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Mario Schenberg 2 de julho de 1914 - 10 de novembro de 1990 Recife, PE - São Paulo, SP Física Teórica e Matemática Publicado em: 3 Ago 2009 Atualizado em: 22 Dez 2010 Mario Schenberg viveu uma vida intensa, de atuação marcante nas décadas de grande efervescência cultural no Brasil dos anos trinta aos anos setenta, atuando diretamente na ciência, formação de cientistas e instituições, na política, na promoção e interpretação das artes e de artistas. Professor Catedrático da Universidade de São Paulo, desde 1944, estabeleceu a prática da física teórica e matemática no Brasil. Pioneirismo na Física Teórica no Brasil Vida e obra de Mário Schenberg: da física à política e às artes Anos 30 – início da carreira Mário Schenberg foi um físico brasileiro que se destacou principalmente pelo pioneirismo na Física Teórica e Matemática. Nascido em 1914 em Recife e falecido em 1990 em São Paulo, dedicou-se por toda vida não só à ciência - tanto no que diz respeito a sua área de atuação, a física, quanto na formação de cientistas – mas também às artes, como crítico, e à política. Teve artigos publicados em inúmeras línguas (italiano, francês, inglês e português, em revistas européias, norte-americanas e brasileiras, participando ainda de conferências no Japão), desde 1936, no inicio da carreira, até 1978. Seus estudos em Engenharia começaram em 1931, ainda em Recife. Dois anos depois, mudou-se para a Escola Politécnica de São Paulo, onde se formou Engenheiro Elétrico e também Bacharel em Matemática, na primeira turma da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, na então recém inaugurada Universidade de São Paulo. Durante a graduação, Mario iniciou seus contatos internacionais e, entre eles, dois nomes foram de grande influência em sua obra: a dos professores italianos formadores do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia da USP, Gleb Wataghin e Giuseppe Occhialini. Essas parcerias possibilitaram a discussão de questões fundamentais das teorias físicas dos anos trinta, como as sobre forças nucleares e partículas elementares que as materializam, por exemplo. Mario Schenberg fez parte de todo esse processo da construção do estudo da física no Brasil, sendo, inclusive, assistente do professor Wataghin na universidade. Década de 40 – Universidade de São Paulo e Universidade de Bruxelas

Trabalho de Física

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Page 1: Trabalho de Física

Mario Schenberg2 de julho de 1914 - 10 de novembro de 1990Recife, PE - São Paulo, SPFísica Teórica e Matemática

Publicado em: 3 Ago 2009Atualizado em: 22 Dez 2010

Mario Schenberg viveu uma vida intensa, de atuação marcante nas décadas de grande efervescência cultural no Brasil dos anos trinta aos anos setenta, atuando diretamente na ciência, formação de cientistas e instituições, na política, na promoção e interpretação das artes e de artistas. Professor Catedrático da Universidade de São Paulo, desde 1944, estabeleceu a prática da física teórica e matemática no Brasil.

Pioneirismo na Física Teórica no BrasilVida e obra de Mário Schenberg: da física à política e às artes

Anos 30 – início da carreira

Mário Schenberg foi um físico brasileiro que se destacou principalmente pelo pioneirismo na Física Teórica e Matemática. Nascido em 1914 em Recife e falecido em 1990 em São Paulo, dedicou-se por toda vida não só à ciência - tanto no que diz respeito a sua área de atuação, a física, quanto na formação de cientistas – mas também às artes, como crítico, e à política. Teve artigos publicados em inúmeras línguas (italiano, francês, inglês e português, em revistas européias, norte-americanas e brasileiras, participando ainda de conferências no Japão), desde 1936, no inicio da carreira, até 1978.

Seus estudos em Engenharia começaram em 1931, ainda em Recife. Dois anos depois, mudou-se para a Escola Politécnica de São Paulo, onde se formou Engenheiro Elétrico e também Bacharel em Matemática, na primeira turma da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, na então recém inaugurada Universidade de São Paulo.

Durante a graduação, Mario iniciou seus contatos internacionais e, entre eles, dois nomes foram de grande influência em sua obra: a dos professores italianos formadores do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia da USP, Gleb Wataghin e Giuseppe Occhialini. Essas parcerias possibilitaram a discussão de questões fundamentais das teorias físicas dos anos trinta, como as sobre forças nucleares e partículas elementares que as materializam, por exemplo. Mario Schenberg fez parte de todo esse processo da construção do estudo da física no Brasil, sendo, inclusive, assistente do professor Wataghin na universidade.

Década de 40 – Universidade de São Paulo e Universidade de Bruxelas

Em 1944, Mario tornou-se professor catedrático de Mecânica Racional e Celeste na USP, defendendo em concurso público a tese nomeada “Princípios da Mecânica”. Nesse período, ele chegou a passar uma curta temporada como bolsista da Fundação Gunggenhem, nos Estados Unidos. Principalmente na Universidade de Chicago, desenvolveu trabalhos fundamentais em astrofísica sobre a origem e evolução das estrelas com o professor Chandrasekhar, futuro ganhador do prêmio Nobel.

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Em sua volta ao Brasil, ele começou também a atuar na política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro e elegendo-se, por duas vezes, deputado estadual. Como membro da Assembléia Constituinte do Estado de São Paulo, contribuiu para a aprovação do artigo que levaria à fundação da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Ainda na década de 40, Mario Schenberg é convidado por Occhialini a trabalhar como físico teórico do grupo de raios cósmicos na Universidade de Bruxelas, na Bélgica. A temporada de estudos na Europa provou-se muito produtiva: ao mesmo tempo que publicava como nunca seus artigos sobre Mecânica Quântica, Segunda Quantização e Mecânica Estatística Clássica nas mais variadas revistas européias, Mario aproveitou para viajar e aprofundar seus conhecimentos gerais sobre a arte européia e a dos países africanos e asiáticos expostas em museus europeus. Na Universidade de Bruxelas, ele era conhecido como o “teórico da casa”.

Décadas de 50 e 60 – Departamento de Física e perseguições políticas

Novamente no Brasil, Mario Schenberg ocupou, entre os anos de 1953 e 1961, o cargo de diretor do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia da USP. Sua gestão foi marcada pela criação de vários laboratórios, entre eles o Laboratório de Pesquisas em Estado Sólido e Baixas Temperaturas, hoje localizado na cidade universitária do campus de São Paulo, no prédio que leva seu nome. Ele também atuou na compra do primeiro computador de pesquisa da universidade, além de trazer ao departamento o pesquisador de renome Cesar Lattes, que recriou um grupo de estudos em raios cósmicos. Ainda nas décadas de 50 e 60, Mario foi membro do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, CBPF, no Rio de Janeiro.

A partir de 1964, devido às mudanças políticas que estavam ocorrendo no Brasil, a vida acadêmica de Mario Schenberg sofreu grandes reviravoltas: seus direitos políticos foram cassados e ele perdeu o cargo de professor da USP por dez anos, sendo proibido até mesmo de freqüentar a universidade. O físico ainda chegou a ser preso por vários meses em 1964 e por toda a década de 70 enfrentou perseguições e ameaças à sua integridade física.

Porém, mesmo com todas essas adversidades, Mario continuou atuando na vida científica do Brasil. Em carta a Clarice Lispector, ele conta que reagiu de modo criativo à “aposentadoria”, retomando com mais energia pesquisas anteriores da área física e também artística. Ainda ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de Física, em 1966, tornando-se presidente em 1978. No ano seguinte, com a abertura política, ele finalmente pôde voltar à Universidade de São Paulo.

Década de 70 – de volta às salas de aula e últimas homenagens

Na etapa final de sua carreira, Mario ministrou a disciplina “Evolução dos Conceitos da Física”, reflexo de uma vida de estudos sobre física teórica. Essas aulas acabaram dando origens ao livro “Pensando a Física”. Ele ainda ganhou, em 1983, o prêmio do Conselho Nacional de Pesquisas, para Ciência e Tecnologia, e recebeu, em 1984, ano em que completava 70 anos de vida, uma grande homenagem, por meio do Simpósio Internacional em Homenagem aos 70 Anos de Mario Schenberg, onde se reuniram grandes físicos do Brasil inteiro.

Mario faleceu no dia 10 de novembro de 1990, não sem antes deixar uma herança de peso para a ciência no Brasil. Foi pioneiro nos estudos de física teórica e seus estudos sobre Astrofísica são publicados em livros didáticos; existem laboratórios e prédios batizados com seu nome; na década de 90 foi realizada a exposição “O Mundo de Mario Schenberg” sobre sua vida e suas atividades; existem grupos de estudo sobre seu legado até hoje e ele continua sendo inspiração como personalidade multidisciplinar, que conseguiu unir os conhecimentos em física às

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artes, à filosofia e à política, tornando-se um ser humano de pensamento completo. Suas idéias provam-se muito à frente do seu tempo, quando defendia o fim da era tecnicista e a hora da aproximação do homem com a natureza.

Cronologia

1914 – nasce em Recife Mario Schenberg.1931 – inicia seus estudos em Engenharia, em Recife.1933 – muda-se para a Escola Politécnica de São Paulo.1943 – escreve “O Destino das Nações Unidas”.1944 – torna-se catedrático da USP.1947 – participa da banca que funda a FAPESP.1947 – vai para Bruxelas.1953 – torna-se diretor do Departamento de Física da USP (criação de laboratórios).1960 – desenvolve pesquisas com raios cósmicos.1964 – é preso por vários meses.1969 – tem seus direitos cassados e é proibido de freqüentar a universidade.1970 – idealiza uma instituição universitária que tivesse em estatuto a liberdade de produção e de interações entre pesquisadores, nos moldes do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, afastado da universidade.1966 - ajuda a fundar a Sociedade Brasileira de Física, da qual foi presidente em 1978.1979 – volta a dar aula.1983 – ganha o Prêmio do Conselho Nacional de Pesquisas para Ciência e Tecnologia.1984 - é homenageado com um Simpósio Internacional pelos setenta anos de vida.1990 – falece em São Paulo, no dia 10 de novembro.

Físico brasileiro

José Leite Lopes28/10/1918, Recife (PE)12/06/ 2006, Rio de Janeiro (RJ)Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Leite Lopes fundou o CBPF e o CNPq

Educação.uol.com.br

José Leite Lopes foi fundamental para criação e consolidação da física teórica no Brasil.Participou de articulações para criar o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e outras instituições importantes, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Page 4: Trabalho de Física

Como pesquisador, destacou-se na área de física de partículas e trabalhou no problema da integração de forças fundamentais da natureza. Por muito pouco ele não chegou à teoria unificada das interações eletromagnéticas e fracas, que deu o prêmio Nobel a Steven Weinberg. Seu principal trabalho na área foi a previsão teórica de um novo tipo de partícula fundamental, o bóson vetorial.

Filho de José Ferreira Lopes e de Beatriz Coelho Leite, José perdeu a mãe três dias depois de nascer e junto com os dois irmãos, foi criado pela avó Claudina, a Dona Santa.

Em 1935 Leite Lopes ingressou no curso de Química Industrial da Escola de Engenharia de Pernambuco. Em 1937 apresentou no 3o Congresso Sul-Americano de Química, no Rio de Janeiro, um trabalho sobre o mecanismo molecular das reações químicas.

No ano de 1940 iniciou o curso de Física da Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, foi convidado por Carlos Chagas Filho, com uma bolsa concedida por Guilherme Guinle, a trabalhar no Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No ano seguinte, com uma bolsa da Fundação Zerrener, Leite Lopes foi para a Universidade de São Paulo (USP), onde aprofundou suas pesquisas.

Em 1944, graças a uma bolsa do governo americano, Leite Lopes iniciou o doutorado na universidade de Princeton (EUA). Trabalhou com Joseph M. Jauch, e iniciou o trabalho de tese sob orientação de Wolfgang Pauli, premio Nobel de Física em 1945 e um dos fundadores da Mecânica Quântica. Na universidade, assistiu cursos ministrados por Einstein, Pauli e Reichenbach, entre outros. Em 1946 recebeu o título Ph.D.

Retornou ao Rio de Janeiro e assumiu a cátedra interina de Física na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (FNFi). Nos anos de 1946 e 1947, trabalhou nas eliminações de contradições da eletrodinâmica, tendo em vista uma teoria desenvolvida por Mario Schonberg.

Leite Lopes manteve a correspondência com Cesar Lattes, que

Page 5: Trabalho de Física

estava trabalhando em Berkeley, na Califórnia. Em 1947 Lattes, Occhialini e Powel anunciaram a descoberta do méson pi, utilizando radiação cósmica incidindo em emulsão nuclear.

