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TMA Modulo III - Fase II - Gestao Ambiental

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UNEC

MODULO III

Gestão Ambiental

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2. GESTÃO AMBIENTAL

NBR ISO 14001:2004 –SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

International Standardization for Organiza-

tion (ISO) é uma organização não gover-

namental sediada em Genebra, fundada

em 23 de fevereiro de 1947 com o objetivo

de ser o fórum internacional de normaliza-

ção, para o que atua como entidade har-

monizadora das diversas agências nacio-

nais. Noventa e cinco por cento da produ-

ção mundial estão representados na ISO

por mais de uma centena de países-

membros, os quais são classificados em P (Participantes) e O (Observadores).

A diferença fundamental entre ambos é o direito de votação que os membros P

têm nos vários Comitês Técnicos, Subcomitês e Grupos de Trabalho. Para e-

xercer seus direitos, é exigido que os países estivessem em dia com suas cotas

anuais de participação e atuem de forma direta no processo de elaboração e

aperfeiçoamento das normas.

À medida que aumentam as preocupações com a manutenção e a

melhoria da qualidade do meio ambiente, bem como a proteção da saúde

humana, organizações de todos os tamanhos vem crescentemente voltando

suas atenções para os potenciais impactos de suas atividades, produtos e

serviços. O desempenho ambiental de uma organização vem tendo impor-

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tância cada vez maior para as partes interessadas, internas e externas. Al-

cançar um desempenho ambiental consistente requer comprometimento or-

ganizacional e uma abordagem sistemática ao aprimoramento contínuo.

O objetivo geral da ISO 14.000 é fornecer assistência para as organi-

zações na implantação ou no aprimoramento de um Sistema de Gestão Am-

biental (SGA). Ela é consistente com a meta de “Desenvolvimento Sustentá-

vel” e é compatível com diferentes estruturas culturais, sociais e organiza-

cionais.

Um SGA oferece ordem e consistência para os esforços organizacionais no

atendimento às preocupações ambientais através de alocação de recursos,

definição de responsabilidades, avaliações correntes das práticas, procedi-

mentos e processos.

A Diretriz 14.000 especifica os elementos de um SGA e oferece ajuda

prática para sua implementação ou aprimoramento. Ela também fornece au-

xílio às organizações no processo de efetivamente iniciar, aprimorar e sus-

tentar o Sistema de Gestão Ambiental. Tais sistemas são essenciais para a

habilidade de uma organização em antecipar e atender às crescentes expec-

tativas de desempenho ambiental e para assegurar, de forma corrente, a

conformidade com os requerimentos nacionais e/ou internacionais.

A ISO 14.001 inclui os elementos centrais do SGA a serem utilizados

para certificação/registro. A ISO 14.000 inclui princípios e elementos adicio-

nais que a organização poderá considerar.

As organizações podem considerar diferentes usos da série ISO

14.000:

1.Usando a ISO 14.000 - Diretrizes para Princípios, Sistemas e Técnicas de

Suporte, ou parte dela, para iniciar e/ou aprimorar seu SGA. A ISO 14.000

não é destinada ao uso por entidades de registro.

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2.Usando a ISO 14001 - Especificação do Sistema de Gestão Ambiental,

para alcançar certificação por terceiros. A ISO 14.001 é destinada ao uso

por entidades de registro.

3.Usando a ISO 14.000 - Diretrizes ou a ISO 14.001 – Especificações, para

reconhecimento de segunda parte, entre contratados, o que pode ser apro-

priado para algumas relações comerciais.

4.Usando documentos ISO pertinentes.

Na imagem acima é apresentado as etapas necessárias de uma ges-

tão ambiental.

A escolha dependerá de uma série de fatores, tais como:

1.Grau de maturidade da organização: se já existir um gerenciamento siste-

mático poderá ser facilitada a introdução de um gerenciamento ambiental

sistemático.

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2.Possíveis vantagens e desvantagens, influenciadas pela posição no mer-

cado, reputação atual, relações externas.

3.Dimensão da organização.

A diretriz 14.000 pode ser usada por organizações de qualquer tama-

nho. Todavia, a importância das Pequenas e Médias Empresas (PME) vem

sendo crescentemente reconhecida pelos governos e meios empresariais. A

diretriz reconhece e acomoda as necessidades das PME.

A ISO 14.000 oferece diretrizes para o desenvolvimento e implementação

de princípios e sistemas de gestão ambiental, bem como sua coordenação com

outros sistemas gerenciais.Tais diretrizes são aplicáveis a qualquer organiza-

ção, independente do tamanho, tipo ou nível de maturidade, que esteja interes-

sada em desenvolver, implementar e/ou aprimorar um SGA.

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As diretrizes são destinadas ao uso interno como uma ferramenta geren-

cial voluntária, não sendo apropriada para uso por parte de entidades de Certifi-

cação/Registro de SGA, como uma norma de especificações.

As diretrizes baseiam-se nos elementos centrais da especificação para SGA

encontrados na ISO 14.001 e incluem importantes elementos adicionais para

um Sistema de Gestão Ambiental amplo.

PRINCÍPIOS E ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

O ciclo do SGA segue a visão básica de uma organização que

subscreve os seguintes princípios:

Princípio 1

Uma organização deve focalizar aquilo que

precisa ser feito - deve assegurar compro-

metimento ao SGA e definir sua política.

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Princípio 2

Uma organização deve formular um

plano para cumprir com sua política

ambiental.

Princípio 3

Para uma efetiva implantação, uma or-

ganização deve desenvolver as capaci-

dades e apoiar os mecanismos neces-

sários para o alcance de suas políticas,

objetivos e metas.

Princípio 4

Uma organização deve medir, monito-

rar e avaliar sua performance ambien-

tal.

Princípio 5

Uma organização deve rever e continu-

amente aperfeiçoar seu sistema de

gestão ambiental, com o objetivo de a-

primorar sua performance ambiental

geral.

Com isto em mente, o SGA é mais observado como

uma estrutura de organização, a ser continuamente

monitorada e renovada, visando fornecer orienta-

ção efetiva para as atividades ambientais de uma

organização, em resposta a fatores internos e ex-

ternos em alteração.

Todos os membros de uma organização devem assumir a responsabilidade

pela melhoria ambiental.

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NORMAS DA ABNT

Apresenta-se aqui a relação das Normas da ABNT Associação Brasileira

de Normas Técnicas relacionadas com aspectos de avaliação da poluição am-

biental.

1. AR

NBR 8969/85 - Poluição do ar - Terminologia.

NBR 9547/86 - Material particulado em suspensão no ar ambiente - De-

terminação da concentração total pelo método do amostrador de grande

volume - Método de ensaio,

NBR 9546/86 - Dióxido de enxofre no ar ambiente - Determinação da

concentração pelo método da pararrosanilina - Método de ensaio.

NBR 10736/89 - Material particulado em suspensão na atmosfera - De-

terminação da concentração de fumaça pelo método da refletância da luz

Método de ensaio.

NBR 12065/91 - Atmosfera - Determinação da taxa de poeira sedimentá-

vel total - Método de ensaio.

NBR 12979/93 - Atmosfera - Determinação da concentração de dióxido

de enxofre pelo método do peróxido de hidrogênio - Método de ensaio.

NBR 13157/94 - Atmosfera - Determinação da concentração de monóxi-

do de carbono por espectrofotometria de infravermelho não-dispersivo

Método de ensaio.

NBR 13412/95 - Material particulado em suspensão na atmosfera - De-

terminação da concentração de partículas inaláveis pelo método do a-

mostrador de grande volume acoplado a um separador inércia de partícu-

las - Método de ensaio.

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NBR 10700/89 - Planejamento de amostragem em dutos e chaminés de

fontes estacionárias - Procedimento.

NBR 10701/89 - Determinação de pontos de amostragem em dutos e

chaminés de fontes estacionárias - Procedimento.

NBR 11966/89 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes esta-

cionárias - Determinação da velocidade e vazão - Método de ensaio.

NBR 10702/89 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes esta-

cionárias - Determinação da massa molecular - base seca - Método de

ensaio.

NBR 11967/89 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes esta-

cionárias - Determinação da umidade - Método de ensaio.

NBR 12019/90 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes esta-

cionárias - Determinação do material particulado - Método de ensaio.

NBR 12020/92 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes esta-

cionárias - Calibração dos equipamentos utilizados em amostragem Mé-

todo de ensaio.

NBR 12021/90 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes esta-

cionárias - Determinação de dióxido de enxofre, trióxido de enxofre e né-

voas de ácido sulfúrico - Método de ensaio.

NBR 12022/90 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes esta-

cionárias - Determinação de dióxido de enxofre - Método de ensaio.

NBR 12827/93 - Efluentes gasosos com o sistema filtrante no interior do

duto ou chaminé de fontes estacionárias - Determinação de material par-

ticulado - Método de ensaio.

NBR 10562/88 - Calibração de vazão, pelo método da bolha de sabão de

bombas de baixa vazão utilizadas na avaliação de agentes químicos no

ar Método de ensaio.

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NBR 12085/91 - Agentes químicos no ar - Coleta de aerodispersoides por

filtração - Método de ensaio.

NBR 13158/94 - Avaliação de agentes químicos no ar - Coleta de fibras

respiráveis inorgânicas em suspensão no ar e análise por microscopia

óptica de contraste de fase - método do filtro de membrana - Método de

ensaio.

2. ÁGUA

NBR 9896/93 - Glossário de poluição das águas Terminologia.

NBR 9897/87 - Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e cor-

pos receptores - Procedimento.

NBR 9898/87 - Preservação e técnicas de amostragem de efluentes lí-

quidos e corpos receptores - Procedimento.

NBR 13042/95 - Caracterização de cargas poluidoras em efluentes líqui-

dos industriais e domésticos - Procedimento.

NBR 13035/93 - Planejamento e instalação de laboratórios para análises

e controle de águas Procedimento.

NBR 12649/92 - Caracterização de cargas poluidoras na mineração -

Procedimento.

NBR 13403/95 - Medição de vazão em efluentes líquidos e corpos recep-

tores - Escoamento livre - Procedimento.

NBR 10561/88 - Água - Determinação de resíduo sedimentável (sólidos

sedimentáveis) - Método do cone de Imhoff) - Método de ensaio.

NBR 10560/88 - Águas - Determinação de nitrogênio amoniacal - Méto-

dos de Nesslerização, fenato e titulométrico - Método de ensaio.

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NBR 10664/89 - Águas - Determinação de resíduos (sólidos) - Método

gravimétrico - Método de ensaio.

NBR 12619/92 - Águas - Determinação de nitrito Método da sulfanilamida

e N-(l-naftil)-etilenodiamina - Método de ensaio.

NBR 12620/92 - Águas - Determinação de nitrato Método do ácido cro-

motrópico e do ácido fenol dissulfônico - Método de ensaio.

NBR 12642/92 - Águas - Determinação de cianeto total - Métodos colori-

métrico e titulométrico Método de ensaio.

NBR 12621/92 - Água - Determinação da dureza total - Método titulomé-

trico do EDTA-NA Método de ensaio.

NBR 10559/88 - Águas - Determinação de oxigênio dissolvido - Método

iodométrico de Winkler e suas modificações - Método de ensaio.

NBR 10357/88 - Águas - Determinação da demanda química de oxigênio

(DQ0) - Métodos de refluxo aberto, refluxo fechado - titulométrico e reflu-

xo fechado colorimétrico - Método de ensaio.

NBR 12614/92 - Águas - Determinação da demanda bioquímica de oxi-

gênio (DB0) - Método de incubação (20OC, 5 dias) - Método de ensaio

NBR 11958/89 - Água - Determinação de oxigênio dissolvido - Método do

eletrodo de membrana Método de ensaio.

NBR 10738/89 - Água - Determinação de surfactantes aniônicos pelo mé-

todo espectrofotométrico do azul de metileno - Método de ensaio.

NBR 10739/89 - Água - Determinação de oxigênio consumido - Método

do permanganato de potássio Método de ensaio.

NBR 10740/89 - Água - Determinação de fenol total - Método de ensaio.

NBR 10741/89 - Água - Determinação de carbono orgânico total - Método

da combustão-infravermelho - Método de ensaio.

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NBR 13404/95 - Água - Determinação de resíduos de pesticidas organo-

clorados por cromatografia gasosa - Método de ensaio.

