8
Pesre JA Os documentos são colccionados de foa- tes divcrsas, adquiridog por compra ou doação Os documentos cxistem em numerosos ocemplares A significação do acervo documental não depende da relação que os documentos te- nham cntre si o,Ea AROUIVO: TEORIA E PRÂTICA Os documentos não são objeto dc cole- ção; proyêm tâesó das atividades públi- cas ou prindas, servidas pelo arquivo Os documentos são produzidos num úni- co ocemplar ou cm limitado número de cópias uma significação orgânica exÌtÍe os documentos Te#s I ." 1g " ontiuueçtro origcm Os documentos são produzidos e cons€r- | Os documcntos são produzidos c con- udos com objetivos culturais I scn"ados com objetivos funcionais Aquisigo custódia CnPÍrulo 2 Méado dc Aplica-se a unidades isoladas O julgamento não tem carâter irúrogável O julgamento envolve questões de conve- niência, e não de presenração ou perda total awüação Prcserra-se a documentação reíercntc a uma atividade, como um conjunto c não como unidades isoladas Os julgamentos são finais e irnngárrcis A documentação não raro eniste cm üa única Método de classiíicação Utiliza mêtodos predetcrminados Exige conhecimento do sistema, do con- teúdo e da significaçio dos documèntos a classificar Mêtodo Aplica-se a unidades discriminadas As sêries (anuários, periódicos ctc.) são unidades isoladas para catalogação Estabclece classificação específica para cada instituiçãq ditada pelas suas parti- cularidadcs Exige conhecimento relação entrc as unidades, a organização e o firncionamen- to dos órgãos descritiw Aplica-se a conjuntos de documentos As séries (órgãos c suas subdivisões, atiü- dades funcionais ou grupos documentais da mesma espécie) são consideradas uni- dadcs para fins dc descrição Concluindo, pode-se dizer que a biblioteconomia trata de documentos individuais e a arquivística, de conjuntos de documentos. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS AnOUTVOS 1. Origem dúvidas quanto à origem do termo arquiro. Álguns afirmam ter sur- gido na antiga Grécia, com a denominação arché, atrrbuida ao palácio dos magistrados. Daí erroluiu para archeio4local de guarda e depósito dos docu- mentos. Ramiz Galvão (1909) o considera procedente de archivum, palavra de origem latina, que no sentido antigo identifica o lugar de guarda de documen- tos e outros útulos. 2. Conceito As definições antigas acentuavam o asp€cto l"gal dos arquivos, como de pósitos de documentos e papêis de qualquer espécie, tendo sempre relação com os dìreitos das institüições ou indivíiluos- Os documentos serviam ape- nas para estabelecer ou reivindicar direitos. Qrando não atendiam mais a esta exigência, eram transferidos para museus e bibliotecas. Surgiu daí a idéia de arquivo administrativo e arquivo histórico. Qranto à conceituação moderna,.Solon Buclç ex-arquivista dos EUÂ: título que corresponde ao de diretor-geral de nosso Arquivo Nacional - assim o definiu: *Arquivo é o conjunto de documcntos oficialmente produzidos e re cebidos poÍ um goyernq organização ou firma, no decorrer de suas atividades, arquivados e conservados por si e seus sucessoÍ€s parâ efeitos futuros" (Sou- za,1950).

texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

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UFAM 2012 - 1.Periodo Curso de Arquivologia - apostila

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Page 1: texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

Pesre JA

Os documentos são colccionados de foa-tes divcrsas, adquiridog por compra oudoação

Os documentos cxistem em numerososocemplares

A significação do acervo documental nãodepende da relação que os documentos te-nham cntre si

o,EaAROUIVO: TEORIA E PRÂTICA

Os documentos não são objeto dc cole-

ção; proyêm tâesó das atividades públi-cas ou prindas, servidas pelo arquivo

Os documentos são produzidos num úni-co ocemplar ou cm limitado número decópias

Há uma significação orgânica exÌtÍe os

documentos

Te#s I." 1g "

ontiuueçtro origcm

Os documentos são produzidos e cons€r- | Os documcntos são produzidos c con-

udos com objetivos culturais I scn"ados com objetivos funcionais

Aquisigo oú custódia

CnPÍrulo 2

Méado dc

Aplica-se a unidades isoladas

O julgamento não tem carâter irúrogável

O julgamento envolve questões de conve-niência, e não de presenração ou perdatotal

awüação

Prcserra-se a documentação reíercntc a

uma atividade, como um conjunto c nãocomo unidades isoladas

Os julgamentos são finais e irnngárrcisA documentação não raro eniste cm üaúnica

Método de classiíicação

Utiliza mêtodos predetcrminados

Exige conhecimento do sistema, do con-teúdo e da significaçio dos documèntos a

classificar

Mêtodo

Aplica-se a unidades discriminadas

As sêries (anuários, periódicos ctc.) sãounidades isoladas para catalogação

Estabclece classificação específica paracada instituiçãq ditada pelas suas parti-cularidadcs

