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PS-GRADUAO
EM
SEGURANA E HIGIENE NO TRABALHO
(20 Edio do Curso de Tcnico Superior de SHT)
PROJECTO INDIVIDUAL
Identificao e Avaliao de Riscos de um Posto de
Trabalho
Operador de metais no ferrosos Ambitrena, S.A.
Orientador: Filipe Didelet
Formando: Srgio Guerreiro
2012
Avaliao de Riscos - Operador de metais no ferrosos na Ambitrena _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
II
RESUMO
O presente projeto surge no mbito da Ps Graduao em Segurana e Higiene no Trabalho,
realizado na empresa Ambitrena Valorizao e Gesto de Resduos, S.A., e teve como
objetivo a identificao dos perigos e a avaliao dos riscos associados, bem como, o
levantamento dos controlos existentes, de modo a avaliar as condies de segurana de um
posto de trabalho, em contexto real, e permitir a realizao de sugestes de melhoria.
Numa empresa de gesto e valorizao de resduos existem muitos fatores causadores de
incidentes/acidentes, nomeadamente, o uso indevido de ferramentas diversas, de mquinas
ruidosas e sem protees em partes mveis, a queda de resduos ou pisos escorregadios,
entre muitos outros. Portanto, as temticas da segurana no trabalho devem ser consideradas
um investimento para o futuro e para o desenvolvimento das empresas e no um custo
agregado aos trabalhos do dia-a-dia.
Deste modo foi efetuado o levantamento dos perigos, avaliando os riscos e os controlos
existentes na funo de operador de metais no ferrosos, afetos aos locais e equipamentos
de trabalho, s condies de ambiente de trabalho, aos fatores ergonmicos e psicossociais.
Aplicando essencialmente uma metodologia de observao direta e com recurso a uma lista
de verificao, tendo sempre por base a legislao em vigor. Como complemento, e sempre
que possvel, foi procurado junto dos responsveis e dos trabalhadores, em debates, aceder a
mais informaes essenciais na anlise do projeto. Por fim, propem-se medidas de controlo
de riscos com a finalidade de minimizar a probabilidade de ocorrncia de acontecimentos
indesejveis, onde foram sugeridas medidas corretivas a implementar para minimizar ou
eliminar os riscos identificados.
Os resultados encontrados permitem concluir que a gesto do risco pode ser transformada se
houver compreenso da realidade do trabalho, privilegiando sempre a construo conjunta de
medidas que possam efetivamente contribuir para a segurana dos operadores de metais no
ferrosos na Ambitrena.
Palavras-chave: Avaliao de risco; Operador; Segurana no trabalho.
Avaliao de Riscos - Operador de metais no ferrosos na Ambitrena _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
III
ABSTRACT
This project appears in the context of post-graduate Degree in Occupational Hygiene and
Safety, realized in the company Ambitrena - Recovery and Waste Management, S. A., and
aimed the identification of hazards and the assessment of the risks associated with, as well as,
the survey of existing controls, in order to evaluate the safety conditions of a job, in actual
context, and enable the implementation of suggestions for improvement.
In a company of waste management and recovery there are many causative factors of
incidents/accidents, in particular, the improper use of various tools, machines and noisy
without protections in moving parts, the fall of waste or slippery floors, among many others.
Therefore, the issues of safety at work should be considered an investment for the future and
for the development of companies and not an added cost to the day-to-day work.
In this way was made the survey of hazards, evaluating the risks and the existing controls on
the function of operator of non-ferrous metals, affections to places and work equipment, the
conditions of work environment, to ergonomic and psychosocial factors. Essentially applying a
methodology of direct observation and using a checklist, having always based on the
legislation in force. As a complement, and whenever possible, has been sought from the
leaders and workers, in debates, access to more essential information in the analysis of the
project. Finally, it proposes measures to control risks with the aim of minimizing the probability
of the occurrence of undesirable events, where were suggested corrective measures to be
implemented to minimize or eliminate the identified risks.
The results indicated that the risk management can be transformed if there is understanding of
the reality of the work, always giving priority to the joint construction of measures that can
effectively contribute to the safety of the operators of non-ferrous metals in Ambitrena.
Keywords: Risk assessment; Operator; Safety at work.
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
IV
AGRADECIMENTOS
Alm da riqueza de conhecimentos que adquiri ao longo desta Ps-graduao, no posso
deixar de referir que a sua concluso s foi possvel com a ajuda de algumas pessoas, que de
formas bastante diferentes me fizeram motivar e ultrapassar as dificuldades que foram
surgindo.
Comeo por agradecer a todos os colaboradores da Ambitrena, principalmente ao Eng. Joo
Miranda e Eng. Eunice Frade, assim como aos colaboradores Marcos e Elias, todo os
conhecimentos transmitidos e apoio prestado durante a realizao do projeto.
A toda a equipa de formadores, em especial ao Professor Filipe Didelet e ao Professor Paulo
Lima pela disponibilidade.
A todos os meus colegas do curso TSHST, pela amizade, companheirismo, boa disposio,
simpatia e compreenso demonstrados durante estes longos meses.
Um agradecimento especial Sara e a todos os amigos pela ajuda e apoio.
E por ltimo, um agradecimento minha famlia pelo apoio e compreenso que sempre
tiveram durante toda a Ps-graduao.
A todos o meu Muito Obrigado!
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
V
NDICE
INTRODUO ................................................................................................................................... 1
1. ENQUADRAMENTO GERAL ..................................................................................................... 1
1.1. MBITO ................................................................................................................................... 1
1.2. SERVIOS DE HIGIENE E SEGURANA DO TRABALHO ................................................................. 2
1.3. OBJETIVOS .............................................................................................................................. 3
1.4. METODOLOGIA APLICADA ......................................................................................................... 5
1.5. CONTEXTO LEGAL .................................................................................................................... 6
1.5.1. SEGURANA E HIGIENE DO TRABALHO ................................................................................. 6
1.5.2. SEGURANA DE EQUIPAMENTOS DE TRABALHO .................................................................... 7
1.5.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL .......................................................................... 7
1.5.4. SINALIZAO DE SEGURANA .............................................................................................. 8
1.5.5. EXPOSIO A RUDO E VIBRAES ....................................................................................... 8
1.5.6. SEGURANA CONTRA INCNDIOS ......................................................................................... 8
1.5.7. MOVIMENTAO MANUAL DE CARGAS ................................................................................... 9
1.5.8. ACIDENTES DE TRABALHO ................................................................................................... 9
1.6. GLOSSRIO E CONCEITOS ........................................................................................................ 9
2. CARACTERIZAO DA EMPRESA ........................................................................................ 14
2.1. AMBITRENA DE SETBAL ........................................................................................................ 16
2.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL................................................................................................ 17
2.3. POLTICA DE QUALIDADE E AMBIENTE...................................................................................... 18
2.4. POLTICA DE SEGURANA E HIGIENE NO TRABALHO ................................................................. 19
2.4.1. INDICADORES DE SHST SINISTRALIDADE LABORAL .......................................................... 19
3. DESCRIO DO PROCESSO DE GESTO E VALORIZAO DE METAIS ......................... 24
3.1. CARACTERIZAO DO DEPARTAMENTO OPERACIONAL METAIS NO FERROSOS ...................... 25
3.2. CARACTERIZAO DA FUNO OPERADOR DE METAIS NO FERROSOS ................................. 26
3.2.1. LOCAIS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO ............................................................................ 27
3.1.1.1. Conceo do edifcio ......................................................................................... 28
3.1.1.2. Vias de acesso e vias de evacuao ................................................................ 28
3.1.1.3. Pavimentos ........................................................................................................ 30
3.1.1.4. Espaos de Trabalho ......................................................................................... 30
3.1.1.5. Escadas ............................................................................................................. 31
3.1.1.6. Mquinas ........................................................................................................... 32
3.1.1.7. Ferramentas ...................................................................................................... 33
3.1.1.8. Armazenamento de materiais ............................................................................ 34
3.1.1.9. Manipulao de objetos ..................................................................................... 36
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
VI
3.1.1.10. Instalao eltrica .............................................................................................. 37
3.1.1.11. Armazenamento e manipulao de gases ........................................................ 38
3.1.1.12. Equipamentos de elevao e transporte ........................................................... 39
