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Pôsteres de Ensaios Clínicos Trabalhos científicos sobre resultados da vacinação em estudos de campo A mais completa vacina contra a mastite bovina Vacina polivalente de mastite inativada contra E. coli , coliformes, S. aureus e coagulase negativos

TOPVAC Pôsteres de Ensaios Clínicos

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Trabalhos clínicos publicados durante o EBF2011 em Marselha, França e no WBC2012 em Lisboa

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Pôsteres de Ensaios ClínicosTrabalhos científicos sobre resultados da vacinação em estudos de campo

A mais completa vacina contra a mastite bovina

Vacina polivalente de mastite inativada contra E. coli, coliformes, S. aureus e coagulase negativos

A VACINAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA MELHORAR A SAÚDE DO ÚBERE: ESTUDO DE CAMPO

Luis Miguel Jimenez Galán1, Raquel Timón1, Elena Aparicio1, Antonio Roger2, Nuria Roger1

1Servet Talavera SL – Talavera de la Reina, Toledo, Espanha2Infoastur Formación y Desarrollo – Madrid, Espanha Servet Talavera S.L.

IntroduçãoA mastite é uma doença com elevados custos nas fazendas leiteiras em todo o mundo; são muitos os microrganismos que causam as infecções intramamárias, como estafilococos coagulase negativos (SCN), Escherichia coli e Staphylococcus aureus, entre outros. Em muitas fazendas, a luta contra a mastite tem sido e continua a ser, em diversos países, contra os principais agentes patogénicos contagiosos. Nos últimos anos, os microrganismos ambientais e os agentes patogénicos menores que causam a mastite subclínica e clínica foram responsáveis por perdas significativas.São utilizadas medidas para evitar as mastites, como o tratamento na secagem, melhoria do desempenho da máquina de ordenha e da higiene da ordenha, etc., mas são necessárias ferramentas para melhorar a Qualidade do Leite e a vacinação pode ser uma ferramenta útil para atingir este objetivo.O objetivo deste estudo é determinar a eficácia da vacinação com TOPVAC®, a sua repercussão na epidemiologia da mastite, a taxa de mastite clínica mensal e o rendimento da produção de leite numa fazenda com uma boa qualidade do leite.

MaterIal e MétodosO estudo foi desenvolvido numa fazenda espanhola, com 250 vacas leiteiras, sem sinais visíveis de mastite e sem problemas na contagem de células somáticas. Em 2009, a contagem média de células somáticas foi de 161 000 células/ml e, em 2010, foi de 193 000 células/ml.As infecções intramamárias foram causadas por estreptococos como Streptococcus uberis, Streptococcus dysgalactiae, E. coli e SCN. O sistema de ordenha é constituído por uma sala de ordenha paralela com 8x2 pontos com dois ordenhadores. A rotina de ordenha consiste numa ordenha territorial; cada ordenhador realiza o pré-dipping, eliminação dos primeiros jatos, secagem com papel individual e colocação das teteiras. O pós-dipping é realizado com um produto com ácido láctico. As instalações são freestall com cubículos; o material das camas é adicionado uma vez por semana e os cubículos são limpos 2 vezes por dia.De Julho a Dezembro de 2010, foram selecionados 222 animais (vacas e novilhas) que foram divididos em dois grupos; 110 animais foram vacinados e designados de Grupo Vacinado (GV) e 112 foram designados Grupo de Controle (GC). O GV foi vacinado com TOPVAC®, com J5 inactivado e uma cepa inactivada de Staphylococcus aureus SP140 (Slime Associated Antigenic Complex, SAAC). Os animais receberam três doses, uma dose no dia 0, a segunda dose no dia 35 e a terceira dose no dia 97. CMT (California Mastitis Test) foi realizado em todos os animais e foram coletadas amostras das vacas com resultados positivos para cultura e identificação para determinar a epidemiologia das infecções intramamárias. A taxa de novas infecções, a taxa de mastite clínica e o rendimento da produção de leite foram determinados mensalmente durante os seis meses seguintes.

resultadosForam coletadas amostras de todos os casos de mastite subclínica para determinar a epidemiologia. As seis figuras seguintes apresentam as infecções por epidemiologia com os microrganismos que causaram a mastite nos meses seguintes.

Figures 1 a 6.

A taxa de novas infecções (NI) nos seis meses seguintes foi sempre inferior no GV do que no GC. A média de NI em seis meses foi de 13,3% no GC e de 16,3% no GC Figura 7.

Figura 7. Taxa de novas infecções no GV e no GC.

Os casos de mastite clínica foram inferiores no GV do que no GC (2 casos face a 12 casos). Surgiram dois casos no GV, um causado por E. coli e outro por Strep. uberis; no GC surgiram doze casos provocados por E. coli (5 casos, ou 41,6%).

Figura 8. Casos de mastite clínica por mês.

O rendimento da produção de leite foi superior no GV do que no GC (31,8 face a 30,1 litros) Figura 9.

Figura 9. Rendimento da produção de leite.

ConClusõesAs vacas do GV tiveram menos infecções intramamárias do que as do GC, uma menor percentagem de infecções isoladas causadas por E. coli, SCN e menos infecções causadas por Staphylococcus aureus. Houve uma menor taxa de novas infecções no GV em relação ao GC e menos casos de mastite clínica nos animais vacinados. As vacas vacinadas produziram mais leite do que as vacas não vacinadas.TOPVAC® reduz as infecções por mastite subclínica e constitui uma excelente ferramenta para reduzir a infecção intramamária e para melhorar a Qualidade do Leite nas fazendas de vacas leiteiras.

Infecções por E. coli2

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TOPVAC® ControleJulho-10 Agosto-10 Setembro- 10 Outubro-10 Novembro-10 Dezembro-10

Infecções por S. aureus2

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TOPVAC® ControleJulho-10 Agosto-10 Setembro- 10 Outubro-10 Novembro-10 Dezembro-10

Infecções por SCN9876543210

TOPVAC® ControleJulho-10 Agosto-10 Setembro- 10 Outubro-10 Novembro-10 Dezembro-10

Infecções por Enterococci3

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TOPVAC® ControleJulho-10 Agosto-10 Setembro- 10 Outubro-10 Novembro-10 Dezembro-10

Infecções por Streptococcus dysgalactiae2

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TOPVAC® ControleJulho-10 Agosto-10 Setembro- 10 Outubro-10 Novembro-10 Dezembro-10

Infecções por Streptococcus uberis2

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TOPVAC® ControleJulho-10 Agosto-10 Setembro- 10 Outubro-10 Novembro-10 Dezembro-10

TOPVAC® Controle

Julho-10 Agosto-10 Setembro- 10 Outubro-10 Novembro-10 Dezembro-10 Média

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TOPVAC® Controle

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TOPVAC® Controle

ESTUDO DE CAMPO DA VACINAÇÃO COM TOPVAC® NO NORTE DE ESPANHA

Rafael Ortega Arias de VelascoCentro Técnico Veterinario La Espina, Salas, Astúrias (Espanha)

oBJetIVoO objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de uma vacina de mastite bovina contra Staphylococcus aureus, estafilococos coagulase-negativos (SCN) e bactérias coliformes, incluindo Escherichia coli.

IntroduçãoA vacina contra a mastite bovina TOPVAC®, HIPRA, é a primeira registada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A aplicação de um programa de controle da vacinação para evitar a mastite utilizando TOPVAC® resulta numa melhor imunização ao nível do rebanho, quer de novilhas, quer de vacas, na redução das contagens celulares individuais, num menor risco de novas infecções causadas por S. aureus e SCN e reduz a gravidade da mastite causada por bactérias coliformes. O manejo é essencial quando o produtor, juntamente com o veterinário responsável da fazenda, decidem implementar a vacina. Infelizmente, mesmo quando é evidente um manejo adequado do rebanho em conjunto com um protocolo de vacinação para evitar a mastite, não é possível eliminar a infecção totalmente a fazenda mas, pelo menos, é possível reduzir o número total de animais infectados para valores inferiores a 5%.

MaterIal e MétodosO estudo de campo foi realizado nas Astúrias (Norte de Espanha). Foi monitorado um total de 50 vacas com uma média de 25,5 L de produção de leite e 600 000 células/ml de contagem de células somáticas no tanque de leite (CCST), em média. 30 vacas foram alojadas em freestall (cubículos) com camas de areia. Outras 20 vacas foram alojadas em cubículos sem cama e tinham acesso a pastagens. Após uma vistoria das instalações de ordenha, bem como da rotina de ordenha por parte do veterinário, e antes do início da vacinação, foram introduzidas algumas melhorias, tal como pré-dipping duas vezes, eliminação dos primeiros jatos e renovação dos copos dos jactos. Todos os animais do rebanho foram vacinados no mesmo dia em três ocasiões: 1 de Julho de 2010, 1 de Outubro de 2010 e 1 de Janeiro de 2011. Após a aplicação da terceira dose, foi realizada nova vacinação, de 4 em 4 meses, para reforçar a imunidade da vacina. Foi utilizado o crescimento bacteriano para determinar a prevalência de diferentes agentes patogénicos. Não estão disponíveis dados sobre os custos de antibióticos.

resultados e dIsCussão 1. Prevalência de agentes patogénicos:Após o período de vacinação, a presença de S. aureus diminuiu de 11,7% (antes do período da vacinação) para 2% (depois de terminado o período da vacinação). Quatro meses mais tarde, antes da nova vacinação contra S. aureus, a prevalência registada foi de 1,8%. A prevalência de E. coli em Julho de 2010, imediatamente antes do início do período de vacinação, foi de 33,3% e quando terminou, foi de 7,8%. Em Maio de 2011, a prevalência de E. coli registada foi de 7%. A infecção causada por SCN antes da vacinação foi de 33,3% e diminuiu após a primeira aplicação para 25,4%, mantendo-se durante os quatro meses seguintes.

Figura 1. Prevalência dos diferentes agentes patogénicos da mastite (em percentagem).

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July 2010 Beforevaccination

February 2011 Aftervaccination

February-May 2011Before revaccination

S. aureus CNS E. coli

De Julho de 2010 a Maio de 2011, a prevalência de Streptococcus spp. foi inferior a 10% (dados não mostrados no gráfico).