Aproveitando a notoriedade, Lattes, Leite Lopes e outros pesquisadores resolveram criar um centro de pesquisa. Assim foi criado, em 1949, o CBPF. Nos anos 1949 e 1950, a convite de Robert Oppenheimer e com uma bolsa da Fundação Guggenheim, Leite Lopes foi trabalhar no Instituto de Estudos Avançados de Princeton (EUA).

No ano de 1951, viu o Congresso brasileiro aprovar a mensagem do presidente Dutra, propondo a criação do Conselho Nacional de Pesquisas, hoje Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, de cuja Seção de Física foi diretor de 1955 a 1961 e, deste ano, até 1964, Membro do Conselho Deliberativo.Durante este período se dedicou à organização do CBPF, como seu Diretor Científico e escreveu livros sobre Física Atômica, Equações Relativísticas e Eletrodinâmica.

Leite Lopes foi membro de diversas academias de ciências e recebeu vários convites para trabalhar no exterior. Aceitou, a partir de 1970, o convite da Universidade de Strasbourg, onde permaneceu até 1985 quando foi convidado para dirigir a instituição que havia sido fundada por ele em 1949, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, cargo no qual permaneceu até o ano de 1989.

Além de trabalhos originais de pesquisa científica e de filosofia da física, publicou vários livros adotados internacionalmente.

César Lattes

Físico brasileiro, César Lattes nasceu na cidade de Curitiba, Paraná, no dia 11 de julho de 1924. Iniciou seus estudos em Curitiba, depois foi estudar na Escola Dante Alighiere e na Escola Politécnica, ambas em São Paulo.

Aos 19 anos de idade, formou-se na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo. Aos 23 anos de idade, Cesare Mansueto Giulio Lattes entrou para o cenário mundial da Física, na Inglaterra.

Page 6: Trabalho de Física

Numa de suas pesquisas encontrou evidências da partícula “mesón pi (pion)”. Numa de suas experiências, expôs emulsões das partículas no monte Chacaltaya, a 5.200 metros de altitude, nos andes boliviano.

Lattes levou as chapas com as emulsões de Chacaltaya à Inglaterra, calculou a massa do “méson pi” e publico o estudo, cujos artigos despertaram grande interesse internacional a respeito de um estudo científico brasileiro. A descoberta do “mesón pi” significava explicar porque os prótons não se repelem e podem explodir o núcleo.

Em 1948, um ano depois da descoberta do “mesón pi”, esteve em Berkeley, Califórnia, onde detectou a trajetória dos píons. Durante a década de 60, colaborou com grandes descobertas científicas, principalmente no Japão.

César Lattes foi considerado o nosso herói da “Era Nuclear” do pós-guerra. As vitórias científicas de César Lattes incentivaram a fundação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro, em 1949. Por duas vezes chegou perto do prêmio Nobel de Física. César Lattes faleceu no dia 9 de março de 2005, às 15h40, no Hospital das Clínicas da Unicamp, vítima de parada cardíaca aos 80 anos de idade.

Marcos PontesOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Marcos Pontes

Cosmonauta da AEB

Nacionalidade brasileiro

Nascimento 11 de março de 1963 (49 anos)

Bauru, SP, Brasil

Ocupação

atual

cosmonauta

Page 7: Trabalho de Física

Ocupação

anterior

Piloto de caça da FAB

Patente militar Tenente-coronel (na reserva)

Tempo no espaço 9d 21h 17m

Missões Soyuz TMA-8

Soyuz TMA-7

Insígnia

da missão

Marcos Cesar Pontes (Bauru, 11 de março de 1963) é um tenente-coronel da Força Aérea

Brasileira (FAB), atualmente na reserva.

Foi o primeiro cosmonauta brasileiro, o primeiro sul-americano e o primeiro lusófonoa ir ao espaço,

na missão batizada "Missão Centenário", em referência à comemoração dos cem anos do voo

de Santos Dumont no avião 14 Bis, realizado em 1906.

Em 30 de março de 2006, partiu em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo da

nave russa Soyuz TMA-8, com oito experimentos científicos brasileiros para execução em ambiente

de microgravidade. Retornou no dia 8 de abril a bordo da nave Soyuz TMA-7.

Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso

realizado pelo SBT com a BBC de Londres.[1]

Índice

[esconder]

1 Vida e carreira

o 1.1 Formação

o 1.2 Ingresso no programa espacial

2 Missão Centenário

3 Retorno ao Brasil

4 Livros

5 Primeiro brasileiro no espaço

6 Referências

7 Ver também

8 Ligações externas

[editar]Vida e carreira

Casado com Franciska de Fátima Cavalcanti, Marcos Pontes tem dois filhos e

seushobbies são musculação, futebol, violão, piano, desenhar e fazer pinturas emaquarela. Além

Page 8: Trabalho de Física

destes hobbies, também de dedica ao radioamadorismo. Seu prefixo como radioamador é PY0AEB.

Seus pais Virgílio e Zuleika Pontes, moravam emBauru. Foi piloto de caça da FAB, chegando ao

posto de tenente-coronel.

[editar]Formação

Marcos Cesar Pontes, astronauta da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Formou-se no Colégio Liceu Noroeste, em Bauru, estado de São Paulo, em 1980. Em 1984 recebeu

obacharelado em tecnologia aeronáutica da Academia da Força Aérea (AFA),

em Pirassununga, São Paulo. Em 1989 iniciou o curso de engenharia aeronáutica no Instituto

Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo, recebendo o título

de engenheiro em 1993. Em 1998 obteve o mestrado emengenharia de sistemas pela Naval

Postgraduate School, em Monterrey, Califórnia.

Foi agraciado com a Medalha Santos Dumont e com a Medalha de Ouro Yuri Gagarin,

pela Federação Aeronáutica Internacional.[2]

Como piloto da FAB possui mais de 1.900 horas de vôo[3] em mais de vinte modelos de jatos da frota

daFAB [4] .

[editar]Ingresso no programa espacial

Em junho de 1998 foi selecionado para o programa espacial da NASA, para a candidatura a que o

país tinha direito no programa espacial do governo estadunidense, pelo fato de integrar o esforço

multinacional de construção da Estação Espacial Internacional.

Iniciou o treinamento obrigatório em agosto daquele ano no Centro Espacial Lyndon Johnson,

em Houston. Em dezembro de 2000, ao concluir o curso, foi declarado oficialmente "astronauta da

NASA".

Seu voo inaugural fora originalmente marcado para o ano de 2001, como parte da construção

da Estação Espacial Internacional. Mais especificamente, o objetivo da missão seria transportar e

instalar o módulo construído no Brasil (conhecido como "Express Pallet"). Problemas orçamentários

Page 9: Trabalho de Física

da NASA forçaram, no entanto, o adiamento da missão para o ano de 2003. Ao se aproximar a data,

persistentes problemas financeiros indicavam novo adiamento, mas o acidente que resultou na

destruição do ônibus espacial Columbia , em fevereiro de 2003, suspendeu todos os vôos

da NASA por tempo indeterminado.

[editar]Missão Centenário

Ver artigo principal: Missão Centenário

Astronauta Marcos Pontes (esquerda), daAgência Espacial Brasileira; astronauta Jeffrey Williams, oficial

e engenheiro de voo, da NASA; ecosmonauta Pavel Vinogradov, comandante, daAgência Espacial da

Federação Russa, no Centro Espacial Lyndon Johnson.

Em 18 de outubro de 2005 a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação

Russa (Roscosmos) assinaram um acordo que possibilitou a realização da primeira missão espacial

tripulada brasileira, batizada como "Missão Centenário", em referência à comemoração dos cem

anos do voo de Santos Dumont. A tripulação composta por Pontes, Jeffrey Williams, astronauta

estadunidense e o russo Pavel Vinogradov, comandante da missão, decolou no dia 29 de março de

2006, às 23h30min (horário no Brasil), no Centro de Lançamento de Baikonur, noCazaquistão.

[5] Eles seguiram, na nave Soyuz TMA-8, para a Estação Espacial Internacional, levando 15 quilos

de carga da Agência Espacial Brasileira, incluindo oito experimentos científicos criados por

universidades e centros de pesquisas brasileiros. A missão, realizada com sucesso, teve duração de

10 dias, sendo dois dias a bordo da Soyuz e oito na ISS.

Missão

Idealização, Definição Geral e Responsável Legal:

Agência Espacial Brasileira (AEB)

Conteúdo Técnico-Científico e Coordenação Geral:

Gerência do Programa ISS da AEB

Page 10: Trabalho de Física

Criação, Preparação e Análise de Experimentos:

Universidades, Centros de Pesquisas, INPE

Tripulação Escalada pela AEB:

1) Marcos Cesar Pontes – Brasil 2) Sergei Volkov – Russo (backup)

Objetivos

Fomentar Pesquisas em Microgravidade no Brasil

Divulgar o Programa Espacial

Homenagem a Santos Dumont

Motivar futuro do Programa – Recursos Humanos

[editar]Retorno ao Brasil

Em 19 de outubro de 2009, na abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.Foto:Wilson Dias/ABr.

No dia 20 de abril, Pontes foi homenageado na cidade de Brasília em solenidade daAgência

Espacial Brasileira (AEB). recebendo do presidente Luís Inácio Lula da Silva a condecoração

da Ordem Nacional do Mérito.

Em 21 de abril de 2006 retornou à sua cidade natal no interior do Estado de São Paulo,Bauru e foi

recebido como herói, por um público de mais de 5 mil pessoas, com direito à apresentação

da Esquadrilha da Fumaça. Posteriormente participou de uma carreata no topo de um veículo

do corpo de bombeiros, além de realizar uma palestra no Teatro Municipal.

Após seu retorno, solicitou a reserva da FAB, mas ainda trabalha para o programa espacial

brasileiro. Ele continua com as suas atividades no Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas, e

está à disposição para futuros voos espaciais brasileiros.

Em 18 de maio de 2006, de acordo com o Diário Oficial da União, foi publicada sua transferência

para a reserva remunerada da FAB. Sua viagem à ISS custou aos cofres públicos cerca de 40

milhões de reais, entre pagamento da viagem e oito anos de treinamento na NASA.

Page 11: Trabalho de Física

No campo privado tem atuado como professor e palestrante, promovendo consultorias a diversas

empresas de pequeno, médio e grande porte, no Brasil e no exterior: Coach Especialista em

Performance e Desenvolvimento Pessoal e Profissional, Professor e Pesquisador convidado do

Instituto de Estudos Avançados da USP-SC, Diretor Técnico do Instituto Nacional para o

Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico e Embaixador Mundial da WordSkills International para o

ensino profissionalizante, Embaixador no Brasil da Fundação FIRST para a promoção do ensino

científico, Embaixador das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Presidente da

Fundação Astronauta Marcos Pontes, e agora também, empresário.

Em 21 de Abril de 2012, Pontes, lançou agência de turismo em sociedade com o primeiro turista

brasileiro a atingir a estratosfera a bordo de um caça MIG-29, o empresário Marcos R. Palhares, ex-

fundador da Agência Aventuras Incríveis. A Agência é especializada no inusitado: Flutuar em

gravidade zero, voar em um avião de caça, ver a Terra lá do espaço ou mergulhar a bordo de um

submarino ao encontro dos destroços do Titanic, são apenas alguns dos pacotes oferecidos pela

Agência de Turismo Marcos Pontes - Aventuras para vida. O sonho de levar pessoas que não são

astronautas para conhecer o espaço não é novo. Pontes utilizou todo seu conhecimento técnico e

operacional para garantir confiabilidade a este projeto que como ele mesmo comenta, para realizar

sonhos.

[editar]Livros

Marcos Pontes publicou três livros: É Possível! Como transformar seus sonhos em realidade,

lançado durante a 6ª Bienal do Livro de Campos, no dia 9 de novembro de 2010, em 21 de abril de

2011, Missão cumprida, compartilhando suas ideias e sensações durante todos os eventos que

envolveram os bastidores, a preparação, a execução, as polêmicas e os impactos da primeira

missão espacial tripulada da história do Brasil.[6] Escrito e ilustrado pelo Astronauta Marcos Pontes o

livro "O Menino do Espaço" traz de forma divertida e dinâmica a história do primeiro brasileiro a

chegar ao espaço, focado ao público infanto-juvenil. A obra traz também uma parte especial para

pais e professores e questões ocultas para todos aprenderem sobre o espaço brincando.

