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Direito Processual Penal Prof. Joerberth Nunes Transcrição | Aula 03 TJ-RS

TJ-RS · concurso de oficial de justiça e essa aula número 3 tem por objetivo trabalhar a lei 9.099/95, a partir do artigo 60 e seguintes. Essa lei trata acerca do juizado especial

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Direito Processual PenalProf. Joerberth Nunes

Transcrição | Aula 03

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Direito Processual Penal

AULA 03

Parte 01

Prezados alunos, vamos a nossa aula de número 3 no âmbito do processo penal para o nosso concurso de oficial de justiça e essa aula número 3 tem por objetivo trabalhar a lei 9.099/95, a partir do artigo 60 e seguintes. Essa lei trata acerca do juizado especial criminal, Pequenas Causas criminais. Todos sabem que essa lei regulamenta os juizados especiais cíveis, Pequenas Causas cíveis eu juizados especiais criminais. Então nossa parte é saudade de 60 em diante. Que nós chamamos de procedimento sumaríssimo, ou seja, o que isso quer dizer, quando a pessoa cometeu uma infração de menor potencial ofensivo, o processo terminal em seu desfavor far-se-á em perante Juizado criminal, lá no Pequenas Causas criminais. Lá o processo segue o rito sumaríssimo, é um processo rapidíssimo, essa é a que ideia. Eu que nos compete aqui analisando a lei na íntegra? Saber como funciona esse processo criminal no rito sumaríssimo aqui do Jecrin. Esse é o nosso objetivo. Então nós vamos começar com uma introdução só para dar uma ênfase nessa parte inicial.

Se eu fosse conceituar, o que nós podemos resumir quem comete uma infração Penal de menor potencial ofensivo, essa expressão é interessante, a responsabilização penal do autor dar-se-á perante o Jecrim. Lá o processo segue um rito sumaríssimo, rapidíssimo, porém, qual a ideia que existe no processo penal como um todo? Qual a ideia nós temos do processo penal? Quem comete um crime, todos nós sabemos que quem comete um crime vai no futuro responder um processo criminal. Esse processo criminal vai até sentença final, quando chega o magistrado, o

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juiz para dar a sentença final, lá depois de todo processo, nós sabemos que ele pode absorver ou condenar. Se condena o réu, ele dá uma pena, a sanção penal, isso quer dizer o que é? Que ele só vai dar a pena depois do devido processo. Isso é uma regra. Quando eu estudo o Jecrim aqui que é o estopim da coisa. Essa lei regulamenta e diz ó: quem comete a chamada infração penal de menor potencial ofensivo no futuro também vai responder um processo penal no Jecrin, normal, vai responder um processo até a sentença final que o juiz vai dar.

O que tem de tão novo no Jecrim? Isso aqui: que lá no Jecrim existe alguns institutos processu-ais que a lei 9.099 prevê que se usufruídos pelas partes evitam o processo. Isso é só no Jecrim. Ela traz alguns institutos diferentes que estão no artigo 74 e no 76 da lei 9.099, chamados res-pectivamente de composição dos danos civis (74) e de transação penal (76). Exemplo, resumin-do, o que são esses institutos? Um acordo entre as partes. Então quando uma pessoa cometer uma chamada infração de menor potencial ofensivo, polícia civil faz todo procedimento de in-vestigação e manda para o Jecrim, aí lá vai ter uma audiência inicial entre as partes que haven-do um acordo entre elas, vamos falar de uma forma genérica, vai evitar o processo, se evitar o processo, o autor do crime por óbvio vai ficar sem antecedentes, vai continuar primário. Tá e se não houver a este acordo entre as partes lá no Jecrin? Aí o processo irá ocorrer, o réu vai se de-fender e vai exercer o contraditório e ampla defesa e vamos esperar a sentença final absolvição ou condenação. Então se tu olhares para cá porquê foi criado o Jecrim? Qual é o grande esto-pim do Jecrim? Procurar, quando estiver diante de uma infração de menor potencial ofensivo, criar a possibilidade entre as partes, o autor e a vítima, de fazer um acordo na esfera penal, para evitar exatamente o processo criminal. Esse é o ganho, evitar o processo, evitar a pena.

O que nos cabe agora? Saber como tudo isso se dá, principalmente, olha os nomes: artigo 74, composição dos danos civis e artigo 76 transações penal. São coisas distintas, que não você confunde. Alguma dúvida aqui? Tranquilo, tranquila.

A colega pergunta se é automático, em regra automático, a lei prevê a ordem que deve ser aplicado, só que para as partes usufruir da composição dos danos civis da transação penal tem uma série de requisitos, não compreendendo. Vamos supor um caso real: um indivíduo come-teu uma infração leve um crime de ameaça, lesão corporal leve, chega lá no dia da audiência e nessa audiência no Jecrim vai estar: o juiz, o MP, o autor, a vítima, seus advogados e vamos supor que não faça um acordo, não se conseguiu um acordo entre elas e o autor da infração de menor potencial ofensivo, não satisfaz os requisitos para ganhar a transação, Então não vai poder usufruir disso, vai responder o processo direto no Jecrim. Eu processo no Jecrim que nós vamos ver as fases dele, é o rito sumaríssimo.

Por isso que, colegas do EAD e do presencial, olha bem, a composição dos danos civis e transa-ção penal são institutos pré-processuais, que ocorrem antes do processo, existem exatamente para evitar processo criminal. Em ocorrendo processo criminal aí eles seguem o rito sumaríssi-mo. Isso tem que estar bem claro para vocês.

