TRABALHO ECA - TEXTO DISSERTATIVO ARTIGOS 53 A 85 ECA.doc

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    UMA ABORDAGEM DOS ARTIGOS 53 A 85 DO ECA

     A educação através dos artigos 205 e 6º da CF é incluída como direitofundamental do homem. e modo !ue o direito a educação é direito su"#etivo dacriança e do adolescente$ devendo ser garantida %elo &stado. 'endo tam"émo"rigação do genitor ou res%ons(vel legal no !ue tange a garantia da educação. )descum%rimento im%lica a%licação da medida de %roteção mencionada no art. *2+$inciso V, do &CA$ e o cometimento do delito do art. 2,6 do C- somente %elosgenitores.

     Ainda nesse sentido$ elencou o legislador no art. 5 do &statuto da Criança edo Adolescente os direitos do menor !uanto ao acesso e %erman/ncia$ devendohaver critérios claros e isonmicos %or %arte do res%ons(vel legal1 iretor$ elegadode &nsino e 'ecretario da &ducação. Ainda elenca referida norma o direito de

    res%eito %elos educadores$ o direito a contestar critérios avaliativos$ de organiaçãoem entidades estudantis "em como o acesso 3 escola %4"lica e gratuita. Aos %ais$ca"elhes o direito de %artici%ação.

    )%ortuno frisar o !ue %rev/ o inciso $ do art. 5$ do &CA$ so"re o direito decontestar critérios avaliativos$ ve !ue a avaliação$ notadamente so" a forma denota$ crédito ou conceito$ deve ter %or %rinci%ais fundamentos critérios o"#etivos$ desorte a afastar a %ossi"ilidade de %re%ot/ncia e até mesmo %erseguição$ %oissomente encontram terreno fértil na aferição su"#etiva.

    &m igual sentido$ a contestação de critério avaliativo não %ode ser confundidacom indisci%lina ou insu"ordinação$ não s7 %elo fato de ho#e constituir direitoe8ercit(vel em face do %rofessor e da escola$ como tam"ém em raão danecessidade de democratiação do ensino$ onde a oni%ot/ncia e autoritarismo domestre são su"stituídos %ela conce%ção de !ue é um instrumento de socialiação dosa"er.

    9esse ense#o$ !uestão %ol/mica recai so"re !ual o direito do aluno nae8%ulsão %elo esta"elecimento de ensino. eve haver em todos os ti%os deesta"elecimentos$ normas e regimentos internos$ se#am estes %4"licos ou%articulares. &m regra$ a %erman/ncia do aluno na escola deve estar %autada nao"edi/ncia a esses regulamentos$ %rinci%almente no res%eito com os colegas$%rofessores$ funcion(rios$ ou se#a$ a conviv/ncia escolar deve caracteriarse %or vir ade!uado com%ortamento social.

    :ealiada a conduta tí%ica contraria ao regulamento do esta"elecimento$im%;e o início de %rocedimento contradit7rio a semelhança do %rocessoadministrativo em geral e do %r7%rio %rocesso %enal. este modo$ %ara se im%or a%ena de e8%ulsão$ ou de transfer/ncia com%uls7ria ao aluno$ necess(rio !ue se#ainstaurado %rocedimento administrativo$ constando de forma clara e %recisa aacusação e a falta cometida !ue autoriaria a autoridade escolar a a%licar a sanção.

    :essaltese !ue é %acifico na #uris%rud/ncia !ue as entidades educacionais%restam função federal delegada e$ %ortanto$ devem o"edi/ncia$ não a%enas asregras constitucionais$ como tam"ém as normas de direito administrativo. Concluise$ %ois$ !ue o esta"elecimento de ensino %ode determinar a e8%ulsão do aluno$ oua transfer/ncia com%uls7ria deste$ devendo %ara tanto o"servar os %rincí%ios do

    contradit7rio e da am%la defesa$ garantidos e8%ressamente %elo inciso

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    se defender. >odavia$ #( se inadmitiu o direito a dano moral %ara aluno indisci%linado$desres%eitoso$ inconveniente e reincidente.

    ?uestão relevante tam"ém é !uanto a o"rigatoriamente das &scolas decomunicar ao Conselho >utelar todos os feitos !ue %re#udi!uem o "om

    desenvolvimento da criança e do adolescente em seu %rocesso de ensino1 maustratos o%erados normalmente %elos genitores$ dificuldade na a%rendiagem !uemormente e originada da necessidade do tra"alho %recoce do menor. A omissãoconfigura infração administrativa ca%itulada no art. 2,5 do &CA. e outro lado$ ca"eao Conselho >utelar %rocurar detectar as causas desses %ro"lemas$ "uscar soluç;es %ara sanalas e ainda informar aos 7rgãos com%etentes so"re os%ro"lemas detectados @art. *6$ B.

    ) legislador tam"ém elencou no art. 5, do &CA o ensino fundamentalo"rigat7rio e gratuito como direito su"#etivo da criança e do adolescente$mencionando a necessidade da e8tensão da o"rigatoriedade ao ensino médio. Aindao atendimento es%ecialiado ao %ortador de defici/ncia atendimento em creche e

    %réescola as crianças de ero a seis anos de idade e ainda acesso aos níveis maiselevados de ensino @Densino su%eriorEB garantia de ensino ao adolescentetra"alhador e atendimento ao ensino fundamental %or meio de %rogramas dematerial did(tico$ trans%orte etc. A educação infantil a"range as creches$ %aracrianças de até tr/s anos de idade e %réescolas %ara crianças de !uatro a seis anosde idade @art. 0$ incisos e $ da

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    tamb*m e a es'o!7ida no 'aso de indeni$a%&o .or morte de fi!7o de fam?!ia.obre(

