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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIA EXATA E TECNOLOGIA COMPLEMENTOS DE ESTRADAS Claudiany Martos Bitencourt DRENAGEM DE RODOVIAS Dezembro/ 2012

TRABALHO DE DRENAGEM EM RODOVIAS- Claudiany.pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIA EXATA E TECNOLOGIA

COMPLEMENTOS DE ESTRADAS

Claudiany Martos Bitencourt

DRENAGEM DE RODOVIAS

Dezembro/ 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIA EXATA E TECNOLOGIA

COMPLEMENTOS DE ESTRADAS

Claudiany Martos Bitencourt

DRENAGEM EM RODOVIAS

Trabalho solicitado pela professora

Márcia Saraiva como forma de avaliação

da disciplina optativa Complementos de

Estradas.

Dezembro/ 2012

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SUMÁRIO

1- Apresentação .................................................................................................................................. 2

2- Introdução ....................................................................................................................................... 3

3- Obras de Arte Correntes/ Drenagem de Grota....................................................................... 4

4- Obras de Arte Especiais .............................................................................................................. 6

5- Drenagem Superficial ................................................................................................................... 7

5.1- Valetas de Proteção de Corte ................................................................................................ 7

5.2- Valetas de Proteção de Aterro ............................................................................................... 7

5.3- Sarjetas de Corte ...................................................................................................................... 8

5.4- Sarjetas de Aterro ..................................................................................................................... 8

5.5- Descidas d’água ....................................................................................................................... 9

5.6- Dissipadores de Energia ....................................................................................................... 10

5.7- Saídas d’água ......................................................................................................................... 10

6- Drenagem Profunda .................................................................................................................... 13

6.1- Drenos Profundos ................................................................................................................... 13

6.2- Drenos Espinha-de-Peixe ..................................................................................................... 14

6.3- Colchão Drenante ................................................................................................................... 14

6.4- Drenos Horizontais Profundos .............................................................................................. 14

6.5- Valetões Laterais .................................................................................................................... 15

6.6- Drenos Verticais de Areia...................................................................................................... 15

7- Anexo 1 (Imagens) ....................................................................................................................... 16

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1- Apresentação

Este trabalho traz resumidamente as principais considerações e definições

para uma correta elaboração de um Projeto de Drenagem em Rodovias. Foi

utilizada como principal fonte bibliográfica a apostila exclusiva do curso de

Drenagem em Rodovias ministrada pelo do Eng. Marcos Augusto Jabôr, e ainda

os sites: www.dmc.furg.br/disp04091/trabalho/grupo%2007.pdf e

www.ceset.unicamp.br/~epoleti/ST031/DRENAGEM%20SUPERFICIAL.pdf .

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2- Introdução

O Projeto de Drenagem é desenvolvido com os dados obtidos dos Estudos

Hidrológicos, compreendendo o dimensionamento, a verificação hidráulica, a

funcionalidade e o posicionamento das obras e dispositivos.

Um projeto de drenagem tem como objetivo, captar e conduzir para local

adequado toda a água que sob qualquer forma venha atingir o corpo estradal.

Segue abaixo a relação dos dispositivos que fazem parte de um Sistema de

Drenagem.

• Obras de arte correntes;

• Obras de arte especiais;

• Valetas de proteção de corte e aterro;

• Sarjetas de corte e aterro;

• Entrada d’água em aterro;

• Descidas d’água de corte e aterro

• Soleira de dispersão;

• Caixa Coletora;

• Sarjetas de banqueta de Corte e aterro;

• Dreno profundo longitudinal;

• Dreno transversal;

• Dreno de pavimento;

• Dreno espinha de peixe;

• Colchão drenante;

• Dreno de talvegue.

“Para que se possa obter uma Rodovia de boa qualidade, o Projetista ao

conhecer o sistema de drenagem, precisa pensar também na sua execução e nos

serviços de manutenção ao longo da vida útil.” (Marcos A. Jabôr)

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3- Obras de Arte Correntes/ Drenagem de Grota

O projetista de drenagem de grota tem como objetivo o dimensionamento de

bueiros. Isso garante a transposição das águas de forma segura, de um lado para o

outro da rodovia.

O dimensionamento hidráulico das obras de arte correntes é feito com base

nas vazões calculadas para todas as bacias hidrográficas interceptadas pelo

traçado da rodovia, fornecidos pelos Estudos Hidrológicos e pelas informações de

campo.

Uma vez calculada a vazão máxima provável nas bacias hidrográficas, inicia-

se o dimensionamento dos bueiros tubulares de concreto ou bueiros metálicos ou

bueiros celulares de concreto.

Os bueiros implantados nas rodovias em quase sua totalidade são

considerados condutos curtos, portanto o seu dimensionamento hidráulico se dá

através dos nomogramas com controle de entrada, ou seja, o dimensionamento dos

bueiros se dá através da teoria dos orifícios.

