142
TRABALHOS CONVIDADOS

TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

  • Upload
    ledan

  • View
    223

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

TRABALHOSCONVIDADOS

Page 2: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

18 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

C4-1A política florestal brasileira: uma perspectiva histórica

������������ ������ ��������� ��������������

Kengen, S. 1 ([email protected])Consultor florestal, Brasil

RESUMO: Nesta apresentação são sumariados alguns fatos e ações que apresentam relação direta ou influênciasobre a exploração dos recursos florestais brasileiros. Ao longo do tempo, o setor florestal brasileiro foi gerenciadopor diferentes instituições, indicando a facilidade com que orgãos são criados e extintos. São discutidas as razõesque levaram os governantes a criar certos procedimentos, e as necessidades de se atenderem determinadaspolíticas. Os eventos históricos que afetaram o setor florestal brasileiro a partir da década de 60 são apresentadospara contextualizar as atuais medidas que justificam o desenvolvimento de uma política florestal específica. Essapolítica precisa minimizar os problemas decorrentes das mudanças introduzidas pela recente legislação ambientalbrasileira, que por um lado afetou negativamente o setor produtivo e por outro não diminuiu os problemas florestaisexistentes. Para que o setor florestal possa efetivamente contribuir para o desenvolvimento brasileiro, e acontribuição líquida seja positiva, é necessária uma real comunhão entre os setores produtivo e ambiental, que,infelizmente, ainda se encontram estanques e divorciados.ABSTRACT: Some of the facts and actions that directly affected the use of the Brazilian forest resources aresummarized in this presentation. Over the years, different institutions have governed the Brazilian forest sector,signaling how easily federal organisms are created and extinguished. The govern reasons for the creation of certainpolicies are debated. The historical events affecting the Brazilian forest sector since the 60’s are presented tocontextually explain the recent governmental decisions leading to the development of a new national forest act. Thenew act should minimize the problems created by changes introduced in recent environmental laws that affectednegatively production and have not diminished forest problems. For an effective contribution of the Brazilian forestsector to the development of the country, it is necessary a real communion between the productive andenvironmental sector, unfortunately divorced and isolated.

1. INTRODUÇÃO

Por sua localização intertropical e dada a extensão do seu território o Brasil possui umagrande diversidade de recursos florestais. Os ecossistemas florestais brasileiros podem seragrupados em cinco grandes biomas, a saber: Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Cerrado,Caatinga e Pantanal. Outros ecossistemas, tais como os campos rupestres e os mangues,embora importantes do ponto de vista ecológico, não têm maior significado em termosflorestais. A magnitude desses biomas quanto à extensão e à biodiversidade, permiteafirmar que os bens e serviços que deles podem advir, por meio de um manejo adequado,têm amplas perspectivas. Em que pese essa magnitude as evidências sugerem que aolongo da história esses recursos não tem sido alvo de uma maior atenção.

Algumas indústrias do setor florestal, em particular a de papel e celulose tiveram umgrande avanço nas últimas décadas. Tal fato pode ser atribuído à política de incentivosfiscais para o reflorestamento que vigorou entre 1966 e 1988. Entretanto, considerando-se adiversidade dos recursos florestais, pode-se dizer que o setor nunca se desenvolveu emtoda a sua plenitude. Pode-se até mesmo afirmar que ele tem sido tratado na maioria dasvezes, como uma atividade menor na economia ou até mesmo desconsiderado enquantorecurso ambiental.

Ao longo da história verifica-se ter havido preocupação quanto a uma proteção jurídicados recursos florestais, manifestada sob a forma de uma extensa legislação destinada a

1 Engenheiro Florestal, Ph.D., e-mail: [email protected]

Sou grato aos comentários feitos pelos colegas Joldes Muniz Ferreira e Luiz Roberto Graça, entretanto, quaisquer erros ouomissões são de minha inteira responsabilidade.

Page 3: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 19

orientar e regular o uso desses recursos. As evidências sugerem, todavia, que essapreocupação por si só não foi capaz de estimular a elaboração de políticas florestais. Poroutro lado, deve-se notar que, embora nem sempre tenha existido uma política florestalexplícita, ações e políticas para outros setores tiveram reflexos no campo florestal.

É importante que se faça uma distinção entre legislação e política. A primeira é oconjunto de leis acerca de determinada matéria, enquanto a segunda é um conjunto deobjetivos que informam determinado programa de ação governamental e condicionam a suaexecução.. Assim, as leis são instrumentos que permitem implementar uma política, porémnão constituem, em si mesmas, uma política. Esta emerge, em geral, de outra instância,normalmente do poder executivo. A aplicação de uma política não requer necessariamentea elaboração de novas leis.

A situação florestal atual, sob seus diferentes aspectos (área, distribuição, organização,etc.), como é fruto do processo de desenvolvimento, é determinada, portanto, por fatoshistóricos através dos quais pode ser melhor compreendida. Assim, o presente trabalho tempor objetivo revisar a legislação e a política florestal dentro de um contexto histórico.

2. PERÍODO COLONIAL (1500-1822)

Antes da descoberta do Brasil as florestas constituíam elemento importante na vida dosíndios, particularmente como supridora de alimentos. A colonização portuguesa impôs umnovo papel à floresta cuja exploração passou a ser direcionada para o atendimento dosinteresses da Coroa portuguesa. A abundância de recursos florestais no Brasil tinha grandeimportância para os portugueses, em uma fase de expansão da navegação e intensaatividade de construção naval a demandar grandes quantidades de madeira. Dessa forma,as florestas brasileiras revestiam-se de importância estratégica, face à escassez dessesrecursos em Portugal. É importante frisar que algo semelhante ocorreu, por exemplo, nacolonização americana. Assim como os portugueses, os ingleses, também, necessitavamde madeira, assumindo as florestas americanas a mesma importância estratégica.

À medida que se intensificava a exploração da floresta, desenvolvida incialmente aolongo da costa, as espécies de maior valor econômico foram escasseando, surgindo daí, anecessidade de interiorizar-se essa exploração. Assim, em 13 de março de 1797, a Coroaportuguesa definia como sua propriedade todas as florestas e arvoredos ao longo da costa edos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terrasreceberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu o efeito esperado, pois osgovernadores gerais alegaram que todas essas áreas já eram propriedades privadas e nãohaviam terras no interior para compensá-los. Seguindo esse mesmo contexto restritivo foiestabelecido, 11 de julho de 1797, o primeiro regulamento de exploração das florestasbrasileiras, com minuciosas determinações, abrangendo desde o sistema de corte até acomercialização. O descumprimento dessas normas resultava em penas consideradas altaspois, além da multa em dinheiro, os infratores eram degredados por dois anos para fora dacomarca (Swioklo, 1990).

Em vista desse impasse, nova Carta Régia foi promulgada em 1800, a qualdeterminava que os proprietários deveriam conservar todas as espécies de interesse daCoroa numa faixa de 10 léguas da costa. A fim de executar e fazer cumprir essadeterminação foi criado o cargo de juiz conservador e criada patrulha montada com oobjetivo de fiscalizar a atividade de exploração madeireira e da manutenção dos recursosflorestais da coroa portuguesa em terras do Brasil. Os governos das capitanias, entretanto,tinham autoridade para permitir o corte das árvores que fossem necessárias ao consumolegal. Entretanto, segundo Swioklo (1990), as normas editadas nessa Carta Régia eram

Page 4: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

20 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

confusas, conflitantes, impossíveis, mesmo, de serem obedecidas. É interessante frisar quea exploração e a comercialização do pau-brasil já era monopólio da corte e esta situaçãoficou inalterada.

A chegada da família real ao Brasil, em 1808, promove grandes transformações emtodas as áreas, valendo destacar a criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1811.Sua implantação representa marco da maior importância, já que ele pode ser considerado oembrião da administração florestal brasileira, ainda que ele tivesse como objetivo aaclimatação de plantas e ao estudo da flora brasileira de interesse econômico. Em 1821 épromulgada legislação sobre o uso da terra a qual prevê a manutenção de reservasflorestais em 1/6 das áreas vendidas ou doadas.

3. PERÍODO DO BRASIL IMPÉRIO (1822-1889)

De uma maneira geral, durante esse período foram mantidas as linhas gerais da políticacolonial sobre florestas.

Em 1825 é reiterada a proibição de licença a particulares para exploração do pau-brasil,mantendo-se o monopólio do Estado. Vigorava, também, a proibição do corte de outrasespécies, como a peroba, restrição que, à semelhança do caso anterior, tinha cunhoeconômico.

Em 1830 foi promulgado o Código Criminal, em cujos artigos 178 e 257 eramestabelecidas penas para corte ilegal de árvores. Por outro lado, o incêndio não foi tratadocomo crime especial, o que só veio ocorrer mais de cinqüenta anos depois com apromulgação da Lei nº 3311, de 14 de outubro de 1886 (Swioklo, 1990).

Em 1831 foram extintas as Conservatórias dos Cortes de madeiras instituídas pelaCorte Portuguesa, sendo igualmente eliminado, em 1834, o monopólio do pau brasil quehavia sido criado por alvará de 1º de agosto de 1697. A partir daí, a devastação dasflorestas foi intensificada, passando o fogo a ser usado indiscriminadamente com o objetivode limpeza de terrenos de modo a assegurar a expansão da agropecuária.

Os primeiros conflitos entre a ocupação territorial estimulada pelos colonizadores e aproteção das florestas que começavam a escassear, em áreas pontuais do territórioocupadas pela agricultura e pela pecuária, surgem em meados do século XVIII,principalmente em regiões colonizadas do litoral e às margens dos rios navegáveis onde asflorestas cediam lugar ao cultivo da cana-de-açúcar. Tal fato gerou medidas de restrição aocorte das florestas e à exploração de madeiras duras, que passaram a ser conhecidas,conforme ainda no presente, como “madeiras de lei” (Prado et al. 1995). Por outro lado,esse período foi caracterizado por uma política liberal e voltada para promover umacolonização rápida. Assim, pode-se dizer que havia um conflito entre a tendência a restringiro uso das florestas, de um lado e, de outro, essa política liberal e o rápido processo decolonização. Deve-se lembrar que os partidos políticos, Conservador e Liberal, que davamsustentação política ao Império eram formados basicamente pelos fazendeiros. Dessaforma, quaisquer ações que procurassem impor restrições ao desmatamento naspropriedades não prosperavam e eram logo rotuladas como contrárias ao desenvolvimentoagrícola e, consequentemente contrárias ao poder público dominante (Volpato, 1986).Assim, embora, existisse toda uma legislação que normatizava e restringia o uso dosrecursos florestais, ninguém ousava exigir o cumprimento dessa legislação.

Neste contexto, para conter o abuso que crescia de maneira alarmante forampromulgados leis e decretos que, em sua maioria, revestiam-se de caráter restritivo ou

Page 5: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 21

normativo quanto à exploração dos recursos florestais2. Entretanto, as evidências sugeremque o paradoxo continuava, com o Governo, por um lado, restringindo a exploração dosrecursos florestais e, por outro, os fazendeiros continuando a abrir novas áreas para aexpansão da agropecuária. Nesse período, cabe ressaltar a promulgação do Decreto nº4887 de 05 de janeiro de 1872 que deu início a atividade florestal particular no comérciolegal de madeiras. Assim foi criada a primeira empresa privada especializada no corte demadeira. Essa empresa, a Companhia Florestal Paranaense, com sede no Rio de Janeiro,era obrigada a respeitar os direitos dos proprietários e a solicitar licença para a exploraçãoflorestal.

4. PERÍODO REPUBLICANO

4.1 República Velha (1889-1930)

As evidências sugerem que no período conhecido como República Velha, que vai de1889 até 1930, a questão florestal não mereceu maior atenção do governo. A prioridade eraa consolidação da República e que se sobrepunha a tudo mais. Assim, a primeiraConstituição Republicana, a de 1891, não apresentava orientação específica para oproblema florestal. Ela era liberal em sua essência, garantindo, aos Estados, totalautonomia, assim como aos proprietários, poder ilimitado sobre a propriedade. Assim,podiam desmatar a área que desejassem. Apesar disso, cabe destacar que começa a surgirnessa fase certa preocupação por parte de alguns setores da sociedade quanto àdevastação dos recursos florestais.

O avanço do desmatamento, no entanto, despertou o Governo quanto à necessidadede conservação dos recursos florestais. Como resultado, o assunto passou a merecer,embora timidamente, atenção governamental, pelo menos em mensagens presidenciais aoCongresso. Por exemplo, a mensagem presidencial de 1907 fazia referência, ainda que demodo vago, à necessidade de serem protegidas as florestas e restauradas as áreasdevastadas. Sob tais circunstâncias é que, em 1911, foi criado o Horto Florestal como parteintegrante do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. As mensagens presidenciais de 1913 e1919 faziam menção ao número de mudas distribuídas à população e às plantadas no HortoFlorestal. Em 1920, novamente a mensagem presidencial abordava a necessidade urgentede preservar e restaurar os recursos florestais, assim como de adotar medidas repressivas,uma vez que a devastação era cada vez maior. Fazia menção, também, ao fato de aindanão dispor o Brasil de um Código Florestal, apesar de possuir uma vasta área coberta comflorestas. Dada essa riqueza em recursos florestais, a mensagem mencionava a importânciaque os mesmos poderiam ter na economia, uma vez que as indústrias de construção civil,movelaria, papel e celulose, bem como a exportação de madeiras finas ou de lei, eramfontes de comércio a desenvolver e coordenar. Desta forma, era urgente que se tivesseuma legislação que regulasse não só a autorização das terras e a sua conservação, mastambém, a exploração de madeiras, de ervas e da própria seringueira.

2 Maiores detalhes sobre essa legislação, ver, por exemplo: Swioklo, 1990. Essa autora faz referência a que no século antes

da Republica existiam 9 (nove) cartas régias, 10 (dez) regimentos, 1 (uma) postura, 20 (vinte) alvarás, 9 (nove) decretos, 6(seis) estravagantes, 1 (uma) resolução, bem como as Ordenações do Livro I, titulo 58, paragrafo6/ livro I, titulo 66 parágrafo26/ livro III, titulo 75, parágrafo 1, livro IV, titulo 4paragrafo 9º , livro IV, titulo 48 e livro V, titulo 75.

Page 6: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

22 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Nesse contexto, com a regulamentação do Decreto Legislativo nº 4421, de 28 de

dezembro de 1921, passa o Horto Florestal a constituir o Serviço Florestal do Brasil3.Entretanto, devido à situação financeira do País que não permitia o aumento de despesa, oServiço foi implantado por partes, buscando-se acordos com os Estados, com vistas areduzir as despesas da União. Em 1925, mensagem presidencial faz referência ao fato deque os estudos preliminares para a organização do Serviço Florestal haviam sidoconcluídos. Posteriormente, em 1926, em nova mensagem presidencial, relatava-se que,embora, sem os recursos indispensáveis a sua perfeita instalação, o Serviço Florestal haviacomeçado a funcionar, aproveitando os elementos que lhe foram incorporados, dentre osquais se destacava o Horto Florestal. Assim, apesar das dificuldades essa instituiçãogovernamental foi desempenhando suas tarefas e quase todos os pontos de seu vastoprograma de trabalho estavam em execução, segundo relatava a mensagem presidencialenviada ao Congresso, em 1930. Nesse ano ocorreu o processo revolucionário que levou àimplantação do Estado Novo.

4.2 Período de 1930 a 1960

Seguindo-se à implantação do Estado Novo, em 1930, foram elaboradas novas normaslegais, objetivando adequá-las à situação vigente. Assim, em 1931, foi apresentado oanteprojeto do Código Florestal para recebimento de sugestões. Em 1933, foi realizada umareorganização do Ministério da Agricultura, bem como do Serviço de Fomento da ProduçãoVegetal e foi criada uma Seção de Reflorestamento. A proposta do Código Florestal quehavia sido apresentada em 1931, recebeu muitas sugestões e, finalmente, em 1934, foi

transformada em lei4 (Decreto Federal nº 23.973 de 23/01/34).Quando hoje se fala tanto em descentralização e municipalização é interessante notar

que esse tema já era proposto mais de cinco décadas atrás. Esta afirmação baseia-se nofato de que os formuladores do Código Florestal estabeleceram um sistema de ConselhosFlorestais, que seriam criados em níveis municipal, estadual e federal. O conselho municipalseria subordinado ao estadual que, por sua vez, estaria sob a orientação do ConselhoFlorestal Federal. Entretanto, apesar das boas intenções dos autores, o sistema nãofuncionou, pois como observou o relator do anteprojeto Luciano Pereira Silva, citado emSwioklo (1990), as dificuldades encontradas e que contribuíram para o insucesso dosreferidos conselhos, eram devidas ao fato de que “a inércia, por displicência, dasautoridades estaduais e municipais, quando não resistência passiva e deliberada, encontrasua explicação na mentalidade dominante no país, incapaz de compreender até hoje que adesflorestação das terras é um mal de terríveis conseqüências para as regiões onde épraticado”. O relator acrescenta, ainda, que mesmo quando os conselhos eram constituídos,não havia interesse de seus membros em dar cumprimento aos dispositivos do Código edesta forma as florestas que, por sua localização, deveriam ser declaradas protetoras ouremanescentes continuavam sendo entregues ao machado e ao fogo. 3 Os trabalhos do Serviço Florestal se subdividiam em: produção de mudas para o reflorestamento tendo como base o

estabelecimento de viveiros de mudas “in loco”; estudo da biologia das nossas essências; e, finalmente, estudo da nossaflora, quanto à sistemática e à dendrologia. É interessante frisar que durante a existência do Serviço Florestal (1921-1963)foram procedidas alterações em seu regimento em diferentes ocasiões e por diferentes razões. A título de exemplo, pode-secitar as de 1926, 1939, 1942 e 1944.

4 O Código Florestal classificava as florestas em quatro categorias, a saber: (i) protetoras, (ii) remanescentes, (iii) modelo e (iv)de rendimento. Além desta classificação, foram estabelecidas limitações às propriedades privadas de acordo com a tipologiaflorestal nelas existentes e regulada a exploração das florestas de domínio público e privado, bem como estabelecia aestrutura de fiscalização das atividades florestais, as penas, infrações e os respectivos processos aos infratores.

Page 7: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 23

A pouca importância dada aos recursos florestais não se restringe ao fato acimaexposto, mas também, pode ser avaliada quando se considera que a regulamentação doFundo Florestal, instituído pelo art. 98 do Código Florestal de 1934, só veio a serregulamentado em 22 de agosto de 1961 pelo Decreto nº 51219. Esse fundo visava gerarrecursos destinados a, por exemplo, criar parques e florestas nacionais, garantir o programade florestamento e reflorestamento e publicar obras de cunho florestal. Entretanto, apesarde seus nobres objetivos, ele não funcionou (Swioklo, 1990).

O esforço de organização do Estado Brasileiro, iniciado em 1921, com o ServiçoFlorestal, prosseguiu em 1938 e 1941, com a criação do Instituto Nacional do Mate (INM) edo Instituto Nacional do Pinho (INP), respectivamente. Esses institutos eram vinculados aoMinistério da Indústria e Comércio. É interessante chamar a atenção para o fato de que elesforam estruturados como instituições econômicas. Assim, tinham por finalidade coordenar aprodução e a comercialização dos produtos florestais que lhes deram origem, não seconstituindo instituições encarregadas de políticas públicas florestais, dentro de um contextomais abrangente, até porque essa era uma função do Serviço Florestal. O INP, porexemplo, era uma autarquia incumbida de estudar e solucionar as questões referentes àprodução e ao comércio do Pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia). No ano seguinte,1942, o INP foi reestruturado, sendo aumentadas suas atribuições, e ele passou a ter opoder de “obrigar o uso de novos processos técnicos na indústria madeireira, promover oreflorestamento nas áreas exploradas, desenvolver a educação florestal nos centrosmadeireiros, fiscalizar a execução das medidas e resoluções tomadas punindo os infratores”.

Dois fatos ocorridos na década de 50 do século passado merecem destaque. Oprimeiro foi a fundação, em 1955, da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), marco querepresentou a organização política do setor, fora da esfera governamental. A SBS, quecontinua em plena atividade, reúne associações privadas representativas dos diferentessetores da atividade florestal, incluindo produtores, transformadores e consumidores dematéria-prima florestal. O segundo fato, foi o estabelecimento, em 1958, da FundaçãoBrasileira para a Conservação da Natureza (FBCN). Essa Fundação, também, significou ummarco, uma vez que tratava a questão florestal do ponto-de-vista de sua importânciaecológica. Deve-se reconhecer o pioneirismo dessa iniciativa, quando se considera que aconservação e a preservação dos recursos florestais não tinham a dimensão que têm hoje(Anônimo, 2000)

Finalmente, o esforço do Governo em transformar a economia brasileira de agrícolapara industrial, que vinha sendo feito desde 1930 tem seu momento decisivo na década de50. Nesse contexto, um dos pré-requisitos da industrialização era o suprimento regular dematéria prima. Dessa forma, o setor privado passa a demandar a concessão definanciamento baseado em taxas de juros compatíveis com a atividade florestal e/ou

incentivos fiscais para o reflorestamento5. Os argumentos usados para darem suporte aessa reivindicação podem ser assim resumidos (Kengen, 1985):

a. os recursos florestais foram, ao longo dos anos explorados de forma intensiva;

5 Essa demanda foi de tal ordem que passou a ser um dos principais temas de reuniões entre os setores público e privado

e, até mesmo de seminários. Dada a dimensão da demanda o Ministério da Agricultura (MA) criou grupos de trabalho (GTs) com oobjetivo de estudar e propor soluções para esse problema. Por exemplo: (i) Conferência Florestal Nacional - 1957; (ii) O MA cria,em 1958, Grupo de Trabalho (GT) para fazer diagnóstico do setor florestal e, sendo uma de suas conclusões a necessidade dacriação de um Fundo Florestal a ser gerenciado pelo Banco do Brasil, com juros subsidiados; (iii) Segunda Conferência Mundialsobre o Eucalipto; (iv) Em 1962, o MA criou outro GT para elaborar uma nova lei florestal o qual chegou, também, a conclusão deser necessário o estabelecimento de algum mecanismo financeiro para o setor (Kengen, 1985). Uma consulta à coleção do AnuárioBrasileiro de Economia Florestal pode fornecer maiores detalhes

Page 8: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

24 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

b. a disponibilidade de recursos florestais próximo aos maiores centros consumidoresestavam diminuindo a uma taxa crescente e, conseqüentemente, as indústrias debase florestal necessitavam buscar madeira a distâncias cada vez maiores;

c. para fazer face a uma demanda crescente por madeira e outros produtos florestais,tanto em nível nacional quanto internacional, era necessário garantir suprimento dematéria prima de florestas plantadas e não somente de florestas naturais;

d. uma demanda internacional crescente levaria a uma escassez de produtosmadeireiros, incluindo madeira serrada. Os preços tendiam a aumentar e,conseqüentemente o Brasil poderia expandir sua participação no mercadointernacional com reflexos positivos sobre a balança comercial brasileira.

4.3 Década de 60

Os anos 60, particularmente, após 1964 quando é interrompido o regime constitucionalde 1946, trazem grandes mudanças à área florestal. A restruturação do setor tem início coma extinção, em 1962, do Serviço Florestal Federal (SFF) e a criação, no âmbito do Ministérioda Agricultura, do Departamento de Recursos Naturais Renováveis que absorve asatribuições do SFF. A partir daquele ano, o novo regime político promove uma profundareorganização das estruturas políticas, econômica e administrativa do País. Sob o ponto devista das forças políticas que assumiram o poder naquela ocasião, o novo modelo tinhacomo objetivo central a modernização do Estado brasileiro. Assim, principalmente entre1965 e 1967, o setor florestal passou por uma completa restruturação, como parte dasreformas institucionais que afetaram a gestão pública dos recurso naturais.

Pode-se traçar a origem dessa grande mudança à edição do Novo Código Florestal em15 de setembro de 1965 (Lei nº 4771), que veio aperfeiçoar o Código Florestal de 1934.Para se ter idéia da importância dessa nova legislação, deve-se enfatizar que diversosanteprojetos sobre a matéria tinham sido apresentados, em 1950, 1953, 1955 e 1962, aoCongresso Nacional, nenhum deles, porém, obteve êxito. Esse novo código representou,ainda, importante instrumento disciplinador das atividades florestais, ao declarar as florestasexistentes no território nacional como bens de interesse comum a toda população.

Comparada à norma de 1934, o novo Código Florestal apresenta um viésintervencionista, ao permitir ao Estado uma interferência direta e ostensiva na proteção àsflorestas, em defesa dos interesses coletivos. Dessa forma, o uso da propriedade ficarestringido e subordinado ao interesse da coletividade, de tal forma que a função protetorada floresta, na propriedade privada, passa constituir restrição não-indenizável. Na legislaçãoanterior, o direito de propriedade era praticamente ilimitado, uma vez que a indenização eraobrigatória para qualquer tipo de limitação ao uso da propriedade privada. É interessante,contudo, notar que essa intervenção estatal direta na propriedade privada, a fim de protegeras florestas, não chega a constituir propriamente uma novidade, podendo-se constatar, pelarevisão acima, que a legislação florestal brasileira foi sempre caracterizada por um certograu de intervencionismo.

O novo Código Florestal definiu duas linhas básicas de políticas para as florestas, asaber: proteção e desenvolvimento florestal. No tocante às políticas vinculadas à função deproteção, o Código: (i) estabelece as florestas de preservação permanente; (ii) define asáreas de reserva legal; (iii) cria as categorias de Unidades de Conservação; (iv) disciplina ouso do fogo; e (v) amplia a estrutura de fiscalização. Na área de desenvolvimento florestal:

Page 9: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 25

(i) define normas básicas para o uso racional de florestas (naturais e plantadas); (ii) formulao conceito de reposição florestal obrigatória; e (iii) estabelece estímulos fiscais e financeirospara as áreas cobertas por florestas. Estabelece ainda, o novo código, disposições penais eprocessuais de maneira mais objetiva e célere.

Cabe ressaltar que o novo código, ao adotar o conceito de “florestas de preservaçãopermanente” estabeleceu as bases legais para a proteção dos ecossistemas, em especial osecossistemas florestais e, dessa forma, assegurar a função ecológica das florestas e aconservação da biodiversidade. O novo diploma legal ia, portanto, além de uma visão dasflorestas como simples produtoras de bens, particularmente madeira, e reconhecia nelas,também, a função ecológica, isto é: (i) produtoras de serviços essenciais à vida dacomunidade, inclusive lazer; (ii) preservação da flora e da fauna silvestre; (iii) proteção dosmananciais e dos recursos hídricos; e (iv) conservação dos solos. Ele, também, não serestringe às áreas especialmente capituladas como áreas de preservação permanente, maspermite ao Poder Público considerar de preservação as florestas e demais formas devegetação destinadas à conservação da natureza. Paralelamente a essa preocupação como papel ecológico da floresta, o Código definiu o conceito de Florestas Produtivas, passíveisde exploração econômica.

É importante chamar a atenção para o fato de que Código Florestal de 1965 foi alteradoao longo dos anos, no sentido de adequá-lo às peculiaridades e necessidades ditadas pelarealidade mutante. No momento, encontra-se em tramitação no Congresso Nacional umaMedida Provisória que promove alterações significativas no Código. Essas alterações têmsido objeto de ampla e acalorada discussão sendo que o ponto mais controvertido é o quealtera os percentuais mínimos da área de reserva legal que deve ser mantida em cadapropriedade. Tem ocorrido flagrante polarização nos embates entre ambientalistas e abancada ruralista do Congresso Nacional, com os primeiros desejando que essespercentuais sejam mantidos em 80% na Amazônia e 50% nas demais regiões, conformeestabelecido na Medida Provisória e não 50% e 20%, respectivamente, como previa oCódigo Florestal de 1965 e que é defendido pelos ruralistas

No contexto das transformações iniciadas em 1965, a demanda pela concessão deincentivos fiscais para reflorestamento, acima citada, foi finalmente atendida com apromulgação, em 02 de setembro de 1966, da Lei nº 5106. As indústrias de base florestalganharam uma poderosa fonte de recursos para o reflorestamento em larga escala. Oobjetivo central dessa política era o de induzir o setor privado a expandir suas atividadesnum setor que requer um longo período de amortização dos investimentos e, desse modo,assegurar o suprimento de matéria-prima, a baixo custo, para indústrias cuja expansãocontribuiria para o crescimento econômico do País. Pode-se afirmar que a concessãodesses incentivos, embora tenha sido articulada fora do setor florestal representou uminstrumento de política econômica com enorme repercussão sobre a área florestal.

Complementando a reorganização iniciada em 1965, e acima referida, é criado oInstituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), através do decreto-lei nº 289 de 28de janeiro de 1967. Tal fato representou grande avanço institucional para a administraçãopública do setor florestal, por eliminar uma superposição de atribuições que existia em nívelfederal. Como ilustração, vale lembrar que no início dos anos 60 o Brasil tinha trêsinstituições federais: o Serviço Florestal Federal, extinto em 1962 e substituído peloDepartamento de Recursos Naturais Renováveis, o Instituto Nacional do Mate e o InstitutoNacional do Pinho. Com o surgimento do IBDF essas instituições foram extintas, sendo suasatribuições repassadas ao novo órgão.

O artigo 8º desse último decreto-lei criava no âmbito do IBDF, uma Comissão dePolítica Florestal, como órgão consultivo e normativo, com representantes dos Ministérios da

Page 10: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

26 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Agricultura, da Indústria e do Comércio e do Interior, da Secretaria de Planejamento daPresidência da República, do Estado Maior das Forças Armadas, do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social, do Banco do Brasil, da Confederação Nacional daAgricultura e da Confederação Nacional da Indústria. Essa comissão deveria: (i) propordiretrizes da política florestal, baseada nos princípios estabelecidos na legislação em vigor;(ii) orientar e propor medidas de coordenação e execução da política florestal, assim comoas de proteção e conservação dos recursos da fauna e da flora; (iii) sugerir providências nosentido da conservação, preservação, ampliação e adequada utilização da flora e da fauna;e (iv) promover a integração da política do IBDF nos planos gerais do Governo, bem como,quando necessário, a colaboração dos demais órgão federais na execução dos programasdo Instituto. Entretanto, apesar da visão do legislador em propor essa comissão, ao criar oIBDF, ela mesma só veio a efetivar-se uma década depois, em 12 de abril de 1976 (Sá,1976). Entretanto, as evidências sugerem que, apesar, da importância potencial dessacomissão, suas decisões não parecem ter tido grande influência nos rumos que o IBDFtomou, conforme ficará mais claro na análise que se segue.

O IBDF, surgido no contexto desenvolvimentista do modelo de desenvolvimentoadotado à época, dava ênfase ao desenvolvimento florestal fortemente baseado na políticade incentivos fiscais. Tamanha foi a importância dessa política que ela pautou a atuação doIBDF durante toda a existência do órgão. Em seus primeiros anos de funcionamento o IBDFpatrocinou a rearticulação do setor florestal brasileiro, lançando as bases do seudesenvolvimento técnico e gerencial. Todavia, ao longo do tempo, o órgão não conseguiumanter a capacidade de atualizar-se e foi afastando-se progressivamente dos objetivosmodernizantes presentes em sua criação. Apesar da inegável contribuição que a política deincentivos fiscais para o reflorestamento teve para o desenvolvimento do setor, ela assumiuproporções tais que acabaram dificultando a atuação política e técnica do IBDF,transformando-o em mera agência de administração dos incentivos. Dessa forma, áreasfundamentais da política florestal, como: pesquisa, extensão florestal e unidades deconservação foram relegadas a um segundo plano.

Finalmente, cabe ressaltar que a organização do IBDF e de toda a administraçãofederal realizou-se sob a ordem estabelecida pela Constituição Federal de 1967, emendadaem 1969, e que tinha nítida inspiração centralizadora, particularmente com respeito à gestãopública dos recursos florestais e demais recursos naturais. Desta forma, o princípio decomplementaridade que havia sido estabelecido pelas Constituições Federais de 1934, 1937e 1946, que conferia aos Estados poder para legislar, em caráter supletivo, sobre asflorestas, foi radicalmente alterado na Carta de 1967 e mantido na Emenda Constitucional de1969. Desse modo, a competência legislativa sobre a flora (especialmente florestas), faunae pesca passou a constituir atribuição exclusiva do governo federal. Aos Estados não erasequer permitido o poder para legislar em caráter supletivo. É compreensível, pois, que aatuação do IBDF tenha sido marcada por grande centralização de suas atividades.

4.4 Década de 70

Durante sua vigência, a política de incentivos fiscais para florestamento/reflorestamentosofreu diversas alterações; duas, entretanto, merecem destaque. A primeira, por meio doDecreto-Lei nº 1134 de 16 de novembro de 1970, que aumentou consideravelmente osrecursos aplicados no setor. A segunda veio mediante o Decreto-Lei nº 1376 de 12 dedezembro de 1974, pelo qual foi criado o Fundo de Investimentos Setoriais (FISET), queabrangia as áreas de florestamento/reflorestamento, turismo e pesca. A criação do FISETFlorestamento/Reflorestamento tinha por objetivo ajustar a política de concessão de

Page 11: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 27

incentivos fiscais à necessidade de execução das metas previstas no Programa Nacional de

Papel e Celulose e no Plano de Siderurgia a Carvão Vegetal.6

As opções por dedução para investimento no FISET Florestamento/reflorestamentocresceram de forma significativa a partir de 1971, ultrapassando, em alguns anos a parceladestinada à região Nordeste (FINOR) e atraindo o mais elevado ‘valor médio da opção entreos Fundos’ (Prado, 1986). Pode-se afirmar que durante a década de 70 o reflorestamentoincentivado atingiu o seu ápice, não cabendo aqui, entretanto, uma análise mais detalhadasobre o tema.

A partir dos anos 70, o emergente movimento ambientalista começa a tomar corpo e aexprimir uma nova percepção sobre o papel das florestas. Aos poucos se torna umsegmento de ponderável expressão, capaz de alterar a correlação de forças dos agentespolíticos, econômicos e sociais que influenciavam as decisões dentro e fora do setor. Nessecontexto e como desdobramento da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente(Estocolmo, 1972), o Governo Federal criou, em 1973, no âmbito do Ministério do Interior aSecretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA). A criação da SEMA tinha como objetivodotar a administração pública federal de um espaço institucional destinado à gestão dosrecursos ambientais. Por outro lado, nessa mesma época, verifica-se uma expansão dafronteira agrícola em direção à Amazônia, mediante à concessão de incentivos fiscais para aimplantação de grandes fazendas voltadas para a atividade pecuária, assim como têm lugargrandes projetos de colonização e de abertura de estradas, tais como a Transamazônica.Em suma, por um lado o Governo Federal mostrava-se preocupado com a questãoambiental, enquanto, por outro estimulava a ocupação da Amazônia com todos os impactosnegativos que a mesma poderia ter sobre a região.

O IBDF voltado prioritariamente ao reflorestamento incentivado foi levado a umprogressivo isolamento, revelando-se incapaz de estabelecer uma parceria com a clientelabásica da administração florestal: os agricultores e os proprietários rurais, bem como com oemergente movimento ambientalista. Apesar dessa deficiência, vale ressaltar uma tentativade se promover o reflorestamento a pequenas e médias propriedades através de umprograma intitulado REPEMIR - Reflorestamento de Pequenos e Médios Imóveis Rurais.Esse programa tinha por objetivo, por exemplo oferecer aos pequenos e médios produtoresrurais novas alternativas para a melhoria de suas rendas, aproveitamento de terras devocação florestal e que não estavam sendo utilizadas e contribuir para criar uma consciênciaflorestal no meio rural. Esse programa veio a expandir-se em função da edição da Portarianº 934 de 30 de dezembro de 1976 assinada conjuntamente pelos Ministérios da Agriculturae das Minas e Energia que determinava a substituição do carvão mineral importado pelocarvão vegetal. O IBDF pode assim, utilizar os recursos oriundos do Conselho Nacional doPetróleo - CNP e levar o REPEMIR para todas as unidades da Federação. Apesar de suaimportância, o IBDF concentrava seus esforços no grande reflorestamento incentivado emdetrimento as demais atividades. Aliado a isto, o programa passou a depender de recursosrepassados pelo CNP e que foram posteriormente suspensos. Neste contexto, esseprograma acabou sendo desativado.

A medida que o IBDF se isolava, ampliava-se de forma progressiva o paralelismo deações entre o IBDF e a SEMA quanto à gestão em relação às florestas e com respeito àconservação da natureza em geral. Nesse contexto, foi estabelecido, por exemplo, umsistema paralelo de unidades de conservação, sob o controle da SEMA e constituído porEstações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental (APAs). Cabe salientar que com a 6 Para uma análise mais detalhada sobre o programa de concessão de incentivos fiscais para o reflorestamento ver, por

exemplo, Kengen (1985) e Prado (1986)

Page 12: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

28 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

decisão do Governo Federal de estabelecer esse sistema paralelo de unidades deconservação levou a um processo de competição entre as duas instituições. Embora, emmuitos casos a competição seja salutar, nesse caso a mesma resultou em prejuízo naimplementação de uma adequada política de gestão das áreas federais protegidas.

4.5 Década de 80

Dando prosseguimento ao processo de organização da administração ambiental,iniciado com a criação da SEMA, foi estabelecida a ‘Política Nacional do Meio Ambiente’,através da Lei nº 6938 de 31 de agosto de 1981. Essa norma legal transformou-se noprincipal instrumento da gestão ambiental no País, definindo o papel do Poder Público econferindo novas responsabilidade ao setor privado no tocante à proteção do meioambiente. Com o advento dessa lei foi instituído o Sistema Nacional do Meio Ambiente(SISNAMA) formado pelos órgãos e entidades responsáveis pela proteção do meio ambientenos níveis federal, estadual e municipal. A SEMA era, inicialmente, o órgão central dosistema, enquanto os demais órgãos federais, inclusive o IBDF tornaram-se órgãos setoriais.As instituições estaduais integravam o SISNAMA como órgãos seccionais e as municipais nacondição de órgão locais. A finalidade do SISNAMA era promover, disciplinar e avaliar aimplementação da ‘Política Nacional do Meio Ambiente’.

A Lei nº 6.938/81 instituiu, também, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)formado por representantes do setor público (federal, estadual e do Distrito Federal),entidades de classe do setor produtivo e dos trabalhadores e por organizações não-governamentais (ONGs) de meio ambiente. O CONAMA tem poder deliberativo ecompetência para estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e àmanutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursosambientais.

A criação do SISNAMA e do CONAMA aliada ao fato de que a lei passou a definir osrecursos naturais como recursos ambientais, acabou estabelecendo um sistema paralelo deadministração desses recursos. Na verdade, a implantação da Política Nacional do MeioAmbiente procurou contornar as dificuldades acima referidas, mantendo as atribuições dasentidades setoriais de administração dos recursos naturais renováveis, tais como o IBDF.Nesse contexto, pode-se destacar o agravamento dos conflitos de competência que jáexistiam entre a SEMA e o IBDF, assim como o esvaziamento político desse último órgão,mas não foi capaz de fortalecer politicamente a SEMA. Esses choques, embora, quasesempre difusos, perduraram até 1989 quando as duas instituições foram extintas com acriação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(IBAMA).

Do que foi resumidamente ANALISADO, fica evidente que, a partir dos anos 80 doséculo passado, uma crescente preocupação com as questões ambientais, em amplasesferas da sociedade brasileira, leva a profundas modificações no campo institucional, comopor exemplo, a edição da Política Nacional de Meio Ambiente. Esse processo culminou coma Constituição Federal de 1988 que, em diferentes dispositivos, refletiu o grande debatenacional sobre a problemática florestal e sua inserção no contexto da gestão do meioambiente. Nesse sentido, a Carta Magna de 1988 dedica o Capítulo VI a esse tema,abordando, em particular a questão florestal. Tão importantes quanto esse capítulo são osartigos 23 e 24 da Constituição, que estabelecem, respectivamente, o novo mandamentoconstitucional quanto ao papel da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípioscom respeito à preservação e à conservação das florestas, da fauna e da flora, assim como

Page 13: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 29

confere aos Estados e ao Distrito Federal competência para legislar concorrentemente sobremeio ambiente.

O novo ordenamento jurídico estabelecido pela Constituição de 1988 levou Governo atomar medidas destinadas a reorientar as decisões internas e criar condições para fortalecera posição do País no contexto de suas relações internacionais. Nesse sentido, foi criado oPrograma Nossa Natureza por meio do Decreto nº 96944 de 12 de outubro de 1988. Seusobjetivos eram: (i) conter a ação antrópica sobre o meio ambiente e os recursos naturaisrenováveis; (ii) estruturar o sistema de proteção ambiental; (iii) desenvolver a educaçãoambiental e a conscientização pública para a conservação da natureza; (iv) disciplinar aocupação e a exploração da Amazônia, com base no ordenamento territorial; (v) regenerar ocomplexo de ecossistemas afetados pela ação antrópica; e (vi) proteger as comunidadesindígenas e as populações envolvidas no processo de extrativismo.

Os objetivos do Programa Nossa Natureza sugerem claramente uma visãoconservacionista. Esse programa, entretanto, patrocinou várias medidas, inclusive fora dosetor florestal, que tiveram implicações para as atividades do setor. Dentre essa medidas,pode-se citar a revisão do Código Florestal, a normalização da reposição florestal obrigatóriae a suspensão dos incentivos fiscais e créditos oficiais para a implantação de projetosagropecuários em áreas com cobertura florestal nativa na Amazônia. Assim, a questãoflorestal era cada vez mais abordada dentro de um contexto ambiental, enquanto odesenvolvimento florestal perdia gradativamente espaço.

Ao mesmo tempo, a política de incentivos fiscais para o reflorestamento vinha tornando-se inviável desde a crise econômica do início dos anos 80, passando a ser a ser alvo defortes críticas, por razões tais como a ênfase excessiva conferida ao reflorestamentoempresarial de larga escala, e consequentemente exclusão dos agricultores, bem comoaplicações que confundiam os incentivos com uma doação governamental, não osencarando como despesas tributárias e que deveriam ser aplicadas de modo eficiente. Aconjugação desses fatores levou a política de incentivos fiscais para o reflorestamento atornar-se politicamente vulnerável, a despeito de a sua inegável contribuição para o setorflorestal, o que resultou em sua extinção, por meio Lei nº 7.714, de 29 de dezembro de 1988.

Tanto as autoridades florestais como o setor empresarial florestal foram incapazes deadmitir os evidentes sinais de falência desse sistema como instrumento de desenvolvimentodo setor. Pelo contrário, defenderam o modelo de forma obsessiva. Como resultado, não foiestabelecido nenhum canal de negociação com o Governo, em geral e, em particular com asautoridades econômicas no sentido de criar uma alternativa de financiamento para o setor,como por exemplo, a criação de linhas de crédito compatíveis com as características daatividade florestal. Essa falta de articulação contribuiu para gerar um vácuo, em meio aoqual instituições situadas fora do setor a nível nacional.. Por seu turno, instituições de forado setor, principalmente as do movimento ambientalista, tornavam-se cada vez maisinfluentes e acabaram tendo papel decisivo na elaboração do Programa Nossa Natureza queveio a afetar profundamente a administração florestal. Esse novo contexto, colocou o setorflorestal como satélite da política de meio ambiente. Não obstante esse vácuo a nívelnacional, algumas iniciativas a nível estadual e municipal tiveram lugar (Kengen & Graça,1999). Entretanto, é provável que devido ao caráter localizado dessas iniciativas, as mesmasacabaram por não merecerem o devido destaque e impacto na opinião pública

4.6 Década de 90

Talvez nunca as florestas tenham sido alvo de tanta atenção e interesse como nos anos90. Esse fenômeno não se restringe ao Brasil; ao contrário o assunto foi abordado em

Page 14: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

30 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

diferentes fóruns. O ápice de toda essa discussão foi a Conferência das Nações Unidassobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro, em 1992 e que ficou

conhecida como Eco-927. A partir das discussões ali travadas, elaborou-se a Agenda 21que dedica um de seus capítulos a questão florestal (Capítulo 11 - Combate aoDesflorestamento).

As florestas ocupam, também, um lugar de destaque em muitos acordos internacionais,como as Convenções de Biodiversidade, Mudança Climática e Desertificação. Outro fatoque merece destaque foi a decisão da Assembléia Geral das Nações Unidas de estabelecera Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS) com o objetivo de monitorar o progressodos acordos assinados durante a Eco-92.

Apesar de toda sua importância, cabe ressaltar que a Conferência do Rio de Janeironão logrou alcançar um acordo formal sobre a questão das florestas (Grayson, 199?). Nosentido de continuar as discussões sobre o tema florestal foi estabelecido no âmbito do CDSo Painel Intergovernamental sobre Florestas (PIF) que funcionou entre 1995 e 1997. Oresultado do PIF foi o mais completo acordo alcançado em âmbito internacional, comrespeito a florestas, e expresso nas Propostas de Ação do PIF. Mesmo assim, algumasmatérias continuaram pendentes. Neste contexto, o CDS decidiu pela criação do FórumIntergovernamental sobre Florestas (FIF) que funcionou entre 1997 e 2000. O FIF reafirmouas propostas de ação do PIF e fez novas propostas, entre as quais destaca-se a criação doFórum Florestal das Nações Unidas. Apesar dessas ações, as florestas continuaram aocupar a atenção da comunidade internacional. Diversas outras iniciativas tiveram lugar noseio da comunidade internacional, como por exemplo os Processos de Montreal e Helsinki eo Tratado de Cooperação Amazônica (FAO, 2000). No âmbito do MERCOSUL foi criado oConselho de Desenvolvimento Florestal do Mercosul (CEDEFOR) que representa umainiciativa do setor privado.

Do que foi resumidamente apresentado acima, fica claro que se a situação das florestasnão é a desejável, não o é por falta de importância dada ao tema. Mas é importante frisarque toda essa ênfase tem tido como foco central conferir maior importância às funçõesambientais das florestas, em prejuízo do desenvolvimento florestal. Houve uma mudançaradical de uma percepção utilitarista dos recursos florestais para uma visão preservacionista.Um dos exemplos, desse novo cenário, no Brasil, é o Programa Nacional do Meio Ambiente(PNMA) que trata dos recursos florestais exclusivamente como recursos ambientais, nãohavendo nenhuma ação voltada para o uso e o manejo racional das florestas sob a óticaprodutiva. Cabe ainda enfatizar que na estrutura da Presidência da República, o Conselhode Governo possui uma Câmara de Políticas dos Recursos Naturais, mas cujo papel naformulação de políticas florestais tem sido pouco expressivo.

Talvez pela velocidade e/ou pela força com que todo esse processo ocorreu, o Governoe o setor florestal não foram capazes de encontrar um meio termo e o Brasil perdeu aoportunidade para lançar as bases de uma nova política florestal capaz de modernizar osetor e estimular o seu desenvolvimento sustentável. Assim, a inexistência de uma políticaflorestal em substituição ao programa de concessão de incentivos fiscais para oreflorestamento fez com que o setor florestal se tornasse um apêndice da política de meioambiente. Dessa forma, a política governamental para o setor limitou-se aos aspectos degestão dos recursos florestais e de controle e fiscalização

Nos anos 90, foram elaborados e executados diversos programas no âmbito ambientale florestal. Faltou, entretanto, uma clara conexão entre eles. Outro aspecto relevante é que

7 Para maiores informações sobre a posição do governo brasileiro ver Brasil (1991).

Page 15: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 31

embora, outros programas de governo pudessem ter uma interface com o setor florestal, istonão resultou numa política setorial de longo prazo. Uma das ações que merece destaque éa Lei nº 9.393 de 19 de dezembro de 1996, que dispõe, dentre outros assuntos, sobre oImposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) merecem destaque. Esta Lei isenta depagamento do ITR as florestas plantadas, as de preservação permanente e de reserva legalprevistas no Código Florestal, as de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas,assim declaradas mediante ato do órgão competente, federal ou estadual, e que ampliem asrestrições de uso previstas no Código Florestal, bem como a área que tenha sido objeto deexploração extrativa, observados os índices de rendimento por produto e a legislaçãoambiental, conforme o disposto no Art. 10, § 1º. O parágrafo 5º desse mesmo artigo,também, estende essa isenção às áreas submetidas a planos de manejo sustentado, desdeque aprovado pelo órgão competente e cujo cronograma esteja sendo cumprido pelocontribuinte. Assim, é correto afirmar que essa lei constitui um grande avanço quando seconsidera que, até bem pouco tempo atrás essas áreas seriam consideradas ociosas e,portanto, sujeitas não só ao pagamento do ITR, como também, passíveis de desapropriaçãopara fins de reforma agrária.

Se por um lado houve ações ou políticas gerais com reflexos positivos sobre o setorflorestal, como o caso do ITR acima referido, existiram outras que se não tiveram um reflexonegativo direto sobre o setor, falharam por não contemplarem as atividades florestais. Omaior exemplo desse último caso é a política agrícola que, embora, tenha, entre outros, osobjetivos de proteger o meio ambiente, garantir seu uso racional e estimular a recuperaçãodos recurso naturais, as ações voltadas para o aumento e a diversificação das atividadesrurais não têm contemplado a silvicultura como uma opção para as propriedades rurais. Nãose observa, também, na política fundiária, ações voltadas à capacitação das famíliasassentadas para o manejo adequado dos recursos florestais existentes. Atividades defomento florestal têm sido desenvolvidas por algumas instituições florestais estaduais, comopor exemplo, o Instituto Estadual de Florestas do Estado de Minas Gerais - IEF/MG e porempresas, como a indústria de papel e celulose com o objetivo de ampliar a fonte desuprimento de matéria-prima.