NBR 13405/95 - Água - Determinação de resíduos de pesticidas organo-

fosforados por cromatografia gasosa - Método de ensaio.

NBR 13406/95 - Água - Determinação de resíduos de herbicidas fenoxiá-

cidos clorados por cromatografia gasosa - Método de ensaio.

NBR 13407/95 - Água - Determinação de tri halometanos em água trata-

da para abastecimento por extração líquido/liquido - Método de ensaio.

NBR 13408/95 - Sedimento - Determinação de resíduos de pesticidas or-

ganoclorados por cromatografia gasosa - Método de ensaio.

NBR 13409/95 - Peixe - Determinação de resíduos de pesticidas organo-

clorados por cromatografia gasosa - Método de ensaio.

NBR 12713/93 - Água - Ensaio de toxicidade aguda com Daphnia similis

claus , 1876 (cladocera, crustacea) - Método de ensaio

NBR 12714/93 - Água - Ensaio de toxicidade aguda com peixes - Parte 1

- Sistema estático - Método de ensaio.

NBR 12715/93 - Água - Ensaio de toxicidade aguda com peixes - Parte II

- Sistema semiestático Método de ensaio.

NBR 12?16/93 - Água - Teste de toxicidade aguda com peixes - Sistema

de fluxo contínuo - Método de ensaio.

NBR 12648/92 - Água - Ensaio de toxicidade com Chirella vulgariq (Chlo-

rophyceae) - Método de ensaio.

NBR 13373/95 - Água - Avaliação de toxicidade crônica, utilizando Cerio-

daphnia dubia Richard, 1894 (Cladocera, crustacea) - Método de ensaio.

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3. SOLO

NBR 13028/93 - Elaboração e apresentação de projeto de disposição de

rejeitos de beneficiamento, em barramento, em mineração - Procedimen-

to.

NBR 13029/93 - Elaboração e apresentação de projeto de disposição de

estéril, em pilha, em mineração - Procedimento.

NBR 13030/93 - Elaboração e apresentação de projeto de reabilitação de

áreas degradadas pela mineração - Procedimento.

NBR 10703/89 - Degradação do solo - Terminologia.

NBR 10004/87 - Resíduos sólidos - Classificação.

NBR 10005/87 - Lixiviação de resíduos - Procedimento.

NBR 10006/87 - Solubilização de Resíduos Procedimento.

NBR 10007/87 - Amostragem de resíduos - Procedimento.

NBR 12235/88 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos - Proce-

dimento.

NBR 11174/89 - Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III

- inertes - Procedimento.

NBR 13221/94 - Transporte de resíduos - Procedimento.

NBR 12980/93 - Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos

urbanos - Terminologia.

NBR 13463/95 - Coleta de resíduos sólidos Classificação.

NBR 13464/95 - Varrição de vias e logradouros públicos - Classificação.

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NBR 11175/90 - Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de

desempenho - Procedimento.

NBR 12988/93 - Líquidos livres - Verificação em amostra de resíduos -

Método de ensaio.

NBR 12807/93 - Resíduos de serviço de saúde Terminologia.

NBR 12808/93 - Resíduos de serviço de saúde Classificação.

NBR 12809/93 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde - Procedi-

mento.

NBR 12810/93 - Coleta de resíduos de serviços de saúde - Procedimen-

to.

NBR 13413/95 - Controle de contaminação em áreas limpas - Terminolo-

gia.

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001-A, de 23 de janeiro de 1986

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso

das atribuições que lhe confere o inciso II do artigo 7º do Decreto nº 88.351, de

1º de junho de 1983, alterado pelo Decreto nº 91.305, de 3 de junho de 1985, e

o artigo 48 do mesmo diploma legal, e considerando o crescente número de

cargas perigosas que circulam próximas a áreas densamente povoadas, de pro-

teção de mananciais, reservatórios de água e de proteção do ambiente natural,

bem como a necessidade de se obterem níveis adequados de segurança no

seu transporte, para evitar a degradação ambiental e prejuízos à saúde, RE-

SOLVE:

Art. 1º - Quando considerado conveniente pelos Estados, o transporte de

produtos perigosos, em seus territórios, deverá ser efetuado mediante medidas

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essenciais complementares às estabelecidas pelo Decreto nº 88.821, de 6 de

outubro de1983.

Art. 2º - Os órgãos estaduais de meio ambiente deverão ser comunicados

pelo transportador de produtos perigosos, com a antecedência mínima de se-

tenta e duas horas de sua efetivação, a fim de que sejam adotadas as providên-

cias cabíveis.

Art. 3º - Na hipótese de que trata o artigo 1º, o CONAMA recomendo aos

órgãos estaduais de meio ambiente que definam em conjunto com os órgãos de

trânsito, os cuidados especiais a serem adotados.

Art. 4º - A presente Resolução, entra em vigor na data de sua publicação.

Deni Lineu Schwartz

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CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

Lei Federal n.° 4.771, de 15 de setembro de 1965.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA.Faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° As florestas existentes no território nacional e as demais formas de

vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de inte-

resse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propri-

edade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei

estabelecem.

Parágrafo único. As ações ou omissões contrárias às disposições deste

Código na utilização e exploração das florestas são consideradas uso nocivo da

propriedade (art. 302, XI b, do Código de Processo Civil).

§ 1o As ações ou omissões contrárias às disposições deste Código na uti-

lização e exploração das florestas e demais formas de vegetação são conside-

radas uso nocivo da propriedade, aplicando-se, para o caso, o procedimento

sumário previsto no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil. (Renumera-

do do parágrafo único pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 2o Para os efeitos deste Código, entende-se por: (Incluído pela Medida

Provisória nº 2.166-67, de 2001)(Vide Decreto nº 5.975, de 2006)

I - pequena propriedade rural ou posse rural familiar: aquela explorada me-

diante o trabalho pessoal do proprietário ou posseiro e de sua família, admitida

a ajuda eventual de terceiro e cuja renda bruta seja proveniente, no mínimo, em

oitenta por cento, de atividade agroflorestal ou do extrativismo, cuja área não

supere: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

a) cento e cinquenta hectares se localizada nos Estados do Acre, Pará,

Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e nas regiões situadas

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ao norte do paralelo 13o S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do

meridiano de 44o W, do Estado do Maranhão ou no Pantanal mato-grossense

ou sul-mato-grossense.

b) cinquenta hectares, se localizada no polígono das secas ou a leste do

Meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão; e (Incluído pela Medida Provisória

nº 2.166-67, de 2001)

c) trinta hectares, se localizada em qualquer outra região do País; (Incluído

pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

II - área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arti-

gos 2o e 3o desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambi-

ental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a

biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o

bem-estar das populações humanas.

III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou pos-

se rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentá-

vel dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológi-

cos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora

nativas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

IV - utilidade pública: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de

2001)

a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária; (Incluído pela

Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

b) as obras essenciais de infraestrutura destinadas aos serviços públicos

de transporte, saneamento e energia; e.

b) as obras essenciais de infraestrutura destinadas aos serviços públicos

de transporte, saneamento e energia e aos serviços de telecomunicações e de

radiodifusão; (Redação dada pela Lei nº 11.934, de 2009)

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c) demais obras, planos, atividades ou projetos previstos em resolução do

Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA; (Incluído pela Medida Provi-

sória nº 2.166-67, de 2001)

V - interesse social: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação

nativa, tais como: prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão,

erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas, confor-

me resolução do CONAMA; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de

2001)

b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena

propriedade ou posse rural familiar, que não descaracterizem a cobertura vege-

tal e não prejudiquem a função ambiental da área; e (Incluído pela Medida Pro-

visória nº 2.166-67, de 2001)

c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do

CONAMA; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

VI - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Ron-

dônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13o S,

dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44o W, do Esta-

do do Maranhão. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta

Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais

alto em faixa marginal cuja largura mínima será: (Redação dada pela Lei nº

7.803 de 18.7.1989)

1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) me-

tros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

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2 - de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez)

a 50 (cinquenta) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de

18.7.1989)

3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquen-

ta) a 200 (duzentos) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de

18.7.1989)

4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200

(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº

7.803 de 18.7.1989)

5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura

superior a 600 (seiscentos) metros; (Incluído pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;

c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água",

qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquen-

ta) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;

e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equiva-

lente a 100% na linha de maior declive;

f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do

relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

(Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que se-

ja a vegetação. (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

i) nas áreas metropolitanas definidas em lei. (Incluído pela Lei nº 6.535, de

1978)(Vide Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

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Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compre-

endidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões me-

tropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-

se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeita-

dos os princípios e limites a que se refere este artigo. (Incluído pela Lei nº 7.803

de 18.7.1989)

Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim

declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegeta-

ção natural destinadas:

a) a atenuar a erosão das terras;

b) a fixar as dunas;

c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades milita-

res;

e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou históri-

co;

f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;

g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;

h) a assegurar condições de bem-estar público.

§ 1° A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente

só será admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando

for necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade

pública ou interesse social.

§ 2º As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao re-

gime de preservação permanente (letra g) pelo só efeito desta Lei.

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Art. 3o-A. A exploração dos recursos florestais em terras indígenas somen-

te poderá ser realizada pelas comunidades indígenas em regime de manejo flo-

restal sustentável, para atender a sua subsistência, respeitados os artigos 2o e

3o deste Código. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Art. 4o A supressão de vegetação em área de preservação permanente

somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse

social, devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo

próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento

proposto. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 1o A supressão de que trata o caput deste artigo dependerá de autoriza-

ção do órgão ambiental estadual competente, com anuência prévia, quando

couber, do órgão federal ou municipal de meio ambiente, ressalvado o disposto

no § 2o deste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 2o A supressão de vegetação em área de preservação permanente situ-

ada em área urbana, dependerá de autorização do órgão ambiental competen-

te, desde que o município possua conselho de meio ambiente com caráter deli-

berativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão ambiental estadual

competente fundamentada em parecer técnico. (Incluído pela Medida Provisória

nº 2.166-67, de 2001)

§ 3o O órgão ambiental competente poderá autorizar a supressão eventual

e de baixo impacto ambiental, assim definido em regulamento, da vegetação em

área de preservação permanente. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67,

de 2001)

§ 4o O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da

autorização para a supressão de vegetação em área de preservação permanen-

te, as medidas mitigadoras e compensatórias que deverão ser adotadas pelo

empreendedor. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 5o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, ou de du-

nas e mangues, de que tratam, respectivamente, as alíneas "c" e "f" do art.

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2odeste Código, somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 6o Na implantação de reservatório artificial é obrigatória a desapropria-

ção ou aquisição, pelo empreendedor, das áreas de preservação permanente

criadas no seu entorno, cujos parâmetros e regime de uso serão definidos por

resolução do CONAMA. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 7o É permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação

permanente, para obtenção de água, desde que não exija a supressão e não

comprometa a regeneração e a manutenção a longo prazo da vegetação nativa.

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Art. 7° Qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte, mediante ato

do Poder Público, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição

de porta-sementes.

Art. 8° Na distribuição de lotes destinados à agricultura, em planos de co-

lonização e de reforma agrária, não devem ser incluídas as áreas florestadas de

preservação permanente de que trata esta Lei, nem as florestas necessárias ao

abastecimento local ou nacional de madeiras e outros produtos florestais.

Art. 9º As florestas de propriedade particular, enquanto indivisas com ou-

tras, sujeitas a regime especial, ficam subordinadas às disposições que vigora-

rem para estas.

Art. 10. Não é permitida a derrubada de florestas, situadas em áreas de

inclinação entre 25 a 45 graus, só sendo nelas tolerada a extração de toros,

quando em regime de utilização racional, que vise a rendimentos permanentes.

Art. 11. O emprego de produtos florestais ou hulha como combustível obri-

ga o uso de dispositivo, que impeça difusão de fagulhas suscetíveis de provocar

incêndios, nas florestas e demais formas de vegetação marginal.

Art. 12. Nas florestas plantadas, não consideradas de preservação perma-

nente, é livre a extração de lenha e demais produtos florestais ou a fabricação

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de carvão. Nas demais florestas dependerá de norma estabelecida em ato do

Poder Federal ou Estadual, em obediência a prescrições ditadas pela técnica e

às peculiaridades locais. (Regulamento)

Art. 13. O comércio de plantas vivas, oriundas de florestas, dependerá de

licença da autoridade competente.

