80
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CEILÂNDIA CURSO DE FARMÁCIA Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa Análise de aspectos epidemiológicos e clínicos e caracterização de genes de resistência das Enterobactérias produtoras de carbapenemases em um hospital do Distrito Federal CEILÂNDIA, DF 2014

Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

FACULDADE DE CEILAcircNDIA

CURSO DE FARMAacuteCIA

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de genes de

resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases em um

hospital do Distrito Federal

CEILAcircNDIA DF

2014

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases em

um hospital do Distrito Federal

Monografia de Conclusatildeo de Curso

apresentada como requisito parcial

para obtenccedilatildeo do grau de Bacharel

em Farmaacutecia na Universidade de

Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia

Orientadora Profa DraMargocirc Gomes de Oliveira Karnikowski

Co-orientadora Profa Dra Izabel Cristina Rodrigues da Silva

CEILAcircNDIA DF

2014

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases em

um hospital do Distrito Federal

Orientadora Profa Dr Margocirc Gomes de Oliveira Karnikowski

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

Co-orientadora Profa Dr Izabel Cristina Rodrigues da Silva

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

CEILAcircNDIA DF

2014

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapemases em um

hospital do Distrito Federal

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Orientadora Profa Dr Margocirc Gomes de Oliveira Karnikovski

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

_______________________________________

Profa MSc Micheline Marie Milward de Azevedo Meiners

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

_______________________________________

Prof MSc Daniel Oliveira Freire

(LS Faculdade LS)

CEILAcircNDIA DF

2014

AGRADECIMENTOS

Primeiramente aacute Deus autor da vida que me concedeu a graccedila e a benccedilatildeo

de ter conquistado este sonho da graduaccedilatildeo

Agrave minha amada famiacutelia principalmente meus pais Elias Amorim e Liliana

Correa irmatildeo Thales Correa e avoacute Herondina por serem a minha base meu

refuacutegio em todos os momentos e acreditarem em mim

Agrave minha grande amiga de graduaccedilatildeo Susan Suellen por partilhar dos meus

medos alegrias vitoacuterias angustias e em todos os momentos ser meu braccedilo direito

Ao meu amor Robson Bastos que mais que um noivo foi meu amigo e

companheiro me apoiando e me incentivando

Agrave minha querida orientadora DraMargocirc Gomes e querida co-orientadora Dra

Izabel Cristina por acreditarem em mim me dando a oportunidade de trabalhar com

elas Aleacutem do apoio ensino e dedicaccedilatildeo

Agrave todos os professores (as) da Universidade de Brasiacutelia- Faculdade de

Ceilacircndia pelo ensino e pela contribuiccedilatildeo na minha formaccedilatildeo acadecircmica

Agrave MSc Fabiana Cartaxo pela ajuda e apoio aleacutem da prontidatildeo quando

solicitada a sua ajuda

Ao professor mestre Daniel Oliveira e a teacutecnica de laboratoacuterio Thais Mendes

pela ajuda laboratorial contribuindo para a realizaccedilatildeo de um bom trabalho

RESUMO

Introduccedilatildeo A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima

produzida por bacteacuterias gram-negativas (enterobacteacuterias) que confere resistecircncia

aos antimicrobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Esta resistecircncia eacute uma das principais causas de falha terapecircutica devido agrave

produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) por esta bacteacuteria

mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de amplo

espectro A identificaccedilatildeo destas enterobacteacuterias pode ser feita atraveacutes de teacutecnicas

de identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos dentre elas a Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR) que consiste na anaacutelise do padratildeo de amplificaccedilatildeo de elementos

repetidos encontrados no genoma bacteriano permitindo uma maior rapidez na

obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com outros meacutetodos aleacutem de

apresentar alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo dependendo

da aplicaccedilatildeo da teacutecnica natildeo enfrenta problemas com a degradaccedilatildeo do DNA

Objetivo Caracterizar genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos de pacientes internados em

um hospital puacuteblico do Distrito Federal Materiais e meacutetodos Estudo transversal

onde foi realizado o teste de susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

Carbapenecircmicos a partir dos materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes

internados no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) Anaacutelise molecular dos genes

16S rRNA e blaKPC utilizando PCR aleacutem de anaacutelises estatiacutesticas Resultados e

discussatildeo Detectou-se a regiatildeo ribossomal e o gene de resistecircncia testado

confirmando a resistecircncia microbiana Maior prevalecircncia de pacientes do sexo

masculino (53) desfecho cliacutenico de oacutebito(59) siacutetio de infecccedilatildeo de swab retal

(47) Klebsiella pneumoniae foi microrganismo mais encontrado (82) Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica entre as variaacuteveis e o desfecho cliacutenico (p foi gt 005)

Conclusatildeo Atraveacutes da caracterizaccedilatildeo molecular dos genes de resistecircncia blaKPC

e Universal confirmou-se a presenccedila de Klebsiella pneumoniae resistente aos

carbapenecircmicos Os valores de p natildeo foram significativos (lt005) sendo

assimnenhuma das variaveacuteis estudadas foram o principal motivo do desfecho

cliacutenico (alta ou oacutebito)

Palavras chaves Klebsiella pneumoniae carbapenemase Resistecircncia bacteriana a

antimicrobianos β-lactamases de espectro estendido (ESBL) Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR)

ABSTRACT

Introduction Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) is an enzyme produced

by gram - negative bacteria (Enterobacteriaceae) which confers resistance to

carbapenem antibiotics meropenen ertapenen imipenem class widely used in the

treatment of infections involving Enterobacteriaceae This resistance is a major

cause of treatment failure due to beta-lactamases production of extended spectrum

(ESBL) by this bacterium most commonly resistance to beta-lactam antibiotics of

wide spectrum engine The identification of these Enterobacteriaceae can be made

by techniques of molecular identification of pathogens among them the Polymerase

Chain Reaction (PCR) which consists in the analysis of the amplification pattern of

repeated elements found in the bacterial genome allowing faster in getting results

when compared with other methods in addition to presenting high reliability simple

implementation and deployment depending on the application of the technique has

no trouble with the degradation of DNA Objective To characterize the resistance

genes of Enterobacteriaceae producing carbapenemases and epidemiological and

clinical features of patients admitted to a public hospital in the Federal District

aspects Materials and methods Cross-sectional study where susceptibility testing

of Enterobacteriaceae to antibiotics Carbapenems from biological materials collected

from patients admitted to the Hospital Regional da Asa Norte ( HRAN ) was

performed Molecular analysis of 16S rRNA genes and blaKPC using PCR in

addition to statistical analysis Results and Discussion Was detected region and

the ribosomal tested resistance gene confirming the microbial resistance Higher

prevalence of male patients (53 ) clinical outcome of death (59 ) site of infection

rectal swabs (47 ) Klebsiella pneumoniae was found more microorganism (82)

There was no statistical difference between the variables and the clinical outcome (p

was gt 005) Conclusion Through molecular characterization of genes and the

Universal blaKPC resistance confirmed the presence of Klebsiella pneumoniae

resistant to carbapenems P values were not significant (lt 005) so none of the

variables studied were the main reason the clinical outcome (discharge or death)

Keywords Klebsiella pneumoniae Carbapenemase Bacterial resistance to

antibiotics Extended-Spectrumβ-lactamases (ESBL) Polimerase Chain Reaction

(PCR)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 2: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases em

um hospital do Distrito Federal

Monografia de Conclusatildeo de Curso

apresentada como requisito parcial

para obtenccedilatildeo do grau de Bacharel

em Farmaacutecia na Universidade de

Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia

Orientadora Profa DraMargocirc Gomes de Oliveira Karnikowski

Co-orientadora Profa Dra Izabel Cristina Rodrigues da Silva

CEILAcircNDIA DF

2014

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases em

um hospital do Distrito Federal

Orientadora Profa Dr Margocirc Gomes de Oliveira Karnikowski

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

Co-orientadora Profa Dr Izabel Cristina Rodrigues da Silva

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

CEILAcircNDIA DF

2014

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapemases em um

hospital do Distrito Federal

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Orientadora Profa Dr Margocirc Gomes de Oliveira Karnikovski

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

_______________________________________

Profa MSc Micheline Marie Milward de Azevedo Meiners

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

_______________________________________

Prof MSc Daniel Oliveira Freire

(LS Faculdade LS)

CEILAcircNDIA DF

2014

AGRADECIMENTOS

Primeiramente aacute Deus autor da vida que me concedeu a graccedila e a benccedilatildeo

de ter conquistado este sonho da graduaccedilatildeo

Agrave minha amada famiacutelia principalmente meus pais Elias Amorim e Liliana

Correa irmatildeo Thales Correa e avoacute Herondina por serem a minha base meu

refuacutegio em todos os momentos e acreditarem em mim

Agrave minha grande amiga de graduaccedilatildeo Susan Suellen por partilhar dos meus

medos alegrias vitoacuterias angustias e em todos os momentos ser meu braccedilo direito

Ao meu amor Robson Bastos que mais que um noivo foi meu amigo e

companheiro me apoiando e me incentivando

Agrave minha querida orientadora DraMargocirc Gomes e querida co-orientadora Dra

Izabel Cristina por acreditarem em mim me dando a oportunidade de trabalhar com

elas Aleacutem do apoio ensino e dedicaccedilatildeo

Agrave todos os professores (as) da Universidade de Brasiacutelia- Faculdade de

Ceilacircndia pelo ensino e pela contribuiccedilatildeo na minha formaccedilatildeo acadecircmica

Agrave MSc Fabiana Cartaxo pela ajuda e apoio aleacutem da prontidatildeo quando

solicitada a sua ajuda

Ao professor mestre Daniel Oliveira e a teacutecnica de laboratoacuterio Thais Mendes

pela ajuda laboratorial contribuindo para a realizaccedilatildeo de um bom trabalho

RESUMO

Introduccedilatildeo A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima

produzida por bacteacuterias gram-negativas (enterobacteacuterias) que confere resistecircncia

aos antimicrobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Esta resistecircncia eacute uma das principais causas de falha terapecircutica devido agrave

produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) por esta bacteacuteria

mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de amplo

espectro A identificaccedilatildeo destas enterobacteacuterias pode ser feita atraveacutes de teacutecnicas

de identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos dentre elas a Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR) que consiste na anaacutelise do padratildeo de amplificaccedilatildeo de elementos

repetidos encontrados no genoma bacteriano permitindo uma maior rapidez na

obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com outros meacutetodos aleacutem de

apresentar alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo dependendo

da aplicaccedilatildeo da teacutecnica natildeo enfrenta problemas com a degradaccedilatildeo do DNA

Objetivo Caracterizar genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos de pacientes internados em

um hospital puacuteblico do Distrito Federal Materiais e meacutetodos Estudo transversal

onde foi realizado o teste de susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

Carbapenecircmicos a partir dos materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes

internados no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) Anaacutelise molecular dos genes

16S rRNA e blaKPC utilizando PCR aleacutem de anaacutelises estatiacutesticas Resultados e

discussatildeo Detectou-se a regiatildeo ribossomal e o gene de resistecircncia testado

confirmando a resistecircncia microbiana Maior prevalecircncia de pacientes do sexo

masculino (53) desfecho cliacutenico de oacutebito(59) siacutetio de infecccedilatildeo de swab retal

(47) Klebsiella pneumoniae foi microrganismo mais encontrado (82) Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica entre as variaacuteveis e o desfecho cliacutenico (p foi gt 005)

Conclusatildeo Atraveacutes da caracterizaccedilatildeo molecular dos genes de resistecircncia blaKPC

e Universal confirmou-se a presenccedila de Klebsiella pneumoniae resistente aos

carbapenecircmicos Os valores de p natildeo foram significativos (lt005) sendo

assimnenhuma das variaveacuteis estudadas foram o principal motivo do desfecho

cliacutenico (alta ou oacutebito)

Palavras chaves Klebsiella pneumoniae carbapenemase Resistecircncia bacteriana a

antimicrobianos β-lactamases de espectro estendido (ESBL) Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR)

ABSTRACT

Introduction Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) is an enzyme produced

by gram - negative bacteria (Enterobacteriaceae) which confers resistance to

carbapenem antibiotics meropenen ertapenen imipenem class widely used in the

treatment of infections involving Enterobacteriaceae This resistance is a major

cause of treatment failure due to beta-lactamases production of extended spectrum

(ESBL) by this bacterium most commonly resistance to beta-lactam antibiotics of

wide spectrum engine The identification of these Enterobacteriaceae can be made

by techniques of molecular identification of pathogens among them the Polymerase

Chain Reaction (PCR) which consists in the analysis of the amplification pattern of

repeated elements found in the bacterial genome allowing faster in getting results

when compared with other methods in addition to presenting high reliability simple

implementation and deployment depending on the application of the technique has

no trouble with the degradation of DNA Objective To characterize the resistance

genes of Enterobacteriaceae producing carbapenemases and epidemiological and

clinical features of patients admitted to a public hospital in the Federal District

aspects Materials and methods Cross-sectional study where susceptibility testing

of Enterobacteriaceae to antibiotics Carbapenems from biological materials collected

from patients admitted to the Hospital Regional da Asa Norte ( HRAN ) was

performed Molecular analysis of 16S rRNA genes and blaKPC using PCR in

addition to statistical analysis Results and Discussion Was detected region and

the ribosomal tested resistance gene confirming the microbial resistance Higher

prevalence of male patients (53 ) clinical outcome of death (59 ) site of infection

rectal swabs (47 ) Klebsiella pneumoniae was found more microorganism (82)

There was no statistical difference between the variables and the clinical outcome (p

was gt 005) Conclusion Through molecular characterization of genes and the

Universal blaKPC resistance confirmed the presence of Klebsiella pneumoniae

resistant to carbapenems P values were not significant (lt 005) so none of the

variables studied were the main reason the clinical outcome (discharge or death)

Keywords Klebsiella pneumoniae Carbapenemase Bacterial resistance to

antibiotics Extended-Spectrumβ-lactamases (ESBL) Polimerase Chain Reaction

(PCR)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 3: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases em

um hospital do Distrito Federal

Orientadora Profa Dr Margocirc Gomes de Oliveira Karnikowski

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

Co-orientadora Profa Dr Izabel Cristina Rodrigues da Silva

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

CEILAcircNDIA DF

2014

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapemases em um

hospital do Distrito Federal

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Orientadora Profa Dr Margocirc Gomes de Oliveira Karnikovski

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

_______________________________________

Profa MSc Micheline Marie Milward de Azevedo Meiners

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

_______________________________________

Prof MSc Daniel Oliveira Freire

(LS Faculdade LS)

CEILAcircNDIA DF

2014

AGRADECIMENTOS

Primeiramente aacute Deus autor da vida que me concedeu a graccedila e a benccedilatildeo

de ter conquistado este sonho da graduaccedilatildeo

Agrave minha amada famiacutelia principalmente meus pais Elias Amorim e Liliana

Correa irmatildeo Thales Correa e avoacute Herondina por serem a minha base meu

refuacutegio em todos os momentos e acreditarem em mim

Agrave minha grande amiga de graduaccedilatildeo Susan Suellen por partilhar dos meus

medos alegrias vitoacuterias angustias e em todos os momentos ser meu braccedilo direito

Ao meu amor Robson Bastos que mais que um noivo foi meu amigo e

companheiro me apoiando e me incentivando

Agrave minha querida orientadora DraMargocirc Gomes e querida co-orientadora Dra

Izabel Cristina por acreditarem em mim me dando a oportunidade de trabalhar com

elas Aleacutem do apoio ensino e dedicaccedilatildeo

Agrave todos os professores (as) da Universidade de Brasiacutelia- Faculdade de

Ceilacircndia pelo ensino e pela contribuiccedilatildeo na minha formaccedilatildeo acadecircmica

Agrave MSc Fabiana Cartaxo pela ajuda e apoio aleacutem da prontidatildeo quando

solicitada a sua ajuda

Ao professor mestre Daniel Oliveira e a teacutecnica de laboratoacuterio Thais Mendes

pela ajuda laboratorial contribuindo para a realizaccedilatildeo de um bom trabalho

RESUMO

Introduccedilatildeo A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima

produzida por bacteacuterias gram-negativas (enterobacteacuterias) que confere resistecircncia

aos antimicrobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Esta resistecircncia eacute uma das principais causas de falha terapecircutica devido agrave

produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) por esta bacteacuteria

mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de amplo

espectro A identificaccedilatildeo destas enterobacteacuterias pode ser feita atraveacutes de teacutecnicas

de identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos dentre elas a Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR) que consiste na anaacutelise do padratildeo de amplificaccedilatildeo de elementos

repetidos encontrados no genoma bacteriano permitindo uma maior rapidez na

obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com outros meacutetodos aleacutem de

apresentar alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo dependendo

da aplicaccedilatildeo da teacutecnica natildeo enfrenta problemas com a degradaccedilatildeo do DNA

Objetivo Caracterizar genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos de pacientes internados em

um hospital puacuteblico do Distrito Federal Materiais e meacutetodos Estudo transversal

onde foi realizado o teste de susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

Carbapenecircmicos a partir dos materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes

internados no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) Anaacutelise molecular dos genes

16S rRNA e blaKPC utilizando PCR aleacutem de anaacutelises estatiacutesticas Resultados e

discussatildeo Detectou-se a regiatildeo ribossomal e o gene de resistecircncia testado

confirmando a resistecircncia microbiana Maior prevalecircncia de pacientes do sexo

masculino (53) desfecho cliacutenico de oacutebito(59) siacutetio de infecccedilatildeo de swab retal

(47) Klebsiella pneumoniae foi microrganismo mais encontrado (82) Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica entre as variaacuteveis e o desfecho cliacutenico (p foi gt 005)

Conclusatildeo Atraveacutes da caracterizaccedilatildeo molecular dos genes de resistecircncia blaKPC

e Universal confirmou-se a presenccedila de Klebsiella pneumoniae resistente aos

carbapenecircmicos Os valores de p natildeo foram significativos (lt005) sendo

assimnenhuma das variaveacuteis estudadas foram o principal motivo do desfecho

cliacutenico (alta ou oacutebito)

