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OPINIÃO SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 31/3/2014 A2 opiniao @grupoatarde.com.br Os artigos assinados publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE. Participe desta página: e-mail: [email protected] Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 ESPAÇO DO LEITOR Ditadura nunca mais Por meio dos nomes de Emiliano José, Oldack Miranda, Zanetti, Tânia Miranda e Dilma Rousseff, venho homenagear todos aqueles e aquelas que dedicaram a vida por todos os brasileiros para que hoje o Brasil possa viver em plena democracia, dando oportunidade àqueles que nunca tiveram um lugar ao sol. Essas pessoas lutaram por um ideal coletivo e sofreram violências individuais que nunca esqueceram. Devemos respeitá-los por sua coragem e sabedoria e nunca esquecer o que sofreram para que essa tragédia jamais se repita. Ditadura nunca mais. JULIO CEZAR RO- CHA, [email protected] Comparações de períodos Creio ser interessante para o leitor comparar determinados períodos da nossa história. Dentro desse raciocínio, comparemos o que se fez de bom para o desenvolvimento do Brasil no período de 64 a 85 com o dos três governos liderados pelo PT. De 64 a 85, destacam-se a hidrelétrica de Itaipu; a de Tucuruí; a cons- trução dos sistemas Eletrobrás; da Embratel; da Telebrás. A nossa população passou a se integrar nacionalmente. Passou-se a exportar produtos manufaturados. O Brasil deixou de ser a 42ª para tornar-se a 8ª economia mun- dial. Paremos por aí. Vejamos agora os três períodos petistas. Procuro de início grandes obras, mas infelizmente só localizei uma e, por mais estranho que pareça, fui encontrá-la fora do país , financiada pelo BNDES, às custas dos impostos do povão; o porto de Mariel. Grandes obras rodoviárias foram realizadas, mas onde, na Venezuela. E o escoamento da nossa produção totalmente travado, motiva- do pela falta de boas rodovias. Grandes doa- ções e perdões de dívidas, beneficiando a vá- rios países. A ideologia superou os interesses nacionais, que foram colocados em segundo plano. E a nossa Petrobras, totalmente su- cateada. Paremos por aí, também. RICARDO PEREIRA DE MIRANDA, SALVADOR - BA, RICAR- [email protected] Um olhar para 64 Completamos 50 anos do contragolpe militar, que levou este país para outro patamar de desenvolvimento, substituindo a política de produção de bens de consumo pela geração de bens de capital, como Itaipu, usinas nucleares de Angra dos Reis, do ponte Rio-Niterói, Tran- samazônica e estradas ligando este país, e sem pedágio, e outras obras estruturantes que têm reflexo até hoje. Além disso, não podemos esquecer de ter se evitado uma ditadura de esquerda à la Cuba, tão preconizada como modelo de país na época que hoje alugam escravos de jaleco pela América Latina. Re- visar a história é ver os dois lados e não contar história da carochinha que lutou pela demo- cracia e esconder os reais objetivos. A crise internacional do petróleo prejudicou muito o país entre os anos 70/80, mas levou ao de- senvolvimento da tecnologia do Proálcool, ál- cool como combustível. TÚLIO FRAGA, SAL- VADOR - BA, [email protected] Manipulações marqueteiras O que aconteceu, ou o que está acontecendo com Antonio Risério? Um ano atrás, se bem me lembro, ele se despedia todo contente, pois estava indo para São Paulo trabalhar na cam- panha do PT. Agora anda escrevendo Mani- pulações marqueteiras (A TARDE, 29/3), fa- lando sobre “a jogada discursivo-marqueteira do PT”. O que ocorreu? Qual foi a gota d’água? Quando o encanto se quebrou? Eu só queria entender... CARLOS FERNANDES DE OLIVEIRA, SALVADOR - BA, CFERNANDES1948@ GMAIL.COM Empirismo, não! Constituição da República: art. 7º, VI – “ir- redutibilidade do salário” e X – “proteção do salário”; art. 37, X – “assegurada revisão geral anual”. São regras cogentes e, acima de tudo, constitucionais. Assim, inapelavelmente, a correção salarial, que visa repor o poder aqui- sitivo da moeda, nunca poderá ser inferior ao índice da inflação, sob pena de violação de princípios constitucionais. Exemplo: inflação de 6%, com revisão de 2% + 4%, é redução do salário e agressão à regra expressa da Cons- tituição, implicando o fato, ainda, flagrante desobediência à “proteção do salário”, sujeita a sanção legal, como reza o inciso X do mesmo art. 7º. Repetindo: a inflação anual não pode, jamais, ser fracionada, sem compensação, no cálculo do salário; do contrário, deverá ser aplicada por inteiro e durante os doze meses do exercício. Fora daí, repito, é redução salarial repudiada constitucionalmente! É empiris- mo! JAIR COTRIM RIZÉRIO, SALVADOR - BA, [email protected] Itaigara Já era tempo de a administração do prefeito ACM Neto se fazer presente no Itaigara. Até quando vamos ter paciência