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SUMÁRIO PG Introdução------------------------------------------------- -------------------------------------------04 Etapa 1 – Educação não formal----------------------------------------------------- ------------05 Etapa 2 – Associativismo--------------------------------------------- -----------------------------06 Etapa 3 – Situação didática que envolva o público alvo da Educação não formal no Brasil--08 Etapa 4 – Educação não formal e Educação Profissional--------------------------------13 Conclusão-------------------------------------------------- -------------------------------------------16 Referências Bibliográficas--------------------------------------------- -----------------------------17 INTRODUÇÃO A Educação não formal é entendida como a educação que se aprende no compartilhamento de conhecimentos ao longo da vida do aluno, em espaços e ações coletivas estabelecidas no dia-a-dia. Essa educação difere da Educação formal, aprendida institucionalmente na escola, e da Educação informal, em que o aluno aprende com as outras instâncias: família, bairro, amigos. O presente desafio torna-se relevante para a formação de profissionais críticos que entendam não somente as situações problematizadas em aula, mas que atuem com consciência na sociedade, ao cotejarem as diversas teorias e práticas presentes no universo acadêmico e ao proporem e produzirem situações de aprendizado reflexivo em relação às vivências. Etapa 1 Educação não formal Buscar o traçado do percurso do surgimento e usos do termo educação não formal, passando por definições oferecidas por alguns autores ao longo de um intervalo de tempo que vai do

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SUMÁRIO PG Introdução--------------------------------------------------------------------------------------------04Etapa 1 – Educação não formal-----------------------------------------------------------------05Etapa 2 – Associativismo--------------------------------------------------------------------------06Etapa 3 – Situação didática que envolva o público alvo da Educação não formal no Brasil--08Etapa 4 – Educação não formal e Educação Profissional--------------------------------13Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------------16ReferênciasBibliográficas--------------------------------------------------------------------------17

INTRODUÇÃOA Educação não formal é entendida como a educação que se aprende no compartilhamento de conhecimentos ao longo da vida do aluno, em espaços e ações coletivas estabelecidas no dia-a-dia. Essa educação difere da Educação formal, aprendida institucionalmente na escola, e da Educação informal, em que o aluno aprende com as outras instâncias: família, bairro, amigos.O presente desafio torna-se relevante para a formação de profissionais críticos que entendam não somente as situações problematizadas em aula, mas que atuem com consciência na sociedade, ao cotejarem as diversas teorias e práticas presentes no universo acadêmico e ao proporem e produzirem situações de aprendizado reflexivo em relação às vivências.

Etapa 1 – Educação não formalBuscar o traçado do percurso do surgimento e usos do termo educação não formal, passando por definições oferecidas por alguns autores ao longo de um intervalo de tempo que vai do final dos anos 80 até os dias atuais, estando ainda em momento de construção e passando por críticas tanto relacionadas a sua terminologia quanto por suas práticas e orientações no contexto atual.Nos anos 70, inicialmente define o termo por antagonismo a educação formal-escolar, apontando o caminho inverso na construção de sua via, pontuando as diferenças em termos de maior flexibilidade em relação a: estrutura dos programas, formas dos conteúdos abordados, investimento temporal, fornecimento de uma certificação, locais de acontecimento, métodos utilizados, participantes envolvidos e função. Posteriormente, nos anos 90, define o termo pensando em três funções: tendo papel complementar ao sistema formal-escolar, como uma alternativa e como papel suplementar. Nesse sentido, a oposição não é o foco, mas a perspectiva de ampliar as experiências escolares.Pesquisas junto ao público docente apontam que os espaços fora do ambiente escolar, mais comumente conhecidos como não formais, são percebidos como recursos pedagógicos complementares às carências da escola. 

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A educação não formal, porém, define-se como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que, normalmente, se realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino.Toda atividade organizada e sistemática, realizada fora do sistema formal de educação, para promover determinados tipos de aprendizagem a grupos específicos de uma população, sejam adultos ou crianças.Ex: a alfabetização; a realização da atividade profissional realizada fora da escola; a formação de jovens não escolarizados; diferentes programas de desenvolvimento comunitário incluindo uma educação no domínio da saúde, nutrição...A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL É CARACTERIZADA PRINCIPALMENTE POR:Estar focada em quem aprende (aluno) e não em quem ensina (educador);A estrutura deva estar de baixo para cima, ou seja, um forte influenciador dos participantes na definição do currículo a ser trabalhado;Flexibilidade;Ênfase na prática, fortemente relacionada com o contexto local dos participantes.

EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

Etapa 2AssociativismoAssociativismo é o meio de organizar grupos de interesse econômico autossustentável, é a base que liga a consciência individual e o direito individual, a necessidade de agregação e conjugação de esforços, base de organização da sociedade.Associativismo é a união de um grupo de pessoas, de empresas, de comerciantes, etc.

Cada vez mais o movimento associativo se expande, sendo considerada uma das mais valia no desenvolvimento da sociedade. Este reflete o comportamento social dominante nas próprias comunidades. E é visto como uma forma de juntar interesses comuns, defendendo pontos de vista de forma geral. Segundo o “Guia Para o Associativismo” (2001:5), “O Associativismo é a expressão organizada da sociedade, apelando à responsabilização e intervenção dos cidadãos em várias esferas da vida social e constituir um importante meio de exercer a cidadania”. A importância e o valor do associativismo decorrem do fato de constituir uma criação e realização viva e independente; uma expressão da ação social das populações nas mais variadas áreas. O Movimento Associativo é um produto social. Transforma-se com a evolução social, acompanha e participa ativamente nessa transformação. Realiza-se tanto mais profundamente quanto mais tenha claros os objetivos da sua intervenção, o seu próprio projeto e o projeto de sociedade para que esteja orientado sobre o conteúdo fundamental da sua ação. São muitos os autores que afirmam que o associativismo é uma forma de união de povos e/ou comunidades que procuram de forma econômica desinteressada, alcançando

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um objetivo, com uma personalidade jurídica própria, conferida, no nosso caso, pela lei portuguesa. Tal como a Constituição da República diz, no seu artigo n.º 20, “toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacífica”. Então, podemos afirmar que o associativismo, enquanto movimento de união e desinteresse econômico, é um ato de liberdade e de opção para qualquer individuo. Esta pode de livre vontade, formar a sua própria associação. “Uma associação forma-se por decisão voluntária (...) no sentido dos objetivos que lhes satisfaçam as necessidades (...)” (Elo Associativo nº. 17, 2001:16) Na sociedade em que vivemos torna-se cada vez mais comum ouvir dizer que algumas associações são como que empresas, uma vez que a sua atividade exige uma gestão ao nível da empresarial. Esta é uma das grandes confusões de muitos associativistas, dirigentes ou não. Uma Associação sem fins lucrativos não é uma empresa, senão vejamos: - Uma empresa tem por objetivo produzir e/ou vender um produto, fazer lucro e distribuí-lo; Uma associação tem como fim prestar um serviço, resolver problemas sociais, desenvolver potencialidades, valorizar os seus associados, reinvestir socialmente eventuais receitas e proveitos realizados em prol de todos os associados e da população.

Etapa 3 – Situação didática que envolva o público alvo da Educação não formal no Brasil.“Uma situação didática é um conjunto de relações estabelecidas explicitamente e/ou implicitamente entre um aluno ou um grupo de alunos, num certo meio, compreendendo eventualmente instrumentos e objetos, e um sistema educacional (o professor) com a finalidade de possibilitar a esses alunos um saber constituído ou em vias de constituição [...]”.De quem é o ovo?Introdução quando se discute sobre os temas da educação e divulgação científica em espaços não formais, não são recentes; no Brasil estas diversificações de temas, têm se transformado em objetos de estudos (VALENTE, CAZELLI; ALVES, 12005; CAZELLI, 2000; MARANDINO, 2001; GASPAR, 1993) contribuindo para a consolidação da área no país (NAVAS, et al., 2007). Um aspecto importante, mas pouco explorado na literatura sobre pesquisa na área de educação em museus é a avaliação de materiais didático-culturais especialmente voltados para esses espaços (MORTENSEN e SMART, 2007). Em geral as pesquisas se voltam para análise e avaliação de exposições e dos objetos no contexto das mesmas (GILBERT, STOCKLMAYER, 2001; MARANDINO, 2001; HERRERO, 1998) ou para os processos de aprendizagem do público nesses espaços (FALCÃO, 2006; ALLEN, 2004; MCMANUS, 1996).

