32
Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário Ano XI - N º 42 - Abril/Junho - 2007 IES Comunitárias

Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

  • Upload
    lykhanh

  • View
    228

  • Download
    5

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Transformando oBrasil em um país

mais justo e solidário

Ano XI - Nº 42 - Abril/Junho - 2007

IES Comunitárias

Page 2: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

RedaçãoComentário sobre o conteúdo editorial, sugestões, críticas e releases.Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951Home page: www.abruc.org.brE-mail: [email protected]

Fale conosco

associação Brasileira das Universidades comunitárias

SEPN - Quadra 516, Conjunto D(Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB)

CEP: 70 770-524 - Brasília-DFTelefax: (61) 3349-3300 / 3347- 4951Home page: www.abruc.org.br

Diretoria

Presidente eustáquio afonso araújo, Reitor da PUC-Minas

1° Vice-Presidente Gilmar Bedin, Reitor da UNIJUÍ

2° Vice-Presidente Frei Gilberto Gonçalves Garcia, Reitor da USF

1º Vogal Pe. Jésus Hortal sanchez, Reitor da PUC-Rio

2º Vogal João otávio Bastos Junqueira, Reitor do UNIFEOB

conselho Fiscal antonio Mario Pascual Bianchi, Assessor Especial da Reitoria da PUCRS Gilberto luiz agnolin, Reitor da UNOCHAPECÓ Vilmar Thomé, Reitor da UNISC

suPlentes Ir. Irani Rupolo, Reitora do UNIFRA Paulo eduardo Marcondes de salles, Pró-Reitor de Administração do Centro Universitário São Camilo

secretário-executiVo José carlos aguileraassessoria de imPrensa Patrícia Goulart, Assessora

assessora administratiVa eulália sombra alex leite de Moura, Estagiário

editora-geral Patrícia Goulart Reg. Prof. no 1.126/83 - DF

editoração eletrônica Licurgo S. Botelho (61) 3349-5274

tiragem 10 mil exemplares As fotos utilizadas nesta edição foram

cedidas pelas instituições.

conselho editorial

eliane Borges Assessora de Comunicação Social da UCG

Maria Gabriela santos david Assessora de Comunicação Social UNIFEOB

Beatriz elias Assessora de Comunicação Social da UNIMEP

Júlio césar Gonçalves Assessor de Comunicação Social da UNISO

Robnaldo Fidalgo salgado Assessor de Imprensa da UNISANTOS

Maria carmen caprara costamilan Coordenadora da Assessoria de Comunicação e Marketing da Unisc

Page 3: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Temas como Educação a Distância, Educação Superior e Filantropia dominaram a pauta na primeira reunião de 2007 dos reitores e representantes das IES filiadas

XIV Assembléia Geral Ordinária da ABRUC

4

�Abril/Junho - 2007

Sumário

Novas filiadas................................................................5

•..UNICS:.38.anos.formando.profissionais•..Centro.Universitário.UNIFAE

Galho.de.arbusto.serve.como.escova.e.creme.dental........................6

Animais.silvestres.recebem.cuidados.em.único.Centro.de.Triagem.no.Paraná.............................................7

PUC-Rio.expande.o.ensino.a.distância...............................................8

URI.inicia.projetos.de.ações.com.a.Itália...........................................8

Feitos.para.experimentação............................................................10

Professor.descobre.nova.espécie.de.macaco..................................12

Blog:.vilão.ou.amigo.da.empresa?...................................................12

Univale.firma.parceria.com.a.ONU..................................................13

Prêmio.Finep.de.Inovação.Tecnológica............................................14

Jornalista.da.USC.na.cobertura.da.visita.do.Papa............................15

Ciências.Biológicas.da.UNIFEOB.inicia.programa.de.recuperação.de.mata.ciliar.........................................15

Dia.de.Campo.Acadêmico.apresenta.pesquisas.em.culturas.de.verão......................................................................16

Há.quase.40.anos,.Museu.de.Ciências.e.Tecnologia.da.PUCRS.ensina,.brincando,.Ciências.e.Matemática......................17

Estímulo.permanente.à.arte.e.à.cultura...........................................18

Projeto.da.Uniplac.visa.preservar.o.Aqüífero.Guarani.......................18

TrabalhosComunitários

Trabalhando.com.as.diferenças.......................................................19

Exemplo.de.determinação...............................................................19

Curso.de.Auxiliar.de.Garçom.beneficia.jovens.de.bairro.carente.................................................................20

Orientação.em.saúde.para.a.população..........................................20

Urcamp.oferece.atividade.física.para.a.3ª.idade..............................21

UniSantos.é.destaque.pela.inclusão.de.deficientes.físicos..............22

Fisioterapia.da.UCPel.desenvolve.trabalho.inédito...........................23

Uma.lição.de.inclusão.....................................................................24

UCDB.lança.programa.para.promover.qualidade.de.vida..................25

III.Semana.de.Cultura.e.Cidadania.da.UCG......................................25

Um.espaço.de.superação...............................................................26

Apae.e.Unifev.unidas.por.uma.boa.causa........................................27

PUC-SP.alfabetiza.garis...................................................................28

Univali.promove.oficina.de.reciclagem.para.crianças.carentes........28

Em.busca.da.cidadania...................................................................29

Leitura Obrigatória............................................. 30

Page 4: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

� Abril/Junho - 2007

Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)

sediou, no último dia 28 de maio, o primeiro encontro do ano dos reitores e representantes das 52 instituições de ensino superior filiadas à ABRUC: a XIV Assembléia Geral Ordinária da entida-de, que debateu temas importantes do cenário político-educacional como a Educação a Distância, as novidades na Educação Superior e a filantropia. O encontro contou com as presenças do arcebispo metropolitano de Campinas e grão-chanceler da PUC-Campinas, dom Bruno Gamberini, do reitor da instituição, padre Wilson Denadai, do presidente da ABRUC, reitor Eustáquio Afonso Araújo (PUC-Minas), do presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Silvio Iung, demais reitores das IES filiadas e representantes.

Palestra – Durante a cerimônia de abertura do evento, os presentes pude-ram ouvir o secretário de Educação Su-perior do Ministério da Educação (SESu), Ronaldo Mota. Com o tema Educação a Distância: Avanço, Desafios e Gestão da SESu, Mota afirmou que o ensino a distância é uma modalidade em ascensão e com potencial em todo o mundo, espe-cialmente num país com a dimensão e as diferenças sociais do Brasil. Segundo ele, não há conflito entre a educação presen-cial e a distância. “A educação a distância atende a dois requisitos importantes: a de levar educação de qualidade, em todos os níveis, às regiões mais remotas e a possibilidade de atender demandas que a educação tradicional, ou seja, a presencial, infelizmente não consegue alcançar”, destaca.

Quando perguntado quais seriam os públicos da educação presencial e da edu-

A

XIV Assembléia Geral Ordinária da ABRUCNa primeira reunião de 2007 dos reitores e representantes das IES filiadas, temas como Educação a Distância, Educação Superior e Filantropia dominaram a pauta

cação a distância, o secretário respondeu: “Obviamente, a educação a distância é mais adequada a um público que vem do mundo do trabalho, que abandonou a escola e que, para ter mais satisfação profissional e pessoal, decide voltar aos bancos escolares. E há casos de pessoas jovens que também se dão bem porque gostam de tecnologias. Quando a gente fala de educação a distância, é preciso deixar claro que há muitos momentos presenciais. Também é importante ressal-tar que a educação a distância não é feita exclusivamente para as classes populares. Não façamos uma divisão de presencial

para rico e a distância para pobre. Mas a educação a distância vai alterar, e muito, a educação presencial”, ressaltou. Ronal-do Mota aproveitou a oportunidade para falar também sobre sua nova missão à frente da Secretaria de Educação Supe-rior. Na ocasião, ele lembrou o papel importante das Comunitárias no atual cenário da educação brasileira. “O modo de ser é que altera o ser, é assim que eu e o MEC vemos as Comunitárias”, registrou. Mota lembrou o trabalho de parceria e o apoio das IES da ABRUC ao ProUni e ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

Reitor Aldo Vannucchi (CNE), Ronaldo Mota (MEC), reitor Eustáquio Afonso Araújo (PUC-Minas/presidente da ABRUC), Dom Bruno Gamberini (PUC-Campinas), reitor Pe. Wilson Denadai (PUC-Campinas), Sílvio Iung (CNAS), Pe. José Benedito de Almeida David (PUC-Campinas)

Reitores e representantes das 52 IES filiadas

Page 5: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

�Abril/Junho - 2007

onsol idada como uma escola de exce-

lência em gestão e negócios, o UNIFAE Centro Universitá-rio atua também nas áreas Tecnológica, Humanas e Jurídica. A instituição se destaca por sua proposta pedagógica inovadora, pela qualificação do corpo do-cente e pelo estreito vínculo com o mercado corporativo. Com 50 anos de tradição, o UNIFAE, reconhecido no país e no exterior, além da qualidade acadêmica, trabalha o desenvolvimento humanista dos alunos.

Histórico - O reconhecimento e a tradição conquistados pelo UNIFAE tive-ram início em 29 de maio de 1957, com o processo de instalação da Faculdade de Ciências Econômicas, com os cursos de Sociologia e Política, Administração Pública e Ciências Econômicas. Em 1998, a FAE posiciona-se como escola de negó-cios, recebendo o nome de FAE Business

Centro Universitário Católico do Sudoeste

do Paraná (UNICS), localiza-do no município de Palmas, direciona todos os trabalhos nas áreas de ensino, pesqui-sa e extensão para fortalecer a ciência, a razão e a fé, lema da instituição desde sua fundação há 38 anos.

Atualmente, com 18 cursos de graduação e inú-meros cursos de pós-gra-duação lato sensu, o UNICS atende à necessidade de formação supe-rior de estudantes vindos dos municípios do sudoeste do estado do Paraná, do centro-oeste catarinense e noroeste do Rio Grande do Sul. Além disso, a comu-nidade local e regional é beneficiada com

os investimentos em ações sociais desenvolvidos em parcerias com órgãos públi-cos, em benefício de crian-ças, adolescentes, adultos e idosos. São programas de alfabetização, assistência social e projetos que pro-movem o desenvolvimento regional nos setores da economia, saúde, educação e cultura.

Todos os cursos e ações desenvolvidas pelo UNICS

podem ser encontrados no site da insti-tuição, em que os usuários podem assistir a matérias de TV veiculadas no Programa Consciência da Rede TV, além de encontrar programas de rádio, notícias atualizadas e informações de cursos.

UNICS: 38 anos formando profissionais nos três estados do sul do país

Centro Universitário UNIFAESchool. A partir de 2001, adota o sistema de gradua-ção modular, nos moldes das universidades ameri-canas, permitindo maior dinamismo ao tradicional método de ensino. No mes-mo ano, a instituição passa ainda a promover pesqui-sas acadêmicas, eventos empresariais, convênios com renomadas instituições internacionais, além de lan-çar publicações. Em 2004,

torna-se Centro Universitário e começa a oferecer ao mercado cursos de Direito, Engenharia de Produção e Informática. No ano seguinte, avança também para outras áreas do conhecimento, abrindo novos cursos de graduação. Surge então a marca UNIFAE Centro Universitário, com 17 cursos de graduação, 22 áreas de especialização lato sensu, mestrado com duas linhas de pesquisa, além de dois programas de MBA, sendo um semi-internacional.

Reitora Zenith da Luz Santos Ribas

Reitor Nelson José Hillesheim

Novas filiadas

O

C

CNAS – Ainda durante a abertu-ra da Assembléia, os participantes puderam ouvir o presidente do CNAS, Silvio Iung. Ele lembrou os avanços e desafios que o Conselho tem enfrentado e a contribuição que a ABRUC vem apresentando, que pode acarretar ações propositivas com o MEC, o Ministério da Saúde, da Previdência e o Ministério do De-senvolvimento Social. Segundo Iung, o CNAS superou, há algum tempo, o caráter exclusivamente cartorial – um processo gradual e bem recebido no interior da instituição –,e hoje pauta suas responsabilidades na regulação, fiscalização, orientação, capacitação e articulação com os Conselhos de Assistência em todo o Brasil. Ainda segundo Iung, a palavra de ordem diz respeito ao marco legal no campo da filantropia e as conferências de assistência social. “É de vital impor-tância que a ABRUC esteja presente no processo”, conclui.

Novas filiadas – Numa segundo etapa de trabalho, os participantes do evento aprovaram, por unanimidade, as filiações de duas novas Instituições de Ensino Superior (IES) à entidade: o Centro Universitário Católico do Su-doeste do Paraná (UNICS) e o Centro Franciscano do Paraná (UNIFAE).

Page 6: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Abril/Junho - 2007�

ação antibacteriana e na remoção de pla-cas. Além disso, sua eficácia está presente em compostos que ajudam a clarear os dentes, possui efeito emostático (ajuda a parar de sangrar), estimula a salivação, proporciona bom hálito e previne contra as cáries.

A estudante está fazendo testes em dois grupos. Durante duas semanas al-

gumas pessoas estão utilizando somente o misswak e outro grupo está utilizando a escova e o creme dental comum. “O objetivo é saber se o galho da planta tem a mesma qualidade e se realmente pre-vine contra alguns problemas orais”, diz a futura dentista. Para Nissrin, o que leva os muçulmanos a utilizarem até hoje é a “disponibilidade, baixo custo e a tra-dição. Se fosse para ser substituído pelos métodos ocidentais, o povo já teria feito”.

