Trabalho Al. Gravidicos Pette Laura

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  • 7/23/2019 Trabalho Al. Gravidicos Pette Laura

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    INTRODUO

    O presente artigo abrange o tema alimentos gravdicos, disciplinado na lein 11.804, a qual faculta genitora pleitear do suposto pai do nascituroverba alimentar necessria para custear a gesta!o, uma ve" que a leip#e a salvo os direitos do nascituro desde a concep!o.

    $om a evolu!o dos alimentos, surgiu a necessidade de proteger tamb%maquele que se encontra em forma!o intra&uterina, garantindo&l'e umdesenvolvimento saudvel e m!e , cuidados necessrios para umagesta!o tranquila.

    (m um primeiro momento, buscou&se conceituar )limentos gravdicos,demonstrando, ao contrrio do que muitas pessoas pensam, que estesn!o s!o estritamente destinados alimenta!o, mas tamb%m suprirnecessidades como assist*ncia m%dica, psicol+gica, eames, interna#es, medicamentos, etc.

    -osteriormente, eaminou&se a grande discuss!o acerca da titularidade,sendo que ' muitas diverg*ncias doutrinrias se esse % um direito donascituro, da gestante , ou de ambos. )l%m disso, tamb%m analisou&seaspectos referentes legitimidade ativa para pleitear os alimentos,verificando&se que % incontestvel que este direito pertence m!e donascituro.

    )inda, o presente trabal'o aborda o nus probat+rio, que % defundamental import/ncia, pois tem a finalidade de indicar, a partir do usode diversos mecanismos de provas, como por eemplo cartas,mensagens, testemun'as, a veracidade da paternidade,que possibilita aomagistrado fiar liminarmente os alimentos ao nascituro, bem como a suaconvers!o, revis!o e etin!o desses alimentos

    )demais, foi abordado tamb%m a respeito da responsabilidade civil dagenitora em casos em que ela causar dano ao r%u, se valendo de m&f% ,com o obetivo de auferir os alimentos gravdicos.

    -or fim, demonstra&se que garantia aos alimentos gravdicos se estendepara al%m da concep!o, uma ve" que a partir do nascimento com vida,estes alimentos se transformam automaticamente em pens!o alimentcia,sendo que esta prote!o est contida no art. da 2ei 11.8043008.

    O assunto alimentos gravdicos, ainda % discutido de forma tmida , poisse trata de uma lei recente, que requer muitos estudos, por%m, % de sumaimport/ncia a sua compreens!o, tendo em vista que tra" benefcios genitora e ao feto.

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    1. EVOLUO DOS ALIMENTOS GRAVDICOS

    O direito a alimentos % de notvel import/ncia no /mbito social,tendo em vista que % imprescindvel garantia da subsist*ncia daquelesque dele necessitam.

    $onforme 5artuce 6apud -(7(7),0149:

    )quele que n!o pode prover o seu sustento pelo pr+prio

    trabal'o n!o pode ser deiado pr+pria sorte, sendo dever da

    sociedade propiciar&l'e sobreviv*ncia atrav%s de meios e

    +rg!os estatais ou entidades particulares.

    ;essa forma, a fim de proporcionar meios para mel'orar a

    qualidade de vida e desenvolvimento do cidad!o, o legislador, em 04 de

    fevereiro de 010, promulgou a (menda $onstitucional n4, onde

    acrescenta ao artigo da $onstitui!o !o direitos sociais a educa!o, a sa?de, a alimenta!o, o

    trabal'o, a moradia, o la"er, a segurana, a previd*ncia social,

    a prote!o maternidade e inf/ncia, a assist*ncia aos

    desamparados, na forma desta $onstitui!o. 6)rt.

    $onstitui!o

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    qualquer nature"a em um rol de direitos fundamentais, dos quais se

    fundam aos brasileiros e estrangeiros residentes no pas a inviolabilidade

    do direito vida, liberdade, igualdade, segurana, e a propriedade.

    $ompondo esse rol de prote!o ao indivduo, a $arta Dagnaelucida a famlia como base de prote!o s necessidades dos

    considerados vulnerveis, 'aa vista que % essencial para o seu

    desenvolvimento saudvel usufruir de um ambiente que o preserve e

    ensee perspectivas de crescimento. )demais, da mesma

    responsabilidade surge o (stado, detentor de >oberania e com finalstica

    destinada aos seus cidad!os.

    $onsoante ao artigo E da $onstitui!o

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    lei, visto que sua finalidade % preservar os direitos da criana que ir

    nascer, ou sea, o nascituro.

