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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Animação Sociocultural

Joana Raquel Teixeira da Costa

dezembro j 2017

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Animação Sociocultural

Joana Raquel Teixeira da Costa

dezembro | 2017

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Relatório de Estágio

Licenciatura de Animação Sociocultural

Joana Raquel Teixeira da Costa

dezembro | 2017

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

iii

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Relatório de Estágio

Joana Raquel Teixeira da Costa

Relatório para obtenção do grau de licenciatura em Animação

Sociocultural

Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

Guarda, dezembro de 2017

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

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Ficha de Identificação

Nome do Discente: Joana Raquel Teixeira da Costa

Número de aluno: 5007616

E-mail: [email protected]

Curso: Animação Sociocultural

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda

Escola: Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD)

Docente Orientadora: Florbela Lages Antunes Rodrigues

Instituição de Estágio: Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

Morada: Rua Dr. Antero Marques 6300-828

Telefone: 271238766

Supervisor na Instituição: Dª Maria José dos Santos Marques

Grau Académico: Licenciatura

E-mail: [email protected]

Duração do Estágio: 400 horas

Data de Início do Estágio: 16 de março de 2017

Data da Conclusão do Estágio: 31 de julho de 2017

Ano Letivo: 2016/2017

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

v

Ser criança é acreditar que tudo é possível. É ser inesquecivelmente feliz com

muito pouco. É tornar-se gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos. Ser

criança é fazer amigos antes de saber o nome deles. É conseguir perdoar muito mais

fácil do que brigar. Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias. Ser

criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser.

Gilberto dos Reis

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

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Agradecimentos

É com grande orgulho que após três anos de dedicação e formação no curso

de Animação Sociocultural posso dizer que concretizei um dos meus objetivos de

vida.

Agradeço ao Instituto Politécnico da Guarda (IPG), um grande e especial

obrigada à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD).

À professora Florbela Antunes, minha orientadora de estágio, um grande bem-

haja por todo o carinho, apoio, disponibilidade e principalmente por toda a dedicação

que teve para comigo, não só ao longo destes três anos de licenciatura, mas

especialmente no meu percurso de estágio e na elaboração do presente relatório, é

maravilhoso encontrarmos pessoas como a senhora na nossa vida, um grande bem-

haja por tudo.

Agradeço a todos os docentes que me ajudaram e apoiaram ao longo de todo

o meu percurso académico, obrigado pelos ensinamentos que me transmitiram, por

todos os conselhos que me deram e por toda a força, graças a todo o apoio que me foi

cedido tudo se tornou mais fácil de enfrentar, um muito obrigada!

À Educadora Maria José, supervisora de estágio, à Dª Paula e à Dª Céu,

assistentes operacionais, o meu grande bem-haja pelo acolhimento, pelos conselhos,

pela ajuda, pela imensidão de carinho e amor que me foi cedido e por tudo o que me

proporcionaram ao longo de todo o meu estágio.

Aos meus meninos de estágio, obrigada por todos aqueles abraços, por todos

os beijos, por todos os ensinamentos, principalmente por todos os vossos sorrisos,

obrigado por fazerem dos meus dias de estágio uma imensa alegria, foi um enorme

privilégio estar na vossa companhia, acompanhar cada dia da vossa evolução.

À Ana Marques, uma verdadeira amiga, na verdade à minha irmã, irmã esta

que nunca tive, nem tenho palavras, só tenho de agradecer tudo o que fez por mim,

um gigantesco obrigada por toda a amizade, todo o carinho, todo o amor, por todos

os momentos que passámos, por toda a força que me deu, obrigada por não me deixar

desistir, foi, é e será, sem dúvida, essencial na minha vida.

Muito obrigada também aos meus colegas de turma, pela paciência, pelo

apoio, carinho, amizade e por todos os momentos ao longo dos três anos, crescemos

juntos e aprendemos juntos.

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

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Aos meus pais e avós um agradecimento especial, são o maior pilar da minha

vida, obrigada por tudo, por não me deixarem cair em nenhum momento, por não me

deixarem desistir, por todo o amor que sempre me deram, todo o carinho e toda a

força, pela confiança e pela paciência, são a minha vida, o meu porto de abrigo, devo-

lhes tudo, se tudo isto é possível é graças a eles, a todo o seu esforço e dedicação.

Não posso deixar de agradecer também a todos os meus colegas de trabalho

por todo o apoio que me deram, muito obrigada.

A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para terminar esta etapa

da minha vida com sucesso, o meu obrigada.

Agradeço toda a disponibilidade, o tempo, o amor, alegria, atenção, carinho e

subretudo todos os sorrisos, obrigado a todos por não me fazerem desistir.

Nunca desistam dos vossos sonhos!

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

viii

Resumo

O presente relatório surge no âmbito do estágio curricular integrado na

Licenciatura em Animação Sociocultural, da Escola Superior de Educação,

Comunicação e Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda. Tem como objetivo

apresentar e descrever pormenorizadamente cada detalhe relativamente à minha

experiência em contexto de estágio curricular que me enriqueceu imenso a nível

profissional e pessoal.

O estágio decorreu no Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro, instituição

que me permitiu realizar todas as atividades socioculturais propostas por mim, fui

auxiliando os outros professores, que a instituição já acolhia e em simultâneo renovei

toda a decoração vitral presente na sala de Atividades de Animação de Apoio à

Familía.

O público-alvo pela qual tive o maior prazer de trabalhar são crianças entre os

3 e os 5 anos.

Os objetivos principais do estágio tinham o desafio de melhorar o dia-a-dia de

cada crinça que se encontrava no jardim, modificando assim o seu comportamento,

elevar a autoestima e autonomia, promover atitudes de respeito ajuda e cooperação,

fomentar dinâmicas de grupo, desenvolver o raciocínio-lógico, a expressão oral e

corporal, a coordenação motora e a perceção auditiva e visual de cada criança e

principalmente promover uma participação ativa em todas as atividades propostas.

Palavras-chave: Jardim de Infância; Animação Sociocultural; Animador

Sociocultural; Animação Infantil; Animação Educativa.

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

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Índice Geral

Ficha de Identificação ............................................................................................. iv

Agradecimentos ....................................................................................................... vi

Resumo ................................................................................................................... viii

Introdução ................................................................................................................. 1

Capítulo I – Contextualização do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

1 - Enquadramento Geográfico da Cidade da Guarda ............................................ 4

1.1 - Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro ....................................................... 5

Capítulo II – Enquadramento Teórico

2 - A Animação Sociocultural............................................................................... 11

2.1 - Âmbitos da Animação Socioculrural ............................................................ 13

2.2 - Animação Socioculrural e conceitos afins.................................................... 14

2.3 - Modelos de formação de Animadores .......................................................... 16

2.4 - Perfil do Animador Sociocultural ................................................................. 18

2.5 - Funções do Animador Sociocultural ............................................................ 18

2.6 - Perfil de competências do Animador Sociocultural ..................................... 19

Capítulo III – Estágio Curricular

3 - Estágio ............................................................................................................. 22

3.1 - Objetivos ....................................................................................................... 24

3.2 - Metodologias de intervenção ........................................................................ 25

3.2.1 - Expressão Plástica .................................................................................. 25

3.2.2 - Expressão Físico Motora........................................................................ 27

3.3 - Atividades Desenvolvidas ............................................................................ 28

3.4 -Atividades desenvolvidas onde não houve participação das crianças ...... 55

3.5 - Atividades em que prestei auxílio ........................................................... 59

Reflexão Final ......................................................................................................... 65

Bibliografia .............................................................................................................. 67

Webgrafia ................................................................................................................ 69

Anexos

Índice de Anexos

Anexo I – Tabela das atividades desenvolvidas por professores do exterior da

instituição

Anexo II – Fotografias do Jardim do Bairro do Pinheiro

Anexo III – Fotografias da AAAF

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

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Anexo IV – Fotografias com as crianças

Anexo V – Visitas de estudo

Anexo VI – Fotografias das várias atividades

Anexo VII – Fotografias da festa de finalistas

Anexo VIII – Diploma

Anexo IX– Diploma Peddy Paper

Anexo X – Estatuto do Animador Sociocultural

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

xi

Índice de Figuras

Figura 1 - A Cidade da Guarda no mapa de Portugal ............................................................4

Figura 2 - Portão de entrada do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro ............................6

Figura 3 - Edifício do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro ...........................................7

Figura 4 - Edifício da sala de AAAF ......................................................................................9

Figura 5 - Jogo da “Cabra Cega” ........................................................................................ 31

Figura 6 - Jogo do “Terra, Mar e Barco” ............................................................................ 35

Figura 7 - Jogo das “Cadeiras”............................................................................................ 40

Figura 8 - Pintura do ovo de grande dimensão.................................................................... 44

Figura 9 - Resultado final da cesta da Páscoa ..................................................................... 45

Figura 10 - Equipa das meninas .......................................................................................... 46

Figura 11 - Construção do corpo humano .......................................................................... 47

Figura 12 - Auxiliar as crianças na atividade da Dª Cegonha ............................................. 48

Figura 13 - Pintar o Guarda Jóias para a mãe ..................................................................... 49

Figura 14 - Raspagem da escova de dentes no píncel ......................................................... 50

Figura 15 - Convite para a festa de finalistas ...................................................................... 51

Figura 16 - À procura do ovos de chocolate ....................................................................... 52

Figura 17 - Conto de Hitórias.............................................................................................. 53

Figura 18 - Criação do placard da Primavera ...................................................................... 54

Figura 19 - Resultado final da decoração ............................................................................ 56

Figura 20 e Figura 21 - Resultado final da decoração ....................................................... 56

Figura 22 - Microfone ......................................................................................................... 57

Figura 23 e Figura 24 - Capa em goma eva ....................................................................... 58

Figura 25 - Criação da Hota ................................................................................................ 59

Figura 26 - Dança do Rancho Folclórico ............................................................................ 60

Figura 27 - Rega da árvore plantada ................................................................................... 61

Figura 28 - Espetáculo sobre a Natureza ............................................................................. 62

Figura 29 - Peddy Paper ...................................................................................................... 63

Figura 30 - Passeio pelo parque geológico.......................................................................... 64

Figura 31 - Visita aos Cágados ........................................................................................... 64

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro

xii

Glossário de Siglas

AAAF - Atividades de Animação de Apoio à Familía

ASC - Animação Sociocultural

CAF - Componente de Apoio à Família

ESECD - Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

IPG - Instituto Politécnico da Guarda

JI - Jardim de Infância

OTL - Ocupação de Tempos Livres

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 1

Introdução

O presente relatório surge no âmbito da unidade curricular de estágio, inserida

no 3º Ano da Licenciatura de Animação Sociocultural do Instituto Politécnico da

Guarda (IPG), na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD).

Este tem como objetivo primordial apresentar e descrever

pormenorizadamente todas as atividades realizadas no meu estágio curricular, que

decorreu no período compreendido entre o dia 16 de março de 2017 e o dia 31 de

julho de 2017, num total de 400 horas presenciais. Sempre que me foi possível ir para

o estágio realizei 7 horas de serviço, na qual me foi atríbuído um horário de trabalho

das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00. Não foi nada fácil conseguir conciliar o

trabalho com o estágio, estando com as duas coisas em simultâneo, tive de me

organizar e orientar conforme os horários que tinha.

O estágio é, sem dúvida, um desafio, algo que é muito gratificante tanto a nível

profissional como a nível pessoal, é uma preparação prévia para o mundo do trabalho.

O meu estágio desenvolveu-se no Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro e

na sala de Atividades de Animação de Apoio à Familía na cidade da Guarda. Foi

orientado pela docente Florbela Antunes e supervisionado na instituição pela

Educadora Maria José.

A escolha do local de estágio foi relativamente fácil, primeiramente porque é

dentro da minha área de residência, o que me facilitava em relação à deslocação e à

proximidade do trabalho e, depois também, por desejar trabalhar com um público-

alvo diferente daquele com o qual já tinha tido contacto. A minha opção não poderia

ter sido melhor, tanto no que se refere ao público-alvo como à melhor instituição, pois

os profissionais que encontrei ao longo do meu estágio foram e são excelentes.

Numa primeira fase, o estágio passou por um pequeno período de observação

para ajudar na adaptação à instituição. E, numa segunda fase, centrou-se em todas as

atividades que permitiam conhecer melhor cada uma das crianças da instituição.

A supervisora de estágio deu-me previamente indicações de como funcionava

a instituição, de maneira a pôr-me logo à vontade para apresentar, promover e

fomentar qualquer tipo de atividade.

Quanto à organização do presente relatório, encontra-se estruturado em três

capítulos, o primeiro trata da contextualização da instituição onde é apresentada a

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 2

localização geográfica da instituição, uma breve caracterização do Jardim de Infância

do Bairro do Pinheiro e também a sua história. No segundo capítulo, abordei o tema

da Animação Sociocultural, o próprio conceito como também os âmbitos da animação

sociocultural, os modelos de formação de animadores, o perfil do animador, as suas

funções e competências. O terceiro capítulo destina-se ao estágio curricular,

especificamente na caracterização do público-alvo, identificação dos objetivos gerais

e específicos, e a descrição das atividades desenvolvidas durante o período de estágio.

Para terminar, será apresentada uma reflexão final destes meses de trabalho

desenvolvidos no Jardim e na sala de Atividades, seguindo-se a bibliografia,

webgrafia e os anexos.

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Capítulo I – Contextualização do

Jardim de Infância do Bairro do

Pinheiro

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 4

1 - Enquadramento Geográfico da Cidade da Guarda

A Guarda é uma cidade portuguesa (Figura 1), capital do Distrito da Guarda

que tem uma população residente de 173 831 habitantes. Situada a 1056 metros de

altitude, é a cidade mais alta de Portugal. Situa-se na região centro de Portugal,

pertence à sub-região estatística da Beira Interior Norte. O núcleo urbano da cidade

da Guarda tem 26 565 habitantes.

O concelho da Guarda tem 712,11 km² de área e 42 541 habitantes (Censos de

2011), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/2013 em 43

freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por

Almeida, a sueste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por

Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira.1

Figura 1 - A Cidade da Guarda no mapa de Portugal

Fonte - Mapas do Mundo in https://pt.mapsofworld.com/maps/portugal-mapa.jpg

1 De acordo com dados fornecidos no website do Município da Guarda, consultado dia 07/10/2017

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 5

Possui acessos rodoviários importantes como a A25 (considerada a segunda

via mais importante de Portugal) que liga Aveiro à fronteira, dando ligação direta a

Madrid; a A23 que liga a Guarda a Torres Novas, bem como o IP2 que liga a Guarda

a Bragança. A nível ferroviário, a Cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa e

a linha da Beira alta, que se encontra completamente eletrificada permitindo a

circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais.

