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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL Francismar Alves Henrique Barra do Piraí, 2010.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL

CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL

Francismar Alves Henrique

Barra do Piraí, 2010.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL

CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO

A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA

EDUCACIONAL

Projeto de Conclusão de Curso apresentado pelo aluno: Francismar Alves Henrique do sexto período do Curso de Licenciatura Plena em Computação

Professor Orientador: Paulo Márcio Souza Freire

Barra do Piraí, 2010.

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A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA

EDUCACIONAL

Francismar Alves Henrique Projeto de Pesquisa ou Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Computação do Centro Universitário Geraldo Di Biase como Parte dos Requisitos Necessários à obtenção da conclusão do Curso.

Aprovado por:

___________________________________________ Paulo Márcio Souza Freire

________________________________________ Grau

Barra do Piraí, 2010

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar

força para seguir nesta caminhada de

estudos e descobertas.

A minha noiva, aos meus

professores, aos meus pais e aos

amigos de licenciatura que me

apoiaram para concluir o curso.

Ao Centro Universitário

Geraldo Di Biase que me

proporcionou esta Licenciatura.

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MENSAGEM

A colaboração, como característica da ação dialógica,

que não pode dar-se a não ser entre sujeitos ainda que

tenham níveis distintos de função, portanto, de

responsabilidade, somente pode realizar-se na

comunicação. O diálogo que é comunicação funde a

colaboração.

(Paulo Freire)

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RESUMO

O presente artigo discorrerá sobre o contexto da utilização das redes sociais como ferramenta

educacional.

Com o surgimento das redes sociais pessoas estão interligadas e informações se espalham com

facilidade pelo mundo, criando possivelmente agentes de mídia social. Colaborando com o

surgimento de novos conjuntos de aprendizado.

No mundo atual a tecnologia está presente em tudo, a facilidade de interagir-se através de redes

sociais vem construindo um mundo em que as pessoas não precisam sequer sair de casa para se

comunicar de uma forma geral. Elas podem simplesmente ligar seu computador e dialogar em

tempo real com som e imagem sem sair de casa. Esta evolução tecnológica pode ser uma grande

oportunidade com efeitos positivos para a educação.

PALAVRA CHAVE: Computador, Internet, Redes Sociais, Educação.

ABSTRACT

The article will discuss the context of the use of social networking as an educational tool.

With the emergence of social networks people are interconnected and information is spread

easily, possibly creating agents of social media to collaborate with the emergence of new sets of

learning.

In today's world technology is present everywhere, easy to interact through social networks has

been building a world where people do not even need to leave home to communicate in general.

They can simply plug your computer and communicate in real time with sound and image

without leaving home. These advances can be a great opportunity with positive effects for

education.

WORD KEY: Social computer, Internet, Nets, Education.

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SUMÁRIO

1. Introdução…….……………………..………………………………………………….…8

2. Redes Sociais…….………………………….……………………………………………10

3. Como utilizar as Redes Sociais nas escolas…………..…………………….……………12

4. Algumas Redes Sociais utilizadas na educação………………….……..…..…………….14

4.1. Blog…………………………………………………………...….……………………14

4.2. Slide Shared………………………………………………..………………………….15

4.3. Twitter…………………………….…………….……………………………..………15

4.4. Programa Aprender em Parceria……….……………………………………..…….…16

4.5. EducaRede……………………………………………………………...…...….….…..17

5. A postura do professor com a utilização das Redes Sociais nas escolas….……….……..19

6. Alguns aspectos que precisam ser incorporados na metodologia do professor……..…...22

7. Formar professores, neste contexto, exige mudanças no modelo de educação.…….…...24

8. Análise dos dados obtidos………………………………………….………….…...……29

9. Conclusão………………………………………………………….……………………..33

10. Referencial Teórico….…………………………………………….…..………………….35

11. Anexos…………………………………………………………………..………………..36

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1. INTRODUÇÃO.

Com o presente artigo serão discutidos alguns pontos, de suma importância, que possam gerar

uma reflexão sobre a utilização das Redes Sociais como ferramenta educacional.

A partir da interação oferecida nos sites de relacionamentos, podemos sistematizar estratégias

que facilitam o trabalho dos professores e alunos. Criando uma possibilidade de reverter o

lado negativo da elitização da informação e usar articuladamente o poder da tecnologia, em

prol do desenvolvimento do conhecimento e da melhoria da aprendizagem.

Um ambiente interativo com características tecnológicas pode ser considerado pedagógico e

propiciar um aprendizado com metodologias, atividades e estratégias. A aprendizagem

acontece por meio da discussão e da colaboração, em rede ao crivo da mente de todos, de

forma democrática. No contexto atual, deve-se entender que a sociedade do conhecimento

exige um novo profissional, que seja capaz de resolver problemas, criar situações, conviver em

equipe e desenvolver trabalhos colaborativamente. Nesse sentido, os educadores precisam ter

a oportunidade de letrar-se digitalmente, precisam ser preparados para então entender e fazer

parte do processo.

As redes sociais da Internet estão cada vez mais presentes no dia-a-dia de alunos, professores e

das pessoas em geral. Um aspecto positivo é a participação ativa dos alunos na construção de

sua própria aprendizagem e colaborando com os seus pares. O uso das redes sociais pode ser

feito na própria escola, caso exista um laboratório de informática.

No entanto, alguns aspectos negativos devem ser levantados, sabendo que algumas

ferramentas ainda são muito pouco exploradas em sala de aula. Muitas vezes o acesso a esse

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tipo de recurso é vetado nas escolas, em função do “medo” de que o aluno se interesse por

assuntos que não estejam diretamente ligados ao conteúdo pedagógico.

Não podemos ignorar ou negar a resistência à tecnologia por parte da maioria dos nossos

professores, principalmente daqueles que não tiveram oportunidade ou não se interessaram por

uma qualificação nesta área. A "inclusão digital" do professor é pré-requisito para que o seu

aluno tenha mais oportunidades de acesso ao conhecimento e para provocar a necessária

mudança na formação das pessoas que estudam nas escolas.

O mundo está informatizado, todo cidadão se depara com alguns ou muitos computadores

durante o seu dia a dia. Todo cidadão precisa ser alertado e aprender a se proteger dos crimes

deste novo ambiente informacional, a Internet. Esta é uma realidade que a escola não pode

ignorar. Educar neste tempo é preparar pessoas para viverem e atuarem com cidadania plena

neste mundo que evoluiu, um maravilhoso e fantástico mundo conectado.

1- http://eft.educom.pt/index. php/eft.

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2. REDES SOCIAIS.

As Redes Sociais são estruturas compostas por pessoas ou organizações, conectadas por um ou

vários tipos de relações. Algumas definições das características das redes são abertura e

porosidade, que possibilitam relacionamentos entre os participantes.

