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FACULDADE MÓDULO PAULISTA ADMINISTRAÇÃO COM ÊNFASE EM ANÁLISE DE SISTEMAS CARLOS NEY BOTELHO DANILO DOURADO SIMIÃO DE OLIVEIRA RAFAEL DA SILVA MOREIRA A IMPORTÂNCIA DO INVESTIMENTO EM CAPITAL INTELECTUAL PARA A MELHORIA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO DE CASO “FACULDADE MÓDULO PAULISTA” SÃO PAULO 2007

Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

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A IMPORTÂNCIA DO INVESTIMENTO EM CAPITAL INTELECTUAL PARA A MELHORIA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO DE CASO “FACULDADE MÓDULO PAULISTA”

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Page 1: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

FACULDADE MÓDULO PAULISTA

ADMINISTRAÇÃO COM ÊNFASE EM ANÁLISE DE SISTEMAS

CARLOS NEY BOTELHO

DANILO DOURADO SIMIÃO DE OLIVEIRA

RAFAEL DA SILVA MOREIRA

A IMPORTÂNCIA DO INVESTIMENTO EM CAPITAL INTELECTUAL PARA A

MELHORIA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO

SUPERIOR: ESTUDO DE CASO “FACULDADE MÓDULO PAULISTA”

SÃO PAULO

2007

Page 2: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

ii

CARLOS NEY BOTELHO

DANILO DOURADO SIMIÃO DE OLIVEIRA

RAFAEL DA SILVA MOREIRA

A IMPORTÂNCIA DO INVESTIMENTO EM CAPITAL INTELECTUAL PARA A

MELHORIA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO

SUPERIOR: ESTUDO DE CASO “FACULDADE MÓDULO PAULISTA”

Trabalho de conclusão de curso, como

requisito para a obtenção do grau de

Bacharel em Administração.

Prof. Ms. Luciano Rodrigues – Orientador

SÃO PAULO

2007

Page 3: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

iii

FICHA CATALOGRÁFICA

OLIVEIRA, Danilo Dourado Simião de

A Importância do Investimento em Capital Intelectual para a Melhoria de

Processos Administrativos: Estudo de Caso “Faculdade Módulo Paulista“ /

Carlos Ney Botelho, Danilo Dourado Simião de Oliveira e Rafael da Silva

Moreira. São Paulo: Faculdade Módulo Paulista, 2007.

Orientador: Prof. Ms. Luciano Rodrigues

Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade Módulo Paulista, Curso de

Administração.

I. Administração de Pessoas. II. Gestão de Pessoas.

III. Gestão de Processos. IV. Capital Intelectual.

Page 4: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

iv

A IMPORTÂNCIA DO INVESTIMENTO EM CAPITAL INTELECTUAL PARA A

MELHORIA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO

SUPERIOR: ESTUDO DE CASO “FACULDADE MÓDULO PAULISTA”

Por

CARLOS NEY BOTELHO

DANILO DOURADO SIMIÃO DE OLIVEIRA

RAFAEL DA SILVA MOREIRA

Trabalho de conclusão de curso aprovada

para a obtenção do grau de Bacharel em

Administração, pela Banca examinadora

formada por:

Presidente: Prof. Luciano Rodrigues, Ms - Orientador, Faculdade Módulo Paulista

Membro: Prof. Cláudio Carvajal Junior, Ms, Faculdade Módulo Paulista

Membro: Prof. Enoch Araújo Flor, Ms., Faculdade Módulo Paulista

Membro: Prof. Mary Marcy Fellipe, Ms., Faculdade Módulo Paulista

São Paulo, 23 de Outubro de 2007

Page 5: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

v

Às nossas famílias.

Page 6: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

vi

AGRADECIMENTOS

Ao professor Ms. Luciano Rodrigues pelo incentivo e orientação para que

pudéssemos concluir nossa pesquisa e aprimorar nossos conhecimentos.

A Faculdade Módulo Paulista representada pelos seus diretores Wagner

Marcelo Sanches e Eliana Carla Rodrigues pela colaboração com nossos estudos

possibilitando a realização deste trabalho.

Aos professores Dr. Samuel Ribeiro Tavares pelo incentivo, inspiração e

apoio na definição de nosso tema, e professor Dr. João Pinheiro de Barros Neto, por

ter colaborado com bibliografias que ajudaram a definir parte do conteúdo.

Ao incentivo constante de todos os participantes, não deixando desanimar

nos momentos difíceis que surgiam ao longo da pesquisa.

As bibliotecárias da faculdade, em especial, Freda Salvador pela

colaboração com indicação de livros e opiniões pertinentes ao tema.

As nossas famílias e amigos pela colaboração e compreensão com os

nossos deveres, em especial a Fernando da Silva Moreira pelas idéias, Fernando F.

Fortes pelas dicas de formatação, Maria Gabriela Galvão Xavier pela revisão de

nosso abstract.

E a todos os amigos, alunos e professores que com suas idéias, opiniões

e aulas inspiradoras dentro e fora da faculdade nos deram base para continuarmos

em nosso crescimento científico e profissional.

Page 7: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

vii

“O trabalhador do conhecimento é um ativo

e não um custo”.

Peter F. Drucker

Page 8: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

viii

RESUMO

Numa era onde a ideologia faz parte do desenvolvimento e crescimento de

um profissional, para analisar com detalhes as necessidades de realizar um estudo

sobre várias teorias que desenvolvem-se através do próprio entendimento. Soluções

para alguns processos a serem melhorados, consequentemente para executar

melhor sua tarefa.

Esta pesquisa tenta acompanhar a evolução da administração de pessoas

com a globalização fazendo um paralelo com a administração dos processos desta

organização, de que algum modo possa estagnar com o crescimento, e que

trouxeram padronizações que aconteciam para conter erros e aumentar sua

produtividade, diminuindo a autonomia de seus colaboradores, sendo obrigados a

obedecer de uma forma “cega” aos processos que os cabia executar.

Neste trabalho serão questionadas as formas de melhoria de processos

administrativos através de pessoas, já que este capital intelectual está em seu dia-a-

dia renovando seus conhecimentos sobre este processo. Normalmente é um grande

desafio informar essas pessoas para que elas entendam sua função e assim possam

melhorá-la, com o desafio de ser aceito por uma política que nem sempre é revista

nos tempos da globalização.

Outro grande passo é procurar conhecer como a inovação ocorreu durante

todo este tempo, identificando meios para que os próprios colaboradores

desenvolvam novas formas de executar o processo. Para isso, observando a

criatividade de grandes autores, e também conhecer algumas de suas obras,

principalmente as que tiveram sucesso no decorrer dos tempos. Estudando alguns

líderes, para entender como a liderança organizacional se desenvolveu.

Enfim, como a cultura organizacional influencia a empresa, e como lidar

com ela com o decorrer o seu desenvolvimento profissional, são estratégias a serem

seguidas durante a gestão administrativa. Acredita-se que no mundo atual, quanto

mais informação se obtém do funcionamento e dos objetivos da organização, mais

fácil pode-se levá-la ao sucesso. Esta pesquisa visa à melhoria de empresas com

um plano estruturado para melhoria de processos administrativos através de

pessoas.

Page 9: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

ix

ABSTRACT

In an age where ideology is part of development and growth of a

professional, we have to analyze the necessity of being able to carry through a study

about some administrative theories that had developed itselves through it own

understanding. Solutions for some process to be improved and consequently to

execute it job in a better manner.

This research tries to follow the evolution of the administration of people

with the globalization and to make a parallel with the administration of the processes

of this organization, that in some way stopped with the growth, and brought

standardizations that happened to contain mistakes and to increase productivity,

diminishing the autonomy of collaborators, therefore being obliged to obey in “a blind”

way the processes that must to be executed by them.

In this research we intend to question the forms to improvements of

administrative proceedings through people since this intellectual capital is day-by-day

renewing their knowledge about this process. Usually it is a great challenge to inform

these people so they understand their function and thus they can improve it, with the

challenge of being accepted for politics that neither always are reviewed in the times

of the globalization.

Another great step is to be in search of knowledge in how the innovation

occurred during all this time, to identify ways for the collaborators develop new forms

to execute the process. For this, we observed the creativity of great authors, and also

some of their work, mainly the ones that had success in elapsing. Study some

leaders, to understand the administrative leadership forms in an organization.

At last, as the organization culture can influence inside the company, and

how to deal with it in the elapsing of professional development, are strategies to be

followed during the administrative management. Believing that in the current world,

how much information we get of the functioning and the objectives of the

organization, more easily we will be able to take it to the success. This research aims

the improvement of companies with a plan structuralized for improvement of

administrative proceedings through people.

Page 10: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

x

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

ILUSTRAÇÃO 1 RELACIONAMENTO GRUPO DE EMPRESAS. .................................................8

ILUSTRAÇÃO 2 ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE MÓDULO PAULISTA. .................................8

ILUSTRAÇÃO 3 O ENFOQUE SISTÊMICO E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL; FERREIRA, REIS E

PEREIRA (2001). .........................................................................................................30

ILUSTRAÇÃO 4 O SISTEMA ORGANIZACIONAL; FERREIRA, REIS E PEREIRA (2001). ............31

ILUSTRAÇÃO 5 AS BASES PARA O DESENVOLVIMENTO DA ORGANIZAÇÃO; FERREIRA, REIS E

PEREIRA (2001). .........................................................................................................32

ILUSTRAÇÃO 6 FATORES QUE PROVOCAM RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS; FERREIRA, REIS E

PEREIRA (2001). .........................................................................................................33

ILUSTRAÇÃO 7 PROCESSOS DE RECOMPENSAS, GESTÃO DE PESSOAS; CHIAVENATO (2004).

..................................................................................................................................53

Page 11: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

xi

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 CRESCIMENTO DO SETOR DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO NO BRASIL; INEP (2006).9

TABELA 2 ANÁLISE DE SWOT. .......................................................................................11

TABELA 3 MUDANÇAS DE PARADIGMAS; CONCEITOS DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (2006). .15

TABELA 4 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FAYOL; FERREIRA, REIS E PEREIRA (2001). ................23

TABELA 5 ESTUDOS POSTERIORES A ABORDAGEM HUMANÍSTICA; FERREIRA, REIS E PEREIRA

(2001). .......................................................................................................................24

TABELA 6 PRECEITOS DO MODELO DE BUROCRÁTICO; FERREIRA, REIS E PEREIRA (2001). 25

TABELA 7 VISÃO GERAL DOS MÉTODOS DE PROCESSOS; DAVENPORT (1994). ..................40

TABELA 8 MELHORIA VERSUS REENGENHARIA; DAVENPORT (1994).................................43

TABELA 9 LIDERANÇA E CRIATIVIDADE EM NEGÓCIOS; KUAZAQUI (2006)...........................48

Page 12: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

xii

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................1

PROBLEMA DE PESQUISA ...................................................................................................................2

HIPÓTESES.............................................................................................................................................2

OBJETIVOS.............................................................................................................................................2

JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA..........................................................................................3

MÉTODO DE PESQUISA........................................................................................................................3

LIMITAÇÕES DA PESQUISA .................................................................................................................4

1 ESTUDO DE CASO: FACULDADE MÓDULO PAULISTA ...........................................................5

1.1 HISTÓRIA DA FACULDADE MÓDULO PAULISTA (FMP) ................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

1.2 MISSÃO, VISÃO E VALORES........................................................................................................9

1.3 MERCADO DO ENSINO SUPERIOR E EXIGÊNCIAS .........................................................................9

1.4 PÚBLICO ALVO ........................................................................................................................10

1.5 VANTAGENS COMPETITIVAS & SWOT ......................................................................................10

2 CONTEXTO SOCIAL, TECNOLÓGICO E ECONÔMICO. ...........................................................12

2.1 A NOVA ORGANIZAÇÃO DA ERA DO CONHECIMENTO ...................................................................15

2.2 TEORIAS ADMINISTRATIVAS ......................................................................................................19

2.3 EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS ..............................................................................21

2.4 FAYOL, O VERDADEIRO PAI DA ADMINISTRAÇÃO. ........................................................................23

2.5 RELAÇÕES HUMANAS...............................................................................................................24

2.6 BUROCRACIA ..........................................................................................................................25

2.7 BEHAVIORISMO .......................................................................................................................26

2.8 ESTRUTURALISMO ...................................................................................................................28

2.9 TEORIA DOS SISTEMAS.............................................................................................................29

2.10 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL ......................................................................................32

2.11 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA ................................................................................................35

Page 13: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

xiii

3 PROCESSOS ................................................................................................................................37

3.1 O QUE É UM PROCESSO...........................................................................................................38

3.2 ESTRUTURAS FORMAIS............................................................................................................42

3.3 REENGENHARIA E A MELHORIA DE PROCESSOS .........................................................................42

3.4 SELEÇÃO DE PROCESSOS ........................................................................................................43

3.5 PROCESSOS E INFORMAÇÕES ..................................................................................................44

3.6 MELHORIAS E SOLUÇÕES .........................................................................................................45

3.7 ESTUDO DE ROTINAS ...............................................................................................................45

4 COMPETÊNCIAS CORPORATIVAS............................................................................................47

4.1 EDUCAÇÃO CORPORATIVA .......................................................................................................47

4.2 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS ................................................................................................47

4.3 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS CORPORATIVAS ........................................................................48

4.4 O PAPEL DA LIDERANÇA ...........................................................................................................49

5 INVESTIMENTO EM PESSOAS...................................................................................................50

5.1 AS PESSOAS COMO PARCEIRAS DA ORGANIZAÇÃO.....................................................................50

5.2 MISSÃO, VISÃO E VALORES DAS ORGANIZAÇÕES........................................................................51

5.3 A MODERNA GESTÃO DE PESSOAS............................................................................................51

6 CAPITAL INTELECTUAL .............................................................................................................54

6.1 FATORES QUE INIBEM A CRIATIVIDADE ......................................................................................54

6.2 TOMADA DE DECISÃO...............................................................................................................55

6.3 INOVAÇÃO...............................................................................................................................58

6.4 PROFISSIONAIS .......................................................................................................................59

7 CONCLUSÃO................................................................................................................................61

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................63

APÊNDICE.............................................................................................................................................68

GLOSSÁRIO ..........................................................................................................................................69

Page 14: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

1

INTRODUÇÃO

Para alcançar excelência na fabricação de seus produtos, a administração

estabeleceu processos que deveriam ser repetidos a cada novo produto, em fluxos

bem definidos que serviam de norte para antigos e principalmente novos

funcionários, estes processos reduziam o tempo de treinamento e minimizava os

erros na linha de produção, com a globalização, a evolução da ciência e a evolução

da administração com grandes nomes marcaram o século XX, as empresas se

desenvolveram em um mercado muito mais competitivo e com clientes mais

exigentes.

Este cenário trouxe mais desafios para a administração, onde eram

criadas as tecnologias que ampliavam o conhecimento sobre produtos e serviços em

sua fase de fabricação. Resultando em previsões muito mais apuradas e em tempo

real, esses produtos foram gerando outras tecnologias e exigindo profissionais com

mais conhecimento técnico e principalmente de uma visão ampliada.

