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8/17/2019 Texto 1. Informações Básicas - Responsabilidade Social e Terceiro Setor (1).docx http://slidepdf.com/reader/full/texto-1-informacoes-basicas-responsabilidade-social-e-terceiro-setor 1/7 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Jurídicas e Econ!icas De"arta!ento de Ad!inistra#$o % Curso de Ad!inistra#$o Disci"&ina: Responsabilidade Social e Terceiro Setor Pro'essor(a)* Rogério Zanon da Silveira O Terceiro Setor* In'or!a#+es ,-sicas ./ Conceito 0-sico O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável  pelas questões individuais. Com a al!ncia do "stado, o setor privado come#ou a ajudar nas questões sociais, através das in$meras institui#ões que compõem o c%amado terceiro setor. Ou se&a, o terceiro setor é constitu'do por organi(a#ões sem ins lucrativos e n)o governamentais, que tem como ob&etivo gerar servi#os de caráter p$blico. O nome Terceiro Setor indica os entes que est)o situados entre os setores empresarial *primeiro setor+ e estatal *segundo setor+. Os entes que integram o Terceiro Setor s)o entes privados, n)o vinculados organi(a#)o centrali(ada ou descentrali(ada da -dministra#)o $blica, que n)o alme&am entre seus ob&etivos sociais o lucro e que prestam servi#os em áreas de relevante interesse social e p$blico. /. Ta!an1o O taman%o do terceiro setor varia bastante em termos de sua participa#)o percentual no total de empregos. a'ses como 0olanda, 1rlanda e 2élgica possu'am mais de 345 do total de sua popula#)o ocupada em atividades deste setor *3/,657 33,65 e 34,65 respectivamente+. 8á o 2rasil situa9se abaio da média dos pa'ses considerados na  pesquisa em quest)o, que era de ;,<5. 2/ A "ersona&idade Jurídica no C3di4o Ci5i&* 3. essoa ='sica /. essoa 8ur'dica /.3.>ireito 1nterno /.3.3. $blico: ?ni)o, "stados, @unic'pios, >istrito =ederal, -utarquias. /.3./. rivado: Sociedades *empresárias e An)o empresáriasB+, =unda#ões, -ssocia#ões, artidos ol'ticos. /./. >ireito "terno: Organi(a#ões e institui#ões de outros pa'ses, ainda que sediadas no 2rasil. 6/ O si4ni'icado de Institui#$o7 Entidade e Or4ani8a#$o Institui#$o é o prprio ato de estabelecer ou ormar alguma coisa, para que se eercitem ou se cumpram as inalidades pretendidas ou as disposi#ões impostas. Deste sentido, a institui#)o se apresenta como a unda#)o ou a cria#)o de alguma coisa, com inalidades prprias e determinadas pela prpria vontade criadora. "m decorr!ncia disso, Ainstitui#)oB é uma palavra empregada para designar a prpria corpora#)o ou a organi(a#)o institu'da, n)o importando o im a que se destine, se&a ele econEmico, religioso, educativo, cultural etc. -s institui#ões podem ser  p$blicas ou privadas. >o mesmo modo, o termo AinstitutoB, embora compon%a a ra()o social de algumas entidades, n)o corresponde a uma espécie de pessoa &ur'dica, podendo ser utili(ado por entidade governamental ou privada, lucrativa ou n)o lucrativa, constitu'da sob a orma de unda#)o ou associa#)o. ?sualmente, vemos o termo AinstitutoB associado a entidades dedicadas educa#)o e pesquisa ou produ#)o cient'ica. Entidade  é o vocábulo utili(ado para indicar a eist!ncia real ou mesmo daquilo que eiste por ideia ou ic#)o legal. Serve, assim, para designar qualquer institui#)o ou organi(a#)o cu&a eist!ncia é considerada ou encarada indistinta e independentemente das prprias coisas ou pessoas 'sicas, mesmo que n)o se mostrem propriamente como uma pessoa &ur'dica. Or4ani8a#$o é, em sentido técnico, o con&unto de regras adotadas para a composi#)o e uncionamento de certas institui#ões, se&am de interesse p$blico se&am de interesse privado. O termo tanto signiica a regulari(a#)o 9 a coordena#)o de um organismo institu'do, undado 9 como o corpo que dela se gerou ou se constituiu. -ssim, uma ODF, organi(a#)o, entidade ou institui#)o da sociedade civil, será sempre G em termos &ur'dicos G uma associa#)o ou uma unda#)o. - escol%a ica a critério daqueles que a estabelecem, mas, ineistindo bens para a dota#)o de um

