Tratado de Direito Privado Tomo20

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TRATADO DE DIREITO PRIVADO PARTE ESPECIAL TOMO XX Direito das Coisas: Direitos reais de garantia. Hipoteca. Penhor. Anticrese.

PARTE IX Direitos reais de garantia CAPITULO 1 GENERALIDADES 1 2.413.Conceito de direito real de garantia. 1. Direitos reais limitados e direitos reaja de garantia. 2. Fiducia cum creditore contracta. 3. Apario do direito real limitado(pignus) 2.414.Distino entre bens mveis e bens imveis. 1. Penhor e hipoteca. 2. Linhas discriminativas. 3. Trs espcies de direitos reais de garantia. 4. Tipo nico 2.415. Exigncia da publicidade. 1. Direito romano. 2. Direito germnico e medieval 2.416. Principio da especialidade. 1. Inespecialidade e especialidade. 2. Direito brasileiro CAPITULO II OS DIREITOS REAIS DE GARANTIA EM GERAL 2.417.Conceito e conseqncias do conceito. 1. Direito real limitado. 2. Natureza da mora do dono ou enfiteuta ou possuidor 3. Objees e excees do proprietrio ou enfiteuta ou possuidor 2.418 Restituio entre o direito real de garantia e o crdito. 1. Pressupostos de indicao quantitativa. 2. Crditos inexistentes, crditos mutilados e pretenses prescritas 2.419 Problema tcnico da acessoredade. 1. Conceito de acessrio. 2. Direito brasileiro. 3. Crditos futuros 5 2.420.Capacidade do constituinte do direito real de garantia. 1. Pessoas incapazes. 2. Ps eficacizao .2.421.Com propriedade, coefiteuse e gravao. 1. Partes ideais e partes reais. 2. Comunhes, credores conjuntos e devedores conjunto 2.422.Proibio do pacto comissrio. 1. Origem da regra jurdica. 2.Contedo da regra jurdica. 3. Fundamento. 4. Aplicao da regra jurdica. 6. Preo a ser arbitrado . 2.423.Principio da prioridade. 1. Prioridade e pocioridade. 2. Funo dupla do direito real de garantia 2.424.Substituio e rei oramento da garantia real. 1. Convenincia e necessidade de reforo. 2. Devedor constituinte da garantia. 3. Garantia prestada por terceiro 2.425.Dvidas pagveis em prestaes. 1. Princpio da integralidade da prestao. 2. Dispositividade do principio.

2.426.Pretenso 4 execuo e reteno. 1. Direito real de garantia e execuo. 2. Direito de posse pelo anticresista. 2.427.Vencimento doa gravames. 1. Vencimento da divida e vencimento do gravame. 2. Deteriorao ou depreciao do bem gravado. 3. Insolvncia ou falncia. 4. Falta de pagamento das prestaes. 5. Perecimento do objeto dado em garantia. 6. Desapropriao 2.428.Remio doa direitos reais de garantia. 1. Conceito de remio. 2. Legitimados remio 4.Pertenas. 5. Sub-rogaes reais. 6. Patrimnios e hipoteca. 7. Herana e hipoteca. 8. Hipoteca de apartamentos Domnio do bem sujeito a emiteuse. 1. Hipoteca do domnio restringido. 2. Arrematao e adjudicao Bem em! itutico. 1. Enfiteuse e hipoteca. 2 Sub enfiteuse Estrada. de ferro. 1. Estradas de ferro, bens parte 2.Inscrio e regramento Mina.. 1. Propriedade das minas. 2. Hipoteca .... 77 Pedreira.. 1. Independentizao das pedreira.. 2. Domnio e enfiteuse Navios e aeronaves. 1. Bens mveis. 2. Legislao especial. 3. Aeronaves CAPITULO III 2.429. 2.430. 8 2.431. 2.432. 2.433. 2.434. 2.435. 2.436. 2.440. 2.441. 2.442. 2.443. 2.444. 2.445. EXTINO DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIA Extino e causa. de extino. 1. Gravame e divida garantida. 2. Extino constante do registro Desaparecimento do crdito. 1. Crdito e gravame. 2. Falta de cancelamento. Perecimento do bem gravado. 1. Destruio sem posteridade. 2. Perecimento e resduo,. 3. Renncia ao domnio ou enfiteuse Remiancia. 1. Causa de extino. 2 Renncia inscrio e renncia ao gravame Remio. 1. Penhor, hipoteca e anticrese. 2. Remio Arrematao e adjudicao. 1. Tcnica legislativa. 2 Direito processual Confuso. 1. Penhor e hipoteca. 2. Confuso quanto ao crdito, e no extino do gravame Preso preclusivo para a anticrese. 1. Cdigo 760. 2. Se h extino da anticrese por fato de prescrio da ao real PARTE X mpouca CAPITULO 1 CONCEITO E NATUREZA DA HIPOTECA 2.487.Histria e conceito. 1. Evoluo do conceito. 2. Direito moderno e brasileiro. 3. Alienao do bem gravado e direito sobre direito

2.488. Declarao. 1. Hipoteca, direito real de garantia. 2. Hipoteca com interesses. 8. Direito civil e direito comercial CAPITULO 11 OBJETO DA HIPOTECA 2.439.Limitaes quanto ao objeto. 1. Bens imveis. 2. Partes reais e partes ideais. 3. Partes integrantes do bem imvel. CONSTITUIO DA HIPOTECA 2.446.Ato constitutivo. 1. Ato constitutivo e inscrio. Acordo de constituio 2.447.Registro e hipoteca. 1. Necessariedade da inscrio. 2. F pblica e inscrio das hipotecas. 3. Registro e lugar da situao do imvel. 4. Restries ao poder de dispor. 5. Capacidade e legitimao do outorgante e f pblica. 6. Hipoteca durante inventrio e partilha de bens de herana. 2.448.Requisitos de indicao quanto inscrio. 1. Enumerao do que se h de declarar. 2. Negcio jurdico de que exsurge o crdito garantido e o acordo de constituio. 2.449.Indicao do credor. 1. Credor e qualificaes. 2 Domicilio indicado 2.450.Indicao. 1. Devedor e qualificao. 2. Dificuldade de preciso 2.451.Indicao do titulo. 1. Data e natureza do titulo. 2. Crdito inexistente e crdito oriundo de negcio jurdico invlido. 3. ficitude e impossibilidade. 4. Valor do crdito. 5.Dividas prescritas e obrigaes naturais 2.452.Indicao do bem gravado. 1. Bem gravado e sua estimao. 2. Bens que no so prdios livres 2.453.Indicao do prazo e prestaes acessrias. 1. Prazo da hipoteca. 2. Amortizao. 3. intereses hipotecrios e outras prestaes acessrias 2.454.Conseqncia. da falta de indicao exigida para a inscrio.1.Anlise das infraes. 2. Indicaes inexatas. 3. Crdito e causa 2.455.Presunes legais e f pblica do registro. 1. Presuno oriunda do Cdigo Civil, art. 859. 2. F pblica do registro.3.Aquisio da hipoteca sem aquisio do crdito 2.456.Inexatides do registro hipotecrio. 1. Inexatido do registro e retificabilidade. 2. Registro cautelar. 3. Despesas 2.457.Requerimento de inscrio. 1. Acordo de inscrio e consentimento para a inscrio. 2. Inscrio de hipotecas legais. 3. Dvida do oficial do registro 2.458.Pluralidade de hipoteca.. 1. Direitos reais diferentes e duas ou mais hipotecas. 2. Ordem das inscries das hipotecas e graus. 3. Pluralidade de hipotecas no mesmo dia. 4. Comunho pro indiviso e comunho pro diviso do prdio gravado, supervenientes 2.459.Reserva de grau, troca de grau e mantena de grau. 1. Conceito. 2. Reserva relativa e reserva absoluta de grau.3.Troca de grau. 4. Exerccio do direito de reserva. 5.Mantena de grau pela hipoteca reservante 2.460. Hipoteca constituda em testamento. 1. Disposio de ltima vontade e hipoteca. 2. Dao de hipoteca a favor de legatrio de crdito 2.461.Hipoteca. legais e hipotecas judiciais; hipoteca especiais.1.Hipotecas legais. 2. Hipotecas judiciais. 3 Hipotecas especiais 2.462.Hipoteca conjunta. 1. Conceito de hipoteca conjunta. 2 Pertenas e hipoteca 2.463.Eficcia da constituio de hipoteca. 1. Eficcia real.2. Antes da inscrio. 3. Problemas das aquisies e unies de terrenos. 4. Acesses e benfeitorias. 5. Frutos... 2.464.Ineficcia da constituio de hipoteca. 1. Constituio de hipoteca por pessoa sem poder de disposio. 2. Penhora,arrestos, sequilestros e hipoteca. 3. Aes reais e reipersecutrias. 4. Falncia e hipoteca. 5. Hipotecas a favor da massa falida 2.465.Ineficcia relativa da. hipoteca. Pra concursais. 1. Tcnica legislativa. 2. Soluo dada pelo Cdigo Civil. 3. Celebrao, e no registro CAPITULO IV

DIVISO, TRANSMISSO E GRAVAME DA HIPOTECA 2.466.Divisibilidade da hipoteca. 1.Direito anterior. 2. Divisibilidade do bem gravado. 3.Divisibilidade do crdito garantido. 4. Nemo subrogatcontra se 2.467.Transmisso do direito de hipotca. 1. Transmisso entre vivos e a causa de morte. 2.Espcies de transmisso. vivos e a causa de morte.2. Espcies de transmisso.3. Clusula deintransmissibilidade do direito de hipoteca CAPITULO V HIPOTECAS LEGAIS 2.469.Conceito e espcies. 1. Conceito de hipoteca legal. 2. Espcies. 3. Arrematao e hipoteca. 4. Hipoteca em garantia de inadimplemento. 5. Hipoteca voluntria rei terante 2.470.Registro das hipoteca. legais. 1. Hipoteca legal e registro.2.Promoo da especializao e inscrio. 3. Responsabilidade das pessoas que tm de requerer a inscrio e a especializao. 4. Hipotecas legais e precluso CAPITULO VI HIPOTECA JUDICIAL 2.471.Conceito e pressupostos. 1. Hipoteca judicial, expediente tcnico de execuo. 2. Hipoteca judiciria. 3. Pressupostos das hipotecas judiciais 2.472.Momento de constituio da hipoteca judicial. 1. Inscrio e sentena. 2. Funo de constituir CAPITULO VIl HIPOTECA JUDICIRIA 2.473.Conceito e pressupostos. 1. Conceito e fundamento. 2. O que se garante com a hipoteca judiciria. 3. Sentenas que permitem a hipoteca judiciria. 4. Direito inscrio.5.Especializao. 6. Hipoteca legal do ofendido e hipoteca judiciria 2.474.Hipoteca comum ativa e hipotecas anteriores e posteriores. 1.Gravao cumulativa. 2. Hipotecas anteriores e posteriores CAPITULO VIII HIPOTECA DE MINAS E PEDREIRAS 2.475.Indstria mineira e pedra. 1. Caractersticas do objeto hipotecado. 2. Explorao das minas. 3. Crdito para empresas de minas e pedreiras 2.476.Direito romano e medieval. 1. Direito romano. 2. Hipotecas e penhores. 3. Idade Mdia e minas 2.477. Direito contemporneo. 1. Tempos modernos. 2. Se a aquisio da propriedade da mina derivativa ou originria 2.478.Mina. hipotecveis. 1. Pars fundi e bem distinto 2.guas 2.479.Hipoteca de mina.. 1. Direitos reais limitados. 2. Domnio. 3. Minas e bens pblicos. 4. Minas e garantia real 2.480.Extino das hipoteca. de iinas. 1. Extino da propriedade da mina. 2. Desconstituio administrativa e judicial 2.481.Pedreira.. 1. Direito das pedreiras. 2. Pedreira, bem imvel. 3. Regras jurdicas sobre hipoteca das pedreiras

