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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas FFLCH-USP Flávio Eduardo de Souza Caldas Número USP: 804662 Matutino: 08:00h às 09:40h TRABALHO DE LITERATURA BRASILEIRA V Profº. Drº Hélio de Seixas Guimarães – DLCV/FFLCH/USP

Trabalho Literatura Brasileira V

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Trabalho Literatura Brasileira V

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UNIVERSIDADE DE SO PAULOFaculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas Departamento de Letras Clssicas e Vernculas

FFLCH-USP

Flvio Eduardo de Souza CaldasNmero USP: 804662Matutino: 08:00h s 09:40h

TRABALHO DE LITERATURA BRASILEIRA VProf. Dr Hlio de Seixas Guimares DLCV/FFLCH/USP

So Paulo 22/06/2015Gregrio de Matos: O mestio na sociedade seiscentista da Bahia.Flvio Eduardo de Souza CALDAS (FFLCH-USP)

RESUMOO estudo que aqui se apresenta tem por finalidade analisar, com base em um corpus composto por alguns poemas de Gregrio de Matos, a forma como o poeta constri em sua stira a caricatura de um tipo social. Tomamos como exemplo a figura do mestio, e observamos as escolhas lexicais feitas pelo poeta para determinar como tratada esta tpica na poesia de Gregrio de Matos. PALAVRAS-CHAVE: Gregrio de Matos; stira; mestio.

ABSTRACTThis study will present an analysis based on a corpus of some poems of Gregrio de Matos, we pretend to analyze how the poet builds in his satire the caricature of a social type like the figure of the mestizo, in observance to the lexical choices by the poet to determine how is treated this topic in the poetry of Gregorio de Matos.

KEYWORDS: Gregrio de Matos; satire; mestizo.

Gregrio de Matos Guerra (1636 1696), nascido em 23 de dezembro na cidade de Salvador, capitania da Baa, foi certamente um dos maiores poetas da lngua portuguesa, sua obra repercute de forma marcante na literatura desta lngua, sendo reconhecida principalmente pela stira. Sobre esse tom satrico, que se constri pela fora de uma poesia marcada pelo relato e crtica dos costumes seiscentistas no Brasil, nos dir Alfredo Bosi o seguinte:

Em toda sua poesia o achincalhe e a denncia encorpam-se e movem-se fora de jogos sonoros, de rimas burlescas, de uma sintaxe apertada e ardida, de um lxico incisivo, quando no retalhante; tudo o que d ao estilo de Gregrio de Matos uma verve no igualada em toda a histria da stira brasileira posterior..[footnoteRef:1] [1: BOSI, Alfredo.Histria concisa da literatura brasileira.42. Ed. SP: Editora Cultrix, 1994. p. 40.]

Para esta anlise nos interessa observar atravs das escolhas lexicais do poeta, como so retratados os mestios em sua poesia, sejam: mulatos, fidalgos ou comerciantes (com qualquer trao de mestiagem). Convm aqui esclarecermos que no se trata de apontar textualmente algum indcio para acusao da pessoa Gregrio de Matos, porm, no se deixa de lado a biografia do poeta, e nela incluem-se seus desafetos de ordem pessoal, aos quais dedicou grande empenho no esforo de ridicularizara-los em suas stiras.Devemos nos ater aos fatos textuais que emergem da poesia em si, onde os problemas de enunciao sero entendidos em primeira instncia como a projeo de um enunciador/narrador que ao mesmo tempo em que aponta sua crtica sociedade seiscentista da Bahia, tambm representante desta mesma sociedade na discursivizao que emerge em sua poesia.A perspectiva de projeo de um enunciador se fortalece no desejo do poeta de reconhecimento como cronista dos costumes de sua poca, como ndice desse desejo, nos versos feitos propsito de certa festividade em que Gonalo Ravasco Cavalcanti de Albuquerque fora homenageado pelo amigo Gregrio de Matos encontra-se o seguinte:

E pois coronista soudesta gr festividade,tenho de falar verdade,e dizer, o que passou:agaste-se, quem andoumal, que a mim se me no d:sem saber, no foram l,e se lhe der isto espanto,quando eu fizer outro tanto,tambm de mim falar.

