das condições de vida para todos os brasileiros.

É correto não mais aceitar que a instituição policial seja usada contra a população que reivindica, de for-ma forte, afirmativa e pacífica, seu direito a uma vida melhor. Porém, se as manifestações não admitem a violência, seu pressuposto é de afirmar-se também como não violentas. Para nós, que pretendemos repre-sentar segmentos específicos de brasileiros por meio das entidades e das instituições que dirigimos, é hora de estarmos juntos com os demais brasileiros, para ou-vi-los, para buscar compreender seus desejos e para tentar nos manter dignos das representações que nos foram delegadas.

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posse, há tantos anos, na querida cidade de Suzano, no interior de São Paulo. E, infelizmente, as mudanças não foram para melhor, como seria de se esperar, com o desenvolvimento do país e o avanço tecnológico. Atu-almente, vivemos situações que seriam impensáveis outrora. A população carente está sendo direcionada, empurrada, para um atendimento alternativo nos cor-respondentes bancários, por vezes muito próximos a uma agência do Banco do Brasil. Em respeito a ISO-NOMIA, estas pessoas/clientes teriam direito a ser atendidas nas agências e, com isso, evitaríamos os correspondentes, que nada mais são que agências disfarçadas, nos quais se exercem as mesmas fun-ções, com salários diminuídos.

Quantas equiparações nos faltam...? Quantos direi-tos são negados no dia a dia aos estagiários, aos tercei-rizados, aos quarteirizados...?

Não é justo que as mulheres em licença-maternidade, bem como os afastados por problemas de saúde, re-cebam também o auxílio-refeição? E os aposentados? Vivemos em uma sociedade preocupada com os ido-sos, temos filas, assentos, vagas de estacionamen-tos preferenciais... Estas pessoas construíram este Banco. Não é justo que a empresa, até por uma ques-tão social, forneça uma cesta-alimentação mensal para os aposentados?

Também, em prol da ISONOMIA, as bolsas de estudo deviam ser expandidas. É um grande passo, louvável, a participação do BB nos estudos de alguns funcionários; todavia, muitos outros desejam ser beneficiados.

A ANABB está junto ao funcionalismo, ombro a om-bro, lutando para alcançarmos a ISONOMIA e para che-garmos não só a um Banco melhor, como também a uma sociedade mais justa.

Quem sabe um dia teremos de fato um Banco BOM PRA TODOS. Um Banco humanitário, um Banco voltado para o desenvolvimento, que coloque o ser humano em primeiro lugar. Minha esperança está na disposição de luta do funcionalismo que, como vice-presidente de Relações Funcionais, observo nos contatos diários com os colegas. Assim, apesar das situações adversas vividas, percebemos que a garra dos funcionários não esmorece em prol da ISONOMIA.

Mais uma vez, está chegando a época da campanha salarial, em que discutiremos, além dos salários, con-dições de trabalho, Cassi, Previ e diversas outras ques-tões de interesse dos funcionários. A conjuntura no BB está cada vez mais adversa, pois, lamentavelmente, o Banco vem impondo ao funcionalismo uma remunera-ção em que o valor das comissões é muito maior que o valor dos salários, situação esta que separa os colegas e dificulta as lutas. Neste quadro, parece-me que, mais do que nunca, a ISONOMIA torna-se questão imperiosa.

Primeiramente, temos de lembrar a já conhecida luta por ISONOMIA entre os pré e os pós-98. Não faz sentido, não tem explicação, esta dicotomia de direitos dentro do Banco do Brasil, em que foram solapados, vergonhosa-mente, aos admitidos a partir de 1998, diversos bene-fícios. Alguns destes não foram ainda normatizados e constam apenas de acordos coletivos e, portanto, estão sujeitos à renovação (ou não) todos os anos. Quanto à licença-prêmio e às férias de 35 dias, não estão nem mesmo nos acordos coletivos. Esta injustiça já se arras-ta há 15 longos anos...

Em seguida, há de se falar na ISONOMIA para as mu-lheres. Tendo o BB recebido, recentemente, do governo federal o selo do Programa Pró-equidade de Gênero e Raça, perguntamos: onde estão as diretoras? E as vice-presidentes? Em diversas situações, constata-mos que, mesmo nos dias atuais, as mulheres não têm as mesmas oportunidades que os homens na carreira do Banco do Brasil.

Outra questão importante é a ISONOMIA para os co-legas oriundos dos bancos incorporados, principalmen-te neste momento, em relação à saúde. Ora: se o BB compra um outro banco, ele deve levar consigo os ônus e os bônus. Assim, entendo que, da mesma forma que os concursados do BB, os colegas dos bancos incor-porados têm direito à continuidade da assistência à saúde depois de aposentados, com a garantia de par-ticipação do Banco no custeio.

Somos todos funcionários do Banco do Brasil e, devi-do a estas inusitadas situações, estamos cada vez mais distantes uns dos outros, separados pela empresa. De-pois de tantos anos como funcionária dessa casa, algu-mas coisas ainda me deixam estupefata. Por exemplo: o Banco, agora, tem a Plataforma de Suporte Operacional (PSO), em que os caixas que ali trabalham não perten-cem ao quadro das agências. É como uma população flutuante. Estes funcionários podem trabalhar cada dia em uma agência. Podem estar aqui hoje, acolá amanhã e assim sucessivamente. Ora: avoquemos o princípio da ISONOMIA e tenhamos em mente que estes colegas de-veriam ter um local fixo de trabalho, como todos os outros.

O Banco está muito diferente daquele em que tomei

Tereza Godoy Vice-Presidente de Relações Funcionais

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OPINIÃO

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A ISONOMIA