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TRADUTOR COMO FERRAMENTA NAS AULAS DE INGLÊS: SINAL DE

APOIO OU PROBLEMA?

SUELI DE OLIVEIRA FREITAS1

WILSILENE RODRIGUES GATTO2

RESUMO: Estamos vivendo num universo digital, onde quase tudo que nos rodeia exige

interação e habilidade para execução. Nos dias de hoje as crianças, adolescentes e jovens são

detentores desse poder. Após breve pesquisa constatou-se que a maioria dos alunos do

contexto pesquisados visitam sites de relacionamento para passar o tempo, poucos citaram o

uso da internet para pesquisas escolares. Sendo assim, propõem-se com este projeto

mudanças na maneira de utilização da internet, para fins de aprendizagem, através do gênero

música, pois a maior parte dos adolescentes e jovens sentem-se atraídos pela música. Diante

de tal avanço tecnológico, podemos contribuir utilizando de forma didática as ferramentas e

recursos tecnológicos disponíveis. Esta Produção Didático - foi aplicada no Colégio Estadual

Dr. Ivan Ferreira do Amaral e Silva Filho, no município de Nossa Senhora das Graças, no ano

de 2013, com os alunos do 2º ano do Ensino Médio. Para diferenciar o trabalho foi utilizado

uma webquest e tumblr como metodologia para despertar o incentivo, o estímulo, e motivação

dos alunos para o aprendizado de língua inglesa. Este trabalho evidenciou que é possível

utilizar a tecnologia em salas de aulas nas escolas públicas.

PALAVRAS- CHAVE: Tecnologia. Tumblr. Webquest.

MARINGA

2013

1 Professora de Inglês da rede estadual de ensino do Paraná.

2 Professa Mestra do Departamento de Inglês, da Universidade Estadual de Maringá (UEM)

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INTRODUÇÃO:

Atualmente o uso dos computadores está inserido na vida das pessoas

e em todas as atividades, por mais rotineiras que sejam. No âmbito escolar

esta prática ainda é deficiente, mesmo sendo nossos alunos “nativos digitais”,

(Prensky, 2001), aqueles que já nasceram na era tecnológica. Para eles a

tecnologia é altamente fascinante, tendo em vista que constantemente buscam

acesso aos recursos tecnológicos em sala de aula assim como fora dela.

A utilização das ferramentas tecnológicas na educação pode auxiliar o

professor em sua prática pedagógica nas aulas de inglês, porém, é um desafio

para o educador, sendo o mesmo, um imigrante digital em sua maioria

(Prensky, 2001), uma vez que usam os recursos da tecnologia, embora tenha

mais dificuldade, menos agilidade para lidar com tamanha evolução e

familiarização que possuem nossos alunos.

Sendo assim, a busca dos educadores pela interação com estas novas

ferramentas se faz necessária para a melhoria do ensino-aprendizagem

mediado pela internet, pois estamos vivendo num universo digital, onde quase

tudo que nos rodeia exige interação e habilidade para sua execução e nos dias

de hoje as crianças, adolescentes e jovens são detentores desse poder.

Diante de tal avanço tecnológico, como é possível contribuir para que

nossos alunos possam explorar de forma mais didática as ferramentas e

recursos tecnológicos?

Hoje em dia, ensinar no modelo tradicional é ser alvo de crítica por parte

de muitos profissionais da educação, uma vez que o mundo está em constante

evolução, portanto, cada vez mais é preciso novas tecnologias. As escolas

buscam desenvolver ações que tentam contribuir de forma mais satisfatória a

relação aprendizagem de conteúdos com a globalização, pois nossos alunos

são detentores de novos saberes, porém muitas vezes não relacionam a

prática do cotidiano. Por esta razão, este projeto de intervenção Pedagógico na

Escola teve como objetivo utilizar recursos tecnológicos como iniciativa para

buscar mudança na presente realidade enfrentada por professores de língua

estrangeira no ensino público, uma vez que este é um dos itens obrigatórios do

Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, ofertado pela Secretaria de