É conhecida como a cidade dos 5 F’s. São eles os de Forte, Farta, Fria, Fiel e

Formosa. A explicação destes F’s:

- Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a

sua força;

- Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;

- Fria: a proximidade à Serra da Estrela explica este F;

- Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda

e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de

Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda fôlego para combater na batalha de

Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385 onde elegeu o Mestre de Avis (D.

João I) como Rei;

- Formosa: pela sua natural beleza.

Relativamente ao F de Fiel da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em

direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e

desprezo.

O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido

pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título

de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica".2

1.1 - Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

O Jardim de Infância (JI) situa-se no Bairro do Pinheiro (área urbana da

Cidade da Guarda) na Rua Dr. Antero Marques (Figura 2), é constituído por uma sala

(Anexo II) e uma componente de apoio à família (Anexo III). A sala foi constituída

em 1988/1989, funcionando apenas com uma educadora. Enquadra-se num terreno

que está abrangido pelos quintais das habitações envolventes, não se consegue avistar

2 De acordo com dados fornecidos no website do Município da Guarda.

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 6

a rua principal pois o acesso é feito através de um portão de segurança com

continuação por um caminho estreito.

Figura 2 - Portão de entrada do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

Fonte - Própria

Mais tarde foi criada uma pequena arrecadação que servia para guardar a

lenha, tendo sido alterado o aquecimento para termoacumuladores e a arrecadação

serve atualmente para arrumos do próprio jardim.3

Em 1998/1999 foi colocado no espaço exterior um baloiço, um escorrega e

cadeiras rotativas embora que estas com o tempo se tenham deteriorado, e como não

foram substituídas, tiveram de ser retiradas para segurança das crianças porque não

respeitavam as normas de segurança em vigor. O arranjo e manutenção do espaço

exterior é feito pela Junta de Freguesia da Guarda.

O edifício (Figura 3) é constituído por um hall de entrada, uma sala de

atividades, instalações sanitárias e uma arrecadação. A entrada é feita como já referi,

pelo hall de entrada onde se pode avistar um placar que contém os números

particulares dos pais das crianças, os avisos entre outras informações importantes. É

também no hall, que encontramos os cabides onde se colocam os casacos e as

3 De acordo com dados fornecidos pela instituição.

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 7

mochilas, cada cabide está destinado a cada uma das crianças de maneira a que esteja

tudo muito organizado e dinamizar também o sentido de organização das crianças,

serve ainda de acesso à sala de atividades e às casas de banho.4

Figura 3 - Edifício do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

Fonte - Própria

O aquecimento do edifício é feito por termoacumuladores elétricos uma

maneia muito rentável de calor no inverno que se avizinha, as condições físicas são

ótimas, as janelas do edifício foram todas remodeladas de forma a que seja ainda mais

acolhedor todo o ambiente que se encontra na sala.

As instalações sanitárias são adequadas às necessidades das crianças assim

como os lavatórios que se encontram nessa parte do edíficio, encontramos uma casa

de banho para os adultos na qual as crianças não têm acesso, também por ser lá que

se encontram os detergentes usados diariamente para a higienização do espaço.

A sala de atividades tem uma pequena despensa onde se encontra todo o

material de trabalho necessário para as atividades, é um espaço muito acolhedor,

alegre, iluminado e rico em espaços para as brincadeiras dos mais pequenos, mas

como a vida não é só brincadeira, tem seis mesas de trabalho também adequado ao

4 De acordo com dados fornecidos pela instituição.

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 8

tamanho das crianças para que estas possam realizar uma variadade indeterminavél

de desenhos ou até mesmo fichas de trabalho. A sala tem um computador com acesso

à internet para facilitar muitas vezes uma pesquisa aprofundada de moldes para

realizar trabalhos manuais ou eventuais ideias para convites de festas, desenhos para

as crianças e claro, como um auxílio para a educadora e para a assistente operancional

que trabalham naquele espaço.

No ano letivo de 1997/1998, foi aberta uma sala de Ocupação de Tempos

Livres (OTL) que, inicialmente, era frequentada pelas crianças do jardim de infância

e pelas crianças da escola do 1º Ciclo do ensino básico. A abertura desta OTL veio

dar resposta aos pais de maneira a facilitar e conciliar os seus horários uma vez que

já tinham onde poder deixar as crianças até mais tarde, deste modo as crianças do

bairro deixaram de ir para os jardins-de-infância particulares da cidade.

Com o surgir de uma nova lesgislação à especificidade etária dos grupos de

crianças destes níveis de ensino (Jardim de Infância e 1º Ciclo do ensino básico), no

ano letivo de 1999/2000, procedeu-se à separação dos mesmos. Assim foi criada a

Componente de Apoio à Família (CAF) dando assim uma maior resposta às

necessidades dos pais e um atendimento mais personalizado às crianças. Com a

abertura deste novo espaço provocou-se um número elevado de inscrições no Jardim

de Infância, quer de crianças residentes no bairro quer de outras zonas e localidades

da cidade, até passando mesmo a existir uma lista de espera. 5

Devido ao elevado fluxo de crianças no ano letivo de 2002/2003 foi criada

uma segunda sala do Jardim de Infância, esta sala funcionava num rés-do-chão de um

bloco habitacional, o espaço era constituído por um pequeno hall de entrada, uma sala

de atividades, uma casa de banho para adultos e uma casa de banho para crianças

(com sanitas e lavatórios também adequados), a sala não tinha luminosidade natural

suficiente tendo apenas uma janela grande na frente e umas pequenas janelas

retangulares na parte posterior.

O aquecimento era feito com dois aquecedores a óleo e um termo ventilador,

o chão era de mosaico tornando-se mais frio e escorregadio.

Na atualidade essa sala é inexistente devido ao menor número de crianças,

sendo hoje uma loja de material de caça e o espaço que antes era chamado de CAF

mudou de nome, sendo hoje chamado de Atividades de Animação de Apoio à Familía

5 De acordo com dados fornecidos pela instituição.

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(AAAF) tem funcionamento numa sala de um rés-do-chão de um bloco habitacional

(Figura 4) situada à frente da antiga segunda sala cujo horário de funcionamento é das

7h45 às 9h00 e do 12h00 às 18h30, nas interrupções letivas das 7h45 às 18h30.6

Figura 4 - Edifício da sala de AAAF

Fonte - Própria

6 De acordo com dados fornecidos pela instituição.

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Capítulo II – Enquadramento Teórico

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2 - A Animação Sociocultural

Por antecedentes de Animação, entendemos qualquer ação com dimensão

social, cultural e educativa que tenha por objetivo dinamizar programas junto das

populações.

Encontramos, a existência de inúmeros prenúncios de Animação em muitas

ações dos âmbitos cultural, social e educativo, durante a vigência da primeira

república portuguesa, nomeadamente através das universidades livres e universidades

populares que visavam promover, essencialmente, uma ação educativa, enquadrada

por uma metodologia com laivos de animação. Destacamos também como

antecedentes de animação a ação meritória do movimento associativo, as sociedades

de cultura e recreio, o cooperativismo, o sindicalismo, o catolicismo social e o

laicismo educativo que através de ações no campo social, cultural, educativo e

político promoveram um conjunto de iniciativas destinadas a levar o Homem a

interagir com o outro Homem.

O entendimento de Animação Sociocultural coincide com uma coceção

definida pela UNESCO (1977) que a toma por um conjunto de práticas sociais que

visam estimular a iniciativa e a participação das populações no processo do seu

próprio desenvolvimento, e na dinâmica global da vida sócio-política em que estão

integradas.

Uma Animação, assim entendida, remete para uma noção de participação

comprometida com o processo de transformação da sociedade, com implicações de

ordem económica, política, cultural e educativa, estes princípios definem o conceito

e o âmbito contemporâneo de Animação Sociocultural.

Encontramos programas, ações, atividades e motivações nos campos social,

cultural e educativo, que visaram consciencializar, alfabetizar, educar e levar o ser

humano a uma participação comprometida com o seu desenvolvimento social e

pessoal.7

Alguns autores definem a Animação Sociocultural, como:

Ander-Egg (1991) afirma que a ASC interrelaciona os indivíduos e os grupos

de todas as idades, num processo contínuo de crescimento. Assim, pretende

7 De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

Portugal” vol.1, n.1., out.2006/fev.2007

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desenvolver as competências e aptidões do indivíduo no grupo, a fim de participar no

seu ambiente social e de o transformar;

Bernet (2004, 26) entende que o conceito de ASC é um conjunto de ações

realizadas por indivíduos, grupos ou instituições numa comunidade e dentro do

âmbito de um território concreto, com o objetivo principal de promover nos seus

membros uma atitude de participação ativa no processo do seu próprio

desenvolvimento quer social quer cultural; 8

Ytarte (2007) refere as seguintes caraterísticas que definem um significado da

ASC: desenvolver o contacto com os seus destinatários; estimular a participação ativa

no meio em que está inserido; fomentar a expressão criativa e a diversidade cultural

dos indivíduos; e favorecer a comunicação e as relações entre as pessoas.

Silva e Moinhos (2010) expõem que a ASC aborda as várias dimensões e

desenvolve todos os aspetos do relacionamento, dos quais se podem destacar: a

dimensão pessoal, expressa na sua própria autonomia; a dimensão da comunidade e

cívica, que passa pela participação em grupo; a dimensão social e política, como a

participação na organização e nas estruturas sociais; a dimensão ideológica, como a

relação com o meio ambiente; e, por fim, a dimensão transcendente, enquanto

experiência que ultrapassa o imediato;

A Animação Sociocultural emerge a partir do 25 de Abril de 1974 e estende-

se até aos nossos dias através de seis fases:

- De 1974 a 1976, assistiu-se, em Portugal, à fase revolucionária da Animação

Sociocultural. Nesse período histórico, os governos provisórios e o Movimento das

Forças Armadas assumem a Animação Sociocultural como método eficaz para a

intervenção na comunidade, constituindo exemplos de referência a criação da

Comissão Interministerial para a Animação Sociocultural (CIASC) e as sucessivas

campanhas de dinamização cultural e Animação Cultural levadas a cabo.

- De 1977 a 1980, existiu uma nova fase da Animação Sociocultural, como a

fase Constitucionalista da Animação Sociocultural, onde toda a sua ação foi

determinada por instituições que, a partir de uma lógica concentracionista, assumiram

a centralidade da mesma.

8 De acordo com Animação sociocultural: teorias, programas e âmbitos (pp. 123- 130). Lisboa: Editorial

Ariel/Instituto Piaget.

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 13

- De 1981 a 1985, emergiu, em Portugal, uma fase designada como

Patrimonialista, caracterizada por uma intervenção centrada na preservação e

recuperação do património cultural.

- De 1986 a 1990, assumiu alguma relevância uma etapa caracterizada pela

passagem da Animação Sociocultural do poder central para o poder local.

- De 1991 a 1995, um novo período histórico surgiu, identificado como a fase

Multicultural e Intercultural, em consonância com o quarto pilar da educação,

aprender a viver juntos, que projectou a intenção de valorizar a ação educadora do

multiculturalismo.

- A última fase identificámo-la com o período que se inicia, em 1996, e nos

acompanha até hoje, caracterizando-a como a fase da Globalização que conduz a

Animação Sociocultural a intervir num quadro que integre e eleve o ser humano a

participar nos desafios que se lhe deparam, tornando-o protagonista e promotor da

sua própria autonomia.9

2.1 - Âmbitos da Animação Socioculrural

Falar em âmbitos de Animação Sociocultural significa ter presente a

perspetiva tridimensional respeitante às suas estratégias de intervenção:

- Dimensão Etária: infantil, juvenil, adultos e terceira idade;

- Espaço de Intervenção: animação urbana, animação rural;

- Pluralidades de âmbitos ligados a setores de áreas temáticas, como sejam: a

educação, o teatro, os tempos livres, a saúde, o ambiente, o turismo, a comunidade, o

comércio, o trabalho...

Todos estes âmbitos implicam o recurso a um vasto conjunto de termos

compostos, para designar as suas múltiplas atualizações e formas concretas de

atuação: Animação socioeducativa, Animação cultural, Animação teatral, Animação

dos tempos livres, Animação sociolaboral, Animação comunitária, Animação rural,

Animação turística, Animação terapêutica, Animação infantil, Animação juvenil,

Animação na terceira idade, Animação de adultos, Animação de grupos em situações

de risco, Animação em hospitais, Animação em prisões, Animação económica,

9 De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

Portugal” vol.1, n.1., out.2006/fev.2007

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 14

Animação comercial, Animação termal, Animação desportiva, Animação musical,

Animação cinematográfica, Animação de bibliotecas, Animação de museus,

Animação escolar, entre outros.

Para além destes, continuamente, outros termos poderão ser formados,

relacionados com potenciais novos âmbitos de Animação, cuja emergência é, por sua

vez, determinada por uma dinâmica social em constante mudança, que origina a

permanente promoção de relações interpessoais, comunicativas, humanas, solidárias,

educativas e comprometidas com o desenvolvimento e a autonomia.

Defendemos que estes âmbitos de intervenção, reflexos da ação humana, não

podem ser considerados estáticos nem autónomos uns em relação aos outros, estando

já consagrados a Animação Teatral, a Animação Turística, a Animação

Socioeducativa, a Animação na infância, na juventude, nos adultos, na terceira idade.

Todavia há que mencionar outras modalidades, como a Animação termal, a Animação

comercial, a Animação de prisões, a Animação de hospitais, a Animação comunitária,

a Animação de museus, a Animação de bibliotecas, a Animação terapêutica, a

Animação de rua, a Animação ambiental, na certeza que, no futuro, emergirão outros

âmbitos configurados por novas realidades e necessidades sociais.

A Animação Sociocultural, através dos diferentes âmbitos e com a realização

de programas que respondam a diagnósticos previamente elaborados e participados,

constitui um método para levar as pessoas a autodesenvolverem-se e,

consequentemente, reforçarem os laços grupais e comunitários.

2.2 - Animação Socioculrural e conceitos afins

É importante referir e analisar as relações da Animação Sociocultural com as

áreas que a complementam, com as quais tem uma afinidade concetual ou ainda com

as áreas nas quais a Animação Sociocultural ocupa uma função central.

Estas relações constituem um fator vital, na hora de intervir, e compreendem

a tríade educacional formada a partir da educação formal, educação não formal e

educação informal, convém referir que este conceito foi originariamente advogado

por Faure no início da década de setenta.