    )inda que nunca discutidos diretamente antes da implementa!o da

    lei citada, o $+digo $ivil de 00 deia clara a eist*ncia de prote!o aos

    direitos do feto. ) c'amada 5eoria Fatalista condu"&nos ao entendimento

    do conceito de nascituro e seus devidos direitos, entendendo&se que: % a

    corrente que prevalece entre os autores clssicos do ;ireito $ivil, para

    quem o nascituro n!o poderia ser considerado pessoa, pois % eigido

    para tanto o nascimento com vida. )ssim, tal sueito teria apenas mera

    epectativa de direito, a qual se concreti"aria no momento em que ele

    respirasse fora do ventre materno 6)>, Daria Nerenice. Danual

    de direito de famlias. 8 ed. >!o -aulo: 7evista dos 5ribunais, 0119.

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    )inda contempla -ereira 600B, p. 4==9: Os alimentos constituem

    em dever para o alimentante. ma ve" apurados os seus requisitos, o

    parente da classe e do grau apontado legalmente tem de consum&los.

    Meamos o que preceitua o teto legal:

    Os pais t*m o dever de assistir, criar e educar os fil'os

    menores, e os fil'os maiores t*m o dever de audar e amparar

    os pais na vel'ice, car*ncia ou enfermidade. 6art. =,

    $onstitui!o

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    $onforme o advogado 7olf Dadaleno 6019, diretor nacional do

    nstituto Nrasileiro de ;ireito de

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    )demais, de acordo com 7olf Dadaleno 6019, o instituto dos

    alimentos gravdicos ainda % um direito pouco eercido Ptalve" por

    ignor/ncia das pessoas ou por orgul'o da gestante que, abandonada pelo

    suposto pai, por orgul'o pr+prio prefere manter dist/ncia do indigitado

    paiK.

    $onforme menciona a 2ei nC 11.8043008:

    art. 1C esta 2ei disciplina o direito de alimentos da mul'er

    gestante e a forma como ser eercido.

    )rt. C Os alimentos de que trata esta 2ei compreender!o os

    valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do

    perodo de gravide" e que seam dela decorrentes, da

    concep!o ao parto, inclusive as referentes a alimenta!o

    especial, assist*ncia m%dica e psicol+gica, eames

    complementares, interna#es, parto, medicamentos e demais

    prescri#es preventivas e terap*uticas indispensveis, a u"o

    do m%dico, al%m de outras que o ui" considere pertinentes.

    -argrafo ?nico. Os alimentos de que trata este artigo

    referem&se parte das despesas que dever ser custeada

    pelo futuro pai, considerando&se a contribui!o que tamb%m

    dever ser dada pela mul'er grvida, na propor!o dos

    recursos de ambos.

    )rt. IC, 4C e BC M(5);O>.

    )rt. C $onvencido da eist*ncia de indcios da paternidade,

    o ui" fiar alimentos gravdicos que perdurar!o at% o

    nascimento da criana, sopesando as necessidades da parte

    autora e as possibilidades da parte r%. -argrafo ?nico. )p+s

    o nascimento com vida, os alimentos gravdicos ficam

    convertidos em pens!o alimentcia em favor do menor at%

    que uma das partes solicite a sua revis!o.

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    )rt. EC O r%u ser citado para apresentar resposta em B

    6cinco9 dias.

    )rts. 8C, =C e 10C, M(5);O>.

    )rt. 11.Aplicam-se suplet ivamente nos processos regulados

    por esta Lei as disposies das Leis ns 5.478 de 25 de

    julo de 1!"8# e 5.8"!# de 11 de janeiro de 1!7$ - %&digo de

    'rocesso %ivil 6N7)>2, 0089.

    @ muito importante esclarecer e difundir essa lei. -ara que o

    nascituro possa desenvolver&se, % direito da mul'er grvida buscar o

    aulio financeiro, ou, na linguagem urdica, os alimentos gravdicos,

    daquele que seria o suposto pai. (stes s!o para custear as despesas

    decorrentes da gravide", compreendendo os valores suficientes para

    cobrir as despesas adicionais do perodo de gravide" 6D);)2(FO, 01,

    s3p9.

    2.1. DA TITULARIDADE

    -ela interpreta!o literal e legalista da 2ei FC 11.8043008, pode&se

    concluir que % para a mul'er gestante que se destinam os alimentos

    gravdicos, como bem menciona o art. 1C Pesta lei disciplina o direito da

    mul'er gestante e a forma como ser eercidoK.

