8
ANO 19 Nº 203 Ago/12 Página 05 Página 04 Bahia Farm Show já comercializou equivalente a mais de 50% da área de 2012, só com a confirmação dos veteranos. Irrigantes que querem antecipar o plantio da soja devem procurar a Aiba com urgência. Aderiu ao Plano Oeste Sustentável? Não deixe de cumprir cada etapa, para não perder os benefícios. Aiba já montou a estrutura especial para atendimento dos requerimentos de Certificação Georreferenciamento. Veja o que é preciso fazer para aproveitar os benefícios do convênio firmado entre Aiba, a Seagri e a CDA. Toneladas de solidariedade A Bahia vive a pior seca dos últimos 60 anos, e milhares de famílias de agricultores, assim como animais e lavouras, sofrem com a estiagem. Os agricultores do Oeste não se con- tentaram em lamentar a situação: arregaçaram as mangas e aderiram à campanha S.O.S Seca, do Governo do Estado. A meta é arrecadar mais de 1000 toneladas, ou 1.000.000.000 de quilos de produtos, entre milho, torta de caroço de algodão, feijão, dentre outros. No dia 13 de agosto, deixou Barreiras um com- boio de 10 caminhões carregando 300 mil quilos de milho para serem doados a pequenos pecuaristas de 10 municípios baianos. Até o momento, cerca de 800 toneladas já foram arrecadas. Uma pequena cerimô- nia, com presença do secretário Eduardo Salles, e vários dos 50 produtores e 10 empresas que já haviam contribuído até aquele dia, foi realiza- da no armazém da Padin Cereais. A Campanha continua. Agricultor ajudando agricultor, para o mundo entender que o Agro é um só. É hora de se programar para a Declaração do Imposto sobre Territorialidade Rural (DITR). Produtores devem atentar para a veracidade das informações. Ainda nesta edição: Página 03 Página 04 Página 07 Página 08

Toneladas de solidariedade - aiba.org.braiba.org.br/wp-content/uploads/2013/12/informaiba-agosto-2012.pdf · da no armazém da Padin Cereais. A Campanha continua. Agricultor ajudando

Embed Size (px)

Citation preview

ANO 19 Nº 203 Ago/12

Página 05

Página 04

Bahia Farm Show já comercializou equivalente a mais de 50% da área de 2012, só com a confirmação dos veteranos.

Irrigantes que querem antecipar o plantio da soja devem procurar a Aiba com urgência.

Aderiu ao Plano Oeste Sustentável? Não deixe de cumprir cada etapa, para não perder os benefícios.

Aiba já montou a estrutura especial para atendimento dos requerimentos de Certificação Georreferenciamento. Veja o que é preciso fazer para aproveitar os benefícios do convênio firmado entre Aiba, a Seagri e a CDA.

Toneladas de solidariedadeA Bahia vive a pior seca dos últimos 60

anos, e milhares de famílias de agricultores, assim como animais e lavouras, sofrem com a estiagem. Os agricultores do Oeste não se con-tentaram em lamentar a situação: arregaçaram as mangas e aderiram à campanha S.O.S Seca, do Governo do Estado. A meta é arrecadar mais de 1000 toneladas, ou 1.000.000.000 de quilos

de produtos, entre milho, torta de caroço de algodão, feijão, dentre outros.

No dia 13 de agosto, deixou Barreiras um com-boio de 10 caminhões carregando 300 mil quilos de milho para serem doados a pequenos pecuaristas de 10 municípios baianos. Até o momento, cerca de 800 toneladas já foram arrecadas. Uma pequena cerimô-nia, com presença do secretário Eduardo Salles, e

vários dos 50 produtores e 10 empresas que já haviam contribuído até aquele dia, foi realiza-da no armazém da Padin Cereais. A Campanha continua. Agricultor ajudando agricultor, para o mundo entender que o Agro é um só.

É hora de se programar para a Declaração do Imposto

sobre Territorialidade Rural (DITR). Produtores devem atentar para a veracidade

das informações.