Art. 14. Além dos preceitos gerais a que está sujeita a utilização das flores-

tas, o Poder Público Federal ou Estadual poderá:

a) prescrever outras normas que atendam às peculiaridades locais;

b) proibir ou limitar o corte das espécies vegetais raras, endêmicas, em

perigo ou ameaçadas de extinção, bem como as espécies necessárias à subsis-

tência das populações extrativistas, delimitando as áreas compreendidas no ato,

fazendo depender de licença prévia, nessas áreas, o corte de outras espécies.

c) ampliar o registro de pessoas físicas ou jurídicas que se dediquem à

extração, indústria e comércio de produtos ou subprodutos florestais.

Art. 15. Fica proibida a exploração sob forma empírica das florestas primiti-

vas da bacia amazônica que só poderão ser utilizadas em observância a planos

técnicos de condução e manejo a serem estabelecidos por ato do Poder Públi-

co, a ser baixado dentro do prazo de um ano. (Regulamento)

Art. 16. As florestas e outras formas de vegetação nativa, ressalvadas as

situadas em área de preservação permanente, assim como aquelas não sujeitas

ao regime de utilização limitada ou objeto de legislação específica, são suscetí-

veis de supressão, desde que sejam mantidas, a título de reserva legal, no mí-

nimo: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001) .

I - oitenta por cento, na propriedade rural situada em área de floresta loca-

lizada na Amazônia Legal; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de

2001)

II - trinta e cinco por cento, na propriedade rural situada em área de cerra-

do localizada na Amazônia Legal, sendo no mínimo vinte por cento na proprie-

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dade e quinze por cento na forma de compensação em outra área, desde que

esteja localizada na mesma microbacia, e seja averbada nos termos do § 7o

deste artigo; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

III - vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou

outras formas de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País; e

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

IV - vinte por cento, na propriedade rural em área de campos gerais locali-

zada em qualquer região do País. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67,

de 2001)

§ 1o O percentual de reserva legal na propriedade situada em área de flo-

resta e cerrado será definido considerando separadamente os índices contidos

nos incisos I e II deste artigo. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-

67, de 2001)

§ 2o A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo ape-

nas ser utilizada sob regime de manejo florestal sustentável, de acordo com

princípios e critérios técnicos e científicos estabelecidos no regulamento, ressal-

vadas as hipóteses previstas no § 3o deste artigo, sem prejuízo das demais le-

gislações específicas. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de

2001)

§ 3o Para cumprimento da manutenção ou compensação da área de re-

serva legal em pequena propriedade ou posse rural familiar, podem ser compu-

tados os plantios de árvores frutíferas ornamentais ou industriais, compostos

por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com

espécies nativas. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 4o A localização da reserva legal deve ser aprovada pelo órgão ambien-

tal estadual competente ou, mediante convênio, pelo órgão ambiental municipal

ou outra instituição devidamente habilitada, devendo ser considerados, no pro-

cesso de aprovação, a função social da propriedade, e os seguintes critérios e

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instrumentos, quando houver: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de

2001)

I - o plano de bacia hidrográfica; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-

67, de 2001)

II - o plano diretor municipal; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67,

de 2001)

III - o zoneamento ecológico-econômico; (Incluído pela Medida Provisória

nº 2.166-67, de 2001)

IV - outras categorias de zoneamento ambiental; e (Incluído pela Medida

Provisória nº 2.166-67, de 2001)

V - a proximidade com outra Reserva Legal, Área de Preservação Perma-

nente, unidade de conservação ou outra área legalmente protegida. (Incluído

pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 5o O Poder Executivo, se for indicado pelo Zoneamento Ecológico Eco-

nômico - ZEE e pelo Zoneamento Agrícola, ouvidos o CONAMA, o Ministério do

Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura e do Abastecimento, poderá: (Inclu-

ído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

I - reduzir, para fins de recomposição, a reserva legal, na Amazônia Legal,

para até cinquenta por cento da propriedade, excluídas, em qualquer caso, as

Áreas de Preservação Permanente, os ecótonos, os sítios e ecossistemas es-

pecialmente protegidos, os locais de expressiva biodiversidade e os corredores

ecológicos; e.

II - ampliar as áreas de reserva legal, em até cinquenta por cento dos índi-

ces previstos neste Código, em todo o território nacional. (Incluído pela Medida

Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 6o Será admitido, pelo órgão ambiental competente, o cômputo das á-

reas relativas à vegetação nativa existente em área de preservação permanente

no cálculo do percentual de reserva legal, desde que não implique em conver-

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são de novas áreas para o uso alternativo do solo, e quando a soma da vegeta-

ção nativa em área de preservação permanente e reserva legal exceder a: (In-

cluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

I - oitenta por cento da propriedade rural localizada na Amazônia Legal;

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

II - cinquenta por cento da propriedade rural localizada nas demais regiões

do País; e.

III - vinte e cinco por cento da pequena propriedade definida pelas alíneas

"b" e "c" do inciso I do § 2o do art. 1o. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-

67, de 2001)

§ 7o O regime de uso da área de preservação permanente não se altera

na hipótese prevista no § 6o. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de

2001)

§ 8o A área de reserva legal deve ser averbada à margem da inscrição de

matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, sendo vedada a altera-

ção de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, de des-

membramento ou de retificação da área, com as exceções previstas neste Có-

digo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 9o A averbação da reserva legal da pequena propriedade ou posse rural

familiar é gratuita, devendo o Poder Público prestar apoio técnico e jurídico,

quando necessário. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 10. Na posse, a reserva legal é assegurada por Termo de Ajustamento

de Conduta, firmado pelo possuidor com o órgão ambiental estadual ou federal

competente, com força de título executivo e contendo, no mínimo, a localização

da reserva legal, as suas características ecológicas básicas e a proibição de

supressão de sua vegetação, aplicando-se, no que couber, as mesmas disposi-

ções previstas neste Código para a propriedade rural. (Incluído pela Medida

Provisória nº 2.166-67, de 2001)

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§ 11. Poderá ser instituída reserva legal em regime de condomínio entre

mais de uma propriedade, respeitado o percentual legal em relação a cada imó-

vel, mediante a aprovação do órgão ambiental estadual competente e as devi-

das averbações referentes a todos os imóveis envolvidos. (Incluído pela Medida

Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Art. 17. Nos loteamentos de propriedades rurais, a área destinada a com-

pletar o limite percentual fixado na letra a do artigo antecedente, poderá ser a-

grupada numa só porção em condomínio entre os adquirentes.

Art. 18. Nas terras de propriedade privada, onde seja necessário o flores-

tamento ou o reflorestamento de preservação permanente, o Poder Público Fe-

deral poderá fazê-lo sem desapropriá-las, se não o fizer o proprietário.

§ 1° Se tais áreas estiverem sendo utilizadas com culturas, de seu valor

deverá ser indenizado o proprietário.

§ 2º As áreas assim utilizadas pelo Poder Público Federal ficam isentas de

tributação.

Art. 19. A exploração de florestas e formações sucessoras, tanto de domí-

nio público como de domínio privado, dependerá de prévia aprovação pelo ór-

gão estadual competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA,

bem como da adoção de técnicas de condução, exploração, reposição florestal

e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea

forme. (Redação dada pela Lei nº 11.284, de 2006) (Regulamento)

§ 1o Compete ao Ibama a aprovação de que trata o caputdeste artigo:

(Redação dada pela Lei nº 11.284, de 2006)

I - nas florestas públicas de domínio da União; (Incluído pela Lei nº 11.284,

de 2006)

II - nas unidades de conservação criadas pela União; (Incluído pela Lei nº

11.284, de 2006)

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III - nos empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambien-

tal nacional ou regional, definidos em resolução do Conselho Nacional do Meio

Ambiente - CONAMA. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

§ 2o Compete ao órgão ambiental municipal a aprovação de que trata o

caput deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

I - nas florestas públicas de domínio do Município; (Incluído pela Lei nº

11.284, de 2006)

II - nas unidades de conservação criadas pelo Município; (Incluído pela Lei

nº 11.284, de 2006)

III - nos casos que lhe forem delegados por convênio ou outro instrumento

admissível, ouvidos, quando couber, os órgãos competentes da União, dos Es-

tados e do Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

§ 3o No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que

contemplem a utilização de espécies nativas. (Incluído pela Lei nº 11.284, de

2006)

Art. 20. As empresas industriais que, por sua natureza, consumirem grande

quantidades de matéria prima florestal serão obrigadas a manter, dentro de um

raio em que a exploração e o transporte sejam julgados econômicos, um serviço

organizado, que assegure o plantio de novas áreas, em terras próprias ou per-

tencentes a terceiros, cuja produção sob exploração racional, seja equivalente

ao consumido para o seu abastecimento. (Regulamento)

Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, além das

penalidades previstas neste Código, obriga os infratores ao pagamento de uma

multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor comercial da matéria-prima

florestal nativa consumida além da produção da qual participe.

Art. 21. As empresas siderúrgicas, de transporte e outras, à base de car-

vão vegetal, lenha ou outra matéria prima florestal, são obrigadas a manter flo-

restas próprias para exploração racional ou a formar, diretamente ou por inter-

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médio de empreendimentos dos quais participem, florestas destinadas ao seu

suprimento (Regulamento) (Regulamento)

Parágrafo único. A autoridade competente fixará para cada empresa o pra-

zo que lhe é facultado para atender ao disposto neste artigo, dentro dos limites

de 5 a 10 anos.

Art. 22. A União fiscalizará diretamente, pelo órgão executivo específico do

Ministério da Agricultura, ou em convênio com os Estados e Municípios, a apli-

cação das normas deste Código, podendo, para tanto, criar os serviços indis-

pensáveis.

Art. 22. A União, diretamente, através do órgão executivo específico, ou

em convênio com os Estados e Municípios, fiscalizará a aplicação das normas

deste Código, podendo, para tanto, criar os serviços indispensáveis. (Redação

dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

Parágrafo único. Nas áreas urbanas, a que se refere o parágrafo único do

art. 2º desta Lei, a fiscalização é da competência dos municípios, atuando a U-

nião supletivamente. (Incluído pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

Art. 23. A fiscalização e a guarda das florestas pelos serviços especializa-

dos não excluem a ação da autoridade policial por iniciativa própria.

Art. 24. Os funcionários florestais, no exercício de suas funções, são equi-

parados aos agentes de segurança pública, sendo-lhes assegurado o porte de

armas.

Art. 25. Em caso de incêndio rural, que não se possa extinguir com os re-

cursos ordinários, compete não só ao funcionário florestal, como a qualquer ou-

tra autoridade pública, requisitar os meios materiais e convocar os homens em

condições de prestar auxílio.

Art. 26. Constituem contravenções penais, puníveis com três meses a um

ano de prisão simples ou multa de uma a cem vezes o salário-mínimo mensal,

do lugar e da data da infração ou ambas as penas cumulativamente:

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a) destruir ou danificar a floresta considerada de preservação permanente,

mesmo que em formação ou utilizá-la com infringência das normas estabeleci-

das ou previstas nesta Lei;

b) cortar árvores em florestas de preservação permanente, sem permissão

da autoridade competente;

c) penetrar em floresta de preservação permanente conduzindo armas,

substâncias ou instrumentos próprios para caça proibida ou para exploração de

produtos ou subprodutos florestais, sem estar munido de licença da autoridade

competente;

d) causar danos aos Parques Nacionais, Estaduais ou Municipais, bem

como às Reservas Biológicas;

e) fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e demais formas de vegeta-

ção, sem tomar as precauções adequadas;

f) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar in-

cêndios nas florestas e demais formas de vegetação;

g) impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas

de vegetação;

h) receber madeira, lenha, carvão e outros produtos procedentes de flores-

tas, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade

competente e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto, até final

beneficiamento;

i) transportar ou guardar madeiras, lenha, carvão e outros produtos proce-

dentes de florestas, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do ar-

mazenamento, outorgada pela autoridade competente;

j) deixar de restituir à autoridade, licenças extintas pelo decurso do prazo

ou pela entrega ao consumidor dos produtos procedentes de florestas;

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l) empregar, como combustível, produtos florestais ou hulha, sem uso de

dispositivo que impeça a difusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incêndios

nas florestas;

m) soltar animais ou não tomar precauções necessárias para que o animal

de sua propriedade não penetre em florestas sujeitas a regime especial;

n) matar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de orna-

mentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia ou árvore

imune de corte;

o) extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação

permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer outra espé-

cie de minerais;

p) (Vetado).

q) transformar madeiras de lei em carvão, inclusive para qualquer efeito

industrial, sem licença da autoridade competente.(Incluído pela Lei nº 5.870, de

26.3.1973)

Art. 27. É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegeta-

ção.

