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Coluna Contando a Nossa História Notícias do Brasil Batista Missões Nacionais Missões Mundiais Cristianismo Batista no Piauí: IB Corrente (1903) e IB Santa Rita (1904) Página 06 Trans Capixaba muda a realidade de São Roque do Canaã - ES Página 09 Debutantes do Projeto Novos Sonhos - SP ganham festa de 15 anos Página 07 Gravidez precoce na Guatemala é tema nesta edição Página 11 ISSN 1679-0189 Ano CXVI Edição 26 Domingo, 25.06.2017 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 26 de junho: Dia do Missionário Batista Há 110 anos evangelizando o Brasil e o mundo Foto: Selio Morais

Trans Capixaba muda a realidade da 26 de junho: Dia do ... · Todo cristão é um missio-nário, pois carrega consigo a missão de espalhar as Boas Novas a todos. Contudo, ... do

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o jornal batista – domingo, 25/06/17

Coluna Contando a Nossa História

Notícias do Brasil Batista

Missões Nacionais

Missões Mundiais

Cristianismo Batista no Piauí: IB Corrente (1903)

e IB Santa Rita (1904) Página 06

Trans Capixaba muda a realidade de São Roque

do Canaã - ES Página 09

Debutantes do Projeto Novos Sonhos - SP

ganham festa de 15 anos Página 07

Gravidez precoce na Guatemala é tema

nesta ediçãoPágina 11

ISSN 1679-0189

Ano CXVIEdição 26Domingo, 25.06.2017R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

26 de junho: Dia do Missionário BatistaHá 110 anos evangelizando o Brasil e o mundo

Trans Capixaba muda a realidade da cidade de São Roque do Canaã - ES

Foto: Selio Morais

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2 o jornal batista – domingo, 25/06/17 reflexão

E D I T O R I A L

Multiplique o Amor de Deus até que Ele venha!

Ser missionário é ser um comunicador de sua fé, é mostrar com a própria vida o Deus

a quem serve, é viver o que se prega, é dar vida às pala-vras contidas na Bíblia. É in-terceder, ir, colaborar finan-ceiramente, disponibilizar dons e talentos, renunciar sonhos e planos, é cumprir o Ide do Senhor no local e tempo direcionado por Ele. É simplesmente ser obediente por amor.

Ser missionário é abrir mão. Abrir mão do confor-to do lar, da proximidade com a família, da diversão aos fins de semana, de estar entre amigos, dos costumes do seu país, para um bem maior, a salvação de vidas que estão perdidas no impé-rio das trevas e trazê-las para a Luz, que é Jesus Cristo.

Todo cristão é um missio-nário, pois carrega consigo a missão de espalhar as Boas

Novas a todos. Contudo, cada pessoa será usada de forma específica. Da mesma maneira que para um corpo funcionar é necessário que cada órgão, célula, faça o seu trabalho, missões tam-bém funciona dessa manei-ra. Jesus não vai voltar à Ter-ra para ir na sua vizinhança, no seu trabalho, faculdade, família. Ele colocou você lá para ser um pequeno Cristo diante daqueles que estão ao seu redor.

Existem muitas formas de cumprir a ordenança do Se-nhor, inclusive, em silêncio. Porém, muitos dos nossos irmãos foram chamados para ir a outros estados, conhecer outros povos, outras línguas e culturas e mudar sua vida para viver em outra Nação. E são esses irmãos que con-tam com nosso sustento em orações e ofertas. Se você não pode ir aos campos mis-sionários, não tem proble-

ma. Você pode contribuir de diversas formas, como, por exemplo, colaborando financeiramente para o sus-tento do obreiro no campo, bem como suas despesas e a manutenção dos projetos de-senvolvidos no local. Você também pode ser um inter-cessor, unindo-se a diversas pessoas espalhadas pelo Bra-sil e pelo mundo, em clamor por Missões. A Bíblia fala em Tiago 5.16b, que “A oração do justo pode muito em seus efeitos”. Precisamos inter-ceder pelos nossos irmãos missionários, que vivem pela fé e pelo Reino, em prol de ganhar mais pessoas para Cristo e de obedecer ao Seu chamado.

Através da Junta de Mis-sões Mundiais (JMN), 1.500 missionários anunciam o Evangelho de Jesus nos cin-co continentes. Eles traba-lham com evangelização, plantação de Igrejas e de-

senvolvem projetos sociais. Já a Junta de Missões Na-cionais (JMN), mantém 700 agentes espalhados pelo país para realização de ati-vidades evangelísticas e humanitárias. Já são 110 anos de trabalho missio-nário realizado pelo povo Batista, que a cada vez mais tem se levantado em prol da evangelização.

Lembre-se: todos nós, cris-tãos, somos vocacionados e chamados para fazer parte, seja através de oração, con-tribuição financeira, ou até mesmo atuando nos campos missionários. E o mais im-portante, que a sua vida seja um testemunho do que Cris-to fez e faz na vida de quem O recebe. Como você tem vivido missões? Com certeza Ele quer usar a sua vida com as características únicas que Ele gerou em você. Seja luz e leve esperança até que Ele venha!

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 25/06/17reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

É possível mensurar a vida espiritual da Igreja pelo tamanho numér i co da sua

Escola Bíblica Dominical (EBD). É na EBD que mol-damos o caráter cristão dos membros da grei, e isso ocorre mediante alguns pi-lares básicos que sustentam a estrutura da Igreja. A Esco-la Bíblica pode ocorrer em outro dia da semana, porque pressupõe uma escola que estuda a Bíblia. Contudo, há “escolas bíblicas” que estudam tudo, menos a Bí-blia. Estudam assuntos que devem ser analisados pela Igreja, mas em outro contex-to, jamais na EBD. É possível estudar autoajuda, usando livros de autores modernos, em outro horário, não no momento da Escola Bíblica. O aprofundar conhecimen-to bíblico dos membros da Igreja é alvo a ser persegui-do sempre pela EBD.

Cleverson Pereira do Valle – pastor, colaborador de OJB

Ganhei o exemplar do Livro “Rela-cionamento Dis-c ipulador”, de

Diogo Carvalho, que tem como subtítulo: “Uma Te-ologia da Vida Discipular”. Relacionamento Discipula-dor faz parte dos Princípios da Igreja Multiplicadora, que são: Oração, Evangeli-zação Discipuladora, Plan-tação de Igrejas, Formação de Líderes e Compaixão e Graça.

A literatura a ser usada deve ser comprometida com a Bí-blia, suas verdades e as dou-trinas que nos distinguem. Não basta uma apresentação gráfica primorosa, é preci-so estar atento ao conteúdo doutrinário. Há muita litera-tura no mercado, mas nem todas são confiáveis e servem como currículo para a EBD de uma Igreja Batista. Caso ocorra ausência de literatura confiável, o melhor cami-nho a seguir é usar o próprio texto bíblico para estudo em classe. Claro que isso exi-ge professores previamente preparados para ministrar; mestres que conheçam a gra-mática da língua pátria para não oferecer interpretações espúrias ao texto bíblico. As heresias que surgem em nos-sos arraiais, especialmente na área do louvor, cânticos bai-xados da internet, carregados de erros gramaticais, vazios de doutrinas, não compro-

O nosso chamado primor-dial é fazer discípulos (Ma-teus 28.18-20). Diogo Car-valho, diz: “Poucos membros das nossas Igrejas podem dizer que já produziram um novo discípulo ou que, atual-mente, estão no processo de produzir um”.

O livro tem duas partes, a primeira abrange os quatro primeiros capítulos, que revê conceitos sobre discipulado. Na segunda parte, analisa o discipulado moderno x dis-cipulado de Jesus.

No primeiro capítulo do livro diz que precisamos ser

metidos com a Bíblia, ao serem repetidos à exaustão fazem da mentira, verdade. O comércio musical não tem compromisso com a verdade bíblica, pois o seu alvo é a conta bancária. O individuo anda sobre as águas, sobe nas nuvens, escala montanhas, cavalga arco-íris e entra no céu sem Jesus.

A Igreja precisa investir nos professores da EBD com cursos de reciclagem, uma excelente biblioteca e troca de experiências contínua. Um professor bem preparado responde por boa parte do sucesso da EBD. Vida prática, família, compromisso com o programa educacional da Igreja, o fato de ser fiel na devolução dos dízimos do Senhor são questões mínimas que se espera do professor da EBD e de todos os salvos.

Na área infantil, a exigên-cia é maior. Não é qualquer membro da Igreja que serve

claros e específicos quanto a tarefa de fazer discípulos. É necessário entender o que é discipulado, praticar e exem-plificar o discipulado, ser claro e específico sobre o que implica discipular alguém e instrumentalizar a Igreja para a multiplicação de discípulos em escala.

No segundo capítulo, o autor explica o que significa fazer discípulos. Ao expli-car, ele diz que é “Conduzir pessoas à salvação” e que “O discipulado envolve o relacionamento intencional, que resulta em conversão e

como professor de crianças. A vida cristã que leva tem in-fluência permanente na vida dos alunos. Professores de crianças que improvisam não devem ser admitidos. Que só chegam atrasados, nem pensar. As crianças merecem o melhor da Igreja; um local adequado, equipamentos próprios à idade, literatura agradável, linguagem sã, pro-fessores que levam a sério a postura no vestir e, especial-mente, que tenham amor aos pequeninos. Os professores de crianças precisam ver em cada aluno um cristão ma-duro que dará bons frutos no futuro.

É uma honra servir como professor da EBD. Além de estudar a Bíblia, a Escola Bí-blica objetiva evangelizar os não salvos que frequentam a Igreja. Cada lição, inde-pendente do assunto, há que ser encerrada com destaque evangelístico. Sempre é pos-

aperfeiçoamento ao longo de uma caminhada”.