Exige conhecimento dâ relação entrc as

unidades, a organização e o firncionamen-to dos órgãos

descritiw

Aplica-se a conjuntos de documentos

As séries (órgãos c suas subdivisões, atiü-dades funcionais ou grupos documentaisda mesma espécie) são consideradas uni-dadcs para fins dc descrição

Concluindo, pode-se dizer que a biblioteconomia trata de documentosindividuais e a arquivística, de conjuntos de documentos.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS AnOUTVOS

1. Origem

Hâ dúvidas quanto à origem do termo arquiro. Álguns afirmam ter sur-gido na antiga Grécia, com a denominação arché, atrrbuida ao palácio dosmagistrados. Daí erroluiu para archeio4local de guarda e depósito dos docu-mentos.

Ramiz Galvão (1909) o considera procedente de archivum, palavra deorigem latina, que no sentido antigo identifica o lugar de guarda de documen-tos e outros útulos.

2. Conceito

As definições antigas acentuavam o asp€cto l"gal dos arquivos, como depósitos de documentos e papêis de qualquer espécie, tendo sempre relaçãocom os dìreitos das institüições ou indivíiluos- Os documentos serviam ape-nas para estabelecer ou reivindicar direitos. Qrando não atendiam mais a estaexigência, eram transferidos para museus e bibliotecas. Surgiu daí a idéia dearquivo administrativo e arquivo histórico.

Qranto à conceituação moderna,.Solon Buclç ex-arquivista dos EUÂ:título que corresponde ao de diretor-geral de nosso Arquivo Nacional - assimo definiu: *Arquivo

é o conjunto de documcntos oficialmente produzidos e recebidos poÍ um goyernq organização ou firma, no decorrer de suas atividades,arquivados e conservados por si e seus sucessoÍ€s parâ efeitos futuros" (Sou-za,1950).

Page 2: texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

2120 ARQUTVO: TEOFIA E PRÁTICA

Desse conceito deduzimos três caracteristicas básicas que distinguem os

arquiros:

Exdusiuidade de aiação e reepção por uma reparti$q 6nna ou instiníga-a Não se considera arquivo uma colefo de manuscritoó históricos, reu-

nidos por uae l2e.ss'aa.

Onlpm no c'uÍso de suas atiuidads. Os documentos devem servir de proua

de transações realizadas.

Caráter orgânico que liga o documento aos outÍos do mesmo conjuna.Um documentq destacado de seu conjunto, do todo a que peÍtence, signi-frca muito mgnos do que quando em conjunto.

O termo arquivo pode também ser usado para designar:

coniunto de documentos;

móvel para guarda de documentos;

local onde o acervo documental derrerá ser conseryado;órgão govemamental ou institucional cujo objetivo seja o de guardar e con-

servar a documentação;

titulos de periódicos - geralmente no plural, devido à influência inglesa efrancesa-

3. Finalidade

A principal finalidade dos arquivos é servir à administração, constituin-do-sg com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história.

4. Função

A função básica do arrquivo é tornar disponível as informaçóes contidasno acerso documental sob sua guarda.

5. GlassiÍicação

Dependendo do aspecto sob o qual os arquinos são estudados, eles pedem ser dassificados segundo:

o as entidades mantenedoras;o os estágios de sua evolução;O a extensão de sua atuação;O a natureza dos documentos.

TNTFOOUçÃo Ao ESTUDO DOS AROUIVOS

5.1 Entidades mantenedoras

Em face das características das organizações, os arquirros por elas produ-

zidos podem ser:

r í Central

I Federal I R.gionalPúblicos { Estadual

I MunicipalL

l.

2.

oooo

Instituições educaçionais

Igrejas

Corporações não'lucrativas

Sociédades, associações

Firmas

Corporações

CompanhiasComerciais

Familiais ou pessoaisi

5.2 Estágios de sua evolução

Para que os arquivos possam desempenhar suas funções, torna-se indis-pensável que os documentos estejam dispostos de forma a senrir ao usuáriocom precisão e rrpide.. A metodologia a ser adotada deverá atender às necessi-

dades da instituição a que serve, como também a cada estágio de erolução porque Passam os aÍqulvos.