Palavras chaves Klebsiella pneumoniae carbapenemase Resistecircncia bacteriana a

antimicrobianos β-lactamases de espectro estendido (ESBL) Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR)

ABSTRACT

Introduction Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) is an enzyme produced

by gram - negative bacteria (Enterobacteriaceae) which confers resistance to

carbapenem antibiotics meropenen ertapenen imipenem class widely used in the

treatment of infections involving Enterobacteriaceae This resistance is a major

cause of treatment failure due to beta-lactamases production of extended spectrum

(ESBL) by this bacterium most commonly resistance to beta-lactam antibiotics of

wide spectrum engine The identification of these Enterobacteriaceae can be made

by techniques of molecular identification of pathogens among them the Polymerase

Chain Reaction (PCR) which consists in the analysis of the amplification pattern of

repeated elements found in the bacterial genome allowing faster in getting results

when compared with other methods in addition to presenting high reliability simple

implementation and deployment depending on the application of the technique has

no trouble with the degradation of DNA Objective To characterize the resistance

genes of Enterobacteriaceae producing carbapenemases and epidemiological and

clinical features of patients admitted to a public hospital in the Federal District

aspects Materials and methods Cross-sectional study where susceptibility testing

of Enterobacteriaceae to antibiotics Carbapenems from biological materials collected

from patients admitted to the Hospital Regional da Asa Norte ( HRAN ) was

performed Molecular analysis of 16S rRNA genes and blaKPC using PCR in

addition to statistical analysis Results and Discussion Was detected region and

the ribosomal tested resistance gene confirming the microbial resistance Higher

prevalence of male patients (53 ) clinical outcome of death (59 ) site of infection

rectal swabs (47 ) Klebsiella pneumoniae was found more microorganism (82)

There was no statistical difference between the variables and the clinical outcome (p

was gt 005) Conclusion Through molecular characterization of genes and the

Universal blaKPC resistance confirmed the presence of Klebsiella pneumoniae

resistant to carbapenems P values were not significant (lt 005) so none of the

variables studied were the main reason the clinical outcome (discharge or death)

Keywords Klebsiella pneumoniae Carbapenemase Bacterial resistance to

antibiotics Extended-Spectrumβ-lactamases (ESBL) Polimerase Chain Reaction

(PCR)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 4: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

Tawana Correa Rodrigues Amorim Rosa

Anaacutelise de aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos e caracterizaccedilatildeo de

genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de carbapemases em um

hospital do Distrito Federal

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Orientadora Profa Dr Margocirc Gomes de Oliveira Karnikovski

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

_______________________________________

Profa MSc Micheline Marie Milward de Azevedo Meiners

(FCe Universidade de Brasiacutelia)

_______________________________________

Prof MSc Daniel Oliveira Freire

(LS Faculdade LS)

CEILAcircNDIA DF

2014

AGRADECIMENTOS

Primeiramente aacute Deus autor da vida que me concedeu a graccedila e a benccedilatildeo

de ter conquistado este sonho da graduaccedilatildeo

Agrave minha amada famiacutelia principalmente meus pais Elias Amorim e Liliana

Correa irmatildeo Thales Correa e avoacute Herondina por serem a minha base meu

refuacutegio em todos os momentos e acreditarem em mim

Agrave minha grande amiga de graduaccedilatildeo Susan Suellen por partilhar dos meus

medos alegrias vitoacuterias angustias e em todos os momentos ser meu braccedilo direito

Ao meu amor Robson Bastos que mais que um noivo foi meu amigo e

companheiro me apoiando e me incentivando

Agrave minha querida orientadora DraMargocirc Gomes e querida co-orientadora Dra

Izabel Cristina por acreditarem em mim me dando a oportunidade de trabalhar com

elas Aleacutem do apoio ensino e dedicaccedilatildeo

Agrave todos os professores (as) da Universidade de Brasiacutelia- Faculdade de

Ceilacircndia pelo ensino e pela contribuiccedilatildeo na minha formaccedilatildeo acadecircmica

Agrave MSc Fabiana Cartaxo pela ajuda e apoio aleacutem da prontidatildeo quando

solicitada a sua ajuda

Ao professor mestre Daniel Oliveira e a teacutecnica de laboratoacuterio Thais Mendes

pela ajuda laboratorial contribuindo para a realizaccedilatildeo de um bom trabalho

RESUMO

Introduccedilatildeo A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima

produzida por bacteacuterias gram-negativas (enterobacteacuterias) que confere resistecircncia

aos antimicrobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Esta resistecircncia eacute uma das principais causas de falha terapecircutica devido agrave

produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) por esta bacteacuteria

mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de amplo

espectro A identificaccedilatildeo destas enterobacteacuterias pode ser feita atraveacutes de teacutecnicas

de identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos dentre elas a Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR) que consiste na anaacutelise do padratildeo de amplificaccedilatildeo de elementos

repetidos encontrados no genoma bacteriano permitindo uma maior rapidez na

obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com outros meacutetodos aleacutem de

apresentar alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo dependendo

da aplicaccedilatildeo da teacutecnica natildeo enfrenta problemas com a degradaccedilatildeo do DNA

Objetivo Caracterizar genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos de pacientes internados em

um hospital puacuteblico do Distrito Federal Materiais e meacutetodos Estudo transversal

onde foi realizado o teste de susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

Carbapenecircmicos a partir dos materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes

internados no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) Anaacutelise molecular dos genes

16S rRNA e blaKPC utilizando PCR aleacutem de anaacutelises estatiacutesticas Resultados e

discussatildeo Detectou-se a regiatildeo ribossomal e o gene de resistecircncia testado

confirmando a resistecircncia microbiana Maior prevalecircncia de pacientes do sexo

masculino (53) desfecho cliacutenico de oacutebito(59) siacutetio de infecccedilatildeo de swab retal

(47) Klebsiella pneumoniae foi microrganismo mais encontrado (82) Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica entre as variaacuteveis e o desfecho cliacutenico (p foi gt 005)

Conclusatildeo Atraveacutes da caracterizaccedilatildeo molecular dos genes de resistecircncia blaKPC

e Universal confirmou-se a presenccedila de Klebsiella pneumoniae resistente aos

carbapenecircmicos Os valores de p natildeo foram significativos (lt005) sendo

assimnenhuma das variaveacuteis estudadas foram o principal motivo do desfecho

cliacutenico (alta ou oacutebito)

Palavras chaves Klebsiella pneumoniae carbapenemase Resistecircncia bacteriana a

antimicrobianos β-lactamases de espectro estendido (ESBL) Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR)

ABSTRACT

Introduction Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) is an enzyme produced

by gram - negative bacteria (Enterobacteriaceae) which confers resistance to

carbapenem antibiotics meropenen ertapenen imipenem class widely used in the

treatment of infections involving Enterobacteriaceae This resistance is a major

cause of treatment failure due to beta-lactamases production of extended spectrum

(ESBL) by this bacterium most commonly resistance to beta-lactam antibiotics of

wide spectrum engine The identification of these Enterobacteriaceae can be made

by techniques of molecular identification of pathogens among them the Polymerase

Chain Reaction (PCR) which consists in the analysis of the amplification pattern of

repeated elements found in the bacterial genome allowing faster in getting results

when compared with other methods in addition to presenting high reliability simple

implementation and deployment depending on the application of the technique has

no trouble with the degradation of DNA Objective To characterize the resistance

genes of Enterobacteriaceae producing carbapenemases and epidemiological and

clinical features of patients admitted to a public hospital in the Federal District

aspects Materials and methods Cross-sectional study where susceptibility testing

of Enterobacteriaceae to antibiotics Carbapenems from biological materials collected

from patients admitted to the Hospital Regional da Asa Norte ( HRAN ) was

performed Molecular analysis of 16S rRNA genes and blaKPC using PCR in

addition to statistical analysis Results and Discussion Was detected region and

the ribosomal tested resistance gene confirming the microbial resistance Higher

prevalence of male patients (53 ) clinical outcome of death (59 ) site of infection

rectal swabs (47 ) Klebsiella pneumoniae was found more microorganism (82)

There was no statistical difference between the variables and the clinical outcome (p

was gt 005) Conclusion Through molecular characterization of genes and the

Universal blaKPC resistance confirmed the presence of Klebsiella pneumoniae

resistant to carbapenems P values were not significant (lt 005) so none of the

variables studied were the main reason the clinical outcome (discharge or death)

Keywords Klebsiella pneumoniae Carbapenemase Bacterial resistance to

antibiotics Extended-Spectrumβ-lactamases (ESBL) Polimerase Chain Reaction

(PCR)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 5: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

AGRADECIMENTOS

Primeiramente aacute Deus autor da vida que me concedeu a graccedila e a benccedilatildeo

de ter conquistado este sonho da graduaccedilatildeo

Agrave minha amada famiacutelia principalmente meus pais Elias Amorim e Liliana

Correa irmatildeo Thales Correa e avoacute Herondina por serem a minha base meu

refuacutegio em todos os momentos e acreditarem em mim

Agrave minha grande amiga de graduaccedilatildeo Susan Suellen por partilhar dos meus

medos alegrias vitoacuterias angustias e em todos os momentos ser meu braccedilo direito

Ao meu amor Robson Bastos que mais que um noivo foi meu amigo e

companheiro me apoiando e me incentivando

Agrave minha querida orientadora DraMargocirc Gomes e querida co-orientadora Dra

Izabel Cristina por acreditarem em mim me dando a oportunidade de trabalhar com

elas Aleacutem do apoio ensino e dedicaccedilatildeo

Agrave todos os professores (as) da Universidade de Brasiacutelia- Faculdade de

Ceilacircndia pelo ensino e pela contribuiccedilatildeo na minha formaccedilatildeo acadecircmica

Agrave MSc Fabiana Cartaxo pela ajuda e apoio aleacutem da prontidatildeo quando

solicitada a sua ajuda

Ao professor mestre Daniel Oliveira e a teacutecnica de laboratoacuterio Thais Mendes

pela ajuda laboratorial contribuindo para a realizaccedilatildeo de um bom trabalho

RESUMO

Introduccedilatildeo A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima

produzida por bacteacuterias gram-negativas (enterobacteacuterias) que confere resistecircncia

aos antimicrobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Esta resistecircncia eacute uma das principais causas de falha terapecircutica devido agrave

produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) por esta bacteacuteria

mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de amplo

espectro A identificaccedilatildeo destas enterobacteacuterias pode ser feita atraveacutes de teacutecnicas

de identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos dentre elas a Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR) que consiste na anaacutelise do padratildeo de amplificaccedilatildeo de elementos

repetidos encontrados no genoma bacteriano permitindo uma maior rapidez na

obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com outros meacutetodos aleacutem de

apresentar alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo dependendo

da aplicaccedilatildeo da teacutecnica natildeo enfrenta problemas com a degradaccedilatildeo do DNA

Objetivo Caracterizar genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos de pacientes internados em

um hospital puacuteblico do Distrito Federal Materiais e meacutetodos Estudo transversal

onde foi realizado o teste de susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

Carbapenecircmicos a partir dos materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes

internados no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) Anaacutelise molecular dos genes

16S rRNA e blaKPC utilizando PCR aleacutem de anaacutelises estatiacutesticas Resultados e

discussatildeo Detectou-se a regiatildeo ribossomal e o gene de resistecircncia testado

confirmando a resistecircncia microbiana Maior prevalecircncia de pacientes do sexo

masculino (53) desfecho cliacutenico de oacutebito(59) siacutetio de infecccedilatildeo de swab retal

(47) Klebsiella pneumoniae foi microrganismo mais encontrado (82) Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica entre as variaacuteveis e o desfecho cliacutenico (p foi gt 005)

Conclusatildeo Atraveacutes da caracterizaccedilatildeo molecular dos genes de resistecircncia blaKPC

e Universal confirmou-se a presenccedila de Klebsiella pneumoniae resistente aos

carbapenecircmicos Os valores de p natildeo foram significativos (lt005) sendo

assimnenhuma das variaveacuteis estudadas foram o principal motivo do desfecho

cliacutenico (alta ou oacutebito)

Palavras chaves Klebsiella pneumoniae carbapenemase Resistecircncia bacteriana a

antimicrobianos β-lactamases de espectro estendido (ESBL) Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR)

ABSTRACT

Introduction Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) is an enzyme produced

by gram - negative bacteria (Enterobacteriaceae) which confers resistance to

carbapenem antibiotics meropenen ertapenen imipenem class widely used in the

treatment of infections involving Enterobacteriaceae This resistance is a major

cause of treatment failure due to beta-lactamases production of extended spectrum

(ESBL) by this bacterium most commonly resistance to beta-lactam antibiotics of

wide spectrum engine The identification of these Enterobacteriaceae can be made

by techniques of molecular identification of pathogens among them the Polymerase

Chain Reaction (PCR) which consists in the analysis of the amplification pattern of

repeated elements found in the bacterial genome allowing faster in getting results

when compared with other methods in addition to presenting high reliability simple

implementation and deployment depending on the application of the technique has

no trouble with the degradation of DNA Objective To characterize the resistance

genes of Enterobacteriaceae producing carbapenemases and epidemiological and

clinical features of patients admitted to a public hospital in the Federal District

aspects Materials and methods Cross-sectional study where susceptibility testing

of Enterobacteriaceae to antibiotics Carbapenems from biological materials collected

from patients admitted to the Hospital Regional da Asa Norte ( HRAN ) was

performed Molecular analysis of 16S rRNA genes and blaKPC using PCR in

addition to statistical analysis Results and Discussion Was detected region and

the ribosomal tested resistance gene confirming the microbial resistance Higher

prevalence of male patients (53 ) clinical outcome of death (59 ) site of infection

rectal swabs (47 ) Klebsiella pneumoniae was found more microorganism (82)

There was no statistical difference between the variables and the clinical outcome (p

was gt 005) Conclusion Through molecular characterization of genes and the

Universal blaKPC resistance confirmed the presence of Klebsiella pneumoniae

resistant to carbapenems P values were not significant (lt 005) so none of the

variables studied were the main reason the clinical outcome (discharge or death)

Keywords Klebsiella pneumoniae Carbapenemase Bacterial resistance to

antibiotics Extended-Spectrumβ-lactamases (ESBL) Polimerase Chain Reaction

(PCR)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 6: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

RESUMO

Introduccedilatildeo A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima

produzida por bacteacuterias gram-negativas (enterobacteacuterias) que confere resistecircncia

aos antimicrobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Esta resistecircncia eacute uma das principais causas de falha terapecircutica devido agrave

produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) por esta bacteacuteria

mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de amplo

espectro A identificaccedilatildeo destas enterobacteacuterias pode ser feita atraveacutes de teacutecnicas

de identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos dentre elas a Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR) que consiste na anaacutelise do padratildeo de amplificaccedilatildeo de elementos

repetidos encontrados no genoma bacteriano permitindo uma maior rapidez na

obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com outros meacutetodos aleacutem de

apresentar alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo dependendo

da aplicaccedilatildeo da teacutecnica natildeo enfrenta problemas com a degradaccedilatildeo do DNA

Objetivo Caracterizar genes de resistecircncia das Enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos de pacientes internados em

um hospital puacuteblico do Distrito Federal Materiais e meacutetodos Estudo transversal

onde foi realizado o teste de susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

Carbapenecircmicos a partir dos materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes

internados no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) Anaacutelise molecular dos genes

16S rRNA e blaKPC utilizando PCR aleacutem de anaacutelises estatiacutesticas Resultados e

discussatildeo Detectou-se a regiatildeo ribossomal e o gene de resistecircncia testado

confirmando a resistecircncia microbiana Maior prevalecircncia de pacientes do sexo

masculino (53) desfecho cliacutenico de oacutebito(59) siacutetio de infecccedilatildeo de swab retal

(47) Klebsiella pneumoniae foi microrganismo mais encontrado (82) Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica entre as variaacuteveis e o desfecho cliacutenico (p foi gt 005)

Conclusatildeo Atraveacutes da caracterizaccedilatildeo molecular dos genes de resistecircncia blaKPC

e Universal confirmou-se a presenccedila de Klebsiella pneumoniae resistente aos

carbapenecircmicos Os valores de p natildeo foram significativos (lt005) sendo

assimnenhuma das variaveacuteis estudadas foram o principal motivo do desfecho

cliacutenico (alta ou oacutebito)

Palavras chaves Klebsiella pneumoniae carbapenemase Resistecircncia bacteriana a

antimicrobianos β-lactamases de espectro estendido (ESBL) Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR)

ABSTRACT

Introduction Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) is an enzyme produced

by gram - negative bacteria (Enterobacteriaceae) which confers resistance to

carbapenem antibiotics meropenen ertapenen imipenem class widely used in the

treatment of infections involving Enterobacteriaceae This resistance is a major

cause of treatment failure due to beta-lactamases production of extended spectrum

(ESBL) by this bacterium most commonly resistance to beta-lactam antibiotics of

wide spectrum engine The identification of these Enterobacteriaceae can be made

by techniques of molecular identification of pathogens among them the Polymerase

Chain Reaction (PCR) which consists in the analysis of the amplification pattern of

repeated elements found in the bacterial genome allowing faster in getting results

when compared with other methods in addition to presenting high reliability simple

implementation and deployment depending on the application of the technique has

no trouble with the degradation of DNA Objective To characterize the resistance

genes of Enterobacteriaceae producing carbapenemases and epidemiological and

clinical features of patients admitted to a public hospital in the Federal District

aspects Materials and methods Cross-sectional study where susceptibility testing

of Enterobacteriaceae to antibiotics Carbapenems from biological materials collected

from patients admitted to the Hospital Regional da Asa Norte ( HRAN ) was

performed Molecular analysis of 16S rRNA genes and blaKPC using PCR in

addition to statistical analysis Results and Discussion Was detected region and

the ribosomal tested resistance gene confirming the microbial resistance Higher

prevalence of male patients (53 ) clinical outcome of death (59 ) site of infection

rectal swabs (47 ) Klebsiella pneumoniae was found more microorganism (82)