[editar]Primeiro brasileiro no espaço

Em 29 de março de 2006 Marcos Pontes tornou-se o primeiro brasileiro e quinto latino-americano a

ir ao espaço. Os latino-americanos que já estiveram no espaço:

1980 - Arnaldo Tamayo Méndez (Cuba)

1985 - Rodolfo Neri Vela (México)

1986 - Franklin Chang-Díaz (Costa Rica, naturalizado americano)

1997 - Carlos Noriega (Peru, naturalizado americano)

Page 12: Trabalho de Física

Francisco Magalhães

Físico brasileiro nascido em Ouro Preto, Minas Gerais, pioneiro na física nuclear no Brasil e participou da criação e dirigiu o Instituto de Pesquisas Radioativas, o IPR, da Escola de Engenharia da UFMG, e também foi peça importante no sucesso do curso de física da Faculdade de Filosofia e do Instituto de Ciências Exatas, o Icex, da mesma Universidade. Filho de um médico, um homem muito instruído mas de poucos recursos financeiros e pai de mais dez filhos. Seu interesse pela física surgiu por incentivo do pai e quando ainda cursava o secundário no antigo Ginásio Mineiro de Belo Horizonte, pelas aulas do professor Virgínio Behring. Depois, na Escola de Minas de Ouro Preto, destacou-se também em física e se graduou em Engenharia Civil e de Minas. Destacou-se, ainda, na carreira de professor, pelos estudos na área de história da ciência. 

Depois de formado (1928), trabalhou como funcionário da Prefeitura de Belo Horizonte e ensinou física no anexo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais durante dez anos até prestar seu primeiro concurso para as cátedras de física geral e experimental (1938) para a Escola de Engenharia de Minas Gerais e no mesmo ano para a Escola de Minas de Ouro Preto, passando nos dois. Na Escola de Engenharia começou a desenvolver seus estudos sobre a radioatividade, se tornando conhecido como um dos pioneiros na pesquisa sobre energia nuclear no país e nessa época ganhou o apelido pelo qual ficou conhecido. Devido à essa atuação, foi convidado a assumir o cargo de diretor do recém-fundado Instituto de Pesquisas Radioativas da UFMG, atual Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, o CDTN, instituição criada (1953) e que viria a se tornar uma das mais importantes do Brasil no âmbito das pesquisas nucleares. 

Foi nomeado para a Comissão Nacional de Energia Nuclear (1962) pelo presidente João Goulart, mas pediu seu desligamento (1964) durante o governo Castelo Branco por discordar dos rumos dados à política nuclear e pela perseguição política praticada contra alguns cientistas brasileiros. Também foi um dos organizadores e o primeiro diretor do Instituto de Ciências Exatas da UFMG (1968-1972). No princípio da década de 80, foi convidado pelo papa João Paulo II para participar de uma comissão de revisão do processo da Igreja Católica contra Galileu. Daí surgiram seus conhecidos estudos sobre o cientista. Acreditava que Galileu não era devidamente valorizado por sua contribuição à ciência. 

Além de inúmeros artigos científicos, publicou dois livros: “História da siderurgia no Brasil” e “A eletricidade no Brasil”. No princípio da década de 80, foi convidado Membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Mineira de Letras, seu 3° sucessor na cadeira n° 05, continuou trabalhando em seus projetos até quando faleceu, em Belo Horizonte. Em sua homenagem, o governo de Minas, através da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, criou o prêmio de divulgação científica Francisco de Assis Magalhães Gomes (1997) que tem o objetivo de premiar àqueles que contribuíram significativamente para a difusão de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. Apesar do apelido, dizia-se inimigo número um da bomba atômica e defendeu até o dia de sua morte o uso da energia nuclear para fins pacíficos. 

Page 13: Trabalho de Física

Osvaldo CruzOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 Nota: Se procura outras acepções, veja Osvaldo Cruz (desambiguação).

Osvaldo Cruz

Nome

completo

Osvaldo Gonçalves Cruz

Nascimento 5 de agosto de 1872

São Luiz do Paraitinga

Morte 11 de fevereiro de1917 (44 anos)

Petrópolis

Nacionalidade Brasileiro

Alma mater Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Ocupação Cientista, médico,bacteriologista,epidemiologista e sanitari

sta

Osvaldo Gonçalves Cruz[nb 1] (São Luiz do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 —Petrópolis, 11 de

fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista,epidemiologista e sanitarista brasileiro.

Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou

em 1900 o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro,

transformado em Instituto Oswaldo Cruz, respeitado internacionalmente.

Page 14: Trabalho de Física

Índice

[esconder]

1 Biografia

2 Homenagens

3 Academia Brasileira de Letras

4 Notas

5 Bibliografia

6 Ver também

7 Ligações externas

[editar]Biografia

Casa onde nasceu Osvaldo Cruz, emSão Luís do Paraitinga, São Paulo.

Filho de cariocas, nasceu no interior de São Paulo. Aos cinco anos, acompanhou a família no

retorno ao Rio de Janeiro. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887,

formando-se em 1892. Casou-se aos 20 anos, com jovem de família rica. Em 1896, estagiou

durante três anos no Instituto Pasteur, em Paris, sendo discípulo deÉmile Roux, seu diretor. Voltou

ao Brasil em 1899e organizou o combate ao surto de peste bubônicaregistrado em Santos (SP) e

em outras cidades portuárias. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego

do soro adequado. Como a importação era demorada, propôs ao governo a instalação de um

instituto para fabricá-lo.

Page 15: Trabalho de Física

Capa da Revista da Semana (outubro de 1904) sobre a Revolta da Vacina.

Foi então criado o Instituto Soroterápico Federal (1900), cuja direção assumiu em 1902.

Diretor-geral da Saúde Pública (1903), nomeado por José Joaquim Seabra, Ministro da Justiça, e

pelo Presidente Rodrigues Alves, coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e

da varíola, no Rio de Janeiro. A nomeação foi uma surpresa geral. Organizou os batalhões de

"mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores.

Convenceu Rodrigues Alves a decretar avacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de

populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma

vacinação forçada, o que ficou conhecido como Revolta da Vacina. A cidade era uma das mais

sujas do mundo, pois dos boletins sanitários da época se lê que a Saúde Pública em um mês

vistoriou 14.772 prédios, extinguiu 2.328 focos de larvas, limpou 2.091 calhas e telhados, 17.744

ralos e 28.200 tinas. Lavou 11.550 caixas automáticas e registos, 3.370 caixas d´água, 173 sarjetas,

retirando 6.559 baldes de lixo e dos quintais de casas e terrenos 36 carroças de lixo, gastando 1.901

litros de petróleo (são dados do livro indicado abaixo, de Sales Guerra). Houve um momento em que

foi apontado como «inimigo do povo», nos jornais, nos discursos da Câmara e do Senado, nas

caricaturas e nas modinhas de Carnaval. Houve uma revolta, tristemente célebre como a revolta do

«quebra-lampeão», em que todos foram quebrados pela fúria popular, alimentada criminosamente

durante meses pela demagogia de fanáticos e ignorantes.

Premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim (1907), deixou a Saúde

Pública (1909).

Dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará e estudou as condições

sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-

Mamoré.

Em 1916, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura

de Petrópolis. Doente, faleceu um ano depois, não tendo completado o seu mandato. O mundo

inteiro lamentou sua morte no dia, com mais de que um minuto de silêncio[carece de fontes].

Sua vida é retratada no romance Sonhos Tropicais de Moacyr Scliar.

Page 16: Trabalho de Física

[editar]Homenagens

Estátua de Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro.

Sua face em uma moeda de 400 réis de 1936.

Na cidade do Rio de Janeiro, uma estação de trem, uma avenida, um bairro e diversas escolas têm

o nome de Osvaldo Cruz, além do instituto soroterápico (atual Fundação), por ele fundado. Um

município do estado de São Paulo também tem o seu nome.

Page 17: Trabalho de Física

Em 1909, quando Carlos Chagas descobriu o protozoário causador da tripanossomíase americana

(popularmente conhecida como "doença de Chagas") batizou-o com o nome de "Trypanosoma

cruzi", em homenagem a Osvaldo Cruz.

Homenageado na capital de São Paulo, com o logradouro Praça Oswaldo Cruz, no início

da Avenida Paulista.

Em 1913 foi fundado o Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, entidade representativa dos estudantes de

medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Em 1936 o sanitarista teve a sua efígie cunhada na moeda brasileira de 400 réis, e, em 1986,

impressa nas notas de Cz$ 50,00 (cinqüenta cruzados).

Em 1983, a Marinha do Brasil homenageou-o com o NAsH Oswaldo Cruz (U-18), que opera nos rios

da Amazônia a partir da cidade de Manaus.

Em 2003, Marcos Palmeira interpretou o sanitarista no curta metragem de Silvio Tendler Oswaldo

Cruz – O Médico do Brasil.

[editar]  Academia Brasileira de Letras

Osvaldo Cruz é o segundo ocupante da cadeira 5 na Academia Brasileira de Letras, eleito em 11 de

maio de 1912, na sucessão de Raimundo Correia e recebido pelo acadêmicoAfrânio Peixoto em 26

de junho de 1913.

[editar]Notas

1. ↑  A grafia original do nome do biografado, Oswaldo Gonçalves Cruz, deve ser

atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário Ortográfico de

1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns (Academia Brasileira de

Letras – Formulário Ortográfico de 1943). Tal norma foi reafirmada pelos

subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa (Acordo Ortográfico de

1945 e Acordo Ortográfico de 1990). A norma é optativa para nomes de pessoas em

vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória

para publicações, ainda que se possa utilizar a grafia arcaica no foro privado

(Formulário Ortográfico de 1943, IX).

[editar]Bibliografia

GUERRA, Egidio Sales: Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro: Casa Editora Vecchi, Ltda., 1940.

BRITTO, Nara. Oswaldo Cruz: a construção de um mito na ciência brasileira. Rio de

Janeiro: Fiocruz, 1995. 144 p.

Page 18: Trabalho de Física

[editar]Ver também

Município de Osvaldo Cruz

Instituto Oswaldo Cruz

Fundação Oswaldo Cruz

Revolta da Vacina

A.A.A. Oswaldo Cruz

Museu da Vida

A façanha de descobrir o protozoário causador da tripanossomíase ocorreu num arraial de empregados da Estrada de Ferro Central do Brasil, no interior de Minas Gerais, onde o Dr. Carlos Chagas passou alguns meses combatendo um surto de malária. A esse protozoário deu o nome de Trypanosoma cruzi (o cruzi é uma homenagem ao Dr. Oswaldo Cruz), de quem integrara a equipe, em 1906, apenas três anos após terminar a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Seu nome completo era Carlos Ribeiro Justiniano Chagas, nascido a nove de julho de 1878 em Oliveira, no oeste de Minas Gerais. Egresso do Colégio Batista, de padres, onde foi matriculado por sua mãe para que seu tempo fosse mais bem aproveitado, assumiu aos quatorze anos a responsabilidade da família atendendo a todas as vontades de sua mãe, há 10 anos viúva.

Apesar de ser avoado e distraído, características que o acompanharam por toda a vida, e que lhe valeram episódios muito divertidos, era um homem fiel às suas raízes mineiras e tranquilo, incapaz de fazer mal a um inseto, principalmente aos mosquitos, que foram seus objetos de estudos preferidos. Ao descobrir o tal protozoário, instalou seu precário laboratório em um vagão de trem, ao lado do quarto de dormir, um local infestado de um inseto chamado barbeiro que foi o alvo de suas pesquisas.

Seu filho, mais tarde, em uma entrevista a uma revista de grande circulação, informou que o caso de Carlos Chagas é inédito, pois foi “protagonista de um caso único na história da medicina: descobriu tudo a respeito de uma só enfermidade. Sabia a anatomia patológica, a epidemiologia, as formas clínicas, os meios de transmissão, a profilaxia e a sintomatologia do mal”.

Page 19: Trabalho de Física

Berenice morreu aos 82 anos de insuficiência cardíaca e foi ela, em 1909, o primeiro ser humano com o qual o Dr. Carlos deparou com os sintomas da moléstia. A menina contava com apenas nove meses e por conta dos cuidados do pesquisador, a pequena paciente curou-se. Trabalhava durante quatorze horas por dia no Instituto Oswaldo Cruz, porém, no dia nove de novembro de 1934, morreu de um ataque cardíaco enquanto dormia. Sabia que era portador da doença de Chagas, pelos sintomas que havia apresentado alguns dias antes do óbito, porém não se deixara examinar.

