TRABALHO197.ppt

Embed Size (px)

Citation preview

  • Enf. FERNANDO BARROSOEnf. JOSE FORTUNATO

  • DEFINIO DEFINIDA COMO O CONTACTO COM O SANGUE OU UM LQUIDO BIOLGICO ATRAVS DE UMA PICADA, DE UM CORTE, OU PELO CONTACTO DO SANGUE OU LQUIDO BIOLGICO SOBRE UMA MUCOSA OU UMA PELE NO INTEGRA.

  • OS ACIDENTES COM EXPOSIO AO SANGUE EM MEIO HOSPITALAR CONSTITUEM A MAIORIA DOS ACIDENTES REPORTADOS286 CASOS DE INFECO PROFISSIONAL S PELO HIV41 CASOS - 23 ENVOLVIAM ENFERMEIROS

    Sheet:

    East

  • DISTRIBUIO POR PROCEDIMENTO

  • QUAIS SO OS LQUIDOS BIOLGICOS IMPLICADOS NA TRANSMISSO OCUPACIONAL ?SANGUE E LQUIDOS BIOLGICOS CONTENDO SANGUELQ. PLEURAL, AMNITICO, PERICRDICO, SINOVIAL, E CEFALO-RAQUIDIANO

    RISCO DE TRANSMISSO SEGUNDO TIPO DE LQUIDO BIOLGICO PROVADOPROVVELNULOSANGUE E LQUIDOS BIOLGICOS CONTENDO SANGUEESPERMA, SECREES VAGINAIS,SALIVAURINASANGUE E LQUIDOS BIOLGICOS CONTENDO SANGUEESPERMA, SECREES VAGINAIS,SALIVAURINASANGUE E LQUIDOS BIOLGICOS CONTENDO SANGUEESPERMA, S. VAGINAIS, LCR, L.PLEURAL, LQ. AMNITICOURINA SALIVA

  • QUAL TAXA DE RISCO DE TRANSMISSO SEGUNDO O TIPO DE EXPOSIO?

    RISCO DE TRANSMISSO SEGUNDO OTIPO DE EXPOSIOEXPOSIO PERCUTNEAMUCOSA OU PELE LESADAHIV0,32%O,4%HBV2% - 40%1%-10% SE AgHBe-10% -40% SE AgHBe+NO QUANTIFICADAHCV2%NO QUANTIFICADA. TRANSMISSO POSSVEL MAS NO PROVADA

  • QUAIS SO OS FACTORES QUE AUMENTAM O RISCO?PROFUNDIDADEAGULHAS DE GRANDE CALIBRE

  • QUAIS SO OS FACTORES QUE AUMENTAM O RISCO?

    FACTORES DE RISCO (HIV)TAXA MDIA DE RISCOFERIDA PROFUNDA 16,1SANGUE VISIVEL5,2EXPOSIA COM AGULHA PROVENIENTE DE ACESSO VENOSO\ARTERIAL5,1PACIENTE EM DOENA TERMINAL6,4

  • QUE MEDIDAS PREVENTIVAS PODEMOS ADOPTAR?Vacinao Equipamento de proteco individualCuidados com materiais corto-perfurantes

  • Cuidados com materiais corto-perfurantes

  • Cuidados com materiais corto-perfurantes

    Os acidentes com exposio ao sangue e a outros lquidos biolgicos, durante a prestao de cuidados de sade so frequentes e a sua preveno deve ser um objectivo prioritrio dos profissionais de sade.O sangue e os lquidos biolgicos podem veicular agentes infecciosos muito diversos ( bactrias, vrus, fungos, etc.). Destes, o HIV, HBV e HCV representam um risco particular pela gravidade da infeco adquirida e pelas repercusses scio-econmicas nos profissionais de sade. A adopo de medidas preventivas, tais como a vacinao, a utilizao racional de dispositivos de proteco individual e o respeito pelas regras de higiene estabelecidas, permitem diminuir o risco de exposio. No entanto apesar de todas estas medidas, constata-se hoje em dia que o numero de acidentes no diminuiu como inicialmente se pensava , devendo para isso as instituies implementar aces de formao que familiarizem os profissionais de sade com as Precaues Universais e os consciencializem da necessidade de empreg-las adequadamente, como medida mais eficaz para a reduo do risco de infeco em ambiente ocupacional.O objectivo deste trabalho o de relembrar os meios de transmisso, os factores de risco no ambiente de trabalho e descrever os cuidados necessrios para evitar uma exposio desnecessria. Sero apresentadas as Precaues Universais, bem como os procedimentos que devem ser seguidos aps uma exposio ocupacional a material potencialmente contaminado.