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 15

Na educação formal, a estratégia da Animação Sociocultural é operar como

um meio para motivar, complementar, articular saberes e potenciar aprendizagens

envolventes.

A educação não formal corresponde à esfera de actuação da Animação

Sociocultural, entendida como um conjunto de práticas que se realizam fora do espaço

escolar, portanto, associada à ideia de uma educação em sentido permanente e

atinente com o ciclo da vida da pessoa.

A educação informal considera a família e a comunidade como agentes

educativos. Há também que ter igualmente presente a estreita ligação fundada numa

relação de filiação entre a Animação Sociocultural e a Educação Popular. Dada a

importância para a história da Animação Sociocultural em Portugal, um conjunto de

ações promovidas em diferentes âmbitos, em que, através dos métodos ativos da

Animação, foi possível promover a educação comunitária, educação para a saúde,

educação intercultural e educação para o ócio e tempo livre.

Contemplamos ainda áreas ligadas ao código genético da Animação

Sociocultural sem as quais não é possível falar em programas de Animação, como

sejam, a democracia, a participação e o voluntariado.

A Animação Sociocultural liga-se a áreas nucleares e complementares que se

afiguram essenciais para a sua intervenção, como é o exemplo da educação, entendida

numa conceção que ultrapassa o espaço escola e se estende à vida, ao seu pulsar e

onde a articulação da educação com programas de Animação procura um mundo de

homens livres, solidários, conscientes, participantes e comprometidos com o

seu/nosso mundo, voluntários de causas nobres e lutadores de ideias e por ideais

assentes nas convicções de uma democracia que cumpra e realize os desideratos

sociais, económicos, culturais, políticos e educativos. Homens educados e formados

de uma forma dialógica com as pessoas e o mundo, numa valorização permanente da

vida vivida em comunhão.

Uma educação que projete, pela via da Animação, homens portadores da boa

esperança, seres que possam e devam assumir a sua voz, a sua opinião, a sua vontade

e que vivam no respeito pelas suas diferenças e semelhanças, sem temerem olhar para

o lado, homens que sejam cidadãos com cidadania e que se exprimam sem temerem

os poderes instituídos. Ser livre é assumir a liberdade de poder dizer o que se pensa

de forma responsável. Uma Animação que, através dos postulados das diferentes

áreas afins da Animação, leve o homem a partilhar saberes, vivências, a interagir e

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 16

estabelecer relações interpessoais profícuas, lutando contra a incomunicabilidade, o

medo e a mordaça. 10

2.3 - Modelos de formação de Animadores

Ao refletirmos sobre a evolução do Animador em Portugal e dos seus níveis

formativos salientámos algumas questões que nos parecem pertinentes e que explicam

o percurso de um conjunto de profissionais e voluntários que, ao longo da história da

Animação Sociocultural em Portugal, tiveram reconhecimento social pela ação

realizada junto das populações. Contudo, é também de realçar o cíclico adiamento do

reconhecimento institucional da profissão de Animador.

As notas que importam ainda acentuar prendem-se com o seguinte:

- A mudança qualitativa da formação: de uma formação eminentemente

prática, situada nas décadas de 70/80 evoluiu-se para uma formação teórico-prática

de nível secundário (Animador técnico-profissional) e de nível superior (Animador

técnico superior), a partir dos anos 90;

- Os anos 70 e 80 para a função de Animador era exigido possuir experiência

no campo prático da Animação, nos anos 90 chega-se a Animador a partir de uma

formação teórica auferida pelo espaço educativo formal e na maior parte das vezes

sem contemplar a prática da Animação;

- Os anos 70/80 é marcado por um modelo de formação de inspiração

francófona de onde assume relevar os seguintes formadores: Gelpi. Limbos, Imhof,

Simpson, Moulinier, Moechli, Hurstel e Besnard. A partir dos anos 90 opta-se por um

modelo acentuadamente Ibérico de onde despontam nomes como: Ander-Egg, Ucar,

Ventosa, Quintana, Puig, etc.

- A alteração operada em termos de sexo: de uma profissão esmagadoramente

masculina nas décadas de 70/80, opera-se uma acentuada mudança a partir dos anos

90 em que se assiste a um domínio feminino da profissão;

- Mudança no campo da intervenção: de um Animador militante e polivalente,

evoluiu-se para um perfil técnico de Animador centrada num âmbito específico;

10 De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

Portugal” vol.1, n.1., out.2006/fev.2007

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 17

- Alteração de rumo ao nível formativo: de uma formação de curta e media

duração evoluiu-se para uma formação centrada num percurso formativo de nível

universitário.

Os Animadores terão, no futuro, um crucial papel como agentes de

desenvolvimento, porque não existem, sistemas sociais e políticos que possam

dispensar a função do Animador. Mesmo que se caminhe para “sociedades perfeitas”,

elas não podem dispensar a ação dos Animadores.

A formação de Animadores deve ter presente um conjunto de princípios, de

conhecimentos e de práticas de que se destacam: ser animador tem obrigatoriamente

de ter presente a ética e a deontologia profissional; o seu perfil profissional, deve

possuir um quadro teórico sólido, isto é, formar para o saber.

Importa que esta formação tenha como referência, igualmente, a

especificidade da função, não um saber pelo saber, mas um saber que se liga a todos

os problemas que afetam o ser, a nossa condição de vida em grupo, as relações

interpessoais, em suma, um saber que eleve a dimensão humana do Animador.

Quando se ministra formação na área das técnicas e recursos para a Animação,

isto é, para o saber fazer, é necessário ter presente, por exemplo, que o teatro na

formação de um Animador não tem como preocupação central o produto espectáculo

teatral, mas sim o processo da criação, vivido a nível grupal, constituindo o teatro um

processo dinâmico que promove nas pessoas o encontro, a interação, a partilha de

afetos, a criatividade, a expressividade humana, a superação de medos, inibições,

bloqueios, que conduz as pessoas a viverem de forma livre e responsável.

É percetível que esta dimensão do teatro não pode ser dada pelo convencional

encenador, que apenas se centra na estética e no produto; o mesmo se passa com a

função da música, da expressão plástica, expressão motora, etc. Quando se ministra

formação nas áreas metodológicas, em Animação Sociocultural, é necessário

contemplar uma metodologia plural, holística e ligada à investigação/ acção/

participação.

A Animação como método ativo e vivo tem como princípio fundamental

animar as aprendizagens através de fóruns de discussão, tornar os espaços vivos,

transformando os livros armazenados em prateleiras, em histórias vivas com muitas

vidas cheias de expressividade, transformando museus, sem vida, em espaços de

cultura viva. Uma formação para a Animação requer um currículo centrado em

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 18

conteúdos, técnicas e recursos para a ação da Animação e destina-se à obtenção de

graus académicos ao nível de pós-graduações, mestrados e doutoramentos.11

2.4 - Perfil do Animador Sociocultural

A figura do animador desempenha um papel central no método da animação.

É ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do grupo através do uso

dos instrumentos que dinamizam as pessoas envolvidas por este método. Para que

desempenhe de maneira eficaz as suas funções, existem três áreas fundamentais que

o animador deve ter em conta: o ser, o saber e o saber-fazer. O ser, é constituído pela

sua identidade pessoal, o saber, refere-se aos conhecimentos que deve possuir para

desempenhar convenientemente a sua tarefa formativa. Além disso, um animador,

conforme a área específica do seu desempenho, terá uma formação consoante o seu

sector, o contexto e o conteúdo respectivos.

O saber-fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao grupo que

anima, a qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber.

2.5 - Funções do Animador Sociocultural

O Animador Sociocultural tem como funções:

➢ Promover a integração social;

➢ Organizar, coordenar e/ou desenvolver atividades de animação;

➢ Promover o desenvolvimento sociocultural de grupos ou comunidades;

➢ Desenvolver atividades de carácter desportivo, cultural e educativo;

➢ Elaborar relatórios das atividades;

➢ Incentivar e estimular grupos ou comunidades para participarem no

desenvolvimento do seu próprio meio;

➢ Transmitir conhecimentos educativos e culturais;

➢ Dinamizar a população;

➢ Contribuir para o desenvolvimento da cultura;

11 De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

Portugal” vol.1, n.1., out.2006/fev.2007

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 19

➢ Contribuir para o desenvolvimento da capacidade de autonomia,

criatividade e iniciativa de grupos ou comunidades;

➢ Facilitar processos de comunicação individual e em grupo;

➢ Intervir, juntamente com outros profissionais, em grupos de risco, com

comportamentos desviantes e junto de reclusos.

➢ Conhecer, valorizar e sensibilizar a comunidade para o matrimónio

natural e cultural.

2.6 - Perfil de competências do Animador Sociocultural

O Animador Sociocultural deve conseguir:

➢ Observar a realidade da Comunidade/Instituição utilizando técnicas e

instrumentos variados e identifica os seus recursos e carências, ao nível

individual, social, institucional e comunitário;

➢ Analisar e interpretar os dados recolhidos;

➢ Planificar e implementar os projetos de intervenção, em colaboração

interdisciplinar com outros profissionais que trabalham com a mesma

população;

➢ Participar em programas de integração social;

➢ Dominar conhecimentos científicos e socioculturais que lhe permite

trabalhar com grupos de pessoas, promovendo a integração social através

de diversos projetos. 12

Animar é um ato comunicativo e, portanto, bilateral. O animado não pode ser

mero objeto. É e deve ser tornado sujeito. Deve ganhar consciência do seu próprio

saber. Com a ajuda do animador surgirá uma consciência crítica, um desejo de crescer,

de criar, de produzir e não apenas reproduzir.

Ander. Egg refere: sensibilizar, organizar e mobilizar as pessoas para se

tornarem agentes ativos da sua própria promoção e na medida do possível, torná-los

conscientes do seu papel histórico.

12 De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

Portugal” vol.1, n.1., out.2006/fev.2007

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 20

A promoção da participação dos indivíduos tem que respeitar e ter em conta

as diferenças de cada um, quer sejam pessoais ou culturais. Impor uma forma única

de participação é, basicamente, a negação da participação. Assim, não há “fórmulas

mágicas” nem receitas de participação que se apliquem a todas as situações,

indivíduos ou contextos. Por isso a Animação Sociocultural não se pode reger por

uma única ética para todos, o Animador Sociocultural é necessariamente, também um

investigador dos outros, das outras culturas, de si próprio.

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Capítulo III – Estágio Curricular

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 22

3 - Estágio

O terceiro e último capítulo é referente a todo o trabalho desenvolvido ao

longo destes meses de estágio, onde é possível verificar e analisar todas as atividades

realizadas no Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro.

O OTL é um local com muita importância pois, cada vez mais, os pais têm

pouco tempo para educar os filhos, delegando essa função diretamente nas

instituições educacionais. Assim, o nível que atingiu a nossa cultura, não pode de

forma alguma a mesma ser transmitida unicamente no quadro restrito da família. É

na infância que a criança se prepara para o futuro, tendo de assimilar corretamente

hábitos, normas e valores sociais indispensáveis para o seu desenvolvimento e

aceitação social.

A instituição escolar tem uma enorme responsabilidade no desenvolvimento

da criança. Não só a criança passa grande parte do seu tempo, da sua vida, na escola,

como também esta se tornou o factor de garantia de grande parte das aprendizagens

fundamentais para a vida em sociedade.

O ensino deve ser realizado de uma forma cada vez mais motivadora e que

estimule a criança no seu interesse. Uma das formas de motivar as crianças a alcançar

um objectivo é através do jogo.

O jogo implica que haja esforço, trabalho, disciplina, originalidade e respeito

entre as crianças. Através do jogo, a criança encontra uma forma de alcançar os

objetivos traçados de forma motivadora que a eleva. O jogo permite, igualmente, que

a criança tenha uma vontade de se superar a si própria, para alcançar o objetivo

proposto.13

Para que a criança aceda a um lugar participativo, como é desejo de todos os

que se preocupam com a elevação da cultura da futura geração, ela precisa de ser

formada para interiorizar conceitos tão importantes como, cooperação, entreajuda,

respeito, lealdade, criatividade, entre outros.

Deve-se realçar o papel preponderante dos jogos no desenvolvimento da

criança. Os jogos estimulam os processos cognitivos, promovem a socialização e, em

função do jogo que se realize, poderão, inclusivamente desenvolver as capacidades

13 De acordo com os dados fornecidos in, https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/2296/1/JoséDuarte.pdf

consultado a: 10/10/2017

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 23

físicas e percetivas, enriquecendo o imaginário da criança e sendo, simultaneamente,

uma fonte de prazer e motivação para a criança, condição para que se realize um

trabalho eficaz.

O jogo é uma forma inteligente de criar nas crianças uma auto-disciplina e

sentido de cumprimento pelas regras propostas. As crianças têm uma perfeita noção

de que se infringirem as regras, poderão ser penalizadas no jogo. Têm a liberdade de

o fazer, mas, se o fizerem, terão de se responsabilizar pelos seus atos. O respeito e

empenho na atividade de jogo é inclusivamente, um exercício de cidadania porque

também na sociedade em que vivemos, temos regras de conduta e leis que se não as

cumprirmos, teremos de ser responsabilizados pelos nossos atos.14

Quanto à minha intervenção na instituição, primeiramente o meu estágio

passou por um pequeno período de observação e conhecimento tanto das crianças

como das normas de trabalho, assim como também à minha adaptação na própria

instituição.

Numa segunda fase, tive a oportunidade de desenvolver atividades/ jogos

dentro das temáticas abordadas propostas por mim, participar e auxiliar as atividades

(Anexo I) que já faziam parte dos planos de atividades da instituição, assim como

remodelar toda a decoração vitral da sala de atividades. Além disso tive o privilégio

de poder acompanhar as crianças a todas as visitas de estudos da instituição.

Por fim posso confirmar que todos os ensinamentos ao longo destes três anos

da licenciatura de Animação Sociocultural têm de ser ajustados conforme o

público-alvo com quem estamos a trabalhar, assim que nos deparamos com a

realidade verificamos que tudo tem de ser moldado e ajustado, acabou por ser um

desafio bastante enriquecedor e gratificante na medida que pude aplicar técnicas

aprendidas ao longo do curso, tais como jogos e atividades que contribuíram para um

melhor deselvolvimento de cada criança.