Sobre a projeo de um narrador, surge a presena de um Eu lrico que se desvincula totalmente da pessoa Gregrio de Matos, a experincia de uma extesia que no parte estritamente de Gregrio, mas de outra instncia enunciativa, vemos isso nos versos:

Um Sanso de carameloquis a Dalila ofender;e ela pelo enfraquecerdeitou-lhe fora o cabelo.Ele vendo-se sem pelofraqueou, e retiradade um salto tomou a escada;e por ser Sanso s tortas,Em vez de levar as portaslevou muita bofetada.[footnoteRef:2] [2: MATOS, Gregrio de. Poemas Satricos. 1. ed. So Paulo: Martin Claret, 2003. p. 79.]

Por fim estas projees emergem ambas da poesia Gregrio de Matos, e possuem um duplo efeito: (i) a prpria pessoa do poeta para as questes polticas, serve a ele para retratar as pessoas de seu convvio, de seu entorno social. (ii) o Eu lrico institudo como narrador, cuja enunciao permite a diluio da pessoa de Gregrio de Matos na poesia. Estes efeitos somados tornam difusas as questes acerca do modo como tratar a poesia de Gregrio de Matos. No haver, portanto, como apontar para um ou outro a fim de julgar o contedo de sua obra. Julgamento, alis, que acabou por lev-lo ao exlio e consequentemente morte. No tocante s questes sobre a projeo da sociedade seiscentista atravs da relao entre biografia e a obra de Gregrio de Matos em diversos contextos histricos, o texto de Haroldo de Campos O Sequestro do Barroco na formao da literatura brasileira onde, ao citar Walter Benjamin, nos apresenta o seguinte:

De fato, se pensarmos, como Walter Benjamin, que a histria objeto de uma construo, cujo lugar no o tempo homogneo e vazio, mas antes um tempo carregado de agoridade; se entendermos que irrecupervel, arrisca desaparecer, toda imagem do passado que no se deixe reconhecer como significativa pelo presente a que visa; se ponderarmos que articular historicamente o passado no significa reconhec-lo como ele de fato foi teremos conjurado, por um lado, a iluso objetiva e, por outro, a iluso positivista do encadeamento causal dos fatos como aval de sua historicidade. (BENJAMIN, 1985 apud CAMPOS, 1989, p. 62).

Desta proposio depreendem-se dois (ou mais) pontos de vista ancorados na enunciao potica: um objetivamente quantificvel do primeiro pblico da obra; o(s) outro(s) seria(m) inerente(s) histria de sua recepo. Que envolve fases de opacidade ou de prestgio, de ocultao ou de revivescncia.. Este ltimo no busca como fonte os mesmos significados que operaram no primeiro, e, portanto, no coextensivos, seriam incapazes de produzir valores considerveis de objetividade para determinar como fato as condies e relaes entre autor, Eu lrico, obra e a histria social retratada. (CAMPOS, 1989, p. 62).Entretanto quando nos deparamos com a enunciao fragmentria de um todo social, a reconstruo se faz necessria e possvel mesmo atravs destes fragmentos discursivos. Para tornar mais clara esta questo Joo Adolfo Hansen aponta a chave de leitura que se deve tomar um texto e tudo aquilo que o teceu como obra de um tempo e lugar anteriores a uma anlise:

O passado uma fico do presente, ponto evanescente, mas no arbitrrio de sua enunciao. Com a tenuidade e a descontinuidade implicadas na operao, trate-se de compor [...] o lugar do morto. tempo e espao imaginrios, hoje mudos, fragmentados pelos ecos das mltiplas vozes silenciadas para sempre que vo falando nos textos. (HANSEN, 2004:50)