Cabe ressaltar, também que, durante esse período ações voltadas para a redução dodéficit público levaram a cortes orçamentários que tiveram reflexos diretos na execução demuitos projetos comprometendo o seu desenvolvimento. Isto, inclusive, afetou programasdesenvolvidos com financiamentos de instituições internacionais para os quais era exigidauma contrapartida nacional.

Apesar da ausência de uma política florestal formal, o setor florestal privado,particularmente o mais estruturado demonstrou dinamismo e apresentou crescimento. Naverdade, o desenvolvimento do setor florestal foi realizado quase sempre pelo do setorprivado, principalmente para atender à demanda industrial e ao consumo de energia,embora, o Estado brasileiro tenha tido sempre uma forte influência na vida econômica doPaís. Esse dinamismo do setor florestal privado pode, também, ser demonstrado peladiversificação que vem ocorrendo na utilização da madeira proveniente de plantios como,por exemplo, produção de madeira para serraria. O setor privado, também, passou apromover fomento por meio de parcerias com os fazendeiros localizados nas proximidadesda empresa.

A partir da segunda metade dos anos 90 surgem os primeiros sinais no sentido de sevoltar a discutir a questão florestal não apenas como recurso ambiental, mas também, comorecurso produtivo. Um exemplo dessa mudança de rumo foi a negociação, em 1996, entre oGoverno e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) paraelaboração e execução de um projeto intitulado Agenda Positiva para o Setor Florestal

Page 16: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

32 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Brasileiro - 1997/2001, tendo como objetivo geral contribuir para que o potencialrepresentado pelas florestas venha a ter uma maior colaboração no desenvolvimento sociale econômico do país, assegurando-se a sustentabilidade dos recursos e da qualidadeambiental. Estudos realizados por esse projeto contribuíram para sustentar com dados efatos, quando da restruturação do Ministério do Meio Ambiente (Decreto nº 2972 de26/02/99), a importância da criação de uma Secretaria de Biodiversidade e Florestas, o quese concretizou. Esse projeto, que também contribuiu para a elaboração do ProgramaNacional de Florestas (PNF), ainda está em andamento e, atualmente encontra-se emestudo, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente sua extensão ou a elaboração de umnovo projeto.

Embora, essa sinalização indique uma mudança de rumo, as evidências sugerem que adécada foi caracterizada por uma legislação florestal basicamente restritiva que não sólimitava o uso dos recursos florestais, como também, acabava sendo um desestímulo aodesenvolvimento de um manejo florestal sustentado (Bass & Mayers, 1999).

4.7 Política florestal a partir de 2000

O maior destaque foi o lançamento em 2000 do Programa Nacional de Florestas (PNF)que tem por objetivo geral promover o desenvolvimento florestal sustentável conciliando ouso dos recursos com a proteção dos ecossistemas e compatibilizar a política florestal comas demais políticas públicas de governo, estimulando o fortalecimento institucional do setor.

Neste novo contexto que aos poucos emerge e no qual o setor produtivo volta a serconsiderado, cabe ressaltar a Instrução Normativa nº 1 de 10 de maio de 2001, queconsiderando a necessidade de estabelecer os procedimentos relativos a silviculturasustentável e o atendimento aos preceitos contidos no Código Florestal, resolve:

Art. 1º A execução e condução de plantios florestais de espécies nativas ouexóticas, com a finalidade de produção e corte, em áreas de cultivo agrícola e de pecuária,alteradas, subtilizadas ou abandonadas, localizadas fora das Áreas de PreservaçãoPermanente e de Reserva Legal, estão isentas de apresentação de projeto e de vistoriatécnica.

Parágrafo único. O IBAMA ou órgão conveniado, em qualquer tempo, poderá realizarvistoria técnica nesses plantios.

Art. 2º Os proprietários de florestas plantadas, quando da colheita e comercializaçãodos produtos delas oriundos, deverão prestar informações ao IBAMA ou órgão conveniadosobre as espécies, quantidades e destinatários, com vistas à legalização da circulaçãodesses produtos.

Essa instrução normativa vem atender à demanda do setor produtivo no sentido dediminuir a burocracia que sobrecarrega o setor florestal. Por que um plantio florestal deveser tratado diferentemente de qualquer outra cultura agrícola? Assim, à medida que umplantio florestal for tratado como uma cultura agrícola, i.e. com menos burocracia, tal fatopoderá estimular o plantio de espécies florestais.

Finalmente, merece atenção especial a restruturação do IBAMA ocorrida através doDecreto nº 3833 de 05 de junho de 2001. A nova estrutura organizacional do IBAMA confereum destaque às florestas através da criação da Diretoria de Florestas. À essa Diretoria“compete, de acordo com as diretrizes definidas pelo Ministério do Meio Ambiente,coordenar, supervisionar, regulamentar e orientar a execução das ações federais referentesao reflorestamento, acesso, manejo e uso sustentável dos recursos florestais e florísticos,

Page 17: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 33

bem como a proposição de criação e gestão das florestas nacionais e reservas equivalentes”(Art. 15). Essa Diretoria subdivide-se nas Coordenações Gerais de Gestão dos RecursosFlorestais e de Florestas Nacionais.

5. CONCLUSÕES

A preocupação com a proteção jurídica às florestas sempre esteve presente na históriabrasileira, adequando-se às peculiaridades de cada momento. Entretanto, a legislação, emsua maior parte, sempre teve uma conotação intervencionista, concentrando-se em medidasde regulamentação, controle e fiscalização. Embora não tenham faltado normas legais, asevidências sugerem que elas, infelizmente, não têm sido capazes de se traduzirem empolíticas florestais mais objetivas e de longo prazo, passíveis de contribuírem para a soluçãodos problemas florestais: Políticas que não sofram solução de continuidade, quando ocorremmudanças de governo ou simplesmente administrativas. Na verdade, continua-se buscandorespostas para os problemas do setor florestal mediante de novas leis e/ou estabelecendo-se novas estruturas organizacionais. Entretanto, sem compromissos políticos básicos, todoesse esforço pode ser ineficaz, pois são os primeiros que realmente levam a mudanças.

Outro fato relevante é que, ao longo do tempo, as instituições florestais, particularmenteas federais, foram objeto de um processo de extinção, fusão e incorporação de órgãos. Istopode ser atribuído a mudanças nas características das demandas institucionais ditadaspelos agentes políticos, econômicos e sociais. Entretanto, as evidências parecem indicar quena alteração da quantidade de instituições não resultou necessariamente, em aumento naeficiência quer logística, quer operacional, bem como no compromisso dessas instituiçõescom a qualidade dos serviços prestados à comunidade. É interessante notar que ofortalecimento institucional tem sido um objetivo sempre presente nas últimas três décadas,o que leva a indagações sobre o que está errado ou o que impede que se tenha umaadministração pública florestal atuante e forte. Será que os problemas especificamenteflorestais, bem como os ambientais associados às florestas, são realmente consideradosprioritários fora do âmbito das instituições ligadas ao setor?

Pode-se afirmar que a grande revolução no setor ocorreu nos anos 60, com a criaçãodo IBDF e o programa de incentivos fiscais para o reflorestamento. Não obstante as críticasde que foi alvo, esse programa representou a mais importante iniciativa na área florestal.Embora ela tenha sido articulada fora do setor, como um instrumento de política econômica,foi enorme a sua repercussão na área florestal produtiva. Isso demonstra quanto éimportante o compromisso político e uma efetiva integração da política florestal a um planode desenvolvimento econômico nacional.

A legislação ambiental nas décadas de 80-90, ao contrário da legislação florestal em si,teve muito mais densidade e alcance, tanto é que se fala hoje que o Brasil possui alegislação ambiental mais avançada do mundo. Entretanto, essa legislação tem impostodireta ou indiretamente limites e restrições à atividade florestal produtiva. A submissão dasflorestas no âmbito da instituição ambiental, aparentemente não só trouxe problemas para osetor produtivo, como também, não trouxe uma solução para os problemas florestais.Espera-se que essa situação venha a ser minorada com a efetiva execução do PNF. Eletem como um de seus grandes objetivos a retomada do desenvolvimento florestal.Entretanto, esse desenvolvimento deve ter lugar, não mais no contexto dos anos 60-70, masagora dentro de um novo contexto que ao mesmo tempo contribua para o crescimento dosetor produtivo apoiado numa base ambiental saudável e equilibrada. Para tanto, se faznecessário uma comunicação entre os setores produtivo e ambiental, uma vez que,infelizmente, ainda se encontram estanques e divorciados.

Page 18: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

34 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Embora seja importante a existência de uma política florestal e isto tenha sido objeto degrandes discussões, nota-se que o tema não tem merecido a atenção desejável no que dizrespeito à pesquisa florestal. Observa-se que a ênfase dessa pesquisa tem se concentradoem aspectos silviculturais e de manejo florestal, aí incluídas a economia florestal e, emmenor escala, a tecnologia de produtos florestais. Considerando-se que os temas florestaishoje discutidos, e até objeto de projetos, são praticamente os mesmos discutidos nas últimastrês décadas, a pesquisa em ciência política poderia possibilitar respostas para questões,como os motivos para o êxito ou o fracasso da legislação e/ou das políticas florestais

Finalmente deve-se assinalar o esforço empreendido pelo setor produtivo,particularmente por meio da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), no sentido de seretomar o desenvolvimento florestal. O grande desafio, hoje, é o de conciliardesenvolvimento e conservação, e evitar que um dos extremos venha novamente apredominar, conforme ocorreu durante a vigência do programa de incentivos fiscais para oreflorestamento ou após a sua extinção. Isto exigirá um grande esforço de todas as partesinteressadas. O PNF busca isto. Ainda é cedo para se afirmar que ele conseguirá alcançaresse propósito ma, sem dúvida, ele representa uma luz no fim do túnel. O bom uso dosrecursos florestais depende basicamente dos suportes econômico e político. Espera-se queesses suportes não lhe falte.

BIBLIOGRAFIA

Anônimo. 2000. Política Florestal Brasileira. Documento Básico apresentado à Reunión de Expertos sobre PolíticaForestal en Sudamérica realizada pelo Escritório Regional da FAO para a América Latina e Caribe, Santiago,Chile de 10 a 12 de abril de 2000 (mimeo).

Bass, S. & Mayers, J. 1999. Policy that Works: For forests and people. Executive Summary of Series Overview.London: International institute for Environment and Development - IIED (mimeo).

Brasil. Presidência da República. Comissão Interministerial para Preparação da Conferência das Nações Unidassobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. O Desafio do Desenvolvimento Sustentável. Brasília: CIMA. 204p.

FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Escritório Regional para a América Latinae Caribe. 2000. Resumen Preliminar de los Informes Nacionales (Primer Borrador). Reunión de Expertos sobrePolítica Forestal en Sudamérica. Santiago de Chile, 10-12 Abril 2000. (mimeo)

Grayson, A. J. 199?. The World’s Forests: International initiatives since Rio. Oxford: Commonwealth ForestryAssociation.

Kengen, S. 1985. Industrial Forestry and Brazilian Development: A social, economic and political analysis, withspecial emphasis on the fiscal incentives scheme and the Jequitinhonha Valley in Minas Gerais. Tese deDoutorado não publicada. Australian National University.

Kengen, S. & Graça, L. R. 1999. Forest policies in Brazil. In: World Forests, Society and Environment, pp. 256-265.The Netherlands: Kluwer.

Prado, A. C. 1986. Uma Avaliação dos Incentivos Fiscais do FISET - Florestamento/Reflorestamento. BrasilFlorestal, ano XVII (69), 1º semestre 1990. Boletim Técnico Incentivos Fiscais.

Prado, A. C., Martins, E., Tomaselli, I., Carvalho, J. C. de, Deusdará Filho, R. 1995. Diretrizes para uma PolíticaFlorestal no Brasil. PNMA - Programa Nacional do Meio Ambiente. Brasília: MMA (mimeo).

Sá, R. M. de. 1976. Comissão de Política Florestal. Brasília: Ministério do Interior, Secretaria Geral, Secretaria dePlanejamento e Operações, Coordenadoria de Recursos de Água e Solo - CRAS (mimeo).

Swioklo, M. T. 1990. Legislação Florestal: Evolução e avaliação. In: Anais do 6º Congresso Florestal Brasileiro. Vol.1 (Trabalhos Convidados), pp. 53-58.

Volpato, E. 1986. Análise da Administração Florestal Brasileira. Versão preliminar. Tese de Doutorado nãopublicada. Universidade de Freiburg, Alemanha.

Page 19: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 35

C4-2Decision support tools for Ecosystem Management

����������������� �������� ������ ����������� �� ������ ���������

Camenson, D.M. ([email protected])U.S.D.A.-Forest Service - Fort Collins, Colorado - USA

ABSTRACT: Land management planning covers a very broad range of problems. Temporally, operating plans stipulatewhat is to happen over the course of the next few weeks while long range strategic plans are developed for planninghorizons in excess of 100 years. Spatially, decisions address areas ranging from several hectares to hundreds ofthousand of hectares. Managerially, the information needed to make decisions at the various scales is different. In thepast the Forest Service has tried to build comprehensive monolithic systems to satisfy all the needs with little success.Three tools are available during the creation of strategic forest plans. These tools treat planning and the assignment ofoutput targets in a hierarchical context. Spectrum is the system used to analyze issues across large landscapes andestablish appropriate output levels. RELM is used to conduct tactical analysis of the Spectrum solution by disaggregatingit to smaller subunits where standards and guidelines at that scale can be tested. SNAP is used for operational analysiswhere individual projects are planned in an attempt to meet the outputs passed down from the tactical model. At theoperational level spatial considerations are explicitly tested. Failure at any level in the hierarchy provides feedback to theprevious level, which must be modified to ensure implementation of the solution. An application known as EcosystemManagement Decision Support (EMDS) is used to conduct ecological assessments at a variety of geographic scales.The system integrates geographic information systems with knowledge-based reasoning techniques. Informationgathered from the ecological assessments is crucial to land management planning efforts. INFORMS is a system used tofacilitate project planning and to document the environmental analysis process. Potential management activities areexplored in the context of ecological assessments and planning goals. The foundation of INFORMS is a geographicinformation system with a variety of simulation tools integrated to facilitate analysis of environmental effects.RESUMO: O planejamento do manejo da terra cobre um amplo conjunto de problemas. Temporalmente, planosoperacionais estipulam o que vai acontecer ao longo das próximas poucas semanas, enquanto planos estratégicosde longo prazo são desenvolvidos para horizontes de planejamento com mais de 100 anos. Espacialmente, asdecisões envolvem áreas variando de alguns hectares para centenas de milhares de hectares. Gerencialmente, ainformação necessária para tomar decisões em diferentes escalas varia. No passado, o Serviço Florestal tentouconstruir sistemas abrangentes e monolíticos, para satisfazer a todas as necessidades, com pouco sucesso. Trêsferramentas estão disponíveis durante a criação de planos florestais estratégicos. Essas ferramentas tratam doplanejamento e determinação de metas de produção em um contexto hierárquico. Spectrum é o sistema usadopara analisar problemas que consideram grandes extensões de terra e para estabelecer níveis adequados deprodução. RELM é usado para conduzir uma análise tática da solução do Spectrum através da sua desagregaçãoem subunidades menores onde padrões e recomendações nessa escala podem ser testados. SNAP é usado paraa análise operacional onde projetos individuais são planejados com a intenção de atender os níveis de produçãopassados pelo modelo tático. No nível operacional, considerações espaciais são explicitamente testadas. Umaimpossibilidade em qualquer nível nessa hierarquia proporciona nova informação retroativamente, ajustando osdados do nível imediatamente anterior para assegurar a implementabilidade da solução. Uma aplicação conhecidacomo sistema de Suporte à Decisão para o Manejo de Ecossistemas (EMDS – Ecosystem Management DecisionSupport) é usado para conduzir avaliações ecológicas em diferentes escalas geográficas. O sistema integrasistemas de informação geográfica com técnicas de raciocínio baseadas em conhecimento acumulado (knowledge-based reasoning techniques). Informação colhida em levantamentos ecológicos é crucial para o planejamento domanejo da terra. INFORMS é um sistema usado para facilitar o planejamento de projetos e para documentar oprocesso de análise ambiental. Manejos potenciais são explorados levando-se em consideração os dadosecológicos levantados e as metas de planejamento. A base do INFORMS é um sistema de informação geográficacom ferramentas integradas de simulação que facilitam a analise dos efeitos ambientais.

1. OVERVIEW

The management of forests necessarily involves a complex set of decisions thatchallenge human capabilities. These decisions must simultaneously anticipate responsesand feedback mechanisms between biota and their environment at multiple temporal andspatial scales. They must account for biophysical, social, and economic considerations, and

Page 20: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

36 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

resolve conflicts between the many actors taking part in these decisions including thebureaucracy, the community, and the politicians. Over the past three decades, computer-based information systems have sought to alleviate this burden through “interactivecomputer-based systems that help decision makers utilize data and models to solveunstructured problems” or decision support systems (Sprague and Carlson 1982).

Looking back to a simpler and not-too-distant past, the goal of forest management wasto maximize timber production. During this period, foresters developed an appreciation forthe value of mathematical models. Simulation models that explored a wide range of “what-if”situations became common.

Recognition that maximizing timber production might endanger other forest productsshifted the goal to maximizing the combined value of a set of products from the forest. A“systems” approach to planning was undertaken. Such an approach proceeds in a series oflogical steps. A hierarchy of goals and objectives is set up, and then edited to manageableproportions. An inventory of available resources is established. Alternative ways of meetingthe objectives are hypothesized, and then evaluated in terms of some common metric ofcosts and benefits, generally associated with the achievement of the objectives. Somecalculation may be made of the probabilities of different courses of action, the preferredcourse being the one that maximizes the net expectation. This choice is then translated intomanagerial action and implemented. The implementation is monitored constantly, and, ifunexpected outcomes are discovered, appropriate modifications are made (Chadwick 1971).

Systems analysis emerged as a broader strategic framework in which to embed themodeling process to assist in this rational mode of decision-making. FORPLAN is anexample of a computer software system that emerged during this timeframe (Johnson andothers 1980) and became the primary analysis tool for the development of forest plans in theUnited States as required by the National Forest Management Act enacted in 1976. Theearly development and use of FORPLAN is well-documented (Iverson and Alston 1986,Bailey 1986). Throughout the 80s and into the early 90s FORPLAN evolved to countercriticisms and meet the increased demands of the planning process.

In the mid-90s the goal of forest management shifted again, away from economicefficiency towards an emphasis on the health and vitality of the ecosystem. Thisphilosophical approach, called ecosystem management, has emerged as a basic principle ofnatural resource management in the United States. As ecosystem management continues toevolve, it has modified the framework by which knowledge is organized, and changed theway questions are asked about the environment, and the effects of management actions.Questions about the production capability of the forest have been replaced by understandingthe historic range of variability within the ecosystem. Instead of importance being placed onwhat is harvested or removed from the forest, emphasis is placed on what is left behind onthe landscape through time, its desired future condition. The primary goal of ecosystemmanagement is ecosystem sustainability, which in its broadest sense means achieving anoperational balance among concerns for ecological states and processes, economicfeasibility of management actions and social acceptability of expected managementconsequences.

Conceptual models for an adaptive ecosystem management process have beenproposed as ways to implement ecosystem management. The process is conceived as acontinuous cycle that includes monitoring, assessment, planning, and implementation. Aprocess that actively supports adaptation recognizes the complexities of ecosystems and thecritical uncertainties in our knowledge about them. In addition, both the social andbiophysical components are highly dynamic and unpredictable.

Page 21: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 37

FORPLAN was redesigned, and changed to Spectrum (USDA Forest Service, 1995), tohelp decision-makers address the new questions being asked under ecosystemmanagement, primarily during the planning phase of the cycle. A fundamental challenge totaking an ecological approach is understanding and managing within the context of complexecosystems across large and small temporal and spatial scales. For this reason Spectrum isonly one tool within a hierarchically linked planning toolkit. The other two tools are RELM(USDA Forest Service, 1996) and SNAP (Sessions, 1995).

2. SPECTRUM

Though scale independent and extremely flexible in terms of problem specification,Spectrum is used primarily at the scale of a National Forest for strategic, long-rangeanalyses. Models built with Spectrum can fulfill many of the analytical needs of ecosystemplanning by:

� Formulating and evaluating large-scale management alternatives (possible desiredfuture conditions);

� Exploring alternative pathways to achieving a specific desired future condition;� Matching management actions(schedule activities) to landscapes in order to achieve

specified objectives (develop a feasible and sustainable management plan);� Evaluating the resultant outcomes of applying our management actions to the land in

order to examine their social, economic, and environmental effects;� Comparing the effects of the various management alternatives to evaluate tradeoffs;� Conducting sensitivity analysis on major assumptions and uncertain data.

Spectrum provides the building blocks to create a model but has no inherent data orresource relationships, thereby providing the model builder with maximum latitude andflexibility. A typical Spectrum model consists of:

� Information about the land that the model is being applied to (i.e., what are theimportant characteristics and how is the land stratified relative to thosecharacteristics;

� Proposed management actions and which lands they apply to;� Relevant ecological processes;� Outputs and environmental consequences of concern;� The interrelationships between management actions, ecological processes, outputs,

and environmental consequences through time;� Economic values of associated outputs and environmental consequences;� Management goals the model should try to achieve;� Standards and guidelines that must be met.

Spectrum is a Windows-based program that presents sophisticated analytical capabilityin a user-friendly manner. All data for the model (as well as solution results) are stored inrelational database structures. These structures are xBase-compliant, enabling a user toaccess them outside of Spectrum via popular database management systems such asdBase, FoxPro, or Clipper. Once a model has been built, Spectrum transforms the data intoa mathematical programming matrix that can then be solved by an optimization algorithm.The optimization algorithm simply tries to maximize what’s desirable or minimize what’s

Page 22: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

38 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

undesirable. Examples of things to minimize include costs, environmental degradation, risk,or deviations from goals. Likewise things you might want to maximize include a particulargood or service, a socio-economic benefit such as present net value, or a particularecosystem condition. Spectrum uses the C-Whiz optimization software (Ketron ManagementScience, 1994) to solve the matrix and allows the user to choose among several optimizationalgorithms including linear programming, mixed integer programming, and goal programming.Once a solution has been found by the optimizer, Spectrum produces a variety of tabularreports, files that can be imported into spreadsheets (for charting purposes), and relationaldatabase files, which among other things can be imported into ArcView (for spatialrepresentation).

Spectrum introduced several new features that facilitate addressing ecosystemmanagement issues. The first is multiple outcome Model 2 capabilities. This feature makesit easy to model natural disturbance. Mortality can be explicitly recognized in a stand and theage for that portion of the stand set back to zero. The natural disturbance can occurcontinually throughout the life of the stand and the magnitude can vary based on specificattributes of the stand. The model 2 capabilities allow the modeling of alternativesuccessional pathways for a stand depending upon the type of management activity ornatural disturbance that occurs. Different probabilities can be assigned to each event and anecological simulation of the stand through time can be done. Building these decision trees forthe various stands and conditions on a forest goes a long way towards incorporatingsuccessional pathways into a model.

Another new feature is the inclusion of decision variables that are not tied tomanagement activities being carried out on the land. These variables can representecological states and used in equations to portray ecological processes such as theimmigration and emigration of animals from a given land unit. Even though theserelationships are inherently non-linear, they can usually be incorporated into Spectrum usinglinear approximation techniques.

Finally the addition of goal programming facilitates the use of ecologically orientedobjectives. Goal programming attempts to achieve multiple objectives simultaneously byminimizing the total deviations from all the goals. The goals can receive different degrees ofimportance by assigning relative weights to them, making deviations from the higherweighted goals worse. In an ecological context, our objective may be to replicate a foreststructure that is within the historical range of variation. By setting goals for each structuralclass based on the high and low end of the historical range we can use goal programming toexamine how we can obtain that objective.

3. RELM

RELM is short for the Regional Ecosystems and Land Management Decision SupportSystem. Dr. Richard Church of the University of California, Santa Barbara, developed RELM incooperation with the US Forest Service. Its primary function is to bridge between analyses atdifferent scales by providing the means for linking decisions made at the strategic level withproject planning. Generally a lot of aggregating goes into a strategic model, so much so thatthe reasonableness and feasibility of its solution is often questioned. RELM takes thestrategic solution and spatially distributes it to a smaller scale where relevant site-specificstandards can be applied and feasibility tested.

RELM is an integrated Windows-based program that uses map-based displays to evaluatepotential plans. Two types of data are required to build a RELM model. The first is a set ofpolygon coordinates to support spatial display of the land units. The second includes

Page 23: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 39

characteristics about the land units, standards and guidelines imposed on the land units, andsome output, or condition, the user is attempting to achieve. Once a RELM model is built thestrategic solution (a schedule of outputs, treatment activities, and conditions) developed usingSpectrum can be prorated to the land units and tested against the various standard andguidelines. If a land unit is colored a shade of red it indicates that at least one of the standardsand guidelines has been violated; a shade of green indicates land units where there is slackavailable above the standard and guideline. The question for RELM then becomes can theinitial proration of the strategic solution be redistributed so that the red areas go away.

RELM offers five specific linear programming options to solve this problem, which is solvedusing the C-Whiz optimization software. Each of the options are inherently goal programmingformulations and include the ability to assign various weights to specific portions of the objectivefunction. The Minimum Area option will not violate any standards and guidelines andattempts to meet the outputs from the strategic model, if possible, while minimizing theacreage treated. If it cannot meet the output it states what level of output can be met. Thisvalue is more reasonable than that coming from the strategic model.

The Equivalent Risk option spreads activities across the planning area so that outputsfrom the strategic model are met even if the standards and guidelines are not. If standardsand guidelines are violated, treatments in each area will violate the most limiting standard andguideline in each area by an equal percentage, thus spreading impacts evenly throughout theplanning area. If red areas remain after running the Equivalent Risk option it indicates that theconstraints in the strategic model were not constraining enough to take into account site-specific standards and guidelines and need to be tighten up to ensure that the strategicsolution can be implemented.

The remaining solution options are derivations of these two basic types.The Multi-Objective Minimum Area option and the Multi-Objective Equivalent Risk option

allow for multiple outputs or objectives to be simultaneously met. The Desired Future ConditionMinimum Area option attempts to satisfy a set of desired future conditions, which are defined asthe desired range of a state variable computed at the end of the planning horizon after alltreatments have been applied. State variables are user-defined attributes associated with landunits. An example desired future condition might be that 15 to 30 percent of the planning areabe old growth. This option minimizes deviation from that range.

In addition to examining the disaggregation of the strategic solution, RELM can be usedinteractively to simulate catastrophic losses at the site-specific scale and determine their effecton the strategic solution. This is accomplished by protecting the land unit from any treatmentand running one of the linear programming options to see the effect. Similarly, managementalternatives to the strategic solution can be created by adjusting the level of treatment andoutputs for specific land units.

4. SNAP

SNAP is short for Scheduling and Network Analysis Program and was developed by Dr.John Sessions at Oregon State University. SNAP is designed to assist land managers withproject planning of harvest areas by scheduling activities spatially and temporally to achievemanagement objectives. Adjacency of created openings, maximum or minimum opening sizeand perimeter rules, and habitat/landscape connectivity issues can all be modeled. SNAPalso integrates transportation system analysis to ensure that the appropriate roads are inplace when and where needed to support the management alternative.

Page 24: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

40 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Once a RELM model has disaggregated a strategic solution to individual watersheds theoutputs and standards and guidelines from RELM can be used to build SNAP models. SNAPuses its own proprietary map-based graphical user interface, which is “Windows-like” infunctionality. There is a wide range of capabilities that can be built into a SNAP model, eachhaving their own data requirements. As a minimum you must have a set of polygoncoordinates to support the spatial display of the land units. If you are doing transportationanalysis you must also have the coordinates of your existing and proposed roads; likewisecoordinates of your streams are needed if you are doing any stream analysis. All other datais entered through various screens made available through the graphical user interface.

I will briefly go through some of the analyses that can be done with SNAP to give you asense at what the system can accomplish and why it is an important part of the planninghierarchy. SNAP has the option to identify riparian zones by stream characteristics orattributes of the land units. Once the riparian zones are defined alternative riparian strategiescan be evaluated (e.g., restriction of management activities, varying stream buffer widths).

As mentioned above SNAP has the option of conducting a network analysis of thetransportation systems to ensure optimal layout of roads to support the selected managementscenario. SNAP will indicate by time period where roads need to be constructed and whichroads need to reconstructed. SNAP can also perform an analysis on the stream network toaddress aquatic issues. An integrated model is used to estimate the stream temperaturealong the network. The user can interactively change management activities and see theeffect on stream temperature.

SNAP has the option of specifying structural stages to land units both initially and asthey are affected by management activities (including no management). A display will thenshow the user how the landscape changes through time for a given management scenario.This is useful for wildlife analysis. In fact, the structural stage information can be used bySNAP to produce habitat effectiveness displays if you specify the relative effectiveness ofeach structural stage for forage and cover. The analysis can go even further bydiscriminating the effectiveness of the forage based on its distance from cover and viceversa.

Another type of wildlife analysis SNAP can perform is habitat connectivity. You maywant to designate critical areas between which a corridor must be left with the requirementthat the connecting polygons be in some eligible structural stage. SNAP will then determinethe best corridor to maintain in order to meet the objectives of the management scenario.The corridor is not necessarily fixed through time but some corridor will always exist betweenthe critical areas.

5. ALTERNATIVE APPROACHES

There are many advantages to systems analysis and their supporting mathematicalmodels but their disadvantages are equally clear. The models can be very time-consumingto build, and there are usually many alternative ways of modeling any particular set ofrelationships, with no clear strategy for choosing the most appropriate type of model for anyone application. Furthermore, many types of mathematical models are opaque to non-mathematicians making it difficult to explain just why the model behaves as it does. Mostimportant, systems analysis assumes a structured approach to problem solving, which whilethe ideal, may be an unrealistic paradigm for executive decision-making as evidenced by thelittle impact modeling has on decisions that are made in the largely unstructured conflictbetween the interested parties, known as forest planning.

Page 25: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 41

Hall (1980) advances a different theory of decision making in which decisions arise froma complex process of interactions between actors. All of these people think themselvesrational, and are trying to behave rationally for much of the time, but their conceptions of therational differ. They have different goals, and different ways of achieving those goals. Thus,the process of decision-making is not discrete, but is part of an ongoing complex ofinterrelated acts.

In the search for alternative ways of providing the necessary information for decisionmaking, we recognize that individuals from a wide range of professional interests often haveexpertise that enables them to solve difficult problems. Frequently such experts useheuristic, qualitative methods in finding solutions, resorting to quantitative or mathematicalmodels only when their intuition tells them that their rules-of-thumb are unlikely to work. Ifsome of that expertise can be captured and communicated, it may be possible to solveproblems more easily and with a greater chance of success. Enter expert or knowledge-based systems that differ from previous forms of computer programs by incorporating theheuristic methods used by human experts with the information provided by a database ormathematical model. The difficulty in creating expert systems lies more in extractingexpertise form humans then in computer programming.

In recent times, the phrase knowledge base has come into popular usage and nowgenerally means a body of knowledge about some problem domain. Originally however theterm had a more precise meaning as a formal logical specification for the interpretation ofinformation (Waterman 1986); that is, a knowledge base contains the relevant entities andlogical relations in the problem domain organized within a formal semantic framework thatallows inferences about the problem.

There are two basic reasons for using knowledge-based reasoning:� The entities or relations involved in the problem to be solved are inherently abstract

so that mathematical models of the problem are difficult to formulate;� A mathematical solution is possible in principle, but current knowledge is too

imprecise to formulate an accurate mathematical model.

Both cases are quite common when dealing with natural systems, where there are analmost unlimited number of relations of potential interest. Agencies, academia, and othershave developed numerous mathematical models to describe some of the important relationsof interest to ecosystem management but many relations have not been studied in sufficientdetail to provide generally applicable mathematical models. Often a wealth of humanexperience is available however in these same institutions that can be drawn on to developuseful more qualitative knowledge-based models to guide decision-making. Logic basedanalysis in not in direct competition with other more traditional forms of analysis. Insteadknowledge-based representation can be used as a logical frameworks within which resultsfrom many specific mathematical models are integrated.

By itself a knowledge base does not actually do anything. Instead it is a meta-databaseused to interpret data. A knowledge base system typically contains two additionalcomponents. An inference engine interprets external data according to the semantics builtinto a knowledge base by its developer. An interface program allows the user to constructthe knowledge base via screen objects and to direct the processing of data by the inferencebase engine.

Knowledge-based applications began to appear in significant numbers in naturalresource management in 1983 (Davis and Clark 1989). The ecosystem managementdecision support system (EMDS) was developed by the USDA Forest Service to provide

Page 26: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

42 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

knowledge-based decision support for ecological landscape assessment and evaluation(Reynolds 1999).

6. EMDS

EMDS integrates GIS and knowledge-based reasoning technologies in the Windowsenvironment to provide an analytical tool that is powerful but easy to use. NetWeaverprovides a knowledge-based development environment (Saunders and others 1990) and theEMDS extension to ArcView includes objects and methods for processing knowledge basesin a GIS application. To conduct an assessment with EMDS the user:

� Constructs a template view that includes all GIS themes that can enter into theassessment;

� Constructs knowledge bases that describe relations among ecosystem states andprocesses of interest to the assessment.

Knowledge base systems come in a variety of forms but the dominant type currently inuse is rule-based systems (Schmoldt and Rauscher 1995). Conventional wisdom has beenthat rule-based systems are only suitable for narrow well-defined problems (Waterman 1986,Jackson 1990). NetWeaver in contrast is based on object-oriented fuzzy-logic networks thatsubstantially improve the ability to model large general problem domains. To construct aknowledge base in NetWeaver one defines the objects of interest in the problem domain andthe logical or mathematical dependencies among those objects.

Approximate reasoning as implemented in fuzzy logic significantly extends the capabilityto reason with the types of imprecise information typically found in natural resource science.Fuzzy logic representations are more intuitively satisfying than classical Boolean logic, aswell as more precise and compact compared to classical rule-based representations.Although the basic concepts of fuzzy logic was first presented over 35 years ago (Zadeh1965), its application to natural resource science and management is still relatively new.

The object-based architecture of NetWeaver results in extremely modular knowledgebases. Modularity makes it easier to build, test and maintain the knowledge bases,expediting the development process. Modularity also allows the designer to gradually evolvecomplex knowledge bases form simpler ones in small simple steps. A NetWeaver knowledgebase contains the following objects:

� Dependency networks that represent topics of interest in a problem domain that areto be evaluated;

� Data links that request and evaluate data;� Nodes that specify logical or mathematical relations among dependency networks

and data links.

Data links typically request data about a real-world object, such as forest stand age, andevaluate the data. Dependency networks typically represent more abstract objects, such aselk habitat suitability, which are evaluated in terms of simpler abstract concepts and data.Regardless of how concrete or abstract real-world data and concepts may be, they can bethought of as objects; that is, things to be logically or mathematically manipulated. The keypoint is that a one-to-one relation exists between real world objects and user-definedNetWeaver objects that makes knowledge representation in NetWeaver relativelystraightforward and intuitive. Although a collection of objects by itself is not very useful, theobjects can be organized into a knowledge base from which useful conclusions can be drawnif logical or mathematical dependencies are specified among them.

Page 27: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 43

The most important object in NetWeaver is the dependency network. Each dependencynetwork represents a proposition about some topic of interest in the problem domain forwhich the knowledge base is being constructed. A single dependency network is hierarchicalin structure but each hierarchy can be interconnected with arbitrarily many other hierarchies.This interconnectivity among hierarchies is a network topology that allows a single knowledgebase to incorporate a wide variety of topics and their complex interrelationships. This isparticularly valuable in the context of ecological assessments where the propositions concernthe condition of some ecosystem state or process.

The key attribute of a dependency network is its truth value. The concept of a truthvalue comes from the discipline of cognitive science, which is basically the science of how weknow what we know. In cognitive science, the concepts of proposition and truth value aredirectly related. A proposition is considered to be the smallest unit of thought that can beassigned a measure of truth (Stillings and other 1991). To facilitate the determination of truthvalues, dependency networks demonstrate three basic behaviors:

� Determine the truth value of antecedent networks on which they depend;� Evaluate their own truth value, given the truth value of their antecedent networks;� Inform higher level networks that depend on them about their truth value.

If all evidence antecedent to a proposition supports the assertion then the truth value forthe network is 1. If all evidence antecedent to a proposition contradicts the assertion then thetruth value for the network is -1. If there is no evidence for or against the proposition the truthvalue is 0. Three conditions cause truth values to be partially true or partially false:

� Some data needed to fully evaluate the node or dependency network have not yetbeen supplied when evaluation of the network is being performed;

� Data are missing and cannot be supplied;� One or more data items that influence the truth value of a dependency network have

been evaluated against a fuzzy argument and found not to have full membership inthe fuzzy set defined by the fuzzy argument.

Data links are essentially elementary dependency networks that provide data input tothe NetWeaver knowledge base. Their primary attribute is also their truth value but there arenot any antecedent networks to query. Instead the data, which in the case of EMDS comesfrom ArcView, is evaluated against a simple or fuzzy argument to determine the truth value.A data link may also hold actual data values that are mathematically transformed by otherNetWeaver objects.

As discussed above the propositional network architecture of NetWeaver knowledgebases allows the ability to reason with incomplete information. This is key to doing ecologicalassessments where there may be missing data for several types of data or no data at all forothers. Tailoring analysis to suit existing data clearly is undesirable because the assessmentbecomes driven by the data at hand rather than the question that are really of interest.Instead it is preferable to construct a model that reflects the best understanding of how allstates and processes relevant to the assessment are interrelated.

NetWeaver objects are neutral to missing data, and whatever data is availableincrementally contributes to or detracts from the strength of evidence supporting aproposition. Furthermore NetWeaver calculates the influence the missing data had on thecompleteness of the assessment based on how many states and processes use theinformation and at which levels the missing information enters the knowledge base. EMDSuses information about the data influence to help users prioritize new data acquisition needs.

Page 28: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

44 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

EMDS is not the ultimate decision support solution for the full adaptive managementprocess of ecosystem management or even ecological assessments; however, it doessuggest some promising possibilities for continued evolution of knowledge-based systems inthis arena. It provides a formal logic framework for integrated analysis across multipleproblem domains, has the ability to reason with incomplete information, and assists withsetting priorities on collecting missing data. Although constructing the complexinterrelationships of ecosystems in NetWeaver is not trivial, it is at least rendered feasible bythe precision and compactness of fuzzy logic and by the graphic object-based representationof logic networks.

REFERENCES

Bailey, R.G., 1986. Proceedings of the workshop on lessons from using FORPLAN. Land Management PlanningSystems, USDA Forest Service, Denver, CO.

Chadwick, G., 1971. A Systems View of Planning. Pergamon Press, Oxford.

Davis, J.R. and J.L. Clark, 1989. A selective bibliography of expert systems in natural resource management. AIApplications. 3: 1-18.

Hall, P., 1980. Great Planning Disasters. Penguin Books. Harmondsworth.

Iverson, D.C and R.M. Alston, 1986. The genesis of FORPLAN: a historical and analytical review of Forest Serviceplanning models. General Technical Report INT-214. Intermountain Forest and Range Experiment Station,USDA Forest Service, Ogden, UT.

Jackson, P., 1990. Introduction to expert systems. Addison-Wesley Publishers. Reading, MA.

Johnson, K. Norman, Daniel B. Jones, and Brian Kent, 1980. Forest Planning Model (FORPLAN): A user’s guideand operations manual. Land Management Planning, USDA Forest Service, Fort Collins, CO.

Ketron Management Science, 1994. C-WHIZ Linear Programming Optimizer.

Reynolds, K.M. 1999. EMDS users guide (version 2.0): knowledge-based decision support for ecologicalassessment. General Technical Report PNW-470. Pacific Northwest Research Station, USDA Forest Service,Portland, OR.

Saunders, M.C., R.N. Coulson, and J. Folse, 1990. Applications of artificial intelligence in agriculture and naturalresource management. In Encyclopedia of computer science and technology. Marcel Dekker Inc. New York.25: 1-14.

Schmoldt, D.L. and H.M. Rauscher, 1995. Building knowledge-based systems for natural resource management.Chapman & Hall. New York.

Sessions, J., 1995. Scheduling and network analysis program user’s guide. Ecosystem Management AnalysisCenter, Fort Collins, CO.

Sprague, Ralph H. and Eric D. Carlson, 1982. Building effective decision support systems. Prentice-HallInternational, Inc. London.

Stillings, N.A., M.H. Feinstein, and J.L. Garfield, 1991. Cognitive science: an introduction. MIT Press. Cambridge,MA.

USDA Forest Service, 1995. Spectrum User’s Guide. Ecosystem Management Analysis Center, Fort Collins, CO.

USDA Forest Service, 1996. Regional Ecosystems and Land Management Decision Support System User’s Guide.Ecosystem Management Analysis Center, Fort Collins, CO.

Waterman, D.A., 1986. A Guide to Expert Systems. Addison-Wesley, Reading,MA.

Zadeh, L.A., 1965. Fuzzy sets. Information and Control. 8: 338-353.

Page 29: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 45

C4-3O setor florestal privado brasileiro e os desafios para o seu desenvolvimento.

������������ ���������������� ���������� ���������������

Garlipp, R.C.D. ([email protected])Sociedade Brasileira de Silvicultura - SBS, Brasil

RESUMO: A Sociedade Brasileira de Silvicultura observa com preocupação as recentes mudanças na legislaçãoflorestal brasileira. O Brasil procura ampliar a sua base de transformação da matéria-prima florestal renovável,produzida em florestas de rápido crescimento, aumentando a oferta no mercado interno e tornando-se competitivoem vários mercados internacionais nas áreas de celulose, chapas, móveis e madeira sólida serrada. No momentoque o Brasil se prepara para implementar o programa nacional de florestas, o setor enfrenta vários desafios para asua inserção competitiva no mercado global de produtos florestais. Discutem-se nesta apresentação questões delegislação, de exigências de mercado e aspectos de capacitação da mão de obra e do desenvolvimento tecnológicoda atividade florestal.ABSTRACT: The Brazilian Society of Forestry observes with concern the recent changes in the Brazilian forestlegislation. Brazil tries to expand its forest productive sector, based on renewable raw material harvested from fastgrowing planted forests, increasing the supply in the internal market and becoming competitive in some internationalmarkets (pulp, wood panels, furniture and timber wood). Brazil prepares the implementation of a new "nationalprogram of forests" and, at the same time, the sector faces many challenges trying to compete in the global marketof forest products. This presentation discusses some aspects dealing with legislation issues, market demands, labortraining and technological development needs that are affecting the development of the forest sector in Brazil.

Page 30: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

46 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

C4-4

La extensión y la transparencia de mercados forestales en Argentina

������ ������������������� ��� �������� ������!�������

Sánchez-Acosta, M. ([email protected])Minetti, J.M. ([email protected])

Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria - INTA

RESUMEN: El presente trabajo muestra como la extensión colabora para hacer más transparente el mercado demadera. Se toma como base comparativa dos regiones de Argentina, una desarrollada (Entre Ríos), donde hay unservicio de extensión con cierta experiencia, y otra (Salta), donde hay poca difusión, el sector está menosdesarrollado, y la extensión es incipiente. Asimismo, se muestran las diferencias dentro de una misma región con eltranscurso del tiempo (Entre Ríos), como con el desarrollo y tareas de extensión el mercado se ha vuelto mástransparente y los precios se han homogeneizado cada vez más. Se cita como las pérdidas, debido a la falta deasesoramiento e información en el momento de venta, pueden ser iguales o superiores a las ganancias que sepueden llegar a tener con la genética y la silvicultura. Ganancias de 20 a 30 toneladas de madera/ha pueden quedaranuladas por pérdidas superiores a las 50 t/ha, por falta de asesoramiento y desconocimiento de precios.Comparando una misma zona, y un mismo producto (madera de eucalipto y pino, monte en pie) se tiene que hace20 años, la variación entre los precios mínimos y máximos era del orden del 150%, mientras que en la actualidad,con mejor difusión y tareas de extensión, la brecha disminuyó a menos del 40%. El método de medición, lasunidades de medida y los coeficientes de transformación que se usen, hacen que las pérdidas puedan sersuperiores al 15% del valor de la madera. Se destaca que la conversión de volumen a peso, trae grandestrastornos si no se manejan los coeficientes correctos. El uso de métodos de medición “locales” en Salta llevan areducciones de más del 30% del volumen real. Se hace una breve reseña de cómo se trabaja actualmente enextensión en el INTA Concordia, empleando medios que están al alcance, y donde resulta de gran importancia latoma de datos, el reconocimiento del ente en la zona, la voluntad de los extensionistas, y la estabilidad de lasinstituciones.ABSTRACT: The present work shows as the extension collaborates to make more transparent the market of wood.Two regions in Argentina are compared, one developed (Entre Rios), with an experient extension service, andanother one (Salta), where extension services and the forest sector are less developed. Differences within the sameregion over time are shown (Entre Rios) and how the development of the extension service turning markets moretransparent helped on making prices more stable. It is mentioned how losses, due to the lack of advising andinformation at the moment of sale, can be equal or superior to gains brought by genetic and/or silvicultural newtechniques. Gains of 20 to 30 tons of wood/ha can be eliminated by losses superior to 50 ton/ha given the lack ofadvising and unknown prices. Within the same zone, for one product (eucalyptus and pine timber, stumpage)maximum the minimum prices varied 150% for a span of time equal to 20 years, whereas at the present time, withbetter extension services, the interval diminished to less than 40%. Dependent on the measurement method, the unitof measurement and/or the transformation coefficients used, losses can be superior to 15% in timber value. It isemphasized that uncorrect conversion coefficients can bring great upheaval. The use of local measurementmethods in Salta can result in reductions of more than 30% in the real volume. A brief review is made on how theextension service works at INTA, in Concordia, as well as how resources area vailable, data is collected,extensionists are estimulated and institutions are maintained stable.

1. INTRODUCCIÓN

La producción forestal, en especial la de bosques implantados, se parece cada vez mása la de los cultivos agrícolas tradicionales, donde actualmente se trata de hacer máseficiente cada uno de los pasos de toda la cadena productiva.

Hoy día se trata de emplear los mejores materiales genéticos, ajustar las técnicas deproducción optimizando al máximo las variables con miras a reducir costos y obtener una“máxima rentabilidad”, pero para esto, además de “minimizar los costos”, se debe “maximizarlos ingresos” en la venta, y es en este el punto donde se pretende mostrar lo que sucedecuando no se tiene el debido asesoramiento, y la importancia que adquiere la extensiónforestal como clarificadora del mercado y generadora de alternativas de comercialización.

Page 31: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 47

En otro sentido, la extensión permite además, captar información fehaciente, la queserá base fundamental para estudios y tomas de decisiones.

El presente trabajo pretende mostrar como todos los “ahorros” en los pasosanteriormente citados pueden perderse si no se tiene el debido asesoramiento en elmomento de la valuación y comercialización del monte.

1.1. Situación del sector forestal en Argentina

En Argentina el sector forestal comenzó a tener importancia y a desarrollar industrias apartir del aprovechamiento de los bosques nativos. Se comenzaron a aprovecharintensivamente los montes más cercanos, los que poco a poco han ido perdiendo su valororiginal por malos manejos. Por ello hoy día se cuenta con montes degradados o conmadera de poco diámetro, o bien se tienen algunos con especies de valor pero que se hantornado en económicamente inviables de aprovechar (por lejanía, falta de densidad,dificultad de extracción, etc), siendo por ello que paulatinamente los bosques cultivados hanido reemplazando en el abastecimiento industrial a las maderas nativas.

LOS BOSQUES

Argentina comenzó las plantaciones comerciales a partir de la década del 50, contandohoy día con prácticamente un millón de ha, principalmente pinos y eucaliptos y en menormedida salicáceas, y otras especies menores.(SAGPyA, 2001)

Como contrapartida se estima que los bosques nativos ocupan 45 millones de ha(siempre según lo que se interprete por “bosque”, pues tasa cifra puede disminuir según lainterpretación)

Pese a esta abrumadora diferencia, de 97 % nativo y 3 % cultivado, actualmente losbosques cultivados proveen el 85 % ( 6 millones de m3) de la madera que consume el sectorforesto-industrial (sin contar leña de consumo hogar, los nativos proveen 1 millón de m3,SAGPyA,1999).

Regiones boscosasComo bosques nativos pueden citarse las regiones:Selva Misionera : en el NE la de mayor comercialización de especies de valor, en especialpara madera aserrada, tableros, láminas y reprocesados. A su vez cuenta con el mayormovimiento de madera cultivada, principalmente pinos.Selva Tucumano-oranense o Yungas- NOA : Es una prolongación de la selva Boliviana,algo similar a la anterior en el tipo de especies, aunque con mucho menor movimientoforesto-industrial, solo con aprovechamientos primarios. Las plantaciones son escasas ytodavía jóvenes. (ver mapa)Parque chaqueño : Centro-norte , zona más árida en general con especies más duras, deuso rural y de aprovechamientos industriales bastante primarios. No hay casi plantaciones.Bosques subantárticos : Sur – Este, región templada fría, con pocas especies, pocasindustrias, y solo en su región norte aparecen núcleos de forestaciones con ciertaimportancia.