Dito isso então, vamos para o item 2, antes de entrar na lei, só para tu entender isso, para ter a matéria bem completinha, vamos aprofundar, porque nós temos tempo para isso. Olha bem, quando tu estudas Jecrim para você entender tem que começar a estudar pela Constituição Federal. Então eu vou lá para a Constituição Federal no artigo 98 inciso I, só para tu entenderes isso, nossa Constituição Federal é de 88 tá, ficou claro? Anos depois em 1995 veio a lei 9.099 que logo depois foi alterada em 2006. Ela regulamentou a construção. O que diz a constituição, nossa lei maior, veja bem eu estou em 1998. Fica criado, Quem criou foi a Constituição, o Juiza-do Especial Criminal, lá fala: os quais serão competentes para conciliação, processo, execução

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para as chamadas infrações penais de menor potencial ofensivo, sendo que os autores dessas infrações, farão jus da transação penal na forma da lei e o processo criminal dar-se-á perante o procedimento sumaríssimo. Isso tudo eu tiro da Constituição Federal, nossa lei maior. Então tudo bem, olhando só para o quadro para tu entender isso:

O que ocorreu? Alguns anos depois em 1995 veio a lei 9.099, depois foi alterada em 2006 pela 11313. O que essa lei faz? Tenta entender o direito: tem a constituição e abaixo tem as leis né, estão abaixo na hierarquia constitucional, esta lei aqui não criou o Jecrim, ela regulamentou o Jecrim que foi criado pela constituição. (...)

Dito isso então, eu vou para lei 9.099/95 para acompanhar tudo isso. A partir do artigo 60 e seguintes. Então dos juizados especiais criminais fala assim ó:

Sublime isso: provido por juízes togados ou togados e leigos. Concursados, de carreira. Olha os termos o Jecrin foi criado no fórum central de Porto Alegre, foi criado no Fórum de Viamão, de Ijuí o que ele é competente lá? Para a conciliação, O que é conciliação? Procurar um acordo entre as partes para evitar o processo criminal ou se não houver conciliação o julgamento e a execução né.

Só para tu saberes, o que são essas regras de conexão e continência? Está no artigo 76 e 77 do CPP. Vou te explicar olha o parágrafo único:

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O que quer dizer essa regra de conexão? Nós estamos na aula 2 que quem cometeu um crime doloso contra vida, o processo criminal vai ocorrer na vara do Júri. O que está dizendo a lei? Se um indivíduo em um contexto fático um crime por exemplo de competência do Júri e um crime que é de menor potencial ofensivo, uma lesão corporal, tudo junto no mesmo contexto, tudo isso pelo CPP iria junto assim no mesmo processo, e vai lá para vara do Júri, ela é especial, jul-garia tudo, mas então lá na vara do Júri o indivíduo vai ser processado pelo crime de homicídio que ele cometeu contra o terceiro e o Crime de lesão corporal contra o amigo do terceiro, Ficou claro? Só que tudo vai para o júri porque ele reuniu tudo, porque é uma vaga especial, então ele é trai.

Só que o que diz a lei 9.099? Quanto é a infração de menor potencial ofensivo, a lesão corporal, vai tudo lá para o júri, mas lá no júri vai ter que ser ofertado ao autor para infração de menor potencial ofensivo os institutos da transação e da composição dos danos civis, se ele não usu-frui por algum motivo, vai ser processado por homicídio e lesão corporal e o processo vai ocor-rer todo na vara do Júri. Isso que quer dizer. Então essa introdução aqui creio que está sanada.

Agora vamos sem sombra de dúvida para um dos principais artigos que são cobrados em prova, o que é o 61, olha o que diz:

Isso tem que saber colegas.de do presencial a chamadas contravenções penais e os crimes em que a lei prever já é uma pena máxima não superior a 2 anos cumulada ou não com multa. Presta bem atenção aqui, quando eu estudo direito penal ele trabalha com infrações penais, nós penalistas trabalhamos com infrações penais. Para toda infração penal tem uma pena pri-vativa de liberdade, isso é direito penal. Eu estudo em Direito Penal as condutas que são in-frações penais e as penas de prisão para essas infrações. Só que no Brasil nós temos duas es-pécies de infrações penais, a chamadas contravenções penais e os crimes. Então na verdade quando eu me deparo com a expressão infração penal, eu estou me referindo as contravenções penais e os crimes. Joeberth Onde estão previstas as chamadas contravenções penais? Para teu conhecimento, no decreto-lei 13688/41, por exemplo: perturbação do sossego alheio. E os crimes? São condutas mais graves e as penas são maiores, estão no Código Penal a partir do Artigo 121, crime de homicídio, furto, roubo, estrupo, e em leis fora do Código Penal, lei drogas, lei de armas e muitas outras leis. Então preste atenção, quem é que diz que uma conduta é uma contravenção ou crime que são espécies de infrações penais? A lei.

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Presta atenção aqui, se para toda infração penal tem uma pena privativa de liberdade, toda contravenção em regra, se tu abrires essa lei de contravenções possui uma pena privativa de liberdade, e todos os crimes por sua vez também possuem uma pena privativa de liberdade. Mas, Joeberth, só para entender a matéria. Qual a grande diferença entre uma contravenção e um crime? Vamos lá, Ambos são espécie de infração penal, só para um concurso que exige 2º grau, A grande diferença é que a pena de prisão é bem menor na contravenção, quando é crime as penas são maiores e também tem a ver com a espécie da pena privativa de liberdade que não vem ao caso agora. Mas vamos mais adiante, todo mundo sabe que eu tenho por exemplo vários crimes lá do Código Penal, que tenho pena de prisão mais uma multa. Se tu pegares o cri-me de Peculato que nós estudamos. artigo 312 do código penal, a pena do crime é de reclusão de 2 a 12 anos e multa que o juiz da. Venha a lei 9.099 e diz que quem cometer qualquer cha-mada contravenção penal ou qualquer crime em que tu vais olhar e a pena máxima de prisão não ultrapassa 2 anos tendo multa ou não, isso é uma infração penal de menor potencial ofen-sivo e tua responsabilização penal dar-se-á perante o Juizado Especial Criminal. Essa expressão aqui cumulada ou não com multa é importante.

Indo adiante, esse artigo 62 foi alterado recentemente em 2018. E aqui tem que ter uma notí-cia uma outra atenção, conhecendo a lei né, as regrinhas da lei. Eu tenho que saber como tra-mita no Jecrim a responsabilidade penal do autor. Olha o 62 para prova:

Pelos critérios da: a gente chama isso de alguns princípios que orientam o processo no Jecrim, são alguns princípios que são inerentes ao processo, perguntam esses princípios aqui: oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e da celeridade.

