Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    1/13

    1

    EIXO TEMTICO: 3 O MEIO FSICO E A DEGRADAO AMBIENTAL

    A APLICAO DOS CONHECIMENTOS GEOMORFOLGICOS COMO

    CRITRIO PARA A IMPLANTAO DE UM ATERRO SANITRIO DE MDIO

    PORTE NO MUNICPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP1

    Prof. Dr. Joo Osvaldo Rodrigues Nunes, FCT/UNESP - Campus de PresidentePudente-SP,[email protected]. Profa. Dra. Maria Cristina Perusi, UNESP -Campus Experimental de Ourinhos-SP, [email protected]. Tiago MatsuoSamizava, Engenheiro Ambiental - [email protected]

    RESUMO

    Os conhecimentos geomorfolgicos muito tm a contribudo na escolha de reasadequadas para construo de aterros sanitrios. No presente trabalho soapresentados os resultados da anlise geomorfologica realizada em uma realocalizada no setor oeste da malha urbana do municpio de Presidente Prudente,onde foi elaborado um EIA/RIMA (2005). Assim, o objetivo principal deste trabalho,foi caracterizao das formas de relevo, associado aos aspectos pedolgicos egeolgicos mostrando quais compartimentos de relevo so mais adequados paraconstruo de um aterro sanitrio. A anlise geomorfolgica foi baseada nos doisprimeiros nveis metodolgicos de AbSaber (1969). A carta geomorfolgica foi

    realizada a partir de levantamentos aerofotogramtricos associados a trabalhos decampo. Identificou que os compartimentos dos topos das colinas e das mdiasvertentes com declividades entre 2 a 10 % com predomnio de Latossolos eArgissolos so os mais adequados para construo do aterro sanitrio, e ocompartimento das mdias vertentes com declividades acima de 20 % at a planciealuvial onde predominam os Neossolos e os solos Aluviais, so inadequados.

    Palavras-chave: Geografia, Geomorfologia, aterro sanitrio.

    1O presente trabalho teve o apoio financeiro da FUNDUNESP (Fundao para o Desenvolvimento da UNESP).

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    2/13

    2

    A APLICAO DOS CONHECIMENTOS GEOMORFOLGICOS COMO

    CRITRIO PARA A IMPLANTAO DE UM ATERRO SANITRIO DE MDIO

    PORTE NO MUNICPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP2

    Prof. Dr. Joo Osvaldo Rodrigues Nunes, FCT/UNESP - Campus de PresidentePudente-SP,[email protected]. Profa. Dra. Maria Cristina Perusi, UNESP -Campus Experimental de Ourinhos-SP, [email protected]. Tiago MatsuoSamizava, Engenheiro Ambiental - [email protected]

    INTRODUO

    Com o avano do processo de urbanizao sobre os mais diversos stiosurbanos, os conhecimentos tcnicos utilizados no estudo das dinmicas naturais

    responsveis pela formao dos relevos, tm sido cada vez mais requisitados, a fim

    de solucionar os diversos problemas ambientais decorrentes da ao da sociedade

    sobre os ecossistemas altamente urbanizados.

    A Geomorfologia muito tem contribudo neste sentido, em que a ao humana

    sobre os mais diversos compartimentos morfolgicos, tem gerado novos ambientes

    em forma de depsitos tecnognicos (ex: resduos slidos urbanos, aterros, etc.).

    No caso deste trabalho, os depsitos tecnognicos a que se refere, so os

    resduos slidos domsticos gerados no municpio de Presidente Prudente, que de

    acordo com dados fornecidos pela PRUDENCO (Companhia Prudentina de

    Desenvolvimento), so de aproximadamente 140 toneladas dirias.

    Historicamente, as diversas administraes pblicas municipais nunca deram

    prioridade para as questes relacionadas ao tratamento e disposio adequada dos

    resduos. At o presente momento, os resduos domsticos e hospitalares tm sido

    depositados em vertentes com cabeceiras de drenagem em forma de anfiteatro, em

    fundos de vale e em eroses lineares (ravinas e voorocas).