Parágrafo único. Se peculiaridades locais ou regionais justificarem o em-

prego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, a permissão será estabe-

lecida em ato do Poder Público, circunscrevendo as áreas e estabelecendo

normas de precaução.

Art. 28. Além das contravenções estabelecidas no artigo precedente, sub-

sistem os dispositivos sobre contravenções e crimes previstos no Código Penal

e nas demais leis, com as penalidades neles cominadas.

Art. 29. As penalidades incidirão sobre os autores, sejam eles:

a) diretos;

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b) arrendatários, parceiros, posseiros, gerentes, administradores, diretores,

promitentes compradores ou proprietários das áreas florestais, desde que prati-

cadas por prepostos ou subordinados e no interesse dos preponentes ou dos

superiores hierárquicos;

c) autoridades que se omitirem ou facilitarem, por consentimento legal, na

prática do ato.

Art. 30. Aplicam-se às contravenções previstas neste Código as regras ge-

rais do Código Penal e da Lei de Contravenções Penais, sempre que a presente

Lei não disponha de modo diverso.

Art. 31. São circunstâncias que agravam a pena, além das previstas no

Código Penal e na Lei de Contravenções Penais:

a) cometer a infração no período de queda das sementes ou de formação

das vegetações prejudicadas, durante a noite, em domingos ou dias feriados,

em épocas de seca ou inundações;

b) cometer a infração contra a floresta de preservação permanente ou ma-

terial dela provindo.

Art. 32. A ação penal independe de queixa, mesmo em se tratando de le-

são em propriedade privada, quando os bens atingidos são florestas e demais

formas de vegetação, instrumentos de trabalho, documentos e atos relaciona-

dos com a proteção florestal disciplinada nesta Lei.

Art. 33. São autoridades competentes para instaurar, presidir e proceder a

inquéritos policiais, lavrar autos de prisão em flagrante e intentar a ação penal,

nos casos de crimes ou contravenções, previstos nesta Lei, ou em outras leis e

que tenham por objeto florestas e demais formas de vegetação, instrumentos de

trabalho, documentos e produtos procedentes das mesmas:

a) as indicadas no Código de Processo Penal;

b) os funcionários da repartição florestal e de autarquias, com atribuições

correlatas, designados para a atividade de fiscalização.

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Parágrafo único. Em caso de ações penais simultâneas, pelo mesmo fato,

iniciadas por várias autoridades, o Juiz reunirá os processos na jurisdição em

que se firmou a competência.

Art. 34. As autoridades referidas no item b do artigo anterior, ratificada a

denúncia pelo Ministério Público, terão ainda competência igual à deste, na qua-

lidade de assistente, perante a Justiça comum, nos feitos de que trata esta Lei.

Art. 35. A autoridade apreenderá os produtos e os instrumentos utilizados

na infração e, se não puderem acompanhar o inquérito, por seu volume e natu-

reza, serão entregues ao depositário público local, se houver e, na sua falta, ao

que for nomeado pelo Juiz, para ulterior devolução ao prejudicado. Se pertence-

rem ao agente ativo da infração, serão vendidos em hasta pública.

Art. 36. O processo das contravenções obedecerá ao rito sumário da Lei n.

1.508 de l9 de dezembro de 1951, no que couber.

Art. 37. Não serão transcritos ou averbados no Registro Geral de Imóveis

os atos de transmissão "inter-vivos" ou "causa mortis", bem como a constituição

de ônus reais, sobre imóveis da zona rural, sem a apresentação de certidão ne-

gativa de dívidas referentes a multas previstas nesta Lei ou nas leis estaduais

supletivas, por decisão transitada em julgado.

Art. 37-A. Não é permitida a conversão de florestas ou outra forma de ve-

getação nativa para uso alternativo do solo na propriedade rural que possui área

desmatada, quando for verificado que a referida área encontra-se abandonada,

subutilizada ou utilizada de forma inadequada, segundo a vocação e capacida-

de de suporte do solo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 1o Entende-se por área abandonada, subutilizada ou utilizada de forma

inadequada, aquela não efetivamente utilizada, nos termos do § 3o, do art. 6o da

Lei no 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou que não atenda aos índices previs-

tos no art. 6o da referida Lei, ressalvadas as áreas de pousio na pequena pro-

priedade ou posse rural familiar ou de população tradicional. (Incluído pela Me-

dida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

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§ 2o As normas e mecanismos para a comprovação da necessidade de

conversão serão estabelecidos em regulamento, considerando, dentre outros

dados relevantes, o desempenho da propriedade nos últimos três anos, apurado

nas declarações anuais do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 3o A regulamentação de que trata o § 2o estabelecerá procedimentos

simplificados: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

I - para a pequena propriedade rural; e (Incluído pela Medida Provisória nº

2.166-67, de 2001)

II - para as demais propriedades que venham atingindo os parâmetros de

produtividade da região e que não tenham restrições perante os órgãos ambien-

tais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 4o Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão da vege-

tação que abrigue espécie ameaçada de extinção, dependerá da adoção de

medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espé-

cie. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 5o Se as medidas necessárias para a conservação da espécie impossibi-

litarem a adequada exploração econômica da propriedade, observar-se-á o dis-

posto na alínea "b" do art. 14. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de

2001)

§ 6o É proibida, em área com cobertura florestal primária ou secundária

em estágio avançado de regeneração, a implantação de projetos de assenta-

mento humano ou de colonização para fim de reforma agrária, ressalvados os

projetos de assentamento agroextrativista, respeitadas as legislações específi-

cas. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Art. 38.As florestas plantadas ou naturais são declaradas imunes a qual-

quer tributação e não podem determinar, para efeito tributário, aumento do valor

das terras em que se encontram.

§ 1° Não se considerará renda tributável o valor de produtos florestais obti-

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dos em florestas plantadas, por quem as houver formado.

§ 2º As importâncias empregadas em florestamento e reflorestamento se-

rão deduzidas integralmente do imposto de renda e das taxas específicas liga-

das ao reflorestamento. (Revogado pela Lei nº 5.106, de 2.9.1966)

Art. 39. Ficam isentas do imposto territorial rural as áreas com florestas sob

regime de preservação permanente e as áreas com florestas plantadas para fins

de exploração madeireira.

Parágrafo único. Se a floresta for nativa, a isenção não ultrapassará de

50% (cinquenta por cento) do valor do imposto, que incidir sobre a área tributá-

vel. (Revogado pela Lei nº 5.868, de 12.12.1972)

Art. 40. (Vetado).

Art. 41. Os estabelecimentos oficiais de crédito concederão prioridades aos

projetos de florestamento, reflorestamento ou aquisição de equipamentos me-

cânicos necessários aos serviços, obedecidas as escalas anteriormente fixadas

em lei.

Parágrafo único. Ao Conselho Monetário Nacional, dentro de suas atribui-

ções legais, como órgão disciplinador do crédito e das operações creditícias em

todas suas modalidades e formas, cabe estabelecer as normas para os financi-

amentos florestais, com juros e prazos compatíveis, relacionados com os planos

de florestamento e reflorestamento aprovados pelo Conselho Florestal Federal.

Art. 42. Dois anos depois da promulgação desta Lei, nenhuma autoridade

poderá permitir a adoção de livros escolares de leitura que não contenham tex-

tos de educação florestal, previamente aprovados pelo Conselho Federal de

Educação, ouvido o órgão florestal competente.

§ 1° As estações de rádio e televisão incluirão, obrigatoriamente, em suas

programações, textos e dispositivos de interesse florestal, aprovados pelo órgão

competente no limite mínimo de cinco (5) minutos semanais, distribuídos ou não

em diferentes dias.

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§ 2° Nos mapas e cartas oficiais serão obrigatoriamente assinalados os

Parques e Florestas Públicas.

§ 3º A União e os Estados promoverão a criação e o desenvolvimento de

escolas para o ensino florestal, em seus diferentes níveis.

Art. 43. Fica instituída a Semana Florestal, em datas fixadas para as diver-

sas regiões do País, do Decreto Federal. Será a mesma comemorada, obrigato-

riamente, nas escolas e estabelecimentos públicos ou subvencionados, através

de programas objetivos em que se ressalte o valor das florestas, face aos seus

produtos e utilidades, bem como sobre a forma correta de conduzi-las e perpe-

tuá-las.

Parágrafo único. Para a Semana Florestal serão programadas reuniões,

conferências, jornadas de reflorestamento e outras solenidades e festividades

com o objetivo de identificar as florestas como recurso natural renovável, de

elevado valor social e econômico.

Art. 44. O proprietário ou possuidor de imóvel rural com área de floresta

nativa, natural, primitiva ou regenerada ou outra forma de vegetação nativa em

extensão inferior ao estabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16, ressalvado o

disposto nos seus §§ 5o e 6o, deve adotar as seguintes alternativas, isoladas ou

conjuntamente.

I - recompor a reserva legal de sua propriedade mediante o plantio, a cada

três anos, de no mínimo 1/10 da área total necessária à sua complementação,

com espécies nativas, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ambi-

ental estadual competente; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de

2001)

II - conduzir a regeneração natural da reserva legal; e (Incluído pela Medi-

da Provisória nº 2.166-67, de 2001)

III - compensar a reserva legal por outra área equivalente em importância

ecológica e extensão, desde que pertença ao mesmo ecossistema e esteja lo-

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calizada na mesma microbacia, conforme critérios estabelecidos em regulamen-

to. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 1o Na recomposição de que trata o inciso I, o órgão ambiental estadual

competente deve apoiar tecnicamente a pequena propriedade ou posse rural

familiar. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 2o A recomposição de que trata o inciso I pode ser realizada mediante o

plantio temporário de espécies exóticas como pioneiras, visando a restauração

do ecossistema original, de acordo com critérios técnicos gerais estabelecidos

pelo CONAMA. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 3o A regeneração de que trata o inciso II será autorizada, pelo órgão

ambiental estadual competente, quando sua viabilidade for comprovada por

laudo técnico, podendo ser exigido o isolamento da área. (Incluído pela Medida

Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 4o Na impossibilidade de compensação da reserva legal dentro da mes-

ma microbacia hidrográfica, deve o órgão ambiental estadual competente apli-

car o critério de maior proximidade possível entre a propriedade desprovida de

reserva legal e a área escolhida para compensação, desde que na mesma ba-

cia hidrográfica e no mesmo Estado, atendido, quando houver, o respectivo

Plano de Bacia Hidrográfica, e respeitadas as demais condicionantes estabele-

cidas no inciso III. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 5o A compensação de que trata o inciso III deste artigo, deverá ser sub-

metida à aprovação pelo órgão ambiental estadual competente, e pode ser im-

plementada mediante o arrendamento de área sob regime de servidão florestal

ou reserva legal, ou aquisição de cotas de que trata o art. 44-B. (Incluído pela

Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 6o O proprietário rural poderá ser desonerado das obrigações previs-

tas neste artigo, mediante a doação ao órgão ambiental competente de área

localizada no interior de unidade de conservação de domínio público, pendente

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de regularização fundiária, respeitados os critérios previstos no inciso III do ca-

put deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.428, de 2006)

Art. 44-A. O proprietário rural poderá instituir servidão florestal, mediante a

qual voluntariamente renuncia, em caráter permanente ou temporário, a direitos

de supressão ou exploração da vegetação nativa, localizada fora da reserva

legal e da área com vegetação de preservação permanente. (Incluído pela Me-

dida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 1o A limitação ao uso da vegetação da área sob regime de servidão flo-

restal deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal. (Inclu-

ído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

§ 2o A servidão florestal deve ser averbada à margem da inscrição de ma-

trícula do imóvel, no registro de imóveis competente, após anuência do órgão

ambiental estadual competente, sendo vedada, durante o prazo de sua vigên-

cia, a alteração da destinação da área, nos casos de transmissão a qualquer

título, de desmembramento ou de retificação dos limites da propriedade. (Incluí-

do pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Art. 44-B. Fica instituída a Cota de Reserva Florestal - CRF, título repre-

sentativo de vegetação nativa sob regime de servidão florestal, de Reserva Par-

ticular do Patrimônio Natural ou reserva legal instituída voluntariamente sobre a

vegetação que exceder os percentuais estabelecidos no art. 16 deste Código.