Estado da Educação do Paraná, para formação continuado do professor para

que o mesmo venha desempenhar melhor sua prática pedagógica e

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proporcionar um aprendizado mais eficaz, seguindo um padrão social exigido

pelo mundo globalizado. Deste modo, observamos que o interesse pelo uso de

recursos tecnológicos é inevitável em sala de aula, portanto, os objetivos deste

trabalho são: verificar a compreensão dos alunos sobre tradução e versão,

averiguar como o aprendiz utiliza a ferramenta do tradutor na construção do

sentido e confrontar a visão do aluno e do professor sobre a prática

pedagógica.

Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado uma webquest

disposta em um ambiente destinado a este tipo de ferramenta, chamado zunal

www.zunal.com/webquest.php?w=1882143, de maneira clara e organizada. Os

alunos postavam suas atividades e as conclusões referentes às ações

desenvolvidas em um blog específico, tumblr, onde o professor tinha acesso

para verificar a compreensão dos alunos sobre tradução e versão, averiguar

como o aluno utilizava a ferramenta do tradutor on line na construção de

sentido, e confrontar a visão do aluno e professor sobre a prática pedagógica.

Para que o diferente na sala de aula, mas corriqueiro no dia-a-dia

pudesse se tornar parte do cotidiano escolar, foi utilizada uma webquest e um

Tumblr (conforme citados anteriormente e descritos em seções adiante) como

recursos metodológicos para despertar o incentivo, envolvimento, estímulo e

motivação dos alunos para o aprendizado de língua inglesa. Neste sentido,

nada melhor que a música para auxiliar neste processo de aprendizagem,

sendo que a mesma possui linguagem universal que ultrapassa barreiras de

tempo e espaço, desperta sentimentos, ideias e valores culturais e apresenta-

se como forma de comunicação entre as pessoas. Neste contexto, o gênero

música sertaneja veio contribuir nesta intervenção, pois a maioria dos alunos e

comunidade em questão apresentam interesse neste estilo, talvez por ser

próximo a cidade de Colorado - PR, onde o rodeio é uma tradição nesta região

e pela influencia da música e roupas do mesmo gênero. Por este motivo

podemos aproveitar a música em nossas práticas pedagógicas, propondo

assim, atividades através do gênero citado para despertar o interesse em usar

a internet como meio de aprendizagem de conteúdos relacionados com a

língua inglesa, por meio da tradução e versão on line de músicas, e também

fazer as comparações entre as traduções feitas pelos próprios alunos, para

3 Zunal é o site que contém as ferramentas para a criação da Webquest.

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melhor compreender como podemos usar as formas produzidas pela internet e

desenvolver habilidades na aprendizagem. Para o desenvolvimento das

atividades propostas os alunos utilizaram o laboratório de informática e demais

locais da escola, computador próprio e lan house próxima à escola.

A escola onde foi aplicada esta intervenção pedagógica esta situada na

cidade de Nossa Senhora das Graças – PR, onde oferta o ensino fundamental,

do 6º ao 9º ano e o ensino médio, sendo que a mesma foi desenvolvida com o

2º ano, após breve pesquisa em momento anterior a aplicação do projeto, para

verificar como os alunos usavam a internet. A maioria dos alunos revelou usar

a internet para bate papo em sites de relacionamento, apenas três utilizavam

como fonte de pesquisas escolares. Por este motivo o desafio de mudar esta

visão que o aluno tem sobre internet se fez necessário, pois ela pode contribuir

de maneira significativa no ensino aprendizagem.