Redes sociais possuem canais de relacionamentos digitais onde as pessoas se encontram,

interagem, trocam informações e experiências. Em geral, os usuários são reunidos sob um tema

de afinidade, hábitos e características similares ou mesmo de opiniões distintas, o que enriquece

os assuntos a serem abordados. A participação nesses canais pode ser Ativa com a expressão de

opinião, realização de perguntas, criação de uma comunidade, por exemplo, ou Passiva que é o

simples acompanhamento do que já se foi dito.

Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o compartilhamento de

informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos. A intensificação da

formação das redes sociais, nesse sentido, reflete um processo de fortalecimento da Sociedade

Civil, em um contexto de maior participação democrática e mobilização social.

Segundo dados divulgados pelo Ibope, ao longo de 2009, o número de brasileiros com acesso à

internet cresceu 8,2%. Isto quer dizer que 67,5 milhões de pessoas podem ser consideradas

incluídas digitais. Desses usuários, cerca de 86,3% utilizam algum site de rede social e,

considerando toda a população brasileira, chegamos a conclusão de que o acesso a este tipo de

site alcança 31,7 milhões de pessoas. O uso das redes é intenso, principalmente entre crianças e

adolescentes.

Embora os dados sejam específicos do Brasil, essa tendência é um reflexo mundial. Na

Alemanha, por exemplo, o estado da Renânia do Norte-Vestfália, vai incluir no currículo escolar

aulas sobre redes sociais como o Facebook e o Twitter. A idéia do governo local é conscientizar

os jovens sobre os riscos de revelar informações pessoais na internet. Segundo a secretária de

mídia do estado Angélica Schwall-Düren, o objetivo das aulas é mostrar que a internet não

apenas oferece chances e oportunidades, mas que também tem riscos que os estudantes precisam

entender para exercer autonomia em relação às Redes Sociais.

O inicio das Redes Sociais veio com o Email e depois surgiram os sites de relacionamentos como

Blog, MSN, Orkut, Facebook, Twintter, Digg, Ning, Myspece, e diversas outras. Não se trata,

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evidentemente, de uma invenção recente, embora o nome soe para muitos como algo

contemporâneo. Elas existem desde que um primeiro agrupamento de seres humanos decidiu

manter contato regular, por motivos pessoais ou profissionais, para troca de informações,

experiências, causos ou piadas. Praças, clubes, igrejas, bares e restaurantes sediavam os encontros

dessas redes cujos membros dispunham a distância dos correios e do telefone para mantê-las

ativas.

2- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 3- http://www.igeduca.com.br/redes-sociais.html. 4- http://www.igeduca.com.br/artigos/acontece/redes-sociais.html.

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3. COMO UTILIZAR AS REDES SOCIAIS NAS ESCOLAS.

Com o aumento das redes sociais os sistemas de ensino ganharam grande instrumento para

chegar num resultado muito mais amplo dentro da educação na medida em que proporcionam

uma série de vantagens ao processo de ensino e aprendizagem. A possibilidade de diferentes

formas de comunicação e interação propiciadas pelo desenvolvimento tecnológico, a qual

caracteriza a sociedade em rede, propiciou que um novo modelo de salas de aulas deste contexto

evolutivo, utiliza-se os sites de relacionamentos como ferramenta educacional.

A utilização de redes sociais nas escolas baseia-se numa aprendizagem composta por atividades

que proporcionam a inserção de novos elementos como a interatividade e a aprendizagem

colaborativa, além de aprender com o material, o aluno aprende na dialógica com outros alunos,

com o professor e de pessoas do mundo inteiro. Existem vários ambientes de suporte para a

educação, como exemplo os LMS´s.

Os Sistemas de Gestão da Aprendizagem (Learning Management System - LMS) ostentam um

conjunto de funcionalidades delineadas para armazenar, distribuir e gerir conteúdos de

aprendizagem, de forma progressiva e interativa, podendo, ainda, registrar e relatar atividades do

aprendiz, bem como o seu desempenho.

Os LMS´s surgiram no intuito de suportar o processo de ensino e aprendizagem através das redes

de computadores, caracterizando-se como sistemas projetados para organizar e possibilitar acesso

a serviços da aprendizagem online permitindo um maior controle, provisão de conteúdo de

aprendizagem, ferramentas de comunicação e organização de grupos de usuários (PAULSEN,

2007).

Os LMS's atuam como uma ferramenta de gestão na educação, no sentido de prover

funcionalidades para o gerenciamento de cursos online tais como controle dos participantes

(alunos, professores e tutores), relatórios de acesso e de atividades, além de diversas

possibilidades de interação e de disponibilização de conteúdos. Dentre os LMS´s mais

conhecidos e difundidos no meio educacional podem ser citados: o Moodle, o TelEduc, o e-

ProInfo, o WebCT e o AulaNet.

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Utilizando as redes sociais como ferramenta educacional, o ORKUT também é uma opção para a

troca de informação e aprendizagem. O Orkut é um software social que alcançou grande

popularidade entre os internautas brasileiros. Criado em janeiro de 2004, por Orkut Buyukkokten

(Recuero, 2004), o sistema apenas permite a entrada de quem foi convidado por alguém já

cadastrado nele. O Orkut funciona basicamente através de perfis e comunidades. Os perfis são

criados pelas pessoas ao se cadastrar, que indicam também quem são seus amigos. As

comunidades são criadas pelos indivíduos e podem agregar grupos, funcionando como fóruns,

com tópicos (nova pasta de assunto) e mensagens que ficam dentro da pasta do assunto.

Com tantas opções é possível criar temas educacionais, grupos de estudos, comunidades

relacionadas às matérias dadas em sala de aula, ou seja, a partir do momento que o aluno percebe

que o professor também esta interagindo da mesma forma e da mesma ferramenta de

aprendizagem, que ele utiliza também no seu dia a dia, ele acaba criando um elo muito forte entre

o aprendizado e a interação nas salas de aula, possibilitando maior aproximação entre o professor

e o estudo em questão, ampliando o conhecimento de uma maneira inovadora.

5- PAULSEN, M. F. On Line Education Systems: Discussion and Definition of Terms. NKI Distance Education, 2002. Disponível em: 6- http://www.nettskolen.com/forskning/Definition%20of%20Terms.pdf>. Acesso em: Set. 2007. 7- RECUERO, Raquel da Cunha. Teoria das Redes e Redes Sociais na Internet. Trabalho apresentado

no XXVII INTERCOM, na PUC/RS Setembro de 2004.

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4. ALGUMAS REDES SOCIAIS UTILIZADAS NA EDUCAÇÃO.

Segundo Hewitt (2007, p. 226), “a vantagem de utilizar as redes sociais na educação é que isso o

obrigará a viver em um mundo de idéias e debates, em um ritmo moderno”. Assim, a ferramenta

multimídia pode ser utilizada pelos professores como meio de comunicação para desenvolver

atividades pedagógicas com os estudantes, ou mesmo com formação continuada para professores.