    -ara o ordenamento urdico brasileiro, mesmo desprovido de

    personalidade, o nascituro % titular de direitos, se incluindo,

    necessariamente, o direito vida, que o nascituro % pessoa em

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    forma!o e tem direitos protegidos, mesmo que n!o sea pessoa

    propriamente dita para o direito e para a sociedade.

    )ssim sendo, ustifica ($) sobre alimentos gravdicos:

    garantir que o nascituro ten'a direito aos alimentos nada mais

    % do que valori"ar a vida 'umana intra&uterina, respeitando&a

    como talK. -or isso, pode&se di"er que o nascituro % o titular do

    direito de alimentos, da mesma forma que a gestante, pois %

    necessrio que a mul'er ten'a uma gesta!o saudvel para o

    mel'or desenvolvimento do feto e assim resguardado estar o

    direito vida do nascituro, conforme preceito $onstitucional

    600=, s3p9.

    2ogo, pois, percebe&se que os alimentos gravdicos nada mais s!o

    do que um aulio&maternidade, denominados de alimentos, representado

    por uma contribui!o proporcional a ser imposta ao suposto pai, de forma

    que este colabore com as despesas adicionais advindas da gesta!o.

    2.2. LEGITIMIDADE

    ;estarte, ;anoso 600=9, afirma a legitimidade ativa, % da gestante,

    sendo que, ap+s o nascimento com vida 'averia a convers!o da

    titularidade em pens!o alimentcia para o menor, ou sea, ao nascituro

    somente seria o titular dos alimentos ap+s seu nascimento com vida,

    quando ent!o l'e seria dado legitimidade de pleitear a revis!o.

    -ara

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    ) discuss!o acerca da legitimidade ativa para a propositura da

    a!o de alimentos gravdicos tem repercuss!o importante sobre a

    defini!o de quem pode ser parte do p+lo passivo da demanda, uma ve"

    que ' possibilidade de se cobrarem alimentos gravdicos n!o s+ do

    suposto pai, mas tamb%m dos av+s paternos, desde que o titular do

    direito sea o nascituro, ratificando que a base da obriga!o ser a

    solidariedade familiar, tendo suporte nos princpios da solidariedade

    familiar e da dignidade da pessoa 'umana.

    -ara alguns doutrinadores, o r%u da a!o de alimentos gravdicos

    ser sempre o indigitado pai, n!o podendo ser movida em face dos av+s

    ou do esp+lio. sso porque, n!o firmada a paternidade do nascituro, n!o

    ' liga!o de parentesco que ustifique os alimentos avoengas ou

    pretens!o de transmissibilidade alimentar em sede de direito das

    sucess#es.

    gualmente, sobre a mat%ria, discorre ;enis ;onoso que:

    se o pai n!o tem condi#es de arcar com a obriga!o, os av+s

    paternos podem ser c'amados a assumir total ou parcialmente

    o encargo. 600=, s3p9.

    2ogo, conclui&se que ' Leg!"#$#e $!%$& sendo parte legtima

    para propor a a!o, a "'()e* g*+%#$&bastando mostrar o eame m%dico

    provando a gravide". Luanto a legitimidade passiva % do suposto pai.

    2.,. -NUS PROATRIO

    $omo em qualquer tipo de a!o, na )!o de )limentos Gravdicos

    o nus da prova compete ao autor da a!o, ou sea, incumbe m!e,

    como representante do nascituro. )demais, por outras palavras,

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    nas declara#es da autora e de testemun'as, bem como nos

    dep+sitos bancrios em favor da genitora, feitos pelo pr+prio

    agravante. ( tais indcios, eigidos pela lei, por certo,

    prevalecem como fundamenta!o para manuten!o dos

    alimentos provis+rios, at% que eame ;F) retire por completo a

    d?vida sobre a paternidade. F(G)7)D -7OMD(F5O.6)gravo de nstrumento FC E000E8=E, Oitava $/mara $vel,

    5ribunal de Hustia do 7>, 7elator: 7ui -ortanova, Hulgado em

    1130=30149.