Ainda nesta edição:

Página 03

Página 04

Página 07

Página 08

ANO 19 Nº 203 Ago/12 2

ANO 19 - Nº 203 - Ago/12Publicação mensal editada pela Associação de

Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba

Jornalista Responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Aprovação Final:Alex Rasia

Editoração Eletrônica:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro

(77) 3614-1201

Tiragem:2.500 exemplares

Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através

de e-mail para: [email protected]

Matérias da Abapa, Fundeagro e Fundação Bahia são de responsabilidade das referidas entidades.

A reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é permitida e até recomendada, desde que

citada a fonte.

Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180 - Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020

www.aiba.org.br

Terminou um dos grandes encontros de

organizações mundiais, a conferência Rio + 20, com representantes de di-versos países, chefes de Estado, organizações não governamentais e empre-sas, discutindo as ques-tões de sustentabilidade.

No geral ficam os pa-rabéns ao Brasil e particu-larmente ao Rio de Janeiro, pois o evento funcionou e transcorreu sem grandes so-bressaltos, tirando uns pou-cos problemas até normais considerando o volume de culturas, de grupos exóticos e as diferenças de interesses existentes entres todos.

Notou-se avanços in-teressantes, principalmen-te porque foram plantadas iniciativas por organiza-

Sem sustentabilidade econômica não existe sustentabilidade ambiental

Por Marcos Fava NevesEspecial para Folha de São Pau-lo, 29/07/12

ções privadas, públicas, cidades, Estados e Paí-ses, que trarão frutos. Es-tas iniciativas se materia-lizaram através de muitos convênios, parcerias, me-morandos. Também pes-soas se conheceram e es-tabeleceram redes de contatos, que resultarão em muitas ações visando o crescimento da discus-são em sustentabilidade.

Apesar do documento final ter decepcionado al-guns por não conter metas quantitativas e alocações orçamentárias, vale ressal-tar que sua própria exis-tência mostra um consen-so e que realmente existe a preocupação na sociedade em caminharmos para um modo mais sustentável de vida e de produção. Ela-borar um documento com tantos povos e interesses é um grande desafio, houve sim êxito.

Para dizer qual a men-sagem principal tirada da conferência, é preciso res-gatar um conceito. A sus-

tentabilidade vem sendo tratada num tripé que en-volve os três P’s, na lín-gua inglesa. São as pala-vras profit (lucro) que é a dimensão econômica, a palavra people (pessoas), representando a dimen-são da inclusão, principal-mente, e a palavra planet (planeta), representando a preservação ambiental. Recentemente foi adicio-nada proactiveness (proa-tividade) como uma quar-ta dimensão, para se ter mais dinamismo, ações e menos discurso.

A Rio + 20 deixa uma mensagem de racionali-dade muito importante. Se os países, ou as orga-nizações privadas e públi-cas, não acertarem o pilar da economia, que é o ge-rador de renda, os outros pilares, ambiental e de pessoas, que são mais de perfil distribuidor da ren-da gerada, não acontece-rão na magnitude deseja-da. Ou seja, sem o pilar econômico, os outros ca-em por terra.

No caso do Brasil, tem-se um evidente con-traste nas mensagens re-cebidas. Numa direção, importantes organizações

internacionais dão claros sinais para que o país pro-duza muito mais alimen-tos e biocombustíveis vi-sando saciar a demanda crescente vinda da Ásia, África, Oriente Médio, entre outros locais, abrin-do uma grande oportuni-dade de negócios e de de-senvolvimento ao Brasil.

Em outra direção, or-ganizações internacionais vindas principalmente de lugares que já usaram seus recursos para promover elevado grau de desenvol-vimento, desejam que o Brasil seja o grande pilar ambiental do planeta, uma imensa floresta, deixando de usar seus recursos pa-ra expandir a produção e promover o necessário de-senvolvimento social. Se esta segunda parte preva-lecer, e for a economia lá e o ambiente aqui, é preciso ter uma grande compensa-ção financeira.

A mensagem é que é necessário ser mais ra-cional e menos emotivo e influenciável em ques-tões que coloquem limita-ções ao crescimento sus-tentável brasileiro, como as grandes restrições am-bientais vindas do código

florestal, as solicitações de demarcações de vas-tas extensões de terras pa-ra minorias, as restrições trabalhistas que se avolu-mam e outros tipos de res-trições colocadas diaria-mente para quem produz.