14 De acordo com os dados fornecidos in, https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/2296/1/JoséDuarte.pdf

consultado a: 10/10/2017

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 24

3.1 - Objetivos

Todas as intervenções que são feitas têm de ser realizadas em prol de pelo

menos um objetivo principal, a intervenção sociocultural pretende atinguir um grande

objetivo:

➢ Contribuir para a formação e realização integral dos indivíduos,

promovendo o desenvolvimento das suas capacidades, estimulando a sua autonomia

e criatividade, incentivando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e

democraticamente intervenientes na vida da comunidade.

Como uma boa animadora e uma boa profissional é

fundamental/essencial conhecermos o público-alvo com quem vamos trabalhar, para

podermos delinear e definir os nossos objetivos. Só através deste modo e que se pode

planificar atividades da forma mais correta, pois todos os objetivos têm uma meta a

ser alcançada, pensei em atividades que pudessem ser desenvolvidades de acordo com

os objetivos que já tinha em mente. Para que estes objetivos sejam alcançados com

sucesso temos de saber aplicar os nossos conhecimentos de forma a que não haja

grandes discrepâncias do que se pretendia.

No decorrer de todo o meu estágio delineei quais os objetivos gerais e os

objetivos específicos.

Os objetivos gerais são:

➢ Promover a atividade em grupo de forma a desenvolver uma melhor

qualidade de vida através das expressões;

➢ Estimular o deselvolvimento global da criança, sempre respeitando as

suas características individuais;

➢ Sensibilizar a partilha;

➢ Promover a autoestima de cada criança;

➢ Desenvolver o corpo e a mente para novas realidades.

Os objetivos específicos são:

➢ Promover a autonomia;

➢ Desenvolver a imaginação e criatividade;

➢ Promover uma maior concentração;

➢ Promover a atenção;

➢ Dinamizar atividades para aprendizagem, reflexão, crescimento

pessoal e social.

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➢ Proporcionar interação, alegria e dinamismo.

3.2 - Metodologias de intervenção

As metodologias de intervenção são sem mais nem menos todos os métodos

usados para colocarmos em prática as atividades, para que estas possam ser

desenvolvidas têm de ser pensadas e também avaliadas para saber se nos é possível

aplicá-las e se vão ao encontro dos objetivos que tínhamos delineado.

Ao longo do meu estágio fui acompanhada por uma educadora e por uma

assistente ocupacional na valência de jardim de infância e, na AAAF, por outra

assistente ocupacional. No jardim de infância a educadora estava responsável pelo

meu desenvolvimento e todo o desempenho na instituição, assim como também na

minha integração nos trabalhos que se realizavam.

Já estava integrado um programa de aulas letivas na qual viriam docentes de

fora da instituição para lecionar as mesmas, eu teria de me integrar para poder ajudar

na realização dessas aulas, só em horas que não se realizassem quaisquer aula é que

poderia realizar as atividades propostas por mim.

Com o passar do tempo e após conhecer cada criança e as suas caraterísticas

com quem desenvolvia as atividades foi cada vez mais fácil desenvolver as mesmas,

muitas vezes já eram elas que me pediam se poderíamos repetir.

3.2.1 - Expressão Plástica

O termo Expressão Plástica foi adotado pela educação pela arte

portuguesa, para designar o modo de expressão-criação através do manuseamento e

modificação de materiais plásticos.

A expressão plástica é essencialmente uma atitude pedagógica diferente,

não centrada na produção de obras de arte, mas na criança, no desenvolvimento das

suas capacidades e na satisfação das suas necessidades. As artes plásticas ao serviço

da criança e não esta ao serviço das artes plásticas. Esta posição e atitude educacional

tanto poderá estar presente nas aulas e ateliers de artes plásticas como poderá

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constituir uma terceira área de intervenção educacional sob a forma, por exemplo, de

jogos de criação e expressão plástica.15

A expressão plástica é essencialmente uma atividade natural, livre e

espontânea da criança. O seu principal objetivo é a expressão das emoções e

sentimentos através da criação com materiais plásticos. Não se pretende a produção

de obras de arte nem a formação de artistas, mas apenas a satisfação das necessidades

de expressão e de criação da criança. Desenha-se, pinta-se e modela-se apenas pelo

prazer que esses atos proporcionam e não com a intenção de produzir algo que seja

“arte”. É a ação que interessa, é o ato de criar que é expressivo e não a obra criada.

As crianças em idade pré-escolar têm uma grande capacidade de representar o

seu conhecimento do mundo por modalidades e meios muito diversos, sendo que,

muitos destes não dependem de todo da língua, ou estão apenas em parte relacionados

com ela: desenhar, fazer modelos de três dimensões, ações de imitação ou de

“simulação” (cantar, dançar, etc. …). “Utilizar diferentes formas de linguagem, quer

ela seja verbal ou gráfica, para representar um mesmo tema ou conceito, permite à

criança desenvolver e aprofundar os seus conhecimentos acerca do mesmo”

(Formosinho et al., 1996, p. 102).

Giovanni refere como, arte “significa ter mais linguagens e mais

linguagens significa diferentes formas de ver e representar o Mundo” (cit. em

Formosinho et al., 1996, p. 102), deste modo, a expressão artística, permite à criança

desenvolver o seu espírito crítico, ao mesmo tempo que lhe permite integrar e

expressar os seus sentimentos e emoções relativamente aos novos acontecimentos

com que se depara no dia-a-dia.

“As artes comunicam o que há de humano em cada um de nós. Elas

despertam a aprendizagem porque tocam o verdadeiro ser interior, a perspetiva do eu

não-corporal, a parte que permanece fora do domínio da ciência – o espírito, o reino

dos sonhos, do afeto, da ousadia e da dedicação. As artes, como as ciências, são

sistemas simbólicos que comunicam significados a respeito do mundo” (Spodek &

Saracho, 1998, p. 352).

A educação artística, e deste modo também a expressão plástica, é, então,

uma educação voltada para o desenvolvimento harmonioso da personalidade, isto é,

uma educação que atua por igual em todas as dimensões da personalidade do ser

15 De acordo com: https://pequenarte.wordpress.com/expressao-plastica/ consultado a: 21/10/2017

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humano (biológicas, afetivas, cognitivas, sociais e motoras), proporcionando desse

modo, um crescimento harmonioso da criança.

Dorance (2004) refere, as atividades de expressão plástica baseiam-se no

prazer sentido pela criança ao tocar, manipular, olhar, fazer. Permitem-lhe comunicar,

manifestar as suas emoções, a sua personalidade. Ao criar objetos plásticos, a criança

desenvolve o poder da imaginação e da invenção, descobre o prazer de se exprimir.

A criatividade e a expressão infantis implicam amadurecimento, capacidade

de comunicação, nível percetivo e motor, grau de motivação, bem como

conhecimentos da aplicabilidade de certas técnicas no seu trabalho criativo.

A expressão plástica favorece ainda a aquisição da autonomia:

progressivamente, a criança aprende a ultrapassar as dificuldades; aprende a escolher

os utensílios e os materiais necessários ao seu projeto, a ter iniciativa. Torna-se capaz

de fazer escolhas; aprende a justificá-las, desenvolvendo as capacidades de descoberta

e de aprender por si própria.

O contato com a pintura constitui ainda momentos privilegiados de acesso à

arte que se traduz por um enriquecimento da criança, ampliando o seu conhecimento

do mundo e desenvolvendo o sentido estético (Silva et al, 1997).

A expressão plástica uma das áreas que possibilita à criança exprimir o seu eu,

satisfazendo a sua necessidade e desejo de criar e representar tudo aquilo que

vê/sente/pensa, é natural que esta assuma uma posição de destaque nas atividades

proporcionadas à criança.

É importante para mim realçar a definição de Expressão Plástica e qual a sua

importância para a vida das crianças porque muitas das atividades desenvolvidas no

meu estágio realizadas por mim apliquei a expressão plástica, como por exemplo a

confeção do jogo do galo para a celebração do dia da criança, dos ovos da páscoa, das

cestas em forma de pintainho, da capa do DVD do filme de final de ano entre outros.

3.2.2 - Expressão Físico Motora

O corpo que a criança vai progressivamente dominando desde o nascimento e

de cujas potencialidades vai tomando consciência, constitui o instrumento de relação

com o mundo e o fundamento de todo o processo de desenvolvimento e

aprendizagem.

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Ao entrar para a educação pré-escolar a criança já possui algumas aquisições

motoras básicas, tais como andar, transpor obstáculos, manipulação de objetos de

forma mais ou menos precisa.

Tendo em conta o desenvolvimento motor de cada criança, a educação pré-

escolar deve proporcionar ocasiões de exercício da motricidade global e também da

motricidade fina, de modo a permitir que todas e cada uma aprendam a utilizar e a

dominar melhor o seu próprio corpo.

Sendo assim a educação pré-escolar deve contribuir um desenvolvimento

multilateral, eclético, inclusivo e harmonioso das crianças. Neste contexto são

definidos alguns objetivos gerais que passamos agora a enunciar:

➢ Fortalecimento da saúde da criança;

➢ Desenvolvimento de uma postura corporal correcta;

➢ Desenvolvimento físico harmonioso;

➢ Desenvolvimento de movimentos fundamentais;

➢ Desenvolvimento da auto-confiança e auto-estima;

➢ Desenvolvimento de capacidades físicas;

➢ Desenvolvimento de qualidades morais e volitivas;

➢ Incutir o gosto pela actividade física;

➢ Desenvolvimento do espírito cooperativo de grupo e o fortalecimento

das relações humanas.

3.3 - Atividades Desenvolvidas

Quando se envolve numa atividade, a criança começa a compreender e a

assimilar a realidade, testa novas experiências e adquire novos conhecimentos ao

mesmo tempo que desenvolve e afirma a sua personalidade.

É importante que os jogos/atividades sejam adequados à idade e fase de

desenvolvimento da criança pois só assim consegue sentir-se motivada para a

atividade.

No início, as atividades eram sempre orientadas por mim, para dar um

propósito e ensinar as regras, mas é importante que a criança se liberte e use a

imaginação para reinventar novas formas de se divertir.

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Quando joga e brinca, a criança diverte-se, interage com os outros, aprende as

regras sociais e explora o mundo que a rodeia de uma forma compreensível para as

competências próprias esperadas em cada uma das fases de desenvolvimento.

As atividades permitem praticar a vida, desenvolver as competências

emocionais e sociais ao mesmo tempo que interiorizam comportamentos, atitudes e

conhecimentos específicos.

1 - Jogo do “Oh Senhor Barqueiro”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover a criatividade;

➢ Estimular o sentido de decisão;

➢ Criar um momento de pura diversão;

➢ Desenvolver o espírito de equipa;

Duração: 35 minutos.

Materiais: Não foram necessários materiais.

Descrição: Colocam-se as crianças em fila, neste caso os oito elementos da

instituição. Dispõem-se de forma a apoiar os braços na cintura da criança da frente de

forma a facilitar o apoio das crianças mais baixas. A primeira criança da coluna é a

mãe.

Fora da fila, estão duas crianças que são os barqueiros, colocam-se um em

frente ao outro, com os braços levantados e as mãos dadas, formando uma ponte ou

arco. Atribuem a cada uma um nome, combinado entre si e sem os outros escutarem:

um nome de fruta.

As outras crianças passam em fila, por baixo da ponte dos barqueiros,

enquanto cantam:

“Oh Senhor Barqueiro

deixai-me lá passar,

tenho filhos pequeninos

não os posso sustentar.

Passará, não passará

algum deles ficará,

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se não for à mãe à frente,

é o filho lá de trás.”

Quando passa a última criança da fila, fica presa entre os braços dos

barqueiros, que os baixam e prendem esta criança por cima dos ombros. Os barqueiros

perguntam à criança presa, em voz baixa, qual dos nomes (anteriormente combinados

por eles) é que ela escolhe, não mencionando, qual o barqueiro correspondente a cada

nome. Consoante a escolha, a criança vai para trás do barqueiro, correspondente ao

nome que ele escolheu.

O jogo continua, até que todas as crianças da fila se coloquem atrás dos

barqueiros, formando dois grupos. Então, desenha-se um risco no chão, entre os dois

barqueiros. Estes agarram-se pelos pulsos e as crianças que estão atrás deles,

agarram-se umas às outras pela cintura. Cada barqueiro e seus companheiros puxam

o outro grupo a fim de que este atravesse o risco. Ganha o jogo, o grupo do barqueiro

que não transpôs o risco.

Resutados obtidos: Este jogo era um dos preferidos das crianças, tínha sempre de

fazer uma repetição do jogo 8 vezes de forma a que todos os elementos pudessem

fazer de “mãe”.

2 - Jogo da “Cabra Cega”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover a atenção;

➢ Estimular a memória;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Estimular a audição;

➢ Estimular o tato;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 20 minutos.

Materiais: Um lenço opaco.

Descrição: Colocam-se as crianças em forma de círculo, e uma delas é escolhida

aleatoriamente para ser a “cabra cega” seguindo-se para o centro do círculo, os seus

olhos são vendados com o lenço. Posteriormente, as restantes crianças têm de se soltar

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do círculo espalhando-se de forma o mais silenciosa possível e assim que recebam

ordens ficarem estáticas.

São dadas três voltas à criança que foi escolhida aleatoriamente para que esta

fique o mais baralhada possível, dificultando a descoberta dos colegas, assim que as

voltas terminem a criança vai tentar apanhar um dos elementos que está em jogo

tentando descobrir qual é o nome do colega que apanhou, o colega que foi apanhado

é a próxima “cabra cega”.

Resutados obtidos: Este jogo para além dos objetivos delineados serviu para as

crianças darem umas valentes risadas uns com os outros, assim que a “cabra cega”

apanhava algum colega (Figura 5), este por sua vez começava logo a rir de maneira a

que fosse mais fácil adivinhar quem teria apanhado, tínha sempre de fazer uma

repetição do jogo 8 vezes de forma a que todos os elementos pudessem fazer de “cabra

cega”, se alguma criança fosse em direção de algum colega que já tivesse sido eu

rapidamente colocaria uma criança que ainda não tivesse sido à sua frente. Para

terminar o jogo e a criança que fez de “cabra cega” teve que adivinhar quem estava à

sua frente, era eu com algumas modificações, cabelo apanhado, estava de joelhos e

pus óculos (características diferentes).

Figura 5 - Jogo da “Cabra Cega”

Fonte - Própria

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3 - Jogo da “Barra do lenço”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Desenvolver a capacidade de reação;

➢ Desenvolver o raciocínio e o pensamento;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover a atenção;

➢ Estimular a memória;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Estimular a audição;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 25 minutos.

Materiais: Um lenço.