    Neste aspecto, poucos trabalhos tcnicos, com nfase em Geomorfologia, tm

    sido realizados na regio de Presidente Prudente, a fim de apontar reas adequadas

    para disposio dos resduos em aterros sanitrios. Destacam-se os trabalhos

    realizados por Nunes et al. (2002 e 2006), onde a partir da tica da dinmica da

    paisagem elaborou uma proposta metodolgica para escolha de reas adequadas

    para construo de aterro sanitrio no municpio de Presidente Prudente-SP.

    2O presente trabalho teve o apoio financeiro da FUNDUNESP (Fundao para o Desenvolvimento da UNESP).

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    3/13

    3

    Assim, o objetivo principal deste trabalho, foi caracterizao das formas de

    relevo, associado aos aspectos pedolgicos e geolgicos de uma rea localizada no

    setor oeste da malha urbana do municpio de Presidente Prudente, mais

    precisamente no Bairro do Limoeiro em frente Estao de Tratamento de Esgoto

    da SABESP (Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo),

    mostrando quais compartimentos de relevo so mais adequados para construo de

    um aterro sanitrio. Importante destacar, que na referida rea de estudo foi realizado

    um EIA/RIMA (2005) para o aterro sanitrio do municpio de Presidente Prudente-

    SP, em que o presente trabalho fez parte (Figura 1).

    METODOLOGIA

    Para atingir o objetivo principal deste trabalho, foram realizadas as seguintes

    etapas:

    - A caracterizao geomorfolgica e geolgica, foi elaborada de acordo com os

    dois primeiros nveis de abordagem proposta por AbSaber (1969):

    Compartimentao Topogrfica e Estrutura Superficial da Paisagem;

    - A carta geomorfolgica foi elaborada a partir da interpretao de fotos areas

    na escala 1:25.000, utilizando-se de um esteroscpio de espelhos, e sendo

    atualizado por meio de ortofotos nas escalas de 1:20.000 e de 1: 8.000 de 2003;

    - A carta de declividade foi elaborada atravs do Programa SPRING 4.1, a

    partir das amostras de altimetria, que foram triangularizados para gerar o PI TIN, na

    qual foi utilizada a rede de drenagem como linhas de quebras com interpolador

    Delaunay;

    -Trabalho de campo para identificao das formas de relevo.

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    4/13

    4

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    5/13

    5

    CARACTERIZAO GEOMORFOLGICA DO OESTE PAULISTA

    Geomorfologicamente, o Oeste Paulista encontra-se localizado no Planalto

    Ocidental Paulista, que abrange uma rea de aproximadamente 50 % do Estado de

    So Paulo, indo desde a provncia das Cuestas Arentico - Baslticas at aos limites

    norte (rio Grande), oeste (rio Paran) e sul (rio Paranapanema).

    Neste aspecto, de acordo com o Mapa Geomorfolgico do Estado de So

    Paulo na escala 1:500.000 elaborado por Ross e Moroz (1996), onde os autores,

    atravs dos conceitos de morfoestrutura e morfoescultura do relevo, associados aos

    aspectos morfoclimticos atuais, apresentam trs unidades morfoestruturais:

    I. Cinturo Orognico do Atlntico;

    II. Bacia Sedimentar do Paran;

    III. Bacias Sedimentares Cenozicas/ Depresses Tectnicas.

    Para cada uma das unidades morfoestruturais apareceram vrias unidades

    morfoesculturais (planaltos, serras, depresses e plancies litorneas e fluviais), que,

    conseqentemente, esto associadas a diversas formas de relevo (colinas, morros,

    escarpas, etc.).

    Dentro desta classificao, o municpio de Presidente Prudente encontra-selocalizado na Bacia Sedimentar do Paran (morfoestrutura) e no Planalto Ocidental

    Paulista (morfoescultura), mais precisamente no Planalto Centro Ocidental.

    Especificamente para o municpio de Presidente Prudente, predominam como

    formas de relevo as colinas mdias e baixas, cujas altitudes variam entre 300 a 600

    m, e declividades mdias entre 10 % a 20 %.

    De modo geral, no setor leste e nordeste do municpio, predominam as colinas

    de poucas extenses e topos curtos e ondulados, cujas declividades variam entre 5% a 20 %. Predominam nestas reas os Argissolos e Neossolos de pouca

    profundidade.

    Quanto ao setor oeste dominam as colinas amplas de topos suavemente

    ondulados, com declividade que variam entre 2 a 10 %. Predominam nestas reas

    os Latossolos profundos e bem drenados. justamente no setor oeste que se

    encontra localizada a rea do aterro sanitrio, mais precisamente no Bairro Limoeiro

    em frente Estao de Tratamento de Esgoto da SABESP.