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Então ao final da nossa aula, o final da nossa explicação, tu vais ver depois que entenderes como funciona o Jecrim, tu vais ver que ele obedece a esses princípios, com esses critérios. O que seria o critério da oralidade no Jecrim? Tu vais ver que a maioria dos atos lá são orais, evita-se o papel, a petição. O que é o critério que entrou novo a simplicidade? A simplicidade dos termos que compõem o Jecrim, não é tão técnica como lá no procedimento comum ou ordinário que obedece a formalização bem maior. Segue também o princípio informalidade, O que é informalidade? A lei deixa que os atos sejam mais informais, buscando sempre a maior celeridade. Economia processual, como processo lá é rápido é feito tudo praticamente em um ato ou em dois atos. Para se economizar, para o processo não ser longo, é um processo célere, rápida a sentença. Então isso aqui colegas do EAD e do presencial, vocês têm que decorar, olhando assim é fácil e é fácil. Só que eles inventam lá: não é critério previsto na lei 9.099, aí eles põem 4 desses aqui e inventam um 5º que tu lês e pareces que todos estão certos. Tem que conhecer a lei.

O que mais que diz? Aqui que venha pergunta do concurso, por que que foi criado o Jecrim? Objetivando sempre que possível a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. Ou seja, qual a grande moral do Jecrim? É tentar um acordo entre as partes, entre autor e vítima, buscando que ele repara dano e evite o processo criminal. Isso não pode ocorrer lá no rito comum ordinário, no furto, no roubo, no estrupo, lá tem processo até a sentença. Então quando o indivíduo cometer uma infração de menor potencial ofensivo a lei oportuniza que se faça um acordo entre as partes, para evitar o processo criminal. Esse artigo que foi alterado entrou a simplicidade, que não tinha. (...)

Parte 02

Indo mais adiante artigo 63, ele também é importante, da competência dos atos processuais, entenda o que ele quer dizer e olhem as pegadinhas colegas do EAD e do presencial o que cai em prova e a gente não se toca olha o que ele fala:

Olha o termo: em que foi praticada a infração penal. Sabe o que eles fazem na hora? Eles mu-dam o termo praticada por consumada, errou. Quer ver o seguinte ó: quando eu estudo código de processo penal na parte de competência artigo 69, que a nossa lei principal de processo

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penal, o que que diz o CPP no que tange a competência para o processo criminal, diz no artigo 72 pontos a competência para o julgamento do processo criminal será do juízo, da vara, da co-marca da onde o crime foi consumado, essa é a regra geral, ficou Claro. Exemplo: um cara rouba um carro em Porto Alegre é perseguido pela polícia militar e é preso em Novo Hamburgo, ok? Onde ele foi preso? Novo Hamburgo, Tá, mas onde o crime se consumou? O roubo se consuma com a subtração, se consumou em Porto Alegre. O processo criminal ocorrerá em Porto Alegre, ficou claro?

Vindo para lei dos juizados especiais ele fala: a competência do jecrim vai ser onde foi praticado a infração penal e não consumado. Vou pagar aqui um exemplo só para tu entenderes. Crime de calúnia artigo 138 do Código Penal todo mundo sabe o que é que um de calor né? Calúnia é quando o autor imputa falsamente a alguém, sabendo que é falsa, a prática de um fato criminoso que tu sabes que ele não praticou perante terceiros. Então a pena do crime de calúnia é detenção de 6 meses a 2 anos. Então o crime de calúnia é um crime de menor potencial ofensivo e quem comete vai responder penalmente diante o Juizado Especial Criminal, nós vamos supor, quando tu estuda do tipo penal da calúnia, os livros dizem: o crime de calúnia se consuma quando chega ao conhecimento de terceiros, está perfeito está acabado. Vamos supor que a colega aqui a Júlia, eu mando uma carta para Solange imputando falsamente um crime a Júlia que eu sei que ela não cometeu.” tu deve pensar bah Joeberth tu do tempo da carta” só para tu entender, uma carta, bonitinho no correio, Olha bem: a Solange mora em Torres e a Solange recebe a carta e começa a ler a carta, aonde que foi praticado o crime? Porto Alegre né, mas onde ele se consumou? Lá em Torres. Vamos supor que a Júlia e registre um B.O., a minha responsabilidade penal vai ser peran-te o jecrim de Porto Alegre ou de Torres? Porto Alegre, onde eu pratiquei o ato e não onde ele se consumou. O que a banca faz? Ela só troca essa palavrinha praticado por consumado. Aí Você erra, ficou claro, artigo 64, conhecendo as regras de introdução aqui:

Então pode ter uma audiência no Jecrim à noite? Pode, geralmente ocorre a noite. Como é que isso cai em prova? Considerando as regras da lei 9.099/95 julgue os itens abaixo, esse artigo quando geralmente cai como está, eles podem mudar uma palavrinha, Pode colocar que é vedado sua realização aos finais de semana, errou, porque pode ser qualquer dia da semana, eles colocam de uma outra forma escrita. Por isso que eu tenho que ter certeza da lei, o aluno do EAD do presencial lendo isso aqui sozinho, ele vê muito fácil, só que é obrigação nossa aqui da casa dizer como isso pode cair, para você ter certeza.

Artigo 65 também é um outro que merece atenção:

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Isso quer dizer o que pessoal? Já que um dos critérios aqui do Jecrim é a informalidade, isso tudo para evitar a nulidade. Foi feito um ato lá no processo, não se observou exatamente o que a lei manda, isso no processo penal, quando se realiza um ato em desconformidade com a lei, ele causa uma nulidade, tem que ser refeito. No Jecrim se evita isso, porque como o Jecrim é informal e esse busca celeridade, ainda que um ato seja feito pelo juiz durante o processo que não Conforme a lei manda, se ele alcançou o objetivo final dele, vai ser evitar proclamar a nuli-dade, porque no Jec. segue o princípio da informalidade e essa ideia da lei.