2. Evolução da CCS no tanque de leite:Os testes periódicos no tanque de leite registaram uma acentuada diminuição da CCST de Julho de 2010 a Janeiro de 2011. Quando o período de vacinação terminou, a CCST diminuiu para quase metade (283 000 células/ml), em comparação com os resultados dos testes antes da vacinação. Em Fevereiro, houve um aumento em relação à CCST. Entre Fevereiro e Maio de 2011, a tendência de diminuição continuou.

Figura 2. CCST média registada de Julho de 2010 a Maio de 2011.

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Beforevaccination

After 1stapplication

After 2ndapplication

After 3rdapplication

Feb-11 Mar-11 Apr-11 May-11

3. Número de vacas < 200 000 células/ml e > 400 000 células/ml:A percentagem de vacas com CCS inferior a 200 000 células/ml:aumentou durante o período de vacinação. Por outro lado, a percentagem de vacas com mais de 400 000 células/ml diminuiu no mesmo período.

Figura 3. Percentagem de vacas com CCS < 200 000 células/ml e de vacas com CCS > 400 000 células/ml durante o período de vacinação.

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Before vaccination After 1stapplication

After 2ndapplication

After 3rdapplication

No. Cows BTSCC < 200,000 No. Cows BTSCC > 400,000

4. Evolução dos casos de mastite clínica (MC):A MC diminuiu ligeiramente em comparação com a percentagem antes da vacinação e após a aplicação da segunda vacina. Após a terceira aplicação, a percentagem de MC diminuiu drasticamente. Nos quatro meses seguintes, a percentagem também diminuiu, apenas com um ligeiro aumento em Março de 2011, mas posteriormente a percentagem continuou a diminuir para menos de 5%.

Figura 4. Percentagem de mastites clínicas registadas de Julho de 2010 a Maio de 2011.

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10152025

Beforevaccination

After 1stapplication

After 2ndapplication

After 3rdapplication

Feb-11 Mar-11 Apr-11 May-11

ConClusões1. A vacinação com TOPVAC® demonstrou ser eficaz na redução da percentagem de casos de MC na fazenda.2. TOPVAC® também foi eficaz na redução da CCST: a. Reduziu o número de vacas leiteiras com CCS > 400 000 células/ml. b. Aumentou o número de vacas leiteiras com CCS < 200 000 células/ml.3. A vacina da HIPRA foi também eficaz na redução da prevalência dos diferentes agentes patogénicos que causam a mastite bovina. a. Reduziu a prevalência de bactérias coliformes e evitou casos de mastite grave que conduziriam à morte. b. Também reduziu a prevalência de S. aureus e de mastite subclínica. c. A prevalência de SCN após a primeira aplicação diminuiu ligeiramente e, depois, foi mantida nos meses seguintes.4. Não ocorreram efeitos secundários relacionados com as três aplicações da vacina. A CCST aumentou em Fevereiro de 2011 sem motivo aparente, pois continuou a diminuir nos quatro meses seguintes. A utilização da vacina TOPVAC® pode ser uma valiosa ferramenta ao ajudar a reduzir os casos de MC e a reduzir também a CCST nas fazendas leiteiras.

aGradeCIMIentosGostaria de agradecer à fazenda Severo S.C. e à equipa do Laboratório CTV La Espina pelo seu excelente trabalho e cooperação, em particular a Silvia Gómez Álvarez, María Fernández Portales e Jorge García Álvarez.

Julho 2010 Antes da vacinação

Fevereiro 2011 Depois da vacinação

Fev-Mai 2011 Antes da revacinação

Antes da vacinação

Depois da 1ª aplicação

Depois da 2ª aplicação

Depois da 3ª aplicação

Fev 11 Mar 11 Abr 11 Mai 11

Nº de vacas CCS < 200 000 Nº de vacas CCS > 400 000

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After 2ndapplication

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Before vaccination After 1stapplication

After 2ndapplication

After 3rdapplication

No. Cows BTSCC < 200,000 No. Cows BTSCC > 400,000

Fev 11 Mar 11 Abr 11 Mai 11

S. aureus SCN E. coli

Antes da vacinação

Depois da 1ª aplicação

Depois da 2ª aplicação

Depois da 3ªaplicação

Antes da vacinação

Depois da 1ª aplicação

Depois da 2ª aplicação

Depois da 3ª aplicação

MASTITE POR COLIFORMES: PROGRAMA DE CONTROLE DE REBANHOSESTUDO DE CAMPO

Francisco Sesto PérezSeragro – Sociedad Cooperativa Galega, Ames, Galiza (Espanha)

oBJetIVoO objetivo deste estudo foi analisar os diferentes fatores que podem conduzir a uma elevada prevalência de mastite causada por bactérias coliformes numa fazenda de vacas leiteiras e acompanhar as decisões do programa de controle de forma a controlar a doença durante um ano.

IntroduçãoA mastite é descrita como uma inflamação da glândula intramamária, e representa o mais importante fator de risco para a perda de produção de leite e a baixa Qualidade do Leite. A causa mais relevante para a mastite é a infecção intramamária causada por diferentes agentes patogénicos.

MaterIal e MétodosA fazenda de vacas leiteiras está situada na Corunha (Norte de Espanha). Participou no estudo um total de 240 vacas leiteiras. Os animais estão alojados em freestall, com camas de serradura com adição de carbonato de cálcio e são ordenhados numa sala de ordenha com 12 x 2.Desde 2002, está em execução um programa de Qualidade do Leite neste rebanho. A média da contagem de células somáticas no tanque de leite (CCST) foi inferior a 200 000 células/ml sem sintomas agudos ou hiperagudos de mastite. A taxa de mastite clínica foi sempre inferior a 3%. Todos os dados são introduzidos num sistema informático e atualizados regularmente. Todos os meses é elaborado um relatório pelos serviços de Qualidade do Leite e são efetuadas novas recomendações de forma a melhorar o manejo do rebanho e a Qualidade do Leite. São tidos em conta diferentes pontos críticos: o acompanhamento da rotina de ordenha, a revisão da máquina de ordenha, a gestão da alimentação, o conforto das vacas e a incidência da taxa de controle de mastite. Em 2010, ocorreu um surto de mastite por coliformes (Escherichia coli) com uma elevada incidência e acentuada sintomatologia aguda e hiperaguda. Em algumas ocasiões, os animais crônicos registaram CCS de 1 000 000 células/ml e representavam mais de 5% do total de vacas leiteiras. As avaliações de pontos críticos realizadas mensalmente nunca revelaram um efeito determinante que pudesse ser a causa do surto de mastite por coliformes, por isso, o veterinário responsável e o produtor decidiram experimentar a vacinação contra a mastite (TOPVAC®), integrada no programa de Qualidade do Leite. Foi realizada uma vacinação em massa de todo o rebanho. A primeira aplicação foi levada a cabo em Julho de 2010 e a segunda três semanas depois. De 4 em 4 meses, foi também realizada uma vacinação de reforço.

resultados e dIsCussão(A primeira aplicação da vacina deu-se em Julho de 2010 – barras azul claras do gráfico). (Em Agosto, não houve avaliação pelos serviços de Qualidade do Leite.

Figura 1. Percentagem de vacas na lactação com CCS < 200 000 células/ml.

Figura 2. Percentagem de vacas na lactação com CCS > 200 000 < 400 000 células/ml.

Figura 3. Percentagem de vacas na lactação com CCS > 400 000 < 1 000 000 células/ml.

Figura 4. Percentagem de vacas na lactação com CCS > 1 000 000 células/ml.

Figura 5. Média da CCS de Janeiro a Dezembro de 2010 (x 1000 células/ml).

ConClusões1. A vacinação com TOPVAC® mostrou ser eficaz para o controle do surto de mastite por coliformes no rebanho:

a. O número de vacas sadias aumentou após um período de vacinação de 6 meses. b. O número de animais infectados diminuiu (CCS > 200 000). c. O número de animais crônicos (CCS > 400 000 células/ml) também diminuiu.

2. Consequentemente, a sintomatologia aguda e hiperaguda também diminuiu drasticamente. 3. A CCST diminuiu de 246 000 células/ml para 210 000 células/ml.

aGradeCIMentosGostaria de agradecer à Fazenda Ugasma, ao Laboratório LIGAL (Laboratorio Interprofesional Galego de Análise do Leite) e também aos Serviços de Produção Animal da Xunta de Galicia.

BIBlIoGraFIaMARCH, R., 2009. Efficacy evaluation of a new vaccine against bovine mastitis. Proc. 49th Annual Meeting NMC.SCHMITT, E., 2011. TOPVAC® new vaccination protocol implementation preliminary data in ten different herds in the French northwest region. European College of Bovine Health and Management.

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ESTUDO DE CAMPO COM UMA VACINA CONTRA A MASTITE BOVINA NO NORDESTE DE ESPANHA

Oriol Franquesa, Demetrio HerreraQ-Llet S.L.P., Seva, Barcelona (Espanha)

oBJetIVoO objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de uma nova vacina contra a mastite bovina (TOPVAC®) numa fazenda de vacas leiteiras.