Por ser um site on-line (espaços de comunicação interativa em que se dá a socialização na

internet), com características multimidiáticas comporta links, imagens, vídeos, sons e

comentários. É uma ferramenta que oferece aos seus autores e co-autores total autonomia, por

meio do seu sistema de postagens de microconteúdos e muita facilidade de manuseio.

Moll (2002. 155-156) salienta que, os estudiosos que trabalham dentro de um quadro e referência

piagetiano têm desenvolvido um modelo relacionando com colaboração e desenvolvimento

cognitivo, no qual o mecanismo promotor do desenvolvimento é “o conflito cognitivo ou o

conflito sociocognitivo. A pesquisa que é baseada neste modelo indicou que a interação social

entre pares abre novas perspectivas na fundamentação de um problema, e é um meio altamente

efetivo de induzir o desenvolvimento cognitivo.

8- HEWITT, Hugh. Blog entenda a revolução. Trad. Alexandre Martins Morais. Rio de Janeiro: Thomas Nélson Brasil, 2007.

9- http://www.slideshare.net/rositalima/dissertacao-rosita-imprimir

4.1. Blog: O blog é uma ferramenta simples de construir, mas capaz de produzir grande

repercussão. Nele alunos, professores e aprendizes diversos constroem seu conhecimento e

mostram para o mundo seu potencial. Ele pode ser utilizado como uma alternativa de

comunicação interativa para participação de alunos em atividades propostas pelos professores,

oferecer a oportunidade de construção do conhecimento do aluno, pois esse espaço se configura

como excelente ferramenta para fazer provocações e desafios. Possibilita também a troca de

experiências por meio de discussões sobre os assuntos mais diversos tanto para estudantes-alunos

quanto para estudantes-professores, promove, ainda, a socialização de trabalhos.

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Criar um blog para trabalhar pedagogicamente requer planejamento e definição de objetivos e de

intencionalidade, deve-se pensar para quem (público-alvo), o tipo de assunto a ser discutido, que

capital social será produzido, quem administrará ou quem serão as pessoas que administrarão.

10- http://professoraandrea.blogspot.com/2006/08/como-construir-e-utilizar-os-blogs-na.html

4.2. Slide Shared: Trata-se de uma rede que agrega apresentações em Power Point que pessoas

do mundo inteiro postam seus trabalhos e pesquisas relacionados a qualquer tema do mundo.

Com esta ferramenta é possível buscar conteúdos de diversos temas relacionados à educação e

qualquer tipo de pesquisa.

11- http://www.slideshare.net 12- http://www.slideshare.net/mweller/twitter-microblogging-and-living-in-the-stream-presentation

4.3. Twitter: É um microblog que tem atualizações instantâneas. Você cria uma página pessoal e

nela são postadas suas mensagens curtas de até 140 caracteres e também das pessoas que você

está “seguindo”. Funciona assim: cada vez que você adiciona um amigo você começa a receber

as mensagens deles. Quando você envia uma mensagem, todo mundo que te segue recebe a sua

mensagem. Como as mensagens são trocadas facilmente e com muita facilidade são

retransmitidas a outras pessoas, se tornou numa poderosa ferramenta de interação instantânea de

notícias, seja de um fato político ou a ida de uma celebridade a uma festa, tudo corre rapidamente

no Twitter.

Uma boa idéia para uso do Twitter em sala de aula é criar um canal para discussão de um assunto

específico que os alunos estejam aprendendo no semestre.

A proposta é que eles trabalhem o tema escolhido em longo prazo. Como por exemplo: a escolha

do tema é a Floresta Amazônica, conforme os alunos vão pesquisando sobre o assunto, pode ir

compartilhando semanalmente com os outros usuários as descobertas, apontar pesquisas,

números atuais de desmatamento ou de reflorestamento, comentar sobre o folclore e etc.

O importante é que o canal seja utilizado por todos como meio de expressão e informação. E que

desperte o interesse em aprofundar cada vez mais a pesquisa.

Uma boa tática é realizar uma busca pelo tema ou assuntos relacionados. Assim a interação terá

uma amplitude ainda maior. A proposta é que eles trabalhem o tema escolhido em longo prazo.

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Como por exemplo: a escolha do tema é a Floresta Amazônica, conforme os alunos vão

pesquisando sobre o assunto, pode ir compartilhando semanalmente com os outros usuários as

descobertas, apontar pesquisas, números atuais de desmatamento ou de reflorestamento, comentar

sobre o folclore e etc.

O importante é que o canal seja utilizado por todos como meio de expressão e informação. E que

desperte o interesse em aprofundar cada vez mais a pesquisa. Uma boa tática é realizar uma busca

pelo tema ou assuntos relacionados. Assim a interação terá uma amplitude ainda maior.

13- http://guiadotwitter.blogspot.com/2009/09/twitter-para-que-serve-e-como-usar.html

4.4. Programa Aprender em Parceria: O programa chegou ao Brasil em 2005, inspirado no

modelo do Peer Coaching Programa, a versão norte-americana, desenvolvida com sucesso desde

2001 pela Microsoft em conjunto com a ONG Puget Sound Center for Teaching, Learning and

Technology.

É uma metodologia inovadora voltada para auxiliar os professores no aprimoramento do processo

de ensino-aprendizagem a partir do uso das ferramentas de tecnologia.

Em fevereiro de 2005 o Programa Aprender em Parceria foi apresentado a três instituições

parceiras da Microsoft: o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação

Comunitária (Cenpec), a Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e o Instituto Ayrton Senna.

O Programa traz o conceito de aprendizado em pares, em que um professor multiplicador da

metodologia escolhe um colega para ser seu parceiro na aprendizagem.

Juntos vão desenvolver aulas ou trabalhos utilizando os recursos de tecnologia presentes na

escola para possibilitar aos alunos a inserção no mundo digital de maneira pedagógica e assim

fortalecer o aprendizado.

Além disso, a metodologia sistematizada da parceria entre professores permite trocar

experiências de modo efetivo e significativo, contribuindo para a formação pedagógica e

profissional.

Com o Programa Aprender em Parceria, os professores aprendem a:

� Planejar e programar atividades de ensino que integrem a tecnologia em atividades curriculares;

� Planejar e programar parcerias conjugadas com o plano de aprimoramento da escola;

� Aprimorar habilidades de comunicação;

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� Colaborar com os gestores escolares e demais colegas para o desenvolvimento profissional da escola.

O programa tem como objetivo capacitar professores-líderes a fim de aprimorar a educação e a

oferecer aos seus alunos atividades de aprendizagem motivadoras e ricas em tecnologia. Este

software pode ser localizado por meio da URL

14- http://www.aprenderemparceria.com.br/AreaInstitucional/ProjetoGestaoTec.aspx.

4.5. EducaRede: O Programa EducaRede é uma iniciativa da Fundação Telefônica na Espanha e

na América Latina. No Brasil, tem a coordenação geral da Fundação Telefônica em parceria com

CENPEC (coordenador-executivo e gestor pedagógico) e a Fundação Vanzolini da POLI/USP

(coordenação tecnológica).

