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TRATOS CULTURAIS NA CANA-DE-AÇÚCAR ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA DE ORIZONA EFA NA COMUNIDADE - REGIÃO DE TAQUARAL Orizona 21 de Agosto de 2008

Tratos Culturais na Cana-De-Açúcar

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Arquivo: Tratos Culturais na Cana-de-AçúcarEFAORI - Escola Família Agrícola de Orizona, 2008Dia de EFA na Comunidade

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  • TRATOS CULTURAIS NA CANA-DE-ACAR

    ESCOLA FAMLIA AGRCOLA DE ORIZONAEFA NA COMUNIDADE - REGIO DE TAQUARAL

    Orizona21 de Agosto de 2008

  • Importncia da cana-de-acar;

    Preparo e correo do solo;

    Plantio da cana-de-acar;

    Tratos culturais: adubao, controle depragas e doenas;

    Colheita.

    TPICOS ABORDADOS

  • Origem: sudeste da sia;

    Trazida pelos portugueses;

    Cultivo em reas tropicais:35 S a 35 N;

    CANA-DE-ACAR (Saccharum officinarum)

    Adaptao ao clima: tropical de duas estaesQuente e chuvosa: germinao, perfilhamento e

    desenvolvimento vegetativo;Fria e seca: acmulo de sacarose.

  • PROLCOOL Governo Ernesto Geisel (1975);

    Objetivo: estimular produo de lcool, paraatender consumo interno e externo;

    Aumento da rea destinada cana;

  • Biocombustveis;

    Forragem: alimentaoanimal;

    UTILIZAO DA CANA-DE-ACAR

    Alimentao humana (derivados);

    Resduos (vinhaa, bagao, torta de filtro).

  • VINHAAVinhaa, vinhoto ou restilo: resduo pastoso, mal-cheiroso,proveniente da destilao do caldo de cana (garapa).

    FERTIRRIGAO

    Alto teor de K+

  • BAGAO DA CANA-DE-ACAR Rao para bovinos (alto teor de fibra);

    Produo de composto, controle de plantasinvasoras em pomares;

    Fornece calor (substitui a lenha nascaldeiras), produo de energia;

    Palhada da cana (jamais queimar):conservao do solo.

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    Fonte: Bertoni, et al. (1998), apud Donzelli, J.L. Eroso na cultura da cana-de-acar: situao eperspectivas. In: Macedo, I. de C. (org). A energia da cana-de-acar, So Paulo, 2005.

    PERDAS DE SOLO EM DIFERENTES CULTURAS

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  • Nutrientes da palhano so transferidosrapidamente para acana (mineralizaode 20% ao ano).

    Nutrientes na palha(mdias de 4 variedades - Manechini, 1997)

    Nutrientes kg/haN 54,7P 4,4K 76,0Ca 54,9Mg 25,5S 15,1

  • PRODUO BRASILEIRA: Cana-de-acar, etanol e acar

    Fonte: CONAB, 2007.

    Etanol (milhes m3)Acar (milhes ton.)

    Cana-de-acar milhes ton.

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    450Etanol Acar Cana-de-acar

    rea = 6,19 milhes de ha

  • CANA-DE-ACAR NO BRASIL

    AMAZNIA

    Pantanal

    Cana-de-acar

  • VARIEDADES DE CANA-DE-ACAR Caractersticas desejadas:

    Produtividade, espessura do colmo e maciez;

    Brotao;

    Resistncia a pragas e doenas;

    Porte ereto (resistncia ao acamamento);

    Ciclo (precoce, mdio ou tardio).

    (MACEDO, 2007).

  • Variedades de cana-de-acar recomendadas para as regiesSudeste e Centro-Oeste do Brasil, exigncias em fertilidade de soloe poca de colheita.