    DEFINIO Uma exposio acidenta ao sangue durante a prestao de cuidados definida como um contacto com o sangue ou um liquido biolgico contendo sangue atravs de uma picada com uma agulha, de um corte com um objecto cortante ou pelo contacto do sangue ou lquido biolgico sobre uma pele no intacta ou uma mucosa(3, 7).

    A exposio ocupacional ao sangue em meio hospitalar constitui a maioria dos acidentes reportados. At 31 de Dezembro de 1997, foram registados nos pases industrializados, 286 casos de infeco profissional s pelo HIV. Em Frana dos 41 casos reportados, 23 envolviam enfermeiros18.Numa tentativa de conhecer a frequncia e as circunstncias dos acidentes com exposio ao sangue, foram efectuados numerosos estudos nos ltimos 10 anos. Conhecer a frequncia e as circunstncias dos acidentes com exposio ao sangue, permite definir estratgias de preveno nomeadamente para os enfermeiros que esto envolvidos em cerca de 50% a 65% dos casos reportados17. Segundo os dados do Gabinete de Saude Ocupacional do Hospital de S. Bernardo, recolhidos entre maro de 1997 e dezembro de 2000, verifica-se uma tendencia gradualmente crescente no numero de AES reportados, 17 em 1997, 26 em 98 , 46 em 99 e 60 em 2000. Esta tendncia , pode explicar-se por um lado pela maior sensibilizaa dos profissionais de sade para a declarao dos acidentes e por outro lado pela melhor implantao e divulgao das actividades do Gabinete de Sade Ocupacional. Mas tambem revela que os procedimentos de risco se mantm e se o gesto praticado de uma forma regular o acidente somente uma questo de tempo. Na distribuio profissional , verifica-se que os enfermeiros esto implicados em 51% do total de AES declarados, o que se enquadra nos dados encontrados na literatura internacional que aponta para valores entre 50% e 65%. Nestes valores devemos considerar que os enfermeiros para alm de serem a categoria profissional mais numerosa tambem aquela que pela sua actividade est exposta a um risco de exposio acrescido.Seguem-se os AAM e estranhamente, os mdicos surgem em 3 envolvidos em apena s 15% dos AES , o que revela sem duvida uma clara omisso na participao dos acidentes.