Quando chega ao terceiro capítulo, a preocupação do autor é a respeito da estra-tégia discipular de Jesus. No quarto capítulo é apresentada esta estratégia de discipulado não como um programa, mas um jeito de ser. É algo que deve acontecer naturalmente, é como nossa respiração.

A segunda parte, que tem início no capítulo 5 e vai até o 13, trabalha com a compa-ração do discipulado de Jesus e o discipulado moderno. A proposta é responder algu-

sível a aplicação evangelísti-ca, não importa o assunto es-tudado. Por isso, a EBD deve ser maior em número do que a membresia da grei. Hoje isso não ocorre. Os salvos preferem as “celebrações” em detrimento do estudo bíblico sério e responsável. O resultado dessa prática preguiçosa tem se revelado nefasto, em termos práticos, para o Reino de Deus. Muito louvorzão e pouco de Bíblia.

Não são muitos os sal-vos capazes de apresentar a razão do que crê (I Pedro 3.15). Não sabem distinguir a verdade bíblica das men-tiras que pululam no mundo denominado evangélico. Há um abismo doutrinário entre as Igrejas denominadas cris-tãs. A EBD auxilia o salvo a estabelecer essa diferença. Você é convidado a partici-par da EBD, interagir e arre-banhar outros ao estudo da Bíblia.

mas dúvidas, como: “Quem é o discípulo?”; “Onde começa o relacionamento discipula-dor?”.

Entendemos que o rela-cionamento é a essência do discipulado, e quando há relacionamento é necessá-rio também solicitação de contas. Que nossos relacio-namentos possam ser inten-cionais, que criemos uma cultura de relacionamentos discipuladores. Recomendo a todos o livro “Relacionamen-to Discipulador”. E que Deus abençoe cada um de nós nes-ta tarefa discipuladora.

EBD

Relacionamento Discipulador

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Obedientes às visões divinas

“Por isso, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão ce-lestial” (At 26.19).

No seu discurso de defesa, perante o rei Agripa, Paulo descreve a visão

que teve do Cristo ressuscita-do, no caminho de Damasco. Porque ele obedeceu fielmen-te à visão dada pelo Senhor, o Reino de Deus foi estendido até ao mundo não judaico. “Paulo terminou seu discurso, dizendo: “Portanto, ó rei Agri-pa eu não desobedeci à visão que veio do céu” (At 26.19).

A narrativa bíblica nos en-sina que Deus Se revelou através de visões. Visões que aconteciam durante o sono e visões percebidas de olhos abertos, na vida diária - como foi o caso de Paulo. O Se-nhor usa o recurso da visão

para aprendermos diferentes dimensões da Sua realidade. Para encorajar e para for-talecer, para nos estimular em nossa jornada cristã. As visões podem ser através de símbolos complexos ou po-dem nos declarar o que de-vemos fazer, usando ordens claras e específicas.

O termo “visão” também tem sido usado como sinô-nimo de “compreensão”, de “aprendizado espiritual”, de “ordem bem clara, para ser obedecida por nós, como testemunhas de Cristo”. O Senhor nos dá visões de acor-do com os planos que Ele tem para conosco. Como cristãos, nosso papel é o de obedecer à visão específica que o Senhor decide nos dar. Como Paulo, nossa missão é a de ser obedientes “a visão celestial”.

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

A Europa sofre com a chegada do isla-mismo. A França, que recentemente

recebeu uma grande porcen-tagem da população islâmi-ca, a pouco sofreu um ataque terrorista, e agora a popula-ção francesa vive amedron-tada pelo pavor e terror da violência com motivação religiosa. Há algum tempo atrás vimos novos ataques terroristas em Bruxelas, na Bélgica. As vítimas são con-tadas e o terror se instala em mais um país. As pessoas fi-cam assustadas e apreensivas diante de tamanha violência.

A Europa está imersa em uma grande crise existencial, quando as pessoas não que-rem nem ter filhos, só pensam em dinheiro, em viagens e fama. Elas vivem sem esperan-ça, pensando que encontrarão paz e esperança naquilo que

o dinheiro pode lhes dar. A França é um dos países que mais consome medicamentos psicoativos, pois a população sofre um epidemia de depres-são e síndrome do pânico. A França sofre um esfriamento total da fé cristã. Igrejas estão sendo fechadas e transforma-das em bares, lanchonetes e boates. Nós agora estamos (re) evangelizando a França e demais países europeus.

Espanha, Portugal e demais países da Europa sofrem as ações do secularismo e do es-friamento da fé cristã. As pesso-as vivem sem nenhuma busca espiritual e acham isso normal. As pessoas na Europa vivem um pós-cristianismo, ou seja, eles acham e vivem pensando que não precisam mais de Jesus, da fé crista, da experiência comu-nitária e da instituição Igreja. A religiosidade na Europa, hoje, é uma questão de foro ínti-mo, e nas escolas e nas ruas é proibido falar qualquer coisa a respeito de religião.

Assistimos uma crise hu-manitária de larga escala. Os refugiados fogem das guerras civis, políticas e religiosa. Fogem da fome, de liderança autoritárias e desumanas. Os refugiados saem em botes e atravessam noites de frio e dias de fome para chegar até a Europa buscando abrigo e acolhida. Milhares de vidas estão morrendo na busca de uma vida melhor. A foto daquela criança síria morta à beira da praia chocou o mundo, mas nem lembramos mais das pessoas que pade-cem precisando de ajuda. Milhares de pessoas estão fugindo com a esperança de uma vida melhor, mas ainda não conhecem a Jesus, a real esperança.

Oremos para que nossos missionários levem Jesus, a nossa esperança, à Europa. Oremos para que os países da Europa coloquem a espe-rança em Jesus, o Senhor e Salvador.

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

O que é mais impor-tante, vida cris-tã ou estratégia? Está claro que é

vida cristã, mas a estratégia também faz falta. Em nossos dias, tendo em vista a pulve-rização originada pela pós--modernidade, temos Igrejas colaborando financeiramente com nossos organismos Ba-tistas e, outras, fazendo Mis-sões por conta própria. Te-mos Igrejas usando reunião de pequenos grupos nos lares como tarefa missionária. Em

uma região do estado de São Paulo, há um movimento chamado MDA, dividindo as Igrejas. Mal sabem que não inventaram nada, pois o método de reunião nos lares foi criado pelos coreanos, no período do domínio japonês, visando impedir o desapare-cimento dos laços e da cultu-ra coreana. Foi por isso que a Igreja Pentecostal Coreana tornou-se a mais populosa do mundo atual.

Para ressaltar o valor da união de ambos os fatores, lembremos o episódio re-latado por um dos maiores escritores do século XX. Um

oficial do exército russo, es-creveu uma carta ao ditador Stalin, reclamando dos maus tratos dados pelos oficiais aos soldados na luta contra os alemães. Preso, escreveu volumosos livros relatando a experiência dolorosa da prisão. O único livro, rela-tivamente pequeno, foi a experiência vivida com um jovem Batista, que dividia com ele e mais três ocupan-tes, a pequena cela escura da prisão. O jovem é citado três vezes no livro.

A primeira vez ele relata: “Cinco e meia da manhã. Trinta graus abaixo de zero.

Alioshka (o Batista), lê seu Novo Testamento escondido em um buraco na parede. Depois durante meia hora, ora por todos nós”.

Na segunda citação rela-ta: “Sete horas da manhã, o capataz agride os atrasados. Alioshka - e repete que ele é Batista -, é o primeiro da fila com sua picareta, instrumen-to de trabalho. E informa: 25 graus abaixo de zero”.

Por último, ele escreve: “Marchamos em direção ao campo, 20 graus abaixo de zero, olho para o rosto de Alioshka, o sol forma cris-tais na grama, ele me sorri,

ele é o único feliz entre nós. O seu Cristo lhe basta”.

O livro, desse premiado Nobel em literatura, é pas-sado por amigos, fora da prisão. A Universidade de Paris é a primeira a publicar. Calcula-se que cerca de 200 universidades o traduziram. Alioshka fez Missões, de uma prisão do mais podero-so império daquela época, a milhões de almas. Esteve preso por 15 anos, conde-nado por copiar páginas das Escrituras, e distribuí-las aos cidadãos russos. Está provado, Missões é vida e estratégia.

O mais importante em missões

Levando Esperança à Europa

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Paulo César Berberth Lima, pastor da Igreja Batista Mandacaru - Maringá - PR

“Outra (parte da semen-te) ainda caiu em boa terra. Cresceu e deu boa colhei-ta, a cem por um”. Tendo dito isso, exclamou: “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!”. Mas as que caíram em boa terra são os que, com coração bom e generoso, ouvem a palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança” (Lucas 8.8 e 15).

Estive pensando nes-tes dois versículos e, de maneira prática, como é que uma se-

mente pode produzir cem por um? Você já conheceu um cristão que foi usado por Deus na conversão de cem pessoas? Será que exis-tem alguns evangelistas e pregadores com poderes sobrenaturais para alcançar esse feito? Ou isso pode

José Manuel Monteiro Jr., pastor da Igreja Batista do Paiva - São Gonçalo - RJ

O maior vulto do cristianismo de-po i s de J e su s Cristo, o apósto-

lo Paulo, estava saindo da cidade de Éfeso rumo a Je-rusalém, quando escreveu o seu maior tratado teológico, a carta aos Romanos. Nela, ele faz menção ao poder do Evangelho (Romanos 1.16). “Pois, não me envergonho do Evangelho, porque é o Poder de Deus para a salva-

acontecer na vida de qual-quer um cristão? A resposta é simples, todos nós pode-mos ser usados por Deus, a única condição é se permitir ser usado por Ele e estar disposto a falar do Amor de Deus.