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Parágrafo único. A regulamentação deste Código disporá sobre as carac-

terísticas, natureza e prazo de validade do título de que trata este artigo, assim

como os mecanismos que assegurem ao seu adquirente a existência e a con-

servação da vegetação objeto do título. (Incluído pela Medida Provisória nº

2.166-67, de 2001)

Art. 44-C. O proprietário ou possuidor que, a partir da vigência da Medida

Provisória no 1.736-31, de 14 de dezembro de 1998, suprimiu, total ou parcial-

mente florestas ou demais formas de vegetação nativa, situadas no interior de

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sua propriedade ou posse, sem as devidas autorizações exigidas por Lei, não

pode fazer uso dos benefícios previstos no inciso III do art. 44. (Incluído pela

Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Art. 45. Ficam obrigados ao registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambien-

te e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA os estabelecimentos comerci-

ais responsáveis pela comercialização de moto-serras, bem como aqueles que

adquirirem este equipamento. (Incluído pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

§ 1º A licença para o porte e uso de moto-serras será renovada a cada 2

(dois) anos perante o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Na-

turais Renováveis - IBAMA. (Incluído pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

§ 2º Os fabricantes de moto-serras ficam obrigados, a partir de 180 (cento

e oitenta) dias da publicação desta Lei, a imprimir, em local visível deste equi-

pamento, numeração cuja sequência será encaminhada ao Instituto Brasileiro

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e constará

das correspondentes notas fiscais. (Incluído pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

§ 3º A comercialização ou utilização de moto-serras sem a licença a que se

refere este artigo constitui crime contra o meio ambiente, sujeito à pena de de-

tenção de 1 (um) a 3 (três) meses e multa de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos

de referência e a apreensão da moto-serra, sem prejuízo da responsabilidade

pela reparação dos danos causados. (Incluído pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Art. 46. No caso de florestas plantadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambi-

ente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA zelará para que seja preser-

vada, em cada município, área destinada à produção de alimentos básicos e

pastagens, visando ao abastecimento local. (Incluído pela Lei nº 7.803, de

18.7.1989)

Art. 47. O Poder Executivo promoverá, no prazo de 180 dias, a revisão de

todos os contratos, convênios, acordos e concessões relacionados com a explo-

ração florestal em geral, a fim de ajustá-las às normas adotadas por esta Lei.

(Art. 45 renumerado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

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Art. 48. Fica mantido o Conselho Florestal Federal, com sede em Brasília,

como órgão consultivo e normativo da política florestal brasileira. (Art. 46 renu-

merado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Parágrafo único. A composição e atribuições do Conselho Florestal Fede-

ral, integrado, no máximo, por 12 (doze) membros, serão estabelecidas por de-

creto do Poder Executivo.

Art. 49. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei, no que for julga-

do necessário à sua execução. (Art. 47 renumerado pela Lei nº 7.803, de

18.7.1989)

Art. 50. Esta Lei entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias após a data de

sua publicação, revogados o Decreto nº 23.793, de 23 de janeiro de

1934(Código Florestal) e demais disposições em contrário. (Art. 48 renumerado

pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Brasília, 15 de setembro de 1965; 144º da Independência e 77º da Repú-

blica.

H. CASTELLO BRANCO

Hugo Leme

Octavio Gouveia de Bulhões

Flávio Lacerda

LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS

Lei Federal n.° 9.605, 12 de fevereiro de 1998.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA.Faço saber que o Congresso Nacio-

nal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

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DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º (VETADO)

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes pre-

vistos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpa-

bilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de ór-

gão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica,

que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática,

quando podia agir para evitá-la.

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e

penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja

cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão

colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das

pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua per-

sonalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade

do meio ambiente.

Art. 5º (VETADO)

CAPÍTULO II

DA APLICAÇÃO DA PENA

Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente

observará:

I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas con-

sequências para a saúde pública e para o meio ambiente;

II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de

interesse ambiental;

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III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.

Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as pri-

vativas de liberdade quando:

I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade

inferior a quatro anos;

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do

condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a

substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.

Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo

terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.

Art. 8º As penas restritivas de direito são:

I - prestação de serviços à comunidade;

II - interdição temporária de direitos;

III - suspensão parcial ou total de atividades;

IV - prestação pecuniária;

V - recolhimento domiciliar.

Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao

condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de

conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na

restauração desta, se possível.

Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o

condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou

quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de

cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.

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Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem

obedecendo às prescrições legais.

Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à víti-

ma ou à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo

juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salá-

rios mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação

civil a que for condenado o infrator.

Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de

responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequen-

tar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e

horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia

habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.

Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:

I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do

dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada;

III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação

ambiental;

IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle

ambiental.

Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem

ou qualificam o crime:

I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;

II - ter o agente cometido a infração:

a) para obter vantagem pecuniária;

b) coagindo outrem para a execução material da infração;

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c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o

meio ambiente;

d) concorrendo para danos à propriedade alheia;

e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato

do Poder Público, a regime especial de uso;

f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;

g) em período de defeso à fauna;

h) em domingos ou feriados;

i) à noite;

j) em épocas de seca ou inundações;

l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;

m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;

n) mediante fraude ou abuso de confiança;

o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambien-

tal;

p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por ver-

bas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;

q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autori-

dades competentes;

r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena

pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não

superior a três anos.

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Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Có-

digo Penal será feita mediante laudo de reparação do dano ambiental, e as

condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao

meio ambiente.

Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se

revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada

até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida.

Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível,

fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e

cálculo de multa.

Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível po-

derá ser aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório.

Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor

mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os pre-

juízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.

Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execu-

ção poderá efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da

liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido.

Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às

pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:

I - multa;

II - restritivas de direitos;

III - prestação de serviços à comunidade.

Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:

I - suspensão parcial ou total de atividades;

II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;

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III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter sub-

sídios, subvenções ou doações.

§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem

obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do

meio ambiente.

§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou ativida-

de estiver funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a con-

cedida, ou com violação de disposição legal ou regulamentar.

§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios,

subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos.

Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consis-

tirá em:

I - custeio de programas e de projetos ambientais;

II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;

III - manutenção de espaços públicos;

IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.

Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente,

com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei

terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instru-

mento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.

CAPÍTULO III

DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO

ADMINISTRATIVA OU DE CRIME

Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instru-

mentos, lavrando-se os respectivos autos.

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§ 1º Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins

zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a

responsabilidade de técnicos habilitados.

§ 2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avalia-

dos e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins

beneficentes.

§ 3° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos

ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.

§ 4º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, ga-

rantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.

CAPÍTULO IV

DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL

Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública

incondicionada.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de

aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da

Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde

que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74

da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de

1995, aplicam-se aos crimes de menor potencial ofensivo definidos nesta Lei,

com as seguintes modificações:

I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5° do artigo

referido no caput, dependerá de laudo de constatação de reparação do dano

ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo

artigo;

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II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa

a reparação, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o período

máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com

suspensão do prazo da prescrição;

III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos

II, III e IV do § 1° do artigo mencionado no caput;

IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo

de constatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resul-

tado, ser novamente prorrogado o período de suspensão, até o máximo previsto

no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III;

V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de

punibilidade dependerá de laudo de constatação que comprove ter o acusado

tomado as providências necessárias à reparação integral do dano.

CAPÍTULO V

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Seção I

Dos Crimes contra a Fauna

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna sil-

vestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou auto-

rização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas:

I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em

desacordo com a obtida;

II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

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III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cati-

veiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna sil-

vestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriun-

dos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão,

licença ou autorização da autoridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada

ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de

aplicar a pena.

§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às es-

pécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que te-

nham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do territó-

rio brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que

somente no local da infração;

II - em período proibido à caça;

III - durante a noite;

IV - com abuso de licença;

V - em unidade de conservação;

VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar des-

truição em massa.

§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de

caça profissional.

§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em

bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente:

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Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial

favorável e licença expedida por autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silves-

tres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel

em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem

recursos alternativos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do ani-

mal.

Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais,

o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açu-

des, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:

I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aquicultura

de domínio público;

II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem

licença, permissão ou autorização da autoridade competente;

III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza so-

bre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares

interditados por órgão competente:

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Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cu-

mulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tama-

nhos inferiores aos permitidos;

II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização

de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes proveni-

entes da coleta, apanha e pesca proibidas.

Art. 35. Pescar mediante a utilização de:

I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito

semelhante;

II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competen-

te:

Pena - reclusão de um ano a cinco anos.

Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a

retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos

dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de

aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção,

constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua fa-

mília;

II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou des-

truidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autorida-

de competente;

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III – (VETADO)

IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão

competente.

Seção II

Dos Crimes contra a Flora

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação perma-

nente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de

proteção:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumula-

tivamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em es-

tágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la

com infringência das normas de proteção: (Incluído pela Lei nº 11.428, de

2006).

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

(Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).

Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanen-

te, sem permissão da autoridade competente:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumula-

tivamente.

Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às

áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, inde-

pendentemente de sua localização:

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Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Es-

tações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monu-

mentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. (Redação dada pela Lei nº

9.985, de 18.7.2000)

§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no

interior das Unidades de Conservação de Proteção Integral será considerada

circunstância agravante para a fixação da pena. (Redação dada pela Lei nº

9.985, de 18.7.2000)

§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 40-A. (VETADO) .

§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Á-

reas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Flo-

restas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reser-

vas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio

Natural. .

§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no

interior das Unidades de Conservação de Uso Sustentável será considerada

circunstância agravante para a fixação da pena. .

§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. .

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:

Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis me-

ses a um ano, e multa.

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Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar

incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou

qualquer tipo de assentamento humano:

Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulati-

vamente.

Art. 43. (VETADO)

Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preser-

vação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espé-

cie de minerais:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada

por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer

outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações le-

gais:

Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.

Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira,

lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de li-

cença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da

via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda,

tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos

de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do ar-

mazenamento, outorgada pela autoridade competente.

Art. 47. (VETADO)

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Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais

formas de vegetação:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio,

plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada

alheia:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente.

Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou mul-

ta.

Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação

fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plan-

tada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do

órgão competente: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. (Incluído pela Lei nº

11.284, de 2006)

§ 1o Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência

imediata pessoal do agente ou de sua família. (Incluído pela Lei nº 11.284, de

2006)

§ 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha(mil hectares), a pena será

aumentada de 1 (um) ano por milhar de hectare. (Incluído pela Lei nº 11.284, de

2006)

Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais

formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente:

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Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou

instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodu-

tos florestais, sem licença da autoridade competente:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um

sexto a um terço se:

I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a

modificação do regime climático;

II - o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes;

b) no período de formação de vegetações;

c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça

ocorra somente no local da infração;

d) em época de seca ou inundação;

e) durante a noite, em domingo ou feriado.

Seção III

Da Poluição e outros Crimes Ambientais

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem

ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortanda-

de de animais ou a destruição significativa da flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Se o crime é culposo:

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Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 2º Se o crime:

I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que mo-

mentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à

saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abaste-

cimento público de água de uma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou

detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências esta-

belecidas em leis ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem dei-

xar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de pre-

caução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a

competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo

com a obtida:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a

área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença,

concessão ou determinação do órgão competente.

Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar,

fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou

substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente,

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em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamen-

tos:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou substân-

cias referidos no caput, ou os utiliza em desacordo com as normas de seguran-

ça.

§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é au-

mentada de um sexto a um terço.

§ 3º Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 57. (VETADO)

Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumen-

tadas:

I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio

ambiente em geral;

II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave

em outrem;

III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.

Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão apli-

cadas se do fato não resultar crime mais grave.

Art. 59. (VETADO)

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qual-

quer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencial-

mente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competen-

tes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

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60

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumu-

lativamente.

Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano

à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Seção IV

Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural

Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:

I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judi-

cial;

II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou

similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano

de detenção, sem prejuízo da multa.

Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente

protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor

paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueoló-

gico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou

em desacordo com a concedida:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno,

assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turís-

tico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem

autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:

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Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monu-

mento urbano:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada

em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis

meses a um ano de detenção, e multa.

Seção V

Dos Crimes contra a Administração Ambiental

Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a

verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos

de autorização ou de licenciamento ambiental:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão

em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços

cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano

de detenção, sem prejuízo da multa.

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de

cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano,

sem prejuízo da multa.

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Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato

de questões ambientais:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou

qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental

total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão: (Incluído pela

Lei nº 11.284, de 2006)

Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº

11.284, de 2006)

§ 1o Se o crime é culposo: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.(Incluído pela Lei nº 11.284, de

2006)

§ 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se há dano

significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação falsa, in-

completa ou enganosa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

CAPÍTULO VI

DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omis-

são que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recupera-

ção do meio ambiente.

§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e

instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integran-

tes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as

atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do

Ministério da Marinha.

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§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir re-

presentação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do

exercício do seu poder de polícia.

§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental

é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administra-

tivo próprio, sob pena de co-responsabilidade.

§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo

próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as

disposições desta Lei.

Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental

deve observar os seguintes prazos máximos:

I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto

de infração, contados da data da ciência da autuação;

II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, con-

tados da data da sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;

III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância

superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de

Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;

IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebi-

mento da notificação.

Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes san-

ções, observado o disposto no art. 6º:

I - advertência;

II - multa simples;

III - multa diária;

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IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, ins-

trumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados

na infração;

V - destruição ou inutilização do produto;

VI - suspensão de venda e fabricação do produto;

VII - embargo de obra ou atividade;

VIII - demolição de obra;

IX - suspensão parcial ou total de atividades;

X – (VETADO)

XI - restritiva de direitos.

§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-

lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.

§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta

Lei e da legislação em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das

demais sanções previstas neste artigo.

§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência

ou dolo:

I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de sa-

ná-las, no prazo assinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capita-

nia dos Portos, do Ministério da Marinha;

II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capita-

nia dos Portos, do Ministério da Marinha.

§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, me-

lhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

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§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se

prolongar no tempo.

§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput obede-

cerão ao disposto no art. 25 desta Lei.

§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas

quando o produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obe-

decendo às prescrições legais ou regulamentares.

§ 8º As sanções restritivas de direito são:

I - suspensão de registro, licença ou autorização;

II - cancelamento de registro, licença ou autorização;

III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;

IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em

estabelecimentos oficiais de crédito;

V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de

até três anos.

Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração am-

biental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº

7.797, de 10 de julho de 1989, Fundo Naval, criado pelo Decreto nº 20.923, de 8

de janeiro de 1932, fundos estaduais ou municipais de meio ambiente, ou corre-

latos, conforme dispuser o órgão arrecadador.

Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma

ou outra medida pertinente, de acordo com o objeto jurídico lesado.

Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regula-

mento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices estabeleci-

dos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinquenta reais) e o

máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).

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66

Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito

Federal ou Territórios substitui a multa federal na mesma hipótese de incidên-

cia.

CAPÍTULO VII

DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO

AMBIENTE

Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons

costumes, o Governo brasileiro prestará, no que concerne ao meio ambiente, a

necessária cooperação a outro país, sem qualquer ônus, quando solicitado pa-

ra:

I - produção de prova;

II - exame de objetos e lugares;

III - informações sobre pessoas e coisas;

IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham rele-

vância para a decisão de uma causa;

V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou

pelos tratados de que o Brasil seja parte.

§ 1° A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Jus-

tiça, que a remeterá, quando necessário, ao órgão judiciário competente para

decidir a seu respeito, ou a encaminhará à autoridade capaz de atendê-la.

§ 2º A solicitação deverá conter:

I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante;

II - o objeto e o motivo de sua formulação;

III - a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante;

IV - a especificação da assistência solicitada;

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V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o

caso.

Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e especialmente pa-

ra a reciprocidade da cooperação internacional, deve ser mantido sistema de

comunicações apto a facilitar o intercâmbio rápido e seguro de informações com

órgãos de outros países.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código

Penal e do Código de Processo Penal.

Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais

integrantes do SISNAMA, responsáveis pela execução de programas e projetos

e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e das atividades suscetíveis

de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força

de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou

jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcionamento

de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, conside-

rados efetiva ou potencialmente poluidores. (Incluído pela Medida Provisória nº

2.163-41, de 23.8.2001)

§ 1o O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á,

exclusivamente, a permitir que as pessoas físicas e jurídicas mencionadas no

caput possam promover as necessárias correções de suas atividades, para o

atendimento das exigências impostas pelas autoridades ambientais competen-

tes, sendo obrigatório que o respectivo instrumento disponha sobre: (Incluído

pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 23.8.2001)

I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos

respectivos representantes legais; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41,

de 23.8.2001)

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II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade

das obrigações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o

máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual período; (In-

cluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 23.8.2001)

III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e

o cronograma físico de execução e de implantação das obras e serviços exigi-

dos, com metas trimestrais a serem atingidas; (Incluído pela Medida Provisória

nº 2.163-41, de 23.8.2001)

IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica com-

promissada e os casos de rescisão, em decorrência do não-cumprimento das

obrigações nele pactuadas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de

23.8.2001)

V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao va-

lor do investimento previsto; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de

23.8.2001)

VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes. (Incluído pela

Medida Provisória nº 2.163-41, de 23.8.2001)

§ 2o No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de

1998, envolvendo construção, instalação, ampliação e funcionamento de esta-

belecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados

efetiva ou potencialmente poluidores, a assinatura do termo de compromisso

deverá ser requerida pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31

de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito protocolizado junto aos

órgãos competentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo

do estabelecimento. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 23.8.2001)

§ 3o Da data da protocolização do requerimento previsto no § 2o e enquan-

to perdurar a vigência do correspondente termo de compromisso, ficarão sus-

pensas, em relação aos fatos que deram causa à celebração do instrumento, a

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aplicação de sanções administrativas contra a pessoa física ou jurídica que o

houver firmado. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 23.8.2001)

§ 4o A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não

impede a execução de eventuais multas aplicadas antes da protocolização do

requerimento. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 23.8.2001)

§ 5o Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso,

quando descumprida qualquer de suas cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou

de força maior. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 23.8.2001)

§ 6o O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias,

contados da protocolização do requerimento. (Incluído pela Medida Provisória nº

2.163-41, de 23.8.2001)

§ 7o O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá con-

ter as informações necessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídi-

ca, sob pena de indeferimento do plano. (Incluído pela Medida Provisória nº

2.163-41, de 23.8.2001)

§ 8o Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publi-

cados no órgão oficial competente, mediante extrato. (Incluído pela Medida Pro-

visória nº 2.163-41, de 23.8.2001)

Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa

dias a contar de sua publicação.

Art. 81. (VETADO)

Art. 82. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da Repú-

blica.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Gustavo Krause

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SISTEMAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – SNUC

Lei Federal n.° 9.985, 18 de julho 2000.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de PRE-

SIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu

sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1oEsta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza – SNUC, estabelece critérios e normas para a criação, implantação e

gestão das unidades de conservação.

Art. 2oPara os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais,

incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legal-

mente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites de-

finidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias a-

dequadas de proteção;

II - conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, com-

preendendo a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restaura-

ção e a recuperação do ambiente natural, para que possa produzir o maior be-

nefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial de

satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a

sobrevivência dos seres vivos em geral;

III - diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de todas as

origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e

outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte;

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compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de

ecossistemas;

IV - recurso ambiental: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e sub-

terrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da bi-

osfera, a fauna e a flora;

V - preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem

a proteção a longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manu-

tenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas natu-

rais;

VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações

causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus

atributos naturais;

VII - conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais

e a manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em seus

meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios

onde tenham desenvolvido suas propriedades características;

VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conser-

vação da diversidade biológica e dos ecossistemas;

IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destru-

ição dos recursos naturais;

X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos re-

cursos naturais;

XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a pere-

nidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, man-

tendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente

justa e economicamente viável;

XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de

modo sustentável, de recursos naturais renováveis;

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XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população sil-

vestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de

sua condição original;

XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população sil-

vestre degradada o mais próximo possível da sua condição original;

XV - (VETADO)

XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de con-

servação com objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de

proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade

possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz;

XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com funda-

mento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o

seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos

recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à

gestão da unidade;

XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação,

onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas,

com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e

XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou semina-

turais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de

genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recoloni-

zação de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que de-

mandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das

unidades individuais.

CAPÍTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

DA NATUREZA – SNUC

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Art. 3oO Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza -

SNUC é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, esta-

duais e municipais, de acordo com o disposto nesta Lei.

Art. 4oO SNUC tem os seguintes objetivos:

I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos

genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais;

II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e na-

cional;

III - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecos-

sistemas naturais;

IV - promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;

V - promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natu-

reza no processo de desenvolvimento;

VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cêni-

ca;

VII - proteger as características relevantes de natureza geológica, geomor-

fológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;

VIII - proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos;

IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;

X - proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica,

estudos e monitoramento ambiental;

XI - valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;

XII - favorecer condições e promover a educação e interpretação ambien-

tal, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico;

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XIII - proteger os recursos naturais necessários à subsistência de popula-

ções tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e

promovendo-as social e economicamente.

Art. 5oO SNUC será regido por diretrizes que:

I - assegurem que no conjunto das unidades de conservação estejam re-

presentadas amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes

populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdi-

cionais, salvaguardando o patrimônio biológico existente;

II - assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao envolvi-

mento da sociedade no estabelecimento e na revisão da política nacional de

unidades de conservação;

III - assegurem a participação efetiva das populações locais na criação, im-

plantação e gestão das unidades de conservação;

IV - busquem o apoio e a cooperação de organizações não-

governamentais, de organizações privadas e pessoas físicas para o desenvol-

vimento de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação ambiental, ati-

vidades de lazer e de turismo ecológico, monitoramento, manutenção e outras

atividades de gestão das unidades de conservação;

V - incentivem as populações locais e as organizações privadas a estabe-

lecerem e administrarem unidades de conservação dentro do sistema nacional;

VI - assegurem, nos casos possíveis, a sustentabilidade econômica das u-

nidades de conservação;

VII - permitam o uso das unidades de conservação para a conservação in

situ de populações das variantes genéticas selvagens dos animais e plantas

domesticados e recursos genéticos silvestres;

VIII - assegurem que o processo de criação e a gestão das unidades de

conservação sejam feitos de forma integrada com as políticas de administração

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das terras e águas circundantes, considerando as condições e necessidades

sociais e econômicas locais;

IX - considerem as condições e necessidades das populações locais no

desenvolvimento e adaptação de métodos e técnicas de uso sustentável dos

recursos naturais;

X - garantam às populações tradicionais cuja subsistência dependa da utili-

zação de recursos naturais existentes no interior das unidades de conservação

meios de subsistência alternativos ou a justa indenização pelos recursos perdi-

dos;

XI - garantam uma alocação adequada dos recursos financeiros necessá-

rios para que, uma vez criadas, as unidades de conservação possam ser geri-

das de forma eficaz e atender aos seus objetivos;

XII - busquem conferir às unidades de conservação, nos casos possíveis e

respeitadas as conveniências da administração, autonomia administrativa e fi-

nanceira; e

XIII - busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto integrado

de unidades de conservação de diferentes categorias, próximas ou contíguas, e

suas respectivas zonas de amortecimento e corredores ecológicos, integrando

as diferentes atividades de preservação da natureza, uso sustentável dos recur-

sos naturais e restauração e recuperação dos ecossistemas.

Art. 6oO SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas a-

tribuições:

I – Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente

- Conama, com as atribuições de acompanhar a implementação do Sistema;

II - Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de coor-

denar o Sistema; e

III - Órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-

cursos Naturais Renováveis - Ibama, os órgãos estaduais e municipais, com a

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função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar

as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, nas respectivas

esferas de atuação. (Vide Medida Provisória nº 366, de 2007)

III - órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter su-

pletivo, os órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o

SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conser-

vação federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuação.

(Redação dada pela Lei nº 11.516, 2007)

Parágrafo único. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do

Conama, unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas pa-

ra atender a peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de manejo

que não possam ser satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria previs-

ta nesta Lei e cujas características permitam, em relação a estas, uma clara

distinção.