Estes profissionais evoluíram com o mercado, acompanhando as novas

tecnologias possibilitando maior acesso ao conhecimento. Com o conhecimento

adquirido, suas expectativas aumentaram, e seus cargos que eram regidos por

processos rígidos começaram a desagradá-los.

A abertura que as empresas disponibilizaram para o conhecimento

trazidos por estes funcionários foram muito pequenas, diminuindo assim o número

de especialistas nestas instituições, aumentando simplesmente sua mão-de-obra.

A nova gestão estava no comando de funcionários que queriam o

crescimento e destaque em suas empresas, melhorando seus processos de trabalho

e aumentando assim a facilidade em executá-los, esses profissionais eram aqueles

que tinham ambições em suas empresas.

O conhecimento adquirido pelos gestores do próprio negócio normalmente

está definido, e em muitas das vezes estavam fechados para novos conhecimentos

dos seus profissionais, afinal a ideologia era de que os processos foram criados para

serem repetidos e não revistos a cada execução.

A dificuldade de gerir mudanças nestes processos pode ser muito grande,

Page 15: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

2

ainda mais se tratando de processos que envolvam todas as áreas da empresa. A

dificuldade na comunicação para explicar suas idéias e possuir uma visão holística

se tornou um dos maiores desafios.

PROBLEMA DE PESQUISA

Os processos administrativos tendem a não ser desenvolvidos com o

crescimento da organização?

Qualquer empresa que não observar a evolução de seus processos

certamente enfrentará problemas com eles. Normalmente a falta de controle faz com

que estes processos desviem do objetivo inicial perdendo flexibilidade, busca-se

identificar essas falhas nesta instituição.

HIPÓTESES

Com o investimento no Capital Intelectual, é gerada maturidade suficiente

para que o colaborador possa criar novos, ou melhorar processos da organização;

Uma nova estrutura organizacional mais flexível com melhores benefícios

incentiva a execução com maior satisfação aumentando o desempenho; e

Treinando a equipe de comando para adquirirem técnicas na

disseminação do conhecimento aos seus liderados com maior homogeneidade.

OBJETIVOS

Em observações em empresas de nosso convívio e trabalho, foram

encontrados certas dificuldades na flexibilidade e revisão de seus processos

administrativos, entende-se que poderia fazer parte de um problema de gestão, por

isso, esta pesquisa procura analisar a origem deste “problema” em relação a gestão,

tanto de processos, quanto de pessoas, levando em consideração a participação de

seus funcionários.

Page 16: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

3

Analisando as formas que os processos administrativos são

desenvolvidos, sua revisão e aplicação em instituições de ensino superior, para que

tenham uma nova forma de execução evitando os possíveis desperdícios atuais.

Analisando a gestão de processos e de pessoas, identificando qual a real

necessidade de revisão dos processos administrativos, e qual a vantagem na

utilização do conhecimento dos funcionários sobre a melhoria destes processos.

JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA

De acordo com a necessidade de melhoria constante, acredita-se que

mesmo com as organizações crescendo, seus processos adquiridos não

acompanharam as mudanças. Isso demonstra possivelmente será necessário

revisão, e que os processos antigos talvez não possam se aplicados da mesma

forma.

MÉTODO DE PESQUISA

A pesquisa adota o método qualitativo, que com a colaboração no

desenvolvimento da pesquisa, a acredita-se que a qualidade será mais importante,

porém a quantidade de artefatos pesquisados influenciou nesta decisão, e foi

adotado também os métodos, empírico e dedutivo, através de vários livros

pesquisados, obtivemos uma base enriquecedora para o desenvolvimento do

trabalho, outra fonte de pesquisa foi a internet, que colaborou principalmente com

informações atuais sobre o tema, também, revistas e artigos encontrados foram úteis

para nosso trabalho, assim poderemos colaborar com as nossas opiniões após a

conclusão deste estudo.

Page 17: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

4

LIMITAÇÕES DA PESQUISA

Devido limitações financeiras, não pode ser desenvolvido um trabalho de

grande escala, ou seja, um estudo amplo do setor de ensino superior brasileiro, que

devido a sua grande extensão e sua complexidade exigia tempo muito maior que

nos fora disponibilizado, por esse motivo, serão consideradas as teorias

administrativas, de reengenharia, processos e gestão de pessoas para avaliação de

uma solução para sugestão a empresa do estudo de caso, não foi considerado o

completo detalhamento do tema devido a grande quantidade de bibliografias

publicadas e por se tratar de um tema atual e de grande repercussão.

Outro ponto a se considerar é que como qualquer empresa, a

administração da faculdade tem seu calendário restrito a interrupções, o que foi fator

limitador para nosso estudo de caso, porém conseguimos obter informações

pertinentes ao tema, através de questionários sobre a instituição.

Page 18: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

5

1 ESTUDO DE CASO: FACULDADE MÓDULO PAULISTA

1.1 História da Faculdade Módulo Paulista (FMP)

A Faculdade Módulo Paulista (FMP) foi criada a partir do Colégio Módulo,

fundado em 1988, que em primeiro lugar fundamentou-se criando uma marca

estável como “colégio”, a partir de 2001 a FMP iniciou suas atividades com o curso

de administração.

Possui uma estrutura inovadora que proporcionada grandes ganhos em

seu mercado, destacando-se pelo seu centro tecnológico de última geração, com 8

laboratórios de informática e entre eles hardware e redes, com modernos recursos

de software, salas de aula climatizadas e equipadas com data-show e som, uma

biblioteca com acervo de mais de 7 mil livros, periódicos, fitas e CD-ROM, e está à

disposição do corpo docente, discente e administrativo para consultas, empréstimos,

orientações de leitura e pesquisa de suas obras e outros materiais informativos.

Seu corpo administrativo atualmente possui 149 funcionários, porém

alguns deles se direcionam ao Colégio Módulo.

Ainda a FMP possui em suas instalações a Módulo Fitness, uma academia

completa nas instalações da própria faculdade, que oferece diversas modalidades

tais como alongamento, bike indoor, musculação, step, body pump, hidroginástica,

natação, e entre outras, suas instalações contam com: quadras poliesportivas, praça

de alimentação e anfiteatro com capacidade para 200 pessoas.

Estabelecida na região oeste de São Paulo (capital) no endereço: Rua Tito

1175 - Lapa – São Paulo – SP – CEP: 05051-001.

Entre seus cursos disponibilizados em 2007/2008 pela faculdade são:

- Sistemas de informação;

- Administração com formação específica em gestão de projetos;

- Administração com formação específica em tecnologia da informação;

- Curso superior de tecnologia em redes de computadores;

Page 19: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

6

- Curso superior de tecnologia em banco de dados;

- Curso superior de tecnologia em administração e desenvolvimento para

internet;

Vencedora do prêmio Top of Quality (primeiro em qualidade, é instituído

anualmente, premiando aqueles que são exemplos do mercado em excelência de

qualidade), a Faculdade Módulo Paulista participou do ENADE 2006, que foi

aplicado no dia 12 de novembro, em 2.081 locais de prova, distribuídos por 871

municípios, de todos os estados e do Distrito Federal.

Participaram do exame alunos ingressantes e concluintes, num total de

386.524 (211.837 ingressantes e 174.687 concluintes), pertencentes a 5.701 cursos,

de 1.600 instituições de ensino superior.

O exame avaliou o desempenho dos graduandos em relação aos

conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do curso. Levando-se

em consideração o IDD (Indicador de diferença entre os desempenhos observado e

esperado) – que varia de 0 a 5 - o curso de administração da Faculdade Módulo

ficou entre os dez melhores de São Paulo, com um IDD igual a 4.

Através das parcerias acadêmicas com empresas de tecnologia de ponta

e com a FIAP - Faculdade de Informática e Administração Paulista -, a Faculdade

Módulo obtém atualização constante, tecnologia de ponta e, principalmente,

integração total entre o ambiente empresarial e o mundo acadêmico, fundamentais

para a colocação de seus alunos no mercado de trabalho, desenvolvimento de

pesquisas e na busca de novas soluções tecnológicas.

No entanto a Faculdade Módulo busca alunos que estejam interessados

em cursos de alto padrão tecnológico, para isso a buscam parcerias com grandes

empresas, entre elas:

A aliança com a Oracle, principal fornecedora de software para

gerenciamento de informações e a segunda maior empresa de software do mundo,

permite a capacitação de professores, monitores e alunos nas áreas de banco de

dados, ferramentas de desenvolvimento e tecnologia Web.

A Faculdade Módulo participa do MSDNAA Aliança Acadêmica, programa

de parceria da Microsoft - que ocupa a primeira posição no ranking mundial das

Page 20: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

7

empresas de software. Esta aliança acadêmica proporciona a utilização de um

pacote de softwares nas grades curriculares, incentivando pesquisas e estudos.

Dentre os softwares, estão: Microsoft Visual Studio .Net Academic, Servidores .NET

Enterprise, Visual FoxPro 6.0, Sistemas Operacionais da Microsoft, SDKs e DDKs,

Commerce Server 2000, Windows 2000 Server, entre outros.

A parceria com a Cisco Systems, líder no segmento de soluções de redes

corporativas, internetworking e telecomunicações, permite aos alunos, formação em

administração e configuração de redes de computadores e provedores de internet,

utilizando material e laboratório Cisco.

Mantém a liderança em criação, desenvolvimento e manufatura das mais

avançadas tecnologias de informação da indústria, incluindo sistemas de

computadores, softwares, sistemas de rede, dispositivos de armazenamento e

microeletrônica. Por meio do IBM Scholars Program, os alunos têm acesso a

software e tecnologia "high-end", tais como: Websphere, Visual Age, Websphere MQ

Series, XML, Rational Rose, DB2 Database e Warehouse etc.

Maior empresa brasileira prestadora de serviços em tecnologia da

informação. Esta parceria garante maior integração com o mercado de alta

tecnologia, além de oferecer aos alunos oportunidades de colocação e ascensão

profissional.

FIAP - Faculdade de Informática e Administração Paulista, através desta

parceria, a Faculdade Módulo tem acesso às experiências, pesquisas, cases de

sucesso e todo know-how acadêmico e tecnológico da FIAP, além do intercâmbio de

metodologia, corpo docente, tecnologia e oportunidades para colocações no

mercado de trabalho.

A FIAP foi eleita a melhor faculdade de informática de São Paulo, por 5

anos consecutivos, pela revista Info.

A Faculdade Módulo faz parte de um grupo, que não possui um nome

específico, porém são interligados pela administração, conforme a figura a seguir

podemos ilustrar como essa interligação é feita.

Page 21: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

8

Ilustração 1 Relacionamento grupo de empresas.

Apesar das empresas serem parcialmente interligadas pela diretoria

administrativa, a todas as unidades tem suas rotinas administrativas definidas

individualmente, porém a administração geral tem uma central administrativa, ou

seja, para três das unidades citadas acima, Fiap Corporate, Fiap e FMP possuem

uma administração geral única.

Apesar de ser gerenciada por uma central administrativa a FMP possue

seus próprios processos administrativos, que é subdividida em duas partes: diretoria

acadêmica e diretoria administrativa. Conforme a ilustração a seguir é possível

identificar como é administrada a instituição.

Ilustração 2 Administração da Faculdade Módulo Paulista.

G&P FIAP

Fiap

Corporate

FMP

Direção Acadêmica Direção Administrativa

FMP

Page 22: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

9

1.2 Missão, visão e valores.

Missão: “Referência de qualidade em ensino“.

Visão: “Construir com os nossos alunos uma aprendizagem sólida e

significativa, em que todos aprendem fazendo e os conteúdos são trabalhados a

partir de aulas prazerosas, dinâmicas e motivadoras. Promover o desenvolvimento

pleno de todos os alunos, conscientes de seus deveres e direitos, para a construção

de uma sociedade mais justa e igualitária, tudo isto aliado as inovações mundiais em

tecnologias e metodologias.”

Valores:

- Aulas prazerosas, motivadoras e significativas

- Relacionamento saudável, acolhedor e ético

- Instalações completas e modernas

- Profissionais com sólida formação e atualização constante

- Significativo trabalho social

1.3 Mercado do ensino superior e exigências

O setor de ensino superior vem apresentando crescimento conforme

tabela do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio

Teixeira), abaixo:

IES 2000 2001 2002 2003 2004 2005

IES Privadas 1.004 1.208 1.442 1.652 1.801 2074

Total de IES 1.180 1.391 1.637 1.859 2.020 2.310

Tabela 1 Crescimento do setor de Instituições de Ensino no Brasil; INEP (2006).

Page 23: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

10

Segundo o INEP no censo da educação superior realizada em 2005,

apontou 2.435.987 vagas nos cursos do ensino superior, que em 2004 foram

2.320.421, representando um crescimento de 5%, efetivamente foram inscritos

1.397.281 novos alunos totalizando 4.453.156.

Segundo a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, institui o Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, projeto do governo para

melhoria do ensino nas Instituições de Ensino Superior (IES), deixando o antigo

provão ou Exame Nacional de Cursos (ENC) para ampliar a forma de avaliação do

ensino, utilizado em síntese 3 formas de avaliação, sendo eles:

A avaliação institucional, de acordo com critérios elaborados no programa,

é criado grupo interno de avaliação da IES e externo com comissão julgadora que

analisa a IES.

Avaliação dos cursos de graduação, são critérios de avaliação do curso

oferecido, seu corpo docente e assuntos relacionados a qualidade do curso;

ENADE, Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, “tem o objetivo de aferir o

rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos

programáticos, suas habilidades e competências.” (INEP, 2007).

1.4 Público alvo

O público alvo da FMP são profissionais ou iniciantes na área de

tecnologia e gestão em tecnologia, voltando-se as mudanças de mercado que são

constantes, este público está interessado em um produto atual que disponha de

oportunidade futuras para suas carreiras.

1.5 Vantagens competitivas & SWOT

Como já citado a FMP nasceu já com a experiência de sua parceira FIAP,

trazendo todo o conhecimento necessário para o desenvolvimento sem o risco da

imaturidade empresarial, utilizando as melhores experiências da FIAP e adaptando

para sua condição e expectativas.

Page 24: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

11

A FMP utiliza das estratégias como descrita por Braga e Monteiro (2005),

com base na economia em escala, dividindo toda parte administrativa com a FIAP,

assim reduzindo custos administrativos, marketing e imprensa; com base em

tecnologia, mantendo sua estrutura propícia aos alunos de tecnologia possuindo

projeções multimídia em todas as salas, laboratórios de ultima geração com um

aluno por computador; com base no relacionamento com o aluno, em seu projeto

denominado “Gestão de Carreiras” mantendo em contato o aluno com as principais

empresas do mercado, chegando a um índice de 90% dos alunos dos últimos anos

já colocados profissionalmente; com base em parcerias com a iniciativa privada,

mantendo seu desenvolvimento de acordo com a demanda de mercado; e com base

na otimização das instalações, mantendo o Colégio Módulo Paulista e Academia

Modulo Fitness dentro da mesma estrutura reduzindo custos com as instalações.

A FMP tem foco no mercado de tecnologia e gestão, dispondo-se a

atender as tendências do mercado tecnológico, com cursos voltados para essa área.