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCentro de Ciências Jurídicas e Econ!icasDe"arta!ento de Ad!inistra#$o % Curso de Ad!inistra#$oDisci"&ina: Responsabilidade Social e Terceiro Setor Pro'essor(a)* Rogério Zanon da Silveira

O Terceiro Setor* In'or!a#+es ,-sicas

./ Conceito 0-sico

O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Com a al!ncia do "stado, o setor privado come#ou a ajudar nas questões sociais,através das in$meras institui#ões que compõem o c%amado terceiro setor. Ou se&a, o terceiro setor é constitu'do por organi(a#ões sem ins lucrativos e n)o governamentais, que tem como ob&etivo gerar servi#os de caráter p$blico.

O nome Terceiro Setor indica os entes que est)o situados entre os setores empresarial *primeiro setor+ e estatal

*segundo setor+. Os entes que integram o Terceiro Setor s)o entes privados, n)o vinculados organi(a#)ocentrali(ada ou descentrali(ada da -dministra#)o $blica, que n)o alme&am entre seus ob&etivos sociais o lucro eque prestam servi#os em áreas de relevante interesse social e p$blico.

/. Ta!an1o O taman%o do terceiro setor varia bastante em termos de sua participa#)o percentual no total de empregos. a'sescomo 0olanda, 1rlanda e 2élgica possu'am mais de 345 do total de sua popula#)o ocupada em atividades destesetor *3/,657 33,65 e 34,65 respectivamente+. 8á o 2rasil situa9se abaio da média dos pa'ses considerados na pesquisa em quest)o, que era de ;,<5.

2/ A "ersona&idade Jurídica no C3di4o Ci5i&*3. essoa ='sica/. essoa 8ur'dica/.3.>ireito 1nterno

/.3.3. $blico: ?ni)o, "stados, @unic'pios, >istrito =ederal, -utarquias./.3./. rivado: Sociedades *empresárias e An)o empresáriasB+, =unda#ões, -ssocia#ões, artidos ol'ticos.

/./. >ireito "terno: Organi(a#ões e institui#ões de outros pa'ses, ainda que sediadas no 2rasil.

6/ O si4ni'icado de Institui#$o7 Entidade e Or4ani8a#$oInstitui#$o é o prprio ato de estabelecer ou ormar alguma coisa, para que se eercitem ou se cumpram asinalidades pretendidas ou as disposi#ões impostas. Deste sentido, a institui#)o se apresenta como a unda#)o ou a

cria#)o de alguma coisa, com inalidades prprias e determinadas pela prpria vontade criadora. "m decorr!nciadisso, Ainstitui#)oB é uma palavra empregada para designar a prpria corpora#)o ou a organi(a#)o institu'da, n)oimportando o im a que se destine, se&a ele econEmico, religioso, educativo, cultural etc. -s institui#ões podem ser  p$blicas ou privadas. >o mesmo modo, o termo AinstitutoB, embora compon%a a ra()o social de algumas entidades,n)o corresponde a uma espécie de pessoa &ur'dica, podendo ser utili(ado por entidade governamental ou privada,lucrativa ou n)o lucrativa, constitu'da sob a orma de unda#)o ou associa#)o. ?sualmente, vemos o termoAinstitutoB associado a entidades dedicadas educa#)o e pesquisa ou produ#)o cient'ica.

Entidade é o vocábulo utili(ado para indicar a eist!ncia real ou mesmo daquilo que eiste por ideia ou ic#)olegal. Serve, assim, para designar qualquer institui#)o ou organi(a#)o cu&a eist!ncia é considerada ou encaradaindistinta e independentemente das prprias coisas ou pessoas 'sicas, mesmo que n)o se mostrem propriamentecomo uma pessoa &ur'dica.

