82
TRANSTORNO DE HUMOR COMO A FAMÍLIA LIDA COM ISSO Yara GarzuzI Psicóloga Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento (Mackenzie) Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva (USP) Aprimorada em Terapia de Casal e Família (PUC) Membro ativo da Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo (ASTOC) há 14 anos Membro do Conselho Cientifico da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA) Maria Auxiliadora Camargo Cusinato Terapeuta de Ocupacional ( PUCAMP ) Especialista em Saúde Publica (USP) Terapeuta de Família (UNIFESP) Especialista em Gerontologia ( Hospital do Servidor Estadual ) Membro do Conselho Cientifico da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA) 2012 à 2014.

TRANSTORNO DE HUMOR COMO A FAMÍLIA LIDA COM ISSO … · TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA Esta situação foi superada com os casamentos em grupo, para tornar assim o homem menos animalizado

Embed Size (px)

Citation preview

TRANSTORNO DE HUMOR COMO A FAMÍLIA LIDA COM ISSO

Yara GarzuzIPsicóloga Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento (Mackenzie) Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva (USP) Aprimorada em Terapia de Casal e Família (PUC) Membro ativo da Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo(ASTOC) há 14 anos Membro do Conselho Cientifico da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de TranstornosAfetivos (ABRATA)

Maria Auxiliadora Camargo Cusinato Terapeuta de Ocupacional ( PUCAMP )Especialista em Saúde Publica (USP) Terapeuta de Família (UNIFESP) Especialista em Gerontologia ( Hospital do Servidor Estadual ) Membro do Conselho Cientifico da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de TranstornosAfetivos (ABRATA) 2012 à 2014.

TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA

Nos primórdios da Família, os grupos familiares viviamem tribos junto com todos os seus correlatos, e asrelações se davam de maneira generalizada: filhos efilhas de irmãs eram considerados filhos pelo pai, filhose filhas de seu irmão eram considerados sobrinhos.

Em uma tribo era possível ter vários pais e mães.

Dentro dessas concepções de família existia apenas umempecilho, o ciúme do macho e a necessidade de seestabelecer como o macho, o marido, o pai.

TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA Esta situação foi superada com os casamentos em grupo, para

tornar assim o homem menos animalizado e fazê-lo perceber asvantagens do grupo, isso encerra o ciúme, pois no grupo todosse pertencem mutuamente.

Quanto à constituição familiar Engels mostra que dentro dasfamílias cosanguíneas o incesto era aceito. Pais e filhos nãopodem se relacionar, mas irmãos e irmãs, primos e primas,podem.

Engels demonstra a evolução da família por partes:

Família Punaluana - associação, casamento em grupos, oincesto gradativamente passou a ser proibido.

TRAJETÓRIA DA FAMÍLIAFamília Sindiásmica - surge após a proibição do incesto, poisesse critério dificultava os casamentos em grupos. O homem écasado com uma mulher, mas a infidelidade e a poligamia aindasão direitos seus, e as mulheres deviam ser fiéis a seus maridosoficiais . Início dos casamentos arranjados.

Família Monogâmica - o homem é o centro do poder. A famíliaé mais sólida, pois somente o homem pode encerrar ocasamento. O homem tem o direito irrestrito de ser infiel esatisfazer sua libido. Porém, a mulher é totalmente expropriadadesse direito, pois, por razões econômicas, o homem precisa terseus filhos legítimos, filhos da sua mulher oficial.

TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA

Com a Revolução Francesa os casamentos passarama ser laicos e na Revolução Industrial, com a migraçãopara a cidade os laços na família se estreitavam e setornaram menores.

A mulher começa a participar do mercado detrabalho e a educação dos filhos é obrigação dasescolas, já os idosos começam a deixar de serobrigação das famílias e passam aos cuidados deinstituições de assistência.

TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA

A relação de laços entre indivíduos que pode serconsiderado família data de 4600 anos atrás segundodados de pesquisadores que descobriram quatro corposcomo sendo uma mãe, um pai e dois filhos.

Ao longo dos anos a família vem acompanhando asmudanças religiosas, econômicas e sociais.

ALGUNS CONCEITOS ATUAIS

Um sistema de indivíduos que mantém consigo alguma relaçãode vinculo e compromissos necessários a sobrevivência, comoalimentação, abrigo, proteção, afeto e socialização, no topo ou emparte, sendo parentes consanguíneos ou não. Pessoaspertencentes a um sistema vivendo sob tetos diferentes nãoexcluem a classificação de família caso sejam observados vínculosmencionados anteriormente (AGUIAR, 2005).

McGoldrick e Carter (2001) consideram a família um sistemamovendo-se pelo tempo. E para McGoldrick (1999): “A família é oprimeiro e, exceto em raros instantes, o mais potente sistema aque nós humanos pertencemos.”

ALGUNS CONCEITOS ATUAIS

A Família é o espaço indispensável para a garantia dasobrevivência, do desenvolvimento e da proteção integralde seus membros, independentemente do arranjo familiarou da forma como vêm se estruturando.

É a família que proporciona os aportes afetivos e,sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento ebem estar dos seus componentes.