Lançado em 2002 como um portal, a partir de 2004 foi caracterizado como um programa, em

função da diversidade de ações desenvolvidas.

Seu objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade da educação, estimulando a integração da

Internet no cotidiano da escola pública e possibilitando a inclusão digital aos milhares de jovens

que a freqüentam.

O EducaRede é um portal educativo, totalmente gratuito e aberto, dirigido a educadores e alunos

do Ensino Fundamental e Ensino Médio da rede pública e a outras instituições educativas.

O Portal tem conteúdos exclusivos, preparados por especialistas em diversas áreas, que apóiam

educadores e estudantes na abordagem de temas atuais e desafiadores. Possuem também canais

de cultura e informação, apoio à pesquisa, conteúdos sobre tecnologia e educação. Há, ainda,

ambientes interativos especialmente criados para a troca de reflexões e de práticas educativas:

fóruns, salas de bate-papo agendadas pelos usuários, galeria de arte para exposição de projetos,

comunidade virtual, oficina de criação coletiva de textos, além de espaço para contribuição de

internautas em todos os canais. Este software pode ser localizado por meio da

Alguns projetos do Programa EducaRede.

• Minha Terra 2009 aprender a inovar

• Vamos Cuidar do Brasil

• Nossa Escola tem História

• Concurso Internacional EducaRede

• Minha Terra

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• Memórias em Rede

• Coisas Boas 2007/

• Aulas hospitalares

• Ler e Escrever

• Tecnologias na Educação:

• Coisas Boas PARA Minha Terra:

• III Congresso Ibero-Americano EducaRede

• História do Ceará em Rede

• As Coisas Boas da Minha Terra

• Escola em Rede

• Rede de Capacitação de Multiplicadores

• EducaRede Vai à Escola

• Aulas Unidas

15- http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=quem_somos.index. Portal de educação www.educarede.org.br

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5. A POSTURA DO PROFESSOR COM A UTILIZAÇAO DAS REDES SOCIAS NAS

ESCOLAS.

O reconhecimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica deve ser acompanhado da

conscientização da necessidade de habilidades e competências para lidar com as novas

tecnologias. No contexto, de utilizar as redes sociais nas escolas exige uma abordagem diferente

em que o componente tecnológico não pode ser ignorado.

As novas tecnologias e o aumento exponencial da informação levam a uma nova organização de

trabalho, em que se faz necessário: a imprescindível especialização dos saberes; a colaboração

transdisciplinar e interdisciplinar; o fácil acesso à informação e a consideração do conhecimento

como um valor precioso e de utilidade na vida econômica.

Diante disso um novo paradigma está surgindo na educação e o papel do professor, frente às

novas tecnologias, será diferente. Com as novas tecnologias pode-se desenvolver um conjunto de

atividades com interesse didático-pedagógico, tais como: intercâmbios de dados científicos e

culturais de diversa natureza; produção de texto em língua estrangeira; elaboração de jornais

inter-escolas, permitindo desenvolvimento de ambientes de aprendizagem centrados na atividade

dos alunos, na importância da interação social e no desenvolvimento de um espírito de

colaboração e de autonomia nos alunos.

O professor precisa saber orientar os educandos sobre onde colher informação, como tratá-la e

como utilizá-la. Esse educador será o encaminhador da autopromoção e o conselheiro da

aprendizagem dos alunos, ora estimulando o trabalho individual, ora apoiando o trabalho de

grupos reunidos por área de interesses.

A qualidade da educação, geralmente centradas nas inovações curriculares e didáticas, não pode

se colocar à margem dos recursos disponíveis para levar adiante as reformas e inovações em

matéria educativa, nem das formas de gestão que possibilitam sua implantação. A incorporação

das redes sociais como conteúdos básicos é um elemento que pode contribuir para uma maior

vinculação entre os contextos de ensino e as culturas que se desenvolvem fora do âmbito escolar.

Diante do contexto, as instituições educacionais enfrentam o desafio de incorporar as novas

tecnologias como conteúdos do ensino e, mas também reconhecer e partir das concepções que as

crianças têm sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver e avaliar práticas pedagógicas que

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promovam o desenvolvimento de uma disposição reflexiva sobre os conhecimentos e os usos

tecnológicos.

Cabe a educação formar esse profissional e para isso, esta não se sustenta apenas na instrução que

o professor passa ao aluno, mas na construção do conhecimento pelo aluno e no desenvolvimento

de novas competências, tais como: capacidade de inovar, criar o novo a partir do conhecido,

adaptabilidade ao novo, criatividade, autonomia e comunicação. É função da escola, hoje,

preparar os alunos para pensar, resolver problemas e responder rapidamente às mudanças

contínuas.

No contexto da sociedade da informação torna-se necessário apostar numa formação docente em

que seja possível aliar o uso das Redes Sociais nas escolas e nas práticas educativas, uma vez que

trabalhar com a Internet exige do professor uma nova postura na organização do currículo, nas

metodologias em sala de aula e na mediação das aprendizagens.

As possibilidades de interação, pesquisa e relacionamento proporcionadas pelas novas

tecnologias e redes sociais disponíveis na Internet alteram o espaço dos métodos tradicionais de

ensino. Há quem acredite que a geração atual já aprende a partir de uma nova linguagem que, por

sua vez, depende da interação entre alunos e professores. Sem essa interação, o processo estaria

seriamente comprometido.

Segundo André Valle, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Rio de Janeiro, essa

suposta nova linguagem de aprendizado depende da interação entre alunos e professores. “Se não

conseguirmos sensibilizá-los, o processo de ensino fica comprometido”. Para o professor, a partir

do momento em que os alunos têm acesso a fontes de informação diversas, como as disponíveis

na Internet, o papel do professor muda. “Há 15 anos o professor era a única fonte de consulta

para o aprendizado. Isso não existe mais. Hoje ele é mais um facilitador do processo de

conhecimento”, diz Valle.

Existem dificuldades ao preparar professores para usar adequadamente as novas tecnologias. É

preciso formá-los do mesmo modo que se espera que eles atuem.

As tentativas para incluir o estudo das novas tecnologias nos currículos dos cursos de formação

de professores esbarram nas dificuldades com o investimento exigido para a aquisição de

equipamentos, e na falta de professores capazes de superar preconceitos e práticas que rejeitam a

tecnologia mantendo uma formação em que predomina a reprodução de modelos substituíveis por

outros mais adequados à problemática educacional.

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A função do professor é a criação e recriação sistemática, que tem em conta o contexto em que se

desenvolve a sua atividade e a população-alvo desta atividade. É preciso estimular a pesquisa e

colocar-se a caminho com o aluno e estar aberto à riqueza da exploração, da descoberta de que o

professor, também pode aprender com o aluno durante e ao final do processo.

