54

Transparência e 1 - tcm.ce.gov.br · exercício financeiro, relatório das atividades desenvolvidas no exercício anterior; Como você viu o TCM/CE realiza inspeções e auditorias;

Embed Size (px)

Citation preview

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ

Transparência e Controle Social 1

Composição do PlenoConselheiro Presidente: Francisco de Paula Rocha Aguiar

Conselheiro Vice-Presidente: José Marcelo FeitosaConselheiro Corregedor: Hélio Parente de Vasconcelos Filho

Conselheiro Artur Silva FilhoConselheiro Ernesto Saboia de Figueiredo Junior

Conselheiro Manoel Beserra VerasConselheiro Pedro Ângelo Sales Figueiredo

AuditoresDavid Santos Matos

Fernando Antonio Costa Lima Uchôa JúniorManassés Pedrosa Cavalcante

Composição da ProcuradoriaProcuradora Geral de Contas Leilyanne Brandão Feitosa

Procurador de Contas Júlio César Rôla SaraivaProcuradora de Contas Cláudia Patrícia Rodrigues Alves Cristino

Diretor GeralJuraci Muniz Junior

Assessoria de ImprensaFrancisco Eunivaldo Pires Pereira

Assessoria JurídicaBruno Caminha Scarano

ControladoriaLuiz Mario Vieira

OuvidoriaTelma Maria Escóssio Melo

SecretariaFernando Antônio Diogo de Siqueira Cruz

Diretoria de Administração e FinançasVirgílio Freire do Nascimento Filho

Diretoria de FiscalizaçãoZivaldo Rodrigues Loureiro Junior

Diretoria de Tecnologia da InformaçãoAdalberto Ribeiro da Silva Júnior

Diretoria de Assistência Técnica e PlanejamentoDanielle Nascimento Jucá

Escola de Contas e GestãoSandra Valéria de Morais Santos

Transparência e Controle Social 1

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Fortaleza

2013

Caderno

Direção GeralConselheiro José Marcelo Feitosa

ElaboraçãoTelma Maria Escóssio Melo

Revisão OrtográficaMárcia Oliveira Nunes

Projeto GráficoRoberto SantosMikael Baima

Editoração EletrônicaKahic Rocha

Mikael Baima

IlustraçãoFernando Antônio da Justa

Guabiras

AutoraTelma Maria Escóssio Melo

SupervisãoEscola de Contas e Gestão - Ecoge

Ceará. Tribunal de Contas dos Municípios do Estado. Transparência e controle social. / Tribunal de Contas dos Municípios do

Estado do Ceará. - Fortaleza: TCM-CE, 2013. 52p. Série: TCM cidadania e controle social: Caderno 1

1. Administração Pública Municipal. 2. Transparência e controle social. 3. Controle Externo. I. Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. II. Título

C387

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do CearáAv. Gal. Afonso Albuquerque Lima ,130 Cambeba,

Cep: 60.822-32 Fortaleza – Ceará PABX: (85) 3218-14-13 FAX: (85) 3218-12-12

5

SUMÁRIO1. Conheça o TCM/CE ....................................................................................................................8

2. Quem são os responsáveis pela administração municipal? ......................................................112.1 Poder Legislativo .................................................................................................................122.2 Poder Executivo ..................................................................................................................14

3. Planejamento público municipal .............................................................................................163.1 Plano Plurianual – PPA ........................................................................................................173.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO .................................................................................173.3 Lei do Orçamento Anual – LOA ............................................................................................183.4 Plano Diretor ......................................................................................................................19

4. De onde vem e para onde vai o dinheiro público .....................................................................21

5. Transparência e controle social: o acesso à informação ...........................................................24

6. Prestações de contas ............................................................................................................... 286.1 Contas de gestão e Contas de governo ................................................................................286.2 Prestações de contas mensais enviadas ao Sistema de Informações Municipais (SIM) .........30

7. Conhecendo as contas municipais ..........................................................................................317.1 Portal da transparência .......................................................................................................317.2 Portal de licitações ..............................................................................................................36

8. Conselhos municipais .............................................................................................................. 38

9. Ouvidoria do TCM/CE – canal de comunicação com a sociedade .............................................40

10. A quem denunciar ................................................................................................................. 45

11. Links úteis ............................................................................................................................. 46

12. Bibliografia............................................................................................................................ 47

7

Apresentação

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará criou o Programa TCM Cidadania e Controle Social. O propósito é fornecer subsídios aos cidadãos para que exerçam, de forma mais efetiva e direciona-da, o controle social da gestão pública no âmbito das administrações municipais.

A principal ferramenta é a capacitação dos agentes municipais permitindo que estejam atentos e preparados para a correta aplicação dos recursos que administram, na condução ética da gestão e na obri-gação de prestar contas, bem como na observância das demandas de interesse coletivo.

É com essa perspectiva que entregamos uma série composta de 06 cadernos que trazem temas de relevância e considerados como boas práticas de gestão pública, tais como: Transparência e Controle Social, Educação, Saúde, Assistência Social, Criança e Adolescência e Meio Ambiente (Plano Diretor), Arre-cadação de Tributos Municipais, Consórcios Públicos e Convênios, Controle Interno e Prestação de Contas, Estrutura Administrativa, Impactos Ambientais, Obras Públicas e Atos de Pessoal.

Por fim, esperamos que este material possa ser utilizado para disseminação do conhecimento e engajamento da sociedade civil no uso dos mecanismos de controle social.

Conselheiro Francisco de Paula Rocha Aguiar

Presidente

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

8

1 Conheça o TCM/CE

Para saber como realizar o controle social, e como o Tribunal de Contas dos Municípios – TCM/CE pode lhe ajudar, é importante você conhecer um pouco de nossa história e de nossas competências constitucionais.

O TCM/CE foi criado em 24 de junho de 1954, já ultrapassando os cinquenta e oito anos de exis-tência, e é órgão estadual pioneiro no Brasil em termos de controle externo de contas municipais, tendo dentre suas incumbências o auxílio às Câmaras Municipais – Poder Legislativo.

Alcançando todos os municípios do Ceará, inclusive a capital, Fortaleza, o TCM desenvolve sua atua-ção orientando preventivamente e fiscalizando, apreciando as Contas de Governo e julgando as Contas de Gestão. Dentre outras atribuições cuida, também, do registro de atos de admissão e concessão de aposen-tadoria e pensão de pessoal vinculado à administração municipal, exercendo ainda outros controles como o das prestações de contas mensais por meio do Sistema de Informações Municipais (SIM) e dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O Tribunal de Contas dos Municípios, no exercício das atribuições de controle externo conferidas por lei, tem a responsabilidade, perante a sociedade, de contribuir para que os recursos públicos sejam aplicados com eficiência, de coibir as falhas, os desperdícios e os desvios.

Essa responsabilidade é crescente, pois a sociedade espera que as ações de fiscalização sobre a aplicação dos recursos dos órgãos e das entidades da Administração Pública sejam ampliadas e resultem na melhoria da qualidade dos serviços públicos que lhes são prestados.

Veja detalhadamente as atribuições do TCM estabelecidas no artigo 78 da Constituição do Esta-do do Ceará e na Lei Orgânica do TCM, disponíveis na internet, no endereço http://www.tcm.ce.gov.br/site/_menu/legislacao.php:

COMPETÊNCIASApreciar e emitir Parecer Prévio nas Contas Anuais prestadas pelos prefeitos;Julgar as Contas:

1. dos administradores, inclusive as das mesas das Câmaras Municipais e demais responsáveis por

dinheiro, bens e valores públicos das Unidades do Poder Público Municipal e das Entidades da administração indireta, incluídas as Fundações e Sociedades instituídas, mantidas ou subvencio-nadas pelos Municípios.

2. de qualquer pessoa, física ou jurídica, ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais os Municípios respondam, ou que, em nome destes, assuma obrigações de natureza pecuniária.

3. daqueles que derem causa a perda, estrago, extravio ou outra irregularidade que resulte em pre-juízo ao Erário Municipal ou a seu patrimônio.

Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos relativos à admissão de pessoal e concessivos de Aposentadorias e Pensões;Realizar, por iniciativa própria ou da Câmara Municipal, Inspeções e Auditorias de natureza Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial, nas Unidades Administrativas dos poderes Legislativo e Executivo municipais e demais Entidades Instituídas e Mantidas pelo Erário Municipal;

Transparência e Controle Social

9

Prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre os resultados de auditoria e inspeções realizadas;Aplicar aos responsáveis pela prática de Ilegalidade de Despesas, Irregularidades de Contas, Atraso no envio da Prestação de Contas, as Sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, Multa proporcional ao dano causado ao Erário;Assinar prazo para o órgão ou entidade adotar as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade;Propor à Câmara a Sustação de Execução de Ato Impugnado por Irregularidade;Representar ao Ministério Público ou Poder competente sobre irregularidades ou Abusos apurados;Comunicar à Câmara Municipal, para fins de direito, a falta de remessa, dentro do prazo, das contas anuais e balancetes mensais;Examinar as demonstrações contábeis e financeiras constantes de balancetes mensais, determinando as regularizações necessárias na forma que a Lei estabelecer;Editar acórdãos, atos, instruções normativas, resoluções no âmbito de suas atribuições, para completo desempenho do Controle Externo, os quais deverão ser cumpridos, sob pena de responsabilidade;Propor, em caso de Irregularidade Comprovada, a Sustação de Contrato à Câmara Municipal que solicitará, de imediato, as medidas cabíveis ao Poder Executivo;Propor as medidas legais cabíveis se, no prazo de trinta dias, a Câmara Municipal ou o Poder Executivo não adotarem as providências previstas no item anterior;Emitir decisões que determinem imputação de débito ou multa, as quais terão caráter de título executivo;Encaminhar à Assembleia Legislativa Estadual, anualmente, até cento e vinte dias após o início do exercício financeiro, relatório das atividades desenvolvidas no exercício anterior;

Como você viu o TCM/CE realiza inspeções e auditorias; esse trabalho é feito por servidores da Dire-toria de Fiscalização (DIRFI), que comparecem aos municípios para realizar inspeções ordinárias e/ou espe-ciais. A norma que regulamenta as inspeções é o Regimento Interno do Tribunal (Resolução nº 08/1998), artigos 136 e 137. Vejamos:

Art. 136. As inspeções classificam-se em:

I – Ordinárias;

II – Especiais.

§1° As inspeções ordinárias são sistematicamente organizadas dentro da programação de trabalho e visam esclarecer atos e fatos, falhas ou omissões de documentos ou processos em exame.

§2° As inspeções especiais tem como objetivo o exame de ocorrência cuja relevância ou gravidade exija urgência e devem ser determinadas pelo Presidente, Pleno ou Câmaras.