Segundo o orien-tador da pesquisa, professor Marco Rech, além desse trabalho ser uma motivação para a estudante, pois está relacionado com suas origens e cultura, não há registros de trabalhos realizados

com a planta no Brasil.“Procuramos referências bibliográficas

sobre a Salvadora pérsica e não encon-tramos, então isso nos levou a acreditar que podemos estar fazendo um estudo pioneiro, o que torna motivador por ser diferente”, informa.

Os resultados ainda não foram con-cluídos, entretanto o professor acredita que poderão ser os melhores porque os princípios ativos da planta, por serem eficazes, tornam o estudo confiável.

scovar os dentes tornou-se uma ação natural para todo mundo,

principalmente depois das refeições. Mas o que poucas pessoas sabem é que a natureza oferece uma planta que é capaz de ter as mesmas propriedades de escova e creme dental, tudo junto.

O misswak, nome popular da planta, é utilizado na higiene oral há mais de 3.500 anos. Ela já foi utilizada pelos povos babilônicos, no Império Romano, na antiga Grécia e pelos egípcios. Os muçulmanos utilizam até hoje o galho do arbusto como uma maneira eficaz de limpar e proteger seus dentes. O profeta Maomé incentivava, como maneira de higienização pessoal, o uso da planta sempre antes das orações. Pesquisas rea-lizadas comprovam que o uso do misswak é tão eficiente como a escova e a pasta de dentes.

A acadêmica do Curso de Odontologia da Universidade do Sul de Santa Catari-na (Unisul), campus de Tubarão, Nissrin Mohammed, é na-tural do Estado da Palestina, no Oriente Médio. Veio para o Brasil quando tinha apenas cinco anos e nunca deixou de seguir os costumes de seu povo. Como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Nissrin está pesquisando as eficácias das duas maneiras de fazer a higienização oral, tanto a usada no Oci-dente quanto a que é comum em alguns lugares do Oriente Médio.

O galho da Salvadora persica, nome científico da planta, possui cerca de 15 cen-tímetros de comprimento. Ao raspar suas pontas é possível perceber a existência de

cerdas (assim como uma escova comum). Segundo a estudante, antes de utilizar, deve haver um preparo para a utilização. ”Durante 24 horas deve-se deixar o misswak num composto com água, depois é só esfregar a ponta do pequeno galho nos dentes. Não é tão eficaz como uma escova comum, pois há lugares muito difíceis de limpar, mas possui quase todos os compos-tos de um creme dental – explica Nissrin. Além de possuir cerdas, a planta contém alguns componentes que funcionam como

Galho de arbusto serve como escova e creme dentalAcadêmica de Odontologia da Unisul faz estudo comparativo entre práticas de higiene bucal utilizadas no Ocidente e no Oriente Médio

E

O galho da misswak possui cerca de 15 centímetros de comprimento e cerdas nas pontas

Page 7: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

atisfazer a vontade de ter em casa um animal

de estimação diferente dos tradicionais cão e gato tem alimentado cada vez mais o comércio ilegal de animais sil-vestres. No grupo estão micos, quatis, tamanduás, papagaios, araras, entre tantos outros. A prática ilegal não deixa de ser comum, apesar de ser crime contra a fauna previsto em lei federal comprar animais sem licença de autoridade compe-tente. Por ano, cerca de quatro mil animais são atendidos no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), mantido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que são encaminhados pela Polícia Ambiental, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Reno-váveis (Ibama). Atualmente, o Cetas abriga espécies em risco de extinção como o papagaio-de-cara-roxa e o gato-do-mato.

Localizado em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, o Cetas é o único local no Paraná autorizado pelo Ibama a receber animais silvestres. Atualmente, em virtude da intensa fiscali-zação das polícias especializadas, a maio-ria das espécies encaminhadas ao centro foi capturada, após denúncias, na casa de quem comprou o animal com a intenção de criá-lo como “bicho de estimação”. O restante é proveniente do tráfico.

Segundo o coordenador técnico do Cetas, Ricardo Vilani, o centro recebe, em

Animais silvestres recebem cuidados em único Centro de Triagem no Paraná

Micos, quatis, tamanduás, papagaios, araras e tantos outros animais silvestres recebem cuidados no Cetas

�Abril/Junho - 2007

sua maioria, aves, além de mamíferos e répteis. “Geralmente os animais apreen-didos em grupo ‘na mão de traficantes’ chegam com ferimentos, fraturas, des-nutridos e até mesmo mutilados. Aqui é feita a triagem e o tratamento até que o animal possa ser encaminhado para um criadouro autorizado pelo Ibama, zoológicos, ou tenha condições de voltar à natureza”, explica.

Segundo o médico-veterinário, o retorno ao ambiente natural nem sempre é garantido. “Muitos animais não podem voltar ao seu habitat. Não conseguiriam se adaptar ao meio. Alguns passaram muito tempo em cativeiro ou foram tirados da natureza quando filhotes”, conta. Nesses casos, os animais são mantidos no próprio

Cetas, com capacidade para manter cerca de 1.200 ani-mais de diferentes espécies. É o caso do macaco-prego e do papagaio-verdadeiro. Os dois não costumam ser aceitos pelos criadouros devido ao grande número de espécies existentes.

Especialização - A PU-CPR mantém um termo de cooperação técnica com o Ibama, que permite à universidade oferecer aulas práticas com animais sil-vestres para os alunos dos cursos de Biologia, Zootec-nia e Medicina Veterinária. Além de funcionar como um centro de pesquisas, a PUCPR também é a única universidade no Paraná a oferecer a residência em Medicina Veterinária na área de silvestres.

Os alunos da universida-de têm no Cetas um lugar para colocar em prática os estudos teóricos. Além das aulas, é possível fazer está-gio desde o primeiro ano. Muitas vezes a passagem pelo Centro ajuda a definir ou confirmar a escolha pela especialidade. A estudante

de Medicina Veterinária Marina Figueire-do sempre quis trabalhar com silvestres. “Aqui aprendi tudo sobre esses animais. Pude conhecer várias espécies”, conta. Já Renata Camargo ainda está decidin-do pela área de especialização. “Estou aprendendo a lidar com os animais, alimentá-los e medicá-los. Acredito que vou ter mais experiência nessa área que outros profissionais”, diz.

S

Page 8: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Abril/Junho - 2007�

PUC-Rio expande o ensino a distância

pesar de o Brasil apresentar baixos índices de inclusão digital, cresce o interesse pelo ensino a distância. A

Coordenação Central de Educação a Distância (CCEAD), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), consolida o seu pioneirismo na educação superior a distância com dois de seus cursos realizados com o apoio da Secretaria de Educação a Distância (SEED), do Ministério da Educação (MEC). Os destaques são para os cursos de especialização “Tecnologias em Educação” (uma parceria com o Departamento de Educação da PUC-Rio e integrante do Programa Nacional de Informática, Proinfo, do MEC) e o recém-implantado de licenciatura em História (ao lado do Departamento de História da PUC-Rio e dentro do Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, Pró-Li-cenciatura, do MEC).

A fim de constituir redes de conhecimento, os integrantes do curso de especialização em “Tecnologias em Educação” – que já conta com 1.400 matriculados – atuam sempre juntos, tro-cando experiências e complementando funções e informações. O curso conta com 46 turmas distribuídas pelas 27 unidades federativas do país. Em cada uma há um pólo localizado em um Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE). Estes têm como finalidade ser uma referência central, reunindo a bibliografia e os materiais educacionais indicados para o desenvolvimento do curso, além de organizar os momentos presenciais e centralizar a comunicação entre os alunos e as coordenações.

URI inicia projetos de ações com a ItáliaUniversidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

(URI) iniciou este ano intercâmbio com universidades italianas no Projeto Reu-nilas. No mês de março, o economista e professor da Universidade de Trento, Danilo D’Attanasio Esposito foi recebido pelo reitor da URI, Bruno Mentges, e o diretor da URI, Campus de Erechim, Luiz Mário Spinelli. No encontro, Espo-sito apresentou um diagnóstico sobre a realidade do Alto Uruguai, com dados coletados durante três meses. O objetivo da parceria é desenvolver um projeto internacional que permita à URI conhecer

o modo como algumas regiões da Itália enfrentaram e superaram alguns proble-mas comuns ao Alto Uruguai gaúcho.

Para Luiz Mário Spinelli, o objetivo é “enviar professores, pesquisadores, alunos e pessoal técnico e administrativo para ver e estudar como a Itália resolveu algumas questões regionais internas, passando de uma etapa incipiente para o desenvol-vimento que experimenta hoje”. Tendo como área geográfica de aplicação, os municípios do Credenor (Conselho Re-gional de Desenvolvimento do Norte/RS), o Projeto Brasil/Itália é denominado de Desenvolvimento das Áreas Suburbanas,

Rurais e da Reserva Indígena de Erechim. Na realidade, o projeto contemplará estudos e ações nos bairros e periferias de Erechim, área rural do município e em reservas indígenas do Alto Uruguai.

Na reunião, os representantes da URI e da Universidade de Trento prepararam a visita que o pró-reitor de Relações Inter-nacionais da Universidade de Trento fará brevemente à URI e ao Alto Uruguai para anunciar as primeiras ações da parceria entre as duas instituições. Segundo Luiz Mário Spinelli, os contatos com os italia-nos, retomados em outubro de 2006, es-tão se transformando em ações práticas.

A

NA

Page 9: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

�Abril/Junho - 2007

A URI mantém um acordo de cola-boração no âmbito de rede ítalo-latino-americana, denominado de Reunilas, integrado pelas Universidades de Gê-nova, Trento, Udine (Itália) e quatro universidades brasileiras.

O atual projeto da URI com a Uni-versidade de Trento é a primeira ação efetiva entre duas das instituições do Reunilas. Participaram da reunião, além do reitor, do diretor-geral do campus e do representante de Trento, a pró-reitora de Ensino, Helena Confortin; o pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, Sandro Rogério Vargas Ustra; o diretor administrativo do campus, Paulo Spon-chiado; e o diretor acadêmico, Arnaldo Nogaro.

Ele acredita que a capacitação de pessoal da URI na Itália não só permitirá ao Alto Uruguai estudar e enfrentar melhor

alguns problemas locais, como o êxodo rural, ad-ministração de pequenas propriedades rurais, ques-tões indígenas e na área do meio ambiente, entre outros. Mas, segundo ele, a URI poderá estender a parceria de ações con-juntas com prefeituras, Emater e outros órgãos regionais. O objetivo é implementar ações que auxiliem no desenvolvi-mento regional.

Foto

: Mat

eus

Bald

issev

a

Diretor da URI, Luiz Mário Spinelli; representante italiano, Danilo D’Attanasio Esposito; reitor Bruno Mentges e a pró-reitora de Ensino, Helena Confortin

Os cursos da CCEAD/ PUC-Rio permitem flexibilidade de horário, além de privilegiarem a construção de documentos personalizados e a divisão da informação em módulos te-máticos, visando sempre a um trabalho cooperativo. Para atingir esse objetivo, basta somente que o aluno tenha acesso a um computador com internet e possua um endereço eletrônico.

Os cursos e disciplinas disponibilizados pela CCEAD/ PUC-Rio aliam um diferencial metodológico ao tecnológico, como, por exemplo, o uso de recursos sonoros e visuais, figuras, diagramas, ícones das estruturas de informação e de comandos necessários à navegação pela web; a utilização de menus; rapidez de acesso à informação; facilidade em seguir referências; prontidão de acesso e possibilidade de atender aos diferentes estilos de aprendizagem.

Os programas têm uma dinâmica de relações entre professor e aluno, presencial e a distância e contemplam diversas ativi-dades, tais como seminários, estudo de disciplinas, fórum de discussão no Ambiente Colaborativo na Internet, avaliação e revisão da aprendizagem. Além disso,propicia diferentes formas de relacionamento do professor-aluno com o conteúdo, além de adotar variadas mídias no processo de desenvolvimento do conhecimento.

Os materiais didáticos são constituídos pelos conteúdos em hipermídia, elaborados especialmente para o Ambiente Colaborativo de Aprendizagem. Também são considerados ma-teriais de apoio às atividades didáticas aqueles produzidos por professores e alunos; os registros das atividades diárias desses alunos; os textos publicados na biblioteca do curso; os links e indicações de materiais de referência e acervo da TV-Escola e do Salto para o Futuro.

Para conhecer melhor o trabalho da CCEAD/PUC-Rio, acesse www.ccead.puc-rio.br

Criada em junho de 2006 e com 48 turmas, a especialização propicia uma formação continuada a professores da rede pública, com ou sem licenciatura, que apresentem experiência efetiva em sala de aula. Entendendo o profissional da educação como um multiplicador de informações, o objetivo principal é atualizar e aprofundar os debates concernentes à integração de mídias e à reconstrução da prática pedagógica. Os futuros formandos obterão os seus diplomas em outubro de 2007.

Inaugurado em setembro de 2006 e com a conclusão prevista para julho de 2010, o Curso de Licenciatura em História conta com mil alunos distribuídos em 66 turmas, quadro formado por professores em exercício na rede pública de ensino, nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, que não tenham licenciatura na disciplina ministrada e que tenham sido classificados por processo seletivo específico, espalhado por todos os estados.