CAPITULO IX HIPOTECA DE NAVIOS 2.482. Hipoteca mobiliria. 1. Hipoteca de navios e hipoteca de avies. 2. Legislao 2.483.Objeto da hipoteca de navios. 1. Navios prontos e navios em construo. 2. Embarcao e tonelagem. 3. Partes integrantes e pertenas. 4. Seguro e sub-rogao. 5. Penhora e sub-rogao 2.484.Negcio jurdico bsico, acordo de constituio e consentimento para inscrio e averbao. 1. Trs conceitos. 2. Capacidade para hipotecar. 3. Comunho e hipoteca de navio 2.485.Pluralidade de hipotecas. 1. Hipoteca posterior. 2. Vencimento e remio 2.486.Inscrio de hipoteca. 1. Acordo de constituio. 2. Requisitos do acordo de constituio. 3. Inscrio. 4. Averbao. 5. Prorrogao e renovao 2.487.Nacionalidade brasileira dos navios. 1. Navios e nacionalidade. 2. Conveno de Bruxelas, de 10 de abril de 1926. 2.488.Acordos de constituio de hipoteca feitos fora do Brasil. 1.Instrumentao pblica essencial ao acordo de constituio. 2. Averbao provisria 2.489. Extino da hipoteca de navios. 1. Causas de extino. 2.Prazo preclusivo. 3. Cancelamento. 4. Eficcia da extino CAPITULO X HIPOTECA DE AERONAVES 2.490.Conceito e objeto. 1. Conceito. 2. Inscrio e averbao 2.491Transferncia da propriedade e hipoteca de aeronaves. 1. Hipoteca de aeronaves e domnio. 2. Terceiro dador de hipoteca 2.492.Constituio da< aeronaves. 1. Negcio jurdico entre vivos e outros modos de constituio. 2. Pluralidade de proprietrios 2.493.Extino da hipoteca sobre aeronaves. 1. Decreto-lei n. 483, de 8 de junho de 1938, art. 154. 2. Subrogao real. CAPITULO XI HIPOTECA DE ESTRADAS DE FERRO 2.494.Conceito e objeto. 1. Conceito de hipoteca de estrada de ferro. 2. Objeto da hipoteca de estrada de ferro3. Abrangncia da hipoteca 2.495.Constituio da hipoteca de estrada de ferro. 1 Regras jurdicas gerais. 2. Bens imveis no atingidos 2.496.Extino da hipoteca de estradas do fervo. 1 Causas de extino. 2. Registro CAPITULO III LETRAS HIPOTECRIAS 2.497.Conceito e criao das letra. hipotecrias. 1. Titulo, de direito real. 2. Constituio da hipoteca e criao dos ttulos 2.498.Transferncia de propriedade dos ttulos ao portador e por endosso dos ttulos nominativos. 1. Duas espcies. 2. Negociabilidade. 3. Decreto lei n 1.344, de 13 de junho de 1939, art. 1.0 2.499. Amortizao e execuo forada. 1. Soluo da divida 2.Inadimplemento 218

CAPITUlO XIII HIPOTECA A FAVOR DE TTULOS DE CRDITOS CIRCULANTES E REPRESENTATIVOS 2.500.Hipoteca a favor de ttulos de crdito. 1. Admissibilidade da hipoteca. 2. Anotao. 3. Cancelamento 219 2.501.Transferncia do crdito. 1. Alienao de ttulos e hipoteca: a) Ttulos endossveis. 2. b) Ttulos ao portador.3. Momento da inscrio. 4. Pressupostos especiais da inscrio. 5. Exerccio dos direitos hipotecrios 221 2.502.Ttulos representativos e hipoteca. 1. Hipoteca a favor de ttulos representativos. 2. Inscrio e cancelamento. CAPITULO XIV CONTEDO DO DIREITO DE HIPOTECA 2.503. Hipoteca imobiliria e hipoteca mobiliria. 1. Hipoteca imobiliria. 2. Hipotecas mobilirias. 3. Tipicidade e pactos extra-hipotecrios 2.504.Direitos inclusos. 1. Integridade do bem gravado. 2 Dever e obrigao de reforo da garantia 2.505. Alteraes ao contedo. 1. Alteraes e outros gravamos. 2.Substituio do crdito.. 3. Renncia propriedade. 4.Abandono do bem gravado pelo dono. 5. Renncia e alienao gratuita ao senhorio, pelo enfiteuta, em caso de gravao da enfiteuse. 6. Diviso do bem gravado235 2.506. Eficcia real executiva da hipoteca. 1. Eficcia real e preferncia ou prelao. 2. Devedor e dono ou enfiteuta do bem gravado 2.507.Vantagem do formo e vencimento antecirido. 1 Negcio jurdico de constituio e abstrao. 2. Limite legal ao termo ou condio 2.508. Vencimento da hipoteca. 1. Conceito. 2. Interpelao.3.Deteriorao ou depreciao. 4. Insolvncia e falncia do devedor. 5. Consideraes finais. 6. No-pagamento das prestaes ao tempo de serem pagas. 7. Perecimento do objeto hipotecado. 8. Desapropriao 2.509. Terceiro dador da hipoteca. 1. Posio jurdica. 2. Sub-rogao pessoal quanto ao crdito garantido. 3. Remio na ao executiva hipotecria. 4. Datio in solutum. 5.ao de regresso. 6. ao executiva hipotecria e ao executiva pessoal 2.510. Terceiro adquirente de bem hipotecado. 1. Posio jurdica. 2.Sub-rogao pessoal quanto divida garantida e quanto hipoteca. 3. Remio antes da ao executiva hipotecria. 4. Datio in solutum. 5. ao executiva hipotecria. CAPITULO XV REMIO DA HIPOTECA 2.511.Conceito e espcies de remio. 1. Conceito de remio.2. Hipoteca e remio. 3. Pretenses ao desinteresse do credor 2.512.Processo da remio. 1. Cdigo de Processo Civil, arts. 393--404. 2. Remio pelo adquirente do imvel. 3. Remio pelo titular do direito de hipoteca posterior 2.613.Falncia ou insolvncia e remio. 1 Processo comum da arrematao e remio. 2. Falncia e remio. 3. Insolvncia e remio 2.514.Remio e hipoteca legal. 1. Hipoteca legal e incidncia sub rogativa real. 2. Remio com base nos arts. 814 e 815 do Cdigo Civil. 3. Sub-rogao real, com remio conseqente 2.515.Arrematao e remio. 1. Situao do titular do direito de hipoteca, em caso de ter de ser posto em hasta pblica bem hipotecado. 2. Notificao e falta de notificao.3. Concurso de credores. 4. Inscrio posterior penhora.5. Remio e dispensa da avaliao. 6. Cnjuge, descendentes e ascendentes

CAPITULO XVI

EXTINO DA HIPOTECA 2.516.Causas de extino da hipoteca. 1. Espcies. 2. (1) Desaparecimento da obrigao principal. 3. (II) Destruio da coisa ou resoluo do domnio. 4. (III) Renncia do titular do direito de hipoteca. 5. (IV) Remio da hipoteca. 6. (V> Sentena passada em julgado. 7. (VI) Prescrio da ao hipotecria. 8. (VII) Arrematao ou adjudicao 2.517.Eficcia da. Espcies 1 Eficcia extintiva. 2 Inexatido do cancelamento 2.518.Reinscrio. 1. Conceito. 2. Distino relevante (reinscrio e retificao). 3. Cancelamento da inscrio com finalidade de reinscrio. 4. Precluso e reinscrio 2.519.Desaparecimento do crdito garantido. 1. Extino. 2 Espcies 2.520. Perecimento do bem hipotecado (DESTRUIO DA COISA>. 1. Extino do direito real. 3. Subrogao 2.521.Renncia ao direito real de hipoteca. 1. Forma. 2.Re-nncia hipoteca e renncia ou remisso ao direito de crdito. 3. Cancelamento e eficcia desconstitutiva. 4.Terceiros adquirentes do domnio ou de direitos reais sobre o bem cuja hipoteca foi cancelada 2.522.Prescrio como suporte ftico de precluso. 1.Eficcia e existncia. 2. Pretenso real e pretenso pessoal. 2.523.Desapropriao e sinistro do imvel hipotecado. 1. Desapropriao e extrao do valor. 2. Seguro e extrao do valor 2.524. Reunio de titularidade dos direitos reais na mesma pessoa. 1.Domnio ou enfiteuse e hipoteca. 2. Direito brasileiro. 2.525.Precluso do direito de hipoteca. 1. Precluso e prescrio. 2. Prazo preclusivo e ato constitutivo da hipoteca 2.526. Extino por existir termo extintivo ou condio extintiva.1.Determinaes mexas. 2. Causas de extino. 3. Terceiro dador e terceiro adquirente do bem gravado 2.527.Usucapio e extino da hipoteca. 1. Conseqncias conceptuais. 2. Possuidor e hipoteca 2.528.Conceito de hipoteca posterior. 1. Segunda hipoteca e hipoteca posterior. 2. Diminuio do valor e pluralidade de hipotecas. 3. Se o art. 812 do Cdigo Civil dispositivo. 4.Vencimento antecipado e pluralidade de hipotecas. 5. Aumento da divida garantida por hipoteca 2.529.Hipoteca. cumulativas. 1. Conceito. 2. Hipoteca cumulativa e hipoteca posterior. 3. Distribuio da hipoteca cumulativa. 4. Extino da hipoteca cumulativa HIPOTECA DE PROPRITETRIO 2.530.Posio do problema. 1. Direito sem registros e direito com registros constitutivos. 2. Hipoteca de proprietrio e o direito antigo. 3. Hipoteca de proprietrio, no direito contemporneo. 4. A doutrina 2.531.Antes da legislao sobre registros. 1. Direito romano e hipoteca de proprietrio. 2. Alguns textos que provocaram discusso. 3. Textos em que se encontra a hipoteca de proprietrio 2.532.Depois da legislao sobre registros. 1 Funo eficacial do registro. 2. Conseqncias 2.533. Soluo do problema. 1. Abstrao do registro. 2. Registro constitutivo 2.534.Principais hipoteca. de proprietrio. 1. Exame de espcies. 2. Proprietrio no-devedor, adquirente do crdito e da hipoteca. 3. Proprietrio-devedor, adquirente do crdito e da hipoteca. 4. Terceiro e sub-rogao pessoal. 5. Terceiro dador da hipoteca que solve a divida 2.535.Transferncia da propriedade. 1. Transferncia da propriedade e hipoteca de proprietrio. 2. Proprietrio segundo registro 1 2.536.Hipoteca de proprietrio originria. 1. Conceito. 2. Crdito futuro e crdito sob condio ou a termo. 3. Nascimento de hipoteca de proprietrio originria 2.537.Contedo da hipoteca de proprietrio. 1. Princpios. 2.Atos de disposio. 3. Atos permitidos de execuo forada. 4.Gravame. 5. Renncia e cancelamento 2.538.Renncia e cancelamento. 1. Conceitos. 2. Direito fiscal.