Sem racionalidade e levado pela emoção das influências vindas de fora e também de arcaicos gru-pos internos que pregam o não desenvolvimento, a obsolescência, e conse-quentemente a perpetu-ação da miséria, o Brasil corre o risco de não gerar a renda adicional necessá-ria e para promover a dis-

tribuição de renda, inclu-são e desenvolvimento social e ambiental.

Não ser racional é a principal ameaça ao desen-volvimento e expansão do agro e da produção susten-tável de alimentos e bioe-nergia, o grande gerador da renda do Brasil, prova-velmente o único negócio onde temos ampla capaci-dade de crescimento e in-serção mundial.

Entusiasta declarado do Oeste da Bahia, onde deu uma palestra a convite da Aiba no ano passado,

o professor Marco Fava Neves, da FEA-USP, acaba de lançar um livro na China, que trata da produção agrícola em um cenário de crescimento populacional. Contando com 172 páginas, a partir de tradução para o chinês, e publicado pela China CompilationandTrans-lation Press, de Pequim, o livro chama-se “O Mundo na Língua: O Futuro dos Alimentos”. Ele é composto de 48 artigos que destacam as tendências do consu-mo e como as mudanças macro-ambientais impactam a China. O livro funciona como um embaixador do agro brasileiro na China, pois destaca o importante papel do Brasil como fornecedor de alimentos para a crescente demanda chinesa, construindo pontes para o investimentos e desenvolvimentos conjunto. Todos os capítulos terminam com interessantes indagações para discussões em grupo.

Marco Fava Neves lança livro na China

MARCOS FAVA NEVES é professor titular de planeja-mento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat.

ANO 19 Nº 203 Ago/12 3

Os expositores da Bahia Farm Show

2012 que confirmaram sua participação na feira de 2013 já representam o equivalente a mais de 50% da área comercia-lizada no ano passado, que totalizou 70 mil metros quadrados. Até o final deste mês, a Asso-ciação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) recebe a confir-mação formal dos “ve-teranos”, o que garante a permanência destes na mesma localização do Complexo Bahia Farm Show que ocuparam no ano anterior. A partir de setembro, a Aiba anali-sará as solicitações de ampliação, remaneja-mento e novos exposi-tores. Até o momento, a expectativa da entidade realizadora do evento é de aumentar em 10% a área de exposição do Complexo, mas esse número pode aumentar a depender das solicita-ções. A próxima Bahia Farm Show será realiza-da de 28 de maio a 1º de junho de 2013, no mu-nicípio de Luís Eduardo Magalhães.

De acordo com o presidente da Bahia Farm Show, que tam-bém é presidente da Aiba, Walter Horita, a fidelização dos ex-positores – alguns dos quais, participantes desde a primeira edi-ção, em 2004 – é um “indicativo da con-solidação do evento. No dia 1º de agosto, a Aiba reuniu-se em Luís Eduardo Magalhães

Bahia Farm Show já comercializou mais de 50% dos espaços para 2013

com representantes da Associação dos Reven-dedores de Máquinas Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba) para analisar 2012 e traçar os rumos para a próxi-ma edição.

A Assomiba repre-senta nove revendas de máquinas agrícolas de Luís Eduardo Ma-galhães, incluindo-se neste número todas as marcas de tratores, que, juntas, ocupam cerca de 17 mil metros quadra-dos da feira. De acor-do com o presidente da Associação, Felipe Faccioni, o sucesso de 2012 deve ser superado em 2013.

“Todas as três prin-cipais commodities

do Oeste estão com os preços em alta e isso é um bom indicativo de crescimento da feira. Na última edição, vi-mos outros segmentos de máquinas como o da chamada linha amarela, da construção civil ga-nhar corpo no evento, e acredito que isso tenda a crescer, com o forta-lecimento da pecuária, por exemplo”, afirma Faccioni.

Crescimento planejado

Crescendo uma média de 20% ao ano em área, a Bahia Farm Show, dobrou de tama-nho desde 2008, quan-do passou a ser realiza-

Em reunião, a Aiba e a Assomiba discutem diretrizes da Bahia Farm Show 2013

da pela Aiba, e já está entre as quatro maiores feiras de tecnologia agrícola e negócios do Brasil. A feira também vem se destacando como uma das mais bem estruturadas. De acordo com o coorde-nador geral da feira e diretor executivo da Aiba, Alex Rasia, a de-manda por crescimento de área é bem maior, mas, o atendimento está calcado em uma série de fatores físicos e operacionais.