de esperar o “fa- vor” da Sucop para podar as árvores e fazer a drenagem do terreno localizado ao lado da Escola Girassol e alargar a rua General An- tônio Sampaio? Até quando vamos aguardar a “graça” da Transalvador para promover ações que possam minimizar os engarrafa- mentos nas imediações do Shopping Itaigara e do Parque da Cidade? Vejo que a nobreza do bairro só ocorre no carnê do IPTU. Será que vai ser preciso fechar ruas queimando pneus? ANA MARIA OLIVEIRA, SALVADOR - BA, A.AI- [email protected] João Augusto de Lima Rocha Professor da Ufba, membro do Conselho Curador da Fundação Anísio Teixeira [email protected] D urante os governos Juscelino Ku- bitschek (1955-1961), Jânio Qua- dros (janeiro de 1961 a agosto de 1961) e João Goulart (1961-1964), impor- tantes iniciativas foram tomadas no sen- tido da gradual implantação da escola pública, universal e gratuita em nosso país. No comando dessas iniciativas es- tava o educador baiano Anísio Teixeira, que ocupou, seguidamente, cargos na educação federal, desde quando foi con- vidado para assessor do ministro da Edu- cação, Ernesto Simões Filho, no segundo governo Getúlio Vargas (1951-1954). Sua indicação ocorrera após a segunda gestão à frente da educação baiana, como se- cretário de Educação e Saúde no governo Octávio Mangabeira (1947-1951). Coube a Anísio elaborar e iniciar a im- plantação do I Plano Nacional de Edu- cação (I PNE), confor- me indicava a lei nº 4024, de 20 de de- zembro de 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasilei- ra (LDB). A organiza- ção e a aprovação do plano, para o período 1963-1970, foi atri- buída ao Conselho Federal de Educação (CFE), órgão ao qual a LDB dava essa atri- buição. Uma inova- ção importante, den- tre tantas, daquele plano era que sua aplicação deveria ser coordenada por um órgão do Ministério da Educação e Cultura especialmente criado para essa finalidade: a Comissão Nacional de Planejamento Educacional (Copled). O significado histórico do I PNE está em que, pela primeira vez (provavelmen- te a única, até hoje), um plano de edu- cação foi aprovado em nosso país para ser aplicado à risca, havendo um órgão especialmente encarregado de fazê-lo (a Copled), mediante o controle rigoroso de sua aplicação, do começo ao fim. Infe- lizmente, o I PNE, iniciado em 1963, foi interrompido em abril de 1964, por conta da ocorrência do golpe militar que, den- tre tantas arbitrariedades, levou Anísio a aposentar-se imediata e compulsoria- mente do serviço público. A rica experiência educacional desen- volvida no curto período de aplicação do I PNE significou o coroamento de um amplo processo de mobilização nacional pela educação, que contou, inclusive, com grande participação voluntária de nossos estudantes universitários, orga- nizados nos Centros Populares de Cultura (CPCs), da UNE, que muito contribuíram para a campanha de alfabetização e di- fusão da cultura popular, financiada pelo I PNE, em nosso país. Dentre as principais ações financiadas pelo I PNE e aplicadas nos anos de 1963 até março de 1964, destacam-se duas que deixaram inegáveis frutos, porquanto, ainda hoje, têm significativa repercussão em nossos meios educativos. A primeira ação foi o já citado programa de alfa- betização, baseado no Método Paulo Frei- re, que tinha por paradigma os resul- tados da conhecida campanha desenvol- vida em Angicos, no Rio Grande do Norte, em 1963. O programa de alfabetização inspirado em Paulo Freire, e em parte conduzido pelo grande educador per- nambucano, em especial o trabalho de alfabetização em Angicos, foi integral- mente financiado pelo I PNE. A segunda ação que aqui destacamos é o Plano Educacional de Brasília, cuja ela- boração e aplicação coube a Anísio Tei- xeira, por indicação direta do presidente Juscelino Kubitschek. Iniciado em 1959, o plano de Brasília in- cluiu, principalmen- te, a aplicação das ideias da escola pú- blica integral e do dia inteiro, segundo a concepção desenvol- vida pelo educador baiano. A ideia de Anísio era tomar o plano de Brasília co- mo piloto para ser generalizado, grada- tivamente, por todo o país, no tempo da aplicação do I PNE. A partir de 1963, portanto, o desenvol- vimento desse empreendimento passou a receber significativos recursos do I PNE. As ideias aplicadas em Brasília, por sua vez, já haviam sido testadas nas escolas tipo Pla- toon, cujo modelo, trazido por Anísio Tei- xeira de Detroit (EUA), foi testado no Dis- trito Federal (Rio de Janeiro), durante o período de 1931 a 1935, quando lá dirigiu a educação, durante a gestão do prefeito Pe- dro Ernesto. A partir de 1950, o modelo Platoon já havia servido de referência para um mais aperfeiçoado, introduzido no Centro Educacional Carneiro Ribeiro: a in- ternacionalmente conhecida Escola Parque da Bahia. Coube