2.539.Hipoteca de proprietrio e tutela jurdica. 1.Hipoteca de proprietrio e propriedade. 2. Direito especial CAPITULO XIX REFORO DE GARANTIA 2.540.Deteriorao e depreciao do bem gravado. 1. Devedor e reforo da garantia. 2. Pretenso s reforo e pretenso. substituio. 3. Reforo e exausto do valor por execuo de hipoteca de grau preferente 2.541. Insuficincia dos bens especializados em hipoteca legal 1.Hipoteca legal. 2. Pretenso substituio CAPITULO XX PLURALIDADE DE HIPOTECAS HIPOTECA, PREFERNCIAS E PRIVILGIOS 2.542. Hipoteca e crditos preferentes. 1. Hipoteca e execuo.2.Navios e privilgios dos credores, em relao hipoteca.3.Fazenda Pblica e preferncia da hipoteca. 4. Crdito. 2.543.Juros..hipoteca que se garante e gravame da hipoteca 1 Usufruto, uso habitao e hipoteca. 2. Hipoteca que se garante por usufruto, uso ou habitao. 3. Gravame do direito hipotecrio CAPITULO XXI AES ORIUNDAS DO DIREITO DE HIPOTECA 2. 544.. ao declaratria. 1. Existncia do direito real limitado.2.Imprescritibilidade e eficcia sentencial 2.545.ao condenatria. 1. Ofensa ao direito real de hipoteca e ofensa coisa hipotecada. 2. Nascimento das aes 2.546. ao de preceito cominatrio. 1. Pressupostos. 2. Insero na ao confessria 2.547.ao de segurana. 1. Medidas cautelares. 2 Pro-_ 2.548. ao confessria. 1. Hipoteca e ao confessria. 2. Natureza da ao confessria 2.549.ao executiva hipotecria. 1. Garantia real e ao. 2. Inscrio e ao executiva hipotecria. 3. Adiantamento de execuo. 4. Vencimento de hipoteca anterior. 5. nus da prova. 6. Defesa do proprietrio (ou enfiteuta) ou possuidor prprio. 7. Prestaes e vencimentos antecipados.8.Pluralidade de hipoteca e execuo. 9. Eficcia da penhora na ao executiva hipotecria. 10. ao emanada do crdito e ao executiva hipotecria 2.550.ao executiva em que no autor o titular do direito de hipoteca. 1. ao executiva inter alios. 2. ao executiva exercida pelo titular do direito real limitado sobre direito de hipoteca 2.551.Insolvncia do dono do bem gravado de hipoteca. 1.Precises. 2. Insolvncia e falncia do devedor nodono do bem gravado 2.552.Falncia do dono do bem gravado de hipoteca. 1. Presseguimento das aes, inclusive executivas, hipotecrias, e processo falencial. 2. Aes executivas hipotecrias no-propostas. 3. Dono do bem gravado e hipoteca em garantia da divida alheia. 4. Adjudicao 2 553.Penhora e frutos. 1. Frutos pendentes. 2. Bem hipotecado e gravado em usufruto, uso ou habitao 2.554.Direito de reteno e hipoteca. 1. Natureza do direito de reteno. 2. Jurisprudncia. 3. Solues em cincia jurdica 2.555.Suspenso e interrupo da prescrio da ao executiva hipotecria. 1. Regras jurdicas comuns. 2. Suspenso da prescrio da ao executiva hipotecria. 3. Interrupo da prescrio da ao executiva hipotecria. 4. Citao.5.Protesto. 6. Apresentao do titulo executivo hipotecrio em juzo de inventrio ou em concurso de credores. 7. Ato judicial que constitua em mora. 8. Ato de reconhecimento da hipoteca. 9. Atos que no interrompem a prescrio.10.Cessao da ao executiva hipotecria

CAPITULO XXII AES EXECUTIVAS PESSOAIS SOBRE O BEM GRAVADO 2.556.Distino prvia. 1. ao executiva pessoal e ao executiva real. 2. ao executiva pessoal do credor hipotecrio 2.557.Credores quirografrios e execuo dos credores quirografrios. 1. ao executiva. 2. Nomeao de bens penhora. 3. Execuo e insolvncia CAPITULO XXIII AES CONTRA O TITULAR DO DIREITO DE HIPOTECA 2..559 2.560. dade. 3. Disputa entre credores. 4. Alegao em defesa.5.Fraude execuo Direito do credor com hipoteca. 1. Valor do imvel. 2. Direito real e execuo Inexatido do registro. 1. Princpios gerais. 2Eliso da f pblica. PARTE XI Penhor CAPITULO 1 CONCEITO E NATUREZA DO PENHOR 2.561.Conceito de penhor. 1. Negcio jurdico e direito. 2. Direito real limitado. 3. Posse e penhor. 4. Empenhabilidade e penhorabilidade. 5. Interessados no penhor . 2.562.Eficcia do penhor. 1. Eficcia da relao jurdica do penhor. 2. Pacto anticrtico CAPITULO II OBJETO DO PENHOR 2.563.Bens corpreos. 1. Penhor tpico. 2. Imobilizao temporria. 3. Partes integrantes. 4. Universitas facti e uuniversitas iuris. 5. Pertenas. 6. Frutos 2.654.Ttulos ao portador. 1. Penhor do titulo ou crtula. 2 Contedo do direito de penhor 2.565. Ttulos endossveis. 1. Classificao do penhor. 2. Registro 2.566.Direitos reais limitados e direitos pessoais. 1. Penhor de direitos reais limitados e de direitos pessoais. 2. Direitos reais sucessivos. 3. Crditos e penhor sobre crditos. 4. Notificao do devedor, quando de exigir-se para eficcia. CAPITULO III CONSTITUIO DO PENHOR 2.567.Penhor e direito de penhor. 1. Distino prvia. 2. Propriedade mobiliria e transmisso 2.568.Ttulos nominativos. 1. Classificao do penhor. 2. Tcnica do registro 2.569.Modos de aquisio do direito de penhor. 1. Direito de penhor e modos de constituio. 2. Fontes do direito de penhor. 3. Constituio negocial de penhor. 4. Constituio legal de penhor. 5. Penhor e usucapio 2.570. Constituio de penhor por negcio jurdico entre vivos.

1.Precises. 2. Forma do acordo de constituio de penhor. 3. Registro constitutivo e registro no-constitutivo. 4 2.571.Constituio testamentria de penhor. 1. Negcio jurdico unilateral. 2. Interpretao da verba sobre penhor 2.572.Penhor legal. 1. Espcies. 2. Pretenso constituio do penhor. 3. Homologao do penhor. 4. Recorribilidade

2.573. 2.574. 2.575. 2.576. Penhor judicial. 1. Precises. 2. Funo judicial constitutiva Posse e penhor. 1. Posse do titular do direito de penhor 2.Posse imediata e posse mediata Penhor mercantil. 1. Conceito. 2. Penhor mercantil e posse Pluralidade de penhores. 1. Concorrncia de direitos de penhor. 2. Penhores do mesmo dia. 3. Modificao de grau do direito de penhor. 4. Registro e concorrncia de direitos e de penhor CAPITULO IV CONTEDO DO DIREITO DE PENHOR 2.577.Direito de penhor sobre bens corpreos. 1. Precises conceptuais. 2. Determinao do objeto empenhado. 3. Penhor e crdito garantido no vencido. 4. Vencimento do penhor sobre crditos. 5. Danos causados pelo objeto. 6. Reembolso de despesas. 7. Pretenses e aes ligadas ao direito real de garantia 2.578.Penhores de crditos mutilados ou com encobrimento de eficcia. 1. Crditos mutilados e eficcias encobertas. 2. Transformao do penhor 2.579.Deveres do titular do direito de penhor. 1. Deveres do titular, em geral. 2. Dispositividade do art. 774, 1, do Cdigo Civil. 3. Responsabilidade segundo o Cdigo Civil, art. 774, 1. 4. Dever de entrega. 5. Venda do bem empenhado, soluo da divida e saldo. 6. Ressarcimento da perda ou deteriorao de que foi culpado o titular do direito de penhor 2.580.Penhores com constituto possessrio. 1. Espcies excepcionais. 2. Direitos e deveres do titular do direito de penhor sem posse imediata 2.581.Penhores sobre crditos. 1. Contedo do direito de penhor sobre crditos. 2. Documentos e provas. 3. Remio. CAPITULO V PENHOR SOBRE BENS CORPREOS 2.582. 2.583. 2.584. (Continua no tomo XXI) Bens corpreos em geral. 1. Regras jurdicas comuns. 2.Tradio efetiva Ttulos ao portador. 1. Transmisso e empenhamento. 2.Incidncia do art. 792 do Cdigo Civil Ttulos ordem. 1. Transferncia e empenho. 2. Incidncia do art. 792 do Cdigo Civil CAPITULO VI

PENHOR SOBRE BENS INCORPREOS 2.585.Bens incorpreos em geral. 1. Principio da empenhabilidade do alienvel. 2. Origem do penhor de direitos. 3. Estrutura jurdica comum 2.586. Penhor de direitos incorpreos dominicais. 1. Distino prvia. 2. Direitos reais limitados 2.587.Penhor de direitos pessoais. 1. Objeto do penhor de direitos. 2. Penhor e direito empenhado. 3. Penhor de direito 2.588.Ttulos cominativos no-endossveis. 1 Princpio geral.2.UPiguus debiti 2.589. Ttulos e documentos. 1. Documentos. 2. Concurso de credores. 3. Ttulos 2.590.Cauo de ttulos de crdito. 1. Conceito. 2. Ttulos de crdito. 3. Perfeio da cauo de ttulos de crditos.4.Posse e ttulos nominativos. 5. Crdito garantido por hipoteca e penhor Parte IX. Direitos reais de garantia CAPITULO 1 GENERALIDADES 2.413. Conceito de direito real de garantia 1.DIREITOS RIAIS LIMITADOS E DIREITOS REAIS DE GARANTIA. Para se chegar ao conceito hodierno, consistente, de direito real de garantia, por longa evoluo passou o direito acidental. de supor-se que, nas origens, tenha havido a trans-miado da propriedade em segurana, ou para efeito de garantia. Para se haver o verdadeiro direito real de garantia foi preciso que se conseguisse a realidade da direito, sem se transmitir a propriedade do bem. Algo se passou como se a garantia pessoal se tornasse erga omites e se despessoalizasse mediante a concontrao num dos bens do devedor. A garantia real sem transmisso, pela gravao de bem ou de bens, que faz nascer o direito real de garantia, espcie de direito real limitado. O credor fica assegurado, ou por ser-lhe atribuda, em caso de inadimplemento, o poder de dispor da coisa, ou por si, ou atravs do Estada, ou por ser-lhe facultado perceber os produtos, at satisfao do crdito. O bem, desde o gravame, est sujeito ao crdito, com eficcia real. Posto que, no direito contemporneo, possa o credor satisfazer-se de seu crdito, atravs do Estado, que monopolizou tutela jurdica, em princpio, com quaisquer bens do devedor, includa a coisa gravada, sem o gravame no haveria possibilidade de ir contra a coisa, desde que j tivesse saldo da patrimno do devedor. Com o gravame, obstini se de quem seja, tempo da execuo, ou da medida cautelar (Cdigo de Pra cena Civil, arte. 675, XI, e 676, 1-111), o dono do bem. A gravao marca, juridicamente, a coisa, enquanto perdura o direito real de garantia, ainda que tenha ido a outra patrimno, ou se tenha constitudo sobre ela algum direito real limitado, ou sobre ela haja incidido medida constritiva. 2.FIDUCUZ CUM CREDITORE CONTRACTA. O direito romano empregava a fiducuz cum creditore contracta, de direito civil, que era alienao assecuratria. Veio da poca republicana e perdurou at cair em desuso, na poca da legislao de Justiniano. A ao para restituio era pessoal (adio fiduciae) e a condenaio era com Labu de infmia (GAIO, IV, 182). A alienao fiduciria fazia-se por mancipatio ou in jure cessio. O direito a ficar com a coisa cuja propriedade se transferira s de pacto de comisso poderia resultar (lez commissoria), por ter o credor> ento, com que repelir a acUo fiduoiae. Outro pacto que se empregava para se obviar aos inconvenientes de, no paga a dvida, deixar de operar a satisfao, era o pactum de vendendo, que dava o direita, em caso de inadimplemento, de o credor vender a coisa em penhor para cobrar com a preo o crdito. No fim da poca clssica, tal pacto se entendia tacitamente inserto na alienao fiduciria e PAULO (Sententiae, II, 13, 6) atesta que, na poca ps-clssica (havemos de entender), o credor podia vender, sem nascer de tal conveno contra o pacto implicito adio fiduciae: Si inter creditarem et debitorem convenerit, ut fiduciam sibi vendere non liceat, non solvente debitore, creditar denuntiare et soilemniter potest et distrahere; nec enim ex tail conventione 1 iduciae actio nasci potest. Devido a ser dono da coisa cuja propriedade fora transferida em fidcia, podia o credor vender, mas corria o risco

de, cancelada a divida, ser condenado na adio fiduoiae. De qualquer modo, tinha de restituir o super! luum. Na poca clssica, percebe-se a ligao do pignus transmissio fiduciria, provavelmente com a apario, bruxuleante, da responsabilidade real, para ambos. A princpio, nem se devolvia o excesso (superfluum), nem, se o valor no dava para a soluo da divida, se tinha ao do credor para haver a restante (reliquum). Depois de se ter o pactztm de vendendo, veio o emprego de clusula de cobrana do resto para a soluo da dvida (O. B. BRUNS, Fontes iuris romani antiqui, 1, 24 s.; POMPNO, em PAULO, L. 9, 1, D., de distractione pignorum et hypotheea ws, 20, CVOLA, L. 63, D., de fideizcssoribus a mandatoriSitia, 40, 1). opactum de vendendo ou de distrahendo s se fez tcito poca imperial. No o havia no tempo de GAIO (2, 64). ftrs se deeldir em meio s discusses, pesa assaz a L. 7, C., de de ainda maiores inconvenientes seria. Melhor que se diga direitos assecuratrios, compreendendo-se neles os chamados direitos