3.1.1.13. Substncias qumicas - Armazenamento .......................................................... 40
3.1.1.14. Incndios e Exploses ....................................................................................... 41
3.1.1.15. Sinalizao de segurana.................................................................................. 43
3.2.2. CONDIES AMBIENTAIS DE TRABALHO ............................................................................. 44
3.2.2.1. Iluminao ......................................................................................................... 45
3.2.2.2. Ventilao .......................................................................................................... 46
3.2.2.3. Ambiente Trmico e Climatizao ..................................................................... 47
3.2.2.4. Contaminantes Qumicos - Manipulao........................................................... 48
3.2.2.5. Rudo ................................................................................................................. 49
3.2.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL ........................................................................ 50
3.2.4. FATORES ERGONMICOS .................................................................................................. 51
3.2.4.1. Carga Fsica ...................................................................................................... 52
3.2.4.2. Movimentao manual de cargas ...................................................................... 53
3.2.4.3. Equipamentos dotados de visor ........................................................................ 54
3.2.5. FATORES PSICOSSOCIAIS .................................................................................................. 55
3.2.5.1. Carga mental ..................................................................................................... 55
3.2.5.2. Organizao do trabalho ................................................................................... 56
4. ANLISE, AVALIAO E CONTROLO DE RISCOS ............................................................... 58
4.1. HISTRICO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COMO OPERADOR DE METAIS NO FERROSOS .......... 59
4.2. CRITRIOS DE AVALIAO DOS RISCOS ................................................................................... 62
4.3. AVALIAO DE RISCOS ........................................................................................................... 66
CONCLUSO ................................................................................................................................... 80
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 82
ANEXOS ........................................................................................................................................... 84
Avaliao de Riscos - Operador de metais no ferrosos na Ambitrena _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
VII
ANEXOS
ANEXO I Descrio das Funes do Operador de Metais no Ferrosos;
ANEXO II Lista de Verificao Avaliao das Condies de SHST;
ANEXO III Organograma da Ambitrena;
ANEXO IV Instrues Gerais de Segurana;
ANEXO V Planta da Ambitrena;
ANEXO VI Fichas de Segurana para Substncias Qumicas;
ANEXO VII Planta de emergncia da Ambitrena;
ANEXO VIII Mapa de Rudo e as suas medies;
ANEXO IX Relatrio de Acidentes de Trabalho;
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
VIII
NDICE DE ILUSTRAES
Ilustrao n. 1 Organograma do Ambigroup, SGPS, S.A. ................................................. 14
Ilustrao n. 2 Localizao das delegaes da Ambitrena. ............................................... 16
Ilustrao n. 3 Localizao da Ambitrena de Setbal. ....................................................... 16
Ilustrao n. 4 Entrada do armazm dos metais no ferrosos. .......................................... 28
Ilustrao n. 5 Vias de circulao dentro do armazm. ..................................................... 29
Ilustrao n. 6 Vias de evacuao e sadas de emergncia. ............................................. 30
Ilustrao n. 7 Bancadas de trabalho. ............................................................................... 31
Ilustrao n. 8 Escada de mo. ......................................................................................... 31
Ilustrao n. 9 Prensa do alumnio novo. .......................................................................... 32
Ilustrao n. 10 Vrios tipos de acondicionamentos dos metais. ....................................... 35
Ilustrao n. 11 Quadro eltrico. ....................................................................................... 38
Ilustrao n. 12 Armazenamento de gases. ...................................................................... 38
Ilustrao n. 13 Equipamentos de elevao e de transporte. ............................................ 40
Ilustrao n. 14 Equipamentos de segurana contra incndios. ........................................ 42
Ilustrao n. 15 Sinalizao de Segurana. ....................................................................... 43
Ilustrao n. 16 Iluminao do armazm. .......................................................................... 46
Ilustrao n. 17 Sistema de lava-olhos. ............................................................................. 48
Ilustrao n. 18 Equipamentos de Proteo Individual. ..................................................... 50
Ilustrao n. 19 Compartimento administrativo para os operadores. ................................. 54
Ilustrao n. 20 Anlise, Avaliao e Gesto do Risco. ..................................................... 58
Avaliao de Riscos - Operador de metais no ferrosos na Ambitrena _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
IX
NDICE DE TABELAS
Tabela n. 1 Indicadores de SHST da Ambitrena de Setbal para quatro anos. ................. 22
Tabela n. 2 Tabela classificativa da Organizao Mundial de Sade. ................................ 23
Tabela n. 3 - Avaliao das condies de Iluminao. ......................................................... 45
Tabela n. 4 - Avaliao das condies de rudo. .................................................................. 49
Tabela n. 5 Valores considerados para as Consequncias. .............................................. 63
Tabela n. 6 Valores considerados para a Exposio ao risco. ........................................... 63
Tabela n. 7 Valores considerados para a Probabilidade. .................................................... 63
Tabela n. 8 Valores para o Grau de Perigosidade do risco. ............................................... 64
Tabela n. 9 Valores para o Fator de Custo. ........................................................................ 64
Tabela n. 10 Valores para o Grau de Correo. ................................................................. 65
Tabela n. 11 - Valores para ndice de Justificao de controlo do risco. .............................. 65
Tabela n. 12 Avaliao de riscos para os Locais de Trabalho. ........................................... 66
Tabela n. 13 Avaliao de riscos para as Mquinas e Ferramentas. .................................. 67
Tabela n. 14 Avaliao de riscos para o Armazenamento de Materiais. ............................. 69
Tabela n. 15 Avaliao de riscos para a Manipulao de Objetos. ..................................... 71
Tabela n. 16 Avaliao de riscos para Equipamentos de Elevao e Transporte. .............. 72
Tabela n. 17 Avaliao de riscos para Armazenamento e Manipulao de Substncias
Qumicas. ............................................................................................................................... 73
Tabela n. 18 Avaliao de riscos para Incndios e Exploses. .......................................... 74
Tabela n. 19 Avaliao de riscos para a Sinalizao de Segurana. .................................. 75
Tabela n. 20 Avaliao de riscos para as Condies Ambientais de Trabalho. .................. 76
Tabela n. 21 Avaliao de riscos para os Equipamentos de Proteo Individual................ 77
Tabela n. 22 Avaliao de riscos para Fatores Ergonmicos. ............................................ 78
Tabela n. 23 Avaliao de riscos para Fatores Psicossociais. ........................................... 79
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
X
LISTA DE ABREVIATURAS
ACT Autoridade para as Condies do Trabalho;
ANTESHT Associao Nacional de Tcnicos de Segurana e Higiene do Trabalho;
AT Acidentes de Trabalho;
C Consequncias (esperadas na ocorrncia de acidentes);
CAE Classificao Portuguesa das Atividades Econmicas;
E Exposio (ao acidente);
EPI Equipamentos de Proteo Individual;
GP Grau de Perigosidade (do risco);
IAG ndice de Avaliao da Gravidade;
IF ndice de Frequncia;
II ndice de Incidncia;
IG ndice de Gravidade;
IPS Instituto Politcnico de Setbal;
ISO International Standards Organization (Organizao Internacional para Padronizao);
NP EN ISO Norma portuguesa adaptada da norma europeia;
OMS Organizao Mundial de Sade;
P Probabilidade (de ocorrncia de acidentes);
SADI Sistema de Deteo Automtica de Incndios;
SGQA Sistema de Gesto de Qualidade e Ambiente;
SHST - Segurana, Higiene e Sade no Trabalho;
SHT Segurana e Higiene do Trabalho;
SST Segurana e Sade do Trabalho;
SCIE Segurana contra Incndios em Edifcios;
TSSHT Tcnico Superior de Segurana e Higiene do Trabalho;
VLE-MP Valor limite de exposio mdia ponderada.
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1
INTRODUO
1. ENQUADRAMENTO GERAL
1.1. mbito
O presente projeto constitui o relatrio final do estgio integrado no Curso de Ps-graduao
em Segurana e Higiene no Trabalho, a decorrer na Escola Superior de Tecnologia de
Setbal, do Instituto Politcnico de Setbal (IPS).
O projeto foi realizado na empresa Ambitrena Valorizao e Gesto de Resduos, S.A., com
incio no dia 19 de Novembro de 2012 e trmino no dia 7 de Dezembro do mesmo ano,
constituindo um perodo total de trs semanas, mas como importante complemento contei
com a minha experincia profissional de quase cinco anos a trabalhar na rea da gesto de
resduos.
A holding Ambigroup SGPS, S.A. foi criada em 2003, sendo a Ambitrena de Setbal uma
empresa do grupo nascida nesse mesmo ano, efetuou a sua certificao de Qualidade NP EN
ISO 9001:2008 a Dezembro de 2011 e muito recentemente em, Outubro de 2012, obteve a
certificao de Ambiente NP EN ISO 14001:2004.