There was no statistical difference between the variables and the clinical outcome (p

was gt 005) Conclusion Through molecular characterization of genes and the

Universal blaKPC resistance confirmed the presence of Klebsiella pneumoniae

resistant to carbapenems P values were not significant (lt 005) so none of the

variables studied were the main reason the clinical outcome (discharge or death)

Keywords Klebsiella pneumoniae Carbapenemase Bacterial resistance to

antibiotics Extended-Spectrumβ-lactamases (ESBL) Polimerase Chain Reaction

(PCR)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 7: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

Palavras chaves Klebsiella pneumoniae carbapenemase Resistecircncia bacteriana a

antimicrobianos β-lactamases de espectro estendido (ESBL) Reaccedilatildeo em Cadeia de

Polimerase (PCR)

ABSTRACT

Introduction Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) is an enzyme produced

by gram - negative bacteria (Enterobacteriaceae) which confers resistance to

carbapenem antibiotics meropenen ertapenen imipenem class widely used in the

treatment of infections involving Enterobacteriaceae This resistance is a major

cause of treatment failure due to beta-lactamases production of extended spectrum

(ESBL) by this bacterium most commonly resistance to beta-lactam antibiotics of

wide spectrum engine The identification of these Enterobacteriaceae can be made

by techniques of molecular identification of pathogens among them the Polymerase

Chain Reaction (PCR) which consists in the analysis of the amplification pattern of

repeated elements found in the bacterial genome allowing faster in getting results

when compared with other methods in addition to presenting high reliability simple

implementation and deployment depending on the application of the technique has

no trouble with the degradation of DNA Objective To characterize the resistance

genes of Enterobacteriaceae producing carbapenemases and epidemiological and

clinical features of patients admitted to a public hospital in the Federal District

aspects Materials and methods Cross-sectional study where susceptibility testing

of Enterobacteriaceae to antibiotics Carbapenems from biological materials collected

from patients admitted to the Hospital Regional da Asa Norte ( HRAN ) was

performed Molecular analysis of 16S rRNA genes and blaKPC using PCR in

addition to statistical analysis Results and Discussion Was detected region and

the ribosomal tested resistance gene confirming the microbial resistance Higher

prevalence of male patients (53 ) clinical outcome of death (59 ) site of infection

rectal swabs (47 ) Klebsiella pneumoniae was found more microorganism (82)

There was no statistical difference between the variables and the clinical outcome (p

was gt 005) Conclusion Through molecular characterization of genes and the

Universal blaKPC resistance confirmed the presence of Klebsiella pneumoniae

resistant to carbapenems P values were not significant (lt 005) so none of the

variables studied were the main reason the clinical outcome (discharge or death)

Keywords Klebsiella pneumoniae Carbapenemase Bacterial resistance to

antibiotics Extended-Spectrumβ-lactamases (ESBL) Polimerase Chain Reaction

(PCR)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 8: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

ABSTRACT

Introduction Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) is an enzyme produced

by gram - negative bacteria (Enterobacteriaceae) which confers resistance to

carbapenem antibiotics meropenen ertapenen imipenem class widely used in the

treatment of infections involving Enterobacteriaceae This resistance is a major

cause of treatment failure due to beta-lactamases production of extended spectrum

(ESBL) by this bacterium most commonly resistance to beta-lactam antibiotics of

wide spectrum engine The identification of these Enterobacteriaceae can be made

by techniques of molecular identification of pathogens among them the Polymerase

Chain Reaction (PCR) which consists in the analysis of the amplification pattern of

repeated elements found in the bacterial genome allowing faster in getting results

when compared with other methods in addition to presenting high reliability simple

implementation and deployment depending on the application of the technique has

no trouble with the degradation of DNA Objective To characterize the resistance

genes of Enterobacteriaceae producing carbapenemases and epidemiological and

clinical features of patients admitted to a public hospital in the Federal District

aspects Materials and methods Cross-sectional study where susceptibility testing

of Enterobacteriaceae to antibiotics Carbapenems from biological materials collected

from patients admitted to the Hospital Regional da Asa Norte ( HRAN ) was

performed Molecular analysis of 16S rRNA genes and blaKPC using PCR in

addition to statistical analysis Results and Discussion Was detected region and

the ribosomal tested resistance gene confirming the microbial resistance Higher

prevalence of male patients (53 ) clinical outcome of death (59 ) site of infection

rectal swabs (47 ) Klebsiella pneumoniae was found more microorganism (82)

There was no statistical difference between the variables and the clinical outcome (p

was gt 005) Conclusion Through molecular characterization of genes and the

Universal blaKPC resistance confirmed the presence of Klebsiella pneumoniae

resistant to carbapenems P values were not significant (lt 005) so none of the

variables studied were the main reason the clinical outcome (discharge or death)

Keywords Klebsiella pneumoniae Carbapenemase Bacterial resistance to

antibiotics Extended-Spectrumβ-lactamases (ESBL) Polimerase Chain Reaction

(PCR)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 9: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-negativa

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

(KPC) produtoras de Enterobacteriaceae

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de pacientes

com suspeita de infecccedilatildeo por KPC

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das amostras dos

17 pacientes estudados

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da mostra A3

estudada

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das amostras

dos 17 pacientes estudados

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S rRNA das

amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos proacuteximos a 200

pb

Figura 11 Infecccedilatildeo por KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados no

HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 12Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

Figura 14Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 10: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus microrganismos

originais

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene blaKPC

Tabela 4 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene universal

Tabela 6 - Distribuiccedilatildeo das variaacuteveis estudadas perfil geneacutetico sexo coleta

tipificaccedilatildeo de microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o

desfecho cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 11: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AmpC- Adenosina Monofosfato Ciacuteclico

BRMD- Bacteacuterias multirresistentes

CCIH- Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar

CDC- Centers for Disease Control and Prevention

CIM- Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima

CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute

DNA- Aacutecido Desoxirribonucleacuteico

E coli- Escherichia coli

ERIC-PCR - Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus

ESBL- Beta-Lactamases de Espectro Estendido

Et al- e outros

ETP- Ertapenem

HRAN- Hospital Regional da Asa Norte

K ornithinolytica- Klebsiella ornithinolytica

K oxytoca- Klebsiella oxytoca

K planticola- Klebsiella planticola

K pneumoniae- Klebsiella pneumoniae

K terrigena- Klebsiella terrigena

KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase

KPCNEG- Bacilos Gram-Negativos Natildeo Fermentadores

KPCPOS- Bacilos Gram-Positivo Natildeo Fermentadores

MBL- metalo-beta-lactamases

MEM- Meropenem

NA- Natildeo se aplica

Oligo- Oligonucleotiacutedeos

PB- Pares de Bases

PBPs (Penicilim-Binding-Protein)- Proteiacutenas de ligaccedilatildeo agrave penicilina

PCR- Polymerase Chain Reaction (Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase)

PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo pulsado)

RAPD- Randomly Amplified Polymorphic DNA (DNA polimoacuterfico amplificado

aleatoriamente)

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 12: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

RFLPrsquos - ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo( polimorfismos de tamanho

de fragmentos de restriccedilatildeo)

THM- Teste de Hodge Modificado

TSA- Teste de Susceptibilidade aos Antibioacuteticos

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 13: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 15

11 Klebsiella pneumoniae produtora de Carbapenemase (KPC) 15

1 2 Resistecircncia bacteriana 20

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos 27

2 JUSTIFICATIVA 30

3 OBJETIVOS 31

31 Objetivo geral 31

32 Objetivos Especiacuteficos 31

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas 32

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por disco de

Ertapenem (adaptado CDC 2004) 32

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos Resultados 33

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos 34

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004) 35

441 Controle de qualidade (CQ) 35

442 InterpretaccedilatildeoResultados 35

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano 37

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR 38

4 7 Digestatildeo 41

4 8 Eletroforese em gel de agarose 41

4 9 Descarte de resiacuteduos 42

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos 42

4 12 Anaacutelises estatiacutesticas 42

4 13 Preceitos eacuteticos 43

5 RESULTADOS 44

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 14: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

51 Anaacutelise molecular 44

5 1 1 Gene blaKPC 44

5 1 2 Gene 16S rRNA 45

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas 46

5 2 1 Sexo 46

5 2 2 Desfecho cliacutenico 47

5 2 3 Local da coleta 48

5 2 4 Microrganismo 48

6 DISCUSSAtildeO 53

7 CONCLUSAtildeO 57

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 15: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae pertence aacute famiacutelia Enterobacteriaceae

encontrado em locais como aacutegua solo plantas e esgoto Satildeo encontradas cinco

espeacutecies K pneumoniae K oxytoca K planticola K terrigena e K ornithinolytica

O gecircnero Klebsiella eacute definido como contendo bacilos Gram-negativos natildeo moacuteveis

em forma de bastatildeo e geralmente encapsuladas que produzem lisina

descarboxilase mas natildeo produzem ornitina descarboxilase Provavelmente a

colonizaccedilatildeo em seres humanos ocorre por contato com as diferentes fontes

ambientais podendo ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas

sadias Pessoas imunocomprometidas a bacteacuteria encontra um ambiente favoraacutevel

para seu crescimento levando aos quadros de infecccedilatildeo (MOREIRA et al 2014)

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) eacute uma enzima produzida por

enterobacteacuterias gram-negativas sendo um mecanismo de resistecircncia aos antimi-

crobianos carbapenecircmicos meropenen ertapenen eou imipenen classe

amplamente utilizada no tratamento de infecccedilotildees envolvendo Enterobacteriaceae

Ela tambeacutem eacute capaz de inativar os agentes β-lactacircmicos cefalosporinas penicilinas

e o aztreonam (COTRIM et al 2012)

Devido agrave semelhanccedila estrutural e estereoquiacutemica os antibioacuteticos beta-

lactacircmicos possuem um mecanismo de accedilatildeo comum ao grupo Eles atuam inibindo

a siacutentese da parede celular bacteriana atraveacutes do mecanismo de bloqueio da

transpeptidaccedilatildeo responsaacutevel pela uniatildeo dos componentes individuais do

peptidoglicano conforme demonstrado na figura 1 (KIDWAI et al 1999)

A accedilatildeo destes antibioacuteticos eacute atraveacutes de ligaccedilotildees covalentes com as proteiacutenas

as Penicilim-Binding-Protein (proteiacutena de ligaccedilatildeo da penicilina- PBP ou PLP) que se

encontram presentes na membrana citoplasmaacutetica de todas as bacteacuterias Devido agraves

mutaccedilotildees ocorre uma induccedilatildeo na alteraccedilatildeo dessas proteiacutenas podendo determinar

uma diminuiccedilatildeo da afinidade dos beta-lactacircmicos agraves mesmas A accedilatildeo dos

carbapenecircmicos eacute atraveacutes da sua ligaccedilatildeo agraves PBPs presentes na parede bacteriana

especialmente as PBP1 e PBP2 provocando a lise osmoacutetica da bacteacuteria Aleacutem

disso eles tecircm uma facilidade na penetraccedilatildeo da bacteacuteria por meio dos canais

poriacutenicos presentes nas bacteacuterias gram-negativas induzindo um efeito poacutes-

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 16: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

16

antibioacutetico Quando comparados com outros beta-lactacircmicos os carbapenecircmicos

satildeo mais resistentes agrave hidroacutelise pela maioria das beta-lactamases tanto

cromossocircmicas como plasmiacutedicas (LIVERMORE 1995 LIVERMORE et al 2000)

Figura 1 Accedilatildeo do szlig-lactacircmico sobre a bacteacuteria gram-positiva e gram-

negativa Fonte

ltlthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3gramn_lacta2htmgt (adaptado)

A bacteacuteria Klebsiella pneumoniae quando apresenta gene ESBL pode

expressar resistecircncia a ateacute 95 dos antimicrobianos existentes no acircmbito

farmacecircutico sendo a produccedilatildeo de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL)

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 17: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

17

por esta bacteacuteria uma das principais causas de falha terapecircutica Existem outras

formas de resistecircncia emergentes de grande importacircncia como a produccedilatildeo de

beta-lactamases tipo adenosina monofosfato ciacuteclico (AmpC) que hidrolizam

cefoxitina as carbapenemases como as metalo-beta-lactamases (MBL) e

carbapenemases tipo KPC (MOREIRA et al 2014)

O mecanismo de resistecircncia mais comum aos antibioacuteticos beta-lactacircmicos de

amplo espectro eacute a produccedilatildeo de ESBL por enterobacteacuterias A accedilatildeo hidroliacutetica

apresentadas por estas enzimas pode conferir clinicamente resistecircncia ao

aztreonam cefalosporina e a todas as penicilinas (PATERSON et al 2005) As

ESBL satildeo enzimas mediadas por genes plasmidiais (transmissiacuteveis entre as

espeacutecies) Os principais microrganismos produtores de ESBL satildeo Klebsiella

pneumoniae (mais encontrada) Escherichia coli e Proteus mirabilis podendo ocorrer

em outros membros da famiacutelia Enterobacteriaceae e em alguns microrganismos natildeo

enteacutericos como Acinetobacter ssp (TURNER 2005) A importacircncia cliacutenica meacutedica

destes microrganismos portadores de ESBL eacute que graccedilas aacutes suas resistecircncias a

muitas classes de antimicrobianos o tratamento de infecccedilotildees eacute difiacutecil gerando um

aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes (SHAH et al 2004)

A enzima KPC foi detectada pela primeira vez na Carolina do Norte Costa

Leste dos Estados Unidos no ano de 1996 em Klebsiella pneumoniae dando entatildeo

este nome a enzima Em pouco tempo ela disseminou por outras regiotildees e

recentemente tornou-se uma das preocupaccedilotildees quanto agrave sauacutede puacuteblica mundial

Os paiacuteses de onde KPCs tecircm sido relatados desde 2001 satildeo mostrados na figura 2

apresentando como os organismos tecircm agora sido disseminados amplamente pelo

mundo (NEIL GUPTA et al 2011)

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 18: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

18

Figura 2 Divulgaccedilatildeo internacional de Enterobacteriaceae produtora de

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)( NEIL GUPTA et al 2011)

Este mapa apresenta paiacuteses onde Enterobacteriaceae produtoras KPC de

foram descritos em relatoacuterios publicados disponiacuteveis a partir de 11 fevereiro de

2011 Os paiacuteses natildeo destacadas nesta figura tambeacutem podem apresentar a presenccedila

de Enterobacteriaceae produtoras de KPC poreacutem pode ter tido uma falta de

vigilacircncia sistemaacutetica para estes organismos ( NEIL GUPTA et al 2011)

No ano de 2005 foram registradas pela primeira vez essas bacteacuterias

produtoras de carbapenemases Apoacutes 6 anos deste primeiro relato elas passaram a

causar surtos mais graves em nosso paiacutes Em janeiro de 2011 foram notificados no

Distrito FederalBrasil 367 casos em um curto espaccedilo de tempo (01 a 08 de janeiro

de 2011) com 26 oacutebitos A maior parte destes casos (263 casos) foi identificada nas

unidades de terapia intensiva ndash UTI (COTRIM et al 2012)

O potencial de disseminaccedilatildeo da KPC eacute alto devido agrave grande capacidade de

transferecircncia do seu material geneacutetico e por conseguinte os genes de resistecircncia

O controle de epidemias eacute difiacutecil devido a esta caracteriacutestica de faacutecil disseminaccedilatildeo

preocupando os profissionais da aacuterea de sauacutede devido agrave dificuldade de tratamento

podendo resultar em um aumento das taxas de mortalidade Apesar da maior

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 19: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

19

frequumlecircncia em Klebsiella pneumoniae a KPC pode ser identificada em outras

bacteacuterias como a Enterobacter cloacae Citrobacter freundii Salmonella spp E coli

e Pseudomonas spp (DIENSTMANN et al 2010)

Os pacientes com comorbidades incluindo pacientes transplantados

neutropecircnicos em ventilaccedilatildeo mecacircnica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

com longos periacuteodos de internaccedilatildeo que apresentam risco aumentado de infecccedilatildeo ou

colonizaccedilatildeo para bacteacuterias multirresistentes satildeo mais vulneraacuteveis a Klebsiella

pneumoniae produtora de KPC (COTRIM et al 2012)

Os sinais e sintomas apresentados por um indiviacuteduo infectado por KPC satildeo

febre ou hipotermia taquicardia piora do quadro respiratoacuterio e em casos mais

graves hipotensatildeo inchaccedilo e sepse Quanto ao siacutetio de infecccedilatildeo a bacteacuteria que

possui a enzima KPC pode causar pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica

infecccedilatildeo do trato urinaacuterio infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea infecccedilatildeo de partes moles

e outros tipos de infecccedilatildeo (COTRIM et al 2012)

Para desenvolver a infecccedilatildeo a colonizaccedilatildeo eacute um preacute-requisito poreacutem o

pacientes pode estar colonizado ou seja ser portadores de KPC e natildeo desenvolver

a infecccedilatildeo (ALVES et al 2013) A forma de transmissatildeo eacute basicamente por

contato com secreccedilatildeo ou excreccedilatildeo de pacientes infectados ou colonizados logo

fora do ambiente hospitalar a bacteacuteria natildeo representa perigo (COTRIM et al

2012)

As opccedilotildees terapecircuticas para o tratamento da Klebsiella pneumoniae eacute

dividida em Terapia Empiacuterica e Terapia apoacutes a determinaccedilatildeo do perfil de

sensibilidade A terapia empiacuterica para infecccedilotildees por enterobacteacuterias multirresistentes

se baseia na utilizaccedilatildeo de polimixina B ou polimixina E (Colistina) em associaccedilatildeo

com um (1) ou mais dos antimicrobianos da classe dos aminoglicosiacutedeos

(gentamicina ou amicacina) Carbapenecircmicos (meropenem ou doripenem) eou

tigeciclina (ANVISA 2013)

Recomenda-se usar sempre associaccedilotildees de dois ou trecircs antimicrobianos

sendo um deles a polimixina B ou a polimixina E (colistina) Deve-se evitar a

utilizaccedilatildeo de monoterapias pelo risco de raacutepido desenvolvimento de resistecircncia A

escolha do(s) faacutermaco(s) de associaccedilatildeo com polimixina B ou E deve se basear

preferencialmente no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 20: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