Segundo a professora Gilda Campos, coordena-dora Técnica da CCEAD/PUC-Rio, o diferencial da PUC-Rio reside na aliança entre produção tecnoló-gica e acompanhamento pedagógico: “Oferecemos um design didático e uma metodologia já comprova-

da e testada na elaboração de softwares para a educação, como a implementação de arte gráfica e programação interativas.” Além disso, continua, “nossas atividades de acompanhamento e tutoria se dão diariamente, de segunda a segunda”. A CCEAD/PUC-Rio chegou a criar um serviço telefônico de atendimento ao aluno, a “DDG”, Discagem Direta Gratuita, na qual se podem tirar dúvidas durante o horário comercial.

Page 10: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Abril/Junho - 200710

feito por uma comissão do MEC sobre a nossa realidade”, diz Ceres.

Em dezembro de 2006, o MEC ins-tituiu uma nova portaria que determina que os cursos avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) também tenham, no mesmo ano, verificada a sua infra-estrutura. Pela portaria, em 2007, entrarão na avalia-ção os cursos da área da Saúde. Outro ponto positivo da avaliação do MEC foi o conceito 5, nota máxima, recebida no item políticas de aquisição, atualização e manutenção dos equipamentos e formas de sua operacionalização.

Os laboratórios

Bromatologia - O nome estranho não dá muita noção do que se faz lá dentro. Mas, apesar da denominação não soar familiar, no Laboratório de Broma-tologia são feitos testes que interferem diretamente no dia-a-dia das pessoas.

Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) conta atualmente

com 166 laboratórios, divididos nas diferentes áreas do conhecimento, aten-dendo à graduação e à pós-graduação. Nesses ambientes, os acadêmicos po-dem trabalhar com equipamentos que, mais tarde, encontrarão em empresas, indústrias, hospitais, agências, entre outros. Somente no último ano, oito novos laboratórios foram inaugurados. Para a pró-reitora de Graduação, Carmen Lúcia de Lima Helfer, os novos espaços oferecem aos alunos equipamentos e estruturas modernas. “Buscamos colocar o aluno em contato com a inovação e a pesquisa, permitindo o desenvolvimento de um perfil profissional competente e atualizado, que possa fazer frente ao mercado atual, bastante competitivo”, afirma. “O laboratório une teoria e prá-tica, possibilita a pesquisa e a formação interdisciplinar. É fundamental essa ofer-ta por parte da instituição na formação profissional”, reforça.

Atualmente na Unisc as áreas com maior número de laboratórios são as da Saúde, da Química e das Engenha-rias. A de Tecnológica está em fase de expansão.

Nota máxima - Na avaliação do Mi-nistério da Educação (MEC), um dos pon-tos importantes para conferir qualidade a um curso diz respeito à infra-estrutura que ele oferece. Nesse item, são considerados, além dos laboratórios, espaços como biblioteca e salas de aula.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Avaliação Institucional da Graduação na Unisc, Ceres Scheffer, desde 1997, os cursos são avaliados periodicamente em relação à infra-estrutura. “Nos últimos cinco anos, a universidade se consolidou. Desde 2002, a Unisc vem recebendo con-ceito máximo neste quesito, independen-temente do curso. É um aval de qualidade

Feitos para experimentaçãoHá momentos na graduação em que o estudante fica muito próximo do que vai encontrar no mercado de trabalho, esse é o caso dos laboratórios, quando os alunos têm a oportunidade de colocar em prática o que estão aprendendo

É lá que alunos dos cursos de Nutrição, Química Industrial e Farmácia analisam as propriedades físicas e químicas dos alimentos, por meio da identificação dos nutrientes que os compõem. Nesse laboratório, são também quantificados os constituintes de alimentos naturais e processados como proteínas, gorduras, carboidratos, ferro, entre outros. Todos os semestres são ministradas no local disciplinas práticas. “Aqui podemos ver todo o processo de como determinado alimento age no organismo humano”, destaca Silvana Alves, 21 anos, aluna do terceiro semestre do Curso de Nutrição.

Multidisciplinar 1 - É trabalhando muito próximo à realidade que os alunos de Odontologia são preparados para lidar com o paciente real. Durante todo o curso, os futuros dentistas passam por mais de dez laboratórios. Um deles é o Multidisciplinar 1. Lá, uma das disciplinas ministradas é a Dentística Operatória, onde os alunos aprendem a fazer as res-

A

Page 11: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

11Abril/Junho - 2007

taurações dentárias. “A intenção é simular o atendimento no paciente. A estrutura é de um miniconsultório e os manequins dão a noção real do trabalho. Depois o aluno pode passar para a clínica, onde faz os primeiros procedimentos restaurado-res”, destaca o professor responsável pela Dentística Operatória, George Mundstock. Outras disciplinas que utilizam o labora-tório são a Endodontia, a Periodontia e a Prótese. O Multidisciplinar 1 é equipado com manequins importados da Alema-nha. A Unisc foi a primeira Universidade no estado do Rio Grande do Sul a utilizar esse tipo de laboratório.

Entomologia - A Entomologia é o estudo de insetos e de outros artrópodes e, na Unisc, há um local específico para trabalhar a matéria. No Laboratório de Entomologia, estão cadastrados quase 220 mil insetos. A riqueza de variedades serve como base para a pesquisa de alunos do Curso de Ciências Biológicas. Segundo o coordenador do laboratório, o professor do Departamento de Ciências Biológicas e Farmácia Andreas Köhler, atualmente, 11 acadêmicos bolsistas tra-balham no local. O laboratório também mantém projetos com órgãos públicos e com empresas do setor fumageiro, fazendo a coleta e a identificação de insetos que atacam o fumo, possibilitan-do o controle biológico para diminuir o uso de substâncias químicas no plantio do tabaco. O laboratório está aberto à comunidade para esclarecimento de dúvida0s. Ele fica na sala 1.508, no campus da Unisc.

Hardware e Robótica - Com os avanços na microeletrônica, torna-se im-prescindível estar atualizado em termos de infra-estutura. Por isso, no início deste ano, a Unisc inaugurou o Laboratório de Hardware e Robótica. Nesse laboratório, os alunos dos cursos de Ciência da Compu-tação e de Engenharia da Computação desenvolvem projetos de circuitos integra-dos e protótipos que serão utilizados na fabricação de aparelhos eletrônicos como celulares, DVDs, CDs players, computa-dores, entre outros. Para agregar ainda mais peso ao ensino e à pesquisa feita nesses cursos e nesse laboratório, no ano

passado, a Unisc assinou convênio com o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), de Porto Alegre, que recentemente entregou o primeiro chip custom comercial - chip que atende a funções específicas deter-minadas pelo cliente - desenvolvido no Brasil. Além da Unisc, somente a UFRSG e a PUCRS também possuem convênio com a Ceitec.

Fotografia - O Laboratório de Fo-tografia é o suporte para a prática das técnicas e das noções básicas que os alunos dos cursos de Comunicação Social aprendem em sala de aula. É lá, segun-do o professor responsável Alexandre Davi Borges, que os estudantes testam, entre outros, iluminação de fotografias. O laboratório de 90m² conta com equi-pamentos de revelação e ampliação, estúdio com fundo infinito, estrutura de iluminação profissional, além das dez câmeras reflex analógicas profissionais, seis câmeras digitais profissionais e seis digitais semiprofissionais disponíveis ao uso dos alunos. “Antes de conhecer esse laboratório, eu pensava que tirar uma foto era só dar o clique, e pronto. Não tinha noção de todo o preparo necessário para produzirmos uma boa foto”, conta a acadêmica do 4º semestre de Jornalismo Vanessa Behling.

Metrologia - Os primeiros con-ceitos de Metrologia datam de 4.800 a. C.. A Metrologia é a ciência das medições e trata da investigação, do desenvolvimento e da aplicação dos meios apropriados para medir as mais diversas grandezas existentes. Essa é a função do Laboratório de Metrologia da Unisc, usado para dar suporte às aulas da disciplina de mesmo nome, nos cursos de Engenharia Mecânica e de Produção. Nesse local, os futuros enge-nheiros são preparados para o manuseio de diferentes instrumentos de medição que farão parte do seu dia-a-dia, quando profissionais. Além de equipamentos de medição, o laboratório possui instrumen-tos para calibração, como o rugosímetro – a máquina que realiza medições tridi-mensionais –, microscópios de medição, mesas de controle, entre outros.

A UNISC conta hoje com 166 laboratórios que atendem à graduação e à pós-graduação

Page 12: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Abril/Junho - 200712

o ingênuo diário digital, os blogs se transformaram numa ameaça às

organizações. Com a sinceridade carac-terística do meio, blogueiros desabafam sobre mal-atendimento, a precariedade na prestação de um serviço, o defeito em um produto. Também cometem injustiças espalhando informações desabonadoras às empresas pela rede internacional de computadores, quando o próprio con-corrente não se encarrega disso.

É sobre esse fenômeno que se de-bruçam pesquisadores da Feevale no

trabalho “Os blogs como objeto de per-cepção e análise de risco à imagem das organizações”, do Grupo de Pesquisa Co-municação e Cultura. Uma das integrantes é Sandra Montardo, que afirma que a ferramenta tirou das empresas o privilégio da informação. “As pessoas comuns estão cada vez mais se tornando fontes confiá-veis de informação”, informa.

Seria o equivalente à divulgação boca a boca, com internautas consultando ou-tros sobre um serviço, um produto, uma empresa. Dessa forma, as informações

se espalham como um rastro de pólvora, apesar da popularidade dos blogs ser muito menor que a da televisão, do rádio e do jornal. “Os blogs não obedecem à lógica da cultura de massa. Mesmo não tendo grande audiência, a disseminação de informações nesse meio pode denegrir a imagem da empresa”, sustenta a pesqui-sadora, que estuda o assunto em conjunto com as colegas Helaine Abreu Rosa e Cíntia Carvalho, mais o pesquisador Ro-drigo Goulart, do Grupo de Pesquisa em Computação Aplicada.

Blog: vilão ou amigo da empresa? D

professor Castor Cartelle, do Mu-seu de Ciências Naturais da Pontifí-

cia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), e os pesquisadores Alfred Rosenberger, da City University of New York, e Marcelo Tejedor, da Universidade Nacional da Patagônia, estão prestes a publicar um artigo no qual descrevem, com material coletado pelo próprio Mu-seu da PUC-Minas, uma nova espécie de macaco extinto.

Esta é a sexta espécie nova a ser descrita com material do Museu e outras seis, ainda desconhecidas, estão sendo determinadas. A nova espécie, denomina-da Alouatta Mauroi, foi descoberta devido ao tamanho avantajado do dente canino superior e de um pré-molar. Segundo o professor Cartelle, os macacos da espécie bugio possuem três pré-molares e, geral-mente, os dentes anteriores são menores do que os posteriores. Na nova espécie descoberta, o comportamento da arcada dentária é exatamente o oposto: os dentes anteriores são bem maiores do que os posteriores. Os pesquisadores comparam as peças com a dentição de 200 outros tipos de bugios atuais.

Importância - No Brasil, são conheci-das 82 espécies de macacos. Desse total, só foram encontrados seis espécies por meio de fósseis, sendo que quatro delas são de espécies que ainda sobrevivem e apenas duas são de espécies extintas. A nova descoberta, o Alouatta Mauroi, é apenas a terceira espécie extinta a ser en-contrada no país. “Os fósseis de macacos são muito difíceis de se encontrar, pois são animais que vivem em matas, locais de difícil fossilização”, explica Cartelle.

A publicação da descoberta será feita na revista Ameghiniana, da Sociedade Paleontológica Argentina, uma das pu-blicações científicas mais respeitadas na

Professor descobre nova espécie de macacoO

Foto

: Mar

ta C

arne

iro

América Latina na área de Paleontologia. O texto já foi aprovado pela comissão de avaliação do periódico e deve ser publi-cado na próxima edição da revista.

Curador é homenageado - O nome da nova espécie Alouatta Mauroi presta

homenagem ao curador-adjunto de Paleontologia do Museu de Ciências Naturais da PUC-Mi-nas, Mauro Agostinho Chagas Ferreira. “Ele foi meu aluno no Colégio Loyola e esteve presente em todas as minhas escavações desde então. Essa é uma forma que encontrei de dizer publica-mente muito obrigado”, explica o professor Castor Cartelle.

Envaidecido pela homena-gem, Mauro conta que acompanha as escavações do professor Cartelle, a quem chama de “velho amigo de aventuras pelo sertão”, há mais de 30 anos. Ele disse que já se sente recompensado apenas pela oportunidade de vivenciar descobertas e partilhar histórias com o mestre. “É ex-tremamente envaidecedora a idéia de se ter o nome associado a uma descoberta, a um achado raro, a algum grande feito científico. Mas é principalmente ainda mais relevante e contundente quando lhe é feita essa homenagem por alguém a quem admiramos, temos grande amizade e profundo respeito tanto à pessoa quan-to ao profissional”, afirma Mauro.

Page 13: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Universidade Vale do Rio Doce (Univale) é a segunda do Brasil a

estabelecer uma parceira com a Organi-zação das Nações Unidas para Alimen-tação e Agricultura (FAO), no Programa Hortivar – um banco de dados sobre o desempenho de cultivares de horticultura. Em maio, a universidade recebeu a repre-sentante da FAO, Lucie Herzigova, para dar início à primeira fase do programa. Nessa etapa, alunos e professores da Univale e do Instituto Terra, no município de Aimorés (MG), e técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da região de Governador Vala-dares, participaram de um workshop. De acordo com o coor-denador do convê-nio, professor Carlos Augusto Brasileiro de Alencar, com o Hor-tivar é possível saber, em tempo real, o que o mundo tem feito em relação à agricultura e à ali-mentação. “Com o programa, pessoas do mundo todo são treinadas para abastecer o site com dados

e informações. Assim, qualquer um pode entrar na internet e encontrar dados sobre pesquisas específicas, numa linguagem bem mais simples do que as oferecidas pelos artigos científicos”, garantiu ele.