A não ser que a parte comprove que sofreu um prejuízo com a inobservância da Lei naquele ato, aí pode invocar a nulidade.

Não precisa o juiz do Jecrim de Porto Alegre que quisera realizar um ato lá no Jecrim Santa Rosa mandar uma carta precatória, já que aqui os atos são informais, pode até ser pedir por telefone, se pede uma certidão. Você segue a informalidade e não aquela formalidade exacerbada do processo criminal do rito comum ordinário.

Porque um dos critérios aqui é oralidade nós vimos né.

Mais adiante um pouquinho artigo 66, esse cara que tu tens que entender porque ele cai em prova, olha o que diz o 66, colega do EAD e do presencial.

Quando o réu for citado no Jecrim. O que é citado? Dar conhecimento ao Réu que existe um processo criminal em seu desfavor. Então se eu estou no Jecrim porventura o autor da infração de menor potencial ofensivo, não usufruiu da composição dos danos com a vítima, não des-põem da transação. Ele vai responder o processo e como ele vai virar réu no Jecrim, ele vai ser citado. A citação lá no jecrim ela é pessoal. Então por exemplo o juiz vai expedir um mandado

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de citação, o oficial de justiça vai pegar o mandado e vai lá citar. O que é esse sempre que pos-sível? Você vai ver lá na frente comigo, lá na audiência, não houve acordo entre as partes, o MP já vai denunciar e já vai ser citado. Agora preste atenção no parágrafo único.

Oficial de justiça pegou o mandado, por exemplo, e foi lá citar e se certifica que não achou.

Vai lá para Primeira Vara do Fórum, segunda vara terminal, terceira vara.

Tá Joeberth, o que eu tenho que tirar daqui para minha prova? No Jecrim não cabe, por exem-plo, citação por Edital ou por hora certa.

Quando a gente estuda o processo criminal segundo o rito comum ordinário, nós já falamos isso, qual é a regra? Oficial de justiça foi citar o réu né, a citação também é pessoal lá, se o réu mora ali e ele está se ocultando, o oficial de justiça faz citação por hora certa. Quando oficial de justiça, lá no processo do rito comum ordinário, vara comum, for citar o réu e ele estiver no lu-gar incerto e não sabido, ele certifica, a certidão volta para o juízo, aí o juiz manda o cartório fa-zer citação por Edital. Aqui no Jecrim não, não pode. Se o oficial certificar na certidão do Jecrim que não encontrou o Fulano, vem para cá, o juiz em obediência ao artigo 66 parágrafo único, da Lei 9.099, vai remeter todo esse procedimento para uma vara comum. Aí lá o processo vai ocorrer e pode ocorrer citação por Edital, por exemplo. Ficou claro? Baita artigo de prova, esse 66. Cabe aqui a citação presumida que se chama, presume que o réu foi citado.

A correspondência pode ser por AR o recebido. Então você veja bem, a intimação no Jecrim pode ser até por telefone, o funcionário do Jecrim certifica que ligou para o número tal e e falou com fulano de tal e o intimou da audiência no dia tal. Tu vês que tudo isso obedece aos critérios do 62, informalidade.

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Isso aqui cai em prova:

Então colegas até aqui ao 68 são regras de introdução a ler. Joeberth, cai em prova? Sem som-bra de dúvidas, são cobrados esses artigos aí, são artigos fáceis claro que são só que tem que ter certeza do que está escrito na lei para não errar.

Agora começa a parte prática da lei. Agora eu vou colocar, ainda dentro do item 3, artigo 69 e seguintes, olha bem, como se dão os atos no jecrim, conhecendo o jecrim artigo 69 e seguintes:

Essa autoridade que aqui fala, em regra, é o delegado de polícia da delegacia responsável.

Deem uma olhada aqui, qual a grande diferença do T.C. para o inquérito? quando é inquérito que você investiga crimes de maior potencial ofensivo, tem toda uma investigação, perícias, indiciamentos, relatório final, ele é bem mais formal. T.C. não, toma depoimento das partes, faz eventual perícia e manda para a justiça, no T.C. não há nem indiciamento. Se não a indicia-mento, o autor do T.C. não fica na polícia com antecedentes criminais. É um procedimento bem simples, nós vamos ver como funciona o Jecrim, conseguiu entender? Então qualquer um de nós que registrar um boletim de ocorrência, numa delegacia de polícia e informando ali uma contravenção penal ou crime que a pena máxima de prisão não ultrapasse 2 anos, na delegacia, vai ser feito um T.C. e manda para justiça e deu, não se faz uma investigação, com interceptação telefônica, mandado de busca, geralmente não, ficou Claro para vocês? então não gera via de regra antecedente.

Tá Joeberth, mas eu já vim questão de prova, o que quer dizer isso aqui: autoridade policial que tiver conhecimento da ocorrência, da infração de menor potencial, lavrara termo circunstancia-do, e isto que eu não entendi: encaminhara imediatamente ao juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessárias. Qual é a ideia da Lei? Partindo-se do pressuposto que as duas partes já estivessem ali, o autor e a vítima, aí tu fazes o T.C. na hora