“Só aumentamos a área com o investimen-to em infraestrutura ne-cessário para manter os padrões de qualidade e conforto do parque. Se nossa expectativa

se confirmar, teremos de implantar 8 mil metros quadrados de pavimentação e mais 2 mil metros de meio-fio, sem falar em rede hidráulica, rede elétri-ca, e outros aspectos estruturais. Por isso, todo nosso crescimen-to em espaço físico é muito estudado”, disse o coordenador da Bahia Farm Show e diretor executivo da Aiba, Alex Rasia.

O presidente da Assomiba, Felipe Fac-cioni, destacou a orga-nização da Bahia Farm Show, e diz ser consen-so entre os organizado-res que o crescimento em área física da feira deve ser natural, e nos

mesmos parâmetros de qualidade atuais. “O Complexo já está todo asfaltado. Esse é um processo que não tem volta. O público e os expositores se acostu-mam à qualidade e não aceitam que seja dife-rente”, diz Faccioni.

A Bahia Farm Show é uma realização da Associação de Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em par-ceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação dos Reven-dedores de Máquinas Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba), Fun-dação Bahia e Prefeitu-ra Municipal de Luís Eduardo Magalhães.

ANO 19 Nº 203 Ago/12 4

O diretor de Meio Ambiente da Aiba,

José Cisino Lopes, parti-cipou, no dia 1º de agos-to, do lançamento oficial da Frente Parlamentar de Irrigação (FPI), na Câmara dos Deputados, em Brasília. O lança-mento teve presença do Grupo Nacional de Instituições de Irrigan-tes, GNII, entidade da qual a Aiba é fundadora, além de representantes de outros segmentos da agricultura irrigada.

De acordo com Ci-sino Lopes, a FPI é um espaço privilegiado com o qual, agora, os irrigantes podem contar. “Podemos apresentar propostas e discutir po-líticas para o setor, em alto nível de representa-ção”, diz.

A Instrução Normativa nº 01 da Superin-tendência de Recursos Hídricos do Es-

tado da Bahia – SRH (antiga denominação do órgão depois denominado Ingá e atual-mente incorporado ao Inema), de 27 de fe-vereiro de 2007, estabelece em seu Art. 17 que “O outorgado interessado em renovar a outorga deverá apresentar requerimento à SRH com antecedência mínima de noventa dias da data de término da outorga”.

Em cumprimento a este dispositivo, o Inema recentemente cancelou algumas ou-torgas alegando que os usuários não solici-taram a renovação no prazo estabelecido. Quem perde o prazo precisa iniciar um novo processo, partindo do zero, e corre o risco de ter a vazão cancelada ou passa-da a outro, nos casos dos rios onde não há mais disponibilidade e existe uma fila de pretendentes.

Portanto, é fundamental estar atento à data do término da outorga e solicitar a re-novação antes do prazo legal de 90 dias.

Segundo o Inema, nos casos em que a solicitação de renovação foi feita dentro do prazo, atendendo as condicionantes da le-gislação vigente, e não foi atendida por de-ficiência na estrutura do órgão, não há risco de cancelamento.

Aiba participa do lançamento da FrenteParlamentar de Irrigação na Câmara Federal

O GNII concentra 70% dos irrigantes da iniciativa privada do Brasil. Sua participa-ção tem sido decisiva no apoio à instalação de organismos importan-tes da irrigação, como a Secretaria Nacional da Agricultura Irrigada, junto ao Ministério da Integração, o Fórum Na-cional da Agricultura Ir-rigada, a criação da Sub-comissão da Irrigação, junto à CNA, e, por últi-mo, a criação da FPI.

“A FPI é muito rele-vante. Hoje, os grandes embates entre as ativida-des agrícolas, sobretudo as irrigadas, com o meio ambiente, têm colocado a irrigação em franca desvantagem. Isso acon-tece por falta de resso-nância de suas reivindi-

cações junto aos órgãos ambientais e à opinião pública”, afirma.