Para bueiros tubulares novos admite-se uma carga hidráulica máxima de

HW/H=2 sendo que para os bueiros celulares novos admite-se a carga hidráulica

máxima de HW/H =1,2.

Neste caso admite-se ascensão no NA acima da boca montante do bueiro

desde que esteja garantida uma boa proteção no talude de aterro.

Para o estu o de aproveitamento de obras existentes, a altura da lamina

d’agua admissível deverá estar numa cota máxima 1,00m abaixo da cota do sub

leito (proteção do pavimento). Para que esta consideração seja aceita deverá se

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verificado se a altura máxima admissível não irá causar prejuízo aos proprietários à

montante e não esteja causando erosão a jusante.

Os bueiros tubulares de concreto serão apresentados nas listagens de

drenagem conforme descrito abaixo:

-BSTC- Bueiro Simples Tubular de Concreto;

-BDTC- Bueiro duplo Tubular de Concreto;

-BTTC- Bueiro Triplo Tubular de Concreto.

Os bueiros tubulares metálicos serão representados nas listagens de

drnegem conforme descritos abaixo

-BSTM- Bueiro Simples Tubular Metálico;

-BDTM- Bueiro Duplo Tubular Metálico;

BTTM- Bueiro Triplo Tubular Metálico.

Os bueiros celulares (galerias) serão representados nas listagens de

drenagem conforme descrito abaixo

BSCC- Bueiro Simples Celular de Concreto;

BDCC- Bueiro Duplo Celular de Concreto;

BTCC- Bueiro Triplo Celular de Concreto.

As listagens no projeto de drenagem são as notas de serviço que irão

fornecer os dados para a implantação dos dispositivos de drenagem.

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4- Obras de Arte Especiais

A maneira mais indicada para o estudo e definição das obras de arte

especiais, é o estudo da vazão de projeto através de estudo estatístico quando se

dispõe de dados fluviométricos no local do projeto ou próximo a ele. Como no Brasil

dispomos de poucos postos fluviométricos, a vazão máxima provável é quase

sempre estabelecida pelo método do Hidrograma Triangular Sintético.

O projeto de obras de arte especiais pode ser dividido em três fases: Estudo

Hidrológico, Estudo Hidráulico e o Projeto de Estrutura.

No estudo hidrológico, calcula-se a vazão da bacia para o tempo de

recorrência recomendado pelo projeto, que em geral é 50 ou 100 anos,

No estudo hidráulico, com os elementos fornecidos pelo estudo hidrológico,

calcula-se a seção de vazão necessária para permitir o escoamento da vazão e

projeto da bacia, obtendo-se assim, o comprimento e altura da obra.

Neste caso também é importante a verificação de campo, com as

informações de máxima cheia do local da travessia e máximas cheias em obras

existentes próximas ao local da obra a ser projetada. Estas informações serão

decisivas na aferição do calculo de vazão e na determinação do comprimento e

altura da ponte.

Deverá ser evitado sempre que possível o projeto de corta rios, pois o que a

principio poderia ser uma boa solução hidráulica, passa a ser no período pós-

construção, um problema constante para os serviços de manutenção.

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5- Drenagem Superficial

Destina-se a interceptar as águas que chegam ao corpo da estrada,

provenientes de áreas adjacentes, e a captar a água pluvial que incida diretamente

sobre ela, conduzindo-as para local de deságüe seguro, sem causar danos.

Esse sistema é constituído por valetas de proteção de corte, valetas de

proteção de aterro, sarjetas de corte, sarjetas de aterro, descidas d’água,

dissipadores, saídas d’água, caixas coletoras e bueiros de greide.

5.1- Valetas de Proteção de Corte

Tem o objetivo de interceptar as águas que escorrem pelo terreno a

montante, impedindo-as de atingir o talude de corte. Devem ser locadas

paralelamente à crista do corte, dela distante dois a três metros. O material

resultante da escavação deve ser adensado manualmente entre a valeta e a crista

do corte, conforme figura seguinte:

As valetas de proteção de corte podem ser:

• Triangulares: não são recomendadas para grandes vazões, pois criam

plano preferencial de escoamento da água.

• Retangulares: são adotadas no caso de cortes em rocha, por

facilidade de execução.

• Trapezoidais: tem maior eficiência hidráulica.

Sempre convém revestir as valetas, sendo isto obrigatório quando são

abertas em solos permeáveis, para evitar que a infiltração provoque deslizamento

do talude de corte.

Os tipos de revestimento mais recomendados são: concreto, alvenaria de

tijolos ou pedra, pedra arrumada e grama.