Workshop – Em 7 de maio passado, aconteceu na Univale um workshop para treinar os técnicos da Emater que vão abastecer o banco de dados do programa. No dia 8, foi a vez dos alunos e professo-res do Curso de Agronomia da instituição participarem do treinamento.

Com o Hortivar é possível saber, em tempo real, o que o mundo tem feito em relação à agricultura

Foto: Leonardo Moraes

1�Abril/Junho - 2007

Os que estão falando da minha empresa?

Sabendo o que está sendo dito sobre ela, aponta Sandra, a organização tem mais facilidade de elaborar estratégias de comunicação que desfaçam animosidades na internet ou potencializem elogios. O estudo identificou, porém, que as ferramentas existentes hoje para moni-toramento, como Google e Technorati, são limitadas, em razão dos métodos. O que fazer, então?

Os pesquisadores acreditam que a resposta está num software, em fase de desenvolvimento, que usa Processamento da Linguagem Natural e a Ontologia. Rodrigo Goulart afirma que essas técnicas

permitem uma busca mais inteligente, sem equívocos semânticos. “Se tu colo-cares a palavra ‘manga’ na pesquisa, vai aparecer como resultado a manga fruta e a manga da camisa”, explica. A ferra-menta em desenvolvimento, observa o pesquisador, se propõe a ser um banco de dados ontológicos sobre um determinado assunto, de modo a expandir o resultado da consulta e que ela seja mais precisa.

O que é a Ontologia?A palavra “direito”, por exemplo,

pode significar a ciência jurídica, a forma correta de fazer algo ou o lado oposto ao esquerdo. Aplicada à computação, a Ontologia desfaz coincidências semân-ticas relacionando a uma palavra uma

série de conceitos que a identifique com um assunto. Num sistema de busca na internet, a Ontologia contribui para en-contrar uma página que trate do assunto pesquisado, mesmo que o nome da em-presa, por exemplo, não seja citado; e reduz os resultados que não têm relação com o assunto, mas que aparecem por coincidência semântica. Ou seja, há mais precisão e amplitude na pesquisa.

A blogosfera hoje- 70 milhões de blogs no mundo- 120 mil são criados a cada dia- 1,4 blogs criados por segundo

Fonte: Technorati em 27.04.2007. Os números são de blogs rastreados.

AUnivale firma parceria com a ONU

Page 14: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Abril/Junho - 20071�

aria de Lurdes Dutra mexe em alguns pedaços de tecido e

comenta: ”No futuro eu quero costurar para fora”. Segundo ela, um real que ela economiza na hora de fazer alguma reforma nas roupas da família já faz valer aquilo que aprende no cursinho de costura. Ela é uma das mais de 1.600 pessoas que são diretamente beneficiadas pelo Projeto Tecnologias Sociais para Em-preendimentos Solidários – Tecnosociais da Unisinos.

O reconhecimento dos benefícios que esse trabalho gera aconteceu quando o júri do 9º Prêmio Finep de Inovação Tecnológico analisou os 134 projetos inscritos e escolheu os finalistas da Etapa Sul. A Unisinos venceu na categoria Ino-vação Social.

Vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) é uma empresa pública que tem como objetivo promover e finan-ciar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica.

A Região Sul teve o segundo maior número de inscrições entre as demais, perdendo apenas para a Região Sudeste. Os finalistas foram escolhidos com base no grau de inovação, resultados gerados para a empresa e os impactos ambientais e sociais.

A categoria Inovação Social avaliou a capacidade de replicar o conhecimen-to. O projeto mostra exatamente essa realidade, pois, através de cooperativas populares incubadas, gera esperança

e produz um impacto econômico à comunidade. Porém, uma preocupação do trabalho desenvolvido é de sempre manter a independência e a completa autonomia dos grupos.

O projeto consiste na incubação das cooperativas e atende atualmente a uma associação de catadores de papel, quatro cooperativas habitacionais, uma asso-ciação de artesanato, uma cooperativa formada por ex-funcionários de uma massa falida, um grupo que trabalha com confecção de roupas e uma cooperativa que faz serviços de limpeza.

Nelmo e Flora Schneider são per-sonagens que representam o impacto positivo desse projeto em São Leopoldo. O casal comemora a aquisição do piso novo que, garantem, “veio para com-binar com a casa nova”. Com o auxílio da cooperativa Coperprogresso, eles conseguiram trocar o antigo chalé por

Prêmio Finep de Inovação TecnológicaUnisinos vence a Etapa Sul com projeto que beneficia mais de 1.600 pessoas

uma casa de alvenaria. “Melhorou a nossa auto-estima. Agora, o frio do inverno não nos atrapalha”, desabafa.

Na coleta e na reciclagem do lixo, o projeto também gera mudanças e já satisfaz os integrantes da Associação dos Trabalhadores Urbanos de Recicláveis Orgânicos Inorgânicos (Aturoi). O grupo existe desde 2002, porém somente em 2005, com a ajuda do Tecnosociais, eles garantiram um espaço próprio. Munida de uniforme e bicicleta, Mageri Alves garante que esta organização fez crescer o número de material coletado. ”As pessoas colaboram mais, pois o uniforme passa uma segurança de que o material estará sendo bem reciclado”, comenta.

O projeto da Unisinos não conquistou prêmio nacional, porém, Vera Regina Schmitz, coordenadora do projeto, come-mora: “Já somos vencedores por termos vencido a etapa regional”.

O Tecnosociais incuba cooperativas para atender associações como as de catadores de papel e de artesanato

Equipe da Unisinos que desenvolve o projeto premiado no Rio Grande do Sul

Foto

s: R

enat

a St

odut

o

M

Page 15: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Ciências Biológicas da UNIFEOB inicia programa de recuperação de mata ciliar

Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB) deu início ao programa de

recuperação da mata ciliar na região de São João da Boa Vista (SP). Para tanto, em julho de 2006, coordenados pela professora Fernanda Tonizza Moraes, os estudantes começaram produzir mudas de espécies nativas da região para compor o reflorestamento em áreas de preservação per-manente, no viveiro da instituição.

Segundo a professora, a participação dos alunos é fundamental em todas as etapas do projeto, desde a coleta de sementes, produção das mudas, plantio no local definitivo e monitoramento do desenvolvimento. “Após o trabalho no viveiro, em 2007, nos meses de fevereiro e março, começamos a plantar as mudas nas áreas de preservação”, contou. Nos primeiros meses foram plantadas mais de 300 mudas, de diversas espécies. “Temos espécies conhecidas como o guanandi, ipê-roxo, ipê-amarelo, guapuruvu, pau-brasil, ipê-branco, orelha-de-macaco, uvaia, cerejinha, entre outras”, destacou Fernanda.

As árvores servirão para recuperar a vegetação ciliar em um trecho da margem do Rio da Prata e ao redor do açude na entrada do Campus 2 da instituição. Para Fernanda, recuperar a mata ciliar é a melhor forma de garantir o fornecimento de água com qualidade para consumo humano, evitar enchentes e prover alimentação e abrigo para a fauna local. As árvores servirão para recuperar a vegetação ciliar

1�Abril/Junho - 2007

jornalista Marcello Zanluchi, asses-sor de imprensa da Universidade

do Sagrado Coração (USC), esteve na cidade de Aparecida durante a visita do Papa para trabalhar na Sala de Imprensa oficial. Na ocasião, ele cobriu não só a visita de Bento XVI como também na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada de 13 a 31 de maio. Durante os dias de permanência do pontífice, o jornalista ficou encarregado do setor destinado ao conteúdo de TV dos eventos.

O convite foi feito ao jornalista, que é natural da cidade de Avaré, pela dire-ção de imprensa do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). Zanluchi acompanhou os principais passos do Papa na capital paulista. No dia 14, o jornalista passou a ancorar três boletins diários (9h, 14h e 17h), direto do Santuário Nacional,

a respeito das discussões da conferência. Essa cobertura será organizada pela TV Aparecida (veículo de comunicação do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida), em parceria com TV Século 21 e TV Canção Nova, além de retransmissão por parte de diversas emissoras do país.

Segundo Zanluchi, sua escolha para atuar na cobertura da visita papal foi um marco para a sua vida e um grande desa-fio. “Foi uma ansiedade e uma felicidade muito grande. O trabalho foi intenso. Tínhamos que iniciar os trabalhos por volta das 5h da manhã para atender aos jornalistas do exterior em virtude do fuso horário”, destaca.

Encontro com o Papa - Em 2004, Marcello Zanluchi viajou para a Itália para desenvolver um trabalho na Rádio Vati-cano. O estágio foi realizado na Redação do programa brasileiro, encarregado da

produção diária de três transmissões em língua portuguesa, ao vivo, contendo informações vaticanas, eclesiais e de atualidades internacionais, além de diver-sas produções de aprofundamentos sobre temas religiosos, sociais e culturais.

Durante esse período, o jornalista, que pôde ter uma experiência ampla da atividade radiofônica desenvolvida na emissora, teve a oportunidade de se en-contrar com Bento XVI, até então Joseph Ratzinger. “No final da tarde, quando saía do trabalho na rádio, sempre observava o cardeal alimentando os pombos na Praça de São Pedro. Um dia cheguei até ele e conversamos por alguns minutos. Fiquei surpreso com a sua amabilidade e inteligência”, destaca Zanluchi. No final do trabalho em Roma, Marcello teve uma audiência com o falecido Papa João Paulo II.

Jornalista da USC na cobertura da visita do Papa

O

O

Page 16: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Abril/Junho - 20071�

oi-se o tempo em que se pensava que estudar era somente estar em

sala aula. Os cursos de graduação estão a cada dia inovando e levando mais ativi-dades práticas aos acadêmicos, inserindo os mesmos no convívio com o dia-a-dia da profissão. Isso resulta na formação de profissionais cada vez mais preparados para ingressar no mercado de trabalho. A Universidade de Cruz Alta (Unicruz) é um exemplo dessa nova tendência

No mês de abril, o curso de Agrono-mia deu uma mostra dessa preocupação em aliar a prática aos ensinamentos teó-ricos, com a realização da quarta edição do Dia de Campo Acadêmico. O evento aconteceu na área experimental do Curso. Segundo o coordenador, professor José Luiz Tragnago, o Dia de Campo teve um saldo final muito positivo:“Foram mais de

150 acadêmicos envolvidos no evento e 17 trabalhos de pesquisa em Agronomia apresentados, com a participação de cerca de 30 alunos/pesquisadores, além dos professores do curso”.

Culturas - As pesquisas são realizadas permanentemente e envolvem diversas variedades de culturas, entre elas a soja, o girassol, a mamona, o milho, o feijão e o sorgo. Os acadêmicos pesquisadores, sob orientação dos professores, participam desde a etapa inicial do trabalho com os grãos, plantio, acompanhamento da planta até a colheita. Ao final, a análise dos resultados comprova a eficiência ou não de determinados métodos adotados e até mesmo a adaptação dos grãos sele-cionados para o clima da região. Assim, a comunidade do noroeste do estado, cuja economia é sustentada pelo agronegócio,

pode fazer uso desses estudos para me-lhorar o aproveitamento das lavouras e por conseqüência ampliar o rendimento de suas propriedades.

Ainda segundo Tragnago, o Dia de Campo tem trazido resultados muito satisfatórios ao longo dos quatro anos em que foi realizado. Prova disso é o número crescente de convênios firmados pela instituição com empresas do ramo do agronegócio, que investem no curso na busca de novas tecnologias e soluções, já pensando nos futuros engenheiros agrônomos que se formarão na univer-sidade.

Para valorizar trabalhos e projetos como esse, a Universidade de Cruz Alta disponibiliza uma área de 45 hectares de terra destinada à área experimental do curso e investe no cultivo e na colheita dos grãos que são acompanhados pelos alunos. De acordo com Tragnago, esse incentivo à pesquisa estimula no acadê-mico a vontade de participar desde os primeiros semestres de projetos em pro-gramas de iniciação científica, garantindo, com isso, além de muito conhecimento, uma bolsa-auxílio para o aluno na Uni-versidade.

Para o trabalho, a Unicruz disponibiliza 45 hectares de terra para experimentos que envolvem o cultivo e a colheita de grãos

Dia de Campo Acadêmico apresenta 17 pesquisas em culturas de verãoF

Page 17: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Foto

s: M

arco

s Co

lom

borianças e jovens aprendendo Ci-ências e Matemática de maneira

divertida e didática, interagindo com mais de 700 experimentos. Essa é a realidade diária do Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Localizado no campus central da universidade, numa área de 22.000 m2, o espaço recebe 1.300 pessoas por dia. Considerado o maior museu interativo da América Latina, o MCT foi escolhido a segunda melhor atração turística gaúcha, pelo Guia 4 Rodas em 2007.