Art. 137. As auditorias visam dar conhecimento geral dos órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional do município, inclusive fundos especiais e demais instituições sob a jurisdição do Tribunal, e avaliar seus sistemas, atividades e operações, bem como os resultados alcançados pelos programas de governo.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

10

Os resultados dos trabalhos de fiscalização do TCM/CE constam em Processos, e você pode conhe-cer o conteúdo das Informações técnicas e das Decisões (Acórdão e Parecer Prévio) do Tribunal acessando o seguinte endereço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/servicos/sap.php/consultas.

Mas, atenção, é preciso que os relatórios técnicos, Pareceres da Procuradoria de Contas, Acórdãos e Pareceres Prévios estejam concluídos para que você possa tomar conhecimento de seu conteúdo.

No endereço a seguir você também poderá se cadastrar e acompanhar toda a tramitação do(s) Pro-cesso(s) de seu interesse: www.tcm.ce.gov.br/servicos/sap.php.

Veja resumidamente nossas atribuições:

• Fiscalizar os recursos públicos utilizados pelos municípios cearenses e verificar se foram aplicados de acordo com a lei.

• Apurar Processos de Denúncias de irregularidades.

• Responder a consultas dos gestores públicos sobre a aplicação de leis e normas.

• Analisar processos licitatórios e contratos.

• Examinar a legalidade de admissão de pessoal e de aposentadoria e pensões.

• Fiscalizar o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e apurar, por exemplo, se os muni-cípios cumprem os limites de despesa com pessoal, se as câmaras de vereadores gastam o que está definido na Lei e se os gestores públicos obedecem aos limites para a contratação de empréstimos.

Transparência e Controle Social

11

• Aplicar punições aos administradores públicos se constatar que não foram cumpridas as leis, as nor-mas de administração financeira e se causou prejuízo ao erário.

Conheça mais sobre o TCM/CE acessando nossa página na internet: www.tcm.ce.gov.br/.

Você também poderá obter mais informações entrando em contato com a Ouvidoria do TCM no en-dereço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/ , ou pelas seguintes formas de contato:

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

E-mail: [email protected]

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - For-taleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

2 Quem são os responsáveis pela Administração Municipal?

O município tem autonomia, isto é, independência política, administrativa e financeira. Pode haver cooperação entre os governos federal, estadual e municipal, mas não há subordinação. Todos se respeitam e devem igualmente respeitar a legislação existente.

O governo municipal é exercido pelo Prefeito e pelos Vereadores, todos eleitos pelo povo. Eles são os legítimos representantes dos cidadãos e devem agir sempre em benefício da comunida-de e do município.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

12

2.1. Poder Legislativo

o Poder Legislativo é formado pelos vereadores na Câmara Municipal, que representam os cidadãos e fazem as leis municipais, as quais devem ser cumpridas por todos, inclusive pela Prefeitura e pelas em-presas que se localizam naquele município.

É papel do vereador fiscalizar a atuação do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, enfim, de todos aqueles que atuam na administração municipal, até mesmo da própria Câmara. Os vereadores também são chamados de parlamentares, e faz parte de seus deveres buscar melhorias para todo o município, defendendo os interesses de todos, trabalhando e ouvindo a população, seja na elaboração das leis, seja na fiscalização do governo municipal.

O vereador é os olhos, os ouvidos e a voz do cidadão junto à Prefeitura Municipal, por isto o cidadão pode sugerir a elaboração de leis que possam, por exemplo, melhorar as condições de vida naquela cidade, estimular a economia local, preservar o meio ambiente. Para acompanhar as ações de seus representantes os cidadãos podem assistir às sessões legislativas (reunião de Vereadores que ocorre semanalmente) e participar da atividade legislativa.

Para executar bem suas atividades o vereador deve conhecer as leis municipais, especialmente o orçamento municipal que é uma Lei que contém a previsão de quanto o governo irá arrecadar (receitas públicas) e como irá gastar (despesa pública) em cada exercício financeiro (período de um ano civil).

A população deve exigir que os vereadores fiscalizem as ações da Prefeitura e que denunciem e apurem o que estiver errado, pois a prefeitura e as secretarias municipais não podem se desviar do cumprimento às Leis, tampouco ir contra o interesse público. Se for necessário, o Poder Legislativo poderá criar comissões parlamentares para fazer vistorias e inspeções nos órgãos municipais para apurar determinados fatos.

Para que a Câmara Municipal possa funcionar adequadamente, pagando o subsídio dos Vereadores, o salário dos servidores, adquirindo material e serviços para a manutenção de suas atividades, a Prefeitura Mu-nicipal tem obrigação de lhe repassar mensalmente o duodécimo, também chamado de repasse duodecimal.

O Presidente da Câmara, escolhido pelos vereadores, administra o Poder Legislativo seguindo as Leis municipais e o Regimento Interno da Câmara. Ele tem a obrigação de prestar contas da aplicação do duodécimo aos vereadores, ao Tribunal de Contas dos Municípios e, sobretudo, aos cidadãos.

Ao final do exercício financeiro, ou do período de gestão do Presidente da Câmara, as suas Contas são enviadas ao TCM que as analisa, juntamente com o resultado das fiscalizações feitas naquele Poder, podendo julgá-las regulares, regulares com ressalvas ou irregulares, de acordo com o resultado da análise técnica e o julgamento do Relator.

Todos os atos realizados pela Câmara Municipal e seus integrantes devem ser transparentes,isto é, devem ser acessíveis à população, para que a sociedade possa fazer o controle social e acompanhar os trabalhos dos vereadores e agentes públicos do Poder Legislativo.

Acompanhe o que acontece na Câmara de Vereadores do seu município. Entre em contato direto, pessoalmente ou por carta, telefone ou mensagem eletrônica (e-mail). Compareça às sessões legislativas e às audiências públicas onde são discutidas leis e propostas do governo municipal, acompanhe os proje-tos em debate e sua votação.

Transparência e Controle Social

13

APRESENTE SUGESTÕES AO VEREADOR QUE VOCÊ AJUDOU A ELEGER.

Consulte informações sobre seu município na Câmara e acompanhe as sessões legislativas.

ISTO É IMPORTANTE: a Transparência pública refere-se à obrigação imposta ao administrador público em promover a prestação de contas para a população. O governo deve regularmente divulgar o que faz, como faz, por que faz, quanto gasta e apresentar o planejamento para o futuro.

Verifique se existem informações municipais disponíveis na internet, mas, ATENÇÃO: não basta que as informações sejam disponibilizadas, não basta somente divulgar as informações públicas, é preciso que os governos se preocupem em atender de maneira ágil e tempestiva às solicitações de informações e de documentos que são apresentadas pela sociedade.

Saiba mais sobre os Processos e as Prestações de Contas de seu Município nos endereços eletrôni-cos do TCM:

http://www.tcm.ce.gov.br/servicos/sap.php/consultas

http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/

VOCÊ SABIA?

Todos os municípios têm Lei Orgânica. A Lei Orgânica é uma espécie de Constituição do muni-cípio, que trata da vida da sociedade local, estabelece o papel das autoridades e suas obrigações para com os munícipes, criando também regras de comportamento para a população. Cada município tem autonomia para criar a sua própria Lei Orgânica, que visa o bem estar social, o progresso e o desenvol-vimento daquela cidade, devendo ser cumprida por todas as pessoas e sempre observada e fiscalizada pela Câmara de Vereadores.

Você poderá conhecer a Lei Orgânica e outras Leis de seu município, que devem estar disponíveis na Câmara e na Prefeitura.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

14

2.2. Poder Executivo

O Prefeito é o chefe do Poder Executivo Municipal, é o responsável pela administração do município. Isso inclui a prestação de serviços públicos como saúde, educação, abastecimento de água, limpeza de ruas, realização de obras e outros. Para realizar todas as tarefas nas áreas de Saúde, Educação, Cultura, In-fraestrutura, Assistência Social, e outras áreas a cargo do município, o Prefeito escolhe e nomeia os Secre-tários Municipais, ou os Superintendentes de autarquias (por exemplo, o SAAE – Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto), que vão lhe auxiliar a realizar todo o seu Plano de Governo.

O chefe do executivo municipal também é responsável pela execução de programas de governo que beneficiem e desenvolvam a sociedade local produzindo melhorias, pois ele está a serviço do município, conhece as necessidades de cada localidade e se esforça para solucionar os problemas.

O Prefeito deve administrar com seriedade e dedicação, zelar pelo cumprimento das leis aprovadas pela Câmara Municipal,e, juntamente com os seus Secretários, prestar contas de seu trabalho à Câmara de Vereadores, ao Tribunal de Contas dos Municípios, e especialmente aos cidadãos.

Ao final do exercício financeiro, ou do período de gestão do Prefeito e Secretários Municipais, as suas Contas são enviadas ao TCM que as analisa, juntamente com o resultado das fiscalizações realizadas, podendo julgá-las regulares, regulares com ressalvas ou irregulares, de acordo o resultado da análise téc-nica e o julgamento do Relator.

Para exercer o controle social o cidadão pode e deve cobrar da Prefeitura a realização de obras, con-serto e recuperação de bens públicos, serviços de saneamento, coleta de lixo, educação, saúde, transporte, assistência social, desenvolvimento que gere empregos e renda, além de condições de lazer e cultura como praças, parques, eventos culturais que atendam ao interesse coletivo.

Esses direitos devem ser exigidos nas unidades da Prefeitura como Secretarias, Ouvidorias, entida-des de fiscalização, postos de saúde e escolas.

Acompanhe o que acontece na Prefeitura do seu município. Entre em contato direto, pessoalmen-te ou por carta, telefone ou mensagem eletrônica (e-mail), com os órgãos públicos.

Transparência e Controle Social

15

Informe-se na Prefeitura sobre as reuniões de conselhos que tratam de educação, saúde, assistência social, alimentação escolar, orçamento, criança e adolescente, e outros temas, e PARTICIPE, NÃO SEJA APENAS UM OUVINTE!

VOCÊ SABIA?

O povo pode apresentar projetos de lei se reunir assinaturas de 5% dos eleitores do município.

Verifique se a Prefeitura municipal disponibiliza informações na internet, mas, ATENÇÃO: não basta que as informações sejam disponibilizadas, não basta apenas divulgar as informações públicas, é preciso que os governos se preocupem em atender de maneira ágil e tempestiva às solicitações de informações e de documentos que são apresentadas pela sociedade.