MaterIal e MétodosO estudo foi realizado num rebanho de vacas leiteiras com uma alta incidência de mastite ambiental, devido a bactérias coliformes, SCN e espécies de estreptococos, localizada no Nordeste de Espanha. O estudo teve início em Março de 2010, altura em que havia 270 vacas leiteiras e a produção média de leite era de 32 L/dia/vaca. A média da contagem de células somáticas no tanque de leite (CCST) foi de 330 000 células/ml. As vacas secas, as vacas prestes a parir ou que acabaram de parir foram alojadas em estábulos com camas conjuntas de palha. As vacas lactantes foram alojadas em freestall com cubículos com camas de palha. Dois meses antes do parto, todas as vacas na lactação, vacas secas e novilhas foram vacinadas por via intramuscular com 2 ml de TOPVAC® (HIPRA), contendo cepas inativadas de Escherichia coli J5 e Staphylococcus aureus SP140 expressando Complexo Antigénico Associado ao Slime ou Biofilme (SAAC). A fazenda utilizou vacinação em massa de todo o rebanho no mesmo dia, com uma segunda dose 3 semanas depois. De 4 em 4 meses, foram realizados reforços da vacinação e apenas as novilhas foram revacinadas após 3 semanas. As contagens de células somáticas individuais (CCS) de testes mensais do leite e os casos de mastite clínica foram avaliados e comparados com o ano anterior. Durante 2010, a fazenda aumentou em 25% o número de vacas leiteiras sem qualquer expansão das suas instalações, por isso a densidade de vacas aumentou, tornando ainda maior o desafio da vacina. Foram comparados três parâmetros diferentes entre os dois períodos: de Março de 2009 a Fevereiro de 2010 (sem vacina) e de Março de 2010 a Fevereiro de 2011 (período da vacinação). Estes parâmetros eram: - % de animais sadias (CCS < 200 000 células/ml), - % de novas infecções e - % de casos de mastite clínica.

resultadosOs resultados do estudo de campo são apresentados nos gráficos seguintes.

Figura 1. Percentagem de animais sadios (CCS individual < 200 000 células/ml).

Figura 2. Percentagem de novas infecções.

Figura 3. Percentagem de casos de mastite clínica.

ConClusõesA vacina foi eficaz ao melhorar a saúde do úbere na fazenda leiteira, aumentando a percentagem de vacas sadias, reduzindo o risco de novas infecções, bem como a percentagem dos casos de mastite clínica.

Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev

Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev

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ESTUDO CLÍNICO DE ALTA PREVALÊNCIA DE MASTITECAUSADA POR S. aurEuS NUMA FAZENDA DE VACAS LEITEIRAS

Clara Navarro SansanoESVET Serviços de Qualidade do Leite, Barcelona (Espanha)

oBJetIVoO objetivo do presente estudo foi aumentar a saúde do úbere utilizando uma vacina contra a mastite bovina (TOPVAC®), integrada num Programa de Qualidade do Leite e controlar a disseminação do agente de contágio S. aureus e, consequentemente, reduzir o número de casos de mastite clínica e aumentar o número de animais sadios, evitando o descarte de um grande número de vacas leiteiras.

MaterIal e MétodosEste estudo centra-se num relatório sobre mastite bovina grave numa fazenda de vacas leiteiras na qual ocorreu um problema de infecções por mastite, causadas por agentes patogénicos contagiosos, especialmente S. aureus, e outros agentes patogénicos ambientais. A fazenda situa-se no Norte de Espanha, tem 53 vacas leiteiras que são, atualmente ordenhadas duas vezes por dia, com uma média de 2,6 partos por vaca e uma média de produção de leite de 29 L/dia/vaca. A taxa de mastite clínica foi de 12%, com contagem de células somáticas no tanque de leite (CCST) média de 560 000 células/ml. A sala de ordenha consiste em 4x2 pontos e a ordenha é realizada por dois ordenhadores. As vacas leiteiras foram alojadas em freestall, em cubículos com colchões e camas de palha. No entanto, as novilhas e as vacas secas foram alojadas em freestall sem colchões. O estudo foi realizado de Janeiro a Dezembro de 2010. Em Janeiro, decorreu a primeira visita e vistoria de Qualidade do Leite à fazenda. As culturas microbiológicas mostraram que os agentes patogénicos predominantes que causaram as infecções intramamárias foram os seguintes: 1. Agentes de contágio: S. aureus 41%, Prototheca 4%, A. pyogenes 4%, S. uberis 2% 2. Agentes ambientais: S. dysgalactiae 34% e SCN 4% Nos meses anteriores ao início do programa de Qualidade do Leite no rebanho, foi detectado um grande aumento de amostras positivas para S. aureus. A atividade da fazenda estava em risco devido à elevada CCST. A prioridade era reduzir a CCST, diminuir a disseminação de S. aureus e de outros agentes patogénicos e controlar o risco de novas infecções. Ao mesmo tempo, foi implementado um programa para monitorar o rebanho mensalmente, para avaliar a eficácia das diferentes medidas.

PROGRAMA DE QUALIDADE DO LEITE 1. Programa de controle e vacinação contra a mastite: Foram implementadas medidas para controlar a disseminação de S. aureus e diminuir a CCST no âmbito de um programa de controle mensal para monitorar a evolução do estado da fazenda leiteira. Foram monitorados diferentes parâmetros: CCST, taxa de mastite clínica, taxa de vacas sadias (dois controles consecutivos abaixo de 200 000 células/ml) e taxa de vacas crônicas (dois controles consecutivos acima de 200 000 células/ml). Foi realizada a vacinação em massa com TOPVAC® (vacas na lactação, vacas secas e novilhas prenhas de 7 meses). Todos os animais foram vacinados no mesmo dia, em três ocasiões, com um intervalo de 15 dias. Após a terceira dose, foi aplicada a vacina de reforço de 4 em 4 meses. 2. Manejo do rebanho: Identificar e separar os animais infectados de forma a ordenhá-los no final da ordenha. Os animais infectados foram mantidos em instalações independentes, separados dos animais sadios até terem 4 resultados de testes de controle negativos consecutivos. As novilhas foram também mantidas em cubículos, não podendo ser amamentadas por vacas infectadas. A manutenção de um ambiente seco, limpo e desinfectado nas diferentes instalações e o controle das moscas foram determinantes. 3. Alterações para melhorar a rotina da ordenha e a sala de ordenha. 4. Eliminação gradual das vacas crônicas. Foi realizada gradualmente. Inicialmente, foram descartados apenas 3 animais que eram positivos para S. aureus e, ao mesmo tempo, positivos para Prototheca e A. pyogenes. Após o parto, foram monitorados e coletadas amostras de todos os animais para cultura microbiológica. Gradualmente, introduzimos vacas sadias nas instalações e removemos faseadamente as infectadas. 5. Alteração na terapia com antibióticos.

resultados e dIsCusãoUm ano após o programa de controle de vacinação contra a mastite, a prevalência de S. aureus diminuiu de 41% para 6%. A fazenda também se encontrava isenta de outros agentes infecciosos detectados inicialmente, como A. pyogenes, S. uberis e Prothoteca. Além disso, o agente patogénico ambiental S. dysgalactiae foi também eliminado do rebanho. No espaço de um ano (de Janeiro a Dezembro de 2010) a CCST diminuiu de 560 000 células/ml para 223 000 células/ml.

Figura 1. Evolução da CCST de Janeiro a Dezembro de 2010 (x1000 células/ml).

O número de animais sadios aumentou de 44% para 73% e o número de animais crônicos diminuiu de 32% para 10%. Também foi evidenciada a redução de 12% para 2% de casos de mastite clínica.

Figura 2. Percentagem de animais sadios de Janeiro a Dezembro de 2010.

Figura 3. Percentagem de vacas crônicas de Janeiro a Dezembro de 2010.

ConClusões1. O Programa de Qualidade do Leite, juntamente com a vacinação (TOPVAC®), demonstrou ser uma abordagem eficaz a uma fazenda leiteira com elevada prevalência de mastite causada por S. aureus. 2. Um ano após a implementação do Programa de Qualidade do Leite, a prevalência de S. aureus diminuiu drasticamente, bem como a de outros agentes patogénicos que causam mastite. 3. A percentagem de casos de mastite clínica diminuiu 10%.4. Ao mesmo tempo, a percentagem de animais crônicos diminuiu e a percentagem de animais sadios aumentou.5. Após o programa de controle e de vacinação contra a mastite, foi demonstrada uma diminuição significativa da CCST para menos de metade do valor inicial.

aGradeCIMentosGostaria de agradecer a Eduard Palma Pujades, meu professor e mentor, e a Lourdes Humà pelo seu apoio. Gostaria também de agradecer a Carles e a Lourdes, os proprietários da fazenda, e à HIPRA.

BIBlIoGraFIaMARCH, R., 2009. Efficacy evaluation of a new vaccine against bovine mastitis. Proc. 49th Annual Meeting NMC.NAVARRO, C., 2011. Caso clínico de mastitis bovina causado por S. aureus. Frisona Española Nº 182NOGUERA, M., 2011. Effcacy of a Staphylococcus aureus biofilm-embedded bacterin against coagulase-negative staphylococci intramammary infections in dairy cows. Proc. International Conference on Udder Health.

Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10

Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10

Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10

INCORPORAÇÃO DA VACINA TOPVAC® NUM PLANO DE CONTROLE DA MASTITE

de Torres, E.; Zorrilla, M.; Piaggio, J.Faculdade de Veterinária, Universidade da República Oriental, Uruguai

INTRODUÇÃOA produção de leite no Uruguai aumentou gradualmente ao longo dos últimos 25 anos, a uma média anual de 5%. Durante a década de 90, esta média subiu para 6%. O Uruguai é o principal produtor de leite per capita na América Latina, com uma produção de 412 litros. O Uruguai é também o principal consumidor, com 228 litros per capita. No início da década de 90, foi estabelecido um Sistema Nacional de Qualidade do Leite para implementar um processo de qualidade abrangente. A mastite provoca, anualmente, prejuízos de 26 milhões de dólares no Uruguai. S. aureus é o organismo que mais frequentemente causa esta doença. A maioria (66%) dos isolados positivos a S. aureus são positivos a Biofilme.

OBJETIVOEstudar o efeito da administração de uma vacina contra a mastite bovina (TOPVAC®) para a prevenção da mastite com uma alta concentração de um complexo antigénico associado ao Biofilme (SAAC: Slime Associated Antigenic Complex), como parte de um plano de controle da mastite numa fazenda de vacas leiteiras.

MATERIAL E MÉTODOSTrinta e oito vacas leiteiras da raça Holandesa e do cruzamento de raças Holandesa e Jersey foram incluídas em 2 grupos: vacinadas e não vacinadas; da mesma forma, foi também efetuada a sua correspondência em termos de momento do parto e número de lactações. O protocolo de vacinação consistiu em três injeções: a primeira no início da secagem, a segunda 30 dias antes da data prevista para o parto e a última 70 dias após o parto.Foram recolhidas amostras da contagem de células somáticas individual (CCSI) no momento da secagem e, a partir daí, mensalmente, desde o momento do parto até todos os animais atingirem os 90 dias pós-parto.Foram recolhidas amostras para isolamento bacteriano de animais que demonstravam sinais clínicos de mastite. Foi utilizado um modelo misto para a análise estatística da CCSI.

