Upload
doandien
View
260
Download
8
Embed Size (px)
Citation preview
Treinamento de Resgate em Altura
Treinamento de Resgate em Altura
Macaé, RJ
Nome do Curso
Treinamento de Resgate em Altura
Nome do Arquivo
20150615 Apostila Treinamento de Resgate em Altura – PT – REV02
ÍNDICE
NORMAS E REGULAMENTOS ........................................................... 11 1.
DEFINIÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA – NR-35 ............................... 11 1.1.
NORMATIVAS PARA TRABALHO EM ALTURA ..................................... 11 1.2.
DEFINIÇÃO DE RESGATE EM ALTURA ............................................. 12 1.3.
EMERGÊNCIA E SALVAMENTO ........................................................ 12 1.4.
EMERGÊNCIA E TREINAMENTO ...................................................... 13 1.5.
OPERAÇÕES EM SALVAMENTOS ...................................................... 14 2.
PLANO DE RESPOSTA A INCIDENTES .............................................. 14 2.1.
RESGATE .................................................................................... 14 2.2.
Pirâmide da Sobrevivência ................................................... 14 2.2.1.
Pirâmide das Prioridades ..................................................... 15 2.2.2.
Análise de Risco x Benefício ................................................. 15 2.2.3.
Ações em Caso de Resgate ................................................... 16 2.2.4.
Funções do Resgatista ......................................................... 16 2.2.5.
Evolução da Resposta .......................................................... 17 2.2.6.
Organização do Resgate....................................................... 17 2.2.7.
TRAUMA DE SUSPENSÃO OU CHOQUE ORTOSTÁTICO ..................... 18 3.
SUSPENSÃO INERTE ..................................................................... 18 3.1.
FATOR DE QUEDA ........................................................................... 22 4.
ABSORÇÃO DE ENERGIA ............................................................... 22 4.1.
Absorvedor de Energia ......................................................... 23 4.1.1.
Zona Livre de Queda ............................................................ 24 4.1.2.
EQUIPAMENTOS PARA TRABALHO E RESGATE ................................ 25 5.
EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO ............................................... 25 5.1.
CINTOS DE SEGURANÇA ............................................................... 25 5.2.
EPI – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ........................... 26 5.3.
Capacetes ............................................................................ 27 5.3.1.
MOSQUETÕES ............................................................................. 28 5.4.
CONECTORES .............................................................................. 33 5.5.
SISTEMA DE REDUÇÃO DE ESFORÇO .............................................. 34 5.6.
TRIPÉS ....................................................................................... 35 5.7.
Tripés de Resgate ................................................................ 35 5.7.1.
Tripés de Trabalho ............................................................... 36 5.7.2.
SOFTWARE / MATERIAL TÊXTIL ..................................................... 37 5.8.
HARDWARE / MATERIAIS METÁLICOS............................................. 38 5.9.
Stop / Autoblocante ............................................................. 38 5.9.1.
Descensor / Autoblocante.................................................... 38 5.9.2.
Rescuecender ...................................................................... 39 5.9.3.
Basic / Ascender .................................................................. 39 5.9.4.
Polias ................................................................................... 40 5.9.5.
Distorcedor / Swivel ............................................................ 40 5.9.6.
Placas de Ancoragem ........................................................... 41 5.9.7.
Cintas de Ancoragem com Anéis “D” .................................... 42 5.9.8.
EQUIPAMENTOS DE RESGATE ..................................................... 43 5.10.
Maca Envelope ................................................................... 43 5.10.1.
Maca Rígida ....................................................................... 44 5.10.2.
Triângulo de resgate ou fraldão ......................................... 45 5.10.3.
Imobilizador de Coluna – INMO ......................................... 45 5.10.4.
Colares Cervicais ............................................................... 46 5.10.5.
Talas ................................................................................. 46 5.10.6.
ANCORAGENS ................................................................................. 47 6.
DISTRIBUIÇÃO DE FORÇA ............................................................. 47 6.1.
ÂNGULOS DE CARGAS .................................................................. 47 6.2.
ANCORAGEM “Y” .......................................................................... 48 6.3.
EQUALIZAÇÃO COM NÓS .............................................................. 49 6.4.
NÓS ........................................................................................... 51 6.5.
Cadeirinhas .......................................................................... 55 6.5.1.