Sendo assim, podemos relevar as premissas destacadas Porter (1986)

citado por Braga e Monteiro (2005), na matriz SWOT;

Pontos Fortes:

Diferencial tecnológico,

Professores oriundos do mercado e com base

acadêmica (Mestrados e Doutorados);

Parcerias no setor (FIAP, Microsoft, etc.);

Gestão de carreiras;

Atendimento Preferencial;

Numero de alunos reduzido por sala;

Pontos Fracos:

Marca pouco consolidada,

Ainda sob a “sobra” da FIAP em relação ao

mercado;

Não oferece cursos a distância;

Oportunidades:

Mercado tecnológico em extrema ascensão.

Pós-graduações e especializações em tecnologia.

Aumento de cursos a distância EAD;

Ameaças:

Concorrência desleal de preços.

Divulgação em massa de suas concorrentes;

Tabela 2 Análise de Swot.

Page 25: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

12

2 CONTEXTO SOCIAL, TECNOLÓGICO E ECONÔMICO.

Segundo a Fundação Nacional de Qualidade (FNQ) em sua publicação de

“Conceitos Fundamentais da Excelência em Gestão” (2006), foram estabelecidas

métricas mensuráveis para avaliação de excelência em gestão, nestas métricas são

mencionadas algumas variáveis que mesmo de difícil planejamento ou normatização

são segundo a entidade de alta repercussão para os resultados da empresa

tornando-a assim sustentável. Esta sustentabilidade organizacional é segundo a

entidade uma forma dinâmica de acompanhamento do mercado, trazendo assim

resultados e mantendo-a competitiva.

Compõem-se pela FNQ, um cenário de turbulências em meio a

globalização, por parte dos mercados emergentes e o declínio das barreiras dos

comércios e investimentos extra-nacionais, trazendo assim maior concorrência e

aumentando a sensibilidade de valor agregado pelo cliente, possuindo tantas opções

o cliente escolherá a empresa em que acreditar que pode oferecer maior valor.

As transformações recentes no acesso ao conhecimento, tecnologia da

informação e a comunicação proporcionados por esses primeiros, pode acrescentar

grande crescimento a este cenário dificultando e exigindo cada vez mais. Tornando

assim essas organizações em redes interligadas de interdependências com a

colaboração de suas relações de clientes, fornecedores e pessoas. Trazendo aos

lideres não só o papel de condução, mas também de mantenedores do crescimento

e incentivadores, como veremos em capítulos a seguir.

Dentre suas métricas o “Modelo de Excelência em Gestão” (2007)

apresentado pela FNQ sugere o monitoramento de desenvolvimento de alguns

pontos responsáveis pela sua competitividade e crescimento. A FNQ em sua

publicação “Critérios de Excelência: avaliação e diagnóstico da gestão

organizacional” pontua ações que deverão fazer parte do planejamento e dia-a-dia

das organizações que interdependentes podem transformar-se, de acordo com a

entidade, em resultados:

- Pensamento Sistêmico: Entendimento das relações de interdependência entre os

diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente

externo.

- Aprendizado Organizacional: Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento

Page 26: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

13

para a organização por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de

experiências.

- Cultura de Inovação: Promoção de um ambiente favorável à criatividade,

experimentação e implementação de novas idéias que possam gerar um diferencial

competitivo para a organização.

- Liderança e Constância de Propósitos: Atuação de forma aberta, democrática,

inspiradora e motivadora das pessoas, visando ao desenvolvimento da cultura da

excelência, à promoção de relações de qualidade e à proteção dos interesses das partes

interessadas.

- Orientação por Processos e Informações: Compreensão e segmentação do conjunto

das atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes

interessadas, sendo que a tomada de decisões e execução de ações deve ter como base

a medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações

disponíveis, além de incluir os riscos identificados.

- Visão de Futuro: Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema

e o ambiente externo no curto e no longo prazo, visando a sua perenização.

- Geração de Valor: Alcance de resultados consistentes, assegurando a perenidade da

organização pelo aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para todas

as partes interessadas.

- Valorização das Pessoas: Estabelecimento de relações com as pessoas, criando

condições para que elas se realizem profissionalmente e humanamente, maximizando

seu desempenho por meio do comprometimento, desenvolvimento de competências e

espaço para empreender.

- Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado: Conhecimento e entendimento do cliente e

do mercado, visando à criação de valor de forma sustentada para o cliente e,

conseqüentemente, gerando maior competitividade nos mercados.

- Desenvolvimento de Parcerias: Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras

organizações, a partir da plena utilização das competências essenciais de cada uma,

objetivando benefícios para ambas as partes.

- Responsabilidade Social: Atuação que se define pela relação ética e transparente da

organização com todos os públicos com os quais ela se relaciona, estando voltada para o

desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais

para gerações futuras; respeitando a diversidade e promovendo a redução das

desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização.

São estas as formas que a entidade pontua como assuntos que sendo

praticados alcançarão excelência em gestão, assim a fundação premia as

organizações que utilizam deste modelo com o Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ)

que é entregue anualmente a empresas que se propuseram a prática destes

conceitos.

Page 27: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

14

O pensamento sistêmico sendo a compreensão das interdependências do

todo, como um corpo vivo afetando todos os demais sistemas, valorizando e gerindo

as redes internas e externas para melhor fluxo; O aprendizado organizacional

fazendo parte da cultura da organização, trazendo conhecimento com o já feito e

novos estudos para melhorias futuras, este aprendizado nasce da liberdade de

iniciativa e experimentação; a cultura da inovação diz respeito ao ambiente aberto e

propício para idéias, parte do pré-suposto do tratamento de assuntos complexos

com maior simplicidade e tolerância ao erro bem intencionado.

Para a FNQ (2007), a liderança e constância de propósitos, assunto que

será discutido a seguir, traz a idéia de um líder responsável pelo ambiente

apresentado acima e pelo conhecimento gerado na equipe, tanto em seu

aproveitamento, como em sua disseminação; orientação por processos e

informações é relacionado a essência do negócio sendo responsável pela cadeia de

valor apresentada ao cliente, padronizando e parametrizando estes processos e o

fluxo de informação para aproveitamento e planejamento mais preciso a curto, médio

e longo prazo.

Visão de futuro deve se apoiar em objetivos sólidos e sustentáveis

garantindo o futuro e o presente da organização, deve ser voltado ao sucesso a

longo prazo e utilizar de flexibilidade com as mudanças de mercado e clima

empresarial; geração de valor é gerar a satisfação de todas as partes interessadas

com o acompanhamento de resultados e levando em consideração o conhecimento

tácito gerado em meio as redes formais e informais.

A valorização de pessoas diz respeito a melhor gestão de talentos e

resultados dos indivíduos da organização, diretamente relacionado ao bem-estar e

satisfação, garantindo crescimento em seu sistema e gerando valor as cadeias

produtivas; o conhecimento sobre o cliente e sobre o mercado condiz com a

estratégia adotada pela organização em receber informação e sua dedicação sobre

o público alvo, predominante para os outros pontos;

O desenvolvimento de parcerias, na utilização da experiência com outras

instituições para melhoria de seu próprio produto ou serviço, agregando valor a sua

marca e aumentando qualidade; e responsabilidade social, produzindo um ambiente

propício para o desenvolvimento da sociedade cumprindo obrigações cívicas com o

meio-ambiente e socio-cultural.

Page 28: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

15

DIMENSÕES DE PARA

Ambiente externo Estabilidade, mudança progressiva e linearidade

Turbulência, descontinuidade e mudança exponencial

Organizações Máquina, como metáfora, sistema isolado e independente

Sistema vivo, ecossistema, interdependência e adaptabilidade

Sociedade e meio ambiente

Restrições sujeitas a considerações custo/benefício

Partes integrantes do ecossistema da organização

Interação Competição, regionalidade e relacionamento utilitário

Competição e cooperação, “globalidade” e relacionamento de qualidade

Estrutura Pirâmide e integração vertical Redes e integração horizontal

Percepção de valor Avaliação objetiva de ativos tangíveis

Avaliação subjetiva de ativos intangíveis

Liderança Comando e controle, liderança centralizadora e restrita à organização

Líder como mentor, focalizador e símbolo, com liderança distribuída e abrangendo o ecossistema

Inovação Localizada, tarefa para experts Cultural, distribuída e abrangendo o ecossistema

Conhecimento Crescimento linear e acesso restrito

Crescimento exponencial e acesso universal

Aprendizado/ educação

Função da escola e que se aprende uma vez para o resto da vida Função da escola e organização.

Aprendizado contínuo para toda a vida

Tecnologia da Informação

Automação Mais tecnologia, menos pessoas

Informatização Maior conteúdo intelectual e transformação do trabalho em experiência mais rica e desafiadora

Tabela 3 Mudanças de paradigmas; Conceitos de Excelência em Gestão (2006).

2.1 A nova organização da era do conhecimento

Na opinião de Drucker (2004), daqui a 20 anos, as organizações, em

comparação com as de hoje, terá menos da metade dos níveis gerenciais e não

mais do que um terço dos gerentes. Quanto à estrutura e aos problemas e

preocupações gerenciais, a nova organização apresentará poucas semelhanças

com a empresa industrial típica, nos moldes da década de l950, que os compêndios

ainda consideram padrão. Pois, com elas, a organização típica será baseada no

conhecimento, composta sobretudo de especialistas, que dirigem e disciplinam seu

Page 29: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

16

desempenho, por meio do feedback sistemático dos colegas, dos clientes e da alta

administração, serão o que será chamado de organização baseada em informação.

O centro de gravidade do emprego desloca-se rapidamente de

trabalhadores manuais e pessoa de escritório para trabalhadores do conhecimento,

que resistem ao modelo de comando e controle copiado das organizações militares

de 100 anos atrás, também a economia induz à mudança, especialmente ao impor a

necessidade de que as grandes empresas sejam inovadoras e empreendedoras,

mais acima de tudo, a mudança é exigência da tecnologia da informação.

Processamento de dados não é imprescindível para o desenvolvimento da

organização baseada em conhecimento.

Mas assim que as empresas derem os primeiros passos ainda

experimentais para a conversão de dados em informação, seus processos

decisórios, suas estruturas gerenciais e até mesmo as formas de execução do

trabalho sofrerão transformações.

Para compreender a situação, precisamos de pelos menos seis análises:

A taxa de retorno esperada;

O período de retorno e a expectativa de vida produtiva do investimento;

O valor presente de todos os retornos futuros, durante a vida produtiva do

investimento;

O risco de não efetuar ou retardar o investimento;

O custo e o risco da hipótese de fracasso, e

O custo de oportunidade.

De acordo com Drucker (2004), quando a empresa concentra sua

capacidade de processamento de dados na produção de informações, é a estrutura

organizacional. Torna-se claro que tanto a quantidade de níveis gerencias como o

número de gerente são possíveis de reduções substanciais. Constata-se que certas

camadas gerenciais não lideram nem decidem. Ao contrário, sua principal função, se

não é única, é a de atuar como transmissores, ou seja, amplificadores humanos dos

sinais tênues e difusos que eram vistos como comunicação na empresa tradicional.

Informação é dado investido de relevância e propósito, sendo assim, a

Page 30: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

17

conversão de dados em informações requer conhecimento. E conhecimento, por

definição, é especializado. Com efeito, as pessoas realmente detentoras de

conhecimentos tendem ao excesso de especialização, qualquer que seja o campo

de atuação, exatamente porque sempre se deparam com muito mais a aprender.

A organização baseada em informações exige, em geral, muito mais

especialistas do que as empresas tradicionais do tipo de comando e controle. Os

especialistas se concentram nas atividades operacionais e não na sede corporativa.

Na organização baseada em informações, o conhecimento se situará

sobretudo com base, na mente dos especialistas que executam as várias tarefas e

gerenciam-se a si próprios. Os departamentos tradicionais atuarão como guardiões

de normas e padrões, como centros de treinamento e de distribuição de especialista.

Afirmar que a tecnologia da informação está mudando as empresas é algo

simplista. O deslinde das conseqüências dessa transformação para as empresas e

para a alta administração é muito mais difícil. Por isso Drucker (2004) afirma porque

podemos dizer que cada especialista de alto nível, na verdade é um grande artista.

As organizações baseadas em conhecimento demandam objetivos nítidos,

simples e comuns que se traduzem em ações especificas. As organizações baseada

em informações também necessitam de concentração em um único objetivo ou, no

máximo, em poucos objetivos. Como os participantes de uma organização baseada

em conhecimento são especialistas, ninguém pode dizer-lhes como executar o

trabalho.

O desempenho da empresa cria continuamente novos e diferentes

processos, contra os quais se avaliam os resultados. Deve ser estruturada em torno

de metas que definam com clareza as expectativas de desempenho gerencial para

toda organização, e a partir do feedback organizado que compara os resultados

efetivos com essa expectativas de desempenho, de modo que cada membro seja

capaz de exercer o autocontrole.

A essência desse sistema é que todos perguntem: Quem na organização

depende de mim para que tipo de informação? E de quem eu dependo? A lista de

cada pessoa sempre incluirá superiores e subordinados, mas o nomes importantes

da lista serão os dos colegas, pessoas com que relacionamento básico é de

coordenação.

Page 31: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

18

Compreendendo-se cada vez mais a responsabilidade pela informação

para outros, sobretudo nas empresas de médio porte. No entanto, negligencia-se

ainda mais a responsabilidade para si próprio. Todos na organização devem analisar

constantemente suas necessidade de informação para executar o próprio trabalho e

contribuir para o trabalho alheio.

Os departamentos responsáveis pelos sistemas de informações gerenciais

provavelmente continuarão sendo centro de custos, em vez de transformarem nos

centros de resultados do que poderiam ser, Drucker (2004).

Assim todo processo de desenvolvimento de alta administração

(treinamento, avaliação e sucessão), se tornará ainda mais problemático do que a

atualidade. Cada vez mais os gerentes experientes precisarão retornar aos bancos

escolares. As escolas de gestão empresarial decerto deverão identificar o que os

especialistas profissionais precisarão saber para assumir posições de alto nível

como executivos e líderes de empresas.

Na visão de Drucker (2004), ingressamos no terceiro período de

transformação, e a conversão da organização de comando e de controle, da

organização de departamentos e divisões, em organização baseada em

informações, em organização de especialista do conhecimento. Há capacidade de

perceber, ainda que de maneira pouco nítida, como será essa organização.

Conseguimos identificar algumas de suas principais características e exigências.

Existem condições para apontar os problemas básicos de valores,

estruturas e comportamento. Mas o trabalho que efetivamente constrói a

organização baseada em informações ainda está a ser executado, é o desafio

gerencial do futuro, sendo assim essas informações são indispensáveis para o

executivo e administrador

Desde o aparecimento dos novos sistemas de processamento de dados,

há 30 ou 40 anos, as empresas ao mesmo tempo superestimaram a importância da

informação na organização. Nelas vislumbra-se apenas os meios para melhor

execução das tarefas tradicionais dos executivos e administradores no

gerenciamento das organizações.

No entanto, ao mesmo tempo em que subestima-se e superestima-se as

novas ferramentas, não percebemos as transformações drásticas que elas imporiam

Page 32: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

19

às próprias tarefas a serem empreendidas. A história ensina de forma reiterada que

os conceitos são mutuamente interdependentes e interativos.