  • VARIEDADES DE CANA-DE-ACAR

    Alto teor de sacarose;

    Boa brotao sob palha e/ouqueimada;

    Maturao no final de safra;

    IAC 91-2218

    Fonte: O AGRONMICO, 2000.

    timo fechamento dasentrelinhas;

  • VARIEDADES DE CANA-DE-ACARIAC 91-2218

    Fonte: O AGRONMICO, 2000.

    Resistncia escaldadura,ferrugem;

    Moderadamente resistente broca.

    Excelente perfilhamento;

    Porte ereto;

  • VARIEDADES DE CANA-DE-ACARIAC 91-5155

    Ciclo precoce-mdio(abr. a set.);

    tima brotao;

    Porte ereto, altura uniforme e desfolha espontnea.

  • VARIEDADES DE CANA-DE-ACAR

    IAC/SP 93-6006 Boa brotao;

    Rpido fechamentode entrelinhas;

    Dimetro e altura de colmo uniformes, a despalha espontnea.

    Corte de jul. a set.;

  • Porte ereto e despalhaespontnea;

    IAC/SP 86-2480

    VARIEDADES DE CANA-DE-ACAR

  • CANA-DE-ACAR (Saccharum officinarum) Local de plantio: rea plana, solos profundos,

    textura mdia a argilosa, bem drenados;

    Arao profunda (cana implantada pela 1 vez);

    PREPARO DO SOLO

    Terreno j ocupado com cana: destruir soqueirasaps a colheita;

    Calagem com antecedncia;

    Uma ou duas gradagens.

  • PREPARO DO SOLO

    VANTAGENS: Melhor penetrao em

    condies adversas;

    Melhor enterrio de ervas;

    Arado de aivecasArado de discos fixo

    VANTAGENS: Indicados para terrenos com

    grande quantidade de razes;

    Mistura melhor o solo que oaivecas.

  • Grade Niveladora ou Destorroadora

    GRADES

    - Uniformizar o terreno e eliminar possveis ervas daninhas,finalizando o preparo.

  • ABERTURA DE SULCOS

    Espaamento: 0,9 a 1,2 m entre linhas.Sulcos: 30-35 cm profundidade (abrir na vspera doplantio).

    Subdividir a rea em talhes: para cada 30dias consumo (facilitar manejo, conformevariedade), fazer carreadores:

    Evita perdas totais em caso de incndio;

    No estraga brotaes.

  • CALAGEM Aumenta o pH,

    neutraliza Al3+, forneceCa2+ e Mg2+;

    Elevar sat. bases (V2) a 60%.

  • CALAGEM

    Aplicar o calcrioem rea total;

    Observar o PRNT, granulometria do calcrio,se calctico ou dolomtico.

  • FIGURA - Relao entre o pH do solo e a disponibilidadede nutrientes.Fonte: Adaptado de Malavolta et al. (1989).

    pH ideal para a cana-de-

    acar

    DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES

  • Ca2+ absoro K+

    (Inibio competitiva)

    LEI DO MNIMO:A produtividade limitada pelo nutriente queestiver em menor disponibilidade, mesmo que todos os outrosestejam em nvel timo .

    Princpio de Liebig

    DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES

    Excesso de alguns nutrientestambm prejudicial.

  • Ca2+

    CaSO4 2H2O

    Mg2+

    Al3+

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    SO4 2-

    Ca2+

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    Mg2+

    Ca2+

    CaCO3 + MgCO3

    CALCRIO GESSO AGRCOLA

    Mg2+ Ca2+

    Perfil do solo.

    0-40 cm

    GESSAGEM

    OBS: O calcrio pouco mvel no solo.

  • Maior desenvolvimento do sistema radicular:Resistncia seca e veranicos;

    Melhor distribuio de razes, absoro denutrientes e longevidade;

    GESSAGEM

    Quando aplicar gesso: Ca2+ < 0,4 cmolc dm-3 Al3+ > 0,5 cmolc dm-3 Sat. Al3+ (m) > 30%

    Camada 20-40 cm

  • MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO

    Calagem;

    Gessagem;

    Adubao verde: gramnea x leguminosas;

    Adubao orgnica;

    Adubao mineral6 a 8 anos

    Ciclo da

    cana

  • PLANTIO

    poca no Centro-Sul do Brasil:Cana de ano: set./out.