Ela desempenha um papel decisivo na educação formal einformal, é em seu espaço que são absorvidos os valoreséticos culturais, afetivos , e onde se aprofundam os laçosde solidariedade.

FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS

A família historicamente foi excluída do tratamentodispensado às pessoas com transtornos mentais, pois oshospitais psiquiátricos eram construídos longe dasmetrópoles, o que dificultava o acesso dos familiares a essasinstituições.

Outro fator que permeava a relação da família com a pessoacom transtorno mental era o entendimento de que ela era aprodutora da doença, uma vez que o membro que adoeciaera considerado aquele que carregava todas as mazelas donúcleo familiar e deveria ser afastado da família.

Desse modo, restava à família o papel de encaminhar seudoente à instituição psiquiátrica para que os técnicos do saberse incumbissem do tratamento e da cura.

FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS

A família, com a Reforma Psiquiátrica e as novaspolíticas na área da Saúde Mental, passa a serparte do processo de desinstitucionalização ereabilitação psicossocial da pessoa com transtornomental, além de ser considerada parceira dotratamento deste.

Esta não é uma relação que irá acontecerpassivamente, mas, pelo contrário, será permeadade conflitos, vazios, jogo de forças, culpas dentreoutros fatores.

FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS

Vivenciar a prática assistencial com famílias de pessoas comtranstorno mental é trabalhar com o seu sofrimento, com assuas frustrações e com a relação negação-aceitação dotranstorno mental, o que mobiliza sentimentos e percepçõesde quem está envolvido.

Fica evidente a necessidade que as famílias têm de falar,compartilhar suas experiências, de ter alguém para ouvir asangústias e as vitórias que conquistaram no tratamento, norelacionamento com o familiar que adoeceu e nasdescobertas de estratégias de enfrentamento na relaçãofamiliar, social e com os profissionais de saúde.

FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS

Diante dessa nova realidade, a temática família e saúdemental vem despertando o interesse das várias áreas doconhecimento, o que pode ser observado no novo modelo deassistência em saúde mental, que estimula e exige aparticipação da sociedade, o trabalho em equipe dosprofissionais de saúde e a inclusão da família no cuidado àpessoa com transtorno mental.

A capacidade da família de ajustar-se a novas situações, comoa de conviver com um membro com transtorno mentaldepende das fortalezas que possui, dos laços de solidariedadeque agrega e da possibilidade de solicitar apoio das outraspessoas e instituições.

FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS

Cuidar da pessoa com transtorno mental representa para a família um desafio, envolve sentimentos intrínsecos à vivência de um acontecimento imprevisto e seus próprios preconceitos em relação à doença.

Assim, a família, como grupo de convivência, requer de seus integrantes a capacidade constante de repensar e reorganizar suas estratégias e dinâmica interna.

Exige o respeito à individualidade, pois apesar das pessoas habitarem a mesma casa, há uma diversidade de formas de ser e estar no mundo, uma vez que elas pensam, interpretam os fatos e se comportam de forma diferente.

TRANSTORNOS DE HUMOR

Transtornos do humor (ou afetivos) são enfermidades em que

existe uma alteração do humor, da energia (ânimo) e do jeito de

sentir, pensar e se comportar .

Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao

longo da vida

Podem ser episódios de depressão ou de mania:

. Na depressão a pessoa sente tristeza exagerada e desânimo .

. Na mania a pessoa sente um aumento da energia e euforia

anormal .

TRANSTORNOS DE HUMOR

Os transtornos do humor podem acontecer ao

longo da vida dentro de um curso unipolar ou

bipolar

No unipolar só ocorrem depressões

• –No bipolar ocorrem fases de depressão e de mania

DEPRESSÃO Humor para baixo, tristeza, angústia ou sensação de vazio. Irritabilidade, desespero.

Pouca ou nenhuma capacidade de sentir prazer e alegria na vida.

Falta de energia física e mental,falta de concentração, raciocínio mais lento.

Pensamentos negativos repetitivos, pessimismo: ideias de culpa, fracasso, inutilidade,

falta de sentido na vida, doença, morte (suicídio).

Sentimentos de insegurança, baixa autoestima, medo.

Interpretação distorcida e negativa do presente ou de fatos passados.

Redução da libido e vontade de ter sexo.

Perda ou aumento de apetite e/ou peso.

Insônia ou dormir demais, sem se sentir repousado.

Dores ou sintomas físicos difusos, sofridos, que não se explicam por outras doenças:

dor de cabeça, nas costas, no pescoço e ombros, sintomas gastrointestinais, alterações

menstruais, queda de cabelo, entre outros.

TRANSTORNOS BIPOLAR DE HUMOR Humor para cima, exaltação, alegria exagerada eduradoura; irritabilidade (impaciência, “paviocurto"); Agitação, inquietação física e mental; Aumento da energia, da produtividade ou começarmuitas coisas e não conseguir terminar; Pensamentos acelerados; tagarelice; Achar que possui dons ou poderes especiais de influência, grandeza, poder; Otimismo e autoconfiança exagerados.