ACOMPANHE, PARTICIPE, FISCALIZE! Saiba mais sobre os Processos e as Prestações de Contas de seu Município nos endereços eletrônicos do TCM:

http://www.tcm.ce.gov.br/servicos/sap.php/consultas

http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/

NUNCA É DEMAIS RECORDAR: a Transparência pública refere-se à obrigação imposta ao admi-nistrador público em promover a prestação de contas para a população. O governo deve regularmente divulgar o que faz, como faz, por que faz, quanto gasta e apresentar o planejamento para o futuro.

Você também poderá obter mais informações entrando em contato com a Ouvidoria do TCM no endereço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/ , ou pelas seguintes for-mas de contato:

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

E-mail:[email protected]

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

16

3 Planejamento público municipal

Os governantes planejam para que o resultado das ações governamentais seja, a cada ano, melhor. O planejamento serve para não se perder de vista os objetivos pretendidos, e para checar se o resultado de um plano está de acordo com a meta que se deseja alcançar. O planejamento é usado, também, para aproveitar melhor os recursos disponíveis com eficiência, eficácia e efetividade, para evitar esforços inúteis ou duplicados.

Assim como os governantes, nós também planejamos nossas vidas; fazemos isso todos os dias, cal-culando quanto recebemos e quanto podemos gastar, como economizar para comprar alimentos, roupas, uma televisão nova. Planejamos também as atividades que devemos fazer em primeiro lugar, e aquelas que ficarão para um momento seguinte.

Da mesma forma que nós, antes de executar qualquer ação ou projeto os governantes precisam se planejar, traçar metas, objetivos. Uma das diferenças entre nosso planejamento e o do Poder Público, é que o governo planeja visando atender a toda a comunidade, elaborando políticas públicas para cada área.

Mas, o que são POLÍTICAS PÚBLICAS?

Vamos explicar brevemente: para atender às necessidades (demandas) da sociedade o governo pre-cisa tomar decisões que influenciam a vida de um conjunto de cidadãos.

As demandas são inúmeras, podendo ser citadas como exemplo: reivindicações de bens e serviços, como saúde, educação, estradas, transportes, segurança pública, normas de higiene e controle de produ-tos alimentícios, previdência social, etc.

Podem ser, ainda, demandas (necessidades) de participação no sistema político, como reconhe-cimento do direito de voto dos analfabetos, direitos de greve, demandas de controle da corrupção, de preservação ambiental, de informação política, de estabelecimento de normas para o comportamento dos agentes públicos e privados, etc.

Quando o Governo, representado por aqueles que foram eleitos pelo povo, decide atender a essas necessidades (demandas) ele tem que priorizar onde vai agir,isto é, resolver que necessidades coletivas devem ser acolhidas em primeiro lugar, pois não é possível atender a todas ao mesmo tempo.

Transparência e Controle Social

17

Assim, a decisão e as ações desenvolvidas para atendimento das demandas da sociedade chamam-se políticas públicas.

Para que os cidadãos possam conhecer e contribuir com as decisões em seus municípios é preciso que eles participem das decisões políticas, comparecendo às audiências públicas, contribuindo com suges-tões, expressando suas opiniões e fiscalizando a realização daquilo que ficou definido – ISTO É CONTROLE SOCIAL, faz parte da sua CIDADANIA.

Para o governo municipal realizar aquilo que foi definido é preciso fazer o planejamento, elaborando o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei do Orçamento Anual (LOA).

Vejamos o que são essas leis:

3.1. Plano Plurianual - PPA

O Plano Plurianual é uma Lei de iniciativa do Prefeito municipal, aprovada pelos vereadores, que define as estratégias, diretrizes e objetivos que o governo deseja alcançar num período de quatro anos. O PPA é elaborado no primeiro ano de Governo do Prefeito Municipal, e reflete o plano de governo.

O PPA é formado por um conjunto de programas e somente é aprovado pela Câmara depois de dis-cutido com os secretários municipais e com a população, e pode ter seu projeto de lei alterado por meio das emendas dos vereadores.Você conhece o PPA de seu município? Ele também está disponível na Prefeitura e na Câmara Municipal.

SAIBA MAIS:

Enquanto o PPA é elaborado a cada quatro anos, tendo validade por todo esse período (qua-driênio), a LDO e a LOA são formuladas todos os anos com vigência durante um exercício financeiro.

Para executar o que consta no Plano Plurianual é preciso que a LDO e a LOA estejam compatí-veis, isso é, sejam elaboradas seguindo as mesmas diretrizes, seguindo no mesmo sentido.

No primeiro semestre do ano a Câmara deve aprovar a LDO, e no segundo semestre a LOA.Essas normas têm validade para o ano seguinte ao de sua elaboração.

3.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO

A LDO é uma norma intermediária entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária, também de ini-ciativa do Prefeito municipal. A partir dos programas já definidos no PPA a Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelece as prioridades do governo para o ano seguinte, bem como as regras para elaborar a Lei do Orçamento Anual.

É na LDO que se pode verificar, por exemplo, os limites de gastos, as regras para a contratação e aumento de pessoal, os limites para as alterações do orçamento (créditos adicionais).

Igualmente ao PPA, essa lei passa por um processo de apreciação e discussão pela Câmara munici-pal, com os vereadores (representantes do povo), os secretários municipais e com as comunidades (por meio das audiências públicas).

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

18

3.3. Lei do Oçamento Anual - LOA

Após a definição das metas pelo PPA e as orientações dadas pela LDO, o Poder Executivo (Prefeito) elabora a proposta de Orçamento (o projeto de Lei do Orçamento) e a envia para análise e apreciação pelos vereadores e pela comunidade.

A LOA faz uma estimativa, uma previsão, do dinheiro que o governo municipal espera arrecadar no ano seguinte (receitas públicas), e dos gastos (despesas públicas) que serão realizados com esses recursos para que seja executado o plano de governo.

Para se realizar uma despesa é preciso que ela conste na Lei do Orçamento, isto é, no Orçamento Público, porém deve ficar claro que a LOA pode ser alterada. Para isto, é preciso que os Vereadores que compõem a Câmara Municipal autorizem quaisquer modificações no planejamento inicialmente proposto – essas modificações se chamam créditos adicionais.

Logo, cabe aos vereadores acompanhar a execução do Orçamento e verificar se a não realização de uma despesa que foi definida na LOA é justificável ou não.

O SEU MUNICÍPIO TEM ORÇAMENTO PARTICIPATIVO?

Orçamento Participativo é a adoção de mecanismos que possibilitam à sociedade participar das decisões sobre a elaboração da LOA, o acompanhamento de sua execução e o controle social dos gastos públicos. Atualmente muitos municípios brasileiros fazem o Orçamento Participativo, e os Vereadores po-dem ser importantes aliados nesse Processo.

TODAS AS LEIS SÃO PÚBLICAS E DEVEM SER DISPONIBILIZADAS AOS CIDADÃOS, SEJA PELA PREFEITURA OU PELA CÂMARA MUNICIPAL.

3.4. Plano Diretor

O Plano Diretor é uma Lei que estabelece e organiza o funcionamento, o crescimento e o planeja-mento territorial da cidade, determinando o que pode e não pode ser feito em cada espaço territorial,

Transparência e Controle Social

19

fornecendo informações tanto ao Poder Público quanto à iniciativa privada, na construção de espaços urbanos e rurais visando assegurar melhores condições de vida para a população.

Este é um dos instrumentos exigidos pela Lei n.º 10257/2001, popularmente conhecida como Esta-tuto da Cidade, e deve definir diretrizes para a adequada ocupação da cidade.

Leia o que diz o artigo 41 do Estatuto da Cidade, e veja se o Plano Diretor é obrigatório para seu Município:

Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:

I – com mais de vinte mil habitantes;

II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;

III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 182 da Constituição Federal;

IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;

V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.

VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamen-tos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (In-cluído pela Lei nº 12.608, de 2012)

§ 1o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos entre as medi-das de compensação adotadas.

§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.

Se seu Município estiver enquadrado na exigência da Lei, você pode e deve buscar informações sobre o Plano Diretor e sua revisão, que deve ocorrer a cada 10 (dez) anos conforme determina a Lei n.º 10257/2001.

QUAL O MELHOR MOMENTO PARA PARTICIPAR DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL?

Considerando que o PPA vale por quatro anos, enquanto a LDO e a LOA têm validade de um ano, podemos dialogar com o Poder Legislativo – legítimo representante do povo – enquanto os projetos de lei estiverem em tramitação (análise) na Câmara Municipal, momento mais propício para os vereadores apresentarem as propostas de emendas.

Eis algumas dicas para você realizar o controle social do planejamento municipal:

• informe-se na Câmara Municipal sobre o período em que serão discutidos os projetos de lei do PPA, da LDO, e a LOA, além de outros de seu interesse como, por exemplo, o Plano Diretor e o Plano de Cargos e Carreiras;

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

20

• participe da preparação dessas leis comparecendo às audiências e reuniões, e colabore – ISTO É CIDADANIA;

• acompanhe a execução do Orçamento ao longo do ano através das Prestações de Contas que são disponibilizadas pela Prefeitura e pela Câmara Municipal, e que são divulgadas no portal da transpa-rência do TCM/CE (www.tcm.ce.gov.br/transparencia/);

• comunique-se com a Ouvidoria do TCM/CE e apresente suas reclamações, dúvidas, consultas (http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/);

• fiscalize as contas públicas.

VAMOS RECORDAR:Antes de elaborar o Orçamento houve uma série de estudos e discussões com os vereadores e a

comunidade sobre o PPA e a LDO. Você também se lembra de que o PPA, a LDO e a LOA devem seguir as mesmas diretrizes, o mesmo planejamento.

O que consta no Orçamento faz parte do plano de governo, mas somente podem ser realizadas des-pesas se houver entrada de receita. Por isto é tão importante que cada representante do povo acompanhe a realização dos compromissos firmados no Orçamento.

Os representantes do povo são os vereadores, porém, os cidadãos sempre devem participar. Exerça seus direitos, participe das fases de elaboração do planejamento municipal, acompanhe o que está sen-do realizado e contribua para o crescimento de sua cidade.

...E lembre-se: somente se pode gastar o que se arrecada.

SEM ENTRADA DE DINHEIRO NOS COFRES PÚBLICOS NÃO SE PODE GASTAR!

ISTO É IMPORTANTE: todas as leis de planejamento (PPA, LDO, LOA) são documentos públicos e devem estar disponíveis na Câmara Municipal, podendo também ser solicitadas à Prefeitura.

Você, que é um cidadão consciente, não deve esquecer este conceito:

Transparência pública - Refere-se à obrigação imposta ao administrador público em promover a prestação de contas para a população. O governo deve regularmente divulgar o que faz, como faz, por que faz, quanto gasta e apresentar o planejamento para o futuro.