Digamos que uma pessoa ensine a dez pessoas sobre Jesus e elas se convertam; e se cada uma dessas dez pessoas ensinar mais outras dez pessoas sobre Jesus, e elas se converterem tam-bém, conforme este simples cálculo, podemos dizer que uma semente gerou cem frutos. Mesmo sem cálculos matemáticos, eu conheço famílias de cristãos que ao longo de algumas gerações foram usadas por Deus para levar centenas de pessoas à conversão. Isso é maravilho-so! Contudo, a minha ênfase não está na quantidade dos frutos, mas sim na disposi-ção de cada um de nós em servir e trabalhar em prol do

ção de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”.

Neste verso, Paulo expõe as razões pelas quais ele não se envergonha do Evangelho. A primeira razão diz respei-to à origem do Evangelho, que é o poder de Deus. Ele não emana da terra, mas do céu. Segundo, seu propósito. Nada neste mundo tem o poder de transformar o ho-mem, a não ser o Evangelho. Não há coração tão duro que o Evangelho não possa alcançar. Terceiro, por sua condição. O Evangelho esta-

Reino de Deus. Como disse o apóstolo Paulo: “Tudo faço por causa do Evange-lho, para dele me tornar coparticipante” (I Co 9.23).

Cada um de nós tem o potencial de ser usado por Deus na conversão de cem ou até de mais pessoas. Mas, temos que nos dispor, perseverar e deixar Deus nos usar. Temos que con-tinuar semeando o Evange-lho, porque a “Fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo” (Rm 10.17), que é o Evangelho. É Deus quem dá o crescimento, você será apenas o instrumento. É o que deseja?

Com toda certeza, existe uma colheita “cem por um”, só esperando você falar com seu colega, vizinho, paren-te, conhecido, desconhe-cido ou amigo. Aproveite as oportunidades de Deus para ser bênção. Afinal, que diferença você faz, se você não faz diferença?”.

belece uma condição para a salvação: a fé em Jesus Cristo.

Em Atos 8.1-8, temos o re-lato da dispersão dos crentes e a consequente divulgação do Evangelho. Também su-blinha o nome de Saulo, o perseguidor da Igreja. Vamos elencar alguns pontos, com base neste texto, acerca do poder do Evangelho de Jesus Cristo. O Evangelho de Jesus é poderoso porque:

Em primeiro lugar, tira de nós a acomodação (Atos 1.8; 8.1). Na grande comissão, Jesus disse aos discípulos que fossem pelo mundo e fi-

zessem discípulo de todas as nações. Antes do Pentecos-tes, Jesus instrui aos apósto-los a serem testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra. Na providência de Deus, a per-seguição que seguiu a morte de Estêvão levou os crentes para Judeia e Samaria, uma vez que eles estavam acomo-dados em Jerusalém.

Em segundo lugar, nos identifica com a Pessoa de Cristo (Atos 8.5). Filipe anun-ciava a Cristo. Ele ensina que o Evangelho não está descompromissado com a

Pessoa de Jesus Cristo. Temos pessoas que tem seus nomes no rol de membros de uma Igreja, mas que ainda não se converteram a Cristo. São pessoas que entraram para o Evangelho, mas o Evangelho ainda não entrou nelas.

Em último lugar, livra o homem do império das tre-vas (Atos 8.7). O Evangelho arranca o homem das cadeias da condenação e do diabo, e concede-lhe libertação. William Hendriksen afirma: “Ser salvo significa ser eman-cipado do maior mal e rece-ber a posse do maior bem”.

Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB

Grande e extensa é a obraE longe uns dos outros nós estamos. Separados nada produzimosE nenhum dos alvos alcançamos.

Ajuntai-vos para a grande obra;De mãos dadas vamos sem temor. Nosso Deus pelejará por nós. Vamos que a trombeta já soou.

Vamos reunir as nossas forçasE os inimigos derrotar. Vamos conquistar toda a searaPois a nossa fé, “Ele valerá”.

Juntos nós seremos invencíveis;Nossos alvos vamos alcançar. Cantaremos a nossa vitóriaE ao nosso Deus vamos louvar.

Semente cem por um

O poder do Evangelho de Jesus Cristo

Ajuntai-vos para a grande obra

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Os Batistas, como vimos nas colu-nas anteriores, c h e g a r a m a o

Brasil em meados do século XIX, com a missão Bowen, que não teve sucesso. Um grupo de Batistas do Sul che-gou a Província de São Pau-lo, onde organizaram a Igreja Batista Santa Bárbara (1871) e a Igreja Batista da Estação (1879). Estas Igrejas pediram a Convenção Batista do Sul o envio ao Brasil de missioná-rios, chegando os primeiros casais - Ann Luther e William Buck Bagby (1881) e Katha-rin e Zachary Clay Taylor (1882) - os quais passaram um ano na colônia apren-dendo a língua nacional com o pastor brasileiro Antônio Teixeira de Albuquerque e se aclimatando à cultura. Os dois casais missionários, acompanhados da família de Teixeira de Albuquerque se dirigiram à Salvador - BA, onde iniciaram a proclama-ção do Evangelho e orga-nizaram a Igreja Batista da Bahia (1882), com cinco membros com cartas das Igreja Batista Santa Bárbara - SP. Consolidada a Igreja na Bahia, o casal Bagby e Mary O´Rourke se dirigiram para o Rio de Janeiro, onde o ca-sal plantou a Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro (1884), que cresceu. Nessa época, Bagby voltou a pas-torear a Igreja Batista Santa Bárbara, viajando periodica-mente. Teixeira de Albuquer-que retornou a Maceió - AL, onde pregou o Evangelho a amigos e familiares e, com auxílio de Zacarias Taylor, organizou a Primeira Igreja

Batista Maceió (1885). A PIB Maceió enviou Wandragesi-lo Mello Lins ao Recife, onde iniciou uma missão, que foi organizada em Igreja (1886), com seis membros.

A cidade de São Paulo (1892) recebeu seis mis-sionários - os casais James Jackson Taylor e James Lio-nel Downing e as senhori-tas Mary Bowden Wilcox e Edith Stenger -, os quais se empenharam na pregação do Evangelho e organizaram a PIB São Paulo (1899).

Um pioneiro Batista che-gou ao Amazonas (1891), so-zinho e sem apoio de qual-quer missão. Contactando o missionário Bagby, recebeu apoio da missão Batista e a presença do missionário Sa-lomão Ginsburg, que foi ao estado do Pará, batizando os convertidos e organizando a Primeira Igreja Batista de Belém (1897).

Esta era a situação no fi-nal do século XIX, havendo incursão de missionários nos estados de Goiás, Mi-nas Gerais e Espirito Santo, mas sem missão estabele-cida, quando um incidente aproximou o missionário Zacarias Taylor do senador Joaquim Nogueira Parana-guá, na cidade de Barra do Rio Grande, no Piauí. O padre Júlio, vigário, de Barra do Rio Grande, havia pre-meditado mandar jogar o missionário Taylor no Rio São Francisco, quando esse fosse embarcar no barco que o levaria de volta a Salvador, sua base de trabalho. O se-nador Paranaguá, tomando conhecimento da trama, buscou as autoridades da ci-

dade e impediu o atentado, inclusive, embarcando no mesmo barco com destino a Salvador. Na viagem iniciou conversa com o missionário e se tornaram amigos. Duas caixas de Bíblias e de Evan-gelhos de Mateus e de Lucas foram adquiridos e enviados para à família em Corrente, no interior do estado, para serem usados como livros textos na escola mantida pelo senador.

As Bíblias e os Evangelhos foram lidos com sofregui-dão, em particular pelo co-ronel Benjamin Nogueira Paranaguá, irmão gêmeo de Joaquim Paranaguá, que foi o primeiro a se converter. A conversão de Benjamin Paranaguá levou-o a pregar o Evangelho a todos os fa-miliares e amigos. Não tinha treinamento, mas tendo sido aluno de Seminário Católico na adolescência, possuía raciocínio lógico e rápido e expunha com clareza a mensagem de Cristo e fazia longas leituras dos Evange-lhos e das Cartas Paulinas. O seu irmão Joaquim escreveu ao missiono Taylor, pedindo para enviar um pastor a Cor-rente, para batizar aqueles que se haviam declarado cristãos. No início de 1902, o missionário Alonzo Ernes-to Jackson chegou a Corren-te e batizou ali o coronel Benjamin Nogueira e mais 13 convertidos. A viagem do missionário Jackson aos Estados Unidos retardou o batismo de outros candida-tos. O missionário Jackson, ao retornar das férias, fixou residência em Santa Rita e fez viagens a Corrente,

onde, em 10 de janeiro de 1904, com 25 membros, organizaram a Igreja Batista de Corrente - PI, sendo o missionário Ernesto Alonzo Jackson eleito pastor; os ir-mãos Antônio e Benjamin Nogueira Paranaguá, diáco-nos; Joaquim Nogueira de Carvalho, secretário; e Jose Joaquim de Oliveira, tesou-reiro da Igreja. Nessa mesma data foi inaugurado o Colé-gio Correntino Piauhiense, dirigido pela professora Miss Juliete Barlow, vinda dos Estados Unidos, às expensas dos irmãos Nogueira Para-naguá. Em 01 de janeiro de 1905 foi organizada a Igreja Batista de Santa Rita.

O diácono Benjamin No-gueira fazia viagens missio-nárias periódicas a locali-dades distantes até 200 Km para pregar o Evangelho a amigos e conhecidos, sem-pre acompanhado de dois ou três outros membros da Igreja. Esse fato gerou opo-sição de padres católicos, que iniciaram perseguição aos crentes, somente sendo dissuadidos pela influência da família Nogueira. O mis-sionário Jackson fazia longas viagens e em 1906 viajou 1920 km, chegando ao es-tado de Goiás, onde pregou o Evangelho nas cidades de Porto Nacional, Nativida-de, Duro e outras cidades. O gêmeo de Benjamin, Jo-aquim, embora houvesse participado das atividades da implantação do Evange-lho e adquiridos as Bíblias, não se convertera, levando algum tempo para entregar a vida a Cristo, mas quando o fez, dedicou sua vida ao

Senhor, tornando-se diácono da Igreja Batista Corrente e, transferido para o Rio de Ja-neiro, tornou-se membro da PIB Rio de Janeiro e ovelha do pastor Francisco Soren, líder da denominação, sendo eleito presidente da Conven-ção Batista Brasileira (CBB) em duas ocasiões.