DESENVOLVIMENTO:

Atualmente o uso das tecnologias tem cada vez mais invadido a

comunicação, o que muitas vezes assusta, porém é necessária compreender

como utilizá-las pois nas atividades diárias já acontece, quando fazemos uso

de aparelhos como celular, computador, DVDs, ou caixas eletrônicos. A escrita

por sua vez evoluiu e com ela os mecanismos. Podemos perceber quando

voltamos ao passado, desde o volumen, codex, livro, fonógrafo, gravador,

projetor, TV, vídeo ( PAIVA, 1995) e a inclusão de cada um deles na educação

causou conflitos. De acordo com Wertsch e Smolka, (1994, apud GARCEZ,

1998, p. 128).

Um aspecto essencial do tratamento que Vygotsky dispensa aos recursos midiáticos é que a incorporação destes últimos na ação humana (incluindo a ação mental) não torna essa ação simplesmente mais fácil ou mais eficiente em seu sentido quantitativo. Em vez disso, a incorporação desses recursos resulta, inevitavelmente, em uma transformação qualitativa.

Sedo assim, a utilização de recursos tecnológicos devem estar

presentes em sala de aula, devido aos avanços científicos e tecnológicos que

já ocorrem em quase todos os lugares que convivemos. Esses recursos

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podem auxiliar o professor a manter a atenção e o interesse do aluno com

entretenimento e dinâmica em suas atividades diárias, contribuindo de maneira

significativa no ensino aprendizagem, pois os nossos alunos, muitas vezes, são

movidos pela curiosidade e quando são provocados por novos desafios tendem

a responder positivamente. No início das atividades, a professora apresentou

alguns vídeos onde os alunos puderam ver a evolução tecnológica dos

aparelhos de celular e outros objetos que os mesmos não conheciam e não

sabiam a sua utilidade. Estes vídeos tinham como objetivo a reflexão de como

a tecnologia poderá se manifestar no futuro, porém os alunos não conseguiram

imaginar este mundo com mais inovações mediante os inúmeros avanços já

existentes.

BRUNNER (2004) por sua vez, afirma que “a educação vive um tempo

revolucionário, carregado, por si mesmo, de esperanças e incertezas”. Isso se

manifesta claramente na aproximação entre educação e novas tecnologias da

informação”. Embora existam incertezas, a escola vive a realidade tecnológica.

Há cobrança por parte do sistema educacional e da sociedade, de um modo

geral, de que a escola saiba lidar com os recursos tecnológicos a fim de

capacitar o aluno para o mundo letrado digitalmente, pois sabemos que é uma

necessidade o conhecimento na vida das pessoas, no mundo atual. Anos atrás

a escola fornecia a maioria do conhecimento, atualmente existem muitas fontes

de informação, por isso, é importante que a escola relacione-se bem com as

novas maneiras de ensinar e aprender, utilizando também os recursos

tecnológicos. Para que isso aconteça é relevante o diálogo na vida das

pessoas e principalmente dentro da escola a fim de que o conhecimento seja

construído. Durante a execução deste projeto, quando oportunizamos a

participação mais ativa dos alunos, obtivemos resultados surpreendentes,

manifestando-se no decorrer das atividades e principalmente na criação do

tumblr e na verificação das tarefas dispostas na webquest. Os alunos mais

familiarizados com algumas ferramentas, auxiliaram os colegas que tinham

dificuldades e consequentemente ajudaram o professor.

Podemos afirmar então, que as pessoas se comunicam de acordo com

suas necessidades e lugar onde se encontram, portanto, a língua está sempre

sofrendo mudanças devido as interações sociais ou culturais, pois, o

desenvolvimento intelectual acontece do social para o individual. Segundo

Garcez, (1998, p. 46)

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é necessário ter em conta o caráter histórico da linguagem, a sua diversidade interna e externa, e consequentemente, a impossibilidade de compreendê-las como uma unicidade lógica imanente. A linguagem é uma atividade humana cujas categorias observáveis se modificam no tempo e apresentam um funcionamento profundamente interdependente do tipo de contexto social em que ocorrem.