Transparência e Controle Social

21

Você também poderá obter mais informações entrando em contato com a Ouvidoria do TCM no endere-ço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/ , ou pelas seguintes formas de contato:

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

E-mail: [email protected]

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

4 De onde vem e para onde vai o dinheiro público

Como você viu, o orçamento expressa as receitas e as despesas do governo municipal durante um ano.

Mas o que são receitas e despesas públicas?

Receita pública é o dinheiro que chega à conta da Prefeitura, vem dos impostos e taxas cobrados pelo próprio município, além dos repasses obrigatórios feitos pela União e pelo Estado (dinheiro dos impostos federais e estaduais), da contratação de empréstimos, dos convênios.

É, portanto, dinheiro público, pertence a todo o povo do município.

Os impostos como o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), o ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) e o ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis) são pagos pelas pessoas que trabalham e residem no município. Sem o pagamento desses impostos a Prefeitura ar-recada menos, e consequentemente não pode realizar aquilo que foi planejado no Orçamento.

As taxas e as contribuições também são pagas por aquelas pessoas que precisam de serviços pres-tados pelo município.

Além da receita que vem dos contribuintes municipais, o governo (Prefeitura) também recebe uma parte do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do IPVA (Imposto Sobre a Proprie-dade dos Veículos Automotores) arrecadados pelo Governo do Estado, e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e outros repasses que vem da União, do Governo Federal.

Consulte os valores de repasses da União e do Estado aos Municípios na internet:

- Portal da Transparência do Governo Federal (permite conhecer todos os repasses do Governo Fe-deral aos Municípios e aos Estados) :www.portaltransparencia.gov.br/

- Portal da Transparência do Governo do Estado do Ceará (permite conhecer todos os repasses do Governo Estadual aos Municípios e organizações civis): transparencia.ce.gov.br/ .

Despesa pública é todo gasto que o governo faz com o dinheiro arrecadado para manter escolas, postos de saúde, hospitais, centros de apoio à criança e ao adolescente, ao idoso, pagar servidores públicos, garantir o abastecimento de água, os serviços de coleta de lixo e limpeza pública, pagar despesas de energia e prestar outros serviços à população.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

22

Todos sabem que os cidadãos têm direitos e deveres; os DIREITOS possibilitam ao cidadão viver com DIGNIDADE, e os DEVERES devem ser cumpridos por cada um de nós, para que juntos possamos melhorar a vida de todos.

A conquista do seu DIREITO de participar da atividade política, da gestão dos recursos públicos, e o cumprimento do seu DEVER como cidadão em contribuir com sua opinião, sugestão, fiscalização e o paga-mento de impostos, tributos e taxas, constituem a sua CIDADANIA.

Pensando assim, você percebe que o governo somente pode realizar o que está no planejamento municipal se conseguir arrecadar as receitas. Por isto, além de você contribuir pagando a sua parte, você pode colaborar cuidando para que outros contribuintes façam o mesmo, como por exemplo, pagando o IPTU, exigindo a nota fiscal de mercadorias que vai aumentar a receita de ICMS, e não apenas um recibo de venda de mercadorias.

Sua contribuição é fundamental, pois a realização de obras e a prestação de serviços pela Prefeitu-ra não são favores para a população. Lembre-se: o dinheiro do município existe exatamente para atender às necessidades da comunidade.

E você, sabe como acompanhar o andamento da gestão municipal, verificar o que a Prefeitura está arrecadando, ou como a Prefeitura e a Câmara de Vereadores estão gastando o dinheiro público?

As prestações de contas da Prefeitura e da Câmara Municipal devem estar disponíveis para qual-quer cidadão acompanhar a administração do Município. Esses dados podem estar ao seu dispor em papel (documentos) ou na rede mundial de computadores, a internet.

Se você deseja exercer o controle social, fazer acontecer a sua CIDADANIA, é preciso que você procure essas informações e exija seus direitos! Acesse a página de seu Município na internet ou visite o endereço eletrônico do TCM/CE.

Reúna-se com seus amigos e converse sobre o que você observou, troque idéias e colabore com o desenvolvimento e a qualidade de vida de sua cidade.

Transparência e Controle Social

23

Se algumas vezes você perceber que a linguagem não é tão fácil de ser compreendida, busque infor-mações na Prefeitura e na Câmara, pois a Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.527 de 18 de novembro de 2011) lhe garante esse direito para o desenvolvimento de uma cultura de transparência e de controle social da administração pública.

Além de poder buscar as informações ali mesmo no Município, os cidadãos também podem consul-tar os dados encaminhados pelas Prefeituras e Câmaras ao Tribunal de Contas dos Municípios no ‘portal da transparência’: http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/

E ainda, as informações de seu interesse também poderão ser solicitadas por meio de correspon-dência endereçada ao TCM no seguinte endereço:

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará Av General Afonso Albuquerque Lima, 130, Bairro: CambebaFortaleza – Ceará - CEP: 60822-325

Você também poderá obter mais informações entrando em contato com a Ouvidoria do TCM no endereço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/ , ou pelas seguintes for-mas de contato:

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

E-mail:[email protected]

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

5. Transparência e controle social: o acesso à informação

Para avançar no tema ‘Transparência e Controle Social’, e realizar de fato uma política de transparên-cia, é preciso apoiar a mobilização social, formando e buscando cidadãos interessados em fiscalizar o go-verno e influenciar positivamente a gestão participativa, para construir, juntos, políticas e ferramentas que transformem as informações governamentais em algo realmente útil para o cidadão e sua comunidade.

Porém, o TCM/CE sozinho não conseguirá alcançar a todos, é preciso que a sociedade procure e encontre essas informações.

Por isto estamos aqui, é por esta razão que elaboramos esse caderno com a finalidade de lhe mos-trar como encontrar esses dados, e lhe despertar para a importância de suas ações na busca do desenvol-vimento e melhoria da qualidade de vida de sua comunidade.

Em tudo o que apresentamos até aqui, sempre nos preocupamos em deixar claro que você tem o di-reito e o dever de participar, e, como cidadão, fazer valer a sua CIDADANIA, REALIZAR O CONTROLE SOCIAL.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

24

MAS O QUE É CONTROLE SOCIAL?

Podemos definir controle social a partir da lição da Professora Eliana Pinto, que diz: “o controle social dos atos da administração pública é aquele realizado individualmente ou coletivamente pela comunidade, através dos di-versos instrumentos, jurídicos ou não, colocados à disposição dos cidadãos”.

Enquanto no controle institucional dos Municípios (realizado pelas Câmaras Municipais, Tribunal de Contas dos Municípios e pelo sistema de controle interno de cada Poder) os agentes públicos têm o poder e o dever legal de fiscalizar e controlar os atos administrativos, sob pena de responsabilidade política, administrativa e criminal, no controle social O CIDADÃO NÃO TEM OBRIGAÇÃO LEGAL DE FISCALIZAR E CONTROLAR, MAS TEM UM DIREITO, UMA FACULDADE GARANTIDA PELA CONSTITUIÇÃO.

O controle social é um complemento ao controle institucional.

Pensando assim, o Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará – TCM/CE tem se esforçado para levar ao conhecimento dos cidadãos as prestações de contas das Prefeituras e Câmaras Municipais, e faz isto divulgando-as na internet, no endereço http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/, como já mostramos ao longo desse estudo.

Assim sendo, para que você conheça melhor porque as Administrações Municipais devem publicar suas informações de forma transparente, bem como fornecer as informações requisitadas por quaisquer interessados, faremos alguns comentários:

- A Constituição Federal contempla, dentre as várias exigências impostas às entidades que integram a Administração Pública brasileira, a obrigatoriedade quanto à observância aos princípios caracterizados como expressos, quais sejam o princípio da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da eficiência e da publicidade.

- No mesmo sentido, a Lei Complementar n.º 101 de 04 de maio de 2000, nacionalmente conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, reforçou e consolidou a transparência da gestão pública inovan-do, inclusive, quanto ao processo de publicidade dos atos governamentais.

- Posteriormente, a Lei Complementar n.º 131 de 27 de maio de 2009, que modificou a LRF e foi chamada de Lei da Transparência, reforçou o processo de transparência da gestão pública tornando a rede mundial de computadores, a internet, meio indispensável e obrigatório para alcançar um objetivo presente no texto constitucional: a obrigação da Administração Pública dar publicidade aos seus atos, divulgando em tempo real informações detalhadas sobre a execução orçamentária e financeira.

Essa Lei também assegurou requisitos que devem ser observados pelos gestores públicos: incentivo à participação popular e realização de audiências públicas durante os processos de elaboração e discussão do PPA, LDO e LOA.

Cabe fazermos, neste ponto, um comentário esclarecedor: os Municípios que possuem até 50.000 (cinquenta mil) habitantes têm até a data de 27/05/2013 para obedecer à Lei n.º 131/2009, ou seja, para divulgar em tempo real as informações detalhadas (artigo 73-B da LRF).

Transparência e Controle Social

25

O QUE SE ENTENDE POR DIVULGAÇÃO EM TEMPO REAL?

Conforme definido pelo Decreto nº 7.185/2010 da Presidência da República, a liberação em tempo real se refere à disponibilização das informações, em meio eletrônico que possibilite amplo acesso públi-co, até o primeiro dia útil subsequente à data do registro contábil.

Confira ao final deste caderno a população de todos os Municípios do Estado do Ceará, e veja se os dados de sua cidade já estão liberados na internet, em tempo real, consultando o endereço que o TCM/CE disponibiliza para você: http://www.tcm.ce.gov.br/site/orientacoes/cumprimento_a_lei_complementar_131_2009/.

Atualmente, com a edição da Lei n.º 12.527 de 18 de novembro de 2011, popularmente denomina-da de Lei de Acesso à Informação, podemos dizer que o Brasil avançou significativamente na promoção da transparência pública, já que essa norma regulamenta o direito de acesso a informações, tendo como ob-jetivos o desenvolvimento de uma cultura de transparência e o controle social da administração pública.

Para tanto, torna-se indispensável que as informações de interesse público sejam divulgadas tor-nando-se acessíveis a qualquer pessoa.

Da exposição acima pode-se perceber que o princípio da publicidade passa a ter relevância exigin-do-se que a Administração aja não apenas com a publicidade de seus atos, mas, sobretudo, com trans-parência, pois a mais ampla divulgação das ações governamentais contribui não apenas para o fortaleci-mento da democracia, mas prestigia e desenvolve noções de cidadania estimulando o controle por parte da sociedade, ou seja, o controle social.

Note bem que a sociedade tem o poder de eleger seus representantes para gerenciar, administrar os recursos públicos, de tal modo que esses representantes (no caso dos municípios: Prefeitos e Vereado-res) devem apresentar a essa mesma sociedade informações que lhe permitam conhecer e avaliar como está sendo aplicado o dinheiro público municipal.