De acordo com Drucker (2004), embora dê apenas os primeiros passos

para compreender as formas de utilização da informação como ferramenta, já temos

condições de delinear com grandes chances de acerto os principais componentes do

sistema necessário ao gerenciamento de negócios.

A atitude mental tradicional, mesmo quando revestida de métodos

quantitativos sofisticados e de um jargão sociológico impenetrável, mais de alguma

forma sempre percebeu a atividade empresarial como comprar barato e vender caro.

A nova abordagem define a empresa como organização que agrega valor e cria

riqueza.

2.2 Teorias administrativas

A Administração passou por várias etapas de crescimento nos últimos

anos, com vários autores determinando e registrando em seus livros estas

evoluções, o que foi primordial para a administração moderna.

Observa-se nas literaturas existentes sobre a administração, fatores

determinantes para chegar ao sucesso dentro de uma organização, onde através

destes fatores, se obteve o surgimento de vários métodos de gerenciamento para

um sistema de inteligência competitiva, tais como: Benchmarking, o modelo de cinco

forças de Porter, Matriz SWOT, Fatores Críticos de Sucesso, esses entre tantos

outros ensinados nos dias de hoje, por professores, mestres e doutores dentro das

faculdades e universidades, temas que são apresentados como aprendizado aos

alunos. Ensinam também, a analisar o ambiente econômico, organizacional e

sóciopolítico, que ocorre no mundo atual.

Esses são alguns fatores que podem influenciar dentro de qualquer

organização ou empresas, ou até mesmo dentro de um País.

Ferreira, Reis e Pereira (2001), afirmam que a evolução da administração

moderna, vem mexendo muito com líderes e administradores, que procuram com a

sua criatividade colocar em prática o que aprenderam durante seus estudos, e

também com a vivência do seu dia-a-dia procuram desenvolver algumas destas

Page 33: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

20

teses para melhorar o próprio desempenho profissional, mas, tem muitos

administradores que não conseguiram se desenvolver e não saíram da ocupação

que estavam desde o início de sua carreira.

Peter F. Drucker, citado por Ferreira, Reis e Pereira (2001), diz que “Entre

dez estudantes de Faculdade e Universidade, nove passarão toda sua vida útil como

funcionário em uma organização moderna (embora não na mesma função que tenha

começado), por seguinte, estarão trabalhando em ambiente administrativo. A

influência com que trabalharão ficará muito relacionada, portanto com a

compreensão que adquirirem da administração e do modo com que está opera”.

Temos realmente de avaliar estas palavras, porque alguns nasceram e se preparam

no decorrer dos dias para serem líderes, outros para serem orientados e alguns que

precisam ser ensinados para desenvolver suas funções.

A conseqüência que com tudo isso está atingindo, é que cada vez mais as

informações estão chegando com mais nitidez, atingindo proporções de alto nível,

onde as organizações estão investindo nas comunicações necessárias para seu

próprio desenvolvimento, assim vem aumentando o número de executivos

competentes nos quadros organizacionais. Cresce a concorrência por talentos e a

gestão empresarial passa a assumir a configuração de uma batalha de competência,

visões e qualidades técnicas.

Assim gera maior flexibilidade nos modelos de gestão. Morrem os modelos

fechados, os pacotes organizacionais limitados. Os desenhos de organogramas e os

parâmetros de desenvolvimento organizacional adaptam-se a culturas específicas,

contingências internas e situações estruturais. Com a maior flexibilidade, as

organizações ganham agilidade e podem tomar decisões mais rápidas para

correções de situações e estabelecimento de patamares e metas.

Grande parte das corporações mundiais que são conhecidas, foram

impulsionadas ou transformadas pela evolução industrial, onde passaram a

desenvolver as máquinas e preconizando a divisão do trabalho, ampliando a rede de

transporte e estreitando as comunicações, mexendo muito na mão-de-obra e

tentando reduzir o custo da produção. A revolução industrial lançou a base de um

novo tempo, transformando profundamente não só o mundo das organizações, mas

toda sociedade. A economia deixou de ter uma base artesanal e manufatureira, para

se firmar na produção industrial e mecanizada. Com o surgimento das máquinas

Page 34: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

21

nasceu o primeiro paradigma de administração.

Paradigma é visto como sinônimo de modelo, Thomas S.Kuhn, citado por

Ferreira, Reis e Pereira (2001), consideram paradigma “realizações reconhecidas

durante algum tempo” por uma comunidade científica específica, proporcionando os

fundamentos para sua “prática posterior”, mais pode-se dizer também que um

paradigma é um modelo explicativo que pode, ou ao menos deveria ser

continuamente reformado, para esses autores, “o desenvolvimento da ciência ocorre

através de uma substituição de paradigmas, sendo galgado graças ao que foi

desenvolvido no degrau anterior”, e graças a ela a administração pode evoluir.

2.3 Evolução das teorias administrativas

Frederick Taylor (1856-1915), desenvolveu seus estudos a respeito das

técnicas de racionalização do trabalho do operário, também teve a idéia que

preconizavam a prática da divisão de trabalho. Em 1911 Taylor publicou um estudo

mais elaborado “Principles of Scientific Management”, a partir de sua experiência em

fábrica, generalizando-a como um modelo para a prática da administração. Enfatizou

tempos e métodos e por isso é visto como propulsor da teoria da administração

científica.

Taylor via a necessidade premente de aplicar métodos científicos à

administração, para garantir a consecução de seus objetivos de máxima produção a

mínimo custo. Para tanto defendia os seguintes princípios:

-Seleção Científica do trabalhador;

-Tempo-padrão;

-Plano de Incentivo Salarial;

-Trabalho em Conjunto;

-Gerentes Planejam, Operários Executam;

-Divisão de Trabalho;

-Supervisão;

-Ênfase na Eficiência;

Page 35: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

22

Dentro da administração científica de Taylor, temos que levar em conta

algumas considerações, que passaram a ser estudadas nas faculdades e

universidades, que são:

-Enfoque Mecanicista do ser Humano;

-Homo Economicus;

-Abordagem fechada;

-Super-especialização do Operário;

-Exploração dos Empregados.

Taylor teve vários seguidores das suas idéias, onde chegaram a

desenvolver em seus estudos e práticas administrativas. Um desses seguidores foi

Henry Ford (1863-1947), ciente da importância do consumo em massa, lançou

alguns princípios que buscavam agilizar a produção, diminuindo seus custos e

tempos de fabricação:

-Integração Vertical e Horizontal;

-Padronização;

-Economicidade.

Destacou a importância do fator tempo, do custo e do planejamento, para

realização do trabalho, onde através de gráficos, mostrava o desempenho do

trabalho realizado.

Ele desenvolveu quatro princípios: o primeiro é desenvolver para que cada

elemento do trabalho individual um método científico que substitua a forma empírica

como esses elementos são realizados, o segundo é selecionar cientificamente,

treinar, ensinar, e aperfeiçoar cada trabalhador, o terceiro é cooperar com os

trabalhadores articulando o trabalho com os princípios do método científico, e o

quarto é manter a divisão eqüitativa de trabalho e de responsabilidade entre direção

e operários.

Page 36: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

23

2.4 Fayol, o verdadeiro pai da administração.

Henri Fayol (1841-1925), fez um estudo paralelamente aos estudos de

Taylor, chegou a ignorar sua obra em 1949, quando foi publicada nos Estados

Unidos , onde desde da década de 1920, os mesmos constituíam o maior reduto dos

estudos em gestão empresarial.

Fayol relacionou quatorze princípios básicos, já visto em outra ótica

empresarial, onde a sua divisão de trabalho era igual a então características de

Taylor. Direcionou seus estudos para cargos técnicos e também administrativos,

princípios relacionados abaixo:

Divisão de trabalho; Centralização;

Autoridade e Responsabilidade; Hierarquia (Cadeia Escalar);

Unidade de Comando; Ordem;

Unidade de Direção; Eqüidade;

Disciplina; Estabilidade dos Funcionários;

Prevalência dos Interesses Gerais; Iniciativa;

Remuneração; Espírito de Corpo “Sprit de Corps”.

Tabela 4 Princípios básicos de Fayol; Ferreira, Reis e Pereira (2001).

Fayol também fez divisões da forma de trabalho na empresa, e as cinco

principais foram: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

Enfim suas idéias podem ter quase cem anos desde a sua publicação,

porém sua aplicabilidade acontece até os dias de hoje, é claro que na maioria das

vezes estes princípios sofrem adaptações.

Page 37: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

24

2.5 Relações humanas.

Através dos trabalhos Elton Mayo conseguiu várias contribuições

importantes para a “Abordagem Humanística”, onde um destaque nesta área,

enfatizando as responsabilidades sociais da empresa; a introdução de métodos de

pesquisa onde aplicou à solução dos problemas das organizações industriais;

defendeu a compreensão do comportamento administrativo a partir do conhecimento

da natureza humana; atribuiu grande importância as relações individuais na

organização e ao reconhecimento das motivações dos trabalhadores, cujas reações

não podem ser definidas com precisão.

A abordagem de relações humanas tiveram algumas considerações, onde

passaram a ser criticadas, como as teorias clássica e científica. Entretanto por mais

ácidas que sejam as análises dos princípios por ela defendidas, cabe lembrar que

sua eclosão serviu de base para o desenvolvimento de escolas posteriores em

estudos de gestão, como:

Negação do conflito entre empresa e

trabalhadores;

Ênfase excessiva nos grupos informais;

Restrição de variáveis e da amostra; Espionagens disfarçadas;

Concepção utópica do trabalhador; Ausência de novos critérios de gestão.

Tabela 5 Estudos posteriores a abordagem humanística; Ferreira, Reis e Pereira (2001).

Apesar dessas limitações, as influências da abordagem de relações

humanas nos estudos posteriores deram continuidade, e permanecem vigentes até

hoje.

Contradizendo a escola clássica, Cruz (2002) afirma que a escola de

relações humanas visava em primeiro lugar o trabalhador e não a forma como ele

exercia suas atividades, a verdadeira motivação do trabalhador está muito mais

ligada as relações sociais que somente a relação “homem = máquina”.

Sua produção está ligada diretamente a motivos comportamentais e isso

Page 38: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

25

define a qualidade e quantidade da produção para a empresa, possuindo quatro

principais elementos relacionados, sendo:

-Contato direto: menos divisórias, menos salas, mais atividades em

conjunto.

-Planejamento: fazer com que os colaboradores criem um próprio

planejamento para que possa contribuir de forma geral.

-Colaboração recíproca: todos devem procurar formas para que cheguem

ao objetivo principal comum (crescimento da empresa).

-Processo contínuo de coordenação: independente do cargo, o que

realmente importa é a capacidade de poder de decidir.

2.6 Burocracia

O modelo de burocrático segue preceitos rígidos e disciplinadores para o

desempenho eficaz do indivíduo e da organização. Assim os pressupostos da teoria

saíam em defesa de aspectos coerentes com a visão racionalista do ser humano,

como:

Ética Protestante; Autoridade, Poder, Dominação e Administração;

Homem Organizacional; Promoção e Seleção;

Racionalidade; Separação entre Propriedades e Administração;

Divisão de Trabalho e Hierarquia; Organização Informal.

Tabela 6 Preceitos do modelo de burocrático; Ferreira, Reis e Pereira (2001).

Embora a expressão organização burocrática seja utilizada de modo

depreciativo, é considerado modelo de organização para designar empresas

complicadas no seu processo de trabalho, e lentas no processo de decisão. De

acordo com os princípios apresentados, mostrou-se uma forma adequada e aplicada

às organizações de todo tipo. Afinal, os princípios da burocracia defendem o

cumprimento dos objetivos organizacionais de forma que não fosse apenas eficaz

Page 39: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

26

mas também eficiente.

Seja como for, o movimento burocrático é alvo de críticas severas,

principalmente daqueles que defendem a liberdade e autonomia do indivíduo para o

melhor desempenho organizacional, apotando principalmente:

-Limitação da Espontaneidade;

-Despersonalizarão do Relacionamento;

-Substituição dos Objetivos pelas Normas;

-Conflito entre Público e Funcionários.

2.7 Behaviorismo

O Behaviorismo ou Teoria Comportamental defendia a valorização do

trabalhador em qualquer empreendimento baseado na cooperação, buscando um

novo padrão de teoria e pesquisa administrativas. Foi bastante influenciado pelo

desenvolvimento de estudos comportamentais em vários campos da ciência, como a

antropologia, psicologia e sociologia. Existem alguns aspectos organizacionais

enfatizados pelo Behaviorismo, que são:

-Processo Decisório;

-Liderança;

-Autoridade e Consentimento;

-Homem Administrativo;

-Conflito de Objetivos.

Segundo Barnard, citado por Ferreira, Reis e Pereira (2001):

O executivo é o fator mais estratégico da organização, suas funções são comparáveis às

do sistema nervoso, incluindo o cérebro, em relação ao resto do corpo. Cabe ao

executivo desempenhar algumas funções essenciais; prover o sistema de comunicação;

promover e garantia de esforços essenciais; formular e definir o propósito organizacional.

Page 40: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

27

Defendeu que a estrutura e o desempenho das funções na empresa são

facilitadas pela análise da influência da organização nas decisões e no

comportamento geral dos funcionários, como atividade administrativa e grupal.

Chris Argyris, citado por Ferreira, Reis e Pereira (2001), dedicou ao estudo

de comportamento organizacional, onde enfoca o entendimento e procura explicar o

comportamento do indivíduo e dos grupos da organização. Propôs um modelo de

comportamento dos funcionários na organização associando com padrão de

comportamento “A” à teoria “X” e o padrão de comportamento “B” à teoria “Y”.

O padrão A representa os comportamentos interpessoais, a dinâmica de

grupo e as normas organizacionais associadas a teoria X.

O padrão B representa os comportamentos democráticos e participativos

associadas a teoria Y.

Chris Argyris buscou identificar os fatores que motivam os funcionários,

através de uma pesquisa em organizações detectou que os entrevistados

associavam insatisfação com o trabalho ao ambiente de trabalho e satisfação com o

trabalho ao conteúdo do mesmo.

Dividiu os fatores motivacionais, que levam os indivíduos a se comportar

de maneiras diferentes, em três categorias:

-Necessidade de Realização;

-Necessidade de Poder;

-Necessidade de Afiliação.

Rensis Likert, Conforme Ferreira, Reis e Pereira (2001), junto com sua

equipe, desenvolveram uma série de pesquisas comportamentais, discutindo os

padrões de gerenciamento vigentes nos Estados Unidos até os anos 50, concluindo

que os líderes mais centrados nos empregados e que praticavam uma supervisão

generalista alcançavam maior produtividade na empresa daqueles que se centravam

nas tarefas, praticando supervisão da forma relativamente errada.

O Behaviorismo recebe críticas comuns a outros enfoques a exemplo

daqueles que o acusa de enxergar as práticas administrativas a partir dos objetivos

dos dirigentes das empresas, de forma mais específica, o que se sobressai é a

contestação da validade da prática da “Teoria Comportamental”.