A moléstia que Carlos Chagas descobriu afeta ainda hoje em torno de 18 milhões de pessoas nas Américas Central e do Sul, sendo conhecida como doença de Chagas em homenagem ao grande pesquisador, indicado, inclusive ao prêmio Nobel, em 1921.

Carlos Chagas9/7/1879, Oliveira (MG)8/11/1934, Rio de Janeiro (RJ)Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Carlos Chagas descreveu o Tripanossoma cruzi   e deu nome à doença por ele provocada

De família de fazendeiros, Carlos Chagas estudou primeiramente em São João Del Rei e depois em Ouro Preto, onde concluiu o colegial. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1896, doutorando-se em 1903. No ano anterior, havia entrado como voluntário para o Instituto Soroterápico, atual Instituto Oswaldo Cruz.

Em 1905 colaborou nos esforços para a erradicação da malária na cidade de Itatinga, no estado de São Paulo, a convite da companhia Docas de Santos, que construía uma represa na região.

Trabalhou a seguir em obras de saneamento na Baixada fluminense. Adquiriu projeção nos meios científicos ao defender o combate da malária através do uso de inseticida. Formulou a teoria da transmissão domiciliar da malária, o que ampliou as

Page 20: Trabalho de Física

frentes de combate à doença.

Em 1907, a convite do cientista Oswaldo Cruz, aceitou a missão de combater a malária entre os operários que construíam a ala mineira da estrada de ferro Central do Brasil. Lá, instalou-se num vagão ferroviário e passou a atender num ambulatório improvisado numa tenda.

Nessa época, dedicou-se também à pesquisa de outras doenças endêmicas na região, chegando, através da presença do inseto barbeiro, a descrever o tripanossoma - o protozoário causador da doença - dando-lhe o nome de Tripanossoma cruzi, em homenagem ao mestre Oswaldo Cruz.

De volta ao Rio de Janeiro, formulou o ciclo evolutivo do protozoário, fazendo a sua descrição completa. Em 1909, a descoberta da nova doença e dos meios profiláticos para combatê-la começaram a se disseminar em escala internacional.

Através de uma comissão de cientistas e médicos liderados por Oswaldo Cruz, a Sociedade Brasileira de Patologia batizou a nova doença com o nome de seu descobridor - doença ou mal de Chagas, que se tornaria internacionalmente consagrado.

Em 1910, Carlos Chagas tornou-se membro da Academia Brasileira de Medicina. Realizou, a seguir, diversas viagens pela região amazônica, para estudo das epidemias de malária. Em 1917, com a morte de Oswaldo Cruz, assumiu o posto do mestre na direção do Instituto Oswaldo Cruz.

No ano seguinte, foi convidado pelo presidente da República, Venceslau Brás, a organizar as medidas sanitárias para o combate à gripe espanhola no Rio de Janeiro, num momento em que dois terços da população foram contaminados. Em 1919, foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública, que passou a ser dirigido por Chagas.

Em 1925, Carlos Chagas tornou-se também professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, foi fundado o Curso Especial de Higiene e Saúde Pública, instituição pioneira na pesquisa e difusão dos conhecimentos de

Page 21: Trabalho de Física

microbiologia.

Ainda nesse ano, Chagas foi agraciado com o prêmio Kümmel, da Universidade de Hamburgo. Em seus últimos anos, recebeu um grande número de honrarias, títulos e condecorações, em homenagem a toda uma vida dedicada à pesquisa e à saúde pública. Morreu repentinamente, aos 55 anos. Deixou dois filhos, que seguiram a vocação paterna para a pesquisa - os médicos Evandro Chagas e Carlos Chagas Filho.

Ezequiel DiasOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ezequiel Caetano Dias (1880-1927) foi médico diretor do Instituto Oswaldo Cruz de Belo Horizonte.

Foi discípulo de Oswaldo Cruz.

Seu Filho Emmanuel Dias, médico, iniciou experimentos com inseticidas para o controle de

barbeiros, vetores da Doença de Chagas, principalmente a espécie Triatoma infestans. Os primeiros

ensaios de controle da doença foram realizados no município de Bambuí(MG), através do Centro de

Estudos e Profilaxia da Doença de Chagas, hoje chamado Posto Avançado de Estudos Emmanuel

Dias (PAEED). Seu neto, Dr. João Carlos Pinto Dias, atual diretor do PAEED, continua seu legado

na pesquisa da doença sendo referência mundial no controle da moléstia. No município de Bambuí

ainda permanecem diferentes estudos relacionados à Doença de Chagas.

Em Belo Horizonte existe uma instituição que visa homenageá-lo[1] por ter sido o precursor das

pesquisas no Brasil (Fundação Ezequiel Dias), que realiza pesquisas a respeito de todas as

epidemias em questão, como febre amarela, dengue e outras, sendo muito importante e eficaz para

a produção de fármacos, realizada na própria instituição, para a população.

Santos DumontOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 Nota: Para a cidade mineira, consulte Santos Dumont (Minas Gerais); para demais casos,

veja Santos Dumont (desambiguação).

Santos Dumont

Page 22: Trabalho de Física

Alberto Santos Dumont

Nome completo Alberto Santos Dumont

Nascimento 20 de julho de 1873

Palmira (renomeado em sua honra Santos

Dumont), Minas Gerais

Morte 23 de julho de 1932 (59 anos)

Guarujá, São Paulo

Nacionalidade brasileiro

Ocupação Aeronauta e inventor

Principais

trabalhos

14-bis

Demoiselle

Prêmios Prêmio Deutsch

Prêmio Archdeacon

Assinatura

Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi

um aeronauta, esportista e inventor brasileiro.

Santos Dumont projetou, construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina. Esse

mérito lhe é garantido internacionalmente pela conquista do Prêmio Deutsch em 1901, quando em

um voo contornou a Torre Eiffel com o seu dirigível Nº 6, transformando-se em uma das pessoas

mais famosas do mundo durante o século XX.[1]Com a vitória no Prêmio Deutsch, ele também foi,

portanto, o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas,

jornalistas e populares.[2]

Page 23: Trabalho de Física

Santos Dumont também foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor a

gasolina. Em 23 de outubro de 1906, ele voou cerca de 60 metros a uma altura de dois a três metros

com o Oiseau de Proie' (francês para "ave de rapina"), no Campo deBagatelle, em Paris. Menos de

um mês depois, em 12 de novembro, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros

a uma altura de 6 metros com o Oiseau de Proie III. Esses voos foram os primeiros homologados

pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar,[3] e possivelmente a primeira

demonstração pública de um veículo levantando voo por seus próprios meios, sem a necessidade

de uma rampa para lançamento.

Apesar de os brasileiros considerarem Santos Dumont como o responsável pelo primeiro voo num

avião, na maior parte do mundo o crédito à invenção do avião é dado aos irmãos Wright. Uma

excepção é a França, onde o crédito é dado a Clément Ader que efectuou o primeiro voo de um

mais pesado que o ar propulsionado a motor e levantando voo pelos seus próprios meios em 9 de

Outubro de 1890 [4] [5] [6] . A FAI, no entanto, considera que foram os irmãos Wright os primeiros a

realizar um voo controlado, motorizado, num aparelho mais pesado do que o ar[7], por uma

decolagem e subsequente voo ocorridos em17 de dezembro de 1903 no Flyer, já que os voos de

Clément Ader foram realizados em segredo militar, vindo-se apenas a saber da sua existência

muitos anos depois[8][9][10]. Por outro lado, o 14-Bis de Dumont teve uma decolagem autopropulsada,

reconhecida oficialmente por publico e jornalistas, tendo sido a primeira atividade esportiva da

aviação a ser homologada pela FAI.[3][11][12][13]

Page 24: Trabalho de Física

Índice

[esconder]

1 Infância

2 O ingresso no alpinismo e no automobilismo

3 O ingresso no balonismo

4 O ingresso no dirigibilismo

o 4.1 O N-1

o 4.2 O N-2

o 4.3 O N-3

o 4.4 O N-4

o 4.5 O Fatum

o 4.6 O N-5

o 4.7 O N-6 e a vitória no Prêmio Deutsch

o 4.8 A fama internacional

o 4.9 Novos dirigíveis

5 O ingresso na aviação

o 5.1 O primeiro mais pesado: um planador

o 5.2 Um helicóptero

o 5.3 O 14-bis

o 5.4 O Oiseau de Proie

o 5.5 O Oiseau de Proie II

o 5.6 O Oiseau de Proie III

o 5.7 Novos aviões

6 Homenagens e aposentadoria

7 Últimos anos de vida

8 Morte

9 Uso militar de aviões

10 Livro inédito de Santos Dumont

11 Homenagens ao aviador

12 Representações na cultura

13 Referências

o 13.1 Bibliográficas

14 Ver também

15 Ligações externas

Page 25: Trabalho de Física

[editar]Infância

Alberto Santos Dumont foi o sexto filho de Henrique Dumont, engenheiro formado pela Escola

Central de Artes e Manufaturas de Paris, e Francisca de Paula Santos. O casal teve ao todo oito

descendentes, três homens e cinco mulheres: Henrique dos Santos Dumont, Maria Rosalina

Dumont Vilares, Virgínia Dumont Vilares, Luís dos Santos Dumont, Gabriela, Alberto Santos

Dumont, Sofia e Francisca.

Em 1874 a família se mudou da Fazenda de Cabangu, localizada em Palmira, Minas Gerais, onde

vivia, para Valença, no Rio de Janeiro. Aí adquiriu a Fazenda do Casal, junto à estação ferroviária

de mesmo nome. Foi nesse lugar que Santos Dumont começou a dar mostras, por assim dizer, dos

trabalhos aeronáuticos que tanto destaque lhe trariam, pois, conforme declarações dos seus pais,

com apenas um ano de idade ele costumava furar balõezinhos de borracha para ver o que tinham

dentro.[14] E foi em Valença que ocorreu o batismo de Santos Dumont, na Matriz de Santa Teresa,

em 20 de fevereiro de 1877, pelo padre Teodoro Teotônio da Silva Carolina.[15]

Casa onde nasceu Alberto Santos-Dumont e atual Museu de Cabangu.

Em 1879 os Dumont venderam a Fazenda do Casal e se estabelecerem no Sítio do Cascavel,

em Ribeirão Preto, onde compraram a Fazenda Arindeúva, de José Bento Junqueira, de mil e

duzentos alqueires. A propriedade, que logo ganhou o nome de Fazenda Dumont, em poucos anos

se transformaria no maior estabelecimento agrícola do Brasil.

Santos Dumont lembraria com saudosismo os tempos passados na fazenda paterna, onde

desfrutava da mais ampla liberdade:

Vivi ali uma vida livre, indispensável para formar o temperamento e o gosto pela aventura. Desde a infância eu tinha uma grande queda por coisas mecânicas e, como todos os que possuem ou pensam possuir uma vocação, eu cultivava a minha com cuidado e paixão. Eu sempre brincava de imaginar e construir pequenos engenhos mecânicos, que me distraíam e me valiam grande consideração na família. Minha maior

Page 26: Trabalho de Física

alegria era me ocupar das instalações mecânicas de meu pai. Esse era o meu departamento, o que me deixava muito orgulhoso.”[16]

Com apenas sete anos Santos Dumont já guiava os locomóveis da fazenda, e aos doze se divertia

como maquinista das locomotivas, capazes de fatigar um homem com o triplo da sua idade; mas a

velocidade realizável em terra não lhe bastava.[17]

Ao ler as obras do escritor francês Júlio Verne, nasceu em Santos Dumont o desejo de conquistar o

ar. Os submarinos, os balões, os transatlânticos e todos os outros meios de transporte que o fértil

romancista previu com tanta felicidade exerceram uma profunda impressão na mente do rapaz.

Anos depois, já adulto, ele ainda lembrava com emoção as aventuras vividas em imaginação:

Com o Capitão Nemo e seus convidados explorei as profundidades do oceano, nesse precursor do submarino, o Nautilus. Com Fileas Fogg fiz em oitenta dias a volta ao mundo. Na Ilha a hélice e na Casa a vapor, minha credulidade de menino saudou com entusiástico acolhimento o triunfo definitivo do automobilismo, que nessa ocasião não tinha ainda nome. Com Heitor Servadoc naveguei pelo espaço.”[18]

A tecnologia o fascinava. Começou a construir pipas e pequenos aeroplanos movidos por uma

hélice acionada por molas de borracha torcida. E todos os anos, no dia 24 de junho, ele enchia

frotas inteiras de diminutos balões de seda sobre as fogueiras de São João, para assistir em êxtase

a sua ascensão aos céus.[19]

Pelos livros de Camille Flammarion e Wilfrid de Fonvielle ele conheceu a história da navegação

aérea. Aprendeu que fora na França que o balão a hidrogênio havia sido inventado, que os

primeiros voos haviam sido efetuados e que as maiores aeronaves haviam sido construídas. Sentiu-

se atraído por esse país de grandeza e progresso.