Nessa perspectiva, esse trabalho tem a finalidade de apresentar aspectos sobre a produção e a avaliação de dois objetos produzidos para utilização em museus e outros espaços em atividades de educação não formal e divulgação de ciências.A partir de discussões conceituais acerca dos pressupostos da educação não

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formal (MARANDINO et al., 2004; GOHN, 1999; GOMES DIESTE et al., 1988) e da relação entre educação e biodiversidade (MARANDINO, et al., 2009; GAYFORD, 2000) foram estabelecidos critérios e parâmetros para a produção dos materiais: um modelo com objetos tridimensionais, intitulado De quem é o ovo? Tais materiais foram utilizados em várias atividades voltadas ao público e, utilizando pressupostos do campo de estudos de público em museus e exposições (CURY, 2005; 2006; ALLARD ET AL., 1996; MCMANUS, 1990).

Os materiais produzidos O material intitulado De quem é o ovo? É um modelo composto por um conjunto de sete compartimentos representado “ninhos” de animais e seus respectivos ovos. Os ovos dos animais selecionados são de ema, de codorna, de pavão, de galinha, de avestruz, de arara e de jabuti.Para produzir, os ovos foram submetidos a um processo que conservação da casca original e que o seu conteúdo é substituído por parafina, mantendo o peso correspondente a média dos ovos originais de cada animal (Figura 1).

Em cada ninho, representado por meio de uma caixa de madeira cheia de “palha”, existe uma placa com a foto do animal e um texto breve com informações gerais sobre a sua biologia, aspectos da reprodução e curiosidades com foco na educação ambiental.A atividade sugerida e destinada ao público infanto-juvenil (10-14 anos) e identificar a qual animal pertence os ovos. Para tal, este deve ser colocado em seu respectivo ninho. O objetivo desse material é aproximar o público do conceito de Biodiversidade, possibilitando contato direto com a diversificação de ovos, que possuem tamanhos, pesos, cores e texturas diferentes.Aspectos metodológicosOs processos de avaliação de exposições e objetos expositivos são responsáveis pelo aprimoramento das formas de comunicação para diversos públicos. Neste contexto, as pesquisas de público tornam-se necessárias para compreender o perfil dos visitantes (ALMEIDA e 4LOPES, 2003; MURRIELLO, 2006), explorar as suas percepções, atitudes, motivações, aprendizagem, interações e comportamento, bem como o uso que eles fazem do espaço, das atividades e dos materiais propostos (CURY, 2005, 2006).Os materiais aqui descritos, foram utilizados como referencial teórico/metodológico o trabalho de Cury (2005), que propõe seis tipos de avaliação para exposições e materiais expositivos (Tabela 1).Tabela 1 - Tipos de avaliação para exposições e materiais expositivos propostos por Cury (2005).A avaliação conceitual na fase de planejamento ocorre da exposição oudo material a ser exposto e envolve tanto aidentificação e caracterização do público alvo, como     a     definição     dos     conteúdos     a     seremtrabalhados. |Avaliação formativa | Busca    examinar,    por    meio    de    protótipos,    aspropostas dos recursos e

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xpográficos |Avaliação corretiva | Leva a modificar aspectos não satisfatórios daexposição a partir da comparação entre o propostoe o executado e por meio da participação dopúblico. |Avaliação somativa | Busca analisar a interação entre o material e opúblico, a partir dos modelos teóricos propostospara    o    desenvolvimento    da    exposição    ou    domaterial. |Avaliação técnica | Permite    avaliar    os    elementos    expográficos    do projeto      e      levanta      questões      técnicas      nãosatisfatórias para a equipe de desenvolvimento. |Avaliação de processo | Permite refinar as metodologias de trabalho eplanejamento     e     colabora     para a     constante aprendizagem da que bvgipe, para uma postura diantedas      responsabilidades      e      compromissos      nodesenvolvimento da exposição. |Durante a primeira fase de produção dos materiais, não contemplada neste trabalho, foram desenvolvidas a avaliação conceitual, formativa e corretiva. Focaremos aqui nossa análise com base nas avaliações somativa e técnica, tendo como contexto o uso dos materiais no evento de educação não-formal.A coleta de dados envolveu a observação direta do uso dos materiais com o público agendado e espontâneo. O processo de registros das observações foi realizado pelos mediadores, no caso, alunos de graduação envolvidos na produção dos materiais.Esse registro se baseou em um roteiro orientador, que buscou incorporar os aspectos propostos por Cury (2005) para a avaliação somativa e para a avaliação técnica (Tabela 2) por meio de questões abertas. 1. Que tipo de temas/conteúdos são abordados durante o trabalho com omaterial?2. Quanto tempo dura a interação?3. Como se da a relação do público com os objetos (manuseia, observa, etc.)?Que manifestações afetivas, físicas, etc. são reveladas na interação? O quefalam? O que perguntam?4. Como o mediador desenvolve a atividade junto com o material? Comointroduz? O que fala? Que conversas são geradas?5. É adequado para o público alvo? (10-14 anos)? Porque ? Outros públicosutilizam? É adequado para esses outros públicos?6. Como se dá o impacto do uso do material? Quanto tempo dura? São frágeis?Quais? |