    A CT se ade#o ao mandamento e se art( >42 'onsidera menor otraba!7ador de #ator$e at* de$oito anos( De iga! modo" * vedado ao menor"

    segndo a CT em se art( >4>" o traba!7o notrno" 'onsiderando o mesmo o.rati'ado entre as 22 e 5 7oras(Defini o !egis!ador o 'on'eito de a.rendi$agem ada.tado ao

    traba!7ador a.rendi$ maior de > #ator$e anos( essa sita%&o" oem.regador deve res.eitar sa 'ondi%&o e a ne'essidade de 'om.atibi!i$a%&o'om sa es'o!ari$a%&o( Assim" a a.rendi$agem" mais #e ma forma detraba!7o" * ma .arte integrante da ed'a%&o e forma%&o do ado!es'ente( O.ro'esso de a.rendi$agem * eminentemente .rofissiona! .or e1em.!o" em'rsos 'omo o do SEAI e SEAC" n&o se en#adrando verdadeiras.rofisses des.rovidas desse 'om.romisso 'omo o de office boy, ensa'ador de 'om.ras( O .rF.rio 'on'eito de a.rendi$agem * definido .e!o art( >28 da

    CT(Tamb*m no es'o.o de garantia de 'ondi%es bsi'as ao ado!es'ente

    a.rendi$" assegram)se os direitos traba!7istas .revistos na CT e ainda.reviden'irios reg!ados .e!a ei n< 8(23H" in'!i entre esses direitos o dosegro .e!o em.regador art( ;

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     Assim o"#etivou o legislador conscientiar a sociedade e o &stado no !ueconcerne 3 %reservação dos direitos da criança e do adolescente. Como assinalado$o servidor %4"lico %ossui a o"rigação de comunicar !ual!uer irregularidade nessamatéria$ so" %ena de cometimento de infração.

    entro da doutrina da %roteção integral$ fese uma divisão entre a %revençãogeral acima mencionada e a %revenção es%ecial. A diferença dar( entre as duas est(na esti%ulação de regras gerais na %revenção geral e na es%ecificação de regrasnesta 4ltima. Assim$ com "ase em identificar as%ectos nocivos da informação ediversão infanto#uvenil$ o legislador es%ecificou regras %ormenoriadas so"re asmesmas. A normatiação es%ecífica nem é novidade$ %or!ue #( era traida 3 "aila noC7digo Kello Kattos e no C7digo de Kenores de *+I+.

    ?uis o legislador tam"ém se acautelar com relação 3 criança e aoadolescente$ %roi"indo a venda de arma$ "e"idas alco7licas$ %rodutos !ue %ossamcausar de%end/ncia @%or e8em%lo$ Dcola de sa%ateiroE$ fogos de artifício$ e8ceto osde reduida ca%acidade de lesão$ revistas %ornogr(ficas e "ilhetes de loteriaB. -elo

    teor da norma$ todo menor$ se#a criança ou adolescente$ %oder( transitar livrementenos limites do domicílio de seu %ai ou re%resentante legal de sua Comarca.

     As e8ceç;es ocorrem se se tratar de Comarca contígua ou regiãometro%olitana$ como é o caso da Lrande 'ão -aulo. >am"ém se dis%ensa nahi%7tese de viagem com tios$ av7s ou %essoa maior de 2* anos !ue conte comautoriação do %ai ou res%ons(vel$ sem%re com a corres%ondente identificação.

    Comarca é a definição técnica %ara a divisão #udici(ria territorial da #ustiçaestadual. -ode a"ranger um ou mais municí%ios. 'endo criança$ %ara via#ar fora doslimites de sua Comarca$ é necess(ria uma autoriação #udicial. Assim$ a contr(riosensu$ ao adolescente é %ermitida viagem sem este ti%o de autoriação.

     A viagem do menor desacom%anhado dos genitores ao e8terior e8igeautoriação do Hui da nfMncia e Huventude. 9esse caso$ uma %essoa maior de *Ganos fa o re!uerimento$ #untando documentos %ertinentes como declaração deduas testemunhas$ certidão de nascimento do menor ou cédula de identidade edocumentos dos genitores. A%7s %arecer ministerial$ o Hui manda emitir alvar( deautoriação %ara viagem e tam"ém %ermissão %ara o"tenção de %assa%orte.

    &m um caso es%ecífico da =ara da nfMncia e Huventude de ta!uera'-$houve %edido de su%rimento de consentimento. sso %or!ue houve recusa dagenitora frente ao dese#o do genitor de via#ar com filho. A hi%7tese se amolda ao art.G,$ inciso $ do &statuto. 9esse caso$ necess(ria a citação da mãe %ara vir a #uío ee8%lanar os motivos da recusa. A%7s isto$ ouvido o K-$ o Hui Kenorista %rolata

    decisão$ deferindo ou não o %edido.) &statuto da Criança e do adolescente veio traer maior %roteção aosmenores$ garantindo direitos$ mas tam"ém im%ondo deveres. 9ele$ a criança e oadolescente se constituem su#eitos de direitos e não mais meros o"#etos deintervenção social e #urídica %or %arte da família$ da sociedade e do &stado. Acriança e o adolescente são reconhecidos como %essoas em condição %eculiar dedesenvolvimento$ detentoras de todos os direitos !ue t/m os adultos e !ue se#ama%lic(veis 3 sua idade$ além dos seus direitos es%eciais$ decorrentes do %r7%rio%rocesso de desenvolvimento em !ue se encontram. &les não estão em condiç;esde e8igilos do mundo adulto e não são ca%aes$ ainda$ de %rover suasnecessidades "(sicas sem %re#uío do seu desenvolvimento %essoal e social.