de cobertura, que se irradiam de negcios (jurdicos) de cobertura (Declcungsgeacketf te). Assim, devemos precisar que, no sistema jurdico brasileiro, direitos pignoraticios so os direitos de penhor, includa a cauo de ttulos, direitos hipotecrios so os que se irradiam de hipoteca, e direitos anticrticos, os que emanam de anticrese. O que os distingue dos outros direitos mis que supdem se, destrudo ou danificado o prdio, existindo pretenso indenizao pelo segurador, ou por pessoa responsvel pela reparao, o titular do direito de anticrese no ope o seu direito pretenso indenizao, o segurador ou pessoa responsvel se libera prestando ao dono (ou enfiteuta) ou possuIdor prprio; b) se, citado, na ao de desapropriao. por ser contra

o dono (ou enfiteuta) ou possuidor prprio a desapropriao>~ deixa correr revelia o processo. tem-Se como renncia anticrese (pois houve a sub rogao na pretenso indenizao e, simultaneamente, na indenizao>, que h de ser prvia) a sua atitude (declarao unilateral de vontade pelo silncio). Os 1.0 e 2.0 do ad. SOB refletem doutrina j superada ao tempo de MANUEL DE ALMEIDA E 80118k (Tratado enciclopdico , prtico e critico das Execues , 338). Sobre a iniqidade da interpretao literal do 2.0, veja-se o que escrevemos no Tomo XIV, 1.613, 5. A anticrese s se extingue nas espcies do ad. 849 do Cdigo Civil, concernente hipoteca, e se h a renncia e caso de execuo pelo prprio titular do direito de anticrese, ou por outro credor, sem embargos daquele, ou de iDASO e silncio, em se tendo de receber indenizao por seguro, fato ilcito ou de proprietrio. 2.428. Remio dos direitos reais de garantia 1.CONCEITO DE REMIO. Remir recomprar, readquirir, afastar pagando. Apaga-se, com algo que equivalha. a mancha que o direito real limitado deixou sobre o domnio, embora sem o atingir na substncia., conforme o termo romano. Redimem-se pecados; redimem-se gravames (Tomo XVIII, 2.184, 5). O ad. 766 do Cdigo Civil cogita da remio do penhor e da hipoteca, como se algum principio hefiutico priori, de remio que tocasse aos adquirentes do bem gravado. Li-se no art. 766: Os sucessores do devedor entexada-me do dono (ou enfiteuta) ou possuidor prprio do bem gravado no podem remir parceladamente o penhor ou a hipoteca na proporo dos seus quinhes e lese era um dos pontos em que mais se aludia a indivinibilidade da hipoteca do penhor; qualquer deles, porm. pode faz-lo no todo. O adquirente do imvel gravado ou do bem mvel empenhado pode remir o gravame. Se h dois ou maia adquirentes-qualquer deles pode remir, totalmente, e no em parte. Com a remio, extingue-se o gravame (Cdigo Civil, arta 802, VI, 2. parte, 849, IV, 815 e 816, 1 1.0). Se h duns oti mais hipotecas, pode-se reunir uma ou mais de uma, sem. se reunirem todas. A reduo foi criao do direito ps-romano. Nas ordenaes Monsinil, Livro IV, Titulo 52, dizia-se:Os Reix, que ante Ns forom, hordeflart>m e estabeleceram por Ley, que se hum homem obrigou todos seus be, ou alguS certa cousa em especial a outrem, e despois vendeo, ou enalheou algizi das consas assi obrigadas, sempre essa musa asal vendida., ou enalhead passe com seu ~icarregO a aqutile, a que sal IS vendida, ou enalheada: e porque muitas vezes acotitc maceRe, ou aquelies, a que a dita coca asai foi apenhada ni&nd*reifl o comprador delia, dizendo contra elfr quq lhe PBVU a divida, por que a causa foi apenhada. ou lhe d a dita COSA, que mmx comprpu, pera haverem per elIa sua divida, o que achamos por direito, que vindo ao tempo certo podem-no justamente fazer: por onde querendo Ns tolher as muitas brigas e revoltas, que por esta razom se acustumarom de fazer em Nossos Regnos, poeemos por L.ey, e Mandamos, que comprando algum alguma cousa mvel, ou de raiz, e quiser ser relevado das ditas brigas e trabalhos, tanto que a dita cousa comprar, que a leve logo, e oferea o dinheiro ou o preo, por que a comprar, perante o Juiz Hordenairo do lugar, onde essa compra for feita, e requeira-lhe da Nossa parte, que o mande, e faa poer em socresto em manO dhomem fiel e abonado, ataa o tempo certo e aguisado, a que possam vir alguns creedores, a que o dito vendedor fesse obrigado, e ouvesse apenhada essa cousa vendida; e tanto que esto assi for feito, e o dito preo ou dinheiro offerecido e consinado, como dito he, Mandamos que esse comprador aja seguramente a dita cousa comprada, e que nunca lhe mais possa ser demandada per algum credor, a que prolo dito vendedor fesse apenhada. 1. E per esta Ley Mandamos a todolos Juizes, e Corregedores das Comarcas dos nossos Regnos, a que tal requerimento for feito per os ditos compradores, que faam poer e consinar o dito preo, ou dinheiro, ou quantidade, por que a dita cousa foi vendida, em manO dhum homem bod, fiel, leigo, e abonado, morador no lugar, atas tempo certo e dbnvinlxavel, segundo adiante ser declarado, a que faam vir todolos creedores, a que a dita cousa fesse apenhada, pera averem de letigar perante cada hum deItes, qual preo, dinheiro, ou quantidade assi consinada, ou socrestada receberem; porque a razom da pena, que lxe posta em tal caso aos Corregedores, e Juizes, ba lugar nos outros Officiaaes da Justia, que a dita remataom fezerem, e por tanto deve seer igual pena em elles. 2. E porque algumas vezes acontece, que os Juizes, e Corregedores mandam consinar o dito preo, e dinheiro em mano dalgum homem be, e despois esses Juizes, e Corregedores lhe veem a demandar este dinheiro emprestado, ou per outro algum modo, em tal guisa que esse preo, o qual nom podiam receber em consinaom, veem-no

despois a receber, e converter em seus proprios usos da manO daquelle, a que foi entregue, como homem bo: e porem mandamos, que em tal caso este homem bo, em cuja manO foi consinado o dito preo, nom se possa escusar, por dizer que o entregou ao Juiz, ou ao Corregedor, mais seja theudo a responder por elIe, e entregalo a aquelle, a que com direito deve ser entregue; e no o querendo entregar do dia que lhe for mandado a nove dias, que seja preso, e no seja solto atas que o entregue. O texto passou s Ordenaes Manuelinas, Livro IV, Ttulo 34, e s Ordenaes Filipinas, Livro 1V, Ttulo 6. No se pode dizer que a ratio tegis seja a completa liberao do bem gravado, pois, se h duas ou mais hipotecas, a remio no precisa ser de todas, nem s ao adquirente do prdio gravado dado remir: o titular do direito de hipoteca posterior pode remir a anterior (Cdigo Civil, art. 814). 2. LEGITIMADOS REMIO. So legitimados remio: a) qualquer adquirente, a causa de morte ou entre vivos, e embora o art. 766 do Cdigo Civil fale de sucessores o que usucapiu o domnio, sem extino do gravame; i o titular de direito de hipoteca posterior, se a anterior se vence. No se deu ao dono (ou enfiteuta) que constituiu o gravame a faculdade de remir, porque isso importaria em se por merc do contraente o prazo do gravame: e. g., constituiria por x anos a hipoteca e remi-la-ia no ms seguinte, ou meses aps. O prejuzo para quem inverte em negcios jurdicos pignoraticios e hipotecrios capitais seria enorme, uma vez que podem ser elementos de peso o prazo e segurana das inverses. Assim, quem devedor na relao jurdica da dvida garantida e quem constituiu sobre bem seu hipoteca no pode remir. O que se teve de levar em conta foi o interesse do adquirente do bem gravado, e no o do constituinte da hipoteca, ou do devedor, ou do sucessor do devedor; ou o interesse de titular de outra hipoteca, posterior, se a anterior se vence. interessante observar-se que se pesaram interesses e se atendeu extrane idade do adquirente relao jurdica da divida garantida e relao jurdica da gravao. S o adquirente pode remir, porque o ser adquirente 121MB. No pode remir o devedor, cuja divida foi garantida, nem seu sucessor, quer o gravame seja de bem prprio, ou de bem de terceiro. de repelir-se a velha opinio que tirava ao devedor que adquirira o bem gravado o direito de remir o gravame . 2.F PBLICA E INSCRIO DAS HIPOTECAS. L-se no Cdigo Civil, ad. 882: Para a inscrio das hipotecas haver em cada cartrio do registro de imveis os livros necessrios. II 2.446-2.488. CONSTITUXCAO DA HIPOTECA88 A inscrio das hipotecas faz-se para que a respeito delas haja a f pblica dos registros e as presunes peculiares s inscries e outros atos registrados. A f pblica assente no principio da publicidade material, que substituiu o de publicidade formal, que antes cercava o ofcio pblico dos registros, com carter limitado. Em virtude do principio de publicidade material, quem adquire hipoteca, por se ter fiado da inscrio, titular do direito real limitado, ainda que no seja verdadeira a inscrio. Por exemplo: a pessoa que se diz outorgada levou a registro acordo de inscrio em que figurava como outorgante, sem ter outorgado, o dono do imvel, e obteve inscrio; depois transfere a outrem a hipoteca, que consta, ex hypothesi, do registro. Para o registro, quem conseguiu a inscrio titular do direito de hipoteca e para se evitarem as conseqncias da f pblica do registro ter-se-ia de retificar, antes de qualquer transmisso, o registro obtido. Ao invs disso, se entre titular do direito de hipoteca e o proprietrio se convenciona que os interesses sero menores do que aqueles que constam da inscrio, sem se levar a registro tal acordo, o adquirente do direito de hipoteca ter de pagar os interesses constantes da inscrio, se lhe forem exigidos, ainda se, ao adquiri-lo, o transferente lhe comunicou o acordo que existia. (Se o sistema jurdico brasileiro houvesse admitido ci princpio da fora formal, quem quer que lograsse inscrio da hipoteca em seu nome adquiriria o direito real limitado, ainda que falsa a inscrio. Porque no o acolheu, necessrio o acordo de constituio entre o proprietrio ou enfiteuta e a pessoa outorgada, podendo, portanto, ser requerida a retificao, enquanto terceiro no tem por si a f pblica do registro. O tratamento que se d ao primeiro inscrito diferente daquele que se confere aos que lhe sucederem ou dele houve algum direito.> Pode ser que o primeiro inscrito no haja procedido de m f (e. g., tenha havido Erro, oriundo de confuso de