O diretor de Meio Ambiente da Aiba espe-ra que, a partir da FPI, o setor agrícola, que é es-tratégico para a produ-ção de alimentos, possa mostrar aos brasileiros que é um grande pre-servador do meio am-biente. Em seu pronun-ciamento, ele solicitou que os parlamentares encaminhassem a pro-posta do Oeste da Bahia de criação de critérios, com bases técnicas e justificativas contun-dentes, que deem dan-do direito de defesa ao

produtor, antes que seja lavrado um ato de em-bargo em propriedade produtiva. Ele chamou atenção para a presun-ção da inocência, direito básico de cada cidadão, que vem sendo negado, diante da arbitrariedade de diversos fiscais, com base apenas em critérios subjetivos.

José Cisino informa que, ainda em agosto (19/08), o grupo criará a Confederação Nacional da Agricultura Irrigada na Palha. Esta entidade terá entre os seus obje-tivos dar apoio às con-duções das políticas da irrigação, na FPI.

Irrigantes devem ficar atentos ao prazo para renovação de outorga

Começa no dia 20 de agosto, e

prossegue até 28 de se-tembro, o prazo para a entrega da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), refe-rente ao Exercício de 2012. A DITR pode ser entregue pela Internet, mediante utilização do

Está chegando a hora de declararprograma de transmissão Receitanet, disponível no site da RFB, ou em disque-te nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Eco-nômica Federal localiza-das no País, durante o seu horário de expediente. To-dos os procedimentos ne-cessários à Declaração, as-sim como os públicos que estão obrigados a declarar

seus imóveis rurais, estão determinados na Instrução Normativa RFB Nº 1.279, de 6 de julho de 2012, dis-ponível no site da Receita Federal.

Nos últimos anos, a Aiba vem alertando aos produtores rurais sobre a importância de procurar ajustar a Declaração com os valores reais, em espe-

cial quanto ao Valor da Ter-ra Nua, tendo como base os preços de mercado pratica-dos em janeiro de 2012.

A veracidade dos da-dos é cada dia mais co-brada e fácil de constatar, graças ao investimento, pelos órgãos públicos, em Tecnologia de Informação (TI) para o cruzamento de dados. Desde 2008, com o

intuito claro de criar uma rede de informações, o Governo Federal criou o Comitê Gestor do Imposto sobre a Propriedade Ter-ritorial Rural – CGITR, nos termos do Decreto Federal 6.433/2008. Com ele o gerenciamento das informações passa a ser atribuição dos municípios. Cumprindo o seu papel, as

Prefeituras Municipais expedem as eventuais notificações, em caso de informações impre-cisas, conclamando o proprietário a ajustar o declarado. Mas, no caso de uma blitz da Recei-ta, o flagrante de uma irregularidade resulta em autos de infração e pesadas multas.

José Cisino Lopes (esq.) representou a Aiba na soleni-dade

ANO 19 Nº 203 Ago/12 5

No dia 13 de agosto, deixou Barreiras um

comboio de 10 caminhões carregando 300 mil quilos de milho para serem doa-dos a pequenos pecuaris-tas de 10 municípios baia-nos assolados pela maior seca dos últimos 60 anos. O milho é parte dos mais de 700 mil quilos arreca-dados pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), entre seus associados e entidades de classe da região, aten-dendo à campanha S.O.S Seca, promovida pelo Go-verno do Estado. A meta inicial da Aiba era arreca-dar em torno de 1 milhão de quilos, mas, pelo ritmo das doações, esse número pode ser muito maior.

Com a doação de 50 produtores e empresas, no dia do embarque oficial, a Aiba já contabilizava 712 mil quilos, ensacados com a logomarca da campanha e armazenados nas insta-lações do armazém Pa-din Cereais. A campanha arrecada, além de milho, torta de caroço de algo-dão, feijão e outros grãos e subprodutos.

“É um grande gesto. Se considerado que o pre-ço do milho hoje no mer-cado está muito atrativo,

Agricultores do Oeste da Bahia embarcaram 300 mil quilos de milho para municípios castigados pela seca

este volume já arrecadado ganha ainda mais peso. Eu acredito que uma boa ação como esta traz re-tornos que não podem ser medidos em cifras, mas são muito mais remune-radores para o espírito e a consciência de cada um”, explicou o presidente da Aiba, Walter Horita.