RESULTADOS84% das vacas e novilhas do grupo não vacinado e 100% do grupo vacinado estavam livres de infecção no final do estudo.No grupo não vacinado, 57% das vacas que estavam infectadas no momento da secagem estavam livres da doença no final do ensaio; por outro lado, 100% dos animais do grupo vacinado, que estavam infectados no início, estavam livres de infecção, segundo a avaliação da CCSI.Se considerarmos 100 000 células/ml como um limiar para defenir um animal sadio, no caso das novilhas, 29% dos animais do grupo não vacinado e 83% dos animais do grupo vacinado estavam sadios, no final do estudo.Não houve uma diferença significativa na incidência de mastite clínica entre os dois grupos. A percentagem de casos repetidos de mastite clínica após o tratamento foi de 80% no grupo não vacinado e de 28% no grupo vacinado.

CONCLUSÕESA utilização da vacina TOPVAC® contra a mastite bovina, incluída num plano de controle da mastite, foi eficaz:1. No aumento da percentagem de novilhas sadias,2. Na diminuição da infecção em vacas multíparas após o período de secagem e3. Na diminuição da percentagem de casos repetidos de mastite clínica.

Grupo não vacinado TOPVAC®

1 2 3 4 5 6 7

CCS

(x 1

.000

)

Tempo (meses)

Figura 1.Média da contagem de células somáticas por controle leiteiro.

200

150

50

0

ESTUDO DE CAMPO: CONTROLE DA INFECÇÃO INTRAMAMÁRIA E CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS UTILIZANDO A VACINA TOPVAC®

Ana Carvajal Urueña1, Pablo Flórez Magadán2

1Departamento de Saúde Animal, Universidade de León, Espanha 2AGROVET Laboratorie, León, Espanha

OBJETIVOO objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de TOPVAC® (HIPRA), uma vacina inativada da mastite bovina contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus.

INTRODUÇÃOA mastite pode ser descrita como uma infecção intramamária (IIM) que é responsável por uma diminuição na produção de leite e também está relacionada com significativas perdas econômicas devido ao aumento dos tratamentos com antibióticos, serviços veterinários e mão-de-obra adicional. Desta forma, o controle da mastite é extremamente importante para maximizar a produção e os lucros e evitar multas por contagens de células somáticas (CCS) elevadas ou os riscos de deteção de resíduos de antibióticos no tanque de leite.

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado numa fazenda leiteira com 3180 animais, dos quais 1130 eram vacas na lactação, situada na província de Valladolid, Espanha.Um total de 601 vacas na lactação e 200 novilhas foi atribuído aleatoriamente a quatro grupos experimentais (dois grupos de vacas multíparas, um que recebeu vacinação e tratamento com antibióticos e outro que recebeu apenas tratamento com antibióticos; e dois outros grupos de vacas primíparas, um que recebeu vacinação e outro que não recebeu qualquer terapêutica), como se segue:Um primeiro grupo de 321 vacas foi vacinado (TOPVAC®) e recebeu tratamento com antibióticos na secagem (cloxacilina e subnitrato de bismuto, 55-58 dias antes da data prevista para o parto). O grupo foi denominado grupo TOPVAC®+AB.Um grupo diferente de 281 vacas não vacinadas recebeu apenas tratamento com antibiótico na secagem, à semelhança do anterior, descrito acima. O grupo foi denominado CONTROLE+AB.Um terceiro grupo de 100 novilhas foi vacinado (TOPVAC®) e não recebeu qualquer tratamento com antibióticos.O grupo foi denominado grupo TOPVAC®.Finalmente, outro grupo de 100 novilhas não vacinadas foi denominado grupo de CONTROLE.A vacinação com TOPVAC® foi realizada em três injeções intramusculares (2 ml) nos dias 55-58 e 15 antes da data prevista para o parto e no dia 20 após o parto. As amostras de leite foram coletadas 45 dias após o parto em cada indivíduo, vacas e novilhas, bem como antes do período de secagem nas vacas lactantes. As contagens de células somáticas (CCS) foram determinadas utilizando um contador de células automático (Cellcounter CC) nos laboratórios de análises clínicas da Agrovet. As análises estatísticas foram efetuadas utilizando o programa EPIINFO para Windows®.

RESULTADOS E DISCUSSÃOO Quadro 1 apresenta os resultados da média, do desvio padrão (DP) e da máxima e mínima da CCS obtidos em cada grupo experimental. Embora as CCS tenham sido semelhantes em vacas de grupos experimentais (TOPVAC®+AB e CONTROLE+AB) antes da secagem no momento da vacinação, foram detectadas diferenças estatisticamente significativas entre as CCS obtidas nas amostras de leite colhidas 45 dias antes do parto (H=75,1, p<0,001).

Quadro 1. Resultados das contagens de células somáticas (x 1000 células/ml) antes da secagem e após o parto.

ANTES DA SECAGEM*Grupo Média DP Mín. - Máx.

aTOPVAC®+AB 418,3 778,9 5-7.234aCONTROLE+AB 362,6 624,4 6-5.343bTOPVAC® - - -bCONTROLE - - -

* p < 0,001 a vacas multíparas b vacas primíparas

APÓS O PARTO*Grupo Média DP Mín. - Máx.

aTOPVAC®+AB 156,1 378,6 8-5.110aCONTROLE+AB 842,8 1.493,1 10-8.108bTOPVAC® 96,1 63,8 11-132bCONTROLE 178,4 76,7 24-380

* p < 0,001 a vacas multíparas b vacas primíparas

Foi também observada uma redução significativa nas CCS em novilhas vacinadas (grupo TOPVAC®) em comparação com as não vacinadas (grupo CONTROLE) 45 dias após o parto (H=53,8, p<0,001). A proporção de novilhas com CCS superiores a 200 000/ml foi de 6% e 36%, respectivamente nas novilhas vacinadas e não vacinadas (Chi2=27,1, p<0,001).

CONCLUSÕES

1. TOPVAC® foi eficaz no CONTROLE de IIM em vacas primíparas 45 dias após o parto reduzindo a CCS.

2. A vacinação aumentou a percentagem de animais sadios (<200 000 células/ml) no primeiro parto.

3. TOPVAC® em combinação com terapia com antibióticos na secagem pode ter um efeito sinergético já que está relacionado com CCS inferiores.

REFERÊNCIAS

1. Deberdt et al., 2011. Udder Health and Communication Congress Proceedings, Utrech, Netherlands. Hogeveen & Lan Eds. Wageningen Academic Publishers: 353-358.

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E CLÍNICA DA VACINA TOPVAC® NUMA FAZENDA LEITEIRA INFECTADA POR STaPHYLOCOCCuS aurEuS

Pinho, L.1, Lameira, R.1, Salvado, T.2, Guix, R.2

1SVA- Serviços Veterinários Associados, Fradelos, Portugal 2HIPRA, Amer, Girona, Espanha

Figura 2. Incidência de casos de mastite por S. aureus durante o período de estudo e comparação com o período homólogo do ano anterior (número de casos).

Figura 3. CCS em tanque de leite durante o período de estudo e comparação com o período homólogo do ano anterior (x1000 células/ml).

Quadro 1. Comparação da prevalência de S. aureus, resultado médio do CMT em quartos infectados, média da CCS e dias de infecção das vacas infectadas antes da primeira vacinação e no final do período de estudo.

Valor P Inicial Final

Prevalência 56.4 43 NS

Resultado médio do CMT(quartos infectados)

2.3 1.4 <0.05

Média da CCS(vacas infectadas)

222 830 78 690 <0.05

Média de dias de infecção 115 117 NS

NS - Não significativo

CONCLUSÕES1. Os resultados obtidos demonstraram que a utilização de TOPVAC® reduziu a prevalência de S. aureus e a taxa de novas infecções no rebanho de vacas leiteiras com altos níveis de infecção. 2. A vacinação produziu contagens de células somáticas inferiores em tanque de leite e em vacas individuais durante o período analisado.3. A utilização da vacina TOPVAC® em fazendas leiteiras infectadas por S. aureus é útil no controle da mastite.

OBJETIVOA eficácia clínica da vacina contra a mastite TOPVAC® foi avaliada numa fazenda leiteira comercial com uma elevada prevalência de Staphylococcus aureus.

CONTEXTOA mastite é a mais frequente e dispendiosa doença nas fazendas leiteiras e está associada a custos diretos (por ex., tratamentos veterinários, aumento da mão-de-obra, perda de produção) e custos indiretos (por ex., descarte prematuro, redução do preço do leite devido ao aumento da contagem de células somáticas (CCS) no tanque de leite).O S. aureus é um importante agente contagioso da mastite que causa, frequentemente, infecções crônicas. O úbere é o principal reservatório deste agente e a disseminação entre vacas ou quartos ocorre principalmente durante a ordenha. O controle da mastite por S. aureus baseia-se em medidas preventivas para reduzir o risco de infecção entre vacas. A vacinação contra este agente está agora disponível como ferramenta adicional nos programas de controle da mastite.

MATERIAL E MÉTODOSUm rebanho de 46 vacas da raça Holandesa na lactação e secas e 4 novilhas prenhas, de uma fazenda leiteira portuguesa, foi vacinada com a vacina comercial TOPVAC® em intervalos de três meses, de março a outubro de 2011. A prevalência inicial de S. aureus foi determinada através da análise individual do leite de todas as vacas na lactação, seguida de verificações frequentes de todo o rebanho e análises de novos casos de mastite e de vacas e novilhas que acabaram de parir. Foram registados os resultados do CMT (California Mastitis Test) de todas as vacas nas verificações periódicas do rebanho e foram coletadas amostras de leite de quartos com resultados positivos no teste. Foram realizadas comparações de CCS dos dados do período de estudo com a vacina de incidência da infecção por S. aureus em relação ao período do ano anterior sem vacina. Não foram implementadas quaisquer outras medidas na rotina da ordenha ou no manejo do rebanho durante o período analisado.