Page 32: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

48 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Bosques cultivados : puede decirse que casi el 80 % se encuentran en el este y Noreste delpaís.Mesopotamia (Entre Ríos, Corrientes y Misiones) Esta zona limita con Uruguay Brasil yParaguay Es la más importante, preponderan los pinos en el norte y los eucaliptos en el sur,es la mayor región de industrias forestales del país. (ver mapa)Buenos Aires y Santa Fe . Principalmente compuesta por eucaliptos de zonas más frías.Posee muchas plantaciones pequeñas d monte de reparo y cortinas.En una escala menor se pueden citar las regiones :Delta: Una región de islas muy particular , pertenece a Entre Ríos y Buenos Aires ypreponderan las salicáceas (sauces, y en menor medida álamos)Centro En el centro serrano del país ,(Córdoba) , principalmente la integran pinos.NOA Noroeste Argentino (Jujuy –Salta –Tucumán) pequeños núcleos de eucaliptos y pinos(mapa)Patagonia : en el sur zona pre-cordillerana (Neuquén, Río Negro y Chubut) con pinos yconíferasRegiones de Regadío ( Mendoza, y Río Negro) con salicáceas, principalmente álamos.

En general puede decirse que las plantaciones forestales hoy día cuentan con muybuen material genético, están ubicadas en buenos suelos, lo que las hace en término decrecimiento comparables a las mejores de nivel internacional. Resta intensificar las prácticasde manejo tendientes a la obtención de madera de mayor calidad (podas, raleos), donde laextensión jugará un papel fundamental.

Industrias:Las principales industrias se encuentran en Misiones (por su masa forestal) y Buenos

Aires (por su gran densidad de población), en los últimos años se han diseminado bastanteen otras partes de la Mesopotamia. Argentina cuenta con 6 plantas celulósicas deenvergadura, 6 plantas de tableros de partículas, 3 de tableros de fibra (una cuarta enconstrucción), plantas de compensado y laminado, 3 procesadoras de resina, cerca de 25plantas de impregnación y una cantidad no determinada de aserraderos (se estima en cercade 2.000 (SAGPYA, 2000).

En general las alternativas de industrialización están poco desarrolladas, en especial loque hace a la remanufactura de productos con valor agregado, y el empleo de la madera enla construcción, rubros estos en que queda mucho por hacer en desarrollo y extensión.

La extensión e investigación forestal en Argentina

El desarrollo de la extensión, así como el de la investigación en Argentina ha sido untanto “traumático”. En sus inicios forestales se contó con un ente forestal unificado, elServicio Forestal Nacional, luego llamado la Administración Nacional de Bosques, el quedécada del 60 pasa a ser el IFONA (Instituto Forestal Nacional), en principio un enteautárquico, que poseía varias estaciones forestales a lo largo del país. Era el ente rector ytenía a su cargo la extensión, investigación y fomento forestal , aunque existía en ciertostemas como un acuerdo “tácito” con el INTA, quien trabajaba en mejoramiento de cultivadasy parte en extensión.

Por ende existían extensionistas e investigadores forestales por parte del IFONA y elINTA.. En cuanto a las universidades “forestales” , las primeras (Santiago del Estero y laPlata) no habían podido desarrollar ampliamente la investigación-extensión por falta definanciación y lejanía a los bosques productivos. Algo similar aconteció con las direccionesforestales provinciales, las que no han tenido gran participación en investigación, algo hacen

Page 33: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 49

en extensión, pero fundamentalmente han llevado actividades de contralor, evaluación ypromoción.

Al inicio de los años 90´ se disuelve el IFONA, y a partir de allí, comienza undesmembramiento del sector forestal, prácticamente la investigación y extensión nacionalpasan al INTA, lo atinente a bosques nativos, a la ex - Secretaría de Recursos Naturales, ylo referido a bosques cultivados, promoción forestal y temática general, a la SecretaríaAgricultura Ganadería y Pesca SAGPyA.

Resulta lógico suponer que si los bosques y las políticas forestales se encuentrandivididas, mal puede la extensión tener una posición unificada. En los últimos años laSAGPyA implementó la creación de Núcleos de Extensión Forestal en distintas partes delpaís, pero no se sabe cuánto tiempo tendrá financiación. En general puede decirse que elsector forestal no cuenta con sistemas de extensión, no se tienen tradicionalesextensionistas (como sucede en agropecuaria), y no se visualiza que el estado nacional, nilos provinciales, estén con miras de implementarlos.

Los extensionistas en ArgentinaCabe comentar unos párrafos sobre los “extensionistas”, los que necesariamente

siempre se comparan con los investigadores, de lo que poco se escribe al respecto.Tradicionalmente se entendía que el investigador era un especialista (lo cual daba cierto“status”, técnicamente hablando) que “debía” entregar la información para ser transferida porel extensionista, quien debía saber de todo un poco y que por ello, al ser “un especialista ennada” se veía como de un perfil técnico más bajo. Hoy día, dada la situación económica, lostécnicos hacen un poco de cada cosa, los investigadores deben participar o hacer la difusiónde sus resultados y se trata que los extensionistas participen más de las experiencias yensayos demostrativos (se habla de experimentación “adaptativa” , lo cual puedevisualizarse como positivo, aunque esto surge de una falta de personal.

En cuanto a infraestructura, equipamiento y recursos humanos, dentro de las falenciasactuales la investigación está bastante mejor posicionada. Relevamientos recientesmuestran que hay regiones en que el 80% de las agencias de extensión se encuentran enlocales alquilados o la mayoría de las veces “prestados”, con un parque automotor más queantiguo y un equipamiento que a veces no llega al mínimo indispensable.

En la actualidad ambos profesionales no están remunerados en su debida medida, porlo que un investigador debe ser pobre, quedándole el consuelo de un cierto “orgullo” técnico,mientras que el extensionista debe serlo por el solo hecho de que lo suyo es un“apostolado”.

Importancia de la extensión

La extensión tiene como finalidad la transferencia de tecnología e información con elobjetivo final de lograr el desarrollo de las regiones y mejorar la vida rural, en un marco desostenibilidad. Cumple un rol fundamental educando, orientando, asesorando y finalmentelogrando una mejor calidad de vida del habitante rural-forestal. En general tiende más aocuparse de los pequeños y medianos productores, aunque también trata las necesidadesde grandes empresas, las que en definitiva hacen al desarrollo de la región.

La extensión tiene un matiz social muy importante, en el cual es de fundamentalimportancia la participación de los entes estatales, pues muchas veces el retorno que seobtiene no se puede medir en términos económicos directos, sino que pueden ser beneficiossociales, ambientales, de desarrollo regional, etc.

Page 34: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

50 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

El presente trabajo trata de destacar sólo uno de estos beneficios, el económico, ydentro de él sólo un eslabón de la cadena productiva, “la comercialización” , por lo querestan sumar más.

Adquiere fundamental importancia cuando se la considera como base de captación deinformación económica “independiente” (precios, insumos, costos, etc) y como “conocedora”de la región. No es raro que se efectúen estudios, trabajos y proyectos, que al partir deinformación de dudosa veracidad, pierden totalmente su importancia.

2. LA EXTENSIÓN EN LA COMERCIALIZACIÓN EN ENTRE RÍOS Y SALTA

Se comparan los mercados en dos casos concretos, una, Salta, en el Noroeste NOA,con un sistema poco desarrollado, que trabaja principalmente maderas nativas, yplantaciones incipientes, y la otra, Entre Ríos, inmersa en la Mesopotamia, zona mucho másdesarrollada, que cuenta con cierta experiencia en extensión, donde se trabaja mayormentecon especies cultivadas. A su vez, dentro de esta última se compara la situación cuandorecién se inició la extensión, con la resultante luego de casi 20 años de trabajo.

2.1 Descripción de las zonas A continuación se comentan los aspectos salientes de cada región y las formas de

comercialización y los sistemas de extensión.

2.1.1 Generalidades de las regiones

Entre Ríos NE (Mesopotamia)Es una región de clima templado-cálido con precipitaciones superiores a 1000 mm,

cuenta principalmente con bosques implantados, unas 100.000 ha, donde el 85 % eseucalipto (grandis) y el resto pino (elliottii y taeda). Los primeras se iniciaron en la década del50’, toman auge en los años 70 ´ y se terminan afianzando durante los años 80`. Se tienenmuy buenos crecimientos del orden de los 30-40 m3/ha /año en eucalipto y 20-25 m3/ha/año en pino. Posee una intensa actividad industrial, con más de 100 aserraderos, 2 plantasde tableros aglomerados, una de tableros MDF, 12 plantas de impregnación, una plantareprocesadora de resina, dos puertos de ultramar con actividad de exportación de rollizos, yen su radio de acción se encuentran 3 plantas celulósicas. Dadas las actividades en otrosrubros (citrus, arroz, horticultura, ganadería) posee variadas empresas de servicios quecubren todos los aspectos de la actividad forestal. En lo técnico, se tiene la EstaciónExperimental del INTA Concordia, y la Asociación de Ingenieros Agrónomos del NE con másde 100 integrantes. Se encuentra muy bien ubicada en cuanto a los principales puntosconsumidores del mercado nacional (a 400 km de Buenos Aires y Rosario y 600 km deCórdoba)

Salta (NOA)Es una zona subtropical con régimen monzónico, con frecuentes microclimas. La Selva

Tucumano-Oranense o Yungas y el Parque Chaqueño representan 8,5 millones de has delterritorio provincial. Si bien no existen estadísticas confiables sobre la superficie actual debosques nativos, esta rondaría los 3,7 millones de has. En general los bosques seencuentran empobrecidos, producto de las sucesivas extracciones que soportan desde haceun siglo. Actualmente son muy escasos los sitios con “buena madera”, los cuales seencuentran en zonas quebradas, alejadas de caminos y por ende de difícil acceso.

Page 35: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 51

Predominan las especies de maderas duras y semiduras, las cuales fueron muyimportantes en el la expansión del ferrocarril (durmientes), provisión de postes para eldesarrollo agro-ganadero y maderas para construcción y carpintería en el centro y norte delpaís. Entre las especies de mayor importancia pueden citarse: Cedro, Quina, Roble criollo,Lapacho, Cebil, Palo amarillo, Urundel, Palo blanco, Tipa colorada, Pacará, Mora y Afataentre otras que suman unas 20 especies utilizadas comercialmente (ver anexo ListaEspecies maderables aprovechadas en los Dpto. San Martín y Orán con fines comerciales)

En cuanto a forestaciones poseen muy poca superficie, casi 5000 ha (Eucalyptus 3000,Pinos 1700, otras 200, SAGPyA, 2001) Actualmente la actividad forestal de aprovechamientode los bosques naturales se encuentra en recesión, observándose aserraderosabandonados, otros con bajos niveles de producción y un número menor deestablecimientos sin llegar a cubrir la totalidad de su capacidad

Desde fines de los 80’ el sector maderero comenzó una lenta decadencia, la cual seacentuó en los últimos 5 años debido a la disminución de las existencias maderables y a lamenor calidad de la materia prima extraída. Esto se ve agravado por la importación demaderas similares desde Paraguay, Bolivia y en menor medida Brasil.

La mayoría realizan una transformación primaria de la madera, obteniéndose productoscon poco valor agregado como ser: tablas, tablones, tirantes, vigas, varillas, flejes, palos deescoba, etc. Hoy hay interés en forestar, no sólo por ser un buen negocio sino también por lanecesidad en la producción de cajones y bins para la actividad frutihortícola (importante en laregión), ya que el 90 - 95%. de la madera para estos fines se compra a otras regiones delpaís

Page 36: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

52 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

2.1.2. Sistemas de extensión

ENTRE RÍOS

La extensión forestal si bien no es de tan larga data como la agropecuaria (desde elsiglo pasado), prácticamente se comenzó a aplicar desde el mismo inicio de lasforestaciones. Debido a la similitud con un cultivo más, el mismo sistema de extensiónagropecuario lo tomó como un rubro más. Recién a partir de los fines de los años 70 puededecirse que se comenzó a contar con extensionistas exclusivamente forestales. El IFONAejercía una promoción y difusión en todo el país, pero en Entre Ríos, este tema eraprácticamente tomado por el INTA.

A partir del año 1983, el tema se unifica al llevarse a cabo el convenio INTA-IFONA-GOBIERNO DE ENTRE RIOS. comenzó a hacerse mas eficientes los pocos recursos, y alprovincia pasó a estar en los primeros lugares en cuanto a seguimiento de la actividad, enespecial lo concerniente a superficies, extracciones y movimiento forestal (en los años 80 setenían censos aerofotográficos que fueron apoyados con imágenes satelitales en los 90), secomenzó a llevar una serie de estadísticas de precios y costos, que hasta hoy perdura.

Al estar unificado el sector oficial se tenían más fortalezas, ganándose reputación en laregión lo que llevó a que el convenio fuera “el referente” forestal de la región. Esto favorece aque el sistema de extensión crezca en solidez dado que la buena reputación ayudaenormemente para que las tecnologías transferidas sean aplicadas.

En ciertas regiones del país donde se adolecía de investigación y extensión se formaronconsorcios de productores e intervinieron otros entes, pero en Entre Ríos continuó solo elsistema implantado dado que no se veía la necesidad de cambiar la situación. Comorefuerzo a esta actividad en los últimos años se acopló al INTA un Núcleo de extensiónForestal del gobierno Nacional.

Este liderazgo en los últimos tiempos se ha ido perdiendo en parte, fundamentalmentepor la falta de financiamiento de las actividades, parte por la aparición de grandes empresascapaces de hacer sus desarrollos, y principalmente, por la falta de aportes de recursoshumanos en forma estable.

SALTA

En esta provincia el IFONA nunca tuvo una estación forestal y el INTA tampoco creógrupos en forestales, salvo uno en la EEA de Yuto (Jujuy). Tradicionalmente el sectorforestal se basó en el aprovechamiento de los bosques nativos, el cual se desarrolló comouna explotación minera sin tener en cuenta aspectos técnicos y legales como establecía lalegislación vigente.

Actualmente la extensión forestal es realizada entre el INTA, la Secretaría deProducción de la Provincia y el Núcleo de Extensión Forestal de la SAGPyA, relación quepresenta problemas de coordinación. Además no existe una planificación de desarrollo delsector a mediano y largo plazo. Atenta contra ello que la actividad de plantación de bosqueses desconocida en la región por la sociedad en general, no hay conciencia forestadora, losproductores tienen muchas dudas y no existe mucha información local como para reforzarlas actividades de promoción que se realizan. Esta actividad es muy incipiente y choca conlos tradicionales problemas de falta de recursos, financieros y principalmente humanos,dificultad en la movilización (es una zona montañosa más complicada), poca infraestructurade caminos y enormes dificultades en las comunicaciones.

Page 37: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 53

2.1.3. Formas de comercialización

ENTRE RÍOS

La madera rolliza tradicionalmente se ha vendido por tonelada, con corteza, verde(recién cortada) dado que el destino principal fue el aserrado. Hace algunos años se vendíadirectamente pesando el producto que salía del monte, o bien midiendo el volumen ytransformándolo a toneladas. Esto traía el inconveniente que frecuentemente los obrajerosdejaban en el monte la madera de menor calidad y la que estuviese difícil de extraer. A suvez los árboles eran retrozados dejando bastante madera de las puntas o torcidas dentro delmonte. Con el tiempo, y merced a tareas de extensión (tanto oficial como privada) se haimpuesto bastante el sistema de venta del monte “en pie”, para lo cual los técnicos realizanla cubicación de cada lote a comercializar. Esto tiene la ventaja que el comprador debepagar la totalidad de la madera (se preocupa más) y se prescinde del control de loscamiones que salen del monte.

Con la aparición de la exportación de rollizos a fines de los 80´ aparece una nuevaunidad de medida “metro cúbico estéreo” (m3st), sin corteza, La madera ya no era verdesino que podía estar meses elaborada en el monte (no se la puede mover recién cortada).Esta trajo principalmente 3 inconvenientes: 1) el productor quería transformar el m3 st atoneladas y esto se complicaba según el grado de estacionamiento de la madera, 2) era unamedida que no manejaba y generalmente no tenía en cuenta el porcentaje de corteza quequedaba en el monte y que no cobraba (9 al 12%). El sistema, 3) la medición del estéreo enlos camiones se complica al determinar la altura de la pila de madera (en el monte se tieneapilado en pequeños grupos y al ser reunidos y enviados en camiones no siempre coincidela sumatoria de lo cortado con lo transportado). Esta unidad se emplea solo principalmentepara el mercado celulósico.

En el caso de residuos de aserradero para tableros, y madera para celulosa local seestá imponiendo cada vez más la compra por tonelada ( se tienen cálculos detransformación a base seca)

SALTA

En general puede decirse que en la mayoría de los casos los propietarios de losaserraderos no son los dueños de las tierras con bosques. El arriendo es la figura máscomún en la situación expuesta y normalmente el dueño del aserradero es quien se encargade la construcción de vías de saca, de la corta, rodeo y transporte de la madera. Existetambién la figura de los contratistas que tercerizan algunas de las actividades delaprovechamiento.

Entre los modos de operatoria más frecuentes pueden citarse:

Derecho de monte : Se fija entre las partes un precio por m3 por especie y se establece unporcentaje por especie que le corresponde al dueño del bosque. Este mecanismo es comúnen la zona de Orán y se lo llama “Derecho de monte”. Ese porcentaje puede ser del volumeno del precio.“Al barrer ”: Una variante del modo anterior es fijar un único porcentaje independiente de lasespecies, que normalmente oscila entre un 15% y un 30 %, dependiendo de las especies ycalidad del monte. Comúnmente a este sistema lo llaman “al barrer”.Alquiler del monte Se fija un monto mensual a modo de alquiler del monte, tratándose deextraer lo máximo en especies y cantidades en el menor tiempo posible. En la zona de Oránen un monte bueno los valores de alquiler oscilan entre $ 1500 y $ 2000 mensuales para

Page 38: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

54 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

toda la finca. En Tartagal entre la Selva y el Chaco el valor de alquiler puede oscilar entre $400 y $ 600 , dependiendo de las especies y calidad del monte. No existe una superficie dereferencia aunque seguramente se trate de aquellas de más de 500 ha.“Por aforo” Se fija un precio por m3 por especie y sin IVA en carácter de aforo, que varía

entre un 15 % y un 20 % del valor del m3 en bruto8 en el mercado. Este es el modo másfrecuente en la zona de Tartagal.

Tabla 1- Precios promedios por m3 en la zona de Tartagal

Especies $ / m3

Roble 60-65Categoría ACedro 50-60

Categoría B Lapacho – Quina – Mora –Tipa colorada – Afata 44-46Categoría C Palo amarillo – Palo blanco 22-35Categoría D Cebil – Urundel 22-28

“por cargas” Otra forma es “por cargas”, lo que equivale a la capacidad de transporte de unchasis de camión o de acoplado tirado por tractor. En este último caso para maderas durascomo Quebracho colorado, Quebracho blanco y Urundel, el valor en la zona delDepartamento San Martín es de aproximadamente $ 40 (por carga o viaje con capacidad de6 a 8 tn). La madera de Algarrobo por tonelada entre $ 80 y $ 120 puesta en aserradero.Normalmente un tractor con 2 acoplados tiene una capacidad de transporte entre 10 y 14 tnpor viaje. Este sistema se utiliza para la comercialización de maderas obtenidas en formailegal, normalmente robadas de tierras fiscales.“por unidades” Para los Pilotes o trocillos y despuntes (*) productos muy comunes seestablece un precio por unidad y en algunos casos las especies de las categorías A y B selas cubica igual que a los rollos. Para la última situación los precios se calculan sobre labase de los valores de aforo y corresponden a un 80 % para los pilotes y un 60 % para losdespuntes.

Tabla 2– Precios unitarios promedio de Pilotes y Despuntes en Tartagal y Orán

Especie Precio Pilote$/ unidad

Precio Despunte$/ unidad

Especies de clases C y D 1,4 – 2,0 0,7-1,3

En el área de Orán las de pilotes y despuntes son frecuentes en los pequeñosaserraderos que producen cajones o piezas para cajonería, a modo prácticamente artesanal.Aquí es posible encontrar otras especies como ser: Sauce criollo y Tipa blanca como lasespecies preferidas y en menor medida Laurel blanco, San Antonio, Quina blanca, Lanzablanca. Los precios se fijan por unidad o por cargas de un chasis de camión. Los valores deuna carga con capacidad de 50 a 60 trocillos o pilotes su valor ronda entre pesos $ 250 y$300.

8 Valor del m3 en bruto es el precio total del m3 puesto en aserradero o en un canchón de aserradero.

Page 39: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 55

Tabla 3 - Precios unitarios de Pilotes de especies secundarias en OránEspecie Precio Pilote - $/ unidad

Sauce criollo – Tipa blanca 5-8

El valor más alto corresponde a trocillos de más de 0.3 m de diámetro

(*) despunte: pieza rolliza de 1.5 a 2.0 de largo x 0.3 a 0.35 m de diámetro en la punta finapilote o trocillo: pieza rolliza de 2.5 de largo x 0.3 a 0.35 m de diámetro en la punta fina)

2.2. Momentos en que la extensión es importante durante la comercialización

Como comentáramos la extensión interviene durante toda la cadena productiva, pero enespecial se atenderán a los aspectos referidos al momento de comercialización, donde espreciso contar con información, tecnología y asesoramiento adecuado.

2.2.1. La información en el momento de la venta (valoración del producto)Entre Ríos:

El productor no siempre, por no decir rara vez, sabe “valorar su producto”. Por logeneral busca un término de referencia de precios y trata de ver si puede conseguir igual omejor valor. En el momento de la valoración entran en juego varios factores,independientemente del precio del “producto madera” (los cuales el comprador se los hacenotar solo cuando son adversos para bajar su cotización. Se pueden mencionarUbicación: Va a incidir directamente en los fletes según la distancia, también será deimportancia que los caminos sean asfaltados o consolidados, porque de ello depende latransitabilidad.Salida del monte – extracción: No solo importa cómo llegar al monte sino también comosacar la madera hasta el camino. Puede estar sobre asfalto pero la salida ser muydificultosa. Como los stocks suelen ser pequeños, el contar con madera en ciertas ocasioneslluviosas es una ventaja competitiva de mercado con respecto a otros aserraderos.Epoca del año : Como normalmente se trata de superficies pequeñas de venta, si uno tienebuen acceso lo debe hacer valer más cuando vende en épocas lluviosas (invierno).Calidad del monte: Según la tecnología del aserradero comprador existen diámetrosmínimos deseables, y también diámetro “máximos”, porque traen problemas operativos. Noobstante, los montes de mejor diámetro deben obtener los mejores precios. (el rinde en tabla

por tonelada pasa de 170-180 pie2 a 200 y 210 pie2 (9), lo que puede traducirse en 10dólares más de rinde por tonelada).

En cuanto a la calidad interna de la madera, recién hoy día se están comenzando aelaborar productos de alto valor, por lo que la madera podada “clear” aún no tiene valoresdiferenciales. Forma de pago - financiación: dada la situación económica puede llegar aobtener mayores réditos al ofrecer financiación en el pago. (para empresas solventes). Encasos prácticos, el INTA en venta de sus montes llegó a tener ventajas finales de un 10%más de ingreso final por financiar parte de la operación (pago en cuotas). En casospuntuales se practica el canje por producto elaborado (tablas), donde el aserradero nodesembolsa dinero, con ventajas en el ingreso de hasta un 15%.

9 Pie 2 : tabla de 1 pulgada x 1 pie x 1 pie 424 pie2 = 1 m3

Page 40: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

56 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Salta :Por la complejidad misma del mercado de maderas nativas es muy difícil manejar

precios homogéneos. Tradicionalmente en la región se tomó a una empresa líder comoreferente para la determinación de los precios brutos por m3 puesto en playa del aserradero.Los precios de la madera se consignan en el anexo. Actualmente también influye en ladeterminación de los precios la importación de maderas similares de países vecinos.

Las formas de operación y pago varían considerablemente. Los plazos de pago máscomunes son el IVA por adelantado y cheques a 30, 60 y 90 días. A veces los plazos sonmayores e incluso en alguno casos la operatoria de compra y venta es a través del truequepor ciertas mercaderías provenientes del sur (harina, gaseosas, etc.). Para bajar los costosde transporte desde la Pampa húmeda, los compradores de madera propietarios decamiones le ofrecen al dueño del aserradero el pago de la carga de madera con mercaderíasque pueden traer de su lugar de origen. Esta última modalidad es excepcional e indicadorade la grave crisis que atraviesa el sector maderero.

En cuanto a madera aserrada los precios varían entre los distintos proveedores eincluso según los plazos del pago. (ver tabla en anexo)

2.2.2 . Formas de evaluación – medición –asesoramiento

Entre Ríos:En general puede decirse que el productor no está acostumbrado a vender

(normalmente son inversores o pequeños productores que cortan todo su monte en una odos veces y deben esperar una nueva rotación para volver a vender. En contrapartida elaserradero o industria sí está acostumbrado y realiza compras continuamente lo que ayuda aformar “el ojo del comprador”

No resulta nada raro que ofrezcan un buen precio por la tonelada del producto, pero a lahora de reconocer las toneladas del lote la balanza se recueste sobre su lado.

Por ello el sistema de extensión ha impuesto cada vez más la necesidad de recurrir a laevaluación de los profesionales privados, lo que se conoce como “cubicación” cuando serefiere solo al volumen, efectuando la venta del monte en pie. Los costos de esta evaluaciónfluctúan con el tamaño de los lotes, la Asociación de Ingenieros cuenta con una tabla deequivalencia de un precio fijado en Toneladas de eucalipto por ha. Este precio fluctúa desde4 a ton/ha, lo que puede traducirse en un 1 a 1,5 % del monto del monte (30 a 60 U$S/ha).Este uno porciento le da al propietario una herramienta fundamental para pactar su precio, yla tranquilidad de que el aserradero no subestime su volumen (sólo le queda por discutir lavariable del precio).

Como factor adicional el profesional asesorará sobre los contratos de aprovechamiento,con la finalidad de que el monte quede en las mejores condiciones para continuar consucesivas rotaciones (hay montes que han perdido su rebrote por malos sistemas decosecha y cuidados)

En este caso la extensión actúa con intermediario entre el productor y el profesional,pero a su vez previamente trató de capacitar a los profesionales en estas tareas.

SaltaLa cubicación de los rollos se hace tomando en cuenta el diámetro en punta fina y el

largo total. Esta operación suele hacerse normalmente en el monte y en menor medida en elcanchón- playa del aserradero. En Orán según las características de las especies en cuantoa la relación albura / duramen, se descuenta 3 cm al valor del diámetro, medido en lasección más corta de la punta fina del rollo, pasando por la médula del árbol y hasta el inicio

Page 41: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 57

de la corteza en ambos extremos. En el caso de palos “campana” (sin albura) no se hacedescuento y para especies como el Pacará con gran proporción de albura el descuento en eldiámetro puede llegar a 5 o 6 cm. Este descuento por la albura es conocido como “blanco” ypueden encontrarse formas de cálculo denominadas “un blanco” o “dos blancos”, según sedescuente en uno o en los dos extremos del diámetro.

Respecto a las calidades de los rollos o rollizos, la empresa más importante (IngenioTabacal) las clasifica en cuatro, las cuales sirven de referencia en todo el mercado, tomandoen cuenta: dimensiones, uniformidad del grano visible de la madera, agujeros, rajaduras,edad de corte, etc.

De un trabajo realizado por MINETTI, J, 2000, donde se cubicaron 18 rollos dediferentes especies para comparar el sistema tradicional del diámetro en punta fina con “unblanco” y la fórmula de Smalian,

Tabla 4 - Comparación entre los métodos de cubicación tradicional (blanco) y Smalian

Especie Vol.Tradicional m 3

Vol.Smalian

m3

Dif. Vol.

m3% Dif. Vol % promedio

por especie

Urundel 0,4961 0,8004 0,3044 38,0

Urundel 0,3369 0,6281 0,2913 46,442,2

Quebracho colorado 0,6521 0,8503 0,1982 23,3

Quebracho colorado 0,5293 0,9709 0,4416 45,534,4

Lapacho rosado 0,2545 0,4519 0,1974 43,7

Lapacho rosado 0,2177 0,3834 0,1657 43,243,5

Quina 0,5256 0,8883 0,3627 40,8

Quina 0,3722 0,6193 0,2470 39,940,4

Cedro orán 0,7451 1,0631 0,3181 29,9

Cedro orán 0,7129 0,9876 0,2747 27,8

Cedro orán 1,2053 1,7240 0,5187 30,1

Cedro orán 2,1991 3,8780 1,6789 43,3

Cedro orán 1,3186 1,9987 0,6802 34,0

33,0

Cebil colorado 0,6092 0,9139 0,3047 33,3

Cebil colorado 1,0304 1,4684 0,4381 29,8

Cebil colorado 0,7204 1,3969 0,6764 48,4

Cebil colorado 0,4650 0,6893 0,2243 32,5

Cebil colorado 0,7287 0,9273 0,1987 21,4

33,1

Promedio de los % 36,2

En cebil y cedro el porcentaje promedio de volumen que subestima es del 33%; elpromedio para todas las especies es mayor (36%). (Para el caso de la especie Quebrachoblanco, que es difícil diferenciar la albura del duramen, no hay descuento, y el diámetro enpunta fina se toma sin corteza.)

Page 42: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

58 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

2.2.3. Factores de conversión – unidades de medida

Este tal vez es uno de los puntos más álgidos del sistema, no hay nada más fácil quecambiar un decimal o un dígito, o bien efectuar descuentos arbitrarios, con lo que losresultados pueden pasar del éxito al fracaso.

En cuánto a las unidades, la más lógica sería el m3 sólido, pero es la menos usada (casiinexistente). En reemplazo de ella se emplea la tonelada y el metro cúbico estéreo.

Como los montes al cubicarse se obtienen datos de volumen sólido (m3)necesariamente se deben transformar a las unidades citadas.

En el caso de E. Grandis se ha llegado a un valor de madera recién cortada con cortezade 890 Kg/m3, el que en la práctica se asimila a 900 kg/m3, pero dista bastante de lacreencia general de la relación 1:1 (1 m3:1 ton).

Con la aparición del mercado celulósico de exportación se iniciaron transacciones pormetro cúbico estéreo, unidad completamente desconocida para los forestadores. Comoreacción lógica trataban de convertir el peso al volumen estéreo, y las mas de las veces seolvidaban de considerar que este era sin corteza. Por ello el INTA tuvo que salirinmediatamente a hacer los estudios de relación peso/volumen, los que en primer instanciatrajeron clarificación al mercado (por citar un caso, por el solo hecho de asesorarsedebidamente una empresa forestal se ahorró de perder 15.000 u$s en una sola transacción,la que estaba casi a la firma). Esta medida es bastante controvertida, pues no es fácil sumedición, y tiene parte subjetiva (según el consultor internacional Evan Shield, de Australia ,el metro estéreo es una de las unidades del grupo de las “unidades moralmente ilegales” enel mercado maderero).

Muchas veces no es factible hacer una transformación directa del tonelaje que rinde unmonte a el volumen en metro estéreos, por lo que lo usual es que el profesional al hacer lacubicación calcule el resultado total por separado, dando las alternativas La madera paracelulosa aprovecha distintos diámetros, árboles tortuosos, retroza en medidas más cortas, ycomo contrapartida deja en el monte la corteza.Incidencia de la corteza: Para el caso de E. Grandis se ha determinado que fluctúa envolumen 7 a 10 % en rollizos gruesos y 9 a 13 % en rollizos finos, siendo casi similar laincidencia es peso, pues está muy húmeda. Esto no sucede así con los pinos los que varíansegún la especie, como ejemplo en pino taeda de 13 años se tiene una incidencia de 17 %en volumen y de 9 % en peso, lo que indica la baja densidad de la corteza. (Sánchez A., M,1987)Variación del peso: Posteriormente al sistema de metro estéreo los celulósicos, y las plantasde tablero comenzaron a comprar por tonelada, pero el problema que este tipo de madera nose retira inmediatamente del monte y aveces llegan a pasar meses en el monte. Por ellopara poder hacer los ajustes el INTA efectuó curvas de secado de los rollizos porestacionamiento en distintas épocas. Como ejemplo, continuación se muestra elcorrespondiente a un caso en la época invernal.

Page 43: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 59

Rápidamente del mismo surge la rápida pérdida de peso en los primeros días,llegándose a detectar en E. Grandis mermas de más del 5% en solo las primeras 24 hs.

Asimismo se estudió el peso inicial de un m3 st, y el resultante cuando llega al puerto deexportación, de lo que se obtuvo que en promedio recién cortado pesaba 610 Kg/m st, y alser embarcado mermaba hasta casi 500 Kg/m3 st.Peso base seca: Actualmente las empresas de tableros compran aserrín, costaneros(costeros) y tablillas de desperdicio, todo por tonelada, pero para ello debieron establecercoeficiente medios los cuales se llevan a ”peso base seca”, suponiendo una humedadpromedio, lo que permite hacer la conversión de la madera realmente contenida.

Estos valores son válidos para Eucalyptus grandis con pureza varietal, ya que en elcaso de madera de semillas antiguas, con cierto grado de hibridación, la densidad aumentasensiblemente, por lo que en el caso de trabajar por volumen el productor pierde en latasación.

El tema de unidades de medida es una de los puntos que más “ruido” trae al sistema.La diversidad de unidades (ya que existen más que las mencionadas en este trabajo) haceque las comparaciones entre zonas sean más que dificultosas, asimismo en los procesosposteriores, estas vuelven a cambiar. Todavía no se entiende muy bien porque la maderaaserrada se comercializa en el sistema anglo de pies y pulgadas, inclusive creando unaunidad imposible de imaginar por el usuario (el pie2 tabla, o la pulgada chilena, que enrealidad son medidas de volumen), para traer más turbidez al sistema cuando esa tabla llegaal consumidor final se vende por “metro lineal” de la escuadría que se trate, lo que hace queni el propietario del aserradero entienda a cuánto llega su madera al menudeo.

Por ello la difusión de información y estandarización de unidades (m3 p. ej) aportantransparencia al sistema.

Para la obtención de todos estos conocimientos y valores se hace necesario trabajarmancomunadamente con la investigación, resultando fundamental lograr la posteriortransferencia hacia los productores.

Page 44: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

60 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

2.2.4. Información sobre los precios, variación

Un dato fundamental en el momento de la venta es el conocimiento del precio de lamadera, sea puesta en monte (en pie), en playa de monte, o en la playa del aserradero ,industria o el puerto.

Para ello se debe montar un sistema de captación de información y difusión que trabajecon total independencia y que pueda mantenerse en el tiempo. Tal vez una de las clavespara lograr la estadística de precios que lleva mensualmente el INTA desde 1983, es elhaber logrado la confianza de los productores e industriales aportantes de la información.Resultó de fundamental importancia al inicio recorrer personalmente las empresas, yentregar en forma casi inmediata los resultados de las encuestas, ya que los empresariosestán cansados de entregar información que nunca saben para qué se usa y donde aparecepublicada.

El mantener una planilla sencilla de precios (de una carilla) ha resultado en que losproductores se mantengan informados, ha homogeneizado los precios y a servido para basede consulta , tanto de estudios técnicos como muchas veces de aspectos legales (casos dejuicios).

Al final del trabajo se anexa la última planilla de precios confeccionada para el mes demarzo de 2001.

Impacto de la extensión en los precios

Tal vez uno de los mejores índices para medir la incidencia que ha tenido la extensióndentro de una misma región, es la comparación de los valores obtenidos, y la amplitud entrelos mínimos y máximos en épocas pasadas y en la actualidad .

En el primero de los casos (el valor) puede tener o no incidencia la extensión, dado quepuede estar influenciado por otros condicionantes más fuertes, como falta de madera,aparición de industrias, apertura d nuevos mercados, etc, pero la disminución de “amplitud”entre los precios mínimos y máximos evidencia un mayor grado de conocimiento de losprecios y por ende una mayor transparencia del mercado.

Si se tiene en cuenta los valores de los precios para madera rolliza, obtenidos por elproductor, en pie (en el monte ) con los de la actualidad (de 13 a 16 u$s/t en pie c/c) se tieneque, tomando como base 100 el precio menor:

Eucalipto , madera rolliza amplitud media de precios en 1984 : 152.0 %Eucalipto, madera rolliza, amplitud media de precios en el 2000: 40.0 % (actual 25 .0%)La cadena de producción – el valor agregado

Para Entre RíosHoy día la cadena de precios y productos y servicios en la cadena forestal eucalipto seríaMonte en pie: 14.5 u$s/tApeo- elaboración carga a camión : 5.0 u$s/tFlete a aserradero 30 km : 3.5 u$s/tTotal puesto en aserradero 23.0 u$s/t ( empresas de servicio que colocan a 25u$s/t)

Una tonelada rinde 180 pie2 tabla a 0,25 cts el pie2, la t pasa a representar 45 u$s, osea que la materia prima está representando cerca del 50 % del costo (sobre precio de

Page 45: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 61

venta). Estos precios son sin IVA impuesto al valor agregado del 21% que se neutraliza encompra-venta.

Dado su bajo valor hoy día se ve la necesidad de incorporar valor agregado con lo quese pueden lograr mayores márgenes, un cuadro comparativo general de precios, sin IVA, deE. Grandis es:Madera aserrada, verde, sin clasificar : 100-110 u$s/m3

Machimbre (lambris) calidad normal : 200–220 u$s/m3

Machimbre de buena calidad: : 300–320 u$s/m3

Madera clear, seca cepillada : 400-420 u$s/m3

Tableros enlistonados encolados : 700–750 u$s/m3

Para Salta:La madera se extrae del monte previa realización y aceptación por parte de la Autoridad

Provincial de un Plan de Aprovechamiento Forestal, por el que además de los honorariospagados a un profesional inscripto, el maderero abona $ 3,00 por ha en concepto dederechos de inspección. Cada Guía de extracción, lleva un sellado de $ 2,70. El Impuestoforestal a la extracción de Cedros es de $ 4,70 /m3, el mayor de todas las especiesadministradas por la Provincia. Por metro cúbico en bruto, puesto en Orán se comercializaCedro desde $ 450 el especial rosado, 400 la primera rosado, 300 la segunda rosado y elOrán especial,230 -250 la tercera rosado y la primera del Orán, 200 la segunda Orán y 180la tercera del mismo tipo.La cadena para el “Cedro Orán” (menor valor que el Cedro rosado). Precios sin IVA- En pie ( estimado) : 90 -110 u$s/m3

- costo de aprovechamiento y flete aserradero : 90 u$s/m3

- En playa aserradero: 180- 200 u$s/m3

El m3 de madera aserrada en aserradero 0.8 a 1.2 $/p2 : 340 - 500 u$s/m3

En corralón o boca de expendio de 1.6-2.0 $/p2 : 680 – 840 u$s/m3

Un m3 de rollizo rinde en aserrado 280 –300 pie2 tabla, cuando se aprovechan hastapiezas pequeñas. (Para el caso de madera de 1º calidad, rollo ideal en forma y sanidadCedro: por cada m3 obtienen en tabla entre 280 – 300 p2 Lapacho, Quina: 180 a 220 p2 yAlgarrobo: 100 –150 p2)

Para el “cebil colorado” sería:- En pie ( estimado) : 30 u$s/m3

- costo de aprovechamiento-flete aserradero : 100 u$s/m3

- En playa aserradero: 130 u$s/m3

El m3 de madera aserrada en aserradero 0.5 a 0.7 $/p2: 210 - 300 u$s/m3

En corralón o boca de expendio de 0.8 – 1.2 $/p2 : 340 – 500 u$s/m3

Un caso interesante para comentar como valor agregado, es lo que puede suceder conmaderas duras cuando se tornean las varillas.varilla rural aserrada mediana (de 1 pie 2) : 170 u$s/m3

3 piezas torneadas (mates- ceniceros) : 500 u$s/m3

torneado de esa varilla (3 palos de amasar) : 1.100 u$s/m3

De estos casos se desprende la necesidad de incorporar valor agregado para mejorar losmárgenes de comercialización, lo que a su vez generará mayor ocupación de bienes y manode obra.

Page 46: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

62 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

2.2.5. Información sobre mercados – generando alternativas .

Un punto importante en una zona diversificada como la de Entre Ríos, es la de conocerlas variantes de comercialización (celulosa, tableros, aserrado para tabla, para cajones, parapallets, venta de postes). En este sentido la información brindada por la extensión colaboraen la toma de decisiones. Asimismo, la generación de clases estandarizadas podrá llevar enel futuro a obtener valores indicativos con márgenes de variación mucho mas estrechos, talcomo sucede en el mercado de los cereales, aunque en madera existe una variación“biológica mayor” (ajustables por calidades)

La extensión misma puede generar alternativas de comercialización difundiendo usosno tradicionales o alternativos. Un caso concreto fue la creación en los años 90´ de unmercado para material de poco diámetro. El INTA junto con empresas de la zona vitivinícolacomenzaron a desarrollar un mercado de pequeños postes (rodrigones) de 5,5 cm en puntafina, se asesoró a la empresa sobre el trabajo a escala industrial, y como resultado se hoydía se tienen instaladas casi 10 plantas, las que impregnan más de 5 millones derodrigones/año, lo que genera en la zona un movimiento de venta de más de 2 millones deu$s y ha favorecido el manejo de los montes (raleos) y los ingresos por ha en 150 u$sadicionales, amén de generar mano de obra.

Tal vez el desafío futuro para la extensión sea el desarrollo de madera para industriascon mayor valor agregado, lo que posibilitará la obtención de mayores precios para losrollizos de mejor calidad.

3. DISCUSIÓN DE LA INCIDENCIA DE LA EXTENSIÓN

Según se ha analizado en cada paso de la comercialización puede tener pérdidasoriginadas por la falta de información o deficiencia en la medición o evaluación.

Sobre una base de 100 podemos en un caso de eucalipto podemos llegar a tener lassiguientes pérdidas:Desconocimiento del precio (un dólar/t) : 7.0 % (antiguamente podía ser del orden del 20-30%)Error en la estimación por la ubicación : 3.0 % (sub-valuación)Error en la ubicación: 10.0 % (mínimo, si no se recurre a un técnico)Error en aplicación de coeficientes 3.0 % (corteza, humedad, densidad)Pérdidas totales .................................. 23.0 %

Para el caso de un monte de 250 t /ha resulta en una merma de 57 t/ha, si se consideraque hoy día, dado los altos crecimientos obtenidos, es bastante difícil de obtener gananciasde 40 –50 t/ha sobre los promedios, lo que representaría un 15-20%, resulta que se puedenperder por solo falencias en el momento de comercialización, luego de haber esperado 12años para ello.

Como se comentara, en el caso de Salta el solo hecho de los sistemas de medición,con descuentos arbitrarios producen mermas reales sobre el volumen en mas del 30 %, a loque se puede sumar el hecho de que el productor de monte nativo normalmente no sabecalcular el precio de la madera y se rige en ciertas ocasiones en valores fijados por grandesempresas.

Normalmente los precios se fijan ajustando hacia abajo, llegando a ser el forestador lavariable de ajuste. Evidentemente la falta de claridad va a favorecer a los sectoresespeculativos y más poderosos, por lo que la transparencia que se logre tenderá a mejorar el

Page 47: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 63

negocio forestal desde el punto de vista de los pequeños y medianos forestadores yproductores primarios

4. SÍNTESIS DE CÓMO SE TRABAJA ACTUALMENTE – FALENCIAS

La situación comentada, de falta de recursos financieros y humanos (factor común a lasdistintas regiones) hace que se deban tomar estrategias adecuadas a las condiciones.

En la región de Entre Ríos existe una adecuada cantidad de técnicos privados quetrabajan asesorando, por lo que una de las estrategias es la de capacitarlos y difundir através de los mismos la información y tecnologías. Esto resulta muy importante a la hora dellegar a los productores con un mismo “discurso” entre la actividad oficial y privada.

Esta región en particular tiene productores pequeños que no viven exclusivamente de laforestación, por lo que la tarea fundamental es lograr que ellos recurran al asesoramientoadecuado de los profesionales.

Para el logro de esta transferencia el INTA organiza periódicamente “reuniones deintercambio” con profesionales y grandes productores, cursos cortos, y para el sector engeneral realiza las tradicionales “Jornadas Forestales de Entre Ríos” a la que asisten unas300 personas de todos los subsectores.

Publica distintos tipo de artículos, ha editado una especie de “vademecum” denominada“Carpeta de información forestal, el cual incorpora pequeñas separatas todos los años), editóun manual general para el productor de eucalipto y publica una planilla de precios y costosforestales con cierta periodicidad. Adecuándose a los tiempos actuales, en el año 2000 hainstalado una página web www.concordia.com.ar/inta y ha iniciado un boletín electrónicogratuito semanal denominado Novedades Forestales , que cuenta con 800 suscriptores, yque a su vez es retransmitido en distintas zonas Cabe acotar que este tipo de comunicaciónsi bien sólo llega directamente al estrato y nivel de población “con PC y conexión a internet”,es retransmitido por diversos medios como diarios, tv, radio, etc. (se puede solicitar ale.mail [email protected]) .

5. CONCLUSIONES – RECOMENDACIONES

- La extensión a través de la información, asesoramiento, capacitación y transferencia detecnología aporta sustancialmente a transparentar los mercados forestales. Suimplementación podrá lograr en futuro una mayor estandarización de los precios.- Puede lograr que se eviten pérdidas en los ingresos superiores al 20% en el caso debosques implantados, y más del 30% en los nativos.- Su accionar favorece a los productores forestales, especialmente a los pequeños ymedianos de los sectores primarios.- La extensión colabora en gran medida a captar información estadística sólida, que sirvecomo base para todo tipo de análisis y estudios.- Los sistemas de extensión en Argentina están en franco retroceso, se deberá readecuarsus estructuras, reestablecer su masa crítica, lograr mantener su independencia, ycontinuidad, para lo cual conviene que sea implementada por entes oficiales.- La extensión deberá agudizar su ingenio para lograr los objetivos con caminos y métodostal vez distintos a los tradicionales, y generando alianzas estratégicas.

Page 48: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

64 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

6. AGRADECIMIENTOSDesde estas sencillas líneas nuestro reconocimiento al fallecido Contador Dr Luis

Larocca, de la sección Economía del INTA Concordia, quien por muchos años colaboró amantener la calidad y continuidad de la información en la región de Entre Ríos, la que hoydía es reconocida en todo el país.

Al ayudante Sr Julián Ciucio, quien por los muchos años colaboró en la trabajosa tareade recoger y distribuir la información aserradero por aserradero, y productor por productor.

Al Ing. Agr. Carlos Suárez por sus valiosos aportes en cuestiones de mercado forestal.

BIBLIOGRAFÍA

GLADE, J. Crecimiento y producción de montes de eucalyptus grandis en Concordia. Carp Ftal

INTA, 1977 Pautas de política institucional sobre extensión y transferencia de tecnología. Bs As 12p.

INTA, 1998 Documento de extensión del centro regional entre Ríos, Doc. Interno Paraná. ER

INTA, 1977 Encuentro taller regional de actividades de extensión y transferencia del INTA, Concordia 15 p.

INTA E. Rios, Análisis y propuestas para la generación y transferencia de tecnología. Paraná12 p.

INTA – SAGYP manual para productores de eucaliptos de la mesopotamia Argentina.

INTA Concordia – estadísticas de precios de productos forestales de 1993 a 2001-06-02

MINETTI, J. M. 1996. Informe sobre el relevamiento de empresas y comerciantes forestales de Orán, Tartagal,Embarcación, Güemes y Salta. Proyecto Desarrollo Agroforestal en Comunidades Rurales del NOA – GTZ.Inédito. Salta.

MINETTI, J.M. Características de la comercialización de maderas nativas en Orán y Tartagal (Salta) 2001. Noeditado.

SAGPyA: Información forestal en página web www.sagpya.mecon.gov.ar Bs As 2001

SANCHEZ ACOSTA , M- REMBADO G. Pérdida de humedad por estacionamiento de rollizos de Eucalyptus grandisen Concordia. Actas congr ftal arg. Posadas, 1998.

SANCHEZ ACOSTA, M. Productos forestales evolución de precios en Concordia 1984-1986. Carpeta Inf, Ftal INTAConcordia trabajo I.6, Concordia, 1987.

SANCHEZ ACOSTA M, Relación peso/volumen en madera rolliza, incidencia de la corteza. Carp Inf. Ftal Inta Cdia.G.1. Concordia , 1987.

.SUAREZ, Carlos Alberto. 1998. Estudio del Mercado Argentino de Maderas en Rollos y Aserradas de algunasEspecies Seleccionadas. Inédito. Orán, Salta.

VARELA, Roberto Celso. 1995.Aprovechamiento Forestal: Apeo, Extracción y Transporte. Cartilla de divulgacióntécnica Nº 10. EECT INTA. Yuto, Jujuy.