[editar]O ingresso no alpinismo e no automobilismo

Em 1891, com 18 anos, Santos Dumont fez uma viagem turística à Europa. Na Inglaterra passou

alguns meses aperfeiçoando o seu inglês, e na França escalou o Monte Branco. Essa aventura, a

quase 5.000 metros de altitude, acostumou-o a alturas elevadas[2]. No ano seguinte, emancipado

pelo pai, voltou à França e ingressou no automobilismo. Também iniciou estudos técnico-científicos

com um professor de origem espanhola chamado Garcia. Em 1894 viajou para os Estados Unidos,

visitando Nova Iorque, Chicago e Boston.[20]

Page 27: Trabalho de Física

[editar]O ingresso no balonismo

Santos Dumont em 1898.

Em 1897, já independente e herdeiro de imensa fortuna – contava 24 anos –, Santos Dumont partiu

para a França, onde contratou aeronautas profissionais que lhe ensinaram a arte da pilotagem

dos balões. Sabe-se que em 1900 ele já havia criado nove balões, dos quais dois se tornaram

famosos: o Brazil e oAmérique.[2] O primeiro, estreado em 4 de julho de 1898, foi a menor das

aeronaves até então construídas – inflado a hidrogênio, cubava apenas 118 metros –, e com o

segundo obteve em 13 de junho de 1899 o quarto lugar num torneio aéreo, a Taça dos Aeronautas,

destinada ao balonista que pousasse mais distante do ponto de partida, após 325 quilômetros

percorridos e 22 horas de voo.

[editar]O ingresso no dirigibilismo

Simultaneamente ao balonismo, Santos Dumont começou experiências de dirigibilidade. Ansiava por

poder controlar o voo, e para isso desenhou uma série de balões alongados dotados de lemes e

motores a gasolina.

Page 28: Trabalho de Física

[editar]O N-1

O dirigível número 1.

O primeiro dirigível projetado por Santos Dumont, o N-1, com 25 metros de comprimento e 180 de

cubagem, foi inflado no Jardim da Aclimação de Paris no dia 18 de setembro de1898, mas acabou

rasgado antes de experimentado, devido a uma manobra mal feita pelos ajudantes que em terra

seguravam as cordas do aparelho. Reparada dois dias depois, a aeronave partiu e evoluiu em todos

os sentidos. Um imprevisto, porém, encurtou a viagem: abomba de ar encarregada de suprir o

balonete interno, que mantinha rígido o invólucro do balão, não funcionou devidamente, e o dirigível,

a 400 metros de altura, começou a se dobrar e a descer com rapidez. Numa entrevista, Santos

Dumont contou como escapou da mortecerta:

A descida efetuava-se com a velocidade de 4 a 5 m/s. Ter-me-ia sido fatal, se eu não tivesse tido a presença de espírito de dizer aos passantes espontaneamente suspensos ao cabo pendente como um verdadeiro cacho humano, que puxassem o cabo na direção oposta à do vento. Graças a essa manobra, diminuiu a velocidade da queda, evitando assim a maior violência do choque. Variei desse modo o meu divertimento: subi num balão e desci numa pipa.”[21]

Um fato que merece ser mencionado é que o motor utilizado nesse dirigível foi uma invenção de

Santos Dumont: tratava-se, na verdade, de um motor Dion-Bouton modificado, com dois cilindros

unidos pelas extremidades – disposição denominada “em tandem”. Enquanto o motor original

fornecia uma potência de 1,5cavalo-vapor, a alteração feita por Santos Dumont mais que duplicou

essa potência, que passou a ser de 3,5 cavalos-vapor. Conquanto o motor fosse revolucionário,

aquecia rápido demais e não foi utilizado nas construções seguintes.

Page 29: Trabalho de Física

[editar]O N-2

Em 1899 Santos Dumont construiu nova aeronave, a N-2, com o mesmo comprimento da primeira e

mais ou menos a mesma forma, mas com diâmetro maior: 3,80 metros, o que elevou o volume para

200 metros cúbicos. Levando em conta a insuficiência da bomba de ar, que quase o havia matado,

ele acrescentou um pequeno ventilador de alumínio para garantir que o formato do balão se

mantivesse inalterável.

O primeiro teste foi marcado para 11 de maio de 1899. À hora da experiência, uma chuva forte

tornou o balão pesado. A demonstração feita consistiu em manobras simples com a aeronave presa

por uma corda; não obstante, o teste terminou nas árvores adjacentes. O balão havia se dobrado

sob a ação combinada da contração do hidrogênio e da força do vento.[22]

[editar]O N-3

O dirigível número 3.

Em setembro daquele ano Santos Dumont deu início à construção de um novo balão alongado, o N-

3, inflado a gás de iluminação, com 20 metros de comprimento e 7,50 de diâmetro, com capacidade

para 500 metros cúbicos. A cesta instalada era a mesma utilizada nas duas outras aeronaves. O

balonete interno, que até então só havia lhe causado problemas, foi dispensado.

Às 15h30min do dia 13 de novembro, data em que, de acordo com alguns astrólogos, o mundo

acabaria, Santos Dumont, num gesto de desafio, partiu no N-3 do Parque de

Aerostação de Vaugirard e contornou a Torre Eiffel pela primeira vez. Do monumento seguiu para

o Parque dos Príncipes e de lá para o campo de Bagatelle, próximo a Longchamps. Aterrissou no

local exato onde o N-1 havia caído, dessa vez em condições controladas. Entusiasmou-se:

A partir desse dia, não guardei mais a menor dúvida a respeito do sucesso da minha invenção. Reconheci que iria, para toda a vida, dedicar-me à construção de aeronaves. Precisava ter minha oficina, minha garagem aeronáutica, meu aparelho gerador de hidrogênio e um encanamento, que comunicasse minha instalação com os condutos do gás iluminante.”[23]

Page 30: Trabalho de Física

Com efeito, o previdente balonista logo mandou construir na localidade de Saint Cloud um grande

hangar, comprido e alto o bastante para comportar o N-3 com o invólucro completamente cheio,

bem como os diversos dispositivos necessários para a fabricação do gás hidrogênio. Esse

aeródromo, pronto em 1900, tinha 30 metros de comprimento, 7 de largura e 11 de altura. Mas já

não estava destinado a abrigar o N-3, que havia sido abandonado pelo inventor, e sim o N-4,

concluído em 1o de agosto daquele ano.

[editar]O N-4

Nessa época um vultoso prêmio agitava o meio aeronáutico. No dia 24 de março de 1900, o

milionário judeu Henri Deutsch de la Meurthe, magnata do petróleo, havia enviado ao Presidente do

Aeroclube da França, fundado há dois anos, uma carta na qual se comprometia a congratular com

100.000 francos aquele que inventasse uma máquina voadora eficiente:

Desejoso de concorrer para a solução do problema da locomoção aérea, comprometo-me a pôr à disposição do Clube Aéreo, uma soma de 100.000 francos, constituindo um prêmio, sob o título de Prêmio do Clube Aéreo, para o aeronauta que, partindo do parque de Saint Cloud, de Longchamps, ou de qualquer outro ponto, situado a uma distância igual da Torre Eiffel, alcance, em meia hora, este monumento, e, rodeando-o, volte ao ponto de partida. (…) Se julgar-se que algum dos concorrentes preencheu o programa, o prêmio lhe será entregue pelo próprio Presidente do Clube, à disposição de quem imediatamente porei a quantia acima indicada. Se no fim de cinco anos, a partir do dia 15 de abril do corrente, 1900, ninguém o tiver ganho, tenho por nulo o meu compromisso."[24]

O desafio ficou conhecido na imprensa como Prêmio Deutsch. O regulamento estipulava que uma

aeronave, para ser considerada prática, deveria poder se deslocar à Torre Eiffel, contornar o

monumento e retornar ao local da ascensão em no máximo trinta minutos, sem escalas, cobrindo ao

todo 11 quilômetros sob as vistas de uma comissão do Aeroclube de França, convocada com pelo

menos um dia de antecedência. A velocidade média mínima a atingir, portanto, era de 22 km/h.

Conforme esse critério as máquinas voadoras apresentadas até aquele momento não haviam se

provado eficientes.

O prêmio estimulou Alberto Santos Dumont a tentar com o N-4 voos mais velozes. A aeronave tinha

420 metros de cubagem, 29 de comprimento e 5,60 de diâmetro. Por baixo ficava uma quilha de

vara de bambu de 9,40 metros, na metade da qual estavam o selim e os pedais de uma bicicleta

comum. Montado no selim, o aeronauta tinha sob os pés os pedais de partida de um motor de 7

cavalos-vapor, que acionava uma hélice dianteira com duas pás de seda de 4 metros. Próximo ao

piloto ficavam as pontas das cordas pelas quais se podiam controlar a regulagem do carburador e

das válvulas, bem como o manuseio do leme, do lastro e dos pesos deslocáveis. O leme,

pentagonal, foi colocado bem na extremidade do balão, no próprio material do invólucro.

Page 31: Trabalho de Física

Com o N-4 Santos Dumont fez em agosto voos quase diários partindo de Saint Cloud. Em 19 de

setembro, perante membros do Congresso Internacional de Aeronautas, ele forneceu uma prova

clara do trabalho efetivo de uma hélice aérea acionada por um motor a petróleo: marchou repetidas

vezes contra o vento, impressionando os cientistas presentes.

[editar]O Fatum

Tendo em vista alguns torneios aéreos, no começo de 1901 ele construiu o balão Fatum, esférico,

com o qual ascendeu em janeiro, março e junho daquele ano. Testou nessas subidas um invento do

aeronauta francês Emmanuel Aimé, denominado “termosfera”, destinado a possibilitar ao balonista

melhor controle das alturas atingidas, no caso de 20 a 30 metros.

O dirigível número 5.

[editar]O N-5

Retomando então o desafio do Prêmio Deutsch, Santos Dumont projetou o N-5, com motor fálico de

16 cavalos-vapor. O dirigível, terminado em julho de 1901, tinha 550 metros de cubagem, 36 de

comprimento e 6,5 de diâmetro.

Page 32: Trabalho de Física

[editar]O N-6 e a vitória no Prêmio Deutsch

Santos Dumont contornando a Torre Eiffel com o dirigível número 5, em 13 de julho de 1901. Esta fotografia é

frequente e erroneamente identificada como sendo do dirigível número 6. Cortesia da Smithsonian Institution(SI

Neg. No. 85-3941).

No dia 13 de julho de 1901, após algumas saídas de prática, Santos Dumont disputou com o N-

5 oPrêmio Deutsch pela primeira vez. Cumpriu o trajeto exigido, mas ultrapassou em dez minutos o

tempo limite estipulado para a prova. No dia 8 do mês seguinte, tentando o prêmio novamente,

acabou por chocar a aeronave contra um prédio; embora o balão haja explodido e ficado

completamente destruído, o piloto escapou incólume do acidente. E no dia 19 de outubro de1901,

com o balão N-6, de 622 metros cúbicos e motor de 20 cavalos, ele finalmente executou a prova,

amealhando o cobiçado prêmio. Tornou-se reconhecido internacionalmente como o maior aeronauta

do mundo e o inventor do dirigível. O prêmio era então de 129 mil francos, que Dumont distribuiu

entre sua equipe e desempregados de Paris.

[editar]A fama internacional

Com a conquista do Prêmio Deutsch, Santos Dumont passou a receber cartas de diversos países,

em diferentes línguas, cumprimentando-o; revistas publicaram edições luxuosas, ricamente

ilustradas, para reproduzir-lhe a imagem e perpetuar o feito; homenagens não lhe faltaram na

França, no Brasil, na Inglaterra e em vários outros países: ainda em 1901, o presidente do

Brasil, Campos Salles enviou-lhe um prêmio em dinheiro no mesmo valor do Prêmio Deutsch, bem

como uma medalha de ouro com sua efígie e uma alusão a Camões: “Por céus nunca dantes

navegados.”; em janeiro de 1902, Alberto I, o entusiasta príncipe deMônaco, lhe fez o convite

irrecusável para que continuasse suas experiências no Principado. Oferecia-lhe um novo hangar na

praia de La Condamine, e tudo mais que Alberto julgasse necessário para o seu conforto e

Page 33: Trabalho de Física

segurança; em abril desse ano, a convite, Santos Dumont viajou aos Estados Unidos, onde visitou

os laboratórios de Thomas Edison, em Nova Iorque [25] , e foi recebido na Casa Branca,

em Washington, DC, pelo presidente Theodore Roosevelt.[25]

[editar]Novos dirigíveis

O dirigível número 9.