RESULTADOS Figura 1. Distribuição anual do estado infeccioso do rebanho calculado a partir da comparação dos resultados da CCS em meses consecutivos durante o período de estudo com a vacina (número de vacas).

40

35

30

25

20

15

10

5

0

Sadias Crônicas Novas infecções

2010 2011 TOPVAC®

300

250

200

150

100

50

0

9

8

7

6

5

4

3

2

1

0

2010 2011 TOPVAC®

Fev. 11 Mar. 11 Abr. 11 Maio 11 Jun. 11 Jul. 11

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set.

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

PERÍODO DE VACINAÇÃO

VACINAÇÃO CONTRA A MASTITE COMO FERRAMENTA PARA MELHORAR A QUALIDADE DO LEITE: ESTUDO DE CAMPO NUMA FAZENDA LEITEIRA PORTUGUESA

Luís Miguel Jiménez1, Raquel Timón1, Elena Aparicio1, Antonio Roger2, Nuria Roger1

1Servet Talavera SL, Talavera de La Reina, Toledo, Espanha 2Infoastur, Madrid, EspanhaSERVET-TALAVERA SL

INTRODUÇÃOA mastite é uma doença dispendiosa para as fazendas leiteiras. Muitos artigos científicos publicados em todo o mundo calculam que as perdas econômicas devidas a casos de mastite clínica e subclínica são de cerca de R$ 220 por vaca, em média. Os veterinários ou consultores têm de ter conhecimentos aprofundados sobre a mastite em termos de doença, etiologia, prevalência da infecção, incidência de novas infecções, incidência de casos de mastite clínica, etc. e também sobre os aspectos econômicos envolvidos. Estão disponíveis muitas ferramentas diferentes de prevenção para melhorar a qualidade do leite e controlar os diversos fatores que causam a mastite. A implementação de novas medidas preventivas requer mão-de-obra adicional e a decisão de efetuar um grande investimento. A vacinação contra a mastite pode ser uma medida preventiva eficaz incluída num programa de qualidade do leite. A vacinação com TOPVAC® pode ter influência na situação econômica de uma fazenda leiteira já que foi demonstrado anteriormente que é eficaz na redução dos casos de mastite clínica e subclínica.

OBJETIVOO principal objetivo foi utilizar a vacina TOPVAC® para determinar o seu impacto na epidemiologia da mastite.

MATERIAL E MÉTODOSO estudo foi efetuado numa fazenda em Portugal, com um total de 1050 vacas na lactação, freestall, com colchões e camas de serradura, arrumação dos cubículos duas vezes por dia, limpeza dos corredores com jatos, duas salas de ordenha com 24 pontos cada uma e três ordenhas por dia. 371 vacas foram incluídas neste estudo e divididas em dois grupos: 186 vacas foram agrupadas no Grupo Vacinado (GV) e 185 foram agrupadas no Grupo de Controle (GC). O GV foi vacinado com TOPVAC®. A primeira dose de TOPVAC® foi administrada em maio de 2011, a segunda dose três semanas mais tarde e a terceira dose três meses após a primeira dose. Foram coletadas amostras de todas as vacas duas vezes: a primeira no início do ensaio e a segunda quando receberam a última dose, de forma a permitir conhecer a etiologia das infecções. Foram registados os índices chave de desempenho sobre a mastite, tal como a prevalência da infecção, taxa de novas infecções e taxa mensal de mastite clínica. Foram coletadas amostras de todos os casos de mastite clínica (MC) para determinar a etiologia de cada MC.

RESULTADOS No início do estudo, as vacas do GV e do GC registaram níveis de contagem de células somáticas (CCS) de 96 000 e 80 000 células/ml, respectivamente. A média da CCS durante os quatro meses seguintes foi de 111 000 no GV e 133 000 células/ml no GC, o que representa um aumento de 14 e 40%, respectivamente (Fig. 1). A prevalência (P) da infecção no início em ambos os grupos foi de 8,3% e a P média durante os três meses seguintes foi de 12,4% no GV e de 16% no GC. Isto representa um aumento de 33 e 49% respectivamente (Fig. 2). A taxa de novas infecções (NI) no início foi de 5,1% em ambos os grupos e a NI média durante os três meses seguintes foi de 8,8% no GV e 11,8% no GC. Isto representa um aumento de 42 e 57% respectivamente (Fig. 3). Os isolados com crescimento no início no GV foram 30% (10% Corynebacterium spp., 18% E. coli, 12% Enterococcus, 47% estafilococos coagulase-negativos (SCN) e 13% outros microrganismos). No GC, os isolados positivos foram 39% (21% Corynebacterium spp., 5% E. coli, 15% Enterococcus, 47% SCN e 12% outros microrganismos). Três meses depois, os isolados positivos no GV foram 65% (15% E. coli, 28% Enterococcus, 49% SCN e 8% outros). No GC os isolados positivos foram 65% (23% E. coli, 25% Enterococcus, 48% SCN, 3% Staphylococcus aureus e 1% outros). Ocorreu uma redução de 17% de isolados de E. coli nos animais vacinados e um aumento de 79% de isolados de E. coli nos animais não vacinados. No GV, 59 vacas tiveram MC em 4 meses (31,8%); os resultados dos isolados foram 18% E. coli, 4% SCN, 22% outros microrganismos e 56% não tiveram crescimento. No GC, 90 vacas tiveram MC em 4 meses (48,6%); os resultados dos isolados foram 18% E. coli, 14,4% SCN, 5,5% Staphylococcus aureus, 6,6% outros microrganismos e 55,8% não tiveram crescimento. Isto representa uma redução de 65% dos casos de MC nos animais vacinados (Fig. 4).

Figura 1. Evolução da CCS (células/ml).

Figura 2. Prevalência de diferentes agentes patogénicos que causam mastite (%).

Figura 3. Taxa de novas infecções (%).

Figura 4. Casos de mastite clínica (%).

CONCLUSÕESA CCS, a Prevalência e a Taxa de novas infecções foram menores no Grupo vacinado (GV) do que no Grupo de controle (GC). Menos vacas permaneceram infectadas por E. coli no GV do que no GC. Esta diminuição representa uma redução de 17% no GV e um aumento de 79% no GC. No GV nenhum isolado foi positivo a Staphylococcus aureus. Ocorreram menos casos de MC nos animais vacinados do que nos animais não vacinados (redução de 65%). Não foram observados casos de MC por Staphylococcus aureus no GV e menos casos de mastite clínica (MC) causados por E. coli e SCN no GV do que no GC. TOPVAC® é uma excelente ferramenta para reduzir a infecção intramamária e melhorar a qualidade do leite, e deve ser incluída como medida preventiva nos programas de qualidade do leite em fazendas de vacas leiteiras.

REFERÊNCIAS1. Hogeveen, H., K. Huijps, and T. J. G. M. Lam. 2011. Economic aspects of mastitis: New

developments. N. Z. Vet. J. 59(1):16-23.

No início 4 meses depois

140.000120.000100.000

80.00060.00040.00020.000

0

Grupo vacinadoGrupo de controle

No início 3 meses depois

1816141210

86420

Grupo vacinadoGrupo de controle

No início 3 meses depois

141210

86420

Grupo vacinadoGrupo de controle

Sem E. coli SCN S. aureus Outros

60

50

40

30

20

10

0

Grupo vacinadoGrupo de controle

crescimento

RESULTADOS DO PROTOCOLO COM A VACINA DE MASTITE TOPVAC® APÓS UM ANO: ESTUDO DE CAMPO

Sousa, J.1, Madeira, H.1, Pereira, A.1, Niza-Ribeiro, J.1, Salvado, T.2, Guix, R.2

1Segalab S.A., Leça do Balio, Portugal 2HIPRA, Amer, Girona, Espanha

OBJETIVOO objetivo deste estudo foi avaliar o significado das mudanças que ocorreram numa fazenda leiteira portuguesa após um estudo de campo com a vacina de mastite TOPVAC® (HIPRA) quanto aos seguintes parâmetros:

1) Incidência de mastite clínica; 2) Prevalência dos principais agentes patogénicos que causam mastite;3) Atingir os padrões de contagem de células somáticas no tanque de leite (CCST) exigidos aos produtores de leite.

MATERIAL E MÉTODOSO estudo foi efetuado numa fazenda leiteira com 76 vacas na lactação alojadas em freestall e uma produção média de leite de 31 L/dia/vaca na altura em que o programa de vacinação foi iniciado. Os dados registados baseiam-se no Programa de Avaliação da Qualidade do Leite da Segalab S. A.Uma vez por ano, técnicos com formação coletam amostras compostas de leite de todas as vacas e são efetuadas culturas microbiológicas de acordo com as normas do National Mastitis Council (NMC, 1999). Para calcular a taxa de incidência foram utilizados os registros de mastites clínicas, com base em sinais clínicos identificados pelo produtor da fazenda. Foram calculados os dias que as vacas estiveram em risco como o número total de dias em que a vaca esteve presente no rebanho menos os dias em tratamento até à cura clínica. Os vários casos clínicos que ocorreram no espaço de 8 dias foram considerados como sendo o mesmo. Os resultados da CCST foram comparados utilizando o teste “t” de Student e utilizados para calcular o Índice de capacidade do processo (Cpk) (Niza-Ribeiro et al, 2004). O Cpk avalia o comportamento global da saúde do úbere do rebanho e combina, no seu cálculo, não apenas a média anual da CCST, mas também os valores da variação anual da CCST.Todas as vacas adultas, bem como as novilhas com prenhez confirmada, receberam uma primeira e uma segunda vacinação com um intervalo de 3 semanas e, depois, foram novamente vacinadas em intervalos de 3 meses. O período de vacinação teve início em maio de 2011, coincidente com a visita do Programa de Avaliação da Qualidade do Leite e, durante um ano, foi realizado o acompanhamento.