Portanto a perspectiva deste trabalho verificar aquilo que construdo no texto, sem extrapolar esse limite, que embora vasto, no h como ser realizado de forma objetiva no sentido de um retrato (histrico, social e psicolgico) fiel, mas sim de observar nele, com os filtros disponveis neste momento, aquilo que salta aos nossos olhos e que pudemos recuperar da retrica nos textos aqui observados.Em primeira instncia o que nos motivou a perscrutar pela forma de entre representao dos mestios na poesia de Gregrio de Matos fora a afirmao de Alfredo Bosi de que o poeta tomava como mote aqueles senhores do engenho [...] j mestiados de portugus e tupi, a quem o poeta atribuiu-lhes terem a presuno de igualar-se em prospia com a velha nobreza branca que formaria o antigo estado da Bahia. (BOSI, 1994:38).Desta motivao vemos que Gregrio guarda queles que lhe so caros o tom laudatrio, sempre rebuscado e de elevado teor na construo potica, como Maria dos Povos sua futura esposa: Discreta e formosssima Maria / Em tuas faces a rosada Aurora; ou ao Conde de Prado a vs, meu Conde de Prado / a vs, meu prncipe invicto / ilustrssimo Mecenas / quero curar por escrito / sentimentos, saudades / lgrimas, penas, suspiros. Porm o poeta reservava as farpas de sua stira incisiva e cida aos seus desafetos e aos assuntos a serem por ele polemizados.Esta distino na forma como Gregrio trata com discurso encomistico aqueles que esto (julgados por ele) mesma altura na classe social, e queles a quem ele julga rebaixados so postos na berlinda de sua stira classifica aqueles origem humilde, como as mulatas, mestios e etc., em os nscios da sociedade, e formam um grupo, uma massa coletiva sem definio alguma, so representados como ignorantes e lascivos: Muitos mulatos desavergonhados / Trazidos sob os ps os homens nobres. Em Eplogos, Gregrio representa bem o lugar-comum que era reservado na sociedade no s aos pretos, mulatos e mestios, mas tambm queles que os defendiam:

Quais so seus doces objetos? -Pretos. Tem outros bens mais macios? -Mestios. Quais destes lhe so mais gratos? -Mulatos. Dou ao demo os insensatos, Dou ao demo a gente asnal, Que estima por cabedal Pretos, mestios, mulatos.[footnoteRef:3] [3: MATOS, Gregrio de. Poemas Escolhidos/Gregrio de Matos; seleo e organizao Jos Miguel Wisnik. So Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 42.]

E nos versos a seguir, a distino se apresenta na crtica s polticas empregadas no pas:

No sei, para que nascernesse Brasil empestadoum homem branco, e honradosem outra raa.

Terra to grosseira, e crassa, que a ningum se tem respeito,salvo quem mostra algum jeitode ser mulato[footnoteRef:4] [4: MATOS, Gregrio de. Poemas Satricos. 1. ed. So Paulo: Martin Claret, 2003. p. 27]

Quando se apresenta na stira de Gregrio o conflito ao tratar simultaneamente pessoas com certo Status dentro da ordem social estabelecida: fidalgos, clrigos e comerciantes, mas de origem estrangeira, a estratgia adotada a de imbuir stira um discurso de agudeza que promovia as caricaturas sociais. Ao serem construdas, estas caricatas teriam a finalidade poltica de afetar, produzindo, persuadindo e movendo os afetos[footnoteRef:5], como resultado disso Joo Adolfo Hansen dir que: [5: HANSEN, J. A.. Um nome por fazer. In: A stira e o engenho. Gregrio de Matos e a Bahia do Sculo XVII. 2. ed. Cotia/ Campinas: Ateli Editorial/ Editora da UNICAMP, 2004. v. 1. p. 49.]

A admirao estuporada do excesso e do monstro, fim sempre buscado pela stira seiscentista aguda, subordina-se utilidade ponderada de persuaso que vcios e virtudes teatralizados podem produzir sobre um pblico determinado, a um tempo referente e receptor da stira. (HANSEN, 2004:49).

Mais do que persuadir o pblico, a admirao pretendida tambm almeja que se reconhea no autor o domnio da retrica e da arte potica. Do ponto de vista do constructo podemos observar como resultado, grande prazer no pblico e no poeta pela realizao deste tipo de stira cuja agudeza o trao mais marcante. A esse respeito nos elucida Joo Adolfo Hansen:

A inverso contnua, semntica pelas antteses, sinttica pelos quiasmas, bem como a exagerao dos traos tipificadores do satirizado devem dar prazer ao pblico que nelas encontra, alm do prazer de reconhecer a deformao na caricatura, tambm o prazer de reconhecer um desempenho adequado da tcnica da fantasia potica. (HANSEN, 2004:54).