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Isso aqui não existe mais: em caso de violência doméstica... Até porque hoje nós temos a Lei Maria da Penha que dispõe sobre as medidas protetivas. Então estou aqui na Vale Mais. Joe-berth me explica esse 69. Vou explicar aqui ó: o indivíduo cometeu um crime de menor poten-cial ofensivo, cometeu qualquer contravenção, perturbação do Sossego alheio, como assim? A pessoa quer dormir lá e o cara fazendo barulho na casa dele, isso é contravenção ou um crime de menor potencial ofensivo, vou pegar um exemplo: uma lesão corporal leve, se desentendeu com outro e deu um soco, isso é crime, a pena se tu fores olhar é de 3 meses a 1 ano. Como isso ocorre? Obviamente vai registrar um Boletim de Ocorrência, eu sei que é uma infração de menor potencial e ofensivo pelo artigo 61, todas as contravenções penais e todos os crimes que a gente vê que a pena máxima não ultrapassa 2 anos é de menor potencial ofensivo. Lá na delegacia vai ser feito o BO e vai para o delegado de polícia no dia seguinte. Ele lê e vai tipificar, vai dar um despacho. Se aquele teu B.O versa sobre infração de menor potencial ofensivo, e ele vai mandar o cartório da delegacia instaurar um termo circunstanciado artigo 69. Agora se tu registras lá um crime que é de maior potencial ofensivo, em furto que apenas de 1 a 4, aí ele manda instaurar um inquérito. A polícia civil trabalha na verdade com dois expedientes de in-vestigação: o termo circunstanciado e o inquérito, a regra é o inquérito, T.C. é exceção. Joeber-th, deixa-me entender, o que é o termos circunstanciado? É um procedimento de investigação bem simples, lembra da simplicidade ponto cantado nesse TC? O boletim de ocorrência, aí o delegado manda o escrivão intimar e tomar depoimento da vítima. Tem uma audiência lá do Delegado, o escrivão, e a vítima. “ O que houve aí senhora o senhor? Estava lá no curso na casa do concurseiro e o Fulano me deu um soco...,

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O cara é invocado e tal. O delegado questiona se tem mais alguma coisa a mais que queira declarar? Não, estou legal. Tá tchau, assina e vai embora”. Intima-se e toma o depoimento do autor, claro o cara quando for depor na delegacia, ele tem todos os direitos constitucionais in-fraconstitucionais dos acusados. Inclusive de permanecer em silêncio no depoimento dele.” e aí meu velho que houve naquele dia? Pois é o cara me olhou torto e eu não gostei, dei um soco no rosto, mas porquê? Ah não sei, não estava legal no dia, tá valeu, valeu” obviamente a vítima no próprio dia do BO, geralmente. É encaminhado paga o exame de delito corpo de delito, faz uma perícia. Se junta tudo isso em um termo chamado termo circunstanciado, e o delegado dá o despacho, senhor escrivão ordenou a remessa ao fórum, ao Juizado Especial. Eu escrivão remete ao Jecrim, junta tudo isso vai para o Jecrim. Do Fórum de Porto Alegre do farol de juiz do fórum de Passo Fundo.

Escrivão e Delegados tomam depoimento, assinam, mando autor, vítima e o T.C. já na hora para o fórum e o juiz lá na hora já faz audiência com MP e termina o acordo entre as partes. Só que isso não ocorre, não tem estrutura para isso, saiba ler o que está aqui, na prática se faz o T.C. e se encaminha depois ao fórum, mas entendo o que está escrito na lei. Tá isso eu entendi e agora aqui ó:

Nem se exigirá fiança, vou te falar, esse vou explicar, o que ele quer dizer aqui no artigo 69. Vamos partir da Regra geral, sempre que uma pessoa, qualquer um do Povo cometer qualquer crime, o delegado tem obrigação de lavrar um auto de prisão em flagrante, formalizar aquela prisão em flagrante, encaminhar, o preso e o flagrante para o juiz de plantão e o juiz que vai

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decidir você manda liberar ou deixa preso. O que diz a lei do jecrim, intérprete isso: quando o indivíduo for flagrado cometendo uma infração de menor potencial ofensivo, foi flagrado o “A” dando um soco no rosto do “B” os populares seguraram “A” chamaram a polícia e levaram para o delegado, ele está preso em flagrante, só que este crime dele é uma lesão corporal de menor potencial ofensivo, então o delegado que está de plantão vai dizer: a regra é: sempre com uma pessoa for presa em flagrante por qualquer um do Povo ou por um agente policial e o delegado tenho que lavrar o auto de prisão em flagrante, encaminhar para o juiz e ele decide o que faz né, só que como esse teu crime infração Penal de menor potencial ofensivo (IPMPO), eu vou aqui registrar o BO, vou instaurar um termo circunstanciado, vou te liberar, não vou lavar o flagrante contra ti, mas tu tem que assinar aqui um termo de compromisso de que tu vai comparecer no fórum quando for intimado ok? Só assinar? Só, e o que ocorre comigo? Vai embora e vai ser intimado lá no fórum. Bah show de bola, onde eu assino? aqui. Acabou. Agora eles perguntam: se esse cara é levado para delegacia em flagrante e fala que não assina nada, vou ter que formalizar todo o auto de prisão em flagrante normalmente, viu como o concurso pode fazer a conta escrita desse aqui. (...)

Com a pena máxima que não vai ultrapassar 4 anos ele tem uma segunda chance, agora vou arbitrar uma fiança porque o seu CPP manda, porque esse crime não ultrapassa quatro anos, quanto?” R$ 2500, paga agora e era isso; a fiança eu pago” paga e vai embora, responde em li-berdade. Mas o machão falou que não paga coisa nenhuma, então se dá um Despacho: arbitrei fiança o valor de r$ 2500 e foi recusado, aí você Lavra todo o flagrante e manda para o juiz de plantão e o cara vai para o presídio, espera lá para ver o que o juiz vai dizer. Ele vai soltar prova-velmente né, aí vem para nós, aí nós fazemos um inquérito, e manda para o Jecrim. (...)

Parte 03

Dando continuidade, uma vez feito T.C, ele é encaminhado ao Jecrim, vamos ver os demais artigos, artigo 70, só para vocês entenderem, sendo encaminhado Jecrim lá terá uma chamada audiência de conciliação, um acordo entre as partes para evitar o processo. Vamos lá:

Olha o nome: audiência preliminar, essa primeira audiência que é chamada de conciliação ou preliminar, na verdade é marcada um dia para ela, as partes são intimadas para esta audiência.

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Tu imaginas um indivíduo que comete um crime de lesão corporal culposa, no trânsito que é uma IPMPO, dirigindo um veículo automotor da empresa ao qual Ele trabalha. Ele que responde penalmente, mas a empresa é responsável civil e então também será intimada para audiência, o propósito, é muito bem. Artigo 72.