RESULTADOS E DISCUSSÃOA taxa de incidência de mastite clínica é um bom indicador da evolução da mastite por E. coli (Radostitis, et al 1994). Os casos clínicos diminuíram de 92 para 77 casos de mastite/100 vacas/ano. Vários estudos comunicaram que a vacinação contra a mastite por E. coli resultou em mastites com sinais clínicos muito menos graves (Hogan et al, 1992; Hogan et al, 1995). Durante o ano que antecedeu a vacinação, o número de tratamentos com antibióticos sistémicos foi de 24 (42,9%) e no ano da vacinação foi de 10 (18,5%): RR = 2,3 (1,2-4,4).A diminuição da CCST durante o período da vacinação foi estatisticamente significativa (P<0,01). Os resultados da CCST como indicador da saúde do úbere são frequentemente negligenciados, pois podem ser influenciados pela eliminação do leite. Um valor do Cpk >1 significa que a fazenda leiteira cumpre o limite das normas de qualidade do leite de 400 000 células/ml. Nos dois anos consecutivos anteriores à vacinação, os valores do Cpk foram de 1,00 e 1,14, respetivamente. Um ano após o período da vacinação, o valor do Cpk foi de 1,51, como consequência do melhor estado de saúde do úbere.

Figura 1. Evolução da CCST (x 1000 células/ml) durante o período anterior à vacinação e um ano após a vacinação (P<0,01).

O número de animais infectados por Staphylococcus aureus (S. aureus) apresentou uma diminuição significativa um ano após o início do período de vacinação (P<0,05). A redução da prevalência de amostras positivas a S. aureus teve um RR de 5,8 (1,3-24,9). Isto pode ser derivado do abate dos animais ou de um aumento da cura microbiológica e de uma diminuição da taxa de novas infecções. Desde 2011, de doze animais infectados por S. aureus, um mantinha-se infectado em 2012, um foi abatido, outro encontrava-se no período de secagem e 9 estão aparentemente curados. No ano da vacinação, foi detectado um novo animal infectado por S. aureus. Como o padrão de excreções periódicas por infecções por S. aureus reduz a sensibilidade dos resultados microbiológicos, são necessários resultados de culturas consecutivas para confirmar com precisão o estado da infeção por S. aureus (Sears et al, 1990), especialmente ao trabalhar com amostras compostas. Para este estudo não foram realizadas amostras duplicadas; são necessários testes adicionais para confirmar o estado microbiológico. A prevalência de outras infecções presentes, tais como por Staphylococcus spp., pareceu não ser influenciada de nenhum modo pela vacinação. Os dados de prevalência de infecções ambientais foram, maioritariamente inconclusivos. No entanto, a proporção de amostras negativas sofreu um aumento significativo (P<0,05).

Figura 2. Prevalência dos agentes patogénicos que causam mastite durante o período anterior à vacinação e um ano após a vacinação.

CONCLUSÕESOs resultados mostram que a introdução da vacina TOPVAC® melhorou a CCST e a taxa de incidência da mastite clínica, incluindo a causada por coliformes. O programa de imunização, juntamente com as medidas preventivas, permitiu a diminuição significativa da prevalência de S. aureus, com uma dimensão de 5,8 para 1. A vacinação contra a mastite pode ser uma ferramenta valiosa nos rebanhos de vacas leiteiras com problemas de mastite por coliformes e S. aureus.

REFERÊNCIASHogan, J. S., Weiss, W. P., Smith, K. L., Todhunter, D. A. & Schoenberger, P. S. 1992 Efficacy of an Escherichia coli J5 Mastitis Vaccine in an Experimental Challange Trial. Journal of Dairy Science 75:415-422.Hogan, J. S., Weiss, W. P., Smith, K. L., Todhunter, D. A. & Schoenberger, P. S. 1995 Effects of an Escherichia coli J5 Vaccine on Mild Clinical Coliform Mastitis. Journal of Dairy Science 78:285-290.National Mastitis Council. 1999. Laboratory handbook on bovine mastitis. Revised Ed. National Mastitis Council, Inc. 2820 Walton Commons West. Madison. Wisconsin. Niza-Ribeiro, J., Noordhuizen J. P. T. M. & Menezes, J. C. 2004. Capability Index – A Statistical Process Control Tool to Aid in Udder Health Control in Dairy Herds. Journal of Dairy Science 87:2459-2467.Radostitis, O. M., Leslie, K. E. & Fetrow, J. 1994. Herd health – Food animal production medicine. 2ª Ed., W. B. Saunders Company. Cap. 9. 229-273Sears, P. M., Smith, B. S., English, P. B. & Herer, P. S., Gonzalez, R. N. 1990. Shedding Pattern of Staphylococcus aureus from Bovine Intramammary Infections. Journal of Dairy Science 73:2785-2789.

Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar.

2010-2011

350

300

250

200

150

100

2011-2012 TOPVAC®

S. aureus Coliformes Staphylococcus spp. Streptococcus spp. Sem crescimento

2011 2012 3%

14%0%

0%

20%

7%

70%

3%19%

64%

IMPACTO ECONÔMICO DA UTILIZAÇÃO DE TOPVAC® NUMA FAZENDA LEITEIRA PORTUGUESA

Roque, E.Consulpec, Alameda Padre Álvaro Proença, nº2 - 5ºA, 1500-475 Lisboa, Portugal

INTRODUÇÃOA mastite clínica (MC) é um dos maiores problemas nos rebanhos de vacas leiteiras. Segundo Blowey, 1995, a mastite tem um impacto econômico para os produtores com custos indiretos (leite eliminado, tratamentos e serviços de veterinários) e com custos diretos (perdas de produção, penalizações por contagem de células somáticas (CCS) elevada, mão-de-obra adicional, substituições e mortes de animais). Consequentemente, têm de ser desenvolvidas novas estratégias para melhorar a relação custo/benefício para os produtores. Estão disponíveis várias ferramentas no mercado que ajudam a aumentar a imunidade dos animais. Neste estudo, o principal objetivo foi avaliar o impacto econômico da utilização de uma vacina comercial inativada contra a mastite bovina (TOPVAC®), disponível desde 2009, indicada contra Staphylococcus aureus, estafilococos coagulase-negativos e coliformes.

OBJETIVOO objetivo deste ensaio foi determinar a eficácia clínica de uma vacina comercial contra a mastite bovina (TOPVAC®) e a sua eficácia custo-benefício, numa fazenda leiteira com problemas de MC.

MATERIAL E MÉTODOSUm total de 200 vacas leiteiras foi vacinado numa fazenda portuguesa. Todos os animais na lactação foram vacinados, tal como todos os restantes animais que deveriam parir nos três meses seguintes, incluindo novilhas. Foi realizado um acompanhamento de três meses, entre junho e agosto de 2011. Foram registados dados mensais sobre o efeito da vacinação. Segundo os registos disponíveis no rebanho de vacas leiteiras, foi efetuada uma comparação com o ano anterior (2010) relativamente aos seguintes parâmetros: CCS em tanque de leite, número de quartos infectados, número de animais infectados e morte devido a casos graves de MC. Durante o período do estudo, o manejo do rebanho manteve-se igual, não tendo sido introduzidas quaisquer novas medidas, tais como substituição de animais.

RESULTADOS Foi observada uma melhoria em relação a CCS em tanque de leite, número de quartos infectados, número de animais infectados e morte devido a MC grave. Durante o mesmo período em 2010, foi registado um evento de morte de um animal devido a MC grave; em 2011, não foi registado nenhum caso. Para calcular o impacto econômico, foi tomado como referência um estudo realizado em Portugal, por Aires, 2010, no qual o custo estimado de casos de mastite/vaca/ano era de R$ 650. Durante o período em avaliação, em 2011, houve menos de 14 casos de MC em comparação com o mesmo período no ano anterior, o que se traduz num ganho de R$ 9.100 no rebanho de vacas leiteiras.

Figura 1. Avaliação da CCS em tanque de leite após um acompanhamento da vacinação com TOPVAC® de três meses em 2011 em comparação com o mesmo período no ano anterior (x 1000 células/ml).

Figura 2. Números de quartos infectados após um acompanhamento da vacinação com TOPVAC® de três meses em 2011 em comparação com o mesmo período no ano anterior.

Figura 3. Número de animais infectados após um acompanhamento da vacinação com TOPVAC® de três meses em 2011 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Figura 4. Lucro líquido após um acompanhamento da vacinação com TOPVAC® de três meses em 2011 em comparação com o mesmo período no ano anterior (R$).

CONCLUSÃOOs resultados obtidos demonstraram que a utilização de TOPVAC® reduziu o número de casos de MC no rebanho de vacas leiteiras. A vacinação conduziu a uma menor CCS em tanque de leite durante o período da análise. A fazenda tornou-se por isso mais rentável após o início do uso da vacina para o controle da mastite.

REFERÊNCIAS1. Aires, Túlia (2010); Mastites em Bovinos: caracterização etiológica, padrões de sensibilidade

e implementação de programas de qualidade do leite em fazendas do Entre-Douro e Minho2. Blowey, Roger; Edmondson, Peter (1995); Mastitis Control in Dairy Herds

Junho Julho Agosto

200

150

100

50

02010 2011 TOPVAC®

Junho Julho Agosto

30

25

20

15

10

5

0

Junho Julho Agosto

16

14

12

10

8

6

4

2

0

Junho Julho Agosto

3.900

2.600

1.300

0

2010 2011 TOPVAC® 2010 2011 TOPVAC®

2010 2011 TOPVAC®2010 2011 TOPVAC®2010 2011 TOPVAC®

2010 2011 TOPVAC®2010 2011 TOPVAC®2010 2011 TOPVAC®

2010 2011 TOPVAC® 2010 2011 TOPVAC® 2010 2011 TOPVAC®

CONTROLE DE STaPHYLOCOCCuS aurEuS E IMPACTO NA CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS NUM REBANHO DE VACAS LEITEIRAS NA ITÁLIA

Geninatti G.1; Tedeschi G.P.2; Moroni P.3, 4; Scaccabarozzi L.3; Rota N.3; Bronzo V.3

1Veterinário especialista em bovinos, Torino, Itália 2Veterinário especialista em bovinos, Reggio Emilia, Itália 3Università degli Studi di Milano, Itália 4Quality Milk Production Services, Universidade de Cornell, Ithaca (NY) EUA

INTRODUÇÃOA mastite é a principal causa de perda econômica na produção de leite [2] e o Staph. aureus é responsável por uma grande parte das infecções intramamárias (IIM) em bovinos em todo o mundo [1]. As atuais medidas de controle nem sempre são eficientes e conduzem frequentemente a infecções crônicas e a episódios clínicos recorrentes com um reservatório bacteriano persistente no seio do rebanho. Uma boa gestão da saúde do rebanho, em combinação com a vacinação contra IIM causadas por Staph. aureus, poderá ser uma forma racional de controle de IIM [3; 4].Neste estudo são comunicados dados da contagem de células somáticas do leite do tanque (CCST) e da análise bacteriológica do leite. Estes dados referem-se a um período de 18 meses numa fazenda leiteira italiana, onde se vinha a observar um aumento constante da CCST nos primeiros seis meses de 2010.

