Texto Dramtico

Introduo

O texto dramtico entendido como aquele que se integra na forma

literria do drama e implica uma comunicao direta das personagens entre si

e com os recetores do enunciado. O texto dramtico privilegia a dinmica do

conflito, tentando representar as aes e reaes humanas, pela tragdia,

pela comdia e pelo drama (propriamente dito), graas presena das

personagens. in Infopdia.

Origens do Teatro

O teatro surge a partir do desenvolvimento do homem, atravs das

suas necessidades. O homem primitivo era caador e selvagem, sentia

necessidade de dominar a natureza. Atravs destas necessidades surgem

invenes como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. Na

Grcia que definitivamente surge o teatro. Surge o Ditirambo, um tipo de

procisso informal que mais tarde ficou mais organizada era para

homenagear o Deus Dionsio.

A grande inovao deu-se quando

se criou o dilogo entre as vrias pessoas.

Cria-se a ao na histria. Surgem assim os

primeiros textos teatrais. A princpio tudo

acontecia nas ruas, depois tornou-se

necessrio um lugar. A surgiram os

primeiros teatros. E foi assim que o

teatro foi evoluindo.

Teatro Sc. XIX

No Sculo XIX, o teatro evoluiu atravs de mltiplas e

diferenciadas propostas estticas que, opondo-se entre si, ainda hoje esto

em desenvolvimento. O drama realista, por oposio ao romantismo, chega-

nos da Europa do norte atravs de autores como Ibsen, escritor e dramaturgo

noruegus, considerado um dos criadores do teatro realista, tal como

Tchekov, escritor e dramaturgo russo.

Este estilo desvaloriza a imaginao romntica e pretende

descrever a realidade ao fazer um retrato fiel das personagens, mostrando,

tambm, os aspetos negativos da natureza humana. Surge, neste contexto, uma

nova gerao de dramaturgos cujo trabalho e arte se centram no

desenvolvimento da ao e dos dilogos para que, em todos aspetos, estes se

assemelhem e faam um retrato fiel do comportamento humano nas

situaes do quotidiano.

Romantismo

Movimento cultural que surgiu inicialmente na Gr-Bretanha e

na Alemanha, como reao ao culto da razo do Iluminismo.

Revolucionrio e que adotou as ideias polticas e filosficas elaboradas pelo

sculo das Luzes: livre expresso da sensibilidade e afirmao dos direitos do

indivduo. Para l da sua oposio esttica clssica, quer revelar a parte do

homem oculta pelas convenes estticas e sociais.

Portugal, reflexo dos

dois acontecimentos que

marcaram e mudaram a face da

Europa na segunda metade do

sculo XVIII: a Revoluo

Francesa e a Revoluo

Industrial, responsveis pela

abolio das monarquias

aristocratas e pela introduo

da burguesia.

Encarado como uma nova maneira de se expressar, enfrentar os

problemas da vida e do pensamento. Repudiava os clssicos, opondo-se s

regras e modelos, procurando a total liberdade de criao, alm de defender a

"impureza" dos gneros literrios. A introverso era caracterstica

essencialmente romntica. O homem, idealizava a mulher como uma deusa,

coisa divina e, com isso, retornava ao passado, onde as "madames" eram

to sonhadas e desejadas, mesmo que fossem inatingveis.

Ao procurar a mulher de seus sonhos e, ento, frustrar-se por no

encontr-la ou, muitas vezes, por encontr-la e perd-la, o romntico entrava

em constante devaneio. Para amenizar a situao, ao escrever despojava

todos os seus anseios, procurando fugir da realidade, usando do escapismo,

onde, no raramente, tinha a natureza como confidente.

Outra forma de escapar utilizada, era pela obscuridade, onde

buscavam o bem-estar nos ambientes fnebres e obscuros. Essas frustraes

provocaram muitos suicdios. Da a grande frequncia dos temas de morte

nos poemas romnticos, o que caracteriza o mal-do-sculo. O Romantismo

teve trs momentos essenciais:

Primeiro Momento

Inicialmente, procurava-se gradualmente, apagar os modelos

clssicos que ainda permeavam o meio socioeconmico. Os escritores dessa

poca, eram romnticos em esprito, ideal e ao poltica e literria, mas ainda

clssicos em muitos aspetos. Escritores deste momento:

Almeida Garrett;

Alexandre Herculano;

Castilho.

Segundo Momento

Desfazem-se os enlaces arcdicos que ainda envolviam os escritores

da poca. Domnio da esttica e da ideologia romntica. Os escritores

transformam-se em romnticos descabelados, caindo fatalmente no exagero

tudo expresso numa linguagem fcil e comunicativa. Escritores deste

momento:

Soares de Passos;

Camilo Castelo Branco.

Terceiro Momento

Este perodo marcado pela presena de poetas, como Joo de

Deus, Toms Ribeiro, Bulho Pato, Xavier de Novais, Pinheiro Chagas e Jlio

Dinis, que purificam at o extremo as caractersticas romnticas.

Frei Lus de Sousa

A obra Frei Lus de Sousa no

exemplo tpico nem de uma tragdia

clssica nem de um drama romntico.

uma obra hbrida, a nvel da

classificao quanto sua natureza. O

prprio Almeida Garrett o diz na

Memria ao Conservatrio Real, texto

onde faz a apresentao da sua pea.

Diversos motivos tornaram a obra um drama e esses foram

precisamente os seis citados acima em que se afasta da tragdia clssica e

reflete as caractersticas do drama de proximidade com a realidade. Como

se pode depreender dos tpicos apresentados, esta obra est muito mais

prxima da tragdia do que do drama.

Garrett apenas no a denominou assim porque o gnero tragdia

tinha tal solenidade e conjunto rgido de regras que o autor preferiu a

prudncia de uma designao menos prestigiosa, o que lhe pouparia algumas

crticas.

A inteno crtica presente na obra revela que a obra de carcter

poltico associado crise que Portugal atravessava e tem esperana na

ressurreio da ptria que sofria a decadncia dos ideias liberais.

Concluso

O Romantismo, no passou de uma forma de repudiar as regras

que contornavam e preenchiam o campo literrio da poca que, juntamente

com a ideologia vigente, traziam um enorme descontentamento. Este momento

em que a literatura presenciava, talvez fosse, o marco principal para a

definitiva liberdade de expresso do pensamento, que viria se firmar, mais

tarde com o Modernismo.