No cenário político, Jo-aquim Paranaguá, que era médico, diretor de Higiene do estado do Piauí, vice--presidente do estado, de-putado Estadual, deputado Federal e senador da Repú-blica, pelo Piauí, ocupando a presidência do Senado (1910). (CRABTREE, Asa Routh. Historia dos Batistas do Brasil, Casa Publicadora Batista, p. 209-218). O casal Janete e Ernesto Alonzo Jack-son foi sucedido por Lulu e Adolph John Terry, Ura Ge-orgia e Edward Crouch, Ann e Raymond Kolb, Jose Vidal de Freitas e Augusto Carlos Fernandes, na primeira me-tade do século XX.

A relevância da organiza-ção da IB de Corrente - PI para a evangelização do es-tado do Piauí e Maranhão e de outros estados é marcada pelos filhos ilustres do local, além dos inúmeros filhos das famílias Nogueira Parana-guá, Guerra, Brito, Oliveira, Araújo e Sousa Rosa, que se espalharam pelo Brasil, em particular no Rio de Janeiro, Pernambuco e Brasília, onde ainda hoje encontramos des-cendentes nas Igrejas Batis-tas, cultuando ao Senhor e servindo na vida secular.

Ao Senhor toda honra e glória e louvor sejam dados hoje e para sempre. Amém.

O Cristianismo Batista no Piauí: IB Corrente 1903 e IB Santa Rita (1904)

Pr. Francisco

Bonato Pereira,

historiador,

da Comissão

de Historia da

CBPE e do IAHGP

- Instituto

Arqueológico

Histórico e

Geográfico

Pernambucano

Contando

a Nossa

História

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7o jornal batista – domingo, 25/06/17missões nacionais

As meninas de 15 anos assistidas pelo Projeto Novos So-nhos - SP, braço da

Cristolândia de São Paulo, vi-veram uma noite de princesa no dia 14 de junho. Através de uma parceria entre a Paris Filmes e colaboradores do projeto, elas vivenciaram o sonho de uma festa de debutante. A iniciativa foi inspirada no filme “Meus 15 Anos”, estrelado pela atriz Larissa Manoela.

A festa foi um marco para as 11 meninas, que, através do Projeto Novos Sonhos, têm tido oportunidade de melhorar sua realidade e ter novas expectativas para o futuro. O projeto, coordena-do pelos missionários Lael Rodrigues e Joana Machado, assiste crianças e adolescen-tes em vulnerabilidade social na região da cracolândia de São Paulo.

“Eu vi essas meninas crian-ças e, agora, no primeiro passo de se tornarem mu-lheres. É um sentimento de mãe que eu tenho por elas. Quando eu vi todas vestidas, maquiadas e arrumadas foi muito emocionante pra mim. Ver esse momento é um mi-lagre”, relatou a missionária Joana Rodrigues.

A iniciativa foi acompanha-da e divulgada em diversos veículos da mídia nacional, como o Jornal “Folha de São

Paulo”, o Jornal “SBT Brasil” e o site “BBC Brasil”.

Durante a noite da festa, as meninas tiveram diversos momentos especiais caracte-rísticos da festa de debutante, como entrega de anéis e dan-ça da valsa com os príncipes. O evento foi marcado pela emoção e agradecimentos aos diversos parceiros que colaboraram para que a festa fosse possível.

A debutante Samanta, que está há dois anos no Projeto Novos Sonhos, relatou emo-cionada a experiência que pôde viver. Ela participa de au-

las de ballet e musicalização.“Onde eu morava, no inte-

rior, eu nunca pensaria que eu ia ganhar uma festa. E aqui eu tô conseguindo realizar esse sonho que eu tinha. Eu conheci essas meninas [ou-tras debutantes] quando eu entrei no projeto e com elas eu tenho aprendido muitas coisas. É muito bom poder dividir esses momentos com elas”, disse Samanta.

Thaliani Gomes, outra de-butante, vem de uma família de oito integrantes e é uma das melhores alunas do balé do Novos Sonhos. Junto com

outras duas alunas, ela partici-pa do programa de formação profissional de bailarinas do Royal Ballet Classic. As três estão no terceiro de oito anos na jornada para se tornarem bailarinas profissionais.

“Como eu sabia que meus pais não tinham condições de fazer a festa, eu nunca ‘dei bola’, mas quando eu soube eu a gente teria uma festa eu fiquei muito feliz. Já é bom ter uma festa de 15 anos so-zinha, ainda mais com suas companheiras, que você con-vive todo dia; é melhor ain-da! Eu fiquei ainda mais feliz

quando descobri que a festa era com elas. Tenho certeza que vai ser inesquecível”, compartilhou a adolescente.

Louvamos a Deus por po-der proporcionar esses mo-mentos especiais para essas meninas que têm sido aco-lhidas com amor pela equipe do Projeto Novos Sonhos. Dezenas de outras crianças e adolescentes continuam contando conosco para uma mudança na perspectiva de vida e na expectativa de um futuro melhor.

Seja um parceiro do Projeto Novos Sonhos!

Debutantes do Projeto Novos Sonhos - SP ganham festa de 15 anos inspirada em filme e vivem noite de princesa

Missionários Lael e Joana Rorigues

Noite foi emocionante para debutantes e familiares

Meninas tiveram noite de princesa em São Paulo

Debutantes ganharam festa de 15 anos através de parceria com Paris Filmes e colaboradores

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8 o jornal batista – domingo, 25/06/17 notícias do brasil batista

Anselmo Mota, promotor de Missões da Primeira Igreja Batista em Simão Dias - SE

“Ora, àquele que é pode-roso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pen-samos, segundo o poder que em nós opera, a esse a glória na Igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Ef 3.20-21).

Na manhã do dia 03 de junho de 2017 foi realizado o encerramento da

Campanha da Junta de Mis-sões Mundiais na Primeira Igreja Batista em Simão Dias - SE, com o tema “Leve Esperan-ça até que Ele venha”, e divisa baseada em Mateus 28.19-20.

Durante os meses de mar-ço, abril e maio, a Igreja pro-moveu Missões, mostrando, através de vídeos, e relatos de fé que os nossos missio-

Marcos José Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO

A Primeira Igreja Batis-ta em Anápolis - GO (PIBA) realizou no dia 06 de junho o I

Colloquium Missiológico “O Ardor Missionário”. A primei-ra edição deste Encontro de pastores e líderes contou com a presença de importantes líderes da obra missionária no Brasil e no exterior.

O pastor Élio Morais, pre-sidente da PIBA, foi o ideali-zador do encontro, e contou com a colaboração de vários pastores: Edward Luz, pre-sidente da Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB); Leandro Tinoco, gerente Exe-cutivo da Convenção Batista Goiana (CBG); pastor Rocin-des Correa, coordenador de Projetos Humanitários do Núcleo de Assuntos Interna-cionais (NAI), da UniEvangé-lica; pastor Jesus Aparecido, líder da Igreja Batista Central

nários publicam na revista do Promotor de Missões, o que tem acontecido nos campos missionários. Os nossos irmãos foram impac-tados com o que Deus tem feito no mundo e durante esses três meses de Campa-nha podemos ver a Igreja comprometida com Missões. Realizamos a Feira Missioná-ria e um Almoço Missionário também, que aconteceu no dia do encerramento da Cam-panha, em que membros e fa-miliares puderam participar. No encerramento, contamos com a participação do grupo de louvor Fonte Inesgotável.

É tempo de viver e respirar missões, olhar e modificar nossa vida em prol dos nos-sos missionários que estão no campo. Temos que usar os quatro pilares da Junta de Missões Mundias, que é, “Orar, Ofertar, Ir e Mobili-zar”; com esses quatro pila-res, podemos alcançar os lu-

em Anápolis; pastor Fernan-do Brandão, diretor Executi-vo da Junta de Missões Na-cionais (JMN); colaboradores do Projeto Cristolândia de Brasília - DF e regiões, como a irmã Silvia Regina, dentre outros.

O pastor Élio Morais fez questão de agradecer e res-saltar a valiosa ajuda do pre-sidente da Associação Educa-tiva Evangélica e chanceler do Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica, o doutor Ernei de Oliveira Pina, que foi a pessoa usa-da por Deus para viabilizar

gares mais distantes da terra. Em Atos 1.8 diz que devemos dar o nosso melhor, mas é o nosso melhor mesmo, para ver os nossos missionários alcançarem o mundo com o poder do Evangelho de Jesus Cristo. Você, Batista, que lê este texto, tem dado o seu melhor em Missões?

Este é o meu primeiro ano como promotor de Missões. E vi, do mais novo ao mais velho, o amor que os nossos

a ida do pastor Fernando Brandão e da equipe da JMN para Anápolis, na ocasião. O Encontro atraiu líderes de vá-rias Igrejas e denominações evangélicas da região, além de representantes de organi-zações missionárias.

A programação teve início às 19h, e foi dividida em duas partes: o Colloquium Missiológico, com os pas-tores, especialmente convi-dados para esse momento, e a segunda parte culminou com a pregação da Palavra de Deus, através do pastor Fernando Brandão.

irmãos têm por missões. Te-nho tido o apoio do nosso pastor Rogério Fortunato e também da nossa Igreja, que tem colocado os quatro pila-res da JMM em ação.