DIFERENÇA ENTRE O NORMAL EO PATOLÓGICO

Tristeza normal: sentimento gerado por algumacontecimento externo de perda , aborrecimento. frustração ,que passa .

Tristeza da depressão: sofrimento constante, que passa,mas retorna sem aviso prévio .

Felicidade: estado de bem estar, alegria de conquista.

Euforia (mania): ansiedade, inquietude, sensação de poder .

PREVALÊNCIAS DOS TRANSTORNOS DE HUMOR

Os transtornos do humor atingem mais de 20 % da população em algum momento da vida.

As depressões são duas vezes mais comuns em mulheres que homens,iniciam-se em geral entre os 20 e 40 anos de idade e vitimam 16 a 18%das pessoas

Transtornos do humor bipolares tipo I atingem igualmente 1 a 2 % doshomens e mulheres e começam geralmente entre 15 e 30 anos de idade

Ao redor de 5 % da população pode desenvolver a forma bipolar tipo II,mais comum em mulheres.

(Ref.: CORDIOLI)

EVOLUÇÃO DO TRANSTORNO DE HUMOR

Na depressão tudo se torna difícil e custoso: estudar, trabalhar,conviver com as pessoas. Comprometem-se relacionamentos afetivos,na família, com o cônjuge, ou com colegas e amigos. Para atenuar o sofrimento, muitos se tornam usuários detranquilizantes, álcool ou drogas. Além das perdas a pessoa pode correr risco de vida por negligenciarcuidados com a saúde ou por suicídio. Durante a mania a pessoa se sente ótima e não consegue avaliar asconsequências da irritabilidade, desinibição e sociabilidade na esferapessoal. Atitudes tomadas durante a (hipo)mania podem resultar emrompimentos conjugais, com familiares e amigos ou em ruínafinanceira e endividamentos.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico é principalmente clínico.

Através de uma entrevista médica cuidadosa e detalhadapode-se dizer se o indivíduo sofre ou não desta doença.

Para isso, são utilizado os critérios diagnósticos daAssociação Psiquiátrica Americana, cuja última versão é de2014 DSM V e a Classificação Internacional das Doenças daOrganização Mundial da Saúde, hoje na sua décima versão, de1992

QUAIS SÃO OS TRATAMENTOS?•

Administração de medicamentos por um médico(preferencialmente psiquiatra ou neurologista).

Psicoterapia – estudos demonstram maior eficácia dasTerapias Comportamental e Cognitivo-Comportamental .

ECT – Eletroconvulsoterapia: indicado em casos extremos demania e depressão, para prevenir exaustão ou suicídio (é omais seguro em gestantes e idosos).

Família – no apoio ao tratamento e em tratamento conjunto.

Aspectos Educacionais – palestras e grupos de apoio.

MAS... E A FAMÍLIA?A Família é peça chave no processo de mudança e melhora da qualidade de vida!

A família pode desenvolver um bom sistema de suporte para ao doente.

Certos membros da família e amigos podem fazer companhia e ajudar com adoença quando necessário.

Resultados de pesquisas demonstraram que os familiares e /ou cuidadores podemdar assistência à pessoa para reduzir recorrências de mania e hipomania, e o apoioapropriado pode ajudar na depressão.

Colegas de trabalho escolhidos ou outras pessoas que partilhem os mesmosinteresses.

Grupos de apoio de pessoas que estão na mesma situação são uma oportunidadede comunicação com pessoas que pensam da mesma forma.

Um bom relacionamento com o médico ou a equipe médica poderá ajudar apessoa a lidar com a doença e a tirar maior proveito do tratamento.

FAMÍLIAS COMO REDE DE APOIO Os familiares e ou amigos diferem na quantidade e na

forma de apoio que dão (por exemplo, alguns apenas

ajudam quando há uma emergência, enquanto outros

ajudam a pessoa a prevenir recorrências).

A fase e a gravidade da doença irão influenciar o tipo de

apoio de que a pessoa necessita, e ela poderá não

precisar de tanta ajuda quando se encontra bem.

Há muitas coisas que se pode fazer para dar apoio a uma

pessoa com transtorno bipolar, mas deve-se determinar o que

funciona em cada situação.

SINAIS DE ALERTA

Os sinais de alerta são alterações no comportamento da pessoa, naforma como pensa ou sente, que são muito mais leves do que ossintomas reais e indicam que ela pode estar desenvolvendo umepisódio bipolar.

O doentes pode apresentar sinais de alerta comuns ou pode terseus próprios sinais individuais. Perceber esses sinais rapidamentepode permitir a prevenção da ocorrência de um episódio.

Se a pessoa não recebe sinais de alerta, então reconhecer e tentargerir os sintomas o mais rápido possível pode reduzir a gravidade e aduração do episódio.

Sinais de alerta comuns e pessoais de depressão

Os sinais de alerta de depressão mais comuns são quando a pessoa:

• Tem menor interesse em fazer coisas que normalmente lhe dão prazer . Tem

menor interesse em estar junto de amigos chegados .

• Está ansiosa ou muito preocupada. Tem perturbações do sono. Está

chorosa e triste .

Outros sinais de alerta da depressão são quando a pessoa:

• Está muito cansada . Negligencia determinadas tarefas e faz menos coisas .