As condies de prestao de trabalho constituem, hoje, uma realidade com uma relevncia
incontornvel, quer no domnio da qualidade de vida, qualificao e realizao pessoais, quer
em matria de competitividade das empresas. Se a organizao da empresa interiorizar a
importncia da Segurana e Sade no Trabalho (SST) e implementar uma estrutura
adequada ao cumprimento dos objetivos consagrados na lei e nos cdigos de boas prticas,
os resultados sero constatveis, no apenas em funo da reduo dos acidentes de
trabalho e doenas profissionais mas, tambm, da melhoria das relaes sociais, dos
processos, da produtividade, da qualidade dos produtos ou servios e da disponibilidade da
empresa para a inovao. Freitas, L. (2008)
Investigar incidentes tem por finalidade perceber/descobrir/determinar as suas causas e da
sua anlise planear os controlos a implementar, e monitorizar as medidas implementadas
para assegurar a eliminao destas causas.
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2
A preveno dever entender-se como o conjunto de atividades ou medidas adotadas ou
previstas em todas as fases de atividade da empresa com o fim de evitar ou diminuir os riscos
derivados do trabalho. O conjunto das atuaes, dos comportamentos, contribuem para tornar
o risco menor, isto , minimizar a probabilidade de ocorrncia de um acontecimento
indesejvel.
De acordo com a Autoridade para as Condies do Trabalho (ACT) os princpios gerais da
preveno so os seguintes:
Evitar o Risco;
Avaliar os riscos que no podem ser evitados;
Combater os riscos na origem;
Adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere conceo dos postos
de trabalho, bem como escolha dos equipamentos de trabalho e dos mtodos de
trabalho e de produo, tendo em vista, nomeadamente atenuar o trabalho montono
e o trabalho cadenciado e reduzir os efeitos destes sobre a sade;
Atender ao estdio de evoluo da tcnica;
Substituir o que o isento de perigo ou menos perigoso;
Planificar a preveno como um sistema coerente (tcnica, organizao do trabalho,
as condies de trabalho, as relaes sociais e a influncia dos fatores ambientais no
trabalho);
Dar prioridade as medidas de preveno coletiva, recorrendo s medidas de proteo
individual no caso de a situao impossibilitar outra alternativa;
Formar, informar e consultar os trabalhadores.
1.2. Servios de Higiene e Segurana do Trabalho
A preveno de riscos profissionais e a promoo da vigilncia da sade dos trabalhadores
contribuem no s para a competitividade da empresa, como tambm para um maior bem-
estar entre trabalhadores no desenvolver das suas funes. Assim sendo, cada vez mais se
comprova a importncia das atividades de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho no seio
de uma empresa.
Segundo o Cdigo do Trabalho, Lei n. 7/2009, de 12 de Fevereiro, O empregador deve
garantir a organizao e o funcionamento dos servios de segurana, higiene e sade no
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
3
trabalho, , sendo que para isso, O empregador obrigado a organizar as atividades de
segurana, higiene e sade do trabalhador.
Igualmente, segundo a Lei n. 102/2009, atribui aos servios de segurana e sade no
trabalho a funo de organizao interna que assegure as atividades de primeiros socorros,
de combate a incndios e de evacuao de trabalhadores em situao de perigo grave e
eminente, .
A empresa Ambitrena est sob o mbito da organizao de servios externos de Segurana,
Higiene e Sade no Trabalho, que no caso a SeguriHigiene Sade no Trabalho, S.A.
As aes implementadas pela rea de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho so
desenvolvidas por um tcnico de nvel V desta empresa e por um representante da
Ambitrena.
Estes tcnicos so responsveis pelas atividades de formao, preveno e aes de
melhoria, bem como pareceres tcnicos em matrias especficas relativas segurana e
higiene. tambm da sua competncia a elaborao e reviso do plano de emergncia
interno, o preenchimento do relatrio anual da atividade dos servios de SHST, e o
desenvolvimento de atividades de formao e informao dos trabalhadores relativas a
procedimentos de trabalho seguros, bem como todas as atividades exigidas na Lei n.
102/2009.
Os servios de medicina no trabalho so assegurados pela mesma entidade externa, em que
so suportados por um enfermeiro, e um mdico do trabalho. Este mdico do trabalho
assegura a realizao dos atos mdicos, de rotina ou de emergncia, juntamente com os
trabalhos que deve coordenar, correspondendo assim ao exigido na Lei n. 102/2009,
garantindo tambm a exigncia de exames de sade peridicos anuais para os trabalhadores
com idade superior a 50 anos e de dois em dois anos para os restantes trabalhadores.
1.3. Objetivos
O objetivo integral deste projeto est relacionado com a aplicao de metodologias de
identificao e avaliao de riscos num ambiente real de trabalho para finalizar a Ps-
graduao em Segurana e Higiene no Trabalho.
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
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Sendo que a escolha do projeto na Ambitrena Valorizao e Gesto de Resduos, S.A.
localizada no Parque Industrial da Mitrena em Setbal, teve como objetivo fulcral a apreciao
dos riscos no local de trabalho dos operadores de metais no ferrosos. Para se atingir este
objetivo necessrio verificar e analisar se na realizao das suas tarefas, evidente o
cumprimento da legislao de sade e segurana do trabalho e em que medida a
identificao de perigos e a avaliao de riscos e dos controlos existentes pode contribuir
para a melhoria do desempenho da Ambitrena.
A escolha da profisso a analisar, operador de metais no ferrosos, partiu da ideia da
responsvel de produo da empresa a Eng. Eunice Frade, uma vez que nesta funo e
nesta rea de produo se tem verificado vrios incidentes de risco. Sendo tambm reforada
por mim, uma vez que atualmente na gesto dos resduos esta funo est bastante em foco,
devido ao elevado valor financeiro dos produtos finais.
Considerando a avaliao de riscos, uma das funes do TSSHT, pretende-se desenvolver
competncias nesta atividade. O TSSHT deve desenvolver e cumprir, de acordo com a
Associao Nacional de Tcnicos de Segurana e Higiene do Trabalho (ANTESHT), os
seguintes princpios deontolgicos:
Considerar a segurana e sade dos trabalhadores como fatores prioritrios da sua
interveno;
Basear a sua atividade em conhecimentos cientficos e competncia tcnica e propor
a interveno de peritos especializados, quando necessrio;
Adquirir e manter a competncia necessria ao exerccio das suas funes;
Executar as suas funes com autonomia tcnica, colaborando com o empregador no
cumprimento das suas obrigaes;
Informar o empregador, os trabalhadores e seus representantes, eleitos para a
segurana, higiene e sade no trabalho, sobre a existncia de situaes
particularmente perigosas que requeiram uma interveno imediata;
Colaborar com os trabalhadores e os seus representantes, incrementando as suas
capacidades de interveno sobre os fatores de risco profissional e as medidas de
preveno adequadas;
Abster-se de revelar segredos de fabricao, comrcio ou processos de explorao de
que, porventura, tenham conhecimento em virtude do desempenho das suas funes;
Proteger a confidencialidade dos dados que afetem a privacidade dos trabalhadores;
Consultar e cooperar com os organismos da rede nacional de preveno de riscos
profissionais.
Avaliao de Riscos - Operador de metais no ferrosos na Ambitrena _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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1.4. Metodologia Aplicada
Considero que as temticas, assim como as metodologias aplicadas, da segurana no
trabalho devem ser consideradas um investimento no futuro e no desenvolvimento das
empresas, e no serem vistas como um custo associado. A atuao das empresas deve
comear onde as obrigaes legais terminam, ou seja, importante que as empresas
percebam a legislao como a base da sua atuao nas matrias de segurana, e no como
o todo.
O estudo a ser desenvolvido neste caso especfico engloba atividades multidisciplinares
necessrias concretizao das etapas seguintes:
Reviso da literatura;
Verificao da aplicao da legislao referente Segurana e Higiene no Trabalho;
Identificao dos perigos, apreciao dos riscos e dos controlos existentes no mbito
da funo dos operadores de metais no ferrosos;
Aplicao do mtodo William-Fine, e anlise dos resultados obtidos;
Apresentadas propostas de melhoria para os perigos identificados.
De forma a adequar o objetivo deste trabalho ao objetivo da Ambitrena, S.A., foram realizados
alguns debates com a responsvel da produo, a Eng.. Eunice Frade, e tambm com os
operadores de metais no ferrosos, o Sr. Marcos Silva e o Sr. Elias Banha.
Durante toda a durao do projeto fui acompanhando constantemente todo o processo de
produo dos operadores de metais no ferrosos para a se efetuar uma melhor observao
direta das suas funes, isto com base na descrio da funo apresentado no Anexo I. Este
acompanhamento foi sempre complementado com conversas com o Encarregado de Parque
para uma melhor descrio da funo em questo e do local de trabalho, no caso o armazm
de valorizao de metais no ferrosos.