Ainda sobre o constructo podemos tambm notar que a forma escolhida pelo poeta (na grande maioria) se liga forma j manifestada na Portugal seiscentista para o tipo de poesia satrica, as dcimas ou romances apresentam ento em Portugal do sc. XVII esse modo de contrafao jocoso. Essas similaridades, podemos inferir a partir do estudo de Maria do Socorro Fernandes de Carvalho que dir:

sob o signo da jocosidade que se apresenta a poesia de censura dos vcios no sc. XVII. Jocoso chamado o poema que serve prioritariamente recreao dos nimos dos leitores ou ouvintes. Considerada a partir da imitao do discurso no-srio sendo faceto e prazenteiro segundo Bluteau [...] Como o ameno romance, intitulado jocoso, de Antonio da Fonseca Soares, em redondilhas que recuperam tema tradicional da lrica Ibrica; ou a malcia espirituosa da dcima A um doutor que chamou Aurora, em uns versos que lhe fez, viola flor e viola instrumento, de Violante do Cu. (CARVALHO, 2007:333)

Como exemplo de dcima, podemos observar o tom jocoso e satrico nos seguintes versos de Gregrio de Matos:

Pedralves no h alcan-lo,porque no se sabe delese um cavalo tinha a ele,ou se ele tinha um cavalo:mandou o tio compr-lopor ver o seu benjamin[footnoteRef:6]na charola de um selim;e depois de o haver compradoento ficou cavalgadoo tio mais que o rocim.[footnoteRef:7] [6: benjamin: forma popular de benjamim, caula, filho dileto.] [7: MATOS, Gregrio de. Poemas Satricos. 1. ed. So Paulo: Martin Claret, 2003. p. 68.]

Para o exemplo de romance temos um trecho de A ua dama por nome Brbara:

Babu, como h de ser isto?Eu me sinto j acabar,e estou to intercadenteque no chego at amanh.[..]Em sufrgios da minha almano gasteis o cabedal,que aos vossos rigores feita,penas no h de estranhar.[...]No a mandeis ao inferno,que harto inferno passou c.Adeus, apertai-me a mo,que me vou a enterrar.[footnoteRef:8] [8: MATOS, Gregrio de. Poemas Satricos. 1. ed. So Paulo: Martin Claret, 2003. p. 109-111.]

Como princpio de agudeza em Gregrio de Matos, caber not-la como principal operador na unio entre retrica e potica, esta inteno fora pretendida pela obra de Baltazar Gracin Agudeza y Arte de Ingenio, Maria do Socorro nos apresenta o seguinte a respeito do tratado de Gracin:

Neste tratado, a agudeza apresentada formalmente como uma faculdade do pensamento que prev relaes inesperadas e artificiosas entre conceitos distantes. (CARVALHO, 2007:123).

Desta forma, ao colocarmos em evidncia a tpica dos mestios sejam (comerciantes, fidalgos, clrigos e etc.) se nota que no domnio entre as faculdades do pensamento e a associao com a arte potica e retrica, Gregrio de Matos adota o lxico das lnguas estrangeiras, e cria vastas associaes se utilizando da sonoridade expressa nestas lnguas, subvertendo semanticamente, os valores de sentido das palavras, e assim pretende por meio da ascendncia, e pela lngua estrangeira, criticar os mestios que se destacam na sociedade. Como exemplo de crtica aos clrigos, temos:

Este padre Friso, este sandeu,tudo o demo lhe deu e lhe outorgou,no sabe Musa, musae que estudouMas sabe as cincias que no aprendeu.

Entre catervas de asnos se meteu,entre corjas de bestas se aclamou:aquela Salamanca o doutoroue nesta Salacega floresceu.[footnoteRef:9] [9: MATOS, Gregrio de. Poemas Satricos. 1. ed. So Paulo: Martin Claret, 2003. p. 50- 51.]