Dentro deste contexto social, Bakhtin (2003, p.382) destaca a

importância da relação do diálogo entre o eu e o outro, podendo ser o professor

e o aluno, aluno e aluno, ou até mesmo o eu com o outro de mim mesmo,

como descreve o autor, na constituição do sujeito e da linguagem e também

afirma que os enunciados são únicos e não se repetem em relação a

historicidade, pois, as pessoas agem e sentem de forma diferente umas das

outras nas relações sociais. Desta forma o ensino da língua estrangeira

colabora com o dialogismo em sala de aula, uma vez que alunos, professor e

texto se intercalam na constituição dos enunciados e do conhecimento através

de situações de comunicação oral e escrita nas atividades individuais e

coletivas. Ainda as Diretrizes Curriculares do Paraná (PARANÁ, 2008)

menciona que ao estudar uma língua estrangeira, o aluno aprende como

entender melhor a realidade, a cultura do outro e também construir a sua

própria identidade, reconhecendo-se como agente social, percebendo as

possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive

e as transformações sociais.

Tedesco (ibidem) também destaca que a política e a prática pedagógica

precisam se fortalecer como ambiente institucionalizados para promover a

interação individual e em pares e também construir diferentes formas de

comunicação. Ela ainda menciona a necessidade de profissionais que tenham

perfis e conhecimento para desenvolver aprendizagens individualizadas e

coletivas, utilizando as tecnologias disponíveis nas escolas.

Vivemos uma nova realidade no contexto da educação brasileira. Com o

avanço da ciência e da tecnologia, o ambiente escolar de uma maneira geral

ficou com enorme desvantagem em relação a outros segmentos de trabalho

que proporcionam condições de avançar no que diz respeito aos recursos

tecnológicos existentes. Segundo Papert (1986 apud TERUYA, 2006) o

computador conquista o universo pedagógico como fonte do saber e da

sabedoria. Ele é inserido no processo de ensino-aprendizagem como elemento

eficiente na construção do saber de forma espontânea, lúdica e livre, pois

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nossos alunos são criativos, gostam de utilizar ferramentas tecnológicas no dia

a dia.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a utilização dos

computadores como instrumento de mediação no processo de construção do

conhecimento, abre um leque de possibilidades como: interação com uma

grande quantidade de informações em diversas áreas do conhecimento,

cooperação entre alunos, cria soluções, compartilha dados, favorece

aprendizagem ativa. Mediante tantas possibilidades, se faz necessário que a

escola crie possibilidades para interação entre a tecnologia e o ensino

aprendizagem.

Dentro deste contexto, dividimos as próximas seções em três momentos.

Primeiramente apresentaremos uma breve descrição sobre webquest e tumblr

como ferramenta para a proposta pedagógica a ser desenvolvida; Dialogismo e

responsividade no processo de leitura na construção do conhecimento;

finalizando com uma discussão sobre tradução e versão.

TUMBLR E WEBQUEST

Os recursos utilizados para alcançar os objetivos propostos foram as

ferramentas tumblr e webquest, utilizando então, a internet de forma criativa,

investigativa e promovendo um diálogo entre alunos, professor, sociedade e

textos da internet. O tumblr é um sistema de rede social e micro-weblog que

permite aos usuários compartilhar links, textos, vídeos e áudio. Por meio desta

ferramenta foram coletados dados sobre o aproveitamento dos alunos, sendo

utilizado como forma de registro sobre as reações dos mesmos diante das

atividades propostas no conteúdo deste projeto, que também serviram como

ponte neste diálogo.

O conceito de webquest, por sua vez foi criado em 1995 por Bernie

Dodge, professor estadual da Califórnia (EUA) tendo como proposta

metodológica o uso da internet de forma criativa, sendo uma atividade onde as

informações com as quais os alunos interagem provêm da internet. Neste

contexto foi criado uma webquest onde o professor determinou a atividade,

informou o software, definiu a forma na qual a informação deveria ser

organizada, sugeriu os recursos (os endereços de sites, páginas da web) e

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esclareceu como o aluno seria avaliado. Sendo assim, esta ferramenta pode

contribuir com o desenvolvimento do dialogismo e responsividade entre alunos

e professor. Na sequência apresentamos definições sobre estes termos.