Atrações - Idealizado e dirigido pelo professor Jeter Bertoletti desde 1967, o museu expõe em 22 áreas inúmeras atrações como o “Mundo da Criança”, o “Pla-neta Terra”, a “Força e Movi-mento”, os “Fluídos”, a “Luz” e os “Desafios com Figuras e Números”, entre outras. O próprio Bertoletti, com a aju-da dos coordenadores, Ana Bertoletti e Luiz Scolari, idea-liza cada novidade, sempre com o objetivo de promover ensino com prazer: “Queremos polarizar o conhecimento científico e alfabetizar a população em Ciências e Tecnologia”, registra. Além das exposições, também são realizadas pesquisas em diversas áreas como Arqueologia, Herpetologia e Paleontologia. O MCT conta ainda com diversas coleções científicas, totalizando mais de cinco milhões de peças.

Museu itinerante - Por meio do Projeto Museu Itinerante (Promusit), uma pequena amostra do MCT visita diversas localidades do país. Por meio de um caminhão, o Promusit transporta cerca de 60 experimentos interativos a diversos lugares do estado e do país, possibilitando, gratuitamente, a visita da comunidade. O projeto já realizou 84 viagens, atendendo a mais de 1,5 milhões de pessoas. Um ônibus devidamente equipado, busca nas cidades crianças e

adolescentes carentes para um passeio ao MCT. O projeto Escola Ciência (Proesc) já atendeu 174 municípios e proporcionou a visita de mais de 48 mil professores e alunos. Atualmente, a grande novidade do MCT é o Cinema em 3D, que conta com dois simuladores de imagens em três dimensões. Os aparelhos são de alta qualidade e transmitirão filmes e docu-mentários técnico-científicos. “Não há sistema de projeção como esse instalado em outro museu de ciências do Brasil”, informa Bertoletti. As imagens são transmitidas por dois potentes projetores para uma tela despolarizadora, em uma sala com sons estereofônicos. Os filmes foram, inicialmente, produzidos por uma equipe de especialistas do museu e são destinados para públicos de todas as ida-des. Os espectadores utilizarão, durante as sessões, óculos polarizadores.

Outra novidade é o Show de Eletrostática, que ensina ao visitante de ma-neira prática e didática, como um raio “cai” e o efeito de um pára-raios. O visitante pode lançar raios com as próprias mãos, ficar de cabelo em pé e acender

fluorescentes com um simples toque. Se-gundo Bertoletti, foram comprados dois geradores que permitem a interação com os experimentos, o “Van de Graaff” e o “Tesla”, além do aparelho “Aurora Bore-al”, que simula o homônimo fenômeno do Hemisfério Norte.

Para o futuro, o diretor destaca dois experimentos novos que estarão à disposição do público em breve: o “Try Science”, uma ilha de comunicação, pela qual será possível comunicar-se com outros museus do mundo, por meio de uma TV LCD plasma, de 42 polegadas; e a Casa Inteligente, que simula uma casa com todos os eletrodomésticos e móveis, como TV, ar-condicionado, microondas, chuveiro, fogão, entre outros. O projeto mostrará aos visitantes a importância da conservação de energia e os modos de utilização inteligente da mesma.

Há quase 40 anos, Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS ensina, brincando, Ciências e Matemática

O Promusit transporta cerca de 60 experimentos interativos a diversos lugares do estado e do país

1�Abril/Junho - 2007

C

Page 18: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Abril/Junho - 20071�

arte e a cultura de um povo sempre são mo-

tivos de valorização. Com o desejo de promover e elevar estes elementos com a po-pulação de sua região no Rio Grande do Sul, a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) tem realizado ações em prol de ar-tistas locais e da comunidade. Com iniciativas apoiadas por figuras de expressão nacional e de destaque no âmbito gaú-cho e valorizando os talentos da terra, a instituição busca contribuir e cooperar para este desenvolvimento.

A UCPel está presente, desde o início, na expansão do grupo de artes circenses Tholl, agora nacionalmente reconhecido. Apóia também a bailarina Luiza Yuk, que estuda na extensão brasileira da escola de balé mais famosa do mundo, além de manter uma galeria de arte e um coral.

Arte circense - Promover e difundir as atividades artístico-culturais do grupo Tholl é o desejo da UCPel. Conhecido na-cionalmente, o grupo trabalha, de forma pioneira, com técnicas circenses. A UCPel está presente apoiando a trajetória cultural do grupo desde 2003. Em abril, a universi-dade renovou o contrato de incentivo.

Uma mistura de técnicas circenses com artes cênicas, o grupo é uma espécie de circo sem lona e sem picadeiro, criado para atuar em teatros e na rua. Segundo informações da Secretaria de Cultura do

estado, o Tholl é precursor desse novo tipo de arte no Rio Grande do Sul. Mesmo antes do sucesso da trupe, a UCPel já apostava no po-tencial de seus integrantes que hoje se apresentam em espaços privilegiados como o programa Caldeirão do Huck, da TV Globo, e Tudo é Possível, da Rede Record.

O Tholl tem emocionado platéias do Brasil inteiro com técnicas como tecido e arco aéreos, trapézio simples e triplo, equilíbrio em bola, perna-de-pau, monociclo,

contorcionismo, acrobacia de solo, arre-messo, trampolim, corda acrobática, ma-labarismos e pirofagia. Atualmente conta com 30 alunos, entre adultos e crianças a partir de cinco anos de idade.

Canto – Uma outra expressão artística, iniciada em 1970 pelo Diretório Central de Estudantes, também sempre recebeu apoio da UCPel. Trata-se do coral da instituição. O grupo participa de eventos comemorativos da universidade e da cidade, com destaque para concertos, audições musicais, festivais e encontros. O Programa Artístico-Cultural da universidade também realiza, há 32 anos, a Audição de Corais Pelotenses (Acopel), visando promover a difusão e o estímulo à prática da arte, com intercâmbio de grupos. Neste ano, será realizado, com o acompanhamento da Orquestra de Câmara de Pelotas, o 10º Concerto de Natal.

Projeto da Uniplac visa preservar o Aqüífero Guarani

Universidade do Planalto Ca-tarinense (Uniplac), de Lages

(SC), está envolvida em um dos maio-res projetos ambientais do país, o Rede Guarani/Serra Geral. Trata-se de uma grande ação para conhecer e preservar as águas do Aqüífero Guarani, que é o maior manancial de água doce sub-terrânea transfronteiriço do mundo. Está localizado na região centro-leste da América do Sul, sendo que a maior parte do manancial fica no Brasil (840.000km², de um total de 1,2 milhão de km²). O Aqüífero beneficia os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul e outros países da América Latina, totalizando 29% da água doce existente no planeta. Suas águas, por sua abundância, qualidade e acessibilidade, são estratégicas para o abastecimento das regiões. Por causa dos recorrentes períodos de estiagem, atualmente a utilização dessas águas tem crescido exponencialmente.

Uso sustentável – O projeto da Uniplac contará com recursos do Banco Mundial (Bird)e visa gerar conhecimentos técnicos e científicos para a proteção e o uso sustentável das águas do Aqüífero Guarani contra a falta de informações e a exploração desorganizada da população e de criadores de suínos, que perfuram poços artesianos e expõem as águas da reserva à contaminação.

O projeto prevê pesquisas por meio de uma rede regional de uni-versidades e centros de pesquisas que irá propor um marco legal visando à gestão transfronteiriça do sistema, permitindo o tratamento do mesmo como elemento único.

Estímulo permanente à arte e à cultura

O Coral da UCPel participa de eventos comemorativos da universidade e do município

A

A

Page 19: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Abril/Junho - 2007 1�

inclusão é uma das premissas que têm embasado as ações do Centro

Universitário Feevale. E não apenas devido às leis e políticas que impõem às organi-zações a adoção de programas e serviços que incentivem a diversidade, combatam o preconceito e eliminem as diferenças. Mais do que isso, para que cada pessoa seja aceita com suas diferenças, dentro de um processo de valorização e respeito.

Partindo desse princípio, o setor de Recursos Humanos da Feevale vem promovendo – mais efetivamente desde março de 2006 – diversas ações voltadas à inclusão de pessoas com necessidades especiais. Para isso, criou o projeto Inclu-são Organizacional e Social para Valores Especiais (Inove), que tem como um dos objetivos possibilitar a inserção de pessoas com necessidades especiais no mercado, assegurando a elas a efetiva igualdade de oportunidades. “Queremos contribuir para a inserção dessas pessoas na sociedade, através do desenvolvimen-to de suas capacidades para o emprego”, afirma a coordenadora de RH, Maura Regina Mello.

Inicialmente, o setor de RH montou uma equipe, for-mada por pessoas de diversas áreas da instituição, para ficar responsável pela gestão do projeto. Elas têm como com-promisso a eliminação de preconceitos e crenças errô-neas com relação às pessoas com necessidades especiais. Também buscam mostrar as potencialidades dos sujeitos, bem como a promoção de uma atitude positiva na sociedade com relação à diversidade.

O setor de Segurança e Medicina do Trabalho já fez uma análise dos cargos institucionais e, a partir daí, começou um trabalho de sensibilização junto aos coordenadores. Hoje, a instituição possui um banco de currículos de profissionais com necessidades especiais. As pessoas podem se cadastrar acessando o site www.

feevale.br, no link RH (para a comuni-dade) ou Serviços PontoCom – Talentos (para alunos). Outra medida adotada pela Feevale neste ano foi a contratação de quatro intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), que, além de acompa-nharem os alunos surdos, desenvolvem seu trabalho nas entrevistas de seleção e outras atividades institucionais.

Trabalhando com as diferençasFeevale oportuniza a inserção de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho

Conforme Maura, ainda neste ano deverá ser disponibilizado um curso da Libras para os colaboradores. A Feevale também está constantemente fazendo adaptações nos seus espaços físicos, sinali-zando áreas de circulação, colocando ele-vadores ou rampas, adaptando banheiros e providenciando piso tátil e mobiliário ergonômico, entre outras melhorias.

Exemplo de determinação

Há poucas semanas, a sapiranguense Lia-na Hoffmeister, 26 anos, que é surda e cursa o terceiro semestre do Curso de Pedagogia na Feevale, não vacilou na hora de se candidatar a uma vaga disponibilizada pela instituição. Depois de participar de um processo seletivo,

em abril ela começou a trabalhar na biblioteca do Campus II.Simpática, Liana diz que o pequeno número de estudantes surdos no

ensino superior deve-se à falta de informação. “Sempre que posso eu divulgo a possibilidade deles estudarem, da estrutura que a Feevale oferece”, afirma ela, com auxílio de uma intérprete de Libras, apesar de também fazer leitura labial para se comunicar.

Liana, que nasceu surda, conta que se sente à vontade nas aulas e no trabalho. “Meus colegas são bastante receptivos. Se existe um pouco de pre-conceito, ele some totalmente depois que a gente se conhece. Eles têm muita curiosidade sobre a língua de sinais”, ressalta.

O setor de RH montou uma equipe formada por pessoas de diversas áreas da instituição

A

Trabalhos Comunitários

Foto

s: M

igue

l Eich

Page 20: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

ulas sobre higiene ambiental e segurança no trabalho; habilidades e competências; classi-

ficação dos setores de alimentos e bebidas; tipos de cardápios e técnicas de preparação e arrumação de mesas. Estes são alguns dos temas que fazem parte das aulas do primeiro Curso de Auxiliar de Garçom que o Núcleo de Extensão Comunitária da Univer-sidade Católica de Santos (UniSantos) promove na Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá.

O curso tem como objetivo capacitar o jovem para o mercado de trabalho e é voltado, exclusiva-mente, para os moradores da Praia de Santa Cruz dos Navegantes, bairro vizinho ao monumento histórico, totalmente recuperado graças ao trabalho da instituição.

As aulas são realizadas em sala e cozinha experimental que a UniSantos possui na própria fortificação. Os professores – profissionais de di-versas áreas – são voluntários e alunos, estagiários do próprio Núcleo de Extensão Comunitária, que acompanham o trabalho.

Para os jovens que já trabalham na área, como a garçonete Solange Santos, de 22 anos, o curso serve como aperfeiçoamento. Ela acredita que iniciativas como essa auxiliam as pessoas a entrarem no mer-cado de trabalho e também contribui para a própria inclusão na sociedade.

Para Juliette Simão Praga Rai, de 17 anos, o curso ajuda os jovens na conquista do primeiro emprego. “A UniSantos está realizando um ótimo trabalho com a comunidade. Conheço muitas pessoas que já participaram de outros cursos. A proximidade das salas de aula com o bairro também é um fator determinante para que muitos partici-pem, pois assim não precisam gastar dinheiro com o transporte.”

O Núcleo realiza trabalhos em Santa Cruz dos Navegantes desde 1986. Em sua sede própria, promove dezenas de projetos em benefício da comunidade.

Curso de Auxiliar de Garçom beneficia jovens de bairro carente

O curso objetiva capacitar jovens para o mercado de trabalho

Orientação em saúde para a população

ferecendo orientação gratuita à comunidade, alunos e pro-fessores dos cursos de Biotecnologia, Farmácia, Nutrição e

Terapia Ocupacional, da Universidade de Sorocaba (Uniso), deram início ao projeto Saúde na Rua: Informação e Inovação.

A proposta é realizar atividades em diferentes locais da cidade, a cada data comemorativa de maior relevância nessas áreas, com distribuição de material informativo e dicas de saúde, visando à promoção da qualidade de vida e à conscientização sobre a impor-tância dos profissionais, entre outros objetivos.