20

medicamentos das enterobacteacuterias resistentes aos carbapenecircmicos detectadas no

hospital ou na ausecircncia de dados locais na regiatildeo Deve-se considerar igualmente

o local de infecccedilatildeo e a penetraccedilatildeo esperada do antimicrobiano na escolha da droga

a ser utilizada na combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

Apoacutes a liberaccedilatildeo do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos

medicamentos Sempre que possiacutevel manter no miacutenimo 2 (dois) faacutermacos com

sensibilidade comprovada in vitro Natildeo havendo sensibilidade a um segundo

medicamento (suscetibilidade apenas agrave polimixina B ou E) recomenda-se manter a

terapia combinada de polimixina B ou E com carbapenecircmicos (meropenem ou

doripenem) ou tigeciclina na tentativa de ocorrecircncia de sinergismo entre elas

(ANVISA 2013)

Sugere-se aleacutem da determinaccedilatildeo das Concentraccedilotildees Inibitoacuterias Miacutenimas

(CIMs) para uma das polimixinas (B ou E) que tambeacutem sejam determinadas as

CIMs de tigeciclina e carbapenecircmicos (meropenem) bem como a consultoria de um

infectologista (ou Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar- CCIH) para a

determinaccedilatildeo da terapia combinada com base na interpretaccedilatildeo do antibiograma

CIM e quadro cliacutenico do paciente No caso de resistecircncia agraves polimixinas

(concentraccedilotildees inibitoacuterias miacutenimas [CIMs] gt 2 mgL) recomenda-se a associaccedilatildeo de

dois ou trecircs do antimicrobianos sugeridos para a combinaccedilatildeo (ANVISA 2013)

A antissepsia eficiente do ambiente dos instrumentos ciruacutergicos e das matildeos

com o uso do aacutelcool a 70 eacute fundamental para a contenccedilatildeo de surtos Aleacutem disto

os pacientes contaminados devem permanecer isolados ateacute o controle da infecccedilatildeo

para evitar a disseminaccedilatildeo da bacteacuteria (COTRIM et al 2012)

1 2 Resistecircncia bacteriana

Hoje a disseminaccedilatildeo e a proliferaccedilatildeo das bacteacuterias resistentes estatildeo cada

dia mais presente As bacteacuterias multirresistentes (BRMD) poderatildeo levar agrave

humanidade a uma era poacutes-antibioacutetica resultando em uma ausecircncia de qualquer

opccedilatildeo de tratamento para os portadores destas cepas (HENRIQUE et al 2014)

Os fatores envolvidos na disseminaccedilatildeo desses patoacutegenos multirresistentes

satildeo diversos incluindo o uso irracional de antimicrobianos procedimentos invasivos

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 21: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

21

(cirurgias implantaccedilatildeo de proacuteteses meacutedicas e outros) e a transferecircncia de material

geneacutetico com a informaccedilatildeo de resistecircncia a antibioacuteticos entre as bacteacuterias

(DIENSTMANN et al 2010 ENDIMIAMI et al 2009 FONTANA et al 2010)

Com a praacutetica da antibioticoterapia principalmente em ambientes

nosocomiais os mecanismos de resistecircncia tornaram-se comuns Esses

mecanismos incluem alteraccedilatildeo na permeabilidade da membrana celular que

impede a entrada do antibioacutetico na ceacutelula bombeamento do antibioacutetico para fora da

mesma pelo mecanismo de efluxo mutaccedilatildeo geneacutetica que altera de alguma forma o

alvo do antibioacutetico e consequumlentemente natildeo afeta o funcionamento da bacteacuteria

bem como desenvolvimento da capacidade de degradar ou da inativaccedilatildeo do

antibioacutetico (COTRIM et al 2012) Estes mecanismos estatildeo representados na figura

3

Figura 3 Mecanismos de resistecircncia bacteriana Fonte

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controle

opas_webmodulo3pop_mecanismohtmgt

Um dos mais importantes mecanismos de resistecircncia eacute a alteraccedilatildeo do local-

alvo onde atua determinado antimicrobiano de modo a impedir a ocorrecircncia de

qualquer efeito inibitoacuterio ou bactericida As bacteacuterias podem adquirir um gene que

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 22: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

22

codifica um novo produto resistente aos antimicrobianos substituindo o alvo original

por exemplo o Staphylococcus aureus resistente agrave oxacilina e estafilococos

coagulase-negativos adquiriram o gene cromossocircmico Mec A e produzem uma PBP

ou PLP resistente aos β-lactacircmicos denominada 2a ou 2 que eacute suficiente para

manter a integridade da parede celular durante o crescimento quando outras PBPs

essenciais satildeo inativadas por antibimicrobianos β-lactacircmicos Como alternativa um

gene receacutem-adquirido pode atuar para modificar um alvo tomando-o menos

vulneraacutevel a determinado antimicrobiano Assim um gene transportado por

plasmiacutedeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a

ligaccedilatildeo dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina (ANVISA

2007)

Em funccedilatildeo da bomba de efluxo pode variar a especificidade do antibioacutetico

Ele atua por meio do bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular

para o extracelular gerando uma resistecircncia bacteriana a determinados

antimicrobianos como eacute o caso da resistecircncia agraves tetraciclinas codificada por

plasmiacutedeos em Escherichia coli devido agrave presenccedila de proteiacutenas integrantes da

membrana plasmaacutetica bacteriana (PIDDOCK 2006)

O aumento da siacutentese de proteiacutenas eacute o principal responsaacutevel pela resistecircncia

antimicrobiana devido agraves vaacuterias mutaccedilotildees que ocorrem em seus repressores

transcricionais Estas mutaccedilotildees tambeacutem podem influenciar levando a um aumento

da eficiecircncia do transporte dos antibioacuteticos para o exterior da ceacutelula (HARBOTTLE

et al 2006)

A resistecircncia aos antibioacuteticos eacute frequumlentemente associada agrave alteraccedilatildeo

diminuiccedilatildeo da permeabilidade que ocorre na membrana externa das bacteacuterias gram-

negativas O fluxo de moleacuteculas para o interior da ceacutelula ocorre por caracteriacutesticas

peculiares como carga estrutura e dimensatildeo e atraveacutes de proteiacutenas de membrana

as quais formam canais Este percurso eacute utilizado pelos antibioacuteticos para atingir o

interior da ceacutelula bacteriana ou o espaccedilo periplasmaacutetico como eacute o caso dos

antibioacuteticos β-lactacircmicos Portanto a perda de funccedilatildeo destas proteiacutenas pode

efetivamente causar a diminuiccedilatildeo da susceptibilidade a vaacuterios antibioacuteticos

(LIVERMORE 2003)

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 23: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

23

Os mecanismos de resistecircncia que podem impedir a accedilatildeo de antimicrobianos

satildeo vaacuterios O faacutermaco atua de forma a inibir os processos essenciais a multiplicaccedilatildeo

e sobrevivecircncia da ceacutelula bacteriana como a membrana citoplasmaacutetica e

consequumlentemente bloqueando a siacutentese proteacuteica de aacutecidos nucleacuteicos e da parede

celular A resistecircncia bacteriana eacute um mecanismo natural de defesa Sendo assim

as bacteacuterias estatildeo em constante defesa e para cada novo faacutermaco desenvolvido as

bacteacuterias iratildeo desenvolver resistecircncia em algum momento (POSSEBON et al

2003)

O grupo de antibioacuteticos beta-lactacircmicos satildeo amplamente utilizado e se

encontram dentro da classe dos melhores agentes antimicrobianos com relevacircncia

cliacutenica No entanto o seu uso tem sido restringido devido a vaacuterios mecanismos de

resistecircncia O desenvolvimento dos carbapenecircmicos surgiu devido agrave proliferaccedilatildeo de

beta-lactamases mediadas por plasmiacutedeos e cromossomos (POSSEBON et al

2003)

A bacteacuteria KPC tem um gene chamado SHV-1 que tem a caracteriacutestica de

resistecircncia a quase todos os tipos de antimicrobianos inclusive os carbapenecircmicos

especiacuteficos para o tratamento de infecccedilotildees por bacteacuterias multiresistentes e

emergecircncias Mesmo com no seu coacutedigo geneacutetico a informaccedilatildeo necessaacuteria para o

desenvolvimento da resistecircncia a resistecircncia da bacteacuteria soacute eacute desenvolvida caso a

bacteacuteria entre em contato com o antibacteriano desencadeando todo o processo

nos casos de resistecircncia induzida comuns em KPC (MOREIRA et al 2014)

A resistecircncia bacteriana pode ser apresentada de forma intriacutenseca ou

adquirida A resistecircncia intriacutenseca faz parte das caracteriacutesticas fenotiacutepicas naturais

do microrganismo ou seja faz parte de sua heranccedila geneacutetica sendo transmitida

verticalmente a prole sem perda da caracteriacutestica A presenccedila ou ausecircncia do alvo

para a accedilatildeo da droga eacute o principal determinante deste tipo de resistecircncia

(MOREIRA et al 2014) Essa resistecircncia corresponde a uma caracteriacutestica de

espeacutecie bacteriana quando estes microrganismos satildeo naturalmente resistentes a

certo tipo de antibioacutetico Este processo eacute decorrente da ausecircncia de estruturas de

atuaccedilatildeo de antimicrobianos ou a impermeabilidade por parte de estruturas

perifeacutericas das bacteacuterias (HENRIQUE et al 2014)

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 24: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

24

A resistecircncia adquirida aos antibioacuteticos por sua vez ocorre quando haacute uma

da mutaccedilatildeo de genes reguladores ou estruturais aquisiccedilatildeo de genes de resistecircncia

veiculados por elementos geneacuteticos moacuteveis ou da combinaccedilatildeo entre eles Este

aparecimento de resistecircncia em uma espeacutecie bacteriana era anteriormente sensiacutevel

a droga e devido a um destes fatores se torna resistente O fenoacutetipo resultante

desta resistecircncia natildeo estaraacute presente nas ceacutelulas genitoras e sim nos indiviacuteduos de

uma linhagem bacteriana derivada de um organismo susceptiacutevel Os genes muitas

vezes satildeo adquiridos por meio de elementos moacuteveis como plasmiacutedeos e

transposons (MOREIRA et al 2014)

Entatildeo a resistecircncia adquirida ocorre por diversos mecanismos geneacuteticos tais

como produccedilatildeo de enzimas inativadoras interferecircncia com a entrada e acuacutemulo de

droga na bacteacuteria alteraccedilatildeo do receptor para accedilatildeo da droga via metaboacutelica

alternativa Eacute originada por meio de uma alteraccedilatildeo a niacutevel geneacutetico da ceacutelula de

natureza cromossocircmica pelos processos de mutaccedilatildeo transduccedilatildeo e transformaccedilatildeo

ou extra cromossocircmica (plasmidial) (HENRIQUE et al 2014)

Como todo antibioacutetico β-lactacircmicoos carbapenecircmicos tem como mecanismo

de accedilatildeo a inibiccedilatildeo da siacutentese proteacuteica atraveacutes da accedilatildeo de inibiccedilatildeo da parede

microbiana fazendo a ligaccedilatildeo e inativaccedilatildeo das proteiacutenas ligadoras de penicilinas

(NETO et al 2007)

Imipenem e meropenem antibioacuteticos pertencentes ao grupo dos

carbapenecircmicos possuem um amplo espectro de accedilatildeo in vitro incluindo atividade

contra cocos gram-positivos bacilos gram-negativos e bacteacuterias anaeroacutebias (MOHR

2008) Jaacute o ertapenem possui um espectro de accedilatildeo mais limitado que o os dois

antibioacuteticos anteriormente citados tendo uma eficiecircncia limitada contra os bacilos

gram-negativos natildeo fermentadores Um novo antibioacutetico carbapenecircmico ainda natildeo

disponiacutevel no Brasil doripenem possui uma atividade mais potente principalmente

contra Pseudomona aeruginosa devido ao seu mecanismo de accedilatildeo que combina os

espectros de accedilatildeo de imipenem e meropenem (ZHANEL et al 2007)

Devido as suas estabilidades espectro de accedilatildeo poucos relatos de

resistecircncia boa toleracircncia pelos pacientes com efeitos adversos mais comuns as

complicaccedilotildees no siacutetio da infusatildeo e toxicidade gastrintestinal estes antibioacuteticos

carbapenecircmicos tecircm sido considerados terapia de escolha (NICOLAU 2008) Como

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 25: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

25

uma resposta adaptativa das Enterobacteacuterias o iacutendice de resistecircncia aos

carbapenecircmicos tem aumentado nos uacuteltimos anos de forma proporcional ao seu

uso limitando imensamente as opccedilotildees terapecircuticas para as infecccedilotildees causadas por

estes microrganismos (FALAGAS et al 2009)

As enzimas produtoras de betalactamases hidrolisam o anel betalactacircmico

tornando este mecanismo de resistecircncia o mais importante Os dois grupos mais

preocupantes satildeo o grupo das betalactamases de aspecto ampliado e os da

carbapenemases que aleacutem de hidrolizar os carbapenecircmicos hidrolizam todas as

outras classes de betalactacircmicos Em enterobacteacuterias as carbapenemases mais

prevalentes satildeo codificadas por genes dos grupos blaKpc blaIMP blaVIM blaNdm

e blaOxa A ocorrecircncia de carbapenemases eacute mais frequentemente em bacteacuterias

gram-negativas fermentadoras da glicose conhecidas como enterobacteacuterias

predominantes nos gecircneros Klebsiella Serratia Citrobacter Enterobacter

Escherichia Samonella Proteus Morganella Podem ser encontradas tambeacutem em

bacteacuterias gram-negativas natildeo fermentadoras como espeacutecies de Acinetobacter e de

Pseudomonas (ALVES et al 2013)

Carbapenemases satildeo enzimas plasmiacutedio-mediados resistentes a todos

antibioacuteticos betalactacircmicos As bacteacuterias que possuem o gene blaKpC responsaacutevel

pela codificaccedilatildeo da produccedilatildeo de carbapenemases apresentam resistecircncia aos

antibioacuteticos betalactacircmicos impedindo a accedilatildeo destes antibioacuteticos contra infecccedilotildees

(ALVES et al 2013)

A transmissatildeo das carbapenemases a diferentes cepas de enterobacteacuterias se

daacute atraveacutes de plasmiacutedeos que satildeo pequenas moleacuteculas circulares de DNA com a

capacidade de se replicarem independentemente do DNA cromossocircmico

permitindo a troca de material geneacutetico entre gecircneros e espeacutecies diferentes de

enterobacteacuterias O raacutepido desenvolvimento de surtos em ambientes hospitalares eacute

explicado por essa disseminaccedilatildeo plasmidial (COTRIM et al 2012)

De acordo com o criteacuterio de interpretaccedilatildeo do Clinical and Laboratory

Standards Institute (CLSI 2009) a maioria das KPC isoladas natildeo apresenta

resistecircncia completa aos carbapenecircmicos (Imipenem e Meropenem apresentam

uma Concentraccedilatildeo Inibitoacuteria Miacutenima (CIM) de 2-8 μgmL) (COTRIM et al 2012)

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 26: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

26

Os mecanismos de resistecircncia capazes de impedir a accedilatildeo dos

carbapenecircmicos satildeo vaacuterios Poreacutem a degradaccedilatildeo de antibioacuteticos por enzimas

principalmente as carbapenemases constituem o principal mecanismo de

resistecircncia aos antibioacuteticos β-lactacircmicos (DIAS 2009) Devido a ampla atividade

hidroliacutetica agrave maioria dos antibioacuteticos β-lactacircmicos estes grupos de enzimas possuem

alta versatilidade (QUEENAM et al 2007)

Existem trecircs grandes classes moleculares de Ambler a qual as

carbapenemases pertencem denominadas classe A (serino-carbapenemases os

quais incluem membros designados SME IMI NMC GES e a famiacutelia das KPCs)

classe B(as metalo-β-lactamase incluem os tipos IMP e VIM) e classe D

(oxacilinases similares as da classe A e incluem as OXA e PSE) (DIAS 2009)

Dentre estes as mais importantes e prevalentes encontradas em plasmiacutedeos

de Klebsiella pneumoniae satildeo as KPC (DIENSTMANN et al 2010) Por meio de

estudos moleculares a enzima KPC jaacute foi documentada em diferentes bacteacuterias e

diferenciada em KPC-1 a 13 (NETIKUL et al 2011) No ano de 2009 foi realizada

uma pesquisa onde descreveram as seguintes carbapenemases KPC-1 em isolados

de Klebsiella pneumoniae KPC-2 em K pneumoniae K oxytoca Salmonella

enterica e em Enterobacter sp e KPC-3 em K pneumoniae e Enterobacter cloacae

(MONTEIRO et al 2009) As enzimas KPC-4 e KPC-5 foram encontradas em

isolados de Pseudomonas aeruginosa (PEIRANO et al 2009)

Foi observada uma correccedilatildeo da sequumlecircncia KPC-1 indicando que o gene

blaKPC-1 e blaKPC-2 satildeo idecircnticos Trecircs novas variantes blaKPC-3 blaKPC-4 e

blaKPC-5 satildeo resultados de mutaccedilotildees do gene estrutural da enzima KPC-2

(WOLTER et al 2008) apresentando diferentes perfis de hidroacutelise As enzimas

KPC-2 e KPC-3 possuem alta eficiecircncia em hidrolisar cefalotina cefaloridina e

nitrocefin poreacutem possuem uma menor eficiecircncia contra carbapenecircmicos e

cefotaxima (ALBA et al 2005) As enzimas KPC-5 e KPC-4 apresentam menor

hidroacutelise de carbapenecircmicos eacute do que em KPC-2 Em contrapartida possuem

melhor eficiecircncia contra ceftazidima e uma maior inibiccedilatildeo pelo aacutecido clavulacircnico

(WOLTER et al 2008)

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 27: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