Descrição: Fazem-se duas equipas com o mesmo número de jogadores aos quais

serão atribuídos cores iguais (por exemplo: amarelo, laranja, azul, verde) para ambas,

decididos secretamente por cada equipa. As equipas ficam frente a frente separadas

pela mesma distância. No meio do terreno, num dos lados, fica o juiz com um lenço

pendurado na mão, que vai chamando, um de cada jogada, as várias cores que estão

em jogo. Os jogadores das duas equipas, que tenham a cor que foi chamada, correm

e tentam ficar com o lenço sem serem tocados pelo adversário, e, seguidamente, fugir

para uma das barras (zona das equipas), para assim somar pontos.

Resutados obtidos: No ínício do jogo, confesso que foram aparecendo algumas

dificuldades na realização do mesmo, algumas crianças esqueciam-se das cores que

lhe eram atribuídas, de maneira que para a realização do jogo com sucesso resolvi

pedir auxílio à Dª Paula (Assistente Operacional). Modifiquei os números pelas cores

para de certa forma facilitar o jogo às crianças com 3 anos, até atribuindo-lhe as suas

cores preferidas sem que os seus colegas se apercebessem.

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4 - Jogo da “Macaca”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover o equilíbrio;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Estimular a memória;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 30 minutos.

Materiais: Um giz e uma pedra

Descrição: Desenha-se o percurso no solo. O espaço exterior em frente da casa

número 1 é a "Terra" e o semicírculo superior é o “Céu”. O primeiro jogador lança

uma pedra do espaço designado por “Terra”, procurando acertar na primeira casa. Se

a pedra tocar na linha ou sair para fora, joga o jogador seguinte. Se acertar, o jogador

fará o percurso para a apanhar, para isso o jogador deve sair ao pé-coxinho de casa

em casa, exceto sobre a que possuiu a pedra. Nas casas 4/5 e 7/8 deve pisar com um

pé em cada uma, simultaneamente. Ao chegar ao “Céu”, pode descansar. A partida

da casa anterior à da pedra, o jogador apanha-a, ao pé-coxinho, e termina o circuito.

Se conseguir realizar todo o percurso, volta a lançar a pedra para a casa seguinte. Se

falhar, passa a vez ao jogador seguinte e na próxima ronda prosseguirá a partir dessa

casa.

Resutados obtidos: As crianças também adoram jogar este jogo, aqui resolvi fazer

totalmente o contrário dos outros jogos/atividades, não fui eu a mentora do jogo,

foram as próprias crianças. Como é um jogo que elas já estavam acostumadas a

realizar, e era fácil para elas explicarem os procedimentos e as regras do jogo abordei-

as dizendo que não conhecia o jogo mesmo tendo eu conhecimento do mesmo.

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5 - Jogo do “Anel”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 15 minutos.

Materiais: Um anel.

Descrição: É escolhida uma criança aleatoriamente para passar o anel. As restantes

crianças do grupo formam um círculo e todas ficam com as mãos unidas e

entreabertas, como uma concha fechada. A criança escolhida também posiciona as

mãos em formato de concha, mas com o anel dentro. Esta por sua vez, deve passar as

mãos da criança por dentro das mãos de cada jogador. Passado um momento ele

escolhe um dos jogadores e deixa o anel cair nas mãos dele sem que o resto do grupo

se aperceba. Depois a criança deve passar, pelo menos, mais uma vez por todos os

jogadores do cículo novamente, para que ninguém desconfie onde está o anel. Depois

disso, escolherá outro jogador que não esteja com o anel e este deve adivinhar onde

este está. Se acertar será a vez de ele passar o anel.

Resutados obtidos: É um ótimo jogo para promover a concentração das crianças,

serve também como forma para as acalmar quando estão agitadas e/ou uma ótima

terapia depois das aulas de ginástica.

6 - Jogo do “Terra, Mar e Barco”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover o equilíbrio;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

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➢ Promover a atenção;

➢ Estimular a memória;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 25 minutos.

Materiais: Fita-cola colorida.

Descrição: No início do jogo, define-se que os lados dos traços, um é o “Mar”, o

outro é a “Terra” e, por último, o “Barco” (Figura 6). Primeiramente era eu que estava

no comando da atividade para dar o exemplo às crianças e mais tarde era escolhida

uma criança para dar a voz de comando, que será “Mar”, “Terra” ou “Barco”. A esta

ordem, os jogadores tinham de dar um salto para o lado correspondente. A voz de

comando não obedece a qualquer sequência, o que quer dizer que não obedece à

ordem aqui descrita, assim como pode ser dada repetidamente para testar a

concentração dos jogadores. Sempre que um jogador se enganar, saltando para o lado

errado, ou ficando no mesmo lado, em vez de saltar, sai do jogo. O jogo termina,

quando ficar apenas em jogo um participante, que será o vencedor.

Resutados obtidos: Um dos jogos que me deu mais gosto de realizar com as crianças,

elas divertiam-se imenso, quando era eu a comandar, variava a rapidez com que dizia

Terra, Mar ou Barco sempre com o intuito de testar a atenção e concentração das

crianças. Todas as crianças tiveram a oportunidade de ser o “comando” do jogo como

em todas as atividades.

Figura 6 - Jogo do “Terra, Mar e Barco”

Fonte - Própria

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7 - Jogo da “Apanhada”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a prática do exercício físico;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 20 minutos.

Materiais: Não foram necessários materiais.

Descrição: A apanhada é um jogo em que um jogador escolhido aleatoriamente fica

a apanhar. Os outros terão de evitar serem apanhados pela pessoa que ficou a apanhar,

por isso terão de correr pelo campo e podem refugiar-se na “casa”, sítio onde não

podem ser apanhados (Não poderam permanecer muito tempo nesse sítio que for

escolhido como “casa”). O vencedor será o que for apanhado em último. A primeira

pessoa a ser apanhada será a pessoa a apanhar no próximo jogo.

Resutados obtidos: Este jogo tem muito sucesso entre as crianças, adoram andar a

correr umas atrás das outras, é boa maneira de gastarem toda aquela energia que têm

de uma maneira lúdica.

8 - Jogo do “Macaquinho do Chinês”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover o equilíbrio;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 30 minutos.

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Materiais: Não foram necessários materiais

Descrição: Junto e de frente para uma parede está um jogador, de costas voltadas para

os outros participantes. Este jogador vai dizer “um, dois, três, macaquinho do chinês”.

Enquanto esta frase é dita os jogadores deslocam-se o mais depressa possível para a

parede. Quando o jogador terminar a frase volta-se para os participantes do jogo. Os

jogadores que forem apanhados em movimento regressam ao ponto de partida. Ganha

o primeiro que conseguir tocar na parede sem ser visto.

Resutados obtidos: O jogo do macaquinho do chinês é um jogo super interessante

de se fazer com as crianças, a partir deste jogo pode-se ver quais são as crianças mais

impacientes, as que querem ficar sempre em primeiro, mesmo se for preciso quebrar

as regras, que neste caso, eu estava a colocar na realização do jogo, mencionei que

era proíbido correr (para os mais velhos não ganharem sempre aos mais novos), tinha

o caso de uma criança que corria sempre com a ideia de vencer o jogo, como essa era

uma regra que eu incuti, ao quebrá-la voltava para trás para o ponto de partida, quando

se começou a aperceber que estava a fazer mal, começou a jogar o de maneira correta.

9 - Jogo “O Rei manda”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Promover a capacidade de respeitar;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 30 minutos.

Materiais: Não foram necessários materiais.

Descrição: Através deste jogo pude trabalhar vários conceitos, por exemplo a rotina

diária, o que os animais fazem, entre outros. Inicialmente comecei, por fazer de rei e

dei por exemplo a seguinte instrução: “o rei manda escovar os dentes!” e todas as

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crianças tiveram de fazer o movimento de escovarem os dentes e assim

sucessivamente dependendo do tema. É importante referir que as crianças só devem

obedecer quando se diz a frase”o rei manda…”, sem ela as ordens não têm efeito.

Resutados obtidos: Todas as crianças tiveram de passar pelo papel de “rei”, confesso

que me deixaram impresionada, porque as crianças têm muita criatividade e

imaginação e, por vezes, relatavam ações super engraçadas.

10 - Jogo “Bowling”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Promover a capacidade de respeitar;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 35 minutos.

Materiais: Dez pinocos, uma bola, um caderno e uma caneta.

Descrição: Coloquei o nome das oito crianças numa folha, enquanto terminava essa

ação, pedi para que estas formassem uma fila de forma aleatória. Assim que estava a

fila formada, comecei a colocar os pinocos em forma de triângulo no chão (com uma

distância razoável das crianças uma vez que o objetivo do jogo é derrubar os pinocos),

cada pinoco derrubado equivale a um ponto. Ao final de dez jogadas de cada criança,

visualizei quem tinha mais pontuação na folha e qual seria o vencedor, no caso de

empate eram ambos vencedores do jogo. No final de cada jogada a criança tinha de

colocar um risco à frente do seu nome por cada pinoco derrobado.

Resutados obtidos: As crianças divertiram-se imenso, neste jogo pode ver-se a

amizade verdadeira e a pureza das crianças, quando os colegas falhavam alguma bola

e não conseguiam pontuar alguma vez, os mesmos diziam: “repete, não mandaste

bem, manda de x maneira que assim já consegues”.

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11 - Jogo das “Cadeiras”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Desenvolver a capacidade de reação;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 35 minutos.

Materiais: Como as crianças eram oito, foram precisas 7 cadeiras e um rádio.

Descrição: Colocam-se as cadeiras costas com costas de maneira a formar uma roda

ou uma fila. O número de cadeiras tem de ser sempre inferior ao número

dos participantes. Os participantes só tem de andar ao redor das cadeiras ao som de

uma música. Quando a música parar, rapidamente todos devem procurar sentar-se

numa das cadeiras. Haverá sempre alguém que fica de pé. Esse participante terá que

sair do jogo. Deve-se retirar então uma cadeira e começar tudo de novo. Quando

restarem apenas dois jogadores e uma só cadeira, terão de se deslocar os dois no

sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Ao som da música andam de volta das

cadeiras até a música parar (Figura 7). O jogador que for o mais rápido a

sentar-se na restante cadeira ganha.

Resutados obtidos: Este jogo foi sem dúvida uma maneira de recordar os meus

tempos de infância, recordar o quanto nos podemos divertir sem precisar de muita

coisa, as crianças gostam imenso de jogar, neste jogo apenas me limitei a parar a

música quando foi necessário.

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Figura 7 - Jogo das “Cadeiras”

Fonte - Própria

12 - Jogo do “Camaleão”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Desenvolver a capacidade de reação;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 35 minutos.

Materiais: Não foram necessários materiais.

Descrição: Coloca-se uma criança (camaleão), escolhida aleatoriamente, junto à

parede, virada para ela e de olhos fechado e/ou tapados pelas mãos. As restantes

crianças estão colocadas à vontade, a uma distância de cerca dez metros. Ao sinal de

início de jogo, as crianças perguntam em coro àquela que está junto da parede:

“Camaleão, de que cor?” O camaleão responde dizendo uma cor, como por exemplo

rosa. Mal diz a cor, o camaleão vira-se e começa a correr atrás dos colegas, que fogem.

Ao fugir, as crianças procuram um objeto da cor escolhida e tocam nele, a fim de se

livrar e o camaleão não as poder caçar. Só pode caçar aquelas crianças que ainda não

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se livraram, ou seja, não tocaram na cor pretendida. Se o camaleão tocar em alguém

antes de se livrar, este passa a ser o novo camaleão. Se o camaleão não conseguir

caçar ninguém, continua nessa função. Quando as crianças perguntam: “Camaleão,

de que cor?” e este responde: “Cor de burro a fugir”, as crianças têm de permanecer

imóveis, aquela que se mexer perde e passa a ser o novo camaleão.

Resutados obtidos: Foi um dos meus jogos preferidos, as crianças sentiram-se muito

entusiasmadas a realizar este jogo, além de divertido é uma excelente maneira de as

crianças aprenderem a estar concentradas a ouvir o que o cameleão diz, é um jogo que

requer muita atenção e concentração, e claro é um maravilhoso meio de elas se

ajudarem umas às outras, começavam a gritar para os colegas: “vai para ali, olha a

camisola da x pessoa!”

13 - Jogo das “Escondidas”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Desenvolver a capacidade de reação;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 25 minutos.

Materiais: Não foram necessários materiais.

Descrição: Escolhe-se uma criança de forma aleatória para contar até determinado

número. Enquanto essa criança conta de olhos fechados voltada para a parede, as

restantes vão-se esconder. A seguir, essa criança vai procurar os restantes jogadores

saindo da parede dizendo: “Aqui vou eu!”.

A primeira pessoa a ser encontrada é a próximo ficar a contar, se alguém que está

escondido, conseguir chegar à parede onde se salva e disser: “Salva todos!” Volta a

ser a mesma pessoa a contar.

Resutados obtidos: Começo por dizer que foi um divertimento este jogo, as crianças

queriam esconder-se atrás de mim, queriam esconder-se em sítios que o colega que

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estava a “apanhar” tivesse logo visão, não tendo noção que estavam visíveis e

pudessem ser apanhados.

14 - Jogo do “Quente e Frio”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Desenvolver a capacidade de reação;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Sentido de orientação;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 35 minutos.

Materiais: Um objeto pequeno.

Descrição: Enquanto uma das crianças escolhida aleatoriamente escondia um objeto

na sala de atividades, as restantes aguardavam (no hall de entrada), aposto o sinal

dado por mim a criança que se encontrava dentro da sala chamava os colegas, estes

tinham que procurar o mesmo. As únicas indicações de quem podiam ouvir era da

criança que tinha escondido o objeto esta iria dizer "frio, gelado" quando estivesse

muito distante do objeto, "morno, quente" quando começasse a aproximar-se e "a

ferver, a escaldar" quando já estivesse mesmo em cima do objeto.

Resutados obtidos: Este jogo foi realizado vezes sem conta a pedido das crianças,

amavam completamente este jogo, todas as crianças que aguardavam no hall de

entrada do jardim, estavam sempre à guarda da Dª Paula (Assistente Operacional),

ansiosas para que a criança que estivesse comigo dentro da sala as pudesse chamar,

todas tiveram o privilégio de esconder o objeto, quando fui eu sozinha a esconder o

objeto, coloquei-o em cima de uma cadeira da sala, visível aos olhos de toda a gente

e as crianças com o pensamento que o objeto estava escondido procuravam em todos

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os lugares o engraçado é que para onde uma ia as outras iam atrás mesmo eu dizendo

que pudessem estar geladas.