DIALOGISMO E RESPONSIVIDADE

Considerando esta proposta de diálogo , a leitura de texto é

imprescindível para a construção de sentidos. É através dela que muitas vezes

se estabelece o diálogo, oportunizando assim o diálogo em sala de aula, onde

o aluno manifesta-se socialmente expondo suas ideias sobre as marcas

estabelecidas no texto, onde ele pode apresentar suas afinidades e as

divergências que consegue perceber dentro do mesmo. Assim sendo, o leitor

constrói sentidos e muitas vezes deixa claro através da seleção de textos o

contexto social em que vive e também suas preferências. Quando se faz

menção a respeito de interação em sala de aula, o professor é fundamental

como mediador entre o texto e o leitor, portanto é relevante que o professor

estabeleça esta interação para garantir a compreensão e a relação entre o

texto e o mundo exterior. No momento em que o trabalho foi apresentado aos

alunos, muitos deles questionaram o porquê da música sertaneja e não outros

ritmos. Para esclarecer a escolha foi apresentado a questão cultural da região

que moram e o interesse por rodeios, mais especificamente o rodeio de

Colorado, PR e também o gosto por músicas do gênero e trajes do estilo

Country. Entende-se como diálogo e responsividade o momento em que o

outro faz a leitura de um texto produzido, seja ele oral ou escrito. Menegassi

(2001, p.78) destaca três tipos de leitores descritos por Kato (1990).

a) o leitor que “constrói o significado com base nos dados do texto, fazendo pouca leitura nas entrelinhas” (p.40), apegando-se à extração de significados; b) o leitor que “faz mais uso de seu conhecimento prévio do que da informação efetivamente dada pelo texto” (p.40), atribuindo significado ao texto, fazendo excesso de adivinhações sem confirmar o procedimento com os elementos textuais; c) o leitor que “usa, de forma adequada e no momento apropriado, os dois processos complementarmente” (p.40), controlando conscientemente suas estratégias e construindo sentidos à leitura.

Estes três tipos de leitores que Kato descreve são os mesmos leitores

que habitualmente fazem parte de nossas salas de aula, e do contexto de

leitura presentes no cotidiano escolar. Muitos deles leem nas entrelinhas,

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alguns buscam o conhecimento prévio em seu repertório de leitura, outros

tentam adivinhar sem verificar os elementos textuais e ainda os leitores que

fazem uso adequado da leitura do texto atribuindo sentidos à leitura de forma

organizada e no momento adequado, desenvolvendo assim a leitura de

maneira produtiva e contribuindo para melhoria de visão de mundo e tornando-

se cidadão crítico e capaz de perceber o que o texto revela nas entrelinhas. Por

sua vez, Bakhtin (2003, p.294 apud MENEGASSI, 2008) afirma que ao passar

a palavra ao outro, é o fim do enunciado do indivíduo e o início do enunciado

do outro. Esse processo dialógico se dá através da responsividade, tanto a

externa como a interna, pois o indivíduo pode conversar com o outro ou

consigo mesmo sobre o texto. Bakhtin ainda menciona que em toda atividade

humana a linguagem está inserida, e o uso é multiforme, devido as mais

variadas maneiras de utilização e o contexto social a que se refere, bem como

os sujeitos que fazem o seu uso, tanto oral como o escrito.