a Anísio Teixeira elaborar e iniciar, em 1963, a implantação do I Plano Nacional de Educação, aprovado para ser aplicado à risca, mas que, infelizmente, foi interrompido em 1964 pelo golpe Geddel está bem com os nanicos O presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, vai disputar o governo do estado nas eleições deste ano. Pelo menos foi o que ele mesmo disse no último sábado durante um encontro com os oito partidos da Frente Jorge Aleluia, que reú- ne os chamados “nanicos”, após a convenção que reelegeu a direção estadual do PTC por mais cinco anos. – Ele fez um discurso de arrepiar e anunciou que vai ser candidato ao governo – contou o vice-presidente do PTC, Ricardo Grey, por te- lefone, poucos instantes após o encerramento do encontro. Geddel, que estava evitando falar sobre o assunto nos últimos dias, não negou as pa- lavras, mas tentou despistar: – E eu não sou (candidato)? Independentemente do apoio do prefeito ACM Neto (DEM)? – Não, esquece isso. Nós estávamos num evento fechado... Estamos aguardando. Eu nem estou falando sobre esse assunto – en- cerrou a conversa o peemedebista. Se a simpatia que Geddel desperta nos na- nicos contar como um critério para a escolha do candidato das oposições, coordenada por Neto, Geddel pode acabar convencendo... A pressa é inimiga da perfeição Quando aprovou a nova lei dos portos, o go- verno federal queria acelerar a modernização dos equipamentos públicos – o que é fun- damental para o desenvolvimento do país. Para ganhar tempo, contratou um pacote de projetos da Empresa Brasileira de Projetos (EBP), que acabaram questionados pelo Tri- bunal de Contas da União (TCU), e no final das contas adiou para ‘sabe Deus quando’ as li- citações para os arrendamentos do novo ter- minal de contêineres do Porto de Salvador e dos terminais do Porto de Aratu. – Os projetos foram feitos no atacado – lembra o diretor-executivo da Usuport, Paulo Villa. Ele ressalta que a intenção de Brasília era acelerar o processo de concessões, tão ne- cessário para modernizar a estrutura portuá- ria baiana, mas o resultado foi outro: – Atrasou tudo. A gente quer que os pro- cessos sejam bem-feitos e tinha mesmo o que melhorar. O problema é que acabou-se pos- tergando a ineficiência. ENQUANTO ISSO – As queixas da grande indústria baiana, usuária sobretudo do Porto de Aratu, vão continuar por mais algum tem- po. Há quem diga que a movimentação de granel e líquidos poderia dobrar com os in- vestimentos necessários, que, pela legislação brasileira, precisam ser feitos pela iniciativa privada por meio das concessões. Enquanto isso, reclama um conhecedor da área, resta contar com os “remendos” da Codeba. Sindilojas volta para a Justiça O presidente do Sindilojas, Paulo Motta, não engoliu a decisão da Fecomércio de impedir a entidade e mais outros sete sindicatos de participarem das reuniões do conselho de representantes e de votar nas próximas elei- ções. – Fui surpreendido com a informação de que não estaria habilitado a participar do conselho nem votar. A federação vai ter que provar que o Sindilojas, um dos mais sig- nificativos do comércio baiano, não pode re- presentar a categoria. Lamentavelmente vou judicializar – diz Motta. Para ele, além de injustificável, o impe- dimento dos sindicatos seria desnecessário, uma vez que apenas a chapa encabeçada pelo empresário Carlos Andrade foi inscrita. – É muita malícia, com pouca perícia – afirma o presidente do Sindilojas Agora, ele, que moveu por quase quatro anos ações em decorrência do último pro- cesso eleitoral da entidade, promete fazer tu- do de novo. Estação ampliada Pelo menos para os municípios turísticos baianos, o verão ainda não acabou. Durante a abertura do curso para gestores municipais, na última quinta-feira, diversos secretários municipais de Turismo relataram para o colega que cuida da pasta no estado, Pedro Galvão, que a ocupação continua ele- vada em diversas cidades. Porto Seguro, por exemplo, mantém média de 80%, Itacaré teve 100% no Carnaval e já tem 100% de expectativa para a Semana Santa. Parece que 2014 vai ser bom. . Amanhã às 10h, no Hotel Matiz (Stiep), o ministro da Secretaria da Micro e Pe- quena Empresa da Presidência da Repú- blica (SMPE), Guilherme Afif Domingos, falará para empresários e gestores do es- tado e de municípios baianos a respeito de iniciativas para desburocratizar empre- sas, como a Redesim. Donaldson Gomes Jornalista [email protected] TEMPO PRESENTE O golpe e a interrupção do I Plano Nacional de Educação Editor Jary Cardoso www.atarde.uol.com.br/politica www.atarde.uol.com.br/cultura DESTAQUES DO PORTAL A TARDE Marcelo D2 e MV Bill apresentam CDs em Salvador Gil revela em quem vai votar para presidente Thiago Teixeira / Ag. A TARDE / 21.1.2010 Marcelo D2: show em Salvador no sábado