Um fato interessante que aconteceu na Feira Missioná-ria é em relação ao período chuvoso que estamos viven-do no Nordeste, que é o pe-ríodo do plantio do milho e feijão. A feira estava marcada para começar às 18h do dia

Para a abertura do evento, foi entoado o hino 439 do Cantor Cristão “Minha Pátria para Cristo”, apelidado carinhosa-mente como o hino oficial dos Batistas brasileiros. Foi lindo!

Baseado no texto de João 3.16, o pastor Fernando Bran-dão pregou sobre a teologia da missão e desafiou a todos os presentes a encararem a obra missionária como um estilo de vida. “Deus é um Deus missionário, Ele deixou a Sua habitação e veio até nós para nos salvar”, disse o pastor Fernando Brandão.

Explicando o texto, o pre-gador destacou os elementos da missão: a motivação da obra missionária, o Amor de Deus; o objetivo da missão, salvar a todos os perdidos; o agente da missão (missio-nário), o próprio Deus, o Senhor Jesus Cristo; e o resul-tado da missão, a vida eterna.

E com muita sabedoria, co-nhecimento da Palavra, e apre-sentando exemplos bíblicos, o pregador mostrou que cada

13 de maio, um sábado. Du-rante o dia, tivemos algumas pancadas de chuva passagei-ras, mas aquela pouca chuva nos impossibilitava de reali-zar o evento. Naquele mo-mento, o medo tomou conta de mim, pois a feira seria re-alizada na praça de eventos, que não tem nenhuma co-bertura. Foi quando o irmão Deraldo Junior disse: “Vamos orar e pedir a Deus para não chover durante o intervalo de tempo que estaremos na praça”. Mesmo com medo, orei pedindo a Deus para não chover, para podermos realizar o momento missio-nário, e para Honra e Glória do Senhor Jesus Cristo, não choveu. Mesmo uma oração realizada com medo, Deus ouve. Ele é misericordioso, continua o mesmo; como diz Hebreus 13.8. Deus tem nos dado esperança para poder-mos levar esperança até que Ele Venha!

pessoa, quando se converte ao Senhor, torna-se Templo de Deus, através do Espírito Santo, e, portanto, torna-se também um missionário.

Após ouvirem a Palavra, vá-rias pessoas se renderam ao apelo missionário, renovan-do os votos de consagração e atendendo ao chamado de Deus para serem pescadores de almas.

O Senhor Jesus está no con-trole, Ele é o Todo poderoso, a obra é dEle, quem faz a obra é Ele. “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Se-nhor dos Exércitos” (Zc 4.6b).

“Vós sois as minhas teste-munhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mes-mo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu Sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador. (...) Agindo eu, quem o impedi-rá”? (Is 43.10,11,13b).

PIB em Anápolis - GO realiza I Colloquium Missiológico “O Ardor Missionário”

Confira o encerramento da Campanha de Missões Mundiais na PIB em Simão Dias - SE

Pastor Fernando Brandão e companhia conversam sobre o ardor missionário

Momento da oferta do Dia Especial da Campanha da JMM

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9o jornal batista – domingo, 25/06/17notícias do brasil batista

Matheus Ramos, jornalista da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

No início de 2016, Missões Estaduais começou o pla-nejamento para

o projeto missionário Trans Capixaba, em São Roque do Canaã, região noroeste do estado do Espírito Santo.

Com o objetivo de preparar terreno para o trabalho que aconteceu em Julho, a Con-venção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES) enviou o casal de missionários pastor Ailton (38) e Marcele Gomes (34) um mês antes para a cidade.

Assim que chegaram, os missionários se empenharam na formação de três peque-nos grupos multiplicadores; essa seria a forma de integrar os que viriam a aceitar a Jesus durante a Trans.

Nos dias em que se su-cederam a Trans Capixaba, dezenas de pessoas foram

Joseane Santos Oliveira, jornalista

Maio foi marca-do por grandes celebrações na Primeira Igreja

Batista no Tabuleiro, em Ma-ceió - AL. Dedicado à famí-lia, o mês inteiro foi repleto de programações visando o seu fortalecimento, iniciando com o casamento coletivo, no dia 14, que em sua décima edição, contou um número recorde de noivos: 65 casais de diversas denominações religiosas escolheram a PIB Tabuleiro para oficializar e abençoar a união. No dia 20, a membresia celebrou os dez anos de ministério pastoral do pastor Anderson Nunes na presidência da Igreja, com um culto cheio de homenagens e manifestações de carinho. Para encerrar as comemorações do mês, entre os dias 26 e 28 aconteceu o Congresso da Fa-

impactadas com verdades sobre o Amor de Deus.

“Quando chegamos ao fi-nal da Trans, tínhamos fala-do sobre Jesus para muitas pessoas, e a maioria delas queria dar prosseguimento aos estudos bíblicos”, disse o pastor Ailton Gomes.

Para atender essas pessoas, quatro novos pequenos gru-pos foram formados, totali-zando sete pequenos grupos multiplicadores, cada um deles com oito pessoas.

“Os frutos do trabalho rea-lizado durante a Trans Capi-

mília, que este ano completou dez anos de realização.

Os eventos foram organiza-dos pelo Ministério da Família e contaram com o apoio e envolvimento direto do pastor Anderson e demais ministérios da Igreja. O tema “Os propó-sitos de Deus para a família” tem atraído grande público ao longo dos anos. O interesse é atribuído pelo pastor à impor-tância que ela tem na socieda-de e por ser uma instituição criada e cuidada por Deus. “A família é um Projeto de Deus. Por mais que o inimigo tente destruir, nunca vai conseguir,

xaba não param de aparecer; das pessoas que receberam estudo durante o projeto, 12 já se preparam para o batis-mo”, relata o pastor.

O casal Emanoel Ferreira e Mari Laci, moradores do bairro Vila Verde, são um bom exemplo da eficácia do trabalho realizado pela Trans. Eles chegaram até a Igreja por meio do projeto, após terem recebido quatro estudos do evangelho de João.

“Uma vez o irmão Emanoel me chamou para ir até a sua casa, quando cheguei me mos-

pois Deus é o seu grande edi-ficador e tem grandes propósi-tos para todas elas”, disse.

Para esta edição, foram convidados os pastores Pedro Paulo Luz, da Igreja Batista El Shaddai, mensageiro nos cul-tos de sexta e sábado à noite, e José Carlos, que encerrou o evento no culto de domingo, às 18 horas. No culto matinal de domingo, a reflexão ficou a cargo do irmão Luiz Carlos, que apresentara seu testemu-nho familiar. A programação musical teve a participação dos ministérios de louvor da PIB Tabuleiro, que compôs

trou que havia comprado 14 cadeiras, porque queria que a partir daquele dia a casa dele se transformasse em um pon-to de pregação da Palavra de Deus.”, conta o pastor Ailton.

Próximos passosFirmes no sonho de ganhar

a cidade de São Roque do Canaã para Jesus, os missio-nários têm avançado. “Nosso sonho é implantar um peque-no grupo multiplicador em cada um dos 16 bairros de São Roque do Canaã”, disse o pastor Ailton.

uma música exclusivamente para a ocasião, da Igreja Ba-tista Monte Sião, e do cantor Lewis Miguel, que apresen-tou as canções do seu mais novo CD, intitulado “Quan-do Deus correu pra mim”.

Durante os três dias de re-flexão sobre os propósitos de Deus para a família, a expla-nação foi fundamentada no trecho bíblico que diz: “...E em ti e na Tua descendência serão benditas todas as famí-lias da terra” (Gn 28.14b).

No domingo pela manhã, no horário da Escola Bíblica Dominical (EBD), acontece-

Novos SonhosMesmo com todas dificul-

dades de pregar a Palavra de Deus em uma cidade com-pletamente fechada para as denominações protestantes, o pastor começou a sonhar com a construção de um templo.

Após compartilhar do so-nho com a equipe de Mis-sões Estaduais, rapidamen-te os primeiros passos em direção a esse sonho foram dados. Em parceria com a Igreja Batista do Flam-boyant, em Campos dos Goytacazes - RJ, o terreno foi comprado, e em pouco mais de um mês o templo ficou pronto.

Quando a sua Igreja in-veste em Missões Estaduais, ela ajuda a transformar a realidade de várias pessoas, como transformou a vida do casal Emanoel e Maria Laci, que antes da Trans não conheciam a Jesus, e hoje, já se preparam para o batismo.

ram as oficinas, onde todos puderam participar gratuita-mente, aprofundando-se em temas como: “Orientação de carreiras e profissões”, com Robson Costa; “Vida social na terceira idade”, com Rosa Delfino; “Saúde do homem”, com o médico urologista Paulo Vitório e “Planejamen-to financeiro: presente e futu-ro”, com o economista Gui-mário Amorim. As crianças participaram da oficina kids com o palhaço Bocuvaco, que ensinou, de forma lúdica e divertida, as instruções da Palavra do Senhor.

Trans Capixaba muda a realidade da cidade de São Roque do Canaã - ES

Mês da família foi marcado por muitas comemorações na PIB Tabuleiro-AL

Congresso da Família reuniu grande públicoNa décima edição, 65 casais participaram do casamento coletivo

Durante a Trans, muitas pessoas foram impactadas com verdades sobre o Amor de Deus

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10 o jornal batista – domingo, 25/06/17

Conheça o Projeto Escola do Futuro, da PIB em Vargem Grande - RJ

notícias do brasil batista

Pablo Monteiro, pastor, mestrando em missiologia do CIEM e membro da Primeira Igreja Batista em Vargem Grande - RJ

Você sabia que Jesus nos mandou ir para o mundo? Isso mes-mo, para o mundo.

Confira: ‘’Disse Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura’’ (Mc 16.15). Surge então uma dolorosa pergunta: das ativi-dades nas quais estamos en-

gajados nas Igrejas, quantas delas são, praticamente, no “mundo’’?