Horita acredita que a marca de 1 milhão de quilos será superada. “Es-tamos vendo o empenho pessoal dos produtores nesta campanha. Sempre que há uma causa justa e séria, o produtor se en-gaja. Fomos convidados a participar, e sabemos para onde vai este mi-lho e a importância que a quantia vai representar para centenas de famílias que vivem da pecuária e hoje amargam o flagelo da seca.” afirmou.

Um dos exemplos de empenho pessoal dos pro-dutores na arrecadação veio do agricultor Luiz Carlos Bergamaschi, cuja propriedade fica no distri-to de Rosário, município de Correntina, no extremo Oeste do estado, fazendo divisa com Goiás. Com um caminhão, de porteira em porteira, Bergamaschi, que é Delegado Regional

da Aiba no Rosário, mo-bilizou 16 produtores que, juntos, doaram mais de 60 mil quilos.

“Gostaria de agradecer a estas pessoas que acredi-taram na campanha e co-laboraram. Ajudar a quem precisa é muito importante em um momento desses”, disse Bergamaschi.

A carga com este lote tem como destino Jua-zeiro, Itaberaba, Quincê, Marcionílio Souza, Gló-ria, Maracás, Conceição do Coité, Uauá e Lafaiete Coutinho. A definição dos municípios beneficiados partiu do Comitê da Seca, do Governo do Estado.

Situação é grave

Entusiasmado com o progresso da campa-nha S.O.S Seca no Oeste da Bahia, o secretário da Agricultura, Eduardo Sal-les, agradeceu em seu dis-curso a cada um dos pro-dutores e empresas que colaboraram para a arre-cadação, e entregou aos presentes um prato espe-cial que simboliza o reco-nhecimento do Governo do Estado aos doadores, e representa as principais atividades agrícolas que serão beneficiadas, como a caprinovinocultura, a bovinocultura de corte e leite, e a suinocultura e a avicultura, todas elas pra-ticadas por agricultores familiares.

“Este é um momento histórico para a Bahia, o Nordeste e o Brasil. O trabalho destas institui-ções é um grande exem-plo de solidariedade a ser seguido. Esta seca é uma tragédia tão avassaladora quanto um terremoto, e está dizimando rebanhos inteiros no estado. O pe-

queno pecuarista tem uma relação afetiva com seus rebanhos. Os animais têm nome e são resultado do melhoramento que eles mesmos vêm fazendo a cada ano. Com a seca, o último recurso que eles têm é sacrificar suas ma-trizes. É algo muito tris-te”, disse Salles.

Segundo Eduardo Sal-les, ao contrário do que alguns pensam, a seca não está acabando. “Ela está no pior momento. Se tudo correr dentro da nor-malidade, ainda são quase cinco meses de seca pela frente. A situação é muito grave”, explicou.

Contribuíram, até 09/08, para a campanha, Grupo Busato, Condomí-nio Irmãos Gatto, Luiz Carlos Berlatto, Grupo Horita, Ademar Antonio

Marçal, Herberto Scher-mack, Márcio Júlio Scher-mack, Rafael Schermack, Ivo Zils, ArnildoZils, Ma-rilene Zancanaro Zanella, Marco Aurélio Botolli, Volmir Martinazzo, Volnei Matinazzo, Suzane Mari Piana, Luiz Carlos Berga-marschi, Paulo Jorge Silva Mota, Joao Carlos Jaco-bsen Rodrigues, Grupo Ilmo da Cunha, Marcelino Flores de Oliveira, Olmiro Flores de Oliveira, Célio Zuttion, Koiti Orita, Ce-lito Breda, Celito Missio, Dirceu Di Domênico, Tec-noseeds Sementes Ltda, Sementes Paso Ita, Irineu Orth, Afonso Orth, Mar-tin Pascoal Drees, Paulo Ricardo Frasson, Hermes Augusto Ferreira, Herme-son Denis Cecchin Ferrei-ra, Arnaldo Juliani, Grupo Mizote, Grupo Franciosi.