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OPINIÃOSALVADOR SEGUNDA-FEIRA 31/3/2014A2

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Os artigos assinados publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE.Participe desta página: e-mail: [email protected]: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

ESPAÇO DO LEITORDitadura nunca mais

Por meio dos nomes de Emiliano José, OldackMiranda, Zanetti, Tânia Miranda e DilmaRousseff, venho homenagear todos aqueles eaquelas que dedicaram a vida por todos osbrasileiros para que hoje o Brasil possa viverem plena democracia, dando oportunidadeàqueles que nunca tiveram um lugar ao sol.Essas pessoas lutaram por um ideal coletivoe sofreram violências individuais que nuncaesqueceram. Devemos respeitá-los por suacoragem e sabedoria e nunca esquecer o quesofreram para que essa tragédia jamais serepita. Ditadura nunca mais. JULIO CEZAR RO-CHA, [email protected]

Comparações de períodosCreio ser interessante para o leitor comparardeterminados períodos da nossa história.Dentro desse raciocínio, comparemos o que sefez de bom para o desenvolvimento do Brasilno período de 64 a 85 com o dos três governosliderados pelo PT. De 64 a 85, destacam-se ahidrelétrica de Itaipu; a de Tucuruí; a cons-trução dos sistemas Eletrobrás; da Embratel;da Telebrás. A nossa população passou a seintegrar nacionalmente. Passou-se a exportarprodutos manufaturados. O Brasil deixou deser a 42ª para tornar-se a 8ª economia mun-dial. Paremos por aí. Vejamos agora os trêsperíodos petistas. Procuro de início grandesobras, mas infelizmente só localizei uma e,por mais estranho que pareça, fui encontrá-lafora do país , financiada pelo BNDES, às custasdos impostos do povão; o porto de Mariel.Grandes obras rodoviárias foram realizadas,mas onde, na Venezuela. E o escoamento danossa produção totalmente travado, motiva-do pela falta de boas rodovias. Grandes doa-ções e perdões de dívidas, beneficiando a vá-rios países. A ideologia superou os interessesnacionais, que foram colocados em segundoplano. E a nossa Petrobras, totalmente su-cateada. Paremos por aí, também. RICARDOPEREIRA DE MIRANDA, SALVADOR - BA, [email protected]