Destaca-se que cada enunciado particular é individual, porém cada

campo de utilização da língua elabora seus enunciados estáveis, o qual

denomina-se gênero do discurso. Os gêneros por sua vez são inesgotáveis em

sua riqueza e diversidade, podemos perceber em diferentes atividades

humanas e da comunicação como textos de lei, tratados, documentos de

escritório e outros, diversos gêneros literários, científicos, publicitários, cartas

oficiais e comuns, réplicas de diálogo cotidiano. Em qualquer atividade humana

o gênero do discurso está presente e criando possibilidades para a expressão

da individualidade da linguagem diante da necessidade do homem em auto

expressar-se. Esta exposição de ideias faz uma interação de modo que o texto

ganhe amplitude e proporcione interação entre o aluno, professor e texto para

juntos ampliar o processo ensino e aprendizagem. Sendo assim, a

responsividade em sala de aula também contribui e facilita as atividades de

tradução e versão, que será discutido a seguir.

TRADUÇÃO E VERSÃO

Considerando que a interação contribui nas relações humanas, o uso do

tradutor como estratégia de ensino pode ser visto como auxílio nas aulas de

língua estrangeira. Apesar de muitos professores não aceitarem este recurso

didático ele continua sendo bastante usado e algumas pessoas utilizam a

prática da tradução para o aprendizado de uma língua estrangeira. Para melhor

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entender o significado de tradução, Campos (1996, p. 07 apud WIDDOWSON,

2000) relata que segundo os dicionários, “tradução é o ato ou efeito de traduzir”

e “traduzir vem do verbo latino traducere, que significa ‘conduzir ou fazer

passar de um lado para o outro’” e define então, que traduzir nada mais é que

isto: fazer passar de uma língua para outra, um texto escrito na primeira dela.

Assim sendo, o ato da tradução de textos em sala de aula pode ajudar o

aluno a compreender melhor as relações culturais de outros povos e contribuir

na aprendizagem da língua materna. Widdowson (1997) afirma que a tradução

colabora com a associação da língua a ser aprendida com a que já

conhecemos e também como usá-la, explorá-la e aumentar o conhecimento.

Este princípio de relação cultural naturalmente nos leva a associar a língua a ser aprendida ao que se já sabe e a usar a língua para a exploração e extensão do conhecimento. Para usar a língua, em resumo, da forma que ela é, normalmente usada. (...) Ela propicia a apresentação da língua estrangeira como uma atividade comunicativa relevante e significativa comparada a própria língua do aprendiz. Ela permite a invenção de exercícios que envolvem a solução de problemas comunicativos, problemas que exigem referência além da simplesmente linguística, que demanda habilidades linguísticas somente a tal ponto que eles sejam uma característica de habilidades comunicativas.

Partindo da proposta do projeto em trabalhar as ações com a

tradução, em diversos momentos os alunos puderam comparar esta fala de

Widdowson, onde nem sempre a tradução on line é capaz de dar conta de

recursos linguísticos ou aspectos culturais específicos. Para verificar estes

aspectos, selecionou-se um texto sobre a vida da cantora Celine Dion,

apresentado abaixo. Na sequência, foi apresentado a tradução do Google a fim

de que o aluno pudesse observar o sentido da mesma, escrevendo

comentários no tumblr.

Canadian Star

Singer. Born March 30, 1968, in Charlemagne, Quebec, Canada. The youngest

of 14 children of Adhemar and Therese Dion, she grew up in a close-knit

musical family. Her parents formed a singing group, Dion's Family, which toured

Canada when Celine was still an infant. They later opened a piano bar, where

the five-year-old Celine would perform to the delight of customers.

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(Celine Dion. (2012). Biography.com. Retreived 02:48,Sep 27, 2012 from

De http://www.biography.com/celine-dion-9542123)

canadense Estrela

Singer. Nascido 30 de março de 1968, em Charlemagne, Quebec, Canadá. O

mais novo dos 14 filhos de Adhemar Dion e Therese, ela cresceu em uma

família muito unida musical. Seus pais formaram um grupo musical, Família

Dion, que visitou o Canadá quando Celine ainda era um bebê. Mais tarde, eles

abriram um piano bar, onde a Celine cinco anos de idade, iria realizar para o

deleite dos clientes.