27

13 Anaacutelise geneacutetica de microrganismos

Eacute de extrema importacircncia praacutetica natildeo soacute no aspecto cliacutenico mas tambeacutem na

fitopatologia biotecnologia e estudos ambientais a correta identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de microrganismos Os meacutetodos usados na diferenciaccedilatildeo de gecircneros

espeacutecies e estirpes de microrganismos podem ser divididos em meacutetodos fenotiacutepicos

(baseados em fenocircmenos bioquiacutemicos fisioloacutegicos e bioloacutegicos) e genotiacutepicos

(detectam polimorfismos ao niacutevel dos aacutecidos nucleacuteicos ou variaccedilatildeo aleacutelica ao niacutevel

de enzimas) (ALVES et al 2003)

Para este tipo de estudo existem alguns meacutetodos como o RFLPrsquos -

ldquoRestriction Fragment Length Polymorphismsrdquo (polimorfismos de tamanho de

fragmentos de restriccedilatildeo) rep-PCR (Meacutetodo de tipagem baseado na amplificaccedilatildeo via

PCR de elementos de DNA repetitivos presentes em genomas bacterianos) anaacutelise

de sequumlecircncias nucleotiacutedeas (discriminaccedilatildeo eou identificaccedilatildeo atraveacutes de sequumlecircncias

de DNA) PFGE - Pulsed-Field Gel Electrophoresis (Eletroforese em campo

pulsado) ( A L V E S et al 2003)

A diferenciaccedilatildeo clara da cepa e principalmente a alta reprodutibilidade devem

ser caracteriacutesticas de qualquer meacutetodo de tipagem geneacutetica Poreacutem nem todos os

meacutetodos moleculares de tipagem satildeo igualmente eficazes Sendo assim de acordo

com a finalidade pretendida (identificaccedilatildeo diferenciaccedilatildeo custo reprodutibilidade

etc) eacute feita a escolha do meacutetodo a ser aplicado (A L V E S et al 2003)

O processo de identificaccedilatildeo fenotiacutepica de KPC entre os membros da famiacutelia

Enterobacteriaceae ainda eacute difiacutecil e os meacutetodos para a sua identificaccedilatildeo devem ser

revistos e ajustados Mesmo com o avanccedilo tecnoloacutegico natildeo existem ensaios que

combinam alta especificidade e sensibilidade na detecccedilatildeo destas enzimas Satildeo

diversas as metodologias usadas para rastreamento de KPC como por exemplo a

focalizaccedilatildeo isoeleacutetrica a teacutecnica de disco-difusatildeo E-test teste de Hodge

modificado dentre outros Aleacutem disso a pesquisa do gene blaKPC pode ser feita

pela Reaccedilatildeo em Cadeia da Polimerase (PCR) Os sistemas de automaccedilatildeo

existentes no entanto podem natildeo identificar com precisatildeo os isolados KPC

positivos (COTRIM et al 2012)

A identificaccedilatildeo blaKPC pelo PCR eacute um meacutetodo raacutepido preciso sensiacutevel e

altamente especiacutefico no entanto a PCR exige equipamento e conhecimentos

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 28: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

28

especializados em diagnoacutestico molecular dificultando ainda a utilizaccedilatildeo dele na

rotina dos laboratoacuterios de microbiologia (COTRIM et al 2012)

Em estudo de infecccedilotildees hospitalares identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos

bacterianos eacute bastante utilizada Para diferenciar carbapenemases tipo KPC a partir

de outros tipos como SME NMC-A-IMI e GES eacute necessaacuterio um exame molecular

As identificaccedilotildees do microrganismo juntamente com a triagem molecular iratildeo definir

um resultado mais especiacutefico podendo ser usado para identificar o antibioacutetico mais

adequado para o tratamento Poreacutem a principal desvantagem de alguns exames

baseados em PCR por exemplo eacute que devido agrave sua limitada capacidade de

multiplexaccedilatildeo eles distinguem apenas algumas variaccedilotildees (MOREIRA et al 2014)

Estatildeo descritas para a identificaccedilatildeo molecular de patoacutegenos pertencentes agrave

famiacutelia Enterobacteriaceae as teacutecnicas de PFGE RAPD (randomly amplified

polymorphic DNA) e ERIC-PCR (Enterobacterial Repet it ive Intergenic Consensus)

A PFGE (Pulsed Field Gel Electrophoresis) eacute considerada padratildeo ouro devido sua

alta capacidade de diferenciaccedilatildeo baseada na anaacutelise do perfil de restriccedilatildeo do DNA

genocircmico por meio de eletroforese Como desvantagem para a sua execuccedilatildeo eacute

necessaacuterios vaacuterios dias impedindo a tipagem de algumas cepas bacterianas devido

agrave degradaccedilatildeo do DNA aleacutem do alto custo empregado (MOREIRA et al 2014)

O meacutetodo baseado em ERIC-PCR tem sido bastante utilizado como uma

alternativa para a teacutecnica de PFGE Esta teacutecnica consiste na anaacutelise do padratildeo de

amplificaccedilatildeo de elementos repetidos encontrados no genoma bacteriano Isto

permite uma maior rapidez na obtenccedilatildeo de resultados quando comparada com o

PFGE aleacutem de alta reprodutibilidade simples execuccedilatildeo e implementaccedilatildeo baixo

custo e natildeo sem problemas com a degradaccedilatildeo do DNA (MOREIRA et al 2014)

A PCR eacute considerada uma teacutecnica de biologia molecular revolucionaacuteria que

consiste na siacutentese enzimaacutetica de coacutepias de aacutecidos nucleacuteicos Ela permitiu o raacutepido

desenvolvimento do estudo de sequumlecircncias de aacutecidos nucleacuteico Foi desenvolvida por

Kary Banks Mullis que ganhou o precircmio Nobel de quiacutemica de 1993 devido ao

desenvolvimento dessa teacutecnica em abril de 1983 (CAMARGO et al 2014)

Por meio de etapas de variaccedilatildeo de temperatura a teacutecnica de PCR promove a

duplicaccedilatildeo de cadeias de DNA in vitro A reaccedilatildeo de amplificaccedilatildeo de DNA por PCR

envolve o emprego de sequumlecircncias iniciadoras (primers) quatro nucleotiacutedeos

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 29: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

29

(dNTPrsquos) do DNA e uma DNA polimerase termoestaacutevel podendo assim obter-se a

partir de uma fita molde muitas coacutepias de uma sequumlecircncia especiacutefica de aacutecido

nucleacuteico O princiacutepio da PCR consiste na variaccedilatildeo de temperatura por ciclo

envolvendo trecircs etapas baacutesicas desnaturaccedilatildeo pareamento e amplificaccedilatildeo

(CAMARGO et al 2014)

A desnaturaccedilatildeo da fita molde de DNA eacute uma etapa com duraccedilatildeo entre 30

segundos a 1 minuto a temperatura entre 92 ordmC a 96 ordmC Apoacutes isso o pareamento de

dois iniciadores sinteacuteticos de composiccedilotildees distintas que funcionam como os

iniciadores da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo liga-se agrave regiatildeo complementar da fita de

DNA alvo que sofreraacute a duplicaccedilatildeo Esta etapa tem duraccedilatildeo de 30 segundos a 1

minuto a temperatura entre 58 ordmC e 65 ordmC Por uacuteltimo a amplificaccedilatildeo por meio da

enzima Taq DNA polimerase das novas fitas de DNA se daacute a partir de cada um dos

iniciadores utilizando os quatro dNTPrsquos como substrato da reaccedilatildeo de polimerizaccedilatildeo

Esta etapa possui duraccedilatildeo entre 45 segundos e 1 minuto a 72 ordmC Cada ciclo eacute

repetido em torno de 30 a 35 vezes e promove a amplificaccedilatildeo da regiatildeo alvo

determinada conforme o anelamento dos iniciadores sinteacuteticos de DNA (CAMARGO

et al 2014) Estas etapas estatildeo demonstradas na figura 4

Figura 4 Etapas da Reaccedilatildeo de PCR

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 30: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

30

2 JUSTIFICATIVA

No ano de 2010 no Distrito Federal foram identificados 111 pacientes com

suspeita de infecccedilatildeo por Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) e a

Secretaria de Sauacutede do Distrito Federal confirmaram ainda a morte de 18 pacientes

dentre os hospitais puacuteblicos e particulares Um desafio encontrado por ocasiatildeo do

surto infeccioso no Distrito Federal foi o de confirmar as KPCs por Reaccedilatildeo da

Polimerase em Cadeia sendo que as amostras foram enviadas com esta finalidade

para a Fiocruz no Rio de Janeiro

Pesquisas que possam contribuir na elaboraccedilatildeo de estrateacutegias preventivas e

de intervenccedilatildeo para infecccedilotildees causadas por enterobacteacuterias bem como contribuir

para gerar uma integraccedilatildeo beneacutefica entre a equipe acadecircmica e os serviccedilos de

sauacutede devem ser estimuladas Neste sentido o presente estudo permitiu escrutinar

os genes envolvidos na expressatildeo de carbapenemases presentes em espeacutecies de

enterobacteacuterias isoladas em ambiente hospitalar visto que elucidar genes de

resistecircncia de enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos eacute o primeiro passo

para garantir um controle epidemioloacutegico efetivo para estes tipos de microorganismo

assim como sua associaccedilatildeo com surtos fatais particularmente em pacientes com

baixa imunidade

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 31: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

31

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral Caracterizar os genes de resistecircncia das

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases e os aspectos epidemioloacutegicos de

pacientes internados em um hospital puacuteblico do Distrito Federal

32 Objetivos Especiacuteficos

Identificar genotipicamente a enzima KPC (Klebsiella pneumoniae

carbapenemase) de isolados de Klebsiella pneumoniae

Investigar aspectos epidemioloacutegicos dos pacientes portadores de

Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases

Identificar quais variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana influenciaram para o

desfecho oacutebito ou alta

Avaliar a susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos antibioacuteticos

carbapenecircmicos dos pacientes em ambiente hospitalar

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 32: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

32

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Trata-se de um estudo transversal onde foi realizado o teste de

susceptibilidade das enterobacteacuterias aos antibioacuteticos carbapenecircmicos a partir dos

materiais bioloacutegicos coletados dos pacientes internados no Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) e enviados ao Laboratoacuterio de Anaacutelises Cliacutenicas da mesma Instituiccedilatildeo

Os materiais bioloacutegicos investigados foram sangue aspirado traqueal ou brocircnquico

urina e cultura semi quantitativa de ponta de cateter venoso central O HRAN eacute um

hospital puacuteblico do Distrito Federal com 395 leitos sendo as cliacutenicas de internaccedilatildeo

Berccedilaacuterio Cirurgia Geral Cirurgia Plaacutestica Cliacutenica Meacutedica Ginecologia Maternidade

Pediatria Queimados UTI com atendimento a pacientes portadores de doenccedilas de

caraacuteter cliacutenico e ciruacutergico

4 1 Coleta e transporte das amostras bioloacutegicas

As amostras foram coletadas de pacientes internados no Hospital Regional da

Asa Norte (HRAN) com suspeitas de infecccedilatildeo por KPC A identificaccedilatildeo primaacuteria foi

realizada pelo Laboratoacuterio de Microbiologia do hospital de origem dos pacientes e os

demais procedimentos que foram utilizados na identificaccedilatildeo encontram-se descritos

abaixo

4 2 Procedimentos para confirmaccedilatildeo de resistecircncia bacteriana por

disco de ertapenem (adaptado CDC 2004)

Para diagnosticar amostra como portadora de bacteacuteria produtora de

carbapenemase foi realizado o teste com disco de ertapenem como forma de

triagem Inicialmente utilizou-se o swab contaminado com a amostra que foi

distribuiacuteda em uma pequena aacuterea da placa de aacutegar MacConkey para apoacutes o

crescimento ser realizada a pesquisa de colonizaccedilatildeo por enterobacteacuterias resistentes

aos carbapenecircmicos (Pesquisa de CRE) Procedeu-se a semeadura por teacutecnica

semi-quantitativaesgotamento com alccedila bacterioloacutegica na diluiccedilatildeo de 1100 O disco

de Ertapenem foi colocado na superfiacutecie da placa de MacConkey na junccedilatildeo dos dois

primeiros campos de semeadura conforme demonstrado na figura 5 Incubou a placa

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 33: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

33

em estufa aeroacutebia a 35ordmC por 24 e 48 horas e observou-se o halo de difusatildeo do

disco de Ertapenem na placa para proceder agrave leitura

O teste deixou de ser obrigatoacuterio apoacutes a modificaccedilatildeo dos criteacuterios

interpretativos para carbapenecircmicos para enterobacteacuterias publicados no suplemento

do CLSI 2010 M100-S20-U

Figura 5 Mecanismo de semeamento de material bioloacutegico oriundos de

pacientes com suspeita de infecccedilatildeo por KPC Fonte adaptado CDC 2004

4 2 1 Interpretaccedilatildeo dos resultados

Na ausecircncia de crescimento ateacute 24 horas (MacConkey) ou halo de difusatildeo

gt27 mm na placa deve-se reincubar as placas por mais 24 horas Quando for

ausente o crescimento apoacutes 48 horas ou halo de difusatildeo gt27 mm na placa libera-se

como enterobacteacuterias resistentes a carbapenecircmicos (KPCNEG)Havendo

crescimento de colocircnias na placa de MacConkey com halo lt 27 mm (apenas para

colocircnias com crescimento dentro do halo) deve-se reisolar e realizar identificaccedilatildeo e

antibiograma automatizado teste de sensibilidade por disco-difusatildeo e Teste de

Hodge Modificado (THM) Os isolados de enterobacteacuterias cujos testes comprovarem

a resistecircncia aos carbapanecircmicos testados (KPCPOS) foram reportado a Comissatildeo

de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) Jaacute osbacilos Gram-negativos natildeo

fermentadores natildeo foram reportados (KPCNEG) Para interpretaccedilatildeodos resultados

foram utilizados os valores conforme demonstrados na tabela 1

Tabela 1 Criteacuterios Interpretativos para testes de sensibilidade

ENTEROBACTEacuteRIAS

Disco difusatildeo (mm) MIC (microgml)

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 34: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

34

Antibioacutetico Sigla S I R S I R

Ertapenem 10

microg

ETP 22 19-

21

18 05 1 2

Meropenem 10

microg

MEM 23 20-

22

19 1 2 4

Fonte Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)

2013

Os resultados que apresentaram resistecircncia ao antibioacutetico Ertapenem foram

considerados como suspeitos de contaminaccedilatildeo por KPC Fez-se o teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) em aparelho automatizado MicroScan Walk

Away 96sl Dade Behring

4 3 Teste de susceptibilidade aos antibioacuteticos (adaptado CDC 2004)

A determinaccedilatildeo da susceptibilidade dos isolados foi feita pelo teste de

susceptibilidade aos antibioacuteticos (TSA) apoacutes cultura em meio de gelose simples

(INSA) para avaliaccedilatildeo da sua pureza e obtenccedilatildeo de colocircnias isoladas Para

preparaccedilatildeo de uma suspensatildeo bacteriana com turvaccedilatildeo aproximada de 05

McFarland (Dade BehringMicroScanregTurbidity Meter) ressuspendeu duas a cinco

colocircnias em 2ml de soro fisioloacutegico esteacuteril diluindo a 1100 em soro fisioloacutegico num

volume total de 10ml em seguida foi feita uma semeadura em duas placas

quadradas (120mm x 120mm) de Muller-Hinton Agar (INSA) por inundaccedilatildeo

Os discos de antibioacutetico carbapenecircmicos imipenem meropenem e

ertapenem (Biorad) foram aplicados com o auxiacutelio de um dispensador automaacutetico A

susceptibilidade das Enterobacteacuterias aos carbapenecircmicos foi definida de acordo

com o protocolo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI 2011)

Para aquelas Enterobacteacuterias que apresentaram resistecircncia ao ertapenem

foram realizados o Teste de Hodge Modificado para Detecccedilatildeo de Enterobacteacuterias

Produtoras de Carbapenemases conforme descrito pelo Centers for Disease Control

and Prevention (CDC 2004)

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 35: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

35

4 4Teste de Hodge Modificado (THM) (adaptado CDC 2004)

Preparou-se uma suspensatildeo em salina esteacuteril com a cepa Escherichia coli

ATCC 25922 (padratildeo 05 de McFarland) Apoacutes isto diluiu a suspensatildeo 110 em

salina (05 ml da soluccedilatildeo de Ecoli ATCC 25922 + 45 ml salina)Foi entatildeo semeado

na superfiacutecie de uma placa de Agar Muller-Hinton com a suspensatildeo diluiacuteda de Ecoli

ATCC 25922 com auxilio de swab seco assegurando que houvesse uma

distribuiccedilatildeo uniforme cobrindo toda a superfiacutecie do Agar Deixou secar por 3 a 5

minutos em temperatura ambienteColocou-se o disco de ertapenem 10microg no centro

da placa e apoacutes isto fez-se uma estria linear da cepa a ser testada da borda do

disco ateacute a borda da placa utilizando uma alccedila calibrada 10 microl ou um swab Incubou

a placa na estufa em atmosfera aeroacutebia a 35 plusmn 2ordmC por 16 a 24 horas

441 Controle de qualidade (CQ)

Foi utilizado um CQ todos os dias em que se realizou o teste tendo como

controle Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1705- teste de Hodge modificado

positivo Klebsiella pneumoniae ATCC BAA 1706- teste de Hodge modificado

negativo

442 InterpretaccedilatildeoResultados

Apoacutes 16ndash24 horas de incubaccedilatildeo examinar as placas para verificar a presenccedila

de uma distorccedilatildeo no halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem devido ao crescimento

realccedilado da cepa ATCC na intersecccedilatildeo do organismo teste e a Ecoli ATCC 25922

dentro dos limites do halo O THM positivo apresentaraacute presenccedila de distorccedilatildeo no

halo de inibiccedilatildeo de ertapenem devido ao crescimento da cepa Ecoli ATCC 25922 ao

longo da estria da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo Jaacute o THM

negativo teraacute ausecircncia de crescimento da cepa Ecoli ATCC 5922 ao longo da estria

da cepa teste para dentro dos limites do halo de inibiccedilatildeo do disco de ertapenem

Este resultado estaacute representado na figura 6

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 36: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