O lançamento do projeto aconteceu no último 26 de abril, quando se comemorou o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Aproximadamente mil pessoas participaram, na praça Coronel Fernando Prestes, no centro da cidade. Elas re-ceberam diversos tipos de orientações, entre as quais sobre o uso

20 Abril/Junho - 2007

A

Trabalhos Comunitários

O

Page 21: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Núcleo de Pesquisa em Atividade Física, Exercício Físico e Saúde do

Curso de Educação Física da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) está abrindo novamente vagas para pessoas da terceira idade que desejam praticar exercícios. Esse núcleo de pesquisa é dirigido por Gerson Previtali e orientado pelo professor Fábio Leivas, com a partici-pação dos acadêmicos Miguel Conceição e Roberto César Silveira Padilha.

Segundo informou Conceição, o trabalho é direcionado a mulheres com faixa etária entre 60 e 70 anos. A idéia é oferecer à comunidade atividades físi-cas de forma gratuita, mas com toda a orientação necessária. “Nós precisamos da participação dessas pessoas, pois os dois lados se beneficiam. As participantes recebem aulas gratuitas e nós pesquisa-mos”, observou o acadêmico.

No ano passado, quando o projeto teve início, cerca de 30 pessoas parti-ciparam das atividades. Além de ga-rantir bem-estar físico com a prática de exercícios regulares, o grupo de terceira idade ainda contribui com os estudos desenvolvidos pelo núcleo de pesquisa.

“Com a prática de atividades, essa po-pulação consegue ter mais mobilidade e uma maior funcionalidade nas atividades do dia-a-dia”, explica Conceição, ao ressaltar os benefícios que as atividades proporcionam aos participantes. As aulas acontecerão três vezes na semana, com

atividades físicas que envolvem aulas de musculação em academia, caminhadas controladas e ginástica localizada.

Maiores informações poderão ser ob-tidas junto aos professores e acadêmicos responsáveis, no Corujão, de segunda à sexta-feira, a partir das 19h.

Urcamp oferece atividade física para a 3ª idade

O trabalho do Núcleo é direcionado a mulheres com faixa etária entre 60 e 70 anos

Abril/Junho - 2007 21

O projeto de saúde realiza atividades em diferentes locais da cidade

Foto

: Mar

cela

Mel

lo

O

dos medicamentos, cuidados com a alimentação, organização do dia-a-dia do hipertenso e infor-mações sobre a doença.

As atividades mobilizaram cerca de vinte alunos, entre eles estudantes que atuam no Doce Coração, outro projeto da Uniso de orientação em saúde à população, voltado a hipertensos e dia-béticos, realizado na Farmácia Comunitária Vital Brazil, mantida em parceria com a PUC-SP.

Aluna de Farmácia, Talita Aparecida Vieira participou do projeto como voluntária. “Gosto de estar com a comunidade, informando sobre os cuidados com a saúde”, destaca.

A estudante Lucimara Messias Tisêo, de Terapia Ocupacional, que pretende atuar em atividades que abranjam cuidados com hipertensos, encon-trou no projeto uma possibilidade de aprendizado. “Além de ajudar as pessoas, essa experiência vai me trazer conhecimentos”.O próximo Saúde na Rua acontecerá no dia 12 junho.

Page 22: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

22 Abril/Junho - 2007

Universidade Católica de Santos (UniSantos) está de parabéns por

cumprir a cota para deficientes físicos. Empenhada, a universidade sempre fez as adaptações necessárias para a inclusão e é exemplo, pois busca o profissional de acordo com o perfil desejado para ocupar determinada função”. Foi assim que o coordenador de Defesa de Políticas para pessoas portadoras de deficiência, da Prefeitura Municipal de Santos, Luciano Marque de Souza, exaltou a instituição pelo cumprimento da lei que garante cotas para deficientes físicos em empresas com mais de cem empregados. Hoje, cerca de 40 funcionários estão inseridos em diversos setores, com limitações físicas como deficiência visual, auditiva, ampu-tados, portadores de seqüelas motoras ou defeitos congênitos.

Luciano esteve na universidade, no mês de março, para participar do encontro mensal de gestores administrativos e disse que a UniSantos sempre esteve preocu-pada com as questões de inclusão, tanto que permanece ativamente no Conselho Municipal de Santos para Integração das Pessoas Portadoras de Deficiência. Na oca-sião, ele lamentou a postura de algumas empresas, que se preocupam apenas com o cumprimento da cota. “Devo ressaltar o trabalho desta instituição, pois sempre foram observadas as necessidades dos deficientes, procurando o perfil ideal para as funções”, disse Luciene.

Coordenadora de Recursos Humanos da Sociedade Visconde de São Leopoldo,

mantenedora da UniSantos, Marilza Borges Augusto foi elogiada pelo seu profissionalismo, empenho e sensibilida-de na contratação de deficientes. “Nossa instituição sempre teve vocação para isto, tanto que nos preparamos para este trabalho”, disse Marilza. A presença de Luciano Marques, segundo a coordenado-ra, já marca uma nova etapa do processo de inclusão que é o de sensibilizar ainda mais o gestor que trabalha diretamente com os colaboradores portadores de necessidades especiais.

Beneficiando bairro carente - Aulas sobre higiene ambiental e segurança no trabalho; habilidades e competências; classificação dos setores de alimentos e bebidas; tipos de cardápios e técnicas de preparação e arrumação de mesas. Esses são alguns dos temas que fazem parte das aulas do primeiro Curso de Auxiliar de Garçom que o Núcleo de Extensão Comunitária da UniSantos promove na Fortaleza de Santo Amaro da Barra Gran-de, em Guarujá.

Com o objetivo de capacitar o jovem para o mercado de trabalho, o curso, que prossegue até o dia 30 de junho, é voltado exclusivamente para os jovens moradores da Praia de Santa Cruz dos Navegantes, bairro vizinho ao monu-

mento histórico, totalmente recuperado graças ao trabalho da universidade.

As aulas são realizadas em sala e cozinha experimental que a UniSantos possui na própria fortificação , às terças e quintas-feiras (turma A) e aos sábados (turma B). Os professores - pro-fissionais e diversas áreas - são voluntários e os alunos que acompanham o trabalho são

estagiários do próprio Núcleo de Extensão Comunitária.

Para os jovens que já trabalham na área, como a garçonete Solange Santos, de 22 anos, as aulas servem como um aperfeiçoamento. Ela acredita que ini-ciativas como esta auxiliam as pessoas a entrarem no mercado de trabalho e também contribui para a própria inclusão na sociedade.

Segundo Juliette Simão Praga Rai, de 17 anos, o curso ajudará os jovens para a conquista do primeiro emprego. “A UniSantos está realizando um ótimo trabalho com a comunidade. Conheço muitas pessoas que já participaram de outros cursos. A proximidade das salas de aula com o bairro também é um fator de-terminante para que muitos participem, pois assim não precisam gastar dinheiro com o transporte”, explicou.

O Núcleo realiza trabalhos em Santa Cruz dos Navegantes desde 1986. Em sua sede própria, promove dezenas de projetos em benefício da comunidade.

UniSantos é destaque pela inclusão de deficientes físicos

Funcionando desde 1986 no município de Santa Cruz dos Navegantes, o núcleo promove projetos em beneficio da comunidade

Trabalhos Comunitários

“A

Page 23: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

ioneirismo. Essa é a palavra utili-zada pelas acadêmicas do Curso

de Fisioterapia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Beatriz Corrêa Braga e Carolina Trindade, ao falar sobre o tra-balho Intervenção Fisioterápica em Lesões por Esforços Repetitivos Decorrentes da Utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras), desenvolvido e apresentado recentemente por elas no 2º Encontro Estadual de Intérpretes da Libras, em Porto Alegre.

Com o objetivo de analisar a situação dos intérpretes da língua e dos deficientes auditivos, as alunas aplicaram pesquisas com os profissionais e portadores da deficiência da UCPel e do Colégio Pelo-tense. A amostragem avaliou um total de 24 pessoas.

Entre os intérpretes, os resultados foram preocupantes. Todos os entre-vistados apresentaram algum tipo de lesão, da mais simples a mais complexa. “Eles citaram dores e desconforto, pois permanecem muito tempo na mesma posição, utilizando e fazendo os mesmos movimentos. Com o passar dos anos, isso pode piorar e ocasionar lesões gravíssi-mas”, afirmou Beatriz.

Já com relação aos surdos, nenhum demonstrou possuir qualquer problema ao fazer os movimentos. “Eles afirmaram não possuir dor; dizem que estão acos-tumados e que Libras é a forma que têm para se comunicar”, revelou Carolina.

Grupo de Estudos Surdos - Inserido no projeto de desenvolvimento da edu-cação surda, o Grupo de Estudos Surdos existe há quatro anos. Ele tem como finalidade integrar a UCPel de maneira mais eficiente à educação surda. Busca a criação de alternativas pedagógicas capazes de humanizar o acesso dessa parcela da população às aprendizagens formais, viabilizando sua integração ao processo de escolarização, em todos os níveis, em ambientes adequados, aco-lhedores e estimulantes, pela oferta de metodologia própria, através de iniciati-vas de formação continuada, investigação

científica, estudos em equipes, publicação de experiências de educação surda em es-paços formais e não-formais, de maneira sistematizada ou eventual.

Sobre Libras - A língua de sinais foi reconhecida no Rio Grande do Sul somen-te em 1999, embora desde setembro de 1996 tivesse sido oficializada na capital do estado. Essas providências abriram novas perspectivas de aperfeiçoamento pessoal a uma parcela da população, cujas necessidades de aprendizagem não vinham merecendo o tratamento específi-co como seres humanos e cidadãos.

Na vida acadêmica, surdos e não-surdos dividem espaços, o que enriquece e flexibiliza aprendizagens e convivências de uns e outros, pela solidariedade e mutualidade de trocas e co-participação na adoção e socialização de soluções em circunstâncias diversificadas. Nesse

contexto, são inegáveis as dificuldades recíprocas, uma vez que a produção lingüística do surdo é bilíngüe, fala e com-preende a língua de sinais, mas escreve e lê a língua de origem, enquanto o aluno ouvinte não domina a língua de sinais.

Capacitação na UCPel - A partir de 4 de julho, a UCPel abre inscrições para o curso de capacitação para tradutor/intérprete de Libras. Este profissional é capacitado para propiciar a comunicação entre a pessoa surda, usuária dessa língua, e a pessoa ouvinte, que a desconhece. O curso tem como objetivo oferecer quali-ficação, bem como contribuir para a in-clusão social dos surdos. Outra proposta é atender à demanda social da região frente à carência do profissional e oportunizar a aplicação da legislação vigente com relação ao direito do cidadão surdo em interagir, utilizando sua língua natural.

Fisioterapia da UCPel desenvolve trabalho inédito

O trabalho objetiva analisar a situação dos intérpretes da língua e dos deficientes auditivos

Abril/Junho - 2007 2�

Trabalhos Comunitários

P

Page 24: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

m uma sociedade que discute o respeito à diversidade, não é de

se surpreender o fato de uma universi-dade possuir alunos com algum tipo de deficiência. Mas esses alunos dependem de uma infra-estrutura e profissionais capacitados que atendam às suas neces-sidades.

A Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) possui, desde agosto de 2006, o Núcleo de Educação Inclusiva (NEI), que atende e orienta alunos com deficiência auditiva, física, visual e mental.

O Núcleo é ligado à Vice-Reitoria de Graduação e tem como objetivo principal romper as barreiras de natureza cultural, afetiva e educacional, que dificultam a inclusão de pessoas com necessidades especiais na universidade. Segundo Marta Estela Borgmann, coordenadora do NEI, é preciso acompanhar o pro-

cesso de ingresso, acesso e permanência desses alunos na universidade. “Um dos nossos grandes objetivos é romper as barreiras do preconceito, do sentimento de piedade. Todo aluno merece todo o respeito”.

O processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na universidade se torna difícil por as pessoas não terem um contato freqüente com os mesmos. Esses alunos estão sendo inseridos e aceitos recentemente na ins-tituição, e esta é a luta do NEI: mostrar que é possível oferecer uma educação de qualidade para todos.

Alunos surdos - A maioria dos alunos com necessidades educacionais especiais na Unijuí é formada por surdos, e, devido

em-Estar”. Assim foi intitulado o Programa da Universidade Ca-

tólica Dom Bosco, que promove desde a primeira semana de maio uma mo-bilização institucional para sensibilizar a comunidade acadêmica em relação aos cuidados com a saúde e ao uso de álcool e outras drogas. O Programa, que será desenvolvido durante todo o ano, pretende desencadear um processo de despertar nos acadêmicos, professores, coordenadores, colaboradores, gestores e dirigentes da instituição, provocando reflexão e ação em torno do tema. Nas duas primeiras semanas de programação,

a UCDB promoveu atividades artístico-culturais com a participação de grupos musicais e a presença de um performista, que utilizou a improvisação guaicuru para transmitir a mensagem.

O Grupo de Trabalho (GT) “Prevenção e Bem-Estar” foi organizado para atender à necessidade institucional de enfrentamen-to a situações que levam a comunidade acadêmica a adotar hábitos não-saudáveis. É a realização de um trabalho de linha preventiva, buscando colaborar para a saúde integral do ser humano, abrangendo aspectos emocionais, físicos e sociais. Com a ação, a UCDB procura demonstrar um

posicionamento contrário à cultura de que seja “normal ou recreativo” o uso indevido de álcool e outras drogas.