Or4ani8a#$o é, em sentido técnico, o con&unto de regras adotadas para a composi#)o e uncionamento de certasinstitui#ões, se&am de interesse p$blico se&am de interesse privado. O termo tanto signiica a regulari(a#)o 9 acoordena#)o de um organismo institu'do, undado 9 como o corpo que dela se gerou ou se constituiu. -ssim, umaODF, organi(a#)o, entidade ou institui#)o da sociedade civil, será sempre G em termos &ur'dicos G uma associa#)oou uma unda#)o. - escol%a ica a critério daqueles que a estabelecem, mas, ineistindo bens para a dota#)o de um

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 patrimEnio inicial, a cria#)o de uma unda#)o torna9se imposs'vel. H por esta ra()o que pequenas e médias ODFs,grupos de apoio e pesquisa, grupos comunitários etc., em geral, s)o constitu'dos como associa#ões. "ntidadesinanciadoras, grandes institui#ões educacionais, grupos omentadores de pro&etos e pesquisas, contrariamente, s)oem geral organi(adas como unda#ões.

Institutos7 ON9s7 OSCIPsTodas estas denomina#ões reerem9se a entidades de nature(a privada sem ins lucrativos, que &uridicamente ser)oassocia#ões ou unda#ões. "stas associa#ões ou unda#ões, conorme o caso, podem pleitear a obten#)o dedeterminados t'tulos ou qualiica#ões &unto ao oder $blico, visando a alguns bene'cios. Do entanto, sob o aspecto

 &ur'dico, a entidade será sempre uma associa#)o ou unda#)o.Todas estas denomina#ões reerem9se a entidades de nature(a privada sem ins lucrativos, que &uridicamente s)oassocia#ões ou unda#ões. -s denomina#ões a seguir comentadas n)o s)o, portanto, denomina#ões &ur'dicas, massim ormas de autodenomina#)o de pessoas &ur'dicas utili(adas no dia a dia e, s ve(es, na prpria ra()o social*nome ormal que consta do "statuto Social ou da escritura de institui#)o+. Tanto as associa#+es co!o as'unda#+es s$o "essoas :urídicas de direito "ri5ado ;ue desen5o&5e! ati5idades de car-ter"redo!inante!ente "<0&ico/

O Cdigo Civil, Iei nJ 34.;4K, de 34 de &aneiro de /44/, deine associa#ões como a Auni)o de pessoas que seorgani(am para ins n)o econEmicosB *art. 6L+. O direito livre associa#)o para ins l'citos está previsto eassegurado pela Constitui#)o =ederal no artigo 6J, inciso MN111. "mbora os ins da associa#)o n)o se&ameconEmicos, ela n)o está proibida de reali(ar atividades geradores de receita. ara tanto, a associa#)o precisa prever 

epressamente em seu estatuto a possibilidade de reali(ar estas atividades, bem como reverter integralmente o produto gerado na consecu#)o do ob&etivo social da associa#)o. -ssim, associa#)o é toda uni)o de pessoas, promovida com um im determinado, se&a de ordem beneicente, literária, cient'ica, art'stica, recreativa, desportivaou pol'tica, entre outras, que n)o ten%a inalidade lucrativa.- constitui#)o de uma associa#)o ocorre por meio do registro de seu "statuto Social. ara que a associa#)o adquiraeist!ncia ormal perante a lei *que c%amamos de personalidade &ur'dica+, é necessário o registro de seu "statutoSocial e de sua -ta de Constitui#)o no Cartrio de Registro Civil de essoas 8ur'dicas. - partir do registro, aassocia#)o adquire plena capacidade de direito, ou se&a, ela passa a ter personalidade &ur'dica e, portanto, acapacidade para contratar, empregar etc., tornando9se um ator social su&eito de direitos e obriga#ões.

=/ Os "rinci"ais "ersona4ens do Terceiro Setor

=/./Funda#+es O Cdigo Civil, ao tratar das unda#ões, dispõe: art. K/. ara criar uma unda#)o, o seu instituidor ará, por escritura p$blica ou testamento, dota#)o especial de bens livres, especiicando o im a que se destina, e declarando, se quiser,a maneira de administrá9la. arágrao $nico: - unda#)o somente poderá constituir9se para ins religiosos, morais,culturais ou de assist!ncia. O conceito de 'unda#$o >7 :usta!ente7 o de acu!u&ar 'undos nos anos 0ons "ara"oder us-%&os nos anos ruins/  - =unda#)o 2radesco é um dos raros eemplos de unda#)o com undos. -s=unda#ões s)o as institui#ões que inanciam o terceiro setor, a(endo doa#ões s entidades beneicentes. Do 2rasil,temos também as unda#ões mistas que doam para terceiros e ao mesmo tempo eecutam pro&etos prprios.Temos poucas unda#ões no 2rasil. Dos "stados ?nidos &á eistem ;4.444 unda#ões, sendo que a 34 colocada tem 34 bil%ões de dlares de patrimEnio. Dossa maior unda#)o tem 3 bil%)o. >evido inla#)o, sequestros de din%eiro e congelamentos, a

maioria de nossas unda#ões n)o tem undos. Nivem de doa#ões anuais das empresas que as constitu'ram. "mépocas de recess)o, estas doa#ões minguam, &ustamente quando os problemas sociais aumentam.