nomes); ainda ai a retificao possvel, porque Esse inscrito no tem por si a f pblica do registro. A tcnica legislativa combina o principio da proteo f4 pblica com o da responsabilidade do oficial do registro e, pois, do Estado, segundo se exps no Tomo XIV, 1.573, 9. II2.446-2.488. CONSTITU!CO DA HIPOTECA A eficcia das Inscries, positiva e negativamente, decisiva: ainda que algum tenha adquirido direito real limitado sobre o imvel, tal direito real limitado, e. g., hipoteca, no existe, se inscrio no se fez. O falso documento, com que se obtm o cancelamento, no retira ao adquirente da propriedade livre qualquer tutela. 3.REGISTRO E LUGAR DA SITUao DO IMVEL. A situao do imvel determina a competncia do juiz e do oficial em matria de registro de hipotecas. L-se no Cdigo Civil, ad. 831: Todas as hipotecas sero inscritas no registro do lugar do imvel, ou no de cada um deles, se o titulo se referir a mais de um. Se o imvel na linha de fronteira de duas jurisdies, de modo que uma parte fique de um lado, e outra, de outro, o registro tem de ser feito nos dois ofcios, com remisso de um ao outro. Se o imvel foi registrado em lugar que no seria o adequado e, depois, se fez a hipoteca, inscrevendo-se, >vale esse registro? No vale a transcrio, nem vale a inscrio (sem razo, a 3.~ Cmara Civil do Tribunal de Justia de So Paulo, 20 de dezembro de 1933, 1?. dos T., 117, 553>. O outorgado do acordo de constituio ou do negcio jurdico unilateral de constituio tem ao para exigir que o outorgante transcreva no oficio competente a aquisio, a fim de requerer, depois, a inscrio. O outorgante vinculou-se. 4. RESTRIES AO PODER DE DISPOR. Do registro ho de constar as restries ao poder de dispor (e. g., as clusulas de inalienabilidade, incomunicabilidade, impenhorabilidade e semelhantes). Se o prdio inalienvel, por lei ou por efeito de algum negcio jurdico, no pode ser inscrita hipoteca sobre ele, salvo se a inalienabilidade por efeito de negcio jurdico no foi registrada. Se foi cancelada, sem razo, a inalienabilidade de origem negocial, quem se fiou do registro tem por si a proteo f pblica. 5.CAPACIDADE E LEGITIMao DO OUTORGANTE E F PBLICA. Somente aquele que pode alienar pode hipotecar, empenhar ou dar em anticrese (Cdigo Civil, art. 756). O registro pode ser retificado, aps a deciso sobre incapacidade do outorgante, enquanto no lhe retira a retificabilidade a tutela dos que se fiaram do registro. Assim, se do registro consta que E adquirira de A, que se tomou por pessoa capaz, hipoteca sabre o imvel de A, pode A, ou algum que tenha legitimao para alegar a incapacidade de A, promover a decretao da nulidade do acordo de constituio e obter o cancelamento da Inscrio. Mas, se C adquiriu de B a hipoteca, o cancelamento tornou-se impossvel, porque O se fiou do registro. o acordo de constituio seria atacvel por nulidade, ou anulabilidade, ainda que B tivesse estado de boa f ao ser-lhe outorgada a hipoteca e, em conseqncia, obtida a inscrio. A f pblica somente ampara os terceiros. Se a propriedade em fideicomisso e o fideicomisso no consta do registro, o princpio da f pblica protege o outorgante 4a constituio de hipoteca, ainda que nenhuma transmisso tenha havido, isto , se houve a hipoteca diretamente do constituinte fiducirio ou fideicomissrio. No preciso que o terceiro, adquirente da hipteca, examine o registro; basta que tenha havido a inscrio. A f pblica opera a favor dos que acordaram de conformidade com o inscrito, ainda que o terceiro, adquirente, no tenha conhecido o registro. Todos se tm por cientes do que se passa nos livros dos registros imobilirios. No sistema jurdico brasileiro, no se exige a boa f do terceiro (aliter, no direito alemo e noutros sistemas jurdicos>. Se o terceiro estava de m f, ao adquirir (= sabia que a inscrio era retificvel>, pode ser demandado por ato ilcito, porm a hipoteca transferiu-se a ele e, no terreno dos direitos reais, no se lhe pode objetar aquisio. O art. 530, 1, do Cdigo Civil revelou o principio escolhido pelo legislador brasUeira. O raciocno segundo o qual o art. 1.132 do Cdigo Civil ralo veda que o ascendente hipoteque aos descendentes, sem que outros descendentes assintam, qualquer bem, porque o texto 86 me refere a vender, e no a gravar, de repelir. O princpio em matria de direitos reais de garantia que somente pode hipotecar, dar em anticrese ou emprestar, quem Pode alienar (art. 756>. No importa se a vedao objetiva Ou subjetiva. Se o bem clausulado de inalienabilidade, no pode ser hipotecado. Se o dono ou enfiteuta no pode transferir a estrangeiro a propriedade ou a enfiteuse, no pode hipotecar o bem. Se a lei probe que o ascendente venda ao descendente, Bem assentimento

dos outros descendentes, tambm no pode hipotecar qualquer bem ao descendente, sem que assintam os outros descendentes. t o que resulta, limpamente, da interpretao dos arte. 1.132 e 756, 1. parte. Devido a parecer de RUI BARBOSA, fora de todas as regras jurdicas de interpretao das leis, acrdos h, como o das Cmaras Cveis Reunidas do Tribunal de Apelao do Rio Grande do Sul, a 28 de julho de 1944 (R. dos T., 160, 798), e o das Cmaras Cveis do Tribunal de Justia do Cear, a 17 de novembro de 1947, (R. F., 118, 190; 1?. dos 2., 182, 338), que permitem ao ascendente hipotecar a descendente sem o assentimento dos outros descendentes; mas, alm de infringir o art. 756, 1.8 parte, tal soluo desatende a que a hipoteca seria fraus legis ao ad. 1.132, sendo, portanto, nulo o acordo de constituio. No acordom do Tribunal de Apelao do Rio Grande do Sul, o voto vencido do Desembargador SAMUEL SILVA est certo, porque atende existncia do ad. 756, 1.8 parte. Ceda, a 2.~ Cmara Civil do Tribunal de Justia de So Paulo, a 9 de novembro de 1928 (R. dos 2., 68, 170). Se a hipoteca foi constituda por pessoa que constava do registro como dono do bem ou enfiteuta existe e vale a inscrio. Os que afirmam que, a, a constituio da hipoteca (=z acordo de constituio da hipoteca ou o negcio jurdico unilateral de constituio) levada de nulidade, deixam de atender nos princpios que regem, no direito brasileiro, a aquisio do domino. Tratando-se de hipoteca imobiliria, no h que ai ir-mar-se mais do que a existncia do registro do domnio ou da enfiteuse e a validade da inscrio em si (errado, o acrdo da 2.8 Cmara Civil do Tribunal de Justia de So Paulo, a 15 de dezembro de 1981, R. dos 2., 81, 86). Devido f pblica do registro de aeronaves e de navios, d-se o mesmo se a hipoteca mobiliria. A 58 Cmara Civil, a 16 de agOsto de 1988 (89, 452), pensou em revalidao, se o bem vem a pertencer ao constituinte da hipoteca, porm, na espcie, se tratava de acordo de constituio por falta de consentimento uxrio da mulher meeira, o que era pblico e pois pr exclua a f pblica do registro tal qual, espcie diferente daquelas em que o outorgante nico ou os outorgados constem do registro como nicos donos, sem comunho por efeito de casamento. t preciso atender-se a que somente a comunho universal de bens por efeito do casamento, por ser ex lega, devido falta de pacto, tem a conseqncia de se imprimir, por assim dizer-se, aos bens registrados sem que se precise de averbao (cfr. Decreto n. 4.857, de 9 de novembro de 1989, ad. 178, t>, 1). Se o bem consta do registro e casado o dono, constituinte da hipoteca, o outro cnjuge tem de assentir, para que se possa inscrever a hipoteca, se o bem particular, ou consentir, se comum. Ali, houve falta de assentimento, portanto anulabilidade, do acordo de constituio ou do negcio jurdico unilateral de constituio, se o cnjuge hipotecou sem que o outro assentisse. Aqui~ h falta de assentimento e de consentimento, porque se trata de gravao de parte alheia de bem. Anulabilidade e falta de poder. O outro cnjuge e os herdeiros que podem alegar a anulabilidade (Cdigo Civil, arts. 178, 7?, VII, e 252). No, o prprio cnjuge que constituiu, com infrao da lei civil, a hipoteca (2.8 Cmara Civil do Tribunal de Apelao de So Paulo, 22 de janeiro de 1946, R. dos T., 160, 760, 1.0 Grupo de Cmaras Civis, 27 de maio de 1946, 163, 245). Quanto parte pertencente ao outro cnjuge, houve hipoteca de bem alheio, o que, se o regime era o da comunho universal de bens, pr-exclui a eficcia da inscrio a favor do outorgante, porque, para todos os efeitos, o bem era comum. Se o regime no era o da comunho universal, tinha de haver a anulao do pacto antenupcial. 6.HIPOTECA DURANTE INVENTRIO E PARTILHA DE BENS DE HERANA. De regra quem se apresenta a registro para hipotecar o bem se acha, como dono, ou como enfiteuta, nos livros do registro. Se houve morte e o bem se acha em nome do modo, sem ainda se haver transcrito a sentena de partilha Ou de adjudicao, o interessado ou os interessados, passivamente, no gravame no constam do registro imobilirio como donos ou como enfiteutas. O registro tem de refletir, com toda fidelidade, a realidade jurdica. Todavia, em virtude da saisina (Cdigo Civil, ad. 1.572), a propriedade dos bens da herana Passam aos herdeiros, automaticamente, e s mais tarde, finda a ao de inventrio e partilha, se transcreve o titulo. Ora, no art. 214 do Decreto n. 4.857, de 9 de novembro de 1939, diz-se que, se o imvel uSo estiver lanado em nome do outorgante, o oficial exigir a transcrio do titulo anterior, qualquer que seja a sua natureza, para manter a continuidade da registro. No seria possvel aos herdeiros, portanto, para obteno de dinheiro com que se pudessem pagar as despesas do inventrio e partilha, hipotecar os bens da herana, ou alguns ou algum deles. Os inconvenientes da aplicao estrita da ad. 214 do Decreta n. 4.857 seriam enormes. O inventariante tem a funo que lhe reconhece a art. 85, 2.~ parte, da Cdigo de Processo Civil. Durante a ao de inventrio e partilha pode o juiz deferir requerimento de venda de bens (Cdigo Civil. art. 1.777) e, a 1 ortiori, de gravame.

2.448. Requisitou de indicao quanto tnherit) 1.ENUMERao DO QUE SEJA DE DECLARAR. LIA-se no Cdigo Civil, art. 846: inscrio da hipoteca, legal, ou convencional, declarar: 1. O nome, o domicilia, e a profisso do credor e do devedor. II. data, a natureza do titulo, o valor do crdito e o da coisa, ou sua estimao, fixada por acordo entre as partes, o prazo e os juros estipuladas. III. A situao, a denominao e os caractersticos da coisa hipotecada. No pargrafo nico: O credor, alm do seu domicilio real, poder designar outro, onde possa tambm ser citada. 2.ACORDO JURDICO DE QUE EXSURGE O CRDITO GARANTIDO E ACRDO DE CONSTITUIO. Requisitas da inscrio so requisitas do acordo de constituio, no necessariamente do negcio jurdico de que se irradie o crdito garantido. O crdito pode resultar de fato jurdico, ainda ilcito, que na seja negcio jurdico. Por outro lado, o ad. 1.488 do Cdigo Civil, referente fiana mas invocvel a respeito de garantias reais, pode fazer garantvel obrigao natural, a despeito da nulidade ou anulabilidade do negcio jurdico. 5 2.449. Indicao do credor 1.CREDOR E QUL!FICOES. Do acordo de constituio, que se h de inscrever, e da inscrio mesma, h de constar o nome do titular do direito real de hipoteca, a que por se tratar de direita real de garantia se chama, na lei, credor. H, ai, evidentemente, aluso ao passado, ao crdito, posto que Esse crdito possa ser crdito futuro. A inscrio da hipoteca, diz o art. 846, 1, h de declarar o nome, o domiclio e a profisso do credor. Isso no significa que se no possa inscrever hipoteca a favor de herdeiros de determinado morto, ou de quem venha a recolher a sucesso do ausente, ou a herana de quem faleceu sem aparecerem herdeiros. O nome no 6, portanto, indispensvel. O testamenteiro pode figurar como credor (O. WRNEYER, Kommentar, II, 310>. Se algum, que figurava no acordo de constituio, como credor, ou que no prpria pedida de inscrio, morreu, no mais pode figurar no registro: tm-se de mencionar as pessoas ou pessoa que sucedeu, ainda que se apenas diga os herdeiros de A. admissvel o nome do fiducirio, ou o desse e o da fideicomissrio. A hipoteca a favor de entidade estatal ou paraestatal no-personificada em nome da entidade estatal, personificada, a que esteja subordinada. A inscrio da hipoteca que garante satisfao ao titular de direito oriundo de titulo ao portador em nome do portador do titulo ao portador . Se no h nome de credor (isto , titular do direito real de hipoteca>, a inscrio nula ( no insurge hipoteca). No preciso propor-se ao para se obter o cancelamento (Decreto n 4.857, de 9 de novembro de 1989, art. 230). 2. DOMICILIO INDICADO. O credor, diz a art. 846, pargrafo nico, alm do seu domicilio real, poder designar outro, onde possa tambm ser citado. No se trata de permisso de escolha de foro, nem de indicao arbitrria: o titular do direito real de hipoteca pode indicar outro domicilio sem ser o seu, pra que a citao lhe possa ser feita, sem que isso altere as regras jurdicas de competncia judiciria. 2.450. Indicao do devedor 1.DEVEDOR E QUALIFICao. A hipoteca tem a funo de garantia. Se o devedor o dono do prdio gravando, ou se o outra pessoa, indiferente relao jurdica real da hipoteca. O art. 816, 1, do Cdigo Civil faia, indistintamente, do nome do devedor, domiclio e profisso. O acordo de constituio da hipoteca entre proprietrio do bem gravando (ou do enfiteuta) e o credor, que vai ser o titular do direito real de garantia. O devedor sujeito passivo na relao jurdica em que se criou a dvida, que se quer garantir. Talvez no seja ele que deseje a hipoteca. Pode-se garantir divida de outrem, sem se precisar do seu assentimento. A insero do nome do devedor