Essas fases são definidas por Jean-Jacques Valette (1973) como as três

idades dos arquirros: corÍente, intermediária € peÍmanente.

7. Arquivo de primeira idade oq coftente, constituído de documentos em

curso ou consultados freqüentemente, conservados nos escritórios ou nas

repartições que os receberam e os produziram ou €m dependências próxi-mas de fácil acesso-

2. Arquivo de segunda idade ou intermediáriq constituído de documentosque deixaram de ser freqüentemente consultados, mas cujos órgãos que os

receberam e os produziram podem ainda solicitá-los,.peÍa tratar de assun-

Page 3: texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

2322 AROUIVO: TEORIA E PRÁÍICA

tos idênticos ou retomâr um Problema novirmente focalizado. Não há ne-

cessidade de serem conserr"ados próximos aos escritôrios. A permanência

dos documentos nesses arquivos ê transitória. Por issq são também chama-

dos de olimbo" ou "purgatório".

3- Áryuiw de terceira idade ou permanenrq, constituído de documentos que

todo vrlor de nafureza administratirra, que se conserrrÀm em ra-

zão de seu valor histórico ou documental e que constituem os meios de co-

nhecer o passado e sua evolução. Estes são os arquivos propriamente ditos,

A cada uma dessas fases - que são complementares - coÍÍesponde uma

maneira diferente de conserr"ar e tratar os documentos e, conseqüentemente,

uma organi"ação adequada-

5.3 Extensão de sua atuação

Qranto à abrangência de sua atuação, os arquivos podem ser setoriais e

gerais ou centrú.Os arquiws setoriais são aqueles estabelecidos junto aos órgãos opera-

cionars, cumprindo funções de arquivo corrente.

Os arquivos gerais ou centrais são os que se destinam a receber os docu-

mentos correntes provenientes dos diversos órgãos que integram a estrutura de

uma instituição, centralizando, portentq as atividades de arquivo corrente.

5.4 Natureza dos documentos

Sentindo que as noções dominantes de arquivo se confundiam oÍa coma forma Íisica dos documentos, oÍa com sua finalidade, a comissão especial

constituída durante o la Congresso Brasileiro de Arquivologia, realizado noRio de Janeirq em 1972, com a finalidade de piropor o currículo mínimo doCurso Superior de Arquivo, hoúve por bem estabelecer e incluir no pÍogÍamado curso dois novos conceitos de arquivo, que refletem carecterísticas peculia-

res à natureza dos documentos. São eles: arquivo especial e arquivo especia-

lizado.Chama-se de arquivo especial aquele que tem sob sua guarda documen-

tos de formas ffsicas diversas - fotografias, discos, fitas, clichês, microformas,s1rães, disquetes, CD-ROM - e que, por esta razãq merecem tratamento espe-

cial nâo apenes 40 que se refere eo seu arïnazenamentq como tambêm ao registro, acondicionamento, controle, conservação etc.

INTRODUçÃO AO ESTUDO DOS ARQUIVOS

Arquiuo esprcializado é o que tem sob sua custódia os documentos resultantes da experiência humana num campo específico, independentementeda forma ffsica que apÍesentem, como, por'exemplo, os arquivos médicos ouhospitalares, os arquinos de imprensa, os arquivos de engenharia e assim pordiante. Esses arquivos são também .úmados, impropriamente, de arquivostécnicos.

6. Terminologia arquivística

No sto campo da ciência da informação, um dos aspectos que mais

tem preocupado os profissionú da área é, sem dúüda, o estabelecimento de

uma terminologia específica, c^paz de atender a progr:rmas racionais de inter-câmbio, disseminação e recrrperação da informa$o

Preocupada com o tem4 a Associação dos Arquivisas Brasileiros (AAB)

criou, em 1977, o Comitê de Têrminologia Arquivística, que, após concluir oarrolamento da terminologia básica, definiu idéias e conceituou termos com oobjetivo de dar continuidade aos estudos iniciados em 1972 - ampliando aterminologia jâ adotada em nosso país - e estabelecer um vocabulário unifor-me para a elaboração de um glossário arquiústico, multilíngüq patrocinadopelo Conselho Intemacional de Arquivos e pela lJnesco.

Em 1980, criou+e na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABÌ.IT)

uma Comissão de Estudos de Arquivologia para tratar do assuntq juntamente

com o grupo da AAB- A partir de então, inúmerâs outÍas propostas de termi-nologia arquivística rêm sendo publicadas, sem, entÍetanto, a aplovação de

qualquer órgão oficial.O Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), órgão vinculado ao Arqui-

vo Nacional, criou uma Comissão Especial de Terminologia Arquivística para

examinar as propostÍrs existentes, definir e apÍovar uma terminologia arquústicabrasilefua.