Page 41: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

28

2.8 Estruturalismo

Para Ferreira, Reis e Pereira (2001), esta teoria surgiu com o

desdobramento da burocracia, buscando resolver os conflitos existentes entre duas

teorias:

-Teoria Clássica;

-Teoria de Relações Humanas.

Porém estas teorias também tiveram certa dificuldade de aproximação

com a teoria burocrática, onde originou a “Teoria Estruturalista”.

As Ciências Sociais influenciaram fortemente a teoria estruturalista, onde

lançado por Lévy-Strauss, citado por Ferreira, Reis e Pereira (2001), a idéia do

estruturalismo abstrato, no qual alguns modelos representavam a realidade

empírica.

Tem como idéia básica do Estruturalismo, considerar a organização em

todos os seus aspectos como uma só estrutura, onde tivemos como o precursor

desta teoria, Amitai Etzioni, citado por Ferreira, Reis e Pereira (2001), era um dos

críticos do Behaviorismo, onde tem como características do estruturalismo alguns

itens, como:

-Submissão do indivíduo à socialização;

-Conflitos Inevitáveis;

-Hierarquia e Comunicações;

-Incentivos Mistos.

As críticas feitas ao estruturalismo normalmente são respostas às críticas

formuladas pelos próprios estruturalistas, em especial à escola de relações

humanas, onde várias considerações são formuladas especialmente à teoria

estruturalista, embora não constituam propriamente críticas à mesma, onde as duas

principais são:

-Ampliação da Abordagem;

-Ampliação do Estudo para Outros Campos.

Page 42: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

29

2.9 Teoria dos sistemas

Segundo Cruz (2002), este modelo tem um método totalmente diferente

das outras abordagens, uma nova forma de conceito, onde a principal vertente é o

meio ambiente e não o homem ou a máquina.

Para Ferreira, Reis e Pereira (2001), a Teoria de Sistemas surgiu de uma

percepção dos cientistas, de que certos princípios e conclusões eram válidos e

aplicáveis a diferentes ramos da ciência.

Ludwig Von Bertalanffy, lançou em 1937 as bases da Teoria Geral do

Sistemas, onde foi amplamente reconhecida na administração, durante os anos 60.

Sua difusão se deveu a uma necessidade de síntese e integração das teorias

precedentes. Isso facilitou o desenvolvimento de novas áreas científicas, como a

informática, possibilitando a operacionalização e a aplicação de conceitos de teoria

de sistemas à administração. Defendia a idéia de que não somente os aspectos

gerais das diferentes ciências são iguais, como as próprias leis específicas de cada

uma delas puderam ser utilizadas de forma sinérgica pelas outras.

Um sistema pode ser visto como um todo organizado ou complexo, onde

pode ser uma combinação de coisas ou partes, formando um todo complexo ou

unitário. As teorias centrais de teoria de sistemas aplicada à administração podem

ser explicadas a partir dos seguintes aspectos:

-Homem Funcional;

-Conflitos de Papéis;

-Incentivos Mistos;

-Equilíbrio Integrado;

-Estado Estável.

Page 43: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

30

Toda organização se insere num meio ambiente onde as mesmas

organizam os recursos utilizados para o desenvolvimento da sua atividade (produção

ou prestação de serviços) e para qual se destinam os resultados do seu trabalho. A

ilustração 3 abaixo representa esquematicamente o sistema organizacional, como o

conjunto de três elementos interdependentes: entradas, processamento e saídas

envolvido pelas forças externas que provocam mudanças na estrutura e no

desempenho de cada um desses elementos e como conseqüência afetam o sistema

como um todo.

Ilustração 3 O enfoque sistêmico e o ambiente organizacional; Ferreira, Reis e Pereira (2001).

De acordo Ferreira, Reis e Pereira (2001),o meio ambiente que envolve a

organização é representado nessa figura pelos elementos que influenciam

diretamente o desempenho de sistema organizacional.

O modelo representado na figura acima apresenta os fatores que compõe

os três elementos básicos do sistema em qualquer tipo de organização, visto que ele

se insere no ambiente onde as mudanças são características intrínsecas.

As entradas (inputs) do sistema organizacional são os recursos que a

empresa obtém ou extrai do ambiente.

O processamento se refere às competências das pessoas aos

procedimentos e à tecnologia adotada pela organização.

As saídas (outputs) são os resultados do processamento e compreendem

ENTRADAS PROCESSAMENTOS SAÍDA

S

FEEDBACK

ECONOMIA POLÍTICO/LEGAL

CONCORRÊNCIA CULTURA E SOCIEDADE

T

E

C

N

O

L

O

G

I

A

E

C

O

N

O

M

I

A

Page 44: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

31

os produtos, serviços e informações.

Ilustração 4 O sistema organizacional; Ferreira, Reis e Pereira (2001).

O processo de feedback (resposta), isto é, o retorno das informações para

alimentar o sistema, irá aparecer na forma de uma avaliação qualitativa e

quantitativa dos resultados da atividade organizacional e do grau de atendimento às

necessidades que se pretende satisfazer.

Uma das críticas mais severas com que se defronta a abordagem

sistêmica na administração se refere à cientificidade excessiva no tratamento dos

problemas da organização. O sistema administrativo possui características próprias

e associações entre as relações internas da empresa e as que ocorrem na natureza

(mutualismo, simbiose, parasitismo) devem ser consideradas dentro de limites

claros.

Outro aspecto também a ser contestado por diversos autores está na

ênfase desproporcional no ambiente. Embora a sobrevivência e o sucesso das

empresas estejam cada vez mais condicionados à sua adaptação a um ambiente

turbulento, a ênfase nas condições empresariais externas não deve ser exagerada.

A harmonia do ambiente interno também deve ser alvo de contínua atenção por

parte dos gestores.

Entradas

• recursos

• materiais

• serviços

• informações

Processamento

• pessoas

• estrutura

• tecnologia

Saídas

• bens

• serviços

• comunicação

N

E

C

E

S

S

I

D

A

D

E

S

S

A

T

I

S

F

A

Ç

Ã

O

Meio Ambiente

Meio Ambiente

Page 45: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

32

2.10 Desenvolvimento organizacional

O desenvolvimento organizacional se baseia no reconhecimento da

importância da cultura da empresa sobre o comportamento de seus integrantes.

Qualquer projeto de desenvolvimento da organização deve então se concentrar no

comportamento dos indivíduos, mesmo que as mudanças necessárias se situem na

área tecnológica, nos sistemas administrativos e operacionais adotados ou não na

estrutura organizacional da empresa.

Toda organização pode ser entendida e analisada sob três aspectos que

configuram a sua atividade empresarial afirmam Ferreira, Reis e Pereira (2001),:

-Estrutura – envolve a hierarquia administrativa, os sistemas e processos

de trabalho interno, o fluxo de comunicação e a definição da missão, objetivos e

políticas organizacionais;

-Tecnologia – refere aos sistemas operacionais adotados, equipamentos,

engenharia de processos e do produto, desenvolvimento de pesquisa, métodos de

trabalho, etc.;

-Comportamento – está relacionado aos procedimentos adotados na

administração dos recursos humanos da organização, aos conhecimentos,

habilidades e atitudes das pessoas que dela participam e ao seu relacionamento

interpessoal.

Ilustração 5 As bases para o desenvolvimento da organização; Ferreira, Reis e Pereira (2001).

Esses três elementos são altamente interdependentes e estão em

constante interação sob a influência de forças comuns, de modo que uma mudança

em qualquer um deles provavelmente irá afetar os outros.

A insegurança e a ameaça são dois fatores que provocam resistência no

ESTRUTURA

COMPORTAMENTO TECNOLOGIA

Page 46: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

33

INSEGURANÇA PREDISPOSIÇÃO NATURAL

PONTOS FALHOS NA PROPOSTA DE MUDANÇA

COMUNICAÇÃO

RESISTÊNCIA A MUDANÇA

AMEAÇA FORMA DO PROCESSO DE MUDANÇA

indivíduo que não se sente apto a aprender novas tarefas ou que percebe que a

mudança pode prejudicar a sua posição. Por sua vez, a predisposição natural é um

fator comum a todas as pessoas, que genericamente independe da sua condição de

homem social ou homem organizacional. É considerado normal o comportamento do

indivíduo que se opõe.

Ilustração 6 Fatores que provocam resistência às mudanças; Ferreira, Reis e Pereira (2001).

A maioria das vezes, a falta de comunicação com os envolvidos no

processo favorece o clima de intranqüilidade e incertezas dentro da organização,

promovendo o surgimento de informações e interpretações diversas das pretendidas

pelos agentes da mudança. Isso permite que o indivíduos levantem barreiras às

mudanças, antes mesmo de tomarem conhecimento de seus objetivos.

Na opinião de Ferreira, Reis e Pereira (2001), existem processos de

desenvolvimento organizacional, que por sua vez, é um trabalho que não pretende

solucionar problemas específicos, isolados, rotineiros ou eventuais em caráter

emergencial, apresentando resultados imediatos e em curto espaço de tempo. Dado

esse estreito relacionamento com o processo de mudança nas organizações, a

abordagem teórica e prática de Desenvolvimento Organizacional enfatiza o

diagnóstico e análise dos problemas ou disfunções existentes na unidade em

estudo, para propor as medidas corretivas adequadas a cada situação particular. O

modelo usualmente adotado para representar o processo de “DO” nas organizações

pode ser compreendido em quatro etapas:

Page 47: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

34

-Diagnóstico – Identificação do problema;

-Plano de Ação – estratégia de implantação;

-Intervenção – implantação das mudanças;

-Avaliação e controle – engloba a coleta de dados que permitam comparar

a situação anterior.

Esta exposição sobre a proposta de desenvolvimento da organização

através de um processo contínuo e permanente de gerenciamento das mudanças

que ocorrem no ambiente empresarial, além de expor os princípios e a metodologia

que oferecem o suporte teórico e técnico para o processo de desenvolvimento

organizacional, procurou demonstrar também que para o sucesso de um trabalho

desse tipo são fundamentais a postura e a atitude assumidas pela direção e

funcionários diretamente envolvidos com as propostas de mudança e com os

objetivos que se pretende alcançar.

As críticas surgiram depois que as propostas de desenvolvimento

organizacional se consolidaram numa área de conhecimento e não propiciaram

argumentos suficientes para evitar que os princípios, metodologia e as técnicas de

diagnóstico e intervenção de desenvolvimento organizacional fossem definitivamente

incorporados a teoria e a prática da administração de empresas. Mais

especificamente, essas críticas focalizam:

-Imprecisão apontada como heterogênea e pouco precisa;

-Ênfase no treinamento de habilidades – que a força do indivíduo se

adapta ao ambiente da organização;

-Aplicações distorcidas – quando o programa é usado por alguns

dirigentes como meio de promoção pessoal;

-Falta de novidade – o método utilizado no processo, se limitou a

reformular alguns princípios da escola de relações humanas e da teoria

comportamental.

Essas críticas normalmente são consideradas superadas, na medida em

que pesquisadores acadêmicos, consultores e dirigentes de empresas continuaram

e continuam desenvolvendo estudos e projetos na área.

Page 48: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

35

As idéias centrais de desenvolvimento organizacional, apresentadas há

cerca de quarenta anos, persistem com muito vigor no limiar do século XXI e se

tornaram mais de que um modelo, uma filosofia de negócios e um princípio básico

de gestão empresarial dos dias de hoje. Mudar, para sobreviver em condições de

difícil previsibilidade e ambientes em constante mutação. Isso sugere que a

organização deve procurar se antecipar ao comportamento das forças ambientais

que, provavelmente estarão influenciando seus planos no futuros e buscar

vantagens competitivas para consolidação da sua posição no mercado.

2.11 Administração estratégica

A visão estratégica de um negócio, ou seja, o que se deseja que o negócio

seja no futuro pode ser alcançada através de um processo desestruturado, tal como

a visão de um negócio futuro que seu fundador deseja concentrar. A visão

estratégica pode ainda ser alcançada através de um processo sistemático de análise

e síntese do planejamento empresarial.

Igor Ansoff, citado por Ferreira, Reis e Pereira (2001), é considerado o pai

do planejamento estratégico e de administração estratégica, define estratégia como

as regras e diretrizes para decisão, que orientam o processo de desenvolvimento de

uma organização. Portanto, as decisões estratégicas são aquelas que permitem a

empresa se desenvolver e perseguir seus objetivos da melhor forma, considerando-

se suas relações com o ambiente em que se insere.

Para Ansoff, citado por Ferreira, Reis e Pereira (2001), a administração

estratégica compartilha com a administração de objetivos e preocupação com as

contínuas mudanças de ambiente externo da empresa. Entretanto, ao passo que a

administração por objetivo utiliza objetivos traçados com base de uma visão global

da gestão, a administração estratégica se interessa pelo papel dos objetivos nas

decisões estratégicas.

Os principais autores e pesquisadores nessa área são unânimes em

afirmar que o planejamento estratégico surgiu como uma ferramenta para enfrentar

os desafios de um ambiente com turbulências, tanto política quanto social ou

econômica e que a administração estratégica não e tão-somente um novo método

Page 49: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

36

para pensar sobre o problema, mas requer também novas competências e culturas

gerenciais capazes de traduzir o pensamento em ação estratégica.

Page 50: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

37

3 PROCESSOS

Toda organização tem como meio de trabalho, formas pré-definidas ou

não de se executar as tarefas, essas formas são quem determinam o processo,

Definido por Davenport (1994): “processo é uma organização específica

de atividades de trabalho no tempo e no espaço, contendo entradas e saídas, inicio

e fim muito bem definidos”.

O que diferencia os processos são as formas em que as atividades estão

organizadas, ou seja, os tipos de estruturas em que eles são colocados na empresa,

e a forma que foram ordenados para que pudesse ser executado, como veremos

adiante alguns conceitos e tipos de processo.

Com as organizações crescendo constantemente, na década de 1990,

mudou-se a estimativa de melhorias em seus processos chave, que eram de 5 a

10%, na mudança de cenário este padrão mudou radicalmente para 50% a 100% e

se possível ainda maior. Para que isso aconteça deve-se mudar toda estrutura da

empresa implementando novas tecnologias e novos métodos.

Apesar de levar vários nomes a reengenharia de processos pode gerar

além de mudanças significativas, a criação de novas estratégias, mudando por

completo as áreas tecnológicas, humanas e organizacionais.

Segundo Davenport (1994), o fato dos japoneses aplicarem a

administração por processos, fez com que eles conseguissem lugar de destaque no

cenário mundial, conseqüentemente o ocidente vem copiando com sucesso sua

forma de trabalho. As empresas buscam vários motivos para optar pela

reengenharia de processos, uma delas é a redução de custos, “as empresas podem

transferir suas economias como vantagens para o cliente”.

Outro ponto em que ocorre a reengenharia de processos é a terceirização,

ou seja, quando uma empresa esta prestes a terceirizar um processo, ela

reorganiza-o para que seja possível passar o controle para uma empresa de fora.

Dos vários outros motivos operacionais pelo qual as empresas optam pela

reengenharia de processos, e a necessidade de aprimorar os resultados financeiros

Page 51: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

38

é a mais comum, outros objetivos buscam melhorias nas vendas ou uma produção

mais enxuta.