    NA DISTRIBUIO POR TIPO DE EXPOSIO VERIFICA-SE QUE DOS 149 ACIDENTES COM EXPOSIO AO SANGUE PARTICIPADOS ENTRE 1997 E 2000 , 135 ESTAVAM RELACIONADOS COM PICADAS PROVOCADOS POR OBJECTOS CORTO-PERFURANTES NOMEADAMENTE AGULHAS E CATTERES ENDOVENOSOS E EM APENAS 14 ACIDENTES OU SEJA CERCA DE 9% O TIPO DE EXPOSIO FOI DIFERENTE.NA DISTRIBUIO POR LOCAL ATINGIDO VERIFICA-SE UMA MAIOR INCIDNCIA NOS MEMBROS SUPERIORES, NOMEADAMENTE NOS DEDOS, OS QUAIS ESTO ENVOLVIDOS EM CERCA DE 68% DO TOTAL DE AES, FACTO QUE EST DIRECTAMENTE RELACIONADO COM A INCORRECTA MANIPULAO DE OBJECTOS CORTO-PERFURANTES NA DISTRIBUIO POR PROCEDIMENTO VERIFICA-SE QUE QUE O GESTO MAIS IMPLICADO NOS ACIDENTES COM EXPOSIO AO SANGUE A CANALIZAO DE ACESSO VENOSO REPRESENTANDO CERCA DE 35% DOS ACIDENTES DECLARADOS. A RECOLHA E ELIMINAO DE RESIDUOS (OBJECTOS CORTO-PERFURANTES E LIQUIDOS BIOLGICOS) REPRESENTA CERCA DE 17% SEGUIDO DA REALIZAO DE BMTESTE E ADMINISTRAA DE INJECTVEIS COM 15 E 13 % RESPECTIVAMENTE. ESTE GRUPO DE PROCEDIMENTOS TRADUZ UMA INCORRECTA MANIPULAO DOS OBJECTOS COM ACES DE REENCAPSULAMENTO, REMOO MANUAL DE AGULHAS DAS SERINGAS, UTILIZAO INDEVIDA DAS AGULHAS NA COLHEITA DE SANGUE PARA A REALIZAO DE BMTESTE, BEM COMO UMA UTILIZAO DEFICIENTE DOS CONTENTORES E DESRESPEITO NAS REGRAS DE ELIMINAO DE RESIDUOS DE RISCO BIOLGICO A MOBILIZAO DE DOENTES E A DESCONTAMINAA DE MATERIAL SURGE ASSOCIADA GERALMENTE A MATERIAL CORTO-PERFURANTE ESQUECIDO NO LOCAL.OS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS REPRESENTAM APENAS 8% DOS ACIDENTES ,O QUE CONFIRMA UMA OMISSO NA PARTICIPAO DOS AES POR PARTE DOS MDICOSNA DISTRIBUIO SEMANAL OS DADOS NO PERMITEM UMA CONCLUSO FUNDAMENTADA , EMBORA A 2 FEIRA EVIDENCIE UM MAIOR NUMERO DE ACIDENTESOs lquidos orgnicos susceptveis de transmitir o HBV, o HCV e o HIV em ambiente ocupacional so16:- o sangue e todos os lquidos biolgicos visivelmente contaminados por sangue- rgos e tecidos transplantados- os lquidos pleural, amnitico, pericrdico, peritonial sinovial e cfalo-raquidiano (transmisso possvel mas pouco provvel no caso do HIV)- as secrees vaginais ou o esperma (transmisso possvel mas pouco provvel no caso do VHC)- a saliva (somente para o VHB e VHC, a menos que contaminada com sangue)Apesar de o HIV ter sido encontrado no esperma, nas secrees vaginais, no leite materno, no lquido amnitico, pericrdico, peritonial, pleural, sinovial ou cfalo-raquidiano nenhum caso de seroconverso aps exposio a estes lquidos foi reportado. Na saliva, lgrimas, urina, suor e secrees nasais, o vrus habitualmente indetectvel ou em concentraes muito reduzidas para efectuar uma contaminao.Somente o sangue ou os lquidos biolgicos contendo sangue esto na origem de casos provados de contaminaes profissionais.

    RISCO PARA O HIVEmbora o risco seja muito baixo, ele no igual a zero. Existem casos documentados de infeco pelo HIV em profissionais de sade, aps exposio ocupacional em consequncia de picadas, cortes, contacto com mucosas, (olhos, nariz e boca) e pele. O risco mdio de se adquirir o HIV de aproximadamente 0,3% aps exposio percutnea ( picada ou corte com exposio a sangue infectado com HIV). O risco aps exposio cutnea-mucosa a sangue contaminado com HIV de 0,1% (1,11,12,14,18,20,22,27).No existem casos documentados de infeco pelo HIV, envolvendo uma pequena quantidade de sangue em contacto com a pele intacta. O risco deve ser considerado se envolver uma quantidade de sangue importante, contacto prolongado com a pele e leses cutneas.Este risco foi avaliado em situaes de exposio a sangue; o risco de infeco associado a outros materiais biolgicos inferior, ainda que no seja definido.RISCO PARA O VHB/VHC A probabilidade de infeco pelo vrus da hepatite B aps exposio percutnea significativamente maior do que a probabilidade de infeco pelo HIV, podendo atingir at 40% em exposies onde o paciente fonte apresente serologia HbsAg+(11,18,320,27) . Devido prevalncia estimada da infeco pelo VHC na populao , na ordem de 1%, e do seu caracter assintomtico, o risco terico de contaminao elevado. Dados epidemiolgicos actuais mostram que o risco profissional de contaminao pelo VHC aps exposio ao sangue de um paciente portador do VHC, varia entre 2 e 3% (11,18,20,27). Este risco baixo comparativamente hepatite B e pode-se explicar por uma virmia menos importante (103 a 104 partculas virais por ml sangue).A anlise dos casos de seroconverso permite identificar certos factores de risco fundamentais para a avaliao do risco e posterior aconselhamento relativamente teraputica antiretroviral.O risco de transmisso est directamente ligado profundidade da ferida e ao tipo de agulha ou material em causa e presena de sangue visvel (12,18,26):- leso profunda com agulha ou material prfuro-cortante. Quanto maior a profundidade maior o risco;- as picadas com agulhas com lmen, so mais susceptveis de causar infeco;- material previamente colocado em veia ou artria ( catter endovenoso );- agulhas de grande calibre;- as picadas com agulhas subcutneas, intramusculares ou agulhas de sutura, apresentam um risco menor- presena de leses visveis na pele do profissional de sade;- paciente fonte em estado avanado de doena, quando a carga viral mais elevada .Os resultados de um estudo retrospectivo elaborado pelo Centers for Disease Control envolvendo E.U.A., Frana e Inglaterra, com dados recolhidos entre 1988 e 1994 permitiram identificar os factores de risco acrescido (22,14).FACTORES DE RISCO ( HIV )TAXA MEDIA DE RISCOFERIDA PROFUNDA 16,1SANGUE VISIVEL 5,2PROCEDIMENTOCOM AGULHA PROVENIENTE DE ACESSO VENOSO \ ARTERIAL 5,1PACIENTE EM DOENA TERMINAL 6,4