CAPÍTULO III

DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Art. 7oAs unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em

dois grupos, com características específicas:

I - Unidades de Proteção Integral;

II - Unidades de Uso Sustentável.

§ 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a na-

tureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com

exceção dos casos previstos nesta Lei.

§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a

conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos

naturais.

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Art. 8oO grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas se-

guintes categorias de unidade de conservação:

I - Estação Ecológica;

II - Reserva Biológica;

III - Parque Nacional;

IV - Monumento Natural;

V - Refúgio de Vida Silvestre.

Art. 9oA Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e

a realização de pesquisas científicas.

§ 1o A Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, sendo que as á-

reas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo

com o que dispõe a lei.

§ 2o É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacio-

nal, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regula-

mento específico.

§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão respon-

sável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por

este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.

§ 4o Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecos-

sistemas no caso de:

I - medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados;

II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica;

III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas;

IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que

aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de compo-

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nentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no máximo três por

cento da extensão total da unidade e até o limite de um mil e quinhentos hecta-

res.

Art. 10.A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da

biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência

humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recu-

peração de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias

para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os pro-

cessos ecológicos naturais.

§ 1o A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as á-

reas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo

com o que dispõe a lei.

§ 2o É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional,

de acordo com regulamento específico.

§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão respon-

sável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por

este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.

Art. 11.O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de e-

cossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibili-

tando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades

de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a nature-

za e de turismo ecológico.

§ 1o O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas

particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o

que dispõe a lei.

§ 2o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas

no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsá-

vel por sua administração, e àquelas previstas em regulamento.

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§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão respon-

sável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por

este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.

§ 4o As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Municí-

pio, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural

Municipal.

Art. 12.O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios na-

turais raros, singulares ou de grande beleza cênica.

§ 1o O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares,

desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização

da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.

§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades

privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas

pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do

Monumento Natural com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada,

de acordo com o que dispõe a lei.

§ 3o A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas

no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsá-

vel por sua administração e àquelas previstas em regulamento.

Art. 13.O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes

naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de es-

pécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória.

§ 1o O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particula-

res, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utili-

zação da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.

§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades

privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas

pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do

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Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área deve ser desapro-

priada, de acordo com o que dispõe a lei.

§ 3o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas

no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsá-

vel por sua administração, e àquelas previstas em regulamento.

§ 4o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão respon-

sável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por

este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.

Art. 14.Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes

categorias de unidade de conservação:

I - Área de Proteção Ambiental;

II - Área de Relevante Interesse Ecológico;

III - Floresta Nacional;

IV - Reserva Extrativista;

V - Reserva de Fauna;

VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e

VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Art. 15.A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com

um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, es-

téticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o

bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a

diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a susten-

tabilidade do uso dos recursos naturais.(Regulamento)

§ 1o A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou pri-

vadas.

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§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas nor-

mas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em

uma Área de Proteção Ambiental.

§ 3o As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pú-

blica nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da

unidade.

§ 4o Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer

as condições para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências

e restrições legais.

§ 5o A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo

órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos

órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente,

conforme se dispuser no regulamento desta Lei.

Art. 16.A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de

pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com caracterís-

ticas naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional,

e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional

ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo

com os objetivos de conservação da natureza.

§ 1o A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por terras pú-

blicas ou privadas.

§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas nor-

mas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em

uma Área de Relevante Interesse Ecológico.

Art. 17.A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies

predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentá-

vel dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para

exploração sustentável de florestas nativas.(Regulamento)

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§ 1o A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as á-

reas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo

com o que dispõe a lei.

§ 2o Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tra-

dicionais que a habitam quando de sua criação, em conformidade com o dispos-

to em regulamento e no Plano de Manejo da unidade.

§ 3o A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas

para o manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração.

§ 4o A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autoriza-

ção do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restri-

ções por este estabelecidas e àquelas previstas em regulamento.

§ 5o A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo

órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de

órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o caso, das

populações tradicionais residentes.

§ 6o A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município,

será denominada, respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal.

Art. 18.A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrati-

vistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complemen-

tarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno

porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura des-

sas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unida-

de.(Regulamento)

§ 1o A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às

populações extrativistas tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta Lei e

em regulamentação específica, sendo que as áreas particulares incluídas em

seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.

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§ 2o A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo, pre-

sidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por represen-

tantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações

tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato

de criação da unidade.

§ 3o A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interes-

ses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área.

§ 4o A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia

autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições

e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em regulamento.

§ 5o O Plano de Manejo da unidade será aprovado pelo seu Conselho Deli-

berativo.

§ 6o São proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorísti-

ca ou profissional.

§ 7o A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em

bases sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais ati-

vidades desenvolvidas na Reserva Extrativista, conforme o disposto em regula-

mento e no Plano de Manejo da unidade.

Art. 19.A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais

de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequa-

das para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de

recursos faunísticos.

§ 1o A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as á-

reas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo

com o que dispõe a lei.

§ 2o A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o

manejo da unidade e de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão res-

ponsável por sua administração.

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§ 3o É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional.

§ 4o A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesqui-

sas obedecerá ao disposto nas leis sobre fauna e regulamentos.

Art. 20.A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que

abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentá-

veis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações

e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fun-

damental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológi-

ca.(Regulamento)

§ 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo básico

preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios

necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida

e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais, bem como va-

lorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do

ambiente, desenvolvido por estas populações.

§ 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público,

sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser, quando

necessário, desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.

§ 3o O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será regula-

do de acordo com o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação especí-

fica.

§ 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um Con-

selho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e

constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da socieda-

de civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser

em regulamento e no ato de criação da unidade.

§ 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Susten-

tável obedecerão às seguintes condições:

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I - é permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com

os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área;

II - é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da

natureza, à melhor relação das populações residentes com seu meio e à educa-

ção ambiental, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela

administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às

normas previstas em regulamento;

III - deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da

população e a conservação; e

IV - é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais

em regime de manejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por es-

pécies cultiváveis, desde que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao

Plano de Manejo da área.

§ 6o O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável defi-

nirá as zonas de proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e

corredores ecológicos, e será aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade.

Art. 21.A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada,

gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica.

(Regulamento)

§ 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso

assinado perante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse

público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis.

§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural,

conforme se dispuser em regulamento:

I - a pesquisa científica;

II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais;

III - (VETADO)

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§ 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno,

prestarão orientação técnica e científica ao proprietário de Reserva Particular do

Patrimônio Natural para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e

de Gestão da unidade.

CAPÍTULO IV

DA CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVA-

ÇÃO

Art. 22.As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Públi-

co.(Regulamento)

§ 1o(VETADO)

§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de es-

tudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a

dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser

em regulamento.

§ 3o No processo de consulta de que trata o § 2o, o Poder Público é obriga-

do a fornecer informações adequadas e inteligíveis à população local e a outras

partes interessadas.

§ 4o Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigató-

ria a consulta de que trata o § 2o deste artigo.

§ 5o As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável podem ser

transformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de Proteção Integral,

por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade,

desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no § 2o des-

te artigo.

§ 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modifi-

cação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita

por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade,

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desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no § 2o des-

te artigo.

§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação

só pode ser feita mediante lei específica.

Art. 22-A. O Poder Público poderá, ressalvadas as atividades agropecuá-

rias e outras atividades econômicas em andamento e obras públicas licencia-

das, na forma da lei, decretar limitações administrativas provisórias ao exercício

de atividades e empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de de-

gradação ambiental, para a realização de estudos com vistas na criação de U-

nidade de Conservação, quando, a critério do órgão ambiental competente,

houver risco de dano grave aos recursos naturais ali existentes. (Incluído pela

Lei nº 11.132, de 2005) (Vide Decreto de 2 de janeiro de 2005)

§ 1o Sem prejuízo da restrição e observada a ressalva constante do caput,

na área submetida a limitações administrativas, não serão permitidas atividades

que importem em exploração a corte raso da floresta e demais formas de vege-

tação nativa. (Incluído pela Lei nº 11.132, de 2005)

§ 2o A destinação final da área submetida ao disposto neste artigo será de-

finida no prazo de 7 (sete) meses, improrrogáveis, findo o qual fica extinta a limi-

tação administrativa. (Incluído pela Lei nº 11.132, de 2005)

Art. 23.A posse e o uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais

nas Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável serão

regulados por contrato, conforme se dispuser no regulamento desta Lei.

§ 1o As populações de que trata este artigo obrigam-se a participar da pre-

servação, recuperação, defesa e manutenção da unidade de conservação.

§ 2o O uso dos recursos naturais pelas populações de que trata este artigo

obedecerá às seguintes normas:

I - proibição do uso de espécies localmente ameaçadas de extinção ou de

práticas que danifiquem os seus habitats;

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II - proibição de práticas ou atividades que impeçam a regeneração natural

dos ecossistemas;

III - demais normas estabelecidas na legislação, no Plano de Manejo da u-

nidade de conservação e no contrato de concessão de direito real de uso.

Art. 24.O subsolo e o espaço aéreo, sempre que influírem na estabilidade

do ecossistema, integram os limites das unidades de conservação. (Regulamen-

to)

Art. 25.As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e

Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amorte-

cimento e, quando conveniente, corredores ecológicos.(Regulamento)

§ 1o O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá

normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona

de amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de conserva-

ção.

§ 2o Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as

respectivas normas de que trata o § 1o poderão ser definidas no ato de criação

da unidade ou posteriormente.

Art. 26.Quando existir um conjunto de unidades de conservação de catego-

rias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas

protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto

deverá ser feita de forma integrada e participativa, considerando-se os seus dis-

tintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodi-

versidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável

no contexto regional.(Regulamento)

Parágrafo único. O regulamento desta Lei disporá sobre a forma de gestão

integrada do conjunto das unidades.

Art. 27.As unidades de conservação devem dispor de um Plano de Manejo.

(Regulamento)

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§ 1o O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de conservação,

sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com

o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades

vizinhas.

§ 2o Na elaboração, atualização e implementação do Plano de Manejo das

Reservas Extrativistas, das Reservas de Desenvolvimento Sustentável, das Á-

reas de Proteção Ambiental e, quando couber, das Florestas Nacionais e das

Áreas de Relevante Interesse Ecológico, será assegurada a ampla participação

da população residente.

§ 3o O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elabo-

rado no prazo de cinco anos a partir da data de sua criação.

§ 4o § 4o O Plano de Manejo poderá dispor sobre as atividades de libera-

ção planejada e cultivo de organismos geneticamente modificados nas Áreas de

Proteção Ambiental e nas zonas de amortecimento das demais categorias de

unidade de conservação, observadas as informações contidas na decisão técni-

ca da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio sobre:

I - o registro de ocorrência de ancestrais diretos e parentes silvestres;

II - as características de reprodução, dispersão e sobrevivência do orga-

nismo geneticamente modificado;

III - o isolamento reprodutivo do organismo geneticamente modificado em

relação aos seus ancestrais diretos e parentes silvestres; e

IV - situações de risco do organismo geneticamente modificado à biodiver-

sidade. (Redação dada pela Lei nº 11.460, de 2007)(Vide Medida Provisória nº

327, de 2006).

Art. 28.São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer alterações,

atividades ou modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos, o

seu Plano de Manejo e seus regulamentos.

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Parágrafo único. Até que seja elaborado o Plano de Manejo, todas as ativi-

dades e obras desenvolvidas nas unidades de conservação de proteção integral

devem se limitar àquelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a

unidade objetiva proteger, assegurando-se às populações tradicionais porventu-

ra residentes na área as condições e os meios necessários para a satisfação de

suas necessidades materiais, sociais e culturais.

Art. 29.Cada unidade de conservação do grupo de Proteção Integral dispo-

rá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua admi-

nistração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações

da sociedade civil, por proprietários de terras localizadas em Refúgio de Vida

Silvestre ou Monumento Natural, quando for o caso, e, na hipótese prevista no §

2o do art. 42, das populações tradicionais residentes, conforme se dispuser em

regulamento e no ato de criação da unidade.(Regulamento)

Art. 30.As unidades de conservação podem ser geridas por organizações

da sociedade civil de interesse público com objetivos afins aos da unidade, me-

diante instrumento a ser firmado com o órgão responsável por sua ges-

tão.(Regulamento)

Art. 31.É proibida a introdução nas unidades de conservação de espécies

não autóctones.