REGRAS
REGRAS FALCK
Respeite todos os sinais de advertência, avisos de segurança e instruções;
Roupas soltas, jóias, piercings etc. não devem ser usados durante os
exercícios práticos;
Não é permitido o uso de camiseta sem manga, “shorts” ou mini-saias,
sendo obrigatório o uso de calças compridas e de calçados fechados;
Terão prioridade de acessar o refeitório, instrutores e assistentes;
Não transite pelas áreas de treinamento sem prévia autorização. Use o EPI
nas áreas recomendadas;
Os treinandos são responsáveis por seus valores. Armários com cadeado e
chaves estão disponíveis e será avisado quando devem ser usados. A FALCK
Safety Services não se responsabiliza por quaisquer perdas ou danos;
O fumo é prejudicial a saúde. Só é permitido fumar em áreas previamente
demarcadas;
Indivíduos considerados sob efeito do consumo de álcool ou drogas ilícitas
serão desligados do treinamento e reencaminhados ao seu empregador;
Durante as instruções telefones celulares devem ser desligados;
Aconselha-se que as mulheres não façam o uso de sapato de salto fino;
Não são permitidas brincadeiras inconvenientes, empurrões, discussões e
discriminação de qualquer natureza;
Os treinandos devem seguir instruções dos funcionários da FALCK durante
todo o tempo;
É responsabilidade de todo treinando assegurar a segurança do
treinamento dentro das melhores condições possíveis. Condições ou atos
inseguros devem ser informados imediatamente aos instrutores;
Fotografias, filmagens ou qualquer imagem de propriedade da empresa,
somente poderá ser obtida com prévia autorização;
Gestantes não poderão realizar os treinamentos devido aos exercícios
práticos;
Se, por motivo de força maior, for necessário ausentar-se durante o
período de treinamento, solicite o formulário específico para autorização de saída.
Seu período de ausência será informado ao seu empregador e se extrapolar o
limite de 10% da carga horária da Disciplina, será motivo para desligamento;
A Falck Safety Services garante a segurança do transporte dos treinandos
durante a permanência na Empresa em veículos por ela designados, não podendo
ser responsabilizada em caso de transporte em veículo particular;
Os Certificados/Carteiras serão entregues à Empresa contratante. A
entrega ao portador somente mediante prévia autorização da Empresa
contratante. Alunos particulares deverão aguardar o resultado das Avaliações e,
quando aprovados, receberem a Carteira do Treinamento;
Pessoas que agirem em desacordo com essas regras ou que
intencionalmente subtraírem ou danificarem equipamentos serão
responsabilizadas e tomadas as providências que o caso venha a exigir.
DIRETRIZES GERAIS DO CURSO
Quanto à Estruturação do Curso
O candidato, no ato da matrícula, deverá apresentar à instituição que vai
ministrar o curso, cópia e o original (para verificação) ou cópia autenticada dos
seguintes comprovantes:
Atestado de boas condições de saúde física e mental;
RG e CPF originais.
Quanto à Frequência às Aulas
A frequência às aulas e atividades práticas são obrigatórias.
O aluno deverá obter o mínimo de 90% de frequência no total das aulas
ministradas no curso.
Para efeito das alíneas descritas acima, será considerada falta: o não
comparecimento às aulas, o atraso superior a 10 minutos em relação ao início de
qualquer atividade programada ou a saída não autorizada durante o seu
desenvolvimento.
Quanto à Aprovação no Curso
Será considerado aprovado o aluno que:
Obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis) em uma escala de 0 a
10 (zero a dez) na avaliação teórica e alcançar o conceito
satisfatório nas atividades práticas.
Tiver a frequência mínima exigida (90%).
Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será
considerado reprovado.
INTRODUÇÃO
A existência da necessidade de realizar trabalhos em altura, tanto em
unidades industriais terrestres como em unidades marítimas e demais
embarcações, representa um risco potencial para as empresas no que tange a
segurança dos seus empregados envolvidos neste tipo de atividades e nas áreas
próximas a locais onde acontecem estas atividades.
Estudos realizados pela NIOSH – National Institute for Occupational Safety
and Health demonstram que a cada ano ocorrem aproximadamente 67 acidentes
fatais em altura. Dados estatísticos da OSHA – Occupational Safety and Health
Administration revelam que cerca de 85% dos acidentes decorrentes deste tipo
de serviço poderiam ser evitados se os trabalhadores estivessem adequadamente
informados, preparados e bem treinados a respeito dos riscos por ele
enfrentados.No Brasil ainda não existem quaisquer dados estatísticos oficiais de
óbitos por acidentes em altura. Só sabemos que, infelizmente, eles acontecem.
Milhares de técnicos empregados em instalações terrestres, instalações
offshore ou em embarcações da indústria de Petróleo e Gás desenvolvem suas
atividades laborais nos trabalhos em altura, sejam essas atividades eventuais ou
permanentes. Estes profissionais devem estar conscientes dos riscos lá existentes
e treinados para desempenhar suas funções nesses locais, sejam elas de
planejamento, de assistência, reparos, inspeções ou até mesmo de resgates.