    (menta: )G7)MO ;( F>57D(F5O. )RSO ;(

    )2D(F5O> G7)MT;$O>. -O>>N2;);(, FO $)>O. 1. O

    requisito eigido para a concess!o dos alimentos gravdicos,

    qual sea, Vindcios de paternidadeV, nos termos do art. C da

    2ei nC 11.804308, deve ser eaminado, em sede de cogni!osumria, sem muito rigorismo, tendo em vista a dificuldade na

    comprova!o do alegado vnculo de parentesco no momento

    do aui"amento da a!o, sob pena de n!o se atender

    finalidade da lei, que % proporcionar ao nascituro seu sadio

    desenvolvimento. . Fo caso, considerando os eames

    m%dicos que comprovam a gesta!o, as declara#es dando

    conta do relacionamento amoroso das partes, as fotografias e

    especialmente as conversas mantidas entre a autora e o

    suposto pai, que evidenciam a eist*ncia de relacionamento

    amoroso no perodo concomitante concep!o, 'plausibilidade na indica!o de paternidade reali"ada pela

    agravante, restando autori"ado o deferimento dos alimentos

    gravdicos, no valor de um salrio mnimo. )G7)MO ;(

    F>57D(F5O -)7$)2D(F5( -7OM;O. 6)gravo de

    nstrumento FC E00I1I1, Oitava $/mara $vel, 5ribunal

    de Hustia do 7>, 7elator: 7icardo Doreira 2ins -astl, Hulgado

    em 1=30I301B9

    (menta: )G7)MO ;( F>57D(F5O. )2D(F5O>G7)MT;$O>. 2( 11.804308 & )75. C. -O>>N2;);(

    ;)F5( ;( F;T$O> ;) -)5(7F;);(, )>(F5( F)

    A-U5(>(. F($(>>;);( ;( -7OM). >omente quando '

    indcios da paternidade apontada % que se mostra cabvel a

    fia!o de alimentos em favor do nascituro, destinados

    mantena da gestante, at% que sea possvel a reali"a!o do

    eame de ;F) )G7)MO ;( F>57D(F5O ;(>-7OM;O

    -O7 ;($>SO DOFO$7W5$). 6)gravo de nstrumento FC

    E004880E=, >%tima $/mara $vel, 5ribunal de Hustia do

    7>, 7elator: >andra Nrisolara Dedeiros, Hulgado em

    130B301B9.

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    Fo entanto, alguns doutrinadores, a eemplo Daria Nerenice ;ias,

    defendem que bastam indcios de paternidade para o deferimento nas

    demandas, deste modo profere a urista:

    Nastam indcios da paternidade para a concess!o dosalimentos que ir!o perdurar mesmo ap+s o nascimento,

    oportunidade em que a verba fiada se transforma em

    alimentos a favor do fil'o. 600=, s3p9.

    )trav%s das provas tra"idas aos autos pelas partes interessadas nademanda, o ui" ir analis&las a fim de formar seu convencimento,

    ponderando os argumentos das partes e, ap+s o seu eame, poder o

    u"o estabelecer os pontos controvertidos, onde ser permitida a

    produ!o de provas em pra"o a ser estipulado.

    $onsequentemente, os litigantes poder!o valer&se de outros meios

    de provas que n!o apenas os previstos no $+digo de -rocesso $ivil,

    desde que os mesmos seam legais e legtimos 6;)>, 00=9.

    ,. DA RESPONSAILIDADE CIVIL DA GENITORA

    >abido da import/ncia da lei de )limentos Gravdicos e sua

    onipot*ncia em condu"ir ao nascituro um desenvolvimento digno,

    oferecendo&o acesso sa?de e a demais subsdios de sua necessidade

    desde a concep!o at% o nascimento, dar&se& o tema que troue

    referida lei grande discuss!o: a responsabilidade civil da genitora.

    ma ve" confirmado, ap+s o nascimento, o pai da criana, saindo

    do /mbito da presun!o e ratificando sua veracidade, a lei n!o demonstra

    problemtica a ser enfrentada, medida que o genitor arcou com seus

    deveres, auiliando a gesta!o no que concerne alimenta!o, sa?de,

    pr%&natal e demais necessidades que vir!o a suprir toda a prote!o do

    feto em forma!o. Fo entanto, o lide se forma quando, posteriormente ao

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    nascimento, % descoberto que o pai posto em u"o n!o % genitor da

    criana, saindo do /mbito da presun!o e sendo apenas uma pessoa a

    qual, por em m%dia de = 6nove9 meses, sustentou uma gesta!o da qual

    n!o era responsvel.

    -ara tanto, % necessrio compormos uma realidade, que %

    preciso entender que, na maioria dos casos, fala&se de pessoas cuos

    recursos econmicos s!o demasiadamente precrios, fa"endo com que

    'aa uma diminui!o de grande *nfase em seu sustento devido ao

    (uantum oferecido obrigatoriamente genitora. M*&se, ent!o, que

    independente do valor ofertado, suas consequ*ncias devem ser avaliadas

    e levadas em considera!o, 'aa vista as possibilidades do suposto pai,

    dedu"indo&nos que, uma ve" indicado o pai errado, os resultados para a

    vida do mesmo podem ser incalculveis, tanto em sentido econmico

    quanto moral.