§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo as Áreas de Proteção Ambien-

tal, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas e as Reservas de Desen-

volvimento Sustentável, bem como os animais e plantas necessários à adminis-

tração e às atividades das demais categorias de unidades de conservação, de

acordo com o que se dispuser em regulamento e no Plano de Manejo da unida-

de.

§ 2o Nas áreas particulares localizadas em Refúgios de Vida Silvestre e

Monumentos Naturais podem ser criados animais domésticos e cultivadas plan-

tas considerados compatíveis com as finalidades da unidade, de acordo com o

que dispuser o seu Plano de Manejo.

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Art. 32.Os órgãos executores articular-se-ão com a comunidade científica

com o propósito de incentivar o desenvolvimento de pesquisas sobre a fauna, a

flora e a ecologia das unidades de conservação e sobre formas de uso susten-

tável dos recursos naturais, valorizando-se o conhecimento das populações tra-

dicionais.

§ 1o As pesquisas científicas nas unidades de conservação não podem co-

locar em risco a sobrevivência das espécies integrantes dos ecossistemas pro-

tegidos.

§ 2o A realização de pesquisas científicas nas unidades de conservação,

exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural,

depende de aprovação prévia e está sujeita à fiscalização do órgão responsável

por sua administração.

§ 3o Os órgãos competentes podem transferir para as instituições de pes-

quisa nacionais, mediante acordo, a atribuição de aprovar a realização de pes-

quisas científicas e de credenciar pesquisadores para trabalharem nas unidades

de conservação.

Art. 33.A exploração comercial de produtos, subprodutos ou serviços obti-

dos ou desenvolvidos a partir dos recursos naturais, biológicos, cênicos ou cul-

turais ou da exploração da imagem de unidade de conservação, exceto Área de

Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, dependerá de

prévia autorização e sujeitará o explorador a pagamento, conforme disposto em

regulamento.(Regulamento)

Art. 34.Os órgãos responsáveis pela administração das unidades de con-

servação podem receber recursos ou doações de qualquer natureza, nacionais

ou internacionais, com ou sem encargos, provenientes de organizações priva-

das ou públicas ou de pessoas físicas que desejarem colaborar com a sua con-

servação.

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Parágrafo único. A administração dos recursos obtidos cabe ao órgão ges-

tor da unidade, e estes serão utilizados exclusivamente na sua implantação,

gestão e manutenção.

Art. 35.Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de

Proteção Integral mediante a cobrança de taxa de visitação e outras rendas de-

correntes de arrecadação, serviços e atividades da própria unidade serão apli-

cados de acordo com os seguintes critérios:

I - até cinquenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na

implementação, manutenção e gestão da própria unidade;

II - até cinquenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na

regularização fundiária das unidades de conservação do Grupo;

III - até cinquenta por cento, e não menos que quinze por cento, na imple-

mentação, manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo

de Proteção Integral.

Art. 36.Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de sig-

nificativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental compe-

tente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório -

EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de

unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o dis-

posto neste artigo e no regulamento desta Lei.(Regulamento)

§ 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta

finalidade não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para

a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambi-

ental licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo em-

preendimento.

§ 2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de con-

servação a serem beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no

EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a cria-

ção de novas unidades de conservação.

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§ 3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica

ou sua zona de amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput deste

artigo só poderá ser concedido mediante autorização do órgão responsável por

sua administração, e a unidade afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo

de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação defini-

da neste artigo.

CAPÍTULO V

DOS INCENTIVOS, ISENÇÕES E PENALIDADES

Art. 37. (VETADO)

Art. 38. A ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importem

inobservância aos preceitos desta Lei e a seus regulamentos ou resultem em

dano à flora, à fauna e aos demais atributos naturais das unidades de conser-

vação, bem como às suas instalações e às zonas de amortecimento e corredo-

res ecológicos, sujeitam os infratores às sanções previstas em lei.

Art. 39. Dê-se ao art. 40 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, a se-

guinte redação:

"Art. 40. (VETADO)

"§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Esta-

ções Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumen-

tos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre." (NR)

"§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interi-

or das Unidades de Conservação de Proteção Integral será considerada cir-

cunstância agravante para a fixação da pena." (NR)

"§ 3o ...................................................................."

Art. 40.Acrescente-se à Lei no 9.605, de 1998, o seguinte art. 40-A:

"Art. 40-A. (VETADO)

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"§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas

de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Flores-

tas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas

de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Na-

tural." (AC)

"§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interi-

or das Unidades de Conservação de Uso Sustentável será considerada circuns-

tância agravante para a fixação da pena." (AC)

"§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade." (AC)

CAPÍTULO VI

DAS RESERVAS DA BIOSFERA

Art. 41.A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente,

de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os

objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o desenvolvimento

de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o

desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das popula-

ções.(Regulamento)

§ 1o A Reserva da Biosfera é constituída por:

I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da natureza;

II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas ativida-

des que não resultem em dano para as áreas-núcleo; e

III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo

de ocupação e o manejo dos recursos naturais são planejados e conduzidos de

modo participativo e em bases sustentáveis.

§ 2o A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio público ou

privado.

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§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conserva-

ção já criadas pelo Poder Público, respeitadas as normas legais que disciplinam

o manejo de cada categoria específica.

§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado

por representantes de instituições públicas, de organizações da sociedade civil

e da população residente, conforme se dispuser em regulamento e no ato de

constituição da unidade.

§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamen-

tal "O Homem e a Biosfera – MAB", estabelecido pela Unesco, organização da

qual o Brasil é membro.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 42.As populações tradicionais residentes em unidades de conservação

nas quais sua permanência não seja permitida serão indenizadas ou compen-

sadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo Poder Públi-

co, em local e condições acordados entre as partes.(Regulamento)

§ 1o O Poder Público, por meio do órgão competente, priorizará o reassen-

tamento das populações tradicionais a serem realocadas.

§ 2o Até que seja possível efetuar o reassentamento de que trata este arti-

go, serão estabelecidas normas e ações específicas destinadas a compatibilizar

a presença das populações tradicionais residentes com os objetivos da unidade,

sem prejuízo dos modos de vida, das fontes de subsistência e dos locais de mo-

radia destas populações, assegurando-se a sua participação na elaboração das

referidas normas e ações.

§ 3o Na hipótese prevista no § 2o, as normas regulando o prazo de perma-

nência e suas condições serão estabelecidas em regulamento.

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Art. 43.O Poder Público fará o levantamento nacional das terras devolutas,

com o objetivo de definir áreas destinadas à conservação da natureza, no prazo

de cinco anos após a publicação desta Lei.

Art. 44.As ilhas oceânicas e costeiras destinam-se prioritariamente à prote-

ção da natureza e sua destinação para fins diversos deve ser precedida de au-

torização do órgão ambiental competente.

Parágrafo único. Estão dispensados da autorização citada no caput os ór-

gãos que se utilizam das citadas ilhas por força de dispositivos legais ou quando

decorrente de compromissos legais assumidos.

Art. 45.Excluem-se das indenizações referentes à regularização fundiária

das unidades de conservação, derivadas ou não de desapropriação:

I - (VETADO)

II - (VETADO)

III - as espécies arbóreas declaradas imunes de corte pelo Poder Público;

IV - expectativas de ganhos e lucro cessante;

V - o resultado de cálculo efetuado mediante a operação de juros compos-

tos;

VI - as áreas que não tenham prova de domínio inequívoco e anterior à cri-

ação da unidade.

Art. 46.A instalação de redes de abastecimento de água, esgoto, energia e

infraestrutura urbana em geral, em unidades de conservação onde estes equi-

pamentos são admitidos depende de prévia aprovação do órgão responsável

por sua administração, sem prejuízo da necessidade de elaboração de estudos

de impacto ambiental e outras exigências legais.

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Parágrafo único. Esta mesma condição se aplica à zona de amortecimento

das unidades do Grupo de Proteção Integral, bem como às áreas de proprieda-

de privada inseridas nos limites dessas unidades e ainda não indenizadas.

Art. 47.O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pelo abaste-

cimento de água ou que faça uso de recursos hídricos, beneficiário da proteção

proporcionada por uma unidade de conservação, deve contribuir financeiramen-

te para a proteção e implementação da unidade, de acordo com o disposto em

regulamentação específica.(Regulamento)

Art. 48.O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pela geração

e distribuição de energia elétrica, beneficiário da proteção oferecida por uma

unidade de conservação, deve contribuir financeiramente para a proteção e im-

plementação da unidade, de acordo com o disposto em regulamentação especí-

fica.(Regulamento)

Art. 49.A área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção Inte-

gral é considerada zona rural, para os efeitos legais.

Parágrafo único. A zona de amortecimento das unidades de conservação

de que trata este artigo, uma vez definida formalmente, não pode ser transfor-

mada em zona urbana.

Art. 50.O Ministério do Meio Ambiente organizará e manterá um Cadastro

Nacional de Unidades de Conservação, com a colaboração do Ibama e dos ór-

gãos estaduais e municipais competentes.

§ 1o O Cadastro a que se refere este artigo conterá os dados principais de

cada unidade de conservação, incluindo, dentre outras características relevan-

tes, informações sobre espécies ameaçadas de extinção, situação fundiária,

recursos hídricos, clima, solos e aspectos socioculturais e antropológicos.

§ 2o O Ministério do Meio Ambiente divulgará e colocará à disposição do

público interessado os dados constantes do Cadastro.

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Art. 51.O Poder Executivo Federal submeterá à apreciação do Congresso

Nacional, a cada dois anos, um relatório de avaliação global da situação das

unidades de conservação federais do País.

Art. 52.Os mapas e cartas oficiais devem indicar as áreas que compõem o

SNUC.

Art. 53.O Ibama elaborará e divulgará periodicamente uma relação revista

e atualizada das espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção no territó-

rio brasileiro.

Parágrafo único. O Ibama incentivará os competentes órgãos estaduais e

municipais a elaborarem relações equivalentes abrangendo suas respectivas

áreas de jurisdição.

Art. 54.O Ibama, excepcionalmente, pode permitir a captura de exemplares

de espécies ameaçadas de extinção destinadas a programas de criação em

cativeiro ou formação de coleções científicas, de acordo com o disposto nesta

Lei e em regulamentação específica.

Art. 55.As unidades de conservação e áreas protegidas criadas com base

nas legislações anteriores e que não pertençam às categorias previstas nesta

Lei serão reavaliadas, no todo ou em parte, no prazo de até dois anos, com o

objetivo de definir sua destinação com base na categoria e função para as quais

foram criadas, conforme o disposto no regulamento desta Lei. (Regulamento)

Art. 56. (VETADO)

Art. 57.Os órgãos federais responsáveis pela execução das políticas ambi-

ental e indigenista deverão instituir grupos de trabalho para, no prazo de cento e

oitenta dias a partir da vigência desta Lei, propor as diretrizes a serem adotadas

com vistas à regularização das eventuais superposições entre áreas indígenas

e unidades de conservação.

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Parágrafo único. No ato de criação dos grupos de trabalho serão fixados os

participantes, bem como a estratégia de ação e a abrangência dos trabalhos,

garantida a participação das comunidades envolvidas.

Art. 57-A. O Poder Executivo estabelecerá os limites para o plantio de or-

ganismos geneticamente modificados nas áreas que circundam as unidades de

conservação até que seja fixada sua zona de amortecimento e aprovado o seu

respectivo Plano de Manejo.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica às Áreas

de Proteção Ambiental e Reservas de Particulares do Patrimônio Nacional. (Re-

dação dada pela Lei nº 11.460, de 2007) Regulamento. (Vide Medida Provisó-

ria nº 327, de 2006).

Art. 58.O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que for necessário à

sua aplicação, no prazo de cento e oitenta dias a partir da data de sua publica-

ção.

Art. 59.Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 60.Revogam-se os artigos 5o e 6o da Lei no 4.771, de 15 de setembro

de 1965; o art. 5o da Lei no 5.197, de 3 de janeiro de 1967; e o art. 18 da Lei no

6.938, de 31 de agosto de 1981.

Brasília, 18 de julho de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL

José Sarney Filho

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