apenas serve identificao do crdito. 2.DIFICULDADE DE PRECISIO. Devedor pode ser o herdeiro, que apareceu, de algum; pode ser a pessoa que comprou, sem dar o nome, ou dando falso nome, a alguma empresa, ou cometeu algum ato ilcito, ou ato-fato ilcito, pelo qual tenha de responder, ou que seja responsvel ou possa ser responsvel por algum ato ilcito ou fato ilcito strioto sensu. 2.451. Indicao do ttulo 1.DATA E NATUREZA DO TITULO. O Cdigo Civil, art. II, 1.8 parte, exige que se insira na inscrio (portanto, antes, no acordo de constituio) a indicao da data e da natureza do titulo. Com isso, sabe-se qual o crdito, que se garante hipotecariamente. Mas a falta da data, se no se deixa, com isso, de identificar o crdito, no produz nulidade; a fortiori, inexistncia da hipoteca. A natureza da divida poderia ser de grande alcance, se o acordo de constituio no fosse negcio jurdico abstrato. 2.CREDITO INEXISTENTE E CRDITO ORIUNDO DE NEGCIO JURIDICO INVLIDO. Se o crdito no existe, ou no mais existe, nem a hipoteca tem por funo garantir crdito que tuzsa, a inscrio, que o menciona, falsamente o faz. Costuma-se dizer que, ento, a inscrio nula, como o ttulo. O titulo pode no ser nulo, porque a causa de inexistncia de divida no s a nulidade. De regra, nenhum efeito produz. A inscrio, essa, vale, se por a no nula, mas o dono do prdio gravado (ou o enfiteuta) pode alegar que a meno do dbito no corresponde validade, pedindo o cancelamento da inscrio, ou opondo isso na ao executiva. A nulidade do negcio jurdico de que resultaria o crdito, ou a anulao, no atinge o acordo de constituio ou a inscrio porque a ele se contagie, mas apenas porque no havia ou deixou de haver, ex tune, a dvida. Tem-se, porm, de atender a que o desaparecimento do crdito d ensejo ao cancelamento, no opera automAticamente. O terceiro que adquira a hipoteca, por ter adquirido o crdito, pode ficar inclume ao que se passou entre credor e devedor, se a transmisso do crdito abstrata, ou se a causa de nulidade no migra cesso. Se o crdito deixa de existir por fato posterior, a ineficcia da hipoteca ex nune. A respeito de invalidade, pode dar-se que o constituinte da hipoteca assuma a responsabilidade ainda se invlido o ttulo divisibilidade do crdito, b) divisibilidade do bem gravado e e) divisibilidade do direito de hipoteca. Discutindo-se a), subentendem discutir-se e); ou, discutindo-se b), estar-se a discutir e). Tem-se de saber, exatamente, se a divido do crdito implica a da hipoteca, e quando a implica. Para que se d a diviso do crdito, primeiro requisito o de ser divisvel. Mas divisibilidade do crdito no produz, sem mais, divisibilidade da hipoteca. No art. 766, diz-se que os sucessores do devedor no podem remir, parcialmente, o penhor, ou a hipoteca, na proporo dos seus quinhes, posto que qualquer deles o possa fazer, no todo, dando-se a sub-rogao pessoal (art. 766, pargrafo nico). Os sucessores do credor so sucessores do crdito e comuneiros, por sucesso, na hipoteca: a hipoteca no passa por diviso. Quanto diviso do crdito divisvel, se h mais de um devedor ou mais de um credor, no preciso que o proprietrio do imvel (ou o enfiteuta) assinta na diviso da hipoteca: h tantas obrigaes iguais e distintas quanto os credores ou devedores. Se o crdito garantido era um s, embora divisvel, o proprietrio do imvel (ou o enfiteuta) h de assentir na diviso do crdito, salvo se resulta de desapropriao parcial somente do crdito, ou de adjudicao, ou em virtude de lei. Se a cesso do crdito foi parcial, vale e eficaz, podem os titulares do direito de hipoteca dividi-la, sem ser preciso assentimento do dono ou enfiteuta do bem gravado. No caso de partilha do crdito, sem diviso, a diviso da hipoteca somente se recomendou a especificao desses. A soluo verdadeira a soluo b). Se foi omitida a especificao desses bens, caso para ser estendido a eles, mediante nova inscrio, o seqestro. No art. 4O, 2.0, o Decreto-lei n. 3.240 explicitou: Tratando-se de imveis: 1> o juiz determinar, ex c/i icio, a averbao do seqestro no registro de imveis; 2> o Ministrio Pblico promover a hipoteca legal em favor da Fazenda Pblica. A hipoteca legal, como o seqestro, somente cabe nos crimes de que trata o Cdigo de Processo Penal, arta. 125 e 314. Regem os arts. 125-144. A hipoteca dita penal considerada espcie de hipoteca legal. A particularidade apenas estaria na fonte do crdito, que o crime. Em verdade, a hipoteca penal que se no confunde com a hipoteca legal segundo o art 82?, V, do Cdigo Civil, mas compreende, certamente, a dos arts. 827, VI e VII depende de deciso do juiz, e no s de inscrio, mas legal ela o at certo ponto. Assim, as hipotecas do art. 827, VI e VII, so hipotecas legais, porque foi a lei que deu a pretenso ao gravame, e no o negcio jurdico. h) Para a garantia do quinho hereditrio tem o herdeiro, sobre o imvel, adjudicado ao herdeiro reponente, pretenso inscrio da hipoteca (Cdigo Civil, art. 827, VIII). Aqui, como a respeito do art. 503 do Cdigo de Processo Civil (alienao de bem em condomnio entre cnjuges), h hipoteca legal, que s se exclui se o herdeiro repe em dinheiro, ou em dao em soluto, o que excede do seu quinho. No se confundem as duas espcies com a do art. 967, 1.0 e 2.0, do Cdigo de Processo Civil. Diz o art. 503 do Cdigo de Processo Civil: Os bens no suscetveis de diviso cmoda, que no couberem na meao do cnjuge sobrevivente, ou no quinho de um s herdeiro, sero vendidos na forma dos arts. 704 a 706, partilhando-se o preo, salvo quando os interessados preferirem arrend-los, administr-los, ou possu-los em comum, ou se qualquer herdeiro, ou o cnjuge sobrevivente, requerer a respectiva adjudicao, repondo, em dinheiro, a diferena (cp. Cdigo Civil, art. 1.777). A respeito dos condminos, que no so herdeiros, regem o art. 632 do Cdigo Civil e o art. 405 do Cdigo de Processo Civil. A hipoteca somente pode, ento, derivar de acordo de constituio, ou de deciso do juiz (hipoteca judicial), por se tratar de ao executiva. 3.ARREMATao E HIPOTECA. No Cdigo de Processo Civil, art. 967, 1.0, diz-se, a respeito da arrematao, que h de ser feita vista, ou mediante cauo idnea: Quando, porm, se tratar de imvel, o licitante poder fazer por escrito o seu lano, propondo, pelo menos, cinqenta por cento vista e assegurando pagamento do restante com hipoteca legal sobre o imvel. No 2.0: A proposta indicar o tempo, a forma e as condies de pagamento do preo restante. No 3.0: Quando houver interesse de incapazes, o juiz, ouvidos os respectivos representantes ou assistentes, deferir a proposta, se conveniente. No 4,0: S por acordo dos interessados poder realizar-se a venda na forma prevista nos pargrafos anteriores

evidente que no art. 967, 1.~ e 2.0, o que se tem a pretenso dos que tencionam lanar sobre imvel. H, no art. 967, 1.0, mais um caso de hipoteca. O legislador diz que a hipoteca legal, mas deu nome que se no ajusta ao que nomeia. O que o art. 967, li, cria a pretenso a adquirir pagando p/2 ou p/2 mais x e ficar devendo p/2, ou p/2 menos x. Mas essa pretenso processual, somente tem a conseqncia da promessa estatal de cognio da oferta pelo juiz. O juiz adstrito a deixar que o licitante oferte o que caiba nos moldes do art. 967, 1.0. Se a oferta de pagamento de menos da metade, pode e deve o juiz repeli-la in Imune. Se de mais de metade, sem garantia hipotecria, no a pode admitir. Se de mais de metade, com a garantia hipotecria que se prev no art. 967, 1.0, tem o juiz o dever de submet-la aos interessados. O art. 967, 49, foi explcito; e o 49, de si s, destri a classificao que fez o legislador da hipoteca do 1.0 como hipoteca legal. A lei de modo nenhum a estabelece. A lei apenas permitiu hipotecar-Se dentro do processo, como parte do preo, se os interessados acordaram. necessrio, portanto, o que caracteriza as constituies negociais bilaterais de hipoteca: O acordo de constituio, que ai tambm abstrata. Se as circunstncias so tais que ao juiz se apresenta a constituio da hipoteca como a melhor soluo, pode ele, executando (a ao de venda para extino da comunho constitutiva, mas a se introduziu a ao incidental executiva, porque j se trata de ao de diviso do preo), constitui-la. A hipoteca , ento, hipoteca judicial. Na ao de venda da coisa comum, a fora da sentena constitutiva: a execuo aps toda a operao (portanto, * * o que faz introduzir-se simples pedido de levantamento do dinheiro, conforme as partes indivisas sobre o imvel vendido. Se ocorre que algum dos condminos arremate e pea repor metade, pelo menos, do preo, o juiz pode deferir o pedido, se todos acordarem (acordo de constituio de hipoteca>, ou se as circunstncias mostrarem que nenhuma soluo melhor. Aqui, a hipoteca judicial, e possvel, devido a se ter introduzido a demanda incidental Executiva. 4. HIPOTECA EM GARANTIA DE ADIMPLEMENTO. A garantia, a que se refere o art. 1.092, alnea 2.~, do Cdigo Civil, no hipoteca legal, posto que possa consistir em hipoteca voluntria, que o caucionante oferea. 5. HIPOTECA VOLUNTRIA REITERANTE. Quando o devedor, que est sujeito a hipoteca legal inscrita e especializada, faz outra sobre diferente bem ou sobre diferentes bens para o mesmo crdito ou para a mesma garantia, h reiterao do ato de constituio, no confirmao, tanto que, cessando aquela, a hipoteca voluntria fica (sem razo, reduzindo-a a confirmao e fazendo-a hipoteca legal, D. RUEINO, LIpoteca tmmobiliare e r,wbiliare, 258; cf. GROFANO, Le Operazioni ipotecaris, 188; GINO GOELA, Le Garanzie reali delIobbligaziofle, 445 s.). Se a hipoteca voluntria recai em bens no especificados na inscrio de hipoteca legal, nenhum problema surge: h duas hipotecas a favor do mesmo crdito ou dos mesmos crditos. A hipoteca voluntria em substituio de hipoteca legal somente substitui se nela tomaram parte todos os que teriam de promover a inscrio da hipoteca legal e somente tem eficcia de sub-rogao, sub-rogao real de garantia, e no hipoteca voluntria. 2.470. Registro das hipotecas legais 1. HIPOTECA LEGAL E REGISTRO. A hipoteca legal recai sobre os imveis de determinada pessoa, em garantia de alguma funo ou divida. O art. 828 do Cdigo Civil estatui: As hipotecas legais de qualquer natureza no valero em caso algum contra terceiros, no estando inscritas e especializadas. No valero, isto , no tm efeito. No art. 838, explicitou-se que compete aos interessados, exibindo o traslado da escritura, requerer a inscrio da hipoteca; incumbindo especialmente promover a da legal s pessoas determinadas nos artigos seguintes. 2. PROMOO DA ESPECIALIZao E INSCRIO. a) Incumbe ao marido, ou ao pai, requerer a inscrio e especializao da hipoteca legal da mulher casada (Cdigo Civil, art. 839). Os interessados podem pessoalmente promov-la, ou solicitar a sua promoo oficial ao Ministrio Pblico (art. 843), que tem dever de promov-la. O oficial pblico, diz o Cdigo Civil, art. 839, 1.0, que lavrar a escritura de dote, ou lanar em nota a relao dos bens particulares da mulher, comunic-lo- ex oficio ao oficial do registro civil. No 2.0, acrescenta-se: Consideram-se interessados em requerer a inscrio desta hipoteca, no caso de no fazer o