Entendi que precisávamos causar impacto imediato na comunidade. E onde esta-mos, em Vargem Grande - RJ, temos uma comunidade bem ao nosso lado, a Beira Rio, banhada pelo Rio Morto, repleta de realidades críticas. Foi assim que mobilizamos voluntários e padrinhos, e demos início, este ano, ao Projeto Escola do Futuro, que atende 40 crianças entre 5 e

Projeto atende crianças entre 5 e 9 anos de idade

9 anos, com educação am-biental, reforço escolar, mú-sica, inglês, jogos de raciocí-nio, jogos teatrais, cidadania, virtudes e o Evangelho do Amor de Cristo transpirado pelos voluntários.

Em pouco tempo ficamos conhecidos na boca do povo da comunidade - mas não por sermos distribuidores de fo-lhetos, mas por abençoarmos àqueles que sempre ficam à margem das atividades in-tracorpus. Mães de crianças já dão testemunhos de mu-

dança de comportamento e educação dos pequeninos. Veja alguns exemplos:

“Meu filho diz que me ama todo dia; esse projeto está fazendo uma mudança nele!”; “Minha filha não sabia escre-ver de ‘mãozinha dada’ (mão-zinha dada: letra cursiva)”.

Na cerimônia de inaugu-ração, em abril, tivemos a presença da missionária Edu-arda Freitas, da JMM, que nos presenteou com muita inspiração do outro continen-te e desafios para a ação na

comunidade. Pouco tempo depois recebemos uma ofici-na de política de proteção à criança, com Luciana Falcão, coordenadora do Projeto Calçada.

As Igrejas locais podem fazer as coisas acontecerem. Basta parar de empilhar dis-cursos e teorias, e começar a transformar o Evangelho em ação, em prática comu-nitária. Você já imaginou o que aconteceria se todos nós decidíssemos ir, de repente, para o “mundo’’?

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11o jornal batista – domingo, 25/06/17missões mundiais

Rodrigo Pinheiro - missionário da JMM na Guatemala

A Igreja que estamos pastoreando aqui na Guatemala rece-beu no fim do ano

passado um centro estudantil que conta com 311 alunos com idade até 18 anos e, pela primeira vez, pudemos ver de perto o que já haví-amos constatado um pouco mais de longe: a quantidade de adolescentes grávidas com idade entre 10 e 14 anos. Em nossa própria Igre-ja, uma adolescente engra-vidou e soubemos quando retornamos recentemente do Brasil. Ou seja, somente ago-ra estamos compreendendo melhor sobre esse problema na Guatemala.

Muitas engravidam porque querem sair de casa e, como de costume, as meninas se mudam para a casa dos pais do adolescente que a engra-vidou. Nota-se, então, que não se trata somente de edu-cação sexual, mas de proble-mas familiares.

Outro grave problema são os casos de estupro dentro do próprio lar. Somente em 2017, há 1.441 casos de gravidez na mesma faixa etária fruto de es-tupro. Em 2015, houve 2.947

Jessé Carvalho - coordenador regional JMM

Quero ressaltar a importância do projeto Bíblias para os Povos.

Recentemente, tive a oportu-nidade de ouvir testemunhos aqui no Oriente Médio, que só demonstram a importância de a Palavra de Deus chegar às mãos de um muçulmano.

Um desses testemunhos era o de um rapaz que se conver-teu após ganhar um exemplar da Bíblia. Ele começou a estu-dá-la e encontrar contradições com aquilo que aprendera no Corão, livro sagrado do isla-mismo, sobretudo a respeito de Jesus Cristo. A partir da-quele momento, ele começou

partos em meninas de até 14 anos de idade, enquanto so-mente no primeiro trimestre de 2016, houve 687 partos na mesma faixa etária das mães. Vemos, portanto, que esse pro-blema está crescendo em todo o país e podemos sentir isso dentro da própria comunidade onde pastoreamos.

Uma das pessoas que recen-temente se tornou membro da nossa Igreja é fruto do traba-lho de alfabetização de adul-tos que estamos realizando na Igreja com a coordenação da

a pedir a Deus que falasse ao seu coração porque que-ria conhecer a Verdade. Foi então que, um dia, teve uma experiência na qual o Senhor lhe apareceu dizendo que Ele era a Verdade. Então, o jovem entregou sua vida a Cristo.

Assim como esse rapaz, há inúmeros casos de pessoas que se rendem aos pés de Jesus através do contato com a Palavra de Deus. Portanto, sua participação em ofertar para o projeto Bíblias para os Povos possibilitará que mais muçulmanos cheguem ao conhecimento da Verdade através das Escrituras.

Muito obrigado a você, que tem contribuído para o pro-jeto Bíblias para os Povos. E se você ainda não contribui,

minha esposa, a missionária Viviane Pinheiro. Cito esse caso porque se trata de uma mulher que engravidou do próprio padrasto e o filho dela - fruto desse abuso - sofre mui-to com essa realidade, tendo algumas vezes agredido o pai - que ainda vive com a avó dele -, além de ter problemas de baixa autoestima, com ál-cool e de criar problemas para a mãe, que já foi ameaçada por traficantes de ser expulsa da comunidade por causa do filho.

faça parte, porque, certamen-te, a sua oferta fará diferença na vida de muita gente.

Além disso, nós temos uma carência muito grande de Bí-

Fico imaginando que esse é somente um caso e me lembrando de que somente este ano já são 813 casos de adolescentes grávidas ainda tão jovens, muitas delas pe-los próprios pais, padrastos e tios. A maioria paupérrima, sem nenhuma garantia social, tendo que abandonar os es-tudos para trabalhar. Assim, perpetuam o estigma, além de não conseguir romper o ciclo da extrema pobreza.

Com base nessas informa-ções, estamos revendo al-

blias e exemplares do Novo Testamento. Missões Mun-diais está investindo para que mais e mais Escrituras cheguem a lugares onde uma

gumas ações do ministério de aconselhamento pastoral ainda este ano. Não podemos ignorar a realidade que está diante de nós e, por isso, vamos realizar ainda neste mês de junho uma atividade do centro estudantil nas de-pendências da nossa Igreja. Receberemos ali em torno de 400 pessoas, entre pais, mães, tios e avós. Nosso ob-jetivo é criar uma aproxima-ção com eles e não somente com os estudantes, fazer um trabalho pastoral diretamente com as crianças e os respon-sáveis, buscando identificar a situação de cada uma dessas famílias.

Também temos o desejo de promover eventos que tratem do tema familiar à luz da Pa-lavra de Deus, pois cremos que o Evangelho pode fazer jorrar rios dentro de desertos áridos.

Sabemos que somente na-quele dia, quando Ele restau-rar todas as coisas, não have-rá mais dores nem lágrimas, e é nEle - e nesse dia - que devemos preservar nossa mente. Enquanto Ele não volta, seguiremos fazendo aquilo que Ele nos ordenou fazer: testificar Sua obra na cruz, ser sal e luz e pregar o Evangelho a toda criatura até os confins da Terra.

Bíblia é partilhada por cinco ou seis pessoas. Queremos acabar com essa defasagem, a fim de que cada irmão que tenha se encontrado com Je-sus tenha a sua Bíblia para es-tudar, ler e crescer no conhe-cimento e Graça de Cristo.

Para fazer sua doação, en-tre em contato com Missões Mundiais pelo e-mail [email protected] ou ligue para 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades), nos dias úteis, das 08h às 19h (horário de Brasília). Tam-bém estamos no WhatsApp, nos números 98216-7960, 98884-5414, 98055-1818 e 98368-9999, todos com DDD 21.

Gravidez precoce e a importância da família

Bíblias para os Povos do Oriente Médio

O Projeto Bíblias para os Povos leva a Palavra a muçulmanos no Oriente Médio

Gravidez na adolescência é um problema social na Guatemala

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12 o jornal batista – domingo, 25/06/17 notícias do brasil batista

Maria Oliveira Nery, colaboradora de OJB

“E os céus louvarão as Tuas maravilhas, ó Senhor, a Tua fidelidade também na con-gregação dos santos. Pois Tu és a glória da Sua força; e no Teu favor será exaltado o nos-so poder. Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre; andará, ó Senhor, na luz da Tua face. Em teu nome se alegrará todo o dia, e na tua justiça se exaltará” (Sl 89.5,15-17).

Esta é a Bíblia Sagra-da com seus ensina-mentos da Palavra de Deus, para que todos

os povos e nações possam encontrar o caminho da sal-vação e a paz com Deus.

A Escola Bíblica Dominical (EBD) é a melhor escola do mundo, e todos os anos - nor-malmente no mês de abril - ela é homenageada, em agra-decimento a Deus por todas as organizações evangélicas, Igrejas e professores que se envolvem nesta missão tão gloriosa dos ensinamentos da Palavra de Deus.

A EBD nasceu na Inglaterra e depois se estendeu para vários países. Neste ano de 2017 ela completa 237 anos no mundo cristão. No Brasil foi organi-zada em 1885, na cidade de

Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, pelos inesquecíveis missionários escoceses pastor Robert Kelly e sua esposa, senhora Sara Kelly.

A Deus damos glória por todos os professores dedica-dos, especialmente a deno-minação Batista brasileira, sendo representada pela dou-tora Lêda Oliveira, esposa do pastor Fernando Garcia, que exerce esta missão de professora e diretora da EBD

por 20 anos de dedicação na Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ.

Este ano de 2017, a Igreja está completando 125 anos de evangelização, sobre a di-reção do pastor José Laurindo Filho e sua esposa missioná-ria Loyde Laurindo. A EBD da PIB Niterói é considerada uma das mais frequentadas, com aproximadamente 500 alunos e 32 professores aben-çoados.