Tem dores físicas

• Está mais esquecida . Retira-se ou esquiva-se de interações sociais .

Mais sinais de alerta pessoais de depressão são quando a pessoa:

• Não quer manter contato com os outros . Perde o seu sentido de gosto .

Sinais de alerta comuns e pessoais de depressão

Esses sinais são muito individuais e pessoais.

Pode ser útil notar se a pessoa se comporta de forma

diferente antes de ficar deprimida.

Por vezes, a pessoa pode ter mais dificuldades em certas

áreas do funcionamento que precisam ser diferenciadas dos

sinais ou sintomas de depressão.

Essas dificuldades de funcionamento não descritas podem

também dificultar a capacidade de a pessoa realizar certas

tarefas ou afetar sua rotina de vida diária.

Sinais de alerta comuns e pessoais de Depressão e Hipomania

Tem diminuição do sono Está mais ativa ou tem mais objetivos (está cheia de energia) Está mais sociável Está mais irritável Fala mais do que o habitual Não consegue concentrar-se bem ou distrai-se facilmente Tem muita autoconfiança, é presunçosa ou demasiado otimista Tem humor elevado Tem fuga de ideias

Os sinais de alerta mais comuns de hipomania são quando a pessoa: Tem humor elevado Está agitada ou inquieta Fala muito rapidamente Pensa mais rapidamente que o usual Dorme menos que o habitual Está irritável e impaciente

Família na Terapia paraTranstorno do Humor

Em geral não só a pessoa convive com sua queixa, mas sua família também.

Os familiares podem e devem ajudar no tratamento.

Intervenção com a família e outras pessoas envolvidas com o cliente, para analisar o papel da família sobre os comportamentos relacionados aos Transtorno do Humor e seu risco.

É importante procurar uma Orientação Familiar (ou até mesmo fazer uma terapia).

Família na Terapia paraTranstorno do Humor

Num grupo familiar os modos de interação entre seus membrosvão-se cristalizando, quer na forma de distanciamento, ou deexcessiva interferência na vida uns dos outros, formando aliançasentre alguns membros, deixando outros de lado, ou transformandooutros em bodes expiatórios .

Sintomas como baixo rendimento na escola, no trabalho,agressividade, depressão são vistos como próprios da pessoasintomática, e esta é vista como um caso isolado.

Nesse pano-de-fundo as famílias enfermas fracassamprogressivamente no cumprimento de suas funções familiaresessenciais,

(Carneiro, T., 1983).

Família na Terapia paraTranstorno do Humor

Do ponto de vista da comunicação, a família sintomática perde-seem críticas, acusações, silêncios, duplas mensagens: há muitadificuldade em colocar-se no lugar do outro e rigidez em tentarnovas formas de resolver problemas.

Do ponto de vista de estrutura, os papéis são mal definidos, comfilhos desempenhando papéis paternos e pais formando aliançascom filhos, excluindo o outro membro do casal.

Do ponto de vista dinâmico, há, em muitos casos, dificuldade emassumir a função de pais, com suas responsabilidades e limites,bem como dificuldade em estabelecer objetivos familiares eorganizar-se para atingi-los. (Weitzman, 1985).

TERAPIA DE FAMÍLIA A terapia de família é uma forma de compreender e tratar dos

problemas humanos; é um método de tratamento, doindivíduo, das relações familiares, do grupo familiar como umtodo e do vínculo entre seus membros. É uma procura denovas alternativas colocando em evidência a competênciada própria família, ativando a participação dos membros naresolução dos seus problemas.

O que ocorre num indivíduo que vive numa famílianão decorre apenas de suas condições internas, mas tambémdas interações com o contexto mais amplo no qual estáinserido. Ele recebe o impacto desse ambiente e atua sobreele, influenciando-o. Nesse sentido, o terreno da patologia,como assinala Minuchin(1982), é a família.

TERAPIA DE FAMÍLIA O processo terapêutico ocorre num trabalho conjunto

(cliente e terapeuta).

Tem como foco o processo de

autonomia,que engloba o pertencer/separar-se, o

desenvolvimento da consciência do padrão de

funcionamento, de suas dificuldades, das escolhas

responsabilidade; a mudança das pautas

disfuncionais,favorecendo uma variedade maior de

estratégias de funcionamento.

TERAPIA DE FAMÍLIA

A terapia familiar consiste em uma abordagem terapêutica onde todos os indivíduos participam da sessão, a família funciona como um todo, onde as pessoas interagem umas com as outras e influenciam essas relações em apoio mútuo

TERAPIA DE FAMÍLIA

O terapeuta familiar pode oferecer uma melhora dasinterações no interior do sistema familiar e fazer umprocesso de recodificação de mensagens, ondepossibilita a maior compreensão nas suascomunicações.

Também pode facilitar uma busca e descoberta denovos caminhos da relação familiar, incitar a todos paraatuarem e descobrirem onde convém introduzirmudanças para favorecer uma evolução e umamadurecimento aos participantes.

Atendimento em Grupos Específicos

Autoconhecimento com a própria Doença .

Aceitação.