15 - Cesta para a Páscoa/ Ovos de decoração da sala

Objetivos:

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade fina;

➢ Promover a autonomia;

➢ Desenvolver o sentido do tato;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover a destreza manual;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade.

Duração: 40 minutos por dia até ter terminado a cesta.

Materiais: Cartolinas brancas, tesouras, papel celofane, goma eva (vermelha,

amarela e laranja), caneta de feltro, pacotes de leite dos mais pequenos, cola quente,

tintas de variadas cores, uma pinga de óleo, água, pincéis, um alguidar, picos para

picotar, fita de embrulho, furador e ovos da Páscoa de chocolate.

Descrição: Com ajuda da assistente operacional e da educadora comecei por forrar

os pacotes de leite, previamente bem limpos, com a goma eva vermelha,

seguidamente numa cartolina branca fizemos ovos da Páscoa, uns de grande dimensão

outros mais pequenos para os colocar na cesta em forma de bilhete. Enquanto isso as

crianças foram picotando o pintainho, previamente feito na goma eva amarela através

de um molde. Seguidamente cada criança teve que recortar dois óvos da Páscoa que

se encontravam em uma cartolina branca (o de grande dimendão e o mais pequeno),

os ovos de grande dimensão serviram para efeite da sala de atividades e os mais

pequenos para efeite da cesta. Foi chamada uma criança de cada vez para vir ter

comigo, tendo eu um alguidar com água, um pouco de tinta de várias cores e um

bocadinho de óleo.

Agarravam no ovo e depois “mergulhavam-no” naquela mistura (Figura 8), e

com ajuda do pincel puxavam um pouco mais a tinta com o objetivo de o ovo ficar

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mais colorido. Assim que esta ação terminava, colocavam-se os ovos a secar de um

dia para o outro.

Quando os ovos estavam secos e os pintainhos todos picotados, cortei um

pedaço muito pequeno de goma eva laranja em forma de triângulo para o nariz do

pintainho.

Por fim colei o pintainho à “cesta” (Figura 9), as crianças embrulharam no

papel celofane os ovos de chocolate (as mesmas unidades para cada criança), furámos

os ovos pequeninos para decoração da cesta, os de grande dimensão que passaram

pelo mesmo processo dos pequeninos mas estes para decoração da sala de atividades.

Resutados obtidos: Uma ótima recordação da Páscoa para as crianças partilharem

com os seus familiares. As crianças adoram fazer trabalhos manuais, como é normal,

os mais novos apresentam mais dificuldade em picotar não por falta de habilidade

mas sim por falta motricidade fina, pelo que tive de auxiliar essas crianças.

Figura 8 - Pintura do ovo de grande dimensão

Fonte - Própria

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Figura 9 - Resultado final da cesta da Páscoa

Fonte – Própria

16 - Flutua ou Não Flutua

Objetivos:

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a autonomia;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção.

Duração: 15 minutos.

Materiais: Dois alguidares de diferentes cores, água, dois ovos de esferovite, duas

cascas de nozes, duas pedras, dois parafusos, duas rolhas, dois anéis, duas borrachas.

Descrição: Foram formadas duas equipas, uma das meninas (Figura 10) e outra dos

meninos (cada uma com quatro elementos) cada equipa com o seu alguidar e com os

diferentes objetos, as crianças colocaram os objetos dentro do alguidar e teriam de

dizer quais eram os objetos que flutuavam e os que não flutuavam. (Anexo VI)

Resutados obtidos: No início foi um bocado confuso para as crianças apesar de se

ter explicado que o que flutua é o que se encontra ao cimo da água e o que não flutua

é o que se encontra no fundo do alguidar, mas por fim elas conseguiram compreender

a definição do flutua e não flutua.

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Figura 10 - Equipa das meninas

Fonte - Própria

17 - Corpo Humano

Objetivos:

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a autonomia;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Desenvolver o corpo e a mente para novas realidades;

➢ Promover a motricidade fina;

➢ Promover a atenção.

Duração: 50 minutos.

Materiais: Papel de cenário, dois sacos de plástico para fazer os pulmões,

marcadores, goma eva laranja (bexiga), vermelha (coração) e castanha (rins), rolhas

(intestino delgado), caricas (intestino grosso), canetas de filtro, picos para picotar.

Descrição: As crianças começaram por picotar os moldes dos órgãos que iriam ser

utilizados. Em seguida pedimos a uma criança para fazer de molde do corpo humano,

deitando-se no papel de cenário e os colegas com uma caneta de feltro (Figura 11)

foram delineando as formas do corpo (cabeça, braços, pernas...), assim que terminada

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esta ação, a criança saiu e as restantes foram fazendo os pormenores, as unhas, o

cabelo, os olhos a boca etc. (Anexo VI)

Seguidamente, colocamos em cima da mesa o papel de cenário com o molde do corpo

humano e fomos preenchendo com os órgãos, questionando as crianças quais os

órgãos que estávamos a colocar.

Resutados obtidos: Foi uma ótima atividade para ensinar os principais órgãos do

corpo humano às crianças. Foi uma atividade super divertida porque as crianças

pensavam que os rins eram os pulmões, uma maneira de explicar que eram os rins era

dizer-lhe que eram os “feijões” do nosso corpo. Assim que terminada esta atividades

ensinámos às crianças uma canção sobre os rins.

Figura 11 - Construção do corpo humano

Fonte - Própria

18 - Dª Cegonha

Objetivos:

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Desenvolver o corpo e a mente;

➢ Promover a atenção.

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Duração: 15 minutos.

Materiais: Não foram necessários materiais.

Descrição: Começamos por formar um círculo, todos sempre com uma mão por cima

e a outra por baixo da mão do colega (Figura 12), todos no mesmo sentido no sentido

de fazer uma ligação. Assim que todos estivessem organizados de forma correta,

comecei a atividade para dar o exemplo às crianças (esta atividade requereu a ajuda

tanto da educadora como da assistente operacional), com a minha mão direita fui

encostar a minha mão na mão da criança a qual por sua vez teria de fazer a mesma

atividade à criança seguinte e assim sucessivamente. Ao fazer esta ação todos

tínhamos de cantar:

“Dª Cegonha,

Faz qua qua,

Monta a escola,

Faz qua qua,

Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e Dó”

Quando chegávamos à parte do Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Sí e Dó todos teriam de ter

muita atenção e estar concentrados porque do “Si para o Dó” tinha o objetivo de tentar

bater na mão do colega e este, por sua vez, tinha de tentar retirar a mão sem que este

lhe tocasse.

Resutados obtidos: Este é uma atividade que requer ajuda de mais adultos, sozinha

seria impossível de realizar porque ao início as crianças confundiam-se com as mãos,

foi preciso a ajuda da educadora e da assistente operacional para uma melhor

coordenação de movimentos.

Figura 12 - Auxiliar as crianças na atividade da Dª Cegonha

Fonte - Própria

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19 - Guarda-jóias para o Dia da Mãe

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade.

Duração: 8 minutos cada criança.

Materiais: Caixa pequenina de madeira, tintas, pincéis.

Descrição: Esta atividade foi realizada para a celebração do dia da mãe, optámos por

auxiliar uma criança de cada vez na realização da atividade, enquanto uma criança

pintava a sua caixa (Figura 13) as restantes iriam brincar para os espaços da sala de

atividade (Casa de bonecas, jogos de chão, carrinhos entre outros).

Resutados obtidos: Tem outro gosto para as mães receberem um mimo dos filhos

feito por eles mesmos, as crianças ficam completamente rendidas aos trabalhos

quando se trata de fazerem coisas para os seus pais.

Figura 13 - Pintar o Guarda Jóias para a mãe

Fonte - Própria

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20 - Papel de embrulho para o Guarda Jóias

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade.

Duração: 20 minutos.

Materiais: Papel de cenário, escovas de dentes velhas, dois pentes, tintas.

Descrição: Começamos por mergulhar as escovas de dentes na tinta e, com o pente

na mão a criança, aproximava-se do papel de cenário e raspava a escova no pente de

forma a fazer respingos de tinta (Figura 14). Foram utilizadas várias cores para dar

vida e embelezar mais o nosso papel de embrulho.

Resutados obtidos: Tudo o que esteja relacionado com tinta as crianças adoram, não

se importam se estão com as mãos sujas de tinta ou não, todo este processo é sem

dúvida muito importantes para as crianças, sentem-se valorizadas, sentem-se úteis, e

claro, com pequenas coisas feitas por eles esboçam grandes sorrisos na cara dos pais.

Figura 14 - Raspagem da escova de dentes no píncel

Fonte - Própria

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21 - Convite Joaninha

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade.

Duração: 15 minutos por dia até ter terminado.

Materiais: Cartolina preta e vermelha, borracha, cola branca, folhas brancas,

computador, impressora, olhos giratórios com cola, uma fita decorativa, cola de

glitter, picos para picotar, tesoura (normal e personalizada).

Descrição: Comecei por desenhar na cartolina preta e vermelha os moldes do corpo

da Joaninha. Em seguida, entreguei-os às crianças para picotarem, enquanto elas

realizavam esta ação, no computador escrevi pormenorizadamente toda a informação

necessária que o convite deveria conter. Posteriormente, decorei as asas da Joaninha

com a cola glitter, coloquei os olhos giratórios e, depois de imprimir e recortar

devidamente a parte escrita colei-a no corpo da Joaninha. Por fim furei a parte

superior das asas juntamente com o corpo e juntei o laço, formando assim aquele lindo

convite (Figura 15).

Resutados obtidos: De uma forma original, as crianças entregaram aos seus

familiares um convite para a sua festa de finalistas.

Figura 15 - Convite para a festa de finalistas

Fonte - Própria

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22 - Encontra os ovos de chocolate

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Desenvolver a capacidade de reação;

➢ Fomentar a agilidade;

➢ Sentido de orientação;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 15 minutos.

Materiais: Oito ovos de chocolate.

Descrição: Enquanto as crianças estavam na sala de atividades fui esconder ao redor

do jardim-de-infância os ovos de chocolate (um para cada criança), assim que os

acabei de esconder, fui chamar as crianças, tinham como objetivo procurar os oito

ovos coloridos, se encontrassem mais que um ovo tinham que doar um dos ovos ao

colega que ainda não tinha, incentivando assim a partilha entre eles (Figura 16).

Resutados obtidos: Esta atividade foi fabulosa, as crianças que tinham encontrado

vários ovos, continuavam a procurar para os colegas que ainda não tinham, de forma

determinada, chegando mesmo a dizer: “Ele(a) ainda não tem ovo temos de continuar

a procurar até encontrar, vamos lá amigos”.

Figura 16 - À procura do ovos de chocolate

Fonte - Própria

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23 - Conto de Histórias

Objetivos:

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover a atenção.

Duração: 10 minutos.

Materiais: Livro e/ou computador e cadeiras.

Descrição: Começava por organizar as oito cadeiras necessárias, uma para cada

criança, assim que tudo estivesse preparado chamava as crianças para junto de mim

contando assim uma história conforme o tema do momento (Figura 17). (Por

exemplo: Se estávamos na Primavera, contava uma história que assim abordasse esse

assunto).

Resutados obtidos: Fiquei muito admirada, a minha ideia inicial era que as crianças

não gostavam nada de ouvir contar histórias, mas enganei-me, as crianças amam que

lhe contem histórias. É uma ótima forma para acalmar as crianças quando estão

muito agitadas.

Figura 17 - Conto de Hitórias

Fonte - Própria

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24 - Placar da Primavera

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Promover a motricidade;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade.

Duração: 35 minutos.

Materiais: Papel de cenário, canetas de feltro, cartolinas de várias cores, cola,

tesouras, papel crepe, lã, esponjas, tintas, água.

Descrição: Começamos por auxiliar e ensinar às crianças como se podiam fazer

tulipas com apenas um pedaço de papel colorido. Assim terminada essa ação, cada

criança pegou em um pedaço de esponja, mergulhada na tinta misturada com um

pouco de água, e começou por pintar o papel de cenário, enquanto umas realizavam

essa parte do placard outras colavam os desenhos previamente feitos por mim no

placar (Figura 18).

Resutados obtidos: Uma atividade bastante prática para demonstrar às crianças quais

as diferentes estações do ano, quais as suas características e quais as suas diferenças.

Figura 18 - Criação do placard da Primavera

Fonte – Própria

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3.4 -Atividades desenvolvidas onde não houve

participação das crianças

1 - Decoração vitral da AAAF

Objetivos:

➢ Promover uma maior visibilidade do espaço;

➢ Melhorar o espaço e o ambiente.

Duração: 35 minutos por dia até terminar.

Materiais: Lápis, borracha, folhas brancas, papel autocolante, tesoura.

Descrição: Comecei por elaborar os moldes dos desenhos que tinha em mente,

seguidamente e depois de um longo processo de desenho, passei para o papel

autocolante onde recortei com todo o cuidado cada promenor, em seguida juntei e

colei no vidro (Figura 19, 20 e 21).

Resutados obtidos: O meu objetivo era melhorar todo o espaço onde as crianças se

encontravam depois de estarem no jardim-de-infância, e com muito esforço consegui,

aproveitava todos os espaços de tempo que tinha mais livres (por exemplo hora do

lanche das crianças) para adiantar mais um pouco todo este trabalho. Quando as

crianças viram o resultado final, esboçaram um grande sorriso e disseram: “Joana, tão

lindos os teus desenhos!”. Não há melhor maneira de nos agradecerem mesmo sem

dizer obrigado.

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Figura 19 - Resultado final da decoração

Fonte - Própria

Figura 20 e Figura 21 - Resultado final da decoração

Fonte - Própria

2 - Microfone para a festa de finalistas

Objetivos:

➢ Melhorar o ambiente da festa de finalistas.

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Duração: 15 minutos.

Materiais: Bola de esferovite, carro de linha, fita-cola preta, prata, fita cola

transparente.

Descrição: Estava a aproximar-se o dia da festa, e uma das preocupações era ter

pronto todo o material necessário a tempo e horas, faltava um microfone, depois de

todos os esforços para se conseguir um verdadeiro e essas tentativas terem falhado,

tive a ideia de ser eu a fazer um microfone para a festa, depois de aprovada a minha

ideia pela educadora de infância, comecei por colar a bola de esferovite ao carro de

linhas com fita cola, coloquei a prata por cima da bola de esferovite e preenchi com a

fita cola preta por cima (Figura 22).