16- http://www.seufuturonapratica.com.br/portal/index.php?id=312&tx_ttnews[pointer]=25&tx_ttnews[tt_news]=6503&tx_ttnews[backPid]=584&cHash=497a991463

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6. ALGUNS FATORES QUE PRECISAM SER INCORPORADOS NA METODOLOGIA

DO PROFESSOR.

As mudanças que as tecnologias favorecem na postura do professor em aula, ajuda os alunos à

estabelecerem um elo entre os conhecimentos acadêmicos com os adquiridos e vivenciados.

Ocorre uma troca de idéia e experiências, em que o professor muitas vezes se coloca na posição

do aluno, aprendendo com a experiência deste.

Durante as aulas os alunos são levados a pesquisar e estudar individualmente, bem como a buscar

informações e dados novos para serem trazidos para estudo e debates em aula. Enfatiza-se uma

aprendizagem ativa e um processo de descobertas dirigidas. Incentiva-se a aprendizagem

interativa em pequenos grupos.

Com todas essas vertentes, o professor é obrigado a adquirir inúmeras habilidades e competências

para dominar as ferramentas necessárias. Esse progresso tecnológico gerou um mundo altamente

competitivo e de competição globalizada. No mercado moderno, não se compete apenas com

concorrentes em um espaço físico próximo ao seu, mas sim com concorrentes do mundo inteiro,

ligadas online pela rede, oferecendo inúmeros serviços.

Percebe-se que apenas a máquina não sana as necessidades encontradas pelos discentes no

processo educacional. Para essa mudança, são necessários basicamente fatores primordiais sendo

o computador, o software, e o profissional capacitado a usá-los. Esses fatores dever ser agregados

ao:

• Conhecimento das novas tecnologias e da maneira de aplicá-las.

• Estímulo à pesquisa como base de construção do conteúdo a ser veiculado através do

computador, saber pesquisar e transmitir o gosto pela investigação a alunos de todos

os níveis.

• Habilidade de permitir que o aluno justifique as hipóteses que construiu e as discuta;

• Especialidade de conduzir a análise grupal a níveis satisfatórios de conclusão do

grupo a partir de posições diferentes ou encaminhamentos diferentes do problema.

• A capacidade de divulgar os resultados da análise individual e grupal de tal forma que

cada situação suscite novos problemas interessantes à pesquisa.

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A sociedade do conhecimento exige um novo perfil de educador. Comprometido com as

transformações sociais e políticas; com o projeto político-pedagógico assumido com e pela

escola, evidenciando uma sólida cultura geral que lhe possibilite uma prática interdisciplinar e

contextualizada. Desta forma, dominando novas tecnologias educacionais.

O profissional deve ser reflexivo, crítico, competente no âmbito da sua própria disciplina,

capacitado para exercer a docência e realizar atividades de investigação. Aberto às mudanças, ao

novo, ao diálogo, à ação cooperativa; que contribua para que o conhecimento das aulas seja

relevante para a vida teórica e prática dos estudantes. Interativo que concorra para a autonomia

intelectual e moral dos seus alunos trocando conhecimentos com profissionais da própria área e

com os alunos, no ambiente escolar, construindo e produzindo conhecimento em equipe,

promovendo a educação integral, de qualidade, possibilitando ao aluno desenvolver-se em todas

as dimensões: cognitiva, afetiva, social, moral, física e estética.

A formação de professores sinaliza para uma organização curricular inovadora que, ao ultrapassar

a forma tradicional de organização curricular, estabelece novas relações entre a teoria e a prática.

Oferece condições para a emergência do trabalho coletivo e interdisciplinar e possibilite a

aquisição de uma competência técnica e política que permita ao educador se situar criticamente

no novo espaço tecnológico.

Ao professor cabe o papel de estar engajado no processo, consciente não só das reais capacidades

da tecnologia, do seu potencial e de suas limitações para que possa selecionar qual é a melhor

utilização a ser explorado num determinado conteúdo, contribuindo para a melhoria do processo

ensino-aprendizagem.

O processo de preparação dos professores, atualmente, consiste em cursos ou treinamentos com

pequena duração, para exploração de determinados programas, cabendo ao professor o

desenvolvimento de atividades com essa nova ferramenta junto aos alunos, sem que tenha

oportunidade de analisar as dificuldades e potencialidades de seu uso na prática pedagógica.

Estas mudanças exigem uma profunda alteração curricular, em que os conteúdos acumulados pela

humanidade serão os objetos do conhecimento, mas os novos problemas e os projetos para suas

soluções comporão os procedimentos e atividades que serão avaliados pelas escolas para

constatar sua eficácia.

17- http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-tecnologia/redes-sociais-saiba-como-usar-profissionalmente-527564.shtml

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7. FORMAR PROFESSORES, NESTE CONTEXTO, EXIGE MUDANÇAS NO MODELO

DE EDUCAÇÃO.

A reflexão, como princípio didático, é fundamental em qualquer metodologia, levando o sujeito a

repensar o processo do qual participa dentro da escola como docente. A formação deve

considerar a realidade em que o docente trabalha suas ansiedades, suas deficiências e dificuldades

encontradas no trabalho, para que consiga visualizar a tecnologia como uma ajuda e vir,

realmente, a utilizar-se dela de uma forma consistente.

Para Frigotto (1996), um desafio a enfrentar hoje na formação do educador é a questão da

formação teórica e epistemológica. E esta tarefa não pode ser delegada à sociedade em geral. O

lócus adequado e específico de seu desenvolvimento é a escola (Schon, 1992; Nóvoa, 1991,

1992) e Universidade, onde se articulam as práticas de formação-ação na perspectiva de

formação continuada e da formação inicial.

As mudanças que ocorrem em todos os campos do saber deslocam o modelo de educação

escolarizada, que ocorre numa determinada faixa etária do aluno e num determinado espaço

físico, apoiada na especialização do saber. Neste contexto de aprendizagem é necessário:

• Mudanças na forma de conceber o trabalho docente, flexibilização dos currículos nas

escolas e as responsabilidades da escola no processo de formação do cidadão;

• Socialização do acesso à informação e produção de conhecimento para todos;

• Mudança de concepção do ato de ensinar em relação com os novos modos de

conceber o processo de aprender e de acessar e adquirir conhecimento;

• Mudança nos modelos/marcos interpretativos de aprendizagem, passando do modelo

educacional predominante instrucionista, isto é, que o ensino se constrói a partir da

aplicação do conhecimento teórico formulado a partir das ciências humanas e sociais

que dariam fundamentos para a educação;

• Construção de uma nova configuração educacional que integre novos espaços de

conhecimentos em uma proposta de inovação da escola, na qual o conhecimento não

está centrado no professor e nem no espaço físico e no tempo escolar, mas visto como

processo permanente de transição, progressivamente construído, conforme os novos

paradigmas;

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• Desenvolvimento dos processos interativos que ocorrem no ambiente telemático, sob

a perspectiva do trabalho cooperativo.