Na maioria dos casos a busca de melhoria financeira é problemática, por

isso os objetivos não financeiros tendem inspirar esforços para melhorar o

desempenho no trabalho.

3.1 O que é um processo

Conforme Davenport (1994), quando cresce a satisfação do cliente, ou

reduz despesas com a produção do produto ou serviço certamente o processo foi

melhorado.

É claro que para oferecer serviços e produtos de qualidade, a empresa

precisa adotar processos eficientes, porém as empresas gastam duas vezes mais

em pesquisas de produtos ao invés de processos, (essas proporções são invertidas

no Japão).

Processos bem definidos podem ser melhorados com maior facilidade,

quando se consegue identificar cada passo do processo, fica mais fácil de investir,

cortar, utilizar, verificar defeitos, resumindo fica mais fácil de controlar de forma geral

o processo. Assim com essas medidas a inovação poderá ser aplicada de forma

mais coerente sem que haja o desperdício de tempo e dinheiro.

Para a verificação real da melhoria constante, o cliente final é quem

aponta se o processo foi ou não eficaz.

Após uma avaliação estratégica da organização, pode-se identificar as

informações internas e externas, atrelando essas informações aos processos

desenvolvidos no momento. Outro ponto é que estar diretamente ligada aos

sucessos obtidos anteriormente.

Davenport (1994) afirma que ter a visão dos processos administrativos não

é a única função da estratégia, esse tipo de gerenciamento só será eficaz se tiver

atrelado ao ambiente externo, assim os produtos/serviços passam a atender os

clientes da forma esperada por eles.

Há pelo menos três motivos para que sejam documentadas as atividades

Page 52: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

39

dos processos antes de partir para o inicio da inovação.

- O primeiro motivo é que a empresa documentando as atividades capacita

os participantes do processo a desenvolver certo entrosamento aos processos

existentes. Isso se dá por muito importante, principalmente para aqueles que estão

desenvolvendo o processo de forma desestruturada, ou seja, quando uma empresa

de grande porte não quer representar para seus clientes de peso que seus

processos estão sendo expostos para reestruturação.

- O segundo motivo é que não tem como implementar um novo processo

sem conhecer os processos existentes. A mudança só ocorrerá de forma planejada

caso os processos estejam muito bem documentados, desta forma é possível

dimensionar o tamanho da mudança a ser implementada.

- O terceiro motivo é que a identificação de problemas nos processos

existentes pode atuar preventivamente contra a repetição dos processos existentes

uma vez que o processo já foi definido, não se pode criar um novo processo para

fazer a mesma função. Essa etapa visa cortar funções múltiplas para o mesmo

processo, um exemplo disto é quando um funcionário tem que imprimir vários

relatórios com informações diferentes, sendo que esses relatórios poderiam ser

resumidos a um só, eliminando o retrabalho do colaborador.

Verifica-se que o entendimento dos processos existentes se dá através da

importância da reengenharia proposta, juntar as informações necessárias e

identificar o objetivo principal do processo, para que após essas etapas poderá

analisar-se as formas de redução do tempo, incluir ou excluir atividades, cortar

custos ou até mesmo eliminar o processo por inteiro.

Naturalmente após a documentação dos processos os colaboradores

possam indicar as falhas ou redundâncias que vem acontecendo por anos na

empresa. Anteriormente essas discrepâncias não eram reconhecidas sem um

estudo preciso do problema final.

Várias empresas estão adotando o seguinte padrão: a melhoria de

processos como solução de curto prazo e a reengenharia de processos como

solução de longo prazo. Davenport (1994) afirma que se forem utilizados ao mesmo

tempo, e se essa combinação for muito bem implementada, pode resultar em um

processo ajustado às necessidades da empresa. Isso acontece quando a melhoria

Page 53: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

40

de processos cria a base para uma futura reengenharia e constantemente a

empresa identifica e implementa novos padrões, até que certo ponto a organização

já mudou ou poderá mudar o processo por inteiro.

Abordagem Objetivo Ferramentas / Métodos Raízes

Custos

baseados na

atividade

Cortar custos

Formação do custo sobre

análise do processo/valor

acrescido

Contabilidade para

a seleção da linha

de produtos

Análise do valor

do processo

Simplificar um processo/reduzir

custo e tempo

Análise do valor para cada

etapa do processo

Abordagens

consultivas

Melhoria do

processo

empresarial

Melhorar continuamente um ou

todos os processos em termos

de custo, tempo e qualidade

Classificação da etapa do

processo ferramentas de

qualidade

Gerenciamento da

qualidade total

(TQM)

Engenharia da

informação

Construir um sistema de acordo

com as linhas do processo

Descrições dos processos

atuais e futuros Análise de sistemas

Reengenharia

do processo

empresarial

Usar alavancas de mudança

para melhorar radicalmente os

processos-chave

Alavanca de mudança,

visão futura

Sistemas

competitivos

Tabela 7 Visão geral dos métodos de processos; Davenport (1994).

A escolha dos participantes do projeto de mudança, deve ser direcionada

para que a equalização das capacidades podendo contribuir igualmente para o novo

projeto. Apesar de que normalmente as pessoas que participam do novo projeto são

as mesmas antes da mudança, é importante que elas se sintam integradas ao novo

processo, e que façam parte desde o planejamento até a execução do projeto. Desta

forma consegue-se maior participação dos envolvidos, de forma que eles se sintam

parte do problema e da solução. Contribuindo melhor com seus conhecimentos para

a inovação.

Para Cruz (2002) toda empresa desde sua criação consiste em pequenos

processos, estes dão a definição do que a empresa faz. Estes processos

normalmente não têm documentação, eram quase que totalmente informais, sem

Page 54: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

41

qualquer padronização através de documentos.

O grande problema é que isso continua acontecendo, é o caso das

empresas de médio e pequeno porte, que não conseguem estabelecer-se no

mercado, muitas das vezes devido á falta de organização interna dos processos.

São poucas as organizações que conseguem se erguer de forma estruturada com

seus processos bem definidos e documentados.

Cruz (2002) definiu que todo processo é composto de elementos e

objetivos, são eles: insumos, recursos, atividades, tempo e informações.

- Insumos: são os principais fatores para a produção de bens e serviços do

tipo, horas trabalhadas, matéria prima, luz. Esses insumos entram na produção de

forma direta ou indireta.

- Recursos: É o fator que determina a capacidade de produzir.

- Atividades: É considerada a menor parte do processo, que demonstra

duas vertentes, são elas: a identificação da forma da atividade e a mecânica da

atividade. A pequena diferença é: uma informa qual é a atividade a outra informa

como ela é executada.

Dentro do mesmo tópico existem dois tipos de procedimentos, os formais

que são aqueles constam na descrição do cargo mesmo que não esteja

documentado e os informais que não constam nem na descrição de cargo e nem são

documentados, porém, todos sabem da existência da atividade, mas normalmente

são os colaboradores com mais tempo de serviço no cargo, e é executado por quem

tem maior prática na atividade, e provavelmente são os mesmos que criaram tal

atividade.

O primeiro tipo de informação é que define o processo, no entanto como

qualquer processo é um elemento abstrato, normalmente essas informações

aparecem para demonstrar o que deve ser feito, e não como deve ser executado.

- Tempo: todo processo tem como componente o tempo/prazo, que indica

quando começa e quando deve terminar o processo do produto/serviço.

Essa análise pode indicar vários fatores entre eles a busca de inovações,

eliminar processos inúteis para somente identificar a forma de execução, porém sua

análise não é tão simples quanto parece.

Page 55: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

42

Por isso Cruz (2002) afirma que deve-se fazer algumas perguntas antes

de analisar qual a origem de cada atividade do processo? Existe alguma atividade

sem sentido? Podem ser eliminadas atividades? Pode-se juntar alguma atividade?

Após utilizar essas perguntas, aplicando a análise de SWOT (força,

fraqueza, oportunidades e ameaças).

3.2 Estruturas formais

Para o entendimento de Cruz (2002) as empresas formais são: empresas

que tem todos seus processos documentados de forma que qualquer pessoa

consiga identificar o processo. Antigamente as empresas tinham suas estruturas

muito mais informais em relação à hoje, que mesmo com o passar do tempo ainda

existem muitas empresas informais, ou seja, empresas que não tem a definição de

sua estrutura organizacional de forma que quando acontece alguma mudança

interna, todos os envolvidos ficam sabendo do ocorrido.

Ultimamente as organizações formais têm demonstrado maior flexibilidade

do que anteriormente. Esse tipo de estrutura foi criada para ajudar as empresas a

criarem métodos para o desenvolvimento de desempenho das funções, gerando

assim os tipos de organização: organização em linha, organização funcional,

organização em linha e assessoria e estrutura matricial.

3.3 Reengenharia e a melhoria de processos

As organizações criam à imagem de que as funções de melhoria de

processos são executadas por uma “força tarefa”, equipes especiais para o projeto

de melhoria, e que somente assim seria possível inovar radicalmente, sendo que

para ocorrer à mudança é necessário a colaboração de todos os envolvidos do

projeto e não somente a espera para que outras pessoas o façam.

O projeto de mudança pode ser a melhor forma de introduzir e adquirir

experiência com a reflexão sobre a reengenharia de processos na empresa, as

equipes interfuncionais tem condição de inovar processos que vão além dos limites

Page 56: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

43

organizacionais de seu setor administrativo com mais facilidade, pelo fato de que

essas pessoas têm acesso a maior quantidade de informação sobre o que deve ser

feito.

Tópicos Melhoria Reengenharia

Nível de mudança

Ponto de partida

Freqüência da Mudança

Tempo Necessário

Participação

Âmbito Típico

Risco

Habilitador principal

Tipo de mudança

Gradual

Processo existente

De uma vez/contínua

Curto

De baixo para cima

Limitado, dentro de Funções.

Moderado

Controle estatístico

Cultural

Radical

Estaca Zero

De uma vez

Longo

De cima para baixo

Amplo, Interfuncional.

Alto

Tecnologia da informação

Cultural / Estrutural

Tabela 8 Melhoria versus Reengenharia; Davenport (1994).

A estrutura definida por Davenport, consiste em cinco etapas: identificação

dos processos, identificação dos instrumentos de mudança, desenvolvimento de

uma visão das atividades e dos objetivos do processo, entendimento medição dos

processos existentes e planejamento e construção de um novo processo e

organizacional.

3.4 Seleção de processos

Não há um consenso com relação à quantidade de processos que uma

empresa deve ter, devido a grande diferença entre os “padrões” adotados. Cada

empresa tem um processo único, não existe uma empresa totalmente igual à outra,

por isso a quantidade de atividades e processos dentro do setor administrativo pode

variar de empresa para empresa. Sendo assim inevitável identificar qual processo

necessita de melhoria gradual ou se necessita de uma reengenharia completa.

A partir do momento em que os processos administrativos se tornam o

principal centro dos esforços de inovação ou melhoria, sua importância e seus

limites se tornam mais claros. Davenport (1994) afirma que a maioria das

organizações que utilizaram esses métodos nos seus processos durante alguns

anos, refizeram seus métodos iniciais.

Page 57: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

44

Após a identificação dos processos chave, deve-se definir alguns limites,

entre eles: Quando o chefe deve se preocupar com o início e término do processo!

Quando inicia e termina os sub-processos! O processo está totalmente anexado em

outro processo! Pode ser vantajosa a combinação com outros processos ou sub-

processos!

Entretanto selecionar e identificar são as principais etapas para que possa

ser criada a reengenharia, caso essas etapas não forem muito bem definidas,

fatalmente o projeto não será bem sucedido.

Outro ponto é: para que o projeto tenha um bom desempenho é

necessário que após certo tempo de implantado, o projeto tem que apresentar

resultados expressivos. E isso dependerá dos processos escolhidos inicialmente.

Após a seleção do processo para reengenharia, a organização pode

começar a implantar as possíveis melhorias em sua nova atividade ou processo.

3.5 Processos e informações

Poucas empresas têm o gerenciamento de informações como um setor

que aloca grandes esforços, dificilmente esse setor tem seu desempenho medido, e

as fontes dessas informações como bibliotecas, funções de análise entre outros, na

maioria dos casos tem uma posição supostamente inferior perante o resto da

empresa, também possui relações hierárquicas confusas.

O grande volume de informações transita diariamente na empresa, e

normalmente ninguém da conta do seu valor, custo ou impacto. O gerenciamento

dessas informações é que orienta os processos. Davenport (1994) acredita que: “o

gerenciamento das informações em termos de seu papel nos processos

administrativos é um pré-requisito para a obtenção do sucesso”.

A informação é utilizada e vista de várias maneiras, ao estudar essas

informações que compõem o processo, enxerga-se como interage com processos

administrativos estando integradas ou não.

-Como uma ferramenta de apoio para a reengenharia de processos

empresariais.

Page 58: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

45

-Como um enfoque dos processos operacionais.

-Como um enfoque dos processos administrativos.

-Em termos de abordagens do seu gerenciamento dentro dos processos.

A informação pode ajudar o processo ser mais eficiente e eficaz. A

informação também pode ajudar a acompanhar o desempenho dos processos, unir

as atividades do processo, customizar os processos para alguns e planejar o

desempenho de futuros processos.

3.6 Melhorias e soluções

Para implantar as melhorias propostas, Cruz (2002) menciona que o

analista deve ter um plano muito bem detalhado para que as complicações não

causem muito impacto na execução do projeto, ou seja, que tenha um plano muito

bem detalhado para garantir todo o cumprimento das etapas a serem implantadas.

Para Davenport (1994) após ter analisado o processo, o analista pode

propor soluções começando com a simplificação do mesmo, tornando-o mais enxuto

e simples para evitar eventuais desperdícios. Outro ponto é desenvolver um

programa de qualidade, tentando implantar na empresa como um todo, buscando

que todos estejam informados e cientes do programa, e os colaboradores farão disto

uma prática comum, colocando em frente sempre a qualidade.

3.7 Estudo de rotinas

Cruz (2002) definiu três etapas a serem seguidas: 1° escolher a rotina, 2°

coletar informações, 3° desenhar a nova rotina.

- Escolher a rotina: Para as melhorias de processos, é necessário analisar

as rotinas existentes, a primeira parte é escolher qual rotina a ser analisada,

“problema encontrado antigamente pela falta de profissionalismo ou mesmo por falta

de conhecimento por parte da geral”.

- Coletar dados: Nesta fase ocorre grande dificuldade, a principal barreira

é quando os usuários não colaboram com o fornecimento de informações, isto

Page 59: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

46

ocorre devido ao medo de serem substituídos.

- Desenhar a rotina: após a coleta de informações, o analista responsável

deverá desenhar a nova rotina a ser seguida, e ao mesmo tempo deixar claro para

todos envolvidos sobre a nova forma de trabalho.

Page 60: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

47

4 COMPETÊNCIAS CORPORATIVAS

4.1 Educação corporativa

Segundo Kuazaqui (2006), educação corporativa é capacidade de divisão

do conhecimento individual para a essência da organização, a educação corporativa

baseada na habilidade de incentivar o compartilhamento do conhecimento focando

suas necessidades e carências. Sendo assim, um meio da empresa desenvolver

assuntos que faltem aos seus colaboradores. Acrescendo ao seu negócio

competências necessárias em seu mercado.