Resutados obtidos: De uma forma original, fiz um microfone que teve imenso

sucesso na festa de finalistas, pois não era verdadeiro e toda a gente achou super

engraçado. (Anexo VII)

Figura 22 - Microfone

Fonte - Própria

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3 - Filme/ Capa para o CD

Objetivos:

➢ Criar uma recordação.

Duração: 50 minutos para a confeção das capas do CD / 30 minutos por dia para a

realização do filme até estar terminado.

Materiais: Goma eva, cola, CD´s de formato DVD, computador.

Descrição: Como se estava a aproximar o fim do meu estágio, gostava de deixar a

cada criança um mimo feito por mim, resolvi fazer um pequeno filme com todas as

fotos do ano letivo (algumas das fotos cedidas pela instituição). Depois do filme

terminado, fiz umas capas em goma Eva para se colocar o DVD (Figura 23 e 24).

Resutados obtidos: Não poderia ter tido melhor resultado, tanto os pais como as

crianças adoraram o filme, ao ponto de se emocionarem.

Figura 23 e Figura 24 - Capa em goma eva

Fonte - Própria

4 - Criação do horta

Objetivos:

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➢ Ajudar a criança a desinibir-se;

➢ Promover a intereção grupal;

➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda;

➢ Promover a atenção;

➢ Fomentar a agilidade.

Materiais: Três grãos-de-bico, três feijões brancos, três feijões pretos, três feijões

castanhos, sacho.

Descrição: No exterior do jardim de infância, resolvemos criar uma horta para, ao

longo dos dias, vermos a evolução de cada semente plantada (Figura 25).

Resultados obtidos: O entusiasmo que traziam no rosto fez-me perceber o quanto

elas estavam a adorar esta atividade.

Figura 25 - Criação da Hota

Fonte – Própria

3.5 - Atividades em que prestei auxílio

Na minha prespetiva, todas estas atividades são de grande importância, para

que a criança possa ter direito a novas experiências, conviverem umas com as outras,

e, principalmente, terem conhecimento do mundo social.

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 60

Atualmente as crianças quando saem do jardim estão mais direcionadas para

“brincar” à frente de um computador, de uma playstation, de um telemóvel, não vão

para a rua, não jogam à bola, não fazem atividades em conjunto, é muito raro ver uma

criança hoje em dia a fazer esse tipo de atividades ao ar livre.

Deste modo, surgem estas atividades com o intuito de atuar de forma ativa nas

necessidades atuais da criança ao nível da animação e inovação social.

1 - Ida ao Paço da Cultura

Objetivos:

➢ Promover momentos de lazer e cultura.

Materiais: Transporte para onze pessoas (oito crianças, uma educadora, uma

assistente operacional e uma estagiária), chapéus, bolachas maria.

Descrição: O JI proporcionou-me uma ida ao paço da cultural com as crianças, para

que pudessem verificar uma vasta recolha de tradições do povo da cidade da Guarda,

desde profissões antigas, objetos de uso doméstico antigo, trajes tradicionais entre

outros. Por fim, fizemos um pequeno convívio com as pessoas do rancho (Figura 26)

folclórico da Guarda, cantámos e dançámos com eles de modo a que as crianças

pudessem verificar todo um conjunto de danças tradicionais do tempo dos avós.

Resultados obtidos: Foi uma atividade que as crianças gostaram, ficaram a conhecer

pequenas coisas dos nossos antepassados.

Figura 26 - Dança do Rancho Folclórico

Fonte – Própria

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2 - Ida ao Parque Polis/ Pavilhão Desportivo de S. Miguel

Objetivos:

➢ Promover momentos de lazer e cultura.

➢ Promover bons hábitos ambientais.

Materiais: Transporte para onze pessoas (oito crianças, uma educadora, uma

assistente operacional e uma estagiária), chapéus, bolachas maria.

Descrição: No âmbito do Dia da Àrvores, as crianças do jardim-de-infância do Bairro

do Pinheiro e em conjunto com outros jardins de infância da freguesia da Guarda,

realizaram uma visita ao parque Polis para plantar árvores de maneira a celebrar esse

mesmo dia (Figura 27). Posteriormente, deslocamos-nos até ao pavilhão para que

pudessemos assistir a um espetáculo sobre a natureza (Figura 28).

Resultados obtidos: Esta atividade foi sem dúvida um sucesso, as crianças adoraram

plantar as árvores, regar, muitas delas nunca tinham tinham tido assim contacto com

agrícultura.

Figura 27 - Rega da árvore plantada

Fonte - Própria

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Figura 28 - Espetáculo sobre a Natureza

Fonte - Própria

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3 - Peddy Papper no Parque Polis

Objetivos:

➢ Promover momentos de lazer e cultura.

Materiais: Caneta.

Descrição: Em conjunto com a Escola de primeiro ciclo do Bairro do Pinheiro,

fizemos uma caminhada até ao parque Polis para a realização de um peddy papper

organizado pelas professoras e pela educadora de infância. Formaram-se equipas,

cada equipa era formada tanto por alunos do 1º ciclo como do jardim de infância onde

estaria sempre presente um adulto (Figura 29).

Descrição: Foi sem dúvida uma atividade bastante interessante, relatando factos do

parque em que nem mesmo eu tinha reparado. (Anexo IX)

Figura 29 - Peddy Paper

Fonte - Própria

4 - Ida ao Parque Geológico

Objetivos:

➢ Promover momentos de lazer e cultura.

Materiais: Transporte para onze pessoas (oito crianças, uma educadora, uma

assistente operacional e uma estagiária), chapéus, bolachas maria, almoço.

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Descrição: Foi organizada uma visita ao parque geológico para que as crianças

(Figura 30) pudessem verificar todo um conjunto de animais, alguns deles

abandonados (Figura 31), outros em vias de extinção. Também foi realizada uma

visita guiada ao veterinário do parque, verifincando-se assim animais feridos a serem

tratados.

Por fim pudemos assistir à libertação de uma ave já curada.

Resultados obtidos: Foi uma das melhores experiências da minha vida, não há

melhor coisa na vida que ver pessoas que lutam diariamente pelos animais que, muitas

vezes, foram abandonados.

Figura 30 - Passeio pelo parque geológico

Fonte - Própria

Figura 31 - Visita aos Cágados

Fonte - Própria

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Reflexão Final

Este relatório é o resultado de todo o trabalho desenvolvido ao longo dos

meses de estágio no Jardim-de-Infância do Bairro do Pinheiro que culmina assim com

o fim do meu percurso académico enquanto aluna da licenciatura de Animação

Sociocultural na ESECD do IPG.

Foi uma das mais gratificantes experiências da minha vida pois nunca tinha

tido contacto direto com crianças de uma instituição como esta, e fui capaz de lidar

diariamente com algumas dificuldades e também colaborar em algumas suas rotinas.

Após uma breve análise e reflexão, posso concluir que houve uma grande

evolução da minha parte, a nível pessoal mas, principalmente, a nível profissional, é

sem dúvida imprenscindível a realização do estágio para que possamos ter contacto

direto com o público-alvo, experimentarmos as atividades que temos em mente e que

tínhamos assim planeado, ver os resultados finais de cada atividade e, principalmente,

ir aprendendo com as dificuldades diárias. Qualquer uma das atividades realizadas e

desenvolvidas por mim revelaram-se uma verdadeira e pura aprendizagem, aprendi

que as crianças são os seres mais inocentes mas também os mais especiais do mundo.

Podemos ensinar-lhes e transmitir-lhes muita coisa, mas é garantido que também nos

vão mostrar muitos ensinamentos da vida. Acentuaram a minha ideia de que devemos

dar valor às coisas mais importantes, tais como a família, a saúde, o amor e a amizade.

Com todo o esforço e dedicação senti que fiz a diferença na vida das crianças

tanto como elas fizeram na minha, aprenderam e evoluíram, no decorrer de todo o

estágio, foram notórios os progressos graduais de atividade para atividade.

A instituição onde decorreu o meu estágio permitiu-me sempre acompanhar

as diversas visitas de estudo, as aulas lecionadas por professores externos, assim como

integrar-me e participar em todas as atividades implementadas pela própria

educadora. Ao longo do meu estágio deparei-me com a importância da ASC na vida

das crianças, pude avaliar as suas necessidades a partir da observação direta,

percebendo assim a melhor forma de atuar e quais as atividades que se adequavam

mais a este público-alvo.

Relativamente às atividades desenvolvidas, na minha opinião foram

bem-sucedidas, havendo sucesso na sua realização, foram sempre bem acolhidas pela

educadora de infância. As atividades foram moldadas e adaptadas conforme as

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necessidades que iam surgindo. Desde o início, consegui captar a atenção e o respeito

de todas as crianças, o que era um ponto positivo para me sentir confiante no trabalho

que estava a realizar. As crianças são, sem dúvida, um público-alvo com o qual

gostaria de trabalhar futuramente, elas são energéticas, alegres, sonhadoras e

identifico-me imenso com elas nesse aspeto. Posso dizer que não poderia ter escolhido

um curso melhor para mim, é a profissão que se adequa inteiramente à minha pessoa,

à minha personalidade.

Ter estagiado no Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro foi uma das

experiências que guardarei para sempre no meu coração, aquelas são “as minhas

crianças”, com elas criei um elo de ligação muito forte que se mantém mesmo após o

término do meu estágio.

O balanço final que faço é extremamente positivo. De facto, foi excelente

poder pôr em prática conhecimentos que adquiri ao longo do curso. Esta experiência

foi melhorando dia após dia, sendo que tenho agora que continuar arduamente a

trabalhar para melhorar sempre e lutar para vencer, pelo meu futuro enquanto

animadora.

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http://escolasobidos.net/preescolar/media/Cont_prog_ef.pdf consultado a:

21/10/2017

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Anexos

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Índice de Anexos

Anexo I – Tabela das aulas lecionadas por professores do exterior da instituição

Anexo II – Fotografias do Jardim do Bairro do Pinheiro

Anexo III – Fotografias da AAAF

Anexo IV – Fotografias com as crianças

Anexo V – Visitas de estudo

Anexo VI – Fotografias das várias atividades

Anexo VII – Fotografias da festa de finalistas

Anexo VIII – Diploma

Anexo IX – Diploma Peddy Paper

Anexo X – Estatuto do Animador Sociocultural

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Anexo I – Tabela das atividades

desenvolvidas por professores do

exterior da instituição

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Figura 1 – Tabela das atividades desenvolvidas por professores do exterior da instituição

Fonte – Própria

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Manhã Ginástica Inglês Dramática ----------------- Língua Gestual

(15 em 15 dias)

Tarde ----------------- ----------------- Música ----------------- -----------------

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Anexo II – Fotografias do Jardim

do Bairro do Pinheiro

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Figura 2 e 3 – Pátio esterior do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

Fonte – Própria

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Figura 4 e 5 – Hall de entrada

Fonte – Própria

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Figura 6 e 7 – Sala de Atividades

Fonte – Própria

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Figura 8 e 9 – Sala de Atividades

Fonte – Própria

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Figura 10 – Entrada

Fonte – Própria

Figura 11 – Arrecadação

Fonte – Própria

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Figura 12 e 13 – Pátio Exterior

Fonte – Própria

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Figura 14 e 15 – Pátio Exterior

Fonte – Própria

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Figura 16 – Desenho da parede de entrada do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

Fonte – Própria

Figura 17– Lateral do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

Fonte – Própria

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Anexo III – Fotografias da

AAAF

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Figura 18 e 19 – Sala da atividades da AAAF

Fonte – Própria

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Figura 20 e 21 – Sala da atividades da AAAF

Fonte – Própria

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Figura 22 – Entrada da AAAF

Fonte – Própria

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Figura 23 e 24 – Refeitório da AAAF

Fonte – Própria

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Anexo IV – Fotografias com as

crianças

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Figura 25 – Jogos de chão

Fonte – Própria

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Figura 26 e 27 – Apanhar amoras

Fonte – Própria

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Figura 28 – Crianças no parque geológico

Fonte – Própria

Figura 29 – Piscinas (último dia de estágio)

Fonte – Própria

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Anexo V – Visitas de estudo

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Figura 30 e 31 – Visualização de um espetáculo

Fonte – Própria

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Figura 32 e 33 – Pintura de cadeiras

Fonte – Própria

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Figura 34 e 33 – Visita à escola da Sequeira (apresentação de um livro)

Fonte – Própria

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Figura 35 e 36 – Visita ao Paços da Cultura

Fonte – Própria

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Figura 37 e 38 – Visita ao Paços da Cultura

Fonte – Própria

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Figura 39 e 40 – Visita ao Parque Geológico

Fonte – Própria

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Figura 41 e 42 – Visita ao Parque Geológico

Fonte – Própria

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Figura 43 e 44 – Visita ao Parque Polis

Fonte – Própria

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Figura 45 e 46 – Visita ao Pavilhão Desportivo de S. Miguel

Fonte – Própria

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Figura 47 e 48 – Piscinas (último dia de estágio)

Fonte – Própria

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Anexo VI – Fotografias das

várias atividades

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Figura 49– Flutua ou Não Flutua

Fonte – Própriaa

a

Figura 50– Corpo Humano

Fonte – Própria

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Figura 51– Jogo celebração do Dia da Criança

Fonte – Própria

Figura 52– Recorte de papel

Fonte – Própria

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Figura 53– Carimbagem para o placar da Primavera

Fonte – Própria

Figura 54– Picotar

Fonte – Própria

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Figura 55– Confeção do placar da Primavera

Fonte – Própria

Figura 56– Peddy Paper

Fonte – Própria

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Anexo VII – Fotografias da

festa de finalistas

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Figura 57 e 58 – Decoração da festa de finalistas

Fonte – Própria

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Figura 59 e 60 – Decoração da festa de finalistas

Fonte – Própria

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Figura 61 e 62– Danças da festa de finalistas

Fonte – Própria

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Figura 63 e 64– Danças da festa de finalistas

Fonte – Própria

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Figura 65 e 66 – Danças da festa de finalistas

Fonte – Própria

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Figura 67 – Bolo

Fonte – Própria

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Figura 68 – Diploma para os finalistas

Fonte – Própria

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Anexo IX– Diploma Peddy

Paper

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Figura 69 – Diploma de participação do Peddy Paper

Fonte – Própria

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Anexo X – Estatuto do Animador

Sociocultural

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ESTATUTO DO ANIMADOR SOCIOCULTURAL

PREÂMBULO

A Animação Sociocultural é o conjunto de práticas desenvolvidas a partir do

conhecimento de uma determinada realidade, que visa estimular os indivíduos, para

a sua participação com vista a tornarem-se agentes do seu próprio processo de

desenvolvimento e das comunidades em que se inserem. A Animação Sociocultural

é um instrumento decisivo para um desenvolvimento multidisciplinar integrado dos

indivíduos e dos grupos.