Page 49: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 65

ANEXOS - TABLAS

Tabla 5 - Precios por m3 rollizo según calidades puesto en playa de aserradero (2001)

CalidadEspeciePrimera Segunda Tercera

Cedro orán 200-250 198 152Nogal 240 190 140Roble 280-290 250 190Lapacho 180-220 150 120Quina colorada 220-240 200 144Cebil UNICA 80-100Tipa colorada 220-247 200 145Urundel 120 100 85Mora 210-220 160 120Palo blanco 100-110 90 80Palo amarillo 100-110 90 85Pacará 110 100 85Afata 100-120 90 85Varias *** UNICA 80

*** Especies como Tipa blanca, Virarú, Espinillo, Quebracho colorado, Quebracho blanco, Lanza blanca, Quinablanca, Sauce criollo

Tabla 6 - Precios madera aserrada promedios por pie2 en Orán y Tartagal ( 2001)

Especie $ / pie 2Cedro orán 0.90-1.40Nogal 0.98-1.70Roble 1.10-1.80Lapacho 1.30-1.60Quina colorada 1.30-1.60Cebil 0.70-0.90Tipa colorada 1.30-1.60Urundel 0.70-0.90Mora 1.00-1.30Palo blanco 0.70-0.90Palo amarillo 0.70-0.90Pacará 0.70-1.00Afata 0.70-1.00Varias *** 0.70-0.80

Lista de especies citadas en el estudio

Page 50: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

66 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Tabla 7 - Especies maderables aprovechadas en los Dpto. San Martín y Orán con fines comerciales

Tipo de maderaNombre común NOMBRE CIENTÍFICO

ML MM MDAfata Cordia trichotoma XCebil colorado Anadenanthera colubrina XCedro coya Cedrela lilloi XCedro orán Cedrela angustifolia XLanza blanca Patagonula americana XLapacho amarillo Tabebuia lapacho XLapacho rosado Tabebuia avellanaedae XMara Loxopterygium grisebachi XMora amarilla Maclura tinctorea XNogal criollo Juglans australis XPacará Enterolobium contortisiliqum XPalo amarillo Phyllostilon rhamnoides XPalo blanco Calycophyllum multiflorum XQuina blanca Lonchocarpus lilloi XQuina colorada Myroxylon peruiferum XRoble Amburana cearensis XTipa blanca Tipuana tipuTipa colorada Pterogyne nitens XUrundel Astronium urundeuva X

Referencias ML Maderas livianas MM Maderas medianas MD Maderas duras

Page 51: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 67

Tabla 8: Precios de productos forestales, (euc y pino) Concordia, ER marzo 2001 EEA INTA CONCORDIA - ESTADISTICA DE PRECIOS FORESTALES

N-E de Entre Ríos Fecha: Marzo 2001 DETALLE Unidad de Precios al productor en $ (sin IVA) OBSERVACIONES

medida mínimo medio máximo1. Monte en pie (madera rolliza)Madera para aserradero Eucalipto(+12 cm punta fina) con corteza tonelada 13,0 14 16,0 Los valores máximos p/madera gruesa

Pino (+14 cm en punta fina) con corteza tonelada 18,0 19,0 22,0 Poco movimiento

Madera para exportación o celulosaEucalipto (+ 6 cm punta fina) sin corteza m3 estereo Zona al sur de Concordia, poco movimiento

Postes largos (cada arbol, en pie)Eucalipto para postes de 7.5 - 9 m c. Planta 7,0 7,5 8,2 poca variación- faltan postes gruesos

2. Madera en playa de montePostes-tijeras-varasPostes 7,5 a 9 m eucalipto s/corteza metro lineal 1,10 1,15 1,20 Oreados, para cargar. Poste 3 m 1,20 $ c/u

Tijeras eucalipto sin corteza (2) metro lineal 0,40 0,45 0,50 sobre camión

Rodrigones eucalipto sin corteza (3) c. unidad 0,35 0,40 0,45 sobre camión, piden de * de 7 cm

Varas eucalipto sin corteza (4) c. unidad 2,00 2,20 2,60 sobre camión, varía con la calidad

Tutores sin corteza c. unidad 0,20 0,21 0,22 sobre camión, L 2,5 m, diam. 3 a 6 cm

Leña puesta en Monte (zona Federal)Ñandubay oreada con corteza tonelada 30,0 Elaborada, para cargar (seco 35$/t)

Ñandubay campana sin corteza tonelada 55,0 Elaborada, para cargar, especies nativas

Mezcla (nativas) verde con corteza tonelada 20,0 Elaborada, para cargar

Fuente: Nucleo Extensión Federal

3. Madera en playa de puerto p.export.En C. del Uruguay, eucalipto sin corteza m3 estereo Puesto en el Puerto, sin datos

4. Madera puesta en planta industrial Rollizo para aserradero, en playa (1)Eucalipto (+12 cm p.fina) con corteza tonelada 22,0 24,0 25,0 En base a costos de elaboración y flete

Eucalipto (+ 18 cm p.fina) con corteza 27,0 28,0 29,0 madera de Corrientes a 26-29 $/tn

Pino (+14 cm p.fina) con corteza tonelada 28,0 29,0 31,0

Para celulosa en C. Bermúdez Santa FeEucalipto rollizo, sin corteza. m3 estereo 22,0 22,5 23,0

Para celulosa, en Quilmes Bs AsEucalipto rollizo, sin corteza tonelada sin datos

Para tableros, en Fábrica ConcordiaRollizos pino de raleo, con corteza tonelada 19,0 19,5 20,0 c/corteza - Puesto en fábrica

Rollizos eucalipto finos, con corteza tonelada 17,0 c/corteza - Puesto en fábrica

chips pino (sin corteza) tonelada 20,0 (humedad de 60 a 80 %)

chips eucalipto (en fábrica, sin corteza) tonelada 16,0 16,5 17,0 chip con corteza 13 $/tn

Costaneros de eucalipto (en fábrica c/c) tonelada 7,4 En playa aseradero 3$/tn (sin cargar)

Aserrín eucalipto (puesto en fábrica) tonelada 10,5 en aserr. 1,8 $/tn, sin cargar, 3,2$/t cargado

Aserrín pino (puesto en fábrica) tonelada 8,25

Viruta (en fábrica) tonelada 14,0 en aserr: 3 $/tn sin cargar, 5$/t cargado

5. Madera Procesada -Postes- rodrigones impregnados CCARodrigones ( mínimo 5,5 cm p. Fina) unidad 1 1,20 1,70 varía con el diámetro, hoy más de 7cm

Postes 7,5 m unidad 20,0 21,0 22,0 varían con el diam en la cima

Postes 9 m unidad 28,0 29,0 30,0

Madera aserrada Eucalipto (tabla-tirante estandar) pie2 0.22 0.24 0,26

Eucalipto, tablas para pallets pie2 0,25 0,26 0,27

Pino pie2 0,30 0,31 0,32 Seco en horno 0,34 $/p2

6. Madera reprocesadaMachimbre Eucalipto (0.5" espesor) m2 2,30 2,40 2,50 sin cambios

Pino (0.5" espesor) m2 2,60 2,70 2,80 sin cambios, precio max por buena calidad

Pallets de eucalipto, armados pie2 0,32 0,34 0,37 por p2 de pallet armado(europallet 4,2$ c/u)

Cajones fruteros de eucaliptoJaula (sin retorno) c/u 0,70 0,75 0,80 2,05 pie2 de tabla

Torito (sin retorno) c/u 0,70 0,72 0,77 1,80 pie2 de tabla

Cosechero c/u 2,80 3,00 3,20 4,5 pie2 (varían las medidas)

7. Fletes: Madera rolliza (30km) ton 3,20 3,50 3,7 Desde Corrientes de 6 a 14 $/t según zona

Madera aserrada (450km) pie2 0,040 0,045 0,047 Sin mayores cambios

Tierra con aptitud forestal ha 700 900 1000 Valor mínimo: pesados, máximo: mestizos

Page 52: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

68 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

C4-5

Progresso tecnológico no Setor Florestal Brasileiro

����� ������ �������������������� ����������� �

Rezende, J.L.P. ([email protected])Universidade Federal de Lavras, Brasil

Valverde, S.R. ([email protected])Universidade Federal de Viçosa , Brasil

RESUMO: O setor e a atividade florestal brasileira experimentaram extraordinária evolução nos últimos anos a partirde novas técnicas de formação, condução e exploração de florestas plantadas. As novas tecnologias foramdesenvolvidas objetivando facilitar a substituição de fatores escassos, portanto, dispendiosos, por fatoresrelativamente abundantes e, portanto, baratos na economia. A mudança tecnológica pode ser entendida como aaplicação de novos conhecimentos no processo de produção que promoverão uma mudança para cima na funçãode produção ou um movimento das isoquantas em relação à origem. A taxa de mudança tecnológica poderá sermedida pela produtividade e pelos custos. É incontestável que o avanço técnico no setor florestal brasileiro ocorreu,principalmente, em conseqüência de novas oportunidades econômicas, criadas por desenvolvimentos no setor não-florestal e por competição com mercados de outros países. Um exemplo disso é o surgimento no Brasil dasprimeiras indústrias de MDF. Há três maneiras de estudar o progresso tecnológico. Primeiro descrever a evoluçãohistórica do processo de produção de madeira de reflorestamento. Isto é, levantar qualitativamente as inovaçõestecnológicas ao longo do tempo, narrar cronologicamente o desenvolvimento de processos tecnológicos e enumerara seqüência e o tempo das atividades inovadoras. Em segundo lugar analisar o padrão de crescimento da produçãode madeira de reflorestamento, por exemplo, por meio do modelo shift-share. É o estudo chamado econométrico oude funções de produção. Terceiro, estudar a evolução dos coeficientes técnicos-econômicos ao longo do tempo. Porexemplo em 1980 a relação m3 de carvão/tonelada de gusa era de 4:1 evoluindo para 2,6:1 em 1998, a densidadedo carvão evoluiu de 200kg/m3 para 270kg/m3 no mesmo período. Estas três maneiras de avaliar o progressotecnológico serão mostradas.ABSTRACT: The Brazilian forestry sector has experienced an extraordinary evolution over the last years with theuse of new planting, cultivation and harvesting techniques. The new technologies were developed to facilitate thesubstitution of scarce and expensive resources for resources relatively more abundant and cheap. Thetechnological change can be understood as an application of new knowledge into the production process to promotean upward shift of the production function or a movement of the isoquanta apart from the origin. The technologicalrate of change can be measured by the variation on productivity and costs. It is undeniable that the technicaladvance in the Brazilian forestry sector occurred mainly as a result of new economic opportunities induced by non-forestry sectors and increase of competition with other countries. An example is the arrival in Brazil of the first MDFindustries. Three approaches can be used to study the technological progress. First, to describe the historicalevolution of the wood production process based on planted forests. That is, to evaluate qualitatively thetechnological innovations along the time, tell chronologically the development of the technological processes andenumerating the sequence and the timing of the innovative activities. Secondly, to analyze the growth pattern of thewood production level on reforestations based, for example, on the shift-share model or other econometric models.Thirdly, to study the evolution of economic coefficients over time. For example, in 1980 the ratio cubic meters ofcharcoal per ton of pig iron was 4:1, decreasing to 2.6:1 in 1998, with respective increase from 200 kg/ m3 to 270 kg/m3 in the charcoal density parameter on the same period. The presentation shows these three approaches withmore details.

Page 53: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 69

C5-2

A evolução dos investimentos públicos no setor florestal brasileiro.

������ "� �� ���"#��������������������������� ��������� �

Macedo, A.R.P. ([email protected])BNDES, Brasil

BNDES - EVOLUÇÃO ANUAL DOS DESEMBOLSOS

9,677

17,894

1,231

18,991

2,311

18,052

1,923

23,046

347

1996 1997 1998 1999 2000

Operações no Mercado Secundário

BNDES - ITENS FINANCIÁVEIS

� estudos, projetos, serviços de topografia, consultoria, inventário, assistência técnica,certificação, auditoria, treinamento e monitoramento;

� infra-estrutura necessária ao reflorestamento e manejo, estradas, aceiros, prevenção ecombate a incêndios florestais; insumos e serviços para produção ou aquisição desementes e mudas, viveiros, condução da cultura (abertura, preparo, plantio, replantio,limpeza, poda e rebrota) e manutenção florestal.

Page 54: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

70 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

BNDES - ITENS FINANCIÁVEIS

� conservação do solo e da água;� irrigação e controle fitossanitário;� pesquisa e desenvolvimento;� enriquecimento de cobertura vegetal nativa;� preservação, conservação ou recuperação ambiental;� restauração de Áreas de Preservação Permanente;� aquisição de máquinas e implementos nacionais;� fomento e extensão florestal.

� serviços de engenharia, projeto, etc;� compra de equipamentos nacionais;� montagem, construção civil;� capital de giro associado;� despesas financeiras;� investimentos sociais;� recuperação ambiental.

REFLORESTAMENTO CONDIÇÕES DE APOIO DO BNDES

� Nível médio de participação: entre 40% e 50%� Ítens financiáveis:

� programa de três anos, abrangendo todos os gastos com silvicultura (plantio,reforma, rebrota); manutenção florestal; construção de viveiros; estradas;pesquisas, etc;

� compra de equipamentos nacionais que se enquadrem nas regras da FINAME.

� Custo

TJLP + spread básico + spread de risco (2,5% a.a.) (até 2,5% a.a.)

� Prazos Máximos

- eucalipto => 10 anos, sendo 7 de carência e 3 de amortização- outras espécies => 12 anos, sendo 9 de carência e 3 de amortização

INDÚSTRIA CONDIÇÕES DE APOIO DO BNDES

� Custo

TJLP + spread básico + spread de risco (2,5% a.a.) (até 2,5% a.a.)

� Prazos Máximos 8 anos, sendo caso a caso adaptado ao retorno esperado para o investimento; - prazo de carência de até 6 meses após partida comercial.

Page 55: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 71

C5-2

Políticas para el Desarollo de una Industria Forestal Competitiva

� ����� ���������� ������ ����� ��������� �������"����

Newman, D.H. ([email protected])Warnell Escuela de Recursos Forestales

Universidad de Georgia, USA

RESUMEN: El desarrollo de la forestaría en muchos países se ha basado a menudo en la presencia decomportamientos substancialmente no competitivos y de fallas del mercado. Monopsonios y oligopsonios se hanencontrado a menudo en la presencia de mercados privados, y la presencia de situaciones monopsonísticascaracterizan a menudo la utilización de recursos públicos. Estas fallas del mercado pueden conducir a substancialesineficacias del mercado y a problemas con respecto al uso de los recursos forestales. Los problemas tales como ladeforestación, el desperdicio de activos, y el desarrollo tecnológico deficiente son preocupaciones comunes. Elsurgimiento de nuevos mercados internacionales de productos forestales puede tratar de muchas de laspreocupaciones de mercados no competitivos, pero como es discutido en esta presentación, pueden persistir aúnsubstanciales limitaciones de política económica para su real implementación. Durante la presentación se describeel impacto de mercados competitivos usando ejemplos de EE.UU. y de Americana Latina.ABSTRACT : The development of forestry in many countries has often been based on the presence of substantialnoncompetitive behavior and market failure. Monopsonistic and oligopsonistic have often been found in the presenceof private markets and the presence of monopsolistic situations often characterize state owned resources. Thesemarket failures can lead to substantial market inefficiencies and problems with respect to the use of forest resources.Problems such as deforestation, wasting of assets, and poor technological development are common concerns. Thedevelopment of international markets in forest products can deal with many of the concerns of noncompetitivemarkets but as will be discussed, there may be substantial political economy limitations to their development. Thepresentation will describe the impact of competitive markets using U.S. and Latin American examples.

PLAN DE LA PRESENTACIÓN� Antecedentes� Políticas y factores que ya existen que efectan la competitividad del sector forestal

� Problemas geográficos y de la infrastructura� Prohibición de la exportación de trozas� Pobre estructura del mercado forestal para el uso eficiente de la madera y los

desperdicios� Alternativas para el sector� Conclusiones

¿Qué es tan bueno sobre mercados competitivos en el sector forestal?� Más eficacia y flexibilidad en la producción� Permite la creación de mercados nuevos para productos secundarios� Permite por si mismo-corrección de cambios con mínima intervención del gobierno� No proteje necesariamente bienes públicos

� Pero, en el plazo largo, es probable que los proteja las mas que las alternativas

Page 56: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

72 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Factores geográficos y de infraestructura� Monopsonia natural y la industria forestal� Dificultad en acceso debido al terreno� Falta de caminos buenos y acceso a mercados internos y externos� Escala de producción insuficiente de plantaciones que ya existen

Problemas que limitan el cambio a un sistema sostenible en los paises de AmericaLatina� La madera del bosque natural substituye la madera de plantaciones y otro sistemas

sostenible por sus precios bajos� Alto costo de capital y la importancia del tiempo en la inversion forestal� Dificultades en el transporte que aumentan el costo de producción� Pobre estructura de los mercados para madera y para productos de madera� Falta de tierra disponible?

Efecto en el mercado del bajo precio de la madera del bosque

Desventajas de plantaciones en paises Andino como Colombia� Altas tasas de interés� Monopsonia y oligopsonia en los mercados de la madera

� Precios bajos para madera corta� La dificultad inicial de la madera de plantaciones para competir en el mercado mundial� Pequeños operadores y la falta de economías de escala

�������

�������

���������

� ���

�����������������

Page 57: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 73

Ventajas competitivas de plantaciones en paises Andinos como Colombia

� Potencial de crecemiento rápido y costos medianos� Crecemiento 2x - 10x mas rápido que en los EE.UU.� Por razones geográficas, los costos son más altos

� Hay bastante tierra disponible sin cobertura y en usos subeconómicos� La tecnología ya es conocida� Con precios presentes, ingresos de 8-12% son posibles

Algunas justificaciones para la prohibición de exportación de trozas

� Otros paises la tienen� Creación de valor adicional� Desarrollo regional� Es necesaria para proteger empleos� Protección de pequeños productores� Es necesaria para proteger el medio ambiente

Impacto de la prohibición de exportación de trozas

��������

�������

� ���

�����������

�������

��

��

Page 58: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

74 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Resultados de la prohibición de exportación de trozas

� Protección de productores locales� Transferencia de rentas desde la tierra a productores� Demasiada capacidad para el mercado

� Reducción de competencia en producción� Reduce el nivel de tecnología� Reduce la calidad del producto final

� Reducción en incentivos para manejar el bosque� Demasiada destrucción del bosque natural� Substitución del bosque natural por plantaciones

Razones para permitir la exportación de trozas

� Hace la industria mas competitiva� Igual tratamiento para todas las industrias� Fomenta inversiones en tecnología en lugar de capacidad� Aumenta el valor de la madera� Fomenta la inversión en el manejo de bosques y plantaciones

Eficiencia y el uso de madera y desperdicios

� Las señales del mercado no dicen que hay escasez de madera� Se trata la Costa Pacífica como una frontera económica� Demasiada capacidad en el sector debido a los precios bajos

� Los productores usan mas madera en producción� Pero bajo niveles de capital y mano de obra

El problema de monopsonia en el sector forestal

� En muchas regiones del mundo, hay falta de competencia en el mercado para madera� El impacto es uno de precios bjos y iregularidad de precios con el mercado general

� En el sureste de los Estados Unidos, encontramos regiones specificos donde los preciosno son similar a regiones cerca� Usando el metodo anlaytico “cointegracion” obtenemos mercados que son

cointegrado y otros que tener otro caracteristicas

Diseña de políticas para mejorar competencia en el sector forestal

� Necesita tener en cuenta la diferencia entre los objetivos de las politícas y losinstrumentos de las politícas� El uso eficiente del recurso forestal debe ser el objetivo de las politícas forestales� La competencia es solomente un instrumento para alcanzar este objetivo

� El problema hasta ahora está en que la política no alcanza el objetivo ni usa elinstrumento

Page 59: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 75

Factores necesarios para aumentar manejo forestal

� Aumentar el nivel de competencia de la materia prima� Dar mas seguridad a los productores de precios reales� Levantar el nivel de tecnología en producción y reducir desperdicios

� Asegurarse que el precio de la madera del bosque natural refleje todos los costos deoportunidad verdaderos� Si hay escasez, se debe hacer sentir en el mercado

� Los incentivos no son suficiente solos, se necesitan políticas y programas continuos

Opciones para aumentar el nivel de competencia

� Creación de políticas nuevas para corregir problemas de políticas actuales queusualmente son ineficaces� Es mejor corregir politícas malas al principio

� Es mejor crear condiciones que puedan ayudar a todos los sectores y no solamente auno� Infrastructura, carreteras, educación, entrenamiento de mano de obra, etc.

Efecto del mejoramiento de la competencia en el sector

� Cambio en el tipo de producción� Tal vez, reducción en el numeros de empleos en el sector� Pero mejoramiento de la calidad del trabajo

� Mas diversifacación en la industria� Necesidad de cambios en tecnología por parte de los productores

� Mejora en eficacia de producción� Aumento en el manejo de plantaciones

Conclusiones I

� Hay muchos factores que van a tener influencia en el desarrollo la competencia� La prohibición de la exportación de trozas tiene un impacto que es sentido en el sector

de muchas maneras� Las politícas que no le han dado el valor suficiente a los otros usos del bosque han

permitido la baja utilización de los factores de producción� Las politícas no deben involucrarse directamente en la función del sector

Conclusiones II

� Es mejor formular politícas que ayuden con bienes públicos en lugar de politícas queinfluencien la producción directamente

� El cambio a una industria competitiva puede traer beneficios significativos principalmenteen el largo plazo

� Pero, en el corto plazo, el cambio puede ser duro en ambos términos políticos yeconómicos

Page 60: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

76 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

C5-3SISPLAN – Software para a tomada de decisão florestal

������������� ���� ������������������� �

Oliveira, E.B de ([email protected])Embrapa Floresta, Brasil

RESUMO: O sistema SISPLAN é composto por quatro softwares SISPINUS, SISEUCALIPTO, PLANIN e REPLAN.Ele integra métodos de engenharia econômica e de simulação de crescimento da produção de pinus ou eucalipto.Sua função é subsidiar o gerenciamento de reflorestamentos, possibilitando: a definição do tipo de desbaste maisadequado para cada população; a época e intensidade ideais para sua realização; e a determinação da idade idealpara o corte final. Permite, ainda: avaliar o estoque de madeiras disponível na atualidade e a cada ano (volume totale volume por classe de utilização industrial); prever o volume disponível para venda e abastecimento de fábricas;análises econômicas em função de cenários alternativos de custos, preços e demandas. Neste trabalho sãoapresentados alguns detalhes ligados à aplicação prática do sistema.ABSTRACT: The SISPLAN system has four softwares: SISPINUS, SISEUCALIPTO, PLANIN and REPLAN. Thesystem joins economic engeneering methods to a growth and yield simulators for Pinus or Eucalyptus. The first andsecond softwares simulates forest growth, with and without thinnings, and generates growth and productionprognosis tables at stand level and wood assortment for multiple uses according to diameter classes. Besidesevaluating the present and future stock of wood, it performs an economic analysis considering costs, prices andfuture demand. This work shows details of practical applications of the system.

1. INTRODUÇÃO

A existência de mais de cinco milhões de hectares de plantios de espécies de rápidocrescimento no Brasil, aliada à diversificação das possibilidades de utilização da matériaprima, bem como às variações de preços de madeira e custos envolvidos na produção eexploração, justificam o desenvolvimento de métodos de gerenciamento e planejamentoflorestal que possibilitem a análise de informações e tomadas de decisão em função dascondições de mercado ou da demanda da própria empresa.

Dentre estes métodos, destacam-se:I. Métodos biométricos para planejamento florestal, com enfoque à prognose do

crescimento e da produção da floresta, que consistem de técnicas que utilizam uma série defunções matemáticas de forma conjunta e seqüencial, e cujo objetivo é a obtenção deestimativas de variáveis envolvidas no crescimento e na produção dos povoamentosflorestais; II. Métodos de avaliação econômico-financeira e de planejamento e otimização, queconsideram os critérios econômicos para avaliação de projetos de investimentos, envolvendoengenharia econômica e a programação matemática.

É fundamental que um modelo de prognose do crescimento e da produção depovoamentos de Pinus possibilite a simulação de desbastes e a separação das estimativasde volume total de madeira em volumes parciais, estimados especificamente parasegmentos dos troncos com dimensões adequadas a cada finalidade industrial. Para queisto seja possível, este modelo deve estar baseado em funções de distribuição deprobabilidades que descrevam as distribuições de diâmetro e altura das árvores dopovoamento em diversas condições de sítio, idade e número de árvores por hectare.

A integração de um modelo de prognose do crescimento e da produção com astécnicas de engenharia econômica, em um sistema computadorizado, possibilita uma visãoconjunta de fatores biológicos e econômicos, permitindo, através de um processo de

Page 61: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 77

simulação, uma rápida configuração de cenários para o planejamento da produção florestalcom otimização da produção madeireira e dos retornos financeiros.

Assim, foi desenvolvido um sistema computacional para prognose do crescimento eprodução de florestas de Pinus spp e Eucalyptus grandis, que possibilita a simulação dedesbastes e do crescimento e produção anual do povoamento, a obtenção de tabelas desortimento de madeira por classe diamétrica, para múltiplos usos das árvores provenientesde desbastes e do corte final. O sistema dá suporte às análises econômico-financeiras deregimes de manejo, e contempla todos os segmentos de custos operacionais referentes àsatividades de implantação, manutenção e exploração da floresta.

2. OS SOFTWARES DO SISTEMA SISPLAN

O SISPLAN integra métodos de engenharia econômica e simulação do crescimento e daprodução de povoamentos de pinus ou eucalipto. O sistema é composto por softwares, queviabilizam o planejamento da produção da produção florestal. Os softwares são:

1. O simulador SISPINUS, que simula desbastes de florestas de pinus e prevê ocrescimento e produção anual do povoamento, e o sortimento de madeira por classediamétrica para usos múltiplos das árvores provenientes de desbastes e do corte final;

2. O simulador SISEUCALIPTO, que possui as mesmas funções do SISPINUS, entretantose aplica para Eucalyptus grandis ;

3. PLANIN, que possibilita o cálculo dos parâmetros de avaliação econômico-financeira e aanálise de sensibilidade da rentabilidade a diferentes taxas de atratividade; e

4. REPLAN, que gerencia um banco de dados sobre rentabilidade de regimes de manejo,tendo por base o índice de sítio, a taxa de atratividade e a idade de rotação dopovoamento.

O sistema possibilita a definição do tipo de desbaste mais adequado para a floresta depinus, a época e intensidade ideais para sua realização e a idade ideal para o corte final.Pode-se avaliar o estoque de madeira disponível no presente e a cada ano futuro, emtermos de volume total e volume por classe de utilização industrial como laminação, serraria,celulose e energia. O PLANIN considera em seus cálculos todos os segmentos de custosoperacionais de implantação, manutenção e exploração florestal. O sistema viabiliza aanálise econômica da produção de madeira, através de vários critérios de avaliação epossibilita a tomada de decisão sobre regimes ideais de manejo.

SISPLAN auxiliam a tomada de decisão nas atividades de manejo e planejamento daprodução de florestas de Pinus., possibilitando a definição do tipo de desbaste maisadequado para cada povoamento e da época e intensidade ideais para sua realização, bemcomo da idade ideal para o corte final.

Através do SISPLAN, os produtores conseguem avaliar o estoque de madeiradisponível no presente e a cada ano futuro, em termos de volume total e volume por classede utilização industrial. Pode-se, também, prever o volume disponível para venda eabastecimento de fábricas, realizando análises econômicas em função de cenários decustos, preços e de demandas futuras

Como exemplo, considerando-se um povoamento com plantio de 2000 árvores porhectare, com 95% de sobrevivência inicial e índice de sítio de 21,0m. O regime de manejoadotado considera um primeiro desbaste aos 9 anos, sistemático de uma a cada cincolinhas, seguido de seletivo por baixo até 1200 árvores, um segundo desbaste aos 12 anos

Page 62: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

78 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

(Seletivo deixando 600 árvores) e um terceiro aos 16 anos (Seletivo deixando 400 árvores).As informações solicitadas pelo Sispinus encontram-se no quadro 1.

Quadro 1. Informações solicitadas pelo SISPINUS

1. ÍNDICE DE SÍTIO...................................................................... 21,0 m

2. No DE ÁRVORES PLANTADAS................................................ 2000

3. SOBREVIVÊNCIA INICIAL......................................... 95

4. RELATÓRIOS

Idade Inicial............................................................................. 2 anos

Idade Final.............................................................................. 25 anos

Intervalos de........................................................................... 1 anos

5. IDADE DO PRIMEIRO DESBASTE........................................... 8 anos

6. EQUAÇÃO DE SITIO................................................................ EqSit1

7. EQUAÇÃO DE VOLUME ....................................................... EqVol1

8. DIMENSÕES DE TORAS E SORTIMENTO

O processamento destas informações fornece os resultados apresentados no Quadro 2

Quadro 2. Crescimento e produção de P. taeda.

IdadeAnos

Alt.Dom.(m)

Nº deArv/ha

DiâmetroMédio(cm)

Alt.Méd(m)

ÁreaBasal(m2)

VolumeTotal(m3)

IMA(m3)

ICA(m3)

2 2,5 1900 2,2 2,0 0,7 0,7 0,4 0,43 4,7 1900 5,4 3,9 4,3 7,9 2,6 7,24 6,7 1900 8,2 5,8 10,1 27,3 6,8 19,45 8,6 1899 10,6 7,5 16,7 58,2 11,6 30,96 10,3 1899 12,5 9,0 23,3 97,7 16,3 39,57 11,9 1899 14,1 10,3 29,5 142,9 20,4 45,28 13,4 1899 15,4 11,0 35,4 191,7 24,0 48,8

DESBASTE PELA REMOÇÃO DE 1 LINHA EM CADA 5 LINHAS E, EM SEGUIDA, DESBASTE PELA REMOÇÃO DE 311 ÁRVORES (REMOVIDO=50.4)

9 14,8 1200 17,9 13.1 30,2 184,5 25.9 41.410 16,0 1196 19.1 14,1 34,1 224,8 27,4 40,411 17,2 1191 20.1 15.1 37.7 265.7 28.6 40.912 18,3 1185 21.0 16,0 41,0 306,5 29.6 40,8

DESBASTE PELA REMOÇÃO DE 585 ÁRVORES ...(REMOVIDO=99,8)13 19,0 600 24,3 17,8 27,7 230,6 28,9 21,214 20,1 599 25,3 18,6 30,1 262,4 29,2 31,815 21,0 599 26,2 19,4 32,3 293,6 29,3 31,216 21,9 599 27,1 20,2 34,3 324,3 29,4 30,8

DESBASTE PELA REMOÇÃO DE 198 ÁRVORES ....(REMOVIDO=74,9)17 22,3 401 29,0 21,4 26,5 265,7 28,6 15,318 23,1 401 30,0 22,1 28,3 292,4 28,5 26,719 23,9 401 30,8 22,8 29,9 318,4 28,3 26,020 24,7 400 31,6 23,5 31,4 343,9 28,2 25,521 25,4 400 32,3 24,1 32,8 369,0 28,0 25,122 26,1 399 33,0 24,7 34,1 393,7 27,9 24,723 26,7 398 33,6 25,3 35,4 418,0 27,7 24,324 27,4 398 34,2 25,8 36,6 441,7 27,6 23,825 28,0 397 34,8 26,4 37,7 465,0 27,4 23,2

Page 63: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 79

No Quadro 3 são apresentadas as tabelas de sortimento de madeira, referentes àsárvores retiradas nos 3 desbastes realizados e para o corte final, considerando intervalos declasse de 2,0 cm.

Quadro 3. Sortimentos de madeira por classe diâmetrica

DESBASTE (8 ANOS)Diametro (cm) N/Ha Altura VOLUME (m 3/ha)

Lim.de Classe Média Total Lamin.A

Lamin.B

Lamin.C Serraria Celulose Energia

6,0 – 7,9 76 10,0 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,28,0 – 9,9 146 10,5 4,3 0,0 0,0 0,0 0,0 3,6 0,6

10,0 – 11,9 112 10,6 4,9 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 0,712,0 – 13,9 95 10,8 6,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,1 0,914,0 – 15,9 88 11,3 7,6 0,0 0,0 0,0 0,0 6,5 1,116,0 - 17,9 75 11,7 9,3 0,0 0,0 0,0 0,0 7,9 1,418,0 – 19,9 57 12,1 9,1 0,0 0,0 0,0 4,0 4,4 0,820,0 - 21,9 37 12,6 8,0 0,0 0,0 0,0 5,5 2,0 0,4

Total 686 50,4 0,0 0,0 0,0 9,5 34,8 6,1Desramado 7,2 0,0 0,0 0,0 7,2

DESBASTE (12 ANOS)Diametro (cm) N/Ha Altura VOLUME (m 3/ha)

Lim.de Classe Média Total Lamin.A

Lamin.B

Lamin.C Serraria Celulose Energia

12,0 – 13,9 84 14,7 6,1 0,0 0,0 0,0 0,0 5,3 1,014,0 – 15,9 126 15,2 14,8 0,0 0,0 0,0 0,0 12,6 2,216,0 – 17,9 161 15,5 24,9 0,0 0,0 0,0 8,8 13,7 2,418,0 – 19,9 111 15,8 22,5 0,0 0,0 0,0 7,8 12,4 2,220,0 - 17,9 55 14,2 13,2 0,0 0,0 0,0 8,5 4,0 0,722,0 – 19,9 35 14,4 10,1 0,0 0,0 3,9 2,5 3,1 0,624,0 - 26,0 17 14,7 8,1 0,0 0,0 3,7 3,0 1,3 0,3

Total 584 99,8 0,0 0,0 7,6 30,6 52,4 9,2Desramado 28,4 0,0 0,0 7,0 21,4

DESBASTE (16 ANOS)Diametro (cm) N/Ha Altura VOLUME (m 3/ha)

Lim.de Classe Média Total Lamin.A

Lamin.B

Lamin.C Serraria Celulose Energia

20,0 – 21,9 77 19,6 23,0 0,0 0,0 0,0 15,3 6,6 1,222,0 – 23,9 64 20,0 23,5 0,0 0,0 7,0 8,8 6,6 1,224,0 – 25,9 23 18,3 10,2 0,0 0,0 5,6 3,0 1,3 0,226,0 – 27,9 16 18,4 8,0 0,0 0,0 4,4 2,4 1,1 0,228,0 – 29,9 10 18,5 5,7 0,0 0,0 4,1 0,7 0,8 0,130,0 - 33,0 7 18,6 4,5 0,0 0,4 3,1 0,8 0,3 0,0

Total 197 74,9 0,0 0,4 24,1 30,9 16,5 2,9Desramado 22,1 0,0 0,4 15,6 6,2

Page 64: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

80 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

CORTE FINAL (25 ANOS)Diametro (cm) N/Ha Altura VOLUME (m 3/ha)

Lim.de Classe Média Total Lamin.A

Lamin.B

Lamin.C Serraria Celulose Energia

26,0 – 27,9 36 25,7 23,7 0,0 0,0 13,4 7,2 2,2 0,528,0 - 23,9 48 26,0 37,5 0,0 0,0 26,3 6,4 4,1 0,730,0 - 27,9 53 26,3 48,3 0,0 0,0 38,8 6,2 2,8 0,532,0 - 31,9 54 26,5 57,1 0,0 13,3 32,3 7,4 3,5 0,634,0 - 35,9 53 26,7 63,3 0,0 26,1 29,5 2,9 4,0 0,736,0 – 37,9 50 26,9 67,3 0,0 27,5 31,3 3,1 4,5 0,838,0 – 39,9 45 27,2 67,7 0,0 37,5 21,4 6,2 2,2 0,440,0 - 35,9 36 27,5 61,0 0,0 41,2 15,5 1,8 2,1 0,442,0 – 44,0 23 28,0 43,6 0,0 29,5 10,7 1,5 1,6 0,3

Total 398 369,2 0 0,0 219,1 42,8 42,8 27,4 4,8Desramado 108,1 0 0,0 25,9 0,0 0,0

As dimensões de toras para o sortimento de madeira por classe de utilização(comprimento e diâmetro da extremidade mais fina) são indicadas pelo usuário. No exemploacima, foram especificados valores para três tipos de toras para laminação (A, B e C),serraria, celulose e energia. Também pode ser indicada até que altura da árvore houve arealização de poda. Com isto, o sistema também apresentou os volumes de madeiradesramada.

3. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA: O SOFTWARES PLANIN E REPLAN.De posse destes resultados pode-se efetuar a análise econômico-financeira através do

PLANIN e do REPLAN. Considerando por exemplo, um povoamento com rotação aos 25anos, adotando-se os custos e preços apresentados no Quadro 4, para uma Taxa deAtratividade de 6% ao ano, através do software PLANIN, o sistema mostrará uma tabela deanálise de sensibilidade para rentabilidade econômica em função de taxas de atratividade,outra com o fluxo de caixa da idade de plantio à idade de corte final e outra com osparâmetros para análise econômico-financeira (Quadro 5).

Quadro 4 – Exemplo de planilha apresentada pelo PLANIN com custos e preços da madeira.CUSTOS (US$) PREÇOS DA MADEIRA (US$) E JUROS (%)

1. Implantação................____700.00/ha 13. Lam. Especial .........._____47,75/m3

2. Corte...........................______0,98/m3 14. Laminação ..............._____27,91/m3

3. Desgalhamento ..........______0,18/m3 15. Serraria ...................._____17,81/m3

4. Extração......................______1,00/m3 16. Celulose ...................______8,94/m3

5. Traçamento.................______0,16/m3 17. Energia .....................______7,72/m3

6. Carregamento.............______0,71/m3 18. Taxa Atratividade....______6,0 %/ano7. Transporte...................______2,30/m3

8. Descarregamento.......______0,67/m3

9. Administração ............_____20,00/ha10 Outros........................._________/m3

11 Outros........................._________/m3

12 Custo da terra............._________/m3

Page 65: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 81

Quadro 5 - Parâmetros para análise econômico-financeira (US$/ha).Parâmetros para análise Econômico-Financeira US$

Receita Total 16.879,92Receita Total Líquida 10.830,52Receita Total Média 767,27Custo Total 6.049,40Custo Total Médio 274,97Receita Líquida Média 492,30Valor Presente da Receita 4.968,41Valor Presente dos Custos 2.599,41Valor Presente Líquido 2.369,00Valor Presente Líquido Anualizado 196,73Razão Benefício/Custo 1,91Valor Esperado da Terra 3.278,92Taxa Interna de Retorno 12,40

Obs: Estes resultados não utilizam as produções do exemplo usado para o SISPINUS

Considerando idades de rotação variando dos 18 aos 30 anos e taxas de atratividadedos 6% aos 12%, através do terceiro software, o REPLAN, efetua-se a análise desensibilidade, conforme a Figura 1, onde observa-se que, para taxas de atratividades de 6%e 8%, as idades ideais para rotação são 26 e 24 anos, respectivamente; para taxas deatratividades de 10% e 12%, o corte final deve ser antecipado para 22 anos.

0

50

100

150

200

250

300

18 20 22 24 26 28 30 32

IDADE (anos)

US$/ha

Máximo

Máximo

Máximo

Máximo

6% a.a.

8%a.a.

10% a.a.

12% a.a.

Figura 1. Valores Presentes Líquidos Anualizados em função de idades de rotação e taxas de

atratividade.

Page 66: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

82 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

4. USO DO SISPLAN NO PLANEJAMENTO DA EMPRESA FLORESTAL .

O processamento integrado dos simuladores com os softwares Planin e Replanpossibilita o planejamento de atividades ligadas ao manejo dos reflorestamentos da Empresaem curto, médio e até longo prazo, conforme especificado nos itens 5 e 6.

No quadro 5 é apresentado como exemplo a parte de um cronograma de desbastes ecortes finais, com os totais, sortimentos e rendas obtidas com a atividade. Para cada ano oprodutor poderá dispor de uma tabela, especificando as intervenções em cada áreareflorestada, e discriminando as produções e a rentabilidade econômica.

O sistema pode ainda ser interligado a programas de pesquisa operacional, de formaque o planejamento considere detalhes de variáveis complexas ligadas à exploraçãoflorestal.

Quadro 6 – Detalhe de cronograma de desbastes e cortes finais de Pinus, para o ano 2002.2002

Projeto PlantioÁREA

(ha)Desbaste

Lamin.

m3

Serraria

m3

Celulose

m3

TOTAL

m3

Lam.

$

Serr.

$

Celul.

$

RENDA

$P35 1982 152,39 Terceiro 640 4.426 1.415 6.481 27,9 15 6,2 93.019P42 1982 447,71 Terceiro 2.750 19.520 7.658 29.928 25,9 14,0 6,5 394.282P65 1982 410,75 Terceiro 840 9.652 3.256 13.748 26,9 13,0 3,2 158.491P84 1984 252,1 Segundo 42 11.625 12.652 24.319 28,3 11,0 5,4 197.386P89 1977 310,01 Corte Final 30.235 88.650 46.587 165.472 21,6 7,3 6,5 1.598.604P93 1986 285,58 Segundo 86 14.000 6.325 20.411 27,6 11,4 6,5 202.517P99 1986 230,89 Segundo 139 12.521 3.459 16.119 24,6 12,0 5,4 171.712P101 1984 190,4 Segundo 25 7.654 7.542 15.221 20,0 9,9 6,3 124.019P103 1984 172,88 Segundo 30 7.544 9.102 16.676 15,6 6,2 4,8 90.553

Total 2.452,71 34.786 175.592 97.996 308.374 3.030.584

5. ALGUMAS VANTAGENS QUE O USO DO SISPLAN OFERECE AO PRODUTOR:

� A obtenção dos regimes ótimos de manejo para os povoamentos, em função do custo deprodução, taxas de juros, preço de madeira no mercado consumidor e de necessidadede fornecimento de matéria prima para indústrias agregadas,

� A quantificação da produção anual presente e futura das florestas de P,taeda e P,elliottii,em função de regimes de manejo economicamente otimizados, tendo por baseprojeções e variações de custos e preços diversos,

� A quantificação da madeira produzida por classes de utilização industrial (laminação,serraria, celulose e energia),

� A realização de análise econômica da produção madeireira de Pinus em larga escala,através de vários critérios de avaliação,

� A realização de análises de sensibilidade para a avaliação do comportamento doscustos e da rentabilidade da produção de madeira de povoamentos de Pinus em funçãode variação nas taxas de atratividade e nos diversos centros de custos e preços,

� A elaboração de cronogramas para a realização de desbastes e de cortes finais, visandoo rendimento auto-sustentável e a máxima rentabilidade econômica, e

Page 67: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 83

� Os softwares PLANIN e REPLAN podem, ainda, ser utilizados para outras espécies,pois são baseados em cálculos matemáticos independentes de aspectos biológicos decrescimento e produção das espécies,

6. COMO O SISTEMA CONTRIBUI NA AGREGAÇÃO DE VALORES AOEMPREENDIMENTO:

O SISPLAN possibilita ao produtor aumente sua renda com o reflorestamento dediversas maneiras, das quais destacam-se:

3,1, Permite calcular quando, quanto e como desbastar cada floresta de Pinus, e definir quala idade ideal para o corte final,

� A escolha do regime de manejo ideal tem agregado um valor médio estimado em, pelomenos, 15% sobre a rentabilidade econômica da floresta,

3,2, Permite quantificar a produção anual presente e futura da floresta de Pinus, em funçãode regimes de manejo economicamente otimizados, tendo por base projeções evariações de custos e preços diversos,

� Sabendo qual será a produção com um ou mais anos de antecedência, a empresaantecipa contratos de venda, consegue melhores preços e assegura-se da absorção daprodução pelo mercado,

3,3, Permite quantificar a madeira produzida por tipo de utilização industrial (laminação,serraria, celulose e energia), Assim, a empresa pode manejar suas florestas para aprodução de madeira direcionada ao uso mais rentável

� Agrega valores através da maior valorização da produção por tipos de utilização

industrial específicos,

3,4, Possibilita a realização de análise econômica da produção madeireira de pinus em largaescala, através de vários critérios de avaliação e contemplando todos os centros de custosde produção, preços de madeira e taxas de atratividade,

� A empresa, efetuando análises econômicas, consegue desdobrar o processo produtivo,identificar pontos críticos e buscar a implementação de um processo contínuo deredução de despesas e aumento de rentabilidade,

3,5, Realização de análises de sensibilidade para avaliar o comportamento dos custos e darentabilidade da produção de madeira de povoamentos de Pinus, em função devariação nas taxas de juros e nos diversos centros de custos e preços,

� Agrega valores a partir da elaboração de cenários para o planejamento da produçãoflorestal com otimização da produção madeireira e dos retornos financeiros, Assim aempresa planeja o aumento ou a redução da área plantada, a comercialização demadeira e previne-se contra a incerteza e o risco da atividade,

3,6, Permite elaborar cronogramas para a realização de desbastes e de cortes finais,visando sustentabilidade da produção e a máxima rentabilidade econômica,

� A empresa passa a manter fixa a mão de obra, bem como as estruturas para produçãode mudas, implantação, manutenção e exploração das florestas,

Page 68: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

84 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

3,7, Possibilita elaborar planos de manejo para a produção sustentável que servem como umdos requisitos básicos para a certificação,

� A sustentabilidade da produção é fundamental para a preservação ambiental, Ela é umdos componentes para uma empresa conseguir a certificação florestal e assim agregarvalores ao colocar seus produtos no exigente mercado externo atendendo exigências dequalidade ambiental e com melhores preços.

LITERATURA RECOMENDADA PARA MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE O SISTEMA

ALENCAR, J,,R,, Evaluación del cambio tecnológico em Pinus: una aplicación en la region Sur de Brasil, Cordoba:Universidad de Córdoba, 1999, 148p, Tese doutorado

OLIVEIRA, E,B, de, "Um sistema computadorizado de prognose de crescimento e produção de Pinus taeda L, comcritérios quantitativos para a avaliação técnica e econômica de regimes de manejo, Curitiba, 1995, 126p,Tese Doutorado,

OLIVEIRA, E,B, de; MACHADO, S,A,;FIGUEIREDO FILHO, A, Sistema de simulação e análise econômica deregimes de manejo de Pinus taeda L, Revista Árvore, Viçosa, V,22, n,1, p,99-111 1998,

OLIVEIRA, E,B,de, MACHADO, S,A, HOEFLICH, V,A, Análise Econômica de Regimes de Manejo de Florestas dePinus e os softwares Planin e Replan, Colombo, EMBRAPA/CNPF, Série Documentos nº 36, 1998, 41p,

OLIVEIRA, E,B, de, OLIVEIRA Y,M,M, de, SisPinus - Desenvolvimento e Perspectivas, IN, Encontro Brasileiro dePlanejamento Florestal (2,: 1991: Curitiba), Anais,,,Colombo: EMBRAPA/CNPF, p, 297-316, 1992,

OLIVEIRA, E,B,, OLIVEIRA Y,M,M,,, HAFLEY, W,L, Um Software para Predição do Crescimento e da Produção dePinus elliottii e Pinus taeda sob manejo no Sul do Brasil, Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 26 (1) :149-151 1991,

OLIVEIRA, Y,M,M,, OLIVEIRA, E,B,, HAFLEY,W,L, - SISPINUS- Simulador de Crescimento e de Produção parapovoamentos de Pinus elliottii e Pinus taeda sob manejo no Sul do Brasil, In: Encontro Brasileiro dePlanejamento Florestal, (1,: 1989: Curitiba) Anais,,, Colombo: EMBRAPA/CNPF, p, 107-118, 1989

Page 69: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 85

C5-4

El sector forestal chileno: trayectoria y desafíos

�������������� ���� ������������������������������

Paredes, G. ([email protected])Instituto de Manejo y Economía Forestal - Universidad Austral de Chile

RESUMEN: El manejo de los recursos forestales en Chile ha venido enfrentando nuevos desafíos durante lasúltimas décadas. En la asignación de los recursos forestales, hoy se debe procesar más información y más variada,para dar cuenta de los crecientes valores sociales, así como de los exigentes requisitos de eficiencia, competitividady equidad. El presente documento de trabajo resume los aspectos principales de la estructura del sector forestalchileno y de su evolución en los últimos años. Respecto del concierto mundial se indica el rol que las tecnologíasestán teniendo en el diseño de las próximas décadas y cómo ello puede afectar el papel de nuestro país en elcomercio internacional. En cuanto al escenario nacional se destacan aquellos aspectos que caracterizan la situaciónactual. Finalmente, se describen algunos elementos del marco institucional relevante al sector nacional. Sedescribe, así mismo, los principales desafíos de política y algunos ejemplos del uso de instrumentos económicos enel diseño de la política sectorial.ABSTRACT: The management of forest resources in Chile has faced new challenges during the last decades.Today, when allocating forest resources, a larger quantity and more varied information has to be processed andincreasing social values, as well as more demanding requirements of efficiency, competitiveness and fairness has totaken into account. This presentation summarizes the main aspects of the structure of the Chilean forest sector andits evolution in the last years. In a world wide context, the role of technology in the design of the next decades isshown and how it can affect Chile in the international trade. In the national scenario, this presentation points tothose aspects characterizing the present situation. Finally, some relevant institutional elements to the national sectorare described. Also, the main political challenges and some examples of the use of economic instruments in thedesign of the sectorial policy are described.

1. EL SECTOR FORESTAL EN BREVE

La actividad forestal en Chile ha mostrado una notable evolución en la última parte delsiglo que termina. En la primera mitad del siglo predominó, en nuestra sociedad, la visión deque el bosque era un obstáculo al crecimiento agrícola y ganadero, así como un escollo a lacolonización de áreas en el sur del país. En la región de Aysén se llegó a reconocer“dominio” cuando se demostraba haber “limpiado” de bosques los terrenos reclamados.

Hacia la mitad del siglo, en las regiones centrales, se constató que, en millones dehectáreas, la agricultura ya no era sustentable económicamente por provocar erosión de lossuelos y agotar sus nutrientes. Un estudio contratado por CORFO, a comienzos de los 40, aun grupo de expertos internacionales concluyó en recomendaciones de política forestal parala recuperación de los suelos que estaban siendo degradados por prácticas agrícolas y porincendios forestales. Tal es el “Informe de la Misión Haig”.

La forestación presentó, desde entonces, una opción económica interesante pararecuperar esos suelos. Las inversiones de algunas empresas privadas y del Estado, enespecial de CORFO, iniciaron el camino para lo que hoy conocemos como la recuperación,según los inventarios de INFOR, de 1,9 millones de hectáreas con plantaciones forestales.

Actualmente, de acuerdo a los resultados del reciente Catastro de la Vegetación Nativarealizado por CONAF y CONAMA entre los años 1994 y 1997, el país cuenta con 13,4millones de hectáreas de bosques nativos, los que pueden ser clasificados según sean depreservación, protección o producción, de acuerdo a la fragilidad de los suelos, comodescribe el cuadro siguiente.