Após o período de homenagens, Santos Dumont passou a dedicar-se à construção de novos

modelos de dirigíveis, cada um com uma finalidade específica: o N-7, de 1.260 metros cúbicos e

motor de 46 cavalos-vapor, projetado para ser um dirigível de corrida, foi testado em Neuilly

(França) em maio de 1904. No mês seguinte a aeronave sofreu sabotagem numa exposição

organizada em Saint Louis (Estados Unidos da América), ficando estraçalhada, e não pôde ser

reconstruída – um malfeitor, jamais identificado, desferiu quarenta e oito facadas no invólucro; o N-

8 tratou-se de uma cópia do N-6 encomendada por um colecionador estadunidense, chamado

Boyce; o N-9, de 220 metros cúbicos e 3 cavalos-vapor de potência, foi um dirigível de passeio, no

qual Santos Dumont fez vários voos ao longo de 1903, o último dos quais em 14 de julho. A primeira

mulher a pilotar uma aeronave foi Aída de Acosta, em 29 de Junho de 1903, conduzindo o N-9.[26]

[27] Esse dirigível também foi vendido ao Sr. Boyce.

O N-10, de 2.010 metros cúbicos e motor de 60 cavalos-vapor, foi um dirigível ônibus, grande o

bastante para levar várias pessoas e servir para o transporte coletivo. Embora a aeronave tenha

feito algumas ascensões em outubro de 1903, nunca foi completamente terminada; o N-11, de 1.200

metros cúbicos e 34 metros de comprimento, provido de um motor de 16 cavalos-vapor, não

passava de uma cópia reduzida do N-10. Acabou comprado em abril de 1904 por um norte-

americano ignorado;[28] o No 12, uma réplica do N-9, foi outra encomenda do Sr. Boyce a Santos

Dumont; finalmente, o N-13, um luxuoso balão duplo de ar quente e hidrogênio, de 2.000 metros

cúbicos, capaz de se manter semanas na atmosfera, foi destruído por uma tempestade antes de ser

experimentado, em dezembro de 1904.

Page 34: Trabalho de Física

[editar]O ingresso na aviação

O Santos-Dumont 14-bis sendo testado no campo de Bagatelle, em julho de 1906.

Filmagem de Alberto Santos Dumont no 21º segundo de um noticiário de 1945 sobre as várias estreias em voo

humano, mas esteja ciente de erros factuais na narração (tamanho original).

Em outubro de 1904 três prêmios de aviação foram fundados na França: o Prêmio Archdeacon,

o Prêmio do Aeroclube da França e o Prêmio Deutsch-Archdeacon. O primeiro, promovido pelo

milionário Ernest Archdeacon, concederia 3.000 francos (600 dólares) para quem voasse 25 metros;

o segundo, instituído pelo aeroclube francês, concederia 1.500 francos (300 dólares) para quem

voasse 100 metros; e o terceiro, patrocinado por Henri Deutsch de la Meurthe e Ernest Archdeacon,

concederia 50.000 francos (10.000 dólares) para quem voasse 1.000 metros em circuito fechado,

isto é, retornando ao ponto de partida.

Com exceção do Prêmio Deustch-Archdeacon, que não admitia que o aparelho concorrente se

valesse em momento algum de balão para a sustentação, os outros prêmios deixavam aberta a

questão da decolagem. O voo podia se dar em terreno plano ou desnivelado, em tempo calmo ou

sob vento – o Prêmio do Aeroclube de França exigia que o voo fosse contra o vento –, e o uso de

motor não era obrigatório. Isso conferia passe livre para que planadores e ornitópteros movidos pela

força humana também pudessem concorrer. Era expressamente exigido por todos os prêmios,

porém, que a prova ocorresse na França e sob a supervisão de uma comissão aeronáutica

convocada no mais tardar na noite da véspera.[29]

Page 35: Trabalho de Física

Pouca coisa do que era pedido era inédita. Inventores, em outros países, já haviam cumprido ou até

mesmo superado algumas das metas requeridas. Na Alemanha, Otto Lilienthal efetuou no início da

década de 1890 milhares de voos planados descendentes, atingindo com frequência distâncias bem

maiores que os 25 metros estipulados pelo Prêmio Archdeacon. E nos Estados Unidos, os irmãos

Wright faziam desde 1903 voos cada vez mais longos em planadores motorizados, valendo-se para

decolar ora de ventanias, ora de um engenhoso sistema de catapultagem, mas sempre sem

qualquer controle oficial.

Os prêmios instigaram Alberto Santos Dumont a se dedicar ao mais pesado.

[editar]O primeiro mais pesado: um planador

No começo de 1905 Santos Dumont construiu um aeromodelo de planador inspirado num protótipo

auto-estável feito 100 anos antes pelo cientista inglês George Cayley, considerado o primeiro

aeroplano da História: o modelo, de 1,5 metro de comprimento por 1,2 de envergadura, era provido

de asas fixas, cauda cruciforme e um peso móvel para ajustar o centro de gravidade. O planador de

Dumont diferia do de Cayley pelas dimensões, pelo perfil das asas e pelo fato de não possuir

nenhum peso móvel.

A primeira experiência, realizada no dia 13 de maio no Aeroclube da França, foi feita pelos irmãos

Dufaux com um protótipo de helicóptero. O modelo, de 17 quilogramas e dotado de um motor de 3

cavalos-vapor, subiu veloz repetidas vezes até o teto do alpendre do aeroclube, levantando nuvens

de pó. Estava demonstrado que mais pesados de grandes dimensões podiam se elevar por meios

próprios.[30]

A segunda experiência foi feita no dia 8 de junho no rio Sena: Gabriel Voisin subiu no hidroplanador

Archdeacon, rebocado por uma lancha pilotada por Alphonse Tellier, La Rapière. A 40 km/h, o

aparelho ergueu-se da água, elevou-se a impressionantes 17 metros de altura e voou 150 metros.

Santos Dumont percebeu que a era do avião estava próxima.

[editar]Um helicóptero

Dividido, passou a estudar as duas soluções para o mais pesado. Em 3 de janeiro de 1906,

inscreveu-se no Prêmio Deutsch-Archdeacon e nesse mesmo mês iniciou a construção de um

helicóptero, mas desistiu do engenho no dia 1 de junho, em razão do mau rendimento das correias

de transmissão.

[editar]O 14-bis

Ver artigo principal: Santos-Dumont 14-bis

Page 36: Trabalho de Física

Ilustração do voo do Santos-Dumont 14-bis em 12 de novembro de 1906, que rendeu a Santos Dumont

o Prêmio do Aeroclube da França.

Construiu então uma máquina híbrida, o 14-bis, um avião unido a um balão de hidrogênio para

reduzir o peso e facilitar a decolagem. Apresentou o exótico aeródino pela primeira vez no dia 19 de

julho, em Bagatelle, onde fez algumas corridas, obtendo saltos apreciáveis[2]. Animado, decidiu se

inscrever para os prêmios Archdeacon e Aeroclube da França no dia seguinte, data do seu

aniversário – completaria 33 anos –, mas foi imediatamente desestimulado pelo capitão Ferdinand

Ferber, outro entusiasta da aviação. Ferber havia assistido às demonstrações e não gostara da

solução apresentada por Dumont; considerava o híbrido uma máquina impura. “A aviação deve ser

resolvida pela aviação!”, declarou.[31]

[editar]O Oiseau de Proie

Santos Dumont resolveu ouvir as críticas do colega. Não concorreria aos prêmios com o misto, mas

mesmo assim em 20 de julho inscreveu-se para as provas e nos três dias seguintes continuou a

testar o avião acoplado ao balão, a fim de praticar a direção. Ao longo dos testes percebeu que,

embora o balão favorecesse a decolagem, dificultava o voo. O arrasto gerado era muito grande.

Desfez-se do aeróstato, e o biplano, enfim liberto do seu leve companheiro, recebeu da imprensa o

nome de Oiseau de Proie (“Ave de rapina”).

O Oiseau de Proie havia sido nitidamente inspirado no hidroplanador testado por Voisin. À

semelhança do planador aquático, o invento também consistia num biplano celular baseado na

estrutura criada em 1893 pelo pesquisador australiano Lawrence Hargrave, que oferecia boa

sustentação e rigidez. Cada asa era formada por três células cúbicas de 1,2 metro de aresta,

dispostas em V, de modo a garantir a estabilidade lateral. Foi sem dúvida Ferber quem aconselhou

Dumont a adotar o diedro positivo, mas enquanto o francês havia se contentado com 3 graus no 6-

bis - um planador motorizado de sua invenção experimentado no ano anterior -, o brasileiro se valeu

de 10.

Page 37: Trabalho de Física

14 bis puxado por um asno durante testes.

O avião tinha 4 metros de altura, 10 de comprimento e 12 de envergadura, com superfície alar de 50

metros quadrados. A massa da aeronave era de 205 quilogramas, sem piloto. As asas ficavam fixas

a uma viga, na frente da qual jazia o leme, constituído por uma célula idêntica às das asas. Na

extremidade posterior ficava a hélice, movida por um motor Levavasseur de 24 cavalos. O trem de

pouso possuía duas rodas. O aeronauta ia em pé, em uma cesta situada entre as asas, clara

influência da tradição de Dumont como balonista e resquício da configuração original da máquina.

Em 29 de julho, utilizando a força de um asno, Santos Dumont içou o Oiseau de Proie por meio de

um sistema de cabos até o alto de uma torre de 13 metros de altura (2 metros ficavam fincados no

chão), instalada há alguns dias em sua propriedade em Neuilly. Essa armação era muito semelhante

à que Ferber havia utilizado em Chalais-Meudon para os experimentos de maio de 1905 com o 6-

bis. O avião, suspenso por um gancho móvel conectado a um fio de aço inclinado, deslizou sem a

hélice 60 metros do topo da torre até outra menor, de apenas 6 metros, fincada no Boulevard de la

Seine. O metódico inventor procurava sentir como seria voar em aeroplano e ao mesmo tempo

estudar o centro de gravidade do aparelho.[32]

Um cartão-postal do Santos-Dumont 14-bis.

Em agosto Santos Dumont alterou o trem de pouso com a colocação de uma pequena roda traseira.

No dia 21 tirou o avião do hangar e deslocou-se para o campo de provas deBagatelle, onde

experimentou a hélice em marcha. O eixo motor não resistiu e se quebrou. No dia seguinte uma

hélice nova forneceu 1.400 rotações por minuto. No dia 23 o aeroplano fez 25 km/h sobre a relva,

sem decolar.

Page 38: Trabalho de Física

Era preciso aumentar a potência. Em 3 de setembro Santos Dumont substituiu o motor de que

estava se valendo, de 24 cavalos-vapor, por um de 50, emprestado por Louis Charles Bréguet. Nos

dias 4 e 7 desenvolveu velocidades de 35 km/h e percebeu que a decolagem era iminente. Marcou a

prova para o dia 13. Na primeira tentativa não decolou, e na segunda saltou somente. No pouso a

hélice e a parte traseira do aeroplano ficaram danificadas. A despeito disso, a experiência foi julgada

importante e uma ata foi lavrada.

[editar]O Oiseau de Proie II

No dia 23 de outubro, Santos Dumont apresentou-se em Bagatelle com o Oiseau de Proie II, uma

modificação do modelo original. Oavião havia sido envernizado para reduzir a porosidade do tecido

e aumentar a sustentação. A roda traseira fora suprimida. Pela manhã limitou-se a manobrar o

aeroplano pelo gramado, até que o eixo da hélice se partiu, só sendo consertado à tarde, após o

que o avião foi colocado em posição para uma tentativa oficial. Uma multidão estava presente e

tinha expectativas com a apresentação do dia. Às 16h45min Santos Dumont ligou o motor. A hélice

começou a girar, e o Oiseau de Proie II pôs-se em marcha, ganhando velocidade rapidamente.

Depois de correr cerca de 100 metros, o biplano decolou.