    $onsoante a isso, para tal discuss!o, % indispensvel voltarmos ao

    proeto da lei, especificadamente ao art. 10C, o qual foi vetado devido

    infring*ncia ao preceito constitucional do livre acesso a ustia, pois se

    entende que inibiria a gestante em requerer os alimentos gravdicos,

    que em caso de negativa 'averia de pagar indeni"a!o. ;isp#e o artigo

    que:

    )rt. 10C (m caso de resultado negativo do eame pericial de

    paternidade, o autor responder, obetivamente, pelos danos

    materiais e morais causados ao r%u. -argrafo ?nico. )

    indeni"a!o ser liquidada nos pr+prios autos. 6N7)>2, 0089

    R$e #3 %e!3:

    5rata&se de norma intimidadora, pois cria 'ip+tese de

    responsabilidade obetiva pelo simples fato de se ingressar em

    u"o e n!o obter *ito.O dispositivo pressup#e que o simples

    eerccio do direito de a!o pode causar dano a terceiros,

    impondo ao autor o dever de indeni"ar, independentemente da

    eist*ncia de culpa, medida que atenta contra o livre eerccio

    do direito de a!o.

    Outrora, ainda que o legislador esforou&se a vetar a possibilidade

    da gestante ressarcir a quantia paga pelo suposto pai, caso 'ouvesse arespectiva negativa de paternidade, este n!o impossibilitou o cenrio de

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    uma indeni"a!o de danos morais causados pela afirma!o de m&f% da

    parte autora, ou sea, a gestante, levado em conta s circunst/ncias as

    quais o suposto pai fora inserido.

    7atificando esse vi%s, o $+digo $ivil, em seu artigo =E, prev* a

    responsabilidade daquele que comete o dano a outrem a repara&lo. >endo

    assim, ao cometer um dano moral ao suposto pai, torna&se cabvel a

    propositura de a!o visando ressarcimento dos preu"os causados.

    )rt. =E. )quele que, por ato ilcito 6arts. 18 e 18E9, causar

    dano a outrem, fica obrigado a repar&lo.

    )rt. 18. )quele que, por a!o ou omiss!o voluntria,

    neglig*ncia ou imprud*ncia, violar direito e causar dano a

    outrem, ainda que eclusivamente moral, comete ato ilcito.

    $orroborando para esse entendimento, Menosa ep#e o abuso de

    poder oriundo dos casos em que se enseam os alimentos gravdicos:

    X...Y fato de usar de um poder, de uma faculdade, de um

    direito ou mesmo de uma coisa al%m do ra"oavelmente do

    direito e da sociedade permitem X...Y O titular da prerrogativa

    urdica, de direito subetivo, que atua de modo tal que suaconduta contraria a boa&f%, moral, os bons costumes, os fins

    econmicos e sociais de norma, incorre no ato abusivo. Festa

    ocasi!o, o ato % contrrio ao direito e ocasiona

    responsabilidade. 600=, pg. 14&1B9.

    )inda sobre essas possibilidades, )rnoldo Zald complementa que,

    admite&se a restitui!o dos alimentos quando quem os prestou n!o os

    devia, mas somente quando se fi"er a prova de que cabia a terceiro a

    obriga!o alimentcia, pois o alimentado utili"ando&se dos alimentos n!o

    teve nen'um enriquecimento ilcito. ) norma adotada pelo nosso direito %

    destarte a seguinte: quem forneceu os alimentos pensando erradamente

    que os devia, pode eigir a restitui!o do valor dos mesmos do terceiro

    que realmente devia fornec*&los. 6$)A)2, 00, p. 10E9.

    ) urisprud*ncia atua de forma que ampara a teoria:

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art186http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art186
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    )2D(F5O>. 7(-(5RSO ;( F;@N5O. F;RSO

    (D (77O. neist*ncia de filia!o declarada em sentena.

    (nriquecimento sem causa do menor inocorrente. -retens!o

    que deve ser dedu"ida contra a m!e ou contra o pai biol+gico,

    responsveis pela manuten!o do alimentrio. 7estitui!o por

    este n!o % devida. )quele que fornece alimentos pensandoerradamente que os devia pode eigir a restitui!o do seu valor

    do terceiro que realmente devia fornec*&los. 6>SO -)2O, 5H,

    )pela!o 483B9.

