28
Tópicos Especiais em Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Economia e Gestão da Saúde Saúde Residente Esther Grizende Garcia Economista, pós-graduada em Gestão, Acreditação e Auditoria Hospitalar. Residência em Economia e Administração [email protected] Tel. 4009-5172

Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

  • Upload
    aliya

  • View
    21

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde. Residente Esther Grizende Garcia Economista, pós-graduada em Gestão, Acreditação e Auditoria Hospitalar. Residência em Economia e Administração [email protected] Tel. 4009-5172. Aula de Hoje:. - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Tópicos Especiais em Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Economia e Gestão da SaúdeSaúde

Residente Esther Grizende GarciaEconomista, pós-graduada em Gestão, Acreditação e Auditoria Hospitalar.Residência em Economia e Administraçã[email protected]. 4009-5172

Page 2: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Aula de Hoje:Aula de Hoje:

6.1) Desafios e perspectivas futuras dos Hospitais Universitários no Brasil

6.2) Indicadores de Saúde no Brasil

Page 3: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde
Page 4: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Os hospitais são concebidos como organizações sociais mais

complexas que existem.

O que define um hospital?

instituição que provê leitos, alimentação e uma rotina de

cuidados para pacientes enquanto estes são submetidos a

procedimentos investigativos e terapêuticos, em processo

que visa, em última instância, restaurar suas condições de

saúde.

Page 5: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Mas até definir um conceito para hospital tornou-se um desafio.

Como exemplo, no Reino Unido adotou-se a denominação trusts

ao invés de hospital, considerando as múltiplas formas das

instituições hospitalares existentes no sistema de saúde.

Um hospital universitário pode ser caracterizado como:

■ um prolongamento de um estabelecimento de ensino em saúde (de uma faculdade de medicina, por exemplo); ■ prover treinamento universitário na área de saúde;

■ ser reconhecido oficialmente como hospital de ensino, estando submetido à supervisão das autoridades competentes; ■ propiciar atendimento médico de maior complexidade (nível terciário) a uma parcela da população”.

Page 6: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Existe uma notória heteronegeidade entre os hospitais universitários no Brasil ; desde a existência de instituições com diferentes naturezas jurídico-legais, perfis assistenciais, níveis de complexidade, porte, modelos de gestão até a vinculação com as Universidades e com o Sistema Único de Saúde (SUS).

As regiões norte e sul apresentam a mais baixa e a mais alta proporção de leitos de HU por 100.000 habitantes,respectivamente, 3,4 e 8,0.

Os HU de maior porte estão situados nas regiões sul e sudeste.

Percentual de docentes com mestrado ou doutorado, por exemplo, as proporções mais baixa e mais alta correspondem a,respectivamente, 34,3% e 94,5%, perfazendo uma média nacional igual a 60,7%.

Page 7: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Os HU’s também diferem em relação ao perfil da assistência prestada. Segundo a Secretaria de Ensino Superior do MEC, 11 HU’s são caracterizados como prestadores de atenção de baixa complexidade, 14 de média complexidade,7 de alta complexidade e 8 não foram definidos.

TABELA . Distribuição dos hospitais universitários e respectivos leitos nas regiões brasileiras

Região Hospitais Leitos Leitos/ Hospital Leitos / 100.000 habiantes

Norte 3 506 168,7 3,4

Nordeste 16 2.798 174,9 5,5

Centro-oeste 4 913 229,2 7

Sudeste 6 3.889 648,2 4,9

Sul 6 2.150 358,3 8

Fonte: IBGE - Estimativa populacional, 2005 e Ministério da Educação / SESU, 2006.

Page 8: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

O mais importante dos desafios vivenciados pelos HU’s brasileiros:

desempenhar sua vocação de formação de profissionais de saúde

num contexto em que as demandas sócio-sanitárias são múltiplas

e crescentes.

No Brasil, a quase totalidade dos profissionais de saúde tem nas

instituições hospitalares um campo prioritário de formação acadêmica.

Há intenso debate em relação à participação do ensino ministrado nos

hospitais na formação de profissionais de saúde no

Brasil,especialmente os médicos.

Page 9: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

A transição epidemiológica e a mudança nos perfis e cargas de

doenças no Brasil não apenas exigem uma discussão mais abrangente

acerca da formação de recursos humanos como também desafiam a

configuração tradicional dos níveis de complexidade de atenção à

saúde.

No Brasil, os HU’s são agentes nucleares de duas políticas de Estado

- educação e saúde. Em consequência, é no âmbito dos HU que se

manifestam os tensionamentos inerentes à complexidade de

articulação de tais políticas.