. A seguir, são fornecidos os termos cuja conceituação vem sendo, em ge-

ral, adotada pela comunidade arquivística brasileira:

Acrnvo - Conjunto dos documentos de um arquivo.Acrsso - Possibilidades de consulta aos documentos de arquivos, as quais po-

derão variar em função de cláusulas restritivas.AovrNrsrnaçÃo DE ARquvo - Direçãq supewisão e coordenação das atividades

administrativas e técnicas de uma instituição ou órgão arquivístico.AputNlsrnaÇÃo DE DocIJMENTo - Metodologia de programas para controlar a

Page 4: texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

24 ARQUTVO: TEORTA E PBÁT|CA .t.

criação, o usq a normalização, a manuten$o, a guard4 a proteção e a destina-

ção de docuinentos.Arqurvrutemo - Operação que consiste na guarda de documentos nos seus de-vidos lugares, em equipamentos que lhes forem próprios e de acordo com umsistema de ordenação previamente estabelecido.

Anq;vsrr - Profissional de arquivo, de nível superior.Anquvtsnca - Princípios e técnicas a serem observados na constituição, orga-nização, desenrzohimento e utilização dos arquivos.Arqurrc - 1. Designação genérica de um conjunto de documentos produzidose recebidos por uma pessoa Íisica ou jurídica, pública ou privada, qracaeriza-

do pela natureza orgânica de sua acumula@o e consenrado por essas pessoasou por seus sucessores, para fins de pÍov:r ou informação. De acordo com a ne-tureza do suporte, o arquino terâ a qualificação respectiva, comq por exemplo:arquivo audiovisual, fotográfico, iconográficq de microformas, informático.2. O prédio ou uma de suas partes, onde são guardados os conjuntos arqui-vísticos. 3. Unidade administrativa cuja firnção é reunir, ordenar, guardar edispor para uso conjuntos de documentos, segundo os principios e técnicas ar-quivísticos. 4. Móvel destinado à guarda de documentos.Arquvorocn - Estudq ciência e arte dos arquivos.Anquno coRRENTE - Conjunto de documentos em curso ou de uso íreqüente.Também denominado arquivo de movimento.Arquvo EM DEpósrro - Conjunto de documentos colocados sob a guarda deum arquivo permenente, embora não pertençam ao seu ecervo,Ârquwo INTERMEDúRIo - Conjunto de documentos procedentes de arquivoscorrentes, gue aguardam destinação final.Anquno IERMANENTE - Conjunto de documentos que são preservados, respeita-da a destinação estabelecid4 em decorrência de seu valor probatório e infor-mativo.Anqunto pRÍvÂDo - conjunto de documentos produzidos ou recebidos por ins-tituições não-governamentais, famílias ou pessoas Íisicas, em decorrência desuas atividades específicas e que possuam uma relação orgânica perceptívelatravés do processo de acumulação.Anquvo púBuco - l. Conjunto de documentos produzidos ou recebidos porinstituições govemamentais de âmbito federal, estadual ou municipal, em de-corrência de suas funções específicas administrativas, judiciárias ou legislati-vas. 2. Instituição arquivistica franqueada ao público.Ax.naryo - 1. Processo que, na organização de arquivos permanentes, consistena ordenação - estrutural ou funcional - dos documentos em fundos, na or-

rNTRoouçÂo Ao EsÍuoo Dos ABourvos

denação das séries dentro dos fundos g se necessário, dos itens documentaisdentro das séries- 2. Processo que, nâ organizaçío de arquivos corÍentes, consis-te em colocar ou distribuir os documentos numa seqüência alfabética, numéri-ca ou alfanumérica" de acordo com o método de arquivamento previamenteadotado. Também denominado classificâção.

Atrrócnaro - l. Assinatura ou rubrica. 2. Designação de documento manus-critq do próprio punho do autor, esteja assinado ou não.AvauaçÃo - Processo de análise da documentação de arquivos, visando a esta-

belecer sua des.:.aÉo, de acordo com seus rralores probatórios e informativos.C,qrÁLoco - Instrumento de pesquisa elaborado segundo um critério temático,cronológico, onomástico ou geográficq incluindo todos os documentos per-tenceÍrtes a um ou mais fundos, descritos de forma sumária ou pormeno-riza.da.