Agradecemos a Deus pelos pastores, missionários de Missões Nacionais e Mun-diais e todos aqueles que tão bondosamente se reúnem para estudar a Bíblia em to-dos os lugares. A Deus toda honra e toda Glória também pela vitoriosa Sociedade Bí-blica do Brasil, que oferece as Bíblias em vários idiomas para que todos possam ad-quirir e divulgar os ensina-mentos Bíblicos em todo

mundo. Adquirir uma Bíblia Sagrada em todos lares é o tesouro mais rico do que to-das as pedras preciosas que possam existir.

“Grande é o Senhor e mui digno de louvor, e Sua grande-za e insondável. Uma geração louvará as Tuas obras à outra geração, e anunciarão as Tuas proezas. Falarão da glória e esplendor de Tua majestade e meditarei nas Tuas obras maravilhosas” (Sl 145.3 e 5).

A Vitoriosa Escola Bíblica Dominical

Professores no Santuário e o doutor Ruben Natan orando Reunião de planejamento dos professores com a irmã Loyde Laurindo

Professores no Santuário Doutora Lêda Oliveira é professora e diretora de EBD da PIB Niterói - RJ há 20 anos

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14 o jornal batista – domingo, 25/06/17 ponto de vista

Esta parábola conta-da por Jesus está em Lucas 10.25-37. E só está registrada neste

Evangelho. Ela é a resposta de Jesus ao doutor da Lei, que O indagou sobre o que se devia fazer para herdar a vida eterna (Lucas 10.25). Jesus fez duas perguntas a ele: “O que está escrito na lei? Como lês? (Lucas 10.26). O doutor da Lei respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com todo o entendimen-to, e o próximo como a ti mesmo” (Lucas 10.27). À luz da resposta do religioso judeu, o Senhor Jesus disse: “Respondeste bem; faze isso e viverás” (Lucas 10.28). O doutor da Lei, querendo se justificar, indagou a Jesus: “E quem é o meu próximo?” (Lucas 10.29). Jesus, então, começa a contar a parábola. Nela, temos dois religiosos judeus, um samaritano e um judeu ferido na estrada que descia de Jerusalém para Je-ricó, um caminho perigoso, cheio de assaltantes. Diante do homem muito ferido, os

Edvar Gimenes de Oliveira, pastor, colaborador de OJB

No início da ma-drugada de um sábado fui dor-m i r p e n s a n d o

em Willam Carey, o pai das missões modernas. As-sistir o filme (https://youtu.be/80A9DXm7Ugw) neste momento em que tenho re-fletido devocionalmente na vida missionária de Epafrodi-to (Filipenses 2.25-30) me fez sonhar e sair cedo da cama em meio ao frio deste para refletir e orar.

Carey era sapateiro e teve uma visão. Visão é uma ex-periência mística não ne-cessariamente desvinculada do natural. É mística porque brota com força, dentro de nós; nos domina de maneira incontrolável; exige ser ela-

religiosos - o levita e o sa-cerdote - passaram de longe com medo de serem con-taminados ao tocar em um moribundo. Alguém disse que eles estavam indo para um Congresso, cujo tema era: “Como ajudar o próxi-mo”. Eles foram de uma in-sensibilidade muito grande. Aqui, o preconceito religioso é maior do que a solidarieda-de amorosa; o medo de ser “cúmplice” era maior do que o amor que resgata; o cuida-do com os interesses pessoais era maior do que atender o próximo com amor; e salvar a própria pele era muito mais importante do que salvar uma vida.

O samaritano, porém, tra-balha na contramão dos re-ligiosos. Ele vê o homem ferido, para diante dele, en-che-se de compaixão, faz os primeiros socorros, o coloca sobre o seu cavalo e o leva para a estalagem. Depois que o homem estava bem cuida-do, ele pagou a hospedagem, e pediu ao dono do estabe-lecimento que cuidasse do ferido e, quando voltasse, acertaria os demais gastos, e

borada e traduzida em uma linguagem; é compartilhada; submete-se aos exigentes cri-vos de terceiros e vai se tor-nando realidade na medida em que dá passos concretos em direção a sua realização.

Visão não é uma receita, mas um script, um roteiro. Carey deixou a Inglaterra para pregar o Evangelho. Em sua visão, ele se via literal-mente pregando. Para ele, isso significava, inicialmente, parar diante de pessoas, abrir a Bíblia, discursar um plano sistematizado de salvação e esperar pessoas respondendo favoravelmente aos desafios da Palavra por ele expostos.

Essa, porém, era uma recei-ta, um modelo, um paradig-ma que ele carregou consigo. Mas, ao deparar-se com a realidade, a receita não pro-duziu os efeitos imaginados.

seguiu viagem. Vejamos: um samaritano cuidando de um judeu. Este, todos os dias, agradecia a Deus por não ser mulher e nem samaritano. Havia um ódio racial muito grande, especialmente por parte dos judeus. O Evange-lho de Cristo faz a mudança radical, destrói as barreiras construídas sobre o ódio. É o que Paulo ensina: “Não há mais grego nem judeu, nem circuncisão nem incircunci-são, bárbaro, cita, escravo ou homem livre, mas, sim, Cristo que é tudo em todos” (Cl 3.11). O amor resgata, cuida e cura em Cristo Je-sus. O amor é terapêutico. Quem ama não tem medo das consequências, quando se faz o que é certo dentro da vontade do Pai.

O samaritano é a expressão de amor e graça; de compai-xão e perdão; de justiça e verdade. Sendo odiado e alvo de preconceito da parte do hebreu, ele abre o seu cora-ção, os seus braços e a porta da hospedaria para recebê-lo. Um homem cheio do Amor do Pai, da Graça de Cristo e do Poder do Espírito Santo.

O ser humano era humano, mas a India não era a Ingla-terra, as pessoas não eram as mesmas, a cultura não era a mesma, os desafios não eram os mesmos.

Ele tinha uma visão porque era sensível a voz de Deus falando ao seu coração. Essa sensibilidade possibilitou que ele enxergasse as reais neces-sidades do povo e agisse de maneira flexível. Em vez de in-sistir no velho receituário que permeava sua mente quando do recebimento da visão, ele foi capaz de reelaborar a mis-são, ajustar a visão, sem perder o foco que era levar ao povo o conhecimento do Plano de Deus e as implicações disso - inclusive horizontais - a partir do aqui e agora.

Perdeu filho, perdeu a es-posa e, se julgássemos sua história usando valores da

Um homem que se interessa por gente, que não mede es-forços para ajudar as pessoas e salvar vidas. O samaritano é a expressão vigorosa da graça e da misericórdia que se manifestam em atitudes e atos que abençoam. À se-melhança do Mestre, da Sua missão, devemos buscar e salvar os que estão perdidos (Lucas 19.10). Diante de uma pessoa em sofrimento pela enfermidade, sentindo dor; diante de um ser vivendo em pobreza absoluta; diante de um ser humano com uma doença mental; diante de um idoso solitário ou qualquer outra situação de catástrofe, não podemos passar longe, insensíveis, como os religio-sos judeus da parábola. A verdadeira religião é amar a Deus de todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e ao próximo como a nós mesmos. Como o homem pode fazer essas coisas? Somente em Jesus Cristo. O Salvador é aquele que nos ensina a amar o Pai e fazer a Sua vontade, amando as pessoas e servindo-as.

O samaritano é um refe-

nossa cultura (diga-se de passagem um erro técnico, pois história se julga com os valores da época na qual se desenrolou), poderia se dizer que era um louco que sacrifi-cou a família por uma visão.

Porém, em meio a erros e acertos, o fato é que sua vida fez diferença em uma cultu-ra bonita que, como todas, era composta também por elementos nocivos à vida, à humanidade.

O Deus que moveu o co-ração de Carey continua mo-vendo corações em nossos dias. Seja aqui onde estamos, seja ali ou acolá, o fato é que a humanidade enfrenta desa-fios próprios de sua época e lugar. É essencial que haja pessoas com visão e senso de missão para interferir e ajudar na construção de no-vos rumos.

rencial de alguém que sofreu e entende o sofrimento do próximo. De alguém que experimentou um fortíssimo preconceito, mas que não age do mesmo modo. Ele é o exemplo de amor do coração. Exemplo de proa-tividade em abençoar a vida do próximo. Um modelo de alguém que aprendeu a dar--se para abençoar e edificar outras pessoas. O samarita-no é a expressão do amor, do perdão, da compaixão e da diaconia de Cristo Jesus. O seu prazer é colocar-se a serviço dos que precisam, estender as mãos para ajudar, encurtar as distâncias entre as pessoas. O samaritano é uma inspiração e um lenitivo para cada um de nós. Ele é a imagem do homem que conheceu a Cristo e passou a viver debaixo de Sua auto-ridade e que diz como Paulo: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipen-ses 1.21). Sejamos samarita-nos espalhados por este país como um forte vento e uma chuva abundante, levando vida aos que estão cansados e oprimidos.

Sim, precisamos de missio-nários, não de marionetes a serviço de instituições ideolo-gizadas politicamente que se submetem a interesses corpo-rativos, empresariais, alheios à sua realidade, às suas neces-sidades. Não de missionários ventríloquos fiéis a discursos elaborados por quem oprime e explora o semelhante.

Precisamos de missionários que tenham visão de seres humanos livres e autônomos que acreditam na cooperação mútua e não na dominação de uns sobre outros. Mis-sionários capazes de ler a realidade que o cerca e até de trilhar por caminhos não percorridos, movidos pelo desejo de ver, em Cristo, uma nova e positiva realidade bro-tar para o bem comum e não só de alguns, inspirada na pessoa de Jesus de Nazaré.

O samaritano e cada um de nós

Você é o missionário

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15o jornal batista – domingo, 25/06/17ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Talvez a palavra “cus-tomizado” possa pa-recer estranha e nem sempre é conhecida,

mas hoje vem especialmente da área de marketing e sig-nifica oferecer um produto ou serviço personalizado ao sabor do cliente. Ao adquirir um carro, por exemplo, você poderá escolher se deseja com bancos de couro, com piloto automático e outros acessórios desejados, que o tornam um veículo customi-zado.