Assim, os HU’s têm sido incitados a oferecer respostas a problemas

que

muitas vezes transcendem sua capacidade e vocação.

Page 10: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Trata-se de reconhecer as especificidades dos HU sem que,no entanto, os mesmos sejam isentados de suas responsabilidades em relação aos sistemas de saúde.

Essa questão, por sua vez, nos remete ao compromisso inalienável de parte dos HU em, no exercício de sua missão, contribuir para a qualificação da oferta de serviços e aperfeiçoamento do próprio funcionamento do SUS enquanto sistema.

Nos últimos anos, várias iniciativas foram propostas com o intuito de promover mudanças no modelo de assistência hospitalar e fortalecer a participação dos HU no SUS, como, por exemplo, o FIDEPS.

Criado para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura necessária aoensino e a pesquisa, o FIDEPS “não atingiu plenamente seus objetivos”, sendo progressivamente incorporado ao orçamento dos hospitais, num contexto de crise financeira.

Page 11: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Dentre as iniciativas e políticas governamentais já implantadas

visando fortalecer a relação dos HU’s com o SUS, merece

destaque a certificação e a contratualização dos hospitais de

ensino.

Os contratos de gestão, dão materialidade ao processo de

acompanhamento e avaliação sistemática de desempenho.

A contratualização pressuporia razoável grau de

desenvolvimento das práticas de gestão e também a existência

de mecanismos organizados de referência e contra-referência

entre os níveis de complexidade. Tais condições ainda não foram

razoavelmente equacionadas no SUS.

Page 12: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Sustentabilidade Organizacional do HU’s:resultado de práticas efetivas de gestão e planejamento, equilíbrio financeiro, orçamentação, preservação da capacidade de investimento e de gestão de pessoas.

Desdobramentos: capacidade de implantação de mecanismos de saneamento financeiro dos HU’s, o desenvolvimento de sistemasde indicadores de avaliação e gestão, a incorporação das questões afetas à qualidade dos serviços prestados, a transparência e a responsabilidade social, entre outros.

Conclusão:

O futuro e a afirmação dos HU’s dependerá sempre da capacidade dos mesmos em contribuir efetivamente para ações criativas e integradoras no âmbito das políticas de Estado para a saúde e educação, cenário no qual a visibilidade e a importância dessas instituições resulta inconteste.

Page 13: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde
Page 14: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Nos últimos anos, o uso de indicadores de saúde tem crescido de

uma forma exponencial.

Um dos grandes desafios que o profissional da área de saúde

enfrenta é a mensuração da saúde dos indivíduos.

Primeiro passo: definir claramente o objeto a ser mensurado.

“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e

social e não apenas a ausência de doença”

Page 15: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Na década de 50, a OMS dividiu os indicadores de saúde em três grupos:

1.Os que traduzem diretamente a saúde (ou a sua ausência) em um grupo populacional.

Exemplos destes são o coeficiente geral de mortalidade, a esperança de vida a nascer e o coeficiente de mortalidade infantil.

2. Os que se referem às condições ambientais que têm influência direta sobre a saúde: abastecimento de água, rede de esgotos, poluição ambiental.

3. Os que medem os recursos materiais e humanos relacionados às atividades de saúde. Por exemplo, número de leitos hospitalares em relação ao número de habitantes, número de profissionais de saúde em relação ao número de habitantes.

Page 16: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Um outro fator catalisador da criação e uso de indicadores é a

atual crise no setor saúde, que estimulou um crescimento no uso

de medidas de performance para melhorar a alocação dos

recursos. Organizações públicas e privadas têm buscado

ferramentas que forneçam informações relevantes para um

processo de tomada de decisão baseado em evidências e não em

intuição.

Quando bem administrados, os indicadores de saúde

constituem ferramenta fundamental tanto para a gestão dos

serviços e programas de saúde como para a avaliação do

sistema de saúde e da saúde da população como um todo.

Page 17: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Um dos principais objetivos do uso de indicadores é melhorar

a gestão e a qualidade da assistência oferecida.

O acompanhamento do resultado desses instrumentos pode

revelar a eficiência da gestão sendo desenvolvida.

Page 18: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

CONCEITO:

Indicadores são medidas-síntese que contêm informação

relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado

de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.

Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma

população e servir para a vigilância das condições de saúde(3).

Na prática, os indicadores podem ser aplicados para avaliar a

estrutura, os processos e os resultados dos serviços de saúde.

Eles funcionam como uma bússola e servem para acompanhar e

orientar a trajetória desses serviços.

Page 19: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

PROCESSO DE SELEÇÃO DE INDICADORES

O primeiro passo na seleção de um indicador é a escolha de um referencial teórico sobre o qual ele será fundamentado.