36

Figura 6 Interpretaccedilatildeo resultado do Teste de Hodge Modificado

(adaptado CDC 2004) Teste positivo na estria da cepa teste na parte superior

da placa teste negativo na estria da cepa teste na parte inferior da placa

Tendo positivo como resultado o paciente era um provaacutevel contaminado por

KPC As amostras entatildeo foram encaminhadas para a Fundaccedilatildeo Osvaldo Cruz

(FIOCRUZ) para confirmaccedilatildeo final As amostras finalmente confirmadas como

positivas para KPC foram isoladas e guardadas no banco de cepas cliacutenicas do

hospital Apoacutes a autorizaccedilatildeo do CEP amostras das cepas foram transferidas para

meio de transporte Stuard em caixa teacutermica fechada em baixa temperatura e

levadas para o laboratoacuterio de microbiologia cliacutenica da universidade

No laboratoacuterio da universidade as amostras foram separadas e realizadas

repiques em meios MacConkey e incubadas por 24h As colocircnias caracteriacutesticas

foratildeo isoladas em caldo BHI e mantidas em shaker a 37oC por 2h Apoacutes isto foram

executadas as anaacutelises a seguir

Os isolados de Enterobacteacuterias produtoras de carbapenemases foram

submetidos agrave extraccedilatildeo de DNA e posterior sequumlenciamento para identificaccedilatildeo dos

genes de resistecircncia blaKPC de 1 a 13 e identificaccedilatildeo do gene universal Os

pacientes de onde os materiais bioloacutegicos contendo as Enterobacteacuterias produtoras

de carbapenemases foram os isolados foram investigados quanto aos aspectos

epidemioloacutegicos e cliacutenicos

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 37: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

37

4 5 Extraccedilatildeo de DNA bacteriano

A extraccedilatildeo de DNA bacteriano foi realizada utilizando o kit NucleoSpin

Plasmidreg (MN) Antes de iniciar a extraccedilatildeo foi feito a preparaccedilatildeo das soluccedilotildees

reagentes materiais e amostras (vortexando) colocou-se em banho-maria agrave 50ordmC o

tampatildeo AW Partiu-se de colocircnias isoladas cultivadas que sofreram passagem em

meio LB liacutequido por 12h Adicionou-se 15 mL da amostra no tubo eppendorf

centrifugou por 5 minutos descartou o sobrenadante (com cuidado para natildeo

descartar o Pellet) Repetiu-se este procedimento por mais trecircs vezes completando-

se o volume de 6mL Foram adicionados 250microL do tampatildeo Resuspension Buffer A1

encostando a ponteira no Pellet e misturando (este tampatildeo tem como funccedilatildeo

separar a formaccedilatildeo de grumos celulares) Apoacutes isso homogeneizou e vortexou os

tubos eppendorfs Apoacutes isso foram adicionados 250microL do tampatildeo Lysis Buffer A2

homogenizou e deixou descansar por 5 minutos (esta etapa eacute importante para a lise

da parede e da membrana celulares e liberaccedilatildeo do conteuacutedo da ceacutelula)

Passado o tempo de descanso foi adicionado 300microL do tampatildeo

Neutralization Buffer A3 homogeneizou e centrifugou por 10 minutos (este tampatildeo

iraacute retirar as proteiacutenas que envolvem o DNA e voltaraacute com o pH para proacuteximo de 8

impedindo que a soluccedilatildeo de lise facilite a quebra das ligaccedilotildees covalentes do aacutecido

nucleacuteico) Em seguida enumeraram-se os tubos contendo filtros com siacutelica

transferiu-se o sobrenadante para o filtro e centrifugou por 5 minutos Descartou-se

o que foi filtrado adicionou 500microL do tampatildeo AW (banho-maria) centrifugou por 2

minutos Novamente foi descartado o filtrado Adicionou-se 600microL do tampatildeo A4

centrifugou por 2 minutos e descartou o filtrado (os tampotildees AW e A4 contecircm

isotiocianato de guanidina em concentraccedilotildees crescentes para facilitar a adsorccedilatildeo

do DNA na siacutelica e retirada das outras biomoleacuteculas da amostra) Foi feita outra

centrifugaccedilatildeo com o tubo vazio Apoacutes isto o filtro foi trocado para outro eppendorf

definitivo onde foi adicionado 50microL do tampatildeo Elution Buffer AE (este tampatildeo

favorece a eluiccedilatildeo do DNA) centrifugou por 2 minutos descartou o filtro e

armazenou as amostras em freezer -20ordmC

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 38: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

38

4 6 Iniciadores e reaccedilatildeo de PCR

Os iniciadores universais para o gene blaKPC foram desenhados baseados

em sequumlecircncias conservadas apresentadas pelos sub-grupos de genes que

codificam a enzima carbapenemase de klebsiella pneumoniae (YIGIT et al 2001)

Baseado na sequumlecircncia para o blakpc-1 depositada no GenBank

(AF2975541) o oligonucleotiacutedio (oligo) iniciador direto (5-

ATGTCACTGTATCGCCGTC-3rsquo) foi desenhado para reconhecer a sequumlecircncia

blaKPC na posiccedilatildeo (131149) enquanto que o iniciador reverso (5-

TTACTGCCCGTTGACGCC-3rsquo) foi reconhecido na posiccedilatildeo (9951012) As anaacutelises

baseadas em alinhamento de sequumlecircncias mostraram que o par de iniciadores

blaKPC podem detectar os alelos de 1 a 13 do gene blaKPC conforme a tabela 2

Tabela 2 Nuacutemero de acesso ao GenBank dos alelos blaKPC e seus

microrganismos originais

Nuacutemero de

Acesso GenBank

Microrganismo Alvo

AF2975541 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-1

GU0862251 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2

HQ2589341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-2-like

AB5577341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC -3

EU4473041 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-4

EU4002222 Pseudomonas

aeruginosa

blaKPC-5

EU5555341 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-6

EU7297271 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-7

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 39: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

39

FJ2344121 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-8

FJ624872 Escherichia coli blaKPC-9

GQ1403481 Acinetobacter

baumannii

blaKPC-10

HM0669951 Klebsiella

pneumoniae

blaKPC-11

HQ3428891 Enterobacter cloacae blaKPC-12

HQ3428901 Enterobacter cloacae blaKPC-13

As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo de blaKPC foram realizadas em um

primeiro tempo de desnaturaccedilatildeo em que foi 94ordmC por 5 minutos seguido de 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 58 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 90 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 78ordmC por 8 minutos Aleacutem das amostras foi utilizado um

controle negativo

A PCR do blaKPC foi realizada utilizando os componentes para o volume da

reaccedilatildeo de 25 microL citados na tabela 3 A banda do tamanho do produto de PCR foi de

881 pares de bases (pb) o que corresponde ao plasmiacutedeo

Tabela 3 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do

gene blaKPC

Reagente Volume

DNA molde 4 microL

Tampatildeo Taq 25 microL

MgCl2 075 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP

2 microL

Oligo F 1 microL

Oligo R 1 microL

Taq DNA polimerase 05 microL

Aacutegua MiliQ 1335 microL

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 40: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

40

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

Baseado na sequumlecircncia para o gene 16S rRNA em que o oligonucleotiacutedio

Universal iniciador direto foward (5-CCAGCAGCCGCCGTAATACG-3rsquo) foi

desenhado para reconhecer a sequumlecircncia universal na posiccedilatildeo 1513 enquanto que o

iniciador reverso (5-ATCGGYTACCTTGTTACGACTTC-3rsquo) foi reconhecido na

posiccedilatildeo 1491 foram realizadas PCRrsquos As reaccedilotildees de PCR para a detecccedilatildeo deste

gene foram realizadas nos seguinte tempos separaccedilatildeo 94ordmC por 10 minutos 30

ciclos utilizando nos passos de desnaturaccedilatildeo anelamento e polimerizaccedilatildeo com os

respectivos comandos 94 ordmC por 60 s 55 ordmC por 60 s e 72 ordmC por 120 s Por uacuteltimo

no processo de extensatildeo 72ordmC por 10 minutos

A PCR do gene 16S rRNA foi realizada utilizando os componentes para o

volume da reaccedilatildeo de 25microL citados na tabela 4 A banda do tamanho do produto de

PCR foi de 996 pb correspondente aacute regiatildeo ribossomal capaz de amplificar todas

as espeacutecies

Tabela 4Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da reaccedilatildeo de PCR do gene

universal

Reagente (quantidade

concentraccedilatildeo do estoque)

Volume

DNA molde 10 ng 4 microL

Tampatildeo Taq 10 x 25 microL

MgCl2 50mM 125 microL

Mistura dos 4 nucleotiacutedeos-

dNTP 25 mM

125 microL

Oligo F 10microM 05 microL

Oligo R 10microM 05 microL

Taq DNA polimerase 5UmicroL 04 microL

Aacutegua Miliq 146 microL

Total (em cada ependorff) 25 microL

Todos exceto o Controle Negativo (CN)

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 41: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

41

O termociclador utilizado para os experimentos foi o LifeTouch da BIOER

4 7 Digestatildeo

Para realizaccedilatildeo da digestatildeo foi utilizada a enzima BshF I (Hae III) EN- 1105

tamanho 7000 units concentraccedilatildeo 10 unitsmicroL fonte Bacillus sphaericus empresa

Jena bioscienceUtilizaram-se os componentes para o volume de 50microL da reaccedilatildeo

citados na tabela 5

Tabela 5 Reagentes utilizados para realizaccedilatildeo da digestatildeo do gene

universal

Reagente Volume

Produto de PCR 10 microL

Enzima BshF I 01 microL

Tampatildeo (10x) 5 microL

Aacutegua Miliq 349 microL

Total (em cada ependorff) 50 microL

Valores para 1 digestatildeo

Os ependorffs foram colocados por 30 minutos em banho-maria a 37ordmC Apoacutes

isso fez-se a corrida das amostras em gel de agarose para verificaccedilatildeo do resultado

(LU et al 2000)

4 8 Eletroforese em gel de agarose

Os produtos de DNA PCR e digestatildeo foram analisados em gel de agarose

2 O tempo de corrida do gel eacute de aproximadamente 1hora e 30minutos sendo

que no comeccedilo foi usada agrave voltagem de 50 V e apoacutes comeccedilar a correr o gel

aumentou a voltagem para 100 v Utilizou-se o marcador de 100pb (pares de bases)

Foi adicionado 3microL de corante Bromophenol (que tem a funccedilatildeo de fazer uma ligaccedilatildeo

na amostra de DNA e permitir a visualizaccedilatildeo da corrida no gel de agarose) em 7microL

de amostra tanto de DNA quanto de PCR Para o preparo do gel foi utilizado TBE

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 42: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

42

(Tris- Aacutecido Boacuterico) agarose e brometo de etiacutedio (sua funccedilatildeo eacute de corante para o gel

e permitir a visualizaccedilatildeo do DNA quando colocado agrave luz ultravioleta) Para o oligo

blaKPC a banda da amplificaccedilatildeo foi em 881ppb correspondendo ao plasmiacutedeo Jaacute

o oligo Universal foi em 996 pb

4 9 Descarte de resiacuteduos

Todos os materiais utilizados nos ensaios foram de uso uacutenico e manipulados

em cacircmaras de seguranccedila bioloacutegica classe II Apoacutes o uso foram colocados em

soluccedilatildeo desinfetantes (hipoclorito a 1) e em seguida autoclavados a 127oC por 20

min em sacos apropriados para autoclavaccedilatildeo Apoacutes a finalizaccedilatildeo do ciclo de

esterilizaccedilatildeo os sacos contendo o material descartaacutevel foram colocados em

recipientes de coleta da empresa responsaacutevel pela coleta de materiais bioloacutegicos

produzidos no laboratoacuterio de microbiologia Todos os procedimentos seguiram a

normativa RDC-ANVISA 3062004 sobre o descarte de resiacuteduos de serviccedilo de

sauacutede

4 10 Aspectos epidemioloacutegicos e cliacutenicos

Os aspectos cliacutenicos e epidemioloacutegicos foram investigados por meio de

prontuaacuterios dos pacientes portadores de enterobacteacuterias produtoras de

carbapenemases e envolveram topografia mais provaacutevel do foco infeccioso a

enfermidade motivadora da internaccedilatildeo o desfecho cliacutenico a idade e o tempo de

internaccedilatildeo

4 12 Anaacutelises eepidemioloacutegicas

As anaacutelises foram realizadas com o pacote estatiacutestico SPSS versatildeo 200

Para verificar quais variaacuteveis referentes aos dados epidemioloacutegicos e

microbioloacutegicos influenciaram no desfecho verificou- se a diferenccedila meacutedia das

variaacuteveis idade e tempo de internaccedilatildeo em cada grupo O teste estatiacutestico utilizado foi

o teste t de Student apoacutes se executar o teste de normalidade de Shapiro-Wilk Para

as variaacuteveis sexo perfil microbioloacutegico das enterobacteacuterias produtoras de

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 43: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

43

carbapenemases foi avaliada a associaccedilatildeo com o desfecho por meio do teste Exato

de Fisher O niacutevel de significacircncia adotado foi de 5

4 13 Preceitos eacuteticos

Este projeto estaacute inserido em um projeto maior denominado ldquoEpidemiologia

cliacutenica e caracterizaccedilatildeo molecular do Acinetobacter Baumannii resistente a

antibioticoterapia em pacientes internado em hospitais do Sistema Uacutenico de Sauacutederdquo

que foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria do Estado de

Sauacutede do Distrito Federal (SESDF) e emitido parecer aprovado pelo protocolo nordm

23109 (anexo)

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 44: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

44

5 RESULTADOS

51 Anaacutelise molecular

Para a amplificaccedilatildeo com o oligo blaKPC foram amplificadas amostras

que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 881 pb correspondente ao

plasmiacutedeo A anaacutelise da amplificaccedilatildeo da regiatildeo do gene blaKPC mostrou que

apenas a amostra A10 natildeo amplificou isso demonstra que esta amostra natildeo

possuiacutea o gene de resistecircncia

5 1 1 Gene blaKPC

Figura 7 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 881 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

A amostra A3 natildeo amplificou no primeiro momento entatildeo foi realizado

novamente a PCR e corrida de gel obtendo entatildeo a amplificaccedilatildeo da amostra como

apresentado na figura 8

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 45: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

45

Figura 8 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene blaKPC da

mostra A3 estudada A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo de 881

pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 1 2 Gene 16S rRNA

Para a amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA utilizou-se o oligo universal Foram

amplificadas amostras que devolveram bandas de amplificaccedilatildeo na altura de 996 pb

Figura 9 Gel de agarose a 2 da amplificaccedilatildeo do gene 16S rRNA das

amostras dos 17 pacientes estudados A banda amplificada corresponde a

uma regiatildeo de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 46: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

46

Segundo Lu et al (2000) a digestatildeo com a enzima HaeIII deste amplicons de

16S rRNA devolveriam bandas com perfis entre 150 a 200 pb No gel abaixo eacute

possiacutevel evidenciar que este perfil ocorreu com o predomiacutenio de bandas na altura

de 200pb

Figura 10 Gel de agarose a 2 da digestatildeo do amplicon do gene 16S

rRNA das amostras com a enzima HaeIII evidenciando diversos fragmentos

proacuteximos a 200 pb A banda amplificada corresponde a uma regiatildeo ribossomal

de 996 pb Marcador = Marcador de 100pb CN= controle negativo

5 2 Anaacutelises epidemioloacutegicas

5 2 1 Sexo

No total foram detectados 17 isolados de KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 onde a maior a prevalecircncia foi

detecatada em amostras de pacientes do sexo masculino (53) do que no sexo

feminino (47)

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 47: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

47

Figura 11 Isolado de KPC segundo sexo dos 17 pacientes investigados

no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 2 Desfecho cliacutenico

Em 17 isolados de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo

de 2010 aacute 2011 a porcentagem de pacientes que foram a oacutebito (59) foi maior que

a de pacientes que tiverm alta (41)

Figura 12 Isolado de KPC segundo desfecho cliacutenico dos 17 pacientes

investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 48: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

48

5 2 3 Local da coleta

Dos 17 episoacutedios detectados de infecccedilatildeo por KPC resistecircntes aos

carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 a infecccedilatildeo em swab retalfoi mais

frequente (47) seguida de ponta de cateacuteter (18) e secreccedilatildeo traqueal (12)

Figura 13 Isolados de KPC segundo local da coleta da amostra nos 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 4 Microorganismo

O microorganismo mais encontrado foi a Klebsiella pneumoniae (82)

seguida da Enterobacter clocae (12) e Serratia marcescens (6) dos 17 isolados

de KPC resistecircntes aos carbapenecircmicos no periacuteodo de 2010 aacute 2011 Isto afirma o

fato de a sigla KPC ser utilizada de forma errocircnea aacute Klebsiella pneumoniae visto

que a evidecircncia dela eacute maior em relaccedilatildeo as outras cepas

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 49: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

49

Figura 14 Isolado de KPC segundo microrganismo encontrado em 17

pacientes investigados no HRAN no periacuteodo de 2010 aacute 2011

5 2 5 Relaccedilotildees variaacuteveis relativas agrave infecccedilatildeo bacteriana e desfecho

cliacutenico

Tabela 6 ndash Distribuiccedilatildeo do perfil geneacutetico sexo coleta tipificaccedilatildeo de

microrganismos e anaacutelise da resistecircncia bacteriana segundo o desfecho

cliacutenico Brasiacutelia-DF 2010 a 2011

Variaacutevel Resultado

Desfecho

Alta Oacutebito

N N P

Gene 16S rRNA Positivo 7 1000 10 1000

NA Gene blaKPC Positivo 6 857 10 1000

Negativo 1 143 0 00 0218 Sexo Feminino 2 286 6 600

Masculino 5 714 4 400 0201 Local da coleta Fundo saco de

Douglas 1 143 0 00

Hemocultura 0 00 1 100 0463 Ponta de cateter 1 143 2 200

Sec TraquealBrocircnquica

0 00 1 100

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 50: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