ANO 19 Nº 203 Ago/12 6

O Conselheiro Técnico da Aiba e presidente da Associação dos Pro-

dutores de Sementes do Estado da Bahia (Aprosem/BA), Celito Missio, parti-cipou no dia 12 de julho da criação da Comissão de Sementes e Mudas (CSM/BA), em Salvador. A comissão é um grupo consultivo estadual a serviço do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que tem como objetivo fazer cumprir as premissas do MAPA no que tange à produção e à co-mercialização de sementes e mudas no Brasil. Isso garante a segurança e quali-dade desses produtos.

O grupo é formado por diversos agentes, como órgãos federais e estadu-ais, instituições de pesquisa e extensão, associações e federações de produtores, dentre outros. O Oeste da Bahia está re-presentado na Comissão através da Aiba e da Aprosem/BA, tendo o produtor Ce-lito Missio como ocupante da cadeira.

Para tornar dinâmico o trabalho da Comissão, algumas subcomissões fo-ram criadas, como a das grandes cul-turas, forrageiras, café, citrus, cacau e florestais. Estes subgrupos trabalharão regionalmente com as pessoas envolvi-das diretamente com cada setor. No caso das grandes culturas (grãos) e forragei-ras, as subcomissões ficarão no Oeste da Bahia.

Sementes e mudas

Celito Missio é o representante do

Oeste na CSM

ANO 19 Nº 203 Ago/12 7

Nos últimos quatro anos, grande parte dos esforços da Aiba está concentrada na regularização ambiental das propriedades agrícolas do Oeste da Bahia. O Plano de Adequação e Regularização dos Imóveis Rurais da Bahia (PARA)/Plano Oeste Sustentável (POS) é o re-sultado prático deste trabalho institucional, que deman-dou a elaboração e publicação de diversas peças jurídi-cas até que seu arcabouço legal estivesse completo.

A Aiba acompanhou de perto cada uma dessas eta-pas, para garantir a segurança para o produtor efetuar sua adesão. Este Plano foi um grande avanço e anteci-pou etapas que seriam necessárias depois, com a con-clusão do Novo Código Florestal Brasileiro.

Porém, é preciso alertar que não basta aderir ao Plano. É necessário segui-lo em todas as suas exigências legais, para conquistar a tão desejada regularização ambiental.

O POS é um “acordo” pelo qual cada uma das par-

Aiba convoca associados para fazer o Cadastramento Ambiental Rural no POSA Associação de Agri-

cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) está con-vocando os produtores rurais do Oeste da Bahia a comparecer à sede da Associação, em Barreiras, para efetivar o Cadastro Ambiental Rural-CAR. O CAR é uma exigência do Novo Código Florestal Brasileiro e, no Oeste da Bahia, tem à frente o nú-cleo do Plano Oeste Sus-tentável (POS), que fun-ciona na sede da Aiba. O cadastramento é realizado

gratuitamente e é um fator condicionante para a regu-larização ambiental.

Com o Plano Oeste Sustentável, iniciativa do Governo do Estado da Bahia, através das secre-tarias de Meio Ambien-te (Sema) e Agricultura (Seagri), além da Aiba, o estado saiu na frente. Boa parte das propriedades ru-rais do cerrado da Bahia já está cadastrada pelo POS e as informações serão com-partilhadas com o cadastro federal. O processo de ca-

dastramento na região teve início com a implantação POS em 2008, tendo sob o comandoda Aiba.

“Já conseguimos ca-dastrar mais de 1,3 milhões de hectares de proprieda-des rurais em 10 municí-pios, com destaque para Luís Eduardo Magalhães, que já está com cerca de 50% de sua área cadas-trada. No entanto, ainda restam cerca de 8 milhões de hectares a cadastrar”, pondera o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt.

Para fazer o cadastra-mento, o associado precisa encaminhar para a Aiba um memorial descritivo de cada propriedade contendo o uso alternativo do solo, cópia da escritura e matrícula do imóvel, cópia da Identida-de e CPF do proprietário, e mídia com arquivo digital utilizado no georreferencia-mento (incluir APPs e Re-serva Legal).