5.2- Valetas de Proteção de Aterro

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Tem o objetivo de interceptar as águas que escorrem pelo terreno a

montante, impedindo-as de atingir o pé do aterro.

É raro a valeta necessitar de revestimento, por serem baixas as velocidades

de escoamento. Caso sejam revestidas os principais materiais usados nesse

procedimento são: concreto, pedra argamassada, alvenaria de tijolo ou pedra e

pedra arrumada.

Devem ser construídas quando o terreno natural tiver inclinação igual ou

superior a 10% no sentido da estrada, nas proximidades de pontes e pontilhões.

O material proveniente da escavação deverá ser colocado entre a valeta e o

talude de aterro de modo a suavizar a interseção entre estas superfícies e apiloado

manualmente.

5.3- Sarjetas de Corte

Captam a água que se precipita sobre a estrada e a conduzem

longitudinalmente à rodovia (a margem dos acostamentos) até o ponto de transição

entre o corte e o aterro, para que saia lateralmente para o terreno natural, para a

valeta de aterro, ou para a caixa coletora de um bueiro de greide.

As seções retas de sarjetas de corte podem ser triangulares, retangulares ou

trapezoidais, sendo as triangulares mais comuns, por reduzirem o risco de

acidentes.

Os principais revestimentos são: concreto, alvenaria de tijolo, alvenaria de

pedra argamassada, pedra arrumada revestida, pedra arrumada e revestimento

vegetal. O revestimento vegetal tem o inconveniente do alto custo de manutenção.

Sarjetas de corte sem revestimento devem sempre ser evitadas.

5.4- Sarjetas de Aterro

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São dispositivos com o objetivo de impedir que as águas precipitadas sobre

a plataforma escoem pelo talude de aterro, provocando erosões neste ou na borda

do acostamento. Por escoamento longitudinal, levam as águas interceptadas até

local de deságüe seguro, em caixas coletoras ou no terreno natural.

Os materiais indicados para o revestimento são:

Concreto de cimento portland, concreto betuminoso, solo-betume, solo-

cimento, solo.

Um tipo de sarjeta de aterro muito usado atualmente é o meio-fio conjugado

a sarjeta:

5.5- Descidas d’água

Conduzem as águas captadas por outros dispositivos de drenagem pelos

taludes de cortes e aterros. Quando vindas de valetas de proteção de corte,

deságuam na plataforma em sarjetas de corte ou em caixas coletoras. Quando as

aguas provém de sarjetas de aterro, deságuam geralmente no terreno natural.

Posicionam-se nos taludes de corte e aterro acompanhando suas

declividades e também na interseção do talude de aterro com o terreno natural e

nas transições corte-aterro.

Podem ser do tipo rápido ou em degraus. A escolha do tipo é função da

velocidade limite do escoamento para não provocar erosão, das características

geotécnicas dos taludes, do terreno, da necessidade de quebra de energia do fluxo

e dos dispositivos de amortecimento na saída.

Podem ter as formas:

• Retangular, em calha ou em degraus;

• Semicircular ou meia cana,

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• Em tubos de concreto ou metálicos.

5.6- Dissipadores de Energia

Destinam-se a dissipar a energia do fluxo, reduzindo sua velocidade quer no

escoamento através do dispositivo de drenagem, quer no deságüe para o terreno

natural, para evitar a erosão.

De modo geral são instaladas :

• No pé das descidas d'água nos aterros ;

• Na boca de jusante dos bueiros ;

• Na saída das sarjetas de corte, nos pontos de passagem de corte-

aterro.

5.7- Saídas d’água

São dispositivos de transição que conduzem as águas captadas por sarjetas

de aterro para as descidas d’água. Algumas vezes são chamadas entradas d'água.

Localizam-se nas extremidades dos comprimentos críticos das sarjetas de

aterro, nos pontos baixos das curvas verticais côncavas, junto à pontes, pontilhões

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e viadutos e, algumas vezes, nos pontos de transição entre corte e aterro. São

posicionadas nos acostamentos ou em alargamentos próprios para sua execução.

Devem ter uma seção tal que permita rápida captação, sendo um método

eficiente para tanto o rebaixamento gradativo conjugado à uma largura suficiente. O

rebaixamento da borda deve ser controlado com rigor, e considerado nas notas de

serviço de pavimentação.

5.8- Caixas Coletoras

Coletam águas provenientes de sarjetas e que se destinam aos bueiros de

greide; águas provenientes de pequenos talvegues a montante de bueiros de

transposição de talvegues, permitindo sua construção abaixo do terreno natural;

águas provenientes de descidas d'água de cortes, conduzindo-as a um dispositivo

de deságüe seguro.

Possibilitam mudanças de dimensão de bueiros, de sua declividade e

direção, permitindo a concorrência de mais de um bueiro.