Lidar com o transtorno e subprodutos dele.

Condução do grupo - atenção pode se dispersar

devido aos pensamentos negativos e sentimentos

de “não vai dar certo”.

Grupos de apoio – coadjuvantes no tratamento

Porque participar do Grupo de Família?

Necessidade de se reunirem para apoio mútuo

Encontram mais angustiados do que os próprios

doentes.

Ampliação da visão sobre o problema e sobre o

doente.

Colaborar no tratamento (normalmente reagem

positivamente aos tratamentos).

(Ref.: LABATE)

Objetivos e Funcionamento do Grupo de Apoio a Familiares

Crença da Família: a família é a única a apresentar estes problemas; os outrosvão nos criticar pelos comportamentos que apresentamos (porque não vãocompreender); os outros devem ter soluções fáceis para estes problemas(vergonha).

Grupo: partilhar sensações de solidão, frustrações e dificuldades; umparticipante partilhar seus problemas podem fazer com que o grupo lhe tragasoluções para enfretamento.

Universalidade tem como consequência o alivio da pressão social.

Facilitador: instila esperança na família que apresenta problemas e assegurafamílias veteranas de seu sucesso no enfrentamento relatado.

Vantagens da Participação daFamília nos Grupos de Apoio

Vantagens do grupo para família: Possibilidade de encontrar apoio ao tratamento – consistência noprocedimento adotado para o enfrentamento do problema. Encontro de apoio emocional – se perceberem aceitos por um grupoque enfrenta problemas semelhantes.

Vantagens para equipe técnica: Os familiares podem testar os procedimentos preconizados em umambiente que seja intermediário entre o encontrado na clínicamédica/psicológica e o ambiente social natural.

(Ref.: GUEDES)

CONCLUSÃO As novas Políticas Públicas nessa área visam inserir as

pessoas com transtorno mental e seus familiares comoprotagonistas de um processo que busca inovar asformas de atenção, como também, contam com aparceria de profissionais desta área, que atuam nosdiversos cenários, atendendo a essa população,baseando-se no acolhimento, no estabelecimento devínculos, na responsabilização e na ética do cuidado.

Por outro lado, estimulam a utilização de todo potencialresidual para que a pessoa com transtorno mental, possaser um cidadão inserido na família, no mundo dotrabalho e na sociedade.

Fontes Consultadas Família e doença mental: a difícil convivência com a diferença - Luciana de

Almeida Colvero , Cilene Aparecida Costardi Ide e Marli Alves Rolim.

Transtorno mental: dificuldades enfrentadas pela família -Maria AliceOrnellas Pereira ,e Alfredo Pereira Jr.

O impacto causado pela doença mental na família - Revista Portuguesa deEnfermagem de Saúde Mental no.6 Porto dez. 2011

A Importância da Família na Qualidade de Vida das Pessoas com DoençaMental - Thais Carvalho Santos.

POLÍTICA PÚBLICA EM SAÚDE MENTAL: DA INCLUSÃO FAMILIAR DOPORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL AO PROVIMENTO DE CUIDADOS.Simone Ferreira da Silva, Janeide Antão Diniz e Benedita Solange Pereirados Santos.

Denise Petresco DavidPsicóloga Cognitiva-Comportamental

Coordenadora das Palestras Psicoeducacionais do GRUDA –Programa de Estudos dos Transtornos Afetivos do Ipq-HCFMUSPCoautora do livro Aprendendo a Viver com o TranstornoBipolar-Manual Educativo – Editora ArtmedMestranda em Ciências (HCFMUSP)Especialista em Terapia Cognitiva-Comportamental (HCFMUSP)Membro do Conselho Cientifico da Associação Brasileira deFamiliares, Amigos e Portadores de TranstornosAfetivos (ABRATA)

“Fátima, uma médica de 32 anos, descobriu que era

portadora do transtorno bipolar aos 28 anos, após consulta

com um psiquiatra. Começou o tratamento e depois de 3

anos seu quadro já estava estável. Foi somente então que

pôde entender alguns dos problemas que havia enfrentado

em sua vida.”

“Seus pais sempre a consideraram rebelde. Por várias vezes

apanhou do pai por ter passado a noite fora de casa ou por ter

desrespeitado algumas “regras” importantes para a família.

Numa dessas brigas, aos 21 anos saiu de casa e passou a

sustentar-se com o salário que ganhava em trabalhos

informais. Seu padrão de vida piorou muito, seu rendimento na

faculdade foi prejudicado e precisou parar de estudar por um

ano para “tentar colocar a vida no eixo”.

Hoje Fátima reconhece que os comportamentos que tinha e

que geraram tantas repreensões e surras eram sintomas de

episódios de euforia. Como sua família não conhecia a

doença, acreditava que Fátima era irresponsável e rebelde e

que seu objetivo era desafiar o pai.

Nunca conversaram sobre isso, pelo contrário, as tentativas

de falar a respeito de seus problemas eram sempre seguidas

de grandes brigas, ofensas e agressões.