    )G7)MO ;( F>57D(F5O. )RSO

    ;( )2D(F5O> G7)MT;$O>. -O>>N2;);( ;(

    ;( )2D(F5O>, FO $)>O. 25G[F$)

    ;( DW&57D(F5O ;(>-7OM;O. 6)gravo de nstrumento FC

    E00B10E=B, Oitava $/mara $vel, 5ribunal de Hustia do 7>,

    7elator: 7icardo Doreira 2ins -astl, Hulgado em 3113019.

    )G7)MO. ;($>SO DOFO$7W5$) L( ;W -7OMD(F5O

    ) )G7)MO ;( F>57D(F5O. )2D(F5O> G7)MT;$O>.

    2( 11.804308 & )75. C. -O>>N2;);( ;)F5( ;(

    F;T$O> ;) -)5(7F;);(, )>(F5( F) A-U5(>(.F($(>>;);( ;( -7OM). >omente quando ' indcios da

    paternidade apontada % que se mostra cabvel a fia!o

    de alimentos em favor do nascituro, destinados mantena da

    gestante, at% que sea possvel a reali"a!o do eame de ;F).

    ;ecis!o da 7elatora c'ancelada pelo $olegiado. )G7)MO

    ;(>-7OM;O. 6)gravo FC E00414BBB0, >%tima $/mara

    $vel, 5ribunal de Hustia do 7>, 7elator: >andra Nrisolara

    Dedeiros, Hulgado em =304301B9.

    O legislador % efica" ao vetar e estabelecer as formas de restituir ovalor pago pelo suposto pai, 'aa vista que % indispensvel levar em conta

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    aspectos individuais de cada caso concreto, evitando equvocos que

    partissem da gestante, visto que esta poderia ser surpreendida em

    rela!o ao verdadeiro pai, sendo um refleo da atual realidade brasileira.

    -resumir a m&f% ou a boa&f% fa" us a um crit%rio de pondera!o de

    valores, onde afastar a inustia da gestante ou do pr+prio pai % primordial

    para composi!o do u"o, ustifica&se, pois, a pr+pria eist*ncia da 2ei

    11.8043008.

    4. CONVERSO DOS ALIMENTOS GRAVDICOS EM PENSO

    ALIMENTCIA

    ;ito acerca da fia!o dos alimentos gravdicos, bem como suas

    possibilidades de ressarcir o dano causado pela m&f%, para demonstrar a

    convers!o destes em pens!o alimentcia, basta retratar a pr+pria lei em

    seu artigo C:

    $onvencido da eist*ncia de indcios da paternidade, o ui"

    fiar alimentos gravdicos que perdurar!o at% o nascimento dacriana, sopesando as necessidades da parte autora e aspossibilidades da parte r%. -argrafo ?nico. )p+s o nascimentocom vida, os alimentos gravdicos ficam convertidos em pens!oalimentcia em favor do menor at% que uma das partes solicitea sua revis!o. 6N7)>2, 0089.

    )ssim, fica claro que, uma ve" ocorrido o nascimento com vida, os

    alimentos gravdicos seriam convertidos automaticamente em pens!o

    alimentcia, sendo sua mudana feita antes mesmo do pr+prio eame depaternidade.

    @ mister frisar que, al%m de ser feita a convers!o antes do eame

    de paternidade, % observado o binmio possibilidade e necessidade ,

    somado proporcionalidade, n!o ecluindo a possibilidade de maora!o

    do valor antes fiado como alimentos gravdicos. ;essa forma, deve se

    levar em conta os gastos para proporcionar criana um ambiente

    saudvel para sua forma!o, n!o se ecluindo a possibilidade de revis!o,a qualquer tempo, do valor a ser disposto. 2eciona Daria Nerenice ;ias:

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    Fo caso da convers!o de alimentos gravdicos para

    pens!o alimentcia, pode ocorrer uma altera!o no valor pago a

    ttulo de alimentos, pois eistem diferenas de gastos enquanto

    se est grvida e para se criar um fil'o. (ssa mudana de valor

    sempre deve atender aos interesses do menor. 6008, pg. 4&B9

    ) ttulo de eemplo, vemos algumas urisprud*ncias:

    )G7)MO ;( F>57D(F5O. FM(>5G)RSO ;(

    -)5(7F;);(. >5)RSO (]$(-$OF)2, (D L( )

    G(F5O7) ;O )G7)M)F5( )$O7;O, (D )RSO

    ;( )2D(F5O> G7)MT;$O>, L( O> 2W

    MGO7)7)D )5@ O 7(>25);O ;O (])D( ;( ;F). H

    'avendo pens!o fiada em favor do agravante, nos autos

    da a!o de alimentos ent!o gravdicos, descabida nova

    fia!o, antes do resultado do eame de ;F). )ntes desse

    resultado, confirmando a paternidade, n!o ' como determinar

    a epedi!o dos ofcios pleiteados, pois nem sequer '

    confirma!o do vnculo parental. F(G)7)D -7OMD(F5O.