Portanto, um governo transparente deve facilitar aos cidadãos o acesso às informações de interesse público, divulgando-as de forma espontânea, e sempre que possível numa linguagem clara e de fácil enten-dimento, possibilitando a participação popular e o controle social.

A transparência e o acesso à informação são fundamentais para a consolidação da democracia e para a boa gestão pública, além de serem medidas preventivas contra a corrupção, pois incentivam os agentes públicos (Prefeitos, Vereadores, Secretários, Gestores e Servidores) a agir com mais responsabi-lidade e eficiência.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

26

Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o assunto, vamos fixar essa mensagem:

Acesso à Informação: um direito, uma obrigação!

Para que você participe colaborando, fiscalizando, acompanhando e refletindo sobre como se re-aliza a gestão pública, e saiba como contribuir para melhorar os serviços prestados, mencionamos neste caderno muitos canais e formas de acessar as informações públicas.

Veja a seguir algumas dicas importantes sobre como requisitar essas informações, e um quadro resumo com base na Lei de Acesso à Informação:

- qualquer pessoa pode solicitar informações públicas aos Órgãos Públicos, como por exemplo, ao Governo do Estado, à Assembléia Legislativa, à Prefeitura, à Câmara Municipal, ao TCM/CE;

- o pedido não precisa ser justificado, deve apenas conter a identificação do que se pretende obter (que tipo de informação se busca), e o contato do requerente para que lhe sejam prestadas as informações;

- a prestação de informações é gratuita, podendo ser cobrado apenas o custo pela reprodução (por exemplo, serviço de cópia, mídia magnética cd ou dvd para gravar os dados);

- o acesso à informação deve ser imediato, mas, se isso não for possível, a resposta deve ser forne-cida em prazo máximo de 20 (vinte) dias. Esse prazo poderá ser prorrogado por no máximo 10(dez) dias, devendo ser expressamente justificado;

- somente haverá restrições ao acesso à informação se esta for classificada como sigilosa pelas au-toridades competentes, na forma da Lei; ou tratar-se de informações pessoais, relativas à intimidade da pessoa, ou à vida privada, honra e imagem;

- caso as informações requisitadas não sejam fornecidas, isto é, se ocorrer o indeferimento do pedi-do formulado, ou se forem desrespeitados procedimentos como prazo de resposta, por exemplo, o interes-sado poderá interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência;

- o recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.

Transparência e Controle Social

27

Quadro resumo:

TEMA ONDE ENCONTRAR PALAVRAS-CHAVE

Garantias do direito de acesso Artigos 3º, 6º, 7º Princípios do direito de acesso/

Compromisso do EstadoRegras sobre a divulgação

de rotina ou proativa de informações

Artigos 8 º e 9 ºCategorias de informação/Serviço de Informações ao Cidadão/Modos de

divulgar

Processamento de pedidos de Informação

Artigos 10,11,12,13 e 14

Identificação e pesquisa de documentos/Meios de divulgação/

Custos/Prazos de atendimento

Direito de recurso a recusa de liberação de informação Artigos 15 ao 20

Pedido de desclassificação/Autoridades responsáveis/Ritos

legais

Exceções ao direito de acesso Artigos 21 ao 30 Níveis de classificação/Regras/

Justificativa do não-acesso

Tratamento de informações Pessoais Artigo 31 Respeito às liberdades e garantias

individuais

Responsabilidade dos agentes públicos Artigos 32, 33, 34 Condutas ilícitas/Princípio do

contraditório

Agora que já compartilhamos informações sobre a TRANSPARÊNCIA E O ACESSO À INFORMAÇÃO, você não deve esquecer estes conceitos:

Transparência pública - Refere-se à obrigação imposta ao administrador público em promover a prestação de contas para a população. O governo deve regularmente divulgar o que faz, como faz, por que faz, quanto gasta e apresentar o planejamento para o futuro.

Transparência ativa - A transparência ativa ocorre quando os governos divulgam dados por iniciativa própria, sem terem sido solicitados.

Transparência passiva - A transparência passiva é entendida como o acesso aos dados públicos for-necidos pelos governos, quando solicitados.

Você também poderá obter mais informações entrando em contato com a Ouvidoria do TCM no en-dereço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/ , ou pelas seguintes formas de contato:

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

E-mail:[email protected]

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

28

6 Prestações de contas:

Para compreender como o Presidente da Câmara, o Prefeito, os Secretários Municipais, os Presi-dentes de Autarquias e Fundações públicas municipais prestam contas dos recursos que administram, é necessário fazer algumas considerações:

- Prestar contas é dever constitucional de qualquer administrador público. Aqueles que administram o erário (dinheiro público) devem ter em mente que, além de um dever constitucional, prestar contas é um dever moral e cívico.

- A palavra administrador traz em si o conceito oposto de proprietário, pois indica aquele que gere interesses alheios. A honrosa função de administrar bens e recursos públicos traz inclusa a idéia de zelo e conservação. Daí correto concluir que os poderes normais de um administrador são simplesmente de con-servar e utilizar os bens e recursos confiados à sua gestão, buscando sempre um fim único: o bem comum da coletividade administrada.

- Para fundamentar essa obrigação, citamos o parágrafo único do artigo 70 da Constituição Federal:

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Abordaremos a seguir as prestações de contas que são encaminhadas ao Tribunal de Contas dos Municípios, compondo Processos formais, e mais adiante comentaremos sobre as prestações de contas mensais que são enviadas ao TCM/CE por meio informatizado, o SIM – Sistema de Informações Municipais.

6.1 Contas de gestão

É a Prestação de Contas encaminhada ao Tribunal de Contas dos Municípios, através da qual os or-denadores de despesas fazem a apresentação dos resultados dos atos de gestão financeira e patrimonial praticados durante o exercício financeiro, para julgamento. Vale reforçar que no exercício de suas compe-tências, o TCM/CE julga as CONTAS DE GESTÃO, podendo considerá-las regulares, regulares com ressalvas ou irregulares (quando são desaprovadas).

A análise e o julgamento dessas Contas são de competência exclusiva dos Tribunais de Contas, que examinam os aspetos jurídicos ligados ao efetivo processamento das despesas, isto é, ligados aos atos de gestão, conforme previsto na Lei nº 4.320/64.

Segundo o Regimento Interno do TCM/CE, art. 125, as Contas de Gestão dos administradores e ordenadores de despesas (Presidente da Câmara, Secretários, Gestores, Presidentes de autarquias e fun-dações, e o Prefeito caso ele seja ordenador de despesas), abrangerão tesoureiros, pagadores, almoxari-fes, encarregados de depósitos e todos os demais responsáveis pela guarda e administração de bens e valores públicos.

Somente depois de concedido o direito de defesa ao responsável pela Prestação de Contas de Ges-tão, em todas as fases do Processo, é que o Relator emite a sua decisão, lavrando um documento denomi-nado Acórdão.

Atualmente a Instrução Normativa nº 03/1997 do TCM/CE trata dos procedimentos relativos ao Pro-cesso de Prestação de Contas de Gestão a ser enviado ao TCM/CE, que deve obedecer aos seguintes prazos:

Transparência e Controle Social

29

Art. 2º O processo de Prestação de Contas de Gestão será apresentado ao Tribunal de Contas dos Municípios, anualmente, com nítida separação, se for o caso, de responsabilidades entre gesto-res, nos seguintes prazos:

I - responsáveis pelas Unidades Gestoras da Administração Direta, no prazo máximo de 120 (cen-to e vinte) dias, contados da data de encerramento do correspondente exercício financeiro;

II - responsáveis pelos Órgãos e Entidades da Administração Indireta, incluídas as Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, Fundos Especiais e demais enti-dades controladas pelo município, no prazo máximo de 150 (cento e cinquenta) dias da data de encerramento do correspondente exercício financeiro;

III - ocorrendo término de gestão decorrente da extinção da Unidade Administrativa, Órgão ou Enti-dade, bem como nos casos de falecimento ou exoneração do gestor, os prazos referidos nos itens I e II deste artigo serão contados a partir da respectiva data de encerramento das atividades.

Caso a Câmara Municipal ou a Unidade Gestora, que pode ser uma Secretaria, o SAAE, o órgão de Previdência Municipal, forem administrados por mais de um Responsável dentro de um mesmo exercício financeiro, cada uma dessas pessoas deve prestar contas separadamente ao TCM/CE.

Contas de Governo

As Contas de Governo são as Prestações de Contas de responsabilidade dos Chefes do Poder Exe-cutivo. No caso dos Municípios compete aos Prefeitos o envio das Contas ao Poder Legislativo até o dia 31 de janeiro do exercício seguinte.

Essas Contas permanecerão na Câmara durante 60 (sessenta dias) à disposição de qualquer cidadão, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei e, decorrido este prazo, as contas serão, até o dia dez de abril de cada ano, enviadas pela Presidência da Câmara Municipal ao Tribunal de Contas dos Municípios para que este emita o competente Parecer. Esta determinação consta no artigo 42 parágrafo 4º da Constituição do Estado do Ceará.

As Contas de Governo evidenciam o desempenho da Administração Municipal relativa a um exer-cício financeiro, sob os aspectos contábil, orçamentário e financeiro, segundo determina o artigo 71 da Constituição Federal combinado com o artigo 75, e artigo 78 da Constituição do Estado do Ceará.

São objeto de exame os demonstrativos contábeis integrantes do Balanço Geral do Município, os ins-trumentos normativos de planejamento e controle da Administração Pública: PPA, LDO, LOA, Créditos adi-cionais (alterações no Orçamento), o repasse do duodécimo à Câmara Municipal, os gastos com pessoal, o cumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o cumprimento ao percentual de 25% para aplicação na área de Educação e de 15% na área da Saúde, o endividamento do Município, dentre outros aspectos.

Essas Contas são apreciadas pelos Tribunais de Contas através de emissão de PARECER PRÉVIO (documento que contém o resultado do exame feito pelo TCM sobre as Contas do Prefeito), e julgadas pelo respectivo Poder Legislativo.

Ressalte-se que os recursos orçamentários e financeiros, bem como os dispêndios realizados di-retamente pelas Unidades Administrativas são examinados detalhadamente por ocasião da análise e apresentação dos relatórios sobre as Contas de Gestão de seus Ordenadores de despesa.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

30

6.2 Prestações de contas mensais enviadas ao SIM – Sistema de Informações Municipais

Há algum tempo atrás, o TCM/CE recebia a documentação mensal (em papel) de todas as receitas e despesas públicas, de todos os Municípios do Estado do Ceará. Isto causou o acúmulo de muito papel e uma sobrecarga de documentos a serem examinados detalhadamente pelos servidores dessa Corte de Contas.