A metodologia encontrada para a avaliao de riscos na funo dos operadores de metais
no ferrosos, envolve o preenchimento de listas de verificao Avaliao das Condies de
Segurana e Sade do Trabalho (ver Anexo II) com base nas diretrizes mnimas previstas na
legislao, e que permitiu a identificao dos perigos e riscos afetos aos locais e
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
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equipamentos de trabalho, s condies de ambiente de trabalho, aos fatores ergonmicos e
psicossociais. Partindo da informao obtida atravs das observaes diretas no local de
trabalho, e do consequente preenchimento da lista de verificao, tambm coloquei inmeras
questes aos colaboradores mais experientes e com mais tempo de profisso integrados na
gesto dos metais.
Com base ao recurso do registo fotogrfico e de todas estas informaes antes descritas foi-
me possvel a elaborao deste projeto, apesar da grande dificuldade na sua realizao que
se prendeu com o tempo disponvel para a elaborao.
1.5. Contexto Legal
A evoluo dos tempos permitiu tambm uma evoluo da legislao para a preveno sob o
ponto de vista dos trabalhadores, e atualmente, na Unio Europeia e em Portugal, j existe
um grande nmero de diplomas no domnio da segurana e sade no trabalho.
Sendo a satisfao dos requisitos legais uma obrigatoriedade para o desenvolvimento das
respetivas atividades, a organizao deve estabelecer uma metodologia para identificao,
acesso, gesto/manuteno/atualizao, verificao do impacto nas suas atividades,
distribuio/divulgao de todos os requisitos legais, e outros requisitos (incluindo normas
subscritas pela organizao) aplicveis.
Para a realizao deste trabalho, foi efetuado um levantamento dos diplomas que regulam os
aspetos analisados relacionados com a SHST, e que descrevo de seguida.
1.5.1. SEGURANA E HIGIENE DO TRABALHO
Decreto-lei n. 110/2000 de 30 de Junho: Estabelece as condies de acesso e de
exerccio das profisses de Tcnico Superior de Segurana e Higiene do Trabalho
(TSSHT) e de Tcnico de Segurana e Higiene do Trabalho (TSHT), bem como as
normas especficas de emisso de certificados de aptido profissional e as condies
de homologao dos respetivos cursos de formao profissional.
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
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Decreto-lei n. 347/93 de 1 de Outubro: Alterado pela Lei n. 113/99 de 3 de Agosto,
estabelece as prescries mnimas de segurana e sade nos locais de trabalho.
Portaria n. 987/93 de 6 de Outubro: Estabelece as normas tcnicas de execuo do
Decreto-lei n. 347/93 de 1 de Outubro.
Lei n. 7/2009 de 12 de Fevereiro: Aprova a reviso do Cdigo de Trabalho.
Lei n. 102/2009 de 10 de Setembro: Estabelece o Regime Jurdico do
Enquadramento da Segurana; Higiene e Sade no local de trabalho.
1.5.2. SEGURANA DE EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
Decreto-lei n. 50/2005 de 25 de Fevereiro: Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva n. 2001/45/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Junho,
relativa s prescries mnimas de segurana e de sade para a utilizao pelos
trabalhadores de equipamentos de trabalho.
Decreto-lei n.103/2008 de 24 de Junho: Estabelece as regras relativas colocao
no mercado e entrada em servio das mquinas e respetivos acessrios, transpondo
para a ordem jurdica interna a Diretiva n. 2006/42/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 17 de Maio, relativa s mquinas e que altera a Diretiva n. 95/16/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 28 de Junho, relativa aproximao das
legislaes dos Estados membros respeitantes aos ascensores.
1.5.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL
Decreto-lei n. 128/93 de 22 de Abril: Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva n. 89/656/CEE, relativa aos equipamentos de proteo individual.
Decreto-lei n. 348/93 de 1 de Outubro: Transpe para o direito interno a Diretiva n.
89/656/CEE de 30 de Novembro relativa s prescries mnimas de segurana e
sade na utilizao de equipamentos de proteo individual.
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
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Portaria n. 988/93 de 6 de Outubro: Estabelece a descrio tcnica do equipamento
de proteo individual, de acordo com o artigo 7 do Decreto-lei n. 348/93 de 1 de
Outubro.
1.5.4. SINALIZAO DE SEGURANA
Decreto-lei n. 141/95 de 14 de Junho: Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva n. 92/58/CEE relativa s prescries mnimas para a sinalizao de
segurana e sade no trabalho.
Portaria n.1456-A/95 de 11 de Dezembro: Regulamenta as prescries mnimas de
colocao e utilizao da sinalizao de segurana e sade no trabalho.
1.5.5. EXPOSIO A RUDO E VIBRAES
Decreto-lei n.182/2006 de 6 de Setembro: Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva n. 2003/10/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Fevereiro,
relativa s prescries mnimas de segurana e de sade em matrias de exposio
dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes fsicos (rudo). So revogados o
Decreto-lei n. 72/92 e o Decreto Regulamentar n. 9/92, ambos de 28 de Abril.
Decreto-lei n. 46/2006 de 24 de Fevereiro: Transpe para a ordem jurdica nacional
a Diretiva 2002/44/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Junho,
relativa s prescries mnimas de proteo da sade e segurana dos trabalhadores
em caso de exposio aos riscos devidos a vibraes, entrando em vigor em 27 de
Maro de 2006.
1.5.6. SEGURANA CONTRA INCNDIOS
Decreto-lei n.220/2008 de 12 de Novembro: Estabelece o regime jurdico da
segurana contra incndios em edifcios, abreviadamente designado por SCIE.
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20 Edio Ps-graduao em Segurana e Higiene no Trabalho
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Portaria n. 1532/2008 de 29 de Dezembro: Aprova o Regulamento Tcnico de
Segurana contra Incndio em Edifcios.
1.5.7. MOVIMENTAO MANUAL DE CARGAS
Decreto-lei n. 330/93 de 25 de Setembro: Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva n. 90/269/CEE, do Conselho, de 29 de Maio, relativa s prescries mnimas
de segurana e de sade na movimentao manual de cargas.
1.5.8. ACIDENTES DE TRABALHO
Portaria n. 137/94 de 8 de Maro: Aprova o modelo de participao de acidentes de
trabalho e o mapa de encerramento de processo de acidente de trabalho.
Lei n. 98/2009 de 4 de Setembro: Consagra o direito reparao de danos
emergentes de acidentes de trabalho e doena profissional, incluindo a reabilitao e
reintegrao profissionais.
1.6. Glossrio e Conceitos
A qualidade das condies de trabalho, nomeadamente as condies de Segurana, Higiene
e Sade no Trabalho so parte fundamental na otimizao de vida dos trabalhadores. De
facto, o Decreto-lei n. 102/2009, de 10 de Setembro, estabelece um conjunto de princpios
que visa uma promoo da melhoria da segurana e sade dos trabalhadores. O fundamento
principal que pauta esta legislao a proteo e preveno dos acidentes de trabalho bem
com as doenas profissionais.
De acordo com o ACT, importante fazer algumas referncias e introduzir alguns conceitos
bsicos de forma a facilitar a leitura e compreenso deste trabalho.
Acidente de Trabalho - acidente de trabalho, aquele que se verifique no local e no tempo
de trabalho e produza direta ou indiretamente leso corporal, perturbao funcional ou
doena de que resulte reduo na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.
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Considera-se tambm acidente de trabalho o ocorrido, no trajeto de ida e de regresso para e
do local de trabalho:
Entre a sua residncia habitual ou ocasional, desde a porta de acesso para as reas
comuns do edifcio ou para a via pblica, at s instalaes que constituem o seu local
de trabalho;
Entre qualquer dos locais referidos na alnea precedente e o local do pagamento da
retribuio, enquanto o trabalhador a permanecer para esses fins;
Entre o local de trabalho e o local de refeio;
Entre o local onde por determinao da entidade empregadora presta qualquer servio
relacionado com o seu trabalho e as instalaes que constituem o seu local de
trabalho habitual.
Ambiente de Trabalho - Conjunto de elementos fsicos, qumicos e biolgicos que envolvem
o Homem, no seu posto de trabalho. (No incluem os fatores sociais).
Anlise de Risco - Abordagem que tem como objetivo o levantamento de todos os fatores do
sistema de trabalho homem/mquina/ambiente que podem causar acidentes.
Avaliao do Risco - A avaliao do risco consiste no processo de identificar, estimar
(quantitativamente ou qualitativamente) e valorar os riscos para a sade e segurana dos
trabalhadores. Este processo visa obter a informao necessria tomada de deciso relativa
a aes preventivas a adotar.
Dano (provocado pelo trabalho) - Considera-se dano a leso corporal, perturbao
funcional ou doena que determine reduo na capacidade de trabalho ou de ganho ou a
morte do trabalhador resultante, direta ou indiretamente, de acidente de trabalho.