O professor, na nova sociedade, revê de modo crítico seu papel de parceiro, interlocutor,

orientador do educando na busca de suas aprendizagens. Ele e o aprendiz estudam, pesquisam,

debatem, discutem, constroem e chegam a produzir conhecimento, desenvolver habilidades e

atitudes. O espaço aula se torna um ambiente de aprendizagem, com trabalho coletivo a ser

criado, trabalhando com os novos recursos que a tecnologia oferece, na organização,

flexibilização dos conteúdos, na interação aluno-aluno e aluno-professor e na redefinição de seus

objetivos.

As informações que os jovens obtêm através da Internet não são apenas recebidas e guardadas.

Elas representam um ponto de partida e não um fim em si mesmo. Quando um estudante encontra

uma informação na Internet, ele a coloca no seu contexto, da sua realidade, busca mais

informações a respeito, torna-a um elemento da sua própria formação, sabendo qual a

importância daquilo que aprendeu.

Quando estudantes podem trocar experiências e conhecimentos com colegas do mundo inteiro,

assim como bibliotecas, centros de pesquisas, universidades, museus, todo um universo de

percepção se abre para eles, a própria perspectiva de mundo e de realidade se modifica, dando

lugar à formação de um conhecimento mais global, menos limitado às fronteiras nacionais e

imediatas. Eles podem construir pontes de conhecimento e entender outras culturas, outros modos

de compreender o significado das coisas, da realidade.

O processo de formação continuada permite condições para o professor construir conhecimento

sobre as novas tecnologias, entender por que e como integrar estas na sua prática pedagógica e

ser capaz de superar entraves administrativos e pedagógicos, possibilitando a transição de um

sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora voltada para a resolução de

problemas específicos do interesse de cada aluno. Deve criar condições para que o professor

saiba recontextualizar o aprendizado e as experiências vividas durante sua formação para a sua

realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetos

pedagógicos que se dispõem a atingir.

Esta formação propicia condições necessárias para que o professor domine a tecnologia - um

processo que exige profundas mudanças na maneira do adulto pensar. O objetivo da formação,

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além da aquisição de metodologias de ensino, conhecer profundamente o processo de

aprendizagem, como ele acontece e como intervir de maneira efetiva na relação aluno-

computador. Propicia ao aluno condições favoráveis para a construção do conhecimento. A

ênfase do curso deve ser a criação de ambientes educacionais de aprendizagem, nos quais o aluno

executa e vivencia uma determinada experiência, ao invés de receber do professor o assunto já

pronto.

Uma visão integrada de ciência e tecnologia que busque entender os processos científicos e a

mudança nos paradigmas científicos. Isso é recomendado de maneira a se colocar a tecnologia

educacional na perspectiva de um esforço científico.

Para esta inserção social, é fundamental o trabalho em equipe. Trabalhar em equipe e participar

efetivamente de um processo contínuo que tem início na apropriação da intencionalidade de um

projeto, mediante a tomada de consciência dos objetivos e do sentido da situação; planejamento

das ações pelas quais se implementará o mesmo projeto; dos momentos de avaliação e de

reorientações. Esta participação implica em compartilhar os esforços de descoberta dos caminhos,

de elucidação dos obstáculos, visando-se sempre fazer com que a intencionalidade global do

projeto se explicite claramente, se torne coletiva, enquanto visada de um grupo que, em volta

dela, se constitui solidário.

O trabalho cooperativo como uma estratégia incentivadora nas relações de trabalho entre

indivíduos é estimulante e através dele encontra-se um modelo em que a convivência social e a

auto-estima são incrementadas. As ferramentas de apoio ao trabalho cooperativo utilizando novas

tecnologias são os hipertextos, correio eletrônico, editores cooperativos de textos e as salas de

aula virtuais.

As principais diretrizes teóricas na educação na Sociedade da Informação (Dowbor,1993;

Drucker, 1993), permitem desenvolver vários níveis de competência como transformar a

informação em conhecimento, captar a informação relevante, senti-la, relacioná-la com a vida.

Ajudar a estimular o que é relevante na informação, a transformá-la, a saber, integrá-la dentro de

um modelo mental/emocional equilibrado e transformá-la em ação presente ou futura. Aprender a

navegar entre tantas e tão desencontradas informações, entre modelos contraditórios de

conhecimento, de visões de mundo opostas.

A integração pessoal e a identidade positiva, a autoestima, o valor dos professores. Permitem um

professor com novos e variados papéis, que funcione como planejador e como orientador da

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aprendizagem, capaz de se comunicar, criativo, consciente de sua responsabilidade para

contribuir com a transformação da sociedade, e de seus limites como pessoa e como profissional,

em constante aperfeiçoamento, e assume conscientemente seu auto-aperfeiçoamento. É o

professor que usa as próprias experiências para refletir criticamente sobre sua própria prática

docente, e na ação-reflexão-ação vai promovendo seu próprio desenvolvimento pessoal e

profissional.

Os ambientes computacionais quando voltados para a inteligência e o desenvolvimento cognitivo

como processos básicos da aprendizagem podem constituir-se num desafio à criatividade e

invenção. Uma nova ecologia cognitiva (Lévy,1993) significa uma nova dinâmica na construção

do conhecimento, um novo movimento, novas capacidades de adaptação e de equilíbrio dinâmico

nos processos de construção do conhecimento, um novo jogo entre sujeito e objeto, um novo

enfoque mostrando o enlace e a interatividade existentes entre as coisas do cérebro e os

instrumentos que o homem utiliza.

Existe à necessidade de manifestar o que o indivíduo é, o que sente, deseja, captar o que é o outro

em todas as suas dimensões. Aprender a comunicar-se com todas as linguagens orais, escrita,

áudio-video-gráfica com todo o ser: corpo mente gestos. Desenvolver formas de interação,

baseadas na confiança, na valorização mútua, na interação sensorial-emocional-intelectual aberta,

criativa e organizada. O educador é um comunicador que expressa capacidade de motivar, de

liderar, de coordenar e de adaptar-se aos vários ritmos dos diversos grupos.

As redes de computadores podem oferecer efetivas oportunidades para o trabalho cooperativo,

mas problemas estruturais encontrados no contexto escolar para uso de redes, que incluem

acesso, custos telefônicos para ligação on-line, tempo e equipamento, podem dificultar seu uso,

devendo ser buscadas alternativas para superar esses problemas.

Não basta que os alunos simplesmente se lembrem das informações, eles precisam ter a

habilidade e o desejo de utilizá-las, precisam saber relacioná-las, sintetizá-las, analisá-las e

avaliá-las. Juntos, estes elementos constituem o pensamento crítico aparecendo em aula quando

os alunos se esforçam para ir além de respostas simples, quando desafiam idéias e conclusões e

procuram unir eventos não relacionados dentro de um entendimento coerente do mundo. Mas sua

aplicação mais importante está fora da sala de aula. A habilidade de pensar criticamente apresenta

pouco valor se não for exercitada no dia-a-dia das situações da vida real. É aí que as redes sociais

têm seu papel, fornecendo o cenário para interessantes aventuras do intelecto. É preciso que se

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criem condições para que os participantes desenvolvam visão crítica frente à utilização das novas

tecnologias na educação, e se desenvolva estudos sobre ambientes computacionais,

proporcionando a ação e a reflexão sobre objetos de conhecimento, favorecendo a aprendizagem

a partir de situações experimentais e conjeturais.