Um olhar para 64Completamos 50 anos do contragolpe militar,que levou este país para outro patamar dedesenvolvimento, substituindo a política deprodução de bens de consumo pela geração debens de capital, como Itaipu, usinas nuclearesde Angra dos Reis, do ponte Rio-Niterói, Tran-samazônica e estradas ligando este país, e sempedágio, e outras obras estruturantes que têmreflexo até hoje. Além disso, não podemosesquecer de ter se evitado uma ditadura deesquerda à la Cuba, tão preconizada comomodelo de país na época que hoje alugamescravos de jaleco pela América Latina. Re-visar a história é ver os dois lados e não contarhistória da carochinha que lutou pela demo-cracia e esconder os reais objetivos. A criseinternacional do petróleo prejudicou muito opaís entre os anos 70/80, mas levou ao de-senvolvimento da tecnologia do Proálcool, ál-cool como combustível. TÚLIO FRAGA, SAL-VADOR - BA, [email protected]

Manipulações marqueteirasO que aconteceu, ou o que está acontecendocom Antonio Risério? Um ano atrás, se bemme lembro, ele se despedia todo contente, poisestava indo para São Paulo trabalhar na cam-panha do PT. Agora anda escrevendo Mani-pulações marqueteiras (A TARDE, 29/3), fa-lando sobre “a jogada discursivo-marqueteirado PT”. O que ocorreu? Qual foi a gota d’água?Quando o encanto se quebrou? Eu só queriaentender... CARLOS FERNANDES DE OLIVEIRA,SALVADOR - BA, [email protected]

Empirismo, não!Constituição da República: art. 7º, VI – “ir-redutibilidade do salário” e X – “proteção dosalário”; art. 37, X – “assegurada revisão geralanual”. São regras cogentes e, acima de tudo,constitucionais. Assim, inapelavelmente, acorreção salarial, que visa repor o poder aqui-sitivo da moeda, nunca poderá ser inferior aoíndice da inflação, sob pena de violação deprincípios constitucionais. Exemplo: inflaçãode 6%, com revisão de 2% + 4%, é redução dosalário e agressão à regra expressa da Cons-tituição, implicando o fato, ainda, flagrantedesobediência à “proteção do salário”, sujeitaa sanção legal, como reza o inciso X do mesmoart. 7º. Repetindo: a inflação anual não pode,jamais, ser fracionada, sem compensação, nocálculo do salário; do contrário, deverá seraplicada por inteiro e durante os doze mesesdoexercício.Foradaí, repito,éreduçãosalarialrepudiada constitucionalmente! É empiris-mo! JAIR COTRIM RIZÉRIO, SALVADOR - BA,[email protected]

ItaigaraJá era tempo de a administração do prefeitoACM Neto se fazer presente no Itaigara. Atéquando vamos ter paciência de esperar o “fa-vor” da Sucop para podar as árvores e fazer adrenagem do terreno localizado ao lado daEscola Girassol e alargar a rua General An-tônio Sampaio? Até quando vamos aguardara “graça” da Transalvador para promoverações que possam minimizar os engarrafa-mentos nas imediações do Shopping Itaigarae do Parque da Cidade? Vejo que a nobreza dobairro só ocorre no carnê do IPTU. Será que vaiser preciso fechar ruas queimando pneus?ANA MARIA OLIVEIRA, SALVADOR - BA, [email protected]

João Augusto de Lima RochaProfessor da Ufba, membro do ConselhoCurador da Fundação Anísio Teixeira

[email protected]

D urante os governos Juscelino Ku-bitschek (1955-1961), Jânio Qua-dros (janeiro de 1961 a agosto de

1961) e João Goulart (1961-1964), impor-tantes iniciativas foram tomadas no sen-tido da gradual implantação da escolapública, universal e gratuita em nossopaís. No comando dessas iniciativas es-tava o educador baiano Anísio Teixeira,que ocupou, seguidamente, cargos naeducação federal, desde quando foi con-vidado para assessor do ministro da Edu-cação, Ernesto Simões Filho, no segundogoverno Getúlio Vargas (1951-1954). Suaindicação ocorrera após a segunda gestãoà frente da educação baiana, como se-cretário de Educação e Saúde no governoOctávio Mangabeira (1947-1951).