(Celine Dion. (2012). Biography.com. Retirado 02:48, 27 de setembro de 2012

a partir de http://www.biography.com/people/celine-dion-9542132)

Os comentários dos alunos revelaram níveis diferentes de leitura, conforme

previu Kato (1990). No exemplo a seguir, o aluno A, diz:

Analisando a biografia da cantora Celine Dion que foi postada no Zunal, percebi que a tradução não se adequava muito ao texto original. Na maioria das vezes eram fatos simples, porém nestas vezes o texto pode perder seu verdadeiro sentido.

Por exemplo, o título do texto é “Canadian Star” e a tradução foi feita como “canadense Estrela”. Esse já é o primeiro erro. O correto, em minha opinião, é “Estrela canadense”. Outra parte muito simples, mas ao mesmo tempo importante, é o fato de estar colando algumas palavras no masculino enquanto se está falando da cantora. Algumas preposições (e etc.) também estão faltando ou estão no lugar errado.

As traduções podem não saírem iguais, e isso acontece várias vezes. No meu ponto de vista, talvez a seguinte tradução seja a adequada:

Cantora. Nascida 30 de março de 1968, em Charlemagne, Quebec, Canadá. A mais nova dos 14 filhos de Adhemar e Therese Dion, cresceu em uma família de músicos. Seus pais formaram uma banda, Família Dion, que fez uma turnê pelo Canadá quando Celine ainda era um bebê. Mais tarde, eles abriram um piano bar, onde a Celine aos cinco anos de idade, iria cantar, para a satisfação dos clientes.

Percebe-se que este aluno conseguiu fazer a leitura descrita por Kato

(1990), quando diz que o leitor entende, constrói sentidos à leitura. A aluna B

faz a seguinte definição:

A tradução é a letra tirada da original e já a versão é a música original de onde é tirada a tradução adaptada a nossa língua.

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A aluna B, faz a leitura mencionada por Kato (1990), no sentido que o

significado construído é apenas com base no texto, a leitura pelas entrelinhas

é muito pouco, deixando-se levar tão somente pelo significado.

Mesmo sabendo que a tradução permite facilidades para aprender uma

língua estrangeira, muitas palavras não possuem uma equivalência exata em

outra língua, é preciso entender o conceito que ela expressa para explicar o

sentido e não tornar-se um comentário sem nenhuma fundamentação no texto.

Podemos dizer que a tradução acontece em nossa vida desde que

aprendemos a falar, pois estamos traduzindo as palavras, sem saber. Esta por

sua vez, é uma atividade nata, ela pode ser realizada através da conversa com

a família, até mesmo quando a criança reconhece rótulos e desenhos que são

apresentados a ela na rotina diária. Desta forma a tradução é um recurso muito

usado em língua estrangeira e na língua materna de maneira interacional,

porém, às vezes é preciso que se faça o uso da versão para melhor

entendimento e coesão do texto. O dicionário Aurélio traz o significado de

versão como uma variante de alguma coisa original. No contexto de

documentos, geralmente uma versão sempre é uma melhoria da versão

anterior, sendo que o original é o mesmo evoluído. Geralmente se chama de

cópia uma versão idêntica ou muito semelhante à original. Nos textos em sala

de aula ou até mesmo fora dela a versão é bastante utilizada, principalmente

quando se trata de música, pois muitas precisam deste recurso para ter coesão

e ritmo.

Uma das atividades da webquest foi solicitar que os alunos escrevessem

a diferença entre tradução e versão, após algumas atividades propostas

comparando a letra original de uma música, a tradução do Google tradutor e

uma versão em português. Esta proposta tinha como objetivo levar o aluno a

dialogar com os textos e seu conhecimento de mundo.

O aluno C, descrito a seguir, demonstra capacidade de inferir no

conteúdo apresentado construindo sentido a leitura. Ele é capaz de comparar

os textos e verificar as mudanças em um diálogo com seu próprio

conhecimento, como pode ser observado na sequência.