Cr"cs$ncAçÃo - Ver Arranjq item 2-

CouçÂo - Conjunto de documentos, sem relação orgânica, aleatoriamenteacumulados-Cópn - 1- Reprodução de um documento, obtida simultaneamente à execu-

ção do original- 2. Reprodução de um documentq obtida a partir do original.Conaoon - L. Livro contendo páginas em papel liso ou pautadq nas quaiseram transcÍitas, em ordem cronológica, pelos próprios autoÍes ou porcopistas, cartas, offcios e outros tipos de correspondência expedida. 2. Livrocontendo folhas "em papel de trapos", nas quais se fazia a cópia de documen-tos ocpedidos, usando.se processo de transferência direta da tinta do original,mediante umidade e pressão. Esse processo foi muito usado no sêculo x[*'ecomeço do )OLconnrspoxnÈNcrA - comunicação escrita, recebida (passiva) ou expedida (ati-va), apresentada sob várias formas (cartas, cartões postais, oÍicios, memoran-dos, bilhetes, telegramas), podendo ser interna ou er(terna, oficial ou particu-lar, ostensiva ou sigilosa.Daras-urrarrrs - Elemento de identificação cronológica de uma unidade dearqui mento, em que são indicadas as datas de início e término do períodoabrangido.

Drpôsrro - Ato pelo qual arquivos ou coleções são colocados, fisicamente, sobcustódia de terceiros, sem que haja transferência da posse ou propriedade.D$canrs - Ver Elimi nação.

DrscrasslucaçÃo - Ato pelo qual a autoridade competente libera à consultadocumentos anteriormente caracterizados como sigilosos.DEscRtçÃo - Processo intelectual de sintetizar elementos formais e conteúdo

25

Page 5: texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

26 ABQUIVO: TEOBIA E PBÁTICA

textual de unidades de arqui'yamentq adequando-os ao instrumento de pesquisa que se tem em vista produzir (inventário sumário ou analíticq guia etc).DEsTINAçÃo - Conjunto de operações que se seguem à fase de avaliação de decumentos destinadas a promover sua guarda temporária ou perÍnanente, suaeliminação ou sua microfilmagem.DoaÇÃo - Ato pelo qual uma pessoa fisica ou jurídica transfere a terceiros -de livre vontadg com caráter irrwogável, sem retribuição pecuniâria, atravésde instrumento jurídico adequado, do qual deverão constar as condições dacessão - a documentação que lhe pertence-Docuunqro - Registro de uma informação independent'emente da natuÍezado suporte que a contém.Docuurxro DE ARqur\ro - 1. Aquele que, produzido e/ou recebido por umainstituição pública ou privada, no exercício de suas atividades, constirua ele-mento de prova ou de informação. 2. Aquele produzido y'ou recebido porpessoa ffsica no decurso de sua existência.Docuueivro oFrcrAr - Aquele qug possuindo ou não valor legal, produz efei-tos de ordem jurídica na compro\ràção de um fato.DoculrtNro púsuco - Aquele produzido e recebido pelos órgãos do poder pú-blico, no desempenho de suas atividades-Docuveiqro srcrloso - Aquele qug pela natureza de seu conteúdo informati-vo, determina medidas especiais de proteção quanto a sua guarda e acesso aopúblico.DosstÊ - unidade de arquivamentg formada por documentos diversos, perti-nentes a um determinado assunto ou pessoa.

EuuwaçÃo - Destruição de documentos julgados destituídos de ralor paraguarda permanente.

EspËctt DE DocuMENTos - Designação dos documentos segundo seu aspectoformal: ata, carra, certidão, decretq edital, oÍiciq relatóriq requerimentq gra-vura, diapositivo, filme, planta" mapa erc.Fullpo - l. A principal unidade de arranjo estrutural

.nos arquivos permanen-

tes, constituída dos documentos provenientes de uma mesma fonte geradorade arquivos- 2. A principal unidade de arranjo funcional nos arquivos perma-nentes, constituída dos documentos provenientes de mais de uma fonte gera-dora de arquivo reunidas pela semelhança de suas atividades, mantido o prin-cípio da proveniência.

GÊNrno DE DocuMENros - Designação dos documentos segundo o aspecto desua representação nos diferentes supoÍtes: textuais, audiovisuais, iconográficose cartográficos.

INTRODUçÃO AO ESTUOO DOS AROUIVOS

Gun - Instrumento de pesquisa destinado à orientação dos usuários no co-nhecimento e utilização dos fundos que integram o acervo de um arquivo per-manente-

ÍNorcE - Lista sistemática, pormenorizgda dos elementos do conteúdo de umdocumento ou grupo de documentos, disposta em determinada ordem para

indicar e facilitar sua localização no texto.