50

Secreccedilatildeo traqueal 2 286 0 00

Swab retal 3 429 5 500

Urina 0 00 1 100

Microrganismo Enterobacter cloacae (KPC)

1 143 1 100

Klebsiella pneumoniae

6 857 8 800

0416 Serratia

marcescens 0 00 1 100

Teste de Hodge Hodge positivo 7 1000 10 1000

NA Amicacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 1 100 0848 resistente 0 00 1 100

sensiacutevel 2 286 3 300

Amoxicilina Aacutecido Clavulacircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Ampicilina Sulbactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ampicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Aztreonan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefazolina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 0 00 1 100 0688 resistente 3 429 4 400

Cefoperazona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Cefotaxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefoxitina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0509 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 2 286 4 400

Ceftazidima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cetriaxona sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 3 429 5 500 0772 Cefalotina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Ciprofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 51: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

51

resistente 3 429 5 500

Claritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Clindamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Eritromicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Gentamicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0942 resistente 2 286 3 300

sensiacutevel 1 143 2 200

Imipenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 0 00 2 200 0193 Resistente 1 143 3 300

sensiacutevel 2 286 0 00

Nitrofurantoiacutena sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 resistente 0 00 1 100

Norfloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Oxacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Penicilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Piperacilina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Rifampicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tetraciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Ticarcilina Aacutecido Clavulocircnico

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0688 natildeo testado 0 00 1 100

resistente 3 429 4 400

Tobramicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Trimetoprima Sulfametoxazol

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0112 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 2 286 0 00

Vancomicina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 natildeo testado 3 429 5 500

Tigeciclina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediario 0 00 1 100 0211 natildeo testado 1 143 4 400

resistente 2 286 0 00

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 52: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

52

Cefepime sem informaccedilatildeo 4 571 5 500 0772 resistente 3 429 5 500

Cefuroxima sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Levofloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Piperacilina Tazobactam

sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0381 resistente 2 286 5 500

Ertapenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

resistente 2 286 5 500 0381 sensiacutevel 1 143 0 00

Meropenem sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

intermediaacuterio 1 143 0 00 0223 resistente 1 143 5 500

sensiacutevel 1 143 0 00

Cefotetan sem informaccedilatildeo 4 571 5 500

natildeo testado 3 429 4 400 0688 sensiacutevel 0 00 1 100

Gemifloxacina sem informaccedilatildeo 4 571 7 700 0585 natildeo testado 3 429 3 300

Desfecho

Alta Oacutebito

Meacutedia Erro

padratildeo Meacutedia Erro

padratildeo p

Idade 58 9 59 5 0991

Tempo Internaccedilatildeo (dias)

50 13 46 12 0571

n= 17 p(lt 005) NA natildeo se aplica

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 53: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

53

6 DISCUSSAtildeO

Nos uacuteltimos anos houve um aumento na incidecircncia de bacteacuterias

multirresistentes aos antimicrobianos no ambiente hospitalar tornando isto um

problema mundial de sauacutede puacuteblica (HULSCHER et al 2010) Quando se trata

principalmente de bacilos Gram negativos a frequumlecircncia destas bacteacuterias eacute ainda

maior em paiacuteses da Ameacuterica Latina quando comparada a paiacuteses desenvolvidos

(GALES etal 2012)

De acordo com dados do ldquoMeropenem Yearly Susceptibility Test Information

Collectionrdquo (MYSTIC) ocorreu nos Estados Unidos um aumento na susceptibilidade

de K pneumoniae nos uacuteltimos anos graccedilas a praacuteticas de controle de disseminaccedilatildeo

de amostras resistentes(RHOMBERG P R et al 2009) O aumento crescente da

prevalecircncia destes microrganismos foi proporcional ao aumento da dependecircncia do

uso de antibioacuteticos carbapenecircmicos considerados como a opccedilatildeo terapecircutica para o

tratamento de infecccedilotildees por bacilos Gram negativos multi-resistentes (LIVERMORE

2012) Isto afeta diretamente as opccedilotildees de tratamento sobrando poucas alternativas

para a terapecircutica que incluem colistina (polimixina E) e tigeciclina que apresentam

respectivamente problemas em termos de toxicidade e eficaacutecia (LIVERMORE et

al 2011) Um dos efeitos adversos mais importantes das poliminas B e E por

exemplo satildeo a neurotoxicidade e nefrotoxicidade (MENDES C A C et al2009 )

Devido agrave resistecircncia ser usualmente de natureza plasmidial e portanto de

maior disseminaccedilatildeo especialmente quando carreadas por K pneumoniae

microrganismo com uma notoacuteria capacidade para acumular e transferir plasmiacutedeos

com determinantes para resistecircncia o nuacutemero de casos detectados pelo

fenoacutetipogenoacutetipo blaKPC eacute bastante preocupante (MONTEIRO et al 2009)

Comparada com outras bacteacuterias hospitalares a transmissatildeo de clones

multirresistentes de K pneumoniae eacute maior e podem natildeo ser controladas pelos

meacutetodos de controle de infecccedilatildeo hospitalar (PAAUW et al 2007) A forma

plasmidial para transferecircncia da resistecircncia adicionada a este grande potencial para

disseminaccedilatildeo de clones resistentes eacute preocupante visto que apoacutes surtos muitas

vezes pode se tornar endecircmica Jaacute eacute uma realidade a disseminaccedilatildeo desta bacteacuteria

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 54: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

54

entre pacientes hospitais paiacuteses e ateacute mesmo continentes (WOODFORF et al

2010 ROGERS et al 2011)

As chances de surtos satildeo maiores em paiacuteses com poucos recursos devido agrave

maior carecircncia de praacuteticas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees hospitalares e o

uso irracional de antimicrobianos de forma empiacuterica e inadequada (KUMARASAMY

et al 2010) Ateacute o momento os mecanismos de resistecircncia aos cabapenecircmicos

geralmente encontrado eram a produccedilatildeo de ESBL (CTX-M) somada aacute perda de

porina (CARVALHAES et al 2010) Foi notado a partir do ano de 2008 um

aumento no nuacutemero de K pneumoniae produtoras de KPC-2 apresentando outra

forma de resistecircncia (GALES 2012)

Um estudo mostrou que o perfil do paciente colonizado ou infectado por KPC

foi de um paciente entre os 33 e os 82 anos de idade internado haacute mais de 1

semana no hospital A mortalidade geral nos uacuteltimos anos ficou em torno de 7

sendo que dos 77 pacientes estudados 32 (415) pacientes evoluiacuteram para oacutebito

evidenciando a alta morbi-mortalidade associada (ALVES A P et al 2013)

Em estudo com 2316 pacientes avaliados a populaccedilatildeo de sexo masculino foi

de 526 idade meacutedia global de 53 anos (mediana de 55 anos) permanecircncia meacutedia

de 58 dias (mediana de 3 dias) (OLIVEIRA A C et al 2010) Outros trabalhos

apresentaram ausecircncia de significacircncia entre sexoidade e o desenvolvimento de

infecccedilotildees por microrganismos resistentes (PERES-BOTA D et al 2003 COLPAN

A et al 2005 COELLO R et al 1997)

Outro estudo utilizou um total de 30 amostras sendo elas isoladas de urina

escarro secreccedilatildeo pleural ponta de cateter aspirado traqueal e hemocultura A mais

prevalente foi em urina (40) Entre as 30 cepas analisadas a maior porcentagem

foi da cepa Klebsiella pneumoniae (70) Enterobacter sp (133) Klebsiella

ozaenae (10) Escherichia coli (333) e Klebsiella oxytoca (333)

(DIENSTMANN R et al 2010) Nos Estados Unidos a enzima KPC jaacute se tornou

endecircmica Foi realizada uma pesquisa em dois hospitais de Nova York onde

testaram 602 amostras e 45 apresentaram algum mecanismo de resistecircncia

sendo apenas 33 confirmadas por biologia molecular como KPC-2 (BRATU et

al 2005)

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 55: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

55

Estudo sobre os tipos de ESBL feito no Japatildeo apresentou o tipo Toho-1 como

o mais prevalente nessa pesquisa Ateacute o ano de 2000 ano em que foi publicado tal

estudo este era o primeiro relatoacuterio no Japatildeo para identificar derivados de ESBLs

como tipo de SHV e TEM entre E coli e K pneumoniae Em especial o tipo SHV- 12

foi identificado com uma maior frequumlecircncia Estes resultados indicam que tipos

distintos de ESBLs que satildeo diferentes em sua especificidade de substrato e origem

geneacutetica coexistem no Japatildeo Isto mostra a importacircncia de caracterizar genoacutetipos

distintos de ESBLs e de estar em alerta continuamente para as tendecircncias de

ESBLs no Japatildeo aleacutem da necessidade de uma interpretaccedilatildeo uniforme utilizando as

diretrizes do CSLI para relatar cepas produtoras de ESBL Aleacutem da detecccedilatildeo de

ESBLs satildeo necessaacuterias mais informaccedilotildees tais como o perfil de sensibilidade

especiacutefica para diversas β-lactacircmicos e o local da infecccedilatildeo Esses fatores satildeo

essenciais para a escolha adequada de antibioacuteticos (YAGI T et al 2000)

No ano de 2004 uma pesquisa avaliou a produccedilatildeo de uma enzima de

hidroacutelise de carbapenecircmicos atraveacutes da teacutecnica de sequumlenciamento foi revelado

um novo membro da famiacutelia KPC designado KPC- 3 Pesquisadores encontraram

em um mutante de K pneumoniae uma substituiccedilatildeo de um gene associado com

resistecircncia a Imipenem mas essa substituiccedilatildeo foi considerada improvaacutevel na

contribuiccedilatildeo da resistecircncia aos carbapenecircmicos da espeacutecie estudada Aleacutem da

resistecircncia aos carbapenecircmicos estes isolados eram em sua maioria resistentes agraves

cefalosporinas penicilinas e aminoglicosiacutedeos Usando estudos de transformaccedilatildeo

conjugaccedilatildeo e hibridaccedilatildeo localizaram o alelo blaKPC em plasmiacutedeo aleacutem disso

mostraram que esse alelo tambeacutem carregava uma resistecircncia aos aminoglicosiacutedeos

A transferecircncia das enzimas KPCs foi demonstrada in vitro tanto neste como em

outros estudos pode ser que os plasmiacutedeos que fazem esta transferecircncia estavam

comeccedilando a se espalhar no ambiente cliacutenico resultando na multiresistecircncia dessas

estirpes (WOODFORD et al 2004)

O presente estudo apresentou um vieacutes quanto aos resultados dos testes de

susceptibilidade microbiana Observou-se que natildeo foi encontrado resultado deste

teste em algumas amostras o que natildeo cooperou para um estudo mais preciso

futuros estudos quanto agraves amostras e um melhor acompanhamento deste tipo de

patologia Poreacutem mesmo sem algumas amostras com este resultado disponiacutevel foi

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 56: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

56

confirmada a presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos

carbapenecircmicos por meio dos genes de resistecircncia blaKPC e 16S rRNA que as

amostras apresentaram em sua maioria serem portadoras Quanto aos resultados

estatiacutesticos nenhuma das variaacuteveis apresentou significacircncia estatiacutestica (p gt 005)

mostrando assim que estas variaacuteveis isoladas natildeo foram o fator determinante para

o desfecho cliacutenico de alta ou oacutebito

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 57: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

57

7 CONCLUSAtildeO

Os genes blaKPC e 16S rRNA foram caracterizados confirmando a a

presenccedila da cepa Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia aos carbapenecircmicos

Houve uma maior prevalecircncia da cepa K pneumoniae e isto confirma outros

estudos que apresentam a maior prevalecircncia desta cepa em amostras com KPC

Aleacutem disso isso justifica a forma popular da K pneumoniae ser chamada de KPC

enquanto que na verdade KPC eacute uma enzima podendo estar presente em outras

cepas como Enterobacter clocae tambeacutem apresentada no presente estudo O

desfecho cliacutenico de oacutebitos maior que 50 eacute um possiacutevel indicador sobre a

necessidade de se realizar um teste raacutepido para identificaccedilatildeo de KPC visando

iniciar o mais raacutepido possiacutevel o tratamento afim de diminuir a mortalidade por esta

infecccedilatildeo

Nenhuma das variaacuteveis isoladamente estaacute relacionada ao desfecho cliacutenico

oacutebito ou alta pois natildeo apresentaram relevacircncia estatiacutestica O presente estudo

mostrou que haacute presenccedila da bacteacuteria nas amostras de pacientes do hospital

estudado podendo entatildeo afirmar que este tipo de bacteacuteria se encontra tambeacutem

presente em ambiente hospitalar O uso irracional de antimicrobiano eacute demonstrado

de forma indireta quando foi apresentado atraveacutes do Teste de Hodge Modificado

uma resistecircncia de 100 aos antibioacuteticos carbapenecircmicos Isto tambeacutem reflete na

terapecircutica sendo que pacientes portadores de bacteacuterias resistentes aos

antibioacuteticos carabepecircmicos tem uma escassa opccedilatildeo de tratamento e as opccedilotildees

apresentam problemas quanto agrave toxicidade e eficaacutecia

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 58: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

58

REFEREcircNCIAS

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Mecanismos

de resistecircncia bacteriana aos antimicrobianos Disponiacutevel em

lthttpwwwanvisagovbrservicosaudecontrolerede_rmcursosrm_controleopas_

webmodulo3mec_sitiohtmgt Acesso em 25 de abril de 2014

AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA- ANVISA Nota teacutecnica nordm

012013 medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilotildees por enterobacteacuterias

multiresistentes Acesso em 17 de abril de 2013

ALBA J et al Kinetics study of KPC-3 a plasmid-encoded class A

carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase Antimicrob Agents Chemother

Nov49(11)4760-2 2005

ALVES A P et al Nosocomial infections by KPC-producing enterobacteria in

a tertiary hospital in Southern Brazil Revista da AMRIGS Porto Alegre 57 (3) 213-

218 jul-set 2013

ALVES A et al Tipagem Geneacutetica de Microrganismos Lab De Diversidade

Microbiana Centro de Biologia Celular Dep de Biologia U de Aveiro 3810-193

Aveiro- 2003

BELL J M et Al Prevalence and significance of a negative extended-

spectrum beta-lactamase (ESBL) confirmation test result after a positive ESBL

screening test result for isolates of Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae

results from the SENTRY Asia-Pacific Surveillance Program J Clin Microbiol

May45(5)1478-82 2007

BRATU S et al Detection of KPC carbapenem-hydrolyzing enzymes in

Enterobacter spp from Brooklyn New York Antimicrob Agents Chemother v 49 n

2 p 776-8 2005

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 59: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

59

BRATU S et al Emergence of KPC-possessing Klebsiella pneumoniae in

Brooklyn New York epidemiology and recommendations for detection Antimicrob

Agents Chemother v 49 n 7 p 3018-20 2005

BRATU S et al Rapid spread of carbapenem-resistant Klebsiella

pneumoniae in New York City Arch Intern Med v 165 p 1430-5 2005

CAMARGO C F et al Aplicaccedilatildeo das teacutecnicas de pcr e suas teacutecnicas

derivadas em diagnoacutestico molecular Disponiacutevel em

ltfileDUnB10C2BA20semestreArtigosPCR-

20CLEYTON20FLORENCIO20DE20CAMARGO20E20PAULO20ROB

ERTO20QUEIROZpdfgtgt Acesso em 08 de abril de 2014

CARVALHES C G et al Cloverleaf test (modified Hodge test) for detecting

carbapenemase production in Klebsiella pneumoniae be aware of false positive

results Journal of Antimicrobial Chemotherapy v 65 n2 p 249-251 2010

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION- CDC Modified

Hodge Test for Carbapenemase Detection in Enterobacteriaceae 2004

CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE Methods for

dilutionantimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically Approved

standard M7ndashA7 7th ed CLSI Wayne PA 2011

COELLO R et al Risk factors for developing clinical infection with methicillin-

resistant Staphylococcus aureus (MRSA) amongst hospital patients initially only

colonized with MRSA J Hosp Infect 19973739-46

COLPAN A et al Evaluation of risk factors for mortality in intensive care

units A prospective study from a referral hospital in Turkey Am J Infect Control

200533(1)42-7

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 60: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

60

CORNAGLIA G et al Living with ESBLs Introduction Clinical Microbiology

and Infection 14 Suppl 1 1-2 2008

COTRIM E R et al Klebsiella pneumoniae carbapenemase ndash KPC em

Enterobacteriaceae o desafio das bacteacuterias multirresistentes Poacutes em revista do

centro universitaacuterio Newton Paiva 12012 - ediccedilatildeo 5 - issn 2176 7785

DESHPANDE L M et al Occurrence and characterization of

carbapenemase-producing Enterobacteacuteriaceae report from the SENTRY

Antimicrobial Surveillance Program (2000-2004) Microb Drug Resist 12(4)223-30

2006

DIAS D J A Estudos dos principais mecanismos de resistecircncia aos

antibioacuteticos β-lactacircmicos em bacteacuterias patogecircnicas gram negativas 2009 100 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geneacutetica Molecular e Biomedicina) ndash Faculdade de

Ciecircncias e Tecnologia Universidade de Nova Lisboa Lisboa

DIENSTMANN R et al Avaliaccedilatildeo fenotiacutepica da enzima Klebsiella

pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

J Bras Patol Med Lab v 46 n 1 p 23-27 fevereiro 2010

ENDIMIAMI A et al Emergence of blaKPC-containing Klebsiella

pneumoniae in a long-term acute care hospital a new challenge to our healthcare J

Antimicrob Chemother 64 1102-1110 Nov 2009

FALAGAS M E et al Extended-spectrum beta-lactamase producing

organisms The Journal of Hospital Infection 73 (4) pp 345-54 2009

FONTANA C et al Emergence of KPC-producing Klebsiella pneumoniae in

Italy BMC Rev Notes 3 40 2010

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 61: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

61

GALES A C et al Antimicrobial resistance among Gram-negative bacilli

isolated from Latin America results from Sentry Antimicrobial Surveillance Program