    F[FD(. 6)gravo de nstrumento FC E00BEBI, Oitava

    $/mara $vel, 5ribunal de Hustia do 7>, 7elator: 2ui" antos, Hulgado em 131301I9

    )G7)MO ;( F>57D(F5O. ;7(5O ;( ;( )2D(F5O> G7)MT;$O> ( ;( -(F>SO (D

    -7O2 ;) $OD-)FA(7) )-(F)> (D >(;(

    7($7>)2. D-O>>N2;);(. FSO $OFA($D(F5O ;)

    F>7G\F$) FO -OF5O.

    VO recurso de agravo de instrumento, por conta de seu efeito

    devolutivo, est adstrito ao acerto ou desacerto da decis!o

    atacada, sendo vedado $orte, sob pena de supress!o deinst/ncia e de viola!o ao princpio do duplo grau de urisdi!o,

    eaminar as mat%rias que n!o foram levadas a con'ecimento

    do magistrado condutor do feito. 65H>$, )gravo de nstrumento

    n. 01.04B1I&E, de $rici?ma, rel. ;es. (ldio 5orret 7oc'a, .

    1&0B&01I9V. -(;;O ;( D)HO7)RSO

    ;O> )2D(F5O> (D . ;(>$)ND(F5O. )>\F$) ;( -7OM)

    L)F5O ^ F>SO (7M[F$) ;O NF_DO -O>>N2;);(&

    F($(>>;);(. $uidando&se de alimentos provis+rios fiados

    ao limiar de a!o de dissolu!o de sociedade conugal de fato,

    'avendo, por isso mesmo, limitada espessura cognitiva por

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    parte do magistrado singular, somente se perfa" legtimo

    easperar o encargo, no /mbito do agravo de instrumento, se

    plantado no caderno recursal lastro probat+rio efica" sobre as

    possibilidades do alimentante, sem o que improcede o reforo

    almeado. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E

    DESPROVIDO.

    CONCLUSO

    O presente artigo teve como prop+sito discutir a lei 11.8043008, relativaaos alimentos gravdicos, tema relativamente novo e que % por muitosdescon'ecido, por%m,etremamente importante, pois visa a garantir umdireito constitucionalmente estabelecido, que % a dignidade da pessoa'umana, o direito a sa?de, a vida e a alimenta!o.

    Os benefcios que esta lei troue s!o muito positivos, pois proporciona amul'er uma gesta!o tranquila, considerando que ter mais facilidadeem custear as despesas decorrentes da gesta!o, assim como propicia odesenvolvimento saudvel do feto.

    (sta lei apresenta formas que viabili"a gestante de pleitear alimentospor via udicial, compelindo o pretenso pai arcar com os custosdesinentes da gravide",por todo o perodo gestacional, uma ve" que talresponsabilidade n!o deve ser eclusivamente atribuda a m!e.

    )pesar disso, a lei n!o afasta a responsabilidade civil da gestante noscasos em que ela age com m&f%, podendo ela responder por danosmateriais e morais, conforme amparado no artigo 18E do $+digo $ivil. ;eigual modo, conforme prev* o art. 18 do $+digo $ivil de 00 pode o paiindigitado cobrar do verdadeiro pai os valores pagos genitora no perodogestacional. -ortanto, n!o fica desamparado o suposto pai numa a!o dealimentos gravdicos caso se apure n!o ser o pai, sendo a ele asseguradoo direito repara!o de danos morais e materiais com fundamento naregra geral da responsabilidade civil.

    -ortanto, foi analisado que mesmo eistindo d?vidas quanto paternidade, o ui", convencendo&se a partir das provas apresentadas nosautos , de que ele % o pai, dever fiar os alimentos, de forma que onascituro e a gestante ten'am seus direitos assegurados.

    Fada impede, por%m, que a partir do nascimento com vida da criana, osuposto pai se submeta ao eame de ;F) a fim de comprovar ou n!o apaternidade.

    sto posto, conclui&se com este artigo , que a lei de alimentos gravdicos% um importante mecanismo para assegurar a dignidade da pessoa

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    'umana, por%m, n!o deia de ser contradit+rio, uma ve" que ao mesmotempo que garante gestante e ao nascituro um futuro saudvel, podetra"er preu"os quele que foi erroneamente apontado como o pai dacriana.