Nessa audiência vai estar quem? O juiz, o promotor que o órgão acusador por excelência crimi-nal, o autor do fato e a vítima e se possível o responsável civil, no exemplo que eu dei.

Olha bem agora uma novidade: e da aceitação de aplicação imediata, imediata é nessa audiên-cia, sem processo, sem contraditório e ampla defesa. Sabe o que é isso aqui: aplicação imediata de pena não privativa de liberdade? Isso é sinônimo de transação penal do artigo 76. Vou re-petir: transação penal pode ser chamada de aplicação imediata de uma pena não privativa de liberdade. Na verdade, nenhuma pena é né, porque pena mesmo só depois do processo. Então o que ocorre, nesta audiência aqui chamada de preliminar. O juiz fala assim: estamos diante de uma infração de menor potencial ofensivo, Esse é um crime de lesão corporal que a pena é de três meses a um ano, na verdade deveria ver um processo criminal né contra o touro Mas como é uma IPMPO, eu vou esclarecer você sobre a possibilidade de um acordo entre vocês, Esse acordo entre autor e vítima, denomina-se a composição dos danos civis. Então juiz chega assim: paga r$ 200 e acaba com isso, o senhor aceita vítima? sim, autor aceita? Sim. Ocorrendo esse acordo entre as partes como é que é o nome desse acordo? Composição dos danos civis, em regra termina tudo aqui, o autor não responderá ao processo criminal, isso ocorre no Je-crim. Joeberth, vai ficar com antecedentes? Pessoal não houve nem processo, claro que não. Mas o juiz não conseguiu acordo entre as partes, não fechou, o cara não quer pagar 200 ou outro não aceitou. Aí o juiz vai passar a palavra para o Ministério Público que é órgão acusador e ele fala para o autor: meu velho tu já tivesse uma chance de acabar com tudo isso aqui no Jecrim, tem uma segunda: eu como membro do Ministério Público, baseado nesse T.C., deveria te denunciar e tu responderes um processo criminal até tá sentença, e a vítima vai buscar lá no civil a indenização dela, mas tem uma segunda modalidade que o Jecrim permite o que é cha-mada transação, transação penal é o acordo do Ministério Público com o autor do fato para não processa-lo no Jecrim, chamado de aplicação imediata de uma pena não privativa de liberdade. Agora o MP que oferece, como órgão processante: paga o valor para uma entidade carente durante 3 meses, eles têm geralmente no Jecrim já relacionado várias entidades, o autor fala que aceita, este acordo do Ministério Público com o autor denomina-se transação, ficou claro?

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Tá sendo aplicada a ele uma pena de forma imediata uma pena não privativa de liberdade, ah ele aceitou a transação, acaba tudo aqui. Ele não vai ser processado criminalmente. Se ele não aceitar a transação, aí vai rolar o processo no Jecrim, seguindo rito sumaríssimo, tudo isso ocor-re na audiência chamada de para eliminar para evitar o processo.

Vamos adiante:

Isso cai em prova

O camarada é Bacharel em Direito, mas é oficial escrevente lá na primeira vara criminal, ele não pode se inscrever como conciliador ficou Claro, e o juiz chancela esta conciliação.

Joeberth o que é composição dos danos civis? que é um acordo entre autor e vítima.

Sublinhe isso: homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível, se houver acordo entre au-tor e vítima, lembram dos R$ 200, o juiz dá uma sentença, homologando e termina tudo aqui. Essa sentença não cabe recurso, acabou tudo aqui, estamos vendo como funciona o Jecrim. Porque o Jecrim foi criado? Para oportunizar as partes quando cometer uma infração de menor potencial ofensivo, a evitar o processo criminal.

Se o autor não pagar os R$ 200 no caso, a vítima pega essa sentença e leva no juizado especial cível executa lá, cobra lá, e você tem aula de Juizado especial cível. Não vai o processo criminal ser reaberto. Esse artigo 74 parágrafo único depois eu vou explicar ok. Mas eu quero ler

Isso quer dizer que o autor não vai ser processado criminalmente, depois eu volto nele.

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Nesta audiência:

Direito de representação verbal, quando é uma ação pública condicionada. A termo é escrito.

O não oferecimento da representação, no caso de uma ação pública condicionada. O prazo previsto em lei é de 6 meses a contar da data que tu sabes que o autor do fato nos termos do artigo 38 do CPP. Vamos adiante.

Olha o que ele está propondo, o MP nessa audiência vai propor ao autor lá da lesão corporal, a aplicação imediata, sem contraditório, tem ampla defesa, sem processo de uma pena alternativa. Isso aqui é a transação penal. O MP chega e fala assim, o juiz dá a palavra para o MP e ele fala assim para o autor: cara tu não quiseste a composição dos danos civis, segunda chance de tu te livrares do processo criminal aqui no jecrim, faz o acordo comigo, esse acordo do autor com MP chama transação penal ou aplicação imediata de uma pena restritiva de direitos o multa. Ele não vai ser condenado porque não tem processo.

Agora olha os parágrafos:

Excepcionalmente, tem umas infrações de menor potencial ofensivo, algumas contravenções e alguns crimes não existem pena de prisão só tem pena de multa. Isso é uma exceção, para esses que não tem pena de prisão e é IPMPOF, na hipótese de transacionar o juiz pode assim agir. Agora olha o parágrafo 2º:

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O parágrafo 2º elenca e cai prova, os requisitos que o autor tem que preencher para poder transacionar com o Ministério Público no jecrim. Que requisitos são esses?

Tanto que o TC quando chega no fórum, ele junta os antecedentes judiciais da pessoa, se ele já tem outra condenação por qualquer outro crime e ele recebeu pena de prisão e sentença definitiva. Ele não vai poder, neste caso, transacionar. Joeberth, aqui que eles trabalham, se ele tem outra condenação, vamos dizer o por furto, mas ele recebeu pena alternativa, uma prestação de serviço à comunidade, pode nesse caso transacionar, mas se ele recebeu pena de prisão, não vai poder de transacionar aqui. São requisitos que tem que obedecer.