Page 70: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

86 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

PARQUES

NACIONALES

MONUMENTOSNATURALES

BOSQUES DEPROTECCION

PRESERVACIONBOSQUES DE

FORESTABLE

FRÁGILES O

DEGRADADOS

ESTABLES

BOSQUE NATIVO

UNICO ALTO VALOR MEJORABLE

SINVEGETACIÓN

PLANTACIONES 1.915 MHa

TOTALBOSQUE NATIVO 13.433 MMHaSNASPE 3.906 MHa

PROTECCION 4.397 MHa

SUELOS

NACIONALES

RESERVAS

PENDIENTES >45%RIOSB. ACHAPARRADOS

BOSQUES DEPRODUCCIÓN

PRODUCCION 5.130 MHa

4,285 MHa

Figura 1. Superficie de bosques naturales y plantaciones.

Las cifras totales en la Figura no dan cuenta completamente de los aspectos relevantessobre el estado de los recursos forestales. Por una parte, si bien casi 4 millones dehectáreas están en el Sistema de Áreas Silvestres Protegidas del Estado (SNASPE), hayformaciones boscosas en peligro de extinción escasamente representadas en el Sistema.Por otro lado, los más de 5 millones de hectáreas con bosques de producción, en realidadtienen serios problemas de accesibilidad que limitan sus posibilidades comerciales, ademásde que su estructura y cobertura reflejan bajos volúmenes aprovechables industrialmente..

En todo caso, parte importante de la superficie de bosques nativos, los renovales, dacuenta de la enorme presión que ocurrió sobre los bosques en la primera mitad del siglo quetermina. Este tipo de bosques hoy cubre una superficie de 4,4 millones de hectáreas, en sumayoría en suelos de producción, indicando la extensa superficie de bosques que fueintervenida hace décadas y que hoy están en proceso de recuperación y crecimiento connuevos bosques coetáneos regenerados naturalmente. Los mejores renovales, los adultos,densos y accesibles, tienen, ciertamente, algún potencial económico en el mediano plazo.

También, y como resultado del Catastro, se ha podido verificar que la actualdisponibilidad de bosques nativos no es muy distinta, en términos globales, a la que en 1946informó la Misión Haig: una superficie de 13.649.000 hectáreas, excluyendo los matorralesarborescentes de zonas áridas y, obviamente, los terrenos deforestados por cosecha ofuego.

El Catastro CONAF- CONAMA indica, en sus resultados oficiales, una disponibilidadtotal de 13.433.000 hectáreas de bosques (cobertura de copas mayor a 25%). Sin embargolo que ha cambiado, en el período de cinco décadas, es la composición estructural de lacubierta vegetacional. Mientras en 1946 se reconocían sólo 204 mil hectáreas de renovales,hoy la superficie de ese tipo de bosques llega a 1,7 millones de hectáreas. Así mismo la

Page 71: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 87

superficie de bosques parcialmente cosechados alcanzaba a 261 mil hectáreas, en tanto hoyllega a 1,2 millones de hectáreas.

En tanto el bosque nativo se recupera y los renovales crecen, las plantaciones,iniciadas a mediados de siglo, ya generan ingresos al país por dos mil millones de dólaresmediante exportaciones y satisfacen el 90% de las necesidades domésticas de productosforestales industriales. En la producción que se genera a partir de estos suelos recuperados,se emplean directamente 150 mil trabajadores e indirectamente a unos 400 mil; empleos queocurren en zonas marginales para otras actividades económicas y en actividadesproductivas cuyo resultado logra competir con bastante éxito en exigentes mercadosmundiales.

Durante las cuatro últimas décadas la actividad forestal ha mostrado un continuocrecimiento en la superficie de suelos que se ha recuperado. Desde las décadas desde los70 hasta comienzos de los 90 se hicieron nuevas plantaciones a una tasa de 80 milhectáreas al año. Actualmente, con los incentivos del nuevo DL 701 y los instrumentoseconómicos asociados (subsidios, créditos, apoyo técnico), no han logrado fomentar laforestación a las tasas como las anteriores. Se espera, al respecto, que los instrumentossean modificados y perfeccionados para recuperar una mayor tasa de forestación en suelosdegradados, frágiles y en propiedades de pequeños campesinos.

La figura siguiente ilustra cómo la superficie de plantaciones creadas en las últimasdécadas, 2 millones de ha, sostiene el 90 % de una industria primaria que satisface lasdemandas domésticas y exporta productos de gran valor.

Bosquesnativos

13,4 MMha

Plantaciones1,9 MMha

Año 1999Industria forestal primaria,consumo 22,67 MMm3

Pulpa & papel2,30 MMT

Astillas5,59 MMT

Mad. aserrada5,34 MMm3

Tableros1,03 MMm3

Trozas export.0,41 MMm3

20,1 millonesde m3ssc

2,6 millonesde m3ssc

7,72

3,03

10,81

0,90

0,41

EXPORTACIÓN

80 %

43 %

26 %

32 %

100 %

Figura 2. Origen y uso de las madera en la industria primaria (INFOR, 2000)

Page 72: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

88 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

A partir de esta industria primaria, en la década reciente se ha desarrollado unimportante rubro industrial para la elaboración secundaria de productos principalmente deexportación. Como se observa en la figura anterior, las industrias de aserrío y tablerosexportan en forma directa sólo un 26 y un 32% de su producción respectivamente, ya queuna parte importante de ésta es remanufacturada en el país y exportada como productos dela industria secundaria: partes y piezas de muebles, puertas, molduras, etc.

Las figuras siguientes muestran cómo ha variado la composición de las exportacionesen la década 90-99, duplicándose el valor total a dos mil millones de dólares, a la vez que haaumentado la participación de productos remanufacturados a partir de madera aserrada ytableros. Así mismo, la exportación de madera en trozas y astillas ha disminuido de un 22%a un 9%. La exportación de celulosa y papeles se ha mantenido en porcentajes cercanos al50% de la exportación total.

Figura 3. Exportaciones de productos forestales, años 1990 y 1999 (INFOR 2000)

�������� ��� ��� �

�����

������ ���������

�����

�����������

�����

�����

�� �������� !"������

#�$�

%����� ��������

�&�#�

%����� �� �� ��

����

'�(���� !")����

��$�

TOTAL : US$ 855,3 m illones

EXPORTACIONES FORESTALES AÑO 1990

�������� ��� ��

����

������ �� ������

���������� ��������

������ ���� ��������

�����

�����

����

�!� � "!#$%&�

'��������!&���

(�&!����%��

�����

���%���� �%� &������

)���

TOTAL : US$ 1.955 millones

EXPORTACIONES FORESTALES AÑO 1999

Page 73: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 89

Además de la duplicación del valor de las exportaciones forestales durante la década,las exportaciones de productos de la industria secundaria (muebles, partes y piezas paramuebles y para construcción) representan ahora una cuarta parte del total, habiéndosequintuplicado su valor durante el decenio. También se ha quintuplicado el valor de laexportación de tableros y chapas.

Ello muestra que se han consolidado, en la década reciente, importantes inversionesprivadas en las tecnologías industriales que permiten procesar los productos elaborados quese demandan en los mercados internacionales. Como era de esperar a comienzos de los 90,las exportaciones han evolucionado hacia productos con mayor procesamiento industrial.

Junto con aumentar la diversificación de los productos, las exportaciones siguenllegando a una diversidad de mercados: Asia, Europa, Norteamérica y Sudamérica son losdestinos de las exportaciones y ninguna de esas regiones supera el 40% del total, lo cualmuestra una robusta diversificación geográfica de los mercados.

Figura 4. Región y país de destino de las exportaciones forestales.

No obstante el desarrollo de la industria exportadora y la recuperación ambiental deextensas zonas forestales antes erosionadas, el país enfrenta necesidades de conservaciónambiental, particularmente de sus suelos, todavía muy altas: quedan aún en el país unostres a cuatro millones de hectáreas de suelos sin vegetación, degradados y erosionándosepor actividades agrícolas y ganaderas que los han agotado.

���

���

��� �� ���

��

��� ����

��

������

��������

��

�������

����� ����

!�

"�� #�� ��

$�

"%�&�

$�

'��(&

��

���&��&�

��)�*

��

�����

��

��� ��# ���

$�

���

��

Page 74: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

90 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Junto al desarrollo obtenido por la industrialización del sector y su inserción en losmercados internacionales, los desafíos continúan presentándose. En particular se requieredesarrollar las tecnologías con las cuales sean competitivos los productos que ofrecerá, enlos próximos años, la superficie de plantaciones industriales hoy en crecimiento y manejadacon una silvicultura distinta a la tradicional, con bosques menos densos y árboles podados.Como se observa en la figura siguiente, la oferta de maderas crecerá de los 20 millones dem3 actuales a unos 35 millones en quince años. Particularmente notable es el potencialaumento de la oferta de plantaciones de Pino radiata, de 17 a 25 millones de m3 en losprimeros años.

Figura 5. Oferta de madera de plantaciones forestales (INFOR, 1999).

Las proyecciones de oferta futura de maderas de plantaciones podrían ser, en lapráctica, mayores que las de la figura, si acaso se perfeccionan los instrumentos de fomentopara la forestación campesina y para la recuperación de suelos degradados que contemplael nuevo texto del Decreto Ley 701 (Ley 19.561). Este cuerpo legal ha demostrado ser muyrestrictivo respecto a los suelos cuya forestación puede acogerse a los incentivoseconómicos y recientes modificaciones han superado ese inconveniente.

Adicionalmente, la normativa legal para el fomento y conservación de los bosquesnativos, podría permitir que se incorpore alguna parte del bosque natural a la producción dediversos bienes y servicios.

Con las inversiones en forestación, en silvicultura, en tecnologías industriales, eninvestigación y en la formación de profesionales y trabajadores, durante la reciente década,el sector forestal ha logrado una posición relevante en la economía del país, como uno delos sectores de mayor crecimiento en el valor y competitividad internacional de susproductos. Se ha consolidado su papel de promotor de ingresos al país y de generación deempleo en las zonas rurales.

Sin embargo, para proyectar correctamente el papel que el sector forestal puededesempeñar en el futuro de la economía nacional, es necesario caracterizar los aspectos

0

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

50,000

1998

- 20

00

2001

- 20

03

2004

- 20

06

2007

- 20

09

2010

- 20

12

2013

- 20

15

2016

- 20

18

2019

- 20

21

2022

- 20

24

2025

- 20

27

PERÍODO

Vol

umen

(m

iles

m3/

año)

E. Nitens

E. Globulus

Pino radiata

Page 75: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 91

relevantes del escenario mundial y nacional en el que nuestro sector se desarrollará, asícomo los desafíos que deberá enfrentar. Las cifras agregadas no dan cuenta de losproblemas estructurales y desafíos más serios del sector.

En las siguientes secciones se describen los elementos más importantes del escenariomundial y nacional, que pueden influir en el desarrollo futuro del sector forestal. La correctaidentificación de estos elementos es de importancia para definir cómo el Instituto de ManejoForestal debe orientar sus estrategias y acciones, y continuar apoyando el desarrollosectorial.

2. EL ESCENARIO MUNDIAL

� Las innovaciones

En un mundo globalizado, en cuanto a la información y el comercio, lo que ocurradurante las próximas décadas en el sector forestal está siendo definido ahora, y a partir delas tecnologías recientemente transformadas en innovación y de aquellas que están endesarrollo.

Recientes estudios, como los realizados por Resources for the Future, la MarcusWallenberg Foundation, y el European Forest Institute, han analizado las innovacionestecnológicas en los sectores económicos basados en recursos naturales, con el propósito dedetectar aquellas que son relevantes para comprender o proyectar la evolución futura decada sector. En el sector forestal se ha constatado que tres innovaciones son las que jueganun papel preponderante en la evolución actual y futura (próximas tres décadas): lastecnologías de cosecha de bosques, las tecnologías silvícolas y genéticas, y los nuevosestándares ambientales exigidos a la producción forestal.

Las nuevas tecnologías de cosecha de bosques se han desarrollado para hacer frentea las crecientes dificultades de acceso de los bosques naturales y de transporte de susproductos. Sin embargo, la aplicación de estas tecnologías a los bosques naturales sólo hapermitido, a lo más, evitar que aumenten los ya altos costos unitarios de producción. Suprincipal impacto económico se ha logrado al adaptar estas tecnologías para su aplicaciónen las uniformes plantaciones y en bosques homogéneos. Es en estos bosques en los quese logra economías significativas en los costos de producción y en el cumplimiento denuevos y altos estándares de protección ambiental.

Por otra parte, el desarrollo de las tecnologías silvícolas, la genética y lasbiotecnologías , y de mejoramiento genético ha logrado aumentos significativos en laproductividad del suelo forestal. Los programas de mejoramiento genético permiten hoymantener la base de germoplasma de cada especie en toda su diversidad y a la vez utilizarlos genotipos más adecuados a los propósitos de producción, alcanzándose hoyincrementos de sobre un 40% en la productividad de las plantaciones forestales. El uso detécnicas adecuadas de producción de plantas en viveros y de establecimiento enplantaciones, más el posterior manejo silvícola, aseguran ahora la obtención de mejoresproductos del bosque y en menos tiempo que con los cultivos tradicionales. Recientemente,las biotecnologías asociadas a la genética (organogénesis, embriogénesis, transgenia) estánpermitiendo acelerar aún más los resultados prácticos de estas innovaciones.

La tercera gran innovación en las últimas décadas se refiere a los estándaresambientales que deben satisfacer las actividades de producción forestal. La sociedad hoyexige estándares exigentes en cuanto a la mantención de la diversidad, la conservación delsuelo y los recursos hídricos, así como respecto al paisaje. Estos nuevos estándaressignifican, en la práctica, que más superficie de bosques naturales continuará siendo

Page 76: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

92 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

destinada, cada año, a fines de preservación de la biodiversidad, del paisaje y paraactividades de recreación, quedando, por tanto, excluidos de la producción maderera.

El impacto económico de estos factores tecnológicos significa, en la práctica, que sólolas plantaciones forestales serán capaces de satisfacer los mayores requerimientosmundiales de productos forestales que se proyectan para las próximas décadas . Encambio, las regiones forestales basadas en bosques naturales, producto del efecto de lastecnologías señaladas, tendrán una menor participación relativa en el comercio de productosforestales.

Al mismo tiempo, la industrialización de los productos que entregan estas plantacionesrequiere de un esfuerzo permanente para optimizar la productividad de las instalacionesindustriales. Sin duda que la elaboración de los productos del bosque constituirá siempre undesafío a la empresa, ya que la localización de nuestro país con respecto a los principalesmercados para nuestros productos hará siempre que, en el largo plazo, sea más rentableexportar productos de menor costo de flete relativo al valor de valor del producto.

� La competitivas naciones forestales “emergentes”

En este escenario mundial, el mayor conocimiento y la globalización de las tecnologíassilvícolas y genéticas han permitido que varios países, llamados “países forestalesemergentes”, comiencen a desempeñar un papel creciente en el concierto internacional ycrezcan como proveedores importantes de los productos que demandan los mercadosinternacionales. Tales países son Argentina, Brasil, Uruguay, Venezuela, Portugal,Sudáfrica, Nueva Zelanda, ... además de Chile.

La movilidad de los capitales de inversión está generando un nuevo ordenamientointernacional en la propiedad y desarrollo de las plantaciones industriales. Las empresasnacionales han recompuesto su propiedad patrimonial, algunas incorporando nuevos sociosante el retiro de accionistas (casos Forestal Bio-Bio y Forestal Millalemu, por ejemplo), yotras han re-comprado la participación de inversionistas extranjeros (casos Arauco y CMPC).

Sin embargo, lo más destacable de esta movilidad del capital ha sido la expansión delas empresas hacia los países “emergentes” de Sudamérica. Las empresas Millalemu,Masisa, CMPC y Arauco, han iniciado inversiones por más de 3 mil millones de dólares enArgentina, Perú, Uruguay, Brasil y Venezuela, sumándose a Shell, la cual desde mediadosde los 80 ya iniciaba sus inversiones en Uruguay, Argentina y Paraguay.

Además de inversiones industriales, estas empresas realizan plantaciones a una tasade casi 100 mil hectáreas anuales en tales países, atraídos por los simples y efectivossistemas de incentivos económicos, la disponibilidad de suelos de buena productividad y aprecios bajos, y utilizando el know-how desarrollado con sus plantaciones en Chile.

� Las tecnologías y los commodities

También contribuye a definir el futuro del escenario mundial, el desarrollo de lastecnologías de procesamiento industrial de las maderas. Hoy los productos del bosque son,cada vez más, verdaderos “commodities”que se transan en los mercados mundiales. Estaconnotación de commodities implica nuevas exigencias de homogeneidad, volúmenes yprecios que, también, favorecen a las plantaciones como fuente de abastecimiento.

Las exigencias de los mercados internacionales significan un gran desafío decompetitividad para las especies forestales que el país puede cultivar. De las especiesdistintas al Pino radiata, la de mayor éxito ha sido el Eucalyptus globulus, debido a lasuperior calidad de sus fibras, al excelente desempeño de los papeles que con ella se

Page 77: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 93

fabrican, y a que son pocos los países con adecuada productividad de sitios para cultivar laespecie. Por las características de su fibra, esta especie es considerada “prime” entre las defibra corta.

� El país en el concierto mundial

En términos globales, la producción forestal del país representa alrededor de un 1% dela producción mundial. Lo mismo ocurre respecto a las exportaciones, excepto de celulosarubro el el cual el país participa con un 4,5% de los volúmenes transados en los mercadosinternacionales.Esta participación relativa del país en el concierto mundial disminuirá en las próximasdécadas, en la medida que se consolidan las nuevas superficies de plantaciones industrialesen los países “emergentes”, y en tanto continúen las bajas tasas de forestación que se haobservado en el país en los últimos años.

En el ámbito comercial, los agentes económicos del país se han logrado posicionarcomo actores de cierta importancia en los mercados internacionales. En este contexto, elpaís es visto como perteneciente a la órbita de “países de bosques templados” y, por lotanto, es frecuentemente comparado con países como Finlandia, Nueva Zelanda, Suecia,entre otros.

Debido a la fuerte competencia por los mercados internacionales, resulta frecuenteobservar la práctica de barreras comerciales para-arancelarias promovidas por los agenteseconómicos con los cuales compiten las exportaciones chilenas. Ya posicionado entre lospaíses forestales importantes, los obstáculos para mantenerse y crecer son cada vezmayores.

3. EL ESCENARIO NACIONAL

El escenario nacional es hoy muy distinto al de hace una década. Por una parte haevolucionado su población, hoy con más recursos y mejor información; así como también haevolucionado la propiedad de la inversión en el sector, ahora mostrando una clara tendenciaa la concentración. Por otro lado, la madera de los bosques, a pesar de sus enormesventajas ambientales como material, enfrenta una fuerte competencia de parte de otrasmaterias primas con negativos efectos ambientales de corto plazo. Finalmente, y tal vez eldesafío más importante que enfrenta el sector, es la desigualdad que enfrentan los distintosagentes económicos del sector en cuanto al acceso a la información, a la tecnología y alcapital.

Esta sección explica estas características del escenario actual del sector.

a. Demandas sociales sobre el medio ambiente

La conservación de los recursos forestales es ahora un asunto de preocupación públicaque trasciende las fronteras nacionales y se manifiesta, en cada país, a través de distintosgrupos de interés con diversos objetivos comerciales, gremiales o políticos.

Considerando que la actividad forestal juega un papel importante en la economía delpaís y las regiones, y que el país requiere mantener un ritmo sostenido de crecimiento parasatisfacer las crecientes demandas de la sociedad en empleo, salud, educación, ingresos yrecreación, resulta muy necesario que la opinión pública esté completa y correctamenteinformada de los beneficios y costos de oportunidad asociados a cada opción de política de

Page 78: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

94 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

manejo de los recursos forestales. Sin embargo, durante la década ha primado unadiscusión pública mal- o des-informada, con las consecuencias negativas que, para eldesarrollo del sector, ello implica.

El interés social por la conservación de los recursos forestales, plantea hoy unacreciente demanda por información correcta y oportuna, tanto respecto de los beneficios dela actividad forestal, como de los efectos que tiene en la conservación de los recursosbosques y suelos.

El desafío sectorial es la consolidación de un sistema oficial de información sobre elestado y el uso de los recursos forestales , de tal forma que las instituciones públicaspuedan evaluar permanentemente el desempeño de sus políticas y programas deconservación de recursos y de fomento productivo, y los agentes privados puedan decidircorrectamente sus inversiones y planes de producción. En tal sentido debe reforzarse elpapel que hasta la fecha ha tenido el Instituto Forestal como organismo técnico neutro en laprovisión de información sectorial.

b. Desigualdades

Al observar los perfiles económicos, sociales y tecnológicos de los propietarios y lasactividades económicas que usan los suelos forestales, es evidente la asimetría que existeentre propietarios de la tierra. Lo mismo se detecta entre las actividades productivasrelacionadas a la utilización de la madera. Por una parte hay un sector moderno, de buenabase tecnológica, y con acceso completo a la información y a los mercados de capitales; entanto, por otro lado se detecta una actividad productiva marginal, de subsistencia, conacceso limitado al capital y a la información.

En la práctica esto significa que extensas áreas forestales, sea por sus bosques o porsus suelos, presentan un deterioro progresivo de sus recursos, y se mantienen lassituaciones de pobreza de la población rural que los ocupa.

El Estado puede jugar un papel redistributivo muy importante al estimular a los sectoresde pequeños y medianos propietarios y productores, ya que, además del empleo quegeneran, éstos desempeñan un papel relevante en la innovación, en la creación de nuevosproductos y en el desarrollo de nuevos mercados.

El desafío sectorial consiste en lograr que la información y el conocimiento puedanllegar a todos los propietarios y productores oportunamente. En tal sentido, la transferenciatecnológica requiere de un nuevo enfoque, para lograr la efectividad que hoy se puede exigirgracias a las nuevas tecnologías de comunicación disponibles para el desarrollo de lascomunidades.

De todos modos, no se observa en las instituciones públicas ni en las académicas, unacomprensión de estas materias, ya que continúan sus infectivas prácticas de gestión yasignación de recursos.

c. Las importaciones y competitividad

Durante las últimas dos décadas el país se ha caracterizado por su papel de exportadorde productos forestales, sin embargo, en los últimos años han resurgido las importacionesde productos forestales, como lo fueron a comienzos de siglo.

La evolución que han tenido las importaciones de productos forestales en los últimosaños revela una sostenida tendencia al aumento: de US$ 125 millones en 1990 a US$ 440millones en 1999. Aún cuando la mayor parte de estas importaciones está constituida porproductos de celulosa y papel, llama la atención el notable aumento de las importaciones de

Page 79: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 95

productos de madera elaborada y muebles, los que aumentaron su participación, en elmismo período, de un 5 a un 14% respecto del total, multiplicando ocho veces su valor..

El aumento observado en la importación de maderas elaboradas y muebles de madera,significa, para la industria local, una creciente competencia de parte de productores externoscapaces de llegar con sus productos a precios atractivos. Esto plantea un importantedesafío, ya que enfrentar y superar exitosamente esta competencia en los mercadosdomésticos debiera tener un efecto positivo en las exportaciones de la industria local.

d. La competencia intersectorial

El mercado doméstico presenta un importante potencial para los productos forestales.La economía nacional muestra una clara tendencia al crecimiento y por lo tanto, es unmercado atractivo para aumentar el consumo local de productos de la madera. Lasempresas del sector sólo recién comienzan el verdadero potencial que tiene el mercadodoméstico para expandir el consumo de la mayor oferta de productos que se prevé en lapróxima década.

Sin embargo, las industrias con las que compite la industria maderera, es decir laindustria del cemento, la del aluminio, la del acero y los plásticos, tienen una gran dinámicade innovación y una agresiva campaña de información para penetrar nichos tradicionalmentereservados para los productos de madera. Adicionalmente sus productos se presentan concostos privados muy competitivos ante el consumidor local.

El desafío para la industria de la madera consiste en lograr que se coloque, en lainformación pública que los consumidores reciben sobre los distintos materiales, losparámetros y coeficientes ambientales asociados a cada material. La preocupaciónambiental que hoy tiene la sociedad debe traducirse, si está completamente informada, endecisiones comerciales favorezcan el consumo de la madera.

Un reciente estudio auspiciado por Natural Resources Canada, y realizado por unaalianza de representantes de las industrias del acero, del cemento y de la madera, y delCentro de Estudios de la Construcción de la Universidad de British Columbia, ha logradoimportantes resultados al medir y analizar los efectos ambientales de distintos sistemas ymateriales de construcción. Se trata del proyecto ATHENA.

En este estudio se han evaluado los efectos ambientales del uso de cemento, acero ymadera en la construcción de 4.600 m2 en tres pisos y un subterráneo de estacionamientos.La evaluación incluyó los impactos ambientales de la extracción de los recursos, lamanufactura, la construcción, los servicios y la eliminación de residuos. Los principalesresultados señalan las ventajas de la madera por sobre el cemento y el acero, en cuanto alconsumo de energía, emisión de gases invernadero, polución del aire, polución del agua,emisión de residuos sólidos, y en cuanto a la alteración de recursos ecológicos.

La madera como material de construcción tiene grandes ventajas ambientales alcompararla objetivamente con otros materiales. Adicionalmente, las prestaciones que brindaeste material durante su servicio en viviendas es claramente superior al de otros materiales.Sin embargo éstas no son difundidas ante consumidores cada vez más sensibles a materiasambientales.

En cuanto a resistencia a terremotos, a aislación térmica y acústica, a seguridad enincendios, y otras ventajas, la difusión también ha sido nula.

La madera, correctamente utilizada, tiene ventajas ambientales y de habitabilidad de lasviviendas claramente superiores a los otros materiales. Las anteriores son algunas de lascaracterísticas y propiedades de los productos de madera que comienzan a tenerimportancia para las decisiones de los consumidores.

Page 80: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

96 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

e. Sustentabilidad

El mayor conocimiento que hoy se tiene sobre el estado de los recursos, y la inevitablepresión que sobre ellos ejerce la mayor población, han generado una preocupación pública ycotidiana acerca del efecto futuro de las prácticas actuales de utilización de los recursosforestales.

El manejo sustentable de los recursos forestales, corresponde a una versiónactualizada y ampliada de lo que tradicionalmente se conocía y practicaba, en la profesiónforestal, como el “rendimiento sostenido de los bosques”, rendimiento que desde hace siglosse ha ido ampliando al concepto de “uso múltiple” de los bosques.

El escenario que hoy enfrenta el país, es de un gran desafío al diseño y puesta enpráctica de instrumentos de política forestal que sean apropiados y eficientes. Por una partese tiene la demanda social por asegurar el manejo sustentable de los recursos y, por otrolado, se observa que los criterios que algunos grupos de interés desean imponer, determinanpara unos productores la inviabilidad económica, en tanto, para otros, pueden formar partede sus prácticas habituales Esta es una materia muy sensible en el análisis de los acuerdosde libre comercio que el país busca suscribir: las barreras para-arancelarias son unarespuesta cada vez más frecuente de los países que buscan oponerse al libre comercio.

En un sector productivo con profundas desigualdades, como las que tiene el sectorforestal, los criterios con los cuales se exija el “manejo sustentable” pueden implicar unefecto fuerte en la mayoría de los productores, incluso determinando su inviabilidadeconómica.

También hay que tener en cuenta que, como país signatario del Proceso de Montrealpara el manejo sustentable de los bosques templados y boreales, Chile a los criterios eindicadores adoptados por estos países en la declaración de Santiago.

En la práctica esto significa que la evaluación de la sustentatibilidad del manejo forestalen Chile sigue los mismos criterios con que se le evalúa en países como Canadá, Finlandia,Suecia, Estados Unidos, Francia, Nueva Zelandia, entre otros.

f. La Industria Secundaria de la Madera

La industria forestal está constituida por una variedad de procesos productivos condistintos grados y tipos de procesamiento, desde la transformación química de las fibrashasta el corte mecánico de la madera sólida.

En términos de potencial económico en las próximas décadas, sin duda el subsector dela industria secundaria (o de remanufacturas) será el que juegue el papel principal, tanto entérminos del valor agregado a los productos del bosque, como en términos de ladiversificación de los mercados y los productos. La distancia del país respecto a losprincipales mercados internacionales, el todavía bajo consumo doméstico de productos de lamadera, así como la evolución de este subsector durante la década, y las proyecciones dedisponibilidad de madera en los próximos años, hacen de este rubro el más atractivo encuanto a promover su eficiencia y su desarrollo.

Sin embargo, es necesario conocer cuáles son los problemas más graves, de unaindustria que tiene una dependencia estructural del rubro del aserrío .

Se ha señalado el papel que ha tenido la baja competitividad del aserrío en elcrecimiento de la industria de los elaborados y las remanufacturas. Sin embargo, lainexistencia de un mercado formal de trozas aserrables continuará atentando contra lasinversiones mínimas en tecnología para las instalaciones de aserrío que requiere una

Page 81: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 97

industria secundaria no integrada. Así como hay problemas de monopsonio en el mercadode trozas pulpables, hay también graves problemas monopólicos, u oligopólicos, en elmercado de las trozas aserrables.

El desarrollo de una industria secundaria especializada requiere también de laexistencia de un mercado formal de maderas aserradas, de tal forma de que las empresaspuedan probar permanentemente su competitividad invirtiendo en las tecnologías modernasy más adecuadas según la evolución que la materia prima madera va mostrando en suspropiedades físicas.

En la actualidad se observa que las industrias de aserrío y de remanufactura tienendificultades para acceder a las materias primas que requieren (trozas y tablas,respectivamente), ya que tales mercados, en el nivel local, muestran imperfecciones queafectan su estabilidad a largo plazo.

El segundo problema estructural que muestra el rubro son las profundas desigualdadesque hay, entre agentes económicos, respecto al acceso al capital, a la información y a lastecnologías. No obstante el gran crecimiento que han tenido la producción y exportación deremanufactura, en la última década, las barracas de comienzos de los 90 siguen operandohoy con la misma precariedad de entonces e, incluso, con deterioro en su productividad.

La industria de los productos elaborados y de la remanufactura ha crecido y se hamodernizado principalmente en el segmento de las empresas relacionadas a la propiedad delos bosques industriales.

Esta situación plantea importantes desafíos a las políticas de fomento productivo, yaque el segmento de las pequeñas y medianas empresas, además de ser fuente de empleoal 80% de la fuerza laboral sectorial, han tenido y seguirán teniendo un importante papel enla innovación de procesos y productos, así como en la búsqueda de nuevos mercados.

Las actuales desigualdades en la industria secundaria pueden eliminarse o exacerbarsede acuerdo a la rapidez con que se difundan entre todos los agentes económicos, lasnuevas tecnologías de la información y de las comunicaciones. La velocidad con la cualestas tecnologías lleguen a todos los agentes económicos será determinante respecto a suviabilidad de mediano y largo plazo. Y como se trata de velocidad de difusión y de adopción,ello se definirá en el corto plazo.

4. INSTITUCIONALIDAD SECTORIAL Y DESAFÍOS DE POLÍTICA

Durante la última década, el entorno en que se desenvuelve el sector ha experimentadoenormes cambios cuantitativos y cualitativos. Ello ha llevado a las autoridades de Gobierno aplantear una revisión de la institucionalidad pública del sector.

Por una parte, el país enfrenta, en particular desde la Cumbre de Río en 1992, unaserie de compromisos internacionales mediante acuerdos, convenciones o paneles enmaterias diversas sobre el medio ambiente, cambio climático, biodiversidad, desertificación,comercio internacional, y bosques. Sin embargo, no dispone el Estado de la institucionalidadadecuada que permita al sector representar sus intereses y administrar los compromisosacordados.

Por otro lado, los instrumentos de fomento a la actividad de forestación no han logradoaún un impacto en cuanto a la incorporación masiva de los pequeños propietarios y a laexpansión de la recuperación de suelos erosionados, frágiles y degradados. Así mismo,durante la década pasada no ha sido posible promulgar normativas modernas y eficientespara la conservación y fomento del bosque nativo, ni para la administración del patrimoniosilvestre público y privado.

Page 82: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

98 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Los problemas actuales de la institucionalidad sectorial pública en nuestro país, sondetectados al aplicar los criterios e indicadores para el manejo sustentable de los recursosforestales templados, establecidos en el Proceso de Montreal. Un reciente estudio deResources for the Future evalúa el estado del manejo sustentable en los países que hansuscrito ese Proceso, resultando evidente que en la comparación con los otros países, alaplicar el Criterio 7, es decir aquél que evalúa el marco legal, institucional y económico delsector, así como su capacidad para materializar objetivos de política, Chile muestra no estara la altura de los países de bosques templados.

En este escenario, los intentos del Ejecutivo por sacar adelante las normativas legalespara el fomento y conservación de los recursos nativos, así como por modificar lainstitucionalidad pública, continuarán en la agenda legislativa.

Esta debilidad institucional para administrar “objetivos de u país forestal” explica, enparte, el flujo de capitales chilenos que ahora son inversiones forestales en Argentina, Brasil,Uruguay y Venezuela.

La economía forestal en Chile, durante cuatro décadas, ha evolucionado de acuerdo alas necesidades de la sociedad, en cuanto a los bienes y servicios del bosque, y según lascaracterísticas de los recursos forestales. Sin duda ha sido una disciplina exitosa en cuantoa generar instrumentos de política y las técnicas necesarias para la creación y el usoeficiente de los recursos forestales.

Sin embargo, en los últimos años, la sociedad ha demostrado una nueva y mayorpreocupación por el estado y futuro de los recursos naturales, debido, entre otras razones alcrecimiento económico del país, a la mejor información sobre el estado de los recursos y a lacreciente influencia de grupos de interés de otros países. Para todos los actores socialesestá claro que el crecimiento sostenido requiere mantener una base patrimonial natural decalidad y que asegure a las futuras generaciones una disponibilidad de recursos naturalesno menor que la que ha tenido la nuestra.

Este nuevo escenario social, respecto a los recursos forestales y a su utilización,plantea a la economía forestal desafíos a los que debe reaccionar adecuadamente,adaptando sus capacidades de tal forma que continúe ofreciendo soluciones eficientes a lasnuevas demandas sociales.

El propósito de esta sección es la identificación de los conceptos e instrumentos, que laeconomía forestal dispone para la puesta en práctica de la política de manejo sustentable delos recursos forestales.

Desde la Declaración de Santiago, en el marco del Proceso de Montreal para los paísesde bosques templados, se ha consolidado la importancia que tienen, para el manejosustentable de los recursos forestales, los aspectos legales, institucionales y losinstrumentos económicos para la política forestal. El llamado "criterio 7" de la declaración deSantiago examina sistemáticamente el ordenamiento institucional, legal y económico de unpaís en cuanto a su capacidad para transformar objetivos de política en efectivo manejosustentable.

4.1) Definiciones previas

Para una correcta evaluación y selección de los instrumentos que acompañan unapolítica forestal, es necesario realizar algunas distinciones básicas que permitan caracterizarcorrectamente este problema de asignación de recursos, privados y públicos. Talesdistinciones se refieren a la renta del suelo como criterio de asignación, la tasa dedescuento, y los derechos de propiedad.

Page 83: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 99

� El Suelo como Factor Fijo de Producción: la Renta del Suelo.

En primer lugar, hay que tener en cuenta que el recurso básico que el Estado y losagentes privados asignan, entre distintas opciones de uso, es el suelo. Este simple hechotiene una importancia económica fundamental ya que, por ser el suelo un factor deproducción disponible en cantidad fija, y que además la producción silvoagropecuaria es unaactividad económica que presenta economías decrecientes de escala, su uso en el largoplazo se determina por las opciones que permiten generar la mayor renta al factor suelo.

El criterio económico básico para comprender y analizar opciones de uso y manejo delos recursos forestales es, entonces, la Renta del Suelo. Esto no debiera tener nada denuevo para los profesionales de la actividad forestal ya que fue Martin Faustmann quien,hace 150 años (en 1849), describió la matemática correcta para la evaluación de cultivosforestales. Más recientemente, Samuelson (1976) reconoció, o reivindicó, ante la comunidadcientífica moderna la robustez de la metodología de Faustmann, más aún considerando laevolución que han tenido los intereses de la sociedad respecto de los recursos forestales.

En el competitivo sector silvo-agropecuario, el acceso al factor fijo de producción, elsuelo, se logra sólo destinando el suelo al proceso productivo con la mayor renta. Sinembargo, es en la asignación de este recurso fijo donde se tienen las primeras divergenciasentre la decisión que es óptima para un agente privado y la asignación que es óptima para lasociedad. La renta privada del suelo no siempre coincide con la renta social del suelo.

El propietario privado busca, obviamente, aquella opción de utilización de sus recursosque hace máxima la renta al suelo, calculada (en $/hectárea/año) como el valor netopresente de la serie infinita de cultivos futuros. Para el privado los retornos son aquellosprovenientes de los bienes producidos para los cuales existe un mercado formal (madera,frutos, semillas) y además del factor suelo, debe considerar en sus evaluaciones, el costoque para él tiene el capital, a través de la tasa de descuento.

Sin embargo, al analizar su asignación de recursos desde la dimensión de todos losrecursos que se consumen, y todos los bienes y servicios, que se obtienen, en la producciónforestal, se observa que para varios de ellos no existe un mercado formal donde losindividuos de la sociedad puedan hacer valer sus preferencias. Tal es el caso de lasexternalidades y los bienes públicos asociados al manejo de los recursos forestales.

La renta privada y la renta social son las dimensiones económicas relevantes de laactividad forestal. La siguiente figura ilustra las diferencias que puede tener una decisiónsegún se realice una evaluación privada o una social. La variable de decisión en la figura esla edad de cosecha. En el ejemplo de la figura, la evaluación privada considera sólo laproducción de madera, en cambio la evaluación social puede considerar, por ejemplo, que elbosque, si se deja en pie algunos años más, sirve de refugio para aves. En otros casos, laedad óptima social puede ser menor que la privada.

Page 84: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

100 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Figura 6. Optimo privado y óptimo social

El problema de política, que plantean situaciones como la ilustrada, consiste en diseñarlos instrumentos económicos que permitan al propietario privado internalizar en su decisiónlos beneficios sociales. Este no es un problema trivial, ya que en la búsqueda de solucioneses muy fácil adoptar instrumentos que no resulten efectivos, pero que sean populistas y dealto costo fiscal.

Ignorar las reglas por las cuales se asignan los recursos, y se determina elcomportamiento de largo plazo en el uso del suelo, no ayuda a la búsqueda de losinstrumentos apropiados y eficientes para la conservación de los recursos forestales.

En todo caso, aún cuando no sea posible valorizar total y correctamente algunasexternalidades y bienes públicos asociados a la actividad forestal, al menos el criterio derenta del suelo permite cuantificar el costo de oportunidad privado asociado a nivelesincrementales de ciudado ambiental, respecto a la normativa y legalidad vigentes.

� La Tasa de Descuento.

Los intereses sociales se manifiestan a través de los múltiples mecanismos que permitela sociedad actual: participación en grupos de interés, en organizaciones gremiales, y enpartidos políticos, así como mediante el acceso o propiedad de medios de comunicación.Los individuos, así como los propietarios privados, pueden escoger los mecanismos paracomunicar sus intereses.

Sin embargo, lo que no pueden escoger libremente es el acceso a las fuentes de capitalcon la cual financien sus procesos de producción. Para unos, los más, el costo del capitalserá tan alto que les está vedado el crédito, y en cambio para otros, los menos, existeacceso casi ilimitado a las fuentes de financiamiento de sus actividades.

Esta dicotomía ha sido particularmente evidente, en el sector forestal de Chile, en losúltimos años. Mientras algunos proyectos de uso de recursos forestales han podidofinanciarse con un costo de capital de cero, o cercano a cero, un gran número de pequeñospropietarios tienen un elevado costo de capital, si acaso tiene acceso a tal mercado. Ello setraduce en que sus decisiones de manejo son evaluadas con un alto costo de oportunidadrespecto a las postergaciones en la cosecha actual. Y además pende sobre ellos el estigmade usar el bosque "sólo para producir leña".

Las diferencias en el costo de capital, para cada tipo de propietario, tienen, entonces,una importancia enorme cuando se trata de diseñar políticas y los instrumentos asociados aellas. Siendo la renta del suelo lo que determina, en el largo plazo el uso del suelo, y

RENTADELSUELO

Renta social

Renta privada

Ep Es Edad de cosecha

Page 85: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 101

considerando que tal renta se obtiene como el valor presente de los flujos futuros, laspolíticas restrictivas en el uso de los recursos tienen un mayor costo de oportunidad para lospequeños propietarios que viven de lo que produce su predio, que para los propietariosinstitucionales o grandes propietarios. Por lo tanto, las políticas deben considerar solucionesredistributivas en su diseño.

� Los Derechos de Propiedad

Las actuales revisiones a la legislación chilena sobre bosque nativo, han significado, enla práctica, una modificación anunciada de los derechos de propiedad de los recursosforestales. El proceso de discusión parlamentaria y el debate público que ha rodeado latramitación de los distintos proyectos de ley para el bosque nativo, han ocurrido en unambiente que genera incertidumbre sobre las posibilidades de acceso a los recursos en elfuturo.

En este escenario, un propietario que hoy puede obtener autorización para “manejar” supredio, tendrá una obvia preferencia por aquellos métodos de intervención que extraigan elmayor volumen posible de madera. La incertidumbre respecto al acceso futuro al recurso esequivalente, en cuanto a las decisiones de los agentes económicos, a la existencia de“propiedad común” sobre el recursos, como es el caso de las pesquerías.

El establecimiento de derechos de propiedad claros y su permanencia, constituye unaspecto fundamental de cualquier legislación sobre recursos forestales. Al respecto, deberecordarse que uno de los aspectos que más contribuyó el éxito del DL 701 es el haberestablecido, entonces, la inexpropiabilidad de los suelos de aptitud forestal acogidos a eserégimen. Esa simple medida tuvo un efecto importante en las decisiones de los propietariosprivados en cuanto a invertir en proyectos de largo plazo, como las plantaciones forestales.

En la actualidad, la discusión sobre los derechos de propiedad, en cuanto al uso delbosque nativo, reviste gran importancia, tanto por el peso que tienen las externalidades y losbienes públicos asociados al bosque, como por la necesidad de establecer definitivamente elámbito de acción en la propiedad privada. Los bosques nativos de producción seencuentran, casi totalmente, en propiedades privadas.

4.2) Instrumentos eonómicos y decisiones de política

El uso de instrumentos económicos en la legislación forestal chilena es ya bastanteantiguo. El Decreto Supremo 4.363 de 1931, conocido como Ley de Bosques, disponía laexención del impuesto territorial, y del impuesto a la renta a quienes forestaban terrenosdeclarados como forestales. Así mismo se eximía del impuesto territorial los terrenos conbosque nativo.

Las prohibiciones y regulaciones también están presente en ese cuerpo legal y enanteriores disposiciones legislativas.

Posteriormente, en 1974, el Decreto Ley 701 incorpora un mecanismo de subsidio a lasplantaciones forestales, y además perfecciona el instrumento de regulación incorporando elplan de manejo.

Liberación de impuestos, prohibiciones y subsidios han sido en general los instrumentostradicionales de la legislación forestal en el país, y en general existe aún la tendencia aintentar resolver los nuevos desafíos y demandas de la sociedad con el mismo enfoque: queel Estado pague para que los privados hagan las cosas bien.

Tal enfoque tiene la característica de ser muy popular entre los agentes privados y entregrupos de interés que desean capturar el apoyo de la opinión pública, sin embargo tiene el

Page 86: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

102 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

grave riesgo de transformarse en un excesivo gasto de recursos fiscales que tienen destinoalternativo para satisfacer otras importantes demandas sociales.

Sin embargo, durante las últimas décadas se ha logrado identificar otros instrumentoseconómicos que, dependiendo del tipo de problema ambiental, suelen ser de gran eficienciay efectividad. Estos criterios de desempeño económico de los instrumentos de política sonde creciente importancia al decidir cuál es el más adecuado. Es frecuente que loslegisladores, en su natural preocupación por la aceptación política del instrumento, noconsideren los costos asociados a su administración.

Los permisos de emisión transables, los estándares mínimos de seguridad, losderechos o impuestos temporales, y la información tecnológica son algunos de losinstrumentos de política que ahora también deben incorporarse en los análisis para resolverlos problemas de manejo sustentable de los recursos forestales.

El problema para el Estado es atender esta nueva demanda social “elaborando” elconjunto de medidas que, con la eficiencia económica que también demanda la sociedad,constituya una especie de “curva de oferta” de acciones para proteger nuestros recursosforestales y asegurar su manejo sustentable. Y como toda curva de oferta debe considerartodas las opciones ordenadas según costo marginal creciente.

La siguiente figura muestra estas ideas simplificadamente.

Figura 7. Demanda y Oferta de hectáreas protegidas y manejadas sustentablemente.Cabe destacar que los esfuerzos para construir adecuadamente la “curva de oferta”, en

respuesta a la “demanda” de la sociedad, deben dedicarse tanto a caracterizaradecuadamente tal demanda, así como a elaborar el conjunto de medidas más eficientes.

La caracterización de la demanda por los nuevos bienes y servicios no es trivial ya que,como se señaló anteriormente, algunas externalidades tienen el carácter de bienes públicosy otras son de difícil valoración económica. Ello significa que, en la práctica, es difícil conocerla cantidad exacta de recursos fiscales que deben destinarse a satisfacer la demanda, perono evita la obligación de que el conjunto de recursos sea asignado con la mayor eficienciaposible y a que estén consideradas las opciones relevantes.

DEMANDA SOCIAL

HAS “PROTEGIDAS”

$ / HA

SNASP

ÁREAS MUNICIPALES Y PRIVADAS

SUBSIDIOS

Page 87: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 103

A continuación se presentan sólo algunos ejemplos del uso de instrumentos de políticaadecuados a la situación y desafíos actuales del manejo sustentable de los recursosforestales del país. Se han escogido tres: el uso de los estándares mínimos de seguridad enrelación a la creación de nuevas Áreas Silvestres Protegidas; el uso de impuestos oderechos temporales en las cosechas de bosque nativo adulto; y el uso de la informaciónpara lograr agentes privados tomando decisiones correctas y la opinión pública percibaadecuadamente las actividades de manejo forestal.

� Creación de nuevos Áreas Protegidas y Estándares de Seguridad Mínima.

Considerando el dato concreto de que algunos de nuestros ecosistemas forestalesestán inadecuadamente representados en el SNASP, y asumiendo que el país inicia unesfuerzo deliberado en cuanto a solucionar esta situación, debieran presentarse numerosassituaciones en las cuales habrá que tomar decisiones discretas en cuanto a preservar unambiente natural o permitir su modificación para desarrollo industrial o comercial.

Estas situaciones normalmente trascienden a la opinión pública, nacional einternacional, generando debates de gran intensidad. Cabe también destacar que son lospaíses en desarrollo, como el nuestro, los que están expuestos a este tipo de elección entreopciones discretas, en la búsqueda de soluciones a la pobreza y al crecimiento económico.

Las características de estos problemas de elección discreta plantean un interesantedesafío a la economía del ambiente, destacándose el trabajo de Ciriacy-Wantrup en 1952,en el cual, como en otros posteriores, se reconoce las características adicionales de estetipo de decisiones: la incertidumbre sobre el valor futuro de beneficios y costos, lairreversibilidad de las modificaciones que pueden afectar ambientes naturales, y el hecho deafectar a recursos generalmente “únicos” en su tipo.

El concepto relevante al analizar decisiones discretas “preservación-desarrollo” es elValor Económico Total (VET) del ambiente o recurso sobre el cual se está decidiendo. Si sedesea conocer el daño al ambiente que ocasionaría un proyecto de desarrollo, seríanecesario calcular el VET que se pierde por el proyecto en cuestión.

La decisión sobre el proyecto y destino del ambiente se toma considerando el beneficioneto del proyecto de desarrollo (Bd), y los beneficios que implica la preservación (Bp, o VET)del ambiente.

Sin proponer un criterio único para este tipo de decisiones discretas, el enfoque deEstándares Mínimos de Seguridad indica que se debieran evitar los daños irreversibles alambiente a menos que el costo social de ello sea inaceptablemente alto, es decir, que losbeneficios netos al proyecto de desarrollo sean extremadamente altos en comparación conlos (inciertos) beneficios de la preservación del ambiente en cuestión.

Este enfoque reconoce las dificultades metodológicas para estimar los beneficiosasociados a la preservación. No hay dudas de que tales beneficios (valor de opción y valorde existencia) existen y son importantes, pero se reconoce que la tecnología y laspreferencias sociales evolucionan y son impredecibles.

En la práctica el análisis puede representarse mediante una matriz característica deteoría de juegos. El analista puede escoger entre dos decisiones: desarrollar (D) unambiente natural (por ejemplo, instalando una planta hidroeléctrica) o preservar (P) suestado natural. El embalse de la planta hidroeléctrica inundará bosques con especiesrespecto de las cuales desconocemos los beneficios. Bien pudieran estar allí elgermoplasma para desarrollar nuevos cultivos, o bien pudiera haber plantas con valormedicinal hoy desconocido. En la decisión se debe considerar que dos estados futuros son

Page 88: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

104 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

posibles: las poblaciones afectadas resultan tener (S) un beneficio futuro si son preservadas(Bp), o bien tales poblaciones no tienen (N) tal valor.

Si el analista escoge llevar adelante el proyecto hidroeléctrico y se presenta el estadoN, entonces la pérdida para la sociedad es cero. En cambio, si se lleva a cabo el proyecto yel estado resulta ser S, entonces la pérdida para la sociedad será Bp.

Por otra parte, si se decide cancelar el proyecto y luego resulta que las poblacionesvegetales no tenían valor (estado N), entonces la pérdida social será Bd. Sin proyecto, y conpoblaciones vegetales que sí resultan tener valor (estado S), las pérdidas sociales serán {Bd- Bp}.

