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interaçao medicamentosa
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EXEMPLOS DE INTERAÇÕES MEDIACAMENTOSAS – ABSOÇÃO , METABOLIZAÇAO,
DISTRIBUIÇÃO E EXCREÇÃO- SÓ FARMACOCINÉTICA
Quando duas ou mais drogas são administradas concomitantemente elas podem ter
alterações em seu perfil farmacocinético. A absorção do local de administração, a
distribuição, biotransformação e eliminação determinam o tempo em que a droga começa a
agir, a intensidade e duração da ação; portanto, qualquer outra substância que interagir
nestes processos vai influenciar no tempo ou na intensidade de ação de um medicamento.
O conhecimento destas interações pode levar o clínico a fazer modificações na
dosagem e/ou na posologia destas drogas com o intuito de evitar possíveis efeitos
indesejados (GIBALDI & LEVY,1976).
Omeprazol x Ácido Acetilsalicílico
Omeprazol é um inibidor da H+/K+ATPase (bomba de prótons) usado no tratamento
de úlceras gástricas, duodenais, refluxo gastroesofágico, entre outras indicações
Ácido acetilsalicílico (AAS) é um AINE da classe dos salicilatos, utilizado por suas
propriedades antiinflamatórias, antipiréticas e analgésicas, comum aos agentes deste grupo
farmacológico, entre outras indicações
INTERAÇÃO: Nesta associação, um inibidor de bomba de prótons como o omeprazol
pode reduzir a biodisponibilidade do AAS, e consequentemente os seus efeitos. O
mecanismo sugerido envolve a supressão da secreção ácida proporcionada pelo omeprazol,
que altera as condições do meio de absorção do AAS.
Atenolol x Clonidina O(interação grave e de inicio rápido)
Atenolol é um anti-hipertensivo antagonista seletivo de receptores beta-1 adrenérgicos
(beta-bloqueador seletivo), indicado também no tratamento de angina e arritmias.
Clonidina é um anti-hipertensivo que age por estimulação dos receptores alfa-2
adrenérgicos, produzindo queda da resistência vascular periférica.
INTERAÇÃO: O efeito hipotensor aditivo resultante da interação entre estes dois
fármacos pode produzir sintomas desagradáveis no paciente, decorrentes da redução
significativa da pressão arterial e diminuição da frequência cardíaca. Parece não haver
diferença no resultado de interação da clonidina com beta-bloqueador seletivo (ex: atenolol)
ou não seletivo (ex: propranolol).
Se o paciente de posse desta prescrição não conseguir dar continuidade ao
tratamento, recomenda-se reduzir progressivamente o beta-bloqueador e posteriormente a
clonidina, a fim de evitar a ocorrência de hipertensão de rebote com a retirada súbita dos
fármacos.
Diltiazem x Diclofenaco ( grau de interção leve )
Diltiazem é um antagonista do cálcio, usado como antihipertensivo e no tratamento da
angina.
Diclofenaco (sódico, potássico) é um antiinflamatório não esteróide (AINE)
INTERAÇÃO: Dados indicam que inibidores da ciclooxigenase (COX) como o
diclofenaco, podem atenuar os efeitos antihipertensivos de alguns bloqueadores dos canais
de cálcio, como o diltiazem. O mecanismo está relacionado com a alteração do tônus
vascular, dependente de prostaciclinas e outros prostanóides originados pela ação da
ciclooxigenase. Quando um antiinflamatório não esteróide é administrado a um paciente em
tratamento com um bloqueador dos canais de cálcio, pode haver elevação da pressão
arterial.
Bioequivalencia: Para ilustrar, usaremos um paciente que toma um comprimido de
diclofenaco (Cataflam®):
Cinética:
Ele é desintegrado pelo estômago, absorvido pelo intestino vai para a corrente sangüínea
onde é transportado até o local da inflamação.
Dinâmica:
Lá o diclofenaco atua inibindo a atividade da ciclooxigenase e consequentemente diminui a
produção de prostaglandinas as quais, por serem vasodilatadores potentes, aumentam a
permeabilidade vascular e causam as reações inflamatórias, ou seja, o diclofenaco diminue a
produção de prostaglandinas e a inflamação.
Cinética:
Depois de exercer sua função o diclofenaco é metabolizado pelo fígado e depois eliminado
pelos rins.