A instituição considera que sua mis-são, assim como dos demais órgãos e grupos sociais, é a de preservar a pessoa humana em todas as suas potencialidades e qualidades. “Bem-Estar” contempla esses fatores e objetiva ser impactante, educativo e agregar mudança de com-portamento, visando à formação do homem integral. Para a coordenadora do GT, professora Helena Gasparini, esse é um dever de todos. “É também de nossa responsabilidade, enquanto educadores,

UCDB lança programa para promover qualidade

2� Abril/Junho - 2007

Uma lição de inclusão

a isso, é preciso uma maior estrutura para atendê-los. São quatro intérpretes que realizam trabalhos com os alunos, dentro e fora da sala de aula.

Manoelisa Goebel, intérprete da Unijuí, afirma que precisa estudar alguns conceitos desconhecidos da língua dos sinais: “Os professores precisam nos passar com antecedência o material que irão trabalhar em aula para estudarmos. A Libras se constrói e reconstrói de acor-do com os novos conceitos da Língua Portuguesa”.

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como uma língua oficial, portanto, todo aluno surdo tem direito à educação, bem como à inserção no mercado de trabalho.

O Núcleo atende e orienta alunos com deficiência auditiva, física, visual e mental

“B

Trabalhos Comunitários

E

Page 25: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

ais de 45 mil pessoas de Goiânia e moradores de cidades vizinhas

compareceram à Universidade Católica de Goiás (UCG), nos dias 24, 25 e 26 de maio, para participar das mais de 400 atividades e serviços oferecidos gratuitamente durante a III Semana de Cultura e Cidadania. O evento foi orga-nizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (ProEx) da instituição. A programação incluiu a realização de mi-nicursos, colóquios, da Feira Universitária e das Profissões, oficinas pedagógicas e esporti-vas, jogos e brinquedos, visitações, apresentações culturais, lançamento de livros, unidade de Vapt Vupt, Feira de Produtos do Cerrado, atendimento jurídico e diversos serviços de saúde.

Casamento comuni-tário – Na ocasião, com a participação de 12 casais e um público estimado de mais de mil pessoas, entre eles o reitor da UCG, Wolmir Amado, foi realizada uma cerimônia de casamento comunitário. Depois do evento, o reitor da

solidariedade, de forma a preservar a qualidade de vida e jamais a destruição. “Nós estamos dizendo sim à vida”, sa-lienta. Helena lembra que a universidade muitas vezes acaba sendo uma extensão da família, considerando-se o tempo que funcionários e acadêmicos passam na instituição, mas que esses momentos devem ser de fraternidade e amizade, sem prejuízo à saúde e sem prazeres artificiais. “Em todo o perpassar do pro-grama, irá ficar o perfume do amor e da alegria. Os jovens estão cobrando isso”, finaliza a docente, sinalizando as ações que estão por vir.

colaborar para a qualidade de vida dos nossos alunos”, afirma.

Segundo a docente, ape-nas o conhecimento cientí-fico não é suficiente, mas é necessário passar valores e provocar reflexão para, a partir daí, desencadear atitudes novas. Sendo assim, todo o trabalho do “Bem-Estar” tem por base a formação do cidadão pleno, que é bom profissional, bom chefe de família e amigo de todos. “Não queremos apenas o papel de transmissores de conhecimento,

mas estamos preocupados também com a formação, que insere valores morais e sociais”, destacou a professora.

Ela explica ainda que a proposta do programa é também passar a força da

de vida

Foram parceiros na realização do projeto o Governo do Estado de Goiás, a Prefeitura de Goiânia, a TV Serra Doura-da, a Arquidiocese de Goiânia e a Santa Casa de Misericórdia.

O GT orienta a comunidade acadêmica a adotar hábitos saudáveis

Abril/Junho - 2007 2�

III Semana de Cultura e Cidadania da UCG

UCG lembrou que a instituição mantém, funcionando permanentemente, clínicas-escola da área de saúde, serviços jurídicos, programas e projetos de extensão, com atendimento gratuito ao público.

A programação incluiu a realização de minicursos, colóquios, feiras, oficinas etc.

M

Page 26: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

2� Abril/Junho - 2007

inte e três de agosto de 1997. A data não é apagada da memória,

nem as seqüelas que a ação de um moto-rista imprudente ocasionaram a Inoel de Lima Vidal, 56 anos. O jovem pai de fa-mília fazia uma viagem de trabalho acom-panhado pelo filho, quando, num lapso de segundos, por descuido do motorista que trafegava ao seu lado, se viu frente a outro caminhão-carreta, similar ao que ele dirigia. O choque foi instantâneo. O filho foi arremessado para o lado de fora e Vidal ficou preso às ferragens. Ao acor-dar, a constatação: havia perdido a perna esquerda. Não só a profissão de motorista seria abandonada como também tantas outras atividades, programas, sonhos. “Só Deus explica como saí vivo do acidente. Nasci de novo. Mas ficar sem a perna de um dia pro outro é uma experiência muito triste”, lembra, emocionado.

Durante quatro anos, Vidal foi obri-gado a conviver com a realidade atual dos deficientes físicos: dificuldades de locomoção, falta de infra-estrutura de apoio e até mesmo preconceito. Mas o tempo não venceu a esperança. Assim que soube que existia uma alternativa e poderia voltar a ter ‘liberdade de movi-mentos’, o sonho de voltar a caminhar foi retomado. O ex-motorista de Tapejara foi um dos primeiros pacientes do Programa de Concessão de Órteses e Próteses Físicas Ambulatoriais, desenvolvido pela Facul-dade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade de Passo Fundo (UPF) em parceria com os governos federal e estadual. “Depois de fazer um ano de fisioterapia, comecei a usar a prótese e voltei a andar. É uma diferença tão gran-de que não tem explicação. A gente se renova aqui”, conta. Recentemente, Vidal passou por outra cirurgia para ajustes na estrutura óssea do coto de amputação, para melhor adaptação à prótese, e no

momento está se submetendo a trata-mento fisioterapêutico.

Todas as semanas, Vidal recebe atendimento na Clínica de Fisioterapia, onde o programa é desenvolvido. Para ele, além da amizade conquistada com os atendentes da clínica, a convivência com outras pessoas que enfrentam pro-blemas semelhantes ao seu auxilia no tratamento. A opinião é compartilhada pelo ex-professor da UPF Ivanir Campana, que há 10 anos sofreu uma queda e ficou paraplégico. “Quando me acidentei achei que a vida não tinha mais sentido. Depois de receber orientação e auxílio, percebi que posso ser independente e ter uma vida muito feliz”, lembra ele, que hoje mantém uma oficina de artesanato em casa como passatempo.

Carinho e cuidado - Não é apenas o cumprimento das atividades rotineiras de trabalho. Longe disso. A atenção, o carinho e o cuidado dispensados aos pacientes fazem com que o atendimento prestado pelos profissionais do programa faça a diferença na recuperação dos assistidos. Daniela Delazeri e Patrícia Diello Granville, fisioterapeutas formadas pela UPF, estão no programa desde o surgimento, em 2004. E a recompensa pela função exer-cida vem de várias formas. “Na realidade, ensinamos a maioria deles a caminhar

novamente”, relata Patrícia. Por ser uma atividade de caráter também emocional, o vínculo com os pacientes é inevitável. “Eles são muito gratos. Tivemos uma visita na semana passada de um paciente que chegou aqui feliz, dirigindo seu carro e caminhando normalmente. Na primeira vez que veio aqui, chegou carregado em um lençol”, lembra Daniela.

A determinação dos pacientes tam-bém é destacada pelas profissionais. “A maioria encara sua deficiência com otimismo, demonstrando uma força surpreendente”, lembra a fisioterapeuta Daniela, que também destaca os ganhos reais que a terapia oferece. “O ganho da independência é muito grande, porque

Um espaço de superaçãoPrograma concede próteses e oferece atendimento fisioterapêutico para pacientes de 225 municípios das regiões Norte e Missões

O programa visa garantir o acesso dos pacientes à reabilitação e aos meios de assistência em saúde

Foto

s: M

aria

Joa

na C

haise

Trabalhos Comunitários

V

Page 27: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Votupo-

ranga (Unifev) acaba de firmar uma par-ceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Os professores Salvador Castrequini Neto, Arlete Maria Francisco, Evandro Fiorin e as egressas Silmara Haddad e Daniela Castrequini elaboraram projetos para a nova sede da entidade. As plantas estrutural e arquite-tônica foram cedidas à associação para uma área de 2000 m², com suporte a 250 alunos. Segundo o coordenador do curso, Evandro Fiorin, “o trabalho foi pensado de forma a facilitar os acessos à instituição e a possibilitar que as pessoas portadoras de necessidades especiais tivessem contato com a natureza”, conta.

“É muito importante e necessário estendermos a nossa função social e co-munitária, principalmente para entidades filantrópicas. Houve um envolvimento geral e as egressas já estão pensando no paisagismo da nova sede”, diz o coordenador.

A iniciativa foi do presidente da Apae, Douglas José Gianoti, que entrou em contato com a Unifev. “Pedimos para o Núcleo de Arquitetura fazer o projeto e acompanhar as obras. Depois disso, foi feita uma reunião para a elaboração do mesmo”, diz Gianoti.

Ele conta que a construção só foi possível devido à solidariedade. “Além

dos recursos próprios da associação e da parceria com a Unifev, conseguimos apoio tanto da Prefeitura, do engenheiro Marco Aurélio Davanço, do Cemad e da Airvo, que doaram o acervo mobiliário, quanto da população, que colaborou com os materiais de construção”, afirma.

“O projeto foi excelente. É muito importante estreitar laços com uma instituição que tem preocupação social e beneficia as pessoas que precisam”, ressalta o presidente da entidade.

A obra está na fase de jardinagem e instalações de móveis. Ao todo, são oito salas de aula, setor administrativo, clínica de fisioterapia, laboratórios de informática, oficinas de artesanato, depósitos, banheiros, refeitório, cozinha e telemarketing (que funciona hoje no edifício Julieta). A previsão para a inau-guração será no dia 15 de julho.

Após a data, a Apae da rodovia Euclides da Cunha (km 524) passará a ser uma oficina pedagógica, com plantação de vegetais e frutas tanto para a associação quanto para outras instituições.

A Apae local, que completou 37 anos, atende a 115 pessoas, com faixa etária de seis meses até 60 anos. As pessoas interessadas em ajudar podem entrar em contato com a entidade pelo telefone (17) 3423-1524.

eles podem retomar a vida normal. Eles conseguirão desenvolver todas as atividades necessárias, só que de forma adaptada, diferente”, enfatiza.

R$ 450 mil em 2006 - O Progra-ma de Concessão de Órteses e Próteses Físicas Ambulatoriais obteve, em 2006, R$ 446.555,00 em recursos do governo estadual para a compra de 338 equipa-mentos, entre órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção e R$ 161.364,00 do governo federal para a realização de 2.601 sessões de fisioterapia e 595 proce-dimentos de avaliação ou reavaliação.

Para receber atendimento o paciente precisa procurar a Secretaria de Saúde de seu município. A cada semana, 10 novos pacientes dos 225 municípios assistidos pelo programa nas regiões Norte e Mis-sões do Rio Grande do Sul são avaliados pela equipe multiprofissional da UPF, composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais.

Coordenador da iniciativa, o professor Luiz Otávio Rosa Gama informa que, ao todo, 38.700 deficientes físicos estão cadastrados pelo Programa na UPF. Ele co-memora também a recente renovação do convênio junto ao governo do estado até 2010. “Nosso maior interesse é garantir o acesso dos pacientes à reabilitação e aos meios de assistência em saúde, auxilian-do-os a serem reintegrados a uma nova condição social, dentro de suas limita-ções”, explica. “É a universidade abrindo as portas e promovendo uma grande ação de saúde básica, além de proporcionar ao acadêmico uma vivência única na área de reabilitação física”, enfatiza.

Abril/Junho - 2007 2�

Apae e Unifev unidas por uma boa causaCurso de Arquitetura elaborou a planta da nova sede

Sede da Apae no município de Votuporanga (SP)

Trabalhos Comunitários

O

Page 28: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Univali promove oficina de reciclagem para crianças carentesUma vez por semana, o grupo de 15 alunos se reúne para desenvolver as atividades

om o objetivo de promover cidadania, solidariedade e desenvolvimento social de crianças e pré-adolescentes

de Balneário Camboriú e Camboriú, os cursos de Turismo e Hotelaria e Design Gráfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Campus Balneário Camboriú iniciou em abril pas-sado suas atividades através do projeto de extensão “Papel Social”.

“O projeto pretende executar ações de cunho preventivo e educativo, por meio de oficinas de papel reciclado ensinando a técnica de como reciclar o papel para que ele se transforme em produtos que futuramente sejam comercializados”, explica

uma das coordenadoras do projeto, professora Ana Tereza Tessari Vicente. Ana Tereza ressaltou que o projeto trabalha com crianças carentes para que no futuro eles tenham uma alternativa de trabalho para agregar à renda mensal, além de mostrar atitudes de reciclagem e incentivar a melhoria da qualidade de vida no planeta. “Mesmo que seja uma ação pequena e isolada, somada a tantas outras, o resultado se torna maior do que podemos imaginar”, disse.

As oficinas acontecem toda terça-feira, das 8h30 às 11h30, no Bloco 8, Sala 101. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] .

cultura, os hábitos, a religiosidade e as relações de trabalho de quatro

mil garis da cidade de São Paulo servem de material para as aulas de alfabetização e pós-alfabetização que a Pontifícia Uni-versidade Católica de São Paulo (PUC-SP) realiza em parceria com a ONG Educa São Paulo, na capital paulista.