A educação corporativa utiliza a disseminação do conhecimento como

ferramenta de flexibilidade e conhecimento do mercado, retirando informações de

alguns colaboradores e espalhando para todos.

Seu desenvolvimento parte dos valores da organização expostos em sua

cultura organizacional, dando ao colaborador a liberdade de expressão e o foco

necessário para o compartilhamento.

4.2 Habilidades e competências

Os indivíduos possuem uma grande variedade de qualidades e a soma

delas é uma verdadeira alavanca de negócios, mas quais são as características que

formam a identidade da empresa?

A definição de missão, visão e valores da organização a torna única e

desta definição formam as características principais da organização que mostrará as

características essenciais da empresa.

Page 61: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

48

4.3 Habilidades e competências corporativas

“A Habilidade”, segundo Kuazaqui (2006), “está relacionada à destreza ou

a propensão para realizar algo. Já a competência denota um conhecimento

profundo, (...) uma maestria nas artes ou um domínio completo em alguma

disciplina”. A falta de capacidade de habilidades ou competências denota que o

indivíduo ou organização não possuirá todas as competências existentes, sendo as

competências a soma de conhecimento, habilidades e atitudes.

Essas competências serão desenvolvidas de acordo com as necessidades

apresentadas pelo mercado, assim tanto profissional, quanto organização adaptam-

se as mudanças que os rodeia. Fazendo parte de um portifólio de intangíveis que a

organização deverá apresentar ao mercado para continuar em seu crescimento.

As competências que fazem parte deste portifólio foram adicionadas à

organização por competências individuais que se tornam coletivas e assim formam

corporativas, assim sendo, a partir da seleção deste funcionário a organização já

pode expressar a necessidade de manter ou desenvolver determinada competência,

por isso a importância desta seleção, e principalmente da contribuição deste

funcionário. Esses que por sua vez compõem os ativos intangíveis da organização

que na tabela abaixo obtem-se alguns exemplos.

Ativo Definição Exemplos

Humano Retorno que as pessoas da força de trabalho

proporcionam à organização pela aplicação

de conhecimentos, habilidade e atitudes.

Idéias, criatividade, solução

de problemas, inovação.

Mercadológico Relacionado ao mercado e aos clientes Marca, Imagem.

Relacional Maneira pela qual a organização estabelece e

mantém relacionamentos com as partes

interessadas

Lealdade dos clientes,

confiança dos

fornecedores.

Propriedade intelectual Todos os que precisam de registro legal para

serem protegidos

Patentes, direitos autorais,

fórmulas.

Processo Ligados ao know-how, à maneira singular de

a organização fazer as coisas.

Metodologias, sistemas

Tabela 9 Liderança e criatividade em negócios; Kuazaqui (2006).

Page 62: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

49

São as competências que irão construir as vantagens competitivas da

organização e seu posicionamento no mercado, dessa forma que devem ser

estudadas e planejadas estrategicamente para um bom funcionamento e gestão.

São componentes de qualquer organização, diferidas por setor, porte e estratégia,

ainda sim, existem competências que podem ser consideradas como básicas.

Tais competências resumem características indispensáveis para

determinada empresa em seu mercado específico, dessa forma, exigem-se

competências pelo próprio mercado.

Assim as habilidades e competências que a organização deve desenvolver

para mudar e continuar viva vem de sua força de trabalho, ou seja, pessoas. Dessa

forma esse aprimoramento segue um fluxo transitivo dinâmico de evolução de

competências individuais, coletivas e corporativas, seguindo essa ordem, que gira

para criação de novas competências individuais seguindo um ciclo.

4.4 O papel da liderança

A liderança, segundo Kuazaqui (2006), é a grande responsável pelo

desenvolvimento de competências na organização, claro que por meios estruturados

em formatos que estimulem as exatas competências necessárias.

É atribuido ao líder não só o método tradicional de liderança, estipulando

metas, padrões e regras, mas sim, o engajamento no processo, incentivando e

convencendo ao liderados a deixarem suas zonas de conforto.

A vantagem competitiva que é gerada por competências corporativas, que

por sua vez gerada por competências individuais, são responsabilidade da liderança,

assim cabe a liderança criar um ambiente propício a esse feito.

A liderança, segundo Hunter (2004), “É a habilidade de influenciar pessoas

para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como

sendo para o bem comum”. Diferenciando a influência identificada na definição por

autoridade e diferenciando-a de poder, ele define por poder coação a execução por

causa de posição ou cargo e autoridade como habilidade de levar pessoas a

execução por causa de sua influência pessoal.

Page 63: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

50

5 INVESTIMENTO EM PESSOAS

Segundo Chiavenato (2004), a gestão de pessoas baseia-se na relação

entre pessoas e organizações numa dependência mutua, que os primeiros buscam

seus objetivos pessoais, profissionais, como exemplos, crescer na vida, ser bem

sucedido, enquanto as organizações por outro lado buscam competir e atingir

resultados e diversas vantagens que só alcançaram pela participação de pessoas.

Para lidar com essa dependência as organizações tentam aproveitar a

sinergia de objetivos individuais e organizacionais numa relação descrita pelo autor

como Ganha-Ganha. O que até algum tempo atrás essa relação era conhecida por

conflitos, pois se acreditava que os objetivos organizacionais, lucros, produtividade,

não alinhavam-se aos objetivos individuais, salários melhores, desenvolvimento e

progresso pessoal, a solução que era utilizada era o Ganha-Perde em que uma das

partes só ganhava, no caso a organização e do outro lado se perdia.

Sem dúvida essa não era a melhor solução, pois não tinha os esforços de

seu maior ativo, as pessoas, assim saber a canalizar os esforços das pessoas para

objetivos que atendiam as duas partes. Trata-se de uma solução com negociações,

participação e sinergia dos esforços que mesmo que mais trabalhosa que o modelo

inicial traria mais resultado.

5.1 As pessoas como parceiras da organização

Segundo Chiavenato (2004), a Gestão de Pessoas vem transformar

participantes da força de trabalho da organização em parceiros. As pessoas como

parceiros da organização, são inceridos nos processos que serão executados, mas

também serão avaliadores deste processo, criando parceiros ao lado de

fornecedores, consumidores e acionistas.

Cada parceiro irá continuar investindo com seus recursos disponíveis na

medida em que obtiver retorno, assim reunir investimentos de todos os parceiros

transformando-os em resultados.

Page 64: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

51

5.2 Missão, visão e valores das organizações.

As organizações são criadas com objetivos próprios, além de seu retorno

financeiro, entre eles agregar algo a sociedade, que a tornará necessária, assim

dessa forma essa incumbência será sua missão expressa para responder a três

perguntas iniciais. “Quem somos”? “O que fazemos”? E por que fazer o que é feito?

São objetivos relativos ao negócio, focalizada geralmente fora da empresa no

atendimento a demandas da sociedade.

Dessa forma Chiavenato (2004), elucida que “A missão funciona como o

propósito orientador para as atividades da organização e para aglutinar os esforços

dos membros”. A comunicação dessa missão vem clarear a forma de conduzir os

negócios. A missão deve traduzir a filosofia adotada pela organização de uma forma

clara a ser cultivada pelos seus dirigentes e difundida aos colaboradores.

Além deste caráter missionário da organização, existe o caráter visionário

que Chiavenato (2004), descreve como: “Visão é a imagem que a organização tem

de si mesma”. Que geralmente se volta ao futuro não só ao presente, assim

determinar o comportamento de seus membros para aquilo que esta organização

pretende ser com ajuda das pessoas.

Os valores mostram tanto aos membros quanto a sociedade as

prioridades e importâncias dadas pela organização, assim expressa assim o

comportamento individual que dia-a-dia verifica-se como é praticado pela

organização.

5.3 A moderna gestão de pessoas

De acordo com Chiavenato (2004), existem três aspectos fundamentais

para gestão de pessoas que se baseiam em:

1º As pessoas como seres humanos, que possuem personalidade,

princípios, conhecimento, habilidade e competências, que não representam um mero

Page 65: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

52

recurso da organização; 2º As pessoas como ativadores inteligentes de recursos

organizacionais, indispensáveis para organização em suas estratégias, dotados de

renovações e competitividade a acrescentar; 3º As pessoas como parceiras da

organização, capazes de fazerem parte na condução e responsáveis pelo sucesso.

Sendo assim a Gestão de Pessoas adota esses aspectos para conseguir

alcançar objetivos na administração de recursos humanos para auxiliar o sucesso da

organização como um todo, doravante toda a importância relevada pelo autor em

pessoas como o ativo primordial da organização.

Os objetivos gerais da administração de recursos humanos constituem

pelo autor Chiavenato (2004), como a ajuda a organização para alcançar seus

objetivos e realizar sua missão, desse modo o autor põem a eficiência da

organização como a preocupação de seus parceiros no atingir metas e obter

resultados. A competitividade da organização depende dos conhecimentos,

habilidades e atitudes geradas por esse ativo.

Pessoas bem motivadas e treinadas, assim como auto-realizadas e

satisfeitas com seu trabalho, são de responsabilidade da administração de pessoas,

demonstrando a esse publico interno da organização a importância de melhorias e

utilização de suas aptidões individuais para a melhor apresentação de resultados.

Em seu livro Chiavenato (2004), apresenta os processos de recompensas

como “fundamentais para o incentivo e motivação dos funcionários”. Também define

“A recompensa é elemento fundamental na condução das pessoas em termos de

retribuição, retroação ou reconhecimento do seu desempenho na organização”.

A variabilidade é enorme e a avaliação para adaptação ao

negócio/estratégia da organização dispendiosa, algumas empresas utilizam meios

tradicionais predominando o modelo de homo economicus de que a motivação das

pessoas é exclusivamente por meios financeiros, salariais e materiais, outras

utilizam meios mais sofisticados nesta avaliação utilizando processos flexíveis de

incentivar e motivar as pessoas.

A remuneração segue processos muito rígidos e precisos obedecendo a

políticas e abrangendo a todos os funcionários, com padronizações de cargos,

baseada no tempo e não no desempenho tomando por importante o passado do

funcionário e em valores fixos.

Page 66: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

53

Na moderna gestão de pessoas predomina o modelo do homem complexo

em que supõem que a motivação das pessoas segue por variedade de fatores além

dos financeiros, como atingimento de metas, reconhecimento pelo trabalho.

Obedece a flexibilidade nos processos personalizados, seguindo políticas que

adequam diferenças entre pessoas e desempenhos na apresentação de resultados.

Ilustração 7 Processos de recompensas, Gestão de Pessoas; Chiavenato (2004).

Segundo Chiavenato (2004), as organizações desenvolvem sistemas de

recompensas que impactaram diretamente a capacidade da organização em atrair,

reter e motivar as pessoas, que alterará completamente a expectativa sobre os

resultados da empresa, referente a resultados e lucros.

O equilíbrio para o comportamento esperado pela organização é descrito

pelas políticas de recompensas e punições, estas normas pré-estabelecidas pela

organização utilizadas para incentivar comportamentos desejáveis e coibir os não

aceitáveis. A clareza destas informações ao funcionário é necessária para

cumprimento de seus objetivos.

Assim nestas políticas o funcionário poderá desenvolver suas expectativas

sobre seu futuro na organização, desde estabilidade, crescimento e comportamentos

esperados quanto a erros cometidos e/ou perdas financeiras.

Esse funcionário será responsável pelo seu desenvolvimento na

organização, sendo sucesso ou fracasso, onde serão previstos pelas normas e

políticas de recompensas e punições.

Processos

de

monitorar

Gestão de

Pessoas

Processos

de

agregar

Processos

de

aplicar

Processos

de

recompensa

Processos

de

desenvolver

Processos

de

manter

• Remuneração e incentivos • Benefícios e serviços

Page 67: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

54

6 CAPITAL INTELECTUAL

Ao contrário de capital financeiro o capital intelectual não se baseia em

números, formas tangíveis ou contábeis, Chiavenato (2004), refere-se como um

ativo intangível e invisível, que é formado do capital interno, capital externo e capital

humano.

O capital interno é descrito pelo autor como os conceitos, modelos de

gestão e processo da estrutura da organização, tanto formais quanto informais, são

formados pelas pessoas que compõem a organização e o mercado que a rodeia. O

capital externo são os relacionamentos com clientes, fornecedores que dizem

respeito à imagem e reputação da organização com esses públicos. O Capital

Humano é apresentado pelas habilidades individuais de seus funcionários, em suas

ações e no que agregam de suas características próprias a organização.

Chiavenato (2004), descreve o capital humano como o patrimônio

inestimável, detentor de competitividade e sucesso, composto por dois aspectos

principais, os talentos, características das pessoas, em seus resultados,

experiências, expectativas; o contexto, que diz respeito ao estilo de gestão, cultura e

desenho organizacional, sendo assim ao comportamento pré-estabelecido pela

organização para as pessoas utilizarem seus talentos, com a liberdade ou restrições

para criatividade, inovação de processos e rigidez ou apoio ao comportamento

produtivo.

6.1 Fatores que inibem a criatividade

De acordo com Kuazaqui (2006), é comum a criatividade promover

mudança, alterações em processos são diretamente percebidos por seus executores

de modo a causar incomodo, assim o autor acredita que a organização no

recebimento desta informação pode inibir o funcionário nessa tentativa de renovação

do processo.

Excesso de normas, segundo Kuazaqui (2006), causa à inibição na

tentativa de mudança de um processo, classificadas como soluções alternativas,

Page 68: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

55

alterando a postura de seus funcionários em tentativa de resolver problemas.

Postura séria e contida, para demonstrar eficiência e confiança ao cliente,

em seu controle e policiamento do funcionário impossibilitando um ambiente propício

a mudança, que permita liberdade de criação.

Estrita obediência a números, com excesso de racionalidade, o autor

contrapõem esses números e estatísticas inibe também intuição e retornos que o

próprio funcionário tem do cliente, ou má análise dos dados causando miopias,

encaixando-se assim nos problemas de comunicação relacionados de retro-

alimentação da base de decisão.

O segmento total de processos, a partir da exigência de seguir um

processo a linha em todas suas repetições, a organização reduz o tráfego de

informações entre os funcionários diminuindo o conhecimento do processo como um

todo, assim dificultando a melhoria.

Obediência cega ao consenso, sempre penderá para o tradicional e

conservador, assim a maioria de soluções inovadoras que surgirem se tornaram um

risco que uma equipe conservadora não desejará enfrentar.

Cultura de segurança total, a mudança oferece riscos, assim com um

prejuízo pequeno e a decisão de assumir esse prejuízo ao tentar aumentar seus

lucros através de soluções criativas poderá criar um ambiente propício ao

comodismo.

6.2 Tomada de decisão

Kuazaqui (2006), descreve a tomada de decisão como uma árdua tarefa e

com riscos muito grandes, nesse processo em meio ao mercado com a crescente

concorrência e um cliente cada vez mais exigente, a criatividade se torna uma

grande ferramenta.

O nível de concorrência deverá aumentar no decorrer dos anos, devido

comercio internacional.