    Baixa produtividade;

    Assoreamento de sulcos;

    Cana de ano e meio: jan./mar. (maisrecomendado);

    Consumo de cana: 10 a 12 t/ha

  • SELEO DA CANA PARA PLANTIO Mudas de 10 a 12 meses de

    idade (sadias, vigorosas,colmos grossos);

    preferencial a parte mdiado colmo: eliminar o p dacana (parte endurecida);

    Ponta da cana (emite muitasbrotaes);Desvantagem: contm poucas

    reservas;

  • Disposio dos colmos no sulco: cruzar semprea ponta de um colmo com o p de outro colmo (12gemas /m linear);

    Picar a cana em toletes de 3 gemas ou ns;

    PLANTIO

    No despalhar a cana com muita antecedncia;

  • ESQUEMA DE PLANTIO

  • PRINCIPAIS TRATOS CULTURAIS

    Adubaes decobertura (cana-planta e cana-soca);

    Manejo de plantasinfestantes:Capinas, cultivadores;Palhada da cana nas

    entrelinhas.

    Controle de pragas e doenas;

    Colheita: mecanizada ou manual, altura de corte.

  • ADUBAO NA CANA-DE-ACAR Conforme anlise de solo, teor de mat.

    orgnica;

    Adubao via solo:De plantio (orgnica ou qumica): aplicar no

    sulco, fornecer todo o P;

    Solos arenosos: parcelar N e K, em cobertura;

    Deficincia de micronutrientes (Cu2+, Zn2+, B):adubao foliar, rpida absoro.

  • ADUBAO DE PLANTIO

  • AVALIAO DO ESTADO NUTRICIONAL

    MTODOS Anlise Qumica de Solo

    Diagnose Visual

    Anlise Qumica Foliar

    Diagnosticar o canavial e identificar o nutriente em falta ouexcesso e corrigir as deficincias.

  • TABELA - Extrao e exportao demacronutrientes para produo de 100 ton. decolmos.

    Parte da planta

    N P K Ca Mg Skg/100 ton.

    Colmo 83 11 78 47 33 26Folhas 60 8 96 40 16 18Total 143 19 174 87 49 44

    Fonte: ORLANDO, 1993.

  • ANLISE QUMICA DE SOLO

    Amostragem Diviso do canavial em glebas homogneas;

    Profundidade;

    N de amostras simples;

    poca (anual, ps-corte)

  • DIAGNOSE VISUAL

    Quando o sintoma se manifesta, a produo podeestar comprometida;

    Dificuldades a nvel de campo: exige pessoalhabilitado;

    Sintomas (em folhas velhas e novas) varia com amobilidade do nutriente.

    Altamente mveis

    Mveis Parcialmente mveis

    Imveis

    N P S B K Cl Zn Ca Mg Cu Mn Fe Mo

    Mobilidade dos nutrientes nas plantas

  • - P

    DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

    Encurtamento de interndios no colmo da cana-de-acar.

  • - P

    DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

  • Efeito do P aplicado na linha de plantio sobre aproduo da cana de ano e cana-soca.

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    0 60 120 180 Doses de P O (kg/ha)

    Cana-planta Cana-soca

    Y=69,9+0,12X r=0,99**

    Y=61,3+0,058X r=0,65*

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    Fonte: KORNDORFER et al., 1997.

  • DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

    Sintoma de deficincia de potssio em folha decana-de-acar.

    - K

  • ANLISE QUMICA FOLIAR

    Mtodo mais eficiente;

    A folha o rgo escolhido (pode ser analisada a folha,bainha ou pedaos do colmo);

    Tipo de folha: evitar folhas muito velhas ou novas.