    REER5NCIAS

    )2D(;), Hos% 2ui" Gavi!o de. D*e!3 C%(: $"6($. 7io de Haneiro:(ditora (lsevier. )no 008.

    N7)>2. $+digo $ivil 6009. Made Decum, 1` ed., >!o -aulo. >araiva014.

    N7)>2. $onstitui!o 61=889. $onstitui!o da 7epublica ntese, v.=, n. B1, an.3fev. 00=&. Nimestral, p. 14.

    , ;ouglas -'illips. )limentos Gravdicos e a 2ei n 11.8043008.REVISTA IO DE DIREITO DE AMLIA. -orto )legre : >ntese, v.=, n.B1, an.3fev. 00=&. Nimestral.

    M(FO>), >ilvio de >alvo Menosa. ;ireito civil: responsabilidade civil. .ed. . reimpress!o. >!o -aulo: (ditora )tlas, 00.

    5)75$(,

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    >SO -)2O. 5ribunal de Hustia. )limentos. -leiteado pela mul'er efil'os, sendo um deles o nascituro. )pela!o nC 1I8.4==&1, 7el.: ;es.Horge )lmeida. ;isponvel em 'ttp:33.t.sp.gov.br3 )cesso em:143031B.

    7O G7)F;( ;O >2. 5ribunal de Hustia. )G7)MO ;(F>57D(F5O. )RSO ;( ALIMENTOSG7)MT;$O>.-O>>N2;);( ;( ;( ALIMENTOS, FO $)>O.25G[F$) ;( DW&, 7elator:7icardo Doreira 2ins -astl, Hulgado em 311301 ;isponvel em: 'ttp:33.t.rs.gov.br3 )cesso em 143031B.

    7O G7)F;( ;O >2. 5ribunal de Hustia. )G7)MO. ;($>SODOFO$7W5$) L( ;W -7OMD(F5O ) )G7)MO ;(F>57D(F5O. ALIMENTOSG7)MT;$O>. 2( 11.804308 & )75. C.-O>>N2;);( ;)F5( ;( F;T$O> ;) -)5(7F;);(, )>(F5(F) A-U5(>(. F($(>>;);( ;( -7OM) )gravo FC E00414BBB0,>%tima $/mara $vel, 5ribunal de Hustia do 7>, 7elator: >andraNrisolara Dedeiros, Hulgado em =304301B. ;isponvel em: 'ttp:33.t.rs.gov.br3 )cesso em 143031B.

    7O G7)F;( ;O >2. 5ribunal de Hustia. )G7)MO ;(

    F>57D(F5O. FM(>5G)RSO ;( -)5(7F;);(. >5)RSO

    (]$(-$OF)2, (D L( ) G(F5O7) ;O )G7)M)F5( )$O7;O,(D )RSO ;( ALIMENTOSG7)MT;$O>, L( O> 2W

    MGO7)7)D )5@ O 7(>25);O ;O (])D(. )gravo de nstrumento

    FC E00BEBI, Oitava $/mara $vel, 5ribunal de Hustia do 7>,

    7elator: 2ui" antos, Hulgado em 131301I. ;isponvel em:

    'ttp:33.t.rs.gov.br3 )cesso em 143031B.

    >)F5) $)5)7F). 5ribunal de Hustia. )G7)MO ;( F>57D(F5O.

    ;7(5O ;( ;( ALIMENTOSGRAVDICOS E DEPENSO(D -7O2 ;) $OD-)FA(7) )-(F)> (D

    >(;( 7($7>)2. D-O>>N2;);(. FSO $OFA($D(F5O ;)

    F>7G\F$) FO -OF5O. )gravo de nstrumento n. 01.04B1I&E, de

    $rici?ma, rel. ;es. (ldio 5orret 7oc'a, . 1&0B&01I. ;isponvel em:

    'ttp:33busca.tsc.us.br3urisprudencia3 )cesso em 143031B.

    FF(>, Nruna $arolino 7odrigues. )limentos gravdicos: )spectos

    'ist+ricos e urdicos. ;isponvel

    em:'ttp:33I.pucrs.br3pucrs3files3uni3poa3direito3graduacao3tcc3tcc3trabal'os01I13brunanunes.pdf )cesso em: 143031B.

    http://busca.tjsc.jus.br/jurisprudencia/http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2013_1/bruna_nunes.pdfhttp://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2013_1/bruna_nunes.pdfhttp://busca.tjsc.jus.br/jurisprudencia/http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2013_1/bruna_nunes.pdfhttp://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2013_1/bruna_nunes.pdf
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