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TRATAMENTO DA DOR PÓS OPERATÓRIA Vernot Garcia Matabula MD. Interno 3º ano Data 08/11/2017

TRATAMENTO DA DOR PÓS OPERATÓRIA · 2018-04-25 · • Risco de surgimento de dor crónica. AVALIAÇÃO DA DOR PÓS - OPERATORIA Escalas unidimensionais Escalas multidimensionais

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TRATAMENTO DA DOR

PÓS OPERATÓRIA

Vernot Garcia Matabula MD.

Interno 3º anoData 08/11/2017

SUMÁRIO

• Introdução

• Objectivos

• Materiais e Métodos

• Fisiopatologia da dor pós-operatória

• Complicações da dor pós-operatória

• Avaliação da dor pós-operatória

• Tratamento da dor pós-operatória

• Recomendações

• Referências Bibliográficas

INTRODUÇÃO

Mais de 300 milhões de cirurgias são

realizadas no mundo/ano . Existe uma

variedade, indo desde pequenos

procedimentos em consultórios até cirurgias

extensas em órgãos vitais de pacientes

fragilizados.

INTRODUÇÃO

Mais de 80% dos pacientes queixam-se de

dor pós-operatória aguda e

aproximadamente 75% das pessoas com dor

pós-operatória relatam a gravidade como

moderada, grave ou extrema.

INTRODUÇÃO

International Association for the Study of Pain , a dor

é uma experiência multidimensional desagradável,

envolvendo não só componente sensorial mas

também componente emocional, e que se associa a

uma lesão tecidular concreta ou potencial.

INTRODUÇÃO

Dor

Tempo

Crônica ˃ 3 meses

Aguda

Fisiopatologia

Nociceptiva Neuropática

Localização

Somática Visceral

OBJECTIVOS

Abordar os principais metodos e esquemas

de tratamento da dor aguda pós operatória

baseando-se na literatura médica

MATERIAIS E MÉTODOS

Pesquisa bibliográfica

FISIOPATOLOGIA DA DOR AGUDA PÓS-OPERATÓRIA

FISIOPATOLOGIA DA DOR AGUDA PÓS-OPERATÓRIA

COMPLICAÇÕES DA DOR PÓS-OPERATÓRIA

• Hiperactividade simpática

• Aumento o risco de isquemia do miocárdio

• Reduz a motilidade gastro-intestinal e íleo-paralítico

• Dificulta a tosse

• Reduz o fluxo e os volumes pulmonares

• Causa ansiedade

• Perturbações do sono

• Desmotivação

• Atrasa a recuperação

• Aumenta o tempo de internamento

• Risco de surgimento de dor crónica

AVALIAÇÃO DA DOR PÓS -OPERATORIA

Escalas unidimensionais

Escalas multidimensionais

AVALIAÇÃO DA DOR PÓS -OPERATORIA

ESCALA DE ESTIMATIVA NUMÉRICA

AVALIAÇÃO DA DOR PÓS -OPERATORIA

ESCALA ANALÓGICA VISUAL

ESCALA VERBAL

0 – Ausente

1 – Leve

2 – Moderada

3 – Intensa

0 – nenhuma

1 – Discreto

2 – Moderado

3 – Bom

4- Completo

AVALIAÇÃO DA DOR PÓS -OPERATORIA

TRATAMENTO DA DOR PÓS –OPERATÓRIA

Analgesia Multimodal

Anestesia local

• Infiltração Analgésicas regionais

•Perifericas

•Neuroaxiais

Paracetamol

Opióides sistémicos

AINES

Gabapentina

Agonistas α-2

Antagonistas do receptor

NMDA

TRATAMENTO DA DOR PÓS –OPERATÓRIA

Dose Via de administracção

Cetamina 0,15mg/ kg

1 a 2mg/kg/min

0,2mg-1,0mg/kg

IV

IV (infusão contínua)

Epidural

Clonidina 1 a 8mg/kg em bolus

0,08 a 2mg/kg/h

de 10 a 50mg/h

Epidural (Bolus)

Dipirona 15mg/kg de 6 horas 6 IV

acetaminofeno 12mg/kg 4 a 6 horas IV

TRATAMENTO DA DOR PÓS –OPERATÓRIA

Analgésicos Opióides Posologia Vias de Administração

Tramadol 50 – 100 mg – 2 a 3 x / dia

dose máxima 400 mg

10 a 20mg/h

20-100mg/dia

VO, IV ou IM

IV (infusão contínua)

Epidural

Morfina 0,5 a 1,0 mg / kg a cada 3 a 4 h

0,15 mg / kg a cada 3 a 4 h

0,15 mg / kg a cada 3 a 4 h

0,03 a 0,1 mg / kg / h

0,1 mg a 1 mg dose única

30 a 50 mcg/ kg a cada 8 a 24 h

0,4 a 0,6 mg /h

1 a 10 mg

VO

SC

IV (Bolus)

IV (IC)

Intratecal

Epidural (bolus)

Epidural (IC)

Intra-articular(diluir em 20ml de SF 0,9%)