Objetivando a melhoria de seus trabalhos com o uso de sistemas informatizados, assim como a redução de gastos com o envio desses documentos, o Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará, em um projeto pioneiro, desenvolveu o SIM – Sistema de Informações Municipais, que busca a elaboração, o envio e recepção de dados relativos às Contas Municipais.

O Sistema se destina, também, à promoção da transparência das administrações municipais, e a orientar os Municípios no que diz respeito aos seus controles internos, fornecendo um direcionamento técnico em nível de controles orçamentário, patrimonial e financeiro.

Atualmente o TCM está recebendo os dados do SIM por meio da internet, sem a necessidade de os responsáveis se dirigirem à sede do Tribunal para entregar suas prestações de contas.

A partir dos dados do SIM, fornecidos pelos Municípios, podemos obter as seguintes informações:

• Orçamento Municipal• Gestores Municipais • Identificação dos membros do Legislativo

(Vereadores)• Unidades Gestoras Municipais• Demonstrativos Mensais de receita e despesas• Documentação Comprobatória de Receitas• Licitações e Contratos

• Documentação Comprobatória de Despesas• Abertura de Créditos Adicionais e outras

Alterações Orçamentárias• Dados de Gastos com Pessoal, inclusive os

relativos ao Legislativo• Convênios Firmados• Obras Municipais e Serviços de Engenharia

Tendo em vista que o TCM/CE dispõe de todos esses dados públicos, que são enviados a cada mês conforme determina o artigo 42 da Constituição do Estado do Ceará, nada mais correto do que disponibili-zá-los aos cidadãos e demais interessados, para que exerçam o CONTROLE SOCIAL DAS CONTAS PÚBLICAS.

Vejamos textualmente o que diz o artigo 42:

Art. 42. Os Prefeitos Municipais são obrigados a enviar às respectivas Câmaras e ao Tribunal de Contas dos Municípios, até o dia 30 do mês subsequente, as prestações de contas mensais relativas à aplicação dos recursos recebidos e arrecadados por todas as Unidades Gestoras da administração municipal, mediante Sistema Informatizado, e de acordo com os critérios estabelecidos pelo Tribunal de Contas dos Municípios, e composta, ainda, dos balancetes demonstrativos e da respectiva documentação comprobatória das re-ceitas e despesas e dos créditos adicionais. (grifou-se)

Transparência e Controle Social

31

É preciso destacar que todos os dados armazenados no SIM e disponibilizados pelo TCM/CE cor-respondem integralmente às contas prestadas pelos Municípios, preservadas a origem e a integridade dos dados fornecidos. Isto significa que tudo o que consta no portal da transparência do TCM/CE (www.tcm.ce.gov.br/transparecia/)foi informado pelo Município – não existem dados modificados ou alterados.

ACESSE OS DADOS QUE O TCM COLOCA AO SEU ALCANCE!

7 Conhecendo as contas municipais divulgadas pelo TCM/CE

7.1 Portal da transparência do TCM/CE

Vamos explicar detalhadamente como você pode acompanhar e fiscalizar as prestações de contas municipais, ou as Contas do TCM, ou ainda os dados de fornecedores que negociam com o Poder Público:

Primeiro é preciso relembrar o endereço do portal da transparência do TCM/CE: www.tcm.ce.gov.br/transparencia/ .

Ao acessar o portal da transparência você tem opções de consultar os dados dos Municípios, ou do TCM, ou dados de fornecedores. Faça sua escolha.

Caso deseje pesquisar por Município, apresentamos a seguir algumas dicas de consultas, tendo como exemplos Municípios selecionados aleatoriamente:

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

32

- Em seguida selecione o exercício financeiro e os dados que deseja consultar: receitas, des-pesas, fornecedores do Município, prestações de contas, estrutura administrativa, agente públi-cos, licitações informadas, licitações publicadas, relatórios gerenciais do SIM e Contas enviadas à Justiça Eleitoral:

- Se optar por consultar despesas públicas, será aberta uma tela com todas despesas e o valor gasto até o último mês informado (que é citado no final da página, à direita):

Transparência e Controle Social

33

À medida que os dados do SIM são enviados pelos Municípios, os valores vão sendo acumulados. Na tela acima são apresentados todos os tipos de despesas e respectivos valores.

Clique no tipo de despesa, em seguida no nome do favorecido e em ‘mais detalhes’. Assim, você encontrará bastantes informações:

Para conhecer as receitas públicas arrecadadas, após selecionar seu Município clique em receitas na página inicial do portal da transparência e veja tudo o que foi arrecadado até a data indicada no final da página, à direita.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

34

Você se recorda de que a receita arrecadada será utilizada para cobrir as despesas fixadas na Lei do Orçamento? Então, todos esses recursos devem ser controlados e corretamente aplicados conforme o plano de governo aprovado pelos Vereadores e cidadãos.

Se você deseja saber se o seu Município está adimplente, isto é, enviando as prestações de contas em dia, consulte: http://www.tcm.ce.gov.br/site/_menu/consultas.php e clique em ‘Situação de Remessa das Pres-tações de Contas’. Será aberta a tela abaixo, em que você escolhe o Município, o exercício, e obtém a resposta:

Transparência e Controle Social

35

Explore a página do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará na internet. Nós colocamos muitas informações ao seu alcance porque sabemos que você tem um papel muito importante: realizar o con-trole social, ser um agente de mudanças, contribuir com seu Município.

Apresentamos abaixo a consulta às contas do TCM/CE. Clique sobre o tema que deseja pesquisar:

Além dos dados expostos no portal da transparência, o TCM/CE também oferece a você os ‘dados abertos’, isto é, as contas públicas são apresentadas de uma maneira diferente, via Interface de Programa-ção de Aplicativos (ou API ) – esta é uma facilidade para as pessoas desenvolverem suas consultas usando a criatividade coletiva, fazendo uso dos dados da maneira que melhor lhe convier.

E para isso, nada melhor que facilitar a criação desses aplicativos. Portanto, se você quiser criar sua própria forma de consulta, divirta-se acessando:

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

36

Você também poderá obter mais informações entrando em contato com a Ouvidoria do TCM no endere-ço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/ , ou pelas seguintes formas de contato:

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

E-mail:[email protected]

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

7.2 Portal de licitações

No intuito de oferecer maior transparência às licitações realizadas pelos municípios cearenses o TCM/CE regulamentou o envio de editais e demais documentos relacionados a todas as licitações, dando a mais ampla publicidade para que todos os interessados possam acompanhar e cobrar a lisura dos pro-cessos licitatórios.

Desta forma, as licitações abertas e aquelas já realizadas pelos Municípios estão disponibilizadas no portal do TCM/CE, no endereço www.tcm.ce.gov.br/licitacoes/.

O acompanhamento das licitações pode evitar fraudes, desvios de dinheiro público e favorecimentos empresariais, mas devemos advertir: a publicação das licitações no portal do TCM não libera o Administrador Mu-nicipal de cumprir a exigência das Leis n.º 8666/93 (Lei de Licitações e Con-tratos Públicos) e Lei n.º 10.520/2001 (Lei do Pregão), relativas à publicação na imprensa oficial e outros meios.

Transparência e Controle Social

37

O Portal é mais uma forma de possibilitar a publicidade, a transparência e o controle social.

Para conhecer os detalhes da Instrução Normativa que regulamenta o envio desses dados ao Tribunal, acesse www.tcm.ce.gov.br/site/legislacao/instrucoes_normativas_do_tcm/ e leia a Instrução n.º 01/2011.

E ATENÇÃO: Se ao tentar obter informações sobre as licitações públicas o acesso lhe for negado, denuncie! Procure seus direitos junto ao Ministério Público local – informe-se sobre os procedimentos que deve adotar, e NÃO ABRA MÃO DE SEUS DIREITOS.

Você também poderá obter mais informações entrando em contato com a Ouvidoria do TCM no endere-ço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/ , ou pelas seguintes formas de contato:

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

E-mail:[email protected]

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

8. Conselhos Municipais

Aprendemos que o controle social pode ser feito individualmente, por qualquer cidadão, ou por um grupo de pessoas.

Existem grupos de pessoas que compõem os conselhos gestores de políticas públicas, que são ca-nais efetivos de participação numa sociedade na qual a cidadania deixa de ser apenas um direito, mas

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

38

uma realidade. A importância dos conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação demo-crática da população na formulação e implementação de políticas públicas.

LEMBRE-SE DE QUE NÓS CONVERSAMOS SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS

Os conselhos são espaços públicos de composição mista entre representantes do Governo e da sociedade civil, de natureza deliberativa e consultiva, cuja função é formular e controlar a execução das políticas públicas setoriais. Os conselhos são o principal canal de participação popular encontrada nas três instâncias de governo (federal, estadual e municipal).

Os conselhos devem ser compostos por um número par de conselheiros, sendo que, para cada conselheiro representante do Estado, haverá um representante da sociedade civil (exemplo: se um conselho tiver 14 conselheiros, sete serão representantes do Estado e sete representarão a sociedade civil). Mas há exceções à regra, tais como na saúde e na segurança alimentar. Os conse-lhos de saúde, por exemplo, são compostos por 25% de representantes de entidades governamen-tais, 25% de representantes de entidades não-governamentais e 50% de usuários dos serviços de saúde do SUS.

Segundo cartilha da Controladoria Geral da União – CGU, indicamos aqui algumas responsabilidades de Conselhos Municipais:

Conselho de Alimentação Escolar

• Controla o dinheiro para a merenda. Parte da verba vem do Governo Federal, a outra parte vem da Prefeitura.

• Verifica se o que a Prefeitura comprou está chegando nas escolas.

• Analisa a qualidade da merenda comprada.

• Olha se os alimentos estão bem guardados e conservados.

Conselho Municipal de Saúde

• Controla o dinheiro da saúde.

• Acompanha as verbas que chegam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os repasses de programas federais.

• Participa da elaboração das metas para a saúde.

• Controla a execução das ações na saúde.

• Deve se reunir pelo menos uma vez por mês.

Conselho de Controle Social do Bolsa Família

• Controla os recursos do Programa.

• Verifica se as famílias do Programa atendem aos critérios para fazer parte.

• Verifica se o Programa atende com qualidade às famílias que realmente precisam.

• Contribui para a manutenção do Cadastro Único.

Transparência e Controle Social

39

Conselho do Fundeb

• Acompanha e controla a aplicação dos recursos, quanto chegou e como está sendo gasto. A maior parte da verba do Fundeb(60%) é para pagar os salários dos professores que lecionam no ensino fundamental.

• Supervisiona anualmente o Censo da Educação.