18- FRIGOTTO, G. A formação e profissionalização do educador frente aos novos desafios.VIII ENDIPE, Florianópolis, 1996. Pp. 389-406.

19- LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro, ed.34, 1993.

20- DOWBOR, L.O espaço do conhecimento. In:A revolução tecnológica e os novos paradigmas da sociedade.Belo Horizonte, IPSO, 1993.

21- DRUCKER, P.Sociedade pós-capitalista.São Paulo, Pioneira, 1993. 22- NÓVOA, A. Formação contínua de professores: realidades e perspectivas. Aveiro,

Univ.Aveiro, 1991. 23- SCHÕN, D. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, A. (org) Os

professores e sua formação. Lisboa, Dom Quixote, 1992.

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8. ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS.

Foi elaborado e entregue um questionário para os professores da escola, e o prazo para a

devolução em três dias. Com os dados obtidos, observei que não há grande resistência à

tecnologia por parte de nenhum dos professores. Apesar de todos possuírem idade superior a 40

anos.

Todos os professores já dependem do computador para elaborar seu plano de aula. Isso acaba

com o mito de que a idade influencia fortemente na postura adotada pelo professor, quanto ao uso

da tecnologia no âmbito escolar. ”Um ponto positivo para utilizar a ferramenta computacional e

possivelmente às redes sociais.”

Para o professor preparar aulas utilizando o computador como ferramenta educacional com seus

alunos, é primordial que ele mesmo faça uso dessa tecnologia e saiba como e por que ela deve ser

usada? Portanto, os resultados obtidos na primeira parte foram da seguinte maneira.

• Todos os professores responderam “sim” com relação à utilização da ferramenta computacional dentro da escola.

• Os professores utilizam as atividades do plano de ensino que podem ser articuladas com o uso do computador. “Mas de acordo com a disponibilidade.”

• Das atividades executadas com o uso do computador são pesquisa, sites educacionais e leitura, por enquanto. Porque a falta de auxilio técnico acaba atrapalhando a aplicação de outras atividades.

• Observa-se que os professores trabalham com o uso do computador apenas com os alunos menores. Porque para os professores a maioria deles tem “medo” de mexer inicialmente. “Isso facilita o controle das atividades executadas”.

• Por outro lado constatei que possivelmente os professores não trabalham a ferramenta computacional em sala de aula com alunos do ensino médio. Devido ao grande conhecimento que os alunos possuem em relação ao computador.

“Neste caso, o problema é maior. Porque apesar dos professores fazerem o uso da ferramenta computacional. Possivelmente os alunos conhecem diferentes informações sobre o computador.”

Áreas que estão em constante mudança, com novas descobertas tecnológicas, são extremamente

beneficiadas pelo uso da internet, uma vez que disponibiliza uma ampla gama de notícias e sites

especializados que trazem de maneira rápida e fácil as últimas notícias que percorrem o mundo.

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Sabemos que o mundo muda constantemente, e que essas mudanças são inevitáveis. Todos nós

vivenciamos essas mudanças. Para acompanhar essas mudanças, o professor precisa de uma

formação continuada no que se referem a tecnologias educacionais.

A segunda parte dos dados demonstra os recursos que à escola possui. Sendo que ela dispõe de

uma biblioteca, televisores, aparelhos de som, data show e um laboratório de informática.

Segundo os professores, o acesso aos equipamentos não é totalmente livre. O laboratório de

informática é mantido fechado. Para trabalhar com os alunos no local, necessita de um técnico

junto com a turma, para acompanhar a utilização de todos.

O problema é que a escola não conseguiu manter um funcionário nesta função. “Possivelmente

nesta escola, observei uma evasão nesta área por motivos pessoais da direção”. Diante do

problema. Quando os professores conseguem uma pessoa autorizada pela direção, para

acompanhar a turma, todos conseguem utilizar os computadores.

Os professores trabalham com seus alunos pesquisas, imagens, vídeos animados e sites voltados

para a educação.

Com o recurso das ferramentas fáceis de serem usadas, além de úteis, pois na Web o professor

conta com diversos sites especializados, nos quais pode coletar informações atualizadas sobre a

matéria, além de buscar formas de interagir e trazer atividades novas para os alunos.

No século XXI, várias escolas foram equipadas com laboratórios de informática, e o governo

vem oferecendo facilidades para as redes de ensino se modernizar. É importante destacar que a

informatização não se limita apenas a pesquisas na web. Ela pode ser utilizada em apresentações,

palestras, jogos educacionais, filmes, músicas e artes em geral.

Com todas essas vertentes, o professor é obrigado a adquirir inúmeras habilidades e competências

para dominar as ferramentas necessárias. Esse progresso tecnológico gerou um mundo altamente

competitivo e globalizado. No mercado moderno, não se compete apenas com concorrentes em

um espaço físico próximo ao seu, mas sim com concorrentes do mundo inteiro, ligadas online

pela rede, oferecendo inúmeros serviços.

Percebe-se que apenas a máquina não sana as necessidades encontradas pelos discentes no

processo educacional. Para essa mudança, são necessários basicamente três fatores primordiais: O

computador, o software, e o profissional capacitado a usá-los.

Os dados analisados referente à terceira parte do questionário evidenciam que a escola em

questão, não utiliza as redes sociais como ferramenta educacional. Mas os professores participam

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e conhecem várias delas. As redes sociais que são mais comuns entre eles são o Orkut, Blog,

Facebook, MSN, e o Youtube.

Neste contexto, observei que a pesquisa proporcionou novas idéias de metodologias agregadas às

redes sociais nos professores. “Um pequeno passo para utilizar as redes sociais como ferramenta

educacional”.

O mundo muda constantemente e as mudanças são inevitáveis. Todos nós vivenciamos essas

mudanças. Para acompanhar essas mudanças, o professor precisa de uma formação continuada no

que se referem a tecnologias educacionais.

Essa formação não pode ser desconsiderada por nenhuma das partes envolvidas: governo,

professor e aluno.

O final do questionário apresenta as sugestões dadas pelos professores para trabalhar com o

computador nas salas de aula.

Os motivos citados pelos professores são diversos, porém a opinião da grande maioria converge

em pontos principais, conforme respostas da questão 12 (“Professor, use o espaço abaixo para

apresentar sugestões de como facilitar o uso do computador no espaço escolar:”).