Doena Profissional - Doena includa na lista das doenas profissionais de que esteja
afetado um trabalhador que tenha estado exposto ao respetivo risco pela natureza da
atividade ou condies, ambientais e tcnicas do trabalho habitual.
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E ainda, para efeitos de reparao, a leso corporal, perturbao funcional ou doenas no
includa na lista, desde que se prove ser consequncia necessria e direta da atividade
exercida e no represente normal desgaste do organismo.
Equipamentos de Proteo Individual (EPI) - todo o equipamento, bem como qualquer
complemento ou acessrio, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos
riscos a que est exposto, para a sua segurana e para a sade. Devem ser: cmodos,
robustos, leves e adaptveis.
Equipamento de Trabalho - Qualquer mquina, aparelho, ferramenta ou instalao utilizado
no trabalho.
Formao em Segurana - Processo pedaggico destinado a atuar sobre o fator humano a
fim de modificar a atitude do trabalhador perante as situaes de risco, fornecendo-lhe
conhecimentos que lhe permitam identific-los e reagir.
Inquritos de Acidente de Trabalho ou Doena Profissional - Investigao sobre as
circunstncias em que ocorrem acidentes de trabalho mortais ou que evidenciem situaes
particulares graves, ou doenas profissionais que provoquem leses graves, com vista ao
desenvolvimento de medidas de preveno adequadas nos locais de trabalho (art. 10, n1,
alnea e) do Decreto-Lei n 102/2000).
Estes inquritos podem ter como destinatrio o Ministrio Pblico junto dos Tribunais de
Trabalho ou dos Tribunais Judiciais. Na sequncia, ou por ocasio destes inquritos, podem
ser utilizados quaisquer outros dos procedimentos inspetivos.
Lux: Unidade de medida de iluminao no Sistema Internacional de Unidades.
Luxmetro: Aparelho destinado a fazer a leitura direta da intensidade luminosa, em LUX.
Mquina - Conjunto de peas ou de rgos ligados entre si, em que pelo menos um deles
mvel e, se for caso disso, de acionadores, de circuitos de comando e de potncia, etc.,
reunidos de forma solidria com vista a uma aplicao definida, nomeadamente para a
transformao, o tratamento, a deslocao e o acondicionamento de um material.
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Considera-se igualmente como mquina um conjunto de mquinas que, para a obteno de
um mesmo resultado, esto dispostas e so comandadas de modo a serem solidrias no seu
funcionamento.
Perigo - Propriedade ou capacidade intrnseca de um componente do trabalho
potencialmente causador de danos.
Preveno - Conjunto de polticas e programas pblicos, bem como disposies ou medidas
tomadas ou previstas no licenciamento e em todas as fases de atividade da empresa, do
estabelecimento ou do servio, que visem eliminar ou diminuir os riscos profissionais a que
esto potencialmente expostos os trabalhadores.
Proteo Coletiva - Tcnica de proteo em que se protege o conjunto de trabalhadores,
eliminando, afastando ou interpondo barreiras entre estes e o risco. Dentro destas protees
consideram-se as normas de segurana e a sinalizao.
Proteo individual - Tcnica de proteo relativamente a um ou mais riscos em que se
aplica ao trabalhador a respetiva proteo.
Risco - Uma combinao da probabilidade da ocorrncia de um fenmeno perigoso com a
gravidade das leses ou danos para a sade que tal fenmeno possa causar.
Risco aceitvel Probabilidade que, no desenvolver do trabalho, ocorra um acontecimento
anormal e imprevisto que ocasiona leses e/ou danos.
Riscos psicossociais So decorrentes da evoluo socioeconmica e das transformaes
do mundo do trabalho, os riscos psicossociais englobam o stresse, a depresso e a
ansiedade, o assdio moral, a intimidao e a violncia. Pem em risco o bem-estar no
trabalho na sua dimenso fsica, moral e social.
Risco residual - Designao atribuda ao risco remanescente depois de terem sido tomadas
as medidas protetoras.
Rudo Som desagradvel, contnuo ou de impacto, que quando em excesso pode provocar
a surdez profissional. Impe-se fazer a sua avaliao para determinar o tempo mximo de
exposio e/ou as protees adequadas.
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Sinalizao de Segurana e de Sade - Sinalizao relacionada com um objeto, uma
atividade ou uma situao determinada, que fornece a indicao ou uma prescrio relativa
segurana ou sade no trabalho, ou ambas, por intermdio de uma placa, uma cor, um sinal
luminoso ou acstico, uma comunicao verbal ou um sinal gestual.
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2. CARACTERIZAO DA EMPRESA
Com grandes preocupaes ambientais o Ambigroup integra um leque de empresas
especializadas em servios que se complementam a nvel do domnio de gesto integrada de
resduos. A articulao de sinergias entre as vrias unidades do grupo permite reforar as
suas competncias ao nvel da logstica e capacidade de resposta no mbito da sua esfera de
interveno, como sejam os desmantelamentos, demolies ou gesto global de resduos.
O organograma do Ambigroup da qual faz parte a Ambitrena encontra-se na Ilustrao n. 1.
Ilustrao n. 1 Organograma do Ambigroup, SGPS, S.A. (Fonte: www.ambigroup.com)
O Ambigroup gerido numa perspetiva de melhoria contnua, de acordo com os seguintes
compromissos:
Escutar e dar resposta s necessidades dos nossos Clientes;
Dar cumprimento aos requisitos legais, normativos e contratuais aplicveis;
Contribuir para o desenvolvimento das melhores solues na rea de gesto e
tratamento de resduos, atravs da constante inovao e da implementao das
tcnicas mais eficazes e eficientes;
Promover a expanso nacional e internacional do negcio, criando valor para os
Acionistas, Clientes, Colaboradores e Parceiros;
Promover o trabalho em equipa e a valorizao profissional e pessoal dos
Colaboradores;
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Aplicar uma poltica de preveno de riscos e uma cultura de responsabilidade coletiva
e individual no que respeita segurana e sade dos Colaboradores;
Respeitar o bem-estar e o futuro da comunidade onde estamos inseridos, fomentando
um esprito ativo de responsabilidade social e ambiental;
Melhorar continuamente, atravs do acompanhamento de objetivos, metas e
desempenho dos processos.
A Ambitrena foi criada e desenvolvida para satisfazer as necessidades do Grupo, decorrentes
da necessidade de dar uma soluo adequada aos resduos provenientes das atividades
industriais. neste mbito que surge a Ambitrena S.A. como uma empresa direcionada para
a gesto integrada de resduos, com a misso de () proporcionar aos nossos clientes um
desenvolvimento sustentado, sem prejuzos para o meio ambiente e de uma forma
economicamente vivel. Apostamos numa forte gesto ambiental atravs de uma eficiente
recolha/segregao de resduos, aumentando desta forma a quantidade de resduos
reciclados/valorizados.
A atividade da empresa desenvolvida tendo por base a gesto adequada de um leque
diversificado de resduos, tais como, veculos em fim de vida, resduos de equipamentos
eltricos e eletrnicos, leos usados, pneus usados, acumuladores de chumbo, resduos de
construo e demolio, madeiras, metais ferrosos e no ferrosos, papel e carto, vidro,
plsticos, entre outros.
Cada um dos resduos supracitado submetido a processos individuais de triagem,
compactao ou transformao e posteriormente encaminhado para mtodos de reciclagem
e/ou valorizao energtica.
Atualmente, a Ambitrena possui cinco unidades licenciadas para a recolha, triagem e
valorizao de resduos situadas em Setbal, Albergaria-a-Velha, Faro, Beja e Lisboa,
conseguindo-se desta forma uma gesto integrada de resduos a nvel nacional. A Ilustrao
n. 2 mostra toda a rede Ambitrena.
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Ilustrao n. 2 Localizao das delegaes da Ambitrena. (Fonte: www.ambigroup.com)
2.1. Ambitrena de Setbal
A Ambitrena de Setbal est localizada no Parque Industrial da Mitrena, como mostra a
Ilustrao n. 3, sendo a sua atividade econmica principal (CAE = 38321) a valorizao de
resduos metlicos.
Ilustrao n. 3 Localizao da Ambitrena de Setbal. (Fonte: www.ambigroup.com)
Possui uma localizao privilegiada devido sua proximidade com Lisboa e zonas de elevada
importncia industrial, possuindo acesso fcil pela autoestrada. Uma vez que se situa no
Parque Industrial da Mitrena tem o privilgio de estar envolvida num permetro de segurana
elevado, devido perigosidade das empresas envolventes.