Com o conhecimento que adquiriu ao longo dos últimos

anos, Fátima também pôde reconhecer no pai o transtorno

bipolar. Suas “explosões” de raiva, que o faziam agredi-la

fisicamente, eram frequentemente seguidas por fases em

que ele se isolava, não saia do quarto e bebia.

Fátima acreditava que ela havia feito seu pai ficar triste e

magoado pelas coisas que fazia, o que a deixava ainda pior.

O mesmo ocorria com o pai.

Apesar de Fátima estar atualmente adequadamente

tratada, estável e estar procurando ajudar seu pai a

aceitar o tratamento, as sequelas emocionais poderiam ter

sido evitadas se a doença tivesse sido identificada antes e

a família tivesse recebido a orientação necessária

O ambiente familiar tem uma participação importante na

manutenção da estabilidade do paciente.

Famílias de bipolares tendem a ter um padrão de comunicação característico, conhecido como “emoção expressa”:

1. Crítica - Expressões de descontentamento, aborrecimento, acompanhadas por um tom de voz negativo;

2. Hostilidade - Expressões indicando rejeição a pessoa do paciente;

3. Superenvolvimento Emocional - Extremamente superprotetores com preocupações excessivas, atitudes de muito sacrifício e renúncia em favor do paciente.

Isso significa que essas famílias expressam suas emoções de maneira intensa, algumas vezes explosiva, fazem muitas críticas e raramente tem paciência para ouvir os demais membros da família.

Estresse no ambiente familiar

(conflitos constantes, separações, padrão de comunicação inadequado)

Fator de risco para o desencadeamento de uma fase maníaca ou depressiva

IMPORTÂNCIA DA BOA COMUNICAÇÃO

FATIMA: Pai, estava pensando em viajar nas férias para a praia...você meajudaria com o dinheiro da passagem?

PAI (sem olhar para ela): De novo?? Você só sabe pedir dinheiro?

FATIMA: Há anos não peço nada para você! Porque quer sempre mehumilhar? Não quero mais seu dinheiro nem ir para a praia!!! (gritando)Engula essa porcaria de dinheiro!!!!

PAI: Pronto, ficou louca outra vez!!! Grita mais alto, quem sabe osvizinhos escutam... Você não tem jeito mesmo, nunca vai ser nada navida! Só sabe gastar meu dinheiro!! Sua perua preguiçosa!

FATIMA: Eu sou a louca?? Ta bom, posso até ser mas pelo menos metrato! Você é mais louco que eu e nem se trata!!!

PAI: Eu louco? Isso que não! Se eu fosse louco não sustentava todosvocês! Preguiçosos incompetentes!!! (sai batendo a porta).

Instabilidade emocional

Padrão de comunicação existente na família

= Críticas, pouca paciência, irritabilidade

APRENDAM A TOLERAR MAIS A INSTABILIDADE EMOCIONAL UNS DOSOUTROS: lembre-se que explosões de raiva ou impaciência podem sersintomas da doença e não ajuda em nada reagir a isso na mesma medida;

SAIBAM OUVIR: olhe para a pessoa que está falando com você, presteatenção ao que ela diz e esclareça o que não tenha ficado claro. Mostre queestá atento e interessado no que ela tem a dizer, seja o que for;

CONTROLEM SUAS EXPLOSÕES: se perceber que está a ponto de explodir, saiade perto, dê uma volta, lave o rosto, procure acalmar-se. Explosõesemocionais geralmente nos deixam cegos ao que realmente sentimos epensamos.

Ajuda pratica (por exemplo, se a pessoa precisar de carona para

ir ao médico ou de ajuda para cuidar da casa ou dos filhos).

Informações e sugestões (por exemplo, discutir com a pessoa

sobre seus recursos ou sobre informações a respeito da doença).

Companheirismo (por exemplo, conversar e fazer coisas que são

interessantes e divertidas para a pessoa).

Apoio emocional (por exemplo, dizer à pessoa que ela é

importante e que acredita em sua capacidade de lidar com a

doença e de ter uma boa qualidade de vida).

Apoio não verbal (por exemplo, estar disponível para ouvir,

monitorar sintomas ou fazer um gesto encorajador podem ser

formas de dar apoio). Nem sempre é necessário falar para se dar

apoio.

Além de apoiá-la no tratamento

Dizer-lhe que ela é importante e que se preocupa com ela.

Não obrigue a pessoa a falar ou “acordar para a vida”. Quando

uma pessoa está deprimida, ela pode não ser capaz de dizer

o que sente ou qual tipo de ajuda precisa.

Considere o risco de suicídio – embora nem todas as pessoas

com TB sejam suicidas, a depressão é um momento de elevado

risco de suicídio.

Encoraje a alcançar pequenos objetivos – não tente obrigar a

pessoa a fazer algo que ela ache muito enervante.

Não tente assumir o controle todo o tempo – se verificar que

a pessoa está fazendo as coisas de modo muito devagar, não

se sobreponha nem faça tudo por ela.

Encoraje uma rotina diária sempre que possível. Ter algo a

fazer pela manha pode ajudar a pessoa deprimida a levantar-

se na hora certa.

Ajude a pessoa a perceber suas conquistas e experiências

positivas.