Di'eren#as entre 'unda#+es e associa#+es-s associa#ões caracteri(am9se pela uni)o de pessoas, que se organi(am para um determinado im. or outro lado, aunda#)o caracteri(a9se pela organi(a#)o de um patrimEnio *con&unto de bens+ destinado a um ob&etivodeterminado. "m decorr!ncia disso, o patrimEnio é uma eig!ncia no momento da constitui#)o das unda#ões, o quen)o ocorre com as associa#ões. Tanto as unda#ões como as associa#ões devem, ao serem criadas, indicar o im aque se dedicar)o. "sta inalidade, no caso das unda#ões, é permanente e deve seguir o determinado pelo undador. Das associa#ões isso n)o ocorre, %avendo a possibilidade dos associados alterarem a inalidade institucional. Oacompan%amento pelo @inistério $blico das atividades da entidade está presente tanto nas unda#ões como nasassocia#ões. Do entanto, esse controle se a( de orma muito mais acentuada no caso das unda#ões, eistindo para

elas, inclusive, a obriga#)o anual de remessa de relatrios contábeis e operacionais. ara as associa#ões, de ormageral, esse acompan%amento ocorre de orma bastante luida.

=/?/ Entidades ,ene'icentesS)o as operadoras de ato, cuidam dos carentes, idosos, meninos de rua, drogados e alcolatras, r)os e m)essolteiras7 protegem testemun%as7 a&udam a preservar o meio ambiente7 educam &ovens, vel%os e adultos7

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Reer!ncias: Cdigo Civil 2rasileiro7 Step%en anit(7 1nstituto "t%os7 1nstituto RO2ODO.

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Os . anda!entos da Res"onsa0i&idade Socia&or Step%en anit(

./ Antes de i!"&antar u! "ro:eto socia& "er4unte "ara u!as 5inte entidades do Terceiro Setor "arasa0er o ;ue e&as rea&!ente "recisa!/

- maioria das empresas come#a seu pro&eto social procurando uma Aboa idéiaB internamente.Contrariando os preceitos da administra#)o que eige pesquisar primeiro o mercado antes de sair criandonovos, na área social estes princ'pios s)o &ogados ora. - maioria dos pro&etos come#a nos departamentosde mareting das empresas sem consultar as entidades que s)o do ramo. O esp'rito do Terceiro Setor éAservir o outroB, e isto signiica perguntar primeiro: AO que voc!s precisamUB.

?/ O ;ue as entidades "recisa! nor!a&!ente n$o > o ;ue sua e!"resa 'a87 ne! o ;ue a sua e!"resa;uer 'a8er/O conceito de AsinergiaB é muito atraente e poderoso para a maioria dos eecutivos, mas lembra um poucoaquele escoteiro que atravessa um cego para o outro lado da rua sem perguntar se é isso que o cego queria.>ar aula de ingl!s para moradores de avelas s porque voc! tem uma cadeia de escolas de ingl!s, n)o é

resolver o problema do Terceiro Setor. @as é o que uma escola de ingl!s tende a a(er.ode ser uma orma de resolver o seu problema na área social, com o menor esor#o. Se toda empresa

 pensar assim, quem vai resolver o problema da prostitui#)o inantil, abuso seual, viol!ncia, dos r)osU Dinguém. or isto, muitas entidades est)o come#ando a ver este movimento de empresas AsocialmenteresponsáveisB com maus ol%os. AOnde estavam estas empresas nestes $ltimos ;44 anos, quando i(emostudo so(in%osUB, é a primeira pergunta que a(em. Aor que muitas est)o iniciando pro&etos iguais ao quea(emos, ao invés de nos a&udarUB

2/ Toda e!"resa ;ue assu!ir u!a res"onsa0i&idade ser- !ais dia !enos dia res"onsa0i&i8ada/ >a mesma orma que sua empresa será responsabili(ada pelos péssimos produtos que ven%a a produ(ir,seu insucesso em redu(ir a pobre(a ou uma crian#a que or maltratada no seu pro&eto social, também será

responsabilidade da sua empresa." empresas que tem 34.444 uncionários, 3/ dos quais no departamento de responsabilidade social ir)oracassar no seu intento.