Olha bem agora, é outro requisito são tudo cumulativo.

O que quer dizer isso? Ele não pode ter feito outra transação penal nos últimos 5 anos. Então quer dizer se o cara fizer uma transação hoje, nós próximos 5 anos transação de novo ele não vai poder fazer, não vai poder. E eles juntam isso né, quando você vai para o fórum.

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Sublinha: que não importará em reincidência. Não foi condenado, não teve processo. Tu és pri-mário. Parágrafo 5º olha que interessante:

Isso quer dizer o quê? A sentença que homologa a composição dos danos ela é irrecorrível. Nos concursos perguntam isso. A que homologa a transação é recorrível, as partes podem recorrer para chamada turma recurso.

porque Joeberth? Por que quando o juiz homologa a transação entre Ministério Público e o autor, ele pode impor outra condição, o MP pode não concordar, o autor pode não concordar e recorre para turma recursal. Isso cai direto e prova, estou indo bem devagar aqui.

Terminou aqui, ficou Claro. Então vamos de novo: chegou a audiência de conciliação, vai estar presente: juiz, Ministério Público, autor da IPMPOF, no meu exemplo lesão corporal leve, a víti-ma e advogado. O que o juiz tenta primeiro? A composição dos danos civis, conseguiu, acabou tudo. Não conseguiu, passa a palavra para o Ministério Público que é o órgão acusador por excelência e ele vai propor a transação penal, mas para ele propor a transação tem que preen-cher os requisitos do artigo 76 parágrafo 2º, eu nem tenho processo ainda né, ele propondo e o autor aceitando, o juiz homologa. A sentença que homologa a composição dos danos civis é irrecorrível e a sentença que homologa a transação é recorrível.

Vamos adiante, procedimento sumaríssimo, o que quer dizer isso? Você pensa agora assim: e se o autor não aceitar também a transação? ele vai responder penalmente, vai responder o processo criminal no jecrim. Esse processo segue o rito sumaríssimo e como é que é? Artigo 77.

Ó denuncia oral.

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O cara foi atendido no postão onde mora, esse boletim médico serve como prova da materiali-dade, não precisa de um laudo pericial, do Instituto de perícia.

O MP acha que é complexo e merece uma investigação maior, manda lá para vara comum, aí o juiz de lá vai mandar para delegacia, para fazer excepcionalmente inquérito, uma investigação profunda, para depois se ele for necessário lá.

Então presta atenção, olha como isso aqui cai prova, como se dão os atos na audiência de con-ciliação no Jecrim, vou colocar aqui a ordem: o juiz abriu audiência, primeiro a composição dos danos civis, colegas do EAD e do presencial, tranquilo. Não sendo possível transacionar.

Parte 04

Não sendo possível porque o autor não preenche os requisitos ou porque não quer, ai o MP, se for um crime de ação pública, oferece a denúncia. Então excelência, o Ministério Público vem a presença de vossa excelência e oferece a denúncia contra o tal, porque dia tal deu um soco no fulano de tal, conforme termo circunstanciado e resta em curso no crime do art.129 do código penal. Denuncia oral, MP oferece a denúncia, se for uma ação penal privada a vítima oferece a chamada queixa crime. E aí Joeberth terminou a audiência já? Não, tudo isso em uma única audiência, audiência de conciliação.

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78- oferecida a denúncia ou a queixa crime pelo ministério público ou pela vítima em ação pe-nal privada, calúnia ,difamação e injúria será reduzida a termo escrito, olha agora pega-se uma cópia deste termo escrito e entrega-se ao acusado quando presente em audiência, que com ela ficará citado e imediatamente cientificado da audiência de designação de dia e hora para audiência de instrução e julgamento que é uma outra audiência que vai ter.

Então olha bem ,depois de denunciado ele já é citado , Joerbert como assim citado, como ele estava na audiência então ele tem ciência que ele vai responder o processo e aqui a citação , veja bem , o juiz nem disse se é denúncia ou queixa, denunciou já é citado, o juiz nem se ma-nifestou se vai receber denúncia ou queixa ,a citação ocorre já nesse momento , ficou claro. Aí eu li aqui no art. 78 que o juiz vai marcar uma nova audiência na Jecrim, chamada, olha bem, audiência de Instrução e Julgamento e como é que vai ser essa chamada Audiência de Instrução e Julgamento no Jecrim? Art. 81.

vamos ler aqui, terminar.

Por que ele perde a oportunidade de fazer lá a composição e transação né, não compareceu. O que é essa audiência de instrução e julgamento? vai ter um processo ne, instrução, produção de prova.

Então colegas, quando chegar o dia dessa audiência de instrução, como ocorrerão os atos nesta audiência? Joeberth para eu entender, só vai sair audiência de instrução depois da de concilia-ção, concordam comigo? ou se na de conciliação o autor não compareceu, foi intimado e não compareceu.

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Isso quer dizer o quê? quando o Juiz for abrir aqui a audiência de instrução e julgamento, se na primeira audiência o autor não compareceu, então não foi oferecido a ele a oportunidade de composição dos danos e transação, será aqui no início novamente, novamente não ne, porque não foi, será oferecido isso, ficou claro? tu vê que o Jecrim faz de tudo para evitar o processo.

Sabe o que, colegas do EAD e presencial, o concurso pergunta? como se dão os atos audiência de instrução, qual é a ordem, como funciona as audiências.

Tu vês que o juiz só vai receber a denúncia ou a queixa depois da defesa.