ResultadosSobre a avaliação somativa (interação entre o público e os materiais)De quem é o ovo?A partir da observação realizada com os grupos espontâneos formados por jovens de ensino médio e EJA foi possível perceber que o material suscita bastante de compreender o desafio proposto na atividade. Cabe destacar que esse público não se enquadra na faixa etária inicialmente proposta para o material (10 a 14 anos); no entanto este se mostrou adequado e instigante para o grupo.O desenvolvimento da atividade se deu em dois momentos: inicilamente a identificação dos ovos foi feita a partir do próprio conhecimento e experiência

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dos visitantes sobre os animais e os ovos; no segundo momento foi comum o surgimento de dúvidas sobre a que animal pertencia alguns dos ovos, principalmente dúvidas relacionadas com a diferenciação entre os ovos maiores (de avestruz e de ema) e entre os ovos de tamanho e textura semelhante (de pavão e de galinha). Nesses momentos, o monitor aproveitava para responder as dúvidas e dialogar sobre esses temas.Com o público esppontâneo referente ao ensino fundamental (9 anos) a tarefa de colocar os ovos nos ninhos também despertou muita curiosodade, sendo que a atividade foi desenvolvida de outra forma; primeiramente os alunos deram uma volta ao redor dos ninhos para identificar as características de cada animal. Na sequencia, os alunos manipularam os ovos e os colocaram nos ninhos adequados com euforia e em seguida começaram a interação com o monitor.Com o grupo espontâneo de educação infantil a utilização do jogo foi diferente. Devido à grande euforia das crianças, elas foram organizadas, pela professora, em grupos de 8 a 10 alunos. O monitor apresentava cada um dos ovos para as crianças, perguntando se eles os conheciam e se poderiam identificar a que animal pertencia. Ao mesmo tempo em que esses questionamentos eram feitos o ovo circulava por todas as crianças, de mão em mão. Quando alguma das crianças identificava o animal, a resposta era explorada pelo monitor, buscando conhecer o contexto em que essa criança se apropriou da informação; somente depois dessa conversa inicial o ovo era colocado no ninho. ConclusãoDurante a utilização dos materiais junto aos visitantes houve necessidade de adaptações na forma de utilizá-los, em função do público e das características específicas de espaço e de tempo da atividade. O fato de trabalhar com públicos “ativos” (espontâneo) e públicos em “espera” (agendados) e com faixa etárias diferentes possibilitou novas formas de interação e enfatizou o ativo papel da mediação como estabelecedora de diálogo e de novas possibilidades de uso dos materiais junto aos visitantes. No que se refere à avaliação técnica, ela evidenciou problemas de desgaste no material originados da interação com um grande número de visitantes. Cabe destacar, neste ponto, a relação manuseio/uso/interatividade, a qual deve ser mais bem equacionada nos espaços não formais, especialmente no que se refere à disponibilidade e manutenção dos objetos expostos. No caso dos ovos, por serem objetos reais e frágeis, seu tempo de uso é limitado, além de termos baixa disponibilidade de vários deles. Os aspectos levantados possuem implicações pedagógicas, de tipo de materiais e de custos devem ser consideradas na elaboração de materiais didático-culturais em espaços não formais.