6/ Assu!ir u!a res"onsa0i&idade socia& > coisa s>ria/ Crec1es n$o !anda! e!0ora 3r'$os "or;ue adiretoria !udou de id>ia/@uitas empresas Asocialmente responsáveisB n)o est)o assumindo responsabilidades sociais.

 Den%uma empresa está disposta a adotar um r)o, um compromisso de 3< anos. - maioria das empresasAsocialmente responsávelP está no máimo disposta a bancar um pro&eto por um $nico ano. " n)o poderiaser o contrário. "mpresas n)o podem assumir este tipo de responsabilidade, n)o oram constitu'das paratal. -s entidades oram institu'das para eatamente prestar servi#os sociais, e é triste ver que est)o

 perdendo espa#o.Se o pro&eto n)o gan%ar um destes pr!mios de Responsabilidade Social, troca9se de pro&eto. 0o&e, atend!ncia das empresas é trocar de pro&eto a cada dois anos se ela n)o or premiada, por outro que ten%amais c%ance de vencer no ano seguinte.

=/ Todo o din1eiro 4asto e! an<ncios ti"o Gin1a E!"resa H ais Res"ons-5e& do ;ue oConcorrente7 "oderia ser 4asto du"&icando as doa#+es de sua e!"resa/Os l'deres sociais do pa's, que cuidam de /< mil%ões de pessoas carentes, n)o t!m recursos para comprar an$ncios car'ssimos na imprensa.>epois desta onda de responsabilidade social o AS%are o @indB do Terceiro Setor tem ca'do de 3445

 para 365. Cinco anos atrás, o recall espontVneo de institui#ões responsáveis na mente do p$blico emgeral, eram a --C>, as --"S e a -brinq.0o&e, os nomes mais citados s)o de empresas que no undo usaram o Terceiro Setor para icaremcon%ecidas. 2om para as empresas e seus produtos, péssimo para a --C> e seus deicientes.

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Iembre9se também, que todas as religiões sem ece#)o recomendam n)o alardear os atos deresponsabilidade social, que deveriam ser discretos e anEnimos. Quem alardear sua bondade sorerá a irado povo, uma sabedoria milenar em todas as cren#as do mundo. -lgo para se pensar.

/ Entidades tê! no socia& seu Gcore 0usiness7 dedica! .K do seu te!"o7 .K do seuor#a!ento "ara o socia&/ Sua e!"resa "retende ter o !es!o ní5e& de dedica#$o1rm) Iina é a nossa @adre Tere(a de Calcutá. "la veio da 1tália cuidar de L44 portadores de %ansen'aseconinados em Fuarul%os, e sabia com certe(a que iria morrer da doen#a, o que n)o a impediu de cumprir 

a sua miss)o.Sua empresa estaria disposta a morrer pela sua causa socialU - maioria das empresas ao primeiro sinal derecess)o corta L45 da propaganda, 645 do treinamento e 45 dos pro&etos sociais. 8ustamente quando os

 problemas sociais tendem a aumentar.-s empresas brasileiras est)o dedicando em média 35 do lucro ao social, o que corresponde a 4,35 dasreceitas. -s entidades sociais dedicam 3445 de suas receitas e 3445 do seu tempo.Se sua empresa socialmente responsável acredita que poderá competir com as A1rm)s IinasB do pa's, e queterá coragem de subir num palco e receber um r!mio de Cidadania Corporativa é acreditar que nossosconsumidores s)o um bando de idiotas. Se voc! é um eecutivo de mareting, por acaso voc! esteve

 presente quando a 1rm) Iina recebeu o seu r!mio 2em "icienteU @as ela notou a sua aus!ncia, e viu oan$ncio de sua empresa di(endo como ela se preocupa com o social.

B/ O consu!idor n$o > 0o0o/O consumidor sabe que o pro&eto social alardeado pela empresa está embutido no pre#o do produto.