    MARTINEZ et al., 1999.

    poca: aos 4 e aos 8-9 meses de idade.

  • AMOSTRAGEM DE FOLHAS NA CANA-DE-ACAR

    Folha +3

    Folha +1

    Folha +2

    Amostrar 20 cm centrais da lmina foliar (excluir nervura principal).

    Posio na planta:folha +3

    3 folha de cima parabaixo em que ajuno da lminacom a bainha visvel.

  • PRAGAS NA CANA-DE-ACAR

    Adulto da broca da cana Ovo e larva da broca da cana

    Broca-da-cana (Diatraea saccharalis)

    Danos causados pela broca

    Medidas culturais:- Variedades resistentes;- Corte da cana o mais rentepossvel do solo;- Evitar plantas hospedeiras (arroz,milho, sorgo).

  • Formigas cortadeiras

    PRAGAS NA CANA-DE-ACARCupins

    Controle: inseticidas de longo poder residual (impede infestao), calagem.

    Destroem razes, a cana no sulco aps o plantio, as gemas,causando falhas na lavoura.

    Danos de at 10 t/ha ao ano.

  • Sintomas de ferrugem (Puccinia melanocephala) emfolha da cana-de-acar.

    DOENAS NA CANA-DE-ACAR

  • DOENAS NA CANA-DE-ACAR

    Sintomas de mancha anelar (Leptosphaeria sachari (A) ePhyllosticta sorghina (B)) em folhas da cana-de-acar.

    (A) (B)

  • DOENAS NA CANA-DE-ACAR

    Sintomas de podrido vermelha (Glomerella tucumanensis) emfolha da cana-de-acar.

    Controle: usar variedades resistentes e fazer controle da broca.

  • DOENAS NA CANA-DE-ACAREscaldadura (Xantomonas albilineans)

    Sintomas: duas estrias clorticas nas folhas, seca e morte de plantas.

    Transmisso: plantio de mudas doentes ou ferramentas de cortecontaminadas.

    Controle: variedades resistentes, mudas sadias, desinfeco do podo.

  • Podrido-abacaxi (Thielaviopsis paradoxa)

    DOENAS NA CANA-DE-ACAR

    Preveno: desinfeco do podo (lcool, formol), evitarmudas contaminadas (toletes atacados no brotam),colocao do tolete em profundidade adequada.

    Doena tpica dos toletes (fcilpenetrao do fungo).

  • Iniciar nas variedades de cana precoce, e porltimo, nas variedades tardias;

    COLHEITA

    Colheita manual:Baixo rendimento;

    Corte: rente ao solo(ferramentas afiadas);

    Retirar folhas secas da base da planta (melhorrebrota);

  • COLHEITA MANUAL

    Reduo de folhagem;

    Menor risco de animaispeonhentos;

    Facilita o acesso detrabalhadores aocanavial.

    Cana queimada

  • Aspectos negativos:Emisso de CO2 para a atmosfera;

    Prejudica o solo (matria orgnica);

    Trabalhadores expostos radiao solar,poeira e fuligem;

    COLHEITA MANUAL

  • COLHEITA MECANIZADA Expanso do setor de mquinas;

  • EVOLUO DA COLHEITA DE CANA CRUA

    Nota: Os valores de 2007 referem-se a rea colhida at o ms de agosto.Fonte: Centro de Tecnologia Canavieira CTC. Elaborao: Unica.

    25,9%27,5% 28,1%

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    40,2%

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    2003 2004 2005 2006 2007*

    So PauloCentro-Sul

  • Cortes altos (regulagens da mquina): menor longevidadedo canavial.

    Maior infestao de broca da cana-de-acar;

    Transporte: evitar trnsito de mquinas sobre as linhas deplantas. Usar os carreadores.

    Grandes reas;

    Usar variedades que tenhamdesfolha natural;

    Desvantagens: desemprego,danos soqueira.

    COLHEITA MECANIZADACana crua

  • OBRIGADO!

    E-mail: [email protected]