“A partir da experiência de vida destes trabalhadores, da cultura que trazem de suas cida-des de origem e dos seus sonhos, vamos construindo um diálogo durante as aulas e caminhando para a fase da leitura, da escrita e da realização de cálculos”, afirma a professora Stela Graciani, coor-denadora do projeto.

Ela está à frente do Nú-cleo de Trabalhos Comunitários (NTC), da Faculdade de Educação da PUC-SP, que há 25 anos realiza alfabe-tização de adultos em todo o país por meio de parceiras com empresas e en-tidades. A principal fonte de inspiração para o NTC é o educador Paulo Freire

(1921-1997), com quem Stela chegou a trabalhar.

O projeto com os garis já funciona em dois núcleos no centro de São Paulo, sempre em bibliotecas comunitárias. As aulas são dadas por alunos da PUC-SP,

PUC-SP alfabetiza garis

dos cursos de graduação em Pedagogia, História, Ciências Sociais, Filosofia e Geografia. Mas a idéia não é ficar somente na alfabetização. O projeto in-clui também atividades culturais como a formação de um coral.

“O caminho que queremos que os garis percorram é aquele que leva a uma maior valorização de si mesmo e dos outros em relação a eles, a ponto de se sentirem seguros para vislumbrar um novo projeto de vida”, afirma Stela.

O projeto funciona no centro de São Paulo, sempre em bibliotecas comunitárias

Abril/Junho - 20072�

Trabalhos Comunitários

A

C

Page 29: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

ervásio dos Santos Silva trabalha duro todos os dias para sustentar

a família. Sua principal fonte de renda é o lixo. “A vida de catador de lixo não é fácil. O que para muitas pessoas não tem valor, para nós é a sobrevivência, de onde tiramos nosso sustento. Sofremos com a discriminação. Muitas vezes somos trata-dos como lixo, porque trabalhamos com ele. Somos seres humanos e queremos ser tratados como tal”, desabafa.

Esse senhor de 45 anos é um dos integrantes da Cooperativa Reciclo, formada por 45 trabalhadores. Há nove anos, os cooperados e seus familiares estão assentados em barracos atrás do Carrefour, no Pistão Sul em Taguatinga (DF). Essas famílias vivem em situação precária, sem acesso a água e a esgoto. Falta trabalho, melhores condições de saúde e moradia. Além disso, moram em uma área pública do Governo do Distrito Federal (GDF), onde as derrubadas são um conflito permanente.

Para promover cidadania e uma vida com mais dignidade, a Universidade Católica de Brasília (UCB) e a Caixa Econômica Federal estão desenvolvendo

o Projeto Construção da Cidadania por meio do fortalecimento da Cooperativa Reciclo. O grande desafio é levar ações à comunidade que vão além do assis-tencialismo.

A Caixa tem um total de R$ 475.000 para construir casas para os catadores. O terreno para realizar a construção está em fase de negociação com o GDF. Para gerar renda e sustentabilidade dos moradores, a idéia é construir um galpão de recicla-gem. “A principal contribuição é ensiná-los a caminhar sozinhos, a serem sujeitos da mudança. Nós apenas apontamos a direção para que eles possam conquistar autonomia”, declarou a representante da Caixa, Jaqueline Paz.

No momento, a UCB está elaborando um questionário que funcionará como instrumento de pesquisa para diagnosti-car as prioridades da comunidade. Após a aplicação do questionário, que será feita ainda este mês, a Católica e a Caixa vão planejar as ações junto à cooperativa. Também está sendo realizado um estudo sobre a viabilidade econômico-finan-ceira para a atividade da reciclagem de materiais.

Os cursos de graduação envolvidos com o projeto vão oferecer à comunidade oficinas de capacitação, ações de saúde, prevenção de doenças, atendimento odontológico, atendimento jurídico, pla-nejamento familiar, avaliação nutricional e jornalismo comunitário.

Para Cilene Lins, diretora do Curso de Serviço Social e uma das coordenadoras do projeto, o grande desafio é contemplar o ensino, a pesquisa e a extensão. “Com o projeto, o aluno terá a oportunidade de construir conhecimento e mudar a realidade de populações que não têm acesso aos direitos sociais. Temos que mostrar aos nossos alunos que eles não estão sendo preparados apenas para o mercado de trabalho, mas para a rea-lidade que é contraditória em função de uma sociedade com alto índice de desigualdade”, afirma.

O projeto é coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEx) e pelos cursos de Economia e Serviço Social, em parceria com outras nove graduações da UCB, além da Incubadora Tecnológica de Empresas e Cooperativas (ITEC) e do Projeto Educação Ambiental (PEA).

Em busca da cidadaniaProjeto da UCB e da Caixa Econômica promove ações sociais com catadores de material reciclável

O projeto da UCB é coordenado pelo PROEx e os cursos de Economia e Serviço Social, em parceria com outras nove graduações

Abril/Junho - 2007 2�

Trabalhos Comunitários

G

Page 30: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Leitura Obrigatória

Abril/Junho - 2007�0

Manual de pesquisa em Direito

 A professora Mônia Clarissa Henning Leal, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), acaba de lançar a obra o “Manual de Metodo-logia da Pesquisa para o Direito”. O  livro, da Editora da Unisc (Edunisc), tem 130 páginas e  contém diversos tipos de trabalhos científicos; roteiro completo e diferentes formas de pes-quisa; tipos de fichamento; formas de citações e referências e informações necessárias para a composição de um trabalho de pesquisa na 

área jurídica. Direcionada a estudantes da graduação, pós-graduação lato e stricto sensu e professores, a obra auxília na produção científica. 

Mais  informações  estão  disponíveis  no  site  do  Mestrado  em  Direito  da Universidade de Santa Cruz do Sul, no endereço www.unisc.br/cursos/pos_gra-duacao/mestrado/direito/index.html.

Socialização e Individuação: MST, uma estilística de resistênciaElza Maria Fonseca FalkembachEditora Unijuí

A professora Elza Maria Fonseca Falkem-bach expressa na obra “Socialização e Indivi-duação: MST, uma estilística de resistência” uma reflexão sobre seu trabalho de anos como educadora junto ao MST, mais precisamente no Assentamento Nova Ramada. O livro traz, 

ainda,  a  análise  de  como  os  movimentos  sociais  se  organizam  e  se  firmam diante de uma realidade cada vez mais complexa, na qual as particularidades das relações sociais capitalistas se sobrepõem a uma minoria desfavorecida. “Socialização  e  Individuação:  MST,  uma  estilística  de  resistência”  integra  a Coleção Fronteiras da Educação.

A  Pontifícia  Univer-sidade  Católica  de  São Paulo (PUC-SP) preparou um  levantamento  dos trabalhos  sócio-comu-nitários  realizados  pela universidade.  O  resulta-do  das  atividades  será divulgado em um livro a ser publicado no mês de agosto,  durante  a  Feira Trabalhos  Comunitários da instituição. “O volume das nossas diversas mo-dalidades de ações, que atravessam as políticas acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão, supera as exigências legais da filantropia. Isso mostra que, antes de ser filantrópica, a PUC-SP é comunitária”, observa o professor João Décio Passos, vice-reitor Comunitário da instituição.

Segundo ele, o livro será lançado para explicitar o perfil sócio-comunitário da universidade, divulgando e detalhando os projetos e as unidades envolvidas. O levantamento, feito pela Vice-Reitoria Comunitária da PUC-SP, trará programas de setores que têm função comunitária, como é o caso da Divisão de  Educação  e  Reabilitação  de  Distúrbios  da  Comunicação (Derdic); do Hospital Santa Lucinda; da Clínica Psicológica; do Núcleo de Trabalhos Comunitários; do Instituto de Estudos Es-peciais, entre outros, e também programas de setores que não têm o comunitário como foco principal: iniciativas de alunos, trabalhos pastorais, cursos e projetos de extensão.

O livro não será vendido e sim doado para instituições de ensino superior, ONGs, entidades representativas,  etc. 

Informações  pelo  telefone  -  (11)  3670-8443,  com  prof. João Décio Passos ou profª. Marta Campos.

 O diretor da Faculda-de de Gestão e Negócios da Universidade Metodista de  Piracicaba  (UNIMEP), André Sathler Guimarães, acaba  de  lançar  o  livro “Sistemas  de  Informa-ções:  Administração  em Tempo  Real”,  da  Editora Qualitymark,  do  Rio  de Janeiro.  Trata-se  de  uma obra  voltada  para  estu-dantes  de  Administração e  empresários  interes-sados  em  compreender como  obter  vantagens 

competitivas  a  partir  de uma  boa  utilização  das informações  disponíveis na empresa. O livro traba-lha  os  conceitos  a  partir de  exemplos  concretos, permitindo  ao  leitor  uma compreensão imediata da teoria e da sua aplicação no cotidiano empresarial. Os  autores  trabalharam com  uma  perspectiva  de vanguarda, buscando tra-zer  sempre  o  que  há  de mais avançado em termos tecnológicos, porém, utili-

zando somente exemplos de  empresas  brasileiras ou de filiais brasileiras de empresas multinacionais, 

aproximando  o  conteúdo da realidade nacional. 

O  livro  foi  escrito  em parceria  com  uma  autora norte-americana  Grace Johnson.  Segundo  André Sathler,  essa  parceria  foi importante  por  “dar  ao livro  uma  dimensão  inter-nacional,  superatualizada, ao mesmo tempo em que mantém  a  perspectiva local”.  Essa  perspectiva local, segundo o autor, tra-duz-se no uso exclusivo de exemplos  com  empresas 

nacionais: “Há livros bons nessa  área,  mas  sempre trabalhando com exemplos de empresas estrangeiras, muitas  vezes  distantes da  realidade brasileira”. A elaboração do livro foi pos-sível graças a uma parceria existente entre a UNIMEP e o Marietta College, de Ohio (EUA),  que  possibilitou  a vinda da professora Grace Johnson ao Brasil para uma licença  sabática,  período no  qual  grande  parte  do livro foi escrita.

Sistemas de Informações: Administração em Tempo Real

PUC-SP prepara relatório de ações comunitárias

Page 31: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

Leitura Obrigatória

associação Brasileira das Universidades comunitárias

SEPN - Quadra 516, Conjunto D(Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB)

CEP: 70.770-524 - Brasília-DFTelefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951www.abruc.org.br

INSTITUIçõES FILIADASPontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS) (19) 3756-7000Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS) (31) 3319-4144Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) (11) 3670-8000Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) (41) 3271-1515Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) (21) 3114-1001Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) (51) 3320-3500Universidade Católica de Brasília (UCB) (61) 3356-9000Universidade Católica de Goiás (UCG) (62) 3227-1000Universidade Católica de Pelotas (UCPeL) (53) 2128-8000Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) (81) 3216-4000Universidade Católica de Petrópolis (UCP) (24) 2244-4000Universidade Católica do Salvador (UCSaL) (71) 3324-7500Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) (13) 3205-5555Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) (67) 3312-3800Universidade da Região da Campanha (URCAMP) (53) 3242-8244Universidade de Caxias do Sul (UCS) (54) 3218-2100Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) (55) 3321-1500Universidade de Passo Fundo (UPF) (54) 3316-8100Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) (51) 3717-7300Universidade de Sorocaba (UNISO) (15) 2101-7000Universidade do Sagrado Coração (USC) (14) 3235-7000Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) (51) 3591-1122Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) (19) 3124-1515Universidade Reg. do Noroeste do Est. do Rio G. do Sul (UNIJUÍ) (55) 3332-0200Universidade Reg. Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) (54) 3522-1255Universidade Santa Úrsula (USU) (21) 2554-2500Universidade São Francisco (USF) (11) 4034-8000Centro Universitário Metodista Bennett (UniBENNETT) (21) 2557-1001Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) (11) 4366-5600Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) (12) 3947-1000Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) (83) 2106-9200Universidade Presbiteriana Mackenzie (11) 2114-8766Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações (UNINCOR) (35) 3239-1000Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) (47) 3461-9000Centro Universitário São Camilo (São Camilo) (11) 6169-4000Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) (48) 3431-2500Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) (48) 3621-3000Centro Universitário da FEI (11) 4353-2900Centro Universitário Fundação Santo André (FSA) (11) 4979-3300 Centro Universitário UNIVATES (UNIVATES) (51) 3714-7000 Centro Universitário FEEVALE (FEEVALE) (51) 3586-8800Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) (19) 3471-9700Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB) (19) 3634-3300Centro Universitário La Salle (UNILASALLE) (51) 3476-8500Universidade Comunitária Regional de Chapecó (UNOCHAPECÓ) (49) 3321-8000Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) (49) 3251-1022 Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) (47) 3341-7500 Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) (55) 3220-1200 Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE) (33) 3279-5500Centro Universitário Católico Auxilium (UniSALESIANO) (18) 3636-4242Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) (17) 3405-9999Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (31) 3330-7230Centro Universitário Franciscano do Paraná (UNIFAE) (41) 2105-4100Centro Universitário Católico do Sudoeste do Paraná (UNICS) (46) 3263-8150

Page 32: Transformando o Brasil em um país mais justo e solidário

associação Brasileira das Universidades comunitárias

SEPN - Quadra 516, Conjunto D(Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB)

CEP: 70 770-535 - Brasília-DF

Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951

Home page: www.abruc.org.br