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    6/13

    6

    RESULTADOS E DISCUSSES

    Dinmica dos processos geomorfolgicos da rea de trabalho

    Com referncia rea de trabalho, de acordo com a Carta Geomorfologica

    (Figura 2), foram identificados trs compartimentos de relevo:

    1. Topo suavemente ondulado das colinas convexizadas, com predomnio

    de formaes de alterao do tipo manto de intemperismo ou regolito. Em alguns

    setores, a ocorrncia de Latossolos dos topos para as mdias e altas vertentes;

    2. Vertentes convexo-cncavas e retilneas, com afloramento da

    Formao Adamantina (IPT, 1981) e existncia de Argissolos e de Neossolos;

    3. Plancie Aluvial e alvolos, com predomnio de Formaes Aluviais

    Quaternrias e de Solos Aluviais.

    De modo geral, apresentam-se como a forma de relevo dominante as colinas

    convexizadas de topos suavemente ondulados, cujas declividades (Figura 3) variam

    em mdia de 2 % a 10 %. No compartimento das vertentes cncavo-convexas e

    retilneas, apresentam-se declividades que variam de 10 % a valores maiores que 20

    %. Nas Plancies aluviais e alvolos, os valores apresentam-se entre 0 % a 2 %.

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    7/13

    Figura 2. Carta Geomorfolgica da rea de estudo do aterro sanitrio do municpio de President

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    8/13

    Figura 3. Carta de declividades da rea de estudo do aterro sanitrio do municpio de Presidente

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    9/13

    9

    Quanto rea escolhida para a construo do aterro sanitrio, conforme pode

    ser observado no perfil topogrfico 1-2 (Figura 4), esta encontra-se localizada entre

    duas vertentes (A e B), tendo o crrego So Joo no fundo do vale.

    Figura 4. Perfil topogrfico da rea do aterro sanitrio com a localizao dasvertentes A e B.

    A vertente A, situa-se da mdia para baixa encosta, mais precisamente em

    frente Estao de Tratamento de Esgoto da SABESP. J a vertente B, que est

    localizada na margem esquerda, situa-se da mdia para a baixa encosta da colina.

    Ambas apresentam declividades que variam de 5 % a 20 %. Somente na baixavertente que apresentam em alguns pontos declividades acima de 20 %, como no

    caso da Vertente A.

    Ambas as colinas onde esto situados as vertentes A e B da rea escolhida

    para o aterro sanitrio, esto localizadas na Bacia Hidrogrfica do Crrego So

    Joo, sendo este um dos afluentes do Crrego do Limoeiro, em que os topos

    apresentam altitudes que variam de 406 a 436 metros.

    Associada morfologia do relevo, na rea identificou-se um manto de regolito

    de espessura variada, ou seja, na vertente A o material de cobertura (Latossolos)

    em boa parte foi retirado. J na vertente B no ocorreu retirada de solo. Este fato

    importante, pois necessria uma grande quantidade de material, para ser utilizado

    na cobertura das clulas de resduos slidos domsticos.

    Quanto s reas de declividade mdias entre 10 % a 20 %, em alguns setores,

    apresentam morfologias de encostas do tipo cabeceiras de drenagem em anfiteatros

    sem cobertura vegetal de porte, cujo escoamento das guas superficiais convergem,

    na sua maioria, em direo ao crrego So Joo.

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    10/13

    10

    Este fato, associado morfologia das vertentes, a partir da relao eroso

    sedimentao infere-se que as vertentes com morfologia convexa recuam menos,

    sendo consideradas as reas como fonte dos depsitos coluviais (manto de

    intemperismo) encosta abaixo, ou seja, vertentes com predomnio de solos

    profundos geralmente no setor mdio-alto.

    J as vertentes cncavas, morfodinmicamente como recuam mais

    rapidamente, geralmente apresentam solos pouco profundos. E as retilneas, por

    terem longos comprimentos de rampa, sofrem um duplo processo de eroso e

    sedimentao ao longo do seu perfil, apresentando solos com profundidades

    mdias. Importante destacar, que os aspectos de quantidade e profundidade dos

    mantos de regolitos (solo) foram levantados e averiguados em levantamentos feitos

    em campos atravs de sondagens.