Fentanil Dose inicial 0,8 mcg a 1,6 mcg/kg

0, 3mcg a 1,6 mcg /kg/ h

50 a 200 mcg a cada 2 a 5 h

5-20 mcg

75 mg a 150 mg a cada 48 a 72 h

IV (Infusão contínua)

Epidural (Infusão contínua)

Epidural (Bolus)

Intra-tecal

Transdermico

Sufentanil 2-8 mcg

15 a 50 mcg a cada 4 a 6 h

0,15 a 0,3 mg / kg / h

Intratecal

Epidural (bolus)

Epidural (Infusão contínua)

TRATAMENTO DA DOR PÓS –OPERATÓRIA

Anestésicos Locais Doses Vias de Administração

Levobupivacaina 6 ml/h a 0,25% Epidural (infusão contínua)

Ropivacaína 20 ml a 0,75%

5 ml/h a 0,2%

10 a 20 ml a 0,2%

6-14 ml/h a 0,2%

4 a 8 ml/h

Intra-articular( joelho)

Interescalênico (inf. contínua)

Epidural (bolus)

Epidural (infusão contínua)

Epidural torácica (infusão contínua)

Bupivacaína 5 - 10 ml a 0,5% a cada 4 h

3 - 10 ml / h a 0,25 %

5 - 15 ml / h a 0,125%

20 a 30 ml a 0,5%

5ml/h a 0,15%

15 ml a 0,5% cada 8 h

0,5 ml/ kg/ h a 0,25%

5 ml/h a 0,25%

Epidural (bolus)

Epidural (infusão contínua)

Intra-articular (joelho)

Interescalênico (infusão contínua)

Inter-pleural

Inter-pleural (infusão contínua)

Intercostal (infusão contínua)

TRATAMENTO DA DOR PÓS –OPERATÓRIA

Tipo de cirurgia Fármacos sistémicos Técnicas local, intra-articular ou tópicas

Anestesia regional Anestesia do neuro-eixo

Toracotomia OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina

Bloqueio para vertebral

Epidural c/ anestésicos local ou opioides intratecal

Laparotomia OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina

Anestésico local na incisão

Bloqueio plano do transverso abdominal

Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal

Cirurgia da anca OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina

Anestésico local e/ou opioide intrarticular

Técnica específica regional

Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal

Cirurgia do joelho OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina

Anestésico local e/ou opioide intrarticular

Técnica específica regional

Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal

Cirurgia da coluna OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina

Anestésico local na incisão

Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal

Cesariana OpioidesAINEs e/ou Acetominofeno

Anestésico local na incisão

Bloqueio plano do transverso abdominal

Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal

DOR GRAVE

Escala de tratamento da dor OMS

RECOMENDAÇÕES

Recomendamos que todos os profissionais de saúde

ligados a área de anestesia e ao tratamento de

pacientes no pós-operatório usem técnicas de

analgesia multimodal isto porque comprovou-se

possuir melhor benefício aos pacientes em relação a

utilização de técnica única.

REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS

1. BASSANEZI, Betina Sílvia ; FILHO, Antonio Gonçalves . ANALGESIA PÓS-

OPERATÓRIA. Revista do Colegio Brasileiro de Cirurgiões, São Paulo, v. 33, n. 2, p.

116-122, mar. 2006. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-

69912006000200012>. Acesso em: 25 ago. 2017

2. Chou R, Gordon DB, Leon-Casasola OAD, Rosenberg JM, Bickler S, Brennan T, et al.

Management of Postoperative Pain: A Clinical Practice Guideline From the

American Pain Society, the American Society of Regional Anesthesia and Pain

Medicine, and the American Society of Anesthesiologists Committee on Regional

Anesthesia, Executive Committee, and Administrative Council. The Journal of Pain

[Internet]. 2016 [cited 2017Aug46];17(2):131–57. Disponível em:

http://www.jpain.org/article/S1526-5900(15)00995-5

3. Filisetti C, Gregori MD. Pain Management in Pediatric Surgery: New

Horizons. Journal of Pain & Relief [Internet]. 2016Mar1;05(02):1–3. Disponível

em: https://www.omicsonline.org/open-access/pain-management-in-

pediatric-surgery-new-horizons-2167-0846-1000240.php?aid=70159

4. GARCIA MJCA. DOR . 7º ED. VOL. 1. LISBOA, LISBOA: PERMANYER; 2006.

5. Machado H. Manual de Anestesiologia. 1º Ed. Lisboa : Lidel; 2013

6. MEISSNER W, COLUZZI F, FLETCHER D, HUYGEN F, MORLION B, NEUGEBAUER E, ET AL.

IMPROVING THE MANAGEMENT OF POST-OPERATIVE ACUTE PAIN: PRIORITIES FOR CHANGE.

CURRENT MEDICAL RESEARCH AND OPINION [INTERNET]. 2015 [CITED

2017AUG20];31(11):2131–43. AVAILABLE FROM:

HTTP://WWW.TANDFONLINE.COM/DOI/ABS/10.1185/03007995.2015.1092122

REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS

Em anestesia nada se compara aos bloqueadores dos canais de Na+