MATERIAL E MÉTODOSEsta fazenda situa-se no Norte de Itália e dispõe de cerca de 140-160 vacas na lactação, alojadas segundo um sistema de freestall com cubículos e camas de palha (Imagem 1). O rastreio de amostras de leite individuais, realizado durante os anos anteriores, nunca demonstrou a presença de IIM por Staph. aureus. Nos primeiros seis meses de 2010 foi registado um aumento constante da CCST, atingindo 650 000 células/ml no programa de controle leiteiro de Julho, após a compra de algumas novilhas. Após este problema, em Julho de 2010, foram coletadas amostras de leite dos quartos em separado de 24 vacas com elevada contagem de células somáticas (CCS). Todas apresentaram resultados positivos a IIM por Staph. aureus. Após estes resultados bacteriológicos, foi realizada uma revisão geral do rebanho e da rotina de ordenha. Durante o período monitorado, foram separadas do resto do rebanho 36 vacas em Julho de 2010 (18 das quais eram positivas a Staph. aureus) e outras 6 em Fevereiro de 2011 (todas eram positivas a Staph. aureus). Além disso, a partir do fim de Julho de 2010, foi aplicada vacinação em massa a todo o rebanho com TOPVAC® de 3 em 3 meses.

Imagem 1. Vista dos cubículos.

RESULTADOS

A CCST apresentou uma redução constante após as intervenções no manejo da fazenda e início da vacinação e atingiu valores estáveis abaixo de 250 000 células/ml (Fig. 1). 92 amostras de leite de quartos individuais de 23 vacas com CCS elevada, em Dezembro de 2010, apresentaram 26 (28,3%) amostras positivas a Staph. aureus. As amostras de leite compostas recolhidas em Setembro de 2011 num grupo aleatório de 20% dos animais não apresentaram qualquer IIM por Staph. aureus.

Figura 1. Evolução da tendência da CCST ao longo de 18 meses (x 1000 células/ml).

CONCLUSÕESSão conhecidas várias estratégias para controlar as IIM por Staph. aureus em fazendas leiteiras. Consistem maioritariamente em medidas de manejo geral e na tomada de decisões específicas em relação a animais de maneira individual. Os resultados deste estudo demonstraram que uma boa gestão da saúde do rebanho, em combinação com a vacinação contra IIM causadas por Staph. aureus (TOPVAC®), poderá ser uma forma racional de controle de IIM.

REFERÊNCIAS[1] Barkema H.W., Schukken Y.H., Zadoks R.N. (2006) Invited Review: The role of cow, pathogen, and treatment regimen in the therapeutic success of bovine Staphylococcus aureus mastitis. J. Dairy Sci., 89: 1877-1895.[2] Hogeveen H., Huijps K., Lam T.J. (2011) Economic aspects of mastitis: new developments. N.Z. Vet. J., 59: 16-23.[3] Pereira U.P., Oliveira D.G., Mesquita L.R., Costa G.M., Pereira L.J. (2011) Efficacy of Staphylococcus aureus vaccines for bovine mastitis: a systematic review. Vet Microbiol., 148: 117-124.[4] Prenafeta A., March R., Foix A., Casals I., Costa L. (2010) Study of the humoral immunological response after vaccination with a Staphylococcus aureus biofilm-embedded bacterin in dairy cows: possible role of the exopolysaccharide specific antibody production in the protection from Staphylococcus aureus induced mastitis. Vet. Immunol. Immunopathol., 134: 208-217.

700

600

500

400

300

200

100

0Jan. 10 Fev. 10 Mar. 10 Abr. 10 Maio 10 Jun. 10 Jul. 10 Set. 10 Out. 10 Nov. 10 Dez. 10 Jan. 11 Fev. 11 Mar. 11 Abr. 11 Maio 11Jun. 11

CCST

RESPOSTA IMUNOLÓGICA A UMA INOCULAÇÃO INTRAMAMÁRIA COM UMA CEPA INATIVADA DE STaPHYLOCOCCuS aurEuS

S. Piepers, K. Deberdt, A. De Visscher, J. Verbeke, S. De VliegherUnidade de Investigação da Mastite e da Qualidade do Leite, Departamento de Reprodução, Obstetrícia e Saúde Animal

Universidade de Ghent, Bélgica

INTRODUÇÃOA nível mundial, a mastite representa a maior proporção da utilização de antibióticos no setor leiteiro1. A melhoria da resposta imunológica das vacas à infeção intramamária (IIM) através da vacinação pode ser uma abordagem atraente para o controle da mastite. Os leucócitos neutrofílicos polimorfonucleares (PMNL) desempenham um papel significativo na primeira linha de defesa imunitária do úbere contra as bactérias2. Sabe-se pouco sobre o efeito da vacinação na concentração e viabilidade dos PMNL.

OBJETIVOSDeterminar o efeito da inoculação com S. aureus inativado em vacas vacinadas e não vacinadas: parâmetros clínicos (temperatura corporal, frequência cardíaca, frequência respiratória, apetite e motilidade do rúmen), rendimento de leite (RL) diário, resposta imunitária, contagem de células somáticas no leite de cada quarto em separado (qCCS) e concentração e viabilidade da concentração de neutrófilos.

MATERIAL E MÉTODOSQuatro animais vacinados com TOPVAC® e quatro animais não vacinados. Inoculação intramamária em quartos contralaterais: quartos de controle (solução salina com tampão fosfato) e quartos de teste (estirpe C195 de S. aureus morta com formaldeído). Cultura bacteriológica: de acordo com os procedimentos NMC e em duplicado ao nível dos quartos. Contagem de células somáticas: com Direct Cell Counter (DeLaval®) e ao nível dos quartos. Identificação de PMNL: determinados por citometria de fluxo e ao nível dos quartos (concentração e % de viabilidade). Análise estatística: diferentes modelos de regressão linear mistos (PROC MIXED, SAS 9.3). Ver desenho do estudo, Fig. 1.

Figura 1. Síntese do desenho do estudo. PARTO

Dias antes do parto

Dias em leite

45 d 10 d 2-6 d10

-14 d15 d-2 h

15 d15 d+4 h

15 d+12 h

16 d 17 d

Inoc

ulaç

ão -

->

RESULTADOS

Resposta sistémica- Todos os animais se mantiveram clinicamente sadios durante o período do estudo. - No grupo não vacinado, o RL diário médio diminuiu de 32,3 litros/dia a 15 DEL para 27,3 litros/dia a 16 DEL (P < 0,05). - No grupo vacinado, não foram observadas diferenças significativas ao longo do tempo na média de RL diário. Contagem de células somáticas- A qCCS do leite das vacas não vacinadas oscilou de 26 000 células/ml a 15 DEL para 349 000 células/ml a 16 DEL e novamente para 294 000 células/ml a 17 DEL. - Os animais vacinados tiveram, em média, uma qCCS do leite de 31 000 células/ml a 15 DEL, aumentando nos dois dias seguintes (111 000 células/ml e 176 000 células/ml). - A diferença na qCCS do leite entre os quartos de controle e os inoculados foi substancialmente mais elevada nos animais não vacinados em comparação com os animais vacinados a partir das 12h após a inoculação (P < 0,05). Concentração e viabilidade dos neutrófilos- A concentração de PMNL no leite foi mais elevada nos quartos inoculados (P < 0,001) do que nos quartos de controle (Fig. 3).- No grupo não vacinado, foi observada uma diferença distinta entre os quartos inoculados e os de controle a partir das 12h após a inoculação (P < 0,001) (Fig. 3). - A viabilidade dos PMNL no leite foi mais elevada nos quartos inoculados em comparação com os quartos de controle (P < 0,001). - A diferença entre os quartos inoculados e os de controle não dependeu do estado de vacinação do animal (P = 0,61) (Fig. 3).

Figura 2. Rendimento de leite diário médio dos animais vacinados e não vacinados antes, durante e após o período do estudo.

Figura 3. Concentração de PMNL no leite transformada por log10 dos animais vacinados e não vacinados durante o período do estudo.

Figura 4. Proporção de PMNL no leite viável dos animais vacinados e não vacinados durante o período do estudo.

DISCUSSÃO1. Os animais vacinados parecem ter uma resposta inflamatória menos grave do que os animais de controle. 2. Isto poderá explicar o motivo de não ter sido observada qualquer alteração no RL diário nos animais vacinados, enquanto que os animais não vacinados sofreram uma queda substancial no rendimento de leite após a inoculação. 3. Ainda assim, as diferenças na resposta inflamatória não podem ser explicadas por diferenças na viabilidade dos PMNL no leite. É necessária investigação adicional para desvendar o mecanismo subjacente às diferenças observadas na resposta imunitária e a relevância na saúde do úbere das vacas.

REFERÊNCIAS1 e 2 podem ser obtidos junto do primeiro autor.