En general las decisiones ante esta situación estarán dominadas por la actitud que elanalista tenga ante la incertidumbre. Una regla de decisión sesgada hacia la conservación es“evitar grandes pérdidas”, también conocida como minimax (minimizar la máxima pérdida).Con la decisión de llevar a cabo el proyecto, la máxima pérdida es Bp. En cambio, con ladecisión de preservar la máxima pérdida es Bd.

El problema en esta decisiones es que, en realidad, no se conocen todos los elementosde la matriz de decisiones con igual certidumbre. Sin embargo, queda claro que en la medidaque Bd no sea extremadamente alto, se tiende a preferir un criterio tipo minimax.

Esta forma de abordar la toma de decisiones de proyectos de desarrollo o preservaciónde los ambientes naturales afectados por ellos, provee la racionalidad social que permiteresolver adecuadamente algunas decisiones de preservación, pero no evita conflictos enotras decisiones que involucran proyectos de gran envergadura y, “supuestamente” grandesbeneficios.

Por ejemplo, las decisiones de creación de Parques Nacionales o de ReservasBiológicas, según las definiciones del Sistema Nacional de Areas Silvestres Protegidas enChile, suelen ser tomadas favorablemente debido a que normalmente afectan recursosforestales que, por restricciones de accesibilidad o de suelo, no tienen posibilidades dedesarrollo económico. Sin embargo, la legislación chilena aún otorga prioridad a cualquierconcesión minera en Parques Nacionales, con disposiciones legales que datan de cuando eldesarrollo minero del país era poco menos que un objetivo nacional.

� Cumplimiento de plan de manejo posterior a una cosecha en bosques adultos.Es ampliamente conocido que uno de los principales problemas actuales de las

actividades conocidas como manejo de bosques nativos es el incumplimiento de los planesde manejo aprobados por CONAF.

Un análisis de las características económicas de este tipo de actividades revela queestos planes de manejo, en general, están constituidos por una serie de actividades y que,ordenadas temporalmente, se suceden como muestra el diagrama simplificado de lasiguiente figura:

Page 89: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 105

Figura 8. El Impuesto o Gravamen como solución al abandono de Planes de Manejo.

En la figura se observa que la aplicación de, por ejemplo, el método de proteccióngenera una cosecha en al año cero con ingresos netos para el propietario. El Plan deManejo seguramente indica que luego de esa cosecha inicial se realizarán una serie deactividades para asegurar el establecimiento de la regeneración y, de esta forma un nuevobosque más ordenado y con mejores individuos que el bosque original. Estas actividadesincluyen frecuentemente intervenciones que sólo significan un gasto: limpias, fertilización,replante, ordenamiento de la regeneración.

Luego de ejecutadas esas actividades y, probablemente otras más durante la rotación,y al cabo del período necesario para el crecimiento del rodal, el propietario cosecharíanuevamente árboles ya adultos.

La realidad demuestra que, una vez que el propietario ha obtenido su ingreso inicial, esdecir uno o dos años después, y cuando debe volver al rodal a invertir ejecutando lasactividades que aseguren el establecimiento del nuevo bosque, esos ingresos ya losconsidera “históricos” y, por lo tanto, no afectan su nueva decisión. Esta nueva decisión(cumplir o no lo prometido en el plan de manejo) la toma considerando el valor neto presentedel flujo de caja que enfrenta desde ese momento en adelante. Y en este análisis, cuantomayor sea el período de la rotación, cuanto mayor sea la incertidumbre sobre la cosechafutura, y mayores sea su costo de capital, más próximo estará a abandonar la el plan y norealizará las actividades señaladas.

El impuesto retenido en el año cero y liberado después, con los reajustes e interesesque corresponda, una vez que ha demostrado que el bosque se encuentra adecuadamenteestablecido, resuelve el problema sin afectar la decisión inicial de intervenir el bosque con elmétodo original. Desde el año cero, este impuesto o derecho o gravamen temporal no alteraen absoluto su decisión y es, desde el punto de vista del análisis del propietario,económicamente neutro.

Incluso, para evitar que significase al propietario un efecto financiero, el actual Proyectode Ley del Bosque Nativo le ha dado el tratamiento de un “débito fiscal” que es luegoanulado con un “crédito fiscal” al verificarse el cumplimiento de las actividades contempladasen el plan de manejo para establecer el nuevo bosque.

Un análisis de la legislación forestal de otros países revela que este instrumentos hasido aplicado durante décadas en países de gran tradición y desarrollo forestal como es elcaso de Finlandia.

3 0 - 4 0 A ñ o s

3 0 0 - 5 0 0 M 3 / h a .

“ im p u e s t o ” , “ g r a v a m e n ” o “ d e r e c h o ”

I N G R E S OC O S E C H AI N IC IA L

Page 90: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

106 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

� La información como instrumento para adecuadas decisiones de manejosustentable

Se ha señalado anteriormente que mediante la información también es posible influir enel comportamiento de los agentes económicos orientándolos hacia el uso de los bosques enforma sustentable.

En tal sentido, en el Proyecto de Ley de Bosque Nativo se ha incorporadoexplícitamente la creación de un Fondo para la Investigación de Bosque Nativo. Nadiedesconoce que para estimular a los agentes privados a utilizar correctamente los recursosnativos deben eliminarse muchas de las incertidumbres e imprecisiones en cuanto a laobtención de productos, su valor y técnicas de intervención y manejo. De esta forma seespera resolver gradualmente la asimetría que existe hoy con respecto a otras especiesindustriales ampliamente aceptadas por los agentes y propietarios privados.

Además, y como lo muestra la figura siguiente, la adecuada información permite a laopinión pública valorar la dependencia de la sociedad respecto de los productos del bosque.

Figura 9. Ilustración de Boogor (1994)

Page 91: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 107

C5-5

Un Caso Exitoso: Sistemas de Optimizacion de Transporte y Cosecha en laIndustria Forestal

������������������� �������� � ��������� ������������ ���������� ������������ ������

Epstein, R. ([email protected])Weintraub, A.

Catalán, J.Departamento de Ingenieria Industrial, Universidad de Chile

RESUMEN: Presentamos un enfoque integrado para optimizar las operaciones de transporte y cosecha de lasempresas forestales, optimizando cada paso de la cadena logística. En primer lugar mostramos ASICAM, unsistema que minimiza el tamaño de la flota de camiones basándose en una óptima asignación de trabajo a cadacamión, minimizando las esperas y aumentando la productividad de cada equipo. Este sistema redujo la flota decamiones entre un 20% y un 40% con ahorros de costo de transporte de más de 15%, que a su vez son el 40% delos costos operacionales. En segundo lugar mostramos OPTICORT, un sistema de planificación de la producción decorto plazo, que busca la correcta utilización de los equipos de cosecha en conjunto con racionalizar el transporte,cumplir los compromisos con los clientes, y obtener el máximo rendimiento del bosque. Este sistema, de granutilidad para la gerencia de producción, permite analizar el problema de explotación sobre criterios objetivos yprofesionales. Las empresas forestales reportan importantes ahorros y mejoras en la planificación. Finalmenteexponemos PLANEX, un sistema que entrega la red de caminos óptima en conjunto con la ubicación de lasmáquinas de cosecha, torres y tractores, cuando se planifica la habilitación de un predio de hasta 1,000 hectáreas.El sistema se alimenta de la información digitalizada de los predios almacenada en bases de datos geográficas(SIG). Esta herramienta gráfica es la única que permite diseñar en forma automática la red de caminos, que es eltercer costo operacional más importante, después del transporte y la cosecha. En este caso también se muestranexperiencias reales en empresas forestales chilenas, donde la montañosa geografía dificulta en gran manera eldiseño de los caminos.ABSTRACT: We present an integrated approach to optimize logging and harvesting forest operations that optimizeseach step in the logistic chain. First, we show ASICAM, a system that minimizes the size of the fleet of trucks basedon the optimal allocation of each truck’s work, minimizing the delays and increasing the productivity of theequipment. This system reduced the fleet size between 20% and 40% with savings of more than 15% ontransportation costs and 40% on operational costs as well. Secondly we show OPTICORT, a short-term productionplanning system, which looks for the correct use of the harvest equipment rationalizing transport, fulfillingcommitments to the clients, and obtaining maximum forest yields. This system, very useful for the productionmanagement, allows the analysis of the operation problem using objective and professional criteria. Some forestcompanies report important savings and improvements in planning. Finally we show PLANEX, a system thatproduces optimal routing networks and harvesting machinery location (towers and tractors) when planning for standsup to 1.000 hectares in size. The system is fed with digitized information stored in geographic data banks (SIG). Thisgraphical tool allows for the automatic design of the routing network, the third more important operational cost (aftertransportation and harvesting). Some experience with this system in Chilean forest companies is presented, wherethe mountainous geography makes the design of routing maps very difficult.

1. INTRODUCCIÓN

En la industria forestal como en otros campos, las decisiones de gestión pueden serclasificadas como estratégicas, tácticas y operacionales. En el caso forestal, las decisionesestratégicas se relacionan con el largo plazo, típicamente alrededor de 30 años,involucrando temas como la sustentabilidad de la producción de madera, usualmenteconsistente con las instalaciones industriales existentes o planeadas que utilizan la maderacomo insumo principal. Las decisiones tácticas que miran hacia delante 3 a 5 años, serelacionan con los programas de cosecha de madera en cada temporada de tal forma decumplir con la demanda esperada de cada producto. Finalmente, en las decisiones

Page 92: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

108 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

operacionales encontramos a la cadena logística compuesta por el transporte y cosecha,donde las decisiones serán cómo hacer mejor uso de la madera, y gestionar mejor eltransporte, todo esto en un horizonte de 1 día a 3 meses.

A continuación, presentaremos el desarrollo de tres sistemas de optimización queapoyan las decisiones de gestión en la cadena logística y que han sido llevados a cabo enforma conjunta con las empresas forestales en los últimos 10 años. En estos sistemashemos hecho una original contribución y según nuestro conocimiento, un esfuerzo pioneroen gestión forestal que ha sido reconocido, a nivel mundial, con el premio Franz Edelmanque recompensa a la mejor aplicación en Ciencias de la Administración, siendo la primeravez, en 25 años, que este premio se le otorga a un país latinoamericano.

Bosques Arauco es la empresa forestal más grande de Chile y una de las promotorasde estos desarrollos, por lo que será mencionada como ejemplo en el texto. Bosques Araucoes parte del complejo Celulosa Arauco y Constitución, una de las 25 empresas forestalesmás grandes del mundo. El complejo Arauco vende aproximadamente 1.000 millones dedólares al año y Bosques Arauco, en particular, cosecha 5 millones de toneladas de maderacada año, siendo toda esta madera de plantaciones propias.

El proceso de producción de madera es complejo, combinando variadas actividadestales como construcción de caminos, cosecha y transporte. Por tanto, las compañíasforestales alrededor del mundo enfrentan el problema de maximizar su eficiencia.

Para una forestal típica, la cosecha y el transporte son los mayores costos en losprocesos de producción de madera: el transporte representa más del 40% del costooperacional, la cosecha excede el 30% y la construcción de caminos sobre el 14%. En estosprocesos nos concentramos para lograr los ahorros en eficiencia.

En el área de transporte, los principales problemas que enfrentan las empresas son:� excesivo tiempo perdido por los camiones en largas colas en orígenes y destinos,� bajo rendimiento de los equipos de carga y descarga,� frecuentes problemas para lograr las metas de abastecimiento,� incapacidad para reasignar los camiones en caso de fallas o imponderables, y� días de trabajo excesivamente largos.

Un problema importante a considerar es la coordinación entre la extracción de troncosdesde más de 50 diferentes orígenes, con al menos 70 productos, y abasteciendo múltiplesdestinos.

El segundo modelo se relaciona con la planificación de corto plazo para optimizar el usodel bosque para cumplir las demandas requeridas. Esto es de enorme importancia para larentabilidad que genera un bosque. Si consideramos que cada bosque tiene diferentestamaño de arboles y está localizado a distinta distancia de los centros de consumo, ladecisión de cuándo, cómo y dónde cortar un árbol es muy relevante para el resultado finaldel negocio. Si los bosques adecuados no son seleccionados para la cosecha, y si la maderano es trozada adecuadamente o asignada al cliente correcto, se está perdiendo dinero. Lacosecha es la coronación de años de esfuerzo que se invierten en hacer crecer un bosque.Un error en esta etapa puede arruinar toda la inversión anterior. El modelo propuestoconjuga las preguntas de qué bosques cosechar, cómo trozarlos, y desde dónde abastecercada cliente. Todo esto en un horizonte dinámico, de modo que la decisión para la próximasemana sea compatible con las decisiones en los próximos 3 ó 6 meses.

La planificación de la habilitación y la distribución de los equipos de cosecha al interiorde un predio es el tercer costo relevante en el proceso productivo. En este caso, los

Page 93: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 109

principales puntos a ser resueltos son qué método de cosecha usar en cada área y qué redde caminos construir para lograr un adecuado acceso. El costo de cosecha depende deestas decisiones de manera importante.

Nuevamente, dado que este problema era muy complejo, la cantidad de análisis manualque se podía hacer era muy poco, y eso daba la permanente sensación de que no se estabarealizando una planificación todo lo bien que se podía hacer. Lo anterior, se constituyó enuna excelente oportunidad para utilizar herramientas de optimización mejorando lasoperaciones de cosecha.

2. ASICAM: SISTEMA DE PROGRAMACIÓN DE CAMIONES

El transporte forestal es un proceso diario. En los puntos de cosecha en el bosque, haymúltiples productos, definidos principalmente por largo y diámetro, esperando para serdespachados hacia sus destinos, tales como plantas de celulosa, aserraderos, canchas declasificación y destinos. La oferta está basada tanto en stock, producto de labores decosecha de días anteriores más la producción del mismo día.

En las fábricas, hay requerimientos específicos de estos productos que deben sersatisfechos. Por ejemplo, hay requerimientos de productos de largos y diámetros específicosdesde cada aserradero. Los productos son transportados usando una flota de camiones,principalmente subcontratados, los cuales cargan en los orígenes y descargan en losdestinos, siguiendo una programación realizada por la empresa forestal.

Los camiones son de tipos diferentes, principalmente diseñados para llevar troncos delargos específicos. Los conductores de camiones y los operadores de grúas tienen jornadasde trabajo definidas con paradas programadas de almuerzo y descanso.

Los objetivos del proceso de transporte son:

1. Transportar los productos de madera desde los orígenes en el bosque, a los destinossatisfaciendo los requerimientos, muchas veces con prioridades de entrega predefinidas(por ejemplo, un barco que está zarpando en 3 días).

2. Minimizar los costos de transporte. Entre ellos distinguimos costos operacionales comoel consumo de combustible, desgaste de neumáticos, gastos de mantención, y loscostos fijos como la depreciación del capital, primas de seguros y sueldos de choferes.

3. Integrar las operaciones de transporte con las siguientes operaciones de la cadenalogística. Esto se traduce en tratar de obtener un flujo regular de llegada a los destinos,abasteciendo directamente las fábricas y eliminando doble movimientos de patio.

Para abordar este problema desarrollamos un modelo de simulación basado en unproceso de decisión heurístico. Sus entradas principales son la oferta de productos en cadauno de los orígenes, las demandas en los lugares de destino, la flota de camiones, loscostos y tiempos correspondientes a los diferentes viajes, la carga y descarga, y otrasrestricciones operacionales. La información de salida es básicamente el programa de trabajopara el día siguiente de cada camión, grúa de origen y grúa de destino. Adicionalmente, segeneran un conjunto de estadísticas que permitan evaluar la solución obtenida

Page 94: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

110 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Gráfico 1 (superior). Esquema de asignación de camiones entre t0 y t0 + 1 hora. Gráfico 2 (inferior). Repetición de la metodología después de avanzar en 15 min.

1

3

2

4

D1

D2

t0 t0 + 1/4 t0 +1 Tiempo (hrs)

DESTINOS

D2

D1

t0 t0 + 1/4 t0 +1 Tiempo (hrs)

2

4

D1

D2

t0 + 1/4 Tiempo (hrs)t0 + 1/2 t0 + 5/4

5

6

1

3

DESTINOS

D2

D1

Page 95: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 111

El modelo de simulación replica cada evento que se desarrolla durante el día. Porejemplo:

a) A las 6:00 AM el primer grupo de camiones llega a todas las posiciones de las grúas enlos orígenes y se inicia el proceso de carga.

b) A las 6:20 AM todos los camiones están cargados y salen de los orígenes en dirección asus respectivos destinos.

c) En los destinos, durante la mañana, los camiones llegan y se inicia el proceso dedescarga, en la primera grúa de cada destino que esté disponible.

d) A medida que los camiones son descargados, ellos reciben instrucciones para suspróximos viajes.

e) Mientras tanto, cuando los orígenes están libres, nuevos camiones empiezan losprocesos de carga. Si un camión llega a una grúa mientras está ocupada, el camión seforma en fila.

Las principales decisiones en la simulación son cómo generar nuevas asignaciones acamiones disponibles. Para hacer estas asignaciones en una forma coordinada, escogemosun horizonte móvil de una hora. Así en t0, el sistema evalúa todos los viajes que terminaránentre t0 y t0 más una hora. Pero de estos viajes, sólo aquellos que finalicen entre t0 y t0 másquince minutos serán actualmente programados. El horizonte se moverá quince minutoshacia el futuro, nuevamente se evaluará una hora de llegadas de camiones y así, el procesose repetirá nuevamente. En esta generación de viajes, se deben considerar todas lasfactibilidades técnicas junto a las restricciones operacionales y en la selección se debenponderar tanto los costos propios de realizar el viaje como las prioridades asociadas alcumplimiento de la demanda del destino al que se dirige.

Como ejemplo, en el gráfico 1, entre t0 y t0 más una hora, los camiones uno y dos lleganal destino D1, y los camiones 3 y 4 llegan al destino D2. En t0 el modelo de simulaciónasigna un viaje para camiones 1, 2, 3 y 4. Las decisiones para camiones 1 y 3 sonrealizadas, mientras que las decisiones para los camiones 2 y 4 son liberadas debido a queestos camiones finalizan sus viajes después de t0 más quince minutos. Luego en el gráfico 2,el tiempo ha sido incrementado quince minutos y el proceso se repite en t0 más quinceminutos.

Las reglas heurísticas son definidas para producir los mejores viajes globales. Estasson definidas para encontrar el costo asociado con cada viaje posible. En la simulación eltiempo gastado viajando, cargando, descargando y esperando en fila, para cada posibleviaje será evaluado utilizando los costos fijos y operacionales definidos para cada camión. Alo anterior, se suma un costo de penalidad causado por congestión en puntos con muchademanda que también debe ser considerado. Estos costos son vistos en el contexto deprioridades para los viajes y reflejan la perdida de eficiencia en el sistema completo,producto de algunas asignaciones de viajes que afectan a otros camiones. Para integrarsebien con las siguientes etapas de la cadena tal como la cinta transportadora de la planta, esimportante que los camiones lleguen en intervalos regulares. Esto constituye un problemadifícil, dado que un ciclo completo de un camión desde el viaje al origen hasta la descarga enel destino puede variar de forma importante (1.5 a 5 horas) dependiendo de las distanciasentre orígenes y destinos. Para resolver esto, se implementa en el sistema un mecanismoque permite que una vez que un destino empieza a rezagarse en las entregas, éste llega aobtener máxima prioridad y de esta forma, recupera el equilibrio.

Un conjunto complejo y variado de reglas fue desarrollado. Calibrarlas fue una tarealaboriosa, la cual tomó cerca de un año. El sistema considera condiciones muy detalladas,

Page 96: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

112 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

tales como paradas para almorzar, y que cada camión debe iniciar y finalizar su jornada detrabajo diario cerca de la ciudad donde vive su conductor. Nosotros hemos tomado especialcuidado en que las reglas sean robustas, para que así la metodología logre funcionarapropiadamente en todas las empresas forestales. Y no sólo esto, sino que el sistema probófuncionar bien en otras situaciones, como en la empresa Aserraderos Arauco compuesta porocho aserraderos, donde el sistema ha estado trabajando por cinco años hasta ahora, y enotros países, donde ASICAM ha estado funcionando. Mondi, Sudáfrica, por 6 años yrecientemente en Aracruz Celulose, Brasil.

ASICAM es implementado a través de una central de transporte. Los despachadores detráfico están localizados en puntos específicos en el bosque para asistir en el control del flujode camiones. Los operadores de la central de transporte programan las tareas del díasiguiente y controlan el cumplimiento de todos los viajes.

ASICAM es ejecutado cada tarde, realizando la programación de actividades del díasiguiente. Una típica ejecución del sistema en las empresas con flotas de mayor tamaño,tarda 2 minutos en un PC, y los programadores usualmente realizan varias ejecuciones delsistema para considerar diferentes escenarios. Los programas de trabajo del día siguiente,resultantes de este proceso, son enviados a los conductores por fax o e-mail.

La implantación del sistema en distintas empresas forestales ha reportado importantesahorros y beneficios. En Weintraub et al. (1996) se entrega una descripción más detallada.Los ahorros son producto de disminuciones en los números de camiones, equipos de carga,costos operacionales y costos totales de transporte. En el cuadro 1, se puede observar comoha disminuido el número de camiones en cuatro empresas forestales que han implementadoel sistema.

Empresa Antes deASICAM

Después de ASICAM

Bosques Arauco 156 120Forestal Millalemu 80 50Forestal Bio Bio 118 76Forestal Rio Vergara 120 80

Cuadro 1: Cantidad de camiones requeridos por cuatro empresasforestales para el transporte de volúmenes similares.

Al conseguir una mejor asignación de los camiones, en viajes de menor costooperacional y con menores tiempos de espera, las empresas forestales lograron reducir suscostos de transporte hasta en un 20%.

Las mejoras en regularizar el flujo de camiones que llegaban a los destinos, consiguiódisminuir el número de grúas requeridas para la carga y la descarga en alrededor de un20%. En la gráfico 3 se puede observar el comportamiento de llegada de camiones a undestino antes y después de la implantación del sistema.

Page 97: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 113

Gráfico 3: Frecuencia de llegada de camiones a una planta de celulosa.

El sistema se encuentran operativo en Aracruz Celulose, importante empresa forestalbrasileña que recientemente a pasado a manejar toda su flota de camiones utilizando elsistema, en un esquema de trabajo de 24 horas al día.

3. OPTICORT: UN SISTEMA DE COSECHA DE CORTO PLAZO

La planificación de corto plazo tiene como principal objetivo calzar la demanda de cortoplazo y la oferta de los bosques, minimizando el uso de patrimonio y los costos, junto conrespetar las capacidades de producción y de transporte. Este problema, en su dimensiónoperativa, tiene un horizonte de 3 a 12 meses y las decisiones pueden ser de caráctersemanal o mensual.

Si consideramos que cada rodal tiene bosques de distinto tamaño y características yque están localizados a distintas distancias de los centros de consumo, vemos que ladecisiones relativas a cuándo, cómo y hacia dónde enviar los productos que entrega elbosque son altamente relevantes para el resultado operacional de las empresas. Decisioneserróneas en este nivel pueden causar pérdidas económicas irreversibles, arruinandoinversiones de muchos años y comprometiendo el resultado global de la empresa. Elproblema es complejo, por las múltiples variables que participan en él. Existen múltiplesbosques, clientes con variados pedidos, costos e ingresos según cada opción, y todo esto enun esquema dinámico donde hay que analizar varios períodos en el futuro, para que el plande la próxima semana sea compatible con el plan de los próximos 6 meses.

OPTICORT es un sistema que apoya la toma de decisiones de cosecha forestal de cortoplazo, donde el horizonte es típicamente de pocos meses o incluso semanas. En este casola demanda por productos es muy específica, indicando calidades, largos y diametros,especialmente para los productos aserrables y exportables. A veces también tieneimportancia el diámetro medio de una venta completa. Demandas típicas incluyen, en ordende valor decreciente, trozas de exportación (unidades largas de gran diámetro), trozos

0

5

10

15

20

25

30

� � ���� ��� Tiempo

Camiones/hora Después de ASICAM

Antes de ASICAM

Page 98: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

114 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

aserrables (trozas más cortas de gran diámetro) y rollizos pulpables (cualquier diámetro).Esto implica la existencia de cientos, o miles, de productos en la planificación.

El patrimonio forestal está dividido en rodales, que son áreas razonablementehomogéneas. Algunos rodales están orientados a los mercados de exportación, otros a laindustria de los aserraderos y otros a producir celulosa, sin embargo todos los rodalesentregan los distintos productos en proporciones variables.

Los árboles se cortan en piezas que constituyen los productos. Este proceso se llamatrozado, que se puede realizar en terreno o en canchas de selección especiales para ello. Unesquema de trozado es un conjunto de instrucciones que se le dan al operador para seraplicado a un rodal. Estas instrucciones son un conjunto de productos, definidos por calidad,largo y diámetro, ordenados por lo general en forma descendente en valor. En el ejemplo delGráfico 4 vemos dos ejemplos de esquemas de trozado.

Las empreas forestales han desarrollado sistemas de inventario de precosecha quebásicamente estiman el rendimiento de un esquema de trozado cuando se aplica a un rodalespecífico. Estos sistemas indican el volumen de producto a obtener en cada rodal según elesquema de trozado seleccionado.

Gráfico 4: Dos esquemas de trozados. El primer esquema trata de obtener una troza de 12,10m. delargo y 24 cm. de diámetro al menos. Después, mira por trozos de 4,10 m de largo y 20 cm.de diámetro mínimo. El resto del árbol se va a pulpa. Similar proceso para el segundoesquema. Los diámetros que se muestran en la figura son los valores, medidos en terrenos.En el segundo esquema, medidos 8,10 m. se obtiene un diámetro de 29 cm., que es mayorque el mínimo requerido por lo que la primera troza puede ser cortado.

1 2

12,10 m 4,10 m

21 2

8,10 m 4,10 m4,10 m

26 cm 22 cm

29 cm 25,5 cm 20,5 cm

Esquema 2

Largo(m) Diámetro(cm)

8,10 244,10 20Pulpa 8

Esquema 1

Largo(m) Diámetro(cm)

12,10 244,10 20Pulpa 8

Page 99: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 115

Una dificultad metodológica fue la definición de los esquemas de trozado. El número deesquemas resulta exponencialmente grande. Inicialmente el modelo incluía un conjuntomoderado predefinido de esquemas para cada rodal, en un intento de cubrir un rangorazonable de opciones. Luego, se desarrolló un enfoque de generación de columnas paragenerar los esquemas de trozado automáticamente. Esta nueva característica superó dosprincipales limitaciones: los usuarios necesitaban demasiado tiempo generar un buenconjunto de esquemas, y en segundo lugar, los conjuntos iniciales de esquemas de trozadoprobablemente carecían de mejores opciones. El esquema de generación de columnas sebasaba en un algoritmo de ramificación y acotamiento desarrollado especialmente yvinculado al sistema de inventario forestal de cada empresa.

El sistema OPTICORT se encuentra en uso en cuatro empresas, incluyendo el complejoArauco, Forestal Bio Bio, y Forestal Monteáguila. El modelo funciona sobre un optimizadorlineal y en un PC, demorando cada corrida aproximadamente 10 minutos. Las evaluacionesrealizadas apuntan a mejoras de aproximadamente 5% a 10% con respecto del sistematradicional, lo que en términos monetarios significa aproximadamente 2,5 millones de dólarespara Bosques Arauco y 6 millones al año para todas las empresas en conjunto. La principalventaja del uso de OPTICORT es el mejor aprovechamiento de la madera para satisfacer lademanda, al reducir la cantidad de degradación. Este mejor ajuste ha reducido la necesidadde talar mayor volumen.

Adicionalmente se obtuvieron ahorros en el transporte. Por ejemplo, Bosques Araucoahorró 250.000 dólares por año, debido a que el modelo indicó que sería mejor transportardirectamente al destino un 50% del volumen hasta entonces transportado por centros deselección intermedios. Enrique Nieto, Jefe de Planificación de Arauco, explica que el sistemaOPTICORT ha sido útil para la evaluación del plan maestro de cada temporada, así comopara estimar la probabilidad de satisfacer la demanda durante el resto de la temporada.

Según nuestros antecedentes (Weintraub and Bare,1996), este es el primer sistemaque optimiza las decisiones de cosecha de corto plazo, que son de gran detalle. Un sistemasimilar está en operación en Aracruz Celulose, Brasil. En este caso los esquemas de trozadono son importantes y aparecen otros problemas, como balancear las densidades yconcentrar geográficamente los frentes de cosecha.

4. PLANEX: SISTEMA DE UBICACIÓN DE MAQUINARIA Y DISEÑO DE CAMINOS

Previo a la cosecha de un bosque es necesario habilitar el mismo. Esto significaconstruir la red de caminos y las canchas de madereo que permitan acceder la maquinariade cosecha y apilar el trabajo de las torres respectivamente. Para resolver este problema enforma adecuada es recomendable analizar en conjunto el problema de localización demaquinaria de cosecha y la construcción de la red de caminos.

Nuevamente, este problema resultó ser complejo, la cantidad de soluciones analíticasposibles de analizar manualmente eran muy pocas, lo cual limitaba la calidad de lassoluciones obtenidas.

La cosecha en áreas planas se realiza con tractores, los cuales mueven los troncoshasta los bordes de los caminos, donde son cargados sobre los camiones. Cuándo elbosque tiene pendientes demasiado pronunciadas, los troncos son arrastrados arriba o abajodel cerro usando un sistema de cables aéreos que los mueven a canchas de carga cerca delcamino.

Los caminos, por su parte, deben cumplir con restricciones técnicas estrictas, talescomo:

Page 100: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

116 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

i) pendiente máxima de subida para camiones cargados, yii) el radio de giro del camino debe ser lo suficientemente amplio para permitir a los

camiones tomar la curva con seguridad.El costo de llevar los troncos al borde de los caminos con tractores y torres, depende

principalmente de la distancia entre la posición de la madera y el camino. Una red densa decaminos producirá menores costos de cosecha. No obstante, la construcción de caminos escara y, además, afecta negativamente el medio ambiente. Encontrar la mejor combinacióntécnica y económica entre la ubicación de tractores, cables aéreos y el diseño de la red decaminos es un problema difícil.

El problema resultante combina dos problemas NP completos: un problema delocalización y un problema de construcción de caminos en una configuración muy grandecon una red que representa cientos de miles de nodos y varios millones de arcos, según seexplica más adelante.

Las principales decisiones son:

i) ¿Qué áreas deben ser cosechadas con tractores y con torres?ii) ¿Dónde localizar las canchas de descarga de las torres?iii) ¿Qué superficie será cosechada por cuál torre específica?iv) ¿Qué caminos deben ser construidos para transportar el volumen cosechado?

Debido a la existencia de un modelo matemático de gran tamaño detrás de esteproblema, éste no es un problema práctico de ser resuelto de manera óptima con el estadodel arte de la tecnología, hoy en día. Nosotros discutimos este punto más adelante.

Modelar este problema requiere tener información topográfica de las áreas de cosecha,e información de los inventarios de madera de los bosques en formato digital, típicamenteobtenidos a través del uso de un Sistema de Información Geográfico (GIS por sus siglas eninglés). PLANEX soluciona este problema usando esta información en conjunto conparámetros técnicos y costos para las actividades de cosecha y construcción de caminos. Elsistema fue desarrollado en un esfuerzo conjunto con John y Bren Sessions desde laFacultad Forestal de la Oregon State University.

PLANEX interactúa con un SIG, obteniendo información topográfica y de volúmenes demadera. La solución visual incluye ubicaciones de torres, área a ser cosechada por cadaequipo, áreas no cosechadas o inalcanzables, caminos antiguos utilizados, caminos nuevosa ser construidos; pudiendo el usuario modificar muchos de estos elementos. El sistemaentrega también una serie de informes, que indican ubicación de torres (en coordenadas),volúmenes cosechados, costos promedio de cosecha, costos de construcción de caminos, ycostos de transporte de madera.

El esquema es como sigue: primero, nosotros dividimos el área de estudio en celdaspequeñas de 10 metros por 10 metros, los cuales constituyen las unidades básicas deanálisis. Un problema típico tiene 50.000 celdas.

Nosotros implementamos una heurística de dos fases. La primera fase básicamenteinstala, en cada iteración, el equipamiento con el costo total de cosecha más barato pormetro cúbico, incluyendo los costos de maquinaria, costos de construcción de caminos ycostos locales de transporte.

Para cada localización potencial de las torres o tractores el sistema identifica las celdasaccesibles que el equipamiento debería alcanzar.

Page 101: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 117

Como muestra la gráfico 6, para calcular la mejor forma de conectar una maquina conuna red de caminos existente, nosotros construimos un conjunto de caminos potenciales haser analizados, para en cada celda, evaluar las posibilidades técnicas de construir unsegmento de camino que una a celdas adyacentes.

Feasible Turns

Gráfico 6. Conexión de una celda a una red de caminos existente

La red de caminos es muy grande y crece aún más cuando las restricciones de radio degiro son agregadas. Esto implica agregar varios nodos adicionales por celda para identificarcomo se conseguirá alcanzar dicha celda. De esta manera, es posible identificar los girosfactibles a través de eliminar los arcos que producirían giros muy pronunciados. De estaforma, para una localización dada, el camino más corto entre ella y la red ya construidarepresenta el costo de conexión.

Nosotros implementamos una heurística de dos fases. La primera fase básicamenteinstala, en cada iteración, el equipamiento con el costo total de cosecha más barato pormetro cúbico, incluyendo los costos de maquinaria, costos de construcción de caminos ycostos locales de transporte. La segunda fase considera intercambios locales entre lalocalización de la maquinaria de cosecha y la reoptimización de la red de caminos.

Page 102: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

118 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

El gráfico 7 muestra una solución para un problema ejemplo. Las áreas más oscurasson asignadas a tractores mientras que las áreas más claras son asignadas a torres,localizadas en terrenos representados por puntos negros. La red de caminos se muestra enblanco.

PLANEX es usado cada vez que las empresas deciden cosechar un área y requierenhabilitarlo. El sistema es operado generalmente por ingenieros forestales, quienes llegan areducir de manera importante los costos de cosecha y construcción de caminos. El sistemaPLANEX ejecutado en un PC, y requiere 15 minutos para resolver una instancia de 1000hectáreas. El sistema además permite optimizar la parte residual de un problema cuandoéste sufre alteraciones, permitiendo que el planificador pueda probar diferentes escenarios yconcentrar sus esfuerzos en el análisis de estos, más que en la generación de mapas.

PLANEX está implantado en las empresas del complejo Arauco, Forestal Mininco, ForestalBío Bío, Forestal Millalemu, Forestal Monteáguila y Forestal Copihue. Las estimaciones deahorros realizados de manera preliminar varían entre 0,50 y 1,50 dólares por metro cúbico.Forestal Bío Bío ha informado de instancias en las cuales PLANEX permitió reducir la red decaminos en un 50%, esto les ha generado a las empresas forestales un ahorro totalaproximado cercano a los dos millones de dólares anuales. Desde un punto de vistamedioambiental, también a sido positivo, debido a que la menor cantidad de caminos setraduce en un menor daño durante el proceso de cosecha.

5. CONCLUSIONES

El presente trabajo pretende mostrar un enfoque integrado orientado a optimizar laplanificación de la cadena logística de la industria forestal primaria. El fruto de este trabajoha sido aplicado por múltiples empresas forestales, especialmente chilenas, con resultadosmuy alentadores.

Gráfico 7. Solución generada porPLANEX.

Page 103: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 119

6. AGRADECIMIENTOS

Los autores desean agradecer el aporte y apoyo en el desarrollo de este trabajo porparte de las empresas chilenas y también el especial apoyo de Aracruz Celulose, Brasil.Además deseamos agradecer el apoyo del proyecto Fondef 1044.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cossens, P. 1992, “Planning and Control of Short-term Log Allocation in New Zealand,” Integrated Decision-Makingin Planning and Control of Forest Operations, Proceedings of IUFRO Conference, Christchurch, New ZealandSchool of Forestry, University of Canterbury, Christchurch, New Zealand, pp. 46-56.

Epstein, R., Serón, J., Weintraub, A., 1999, “Un Caso Exitoso: Sistemas de Optimización en la Industria ForestalChilena”, Revista de Ingeniería de Sistemas, Vol. XIII, Número 1, pp. 5-32.

Epstein, R., Morales, R., Serón, J., Weintraub, A., 1999, “Use of OR Systems in the Chilean Forest Industries”,Interfaces, Vol. 29, Number 1, pp. 7-29, January-February.

Epstein, R., Nieto, E., Weintraub, A., Chevalier, P., Gabarró, J., 1999, “A System for Short Term Harvesting”,European Journal of Operations Research, Number 119, pp. 427-439.

Epstein, R., Weintraub, A., Sapunar, P., Nieto, E., Sessions, B., Sessions, J., 1995, “PLANEX: Un sistema para laOptima Habilitación de Maquinaria de Cosecha”, Actas V Taller de Producción Forestal, Concepción,Noviembre.

Kirby, M.W., W. Hager, y P. Wong, 1986, “Simultaneous Planning and Wildland Transportation Alternatives,” TIMSStudies in the Management Sciences, Vol. 21, Elsevier Science Publishers, Nueva York, pp. 371-387.

Meacham, M.L. y M.W. Kirby, 1994, “A Heuristic System to Solve Mixed-Integer Forest Planning Models,”Operations Research, Vol. 42, pp. 1010-1024.

Twito, R.H., S.E. Reutebuch, R.J. McGaughey, y C.N. Mann, 1987, “Preliminary Logging Analysis System (PLANS):Overview,” Technical Report, USDA Forest Service, PNW-199, Portland, Oregon.

Weintraub, A. y B. Bare, 1996 “New Issues in Forest Land Management from an Operations Research Perspective,”Interfaces, Vol. 26, Nº5, pp. 9-25.

Weintraub, A., R. Epstein, R. Morales, J. Serón y P. Traverso, 1996, “A Truck Scheduling System ImprovesEfficiency in the Forest Industries,” Interfaces, Vol. 26, Nº4, pp. 1-12.

Weintraub, A., Epstein, R., Morales, R., Serón, J., 1994, “OR/MS Boosts Productivity on Chile’s Timber Industry”,OR/MS Today, pp. 40-42, Octubre.

Page 104: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

120 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

C6-1

Certificação Florestal

���������������

Batmanian, G.WWF, Brasil

RESUMO: Esta apresentação trata do fortalecimento do padrão FSC de certificação florestal no Brasil, o papel dosgrupos de compradores, e tendências do mercado mundial e doméstico.ABSTRACT: This presentation deals with the strengthening of the FSC forest certification pattern in Brazil, thebuyers groups role, and tendencies in the domestic and global market.

C6-2

Implicaciones sobre la consideracion de la captura de carbonocomo un nuevo objetivo en la gestion forestal

�������� �� ��������� ����� ������������� �����������������������������

Diaz-Balteiro, L. ([email protected])Romero, C.

Universidad de Valladolid, España

RESUMEN: Desde que recientemente se ha considerado a los ecosistemas forestales como posibles sumideros delcarbono atmosférico, en muchos casos la captura de carbono se ha convertido en un nuevo objetivo a incluir dentrode la gestión forestal. Como consecuencia de este hecho, decisiones como la determinación del turno óptimo, queanteriormente se centraba en un objetivo único, deberían modificarse para incluir este nuevo output. Por otro lado,desde un punto de vista social, cabría preguntarse si las políticas públicas encaminadas a favorecer la forestaciónde tierras agrarias provocan que los propietarios empleen turnos cercanos al óptimo técnico que favorezcan lamáxima captura de CO2. Las consecuencias de la integración de este nuevo objetivo también abarcan aspectosrelativos a los métodos utilizados en la gestión forestal. En efecto, los métodos que emanan de la tradición forestalcentroeuropea, centrados únicamente en la producción de madera, ofrecen soluciones dominadas al problemacuando se incluye explícitamente como objetivo la captura de carbono. Después de analizar los temasanteriormente mencionados, en este trabajo se propondrán metodologías alternativas, que mediante el uso detécnicas multicriterio (básicamente la programación por metas), permiten una incorporación eficiente de esteobjetivo a la gestión forestal, obteniendo soluciones robustas y aceptables para el centro decisor.ABSTRACT: The recent consideration of forest ecosystems as possible sinks of carbon dioxide (CO2) makesnecessary its inclusion in forest management models. This type of inclusion generates theoretical changes in thesystem of calculation of the rotation ages. In this sense, it is interesting to research if the current forest policiesencouraging afforestation programmes "push the forest owner" towards rotation ages that optimises the capture ofCO2. It is also interesting to note that the consideration of this new objective implies important changes in thetraditional methods of forest management based upon exclusively in timber production. After reviewing the abovetopics, some new methods based on goal programming are proposed. This type of approach allows thedetermination of harvest schedules that represent sensible and robust compromises between economic timberreturns and the CO2 captured.

Page 105: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 121

C6-3

La forestación de tierras agrarias y el desarrollo rural en la Unión Europea.Una visión desde España.

���������� ��������� ��� ���� ����������������� �� ������������ �� � ��������������

Herruzo-Martínez, A.C. ([email protected])Universidad Politécnica de Madrid, España

RESUMEN: El presente trabajo ofrece una visión general de las recientes medidas de forestación de tierras agrariasdesarrolladas en la Unión Europea. Se analiza la normativa propuesta y se describe su aplicación en España. Paraterminar con una reflexión sobre las posibles repercusiones de la forestación de tierras agrarias sobre los objetivosplanteados en la actual política europea de desarrollo rural.ABSTRACT: This presentation offers a general vision of recent European acts promoting the reforestation ofagrarian lands. The proposed regulations are analyzed and its implementation in Spain is also described. Finally,some possible effects of reforesting agrarian lands on the objectives proposed by the European rural developmentact are also presented.

1. INTRODUCCIÓN

Las perspectivas de mejoras de vida en muchas de las zonas rurales másdesfavorecidas de la Unión Europea (UE) han empeorado en la última década, a pesar delos esfuerzos nacionales y comunitarios para mejorar las condiciones de vida rural y detenerla despoblación del campo. A esta situación han contribuido la reducción de los preciosagrícolas y las limitadas oportunidades para generar empleos alternativos que compensenlas caídas de renta procedente de las actividades agrícolas. A la luz de las nuevasdirectrices de política agraria, y de los acuerdos sobre liberalización de intercambioscomerciales firmados por la UE y la Organización Mundial del Comercio (WTO), cabepredecir reducciones adicionales de los subsidios agrícolas en los próximos años. Comoresultado puede esperarse un empeoramiento de la situación y mayores dificultades paraasegurar el modo de vida agrícola en las zonas rurales con problemas estructurales másserios, a menos que se adopten medidas que contrarresten esta tendencia.

Tradicionalmente los bosques han revestido una gran importancia en el mundo rural.Además, la crisis del modelo de producción agrícola, seguido en la Unión Europea (UE) a lolargo de las últimas décadas, presenta una serie de aspectos que han revalorizado el papelde la actividad forestal en las zonas rurales lo que hace especialmente relevante el impulso aeste sector (Sumpsi, 1991). En primer lugar, la disminución de la rentabilidad de lasproducciones agrícolas frente una rentabilidad forestal en alza. Por otra parte, los dañosambientales generados por la intensificación agrícola contrastan con el desarrollo de unagestión forestal que ofrece buenas posibilidades para contrarrestar este fenómeno, y a lavez contribuir a una mejor preservación de los recursos naturales.

El impulso a la selvicultura en el medio rural, y en particular la forestación de tierrasagrarias, se justifica a través de su contribución a objetivos tales como la recuperación detierras de agrícolas y ganaderas marginales con vocación forestal, e incluso de tierras másfértiles, para cultivos forestales alternativos a los productos agrarios excedentarios; lageneración de empleos alternativos que frene el despoblamiento del mundo rural; elmantenimiento de los recursos naturales y ambientales, flora, fauna, ecosistemas valiosos,

Page 106: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

122 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

etc. En definitiva, toda una serie de hechos que permiten dar respuesta a unas crecientesdemandas sociales a favor de una mayor calidad ambiental y del mantenimiento de losvalores socioculturales que sustentan la permanencia de la población en las zonas rurales.Elementos a tenerse en cuenta en toda política económica orientada a la consecución de un

desarrollo rural armónico.1

El objetivo de este trabajo consiste en describir los esfuerzos recientes realizados en elseno de la UE para fomentar el desarrollo de la selvicultura en las explotaciones agrarias,como instrumento de la política de desarrollo rural. El análisis se ha particularizado aEspaña, país donde los esfuerzos realizado en este sentido tanto en inversiones como ensuperficies presenta una mayor dimensión dentro de la UE (European Commission, 1998).

El trabajo de divide en cuatro secciones. En primer lugar se exponen los antecedentes yel proceso de gestación del programa europeo de forestación de tierras agrarias, establecidoen el reglamento CEE 2080/1992, cuya ejecución ha tenido lugar a lo largo de la pasadadécada. Para ello se realiza un recorrido por aquellas etapas más significativas en laevolución de la Política Agraria Común (PAC) de la UE, desde sus inicios como una políticade precios y mercados, hasta su configuración actual como una política de desarrollo ruralque incorpora entre sus objetivos, además de la organización de los mercados, la mejora delas estructuras agrarias, y la conservación y protección de los recursos naturales. En lasiguiente sección se examinan los aspectos esenciales de la aplicación en España del citadoprograma de forestación de tierras agrarias. Para terminar con una reflexión general sobrelas posibles repercusiones de la forestación de tierras agrarias sobre los objetivosplanteados en la actual política europea de desarrollo rural.

2. GÉNESIS DE LOS PROGRAMAS DE FORESTACIÓN DE TIERRAS AGRARIAS

El Tratado de Roma, constitutivo de la Comunidad Europea, preveía la aplicación deun mercado común a las producciones agrícolas y ganaderas, sin embargo no contemplabaesta situación para la madera. La inexistencia de un marco jurídico para las produccionesmadereras ha impedido el desarrollo de una auténtica política forestal común, al contrario delo ocurrido con la agricultura y la ganadería. En consecuencia, desde 1957, todas lasacciones llevadas a cabo en este sector se han basado en fundamentos jurídicos relativos aotras políticas, especialmente la PAC, pero también la política regional, y las políticascomercial y ambiental.

Conviene distinguir una serie de etapas en la evolución de la política agrariacomunitaria dentro de su proceso de adaptación a los cambios políticos y económicosacontecidos desde su creación.

a. En un primer momento, la PAC se caracterizó por una marcada protección de losproductores comunitarios con el fin de garantizar el abastecimiento de los mercados eincrementar la productividad agraria. La protección a los agricultores se instrumentó a travésuna política de precios y mercados sustentada en una serie de organizaciones comunes demercados para las distintas producciones agrícolas y ganaderas y financiada por medio delFondo Europeo de Orientación y Garantía Agrícola (FEOGA).

b. En 1972, se estableció, como complemento a la política de precios y mercados,una política estructural con el objetivo de adaptar y modernizar las estructuras agrarias eimpulsar la renovación y profesionalización de los agricultores. Es dentro del marco de esta

1 Para una visión reciente del papel de los bosques y la selvicultura sobre el desarrollo rural, desde unaperspectiva europea, puede consultarse Ministerial Conference on the Protection of Forests in Europe (2000).

Page 107: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 123

política de mejora de estructuras agrarias, y en la década siguiente, donde comienza agestarse el programa de forestación de tierras agrarias de la UE.

c. En los años ochenta, los altos niveles de protección al sector agrario, junto a unintenso proceso de cambio tecnológico, llevaron a un continuo incremento de lasproducciones que, al no poder ser absorbido por la demanda interior, aumentaronenormemente los excedentes agrarios y las exportaciones subvencionadas. Esta situaciónoriginó una serie de conflictos comerciales con países terceros a la vez que, desde elinterior, se cuestionaba, cada vez con mayor insistencia, un sistema de producción agrariacostoso que no conseguía prestar ayuda suficiente a un gran número de explotacionesdesfavorecidas y que, además, resultaba perjudicial para el medio natural.

Durante esta década la política agraria se fue haciendo cada vez menos agrícola, en lamedida que su marco de acción se fue ampliando, gradualmente, al conjunto de laeconomía rural. En este contexto, se sitúa el Reglamento (CEE) 797/1985, sobre mejora dela eficacia de las estructuras agrarias, cuyo Título VI “Medidas forestales en explotacionesagrarias” constituye el antecedente del citado Reglamento (CEE) 2080/1992. El Reglamento(CEE)19 797/85, concebido en el marco de la política estructural comunitaria, establecía, porprimera vez, un régimen de ayudas para la repoblación de superficies agrícolas, así comopara las inversiones destinadas a la mejora de las superficies de bosques en lasexplotaciones agrarias, tales como el establecimiento de cortavientos, cortafuegos; puntosde suministro de agua y caminos forestales etc.. El insuficiente importe de las ayudas, asícomo la ausencia de un verdadero interés por parte de las Administraciones de los diferentespaíses miembros, ocasionó, en la práctica, una escasa o nula aplicación de esta medida(Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentación, 2000a).

d. En 1992 se produjo una profunda reforma de la PAC que supuso, entre otrascosas, la transferencia de una parte muy significativa del apoyo al sector agrario de losconsumidores a los contribuyentes. Para ello se redujeron los precios de intervención de losproductos agrarios, acercándolos a los del mercado mundial, se establecieron controles deoferta, y se compensó a los productores por las pérdidas de rentas mediante una serie deayudas directas pagadas por hectárea o cabeza de ganado.

Un segundo elemento de las reformas introducidas en 1992 consistió en elestablecimiento de tres “medidas de acompañamiento” que tenían como fin ampliar lasposibilidades de desarrollo en las zonas rurales y que se dirigían a fomentar tres áreasimportantes en el momento: el uso de prácticas agrarias compatibles con la conservación ymejora de la calidad ambiental (Reglamento(CEE) 2078/1992), la jubilación anticipada deagricultores (Reglamento (CEE) 2079/1992) y, por último, la realización de forestaciones enterrenos agrícolas (Reglamento (CEE) 2080/1992).