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Na delegao de Setbal trabalham atualmente 26 colaboradores:
3 Tcnicos superiores;
3 Administrativos;
1 Encarregado de parque;
3 Motoristas de pesados;
9 Operadores de produo (1 - rea do papel/carto; 1 rea dos resduos perigosos;
2 rea dos metais ferrosos; 3 rea dos metais no ferrosos; 2 rea dos resduos
industriais banais;
4 Operadores - Linha de Triagem;
1 Empregada de limpeza.
A instalao tem um horrio laboral de segunda a sexta das 8h s 17h (produo) e das 9h s
18h (escritrio), com uma hora de pausa para almoo (13h s 14h).
2.2. Estrutura Organizacional
A Ambitrena est estruturada de forma a otimizar os recursos humanos disponveis
integrados no Ambigroup, pelo que assenta numa estrutura centralizada dos servios de
gesto e suporte e numa estrutura individualizada em cada parque no que diz respeito rea
operacional. constituda por cinco departamentos:
Administrativo e Financeiro Este departamento transversal ao Ambigroup em
termos de gesto e de alguns processos de suporte. Em cada parque existem
pessoas que fazem a ligao com os servios centrais.
Comercial Neste departamento existe, sob a orientao do Diretor Comercial, uma
equipa comercial estruturada, focada na rea de negcio da gesto integrada de
resduos. Essa equipa est distribuda pelos vrios parques, pela especificidade
geogrfica do negcio.
Operacional Este departamento funciona de forma mais autnoma em cada parque,
embora seja gerida de forma integrada. Sob a superviso do Diretor Operacional,
existe um Responsvel de Produo e um Encarregado em cada parque que
organizam, coordenam e orientam as atividades do mesmo.
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Logstica Neste departamento feita a gesto de todos os meios logsticos da
Ambitrena. Em cada parque existem pessoas que fazem a ligao com os servios
centrais.
Qualidade e Ambiente A reportar Direo Geral, existe um Coordenador de
Qualidade e Ambiente que, com o suporte dos colaboradores em cada parque, faz a
gesto das atividades relacionadas com o SGQA.
No Anexo III est representado o Organograma funcional da Ambitrena.
2.3. Poltica de Qualidade e Ambiente
Na Ambitrena, acreditada pela Entidade Certificadora TUV Portugal, a Qualidade e o
Ambiente, de acordo com a NP EN ISSO 9001:2000, NP EN ISSO 14001:2004, so
entendidos como parte integrante dos sistemas de gesto e de desenvolvimento deste projeto
empresarial, quer no que concerne ao desenvolvimento dos processos, quer na gesto das
relaes com a sociedade e o meio ambiente, com os Parceiros e Fornecedores, com os
Colaboradores e, em particular, com os Clientes, a quem dirige o fruto do seu trabalho.
A Poltica da Qualidade e Ambiente da Ambitrena traduz o comprometimento da Direo
Geral com a Qualidade e o Meio Ambiente e concretiza-se nas seguintes orientaes:
Satisfao dos clientes Assegurar, atravs de uma estrutura organizacional
consolidada, a mxima flexibilidade e eficcia no mercado da gesto integrada de
resduos, proporcionando servios ajustados s necessidades e expectativas de cada
cliente;
Qualidade, melhoria contnua e preveno da poluio Sensibilizar ativamente
todos os colaboradores para a importncia que a Qualidade e a preservao do Meio
Ambiente assumem no desenvolvimento futuro e, em particular, a responsabilidade de
todos na melhoria contnua dos processos, na preveno da poluio e na eficcia dos
Sistema de Gesto da Qualidade e Ambiente;
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Sustentabilidade Garantir a sustentabilidade ambiental e econmico-financeira da
atividade da empresa, respeitando os requisitos legais e outros no mbito da atividade
de gesto de resduos e respetivos aspetos ambientais e de higiene, segurana e
sade dos Colaboradores.
2.4. Poltica de Segurana e Higiene no Trabalho
A Ambitrena atualmente contempla a certificao da Qualidade e do Ambiente, e tem
programado para o ano 2013 a sua certificao relativa Segurana e Higiene no Trabalho.
Apesar de no haver ainda implementado um sistema de segurana no trabalho, considera
que a promoo da sade e segurana de todos os que possam ser afetados pela sua
atividade deve ser parte integrante da sua forma de desenvolvimento sustentvel.
A Ambitrena tenta exercer a sua atividade num quadro de equilbrio de desenvolvimento
sustentvel, visando estabelecer e manter um elevado padro de Segurana e Sade do
Trabalho (SST), de modo a minimizar os riscos de acidente e doena dos seus
colaboradores, clientes, prestadores de servios e outras partes interessadas. Considerando
que a Segurana e Sade dos seus colaboradores um fator-chave para o sucesso da
empresa. Assim, promover a sua formao e informao incentivando o seu envolvimento e
participao nas aes de melhoria de SST.
A Ambitrena identifica e minimiza os riscos, adotando equipamentos e tcnicas operativas
compatveis com o cumprimento da legislao, mas tambm atravs da comunicao e do
dilogo permanente com os seus colaboradores e outras partes interessadas, no que respeita
informao relevante sobre a Segurana e Sade do Trabalho, promovendo ainda, junto
dos seus clientes, a adoo de boas prticas de segurana. No Anexo IV esto apresentadas
as Instrues Gerais de Segurana presentes na Ambitrena.
2.4.1. INDICADORES DE SHST SINISTRALIDADE LABORAL
inegvel o interesse que as estatsticas globais de sinistralidade assumem numa empresa,
ainda que os correspondentes resultados sejam, por vezes, pouco motivadores. De todos os
acidentes e/ou incidentes que ocorrem nas empresas, pode e deve ser extrada informao
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precisa, que contenha, por um lado, um claro valor motivacional e, por outro, uma experincia
que contribua para corrigir deficincias. S assim ser ultrapassada a frieza dos nmeros.
As estatsticas de acidentes de trabalho devem ser uma ferramenta de trabalho
imprescindvel. Os dados recolhidos, como o nmero de acidentes, dias de trabalho perdidos
e horas trabalhadas devem ser articulados com outros de importncia crucial (forma do
acidente, agente material e causas), os quais constituem uma informao bsica extrada da
investigao dos acidentes e cuja utilidade unanimemente reconhecida.
Os resultados obtidos pelos estudos podem ser analisados, quer ao nvel da empresa, quer
ao nvel dos estudos da sinistralidade do pas. Relativamente a este ltimo ponto, refira-se
que esta abordagem assume carcter de obrigatoriedade por fora de Lei, materializando-se
aquando do preenchimento do relatrio anual da atividade dos servios de segurana, higiene
e sade no trabalho. Para atingir os preceitos da anlise estatstica, e para melhor e mais
pormenorizado conhecimento dos alvos em estudo, ao nvel da empresa, a recolha de dados
deve ser o mais alargada possvel. Assim sendo, a informao recolhida deve dar resposta,
no mnimo, s seguintes questes:
Quando ocorreu?
Local?
N de trabalhadores abrangidos?
Competncias do trabalhador?
Tarefa executada?
Consequncias do acidente?
Mtodos de trabalho?
Para que os dados da sinistralidade possam ser comparveis entre departamentos,
empresas, sectores econmicos, regies e pases, essencial que os mesmos se convertem
em taxas ou ndices, calculados de modo a torn-los uniformes e universais. Portanto, a
anlise estatstica da sinistralidade realizada mensalmente custa dos seguintes
elementos:
N. de trabalhadores;
N. de acidentes (com baixa, incluindo mortais e sem baixa);
N. de dias perdidos por acidentes de trabalho;
N. de horas de exposio ao risco ou no de horas de trabalho.
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ndice de Frequncia (IF)
O ndice de frequncia indica quantos acidentes com baixa, incluindo os mortais, ocorrem em
cada milho de horas/homem de trabalho realizadas (representa aproximadamente o trabalho
de um ano para cerca de 500 trabalhadores). Este ndice sugere a probabilidade do risco e
por definio, o clculo feito de acordo com a seguinte frmula:
IF = N de acidentes com baixa durante o perodo de referncia 1.000.000
N total de horas trabalhadas pelos trabalhadores do grupo de referncia
Exemplo: O ndice 20 pode ser interpretado como 20 leses incapacitantes no ano, por cada
grupo de 500 trabalhadores, ou uma leso por cada 25 trabalhadores.
ndice de Gravidade (IG)
O ndice de gravidade indica o nmero de dias perdidos por acidente de trabalho por cada
milho de horas/homem de trabalho realizadas. Este ndice exprime a severidade do dano e
calcula-se da seguinte forma:
IG = N. de dias perdidos durante o perodo de referncia 1.000.000
N total de horas efetuadas pelos trabalhadores do grupo de referncia
ndice de Incidncia (II)
O ndice de incidncia representa o n. de acidentes com baixa, incluindo os mortais, que em
mdia ocorrem por cada mil trabalhadores. particularmente til quando no se conhece o
n. de horas trabalhadas. Este ndice traduz a ideia de extenso do risco, dado representar o
nmero de leses com baixa por cada mil trabalhadores.