O animador sociocultural é aquele que, sendo possuidor de uma formação

adequada, é capaz de elaborar e executar um plano de intervenção, numa comunidade,

instituição ou organismo, utilizando técnicas culturais, sociais, educativas,

desportivas, recreativas e lúdicas.

O presente Estatuto do Animador Sociocultural foi ratificado por aclamação

no I Congresso Nacional de Animação Sociocultural, subordinado ao tema da

Profissão e Profissionalização dos Animadores, que se realizou nos dias 18, 19 e 20

de novembro de 2010, no Centro Cultural e de Congressos da cidade de Aveiro, após

ter sido aprovado por unanimidade na Assembleiageral da APDASC – Associação

Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação SócioCultural, realizada nos dois

primeiros dias do Congresso.

CAPÍTULO I

OBJETO, ÂMBITO, NATUREZA, OBJETIVOS E ESTRUTURA DA CARREIRA

Artigo 1º

Objeto

1. O presente diploma estabelece o Estatuto do Animador Sociocultural,

nomeadamente no âmbito das carreiras da administração central, regional, local, do

3.º sector e empresas privadas.

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Artigo 2º

Âmbito

1. O presente diploma aplica-se em Portugal continental e às respectivas Regiões

Autónomas dos Açores e Madeira, a todos os Animadores Socioculturais que,

independentemente do vínculo contratual, desenvolvam a sua atividade na

administração central, regional, local, do 3.º sector ou em empresas privadas.

Artigo 3º

Natureza e Objetivos

1. A carreira dos Animadores Socioculturais enquadra todas as pessoas que tenham

em sua posse o respetivo certificado ou diploma em Animação Sociocultural,

Animação e Intervenção Sociocultural, Animação Educativa e Sociocultural,

Animação Cultural, Animação Socioeducativa, Animação Cultural e Educação

Comunitária, Animador Sociocultural, Animador Sociocultural/Técnico de geriatria,

Animador Sociocultural/Assistente familiar, Animador Sociocultural/Desporto,

Técnico de Animação Sociocultural, Animador Social, Animador Social/Assistente

de Geriatria, Animador Social/Assistente Familiar, Animador Social/Organização e

apoio nas áreas sociais, Animador Social/Organização e planeamento, e Animador

Social/Técnico de desenvolvimento, obtido através de curso superior, pós-secundário

ou secundário legalmente reconhecido pelo Ministério da Educação ou Ministério da

Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e que exerçam a sua atividade no território

nacional, independentemente do regime em que esta é desenvolvida.

2. No desenvolvimento das suas funções, o Animador Sociocultural, atua em

conformidade com as metodologias da Animação Sociocultural, e dentro dos

respetivos conteúdos funcionais inerentes às categorias profissionais.

Artigo 4º

Estrutura e Acesso às Carreiras Profissionais

1. O presente Estatuto define dois tipos de Animadores Socioculturais:

a) Técnico Superior em Animação Sociocultural

b) Assistente Técnico em Animação Sociocultural

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2. Considera-se Técnico Superior em Animação Sociocultural aquele que tenha a

titularidade oficialmente reconhecida e correspondente à licenciatura em Animação

Sociocultural, Animação e Intervenção Sociocultural, Animação Educativa e

Sociocultural, Animação Cultural, Animação Socioeducativa, Animação Cultural e

Educação Comunitária. Qualquer outro diploma, ainda que de habilitações idênticas

ou superiores à licenciatura, não possibilita o acesso a esta Carreira.

3. A carreira do Técnico Superior em Animação Sociocultural que desenvolva a sua

atividade profissional no âmbito da função pública, enquadra-se nas carreiras gerais

da função pública de Técnico Superior (cf. Art.º 49, Lei N.º 12-A/2008, DR 1.ª Série

- N.º 41 – 27 Fevereiro).

4. A carreira do Técnico Superior em Animação Sociocultural que desenvolva a sua

atividade profissional no âmbito das Instituições Particulares de Solidariedade Social

(IPSS), enquadra-se na carreira de Técnico Superior de Animação Sócio-Cultural de

1.ª (nível III), Técnico Superior de Animação Sócio-Cultural de 2.ª (nível IV),

Técnico Superior de Animação Sócio-Cultural de 3.ª (nível V), (cf. Boletim do

Trabalho e Emprego, n.º 34 de 15 de setembro de 2010).

5. A carreira do Técnico Superior em Animação Sociocultural que desenvolva a sua

atividade profissional no âmbito das Misericórdias, enquadra-se na carreira de

Animador Sociocultural, Animador Cultural ou Animador Familiar, níveis V (Grau

I), IV (Grau II) e III (Grau Principal), (Cf. Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série

n.º 47, de 22 de Dezembro de 2001).

6. Considera-se Assistente Técnico em Animação Sociocultural aquele que tenha em

sua posse o respetivo certificado ou diploma oficialmente reconhecido e

correspondente à conclusão do 12.º ano, ou habilitação equivalente, em Curso de

Animador Sociocultural, Animador Sociocultural/Técnico de geriatria, Animador

Sociocultural/Assistente familiar, Animador Sociocultural/Desporto, Técnico de

Animação Sociocultural, Animador Social, Animador Social/Assistente de Geriatria,

Animador Social/Assistente Familiar, Animador Social/Organização e apoio nas

áreas sociais, Animador Social/Organização e planeamento, e Animador

Social/Técnico de desenvolvimento. Qualquer outro diploma, ainda que de

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habilitações idênticas ou superiores ao 12.º ano, não possibilita o acesso a esta

Carreira.

7. A carreira do Assistente Técnico em Animação Sociocultural que desenvolva a sua

atividade profissional no âmbito da função pública, enquadra-se nas carreiras gerais

da função pública de Assistente Técnico (cf. Art.º 49, Lei N.º 12-A/2008, DR 1.ª Série

- N.º 41 – 27 Fevereiro).

8. A carreira do Assistente Técnico em Animação Sociocultural que desenvolva a sua

atividade profissional no âmbito das Instituições Particulares de Solidariedade Social

(IPSS), enquadra-se na carreira de Animador Sócio-Cultural (nível IX), (cf. Boletim

do Trabalho e Emprego, n.º 34 de 15 de setembro de 2010).

9. A carreira do Assistente Técnico em Animação Sociocultural que desenvolva a sua

atividade profissional no âmbito das Misericórdias, enquadra-se na carreira de

Animador Sociocultural, Animador Cultural ou Animador Familiar, níveis IX (Grau

I), VIII (Grau II) e VII (Grau Principal), (Cf. Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª

série n.º 47, de 22 de Dezembro de 2001).

CAPÍTULO II

CONTEÚDO FUNCIONAL

Artigo 5º

Conteúdo funcional

1. O exercício da atividade de Técnico Superior em Animação Sociocultural insere-

se no quadro das competências atribuídas aos organismos da administração central,

regional, local, do 3.º sector e empresas privadas, compreendendo um conjunto de

funções na definição de planos e programas de intervenção no domínio sociocultural.

2. O Técnico Superior em Animação Sociocultural, é o trabalhador responsável pela

conceção e coordenação de processos de diagnóstico sociocultural, bem como pelo

planeamento, execução, gestão, acompanhamento e avaliação de projetos, programas

e planos de Animação Sociocultural. Coordena equipas de Assistentes Técnicos em

Animação Sociocultural ou outros, definindo, implementando e avaliando estratégias

para a sua intervenção através dos recursos possíveis.

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3. O exercício da atividade de Assistente Técnico em Animação Sociocultural insere-

se no quadro das competências atribuídas aos organismos da administração central,

regional, local, do 3.º sector e empresas privadas, e compreende um conjunto de

funções, superiormente enquadradas, visando a intervenção junto de uma comunidade

ou grupo tendo por instrumento técnicas de Animação Sociocultural e por objeto o

desenvolvimento global e a integração pela via da atividade social e cultural dessa

comunidade ou grupo.

4. O Assistente Técnico em Animação Sociocultural, é o trabalhador que está

capacitado para (cf. perfil de Animador Sociocultural no Catálogo Nacional de

Qualificações):

a) Diagnosticar e analisar, em equipas técnicas multidisciplinares, situações de risco

e áreas de intervenção sob as quais atuar, relativas ao grupo alvo e ao seu meio

envolvente (observar e recolher informação, através de instrumentos vários, sobre a

comunidade, o grupo e o indivíduo; despistar situações de risco, encaminhando-as

para as equipas técnicas especializadas).

b) Planear e implementar, em conjunto com a equipa técnica multidisciplinar, projetos

de intervenção sócio-comunitária.

c) Planear, organizar e avaliar atividades de carácter educativo, cultural, desportivo,

social, lúdico, turístico e recreativo, em contexto institucional, na comunidade ou ao

domicílio, tendo em conta o serviço em que está integrado e as necessidades do grupo

e dos indivíduos, com vista a melhorar a sua qualidade de vida e a qualidade da sua

inserção e interação social (conceber os materiais necessários para o desenvolvimento

das atividades de animação, tais como, fantoches, gigantones, esculturas, trabalhos de

cerâmica, máscaras, adereços e pinturas).

d) Desenvolver atividades diversas, nomeadamente ateliês, visitas a museus e

exposições, encontros desportivos, culturais e recreativos, encontros intergeracionais,

atividades de expressão corporal, leitura de contos e poemas, trabalhos manuais, com

posterior exposição dos trabalhos realizados, culinária, passeios ao ar livre.

f) Promover a integração grupal e social e envolver as famílias nas atividades

desenvolvidas, fomentando a sua participação.

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g) Fomentar a interação entre os vários atores sociais da comunidade, articulando a

sua intervenção com os atores institucionais nos quais o grupo alvo/indivíduo se

insere.

h) Acompanhar as alterações que se verifiquem na situação dos clientes/utilizadores

e que afetem o seu bem-estar.

i) Elaborar relatórios de atividades.

CAPÍTULO III

DIREITOS E DEVERES

Artigo 6º

Direitos

1. São garantidos aos Animadores Socioculturais os direitos estabelecidos para os

trabalhadores em geral, bem como os direitos profissionais decorrentes do presente

Estatuto.

2. São direitos profissionais do Animador Sociocultural:

a) Direito de participação.

b) Direito à formação e informação para o exercício da sua função.

c) Direito ao apoio técnico, material e documental.

d) Direito à segurança na atividade profissional.

e) Direito à negociação coletiva.

Artigo 7º

Direito de participação

1. O direito de participação exerce-se nos diferentes âmbitos da Animação

Sociocultural.

2. O direito de participação que, consoante os casos, é exercido individualmente, em

grupo ou através de organizações profissionais ou sindicais, que venham a formar-se,

compreende:

a) O direito de participar na definição da política de Animação Sociocultural à escala

comunitária, local, regional e nacional.

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b) O direito de intervir na orientação pedagógica dos projetos de Animação

Sociocultural em que se encontre envolvido, bem como na escolha dos métodos, das

tecnologias e técnicas de animação mais adequadas.

c) O direito de coordenar e participar em projetos de estudo e investigação na área da

Animação Sociocultural, bem como nos respetivos processos de avaliação.

d) O direito de eleger e ser eleito para organizações profissionais ou sindicais, que

venham a formar-se.

Artigo 8º

Direito à formação e informação

1. O direito à formação e informação para o exercício da sua função é garantido pelo

acesso a ações de formação contínua regulares, destinadas a atualizar e aprofundar os

conhecimentos e as competências profissionais e ainda à autoformação, podendo visar

objetivos de reconversão profissional, bem como de mobilidade e progressão na

carreira.

Artigo 9º

Direito ao apoio técnico, material e documental

1. O direito ao apoio técnico, material e documental exerce-se sobre os recursos

necessários à formação e informação do Animador Sociocultural, bem como ao

exercício da Animação Sociocultural.

Artigo 10º

Direito à segurança na atividade profissional

1. O direito à segurança na atividade profissional compreende a proteção por

acidentes em serviço, nos termos da legislação aplicável, bem como a prevenção e

tratamento de doenças que venham a ser definidas pelo Governo, como resultando

necessária e diretamente do exercício continuado da função de Animador

Sociocultural.

2. O direito à segurança na atividade profissional compreende ainda, a penalização da

prática de ofensa corporal ou outra violência sobre o Animador Sociocultural no

exercício das suas funções ou por causa delas.

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3. Direito ao sigilo e confidencialidade.

Artigo 11º

Direito à negociação coletiva

1. É reconhecido ao Animador Sociocultural o direito à negociação coletiva, nos

termos legalmente previstos.

Artigo 12º

Deveres profissionais

1. O Animador Sociocultural está obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos

para os trabalhadores em geral e dos deveres profissionais decorrentes do presente

Estatuto.

2. Decorrendo da natureza da função exercida, são deveres profissionais do Animador

Sociocultural:

a) Contribuir para a formação e realização integral dos indivíduos, promovendo o

desenvolvimento das suas capacidades, estimulando a sua autonomia e criatividade,

incentivando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente

intervenientes na vida da comunidade.

b) Reconhecer e respeitar as diferenças socioculturais dos membros da comunidade,

valorizando os diferentes saberes e culturas, combatendo processos de exclusão e

discriminação, promovendo a interculturalidade.

c) Colaborar com todos os intervenientes da Animação Sociocultural, favorecendo a

criação e o desenvolvimento de relações de respeito mútuo.

d) Participar na organização e assegurar a realização das atividades de Animação

Sociocultural.

e) Respeitar o sigilo profissional, respeitando principalmente a natureza confidencial

da informação relativa aos cidadãos, salvo se em consciência estão em sério risco

exigências do bem comum.

f) Refletir sobre o trabalho realizado individual e coletivamente, defendendo o projeto

pessoal e comunitário.

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g) Enriquecer e partilhar os recursos da Animação Sociocultural, bem como utilizar

novos meios que lhe sejam propostos numa perspetiva de abertura à inovação e de

reforço da qualidade da Animação Sociocultural.

h) Respeitar, como forma de inserção na comunidade, as tradições, os usos e costumes

do meio envolvente ao local em que exerce funções.

i) Co-responsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e

equipamentos que utilize.

j) Atualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa

perspetiva de desenvolvimento pessoal e profissional.

k) Cooperar com os restantes intervenientes na Animação Sociocultural com vista à

implementação de projetos.

l) Promover as relações internacionais e a aproximação entre povos.

m) Cumprir as obrigações do Código Deontológico do Animador Sociocultural.