El Reglamento (CEE) 2080/1992 instauró un segundo régimen de subsidios a losprogramas de repoblación de terrenos agrícolas, en los estados miembros de la UE, queincluía ayudas destinadas a cubrir los costes de forestación y de mantenimiento de lasplantaciones en los primeros años, así como, y aquí reside la novedad más importante delprograma, primas anuales destinadas a compensar a los agricultores por la pérdida deingresos derivadas de las repoblaciones. Asimismo, el reglamento incluía un paquete deayudas para la mejora de las superficies ya repobladas. La Comunidad proporcionaría el

Page 108: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

124 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

75% de los fondos en las regiones menos desarrolladas (objetivo 1) y el 50% de los fondos

en el resto de las regiones.2

Con esta medida se pretendía promover la forestación, como uso alternativo de lastierras agrícolas, con el fin de reducir los costosos excedentes agrícolas y, al mismo tiempo,proporcionar a la Comunidad un nuevo instrumento para fomentar los recursos forestales,mejorar el equilibrio ecológico y generar otros beneficios ambientales. Aunque formaba partede un paquete de medidas agrícolas, el Reglamento (CEE) 2080/1992 deberíacontemplarse también en el marco de un tratamiento más ambicioso de los problemas

forestales respecto a épocas precedentes, en el seno de la UE. 3

e. La última reforma de la PAC, ocurrida en 1999 (Agenda 2000), ha supuesto laintensificación y extensión de las líneas rectoras de la reforma de 1992, fundamentándoseeste proceso con una política rural más coherente. Con este objetivo se ha pretendidointegrar los tres elementos previos de la política agraria – política de mercados, políticaestructural y política medioambiental- para constituir una política rural homogénea. Encomparación con el periodo anterior, el nuevo sistema convierte al desarrollo rural en uno delos ejes de la nueva PAC y establece como principios básicos el desarrollo sostenible, laprotección del medio ambiente y la creación de empleo.

Los reglamentos (CE) 1257/1999 y (CE) 1750/1999 han sentado las bases de la nuevapolítica de desarrollo rural, durante el período 2000-2006, consolidando, en un solo paquete,las “medidas de acompañamiento” establecidas inicialmente en 1992. En estos textoslegales, por primera vez, se reconoce a la selvicultura como parte integrante del desarrollorural. Incluyen un régimen de ayudas a la forestación de tierras agrarias, en línea con loestablecido en el Reglamento (CEE) 2080/1992 pero, además, introducen nuevas medidaspara apoyar las funciones ecológicas y protectoras de los bosques que pueden constituir unabuena base para ayudar a los estados miembros a aplicar estrategias dirigidas a favorecer lagestión, la conservación y el desarrollo sostenible de los bosques.

3. APLICACIÓN DEL PROGRAMA EN ESPAÑA

La concesión de ayudas a la forestación de tierras agrarias se inscribe dentro de unamplio programa de actuaciones para abordar una serie de problemas de raíz agrícola. Noobstante, para una mejor comprensión de sus efectos resulta conveniente ofrecer, aunquesea someramente, una panorámica de la situación actual del sector forestal en España.

2 La regiones objetivo 1 son aquellas cuyo PIB per capita es inferior a un 75% de la media de la UE.3 A finales de la década de 1980 comienza a vislumbrarse un cambio en la tendencia seguida en los añosprecedentes, abriéndose una fase de tratamiento más ambicioso de los problemas forestales y ambientales, condecisiones que modifican fundamentalmente los programas ejecutados con anterioridad. En 1988 se produce lapresentación por la Comisión al Consejo de una estrategia forestal comunitaria y un programa de acción forestal(Comunicación COM (88)255) con los siguientes objetivos: favorecer la participación del sector forestal en sutotalidad en la ordenación territorial y contribuir al desarrollo futuro del mundo rural; garantizar a la Comunidad unacierta seguridad de abastecimiento de madera; contribuir a la conservación y a la mejora del medio ambiente; dar alsector forestal una dinámica propia que le permita desempeñar mejor sus diversas funciones; salvaguardar alpatrimonio forestal protegiéndolo contra las agresiones más importantes que recibe; ampliar la función del bosquecomo marco de esparcimiento. Este documento suponía un paso adelante para dotar de mayor coherencia a lasmedidas forestales comunitarias. Para mayor información sobre la Estrategia Forestal Europea y los aspectoslegislativos que encuadran la acción forestal comunitaria véase Morcillo (2001).

Page 109: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 125

3.1. El sector forestal

De acuerdo con la información contenida en el Segundo Inventario Forestal Nacionallas zonas forestales españolas ocupan 25,9 millones de hectáreas lo que supone el 51,2%de la superficie nacional. Dentro de esta extensión de terreno, las zonas forestalesarboladas ascienden a 13,9 millones de hectáreas e incluyen 10,7 millones de hectáreas demasas boscosas densas (fracción de cabida cubierta > 20%) y 3,2 millones de hectáreas dearbolado poco denso (fracción de cabida cubierta entre 5 y 20 %). La superficie forestalrestante, 12,1 millones de hectáreas, se encuentra ocupada por vegetación arbustiva y/oherbácea, junto a espacios abiertos con poca o nula vegetación (Ministerio de MedioAmbiente, 1998).

La actividad forestal en España es menos intensiva que en el conjunto de los países dela UE. A diferencia de los países del norte de la UE, en España, y en los paísesmediterráneos en general, no se da una correlación entre superficie forestal y superficiearbolada y más aún superficie arbolada productiva. Los montes españoles, a excepción de

pequeñas áreas marítimo costeras de las regiones del norte, 4 presentan una bajaproductividad, con una producción unitaria para el conjunto de la superficie arbolada en tornoa 2m3/ha/año. Otra característica significativa de la superficie forestal arbolada en Españaes la gran proporción de quercíneas, típica del bosque mediterráneo, con predominio de laespecie Quercus ilex representativa del sistema de “dehesa”, presente en amplias zonas deloeste y sur-oeste del país.

Factores esencialmente agroecológicas determinan que la extensión e importanciaeconómica de la actividad forestal en las diferentes regiones del país (ComunidadesAutónomas, CCAA) sea notablemente dispar. En conjunto, la aportación de la selvicultura ala Producción Final Agraria (PFA) española alcanzó el 3,1% en 1997. Estas cifras fueronsuperadas ampliamente las regiones atlánticas del Norte donde la productividad de losmontes es más alta, como Galicia y el País Vasco con una proporción de la selvicultura en elconjunto de la PFA del orden de un 10,5% y de un 9,7%, respectivamente. En contraste, enalgunas regiones insulares y del interior del país, como Madrid o Baleares la actividadforestal sólo alcanzó en torno al 1% de la PFA (Ministerio de Agricultura Pesca yAlimentación, 2000).

El balance nacional de la madera indicaba en 1996 un grado de autoabastecimiento deun 50,6 y unas importaciones del orden de 24,3 millones de m3 sin corteza (Ministerio deAgricultura Pesca y Alimentación, 2000b). No obstante la importancia de la actividad forestalen su vertiente conservación complementa ampliamente a su función productora de materiasprimas y reviste una especial importancia en un país secularmente castigado por ladeforestación, tanto de carácter natural como antrópico.

La política forestal española, a lo largo de la segunda mitad del siglo pasado, concedióuna gran prioridad a la forestación. Entre 1950 y 1990, se logró forestar cerca de 4 millonesde hectáreas con un doble objetivo, hidrológico forestal, en los ámbitos mediterráneos y laconsecución de producciones estables en algunos ámbitos atlánticos. Si bien lasrepoblaciones se mantuvieron a un ritmo sostenido durante las tres primeras décadas, elproceso repoblador se ralentizó en los años ochenta, entre otras razones, como señalaGómez Mendoza (1992), ante una opinión generalizada sobre sus impactos ecológicos ypaisajísticos: destrucción de matorrales y monte bajo de valor singular, y de carácter 4 Las especies de crecimiento rápido, localizadas mayoritariamente en esta zona, ocupan el 12,5% de la superficiearbolada del país, si bien proporcionan en volumen el 68% de las cortas anuales de madera (Ministerio de MedioAmbiente, 1999).

Page 110: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

126 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

protector, errores en la elección (o disponibilidad de especies) y técnicas de forestacióninadecuadas. El Gráfico 1 recoge la serie histórica de repoblaciones realizadas en España

en este periodo.5

Gráfico1: Serie histórica de superficie repoblada, 1959-1999. (Ha.) (Fuente: Anuario de Estadística Agraria y estimaciones)

El volumen principal de las repoblaciones efectuadas a lo largo de estos añoscorrespondió a montes públicos o a montes privados consorciados con predominio deespecies resinosas (Ministerio de Medio Ambiente, 1999). Por el contrario, las repoblacionesrealizadas a iniciativa de los particulares representaron un volumen muy inferior, y serealizaron en terrenos con vocación mayoritariamente forestal; a pesar de los esfuerzosrealizados desde finales de 1977 por el Ministerio de Agricultura para impulsar la repoblaciónen terrenos privados, tanto agrícolas como forestales. Por otra parte, las ayudascomunitarias para repoblación forestal de superficies agrícolas (aplicación del Reglamento(CEE) 797/1985) tuvieron en España unos resultados prácticamente nulos debido,principalmente, a sus condiciones restrictivas (agricultor a título principal) y escasa cuantía.

Dentro de este contexto hay que situar la aparición del programa de forestación detierras agrarias iniciado en 1994, en desarrollo de la normativa establecida en el Reglamento(CEE) 2080/1992, cuyo contenido y principales realizaciones se recogen en los apartadossiguientes. 5Las superficies repobladas en el periodo 1990-1999 son estimación, las superficies restantes proceden delAnuario de Estadística Agraria del Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentación.

0

1 0 0

2 0 0

3 0 0

4 0 0

5 0 0

6 0 0

7 0 0

1950-1954

1955-1959

1960-1964

1965-1969

1970-1974

1975-1979

1980-1984

1985-1989

1990-1994

1995-1999

Page 111: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 127

3.2. Las ayudas a la forestación

El Reglamento (CEE) 2080/1992 sobre medidas forestales en la agricultura establecíalas siguientes ayudas para fomentar nuevas plantaciones en superficies y explotacionesforestales, y para la mejora de la superficie forestal en dichas explotaciones:i) Gastos de forestación. Ayudas destinadas a compensar los gastos de forestación entierras agrarias. Para ésta y las restantes ayudas, el reglamento fijaba unos importesmáximos. No obstante, cada uno de los países miembros de la UE ha tenido la potestadpara establecer niveles nacionales para cada tipo de ayuda, dentro de los máximos

autorizados en la legislación comunitaria.6 El importe máximos de los gastos de forestaciónestablecido quedó comprendido entre 2.000 ecus/ha y 4.000 ecus/ha por ha plantada, según

la especie utilizada en la forestación.7

En España, las especies arbóreas y arbustivas destinatarias de las diversas ayudas seagruparon dentro de los tres grupos siguientes:

a) Especies arbóreas cuya plantación tiene como fin principal la producción de maderaen un plazo mayor de quince años.

b) Especies arbóreas y arbustivas cuya plantación tiene como fin principal larestauración o la creación de masas forestales permanentes.

c) Especies arbóreas o arbustivas autóctonas de interés particular en ciertas zonaspor motivos de producción de maderas valiosas, endemismos, peligro de extinciónetc..

El importe máximo de los gastos de forestación aplicado en España a cada uno deestos tres grupos de especies fue, respectivamente, 1.369 ecus/ha, 2.367 ecus/ha y 3.154ecus/ha plantada. Por otra parte, se estableció también un importe máximo de 945 ecus/ haplantada para las plantaciones con especies de crecimiento rápido explotadas en régimen a

corto plazo (cuando éste no supera los quince años).8

Además de la pertenencia a un grupo de especies concreto, en España para la fijaciónde la ayuda a los gastos de forestación también se han tenido en cuenta aspectos como lapendiente y el tipo de suelo a repoblar. Además, las cuantías máximas fijadas han podidoincrementarse en aquellos casos en los que las solicitudes de forestación han sido cursadaspor agricultores agrupados y cuando la forestación se ha efectuado en espacios protegidos.

ii) Prima de mantenimiento. Se trata de una prima anual por hectárea de tierra agraria quehaya sido forestada destinada a cubrir, durante los cinco primeros años, los gastos demantenimiento y de reposición de marras de esta superficie. El importe máximo establecidopor la UE para esta prima fue 250 ecus/ha y año, durante los dos primeros años, y 150ecus/ha y año durante los años siguientes, para las plantaciones de coníferas. Paraplantaciones de frondosas o mixtas (con un mínimo de 75% de frondosas) las primas

6 España adaptó su legislación para llevar a cabo las medidas establecidas en este reglamento (Real Decreto378/93 de 12 de marzo y Real Decreto152/96 de 2 de febrero).7 Tipo de cambio medio del ecu frente al dólar en 1992 igual a 0,77.8 Este grupo de especies sólo podría beneficiarse de esta ayuda y siempre que la plantación fuera realizada poragricultores a título principal (mínimo un 25% de renta de la agricultura). Cuando algunas de estas especies fuesenexplotadas en régimen superior a los 15 años podrían ser consideradas como especies incluidas en el apartado a).

Page 112: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

128 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

anteriores se duplicaban. En España, el importe máximo de esta prima ha oscilado entre189 ecus/ha y año, y 302 ecus/ ha y año, según se tratase de especies del grupo a) o de losgrupos b) y c), respectivamente. Al igual que con las ayudas a cubrir los gastos deforestación, las primas podrían elevarse cuando fueran solicitadas por agrupaciones deagricultores.

iii) Prima de compensación. Prima anual por hectárea forestada destinada a compensar lapérdida de ingresos derivados de la forestación de las tierras que con anterioridad teníanotro aprovechamiento, con una duración máxima de 20 años a partir del momento en el quese inicia la plantación. El importe máximo para esta prima quedó fijado en 600 ecus/ha yaño para agricultores en activo y en 150 ecus/ha y año para otros tipos de beneficiarios. EnEspaña, el importe máximo de estas primas, alcanzó 302 ecus/ha y año, cifra de nuevoinferior al límite marcado por la UE. Además, se estableció un máximo anual por beneficiario

de 31.772 ecus.9

iv) Mejora de superficies forestales. Se trata de ayudas destinadas a favorecer lasinversiones que se realicen para mejorar las superficies de alcornocales y otras superficiesforestales en explotaciones agrarias (tanto las existentes como las de nueva plantación).Estas ayudas se destinaban a sufragar la realización de trabajos selvícolas, (700 ecus/ha),instalación de cortavientos, cortafuegos y puntos de agua (150 ecus/ha), construcción decaminos forestales (18000 ecus/km), y para la mejora de las superficies de alcornoques(1400 ecus/ha). En España, la percepción de estas ayudas ha estado restringida aagricultores a título principal. En general, los importes máximos establecidos en España porestos conceptos han sido también inferiores a los máximos establecidos por la UE.

3.3. Superficies e inversiones destinadas a la forestación

De acuerdo con el Reglamento (CEE) 2080/1992, en 1993 España presentó a laComunidad para su aprobación un Programa Marco Nacional y 17 Programas Regionalesde inversiones forestales en tierras agrarias. La Tabla 1 recoge las previsiones iniciales delprograma y el grado de cumplimiento de los objetivos fijados.

9 Para el cómputo de las primas de compensación de renta se partió de los márgenes brutos medios de los cultivosagrícolas sustituidos por las plantaciones forestales. Sobre estos valores se prima si se trata de agricultor principal yaquellas especies en las que la obtención de rendimientos económicos es muy lejana. Se ha partido del supuestode que las primas compensatorias deben compensar la pérdida de renta pero también incentivar las plantaciones dedeterminadas especies y desincentivar la plantación en tierras de buena calidad, con una modulación semejante ala que se establezca para los gastos de forestación indicados.

Page 113: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 129

Tabla 1. Superficies e inversiones en forestación 1994-2001

Superficie Inversiones(ha) ( mill.euros)

FEOGA MAPA CC.AA TOTAL

1994/981 806.595 1.178 122 358 16601994/992 488.130 609 73 153 8351999/013 134.897 168 20 42 2301999/014 623.027 776 93 195 1.066

1Previsión inicial; 2Ejecutado; 3Aprobada su ejecución; 4Total estimado

Fuente: Elaboración propia a partir de datos de la Dirección General de Desarrollo Rural

Las previsiones iniciales del Programa Nacional para el quinquenio 1994-1998(posteriormente prorrogado hasta 1999) estimaban una superficie a forestar de 806.593hectáreas con una inversión prevista de 1.660 millones de euros, a financiar en un 70,99%

por el FEOGA un 7,4% por el Estado y un 21,61% por los Gobiernos Regionales10. Juntoa la superficie anterior de nueva forestación se preveía mejorar 200.000 hectáreas desuperficie forestales en explotaciones agrícolas. Se contemplaron, asimismo, unos gastosadicionales, respetando los porcentajes anteriores, de 174 millones de euros para elmantenimiento de superficies forestadas y de 1.627 millones de euros para la compensaciónde rentas, entre los años 1999 a 2017. El conjunto de estas cantidades ascendía a 1.802millones de euros de los que 1.279 correspondían al FEOGA-garantía y 522 al EstadoEspañol.

Los datos disponibles sobre la aplicación del Programa Nacional, hasta el 15 del 10 de1999, muestran una superficie forestada que alcanza 488.130 hectáreas con una inversiónglobal de 835 millones de euros, cifras sensiblemente inferiores a las inicialmenteprogramadas.

Las dificultades financieras de aportación del Estado, como consecuencia de unapolítica de contención del gasto público, constituyen la razón fundamental del incumplimientode los objetivos previstos. Por otra parte, también hay que señalar otra serie de factores quehan incidido en el retraso en la ejecución de las actuaciones de forestación previstas. Entreellas cabe mencionar las dificultades iniciales para la puesta en marcha del programa tantoen sus aspectos administrativos como técnicos y de dotación de personal. En segundo lugar,la escasa experiencia del agricultor en cuestiones forestales y la dificultad del cambio en lamentalidad del agricultor a la hora de acometer inversiones forestales. También incidieron enel desarrollo del programa unas desfavorables condiciones meteorológicas para laimplantación y la supervivencia en los primeros años, debidas a un prolongado período desequía en el período 1993-1995 (Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentación, 2000a).

Al final de 1999 quedaban aún 134.897 hectáreas autorizadas para forestación cuyaejecución se ha venido produciendo en el bienio 2000-2001. A estas superficies habrá queañadir unas 150.000 ha más a forestar hasta el 2006 previstas en la aplicación a España del

10 Los porcentajes vienen en función de las regiones objetivo 1 y 2 donde se prevé la ejecución del programa.

Page 114: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

130 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Reglamento (CE) 1257/1999. Todo ello supone en torno al 4,5% de la superficie arboladanacional.

El programa ha tenido su principal incidencia en las regiones del interior occidental y surdel país: Castilla-León, Castilla-La Mancha, Extremadura y Andalucía, así como en dosregiones de la costa norte atlántica con fuerte vocación de producción de madera comoGalicia y el País Vasco. En estas 6 regiones se ha concentrado más del 95% de la superficieforestada. Por el contrario, la incidencia ha sido muy escasa en las regiones orientales delpaís como Aragón, Cataluña y Valencia, así como en las dos comunidades insulares.

3.4. Especies forestadas

El Gráfico 2 recoge la distribución de la superficie forestada por grandes grupos deespecies agrupadas según su adscripción botánica - frondosas y resinosas- el tipo de masa- pura y mezclada - y el turno, crecimiento lento y crecimiento rápido.

Gráfico 2: Superficies forestadas por grandes grupos de especies (%) (Fuente: Dirección General de Desarrollo Rural)

Es posible deducir, en primer lugar, un predominio de las especies frondosas que, enconjunto, ocupan el 51% de la superficie forestada, frente al 35% representado por lasespecies resinosas. Una segunda característica del programa de forestación ha sido larelativa abundancia de masas mezcladas y mixtas que, en conjunto, ascienden al 39% de lasuperficie forestada. Por último, se puede observar que el 87% de la superficie forestada loha sido con especies de crecimiento lento con sólo un 13% dedicado a especies decrecimiento rápido. Dentro de este último grupo han predominado las especies resinosas.

El Gráfico 3 muestra el porcentaje de superficie forestada por grupos de especies segúnlos fines perseguidos por la forestación. Destaca el conjunto de especies cuya plantación hatenido como fin principal la restauración o la creación de masas forestales permanentes

27%

22%20%

12%

11%

4%

2%

1%

1%

Frondosas crecimiento lento (masapura)

Frondosas crecimiento lento (masamezclada)

Resinosas crecimiento lento (masapura)

Frondosas x Resinosas (crecimientolento)

Resinosas crecimiento rápido

Resinosas crecimiento lento (masamezclada)

Frondosas crecimiento rápido

Frondosas x Resinosas (crecimientorápido)

Otras arbóreas y/o arbustivas

Page 115: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 131

ocupando un 63% del área forestada. Las especies arbóreas plantadas con el objetivoprincipal de producir madera a un plazo mayor de quince años suponen un 35% de lasuperficie total. El 2% restante de la superficie ha sido ocupado por especies arbóreas yarbustivas autóctonas de interés particular en ciertas zonas por motivos de producción de

maderas valiosas, endemismos, peligro de extinción, etc.11

Gráfico 3: Superficies forestadas por grupos de especies según fines (%) (Fuente: Dirección General de Desarrollo Rural)

Dentro de los tres grupos anteriores se ha plantado una amplia diversidad de especies,más de 40 de frondosas, en torno a 15 resinosas junto a un número similar de otrasespecies arbóreas y arbustivas. Se observa en un esfuerzo por esfuerzo por repoblar conespecies autóctonas tanto en masas puras como en masas mezcladas indicativo de la fuerteorientación medioambiental seguida en la aplicación del programa. Dentro de las frondosashan predominado las quercíneas y entre ellas la especie Quercus ilex ya sea aislada ,mezclada con otras frondosas o con especies resinosas lo que en total supone en torna a150.000 hectáreas equivalentes al 30,5 % del total de la superficie plantada. Con menorimportancia pero también bastante extendida se encuentra la especie Quercus suber. Lasespecies resinosas más utilizadas en las forestaciones han sido Pinus halepensis, Pinusnigra y Pinus pinea . 12

11 A las cifras anteriores habría que incorporar 6.300 hectáreas plantadas con frondosas de crecimiento rápido(eucaliptus s.p. y populus) que elevarían en un punto la superficie destinada a producción de madera.12 Información procedente de la Dirección General de Desarrollo Rural del Ministerio de Agricultura Pesca yAlimentación.

35%

63%

2%

Producción de madera a más de15 años*

Restauración o creación de masaspermanentes

Especies de interés(endemismos,maderas valiosas,etc.)

* 36,67 turno inferior a 15 años

Page 116: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

132 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

3.5. Superficies agrarias ocupadas por las plantaciones

El Gráfico 4 indica las superficies agrarias sustituidas por las plantaciones forestales. Sehan considerado seis tipos principales de superficies. Cultivos herbáceos, cultivos leñosos,barbechos y tierras desocupadas, pastizales, monte abierto y dehesas, y eriales a pastos.Las proporciones observadas resultan acordes con los objetivos del programa en España encuanto no se ha pretendido forestar aquellas superficies agrícolas de buena calidad, comoqueda reflejado en el 33 % de pastos y eriales ocupada por nuevas plantaciones forestales.No obstante, también es significativa la retirada de 27% de tierras de cultivos en línea conuno de los objetivos básicos del programa, la disminución de las produccionesexcedentarias. El resto de la superficie repoblada se refiere esencialmente a pastizales, ymonte abierto y dehesas.

Gráfico 4: Tipos de superficies agrícolas forestadas (%) (Fuente: Dirección General de Desarrollo Rural)

3.6. Características de beneficiarios y explotaciones

En conjunto, la superficie media forestada por agricultor se encuentra en torno a 14hectáreas, si bien el 77% de las parcelas tienen menos de 10 hectáreas, y el 68% sonparcelas menores de 5 hectáreas, tal como se recoge en el Gráfico 5. Esta pequeñadimensión de las superficies forestadas se debe fundamentalmente a que se trata deplantaciones en explotaciones agrarias en muchos casos de pequeño tamaño y en las que elagricultor únicamente dedica una pequeña superficie de su explotación a forestar. Laspequeñas parcelas se localizan esencialmente en las regiones húmedas del norte,particularmente Galicia, también caracterizada por la mayor proporción de plantaciones deespecies de crecimiento rápido. Por el contrario, en las regiones más meridionales,

33%

22%

15%

14%

10%

5% 1%

Eriales a pastosCultivos herbáceosMonte abierto y dehesasPastizalesBarbechos y tierras desocupadasCultivos leñososOtros

Page 117: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 133

Extremadura y Andalucía presentan el mayor porcentaje de parcelas de más de 50 ha(Gómez-Jover y Jiménez, 1997).

Gráfico 5: Tamaños de las parcelas forestadas (%) (Fuente: Gómez-Jover, Jiménez, 1997)

El Reglamento (CEE) 2080/1992 establecía que las ayudas destinadas a cubrir losgastos de forestación y las primas de mantenimiento podrían ser percibidas por cualquierpersona física o jurídica que efectuase la forestación de tierras agrícolas. Por el contrario,las ayudas a la compensación de renta fueron destinadas exclusivamente a los titulares deexplotaciones o sus asociaciones. Las autoridades públicas podían acceder también a losgastos de forestación.

El Gráfico 6 muestra la naturaleza de los beneficiarios del programa. Más de un 55% delos beneficiarios son agricultores con más de un 50% de su renta procedentes de suexplotación y un 9,8% agricultores con más de un 25% de renta de su explotación. Otrostitulares de explotaciones han representado un 22,4%. Por último, las entidades públicas hanrepresentado un 10,55% y los beneficiarios que son personas físicas o jurídicas novinculadas al sector agrario el 2% restante. En conjunto, el 64% de los titulares estádirectamente vinculado al sector agrario, ya que o bien son agricultores a título principal o surenta agraria es importante y reside en la comarca donde tiene la explotación (Gómez-Jover y Jiménez, 1997).

68%

9%

12%

6%5%

Menor de 5

Entre 5 y 10

Entre 10 y 25

Entre 25 y 50

Mayor de 50

Page 118: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

134 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Gráfico 6: Titulares de explotaciones con forestación (%) (Fuente: Gómez-Jover, Jiménez, 1997)

4. DISCUSIÓN Y CONCLUSIONES

La forestación de tierras agrícolas no es algo nuevo en España o en el resto de la UE.Se ha mostrado cómo las primeras ayudas comunitarias a la forestación agraria datan de ladécada de 1980. Por otra parte, en España, el Ministerio de Agricultura también habíavenido concediendo subvenciones por este concepto, desde finales de la década anterior.No obstante, ninguna de estas iniciativas, comunitaria y nacional, tuvo demasiadaaceptación por parte de los agricultores. En contraste, el Reglamento (CEE) 2080/1992 hadado un gran impulso a este tipo de forestación en España y en otros países de la UE(European Commission, 1998). La razón de esta favorable acogida se debe al hecho de laimportante mejora que para los productores ha representado esta medida respecto a lanormativa anterior. Además de percibir íntegramente los gastos de repoblación ymantenimiento, las primas de compensación garantizan a los agricultores una renta anualpor un periodo de 20 años.

Es todavía pronto para poder realizar una valoración concluyente de los resultados delprograma de forestación de tierras agrarias en España. El corto periodo transcurrido desdesu inicio en 1994, y el hecho de que el programa no esté aún finalizado, hace difícil elaborarconclusiones precisas sobre muchos de sus efectos cuya materialización tendrá lugar sóloen el medio y largo plazo. Por otra parte, son todavía escasos los trabajos empíricosdisponibles sobre esta cuestión (Díaz Balteiro y Romero 1995, 2001; Campos, Martín yMontero, 2000, 2001, entre otros). En cualquier caso, sí parece posible hacer una primerareflexión sobre la efectividad del programa de forestación en términos de su contribución a laconsecución de los objetivos planteados en el Reglamento CEE 2080/1992. A continuación,se contemplan el desarrollo del programa de forestación de tierras agrarias en España en

55%

10%

22%

11%2%

Agricultores (renta agrícola >50%)

Agricultores (renta agrícola >25%)

Otros agricultores

Entidades públicas

No vinculación sector agrario

Page 119: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 135

relación a los cuatro aspectos siguientes: agricultura, sector forestal, renta y empleo rural,medio ambiente.

a. AgriculturaLa información disponible sobre el tipo de superficie agraria donde se ha ejecutado el

programa indica que más del 70% de las forestaciones se han producido en terrenos nodedicados previamente a cultivos. Por otra parte, el escaso tamaño de las parcelasforestadas invita a pensar que el agricultor ha optado por forestar aquellos terrenos menosproductivos de sus explotaciones o donde el manejo de la maquinaria resulta dificultoso.Todo ello permite afirmar que la aplicación del programa de forestación en España no hacontribuido sustancialmente a la reducción de las producciones agrícolas y, por tanto, suincidencia sobre la reducción de los excedentes comunitarios ha sido escasa. De hecho,como ya se ha mencionado, el objetivo a la hora de ejecutar el programa en España no hasido nunca repoblar zonas donde la agricultura y ganaderías intensivas resultan rentables,sobre las que se puede actuar más eficazmente con otro tipo de medidas de política agraria.

b. El sector forestalEspaña en virtud de sus competencias en materia de política forestal ha hecho un uso

flexible del programa de forestación de tierras agrarias adaptándolo a los objetivos de supolítica forestal nacional, así como a las de las respectivas políticas forestales regionales. Enconjunto, el programa ha enfatizado las funciones ambientales y sociales del bosque y, eneste sentido, han primado más en las repoblaciones de aquellas especies más adecuadaspara restaurar o crear ecosistemas forestales permanentes o especies autóctonas de valor

singular que aquellas otras cuya finalidad principal era la producción de madera. 13 Portanto, el impacto del programa sobre los sectores productores de madera será escaso, aligual que su contribución a la disminución del permanente déficit maderero que afecta alpaís. Esta tendencia parece que se mantendrá en el futuro, si se tiene en cuenta que lanueva normativa española sobre fomento de la forestación de tierras agrarias, en aplicaciónde los reglamentos (CE) 1257/1999 y (CE) 1750/1999, no contemplan ya entre sus

objetivos la reducción del déficit maderero.14

En cualquier caso, el programa ha contribuido a reducir parcialmente algunos de loscrónicos problemas de la repoblación forestal en España: financiación, disponibilidad desuelo, intervención de los particulares.

c. Renta y empleo rural Las dificultades encontradas por muchos agricultores españoles para aprovechar loscrecientes avances tecnológicos en las ciencias agrarias ha generado una amplia brechaentre las diferentes agriculturas del país habiéndose generado una polarización entreaquellas agriculturas que han podido experimentar un mayor desarrollo económico ytecnológico - regadíos, hortofruticultura, ganadería intensiva- y aquellas otras, mucho más

13 La ejecución del programa en España contrasta con la de otros países comunitarios. Por ejemplo, en Irlanda,donde el objetivo principal ha consistido en impulsar las producciones madereras y el desarrollo de la industriasafines, el programa se ha centrado esencialmente en plantaciones de alta rentabilidad económica (EuropeanComission, 1998).14 Real Decreto 6/2002, de 12 de enero.

Page 120: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

136 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

importantes desde el punto de vista territorial, que sufren un marcado retraso estructural -agricultura y ganadería extensivas.

La insuficiente dimensión de muchas de las explotaciones, junto a una baja fertilidad delsuelo resulta en muchos casos en una escasa rentabilidad económica de las actividadesagrícolas lo cual se traduce en un continuo abandono del campo con el consiguienteenvejecimiento de la población dedicada a la agricultura y la desertización de amplias zonas

del país.15

En principio, la forestación podría fomentar la pluriactividad por parte de los agricultoresy compensarlos por la posible renta perdida derivada de las repoblaciones. La fuertedemanda de solicitudes de ayuda invita a pensar que la forestación ha sido consideradarentable por parte de muchos agricultores españoles. Esta primera impresión se verefrendada en Campos, Martín, y Montero, (2001a, 2001b) para la reforestación conarbolado de quercíneas en las tierras de cultivo extensivo de las dehesas del oeste y sur-oeste del país. Por su parte, Díaz-Balteiro y Romero (2001) han muestrado que, en algunoscasos, las especies de crecimiento rápido pueden competir favorablemente con diversoscultivos agrícolas, incluyendo cultivos de regadío.

Por otra parte, la forestación de tierras agrarias ha proporcionado una oportunidadpara emplear la fuerza laboral disponible en las épocas del año con menor demanda detrabajo. Uno de los objetivos del programa de forestación de tierras agrarias ha consistidoen contribuir a la fijación de empleo en el medio rural. A este respecto se ha estimado que elíndice de empleo de mano de obra del programa ha oscilado entre 10 y 15 jornales/ha paraforestación, y entre 2 y 5 jornales /ha para el mantenimiento de las plantaciones.Considerando que la prima de mantenimiento se concede durante cinco años y teniendo encuenta la superficie forestada media en el período analizado, en torno a las ochenta milhectáreas, puede estimarse un índice de empleo por campaña que supera el millón empleos.Con la particularidad de que estos empleos se producen fundamentalmente en el periodootoño invierno (noviembre-marzo) meses que coinciden con un marcado paro estacional enla agricultura.

A los empleos directos del programa habría que añadir aquellos derivados de lacreación de empresas relacionadas con la forestación, viveros y de empresas de serviciospara efectuar los trabajos selvícolas.

d. Medio ambienteAdemás de constituir un grave problema económico y social, la despoblación del campo

ha producido importantes variaciones en la composición territorial del país de forma que, enlas últimas cuatro décadas, las tierras de cultivo han disminuido en España en más de 2millones de hectáreas, además de haberse reducido también ampliamente la superficie deprados, pastos y monte abierto. Todo ello ha generado un problema ambiental de enormedimensión. En síntesis, la concatenación de los siguientes hechos, insuficiente rentabilidadde la actividad agraria, éxodo rural y abandono de cultivos, pastos y bosques, ha generadono sólo un grave problema socioeconómico, sino también importantes perjuicios medioambientales.

El abandono de las labores agrícolas y la progresiva reducción del aprovechamiento depastos ha resultado en la degradación de los suelos ocupados por pastizales y dehesashacia eriales y matorrales. Asimismo, el abandono de las tareas agrícolas ha resultadotambién en el desarrollo de vegetación espontánea incontrolada, en amplias extensiones de 15 No obstante, España sigue siendo un país con una importante población rural (35% de la población habita enmunicipios de menos de 10.000 habitantes) (Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentación, 2001b).

Page 121: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 137

terreno del país, contribuyendo a agravar la situación de incendios forestales recurrentes quesufre España y a acentuar los fenómenos de erosión del suelo, principal problema ambientalagrícola, y sus consecuencias. Todo ello agravado por unos factores climáticos y geológicos

adversos, aridez, sequía y torrencialidad. 16

En la medida que se contribuya a detener el declive de las zonas rurales, repoblandosuperficies agrarias que en otro caso quedarían abandonadas, se estará contribuyendo a laresolución de los problemas anteriores. La orientación dada al programa de forestación enEspaña se inclina claramente hacia este objetivo. Por otra parte, las ayudas a la mejora delas superficies forestales en explotaciones agrícolas, introducidas por el Reglamento (CEE)2080/1992, podrían contribuir también a aliviar la situación de abandono y descuido degrandes extensiones arboladas localizadas en estas explotaciones.

La forestación desempeña un importante papel en la protección ambiental en la medidaen que contribuye a reducir la erosión del suelo prevenir la desertización, promover labiodiversidad y regular el régimen hidrológico. Pero la materialización de estos efectosdepende esencialmente de la localización elegida para las plantaciones, las especiesutilizadas y los métodos de plantación. La evidencia apuntada anteriormente sugiere que enel desarrollo del programa tanto la localización, como las especies elegidas y los métodos deforestación adoptados se han dirigido fundamentalmente el objetivo protección ambiental. Noobstante, el desarrollo del programa generalmente en pequeñas superficies separadas entresí reduce en principio los efectos anteriores, si bien ha podido incidir en la mejora del paisajerural en ciertas zonas.

REFERENCIAS

Campos, P.; Martín, D, Montero, G; 2001. Economía de la reforestación del alcornocal y la regeneración natural delalcornocal, en La gestión forestal de la dehesa, cap. 4. Junta de Extramadura, Mérida.

Campos, P. Martín, D. Montero, G.; 2001. Análisis coste-beneficio ampliado del uso múltiple de una tierra comoencinar adehesado y cultivo de cereal al tercio. IV Coloquio Hispano-Portugués de Estudios Rurales.Asociación Española de Economía Agraria-Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, Santiago de Compostela,7-8 de junio.

Díaz Balteiro , L. Romero C.; 1995. Rentabilidad económica de especies arbóreas de crecimiento medio y lento:algunas reflexiones de política forestal. Revista Española de Economía Agraria, 171 (1): 85-108.

Díaz Balteiro , L. Romero C.; 2001. Caracterización económica de las choperas en Castilla y León. Rentabilidad yturnos óptimos. Actas I Simposio del Chopo. Junta de Castilla y León, Zamora: 489-500.

European Commission, Directorate-General for Agriculture; 1998. Report to Parliament and the Council on theapplication of Regulation (EEC) No 2080/92 instituting a Community aid scheme for forestry measures inagriculture, Brussels.

Gómez Mendoza, J.;1991. Plantaciones forestales y restauración arbórea en España. Revista de Occidente, 149:73-89.

Gómez-Jover, F.,Jiménez, F.J.; 1997. Forestación de tierras agrícolas. Ministerio de Agricultura, Pesca yAlimentación, Madrid.

16 Más del 60% de la superficie del país puede considerarse como semiárida o árida con un crecimiento de norte asur y de oeste a este. El régimen de lluvias existente en gran parte de España –prolongados periodos de sequíajunto lluvias torrenciales frecuentes- es responsable del agravamiento de los problemas de erosión en un paísdonde, aproximadamente, el 50% de su territorio está sometido a procesos erosivos que supera lo tolerable y casiun 20% sufre una erosión muy grave (Ministerio de Agricultura, 2000 a).

Page 122: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

138 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Ministerial Conference on the Protection of Forests in Europe; 2000. The Role of forests and forestry in ruraldevelopment-Implications for forestry policy, International Seminar, 5-7 July, Vienna, Austria.

Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentación, Dirección General de Desarrollo Rural; 2000a. Programa demedidas de desarrollo rural para las medidas de acompañamiento en España, Madrid.

Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentación, Secretaría General Técnica; 2000 b. Hechos y cifras del sectoragroalimentario español. MAPA, Madrid.

Ministerio de Medio Ambiente, Dirección General de Conservación de la Naturaleza; 1998. Segundo InventarioForestal Nacional. Años 1986 a 1995. Madrid.

Ministerio de Medio Ambiente, Dirección General de Conservación de la Naturaleza; 1999. Estrategia ForestalEspañola. Primer Libro: Diagnóstico, Madrid.

Morcillo, A.; 2001. El sector forestal y la Unión Europea. Situación actual de la política forestal en Europa. EdicionesMundi-Prensa, Madrid.

Sumpsi, J.M.; 1991. Crisis agraria y política forestal, Revista de estudios Agro-Sociales, 158 (octubre-diciembre):57-77.

Page 123: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 139

C6-4

The Portuguese forest sector. Characterization of its importance andpresentation of a research and outreach strategy

to help promote its development

�������������������� � ����������������������� ������������������������������������������������������������������������������

��������������

Borges, J.G. ([email protected])Marques, M.; Falcão, A.; Ribeiro, R.P.

Departamento de Engenharia Florestal - Instituto Superior de AgronomiaUniversidade de Lisboa, Portugal

Abstract. This paper presents information about the Portuguese forest sector. The importance of this sector isunderlined with reference to the country’s recent development options. The characteristics of Portuguese forestryand forest industry are presented with the aim of emphasizing its significance for employment, gross nationalproduct, international trade, regional development, land use and supply of environmental services. Moreover, themain forest ecosystems - maritime pine (Pinus pinaster, Ait.), eucalypt (Eucalyptus globulus, Labill), cork oak(Quercus suber, L.) and holm oak (Quercus rotundifolia L.) are briefly outlined. The relative importance of the forestindustry - wood and furniture, naval stores, pulp and paper and cork - is further summarized. The data about forestryand the forest industry is presented in the context of current expectations about the sector’s development. Both itspotentialities and its constraints are discussed. The structural problems that constrain the sustainability of forestmanagement at various spatial scales - local, regional and national - are specifically identified. In this framework, thispaper presents a research and outreach strategy with the aim of building and disseminating the use of forestresources decision support tools that may promote the sector development. The institutional arrangement designedto confront some structural problems and to sustain that strategy is outlined. Its objectives are characterized and itsresults are summarized. Finally, future research and outreach work to promote forest resources sustainablemanagement in Portugal is briefly addressed.Keywords: Portuguese forest sector, forest statistics, sustainable development, forest management, foresteconomics, research, outreach, forest policyResumo. Apresenta-se informação relativa ao sector florestal português. Sublinha-se a importância do sector noquadro da estratégia recente de desenvolvimento do país. Especificamente, caracteriza-se o peso da floresta e daindústria florestal no emprego, no produto nacional bruto, no comércio externo, no desenvolvimento das regiões, noaproveitamento produtivo do território e na oferta de bens ambientais. Para além disso, identifica-se de formasumária os principais sistemas florestais - pinhal bravo (Pinus pinaster, Ait.), eucaliptal (Eucalyptus globulus, Labill)e montados de sobro (Quercus suber, L.) e de azinho (Quercus rotundifolia L.). Refere-se também a importânciarelativa das industrias florestais - madeira e mobiliário, resinosos, pasta e papel e cortiça. A informação relativa àsactividades florestais primária e secundária é apresentada com referência às expectativas de desenvolvimento dosector. São discutidos o potencial respectivo e os estrangulamentos actuais que o limitam. Em particular, sãoreferidos problemas estruturais que condicionam a sustentabilidade da gestão florestal a diferentes escalasespaciais - local, regional e nacional. Neste âmbito, apresenta-se uma estratégia de investigação e de extensãocom o objectivo de construir e de difundir a utilização de instrumentos de apoio àquele desenvolvimento. Refere-seo envolvimento institucional para confrontar alguns problemas estruturais e para sustentar aquela estratégia.Caracteriza-se o tipo de intervenção preconizada. São apresentados de forma sumária resultados do trabalhorealizado. Finalmente, são discutidas perspectivas para o trabalho de investigação e extensão a desenvolver nofuturo por forma a contribuir para a gestão sustentável dos recursos florestais em Portugal.Palavras-chave: sector florestal português, estatísticas florestais, desenvolvimento sustentável, gestão florestal,economia florestal, investigação, extensão, política florestal

Page 124: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

140 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

1. INTRODUCTION

Portuguese economic development until the seventies relied heavily on protectionism,availability of labor at low price, and trade with former African colonies (Borges and Borges1990). More recently, Portugal reversed this development model and joined the EuropeanUnion (EU). The country's recent development option played a major role in defining theframework for structural change of the economy as a whole. The country's position in theworld economy was redesigned by national and international regulations. An emergingspecialization pattern gained form (Borges 1997).

The country's geographical position and natural resources endowment combined tomake forestry and forest industry key elements in this Portuguese specialization pattern(Borges 1997). In 1993, the forest sector contributed to 2.6% of the GDP - the third largestrelative contribution in the EU, after Finland and Sweden (CESE 1996 and 1998). In 1998,the forest sector contributed to 5.1% of the employment, the fifth most important contributionfrom all Portuguese sectors (CESE 1996 and 1998). In 1999, forest products exportscomprised about 9.9% of Portuguese total yearly exports, the fourth most important sectoralcontribution (INE 1998). CESE (1996 and 1998) further estimated that forestry environmentalbenefits associated with carbon sequestration reached about 1/3 of the forest sector GDP.

These figures underline the importance of the forest sector in the Portuguese economy.This importance has been emphasized in several studies (e.g. Alves 1983, Borges andBorges 1990, Monitor Company 1994, and CESE 1996 and 1998). Nevertheless, onlyrecently did research start to address the potential of both modeling techniques andtechnological applications for the Portuguese forest sector development. This researchconcentrates on the development of operations research techniques and on the programmingof decision support systems (Borges 1996).

This paper draws from recent studies and from available (published and non-published)data to characterize the Portuguese forest sector. This characterization encompasses boththe identification of major factors determining recent developments in the country's forestryand forest industry, and a brief analysis of these current trends. A research and outreachstrategy with the aim of building and disseminating the use of forest resources decisionsupport tools that may help promote the sector development is presented. Its objectives arecharacterized and its results are summarized. Finally, future research and outreach work topromote forest resources sustainable management in Portugal is briefly addressed.

2. FORESTRY

Forestry is a key element in the Portuguese specialization pattern. On the contrary,comparative disadvantage, mainly as a consequence of natural endowment, suggests theconversion of a substantial agriculture area to forestry (Borges 1997). This is, in part, aconsequence of the impact of EU regulations such as Reg. 797/85 on agriculture pricesubsidies. Several other EU regulations (e.g. 3528/86, 866/90, 867/90, 2157/92, 2158/92,2078/92 and 2080/92), and subsequent national law and regulations reflect a policy aiming atthe expansion of Portuguese forest area (Borges 1997). According to recent studiesforestland should expand from 36% to about 59% of the country's area. Table 1 displayscurrent and potential land uses in Portugal.

Albeit ecological diversity as a result of climatic influences that range fromMediterranean to Atlantic or continental, over 80% of the forest area is occupied by fourspecies (Table 2). As a consequence, most of timber growing stock is composed by maritimepine and eucalypt stands (Borges 1997). Rotations extend from about 40 to 80 years in the

Page 125: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 141

case of the former; uneven-aged stands account only for about 25% of total maritime pinearea. In the case of the latter, a coppice system is used encompassing three to four cycles of11 to 13 years, in general. These species are the major sources of the country’s industrialwood. Recent studies (e.g. Monitor Company 1994) highlight that current supply does notmeet demand expectations.

Table 1. Current and potential land areas (10^6 hectares) in Portugal by major land class.Land class Current Potential

Forestry 3.2 5.3Agriculture 4.1 2.3

Other 1.6 1.3

Source: CELPA (1999)

Cork and holm oak ecosystems occupy most of southern Portugal forest area. They aremanaged as agroforestry systems and have a substantial impact on the regional and nationaleconomies (Borges 1997). Cork is its most important market product - Portugal producesover 50% of the world’s total supply. Extensive range management, wildlife management,cereal culture and recreation are important components within those systems.

Table 2. Forest area (10^6 hectares) in Portugal by species in 1995Main forest species Area

Maritime pine (Pinus pinaster) .98Cork oak (Quercus suber) .71

Eucalypt (Eucalyptus globulus) .47Holm oak (Quercus rotundifolia) .66

Others .38Total ca. 3.20

Source: DGF (2001a)

Most studies (e.g. Alves 1983, Monitor Company 1994, CESE 1996 and 1998)emphasize the negative impact of current forestland ownership structure on Portugueseforest products markets. Small private landowners hold about 78% of forestland. The industryand local communities own about 7% and 12% of forested area, respectively. The state holdsonly 3% of the forests. Land tenure, the size of forest holdings - the average private propertyarea is lower than 5 hectares -, and private owners old age, low literacy or absenteeism,constitute severe constraints to adequate silviculture and forest management (Borges 1997).There is little tradition of landowners association. Only recently did associations started toevolve and to provide effective institutional and technical support to its private forestlandowners members. For decades, the state has been mostly concerned with themanagement of its own land (Borges 1997).

Forest fires have a substantial impact on Portuguese forestry. In 1999, there were25,477 forest fires. These fires burned about 70,375 hectares (DGF 2001b). Fluctuations inyearly burned areas are a consequence of climatic factors. Nevertheless, it is generallyacknowledged that poor silviculture and forest management, mainly a consequence of socio-demographic and institutional factors just mentioned, contribute to the magnitude of yearlyburned areas (Borges 1997).

Afforestation programs funded by the World Bank, the EU and the Portuguese statehave not been able to prevent to reduction of over 200 x 10^3 hectares in the maritime pinearea, in the last two decades. Nonetheless, a non-quantified part of this reduction, rather thanthe consequence of forest fires, has been due to the conversion of mixed stands of eucalypt

Page 126: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

142 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

and maritime pine into pure eucalypt stands (CESE 1996). In the last 30 years, the eucalyptarea has expanded more than 600%, as consequence of its high productivity and pulp andpaper mills demand (Borges 1997). Conversely, holm oak area decreased by over .2 x 10^6hectares in the last 4 decades (CESE 1996). Other species areas have remained relativelystable. Nevertheless, according to IF (1996a), in the last two decades, the forest area hasbeen growing at a yearly rate of .5%, mainly as consequence of conversion of marginalagriculture or non-cultivated land.

Despite these trends, recent studies (e.g. IF 1996b, CESE 1996 and 1998, MonitorCompany 1994), emphasize the potential to increase roundwood supply and to overcomepartly current or forecasted deficits. This may be accomplished by the conversion of largeareas of non-cultivated or marginal agriculture land, in the framework of the Portuguesedevelopment model. Natural endowment and high productivity of main forest speciescombined with institutional reforms and with investment on forest research will also contributeto increase Portuguese roundwood supply. The dissemination of new technologies that maysupport the work of non-industrial private landowners associations and of regional agriculturaloffices may be key for to overcome current constraints and to enhance forest management.