• Controla também a aplicação dos recursos dos demais programas da Educação e comunica ao FNDE a ocorrência de irregularidades.

Conselho de Assistência Social

• Acompanha a chegada do dinheiro e a aplicação da verba para os programas de assistência social. Os programas são voltados para as crianças (creches), idosos, portadores de deficiências físicas.

• O conselho aprova o plano de assistência social feito pela Prefeitura

INFORME-SE SOBRE OS CONSELHOS MUNICIPAIS DE SUA CIDADE E PARTICIPE DAS REUNIÕES, OBSERVE COMO SÃO FEITOS OS TRABA-LHOS, E COLABORE.

Você também poderá obter mais informações entrando em contato com a Ouvidoria do TCM no endere-ço eletrônico http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/ , ou pelas seguintes formas de contato:

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

E-mail:[email protected]

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

40

9 Ouvidoria do TCM/CE – canal de comunicação com a sociedade

Tendo a comunicação como aliada, a Ouvidoria aproxima você e o TCM recebendo sugestões, reclamações, críticas, pe-didos de esclarecimentos e consultas, reivindicações e comuni-cação de irregularidades para a contínua melhoria dos serviços públicos municipais e do Tribunal, contribuindo para a fiscaliza-ção da aplicação dos recursos.

Criada por meio da Resolução 09/2011 a Ouvidoria é uma instância de representação do cidadão junto ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, é mais um instrumento colocado à sua dis-posição pelo TCM/CE; é uma instituição a serviço da democracia, que auxilia a sociedade permitindo que você participe da gestão municipal, realizando o controle social sobre as políticas e os serviços públicos.

A Ouvidoria do Tribunal de Contas pretende contribuir para que as ações de fiscalização tenham atuação mais destacada e mais próxima do interesse do cidadão. É nosso dever fundamental ouvir, receber e encaminhar suas demandas, bem como esclarecer dúvidas buscando promover uma relação equilibrada e transparente, apoiada no respeito e na ética.

Conheça as competências da Ouvidoria, conforme disposto no artigo 3º da Resolução n.º 09/2011:

I - contribuir para a melhoria da gestão do Tribunal e dos órgãos e entidades que lhes são juris-dicionados;

II - concorrer para que sejam observados os princípios constitucionais da legalidade, impessoa-lidade, moralidade, publicidade e eficiência, bem como os demais princípios aplicáveis à admi-nistração pública, quanto aos atos praticados por autoridades, administradores e servidores da administração direta e indireta dos municípios do Ceará, bem como do próprio Tribunal;

III - estreitar o relacionamento com o cidadão e contribuir para ampliar o controle social, forta-lecendo a cidadania;

IV – receber e registrar comunicações pertinentes a reclamações, críticas, sugestões e solicitações de informações sobre serviços prestados pelo Tribunal de Contas;

V - receber e registrar comunicações pertinentes a informações relevantes fornecidas sobre atos administrativos e de gestão praticados por órgãos e agentes do Tribunal, objetivando subsidiar os procedimentos de controle interno;

VI – receber e registrar comunicações pertinentes a reclamações, críticas, sugestões e solicitações de informações sobre atos de gestão ou atos administrativos praticados por agentes públicos jurisdicionados ao Tribunal de Contas;

VII – receber e registrar comunicações pertinentes a informações relevantes fornecidas sobre atos administrativos e de gestão praticados por órgãos e entidades da administração pública, su-jeitos à jurisdição do Tribunal, objetivando subsidiar os procedimentos de controle externo, sem prejuízo da instauração, quando for o caso, de processo regular de denúncia ou representação junto ao Tribunal;

VIII – catalogar as demandas e informações recebidas, encaminhando-as aos órgãos competen-tes do Tribunal, para averiguação e adoção das providências que se fizerem necessárias;

IX – solicitar aos órgãos competentes do Tribunal informações sobre o resultado da averiguação e

Transparência e Controle Social

41

das providências requeridas, visando à solução das demandas e informações, bem como manter controle e acompanhar o cumprimento dessas requisições;

X – manter informados, sempre que possível, os autores das comunicações sobre demandas e informações referidas nos incisos IV,V,VI e VII, quanto às averiguações e providências adotadas pelos órgãos competentes do Tribunal;

XI – promover o intercâmbio de informações com outros órgãos públicos, atinentes à sua área de atuação, em especial com Tribunais de Contas;

XII - elaborar o Manual de Atividades da Ouvidoria, com especificações detalhadas sobre os pro-cedimentos e a metodologia de trabalho, a serem observados pela unidade.

Para entender melhor como você pode exercer sua cidadania, é preciso explicar a diferença entre as manifestações que podem ser feitas na Ouvidoria e a formalização de Denúncia, que pode ser dirigida ao Tribunal de Contas dos Municípios:

ͳ As manifestações compreendem sugestões, reclamações, críticas, pedidos de esclarecimentos e consultas, reivindicações e comunicação de irregularidades dos cidadãos em relação aos ser-viços prestados pelos responsáveis pela administração municipal, e pelo próprio TCM/CE.

Todas serão registradas, analisadas e encaminhadas às unidades internas para a adoção das provi-dências cabíveis a cada caso apresentado. Depois de recebidas as respostas por parte das unidades inter-nas do TCM/CE, as informações serão prestadas ao cidadão.

ͳ As Denúncias são processos formais; qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legitima para denunciar irregularidades ou ilegalidades cometidas por gestor público, administrador público ou responsável. A denúncia deve submeter-se a três pressupostos básicos de admissibilidade:

1. tratar de matéria de competência do TCM/CE;

2. o denunciado deve estar sujeito à jurisdição desta Corte de Contas e;

3. a denúncia deve estar acompanhada de prova.

A denúncia deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, conter o nome, a qualificação e o endereço das partes (denunciante e denunciado), ser redigida em linguagem clara e objetiva, indicar o órgão da administração municipal onde ocorreu o fato e estar assinada pelo de-nunciante ou seu representante legal, devidamente habilitado em instrumento procuratório, conforme dispõe o art. 1º, inciso XXVII, art. 51 a 53 da Lei nº 12.160, de 04/08/1993 – LOTCM e art. 157 a 159 do Regimento Interno do TCM.

COMO SER ATENDIDO PELA OUVIDORIA

Para ser atendido pela Ouvidoria o cidadão poderá utilizar os seguintes meios:

ͳ página do TCM na internet, www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/, registrando sua manifestação através do formulário disponibilizado (veja modelo abaixo), no endereço: www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/;

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

42

E-mail: [email protected];

Atendimento telefônico:(085) 3218-1522

Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522

Horário de atendimento: das 8h às 12h e de 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE

Fax: (085) 3218-1212.

Objetivando uma melhor compreensão acerca do trabalho da Ouvidoria, formulamos algumas PER-GUNTAS E RESPOSTAS. Veja:

Como funciona a Ouvidoria?

A Ouvidoria é mais um instrumento do TCM/CE colocado à sua disposição. É um ponto de partida a serviço da democracia, que auxilia a sociedade permitindo que você participe da gestão municipal, reali-zando o controle social sobre as políticas e os serviços públicos.

Nossa missão é dialogar e acolher as suas informações sobre os serviços prestados pelos gestores das entidades públicas municipais e pelo próprio TCM/CE, tais como as sugestões, reclamações, críticas, pedidos de esclarecimentos e consultas, reivindicações e comunicação de irregularidades.

Sua manifestação será recebida, analisada e encaminhada às unidades internas para a adoção das pro-vidências cabíveis a cada caso apresentado, e, posteriormente, lhe serão prestadas as devidas informações.

Transparência e Controle Social

43

Quais são os assuntos de competência direta da Ouvidoria?

Conforme a Resolução 09/2011, são assuntos de competência da Ouvidoria aqueles relacionados aos serviços públicos prestados pelo Tribunal, e aos atos administrativos e de gestão praticados por agen-tes políticos, outros agentes públicos, órgãos ou entidades da administração municipal direta e indireta, incluídas as Fundações e Sociedades instituídas pelo Poder Público Municipal.

Quando as manifestações dos cidadãos não envolverem assuntos da área de competência do TCM/CE elas serão encaminhadas para os órgãos competentes, consideradas encerradas para, em seguida, co-municar ao interessado.

Como posso me comunicar com a Ouvidoria?

Para se comunicar com a Ouvidoria os cidadãos, jurisdicionados e demais interessados poderão acessar os meios disponíveis:

ͳ pelo site www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/ registrando sua manifestação através do formulário dis-ponibilizado em http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/;

ͳ por e-mail: [email protected];

ͳ por correspondência para o endereço sede do TCM:Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba - CEP 60.822-325 - Fortaleza/CE;

ͳ por fax: (085) 3218-1212;

ͳ atendimento presencial na Ouvidoria do TCM/CE: Agendamento (085) 3218-1522.

Nosso horário de atendimento é das 8h às 12h e de 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Quando o cidadão deve acionar a Ouvidoria?

Sempre que desejar manifestar-se por meio de sugestões, reclamações, críticas, pedidos de escla-recimentos e consultas, reivindicações e comunicação de irregularidades você poderá entrar em contato com a Ouvidoria.

É um direito legítimo do cidadão participar da atividade política, pois deste modo estará con-tribuindo para o fortalecimento das ações de controle social e para o aprimoramento da ação fiscali-zadora do TCM/CE.

As manifestações podem ser feitas sem a identificação do autor?

A Ouvidoria atende ao seu pedido de sigilo e lhe assegura anonimato, deixando disponível a opção de preservação da sua identidade e do conteúdo de sua mensagem, garantindo o respeito aos seus direitos.

É oportuno esclarecer que quando você se identifica a informação do e-mail possibilita à Ouvidoria responder às suas manifestações, bem como pedir mais informações.

Quais informações devem constar no formulário de atendimento?

Sua manifestação deve conter:

ͳ Nome, telefone, e-mail (opcionais caso deseje resposta);

ͳ Município, assunto e mensagem.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

44

Sua mensagem deve ser redigida em linguagem clara, de forma completa e com objetividade, para que a resposta possa ser dada com rapidez e de modo satisfatório.

Você também poderá anexar documentos como textos e imagens para compor sua manifestação.

Como obter o número de atendimento?

Ao optar por utilizar o serviço de atendimento via internet, no endereço abaixo, você receberá um numero de atendimento gerado de forma automática.

http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/

De que forma a Ouvidoria solicita ao cidadão informações complementares?

O uso de e-mail é uma forma rápida de comunicação. Para que ela seja mais eficiente você deve informar seu endereço de e-mail na solicitação de atendimento.