 Dinguém dá nada de gra#a. 1sto, todo consumidor sabe de cor. " quem disse que o consumidor comungacom a mesma causa que sua empresa apadrin%ouU Sua empresa pode ser A-miga das Crian#asB, mas seuconsumidor pode sentir que os vel%os s)o os verdadeiros eclu'dos. -irmar que o pro&eto social écusteado pelo lucro da empresa, e n)o entra como despesa, n)o convence ninguém. O lucro pertence aosacionistas, n)o aos eecutivos da empresa. Da maioria dos pa'ses, ilantropia é eita na pessoa 'sica n)ona &ur'dica. D)o eiste =unda#)o @icrosot, e sim =unda#)o 2ill Fates. >a @icrosot queremos bonssotWares, n)o bons pro&etos sociais.

/ Antes de ;uerer criar u! Instituto co! o no!e da sua e!"resa ou da sua !arca 'a5orita7 &e!0re%se ;ue a !aioria dos "ro0&e!as sociais > i!"a&at-5e&/"mpresas que criaram institutos com a marca da empresa ogem de problemas sociais complicados comoo diabo oge da cru(.

 Den%uma delas quer a&udar a resolver problemas como %ansen'ase, abuso seual, prostitui#)o inantil,deici!ncia mental, autismo, -ids, discrimina#)o racial, vel%ice e -l(%eimer, doen#as terminais,alcoolismo, depend!ncia qu'mica, drogados, m)es solteiras, pais abusivos, pois s)o pro&etos que n)o seadequam bem imagem que voc! quer imprimir para a sua marca. @arcas s)o penosamente constru'das en)o dá para discordar desta relutVncia em apoiar pro&etos Amercadologicamente incorretos.B Noc! terá quedecidir o que vem em primeiro lugar, se sua marca ou a sua responsabilidade social, decis)o ética de

 primeira importVncia."mpresas que criaram institutos ou unda#ões com a marca da empresa, preerem pro&etos comoeduca#)o, adolescentes, esportes ou ecologia, pro&etos que An)o d)o problemasB.

/ E5ite usar crit>rios e!"resariais ao esco&1er seus "ro:etos sociais7 co!o retorno so0rein5esti!ento ou ensinar a "escar/ Esta -rea > re4ida "or crit>rios 1u!anit-rios7 n$o cientí'icosou econ!icos/"mpresários tendem a usar critérios empresariais para deinir quais pro&etos apoiar, embora este se&a umsetor de critérios %umanitários.?m dos PmantrasP das empresas socialmente responsáveis é que elas ensinam a pescar em ve( de a(er Amero assistencialismoB.

S que, quando as entidades a(em Pmero assistencialismoB, deiciente visual sai com culos, crian#ascom cVncer saem curadas, r)os s)o cuidados, paraplégicos saem com cadeiras de rodas. Dos pro&etos que Pensinam a pescarP, 45 dos recursos acabam nas m)os dos proessores, e 345 aoconsultor social ideali(ador do pro&eto.

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./ A res"onsa0i&idade socia& > no 'ina& das contas7 se!"re do indi5íduo7 do 5o&unt-rio7 do'uncion-rio7 do dono7 do acionista7 do c&iente7 "or;ue re;uer a!or7 a'eto e co!"aiM$o/

 Da literatura encontramos duas posi#ões bem claras. ?ma que a responsabilidade social é do governo, por isto estamos pagando quase 645 da nossa renda em impostos. Sem muito resultado. - segunda posi#)o éque a responsabilidade social é do indiv'duo, da comunidade, da congrega#)o, das Ongs organi(adas paratal.

 Do 2rasil, surgiu uma terceira vis)o, de etrema direita. Que a responsabilidade social é das empresas edos empresários, que a agenda social deve ser estabelecida por eecutivos e empresários, sob critérios

empresariais de retorno de investimento."mpresas, como o governo, s)o impessoais. ", ainda corremos o perigo dos poucos indiv'duos queac%avam que a responsabilidade é do indiv'duo acabem lavando as m)os ac%ando que a responsabilidade édo governo e das empresas. or que ent)o se envolverU

E a4ora7 o ;ue 'a8er"mpresas est)o agora gan%ando din%eiro vendendo a imagem de bon(in%os na área social. Nirou umgrande negcio, eistem agora interesses a preservar, o lado voluntário e ilantrpico se oi para sempre.Iamento di(er que &oguei 34 anos da min%a vida ora, tentando incentivar o voluntariado individual e ailantropia pessoal através dos sitesWWW.voluntarios.com.br  e WWW.ilantropia.org7 e enaltecendo aimagem das entidades independentes com o r!mio 2em "icienteX. =oi tudo em v)o.

>ispon'vel em: %ttp:YYWWW.ilantropia.orgYOqueeTerceiroSetor.%tm