Permitem a inspeção de condutos que por elas passam, para verificação de

funcionalidade e eficiência, decantação de material em suspensão e serviços de

desentupimento, como no caso de drenos profundos.

Classificação das caixas:

• Quanto à função: caixas coletoras, de inspeção ou de passagem;

• Quanto ao fechamento: com tampa ou aberta.

5.9- Bueiros de Greide

São dispositivos destinados a conduzir para locais de deságüe seguro as

águas captadas por dispositivos de drenagem superficial cuja vazão admissível já

tenha sido atingida pela descarga de projeto.

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Os bueiros de greide são geralmente implantados transversal ou

longitudinalmente ao eixo da rodovia.

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6- Drenagem Profunda

Drena a água situada abaixo da superfície do terreno natural.

A água subterrânea pode prejudicar a estrutura das estradas, devendo ser

eliminada ou reduzida por rebaixamento dos lençóis freáticos, que devem ser

mantidos pelo menos à uma profundidade de 1,5 a 2 metros do subleito das

rodovias.

Esse sistema é constituído por: drenos profundos, drenos espinha-de-peixe,

colchão drenante, drenos horizontais profundos, valetões laterais, drenos verticais

de areia.

6.1- Drenos Profundos

São drenos subterrâneos que se caracterizam por sua maior profundidade

em relação ao greide de terraplanagem, tendo como objetivo rebaixar (e/ou

interceptar) o lençol freático, impedindo que este atinja o corpo da estrada.

São instalados preferencialmente em profundidades entre 1,5 e 2,0 m , em

cortes, nos terrenos planos que apresentem lençol freático próximo ao subleito e

em áreas eventualmente saturadas próximas ao pé de taludes.

Os drenos profundos podem ser constituídos de vários materiais, de acordo

com suas funções:

Filtrantes: areia, agregados britados, geotextil, etc.

Drenantes: britas, cascalho grosso lavado, etc.

Condutores: tubos de concreto,tubos cerâmicos,

fibrocimento, materiais plásticos, metálicos.

Classificação dos drenos profundos:

Quanto à função: interceptantes e de rebaixamento de lençol.

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Quanto à disposição: longitudinais e transversais.

Quanto ao preenchimento da cava: drenos cegos e com tubo.

Quanto à granulometria: contínuos e descontínuos.

Quanto à permeabilidade da camada superior: selados e abertos.

6.2- Drenos Espinha-de-Peixe

São dispositivos destinados à drenagem de grandes áreas, pavimentadas ou

não. Geralmente sem

tubos, com pequena profundidade, são usados em série, dispondo-se

obliquamente à um eixo

longitudinal ou área a drenar. O deságüe pode ser livre ou em drenos

longitudinais.

6.3- Colchão Drenante

Situa-se à pequena profundidade no leito, e constitui-se de uma ou mais

camadas de material permeável, colocadas em toda a largura da área drenada.

São adotados quando o volume a ser drenado for muito grande, não sendo possível

o uso de espinha-de-peixe.

Conforme o solo da região onde será construído, poderá ser necessária uma

camada filtrante que bloqueia a penetração de finos na camada drenante

propriamente dita.

6.4- Drenos Horizontais Profundos

São dispositivos cravados nos maciços ou taludes dos cortes, com a

finalidade de drená-los para reduzir a pressão de lençóis confinados. São aplicáveis

quando, nos maciços em que o lençol freático se apresentar muito elevado, e por

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isso surgir risco de deslizamento, mostrarem maior eficiência que outros tipos de

dreno.

São constituídos de tubos (metálicos ou de PVC) ocos, providos de ranhuras

ou orifícios na sua parte superior, com inclinação próxima da horizontal, e camada

filtrante envoltória, mais bucha, ancoramento e tampão.

Mais importante que o alívio da pressão d'água nos poros, é a mudança da

direção do fluxo, que – de praticamente horizontal – passa a ser quase vertical,

orientando a força de percolação para uma direção que contribui para o aumento

da estabilidade do talude

6.5- Valetões Laterais

São valas abertas nos cortes junto à plataforma, com a finalidade conjunta

de substituir os dispositivos de drenagem subterrânea e superficial.

São mais recomendados em regiões planas, quando trabalharão como

sarjeta e dreno profundo, simultaneamente

6.6- Drenos Verticais de Areia

Objetivo: acelerar o adensamento do subleito.

Os furos são feitos por sonda rotativa ou cravação de tubos drenantes, com

o conteúdo lavado por jatos

d’água e preenchido com areia. Uma camada de areia (colchão) ou brita é

lançada sobre o topo dos drenos,

para que a água drenada possa sair, quando pressionada pelo aterro em

execução.

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7- Anexo 1 (Imagens)

Exemplos dos dispositivos drenagem:

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