Coube a Anísio elaborar e iniciar a im-plantação do I Plano Nacional de Edu-cação (I PNE), confor-me indicava a lei nº4024, de 20 de de-zembro de 1961, a Leide Diretrizes e Basesda Educação Brasilei-ra (LDB). A organiza-ção e a aprovação doplano, para o período1963-1970, foi atri-buída ao ConselhoFederal de Educação(CFE), órgão ao qual aLDB dava essa atri-buição. Uma inova-ção importante, den-tre tantas, daqueleplano era que suaaplicação deveria sercoordenada por umórgão do Ministérioda Educação e Cultura especialmentecriado para essa finalidade: a ComissãoNacional de Planejamento Educacional(Copled).

O significado histórico do I PNE estáem que, pela primeira vez (provavelmen-te a única, até hoje), um plano de edu-cação foi aprovado em nosso país paraser aplicado à risca, havendo um órgãoespecialmente encarregado de fazê-lo (aCopled), mediante o controle rigoroso desua aplicação, do começo ao fim. Infe-lizmente, o I PNE, iniciado em 1963, foiinterrompido em abril de 1964, por contada ocorrência do golpe militar que, den-tre tantas arbitrariedades, levou Anísio aaposentar-se imediata e compulsoria-mente do serviço público.

A rica experiência educacional desen-volvida no curto período de aplicação doI PNE significou o coroamento de umamplo processo de mobilização nacionalpela educação, que contou, inclusive,com grande participação voluntária denossos estudantes universitários, orga-nizados nos Centros Populares de Cultura(CPCs), da UNE, que muito contribuírampara a campanha de alfabetização e di-fusão da cultura popular, financiada peloI PNE, em nosso país.

Dentre as principais ações financiadaspelo I PNE e aplicadas nos anos de 1963até março de 1964, destacam-se duas quedeixaram inegáveis frutos, porquanto,ainda hoje, têm significativa repercussãoem nossos meios educativos. A primeiraação foi o já citado programa de alfa-betização, baseado no Método Paulo Frei-re, que tinha por paradigma os resul-tados da conhecida campanha desenvol-vida em Angicos, no Rio Grande do Norte,em 1963. O programa de alfabetizaçãoinspirado em Paulo Freire, e em parteconduzido pelo grande educador per-nambucano, em especial o trabalho dealfabetização em Angicos, foi integral-mente financiado pelo I PNE.

A segunda ação que aqui destacamos éo Plano Educacionalde Brasília, cuja ela-boração e aplicaçãocoube a Anísio Tei-xeira, por indicaçãodireta do presidenteJuscelino Kubitschek.Iniciado em 1959, oplano de Brasília in-cluiu, principalmen-te, a aplicação dasideias da escola pú-blica integral e do diainteiro, segundo aconcepção desenvol-vida pelo educadorbaiano. A ideia deAnísio era tomar oplano de Brasília co-mo piloto para sergeneralizado, grada-

tivamente, por todo o país, no tempo daaplicação do I PNE.

A partir de 1963, portanto, o desenvol-vimento desse empreendimento passou areceber significativos recursos do I PNE. Asideias aplicadas em Brasília, por sua vez, jáhaviam sido testadas nas escolas tipo Pla-toon, cujo modelo, trazido por Anísio Tei-xeira de Detroit (EUA), foi testado no Dis-trito Federal (Rio de Janeiro), durante operíodo de 1931 a 1935, quando lá dirigiu aeducação, durante a gestão do prefeito Pe-dro Ernesto. A partir de 1950, o modeloPlatoon já havia servido de referência paraum mais aperfeiçoado, introduzido noCentro Educacional Carneiro Ribeiro: a in-ternacionalmente conhecida Escola Parqueda Bahia.

Coube a AnísioTeixeira elaborare iniciar, em 1963,a implantação doI Plano Nacional deEducação, aprovadopara ser aplicadoà risca, mas que,infelizmente, foiinterrompido em1964 pelo golpe

Geddel está bem com os nanicosO presidente do PMDB na Bahia, Geddel VieiraLima, vai disputar o governo do estado naseleições deste ano.

Pelo menos foi o que ele mesmo disse noúltimo sábado durante um encontro com osoito partidos da Frente Jorge Aleluia, que reú-ne os chamados “nanicos”, após a convençãoque reelegeu a direção estadual do PTC pormais cinco anos.