(Latin America 2008-2010) Diagnostic Microbiology and Infectious Disease v 3 n

4 p 354 -360 2012

GUPTA N et al Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae Epidemiology

and Prevention HEALTHCARE EPIDEMIOLOGY Clinical Infectious Diseases

201153(1)60ndash67 Published by Oxford University Press on behalf of the Infectious

Diseases Society of America 2011

HARBOTTLE H et al Genetics of antimicrobial resistance Anim Biotechnol

n17 p111-124 2006

HENRIQUE W N et al RESISTEcircNCIA BACTERIANA Uniatildeo das

Faculdades Alfredo NasserInstituto de Ciecircncias da Sauacutede Disponiacutevel em lt

httpwwwfaculdadealfredonasseredubrfilespesquisaposter20HENRIQUE20

Wilker20Natividade20SANTIAGO20Silvania20CAVALCANTI20DSP

20ResistC3AAncia20Bacterianapdfgt Acesso em 17 marccedilo 2014

HULSCHER M E J I et al Antibiotic prescribing in hospital a social and

behavioral scientific approach The Lancet Infectious Diaseases v 10 n 3 p 167-

165 2010

KIDWAI M SAPRA P BHUSHAN KR Synthetic strategies and medicinal

properties of beta-lactams Curr Med Chem 1999 695-215

KUMARASAMY K K et al Emergence of a new antibiotic resistance

mechanism in India Pakistan and the UK a molecular biological and

epidemiological stuy The Lancet Infectious Diseases v10 n 9 p 597- 602 2010

LINCOPAN N et al Enterobacteacuteria producing extended-spectrum β-

lacatamases and IMP-1 Metalo-β-lactamases isolated from Brazilian hospitals J Med

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 62: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

62

Microbiol 7 1-3 2006

LINCOPAN N et al First Isolation of Metalo-β-Lacatamase-Producing

Multiresistant Klebsiella pneumoniae from a patient in Brazil J Clin Microbiol 43(1)

516-519 2005

LIVERMORE D M et al What remains against carbapenem- resistant

Enterobacteriaceae Evaluation of choramphenicol ciprofloxacin colistina

fosfomycin minocycline nitrofurantoin temocilin and tigecycline International

Journal of Antimicrobial Agents v 37 n 5 p 415- 459 2011

LIVERMORE D M Fourten years in resistance International Journal of

Antimicrobial Agents v 39 283- 294 2012

LIVERMORE D M Bacterial resistance to carbapenems Adv Exp Med Biol

1995 39025-47

LIVERMORE D M Bacterial resistance origins epidemiology and impact

Clin Infect Dis 36S11-S23 2003

LIVERMORE D M et al Carbapenemases a problem in waiting Curr

Opin Microbiol 2000 3489-95

LU et al Universal pcr for common bacterial pathogens J CLIN

MICROBIOL VOL 38 2000

LU et al Use of PCR with Universal Primers and Restriction Endonuclease

Digestions for Detection and Identification of Common Bacterial Pathogens in

Cerebrospinal Fluid Journal of Clinical Microbiology June 2000 p 2076ndash2080

MARSCHALL J Met al Presence of the KPC Carbapenemase Gene in

Enterobacteriaceae Causing Bacteremia and Its Correlation with In Vitro

Carbapenem Susceptibility J Clin Microbiol 47 239-241 Jan 2009

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 63: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

63

MARTINS WMBS et al Prevalecircncia do gene blaKPC em isolados cliacutenicos

de Enterobacteriaceae e natildeo fermentadores encontrados em amostras clinicas em

um hospital universitaacuterio do Recife X Jornada de ensino pesquisa e extensatildeo ndash

JEPEX 2010 ndash UFRPE Recife 18 a 22 de outubro

MENDES C A C et al Polimixinas Revisatildeo com ecircnfase na sua

nefrotoxicidade Rev Assoc Med Bras 2009 55(6) 752-9

MOHR J F 3rd Update on the efficacy and tolerability of meropenem in the

treatment of serious bacteacuterial infections Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S41-51

2008

MONTEIRO J et al First report of KPC-2-producing Klebsiella pneumoniae

strains in Brazil Antimicrob Agents Chemother Jan53(1)333-4 2009

MOREIRA V C et al Klebsiella pneumoniae e sua resistecircncia a antibioacuteticos

Disponiacutevel em

lthttpwwwcpglsucgbr6mostraartigosSAUDEVANESSA20CARVALHO20M

OREIRApdfgt Acesso em 21 marccedilo 2014

NETIKUL T et al Emergence of novel blaKPC-12 and blaKPC-13 variants in

carbapenem non-susceptible Enterobacter cloacae a first report of blaKPC gene in

Thailand European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases May

S372 2011

NETO V A et al Antibioacuteticos na praacutetica Meacutedica 6ordf Ediccedilatildeo Editorial

SarverSP Brasil 2007

NICOLAU D P Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of

meropenem Clin Infect Dis Sep 1547 Suppl 1S32-40 2008

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 64: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

64

OLIVEIRA A C et al Resistecircncia bacteriana e mortalidade em um centro de

terapia intensiva Rev Latino-Am Enfermagem nov-dez 2010

PAAUW A et al Failure to control an outbreak of qnrA 1-positive multidrug-

resistant Enterobacter clocae despite adequate implementation of recommended

infection control measures Journal of Clinical Microbiology v 45 n 5 p 1420-1425

2007

PATERSON D L et al Extended-Spectrum Beta-Lactamases a Clinical

Update Clinical Microbiology Reviews v 18 p 657-686 2005

PEIRANO G et al Carbapenem-hydrolysing beta-lactamase KPC-2 in

Klebsiella pneumonia isolated in Rio de Janeiro Brazil J Antimicrob Chemother Nov

20 2009

PERES-BOTA D et al Are infections due to resistant pathogens associated

with worse outcome in critically ill patients J Infect 200347(4)307-16

PIDDOCK L J V Clinically relevant chromosomally encoded multidrug

resistance effl ux pumps in bacterial Clin Microbiol Rev n19 p382-402 2006

PITOUT J D D et al Emergence of Enterobacteriaceae producing

extended-spectrum β-lactamases (ESBLs) in the community J Antimicrob

Chemother May 56 2005

POSSEBON M I et al Resistecircncia bacteriana aos carbapenecircmicos

Bacterial resitence to carbapenems RBM rev bras med60(6)378380-378-382

jun 2003

QUEENAN A M et al Carbapenemases the versatile beta-lactamases

Clin Microbiol Rev Jul20(3)440-58 2007

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 65: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

65

RHOMBERG P R et al Summary trends for the meropenem yearly

susceptibility test information collection program a 10- year experience in the United

States (1999-2008) Diagnostic Microbiology and Infectiois Disease v 65 n4 p

414-426 2009

ROBLEDO I E et al Detection of KPC in Acinetobacter spp in Puerto Rico

J Antimicrob Agents Chemother 54 1354-1357 Mar 2010

ROGERS B A et al Country-to-country transfer os patients and the risk of

multi-resistant bacterial infection Clinical Infectious Disease v53 n1 p49- 56

2011

SHAH A A et al Characteristics epidemiology and clinicalimportance of

emerging strains of Gram-negative bacilli producing extended-spectrum

betalactamases Research in Microbiology v 155 p 409-421 2004

TURNER P J Extended- Spectrum Beta-Lactamases Clinical Infectious

Diseases v 41 p 273-275 2005

WOLTER D J et al Phenotypic and Enzymatic Comparative Analysis

between the Novel KPC variant KPC-5 and Its Evolutionary Variants KPC-2 and

KPC-4 Antimicrob Agents Chemother Nov 17 2008

WOODFORD N et al Carbapenemases of Chryseobacterium

(Flavobacterium) meningosepticum distribution of blaB and characterization of a

novel Metalo-beta-lactamase gene blaB3 in the type strain NCTC 10016

Antimicrob Agents Chemother Jun44(6)1448-52 2000

WOODFORF N Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in

India Pakistan and the UK a molecular biological and epidemiological study The

Lancet Infectious Diseases v 10 n 9 p 597-602 2010

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 66: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

66

WOODFORD et al Outbreak of Klebsiella pneumoniae Producing a New

Carbapenem- Hydrolyzing Class A β-Lactamase KPC-3 in a New York Medical

Center Antimicrobial agents and chemotherapy Dec 2004 p 4793ndash4799 Vol 48

No 12

YAGI T et al A preliminary survey of extended-spectrum β-lactamases

(ESBLs) in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli in Japan

FEMS Microbiology Letters 184 (2000) 53-56

YIGIT H et al Novel carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase KPC-1 from

a carbapenem-resistant strain of Klebsiella pneumonia J Antimicrob Agents

Chemother 45 (4) 1151-1161 (2001)

ZAVASCKI A P et al KPC-2- producing Enterobacter cloacae in two cities

from Southern Brazil Int J Antimicrob Agents Apr 28 2009

ZHANEL G G et al Comparative review of the carbapenecircmicos Drugs

67(7)1027-52 2007

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 67: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

67

ANEXOS

Sequumlecircncia do oligo blaKPC

Query 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1

CGGGGCAGTTACAGCCGTTACAGCCTCTGGAGAGGGAGCGGCTTGCCGCTCGG

TGATAAT 60

Query 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 61

CCCAGCTGTAGCGGCCTGATTACATCCGGCCGCTACACCTAGCTCCACCTTCA

AACAAGG 120

Query 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 68: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

68

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 121

AATATCGTTGATGTCACTGTATCGCCGTCTAGTTCTGCTGTCTTGTCTCTCAT

GGCCGCT 180

Query 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 181

GGCTGGCTTTTCTGCCACCGCGCTGACCAACCTCGTCGCGGAACCATTCGCTA

AACTCGA 240

Query 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 241

ACAGGACTTTGGCGGCTCCATCGGTGTGTACGCGATGGATACCGGCTCAGGCG

CAACTGT 300

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 69: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

69

Query 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 301

AAGTTACCGCGCTGAGGAGCGCTTCCCACTGTGCAGCTCATTCAAGGGCTTTC

TTGCTGC 360

Query 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 361

CGCTGTGCTGGCTCGCAGCCAGCAGCAGGCCGGCTTGCTGGACACACCCATCC

GTTACGG 420

Query 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 70: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

70

Sbjct 421

CAAAAATGCGCTGGTTCCGTGGTCACCCATCTCGGAAAAATATCTGACAACAG

GCATGAC 480

Query 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 481

GGTGGCGGAGCTGTCCGCGGCCGCCGTGCAATACAGTGATAACGCCGCCGCCA

ATTTGTT 540

Query 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 541

GCTGAAGGAGTTGGGCGGCCCGGCCGGGCTGACGGCCTTCATGCGCTCTATCG

GCGATAC 600

Query 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 71: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

71

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 601

CACGTTCCGTCTGGACCGCTGGGAGCTGGAGCTGAACTCCGCCATCCCAAGCG

ATGCGCG 660

Query 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 661

CGATACCTCATCGCCGCGCGCCGTGACGGAAAGCTTACAAAAACTGACACTGG

GCTCTGC 720

Query 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 721

ACTGGCTGCGCCGCAGCGGCAGCAGTTTGTTGATTGGCTAAAGGGAAACACGA

CCGGCAA 780

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 72: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

72

Query 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 781

CCACCGCATCCGCGCGGCGGTGCCGGCAGACTGGGCAGTCGGAGACAAAACCG

GAACCTG 840

Query 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 841

CGGAGTGTATGGCACGGCAAATGACTATGCCGTCGTCTGGCCCACTGGGCGCG

CACCTAT 900

Query 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 73: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

73

Sbjct 901

TGTGTTGGCCGTCTACACCCGGGCGCCTAACAAGGATGACAAGCACAGCGAGG

CCGTCAT 960

Query 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 961

CGCCGCTGCGGCTAGACTCGCGCTCGAGGGATTGGGCGTCAACGGGCAGTAAG

GCTCTGA 1020

Query 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1021

AAATCATCTATTGGCCCACCACCGCCGCCCTTGCGGGCGGCATGGATTACCAA

CCACTGT 1080

Query 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 74: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

74

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1081

CACATTTAGGCTAGGAGTCTGCGCGGCAGAGCCGTGTGACCGGTTTTCTGTAG

AGCACTG 1140

Query 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1141

ACGATGGCGGCGGCGCTCTCTGCAATTGGCAAGGCGTCGGCGCCAAGGATACC

AATCTTG 1200

Query 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1201

CGGCGCGCGGCGTGTTATGACGACTGGGGTGCATTTGAGCCGCCCCATTTAAC

CTTCGCC 1260

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 75: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

75

Query 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

|||||||

Sbjct 1261

CTCACAGATACGCCATTCGCCTCAAATTTAGCGCCATGCAGACGAGCTTCCAC

TCGGCTT 1320

Query 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

||||

Sbjct 1321

GCACCTTGTCCAGGCCCCTCATGCTGAACTGACGCAATCCCATCACCGCCTTG

ATCA 1377

LOCUS AF297554 1377 bp

DNA linear BCT 26-MAR-2001

DEFINITION Klebsiella pneumoniae carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

gene complete cds

ACCESSION AF297554

VERSION AF2975541 GI10121874

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 76: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

76

KEYWORDS

SOURCE Klebsiella pneumoniae

ORGANISM Klebsiella pneumoniae

Bacteria Proteobacteria Gammaproteobacteria

Enterobacteriales

Enterobacteriaceae Klebsiella

REFERENCE 1 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH QueenanAM

AndersonGJ Domenech-SanchezA

BiddleJW StewardCD

AlbertiS BushK and TenoverFC

TITLE Novel carbapenem-hydrolyzing beta-

lactamase KPC-1 from a

carbapenem-resistant strain of

Klebsiella pneumoniae

JOURNAL Antimicrob Agents Chemother 45 (4)

1151-1161 (2001)

PUBMED 11257029

REFERENCE 2 (bases 1 to 1377)

AUTHORS YigitH AndersonGJ and

TenoverFC

TITLE Direct Submission

JOURNAL Submitted (19-AUG-2000) Nosocomial

Pathogens Laboratory Branch

Centers for Disease Control and

Prevention 1600 Clifton Rd MS

G08 Atlanta GA 30333 USA

FEATURES LocationQualifiers

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 77: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

77

source 11377

organism=Klebsiella

pneumoniae

mol_type=genomic DNA

db_xref=taxon573

-35_signal 5560

-10_signal 7883

mRNA 921012

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

RBS 117122

CDS 1311012

note=blaKPC-1

codon_start=1

transl_table=11

product=carbepenem-

hydrolyzing beta-lactamase KPC-1

protein_id=AAG134101

db_xref=GI10121875

translation=MSLYRRLVLLSCLSWPLAGFSATALTNLVAEPFAKLEQD

FGGSI

GVYAMDTGSGATVSYRAEERFPLCSSFKGFLAAAVLARSQQQAGLLDTPIRYG

KNALV

PWSPISEKYLTTGMTVAELSAAAVQYSDNAAANLLLKELGGPAGLTAFMRSIG

DTTFR

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 78: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

78

LDRWELELNSAIPSDARDTSSPRAVTESLQKLTLGSALAAPQRQQFVDWLKGN

TTGNH

RIRAAVPADWAVGDKTGTCGVYGTANDYAVVWPTGRAPIVLAVYTRAPNKDDK

HSEAV

IAAAARLALEGLGVNGQ

ORIGIN

1 cggggcagtt acagccgtta cagcctctgg

agagggagcg gcttgccgct cggtgataat

61 cccagctgta gcggcctgat tacatccggc

cgctacacct agctccacct tcaaacaagg

121 aatatcgttg atgtcactgt atcgccgtct

agttctgctg tcttgtctct catggccgct

181 ggctggcttt tctgccaccg cgctgaccaa

cctcgtcgcg gaaccattcg ctaaactcga

241 acaggacttt ggcggctcca tcggtgtgta

cgcgatggat accggctcag gcgcaactgt

301 aagttaccgc gctgaggagc gcttcccact

gtgcagctca ttcaagggct ttcttgctgc

361 cgctgtgctg gctcgcagcc agcagcaggc

cggcttgctg gacacaccca tccgttacgg

421 caaaaatgcg ctggttccgt ggtcacccat

ctcggaaaaa tatctgacaa caggcatgac

481 ggtggcggag ctgtccgcgg ccgccgtgca

atacagtgat aacgccgccg ccaatttgtt

541 gctgaaggag ttgggcggcc cggccgggct

gacggccttc atgcgctcta tcggcgatac

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 79: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

79

601 cacgttccgt ctggaccgct gggagctgga

gctgaactcc gccatcccaa gcgatgcgcg

661 cgatacctca tcgccgcgcg ccgtgacgga

aagcttacaa aaactgacac tgggctctgc

721 actggctgcg ccgcagcggc agcagtttgt

tgattggcta aagggaaaca cgaccggcaa

781 ccaccgcatc cgcgcggcgg tgccggcaga

ctgggcagtc ggagacaaaa ccggaacctg

841 cggagtgtat ggcacggcaa atgactatgc

cgtcgtctgg cccactgggc gcgcacctat

901 tgtgttggcc gtctacaccc gggcgcctaa

caaggatgac aagcacagcg aggccgtcat

961 cgccgctgcg gctagactcg cgctcgaggg

attgggcgtc aacgggcagt aaggctctga

1021 aaatcatcta ttggcccacc accgccgccc

ttgcgggcgg catggattac caaccactgt

1081 cacatttagg ctaggagtct gcgcggcaga

gccgtgtgac cggttttctg tagagcactg

1141 acgatggcgg cggcgctctc tgcaattggc

aaggcgtcgg cgccaaggat accaatcttg

1201 cggcgcgcgg cgtgttatga cgactggggt

gcatttgagc cgccccattt aaccttcgcc

1261 ctcacagata cgccattcgc ctcaaattta

gcgccatgca gacgagcttc cactcggctt

1321 gcaccttgtc caggcccctc atgctgaact

gacgcaatcc catcaccgcc ttgatca

80

Page 80: Trabalho de Conclusão de Curso - UnB€¦ · Figura 12:Isolado de KPC segundo desfecho clínico dos 17 pacientes investigados no HRAN, no período de 2010 á 2011. Figura 13: Isolados

80