Ajude a pessoa a procurar tratamento – encoraje a pessoa a

contatar o médico ou o psicólogo. Em casos de maior

gravidade, você mesmo deve buscar a ajuda da equipe

médica.

Tenha em mente que aquilo que conforta uma pessoa não é

necessariamente o que conforta outra.

Ajude a resolver as dificuldades de se lembrar de tomar a

medicação.

Encoraje a pessoa a falar abertamente sobre a medicação com

o médico.

Ajude a pessoa a identificar os fatores desencadeadores de

novos episódios – falar com a pessoa sobre o que você e ela

acham que desencadeia a doença e avaliar como foi a

influencia destes fatores nos episódios anteriores.

Estimule a pessoa a adotar um estilo de vida saudável.

Ajudar a criar um ambiente calmo – reduzir os

desencadeadores que podem piorar os sintomas (por

exemplo, reduzir estímulos que pioram mania ou hipomania,

como barulho, desorganização, brigas, estresse).

Não acredite que tem de participar dos inúmeros projetos e

objetivos da pessoa – tenha cuidado para não ser arrastado

pelo humor maníaco da pessoa.

Considere adiar a discussão. Se a pessoa começar a discutir,

tente não se envolver. Pessoas com o humor elevado estão

vulneráveis e sensíveis, apesar de sua confiança aparente,

tendem a ofender-se facilmente.

Estabeleça limites para determinados comportamentos – se o

comportamento da pessoa é muito arriscado ou abusivo,

pode ser necessário estabelecer limites a seu

comportamento.

O CUIDADOR TAMBÉM PRECISA DE CUIDADO

Use estratégias que o ajudem a lidar com o estresse

Divida ou delegue determinadas tarefas

Frequente grupos de apoio ao portador de TB

Reponha as energias – arranje um tempo para fazer coisas

que relaxem e lhe deem prazer

Desenvolva expectativas realistas

Reconheça que você também tem necessidades

Faça uma lista pessoal de sinais de alerta:

Os sinais de alerta são alterações no comportamento da pessoa, na forma como pensa ou se sente, que são muito mais ligeiros do que os sintomas reais e indicam que a pessoa possa estar a desenvolver um episódio bipolar.

Muitas pessoas recebem sinais de aviso da doença. O doente pode ter os seus próprios sinais individuais e perceber estes sinais, prevenindo assim, a ocorrência de um novo episódio.

Se a pessoa não conseguir perceber estes sinais de alerta, a família e os amigos podem ajudar a reconhecer e evitar o risco de recaídas e recorrências.

Exemplos:1) Lista pessoal de sinais de alerta de Depressão:

Descreva mudanças em sua atividade e energia quando está começando a ficar deprimido:___________________________________________________________

- Sente-se mais moroso, mais devagar- Começa a afastar-se das pessoas- Não atende mais os telefonemas- Conversa mais devagar do que normalmente- Faz menos coisas do que habitualmente fazia, não consegue fazer sua tarefas- Sente-se mais cansado do que de costume- Tem dores físicas- Tem pouco ou nenhum desejo sexual, etc...

Descreva mudanças em seus padrões de sono quando está começando a ficar deprimido:___________________________________________________________- Sente necessidade de dormir mais do que habitualmente- Dormi duas ou mais horas do que usualmente- Levanta-se no meio da noite- Demora para conseguir dormir- Não consegue ter um sono reparador, parece que não dormiu, etc...

Descreva mudanças em seus pensamentos e percepção:__________________________- Os pensamentos ficam mais lentos, sinto que esqueço das coisas- Fico remoendo pensamentos de coisas que já passaram- Não consigo me interessar por nada- Não consigo tomar decisões- Não consigo me concentrar- Não acredito na minha capacidade, fico me criticando o tempo todo- Sinto-me sem esperança - Sinto-me culpado - As cores parecem mais apagadas- A comida parece sem gosto- As pessoas parecem mais apressadas- Começo a pensar em me ferir ou me matar, etc...

Faça uma lista de adjetivos descrevendo como está o seu humor: _____________________________________________

- Triste ou Muito triste

- Ansioso ou Extremamente ansioso

- Irritado ou Extremamente irritado

- Arredio e agressivo

- Apático

- Amedrontado

- Desencorajado

- Chateado, etc...

Descreva qualquer coisa que pareça diferente quando você percebe que está ficando deprimido e em que contexto (qualquer mudança, evento ou circunstância): _______________________________________

- Conflitos ou dificuldade de relacionamento no trabalho

- Perda do emprego

- Conflito ou dificuldades no relacionamento amoroso

- Começar ou terminar um relacionamento

- Conflitos familiares

- Mudanças em sua condição financeira, dívidas

- Luto, perda de um ente querido ou de algo importante, etc...