marido ou o pai, o doador, a prpria mulher e qualquer dos seus parentes sucessveis. Outrossim, se a mulher caiu em incapacidade, o curador. b)Incumbe requerer a inscrio e especializao da hipoteca legal dos incapazes: 1. Ao pai, me, ou curador, antes de assumir a administrao dos respectivos bens, e, em falta deles, ao Ministrio Pblico. II. Ao inventariante ou ao testamenteiro, antes de entregar o legado, ou a herana ( Cdigo Civil, art. 840). No art. 841 est dito: O escrivo, em se assinando termo de tutela ou curatela, remeter, de oficio, e com a possvel brevidade, uma cpia dele ao oficial do registro de imveis. No pargrafo nico: Na inscrio desta hipoteca se considerar interessado qualquer parente sucessvel do incapaz. Os interessados na inscrio podem pessoalmente promov-la, ou solicitar a sua promoo oficial ao Ministrio Pblico (ad. 843), que tem dever de promoo. As pessoas que se no mencionam no art. 839 no podem promover a inscrio e especializao da hipoteca legal a favor da mulher casada. O ad. 843 permite a promoo pessoal e a provocao da promoo oficial (= promoo pelo Ministrio Pblico). Pergunta-se: o ad. 848, que alude s referidas hipotecas, estende-se s hipotecas a favor dos incapazes e s hipotecas a favor da mulher casada, ou s queles? Havemos de responder que a ambas as classes de hipotecas. c) A inscrio da hipoteca legal do ofendido compete, alm deste: 1. Se Me for incapaz, ao seu representante legal, para satisfao do estatudo no art. 827, n. VI. II. Ao Ministrio Pblico, para o disposto no ad. 827, n. VII . Posto que a inscrio da hipoteca judiciria de regra se pea aps o trnsito em julgado, no no exige a lei. O Cdigo Civil, art. 824, fala de exequilente; e em nenhum passo das leis se exige ter transitado em julgado a sentena. Assim, basta que se trate de sentena com a eficcia do ad. 882, II, do Cdigo de Processo Civil, ou que possa vir a ter a execuo do ad. 882, 1, J as Ordenaes Filipinas (Livro III, Titulo 84, 14) cogitavam de sentena ainda no trAnsita em julgado (alis, com recurso suspensivo>. O texto filipino previa a execuo posterior hipoteca, sobrevindo revogao da sentena, no todo, ou em parte, com as conseqncias indenizatrias e restituitrias que hoje se mencionam no art. 883 do Cdigo de Processo Civil. A aluso coisa julgada era, portanto, erro de intrpretes. O Decreta n. 4.857, de 9 de novembro de 1939, art. 274, 1.~, repetindo regra que j se inseria no Decreto n. 18.542, de 24 de dezembro de 1928, ad. 258, 1.~, abstraiu, explcita-mente, do efeito do recurso, e no isso contra a lei, que o Cdigo Civil, art. 824, cujo fundamenta o da exequibilidade da sentena, porm no desde j. hipoteca judiciria basta o ter a sentena, se transita em julgado, carga de eficcia executiva imediata ou mediata. Se a sentena vem a ser reformada, perdendo, de todo, a carga executiva que se previa, a inscrio hipotecria torna-se cancelvel (= desconstituivel), mediante a apresentao do ttulo, que a certido da sentena definitiva, trAnsita em julgado. O processo o dos arts. 288 e 289 do Decreto n. 4.857, de 9 de novembro de 1939, observados os arts. 826 do Cdigo Civil e 296 do Decreto n. 4.857. Se a sentena que reformou, aps a inscrio, ainda suscetvel de recurso, o cancelamento somente poderia ser provisional, porm essa soluo de repelir-se: admitiu-a a doutrina italiana (O. GORLA, VI, 458); porm o art. 294 do Decreto n. 4.857, que nos vem do Decreto ix. 18.542, de 24 de dezembro de 1928, ad. 277, diz: O cancelamento no poder ser feito em virtude de sentena sujeita a recurso, qualquer que seja seu efeito, mesmo o extraordinrio, interposto para o Supremo Tribunal Federal. Caso a sentena seja rescindida, o credor pode promover nOvo registro. A inscrio da citao na ao rescisria da sentena que deu azo ao cancelamento tem a conseqncia de tornar ineficazes os atos de disposio, se sobrevier a resciso da sentena. 4.DIREITO INSCRIO. O direito inscrio da hipoteca judiciria direito formativo gerador. Andou perto de o ver LACERDA DE ALMEIDA (Direito das Coisas, II, 277), quando, referindo-se a hipoteca judiciria, disse que nasce de um fato a condenao e esse fato abre margem ao credor para exercer o seu direito de garantia real, designando o imvel, ou os imveis do condenado, que devem ser levados a registro, e promovendo a respectiva inscrio mediante as formalidades que a lei tem estabelecido para inscrio das hipotecas legais. nota 7 acrescentou: A condenao judicial, como fato de que decorre o direito nas hipotecas legais, cria na hipoteca judicial a faculdade para o credor de promover a efetividade da hipoteca. Os bens no estio hipotecados antes de especializados e inscritos: a hipoteca para o credor neste caso um jus delaturn, depende s da vontade dele o fazla valer como direito real, pela inscrio; antes disso no havia entrado em seu patrimnio, no era para ele mais que um ias futururn.. preciso, no direito brasileiro, evitar-se a grave confuso entre a hipoteca judiciria, que direito real, e a medida cautelar de arresto de imveis. Outros sistemas jurdicos, como o alemo, no se libertaram de certa confuso entre os dois institutos, o da hipoteca judiciria ou forada e o do arresto de bens imveis. O registro de imveis tem, ai, funo de rgo executivo, uma vez que h de examinar a carga de eficcia executiva da sentena. Donde a necessidade de se admitir, no juzo do registro, apresentao de embargos de terceiro, ou de embargos do executado. Exerce-se o direito formativo gerador com o pedido de inscrio, apontando o credor os bens de que o devedor tem

a propriedade. As custas da inscrio so por conta do devedor condenado. A inscrio pedida ao oficial, dispensados, hoje, os extratos (Decreto n. 4.857, art. 210) ; pode ele levantar dvidas (arta. 215, 1.~ e 2?, e 216), seguindo-se a impugnao pelo apresentante (art. 217) e a deciso pelo juiz (arts. 217-219). A inscrio determina restrio ao poder de dispor, por parte do dono do imvel, de modo que o adquirente no pode alegar boa f. Pode ser inscrita hipoteca, como posterior, sobre bem j hipotecado. O credor por hipoteca judiciria pode remir a anterior, vencendo-se (ad. 814); e o credor com a segunda pode remir a hipoteca judiciria. O art. 815 pode ser invocado. Pode a hipoteca judiciria recair em parte indivisa, que pertena ao condenado (art. 623, ~ 2.~ parte) ; porm no em parte indivisa do imvel pertencente ao mesmo dono. Pode ser gravada de hipoteca judiciria a hipoteca pertencente ao condenado, bem como a hipoteca judiciria inscrita a favor dele (O. PLANCK, Kommentar, III, 4.~ ed., 1077). 5.ESPECIALIZAXO. A especializao dos bens hipotecados judiciariamente indicao de bens, objetiva e de per si. Apontam-se os bens, que ficam gravados. Da ser de inteligncia equivoca dizer-se que a hipoteca judiciria somente apanha os bens imveis at ento na posse do condenado (e. g., 33 Cmara do Tribunal de Justia de So Paulo, 30 de janeiro de 1932, R. dos T., 81, 314, e 9 de junho de 1933, 90, 362). Os bens imveis de propriedade do condenado, estejam ou no na sua posse, podem ser especializados, bastando terem sido adquiridos antes ou aps a condenao. O Decreto n. 4.857, de 9 de novembro de 1939, art. 274, diz: Considerar-Se-, tambm, especializada, e, apenas dependente de inscrio, a hipoteca judicial, mediante mandado ou carta de sentena, quando esta for lquida, quanto aos bens existentes em posse do condenado, ou alienados em fraude de execuo. Em caso contrrio, apurar-se-, provisoriamente, o valor da responsabilidade, sem prejuzo do processo de liquidao. No 1.~: Mesmo a sentena recorrida, qualquer que sej a o seu efeito, autorizara a inscrio, com carter condicional, fazendo-se observao a respeito. No 2.0: O credor indicar, em petio, os imveis sobre os quais deve recair a inscrio com os requisitos necessrios, ficando salvo ao devedor requerer ao Juiz competente a reduo ou substituio dos imveis apontados. O mesmo se estatuira no Decreto n. 18.542, de 24 de dezembro de 1928, art. 258 e 1.~ e 2.~. O Decreta n. 370, de 2 de maio de 1890, ad. 201, 1a e 23 alneas, apenas estabelecia: Tambm se considera especializada pela importncia da sentena a hipoteca judicial, a qual recair nos imveis do devedor condenado, existente na posse dele, ou alienados em fraude da sentena que o exequente designar nos extratos do art. 50. A carta da sentena ser o ttulo para a inscrio, e para esse ttulo se transportar o mnimo de ordem do registro. t preciso ter-se todo cuidado na interpretao de tais regras jurdicas. No se disse que h especializao in abstracto dos imveis do devedor condenado, pois seria absurdo pensar-se em especializao que no especializasse; nem se h de ver na expresso posse outra coisa que a aluso propriedade, uma vez que no se poderia, no processo de especializao, discutir a quaes tio facti da posse. A referncia a bens alienados em fraude de sentena s se pode entender tendo havido deciso declarativa de tal fraude, ou se no registro de imveis a inscrio de citao da ao real ou reipersecutria, de modo que se houvesse de considerar sem eficcia a alienao posterior. O ad. 50 do Decreto n. 370, de 2 de maio de 1890, a que alude o ad. 201 aquele em que se exige para inscrio o ttulo a ser inscrito, que , no caso, a parte condenatria da sentena, e o extrato do mesmo ttulo em duplicata, a fim de serem satisfeitos os requisitos da inscrio. J o Decreto n. 18.542, art. 258, empregava as expresses especializada e apenas dependente de inscrio a hipoteca judicial; mas o erro evidente, uma vez que se pode chamar hipoteca ao direito formativo gerador inscrio, porm seria absurdo cogitar-se de especializao antes da inscrio, como se fosse possvel especializar bens sem os mencionar, com as necessrias individualizaes. Somente com a especializao que pode ser feita a inscrio, mas, antes da inscrio, no h qualquer especializao com efeitos jurdicos. t certo que, diferena das outras hipotecas, a hipoteca judiciria no contm o direita de preferncia, porm contm o de seqela. To pouco, simples medida cautelar; e as medidas cautelares exigem especializao, se tm por fito arrestar ou seqestrar. A hipoteca judiciria j ato de execuo (LEO RoSEN3ERG, Lehrbuch, &a ed. 974), razo por que o terceiro pode ir com embargos de terceiro e o prprio condenado com embargos do executado, desde que seja pedida a inscrio. Falamos da avaliao da condenao. Tal expediente evita que se protele at liquidao a inscrio, ao mesmo tempo que repele a hipoteca judiciria sem aluso a quanto, que se admitiu no direito italiano recente (Cdigo Civil italiano, art. 2.818). Todavia, vale e eficaz a inscrio de hipoteca judiciria que no aluda ao quanto liquido devido. 6.HIPOTECA LEGAL DO OFENDIDO E HIPOTECA JUDICIRIA. A hipoteca legal do art. 827, VI, no a