Condena ou absolve, então, qual é ordem dos atos nessa audiência aqui, como é que funcio-na os atos aqui? o Juiz abriu a audiência, quem é que primeiro fala, fora aquela hipótese que a gente viu anteriormente, do oferecimento do exame de transação se não oportunizada na primeira audiência. Quem é que primeiro fala? a defesa, advogado faz a defesa do cliente ge-ralmente oralmente ou por escrito entrega na hora, na própria audiência, depois de feita a defesa, o Juiz diz na audiência, decide se recebe a denúncia ou queixa ou se a rejeita. Olha que interessante, lá quando a gente estudou o procedimento comum ordinário, na vara criminal, como é que funciona os atos: o MP denuncia, o Juiz decide se recebe a denúncia, depois manda citar, depois o réu se defende, depois instrução, não é isso. Olha aqui no Jecrim, tudo diferente, o MP denunciou, o autor já é citado, depois se defende, depois da defesa é que o juiz decide se recebe ou rejeita a denúncia, então na audiência ele fala assim: bom diante do exposto en-tendo por receber a denúncia ou ele pode rejeitar. Joeberth e se ele rejeitar a denúncia? nem vai adiante acabou, ah, mas o MP não concorda, recurso para turma recursal. E se ele receber? bom ele fala: considero recebido a denúncia oferecido pelo Ministério Público na data tal, lá na audiência de conciliação, prossigo com a audiência. E aí o que que ele faz? toma o depoimento da vítima oficialmente, depoimento oficial dela, da vítima de lesão corporal lá, depois que ela depõe, lá perante acusação e defesa fazendo perguntas, exercendo o contraditório. (...) depois testemunhas uma a uma, depois do interrogatório do réu, aí o réu é interrogado, olha a ordem

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dos fatos, tudo isso em audiência, e se ele é réu ele pode permanecer em silêncio, debates orais entre acusação e defesa e sentença. Como assim sentença? na própria audiência o juiz dá a sentença final, condena e dá a pena ou absolve, mas que pena? Ele recebe uma pena de pri-são, mas geralmente aqui os Réus preenchem os requisitos para receber pena alternativa, mas ele tem condenação, não vai ser mais primário. (...) Dessa sentença caberá recurso artigo 82. Para principalmente para Turma Recursal, chamado no Jecrim, terminou.

Por isso que tecnicamente falando, processo em sentido amplo a partir daqui em diante ó:

Por isso que o processo no Jecrim sugue o rito sumaríssimo é rapidíssimo (...) pela lei a todo o único ato, comparando com a prática, sempre comparar com a prática é bom né, na prática geralmente termina tudo na transação penal, não dando daí segue o processo, ficou claro para vocês? (...)

Vamos adiante um pouquinho.

Olha que interessante, a sentença final aqui, dispensado o relatório, porque quando o juiz faz uma sentença final tem um relatório, fundamentação, no Jecrim o relatório não precisa porque ela é mais informar lembra simplicidade.

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Não precisa ter um acordão fomentando, só a sumula, a turma recursal faz né uma emenda.

Art. 83, é um outro recurso de existe dessa sentença.

Isso quer dizer que o Juiz deu a sentença final aqui e o réu entende que o juiz se omitiu em algo e quiser alegar, uma contradição, uma obscuridade, ele pode entrar com uma petição, chama-do de embargos de declaração, isso é um recurso, chamado embargos de declaratórios.

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Olha bem, vamos dizer que o réu ajuizou o recurso chamada de embargos, porque, sustentan-do que o juiz se contradiz algo. O próprio juiz Julga os embargos, depois que ele julga os embar-gos que começa o prazo da apelação toda os 10 dias. Porque daí é sentença definitiva né, em primeira instância.

Cuidado esse termo, interrompe o prazo começa tudo de novo.

Terminou o Jecrim na verdade. Depois disso é execução da Pena se tiver uma sentença definiti-va o réu vai ter que executar a pena lá no Jecrim. Vocês têm aqui no quadro toda formatação do Jecrim, como ele funciona, nós partimos lado todo. (revisão)

Artigo 84 e só leitura, 85, 86 e 87 também. O 88 só diz o seguinte, nem a matéria nossa, mas está na lei.

É um crime de ação penal condicionada. O que quer dizer que depende de representação? O titular da ação penal, quem processa o réu é o ministério público, mas para ele processar a víti-ma tem que dizer lá que ela quer representar.

Que é o exemplo que eu dei, 129 e o 129 parágrafo 6º do Código Penal e a lesão culposa de trânsito, são crimes que dependem de representação. Então se tu atropelas alguém culposa-mente no trânsito e causa uma lesão, isso é crime, artigo 313 do código de trânsito, pena 6 meses a 2 anos. Vamos supor que tu vais para delegacia, lá na delegacia vai se perguntar para vítima: tu queres representar contra ele ou contra ela? Se falar não, não se faz nada, morre tudo aí, porque esse crime Depende de representação porque essa lei disse. Eu quero, então vamos fazer T.C. Vamos para o Jecrim.

Esse é o artigo 89, só escreve, por hora, olha bem agora, final de aula. Ele traz um instituto de processo penal chamado suspensão condicional do processo ou em latim “sursis processual” isso aqui é um benefício que a lei 9.099 traz. Não tem nada a ver com Jecrim e eu vou falar na próxima aula. É um benefício que a lei traz chamado suspensão condicional do processo, não tem nada a ver com o Jecrim, mas se aplica no Jecrim e fora do Jecrim. Ficou claro? Eu só não quero que você confunda com a transação penal.

O artigo 90 em diante fica para leitura do aluno, só leitura, não tem nada assim de importante prova. Porque o que é importante está aqui:

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Então assim, é um lembrete final, para eu completar, a lei 9.099 e aqui no curso nós pedimos 5 aulas, para deixar no EAD, assuntos por aula. A lei 9.099 termina aqui. Na aula 4, nós vamos falar sobre a suspensão condicional do processo, falar sobre o procedimento especial da lei de drogas e falar sobre citação e intimação. Em uma aula. Lá na aula 5 nós vamos tratar da Lei Maria da Penha e vou retornar a lei 9.099 no momento oportuno e vamos também ter uma resolução de exercícios para revisar toda a matéria que nós tivemos em penal e processo penal. Ok? Para deixar certinho no EAD então, aula 3 encerrada.