Em seguida, o objeto estudado deve ser claramente definido.

O terceiro e último passo é a escolha de indicadores que possam medir e quantificar os domínios que compõem o nosso objeto de estudo.

PROCESSO DE CONSTRUÇÃO A construção de um indicador é um processo com vários graus de complexidade, variando desde uma contagem direta (por exemplo, o número absoluto de casos novos de sarampo) ao cálculo de proporções (proporção de nascidos vivos por idade materna), de taxas (taxa de mortalidade infantil), de razões (razão de sexos) até o cálculo de índices mais sofisticados como expectativa de vida ao nascer.

Page 20: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

CARACTERÍSTICAS

Validade: O indicador deve medir apenas o fenômeno que

pretende medir. a validade de um indicador é determinada pelas

características de sensibilidade (medir as alterações desse

fenômeno) e especificidade (medir somente o fenômeno

analisado).

Confiabilidade: O indicador deve reproduzir os mesmos

resultados quando aplicado em condições similares.

Disponibilidade: Os dados básicos para o cálculo do indicador

devem estar disponíveis ou serem fáceis de conseguir. Podendo

ser coletados através de serviços de rotina.

Page 21: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Simplicidade: Deve ser fácil de calcular, analisar e interpretar pelos

usuários da informação.

Relevância: Deve responder a prioridades de saúde. E deve ser útil

para a tomada de decisão de quem o coleta ou da gerência do

serviço.

Custo-efetividade: Os resultados obtidos pela tomada de decisões

baseadas nesses indicadores devem justificar o investimento de

tempo e recursos na coleta de dados para o cálculo dos mesmos.

CARACTERÍSTICAS

Page 22: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

QUEM UTILIZARÁ ESSES INDICADORES?

O médico, por exemplo, pode necessitar de indicadores que

meçam se os tratamentos estão sendo realizados segundo

diretrizes clínicas e se estão produzindo os resultados clínicos

desejáveis.

O gestor pode querer avaliar se os recursos financeiros estão

sendo usados racionalmente na sua instituição.

O paciente talvez queira saber qual o tempo de espera para ser

atendido, se está sendo bem atendido e obtendo melhoras no

seu estado de saúde.

Page 23: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

COMO SERÃO UTILIZADOS ESSES INDICADORES?

Sempre que indicadores são construídos,monitorados, e boletins de

informação são gerados, deve existir uma preocupação especial com o

que fazer com a informação produzida, porque nada muda se a

informação não é levada em consideração.

ONDE ENCONTRAR ESSES INDICADORES?

No Brasil, na página WEB do Departamento de Informática do SUS –

Datasus (www.datasus.gov.br), órgão do Ministério da Saúde, na

seção informações de Saúde, estão disponibilizados indicadores

demográficos, socioeconômicos, de mortalidade, de morbidade e

fatores de risco, de recursos e de cobertura.

Page 24: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

INDICADORES DE EFETIVIDADE DE SISTEMAS DE

SAÚDE

Além de avaliarem individualmente o desempenho de cada

sistema de saúde, estes indicadores podem comparar a

efetividade de alguns sistemas entre si.

Alguns dos indicadores geralmente escolhidos para esse

tipo de análise são: expectativa de vida ao nascer,

mortalidade infantil, índice de desenvolvimento humano,

gasto nacional com saúde como percentual do Produto

Interno Bruto (PIB), número de leitos hospitalares por

habitante, número de profissionais de saúde por habitante.

Page 25: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Indicadores como expectativa de vida ao nascer e

mortalidade infantil são considerados medidas indiretas da

efetividade de um sistema de saúde.Melhora nestes indicadores são resultados de melhoras no padrão de vida das pessoas, nas intervenções de saúdepública.

Desde 1990, os relatórios divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos permitem realizar algumas comparações entre a qualidade de vida da população dos diversos países utilizando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O IDH procura espelhar, além da renda, a longevidade de uma população e o grau de maturidade educacional.

Page 26: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

CONCLUSÃO:

Para que ocorra o desenvolvimento desta área de pesquisa é

necessário um avanço na área de tecnologia da informação e

uma maior integração das bases de dados existentes, além da

melhora na qualidade e confiabilidade dos dados coletados.

Page 27: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

OBRIGADA!

Page 28: Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Saúde

Soárez PC, Padovan JL, Ciconelli RM. Indicadores de saúde no Brasil: um processo em construção. Rev Adm Saúde. 2005.

Machado SP, Kuchenbecker R. Desafios e perspectivas futuras dos hospitais universitários no Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2007.