    As medidas de preveno a respeitar na manipulao de sangue e lquidos biolgicos assentam no princpio bsico segundo o qual todo o sangue ou lquido biolgico potencialmente infectante.Uma das principais medidas de preveno a vacinao para a hepatite b , devendo ser indicada para todos os profissionais de sade. uma vacina extremamente eficaz conferindo cerca de 90 a 95% de resposta vacinal em adultos imunocompetentes.Para reduzir o risco de exposio ao sangue e a outros lquidos biolgicos que no podemos eliminar ou modificar o procedimento, conveniente utilizar material de proteco individual . O equipamento de proteco individual serve de barreira contra os contactos directos com os agentes patognicos transmissveis pelo sangue. As luvas reduzem o risco de contaminao das mos mas no previnem os acidentes provocados por agulhas ou outro material prfuro-cortante. A utilizao de luvas pode reduzir em pelo menos 50% a quantidade de sangue qual um profissional exposto na sequncia de um picada ou corte atravs da luva. A utilizao de luvas recomendada para todas as intervenes em que exista possibilidade de contacto com sangue, secrees e excrees, com mucosas ou reas de pele no integra Mscaras ou crans faciais e culos de proteco reduzem a incidncia de contaminao das mucosas da boca , nariz e olhos. As mscaras ou crans faciais e o material de proteco ocular devero ser utilizados durante as intervenes susceptveis de provocar projeces ou derrame de sangue ou outros lquidos biolgicos. Intervenes dentrias, cirurgias de urgncia, partos, assistncia de urgncia a grandes politraumatizados, aspirao de secrees e entubaes so exemplos de intervenes em que a utilizao de mscaras ou crans faciais e culos de proteco para proteger as mucosas, as leses cutneas e as conjuntivas do profissional esto indicadas. A utilizao de roupa de proteco tambm est indicada nestes casos, devendo ser substituda logo que se suje. Como j foi anteriormente referido, a exposio profissional ao sangue resulta na maior parte dos casos de uma leso percutnea causada por uma agulha ououtro instrumento corto- perfurante. A canalizao de acesso venoso o procedimento de maior risco , pelo que a utilizao de material com sistemas de segurana, por exemplo catteres endovenosos com sistema de proteco da agulha ( Protectiv da Critikon ) deve ser estimulada;durante a realizao dos procedimentos que envolvam material corto- prfurante ter a mxima ateno quer na manipulao quer na eliminao dos residuosPara a colheita de sangue na realizao de BMteste no utilizar agulhas. Deve-se utilizar preferencialmente canetas.

    O reencapsulamenteo das agulhas deve ser um gesto totalmente eliminado, bem como retir-las da seringa manualmente ou manipul-las de forma que a ponta da agulha fique dirigida para o corpo.Por exemplo, um estudo12 efectuado em 1992 em cinco hospitais de Montreal revelou que numerosos profissionais de sade continuam a reencapsular as agulhas ou deixam-nas sem cpsula fora dos contentores, facto que est na origem da maioria das feridas. conveniente retirar as lminas de bisturi com pinas e no com os dedosUma parte importante das exposies esto associadas eliminao de agulhas nos contentores, razo pela qual necessrio melhorar tambm a utilizao destes dispositivos. todo o material prfuro-cortante ( agulhas, lminas de bisturi, etc.) mesmo que estril, deve ser eliminado em contentores resistentes perfurao e com tampa anti-refluxo;- os contentores no devem ser preenchidos acima do limite de 2\3 da sua capacidade e devem ser colocados sempre prximos do local onde realizado o procedimento ( carros mveis ou fixados em suportes de parede ).