II = N. de acidentes com baixa 1.000
N. mdio de trabalhadores
ndice de Avaliao da Gravidade (IAG)
Por vezes utiliza-se ainda um ndice combinado, o ndice de Avaliao da Gravidade que tem
como significado o nmero de horas perdidas, por acidente com baixa, por cada mil horas
trabalhadas e definido pela seguinte expresso:
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IAG = IG 1.000
IF
No caso particular da Ambitrena, S.A., e com base no Anexo D Relatrio Anual da Atividade
do Servio de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho de quatro anos (de 2008 a 2011) que
me foram facultados, foi-me possvel efetuar a Tabela n. 1.
Tabela n. 1 Indicadores de SHST da Ambitrena de Setbal para quatro anos. (Fonte: Srgio Guerreiro)
Ambitrena de Setbal 2008 2009 2010 2011
N de trabalhadores 35 38 30 33
N. AT totais 5 2 5 4
N. AT sem baixa 1 0 2 0
N. AT com baixa (1 a 3 dias de baixa) 0 0 1 2
N. AT com baixa (4 a 30 dias de baixa) 3 1 2 1
N. AT com baixa (mais de 30 dias de baixa) 1 1 0 1
N. AT mortais 0 0 0 0
N. dias perdidos 90 86 12 100
N. de horas efetivamente trabalhadas 61600 64592 69120 42982
ndice de Incidncia (II) 3,03 1,03 3,00 3,03
ndice de Frequncia (IF) 64,94 30,96 43,40 93,06
ndice de Gravidade (IG) 1461,04 1331,43 173,61 2326,56
ndice de Avaliao da Gravidade (IAG) 22,50 43,00 4,00 25,00
Como se pode analisar na Ambitrena de Setbal, nos ltimos quatro anos o nmero total de
acidentes foi 16 e tendo em conta que apenas 3 foram acidentes sem baixa, pode concluir-se
que a maior parte dos acidentes apresentam alguma gravidade. Assim como, os 13 acidentes
com baixa representam 288 dias perdidos, o que tambm denota alguma gravidade nos
mesmos.
Com base nos valores obtidos podemos classificar a Ambitrena tendo em conta a tabela da
OMS Organizao Mundial de Sade que est apresentada na Tabela n. 2. Efetuando a
mdia dos quatro anos dos ndices de Frequncia e de Gravidade, obtemos respetivamente,
58,09 e 1323,16, conseguindo assim concluir que a Ambitrena de Setbal apresenta uma
classificao de Mdio. Se analisarmos apenas o ano 2011 conseguimos verificar que a
Ambitrena apresenta os valores mais elevados do IF e IG destes quatros anos, e com base
na tabela da OMS chegamos concluso que classificada nesse ano de Mau.
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Tabela n. 2 Tabela classificativa da Organizao Mundial de Sade. Lima, P. (2012)
Classificao ndice de Frequncia ndice de Gravidade
Muito Bom < 20 < 500
Bom 20 a 40 500 a 1000
Mdio 40 a 60 1000 a 2000
Mau 60 a 100 > 2000
Resumindo, com esta anlise que foi efetuada podemos concluir que a Ambitrena ter de
implementar mais e melhores medidas de preveno tendentes diminuio dos acidentes
de trabalho e consequente diminuio dos seus ndices de Sinistralidade Laboral.
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3. DESCRIO DO PROCESSO DE GESTO E VALORIZAO DE METAIS
A Ambitrena dedica-se ao desmantelamento e gesto de resduos metlicos. Esta
atividade engloba as diferentes operaes de gesto de resduos onde se inclui a triagem dos
materiais no local, o transporte e o tratamento na sua unidade de reciclagem de resduos.
Nas linhas de reciclagem da empresa, os metais so separados e sujeitos a diferentes
processos de valorizao conforme a sua tipologia
Triagem e compactao de metais ferrosos;
Triagem e separao de metais no ferrosos (compactao apenas do alumnio novo).
A Ambitrena disponibiliza a todos os seus clientes o servio de recolha e transporte de
resduos metlicos atravs da disponibilizao de contentores e outros tipos de
acondicionamentos, tais como, cubas, tambores, paletes, big-bags (sacos de tecido). Todos
os clientes podero optar por entregar diretamente os seus resduos nas vrias unidades sem
qualquer encargo ou mediante proposta de valorizao (em funo da qualidade do material).
Ao serem rececionados os resduos metlicos so descarregues pelos operadores, atravs
dos equipamentos de elevao e transporte, para efetuarem as respetivas pesagens. Estes
so sujeitos a uma operao de controlo de qualidade e em funo das suas caractersticas,
qualidade, estado de contaminao com outros materiais so objeto de valorizao,
reciclagem ou tratamento. Os operadores por meio das mquinas e ferramentas disponveis
efetuam o corte e/ou separao dos diferentes metais, no caso do alumnio novo ainda sofre
o processo de compactao, durante estes processos os operadores so sujeitos a fazerem
os respetivos registos de produo. Por fim, os metais so devidamente armazenados para
posterior expedio.
No caso de estudo iremos focar o processo de gesto e valorizao dos metais no ferrosos,
que consiste na triagem e separao de todo este tipo de metais, como por exemplo:
Cobre Novo;
Cobre Velho;
Alumnio Novo (para alm da triagem e separao ainda compactado em fardos);
Alumnio Perfil;
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Alumnio Velho;
Zinco;
Bronze;
Lato;
Cabos de Cobre e Alumnio;
Motores Eltricos;
Placas de circuito impresso;
E equipamentos que dentro da sua constituio contenham metais no ferrosos.
Estes metais, que para o cliente normalmente so restos de produo, para a Ambitrena so
uma mais valia de valorizao. Na Ambitrena procedemos triagem e separao de todos
estes tipos de metais, constituindo lotes que so posteriormente reencaminhados para as
respetivas entidades recicladoras.
A separao e triagem na origem so fundamentais para que o material reciclado se torne
competitivo. Depois de triados e/ou separados os metais seguem para outras indstrias de
valorizao e reciclagem.
3.1. Caracterizao do Departamento Operacional Metais no ferrosos
No departamento operacional da Ambitrena esto envolvidos o maior nmero de
colaboradores, uma vez que a produo o cerne da empresa. Em cada Ambitrena existe
pelo menos dois operadores de metais, sendo que existe sempre uma pessoa de confiana e
com mais experincia profissional para desempenhar estas funes.
No caso da Ambitrena de Setbal o departamento onde laboram os operadores de metais
est identificado como o Armazm F, em que esto atualmente trs colaborares, dois como
funcionrios efetivos na Ambitrena e um como trabalhador contratado por uma empresa de
trabalho temporrio. So todos do sexo masculino e o seu estado civil, dois casados e um
vivo, com idades de 28, 51 e 67 anos. Apenas dois tm experincia na funo, uma vez que
sempre trabalharam na rea de gesto de resduos, e com certificado de aptido profissional
para manobrador de empilhador e manobrador de mquinas. O nvel de escolaridade situa-se
entre o 4 e o 9 ano.
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3.2. Caracterizao da Funo Operador de Metais no ferrosos
Os operadores de metais no ferrosos laboram em duas reas, no armazm, onde passam a
maior parte do tempo, e na zona de acesso ao armazm para efetuar as cargas e descargas
dos metais.
Um operador de metais no ferrosos que exera funes dentro da Ambitrena, S.A. apresenta
as seguintes atividades:
Prepara o trabalho (verifica o estado geral dos equipamentos, analisa as condies de
segurana e operacionalidade do local de trabalho, regula os equipamentos e monta
os acessrios de acordo com o trabalho a realizar);
Conduz e manobra equipamentos de elevao, transporte e empilhamento para a
rececao ou expedio, nas cargas e descargas, em boas condies dos metais
(existem variados tipos de acondicionamento dos metais, tais como, as cubas,
tambores, contentores, paletes, big-bags, etc.);
Executa operaes de triagem;
Efetua as operaes de parqueamento dos equipamentos;
Executa operaes de corte e/ou desmantelamento dos metais com a utilizao de
equipamentos/ferramentas, tais como, rebarbadoras, pistolas pneumticas, tornos
manuais, chaves inglesas, martelos, chaves de fendas, tesouras, etc.;
Limpa e arruma o seu posto de trabalho no fim do turno;
Efetua a manuteno bsica e procede aos respetivos registos;
Armazenamento do material para expedio.
Os operadores de metais no ferrosos possuem sua disposio variados equipamentos e
ferramentas, que se utilizados sem cuidado ou se estiverem em condies defeituosas podem
originar riscos gravssimos para a sade do trabalhador.