– Ele fez um discurso de arrepiar e anunciouque vai ser candidato ao governo – contou ovice-presidente do PTC, Ricardo Grey, por te-lefone, poucos instantes após o encerramentodo encontro.

Geddel, que estava evitando falar sobre oassunto nos últimos dias, não negou as pa-lavras, mas tentou despistar:

– E eu não sou (candidato)?Independentemente do apoio do prefeito

ACM Neto (DEM)?– Não, esquece isso. Nós estávamos num

evento fechado... Estamos aguardando. Eunem estou falando sobre esse assunto – en-cerrou a conversa o peemedebista.

Se a simpatia que Geddel desperta nos na-nicos contar como um critério para a escolhado candidato das oposições, coordenada porNeto, Geddel pode acabar convencendo...

A pressa é inimiga da perfeiçãoQuando aprovou a nova lei dos portos, o go-verno federal queria acelerar a modernizaçãodos equipamentos públicos – o que é fun-damental para o desenvolvimento do país.

Para ganhar tempo, contratou um pacote deprojetos da Empresa Brasileira de Projetos(EBP), que acabaram questionados pelo Tri-bunal de Contas da União (TCU), e no final dascontas adiou para ‘sabe Deus quando’ as li-citações para os arrendamentos do novo ter-minal de contêineres do Porto de Salvador edos terminais do Porto de Aratu.

– Os projetos foram feitos no atacado –lembra o diretor-executivo da Usuport, PauloVilla.

Ele ressalta que a intenção de Brasília eraacelerar o processo de concessões, tão ne-cessário para modernizar a estrutura portuá-ria baiana, mas o resultado foi outro:

– Atrasou tudo. A gente quer que os pro-cessos sejam bem-feitos e tinha mesmo o quemelhorar. O problema é que acabou-se pos-tergando a ineficiência.

ENQUANTO ISSO – As queixas da grandeindústria baiana, usuária sobretudo do Portode Aratu, vão continuar por mais algum tem-po. Há quem diga que a movimentação degranel e líquidos poderia dobrar com os in-vestimentos necessários, que, pela legislaçãobrasileira, precisam ser feitos pela iniciativaprivada por meio das concessões. Enquantoisso, reclama um conhecedor da área, restacontar com os “remendos” da Codeba.

Sindilojas volta para a JustiçaO presidente do Sindilojas, Paulo Motta, nãoengoliu a decisão da Fecomércio de impedira entidade e mais outros sete sindicatos departiciparem das reuniões do conselho derepresentantes e de votar nas próximas elei-ções.

– Fui surpreendido com a informação deque não estaria habilitado a participar doconselho nem votar. A federação vai ter queprovar que o Sindilojas, um dos mais sig-nificativos do comércio baiano, não pode re-presentar a categoria. Lamentavelmente voujudicializar – diz Motta.

Para ele, além de injustificável, o impe-dimento dos sindicatos seria desnecessário,uma vez que apenas a chapa encabeçada peloempresário Carlos Andrade foi inscrita.

– É muita malícia, com pouca perícia –afirma o presidente do Sindilojas

Agora, ele, que moveu por quase quatroanos ações em decorrência do último pro-cesso eleitoral da entidade, promete fazer tu-do de novo.

Estação ampliadaPelo menos para os municípios turísticosbaianos, o verão ainda não acabou.

Durante a abertura do curso para gestoresmunicipais, na última quinta-feira, diversossecretários municipais de Turismo relatarampara o colega que cuida da pasta no estado,Pedro Galvão, que a ocupação continua ele-vada em diversas cidades.

Porto Seguro, por exemplo, mantém médiade 80%, Itacaré teve 100% no Carnaval e já tem100% de expectativa para a Semana Santa.

Parece que 2014 vai ser bom.

. Amanhã às 10h, no Hotel Matiz (Stiep),o ministro da Secretaria da Micro e Pe-quena Empresa da Presidência da Repú-blica (SMPE), Guilherme Afif Domingos,falará para empresários e gestores do es-tado e de municípios baianos a respeito deiniciativas para desburocratizar empre-sas, como a Redesim.

Donaldson GomesJornalista

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TEMPO PRESENTE O golpe e a interrupção doI Plano Nacional de Educação

EditorJary Cardoso

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