15 d

45

40

35

30

25

20

15

10

5

016 d 17 d 18 19 20 21 22 23 24 25

Ao nível da vaca, P < 0,05

Inoculação

Não vacinados Vacinados

Dias em leite

kg/dia

15 d - 2 h

5

4,5

3,5

3

2,5

2

1,5

1

0,5

0Ao nível dos quartos, P < 0,05

Inoculação

15 d + 4 h 15 d + 12 h 16 d 17 d

PNN log10 PBS não vacinados PBS vacinadosS. aureus não vacinados S. aureus vacinados

15 d - 2 h

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Ao nível dos quartos, P < 0,05

Inoculação

15 d + 4 h 15 d + 12 h 16 d 17 d

% PBS não vacinados PBS vacinadosS. aureus não vacinados S. aureus vacinados

UTILIZAÇÃO DA VACINA TOPVAC® NUMA FAZENDA LEITEIRA NO NORTE DA ALEMANHA: ESTUDO DE CAMPO

M. Tischer1, G. Stampa2, G. Gründer2

1 Vet-Consult, Berlin, Allemagne 2, Clinique vétérinaire, Brokstedt, Allemagne

INTRODUÇÃOTOPVAC® é uma vacina inativada contra a mastite bovina causada por Staphylococcus aureus, Escherichia coli, coliformes e estafilococos coagulase-negativos (SCN). Na Alemanha, a vacina só está disponível no mercado desde 2010 e já demonstrou ser útil na redução da incidência da mastite subclínica e da incidência e gravidade dos sinais clínicos de mastite clínica causada pelos agentes acima referidos em rebanhos de vacas leiteiras com problemas recorrentes de mastite no período pós-parto. O objetivo deste estudo de campo foi determinar se os efeitos positivos desta vacina podem ser reproduzidos em condições práticas no Norte da Alemanha.

MATERIAL E MÉTODOSPara a vacinação, foi selecionado um rebanho com 450 vacas da raça Holandesa com um rendimento de leite anual por vaca de 9500 kg. No período anterior à vacinação, entre fevereiro de 2009 e agosto de 2010, a contagem de células somáticas média individual (CCSI) oscilou entre 318 000 e 518 000 células por mililitro de leite. Os resultados das análises bacteriológicas das amostras de leite dos últimos anos demonstravam que a fazenda tinha problemas contínuos com SCN, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Streptococcus uberis (Figura 1).

Strep. uberis e S. aureus diagnosticados no rebanho e em cultura em agar de sangue.

O programa de vacinação com TOPVAC® teve início no dia 21/07/2010 com um intervalo de 3 semanas entre a primeira (n=440) e a segunda injeção (n=455) e, a partir daí, 3 reforços em intervalos de 3 meses.

RESULTADOS Foram avaliados os resultados do primeiro ano do programa de vacinação (setembro de 2010 a agosto de 2011). Após a primeira e a segunda injeção, a incidência de mastite clínica diminuiu, nesta fazenda, de uma média de 6,3% para 4,3% (Figura 2).

A incidência de mastite clínica diminuiu, nesta fazenda, em média, 2%.

Além disso, a CCSI diminuiu 113 000 células, de uma média de 382 000 para 269 000 células por mililitro de leite no ano da vacinação (Figura 3). A taxa de cura durante o período de secagem (CCS > 100 000 células/ml antes da secagem e < 100 000 células/ml após o parto) manteve-se idêntico durante o ano da vacinação, com um valor médio de 60%. A taxa de novas infecções durante o período de secagem (CCS < 100 000 células/ml antes da secagem e >100 000 células/ml após o parto) diminuiu durante o período de tempo avaliado. No ano da vacinação, a taxa de novas infecções diminuiu nas novilhas uma média de 8% e nas vacas uma média de 13% (Figura 4).

) 37%

18%

4% 4%

10%

27%

S. aureus

SCN

Sem crescimento

E. coli

Strep. uberis

Outros ag. patogénicos menores

Figura 1. Resultados da cultura bacteriológica de 100 amostras de leite de quartos individuais coletadas antes do início do programa de vacinação.

Figura 2. A taxa de mastite clínica (%) diminuiu durante o ano da vacinação.

Figura 3. A CCSI diminuiu durante o ano da vacinação (x 1000 células/ml).

Figura 4. A taxa de novas infecções (%) pós-parto diminuiu antes e após a vacinação

CONCLUSÃOFoi comprovado que a vacina TOPVAC® tem êxito em condições práticas relativamente à redução da incidência da mastite clínica, à CCSI e à taxa de novas infecções.

Período antes e depois da vacinação

Ano da vacinação

02/10 06/10 09/10 11/10 01/11 03/11 05/11 08/11

600

500

400

300

200

100

002/10 04/10 06/10 08/10 10/10 12/10 02/11 04/11 06/11 08/11

Período antes e depois da vacinação

Ano da vacinação

504540353025201510050

02/10 04/10 06/10 08/10 10/10 12/10 02/11 04/11 06/11 08/11

Vacas com novas infecções Novilhas com novas infecções

Ano da vacinação

Novas infecções pós-parto

TOPCHECK®: UMA NOVA FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO POR PCR PARA A GESTÃO DA MASTITE BOVINA

António R. Menezes, Roger Guix, Daniel Zalduendo, Laura Valls, Jaime MaldonadoHIPRA, Amer, Girona, Espanha

INTRODUÇÃOOs métodos baseados na PCR estão a ser cada vez mais utilizados no diagnóstico da mastite bovina, com uma boa confiabilidade, como complemento da cultura microbiológica. TOPCHECK® foi proposto recentemente como uma ferramenta de diagnóstico rápida e fiável para a deteção dos principais agentes patogénicos que provocam mastites em amostras de tanque de leite (T). O objetivo deste estudo foi testar a metodologia do TOPCHECK® utilizando amostras de T originárias de diferentes fazendas leiteiras da União Europeia.

MATERIAL E MÉTODOSFoi recolhido um total de 911 amostras de T em diferentes países Europeus, entre Março de 2010 e Junho de 2011. As amostras de T foram coletadas (250 µl cada) e impregnadas em cartões de FTA® seguindo as instruções do fabricante. No prazo de 48 horas, as amostras foram enviadas por correio aéreo normal para o laboratório de diagnóstico da HIPRA (DIAGNOS).

Figura 1. KIT TOPCHECK®: Cartão de FTA®, pipeta de 250 µl, envelope e saco de plástico com dessecante.

As amostras foram testadas para a presença de Staphylococcus aureus, estafilococos coagulase-negativos, Escherichia coli, e bactérias coliformes utilizando o método PCR multiplex em tempo real (RT-PCR) anteriormente descrito. Foram registados os valores de corte (Ct) para cada alvo bacteriano. As amostras com valores de Ct inferiores a 37 foram consideradas positivas. Estava disponível a mais recente contagem de células somáticas tanque de leite (CCST) referente a todas as fazendas incluídas no estudo. Foi realizado um teste de Chi quadrado para todas as bactérias diferentes para verificar a relação entre a CCST (< 250 000 células/ml, > 250 000 células/ml) e os resultados da PCR (POS, NEG).

RESULTADOS Das 911 amostras testadas, 676 (74,2%) foram positivas a pelo menos uma bactéria e 235 (25,8%) foram negativas. A relação entre a RT-PCR e a CCST para cada alvo bacteriano é ilustrada nas Figuras 2-5.

Figura 2.RT-PCR versus CCST de Staphylococcus aureus (p = 0,042).

< 250 000 células/ml > 250 000 células/ml

94,1% 89,7%

5,9%10,3%

POSNEG

Figura 3. RT-PCR versus CCST de estafilococos coagulase-negativos (p = 0,455).

Figura 4.RT-PCR versus CCST de Escherichia coli (p = 0,049).

Figura 5. RT-PCR versus CCST de bactérias coliformes (p = 0,028).

DISCUSSÃOTOPCHECK® pode ser utilizado como uma ferramenta complementar para a gestão da mastite bovina. As amostras de T em cartões de FTA® podem ser testadas por RT-PCR, permitindo a elaboração do relatório num período de tempo muito curto. Os resultados aqui apresentados indicam que as amostras do teste de RT-PCR positivas a Staphylococcus aureus, Escherichia coli e bactérias coliformes estão correlacionadas com CCST elevadas.

< 250 000 células/ml > 250 000 células/ml94,5% 93,8%

55%6,2%

POSNEG

< 250 000 células/ml > 250 000 células/ml

89,5% 84,3%

10,5%15,7%

POSNEG

< 250 000 células/ml > 250 000 células/ml

27,2% 29,8%

72,8% 70,2%

POSNEG

Hipra Saúde animal, LtdaAvenida do Lami, 6133Bairro LamiCEP : 91782-601Porto Alegre - RSBrasilTel.: (+55) 51 3325 4500Fax: (+55) 51 3258 [email protected]

TOPVAC®: Vacina inativada contra a mastite bovina. Uma dose de 2mL contém: Escherichia coli J5 inativada > 50 RED 60*, Staphylococcus aureus (CP8) cepa SP140 inativado, > 50 RED 80 ** xpressando complexo antigênico associado a exopolissacarídeo. *RED 60 – dose efetiva em coelhos em 60% dos animais (sorologia) **RED 80 – dose efetiva em coelhos em 80% dos animais (sorologia). INDICAÇÕES: para a imunização de vacas e novilhas sadias, para ser utilizada em fazendas leiteiras com casos de mastites recorrentes, a fi m de reduzir a incidência de mastite ubclínica e a incidência e a gravidade dos sinais clínicos das mastites causadas por Staphylococcus aureus, coliformes e coagulase negativos. ADMINISTRAÇÃO: uso intramuscular. É recomendável alterar os lados do pescoço nas aplicações. Deixar que a vacina alcance uma temperatura entre 15 e 25 ºC antes da administração. Agitar antes de usar. Administrar uma dose de 2mL (intramuscular profunda) na tábua do pescoço. ESQUEMA VACINAL SUGERIDO: Primeira aplicação aos 45 dias antes do parto. Segunda aplicação 10 dias antes do parto. Terceira aplicação 52 dias após o parto. A cada gestação o protocolo deve ser repetido. O protocolo de vacinação induz imunidade aproximadamente aos 13 dias após a primeira aplicação até 130 dias após o parto. Pode ser utilizada durante a gestação e a lactação. Conservar e transportar refrigerado (entre 2 e 8ºC) protegido da luz. Não congelar. Não têm carência no leite. PRESCRIÇÃO DE ACORDO COM O VETERINÁRIO.