hipoteca judiciria do art. 824 do Cdigo Civil. Aquela pode ser inscrita antes da sentena, desde que foi cometido o crime e se formou a relao jurdica processual, no crime ou no cvel (cp. 3~a Cmara Cvel do Tribunal de Apelao do Distrito Federal, 30 de maro de 1948, R. dos T., 159, 297). No art. 134 do Cdigo de Processual Penal, diz-se: A hipoteca legal sobre os imveis do indiciado poder ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza de infrao e indcios suficientes de autoria. No art. 144: Os interessados, ou, nos casos do ad. 142, o Ministrio Pblico, podero requerer ao juzo cvel contra o responsvel civil as medidas previstas nos arts. 134, 136 e 137. O processo da especializao, no juzo criminal, est regulado no art. 185 do Cdigo de Processo Penal. O art. 1.521, 1-111, do Cdigo Civil invocvel para se inscrever e especializar hipoteca dos bens dos titulares do ptrio poder, dos pais que tm em sua companhia o filho, dos tutores e curadores, dos patres, amos e comitentes, donos de hotis, hospedarias, casas e estabelecimentos de habitao ou albergue, e dos que participaram dos produtos do crime (2.~ Cmara Civil do Tribunal de Justia de So Paulo, 8 de agosto de 1947, sobre pais). Se os bens do criminoso no bastam para a satisfao da responsabilidade, a pretenso do ofendido e a dos herdeiros passam frente das penas pecunirias e das custas judiciais. Diz o Cdigo Civil, art. 829: Quando os bens do criminoso no bastarem para a soluo integral das obrigaes enumeradas no art. 827, ns. VI e VII, a satisfao do ofendido e seus herdeiros preferir s penas pecunirias e custas judiciais. 2.474. Hipoteca judiciria cumulativa e hipotecas anteriores e posteriores 1.GRAVao CUMULATIVA. Quando o bem que se h de gravar no basta, ou no h convenincia em que se grave determinado bem cujo valor, sozinho, garantiria a crdito, caso de constituir-se hipoteca judiciria cumulativa. A hipoteca judiciria cumulativa rege-se pelos mesmos princpios que as outras hipotecas cumulativas. de notar-se que, a respeito do pressuposto de ser um s o devedor, ou ser caso de solidariedade passiva, a solidariedade que s se estabeleceu por eficcia integrativa ou prpria da sentena basta. 2.HIPOTECAS ANTERIORES E POSTERIORES. A hipoteca judiciria pode j vir aps outra ou outras hipotecas: toma ela o seu grau. Pode ser seguida de outras hipotecas e, a respeito dessas hipotecas que sobrevieram, tem ela a prioridade. Os princpio~ so os mesmos. Se, depois, ocorre que, em virtude de decretao da nulidade da sentena, ou da resciso da sentena, por fora de deciso, em ao rescisria, deixa de existir a sentena de que resultou o efeito de hipoteca judiciria, tem-se de cancelar a inscrio. A propsito do cancelamento, os princpios so os comuns. Todavia, como a hipoteca adveio de atendimento a sentena, o oficial de registros deve submeter ao juiz do registro a espcie, para que examine, formalmente, a deciso proferida. Se a deciso reiscindente s em parte alterou a deciso de que resultou a hipoteca judiciria, no se pode cancelar a inscrio. O interessado ou os interessados tm de submeter ao juiz do registro a espcie, para que diminua ou aumente o valor da hipoteca, dispensando ou exigindo algum bem, ou apenas abatendo no valor da hipoteca ou elevando o valor da hipoteca, se o bem gravado o pode garantir. Procedimentos semelhantes podem ocorrer em caso de hipoteca legal do art. 827, VI, do Cdigo Civil, se a sentena final mais gravosa ou menos gravosa. A respeito da hipoteca judiciria, pode dar-se que haja troca ou mudana de grau, desde que consinta o titular da pretenso hipoteca judiciria ou do direito de hipoteca. A citao na ao de cuja sentena pode resultar hipoteca judiciria no inscritvel no registro de imveis, mas a sentena preventiva-mente inscritivel, ainda que no haja passado em julgado. CAPITULO VIII HIPOTECA DE MINAS E PEDREIRAS 2.475. Indstria mineira e pedral

1.CARACTERSTICAS DO OBJETO HIPOTECADO. O objeto da hipoteca de minas e pedreiras apresenta a particularidade de ser bem imvel que se tratava como parte integrante de outro. A concepo de serem a mina e a pedreira propriedade distinta da propriedade do solo vem de longa data, no direito luso-brasileiro, e est, por exemplo, em DOMINGOS ANTUNES PoRTUGAl? (Tractatus de Dortationibus, Livro II, Capitulo XII.10 e 12). 2.EXPLORao DAS MINAS. Entre os diferentes sistemas jurdicos, uns (a) tm a mina como parte integrante do solo, de modo que s o proprietrio do terreno pode outorgar direito de explorao, outros (b) consideram propriedade do Estado a mina, de jeito que smente Ele pode outorgar aquele direito, ou a) desde todo o comeo, ou b) aps algum ato estatal que se possa classificar como de inscrio do direita do Estado (de regra, ato de pesquisa ou de permisso de pesquisa). A construo (a) no pr-exclui que se separem, eventual-mente ou sempre, a propriedade do solo e a propriedade da mina. Ainda se h de notar que se pode pensar em direito real limitado minerao e explorao de pedreira, ou em domnio parte, por separao espacial dos dois objetos, como acontece no direito ingls e no brasileiro. No incompatvel com a existncia de propriedade privada das minas ser preciso autorizao (estatal) de pesquisa. Essa necessidade deriva de interesses de todos, e no s do Estado; e faz nascer direito limitativo propriedade privada. O problema tcnico, para o jurista, o de caracterizar quando e como se pode hipotecar a mina ou a pedreira. diferena dos outros bens imveis, minas e pedreiras exaurem-se. Por outro lado, h momento em que a mina ou a pedreira no se separa, no se distingue, juridicamente, do prdio em que foi encontrada, ou apenas percebida. As minas, para a sua explorao, exigem grandes capitais, desde o incio das pesquisas. Estradas, escavaes, poos, galerias, adutoras de gua, obras de iluminao, ventilao e transporte so empreendimentos custosos. As maquinarias e a preparao dos produtos no podem ser oradas de uma vez e previstas no rol do que se vai obter ou fazer com o capital. Por outro lado, os lucros no vm desde logo. Impe-se o emprstimo, com que se auxilie o capital. Nos paises em que falta organizao de crdito para minas, a hipoteca oferece a garantia mais eficiente. 8.CRDITO PARA EMPRSAS DE MINAS E PEDREIRAS. No direito brasileiro, a hipoteca de minas hipoteca que se pode constituir desde que se distingue a mina. Se hipoteca o prdio, no se entende hipotecada a mina que se encontre ou descubra. Para que o ato de constituio abranja a mina, ou as minas, preciso que se tenha expresso a vontade de hipotecar a mina, especificadamente, e a hipoteca pode ser de solo e mina, ou s de solo, ou s de mina. Se h duas ou mais minas, cada uma pode ser hipotecada sem a outra ou as outras. 2.476. Direito romano e medieval 1. DIREITO ROMANO. t de duvidar-se se o direito romano conseguiu unidade e especialidade, no tocante ao direito sobre minas e pedreiras, como em outras matrias em que o seu gnio se revelou. Todavia, no regular o uso e a fruio dos bens indivisos, algumas particularidades chegaram a precisar-se e fizeram corpo comum com as regras jurdicas que o Estado, como dono das minas, editava. No fundo, os ocupatores e cotoni, concessionrios ou autorizados, estavam diante de regras jurdicas que partiam de legislador-proprietrio. As tbuas de ljus frei so a prova de que algo se alcanou com certa unidade e especializao. As tbuas vipascenses vieram documentar que dois tratamentos legislativos havia: o das minas pblicas e o das minas privadas. Quanto s minas pblicas, metaila publica, eram administradas por comes metailorum, subordinados ao comes sacraram largitionum, que dispunha de procuratores metaliorum. Tais minas eram arrendadas aos publicanos, mediante cnon anual (vectigal), com obrigao de explorao (GAIO, L. 13, pr., D., de publicanis et vectigalibus et commissis, 39, 4; L. 1, pr., D., quod cuiuscum que universitatis nomine vel contra eam agatur, 8, 4, onde se fala da permisso de associar-se aos exploradores de minas e salinas). ULPL&NO (L. 17, 1, D., de verborum signi.ficatione, 50, 16) disse que devemos entender por vectigais pblicos, publica vectigalia (tributos pblicos), aqueles que o fisco percebe, como os de prto, de coisas venda, de salinas, minas e pescarias. Impostos, portanto, e outros tributos. Havia minas exploradas diretamente pelo Estado, com escravos e condenados a trabalho de explorao nas minas (in metaila, ad effodienda metaila), s vzes com provinciais e soldados (cf. M. ROSTOvTZEFF, Geschichte des

Staatspacht in der rmischen Kaiserzeit bis Diokletian, 445 s.). A princpio, os donos dos prdios podiam livremente explorar minas e pedreiras (L. 13, 5 e 6, D., de usu fructu et quemadmodum quis utatur .fruatur, 7, 1; L. 77, D., de verborum significatione, 50, 16; L. 18, 1, D., communia praediorum tam urbanorum quam rusticorum, 8, 4), quaisquer que fossem as minas e as pedras. Isso certo quanto pennsula romana. A respeito das provncias, h discordncia de opinies, pois alguns afirmam a no-existncia do direito do particular e outros entendem que no se lhe retirara o direito de explorar o que era seu, salvo a partir do sculo IV (e. g., ano de 320, para a frica; ano de 363, para o Oriente; 376, para a Macednia e a Iliria). A propriedade era do Estado, que arrendava as minas. Outorgava ele o ius fodiendi; e a relao jurdica era pessoal, segundo ULPIANO (L. 1, 2, e L. 3, D., de muneribus a honoribus, 50, 4). No havia s o dever de pagar o vectigal. Nas provncias, a explorao pelos particulares de modo nenhum retirava a propriedade ao Estado. Quanto s minas privadas, eram tidas como partes fundi; e os produtos, como frutos. S o dono do solo, dominus sou, podia explor-las. Mas tinha ele de pagar imposto, que no se confundia com o vectigal dos publicanos, posto que a tcnica jurdica romana, no assunto dos tributos, no tivesse chegado preciso da tcnica de hoje. O direito romano punha os donos das terras em situao semelhante dos publicanos, arrendatrios de minas pblicas (L. 18, pr., D., de publicanis et vectiga!ibus et commissis, 89, 4), publicanorum loco sunt. Quanto ao direito dos terceiros, que sobreveio, pouco se sabe, e concepo de A. RNDT (Zur Geschichte und Theorie des Rerpregas und der Rergbaufreiheit, 2.8 ed., 18) de se tratar de direito parte da propriedade, j em regime de quase-regalia, procura-se contrapor a da limitao ao contedo do direito de propriedade (e. g., E. ACHENBACH, Das franzsische Rergrecht, 92) e a da plena liberdade de pesquisa ou escavao (Poac e MARzUCCHI, Discorso....storico ed economico sulia legislazione mineraria, 29). H. ACHENBACH aludrn a servido legal, sem prestar ateno a que faltava o elemento de interpredialidade. O direito romano desse perodo limitou o domnio. Os direitos exercidos por terceiro foram direitos limitativos, chegando, s vezes, distra endi libera potestas. Alis, s se cogitava do direito ao produto e, mediante o prazo do dcimo, o de explorar