Educação digital para os professores de uma forma geral abrange uma necessidade do

conhecimento tecnológico, com a chegada das tecnologias, a maioria dos alunos não sabem os

riscos de segurança e nem mesmo como devem utilizar os recursos. Os professores destacam:

• Necessidade de um profissional de informática capacitado à disposição dos

docentes, para preparar as aulas com os softwares necessários e realizar

manutenção;

• Necessidade de mais equipamentos, como computadores, DVD’s e projetores

multimídia além de mais espaço;

A primeira necessidade levantada reforça a importância da educação digital, uma vez que ela é

reconhecida pelos próprios membros envolvidos. Ainda nessa questão, podemos citar a opinião

dos professores entrevistados:

“O computador em sala de aula é excelente, porém com a quantidade de alunos em sala de aula e o n° de computadores disponível é muito difícil trabalhar. E especificamente na área de Física, na internet há coisas maravilhosas que chamam a atenção de alguns alunos, porém outros só querem ficar no MSN, o que se torna também complicado. Mas acredito que o correto seria ter um monitor ...”

Nessa opinião podemos encontrar os pontos abordados. A professora, apesar de reconhecer o

poder da tecnologia, reforça que é preciso educação digital para os alunos, um monitor para as

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aulas, e mais equipamentos nas escolas. Não se pode ter a ilusão de que um desses fatores poderá

sozinho resolver o problema das redes de ensino no Brasil.

Muitos professores reclamaram que a escola, apesar de ter o computador, estava com os

equipamentos fora de uso por falta de auxilio técnico, comprovando que é difícil utilizar esses

recursos e avançar na educação do país, se o governo simplesmente compra equipamentos e não

acompanha o processo de forma continuada. Temos que ter em mente que o uso contínuo da TIC

é um investimento em longo prazo. Não se pode garantir o futuro da educação digital apenas com

a compra de computadores.

Os professores precisam, nessa nova era da tecnologia, adaptar-se às novidades e mudanças, e a

conscientização disso é de extrema importância.

Para que a aula interativa possa ser desenvolvida, os profissionais envolvidos devem ter o

conhecimento básico da tecnologia utilizada.

No entanto há um grande debate sobre como essa tecnologia deve ser utilizada. Muitos estudiosos

questionam a internet como meio de obter informações, visto que artigos e textos online nem

sempre tem sua veracidade comprovada.

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9. CONCLUSÃO.

O presente artigo buscou um entendimento mais amplo sobre a utilização das Redes Sociais

como ferramenta educacional. Os recursos tecnológicos hoje presentes alteraram de forma

substancial o modelo de aprendizagem, do sistema presencial para modelo de educação à

distância, usando os ambientes virtuais de aprendizagem como fonte para disseminação do

conhecimento.

A nova geração humana nasce praticamente conectada a Internet e utiliza seu recurso de

interação com muita naturalidade. O professor atento pode e deve usufruir dessa facilidade para

aprimorar os conteúdos trabalhados dentro e fora da escola.

Hoje educar na web é uma atitude que propõe valores que só enriquecem o processo de

aprendizagem, tornando os alunos em criadores e divulgadores de conteúdo, uma vez que exige a

colaboração e a cooperação de todos os usuários, além de preparar os alunos para aprenderem a

viver em rede.

Com o uso das Redes Sociais em sala de aula o aluno deixa de ser avaliado somente pelo

conhecimento adquirido, ele passa a sugerir uma melhora dos conteúdos que estão sendo

passados e gera um material de estudo para os futuros alunos daquela classe. Isso permite uma

interatividade muito grande entre os alunos e o professor.

Um exemplo do contexto abordado é a professora Claudia Cristina Vieira Valério, que leciona

nas redes estadual e municipal de São Paulo desde 1992, considera também que "a sala de aula

está se completando com o espaço virtual". "Hoje os alunos se relacionam com seus professores

de maneira muito mais próxima através das redes", afirma. "É através delas que eles conhecem o

modo de vida de seu professor e até recebem orientações de atividades a serem realizadas e

entregues. Postam seus trabalhos, expõem suas opiniões." Na Emef Franklin Augusto de Moura

Campos, onde trabalha desde 2009 como orientadora de Informática Educativa, também

coordenou a criação de um blog .

Seu objetivo era "a troca de experiências entre professores, alunos e outras escolas, visto que a

unidade ainda não tinha esse meio de comunicação". Participaram do processo alunos-monitores

que formam a "Equipe Super@ção" e ajudam na alimentação do espaço virtual com matérias e

imagens. "O que hoje me surpreende é o envolvimento da escola com o blog", comemora

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Claudia. "Ele avançou de tal maneira que quase não damos conta de sua alimentação pela

quantidade de materiais que chegam às nossas mãos. Temos de usar outros canais para

apresentação de nossas atividades, como o Ning e o Educarede."

Sabemos de antemão que o Brasil tem um passivo significativo de conhecimento sendo algo que

assola a nação, principalmente entre os adultos que encontram na educação online uma

possibilidade que poderá levá-los a descoberta de um mundo novo, com educação de qualidade e

duradoura. Porém não está restrito somente este universo acima mencionado, estende-se também

às crianças, jovens e idosos, tornando o aspecto geográfico uma barreira a menos para a

construção do saber, podendo também ser aplicado de forma conjunta com o ensino presencial.

Neste contexto, a importância das Redes Sociais na educação é imensa, sendo elementos

determinantes para a construção e democratização do conhecimento em todos os segmentos da

sociedade. O aporte de ferramentas da Web, que permitem o uso de recursos multimídia e da

interação dinâmica, possibilita que novas perspectivas se tornem presentes no processo de ensino

e aprendizagem com substancial valor agregado. A adoção destas ferramentas pode motivar a

participação dos alunos atenuando sua evasão, tornando-os participantes principais do processo e

não mais meros coadjuvantes, tecendo assim um elo entre toda a cadeia produtiva do

conhecimento.

Espera-se do professor no século XXI seja aquele que ajude a tecer a trama do desenvolvimento

individual e coletivo e que saiba manejar os instrumentos que a cultura irá indicar como

representativos dos modos de viver e de pensar civilizados, específicos dos novos tempos. Para

isso, ainda são necessárias muitas pesquisas em novas tecnologias da informação, modelos

cognitivos, interações entre pares, aprendizagem cooperativa, adequados ao modelo baseado em

tecnologia, que oriente a formação de professores no seu desenvolvimento e ofereça alguns

parâmetros para a tarefa docente nesta perspectiva.

Podemos utilizar as redes sociais como ferramenta educacional, ou seja, explorar a facilidade de

trocar informações sobre temas da educação, destacando a importância da construção do

conhecimento coletivo. As redes sociais podem ser utilizadas de um modo geral, como

instrumento e um meio de chegar num resultado mais amplo dentro da educação trazendo

benefícios à humanidade.

24- http://www.facaparte.org.br/link/na-trilha-do-educando. 25- UOL.Educação.

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10. REFERENCIAL TEÓRICO.

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11. ANEXOS.

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