3. FOREST INDUSTRY

In 1993, the forest industry accounted for 12% of Portuguese industrial GNP and for 9%of industrial employment (Monitor Company 1994). Furthermore, in 1994, it contributed tomore than 11% of total Portuguese exports, while forest products imports represented onlyabout 3% of the country’s total imports (IF 1995). These figures emphasize the importance ofthe forest sector in the Portuguese specialization pattern (Borges 1997). Monitor Company(1994) elected forestry and forest industry as two out of eleven Portuguese clusters wherepriority and the issue of competitiveness should be stressed in policy making (Borges 1997).

According to preliminary results presented by DGF (Table 3), in 1999, forest productsexports amounted to 449 x 10^6 PTE, while forest products imports totaled about 298 x 10^6PTE (Portuguese escudo, 220 PTE = circa 1 USD). The data highlights the importance ofcork in the Portuguese specialization pattern. Cork imports consist mostly of raw material tobe processed by the Portuguese industry.

The value of wood imports surpassed the value of wood exports for the first time in 1995(Borges 1997). Tropical roundwood (30% of the wood import value) and eucalypt pulpwoodimports increased substantially in 1995, as a consequence of shortages of Portuguese rawmaterial (Borges 1997). At the same time, roundwood supply from eastern Europeancountries and pulp supply from South American countries combined with a restrictivemonetary policy and with the sustaining of Portuguese currency exchange rate haveimpacted the competitiveness of Portuguese forest industry (CESE 1996). Furthermore, since1989, labor costs have increased at an annual rate higher than productivity in all forestindustries. The impact of the changing structure of international forest products markets andof increasing labor costs have been substantial as, traditionally, Portuguese exports haveconsisted mainly of low value added forest products (CESE 1996).

Page 127: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 143

Table 3. Value of Portuguese forest products international trade in 1999 (preliminary values)Export Import

Forest products10^6 PTE (%) 10^6 PTE (%)

Wood 66.4 14.8 96.2 32.3Cork 148.3 33.0 18.2 6.1

Furniture 23.6 5.3 30.4 10.2Pulp 93.8 20.9 8.9 3.0

Paper 111.4 24.8 140.9 47.4Naval stores 5.8 1.3 2.9 1.0

Total 449.3 100.0 297.5 100.0

Source: DGF (1999)

According to Monitor Company (1994), sawmills are essential to the competitiveness ofthe Portuguese forest sector, as they provide most of the sawnwood and residues needed byother forest industries. Maritime pine is the main source of raw material to sawmills. Theyconsume about 70% of total maritime pine wood yield and supply more than 2.5 x 10^6m3/year of residues that are essential to fibre board, particle board and pulp industries(Monitor Company 1994). Sawmills concentrate on northern and central Portugal, close to itsraw material source and to the industries that use sawnwood and residues (Borges 1997).

Most sawmills are small, have based their competitiveness on low labor costs and useunsophisticated technology (Monitor Company 1994). There is no data available on recentindustry concentration trends. Nevertheless, current low concentration prevents investmentsby sawmills at the forestry level. As a consequence, they have no control over the supply oftheir own raw material (Borges 1997). Monitor Company (1994) alludes to the fact that somesawmills are compelled to produce low value added sawnwood because of raw material lowquality (small diameters). The specialization on low value added products, as a consequenceof the factors just outlined, is perceived as a major constraint to this industry competitiveness(IF 1996a). In this framework, some more successful sawmills have already invested ontechnology such as finger jointing and others capable of producing higher value addedproducts (Soares 1990), integrating with the industry of carpentry (Borges 1997). Thefurniture and the carpentry industries follow a structural pattern similar to sawmills' (Borges(1997).

The wood-based panels industry supplies particle and fibreboards, veneer and plywood.CESE (1996) emphasized the competitiveness of the fibreboard sub-sector and related it tocorporate size and current strategy. Portugal is the fourth largest exporter of fibreboards inthe EU. Moreover, it is the second largest exporter of medium density fibreboard’s (MDF) inthe EU (ECE/FAO 1996a). Portugal has 35% and 13% of the MDF industrial capacity in theIberian peninsula and in Europe, respectively (CESE 1996). The country's hardboard yearlyproduction is about one fourth of MDF's. This industry uses maritime pine roundwood andPortuguese sawmills residues as its main source of raw material. Nevertheless, it does notinvest at the forestry level in Portugal (Borges 1997). The veneer and core plywood sub-sector consumes maritime pine sawlogs. Nevertheless, it resorts to imports as aconsequence of shortages of larger diameter sawlogs (Borges 1997). Veneer and coreplywood production are integrated. Nevertheless, part of veneer production is consumed bythe furniture industry (Borges 1997). According to CESE (1996), recent sawnwood supplyshortages have led to a relative increase of veneer used directly by the furniture industry.

Eucalypt is the main source of raw material used by the pulp industry. Nevertheless, thisindustry uses also maritime pine pulpwood and residues (chips). Pulp mills concern with thestability of their main raw material supply has reflected on investments made at the forestrylevel (Borges 1997). They own about 205 x 10^3 hectares of forest land (DGF 1991). They

Page 128: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

144 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

also rent land of small private landowners for eucalypt plantations and invest in eucalyptforestry research (genetics, growth and yield modeling, management and planning,...)(Borges 1997). Nevertheless, current and/or forecasted pulpwood supply deficits compel pulpmills to import raw material. The production of pulp is very sensitive to the evolution ofinternational markets, as this industry is export oriented (Borges 1997). The decrease ofinternational pulp price in the early nineties led pulp mills to reduce the number of employeesand to investments aiming at increasing productivity (Borges 1997). Like in the case of otherPortuguese forest industries, pulp mills competitiveness has been impacted by the currentmacroeconomic policy. Bleached sulphate eucalypt pulp is the main output from this industry(Borges 1997). The main output from the paper industry is paper for graphical uses, followedby paper for fluting and liner for corrugated board (Borges 1997). The main input is woodpulp- about 2/3 of total raw material consumed. Recycled paper accounts for 30% of this sametotal (Borges 1997).

The cork industry raw material is the bark of cork oak. Cork extraction has beendeclining. This tendency dates from the early seventies. Cork oak is managed within anagroforestry system in southern Portugal. In this region, large farms prevail and the averageproperty area is much larger than in other Portuguese regions (Borges 1997). Social unrestand property rights changes after 1974 impacted both agroforestry management andstatistical data acquisition (Borges 1997). Statistics display a decrease of cork extraction inthe period 75-83. According to CESE (1996), both conjuncture and structural factors havecontributed to this trend. The decrease may have been overestimated because of lack of dataon cork extracted. Nevertheless, both the early eighties drought and the agriculturalpractices under the oak canopy aiming at increasing rural employment may have impactedcork oak mortality and productivity (CESE 1996). Cork extraction decrease in recent yearsmay be due to factors other than cork oak productivity decrease itself. Still according toCESE (1996), current macroeconomic policy has impacted traditional industry inventorypractice. This industry does little investment at the forestry level and it may be classified into3 sub-sectors (cork preparation, cork for bottles, cork boards) with a low level of verticalintegration (Borges 1997).

4. MAIN PROBLEMS FACING THE FOREST SECTOR

The most important problems facing the forest sector lie at the forestry level (CESE1996). Alves (1983) classified them into two major groups: technical-economic andinstitutional. Many of the problems identified in this study remain. More recent studies (e.g.Monitor Company 1994, CESE 1996 and 1998) emphasize that they are importantconstraints to Portuguese forest sector development.

Inadequate or non-existing silviculture and management practices account for heavylosses in productivity, particularly in the case of maritime pine. Moreover, they increase therisk of fire and contribute to maritime pine area decrease (Borges 1997).The structure of landownership, absenteeism or old age and the bargaining power of forest landowners is themain factor contributing to this situation. Nevertheless, other institutional factors areaccountable for it (Borges 1997). As it was pointed out above, the consumers of maritimepine roundwood do not invest at the forestry level. Moreover, the forest policy has been non-coherent as a consequence of dispersion of decision-making over several governmentdepartments (Monitor Company 1994). The development of forestry extension services isviewed as crucial to promote landowners association (CESE 1996). The effectiveness offinancial instruments aiming at promoting forestry investment depends partly on it (Borges1997).

Page 129: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 145

Eucalypt stands management compares somewhat favorably with maritime pine’s as thepulp industry invests at the forestry level and manages a substantial eucalypt forest area.Nevertheless, ecological conditions and environmental concerns of the urban populationappear to limit the possibility of expanding the eucalypt area. However, investment onforestry research may lead to higher productivity (Borges 1997).

Cork oak forest productivity has been declining as a consequence of several factors.Among them, poor silviculture, namely extraction practices, and inadequate agriculturalpractices within the agroforestry system. Poor management combined with adverse climaticconditions has led to cork oak mortality and to lower stands' density. As mentioned above,the cork industry invests little at the forestry level (Borges 1997). Moreover, policyinstruments aiming at cork oak protection have not been effective (CESE 1996).

CESE (1996) summarizes the problems facing the Portuguese forest industry. In 1989,labor costs started to increase at a rate higher than labor productivity, a trend followed too bythe Portuguese industry in the overall. This is a consequence of the macroeconomic policyaiming at meeting the targets necessary for the country to adopt the single Europeancurrency. It was precisely in 1989 that this policy was reinforced. This had a substantialimpact on Portuguese forest industry competitiveness as a whole (Borges 1997).

The problems facing the forest sector must be analyzed within the framework of thecountry development option and current macroeconomic policy (Borges 1997). Nevertheless,the potential of forestry and forest industry has been constrained by institutional factors suchas the lack of a coherent forest policy capable of confronting current challenges (Borges1997). These encompass the sustainability of raw material supply for industrial purposes, theproviding of environmental services increasingly demanded by Portuguese society and thedevelopment of rural areas in order to avert unemployment and undesirable human migration(Borges 1997).

This framework highlights the need to take advantage of the potential of currenttechnology (1) to support adequate forest management practices at local levels, (2) topromote effective outreach by forest landowners associations and regional agriculture officesand (3) to provide information for sound forest policy-making at regional and national levels.

5. A RESEARCH AND OUTREACH STRATEGY TO HELP PROMOTE THE FORESTSECTOR DEVELOPMENT

The Forest Economics and Management Modeling Group at the Department of Forestryof the Instituto Superior de Agronomia (GEGREF) - http://floresta.isa.utl.pt/gegref - started itsactivity in1996. GEGREF evolved in order to research and disseminate the use of decisionsupport tools that might help promote the Portuguese forest sector development. For thatpurpose, two main research lines were designed and integrated. The first aimed at theresearch of data models and of management models that might address a wide range offorestry decision problems. The second aimed at the programming of technologicalapplications to be used by forest landowners, forest institutions and , generally, by all citizensand groups with interest in forest resources.

The articulation of research and outreach prompted a specific institutional arrangement.GEGREF designed project funding applications such that all potential users of research andoutreach results were directly involved. This strategy required a very intensive outreach workas there was little experience in using information technologies in forest resourcesmanagement in Portugal. In the period from 1996 to 2001, most institutions involved in forestresources management in Portugal were either directly involved in research and outreachprojects coordinated by GEGREF or participants in activities (e.g. workshops, outreach

Page 130: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

146 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

meetings, small courses) conducted by GEGREF. All sectors were engaged: Non-IndustrialForest Landowners Associations (e.g. Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado,Associação Florestal do Vale do Sousa), Public Administration (e.g. Forest Service, NatureConservation Agency, Regional Agriculture Offices), Forest Industry (e.g. Portucel, Soporcel,Aliança Florestal, Celbi Stora Enso, Silvicaima, Grupo Amorim), Non-GovernmentalOrganizations (e.g. Associação Terras Dentro), Consulting Firms (e.g. Erena,Silviconsultores) and the University (e.g. Technical University of Lisbon, Classical Universityof Lisbon, University of Trás os Montes e Alto Douro, Escola Superior Agrária de Coimbra).

The range of institutions involved in GEGREF activities enabled the selection of studyareas with contrasting characteristics, extending from eucalypt intensive silvicultureplantations to nature reserves (Table 4). The selection of demonstration areas was designedin order to ensure that a wide range of decision problems might be addressed (e.g. singletimber product, multiple timber products, cork, wildlife, recreation, conservation,multifunctional management). In 2001, the forest area used for both management modelingand technological application development purposes extend to about 116,833 hectares,approximately 3 percent of the country’s forest area.

Table 4. Study areasCovertype Area (ha)

Maritime pine (Pinus pinaster) 16 749Cork oak (Quercus suber) 39 386

Eucalypt (Eucalyptus globulus) 34 717Holm oak (Quercus rotundifolia) 2 867

Umbrella pine (Pinus pinea) 4 167Other forest species 3 371

Nature reserves 176Wildlife management 374

Uncultivated/ Brushwood 7 931Agriculture 6 790Social area 303

Others 4Total 116 833

Management modeling and technological application programming were conducted byGEGREF in close cooperation with all potential users. This work benefitted from research tieswith international institutions (e.g. University of Minnesota, University of S. Paulo, Universityof Joensuu). Technological applications were tested successfully with data from study areasand demonstrated in several meetings (national and international). The forest resourcesdecision support system encompasses a modular structure characterized by:

- A management information system - inFlor - that aims at standardizing natural resourcesdata acquisition and management and at providing efficiently information to diverse users,thus contributing to promote interdisciplinary and diverse interest groups communication.

- a simulator of forest ecosystem management alternatives - sagFlor. The simulatorintegrates silviculture and growth and yield models and has a user friendly interface. Itprocesses data organized in the management information system. For that purpose, it hasan automated link with inFlor. The interface allows for the interactive simulation ofmanagement activities in a selected forest area. Data processing involves the projection ofresults from these activities and the preparation of information to be used by decisionmodels.

Page 131: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 147

- a set of management models - decFlor - that integrate indicators to assess the impact ofmanagement activities on traditional forest product flows and on ecosystem sustainabilityModels developed include an heuristic based on dynamic programming, tabu search,simulated annealing and evolution programs. Currently, this module enables the solution ofvery complex management problems (e.g. net present value optimization subject toconstraints on cork or timber flows, on maximum opening size, on minimum clearcut area,on the number of patches with a specific size).

Results of research and outreach activities that resulted in the development of thisdecision support system have been documented in national (e.g. Borges 1999, Miragaia et al.1999, Marques et al. 1999, Borges and Falcão 1999a and 1999b, Falcão and Borges 1999,Borges et al. 1999) and international journals (e.g. Borges et al. 1997, Hoganson and Borges1998, Borges et al. 1999, Borges and Hoganson 1999, Borges and Hoganson 2000,Hoganson and Borges 2000, Falcão and Borges 2001).

6. FINAL REMARKS

The European demand for forest products is expected to grow in the next quartercentury (ECE/FAO 1996b). As Europe is the main Portuguese export market, this country’sforest sector is expected to be reinforced as a key element in the national economy (Borges1997). The competitiveness of Portuguese forestry and forest industry products relies largelyon natural resources endowment. Moreover, there is potential to increase roundwood supplyby both increasing the forest area and investing with the aim of obtaining productivity gains(Borges 1997).

In order to realize this potential, institutional reforms are a priority (Borges 1997). In1996, the Portuguese parliament approved a general law that provides the framework for acoherent forest policy definition. In 1997, the forest service, the university and other researchinstitutions, the forest industry and landowners representatives discussed ways ofimplementing that law in an open workshop (Borges 1997). In 1998, the forest service issueda plan for the sustainable development of the Portuguese forest (DGF 1998). Specific lawsand regulations ensued and yet there is still a gap between the objectives set and theinformation needed to design adequate strategies to achieve them at local, regional andnational levels.

Sound decision making requires good data and adequate technological applications thatmay provide the information needed. In this framework, GEGREF will pursue its research andoutreach strategy aiming at providing decision makers with adequate management supporttools. Current projects aim at consolidating a system that may be instrumental for: (1)operational and strategic forest management decision analysis, (2) financial analysis offorestry projects, (3) economic and environmental impact assessment of forestry projects andprograms, (4) decision analysis as a forest policy tool, 5) enabling participatory forestresources decision making and (6) providing a pedagogical tool for forest resourcesmanagement and economics teaching.

Page 132: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

148 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

LITERATURE CITED

Alves, A. 1983. Forestry development in Portugal. Potentialities and constraints. in Proceedings of theJNICT/NAS/USAID Workshop on Future Expectations of Portuguese Forestry, Póvoa do Varzim, 13-16December, 1983, pp. 1-22.

Borges, J. G. 1999. Paradigmas, tecnologias e equívocos em gestão de recursos florestais. Revista Florestal XII(1/2): 27-34.

Borges, J. 1996. Sistemas de apoio à decisão em recursos naturais e ambiente. Aplicações florestais. RevistaFlorestal IX(3): 37-44.

Borges, J. G. 1997. Analysis of the markets for roundwood and forest industry products in Portugal. In: B. Solbergand A. Moiseyev (Eds.) Demand and Supply Analysis of Roundwood and Forest Products Markets in Europe.EFI Proceedings no. 17, pp. 309-328.

Borges, J. and G. Borges. 1990. Impacte socioeconomico da expansão do eucaliptal in Impactes ambientais esocioeconomicos do eucaliptal em Portugal, pp. 73-80.

Borges, J. G. e A. Falcão. 1999a. sagFlor - Um simulador de alternativas de gestão em ecossistemas florestais.Revista Florestal XII (1/2): 63-68.

Borges, J. G. e A. Falcão. 1999. Programação dinâmica e gestão de povoamentos com estrutura regular ecomposição pura. Aplicação à Mata Nacional de Leiria. Revista Florestal XII (1/2): 69-82.

Borges J. G., J. A. Gomes, A. Falcão e H. M. Hoganson. 1999. Heurística baseada em programação dinâmica erestrições de adjacência em gestão florestal. Exemplo em montado de sobro e aplicação em eucaliptal. RevistaFlorestal XII (1/2): 99-107.

Borges, J. G. and H. M. Hoganson. 2000. Structuring a landscape by forestland classification and harvest schedulingspatial constraints. Forest Ecology and Management 130: 269-275.

Borges, J. G.and H. M. Hoganson. 1999. Assessing the impact of management unit design and adjacencyconstraints on forest wide spatial conditions and timber revenues. Canadian Journal of Forest Research 29:1764-1774.

Borges, J. G., H. M. Hoganson and D.W. Rose. 1999. Combining a decomposition strategy with dynamicprogramming to solve spatially constrained forest management scheduling problems. Forest Science 45:201-212.

Borges J. G., A. C. Oliveira and M. A. Costa. 1997. A quantitative approach to cork oak forest management. ForestEcology and Management 97:223-229.

Falcão, A. O. and J. G. Borges. 2001. Designing an evolution program for solving integer forest managementscheduling models: an application in Portugal. Forest Science (in press)

Falcão, A. e J. G. Borges. 1999. Programação linear e gestão estratégica em recursos florestais. Aplicação à MataNacional de Leiria. Revista Florestal XII (1/2): 93-98.

CELPA. 1999. Indicadores do sector florestal. http://www.celpa.pt

CESE. 1998. Livro verde sobre a cooperação ensino superior-empresa. Sector Florestal. Lisboa, Conselho superiorpara a cooperação ensino superior-empresa, Fevereiro, 1998, 172 p.

CESE. 1996. O sector florestal português. Documento de apoio ao seminário do CESE, Conselho Ensino SuperiorEmpresa. Grupo de Trabalho Sobre o Sector Florestal. Póvoa do Varzim, 4-5 Outubro 1996, 420 p.(unpublished)

DGF. 2001a. Inventário florestal nacional - 3ª revisão. Informação resumo.http://www.dgf.min-agricultura.pt/estatistica/ifn/Tabelas.htm

DGF. 2001b. Incêndios florestais - ocorrências e áreas ardidas (1980-1999).http://www.dgf.min-agricultura.pt/flor/fogos/aardida8098.htm

DGF. 1998. Plano de desenvolvimento sustentável da floresta portuguesa, Lisboa, 11 de Novembro de 1998.

DGF. 1991. Perfil florestal de Portugal. Direcção Geral das Florestas, Divisão de Estudos, 42 p.

Page 133: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 149

ECE/FAO. 1996a. Timber Committee 54th session and European Forestry Commission 28th session, September23-27, 1996, Brussels (unpublished).

ECE/FAO. 1996b. European timber trends and prospects into the 21st century. Geneva Timber and ForestStudy Papers, No. 11 - ECE/TIM/SP/11, UN, New York and Geneva,103 p.

Hoganson, H. M. and J. G. Borges. 2000. Impacts of the time horizon for adjacency constraints in harvestscheduling. Forest Science 46:176-187.

Hoganson, H. M. and J. G. Borges. 1998. Using dynamic programming and overlapping subproblems to addressadjacency in large harvest scheduling problems. Forest Science 44: 526-538.

IF. 1995. Comércio externo de produtos florestais. Estatísticas provisórias. Instituto Florestal, Divisão de Estatísticae Estudos Económicos, 10 p.

IF. 1996a. Caracterização da floresta portuguesa. Instituto Florestal. Publicação interna, 12 p.

IF. 1996b. Breve caracterização da floresta portuguesa. Instituto Florestal. Publicação interna, 19 p.

Marques, P., M. Marques e J. G. Borges. 1999. Sistemas de informação geográfica em gestão de recursosflorestais. Revista Florestal XII (1/2): 57-62.

Miragaia, C., J. G. Borges e M. Tomé. 1999. inFlor, um sistema de informação em recursos florestais. Aplicação emgestão na Mata Nacional de Leiria. Revista Florestal XII (1/2): 51-56.

Monitor Company. 1994. Construir as vantagens competitivas de Portugal. Monitor Company sob direcçãode Michael Porter, Forum para a Competitividade, Lisboa, 269 p.

Soares, J. 1994. Superficie e repartição geográfica da floresta mundial in Eucalipto, economia e território.Edição Cosmos, Lisboa, pp. 23-38.

Page 134: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

150 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

C6-5

Ordenamento sustentável das florestas de eucaliptos plantadas para aprodução de celulose no Brasil

� ������������������ ��������� ����� ���������������

����� ������ ��������� ����

Rodriguez, L.C.E. ([email protected])Amaral, T.M.

Universidade de São Paulo - ESALQ, Brasil

RESUMO: O Brasil é o oitavo maior produtor mundial de celulose. Grande parte desta produção tem origem noprocessamento de fibras de eucalipto cultivados em extensos povoamentos mantidos pelas indústrias do setor. Estetrabalho é parte de um projeto de pesquisa em andamento que propõe: (i) a análise do nível de ordenamento dospovoamentos vinculados à indústria brasileira de celulose de fibra curta, e (ii) o estudo do efeito da adoção detécnicas matemáticas de gestão sobre a geração de níveis de produção sustentáveis e relativamente constantes demadeira para a indústria do setor. O nível de ordenamento de três estudos de caso é analisado através do índicegeral de ordenamento relativo (igor). Uma das empresas em um dos estudos de caso é usuária há vários anos deum sistema de gestão florestal baseado em técnicas de programação linear. As florestas desta empresa revelamum nível de ordenamento superior aos outros dois casos que não são usuários de métodos deste tipo. O estudo emandamento, do qual este trabalho faz parte, procura ampliar a significância dos dados aqui apresentados.Resultados já compilados revelam as vantagens advindas do uso de métodos matemáticos de apoio à gestãoflorestal, e justificam a sua adoção pois aumentam a competitividade da indústria nacional e a racionalidade comque estas indústrias usam os seus recursos florestais.ABSTRACT: Brazil is the eight world largest pulpwood producer. Most of the Brazilian pulpwood production is basedon the processing of eucalyptus fibers obtained in large plantations managed directly by the pulp mills. The workreported is part of a on going research project that proposes: (i) the analysis of the forest regulation level of alleucalyptus plantations managed to supply short fibers for all pulpwood producers in Brazil; and (ii) the analysis ofadopting forest management mathematical techniques and its effects on the generation of sustainable and relativelyconstant eucalyptus wood production levels for the pulpwood industry. The forest regulation levels of three studycases are determined based on a relative general forest regulation index. In one of the study cases, forest managershave used forest management systems based on linear programming techniques for many years. In this case, theeucalyptus forests reveal higher regulation levels than the forests in the other two non-users of such methods. Theon going research project tries to extend the significance of the results reported in this paper. Results alreadycompiled reveal the advantages of using forest management support systems based on mathematical techniques,and justify its use to make the Brazilian pulp mills more competitive and rational in the process of efficiently usingtheir forest resources.

1. INTRODUÇÃO

O ordenamento sustentável dos povoamentos de eucaliptos vinculados aoabastecimento da indústria de celulose brasileira, no contexto deste trabalho, refere-se àorganização da atividade florestal visando a produção de níveis relativamente constantes eregulares de madeira para a produção de fibras de celulose. Este trabalho apresenta osresultados parciais de um projeto de pesquisa em andamento e trata de questõesrelacionadas com o clássico conceito florestal de ordenamento ou regulação florestal.Dados preliminares de um estudo em andamento mostram que o uso de modelosmatemáticos de apoio à gestão florestal geram florestas mais próximas do modelo ideal deordenamento.

Este trabalho apresenta evidências ainda parciais das vantagens de se usarem técnicasmatemáticas para a otimização do planejamento florestal do ponto de vista do ordenamentoflorestal. Inicialmente o trabalho refere-se à relação entre ordenamento e sustentabilidade, e

Page 135: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 151

ao uso de modelos matemáticos de otimização para gerir a busca por florestas maisordenadas. Em seguida, a indústria brasileira produtora de polpa de celulose a partir doeucalipto é caracterizada. São apresentados também alguns conceitos básicos que serãousados para caracterizar o nível de ordenamento de florestas vinculadas à indústria decelulose brasileira. E, por fim, é apresentada a situação de ordenamento de três florestasprodutoras de madeira de eucalipto para celulose, comentando-se as eventuaisconseqüências sobre o nível de sustentabilidade dessas áreas.

2. ORDENAMENTO, SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO E MODELOS DEOTIMIZAÇÃO

Independente da finalidade dada aos serviços e produtos de uma floresta, únicos oumúltiplos, é inegável o desejo de que o resultado final gere máxima utilidade. A nãoexaustão do recurso florestal, e a condução de uma floresta idealizada com produçãoconstante, não superior à sua capacidade de regeneração, são as metas do ordenamentoflorestal. Uma introdução aos métodos clássicos desenvolvidos para alcançar estas metaspode ser encontrada em Davis e Johnson (1987).

Na atualidade, a gestão florestal inclui no processo de decisão outras metas erestrições antigamente não consideradas pelos métodos clássicos de ordenamento florestal.Vários textos sobre gestão florestal, publicados nas duas últimas décadas, são unânimes emafirmar que as técnicas de gestão modernas representam uma evolução se comparados aosmodelos clássicos de ordenamento florestal desenvolvidos até a década de 50 (Clutter et al.,1983; Leuschner, 1984; Dykstra, 1984; Davis e Johnson, 1987; Buongiorno e Gilless, 1987;Leuschner, 1990; Von Gadow e Bredenkamp,1992; Hof, 1993; Hof e Bevers, 1998).

Os sistemas de apoio à decisão para a gestão de recursos florestais desenvolvidosdurante a década de 80 abandonaram os princípios de gestão individualizada eindependente dos talhões (parcelas ou unidades de gestão) florestais. Esta mudançapassou a enfatizar o ótimo global, ou seja, para o conjunto de todos os talhões quecompõem a floresta, e não apenas a otimização do manejo do talhão individual. Técnicasmodernas, hoje amparadas em modelos de otimização, permitem que o gestor florestalconsidere simultaneamente questões econômicas e restrições operacionais e ambientais, aomesmo tempo em que planeja a transição para um maior ordenamento dos seus plantiosflorestais. No Brasil, estas técnicas têm sido lentamente introduzidas desde meados dadécada de 80.

3. A TRANSIÇÃO PARA FLORESTAS MAIS ORDENADAS

A definição de volumes anuais de colheita relativamente sustentáveis e constantes éuma das mais antigas e importantes preocupações do gestor florestal. Esta preocupaçãoseria irrelevante se as florestas pudessem ser mantidas em um estado permanentementeordenado. Isto é, se a área ou o volume anual disponível para corte correspondesseexatamente ao crescimento volumétrico observado no ano.

Na prática, entretanto, é muito difícil encontrar florestas de produção sendo manejadassob condições de perfeito ordenamento. O que se observa na realidade são florestas emconstante estado de transição, isto é, em passagem de um estado de desequilíbrio entreníveis de crescimento e de colheita para um estado mais ordenado. Esta situação é aindamais agravada tendo em vista as freqüentes ampliações e fusões corporativas ocorridas noBrasil ao longo do desenvolvimento da sua indústria de celulose.

Page 136: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

152 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

O gestor florestal defronta-se, portanto, com o constante problema de administrar atransição para uma situação de produção mais equilibrada. Esta transição pode ser apoiadaem técnicas matemáticas de otimização, dentre as quais se destacam aquelas que utilizam aprogramação matemática como principal ferramenta.

Um projeto de pesquisa, do qual este trabalho faz parte, avalia o atual nível deordenamento das florestas vinculadas ao abastecimento da indústria de celulose; a suarelação com o mercado de madeira; e a relação entre o atual nível de ordenamento dospovoamentos florestais dos maiores produtores brasileiros com a adoção no passado detécnicas de otimização para a geração dos planos de manejo destas florestas. Espera-secom este trabalho contribuir para uma melhor compreensão do atual estágio dedesenvolvimento do setor, avaliando o atual nível de sustentabilidade da produção dematéria-prima de um importante segmento industrial do setor florestal brasileiro.

4. UMA RÁPIDA CARACTERIZAÇÃO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE CELULOSE

Nos primeiros nove meses de 2000, o setor de celulose e papel somou US$ 1,3 bilhãoao saldo da balança comercial brasileira, colocando-se em segundo lugar entre os setoresda economia nacional maior contribuição, atrás apenas da indústria aeronáutica. Aprodução total nesse ano foi de 7.447.415 toneladas (Bracelpa, 2001), e agora, seconsiderados apenas os quatro primeiros meses de 2001, já atinge o nível de 2.419.819toneladas. Em breve, de acordo com Tabacoff (2000), a capacidade instalada da indústriabrasileira de celulose alcançará as 11.202.000 ton/ano, e boa parte deste crescimento seconcentrará na produção de celulose de fibra curta branqueada, que em 2000 atingiu aprodução de 5.295.355 toneladas.

Estes dados revelam a intenção de crescimento do setor que, se atendidas asexpectativas de Tabacoff (2000) para a demanda estimada de celulose de fibra curta, semanterá em valores próximos aos 4,6% ao ano. Vale ressaltar que o Brasil viu, no períodode 1991 a 2000, a produção nacional total de celulose crescer a uma significativa taxa de5,2% ao ano.

Para acompanhar este ritmo de crescimento, em um período de tempo relativamentecurto, estima-se que serão necessários investimentos da ordem de US$ 910 milhões emreflorestamentos. E espera-se que boa parte destes recursos seja investida emreflorestamentos com eucaliptos, pois esta espécie é a principal matéria-prima usada noprocesso de produção da celulose de fibra curta.

O eucalipto, plantado em povoamentos homogêneos, atinge no Brasil a mais alta taxade crescimento observada em plantios florestais no mundo, e constitui-se na principal fontede matéria-prima das empresas que lideram o ranking das maiores produtoras de celulosede fibra curta do Brasil (Tabela 1). Essas empresas, que em 2000 produziram 94,5% daoferta brasileira de celulose de fibra curta branqueada, responderam também por 67% detoda a celulose nacional produzida naquele ano.

Page 137: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 153

Tabela 1: Maiores produtores de celulose a partir de povoamentos de eucalipto(a) Produção decelulose 1999 (b) Reflorestamento Relação Área/Produção *

(ton) (ha) Fator 7,5 ** Fator 9 ***

Aracruz Celulose 1.262.536 144.229 0,86 1,03

Celulose Nipo-Brasileira 783.547 110.240 1,06 1,27

Votorantim Celulose e Papel 727.009 100.000 1,03 1,24

Bahia Sul Celulose 578.491 67.000 0,87 1,04

Cia Suzano de Papel e Celulose 437.052 50.000 0,86 1,03

International Paper do Brasil 327.785 33.000 0,76 0,91

Klabin Riocell 300.104 56.000 1,40 1,68

Ripasa Celulose e Papel 296.443 52.000 1,32 1,58

Jarcel Celulose 290.381 40.000 1,03 1,24

5.003.348 652.469

(a) Dados publicados pela Bracelpa - Relatório Anual 1999(b) Dados aproximados disponibilizados pelas empresas na Internet* Fator de conversão de madeira para celulose: 3,33 m3/ton** IMA geral dos povoamentos aos 7 anos: 7,5 ton/ha/ano de celulose*** IMA geral dos povoamentos aos 7 anos: 9,0 ton/ha/ano de celulose

A Tabela 1 apresenta também um indicador de suficiência dos reflorestamentosvinculados a essas indústrias. São apresentados dois fatores para a relação área/produção,parametrizados de acordo com duas estimativas médias de incremento médio anual (IMA)aos 7 anos: 7,5 e 9 ton/ha/ano de celulose, respectivamente (foi usado um fator deconversão de madeira para celulose igual a 3.33 m3 de madeira sólida para cada toneladade celulose). Se considerado um cenário de ordenamento perfeito, valores próximos a 1indicam ajuste adequado; menores do que 1 representam casos onde o abastecimento écomplementado por outras fontes de madeira (programas de fomento e aquisições nomercado); e maiores do que 1 refletem eventuais expansões da base florestal para atender aaumentos do nível de abastecimento da fábrica ou, simplesmente, maior disponibilidade demadeira do que a cota anual de consumo realmente exige.

A análise baseada no fator mais conservador (IMA médio de 7,5 ton/ha/ano de celulose)mostra que, com poucas exceções, todas as empresas precisarão investir no aumento daprodutividade média e em novos reflorestamentos para atender aos aumentos de demandapor madeira provocada pelo crescente aumento da produção nacional de celulose. Mesmo ofator mais otimista (IMA médio de 9 ton/ha/ano de celulose) indica para alguns casos umanecessidade de aumento da área reflorestada.

A produção crescente de celulose do setor e a necessidade de manter sustentáveis osníveis de abastecimento da indústria com madeira de eucalipto, justificam a importância dese utilizarem técnicas matemáticas de gestão que garantam o manejo florestal com nívelótimo de produção e máximo rendimento econômico. A principal vantagem do uso destastécnicas é garantir a regularização dos níveis anuais de colheita, a indicação da necessidadeanual de plantio de novas áreas e reformas, e a determinação das áreas para as quais nãose justifica a reforma após a colheita e sim a condução da brotação por mais uma rotação.

Algumas empresas brasileiras já vêm usando estas técnicas matemáticas de gestãoflorestal há alguns anos. Na próxima seção são apresentadas algumas evidências queatestam que essas técnicas garantem no médio prazo florestas mais reguladas, com área

Page 138: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

154 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

média por classe de idade relativamente uniforme, e consequentemente com maiorcapacidade de manter níveis anuais de produção constantes.

5. ANÁLISE DE TRÊS ESTUDOS DE CASO

Referências às primeiras experiências no Brasil sobre o uso de técnicas matemáticasde gestão florestal baseadas em métodos matemáticos de otimização podem serencontradas em Rodriguez e Lima, 1985; Rodriguez et al., 1986 e Rodriguez e Moreira,1989. Um trabalho mais recente de Rodriguez e Borges (1999) resume algumas dasformulações mais comuns e outros apresentam novas técnicas heurísticas para o tratamentode problemas que impõem a integridade da unidade básica de manejo florestal (Rodriguez,1996; Rodriguez e McTague, 1997; Nobre e Rodriguez, 1999).

Para avaliar o benefício da adoção de técnicas matemáticas de gestão florestal sobre ograu de ordenamento atual das suas florestas, foram escolhidas três empresas florestais: aRipasa Celulose e Papel, que adotou estas técnicas há quinze anos, logo quando foramintroduzidas no Brasil; e a International Paper do Brasil e Copener Florestal, que atualmentese encontram em uma fase inicial de adoção dessas técnicas. Justifica-se a inclusão daCopener pela sua característica não verticalizada de empresa produtora de madeira quevende a sua produção para outras indústrias.

Foram coletadas basicamente dados sobre idade, rotação e área atual dospovoamentos dessas empresas. Para efeito de comparação do estado de ordenamento dastrês diferentes florestas, independentemente da rotação em que se encontram, somaram-seem 7 classes de idade as áreas com idades variando entre 1 e 7 anos.

Tendo como referencial uma situação hipotética em que 100% dos povoamentos seencontrassem exatamente distribuídos nessas 7 classes de idade, foi utilizado o valor 100÷7(~14,3%) como fator ideal de distribuição entre classes de idade. Em seguida, foramcalculados os desvios absolutos com relação ao fator ideal e somados para a obtenção doíndice geral de ordenamento relativo (igor). Florestas perfeitamente ordenadas teriam igorigual a zero, enquanto valores maiores estariam associados com florestas cujo ordenamentose distancia do modelo idealizado de ordenamento perfeito.

O parâmetro igor foi criado apenas para permitir uma fácil inferência quanto ao efeitodos planos históricos de manejo implementados nas florestas das três empresas analisadas.A hipótese é a de que a utilização de técnicas matemáticas de otimização da gestão florestalinduz a um valor mais baixo do igor. É importante ressaltar que florestas com constituiçãopróxima ao modelo preconizado pelo ordenamento perfeito podem ser obtidas também poroutros meios que não se baseiam no uso de técnicas matemáticas de otimização.Entretanto, a adoção dessas técnicas é garantia necessária e suficiente para a obtenção deflorestas mais ordenadas.

Page 139: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 155

Tabela 2: Reflorestamentos da Ripasa Celulose e Papel por classes de idade

Rotações Área Total

Idade 1 2 3 (ha) (%)Desvio com

relação ao FI

1 3.549,5 2.647,9 1.755,5 7.952,9 15,2 0,9

2 2.422,4 3.253,0 884,4 6.559,8 12,5 1,8

3 1.040,6 4.373,3 751,0 6.164,9 11,8 2,5

4 1.146,9 4.102,9 897,1 6.146,9 11,7 2,6

5 3.438,5 2.871,7 276,3 6.586,5 12,6 1,7

6 5.961,2 3.076,6 - 9.037,8 17,2 3,0

Índice Geral deOrdenamento

Relativo

7 3.352,5 2.540,6 323,3 6.216,3 11,9 2,4 14,8

8 1.793,4 870,8 4,9 2.669,1 5,1

8-10 157,5 457,3 0,9 615,7 1,2

10-12 161,9 36,9 - 198,8 0,4

12-14 90,5 27,4 - 117,9 0,2

14-16 52,1 - - 52,1 0,1

16-18 24,4 1,9 - 26,3 0,1

> 18 41,0 13,1 - 54,1 0,1FATOR IDEAL

(FI)52.398,9 100,0 14,3

Os dados para a Ripasa, apresentados na Tabela 2 mostram uma distribuição razoáveldas áreas reflorestadas entre as primeiras sete classes de idade, com tendência a umaredução do nível de ordenamento se não for corretamente administrada a colheita nospovoamentos com idades superiores a 7 anos. Por apresentar um excedente de área (videTabela 1), é possível que o atual modelo de gestão da Ripasa, para manter as suas florestasordenadas, esteja vendendo no mercado os excedentes de produção madeireira.

Quanto aos valores observados nas classes de idade de 1 a 7 anos, é natural umacerta variação, pois leva-se em consideração que restrições operacionais e orçamentáriasnem sempre permitem a perfeita execução dos planos anuais de plantio e reforma indicadosnos planos de manejo. Entretanto, essas variações devem ser reduzidas ao mínimo, ou pelomenos avaliadas, pela técnica matemática de apoio à gestão, quanto às suas conseqüênciassobre os futuros povoamentos florestais da empresa.

Um outro indutor de irregularidade na distribuição de áreas por classes de idade é adiferença de produtividade entre povoamentos florestais. Se, eventualmente, alguma classede idade concentra sítios menos produtivos, é natural que a área reflorestada nessa classeseja maior para que o nível total de produção dos povoamentos dessa classe possa seradequadamente atingido no momento de colheita.

Page 140: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

156 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

Tabela 3: Reflorestamentos da International Paper do Brasil por classes de idade

Rotações Totais

Idade 1 2 3 (ha) (%)

Desvio comrelação ao FI

1 4.494,0 445,0 - 4.939,0 15,7 1,4

2 4.460,0 934,0 - 5.394,0 17,2 2,9

3 5.137,0 730,0 - 5.867,0 18,7 4,4

4 2.805,0 510,0 - 3.315,0 10,6 3,7

5 2.408,0 1.174,0 - 3.582,0 11,4 2,9

6 2.241,0 1.628,0 - 3.869,0 12,3 2,0

Índice Geral deOrdenamento

Relativo

7 2.792,0 - - 2.792,0 8,9 5,4 22,7

8 568,0 48,0 - 616,0 2,0

9 747,0 216,0 - 963,0 3,1

> 9 61,0 - - 61,0 0,2 Fator ideal (FI)

31.398,0 100,0 14,3

Os dados da International Paper do Brasil apresentados na Tabela 3 mostram umavariação maior e ausência de povoamentos em terceira rotação. Nota-se nas maioresclasses de idade uma área significativamente menor do que nas classes para ospovoamentos com 1 a 3 anos de idade. Neste caso, simulações que considerassem acolheita de povoamentos com idade fixa aos 7 anos, indicariam para o corrente ano umbaixo volume total disponível, seguido de um período de três anos com volumesintermediários de colheita, e posterior período de três anos com níveis mais altos deprodução. Esses ciclos se repetiriam nessa ordem até que alguma medida de ordenamentofosse adotada.

A relação área/produção (Tabela 1) da International Paper é baixo, e isto revela umamaior dependência de outras fontes de abastecimento de madeira. Esta situação tornaainda mais complexa a função do gestor florestal, e mais necessária a adoção de técnicasmatemáticas de otimização e de ordenamento da atividade florestal. Sem a adoção destasiniciativas cria-se um eventual fluxo anual irregular de aquisições no mercado ou de colheitasem produtores associados (fomentados). Esta irregularidade pode desestabilizar no futuro aconfiança do mercado e dos próprios produtores fomentados. São estas as razões que têmorientado a empresa a criar um sistema otimizado de planejamento florestal com base emtécnicas matemáticas de otimização.

Os dados da Copener Florestal apresentados na Tabela 4 mostram um nível deordenamento fortemente afetado pela manutenção de parte significativa dos povoamentosem classes de idades mais velhas. Isto é, aproximadamente a metade da área totalencontra-se com mais de 7 anos de idade. Outra característica é a irregularidade dadistribuição das áreas dos povoamentos nas classes de idade entre 1 e 7 anos. Além dasquestões climáticas que têm afetado fortemente o crescimento dos povoamentos daCopener, justifica-se o nível atual de ordenamento de suas florestas a inexistência de umademanda anual regular de madeira e consequentemente um fluxo uniforme de colheitanesses povoamentos.

Page 141: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

Série Técnica IPEF, Nº 34 � 157

Tabela 4: Reflorestamentos da Copener Florestal por classes de idadeRotações Totais

Idade 1 2 3 (ha) (%)

Desvio comrelação ao FI

1 1.483,8 2.184,3 22,7 3.690,8 5,3 9,0

2 2.759,6 4.298,0 32,4 7.090,0 10,2 4,0

3 1.278,1 4.437,2 288,5 6.003,9 8,7 5,6

4 425,5 4.872,4 - 5.297,9 7,6 6,6

5 1.280,8 4.407,5 52,7 5.740,9 8,3 6,0

6 410,3 3.207,6 1,0 3.618,9 5,2 9,1

Fator Geral deOrdenamento

Relativo

7 286,8 4.039,3 52,3 4.378,4 6,3 8,0 48,3

8 849,7 609,9 - 1.459,6 2,1

8-10 1.087,7 4.224,1 - 5.311,8 7,7

10-12 1.601,0 26,0 - 1.627,0 2,3

12-14 5.694,4 572,5 - 6.266,8 9,0

14-16 3.598,7 849,7 - 4.448,5 6,4

16-18 7.103,2 - - 7.103,2 10,3

> 18 7.223,2 - - 7.223,2 10,4 Fator Ideal (FI)

69.260,8 100,0 14,3

Contratos de médio e longo prazo recentemente firmados pela empresa justificam agoraa adoção de sistemas de apoio à gestão florestal e de otimização matemática que garantama condução dos atuais povoamentos para um nível maior de ordenamento. A possibilidadede também destinar a madeira para processamento em serrarias e o conseqüente aumentona complexidade do problema de gestão dessas florestas também estimula a adoção dessesnovos sistemas.

6. CONCLUSÕES

Comparando-se os três casos, notam-se (i) os diferentes valores do parâmetro igor quemede o nível de ordenamento das florestas analisadas, e (ii) o maior nível de ordenamentoflorestal pertence à empresa que há mais tempo usa métodos matemáticos de otimização doplanejamento florestal. O baixo valor do parâmetro igor para a Ripasa é em grande parteexplicado pelo uso há vários anos de técnicas de gestão florestal com base em modelos deprogramação linear, cuja primeira aplicação foi documentada por Rodriguez et al. (1986).Estas técnicas levam em consideração as metas de médio e longo prazos ao planejar asintervenções de curto prazo nos povoamentos da empresa (colheita, reforma e condução dabrotação). Considerando-se que a empresa tem imposto fluxos futuros de produçãoregulares durante os último quinze anos, seria de se esperar que a floresta atual estejarazoavelmente ordenada.

Está em andamento um estudo mais amplo que procura avaliar com mais detalhes onível de ordenamento e sustentabilidade de todas as florestas de eucaliptos vinculadas àindústria nacional de celulose. A continuidade deste trabalho procura contribuir para odesenvolvimento da indústria brasileira de celulose, ao monitorar o uso eficiente dos seusrecursos florestais que hoje ocupam apenas 3% das terras agricultáveis brasileiras.Questões sócio-ambientais talvez continuem mantendo este nível de ocupação e uso do soloagrícola bastante baixo. Este cenário reforça a necessidade de modernas e sofisticadas

Page 142: TRABALHOS CONVIDADOS - ipef.br · dos rios navegáveis que desembocavam no mar. Em troca os proprietários dessas terras receberiam novas áreas no interior. Tal iniciativa não surtiu

158 � I SIAGEF - Porto Seguro - De 04 a 07 de Julho de 2001

técnicas de gestão florestal que garantam a máxima eficiência econômica e produtiva dosetor.

7. AGRADECIMENTOSO autor agradece o apoio financeiro do CNPq, concedido na forma de uma Bolsa

Pesquisa (Processo 300341/86-5), e o apoio das empresas brasileiras produtoras decelulose que, assim como a Bracelpa, gentilmente têm permitido acesso aos seus bancos dedados.

LITERATURA CITADA

Bracelpa (1999) Relatório Estatístico. São Paulo. 172 p.

Bracelpa (2001) Conjuntura Setorial, Publicação Estatística. São Paulo. 25(4), 6p.

Buongiorno, J.; Gilless, J.L. (1987) Forest Management and Econonomics. New York: MacMillan. 285p.

Clutter, J.L.; Fortson, J.C.; Pienaar, L.V. et al. (1983) Timber management, a quantitative approach. New York: JohnWiley. 351p.

Davis, L.S.; Johnson, K.N. (1987) Forest Management. New York: McGraw-Hill. 790p.

Dykstra, D.P. (1984) Mathematical programming for natural resource management. New York: McGraw-Hill. 336p.

Hof, J. (1993) Coactive Forest Management. San Diego: Academic Press. 189p.

Hof, J.; Bevers, M. (1998) A spatial optimization for managed ecosystems. New York: Columbia University Press.258p.

Leuschner, W.A. (1984) Introduction to forest resource management. New York: Wiley & Sons. 298p.

Leuschner, W.A. (1990) Forest regulation, harvest scheduling, and planning techniques. New York: Wiley & Sons.298p.

Nobre, S.R. e Rodriguez, L.C.E. (1999) A heurística florestal da razão-R analisada sob o prisma da InteligênciaArtificial. In: 5o. Encontro de Informática de Viçosa, UFV. Anais.

Rodriguez, L.C.E. e Lima, A.B.N.P.M. (1985) A utilização da programação linear na determinação de uma estratégiaótima de reforma de talhões florestais. IPEF. 31:47-52.

Rodriguez, L.C.E., Lima; A.B.N.P.M.; Bueno, A.C.; e Martini, E.L. (1986) Programação linear no planejamentoflorestal: uma aplicação prática. In: 5o. Congresso Florestal Brasileiro, Olinda. Silvicultura. 41(11):163-168.

Rodriguez, L.C.E. e Moreira, R.M. (1989) Gerenciamento de florestas de eucaliptos com modelos de programaçãolinear. IPEF Série Técnica. 6:1-15.

Rodriguez, L.C.E. (1996) A microcomputer program for solving forest scheduling problems with heuristicapproaches. In: Large-scale Forestry Schenario Models: experiences and requirements, Joensuu, Finland. EFIProceedings no. 5: 153-163.

Rodriguez, L.C.E. e McTague, J.P. (1997) Integer solutions for model I harvest scheduling LP problems: testing theR-ratio heuristic. In: Symposium on Systems Analysis in Forest Resources, Bellaire, SAF. Proccedings.

Rodriguez, L.C.E. e Borges, J.G. (1999) Técnicas matemáticas para determinação de níveis sustentáveis deprodução florestal: um exemplo em eucaliptal. Revista Florestal, Lisboa. 12(1/2): 83-92.

Tabacof, B. (2000) Setor anuncia novos investimentos: US$ 6 bi. Celulose e Papel, 16(69): 6-9.

Von Gadow, K. e Bredenkamp, B.V. (1992) Forest management. Pretoria: Academica. 165p.