INsrruMsvro DE pEsqulsA - Meio de disseminação e recuperação da informa-

ção utilizado pelos arquivos. São instrumentos de pesquisa, entÍe outros, catá-

logos, guias, índices, inventários, repertórios, tabelas de equivalência.

Ixvrr.r'rÁmo ANALfnco - Instrumento de pesquisa no qual as unidades de arqui-

vamento de um fundo ou de uma de suas divisões são identificadas e poÍme-noúadamente descritas.

INvËNrÁRIo suMÁRIo - Instrumento de pesquisa no qual as unidades de arqui-vamento de um fundo ou de uma de suas divisões são identificadas e brevímente descritas.

Ireu oocurr,Innar - A menor unidade arquivística materialmente indivisível.Lecano - Doação feita por declaração de última vontade.

Lma or ELIMIN^çÃo - Relação de documentos específicos a seÍem eliminados,devidamente aprovada pela autoridade competente.

Noraçeo - Elemento de identificação das unidades de arquiramentq consti-tuída de números, letras, ou combinação de números e letras, que permite sua

localização.

ProcEsso - ïêrmo geralmente usado na administração pública, para designaro conjunto de documentos, reunidos em capa especial, e que vão sendo orga-

nicamente acumulados no decurso de uma a$o administrativa ou judiciária.

O número de protocolo, gue registra o primeiro documento com o qual oprocesso é abertq repetido externamente na cap4.é o elemento de controle e

arqui mento do processo.

PRorocoro - l. Denominação geralmente atribuída a setores encarregados dorecebimento, registrq distribuição e movimentação de documentos em curso.

2. Denominação atribuída ao próprio número de registro dado ao documento.3. Livro de rcgistro de documentos recebidos e/ou expedidos.

ProwrulÊNcn - Princípio segundo o qual devem ser mantidos reunidos, nummesmo ftndo, todos os documentos provenientes de uma mesma fonte gera-

dora de arquivo. Corresponde à expressão francesa respect des fonds, e à ingle-s PÍoYenance.RscorHrMeÌ{ro - Transferência de documentos dos arquivos intermediários

PaÍa os PerÍnanentes.

27

Page 6: texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

{

28. AROIJIVO: TEORIA E PRÁTICA

RsprnÍóuo - Instrumento de pesquisa no qual são descritos, pormenorizada-mente, documentos previamente selecionados, pertencentes â um ou mais fun-dos, podendo ser elaborado segundo um critêrio temático, cronológico, onemástico ou geográfico.

Respscr DËs roNDs D'ÂRcÍ{rvEs - Ver Proveniência.Srleçeo -Ver AvaliaçãoSÊnIr - Designação dada às subdivisões de um fundo, que refletem

^ Ãat1rrcze

de sua composição, seja ela estrutural, funcional ou por espêcie documental.As séries podem ser subdi-vididas em subsêries-

SÍvnoro -Ver Notação.Tasrn DÊ EquIvALÊNcIA - Instrumento de pesquisa auxiliar que dá a equivalên-cia de antigas notações paÌe as novas que tenham sido adotadas, em decorrên-cia de alterações no sistema de arranjo de um arquivo.TeBEra DE TEMPoRAI]DADE - Instrumento de destinação, aprovado pela autori-dade competentg que determina os pr zos eÍn que os docrrmentos devem ser

mantidos nos arquivos coÍrentes e intermediários, ou recolhidos aos arquivospermanentes, estabelecendo critérios para microfilmagem e eliminação.TÊcNtco DE ARquIVo - Prcfrssional de arquivo de nível mêdio.Tnic,Ì{spenÊNdA - Passagem dos documentos dos arquivos correntes para os in-termediários.TnleceM - Ver Avaliação.UNmaoE DE ARqUIvAMENTo - O menor coniunto de documentos, reunido deacordo com um critêrio de arranjo preestabelecido. Tais conjuntos, em geral,são denorninados pastaq, maços ou pacotilhas-

7. Tipos de arquivamento

A posição em que são dispostos fiúas e documentos, e não a forma dosmóveis, distinguirá os tipos de arquivamento. São eles: horizontal e vertical.

No tipo horizontal, os documentos ou fichas são colocados uns sobreos outros e arquiwados em caixas, estantes ou escaninhos- O arquivamento ho-rizontal é amplamente utilizado para plantas, mapas e desenhos, bem comonos arquivos perÍnanentes. Seu uso é, entretanto, desaconselhável nos arquivoscorrentes, uma vez que p:rra se consultar qualquer documento é necessário reti-rar os que se encontram sobre ele, o que dificulta aloca,lizaçío da informação.