Será que não é o mesmo que está acontecendo com o Evangelho hoje no Brasil? Já não temos mais um Deus da Bíblia, que é como é, revela-do em Sua Palavra, que nos criou para vivermos para Sua glória (já escrevi sobre isso - viver em amor e harmonia com Deus, comigo mesmo, com o próximo e com a na-tureza criada). Hoje temos um Deus customizado que existe para atender nossas demandas e necessidades. Pouco importa para que fo-mos criados, o importante é o meu projeto de vida e como Deus pode dar um jei-tinho de me arranjar as coisas para que esse projeto me traga satisfação e bem-estar imediatos. Deus, de Senhor, passa a ser garçom, serviçal e prestador de serviços, desde que não custe muito caro

- aliás, há quem pense que já se dá o dízimo para isso mesmo (Quando ensinamos que, ao contribuir, Deus nos devolve com bênçãos não seria isso mesmo?) No Novo Testamento há um desloca-mento deste ensino de troca para a entrega total - Lucas 9.23, Gálatas 2.20, etc. - e com contentamento - II Co-ríntios 9.7; I Timóteo 6.6). Infelizmente, cada um de nós poderá criar um Deus que caiba bem dentro de nossas necessidades, um Deus cus-tomizado.

Mas temos hoje também a Bíblia customizada, quando nossa atenção deixa de ser estudá-la com afinco em sua totalidade, internalizar seus princípios de modo que pos-sam promover renovação da nossa mente, promover radical transformação em nossa vida (Romanos 12.2; II Timóteo 3.16-17), ama-durecimento da nossa vida e compreensão sobre Deus e Seu plano para nós e Seu Reino (Hebreus 5.11-6.2), e passa a ser como um texto de autoajuda bem ao estilo das antigas “caixinhas de promes-sas” (nunca apareceram as “caixinhas de compromissos” nas livrarias evangélicas). De certa forma, precisamos de suporte da Palavra de Deus nos momentos de angústia; eles nos confortam o coração

ansioso, em desespero, nos indicam caminhos da con-fiança e esperança em nos-so Deus, nesses momentos difíceis. Mas tenho notado que no Instagram, Facebook, WhatsApp “rola”, o dia todo, textos bíblicos como gotas de autoajuda, como se a Bí-blia tivesse apenas esse fim. Assim, passamos a ter um acesso customizado às pági-nas da Bíblia, selecionando textos que venham dar um impulso ao nosso projeto pessoal de vida, mas sem, necessariamente, pensarmos no compromisso de seguir os princípios divinos em sua totalidade para uma transfor-mação de vida.

A Igreja Customizada está também presente na cultura contemporânea. No passa-do, pastores terminavam o curso teológico e cursavam Direito - muitos púlpitos se transformaram em tribuna. Hoje me parece que muitos pastores, ao terminarem seu curso de Teologia, circulam nos cursos de psicanálise e aí muitos púlpitos acabam se tornando “divã espiritu-al”. Novamente, a autoajuda acaba sendo prioridade nas agendas temáticas das men-sagens. Tenho notado (e já escrevi sobre isso aqui nesta Coluna) que é notório que muitas Igrejas tornem-se em “ponto de encontro de final

de semana” em que tudo é ajustadinho para atender a demanda do crente (afinal, ele “paga a conta”). Quan-tas e quantas vezes somos indagados se nos sentimos bem no culto (customizado), enquanto que o assistente de um culto é um só - Deus - os demais participantes deverão ser adoradores, como fruto de sua vida de dedicação ao próprio Deus no dia a dia, seguindo seus princípios, seja onde for, na vida pesso-al, doméstica, profissional, social e etc.

Daí vem o Ministério cus-tomizado, que busca estra-tégias para poder manter a “galera” animada e satisfei-ta, em que o púlpito poderá deixar de ser um ponto de admoestação que leva ao arrependimento, para con-fissão, onde a consequência deveria ser a adoração, por isso mesmo, acredito que a parte principal de um culto é o próprio culto e não a pregação, que tem como objetivo nos preparar para a confissão e depois à adora-ção (mas demos um jeito de inverter as coisas - o louvor/adoração serve para pre-parar para a pregação?). O ministério customizado vai procurar desenvolver uma liturgia em que todos ficam satisfeitos com um culto ar-tístico que acaba, no fundo,

sendo um “bom” entreteni-mento e traz bem-estar aos participantes, que até batem palmas para Jesus, mas, no fundo, muitas vezes foi para a bela e afinada apresenta-ção artística ou “aeróbica gospel” bem agitada (não estou reclamando da arte no louvor, entendam bem). Durante a semana, bem, aí é outra história, cada um cuide de si mesmo e “Fé em Deus e pé na tábua”.

Não nego que, em muitos momentos, precisamos de autoajuda, mas, muito mais, da ajuda do alto para termos condições de não sermos “engolidos” pela ideologia contemporânea de que so-mos deuses, autossuficientes e o que vale mesmo é nosso projeto pessoal de vida em direção ao bem-estar e gra-tificação imediatas, em que nosso compromisso com Deus não é até a nossa morte e depois seremos ressuscita-dos para nova vida, mas até que a nossa satisfação dure e possa ser garantida. Como o dinheiro não pode voltar, então, muitos acabam tornan-do-se crentes nômades, indo de Igreja a Igreja, buscando um Deus, um pregador, um “culto-entretenimento” que possam lhe trazer mais e mais satisfação. Um Deus, uma Bíblia, um Evangelho, uma Igreja customizados.

VIVA - chegou Deus, Bíblia, Igreja e ministério CUSTOMIZADOS!?!?

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1955Alcides Telles de Almeida se torna secretário executivo, permanecendo no cargo até 1979.

1964William e Creuza Rangel de Souza

são enviados ao Paraguai.

1984Enviado o primeiro casal missionário para a Ásia:

Francisco Aguiar e Risemar Confessor do Amaral.

1979

Gladimir e Márcia Fernandes chegam à Tailândia.

Criado o PEPE (programa socioeducativo).2001

A JMM chega às redes sociais com a página no Facebook.

2011Países fechados ao Evangelho e povos

não alcançados passam a compor a estratégia de evangelização da JMM.

Missões Mundiais lança o projeto Radical África, coordenado por Analzira Nascimento.

Missões Mundiais perde um de seus grandes líderes, Pr. Waldemiro Tymchak, o diretor

executivo que mais tempo ficou à frente da JMM. Pr. Sócrates Oliveira assume

interinamente a Diretoria Executiva.

2007

2010Voluntários impactam Haiti após terremoto e África do Sul durante Copa do Mundo.

JMM fechou ano com 609 missionários em 62 campos e registrou 20.346 decisões.

2002

Posse do Pr. João Marcos como diretor executivo.

2012Realizado em 2012 o “SIM, Todos Somos Vocacionados”, evento que reuniu 1.500 pessoas e é considerado um dos maiores congressos brasileiros sobre vocação.

Conexão Londres: 179 voluntários seguem para os Jogos Olímpicos na caravana de impacto evangelístico.

2013Em junho, é inaugurada a nova sede de

Missões Mundiais, que passa a funcionar dentro das instalações do Seminário Teológico

Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro.

Realizado o Proclamai,

que reúne 4 mil pessoas no Riocentro.

Pr. Waldemiro Tymchak assume a Diretoria Executiva.

É criado o Programa Esportivo Missionário (PEM).

1997

A JME passa a se chamar Junta de Missões Mundiais.

É criado o Programa de Adoção Missionária (PAM).

1980

1982

1990Missões Mundiais expande o

trabalho na Ásia, Oriente Médio e Leste Europeu na década de 1990.

Pr. Antônio e Deolinda de Matos Galvão são os primeiros missionários adotados.

2015

2017

Envio pelo segundo ano consecutivo de caravana de voluntários a um campo de refugiados no Oriente Médio.

Missões Mundiais completa 110 anos.

Abertura do primeiro campo na Oceania: Papua Nova Guiné, fechando o ano com presença em 89 campos e 1.533 missionários.

500 mil bíblias distribuídas em países fechados.

Novo portal de Missões Mundiais entra no ar, em www.missoesmundiais.com.br.

Criação dos seminários Movi.Mente, com o objetivo de capacitar o público

evangélico brasileiro a ajudar refugiados.

Desenvolvimento de ações para evangelizar estrangeiros durante os

Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Missões Mundiais está em 84 campos e conta com 1.560 missionários.

2014

2016

A Junta de Missões Estrangeiras expande suas fronteiras e chega à África.

Valnice Milhomens Coelho, primeira missionária na África

1971

Criada a Junta de Missões Estrangeiras, em 27 de junho, durante

a 1ª Assembleia da Convenção Batista

Brasileira, em Salvador.

1907 William Buck Bagby, membro da primeira diretoria (1907-1908).

Na 2ª Assembleia da CBB, no Rio de Janeiro, William relata uma viagem missionária ao Chile e recomenda o apoio dos batistas brasileiros ao trabalho desenvolvido no país sul-americano através do obreiro Wenceslao Valdivia.

Dia Especial de Missões Mundiais passa a ser celebrado no 2º domingo de março.

1937Mais dois missionários são enviados para Portugal, Eduardo e Herodias Gobira.

1946

Waldomiro e Lygia Lobato

de Souza Motta são nomeados missionários e

enviados à Bolívia.

1911

1929

Enviado a Portugal o primeiro casal de missionários,

João Jorge de Oliveira e Prelidiana Frias.

A sede da Junta de Missões Estrangeiras é transferida de Recife para o Rio de Janeiro.

O que mais faremos juntos? Contamos com você, para continuar anunciando Jesus até que Ele venha.