    Com referncia morfologia das vertentes, como dito anteriormente apresenta-

    se de modo cncava, convexa e retilnea. Na vertente A as encostas apresentam-se

    de modo convexo e cncavo e na vertente B predominam encostas retilneas.

    Conforme pde ser observado na Carta Geomorfolgica, de modo geral, as

    vertentes retilneas apresentam declividades menos acentuadas, com rampas maislongas e manto de intemperismo de profundidade mdia. As vertentes convexas

    esto geralmente associadas s vertentes mais declivosas, rampas pouco

    alongadas e prximas aos topos com regolitos mais espessos.

    Quanto s reas prximas ao crrego So Joo, em observaes feitas

    jusante da rea escolhida para o aterro sanitrio, identificou-se da mdia para a

    baixa vertente prximo ao contato com a plancie aluvial, pontos de surgncia do

    lenol fretico, com o surgimento de cobertura vegetal tpica de rea de banhadoEstas reas concentram fluxos dguas subsuperficiais atravs do aumento do

    poro-presso, associado aos fluxos superficiais saturados que, em perodos de

    maior pluviosidade, podem provocar rupturas/eroses por diferentes processos.

    Este fato pode ser melhor compreendido quando se observa na carta

    geomorfolgica, a delimitao das plancies aluviais e dos alvolos, onde as reas

    de surgncia do escoamento subsuperficial (lenol suspenso prximo superfcie e

    presente apenas na estao chuvosa) esto contidas. Estas reas representam os

    locais onde o lenol suspenso subsuperficial encontra-se mais prximo superfcie.

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    11/13

    11

    comum, nos perodos de maior pluviosidade, surgirem exudaes desta gua

    de escoamento subsuperficial na faixa jusante do aterro sanitrio. Nestes trechos

    possvel observar pequenas cavidades subsuperficiais resultantes do piping

    (eroso interna) bem prximas superfcie do terreno (at a profundidade mdia de

    40 cm) por onde exuda a gua subsuperficial.

    No caso da rea escolhida constatou-se a existncia de vrios pontos de

    surgncia do lenol suspenso subsuperficial, na faixa jusante rea especfica do

    aterro sanitrio. Este processo ocorre pela presena de um fino horizonte de solo

    bastante lixiviado e muito arenoso e de alta permeabilidade (espessura mdia de 40

    cm) e logo abaixo o solo predominante menos permevel. Desta forma, a gua de

    chuva ao se infiltrar no solo subdividida em 2 partes: uma escoa pela faixa arenosa

    lixiviada, formando o escoamento subsuperficial. Caso esta fina faixa de solo

    arenoso altamente permevel seja interrompida (por escavao, eroso superficial

    ou outras causas), ocorre a surgncia desta gua de escoamento subsuperficial,

    gerando no ponto de exudao, pequenas cavidades resultantes do fenmeno de

    piping (eroso interna). Estas surgncias somente acontecem em perodos

    chuvosos.

    A outra parte da gua pluvial que infiltrou no solo, continua percolando

    (infiltrando) lentamente atravs da camada de solo inferior, contribuindo para a

    formao do aqfero fretico que encontra-se em profundidade maior.

    Alguns setores prximos, das reas de surgncia do lenol fretico, conforme o

    processo de ruptura ocasionado pela dinmica hdrico-geomorfolgica, geraram

    pequenas rupturas de declive em forma de degraus, caracterizadas como creep ou

    rastejo do manto de intemperismo.

    Com referncia a morfologia dos fundos de vale do Crrego So Joo, a maior

    parte constituda por amplos vales de fundo chato, muito assoreado e sem matas

    galerias. Nos trechos com predomnio deste tipo de morfologia, principalmente a

    montante da rea do aterro sanitrio, o curso dgua apresenta um canal fluvial

    anastomtico e difuso, devido a grande carga de sedimentos transportado das

    vertentes em direo ao leito do crrego.

    Em outro setor a jusante do crrego So Joo, dentro da rea escolhida paraconstruo do aterro, o curso dgua apresenta um canal fluvial retilneo, encaixado

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    12/13

    12

    em leito rochoso dos arenitos da Formao Adamantina. Importante destacar, que

    paralelo a este trecho do crrego, foi identifica um paleocanal fluvial.