Mais informações, em www.aiba.org.br e através do telefone (77) 3613-8000.

POS – Não basta aderir, tem de cumprir!tes envolvidas - no caso, produtores e órgãos ambien-tais - se compromete a cumprir o que está disposto em seu escopo. Aos produtores rurais que aderirem, é dado um prazo de um ano (doze meses) durante o qual ele não sofrerá punições dos órgãos pelos erros passados e declarados no ato da adesão, desde que, neste prazo, ele apresente um Projeto de Adequação Ambiental, que trará, inclusive, um cronograma de execução.

A adesão ao POS não é suficiente para garantir a regularização, nem imunidade por prazo indetermina-do. Portanto, o produtor deve ficar atento ao prazo de entrega dos seus projetos e não deixar a chance passar. “Batalhamos muito para chegar a este estágio”, ressalta o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt.

Além das várias oficinas e reuniões já realizadas, Aiba tem um corpo de técnicos sempre à disposição para atendê-los.

Excepc iona lmen te este ano, o início da

semeadura da soja para irrigantes poderá come-çar a partir de 1º de outu-bro, 15 dias antes do fim prazo legal de vazio sani-tário da soja na Bahia. A antecipação foi aprovada pelo Comitê Estadual de Controle da Ferrugem da Soja, atendendo ao pedi-do da Aiba, durante reu-nião na Bahia Farm Show

Vazio Sanitário

Irrigantes interessados em antecipar o plantio da soja devem procurar a Aiba

2012. A Aiba defendeu que a flexibilização da janela do vazio para o so-jicultor irrigante viabiliza o cultivo da soja, e, na se-quência, do algodão, em um período tecnicamente mais favorável para as duas culturas, otimizando máquinas, equipamentos, e o sistema de irrigação.

Porém, somente pode-rão atencipar o plantio os produtores que fizerem o

requerimento, mediante assinatura de Termo de-Responsabilidade e Com-promisso, e apresentarem o projeto técnico de con-trole da ferrugem asiática. Para isso, necessariamen-te, o sojicultor irrigante deverá comparecer à Aiba, munido da documentação requerida, que será enca-minhada para a Adab.

O Vazio Sanitário é uma determinação legal

instituída pela Portaria de número 623 da Agên-cia de Defesa Agrope-cuária da Bahia (Adab), que estabelece um perí-odo de 60 dias no qual não se pode manter la-vouras ou tigüera de soja no território baiano. A medida serve para que-brar o ciclo de algumas doenças e pragas da soja, em especial, da ferrugem asiática.

ANO 19 Nº 203 Ago/12 8

Já está montada e atuante a estrutura opera-cional da Aiba para atender aos seus asso-

ciados nos processos de pedido de Certificação de Georreferenciamento. Esta estrutura é uma das atribuições da Aiba, dentro do Termo de Cooperação Técnica firmado em 19 de julho de 2012, entre a Aiba, a Secretaria da Agricultura (Seagri) e Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA). Através de intercâmbio técni-co, fomento e apoio logístico entre os signatá-rios do termo, a expectativa é que diminua o tempo de expedição dos certificados no Incra.

Estrutura especial para “desembaraçar” os processos de Certificação de Georreferenciamento

No dia 24 de julho a Aiba reuniu em sua sede representantes dos escritórios que prestam ser-viços de georreferenciamento na região. Na oca-sião foram apresentados os termos dos convênios e as atribuições da Associação, que dará suporte no encaminhamento dos processos que vem des-ses escritórios. A funcionária Dayana Silva foi contratada exclusivamente para esta finalidade. Ela se certificará de que a documentação apre-sentada pelo escritório atende aos requisitos e encaminhará o pleito para um núcleo do CDA, mantido com recursos da Aiba, que dará atendi-

mento exclusivo aos seus associados. Depois de finalizada esta etapa, o processo segue para o Incra, que expedirá o certificado. Os inte-ressados devem procurar a Aiba em [email protected] ou 77 3613-8000.

É importante lembrar que os recursos para a manutenção do núcleo no CDA são oriundos da cobrança de uma taxa de serviço, que varia de acordo com o tamanho da área em questão. Associados da Aiba em dia com a Associação têm 50% de desconto.

Veja no esquema abaixo.