Etapa 4 – Educação não formal e Educação Profissional

é considerado educação não formal como um campo de conhecimento em construção. Analisando-se como ocorre a mediação deste processo educativo com a escola por meio da participação da sociedade civil organizada em estruturas colegiadas de interação entre as escolas e o território que a circunda.

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Buscam-se as aprendizagens que acontecem das interações geradas pelo processo participativo.A educação não formal designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação dos indivíduos para o trabalho por meio da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela mídia, em especial a eletrônica etc. Em suma, consideramos a educação não formal como um dos núcleos básicos de uma Pedagogia Social.A educação não formal poderá desenvolver, como resultados, uma série de processos tais como:* Consciência e organização de como agir em grupos coletivos;* A construção e reconstrução de concepção (s) de mundo e sobre o mundo,;* A contribuição para um sentimento de identidade com uma dada comunidade;* Forma o indivíduo para a vida e suas adversidades (e não apenas capacita-o para entrar no mercado de trabalho);* Quando presente em programas com crianças ou jovens adolescentes a educação não formal resgata o sentimento de valorização de si próprio (o que a mídia e os manuais de autoajuda denominam simplificadamente, como a autoestima); ou seja, dá condições aos indivíduos para desenvolverem sentimentos de autovalorização, de rejeição dos preconceitos que lhes são dirigidos, o desejo de lutarem para de ser reconhecidos como iguais (enquanto seres humanos), dentro de suas diferenças (raciais, étnicas, religiosas, culturais etc.);* cada pessoa adquire conhecimento praticando o que aprendeu, os indivíduos aprendem a ler e interpretar o mundo que os cerca.A seguir listamos algumas características que a educação não formal pode atingir em termos de metas. Consideramos estas metas como um campo a ser desenvolvido pela Pedagogia Social:* Aprendizado quanto a diferenças - aprende-se a conviver com demais. Socializa-se o respeito mútuo;* Adaptação do grupo a diferentes culturas, e o indivíduo ao outro, trabalha o "estranhamento";* Construção da identidade coletiva de um grupo;* Balizamento de regras éticas relativas às condutas aceitáveis socialmente.O que falta na educação não formal:* Formação específica a educadores a partir da definição de seu papel e atividades a serem realizadas* Definição de funções e objetivos de educação não formal;* Sistematização das metodologias utilizadas no trabalho cotidiano;* Construção de instrumentos metodológicos de avaliação e análise do trabalho realizado;

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* Construção de metodologias que possibilitem o acompanhamento do trabalho realizado;* Construção de metodologias que possibilitem o acompanhamento do trabalho de egressos que participaram de programas de educação não formal;* Cria-se metodologias e indicadores para estudo e análise de trabalhos da educação não formal em campos não sistematizados. Aprendizado gerado pela vontade do receptor;* Mapeamento das formas de educação não formal na autoaprendizagem dos cidadãos (principalmente jovens no campo da autoaprendizagem musical).

CONCLUSÃOacreditamos que as ideias e os fundamentos somente há com proposta, qual seja a importância da educação não formal. Conceituamos a educação não formal no campo da Pedagogia Social- aquela que trabalha com coletivos e se preocupa com os processos de construção de aprendizagens e saberes coletivos.É preciso desenvolver saberes que orientem as práticas sociais, que construam novos valores, aqui entendidos como a participação de coletivos de pessoas diferentes, com metas iguais. Isto tudo está no campo da educação não formal e da Pedagogia Social. O perfil do educador social se constrói e está sendo reinventado neste processo.Não basta um programa, um plano, ou mais um conselho. É preciso reconhecer a existência e a importância da educação não formal no processo de construção de uma sociedade sem injustiças, democrática. É preciso sistematizar dados, gerar e extrair saberes, e produzir conhecimentos no campo da Pedagogia Social.

REFERÊNCIASGOHN, Maria da Glória. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas na escola. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n50/30405.pdf>. Acesso em: 21 out. 2012.

GOHN, Maria da Glória. Educação não formal na pedagogia social. Ano 1. Anais do Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2006. Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo. php?pid=MSC0000000092006000100034&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 21 out. 2012.

YURI, F. (edição); VERGOTTI, M. (infogr.); TANIGAWA, R. (infogr. online). O mapa da Educação Profissional no Brasil. Revista Época, 2011. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2011/10/o-mapa-da-educacaoprofissional-no-brasil.html>. Acesso em: 21 out. 2012.

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