No tipo vertical, os documentos ou fichas são dispostos uns atrás dosoutros, permitindo sua rápida consulta, sem necessidade de manipular ou re-

mover outros documentos ou fichas.

TNTBODUçÃO AO ESïUDO OOS AROUIVOS

8. ClassiÍicação dos documentos

Conforme suas características, forma e conteúdq os documentos pordem ser classificados segundo o gênero e a natureza do assunto.

8.1 Gênero

Qranto ao gênero, os documentos podem ser:

o scritos ou tstuais: documentos manuscritos, datilografados ou impressos;

a cartotÍáfrcos: documentos em formatos e dimensões rrariáveis, contendo re-

presentações geográficas, arquitetônicas ou de engenharia (mapas, plantas,perfisÌiconográfrcos: documentos em suportes sintéticos, em papel emulsionado

ou não, contendo imagens estáticas (fotografias, diapositivos, desenhos,

gravuras[

ãImográfrcos: documentos em películas cinematográficas e fitas magnéti-cas de imagem (tapes), conjugados ou não a trilhas sonoras, com bitolas e

dimensões variáveis, contendo imagens-em movimento (filmes e fitasvideomagnêticas);

sonoros: documentos com dimensões e rotações variáveis, contendo regis-

tros fonográficos (discos e fitas audiomagnéticas);micrográfrcos: documentos em suporte fflmico resultantes da microrrepro-dução de imagens, mediante utilização de técnicas específicas (rolq mi.c1o-

fi cha, jaqueta, cartão-janela);

informáticos: documentos produzidos, tratados ou armazenados em com-putador (disquete, disco rígido - winchester-, disco óptico).

A documentação escrita ou textual apresenta inúmeros tipos fisicos ouespécies documentais criados para produzir determinada ação específica, taiscomo: contratos, folhas de pagamento, livros de contas, requisições diversas,

atas, relatórios, regimentos, regulamentos, editais, certidões, tabelas, questioná-rios, correspondência e outros.

8.2 Natureza do assunto

Qranto à natureza do assunto os documentos podem ser ostensivos ousigilosos.

A classificação de ostensivo é dada aos documentos cuja divulgação nãoprejudica a administração.

29

o

Page 7: texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

3130 ARQUIVO: TEORIA E PRÁTICA

Consideram-se sigilosos os documentos que, por sua natureza, dev:rm

ser de conhecimento restrito e, portânto, requeiram medidas especiais de saha-

guarda para sua custódia e divulgação. Pela sua importância, a matéria é obje-

to de legislação própria.Segundo a necessidade do sigilo e quanto à extensão do meio em que

pode circular, são quatro os traus de sigilo e as suas correspondentes catego.

rias: ultra-secretq secreto, confidencial e reservado.

A classificação de ultra-secreto é dada aos assuntos que requeiram orcepcional grau de segurança e cujo teor ou características só devam ser do conhe-

cimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio.

São assuntos normalmente classificados como ultra-secretos aqueles da

política govemamental de alto nível e segredos de Estado, tais como: negocia-

ções para alianças políticas e militares, planos de guerra; descobertas e o<peri-

ências científicas de valor excepcional, informações sobre política estrangeira

de alto nível.

Consideram-se secretos os assuntos que requeiram alto grau de seguran-

ça e cujo teor ou caracteristicas podem ser do conhecimento de pessoas que,

sem estarem intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio, sejam autoriza-

das a deles tomar conhecimento, funcionalmente.São assuntos geralmente classificados como secretos os referentes a pla-

nos, programas e medidas govemamentais, os assuntos extraídos de matéria

ultra-secreta quq sem comprometer o excepcional grau de sigilo da matéria

original, necessitam de maior difusão, tais como: planos ou detalhes de opera-

ções militares; planos ou detalhes de operações econômicas ou financeiras;

aperfeiçoamento em técnicas ou materiais jâ existentes; dados de elevado inte-resse sob aspectos fisicos, políticos, econômicos, psicossociais e militares de

paises estrangeiros e meios-de processos pelos quais foram obtidos; materiais

criptográficos importantes que não tenham recebido classificação inferior-A classificação de confidencial é dada aos assuntos que, embora não re-

queiram alto grau de segurança, seu conhecimento por pessoa não-autorizada

pode ser prejudicial a um indivíduo ou criar embaraços administrativos.São assuntos, em geral, classificados como confidenciais os referentes a

pessoal, material, finanças e outros cujo sigilo deva ser mantido por interesse

das partes, como por exemplo: informações sobre a atividade de pessoas e enti-dades" bem como suas respectivas fontes: radiofreqüência de importância espe-

cial ou aquelas que dwam ser usualmente trocadas; cartas, fotografias aêreas e

negativos que indiquem instalações consideradas importantes para a segurança

nacionaÌ.