Conforme Drucker (2004), executivos eficazes não tomam muitas

decisões. Eles concentram-se no que é importante. Tentam tomar as poucas

Page 69: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

56

decisões importantes no nível mais alto do entendimento conceitual. Procuram

localizar o que é invariável em uma situação, pensar no que é estratégico e

genérico, em vez de resolver problemas. Não ficam, por este motivo,

excessivamente impressionados pela rapidez na tomada de decisões, ao contrario,

consideram a virtuosidade em manipular grandes números de variáreis, sintoma de

uma reflexão descuidada.

Executivos eficazes sabem quando uma decisão deve basear-se em

princípios e quando deve ser tomada pragmaticamente, conforme o mérito da

questão. Sabem que a etapa que mais consome tempo, no processo, não é a

tomada da decisão em si, mas coloca-las em prática, por esse motivo serão

descritas as etapas envolvidas no processo de tomada de decisão.

Classificar o problemas;

Definir o problema;

Especificar a resposta ao problema;

Decidir o que é certo, em vez do que é aceitável, de modo que atenda às

condições limite;

Incorporar à própria decisão a ação, para que ela seja comprida;

Testar a validade e a eficácia da decisão em relação ao rumo verdadeiro

dos acontecimentos.

Conforme Drucker (2004), o responsável pela tomada de decisões

eficazes pergunta: Esse é um sintoma de uma desordem fundamental um

acontecimento isolado? O que for genérico sempre precisa ser respondido por uma

regra, um principio.

Uma vez que um problema tenha sido classificado como genérico ou

único, é normalmente fácil de definir. Mas somente os verdadeiros tomadores de

decisão são eficazes estão atentos para o fato de que o perigo, nesta etapa, não é a

definição incorreta, é aquela definição plausível, mas incompleta.

O próximo elemento principal no processo de tomada de decisão é definir

claramente as especificações que a decisão tem de consumar. Quais são os

objetivos que a decisão tem de alcançar? Quais as metas mínimas que deve obter?

Quais são as condições que ele tem de satisfazer? Em ciência, essas condições são

Page 70: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

57

conhecidas como “condições-limites”. Uma decisão, para ser eficaz, precisa

satisfazer às condições-limites.

A decisão que não satisfaz às condições-limites é pior do que aquela que

define erroneamente o problema. É quase impossível salvar uma decisão que

começa com as premissas certas, mas não avança na direção das conclusões

corretas.

Decisões desse tipo são em geram chamadas “apostas”. Mas, na verdade,

elas provêm de algo muito menos racional que um jogo, isto é, uma esperança da

esperança de duas ou mais especificações evidentemente incompatíveis possam ser

satisfeitas simultaneamente. Isso é esperar um milagre, e o problema com milagres

não é o fato de eles acontecerem raramente, mais sim que eles são, infelizmente,

extraordinariamente inconstantes.

O executivo eficaz deve começar com o que é “correto” em vez do que é

aceitável, precisamente porque uma solução conciliatória é sempre necessária no

final. Mas se o que vai satisfazer às condições-limites não for conhecido, o tomador

de decisões não conseguirá distinguir a solução conciliatória correta, da solução

conciliatória errada, pode terminar fazendo o acordo errado.

O executivo competente sabe que há dois tipos de solução conciliatórias.

Umas delas é expressa no velho provérbio “Meio pão é melhor do que nenhum pão”.

A outra, na história do julgamento de Salomão, é claramente baseada na

constatação de que “Meio bebê é pior do que nenhum bebê”.

Converter a decisão em ação é o quinto mais importante elemento no

processo decisório. Se pensar a respeito das condições-limites é a etapa mais difícil

na tomada de decisões, converter a decisão em ação efetiva é comumente a tarefa

mais consome tempo.

Finalmente, a monitoração e a transmissão das informações têm de vir

embutidas na decisão para facilitar verificações contínuas, diante dos reais

acontecimentos, das expectativas que estão por trás das decisões, isto é chamado

de feedback.

A tomada de decisão é apenas uma das tarefas de um executivo.

Geralmente, consome uma pequena fração do seu tempo. Mas tomar as decisões

importantes é tarefa especifica dos executivos. Somente um executivo toma esse

Page 71: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

58

tipo de decisão.

Um executivo eficaz toma essas decisões como um processo sistemático

com elementos claramente definido e em uma seqüência de etapas distintas. Na

verdade, em virtude da posição ou do conhecimento, tomar decisões significativas e

de impacto positivo na organização como um todo, no seu desempenho e em seus

resultados, caracteriza o executivo eficaz.

6.3 Inovação

Segundo Kuazaqui (2006):

Inovação no pensar e Agir: desenvolvimento de novas percepções quanto ao mundo em

que se vive, percebendo, de maneira diferente, a própria percepção do mundo que é

vivido. Dessa forma, diferentes paradigmas podem ser quebrados ou mesmo melhorados

e, conseqüentemente, mudanças e transformações realizadas.

E de acordo com Braga e Monteiro (2005), a inovação nas organizações

não advém somente de idéias individuais, mas sim, do monitoramento das

oportunidades de mercado, utilizando do conhecimento organizacional e

aprimorando suas formas de agregar valor ao cliente.

Nas Instituições de Ensino, pode se atribuir esse valor da inovação por

metodologias, didáticas, estruturas, que deve ser visível ao cliente, no caso aluno.

De acordo com Kuazaqui (2006), melhoria continua é buscar a melhor

qualidade, que pode ser visto nos índices de qualidade e seus indicadores; a

inovação é a quebra de paradigmas estabelecendo outros referenciais; e criatividade

representa a capacidade de fazer diferente e melhor. O autor defende serem

características do individuo e que cabe a organização a capacidade de interagir com

essas qualidades.

Page 72: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

59

6.4 Profissionais

Para Cruz (2002), antigamente existiam dois tipos de profissionais

responsáveis por mecanizar as atividades exercidas dentro da empresa, eram:

analista de sistemas e analista de O&M (organização e métodos), os dois

procuravam a mesma finalidade porém, a forma de atingir esses objetivos é que

gerava muitas controvérsias

Analista de organizações e métodos, Era o tipo de profissional que

normalmente não enxergava o problema como um todo, ele era recrutado

internamente, (o que não é um problema se considerar que quando isso

acontecesse, se sua forma de enxergar o processo não estivesse engessada com o

passar do tempo) e isso fazia com que sua visão fosse limitada pela falta de

conhecimento prático ou teórico, e isso poderia resultar em apenas mais formulários

do que a reestruturação do processo inteiro.

Após a verificação da necessidade de melhora, a evolução aconteceu e o

analista de organização e métodos se tornou o: Analista de Processos.

O analista de processos tinha o conhecimento mais abrangente e a visão

do processo ampliada em relação ao seu antecessor.

Acreditava-se que O&M tinha desaparecido, sendo que teve o seu

conceito atualizado para “Analista de Processos”, com isso Cruz (2002) afirma que

houve a criação de novos tipos de profissionais: analista de negócios, analista de

processos e analista de sistemas.

Analista de negócios, está sempre em contato com o mercado

consumidor, são aqueles que visualizam as oportunidades, criam produtos e

analisam as tendências.

Analista de processos, é a pessoa que verifica como anda os processos

da organização, é ele que determina a importância das atividades da empresa e está

diretamente ligado ao controle das melhorias que a empresa poderá efetuar.

Analista de sistemas, este profissional aparentemente continua exercendo

as mesmas funções que antigamente, definindo o sistema a ser implantado,

Page 73: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

60

escrever programas ou parte deles. Esses serviços dependiam diretamente da

plataforma que eles usavam. Atualmente este cenário mudou bastante devido a

revolução tecnológica que vem acontecendo e isso fez com que os mainframes

caíssem em desuso, o que resultou na grande quantidade de profissionais que

tiveram que se atualizar ou fatalmente perderam seus empregos.

Era um profissional extremamente requisitado, em épocas onde só

existiam mainframes, e a ligação entre as pessoas com os computadores eram eles

que a exerciam e por isso, eram tão requisitados.

Cruz (2002) afirma que as pessoas da organização dependiam deles para

que seus processos fossem automatizados e para que isso acontecesse teriam que

aceitar as condições impostas pelo analista de sistema. Isso os fazia apenas impor

conceitos e gerando muitos problemas de aceitação com os usuários, eles criavam

programas que não tinham o usuário final como objetivo, sempre partiam do

pressuposto de que o usuário não conhecia nada sobre computadores e por isso

criavam processos que nem sempre era útil ao cliente.

Depois da criação do microcomputador isso mudou a liberdade de

interação com o computador aumentou e continuará aumentando cada vez mais.

Page 74: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

61

7 CONCLUSÃO

Segundo as hipóteses levantadas por esse estudo:

a) Com o investimento no Capital Intelectual, é gerada maturidade

suficiente para que o colaborador possa criar novos, ou melhorar processos da

organização;

Constatou-se que a autonomia dos colaboradores conduzidas pelas duas

diretorias, administrativa e acadêmica, seguem uma hierarquia clara, e existem

reuniões periódicas, onde são debatidos temas relacionados ao desempenho dos

processos administrativos e acadêmicos entre os funcionários para as melhorias a

serem realizadas, não somente em relação a processos, mas com visão geral, estas

reuniões tem grande impacto no gerenciamento do negócio alterando

significativamente as ações de gestão.

b) Uma nova estrutura organizacional mais flexível com melhores

benefícios incentiva a execução com maior satisfação aumentando o desempenho;

Outro parâmetro de avaliação é através de um questionário de avaliação,

onde os funcionários podem avaliar a forma que está sendo conduzida a

administração da Faculdade Módulo. Isso faz com que todos saibam que a empresa

possui um sistema de melhoria em seus processos, podendo assim indicar os

principais aprimoramentos que poderão ser feitos, (ato que facilita a criação de

melhorias em qualquer processo) caso seja encontradas suas reais necessidades ou

seja interpretado pelas métricas da instituição como urgentes.

Este questionário, de avaliação, chamado de QI, também é utilizado

perante ao ambiente externo, sendo realizado com os alunos (cliente) da Faculdade

Módulo, estas métricas tem repercussão na prestação de serviço avaliando as

diversas variáveis relacionadas, mantendo assim um relacionamento constante com

o mercado, consequentemente a Faculdade Módulo acaba se sujeitando as

mudanças no ambiente interno para poder acompanhar as necessidades que o

mercado exige, tornando-a uma instituição dinâmica.

Page 75: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

62

c) Treinando a equipe de comando para adquirirem técnicas na

disseminação do conhecimento aos seus liderados com maior homogeneidade.

O capital intelectual formado dentro da organização recebe diversos

incentivos para melhoria. Através do questionário de avaliação, o corpo

administrativo quanto o acadêmico acaba sendo treinado e direcionado, para poder

acompanhar as melhorias apontadas. Apesar do plano de carreiras estar nos pontos

de melhoria a serem implantados, a instituição procura incentivar o aprimoramento

de seus professores e colaboradores, oferecendo também o incentivo do banco de

talentos, que utiliza formas próprias de quantificar a base de conhecimento do

colaborador e utilizá-lo sempre que necessário para o melhor desenvolver seus

processos.

Ainda existe a característica de que a Faculdade Módulo foi criada dentro

de uma estrutura madura, com a base de conhecimento trazido pela FIAP, empresa

do grupo, sedo que as maiores dificuldades administrativas em torno de seus

processos já haviam sido revistos no planejamento inicial e na própria cultura da

instituição.

Os processos administrativos estão acessíveis aos colaboradores sendo

atualizados sempre que necessário, utilizando assim as rotinas para re-estudo por

parte do colaborador. Um método dinâmico que através de um sistema eficiente de

feedback consegue verificar quais são os pontos críticos a serem tratados, desta

forma a administração consegue priorizar esses pontos, e ao mesmo tempo

acompanhando para que esse mesmo ponto crítico não sofra diferenças bruscas em

relação a solução adotada primordialmente.

Devido a essa agilidade na mudança da rotina, não é possível criar um

sistema complexo de documentação de processos, essa documentação pode

atrasar a forma de gerenciar as mudanças a serem feitas, porém a Faculdade

Módulo Paulista não deixa de documentar seus processos administrativos, para isso

ela utiliza meios informais de documentar esses processos.

Conclui-se que as três hipóteses são verdadeiras e utilizadas pela

Faculdade Módulo Paulista. Cada ponto tem sido abordado de acordo com a

necessidade reconhecida pela gestão.

Page 76: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

63

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contínua, disponível em: < http://oglobo.globo.com/blogs/wagner/post.asp?cod

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UNICAMP, entrevista sobre inovação publicada em 20 de Janeiro de 2005,

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UNICAMP, Edital de auditoria interna, disponível em:

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UNICAMP, Artigo sobre a qualidade dos procedimentos administrativos, disponível

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UNIVERSIDADE SÃO MARCOS, Informativo do curso de especialização em gestão

de pessoas, disponível em: http://www.smarcos.br/novoportal/index.php?

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USP, APA aperfeiçoamento dos processos administrativos, disponível em:

<http://www.poli.usp.br/Organizacao/APA/> acesso em: 16/09/2007

WIKIPEDIA, Enciclopédia virtual, disponível em: <http://pt.wikipedia.org/

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Page 81: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

68

APÊNDICE

Questionário usado na pesquisa:

1) Em sua opinião com o crescimento da Faculdade Módulo Paulista

(FMP) houve estagnação ou falta de revisão nos processos administrativos /

produtivos? Por quê?

2) Existem avaliações de qualidade nos serviços prestados pela FMP?

Internos e Externos? Quais as repercussões e que caminhos seguem os planos de

ação?

3) Quais os fatores, em sua opinião, trazem melhorias nos resultados da

FMP? Tanto Áreas Acadêmicas quanto Administrativas.

4) Quais os níveis de aplicação destes fatores dentro da FMP?

5) Existem investimentos específicos para os colaboradores destas

áreas? Ex. Treinamentos, recompensas e/ou reconhecimentos. E quais critérios são

utilizados?

6) Qual a o nível de documentação dos processos administrativos?

Estão disponíveis aos colaboradores? Existem avaliações destes processos? Qual a

participação dos colaboradores nesta elaboração?

7) Qual é a Missão, Visão e Valores da FMP?

Page 82: Trabalho de Conclusão de Curso - Rafael Moreira

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GLOSSÁRIO

Qualidade: É a totalidade de características de uma entidade que lhe

confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas.

Organização: Associação ou instituição com objetivos definidos

Sistema: Disposição das partes ou dos elementos de um todo,

coordenados entre si, e que funcionam com estrutura organizada.

Atividade: Qualquer ação ou trabalho específico.

Processo: Maneira pela qual se realiza uma operação segundo

determinadas normas.

Eficácia: Está relacionada ao cumprimento dos objetivos traçados, e está

associada ao conceito de fazer coisa certa.

Eficiência: A melhor forma de atingi-los seus objetivos.

Benchmarking: Marco, ponto de referência.

Mutualismo: É a interação entre duas espécies que se beneficiam

reciprocamente, o que pode acontecer em várias modalidades.

Simbiose: É uma relação mutuamente vantajosa entre dois ou mais

organismos vivos de espécies diferentes.