Caso necessário, será requisitada a complementação de dados da mensagem para que esta Ouvi-doria possa atender-lhe; não havendo resposta no prazo máximo de trinta dias, devido à falta de dados o atendimento será encerrado sem a adoção de providências.

Como formular Denúncia?

Primeiramente é preciso explicar a diferença entre as manifestações que podem ser feitas na Ouvi-doria e a formalização de Denúncia, que pode ser dirigida ao Tribunal de Contas dos Municípios:

ͳ As manifestações compreendem sugestões, reclamações, críticas, pedidos de esclarecimentos e consultas, reivindicações e comunicação de irregularidades feitas por cidadãos em relação aos serviços prestados pelos gestores das entidades públicas municipais, e pelo próprio TCM/CE. Todas serão registradas, analisadas e encaminhadas às unidades internas para a adoção das providências cabíveis a cada caso apresentado;

Depois de recebidas as respostas por parte das unidades internas do TCM/CE, as informações serão prestadas ao cidadão;

ͳ As Denúncias são processos formais; qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legitima para denunciar irregularidades ou ilegalidades cometidas por gestor público, administrador público ou responsável. A denúncia deve submeter-se a três pressupostos básicos de admissibilidade:

1. tratar de matéria de competência deste Tribunal;

2. o denunciado deve estar sujeito à jurisdição desta Corte de Contas e;

3. a denúncia deve estar acompanhada de prova.

A denúncia deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, conter o nome, a qualificação e o endereço das partes (denunciante e denunciado), ser redigida em linguagem clara e objetiva, indicar o órgão da administração municipal onde ocorreu o fato e estar assinada pelo de-nunciante ou seu representante legal, devidamente habilitado em instrumento procuratório, conforme dispõe o art. 1º, inciso XXVII, art. 51 a 53 da Lei nº 12.160, de 04/08/1993 – LOTCM e art. 157 a 159 do Regimento Interno do TCM.

Transparência e Controle Social

45

10 A quem denunciar

Finalizando esse caderno o TCM/CE espera ter colaborado para ensinar como acompanhar a execu-ção orçamentária e financeira dos Municípios cearenses.

A partir desses ensinamentos você poderá colaborar participando das discussões de assuntos de interesse público, e acompanhar a execução do orçamento municipal e demais planos de governo. Assim, no transcurso de suas ações de CONTROLE SOCIAL, caso você necessite realizar denúncias relacionadas a irregularidades identificadas, indicamos a seguir algumas entidades que poderão ser acionadas:

ͳ Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará – TCM/CE:www.tcm.ce.gov.br(quando envolver verbas municipais);

ͳ Tribunal de Contas do Estado do Ceará – TCE/CE:www.tce.ce.gov.br/(quando envolver verbas municipais e estaduais);

ͳ Tribunal de Contas da União – TCU:portal2.tcu.gov.br/TCU(quando envolver verbas municipais e federais);

ͳ Ministério Público Federal – MPF: www.pgr.mpf.gov.br/ - www.prce.mpf.gov.br/(quando envol-ver verbas municipais e federais);

ͳ Ministério Público do Estado do Ceará – MPE: www.pgj.ce.gov.br/(quando envolver verbas mu-nicipais e estaduais);

ͳ Controladoria Geral do Estado do Ceará – CGE: www.cge.ce.gov.br/(quando envolver verbas mu-nicipais e estaduais);

ͳ Controladoria Geral da União – CGU: www.cgu.gov.br/(quando envolver verbas municipais e fe-derais);

ͳ Ministério da Educação – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE: www.mec.gov.br/- www.fnde.gov.br/ (quando envolver verbas da educação);

ͳ Ministério da Saúde: portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/ (quando envolver verbas da saúde);

ͳ Previdência Social: www.mps.gov.br/(quando envolver fatos relativos à previdência social);

ͳ Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social: www.sspds.ce.gov.br/.

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

46

11 Links úteis:

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará – TCM/CE: www.tcm.ce.gov.br

Ouvidoria do TCM/CE: www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/

Tribunal de Contas do Estado do Ceará – TCE/CE: www.tce.ce.gov.br/

Tribunal de Contas da União – TCU: portal2.tcu.gov.br/TCU

Ministério Público Federal – MPF: www.pgr.mpf.gov.br/ www.prce.mpf.gov.br/

Ministério Público do Estado do Ceará – MPE: www.pgj.ce.gov.br/

Controladoria Geral do Estado do Ceará – CGE: www.cge.ce.gov.br/

Controladoria Geral da União – CGU: www.cgu.gov.br/

Ministério da Educação – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE: www.mec.gov.br// www.fnde.gov.br/

Ministério da Saúde: portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/

Previdência Social: www.mps.gov.br/

Portal da Transparência do Governo Federal (permite conhecer todos os repasses do Governo Federal aos Municípios e aos Estados) :www.portaltransparencia.gov.br/

Portal da Transparência do Governo do Estado do Ceará (permite conhecer todos os repasses do Governo Estadual aos Municípios e organizações civis): transparencia.ce.gov.br/

Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social: www.sspds.ce.gov.br/

Transparência e Controle Social

47

12 Bibliografia

Cartilha Educação Tributária, Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, Fortaleza, 1998

Cartilha Olho Vivo no Dinheiro Público – Controle Social, Controladoria Geral da União, Brasília, 2010

Constituição da República do Brasil

Constituição do Estado do Ceará

Guia do Eleitor Cidadão do Senado Federal, Brasília, edição 2008

Guia do Orçamento Público Municipal, Senado Federal, Brasília, 2010

Lei de Acesso à Informação, Cartilha de Orientação ao Cidadão, Câmara dos Deputados, Brasília, 2012

Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF

Lei n.º 10257/2001 – Estatuto da Cidade

Lei n.º 12.527/11 – Lei de Acesso à Informação

Lei Orgânica do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Regimento Interno do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Relatório Analítico sobre as Contas do GDF 2008, Tribunal de Contas do Distrito Federal, Brasília, 2008

Revista do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, 17ª edição, Fortaleza, 2006

Revista do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, 20ª edição, Fortaleza,2012

CENSO DA POPULAÇÃO PARA 1º DE AGOSTO DE 2010

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE)

Município PopulaçãoAbaiara 10.489Acarape 15.337Acaraú 57.542Acopiara 51.171Aiuaba 16.207Alcântaras 10.773Altaneira 6.851Alto Santo 16.360Amontada 39.233Antonina do Norte 6.984Apuiarés 13.927Aquiraz 72.651Aracati 69.167Aracoiaba 25.405Ararendá 10.500

Município PopulaçãoAraripe 20.689Aratuba 11.529Arneiroz 7.657Assaré 22.448Aurora 24.573Baixio 6.026Banabuiú 17.320Barbalha 55.373Barreira 19.574Barro 21.528Barroquinha 14.475Baturité 33.326Beberibe 49.334Bela Cruz 30.873Boa Viagem 52.521

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

48

Município PopulaçãoBrejo Santo 45.190Camocim 60.163Campos Sales 26.510Canindé 74.486Capistrano 17.063Caridade 20.020Caririaçu 26.387Cariré 18.348Cariús 18.567Carnaubal 16.746Cascavel 66.124Catarina 18.745Catunda 9.951Caucaia 324.738Cedro 24.538Chaval 12.617Chorozinho 18.920Choró 12.853Coreaú 22.018Crateús 72.853Crato 121.462Croatá 17.077Cruz 22.480Deputado Irapuan Pinheiro 9.094Ererê 6.853Eusébio 46.047Farias Brito 19.007Forquilha 21.786Fortaleza 2.447.409Fortim 14.851Frecheirinha 12.991General Sampaio 6.216Granja 52.670Granjeiro 4.626Graça 15.052Groaíras 10.228Guaiuba 24.091Guaraciaba do Norte 37.777Guaramiranga 4.165

Município PopulaçãoHidrolândia 19.342Horizonte 55.154Ibaretama 12.928Ibiapina 23.810Ibicuitinga 11.335Icapuí 18.393Icó 65.453Iguatu 97.330Independência 25.586Ipaporanga 11.335Ipaumirim 12.014Ipu 40.300Ipueiras 37.874Iracema 13.725Irauçuba 22.347Itaitinga 35.838Itaiçaba 7.321Itapajé 48.366Itapipoca 116.065Itapiúna 18.626Itarema 38.222Itatira 18.894Jaguaretama 17.867Jaguaribara 10.405Jaguaribe 34.416Jaguaruana 32.239Jardim 26.697Jati 7.649Jijoca de Jericoacoara 17.002Juazeiro do Norte 249.936Jucás 23.809Lavras da Mangabeira 31.096Limoeiro do Norte 56.281Madalena 18.085Maracanaú 209.748Maranguape 112.926Marco 24.707Martinópole 10.220Massapê 35.201

Transparência e Controle Social

49

Município PopulaçãoMauriti 44.217Meruoca 13.693Milagres 28.317Milhã 13.078Miraíma 12.800Missão Velha 34.258Mombaça 42.707Monsenhor Tabosa 16.706Morada Nova 62.086Moraújo 8.069Morrinhos 20.703Mucambo 14.102Mulungu 11.485Nova Olinda 14.256Nova Russas 30.977Novo Oriente 27.461Ocara 29.874Orós 21.392Pacajus 61.846Pacatuba 72.249Pacoti 11.607Pacujá 5.986Palhano 8.869Palmácia 12.005Paracuru 31.638Paraipaba 30.041Parambu 31.320Paramoti 11.308Pedra Branca 41.942Penaforte 8.226Pentecoste 35.412Pereiro 15.764Pindoretama 18.691Piquet Carneiro 15.501Pires Ferreira 10.216Poranga 12.003Porteiras 15.065Potengi 10.276

Município PopulaçãoPotiretama 6.129Quiterianópolis 19.918Quixadá 80.605Quixelô 15.000Quixeramobim 71.912Quixeré 19.422Redenção 26.423Reriutaba 19.460Russas 69.892Saboeiro 15.754Salitre 15.453Santa Quitéria 42.759Santana do Acaraú 29.977Santana do Cariri 17.181Senador Pompeu 26.494Senador Sá 6.852Sobral 188.271Solonópole 17.657São Benedito 54.178São Gonçalo do Amarante 43.947São João do Jaguaribe 7.902São Luís do Curu 12.336Tabuleiro do Norte 29.210Tamboril 25.455Tarrafas 8.910Tauá 55.755Tejuçuoca 16.836Tianguá 68.901Trairi 51.432Tururu 14.415Ubajara 31.792Umari 7.545Umirim 18.807Uruburetama 19.765Uruoca 12.894Varjota 17.584Viçosa do Ceará 54.961Várzea Alegre 38.442

FONTE; ↑ Censo da população para 1º de agosto de 2010 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , acessado em 13/03/2013