O avião elevou-se sem muita velocidade ou estabilidade. Simultaneamente a proa do aparelho

avançou de maneira continua no espaço. O voo não durou muito tempo nem alcançou grande

altitude, mas foi um marco importante nos projetos de Dumont. Passados apenas 6 segundos no ar

e após haver atingido 3 metros de altura, pousou a 60 metros de onde partira.

A prova havia sido cumprida. Mais do dobro da distância predeterminada fora coberta. O avião

tripulado havia se elevado no espaço e se sustentado por 60 metros em pleno ar, sem o

aproveitamento de ventos contrários, sem a utilização de rampas, catapultas, declives ou outros

artifícios. O voo havia se dado unicamente pelos próprios meios do aparelho, o que constituía uma

façanha inédita. Nestas condições, o primeiro voo pela definição concreta de um avião havia se

concretizado.[33]

A multidão comemorou em entusiasmo, correu até o piloto e o carregou em triunfo. Os juízes

também haviam sido tomados de emoçã e, surpresos, esqueceram-se de cronometrar e

acompanhar o voo, e devido à falha o recorde não foi homologado. Todas as medidas do voo

(altura, distância e tempo) tiveram que ser estimadas pela desatenção dos juízes e a comissão, ao

menos certificando-se de que a distância mínima de 25 metros fora coberta, declarou Santos

Dumont o ganhador do Prêmio Archdeacon pois o desempenho de seus competidores não lhes

renderia contestação de qualquer forma.

Page 39: Trabalho de Física

[editar]O Oiseau de Proie III

O voo do Santos-Dumont Demoiselle.

O avião havia sido inventado, mas ainda era uma máquina muito precária. Para disputar o Prêmio

do Aeroclube da França, Santos Dumont inseriu entre as asas duas superfícies octogonais (ailerões

rudimentares) com as quais esperava obter melhor controle da direção. Surgia o Oiseau de Proie III.

Concorreu ao prêmio em 12 de novembro de 1906, mais uma vez em Bagatelle. Fez seis voos

públicos nesse dia: um às 10h, de 40 metros; dois outros às 10h25min, respectivamente de 40 e 60

metros, quando o eixo da roda direita se quebrou. A avaria foi reparada durante o almoço e Santos

Dumont recomeçou às 16h09min. Cobriu 82,60 metros, ultrapassando o feito de 23 de outubro. Às

16h45min, com o dia já terminando, partiu contra o vento e voou 220 metros, ganhando o Prêmio do

Aeroclube da França! Esses foram os primeiros voos de avião registrados por uma companhia

cinematográfica, a Pathé.[34]

[editar]Novos aviões

Fez ainda o N-15, em contraplacado de madeira, o N-16, misto de dirigível e avião, o N-17 e o N-18,

um deslizador aquático. Descontente com os resultados dos números 15 a 18, fez uma nova série,

de tamanho menor e mais aprimoradas, as Demoiselles.

Page 40: Trabalho de Física

[editar]Homenagens e aposentadoria

Estátua em homenagem a Santos Dumont em Saint-Cloud, França.

Em 25 de julho de 1909, Louis Blériot atravessou o Canal da Mancha, tornando-se um herói

na França. Guilherme II, Imperador da Alemanha, disse então uma frase que apareceu estampada

em vários jornais: "A Inglaterra não é mais uma ilha." Santos Dumont, em carta, parabenizou Blériot,

seu amigo, com as seguintes palavras: "Esta transformação da geografia é uma vitória da

navegação aérea sobre a navegação marítima. Um dia, talvez, graças a você, o avião atravessará

o Atlântico" (o primeiro aviador das Américas a cruzar oOceano Atlântico sem auxílio de navios de

apoio e sem fazer escalas foi o brasileiro João Ribeiro de Barros em 1927). Blériot, então,

respondeu: "Eu não fiz mais do que segui-lo e imitá-lo. Seu nome para os aviadores é uma

bandeira. Você é o nosso líder."

Santos-Dumont começou a sofrer de esclerose múltipla. Envelheceu na aparência e sentiu-se

cansado demais para continuar competindo com novos inventores nas diversas provas. Encerrou as

atividades de sua oficina em 1910 e retirou-se do convívio social.

Em reconhecimento às suas conquistas, o Aeroclube da França o homenageou com a construção

de dois monumentos: o primeiro, em 1910, erguido no campo de Bagatelle, onde realizara o voo

com o Oiseau de Proie, e o segundo, em 1913, em Saint-Cloud, em comemoração do voo do

dirigível Nº 6, ocorrido em 1901. Por ocasião da inauguração do monumento de Saint-Cloud - uma

bela e imponente estátua de Ícaro - um de seus amigos de longa data, o desenhista Georges

Goursat (vulgo “Sem”), escreveu para a revistaL’Illustration as linhas que se seguem:

Esse soberbo gênio de formas atléticas, de grave perfil, que mantém abertas nas amarras dos braços as suas asas, rudemente empunhadas como dois escudos, simboliza

Page 41: Trabalho de Física

nobremente a grande obra de Santos Dumont: ele evocaria de uma maneira bem inexata o pequeno grande homem simples, ágil e risonho, que ele é em realidade. Vestido com um casaco e com uma calça muito curta sempre arregaçada, coberto com chapéu mole cujos bordos estão em contrapartida sempre rebatidos, ele nada tem de monumental. O que o distingue é o gosto pela simplificação, das formas geométricas, e tudo no seu aspecto denota este caráter. Tem paixão pelos instrumentos de precisão. Sobre a sua mesa de trabalho estão instaladas pequenas máquinas de precisão, verdadeiras jóias da mecânica, que não lhe servem para nada e estão lá somente para o prazer de tê-las como bibelôs. Ali se vê, ao lado de um barômetro e de um microscópio do último modelo, um cronômetro de marinha, na sua caixa de mogno. Até mesmo no terraço de sua vila ergue-se um esplêndido telescópio, com o qual ele se dá à fantasia de inspecionar o céu. Tem horror a toda complicação, a toda a cerimônia, a todo fausto. Assim, que rude e deliciosa provação para a sua modéstia, esta inauguração! Há treze anos eu o conheço; foi a primeira vez que o vi de cartola e sobrecasaca. E, mesmo para essa única circunstância – suprema concessão aos costumes –, suas calças corretamente esticadas cobriam as espantadas botinas. Ao pé de seu próprio monumento, vestido de herói oficial, enternecido de constrangimento e falta de jeito, ele me pareceu como uma espécie de mártir da glória.

[35]

Em 20 de julho de 1969, dia do aniversário de Santos Dumont, uma homenagem que talvez não

tenha sido programada, vinda da pátria dos irmãos Wrigth: Levado pela nave Apolo XI, Neil

Armstrong torna-se o 1º homem a pisar na Lua.

[editar]Últimos anos de vida

Este artigo ou se(c)ção cita fontes fiáveis e independentes, mas elas não cobrem todo o texto (desde agosto de 2012).Por favor, melhore este artigo providenciando mais fontes fiáveis e independentes, inserindo-as em notas de rodapé ou no corpo do texto, nos locais indicados.Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus — Bing. Veja como referenciar e citar as fontes.

Page 42: Trabalho de Física

Santos Dumont em 1916.

Em agosto de 1914, a França foi invadida pelas tropas do Império Alemão. Era o início daPrimeira

Guerra Mundial. Aeroplanos começaram a ser usados na guerra, primeiro para observação de

tropas inimigas e, depois, em combates aéreos. Os combates aéreos ficavam mais violentos, com o

uso de metralhadoras e disparo de bombas. Santos Dumont viu, de uma hora para a outra, seu

sonho se transformar em pesadelo.[36] Daí começava a guerra de nervos de Dumont.[36]

Santos Dumont agora se dedicava ao estudo da astronomia, residindo em Trouville, perto do mar.

Para isso usava diversos aparelhos de observação, que os vizinhos julgaram ser aparelhos de

espionagem, para colaborar com os alemães. Foi preso sob essa acusação. Após o incidente ser

esclarecido, o governo francês pediu desculpas formalmente.[36]

Em 1915, sua saúde piorava e decidiu retornar ao Brasil. No mesmo ano, participou do 11º

Congresso Científico Pan-Americano nos Estados Unidos, tratando do tema da utilização do avião

como forma de facilitar o relacionamento entre os países da América. No entanto, mesmo nas

Américas o avião era utilizado para fins militares: nos Estados Unidos eram produzidos 16 aviões

militares por dia.

Page 43: Trabalho de Física

Chalé "A Encantada", onde Santos Dumont morou, em Petrópolis, Rio de Janeiro.

Já com a depressão que ia acompanhá-lo nos seus últimos dias, encontrou refúgio emPetrópolis,

onde projetou e construiu seu chalé "A Encantada": uma casa com diversas criações próprias, como

uma mesa de refeições de grande altura, um chuveiro de água quente e uma escada diferente, onde

só se pode pisar primeiro com o pé direito. A casa atualmente funciona como um museu.

Permaneceu lá até1922, quando visitou a França chamado por amigos. Não estabeleceu mais um

local fixo. Permanecia algum tempo em Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis e na Fazenda

Cabangu, em sua cidade natal.[36]

Em 1922, condecorou Anésia Pinheiro Machado, que durante as comemorações do centenário

da independência do Brasil, fizera o percurso Rio de Janeiro-São Paulo num avião. Nesse mesmo

ano, mandou erguer um túmulo para seus pais e para si mesmo, noCemitério São João Batista, no

Rio de Janeiro. O túmulo é uma réplica do Ícaro de Saint-Cloud.

Em janeiro de 1926, apelou à Liga das Nações para que se impedisse a utilização de aviões como

armas de guerra. Chegou a oferecer dez mil francos para quem escrevesse a melhor obra contra a

utilização de aviões na guerra. Nesse mesmo ano, inventou um motor portátil para esquiadores, que

facilitava a subida nas montanhas. Foi experimentado pela campeã de esqui da França,

Srta. Porgés. Interna-se no sanatório Valmont-sur-Territet, na Suíça.

Em maio de 1927, chegou a ser convidado pelo Aeroclube da França para presidir o banquete em

homenagem a Charles Lindberg, pela travessia do Atlântico, feita por ele próprio, mas declinou do

convite devido a seu estado de saúde. Passou algum tempo em convalescença em Glion, na Suíça

e depois retorna à França.[2]

Retornou ao Brasil, de navio Capitão Arcona, em 1928. A cidade do Rio de Janeiro recebê-lo-ia

festivamente. Mas o hidroavião que ia fazer a recepção, da empresa Condor Syndikat, que fora

batizado com seu nome, sofreu um acidente, sem sobreviventes ao sobrevoar o navio onde Santos-

Dumont estava.[25] O avião levava pessoas de projeção — grandes nomes da engenharia. Abatido,

ele suspende as festividades e retorna a Paris.

Em junho de 1930, foi condecorado pelo Aeroclube da França com o título de Grande Oficial

da Legião de Honra da França.[25]

Page 44: Trabalho de Física

[editar]Morte

Carro fúnebre que transportou o corpo de Santos Dumont, no Guarujá,São Paulo.

Em 1931, esteve internado em casas de saúde em Biarritz, e em Ortez no sul da França.Antônio

Prado Júnior, ex-prefeito do Rio de Janeiro (então capital do Brasil), havia sido exilado pela

revolução de 1930 e fora para a França. Encontrou Santos Dumont em delicado estado de saúde, o

que o levou a entrar em contato com sua família e a pedir ao seu sobrinho Jorge Dumont

Vilares que o fosse buscar a França. De volta ao Brasil, passam por Araxá, em Minas Gerais, Rio de

Janeiro, São Paulo e finalmente instalam-se no Grand Hôtel La Plage [37] , noGuarujá, onde se

instalou em maio de 1932. Antes, em junho de 1931 tinha sido eleito imortal da Academia Brasileira

de Letras, para a cadeira 38, mas não chegou a tomar posse.

Em 1932 ocorreu a revolução constitucionalista, em que o estado de São Paulo se levantou contra o

governo revolucionário de Getúlio Vargas. Mas o conflito aconteceu e aviões atacaram o Campo de

Marte, em São Paulo, no dia 23 de julho. Possivelmente, sobrevoaram o Guarujá, e a visão de

aviões em combate pode ter causado uma angústia profunda em Santos Dumont que, nesse dia,

aproveitando-se da ausência de seu sobrinho, suicidou-se, aos 59 anos de idade. Entretanto, sua

misteriosa morte em circunstâncias não totalmente explicáveis, oferece elementos suficientes para

questionar se Santos Dumont não foi assassinado.[38]

Não deixou descendência ou nota de suicídio. Seu corpo está enterrado no Cemitério São João

Batista, no Rio de Janeiro. O médico Walther Haberfield removeu secretamente seu coração e o

preservou em formol.[39] Depois de manter segredo sobre isto durante doze anos, quis devolver o

coração à família Dumont que não o aceitou. O médico então doou o coração de Santos Dumont ao

governo brasileiro. Hoje o coração está exposto no museu da Força Aérea no Campo dos Afonsos.