    De modo geral, geomorfologicamente constatou-se que os compartimentos de

    relevo propcios para a construo do aterro sanitrio so os topos das colinas, com

    predomnio de Latossolos, direcionando-se para o domnio das vertentes,

    principalmente at a mdia baixa vertentes onde engloba as manchas de Argissolos.

    No caso da vertente A, conforme a morfologia predominante das vertentes

    aconselha-se que a rea utilizada para o aterro no ultrapasse os limites das

    rupturas de declive, devido os solos serem rasos (Neossolos) e a rocha (Formao

    Adamantina) aflorar em alguns pontos.

    Quanto a vertente B, a morfologia retilnea das vertentes, de mdias a baixas

    declividades, observou-se que possvel a utilizao da rea at o limite

    correspondente a rea de proteo ambiental.

    Em relao ao compartimento da Plancie Aluvial e dos Alvolos, estas so

    reas totalmente inadequadas para a construo do referido aterro sanitrio. Desta

    forma, este compartimento no ser utilizado para as clulas do aterro sanitrio,

    devendo ser inclusive recuperada e preservada a cobertura vegetal ciliar.

    CONCLUSES

    Conforme os resultados apresentados anteriormente chegaram-se as seguintes

    concluses:

    - A rea apresenta 3 compartimentos de relevo bem definidos: toposuavemente ondulado das colinas, vertentes cncavas-convnxas e retilneas e as

    plancies aluviais e alvolos;

    - Dos topos das colinas at as mdias vertentes com baixas declividades (2 a

    10 %) so os compartimentos de relevo mais adequados para construo do aterro

    sanitrio, pois apresentam manchas de Latossolo e Argissolos que podem ser

    utilizados como material de recobrimento das clulas de lixo;

  • 7/25/2019 Texto completoGEOMORFOLOGIA-SBGF

    13/13

    13

    - Das mdias vertentes com declividades acima de 20 % at a plancie aluvial

    onde predominam os Neossolos e os solos Aluviais, no so adequados para

    construo do aterro sanitrio devido ao afloramento da Formao Adamantina e

    respectivamente do aqfero fretico;

    - Conforme observado na vertente A, foi retirada grande quantidade de

    Latossolo. Este fato gerar no futuro a necessidade de aquisio de material de

    cobertura, onde aumentar os custos de operacionalizao do aterro;

    - Haver a necessidade de utilizao de geomembrana para impermeabilizao

    da base do aterro;

    - A anlise tcnica baseada nos conhecimentos geomorfolgicos foi de extrema

    importncia para a rea de trabalho, pois integrou aspectos pedolgicos,

    hidrogeolgicos e geotcnicos;

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABSABER, Aziz Nacib. Um conceito de geomorfologia a servio das pesquisas

    sobre o quaternrio. Geomorfologia, So Paulo, no18, p. 1-23, 1969.

    EIA/RIMA PRESIDENTE PRUDENTE. Aterro sanitrio de Presidente Prudente.2005.

    INSTITUTO BRASILEIRO DE PESQUISAS TECNOLGICAS DO ESTADO DESO PAULO. Mapa geolgico do Estado de So Paulo: 1:500.000. So Paulo:IPT, v. 1, p. 46-8, 69, 1981. (Publicao IPT 1184).

    NUNES, J. O. R. Uma contribuio metodolgica ao estudo da dinmica dapaisagem aplicada a escolha de reas para construo de aterro sanitrio emPresidente Prudente. Presidente Prudente, 2002. 211 f. Tese (Doutorado emGeografia com nfase em Desenvolvimento Regional e Planejamento Ambiental) Faculdade de Cincias e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista. 2002.

    NUNES, J.O.R; MARTINS, E.S; IMAI,N.N ; KAIDA, R. H ; SAMIZAVA, T.M. Aimportncia do conhecimento geomorfolgico na anlise espacial: escolha dereas para construo de aterro sanitrio no municpio de PresidentePrudente-SP. In: VI Simpsio Nacional de Geomorfologia e Regional Conference onGeomorfology, 2006, Goinia.

    ROSS, J. L. S & MOROZ, I. C. Mapa geomorfolgico do Estado de So Paulo.Revista do Departamento de Geografia, So Paulo, n.10, p.41-56, 1996.