A partir dos vídeos apresentados eu concluo que a diferença entre tradução e versão é que, como a tradução segue a risca o significado das palavras, acaba-se perdendo ritmo e rimas que na língua original eram naturais. A partir dessa dificuldade cria-se uma versão da música, onde é adaptado algumas partes ou mesmo quase

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toda a música porém, não prejudicando o seu sentido mas, trazendo-a a algo mais aceitável em questão de letra e ritmo para a nossa língua. (Aluno C)

O aluno D, por sua vez, construiu o significado apenas com base nas

atividades propostas previamente, não demonstrando ir além e ler nas

entrelinhas, como podemos observar.

tradução é a letra da musica passada para um idioma diferente a versão utiliza a tradução e são colocadas palavras para dar um sentido a música e também ritmo!!! (aluno D)

Em um outro momento, foi proposto que os alunos comparassem

algumas músicas na forma original em inglês, a versão em português, o texto

do Google tradutor e a tradução do site Vagalume, solicitando que eles

fizessem comparações e escrevessem no tumblr seu texto. As respostas foram

semelhantes, mas cada aluno se expressou de forma diferente, alguns com

conclusões objetivas e outros expressando um dialogo maior entre os textos e

conhecimento prévio.

Os alunos E e F revelam conclusão objetiva, afirmando que

a tradução do vagalume não é igual a do google tradutor (aluno E) e de um site

para outro a tradução fica diferente ou seja tem divergências de um site para

outro (aluno F).

O aluno G, demonstra surpresa ao observar que cada tradução pode ser

diferente, dizendo: ual mais a maioria das palavras são todas diferentes, as

letras das músicas cada uma tem diferença.

Uma outra aluna, além de conseguir observar a diferença entre as duas

fontes, também se posiciona diante do texto, dizendo:

A tradução do site vagalume não esta igual a do Google tradutor pelo fato de serem sites diferentes, a melhor tradução das músicas sempre é a do Vagalume porque é uma tradução fiel da música, já no Google Tradutor algumas palavras não se encaixam exatamente com a frase. Por isso devemos ficar atento com traduções que fazemos no nosso dia a dia e que sites usamos.

Esta aluna demonstra entendimento quanto a fidelidade da tradução e

ainda menciona que devemos estar atentos em relação as traduções que

fazemos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Esta implementação pedagógica teve como objetivo mostrar aos

alunos que a tradução on line pode auxiliar na aprendizagem de língua inglesa

de maneira significante, especialmente na aquisição de vocabulário, coesão e

coerência nos textos, conhecimento cultural através da música, participação

individual e colaborativa no grupo, além disto, foi um trabalho diferente do

cotidiano de sala de aula. A clareza na apresentação das ações, onde

deveriam postar seus textos, motivou os alunos a participarem efetivamente.

Mesmo enfrentando dificuldades, no que diz respeito a acessar

os recursos tecnológicos no laboratório de informática da escola, ter que levá-

los a lan house, o fato de usar o computador nas atividades propostas como

rotina, tornaram as aulas mais atrativas e prazerosas, evidenciando assim que

o tradutor como ferramenta nas aulas de inglês é sinal de apoio. Com isto

conclui-se que é possível adaptar este projeto a realidade de outras turmas e

disciplinas diferentes, para que o ensino/aprendizagem seja mais dinâmico e

eficaz nas escolas públicas.

Para que esta realidade fosse positiva foi imprescindível a

participação e colaboração da professora orientadora da IES durante todo

período em que se deu esta capacitação. Espera-se que este trabalho possa

servir como incentivo a outros professores da rede pública realizar atividades

onde o aluno participe de maneira mais prazerosa, e os professores se

aventurem em atividades mais próximas a realidade dos alunos, utilizando a

tecnologia no cotidiano das salas de aula, pois o objetivo deste trabalho foi

alcançado.

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