[40]

[editar]Uso militar de aviões

A versão de que Santos-Dumont sempre foi contrário ao uso militar de aviões contrasta com seus

escritos: de fato Santos-Dumont chegou a persuadir o presidente da república do Brasil para o

incremento das atividades militares, tanto da Marinha do Brasil, como do Exército Brasileiro.

Page 45: Trabalho de Física

Em seu livro "O Que Eu Vi, O Que Nós Veremos",[41] Santos Dumont transcreveu cartas de sua

autoria ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil (nome oficial do Brasil à época),

sobre o atraso da indústria aeronáutica militar no Brasil, salientando a necessidade da instalação de

campos de pouso militares tanto do Exército como da Marinha. Destacava ainda que o assunto não

era tratado com a atenção devida, sendo que na Europa, nos Estados Unidos da América e mesmo

na América do Sul, no caso na Argentina e no Chile, o tema já era amplamente desenvolvido.

[editar]Livro inédito de Santos Dumont

Em meio aos eventos que marcaram o centenário do voo do 14-bis,[42] surge uma descoberta que

pode revolucionar o entendimento dos métodos de trabalho do aviador. Familiares descobriram um

livro inédito escrito de próprio punho por Santos Dumont.[43] O manuscrito, com 312 páginas, foi

escrito por volta de 1902. Entre as passagens do livro, destacam-se trechos sobre o sonho de virar

aeronauta e o encontro com Thomas Edison.

[editar]Homenagens ao aviador

Busto de Santos-Dumont e réplica do 14-bis noMuseu Aeroespacial.

O pintor e designer Eliseu Visconti executa cartaz alegórico em homenagem à conquista do

Prêmio Deutsch por Santos Dumont, em 1901.

O poeta Eduardo das Neves compôs em 1902 a música A Conquista do Ar em homenagem aos

feitos de Dumont.

Em 31 de julho de 1932 o decreto estadual n° 10.447 mudou o nome da cidade de Palmira, em

Minas Gerais, para Santos-Dumont.

A Lei n° 218, de 4 de julho de 1936, declara 23 de outubro o dia do aviador, em homenagem ao

primeiro voo da história, realizado nesta data, em 1906.

Em 16 de outubro de 1936, o primeiro aeroporto do Rio de Janeiro foi batizado com seu nome.

A Lei 165, de 5 de dezembro de 1947, concedeu-lhe o posto honorífico de tenente-brigadeiro.

Em 1956 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa ao cinqüentenário do

primeiro voo de aparelho mais pesado que o ar. No mesmo ano o correio do Uruguai lançou

Page 46: Trabalho de Física

uma série de selos comemorativa do mesmo feito. E ainda em 1956, a casa natal de Santos

Dumont, em Cabangu, Minas Gerais, foi transformada em museu pelo decreto estadual nº

5.057, o Museu Casa Natal de Santos Dumont.

A Lei 3636, de 22 de setembro de 1959, concedeu-lhe o posto honorífico de marechal-do-ar.

Em 20 de julho de 1969, 96º aniversário de Santos Dumont, levado pela nave Apolo XI, Neil

Armstrong, compatriota dos irmãos Wright, torna-se o 1º homem a pisar na Lua.

Em 1973 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa ao centenário de Santos

Dumont. O mesmo ocorre nos correios da Bolívia e da França. Ainda em 1973 é lançada uma

edição com dois LPs sobre o centenário de Santos Dumont.

Réplica do 14-bis em Brasília (7 de setembro de2006).

Alexandre e Marcos Vilares, sobrinhos-bisnetos de Santos Dumont, na cerimônia de inscrição de Santos

Dumont como herói nacionalem Brasília, 26 de julho de 2006 (Imagem:Wilson Dias/ABr)

Em 1976 a União Astronômica Internacional prestou homenagem ao inventor brasileiro,

colocando seu nome em uma cratera lunar. É o único brasileiro detentor desta distinção.

Em 1981 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa aos 75 anos do primeiro

voo de aparelho mais pesado que o ar.

A Lei 7.243, de 4 de novembro de 1984, concedeu-lhe o título de Patrono da Aeronáutica

Brasileira.

Page 47: Trabalho de Física

Em 13 de outubro de 1997, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton em visita ao

Brasil, discursou no Palácio do Itamaraty, se referindo a Santos Dumont como o pai da aviação.

[44]

Em 1997 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativos do centenário da

dirigibilidade dos balões.

Em 2005 o governo brasileiro comprou um avião da Airbus (Airbus Corporate Jetliner) para o

deslocamento do presidente da República, sendo esse batizado deSantos Dumont.

Em 18 de outubro de 2005, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial Federal

Russa (Roscosmos) assinaram um acordo para a realização daMissão Centenário, que levou o

astronauta brasileiro Marcos César Pontes àEstação Espacial Internacional. A missão é uma

homenagem ao centenário do voo de Santos Dumont no 14 Bis, ocorrido no dia 23 de outubro

de 1906. O lançamento da nave Soyuz TMA-8 ocorreu em 30 de março de 2006, no Centro de

Lançamento de Baikonur (Cazaquistão).

Em 26 de julho de 2006 seu nome foi incluído no Livro de Aço dos Heróis Nacionaislocalizado

no Panteão da Pátria, em Brasília, garantindo-lhe assim o status deHerói Nacional.

Em 23 de outubro de 2006, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançou o selo

comemorativo em homenagem ao centenário do voo do 14-bis. No mesmo dia, também foi

lançada a moeda comemorativa à invenção de Santos Dumont.

A partir do ano de 2006 as licenças aeronáuticas conhecidas comumente como "brevês"

possuem um selo holográfico contendo o rosto de Santos Dumont e a figura do 14-bis, em

comemoração ao centenário da aviação e em homenagem a Santos Dumont, o realizador deste

feito.

[editar]Representações na cultura

Santos Dumont já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Denis

Manuel no filme "Les Faucheurs de Marguerites" (1974), de Marcel Camus, na novela "Zazá"

(1997), Cássio Scapin na minissérie "Um Só Coração" (2004) e Daniel de Oliveira no filme "14 Bis"

(2006). Também teve sua efígie impressa nas notas de NCr$ 10,00 (dez cruzeiros novos) de 1967.

Ezequiel DiasOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ezequiel Caetano Dias (1880-1927) foi médico diretor do Instituto Oswaldo Cruz de Belo Horizonte.

Foi discípulo de Oswaldo Cruz.

Seu Filho Emmanuel Dias, médico, iniciou experimentos com inseticidas para o controle de

barbeiros, vetores da Doença de Chagas, principalmente a espécie Triatoma infestans. Os primeiros

ensaios de controle da doença foram realizados no município de Bambuí(MG), através do Centro de

Page 48: Trabalho de Física

Estudos e Profilaxia da Doença de Chagas, hoje chamado Posto Avançado de Estudos Emmanuel

Dias (PAEED). Seu neto, Dr. João Carlos Pinto Dias, atual diretor do PAEED, continua seu legado

na pesquisa da doença sendo referência mundial no controle da moléstia. No município de Bambuí

ainda permanecem diferentes estudos relacionados à Doença de Chagas.

Em Belo Horizonte existe uma instituição que visa homenageá-lo[1] por ter sido o precursor das

pesquisas no Brasil (Fundação Ezequiel Dias), que realiza pesquisas a respeito de todas as

epidemias em questão, como febre amarela, dengue e outras, sendo muito importante e eficaz para

a produção de fármacos, realizada na própria instituição, para a população.

Referências

Ezequiel Caetano Dias

Discípulo da escola de Oswaldo Cruz, Ezequiel Dias nasceu em Macaé, estado do Rio de Janeiro, a 11 de maio de 1880. Primeiro se formou no curso de farmácia, como o pai desejara e depois, para cumprir sua vontade, fez o curso médico.

Freqüentou como acadêmico o Instituto de Manguinhos. Foi sempre um companheiro do mestre

Oswaldo Cruz, mesmo nas épocas de crise, como nos atritos com o Barão de Pedro

Affonso, quando Oswaldo Cruz demitiu-se do Instituto Soroterápico Federal. Dedicou-se aos

estudos da microbiologia e da medicina experimental. Em 1904 participou de comissão para os

estudos do beriberi e, em 1905, seguiu para o Maranhão, como Diretor de Higiene e do Laboratório

Bacteriológico, onde suas ações logo foram reconhecidas.

Em 1907 foi inaugurada a filial do Instituto Oswaldo Cruz em Belo Horizonte e Ezequiel Dias,

concunhado de Oswaldo Cruz, foi convidado para médico diretor da filial, onde permaneceu até

1922. Durante o período em Minas, foi acompanhar, em Lassance, interior do estado, os trabalhos

de Carlos Chagas, sobre os aspectos hematológicos da doença de Chagas.

Ezequiel Dias faleceu em outubro de 1922.

WWW.fiocruz.com.br

Page 49: Trabalho de Física

Francisco de Assis Magalhães Gomes

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Físico brasileiro nascido em Ouro Preto, Minas Gerais, pioneiro na física nuclear no Brasil e participou da criação e dirigiu o Instituto de Pesquisas Radioativas, o IPR, da Escola de Engenharia da UFMG, e também foi peça importante no sucesso do curso de física da Faculdade de Filosofia e do Instituto de Ciências Exatas, o Icex, da mesma Universidade. Filho de um médico, um homem muito instruído mas de poucos recursos financeiros e pai de mais dez filhos. Seu interesse pela física surgiu por incentivo do pai e quando ainda cursava o secundário no antigo Ginásio Mineiro de Belo Horizonte, pelas aulas do professor Virgínio Behring. Depois, na Escola de Minas de Ouro Preto, destacou-se também em física e se graduou em Engenharia Civil e de Minas. Destacou-se, ainda, na carreira de professor, pelos estudos na área de história da ciência. 

Depois de formado (1928), trabalhou como funcionário da Prefeitura de Belo Horizonte e ensinou física no anexo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais durante dez anos até prestar seu primeiro concurso para as cátedras de física geral e experimental (1938) para a Escola de Engenharia de Minas Gerais e no mesmo ano para a Escola de Minas de Ouro Preto, passando nos dois. Na Escola de Engenharia começou a desenvolver seus estudos sobre a radioatividade, se tornando conhecido como um dos pioneiros na pesquisa sobre energia nuclear no país e nessa época ganhou o apelido pelo qual ficou conhecido. Devido à essa atuação, foi convidado a assumir o cargo de diretor do recém-fundado Instituto de Pesquisas Radioativas da UFMG, atual Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, o CDTN, instituição criada (1953) e que viria a se tornar uma das mais importantes do Brasil no âmbito das pesquisas nucleares. 

Page 50: Trabalho de Física

Foi nomeado para a Comissão Nacional de Energia Nuclear (1962) pelo presidente João Goulart, mas pediu seu desligamento (1964) durante o governo Castelo Branco por discordar dos rumos dados à política nuclear e pela perseguição política praticada contra alguns cientistas brasileiros. Também foi um dos organizadores e o primeiro diretor do Instituto de Ciências Exatas da UFMG (1968-1972). No princípio da década de 80, foi convidado pelo papa João Paulo II para participar de uma comissão de revisão do processo da Igreja Católica contra Galileu. Daí surgiram seus conhecidos estudos sobre o cientista. Acreditava que Galileu não era devidamente valorizado por sua contribuição à ciência. 

Além de inúmeros artigos científicos, publicou dois livros: “História da siderurgia no Brasil” e “A eletricidade no Brasil”. No princípio da década de 80, foi convidado Membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Mineira de Letras, seu 3° sucessor na cadeira n° 05, continuou trabalhando em seus projetos até quando faleceu, em Belo Horizonte. Em sua homenagem, o governo de Minas, através da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, criou o prêmio de divulgação científica Francisco de Assis Magalhães Gomes (1997) que tem o objetivo de premiar àqueles que contribuíram significativamente para a difusão de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. Apesar do apelido, dizia-se inimigo número um da bomba atômica e defendeu até o dia de sua morte o uso da energia nuclear para fins pacíficos. 

http://www.brasilescola.com/biografia/francisco-de-assis-magalhaes-gomes.htm