Para a crtica aos fidalgos e comerciantes temos:

Um calo de pindoba a meia porra,camisa de urucu, mantu de arara,em lugar de cot, arco e taquara,penacho de guars em vez de gorra.

Furado o beio, sem temos que morra,o pai que lho envazou com ua titara,seno a me, a pedra lhe aplicaraa reprimir-lhe o sangue, que no corra.

Alarve sem razo, bruto sem f,sem mais lei que a do gosto, quando berra,de arecun se tornou em abait.

No sei como acabou, nem em que guerra;s sei que do Ado de Marapprocedem os fidalgos desta terra.[footnoteRef:10] [10: MATOS, Gregrio de. Poemas Satricos. 1. ed. So Paulo: Martin Claret, 2003. p. 60.]

Em cujo foco na origem hispnica do clrigo e da origem indgena, determina a escolha do campo lexical que se empregar. Segue mais um exemplo:

H coisa como ver um paiaiMui prezado de ser Caramuru,Descendente do sangue de tatu,Cujo torpe idioma Cobep?

A linha feminina CarimMuqueca, pitinga, caruru,Mingau de puba, vinho de cajuPisado num pilo de Piraj.

A masculina um Aricob,Cuja filha Cob, cum branco PDormiu no promontrio de Pass.

O branco um Marau que veio aqui:Ela uma ndia de Mar;Cobep, Aricob, Cob, Pa.[footnoteRef:11] [11: MATOS, Gregrio de. Poemas Escolhidos/Gregrio de Matos; seleo e organizao Jos Miguel Wisnik. So Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 108.]

Vemos assim que para Gregrio a questo da lngua diverge da presena daqueles que (para ele) usurpam e degeneram a sociedade por serem mestios, uma vez que a crtica queles que a tornariam impura associa essas figuras de miscigenao ao lxico oriundo dessas lnguas impuras (por exemplo, as lnguas indgenas do Brasil) retratando-as de forma pejorativa, este fato parece no impedir que Gregrio de Matos crie a partir da riqueza dessas lnguas uma poesia fortemente marcada pela mistura com o portugus. Uma poesia paradoxal, que, ao mesmo tempo em que nega essas lnguas no plano do contedo, as afirmam no plano da expresso por meio de rimas e da sonoridade marcante.

Projetamos aqui nesta breve anlise uma perspectiva que parece construir por meio das escolhas de Gregrio de Matos, a relao associativa entre campos lexicais e a figura do mestio na sociedade seiscentista da Bahia. Cabe aqui a proposta de um levantamento extensivo e mais criterioso na produo potica de Gregrio de Matos em busca de mais dados que comprovem esta afirmao. Referncias bibliogrficas.

BOSI, Alfredo.Histria concisa da literatura brasileira.42. Ed. So Paulo: Editora Cultrix, 1994.

CAMPOS, Haroldo de. O sequestro do barroco na formao da literatura brasileira: o caso de Gregrio de Matos / Haroldo de Campos. Salvador. FOJA, 1989.

CARVALHO, Maria do S. F. de. Poesia de Agudeza em Portugal: Estudo retrico da poesia lrica e satrica escrita em Portugal no sculo XVII, por Maria do Socorro Fernandes de Carvalho. So Paulo: Humanitas Editorial; Edusp; Fapesp, 2007. 430 p.

DIMAS, Antnio. Gregrio de Matos: poesia e controvrsia, In: Amrica Latina-palavra, literatura e cultura, (org. Ana Pizarro), vol. 1, Memorial Campinas: Editora da UNICAMP, 1993. pp. 335-357.

HANSEN, J. A.. Um nome por fazer. In: A Stira e o Engenho. Gregrio de Matos e a Bahia do Sculo XVII. 2. ed. Cotia/ Campinas: Ateli Editorial/ Editora da UNICAMP, 2004. v. 1. pp. 29-103.

MATOS, Gregrio de. Poemas escolhidos/Gregrio de Matos; seleo e organizao Jos Miguel Wisnik. So Paulo: Companhia das Letras, 2010.

MATOS, Gregrio de. Poemas Satricos. 1. ed. So Paulo: Martin Claret, 2003. 200 p.