No dia-a-dia, estes trabalhadores esto constantemente a utilizar as equipamentos e
ferramentas disponveis para realizao de operaes de corte, furo, elevao,
cargas/descargas e deslocamento de materiais, entre outras, que os mantm na presena de
imensos riscos diariamente.
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Para alm de uso destas, ferramentas e equipamentos, ainda so utilizadas substncias
inflamveis e nocivas tais como massas consistentes, lubrificantes, lcool, gasleo, entre
outros.
3.2.1. LOCAIS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
Neste tipo de atividades e para este tipo de funes de extrema importncia que a definio
do local, ou locais, de trabalho seja bem delineada, de forma a identificar corretamente os
fatores de perigo inerentes funo em estudo.
Atravs do Decreto-lei 347/93 de 1 de Outubro, que estabelece as prescries mnimas de
segurana e sade nos locais de trabalho, e com o complemento da Portaria n 987/93 de 6
de Outubro, que regulamenta as normas tcnicas de execuo do decreto supramencionado,
podemos retirar as principais diretrizes que o local de trabalho deve possuir de forma a ser
seguro para os trabalhadores.
Em termos gerais, esta legislao apresenta matrizes direcionais sobre como se deve
apresentar um local de trabalho em termos da sua estabilidade e solidez, nomeadamente os
pisos devem ser resistentes e construdos de acordo com as atividades que ali se iro
desenvolver.
Relativamente aos equipamentos de trabalho, o Decreto-lei 50/2005 de 25 de Fevereiro, que
regula as prescries mnimas de segurana e sade dos trabalhadores, na utilizao de
equipamentos de trabalho. O decreto-lei identifica algumas obrigatoriedades para o
empregador, nomeadamente, no cumprimento das exigncias mnimas a respeitar em matria
da utilizao de equipamentos de trabalho. Das quais se destacam:
Assegurar que os equipamentos so adequados e adaptados ao trabalho a realizar,
garantindo a segurana dos trabalhadores que os manuseiam;
Atender na escolha dos equipamentos em funo das condies e caractersticas do
trabalho, dos riscos existentes para a segurana e a sade dos trabalhadores, bem
como aos riscos emergentes da sua utilizao;
Atender aos postos de trabalho e posturas a utilizar, respeitando os princpios
ergonmicos;
Garantir a manuteno dos equipamentos;
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Mobilizar os meios necessrios minimizao de riscos residuais.
Seguidamente apresenta-se uma descrio detalhada das condies do local de trabalho
bem como dos equipamentos e mquinas utilizadas pelos operadores de metais no ferrosos
da Ambitrena de Setbal.
3.1.1.1. Conceo do edifcio
Na Ambitrena o armazm para os metais no ferrosos faz parte de uma diviso do armazm
total, e apresenta uma estrutura de beto revestido pela parte exterior com chapa de ao,
como mostra a Ilustrao n. 4. A rea do armazm tem cerca de 330 m2 e com uma altura de
10,5 m, sendo constitudo por piso trreo, e respeita as dimenses definidas por lei de 3
metros de p direito. No Anexo V est demonstrada a planta da Ambitrena de Setbal, e na
Ilustrao n. 4 apresentada a entrada do armazm.
Ilustrao n. 4 Entrada do armazm dos metais no ferrosos. (Fonte: Srgio Guerreiro)
3.1.1.2. Vias de acesso e vias de evacuao
Em termos de vias de acesso para socorros externos a Ambitrena apresenta as seguintes
caractersticas:
Quartel dos Bombeiros localiza-se em Setbal, com acesso pelo IP2 e com chegada
previsvel entre 10 a 15 minutos aps o alarme.
Esquadra da Policia de Segurana Publica localiza-se em Setbal e com chegada
previsvel entre 7 a 12 minutos.
Hospital localiza-se em Setbal e com chegada previsvel entre 7 a 12 minutos.
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No interior do armazm existem reas delimitadas, mas as que existem esto muito pouco
visveis ou invisveis devido ao seu desgaste. O espao destinado para o desempenho das
tarefas dos operadores, satisfaz por lei a rea mnima por trabalhador (1,80 m2), mas no
existe qualquer delimitao para o mesmo.
Dentro do armazm no existe diferenciao sobre vias de passagem de veculos ou
colaboradores manipulando equipamentos mveis (como por exemplo: porta paletes) ou os
empilhadores das zonas de circulao de pessoas. Antigamente havia setas a indicar o
sentido de circulao dos veculos, mas devido ao desgaste com a passagem dos mesmos
no se apresentam visveis.
Ilustrao n. 5 Vias de circulao dentro do armazm. (Fonte: Srgio Guerreiro)
As vias de circulao de pessoas esto de acordo com a legislao tendo a largura mnima
de 1,20 m. Em ambos os casos encontram-se objetos que impedem uma segura circulao
tais como, armrios, cubas, grades metlicas, caixas metlicas, entre outros materiais.
No armazm existe sinaltica relativa circulao dos empilhadores, mas verifico que os
empilhadores que nele circulam entram e saem pelo mesmo porto onde todos os
trabalhadores circulam livremente.
As vias de evacuao, ou sadas de emergncia, do acesso zona exterior ou at ao ponto
de encontro, esto desobstrudas apresentando espao disponvel para a evacuao dos
trabalhadores, com exceo de uma delas que est preenchida com paletes de alumnio,
como se poder observar na Ilustrao n. 6.
No exterior do armazm as vias de acesso e de evacuao esto em melhores condies e
esto bem visveis, mas tambm devido ao desgaste algumas delimitaes comeam a
desaparecer.
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Ilustrao n. 6 Vias de evacuao e sadas de emergncia. (Fonte: Srgio Guerreiro)
3.1.1.3. Pavimentos
O piso composto por beto, apresentando-se algo deteriorado devido enorme utilizao
nalguns locais, especialmente junto das bancadas de trabalho e na entrada do armazm junto
dos ralos para escoamento da gua, mas na globalidade o piso encontra-se condies
razoveis.
Notei que, por vezes o piso encontra-se com uma limpeza deficiente, como por exemplo
restos de leo, e com obstruo de espaos de circulao. Todas as aberturas no solo esto
protegidas por tampas ou gradeamento.
3.1.1.4. Espaos de Trabalho
Os espaos de trabalho apresentam-se com distncias que permitem uma boa movimentao
dos trabalhadores.
As bancadas, apresentadas na Ilustrao n. 7, onde so realizadas tarefas tm
aproximadamente um metro de altura. Umas apresentam espaos por baixo que so usados
para guardar variados tipos de objetos. Existem tambm bancadas de apoio e alguns mveis
no armazm que tambm so usados para arrumao de peas e ferramentas, mas se forem
mal arrumadas facilmente podem cair.
As bancadas de trabalho no esto protegidas contra riscos externos como projees, queda
de objetos, etc.
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Ilustrao n. 7 - Bancadas de trabalho. (Fonte: Srgio Guerreiro)
Existem vedaes fsicas e sinalizao adequada para advertncia dos trabalhadores
expostos a zonas de maior perigo, como por exemplo, zonas de perigo de eletrocusso e
zonas de compressores.
As operaes de limpeza da oficina so efetuadas diariamente, no entanto muito comum
durante o dia encontrar-se desarrumado algumas ferramentas, caixas, cubas, tambores para
o acondicionamento dos metais e tambm encontrar-se restos de metais no cho,
consequncia direta dos trabalhos efetuados.
3.1.1.5. Escadas
No existem escadas fixas pois o armazm funciona todo num edifcio trreo, no entanto
existe uma escada de mo que utilizada para utilizao espordica. Esta escada tem cerca
de trs metros e fixa aos apoios com ganchos no extremo superior. No observei qualquer
ato incorreto no uso desta escada, bem como a sua utilizao.
Ilustrao n. 8 - Escada de mo. (Fonte: Srgio Guerreiro)
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3.1.1.6. Mquinas
As mquinas de origem devem, estar aptas a cumprir as funes a que se destinam sem
expor a riscos as pessoas que com elas trabalham (quando utilizadas de acordo com as
instrues do fabricante). Na conceo das mquinas devem ser considerados os seus usos
inadequados, assim como as limitaes impostas aos operadores pela utilizao necessria
ou previsvel de Equipamentos de Proteo Individual e nas condies de utilizao normais o
conforto dos operadores deve ser o mximo possvel. Lima, P. (2012)
No Ambigroup existe uma oficina que d apoio a todo o grupo, colaborando tambm com a
Ambitrena de Setbal, onde efetua a manuteno de todas as mquinas, equipamentos e
viaturas.
No armazm dos metais no ferrosos apenas existe uma mquina que utilizada nas tarefas
do operador de metais no ferrosos, uma vez que a maioria dos trabalhos realizados so
efetuados com ferramenta