Lista pessoal de sinais de alerta de Mania ou Hipomania :

Descreva mudanças em sua atividade e energia quando está começando a ficar em mania:____________________________________________________

- Se você ou alguém do seu convívio notar que suas atitudes mudaram de maneira drástica- Inicia vários projetos ou várias tarefas ao mesmo tempo e não consegue terminá-las- Liga para muitas pessoas- Faz muitos amigos novos rapidamente- Fala mais do que o habitual- Conversa mais e cada vez mais rápido, as pessoas não conseguem entender- Crítica muito às outras pessoas- Começa a gastar exageradamente e impulsivamente- Sente-se excitado ou com desejo sexual intensificado- Sente que está ligado no “220”, sobra energia

- Não consegue ficar parado- Está agitado ou em desassossego- Muda a cor do cabelo, usa roupas mais sedutoras do que habitualmente, usa mais maquiagem – Sente necessidade de chamar a atenção- Dirige com imprudência, faz apostas valendo dinheiro, passar a frequentar lugares que normalmente não frequentaria- Começou a beber, fumar mais ou usar drogas

Descreva mudanças em seus padrões de sono quando está começando a ficar em mania:___________________________________________________________- Não sente necessidade de dormir e não sente cansaço no dia seguinte- Dorme menos que o habitual- Fica acordado até tarde da noite e cochila durante o dia- Levanta-se 2 ou mais horas mais cedo do que normalmente- Acorda muitas vezes durante à noite- Considera uma perda de tempo dormir

Descreva mudanças em seus pensamentos e percepção:______________________________________________________- Os pensamentos começam a ficar mais acelerados, pensa mais rapidamente que o usual- Tem muito mais ideias e planos- Os sentidos ficam mais apurados (os sons parecem mais altos, as cores parecem mais vibrantes e os cheiros são mais intensos), etc...

Faça uma lista de adjetivos descrevendo como está o seu humor: __________________________________________________________________- O humor fica elevado, fica eufórico rapidamente sem motivos

aparentes- Excêntrico- Elétrico- Arrogante- Ansioso ou extremamente ansioso- Está irritável e impaciente- Tem muita autoconfiança, é presunçoso ou demasiado otimista, etc...

Descreva qualquer coisa que pareça diferente quando você percebe que está entrando em mania e em que contexto (qualquer mudança, evento ou circunstância): ________________________________________________________- Aumento de atribuições no trabalho

- Mudanças em seu horário de trabalho- Viagens e mudanças no fuso horário devido à viagem- Relacionamento amoroso conflituoso- Começar ou terminar um relacionamento- Conflitos familiares- Mudanças em sua condição financeira, etc...

3) Verifique possíveis eventos desencadeadores dos sintomas:Exemplos de Desencadeadores (fatores de tensão que aumentam o risco de a pessoa desenvolver sintomas bipolares):

•Acontecimentos de vida positivos ou negativos de grande tensão: (por exemplo, o nascimento de um bebê, uma promoção, a perda do emprego, o fim de um relacionamento ou mudança de residência.

•Ruptura de padrões do sono: (por exemplo, em razão de fadigas causadas por viagem ou de eventos sociais). Reduções no tempo de sono podem contribuir para desenvolver sintomas maníacos ou hipomaníacos, e aumentos no tempo de sono ou de descanso podem, por vezes, levar a sintomas depressivos.

•Ruptura da rotina: Um plano estruturado (por exemplo, horas certas para deitar-se e acordar, atividades regulares e contatos sociais) pode ajudar a manter tanto os padrões de sono quanto os níveis habituais de energia.

Exercício para a família:

Como eu posso contribuir para diminuir a “emoção expressa” na minha família?

Aprendendo a Viver com o Transtorno Bipolar-Manual Educativo- Ricardo Alberto Moreno, DorisHupfeld Moreno, Danielle S.Bio, Denise Petresco David – Editora Artmed, 2015

Guia para cuidadores de pessoas com Transtorno Bipolar- Lesley Berk- Editora Segmento Farma,2011 Editores (Brasil): Márcio Gerhardt Soeiro-de-Souza, Ricardo Alberto Moreno, Vasco Videira Dias

Livros Recomendados:

Recuperação em Depressão – Doris Moreno, Márcio Bernik, Paulo

Mattos, Táki Córdas

“Aprendendo a Viver com o Transtorno Bipolar- Manual Educativo” –

Ricardo e Doris Moreno, Danielle S. Bio e Denise P. David

Guia p/cuidadores de pessoas com Transtorno Bipolar”-Lesley Berk

(baixar gratuitamente no nosso site: www.progruda.com )

“Vivendo com Transtorno Bipolar”- Berk, Castle e Lauder

“Transtorno Bipolar: O que é preciso saber”- Miklowitz

“Enigma Bipolar”- Teng Chei Tung

“Temperamento Forte e Bipolaridade”- Diogo Lara

“Crianças e Adolescentes com TB”- Boris Birmaher

“Transtorno Bipolar na infância e adolescência”- Lee Fu- I e Miguel

Ângelo Boarati

www.abrata.org.br

www.progruda.com

www.abtb.org.br

www.unifesp.br/prodaf

www.bipolaridade.com.br

www.isbd.org

www.bpkids.org.br

Como lidar com o estigma, o preconceito e aceitar que tenho Transtorno Bipolar? Dr. Márcio G.S.Souza e Psic.Danielle S. Bio

Não percam o Próximo Encontro,contamos com a presença de vocês!!!

Denise Petresco DavidF:(11) 34263678-cel: 995006278

[email protected]