INÍFODUçÃO AO ESTUDO DOS ARQUIVOS

Reservados são os assuntos que não devam ser do conhecimento do pú-

blico, em geral. Recebem essa classificação, entre outros, partes de planos, pro-

gÍamas g projetos e as suas respectivas ordens de execução; cartas, íotografias

aéreas e negativos que indiquem instalações importantes.

9. Correspondência, sua classiÍicação e caracterização

Dentro do gênero de documentos escritos, a correspondência merece

trâtamento especial por se constituir numa parte considerável dos acervos ar-

quivisticos, rtmavez. que as ações administrativas sãq em geral, desencadeadas por

seu intermédio.A classificação e a caracteruação da correspondência são dois fatores da

maior importância no desenvolvimento das tarefas de registro e protocolo.

Mas, o que vem a ser, afinal, correspondência?

Considera-se correspondência toda e qualquer forma de comunicação

escrit4 produzida e destinada a pessoas jurídicas ou fisicas, e vice-versa, bem

como aquela que se processa entre órgãos e servidores de uma instituição.

Qranto ao destino e procedência pode-se classificar a correspondência

em exte.rna e intema.Por externa entende-se aquela correspondência trocada entre uma insti-

tuição e outÍas entidades y'ou pessoas físicas, como oficios, cartas, telegramas.

Interna é a correspondência trocada entre os órgãos de uma mesma ins-

tituição. São os memorandos, despachos, circulares.

A correspondência pode ser ainda ofrcial ou particulatOfrcial ê aquela que trata de assunto de sewiço ou de interesse específi-

co das atividades de uma instituição.Particular ê a de interesse pessoal de servidores de uma instituição.

Qrando a correspondência ê encaminhada, em geral fechada, â umainstituição, há que se identificá-la por suas características externas, para que,

se oficial, possa ser abert4 devidamente registrada e remetida ao destino cor-reto-

Seguem-se alguns exemplos que servirão de subsídios na identificaçãoda correspondència oficial. Os nomes e endereços utilizados são fictícios.

ldentificação da correspondêncía oficial

o Envelope dirigido a uma instituição ou a qualquer de suas unidades ou

subunidades:

Page 8: texto 9 - introdução ao estudo dos arquivos

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32 AROUIVO: TEORIA Ê PRÁTICA

À Companhia de Flores Tropicais

Rua Violeta,.2l323500 - Rio deJaneiro - RJ

Ao Deparamento de ExporaçãoCompanhia de Flores Tr,opicais

RuaVioleta, 213

23500 - Rio deJaneiro - RJ

Envelope dirigido a uma instituição ou a qualquer de suas subunidades,

mesmo contendo, em segundo plano, o nome do senridor, sem fazer men-

ção ao cargo que ex(erce

Ao Departamento de ExportaçãoCompanhia de Flores Tropicais

Dr.João GahãoRuaVrolet4 213

23500 - Rio deJaneiro - RJ

Envelope dirigido a servidor de uma instituição, contendo, em segundo

planq o cârgo que €r(erce, mesmo que o nome do servidor não correspon-

da ao atual ou real titular do cargo:

Dr. Hugo Figueiredo (titular atual)Presidente da Companhia de Flores Tropicais

RuaVioleta, 213

23500 - Rio deJaneiro - RJ

, Dr' Andrê Silra (titular anterior)Presidente da Companhia de Flores Tropicais

RuaVioleta,2l323500 - Rio deJaneiro - RJ

Envelope dirigido aos titulares dos caqgos, mesmo quando, em segundo

plano, conste um nome que não seia o do real ou atual ocupante do cargo:

Presidente da Companhia de Flores Tropicais

Dr. Hugo Figueiredo (titular atual)RuaVioleta,2l323500 - Rio deJaneiro - RJ

NTRoDuçÃoÂoEsTUDoDosARoulvos 33

Presidente da Companhia dc Flores Tropicais

Dr. Ândré Siha (titular anterior)

RuaVioleta,2l323500 - Rio deJaneiio - RJ , '

É importante obsenar que a corÍesPondência oficial, mesmo quando

cnguadrada em qualquer dos itens descritos, NÃO DEVERÁ SER ABEB1;A

quando o cnvelope continer as indicações de CONFIDENCIAL, RESERVADO,

PAKilCUIÂR ou equiralente