Quando nos deparamos com a necessidade de realizar um trabalho em altura
toda a equipe envolvida nestas atividades e nas adjacências daquele local deve
estar atenta quanto aos procedimentos de controle dos riscos de queda visando à
segurança da integridade física do trabalhador e a preservação das instalações de
trabalho. O desafio é realizar um serviço planejado e rigorosamente controlado,
em conformidade com os parâmetros estipulados pela NORMA
REGULAMENTADORA Nº 35 – TRABALHO EM ALTURA, do MTE - Ministério do
Trabalho e Emprego, sem que as operações da unidade (perfuração, exploração,
produção, etc.) não tenham a sua eficiência comprometida. Esse cuidado
obrigatório, se deve a forte ocorrência de acidentes fatais ou de consequências
irreversíveis aos trabalhadores causados por acidentes
OBJETIVOS DO CURSO
Todo procedimento em altura representa um trabalho potencialmente
perigoso, que requer além do planejamento e treinamento da equipe de trabalho,
a existência de um serviço de emergência e resgate organizado, treinado e à
disposição em tempo integral.
O presente treinamento encontra-se baseado na norma nacional NR-35,
nas normas técnicas NBRs ligadas a este tipo de atividade e também nas normas
norte-americanas NFPA 1670 e NFPA 1006.
Os objetivos deste treinamento são:
1. Apresentar um conjunto de definições, competências e procedimentos
organizacionais necessários para a composição de um serviço de emergência e
resgate em altura;
2. Apresentar procedimentos de segurança e proteção para os
resgatistas, uso e seleção correta dos equipamentos apropriados e de
estabilização e remoção de vítimas em altura.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 11
NORMAS E REGULAMENTOS 1.
DEFINIÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA – NR-35 1.1.
Segundo a NR 35, trabalho em
altura é toda atividade executada acima
de 2,00 m (dois metros) do nível inferior,
onde haja risco de queda.
NORMATIVAS PARA TRABALHO EM ALTURA 1.2.
A NR 18 especifica que: “O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser
utilizado em atividades a mais de 2,00m (dois metros) de altura do piso, nas
quais haja risco de queda do trabalhador. “
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), temos como
normas para trabalho em altura:
NBR 14626-2010 – Trava quedas deslizante guiado em linha flexível;
NBR 14627-2010 – Trava quedas deslizante guiado em linha rígida;
NBR 14268-2010 – Trava queda retrátil;
NBR 14269-2010 – Absorvedor de energia;
NBR 15834-2010 – Cinturão tipo abdominal e talabarte de segurança
para posicionamento e restrição;
NBR 15836-2010 – Cinturão tipo paraquedista;
NBR 15837-2010 – Conectores;
NBR 15475 – Acesso por corda- Qualificação e certificação de
pessoas;
NBR 15595 – Acesso por corda - Procedimento para aplicação de
método
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 12
DEFINIÇÃO DE RESGATE EM ALTURA 1.3.
Conjunto de ações desenvolvidas para
acessar, estabilizar e remover vítimas de
acidentes em locais elevados com
emprego de técnicas específicas
EMERGÊNCIA E SALVAMENTO 1.4.
Segundo NR 35:
Item 35.6.1: “O empregador deve disponibilizar equipe para
respostas em caso de emergências para trabalho em altura.”
Item 35.6.1.1: “A equipe pode ser própria, externa ou composta
pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em
função das características das atividades.”
Item 35.6.2: “O empregador deve assegurar que a equipe possua os
recursos necessários para as respostas a emergências”;
Item 35.6.3: “As ações de respostas às emergências que envolvam o
trabalho em altura devem constar do plano de emergência da
empresa”;
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 13
EMERGÊNCIA E TREINAMENTO 1.5.
Item 35.6.4: “As pessoas responsáveis
pela execução das medidas de salvamento
devem estar capacitadas a executar o resgate,
prestar primeiros socorros e possuir aptidão
física e mental compatível com a atividade a
desempenhar.”
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 14
OPERAÇÕES EM SALVAMENTOS 2.
PLANO DE RESPOSTA A INCIDENTES 2.1.
Procedimentos escritos, incluindo procedimentos operacionais padrões
para o gerenciar uma resposta a emergência.
(NFPA 1670, 3.3.64).
RESGATE 2.2.
Nas operações de resgate é importante que a equipe esteja atenta a
segurança individual e coletiva, pois, é importante que resgatista e vítima
cheguem com segurança em local estável.
Atendendo as prioridades a seguir
Pirâmide da Sobrevivência 2.2.1.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 15
Pirâmide das Prioridades 2.2.2.
Análise de Risco x Benefício 2.2.3.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 16
Dentro de uma avaliação risco x benefício é importante definir:
Nível de consciência da vítima;
Solicitação de apoio a profissional de saúde;
Movimentação da vítima para local seguro (com ou sem maca);
Necessidade de RCP ou posição de recuperação.
Ações em Caso de Resgate 2.2.4.
As ações a serem desencadeadas em caso de acionamento da equipe de
resgate são:
Avaliar o cenário
Definir o meio de acesso mais simples e seguro;
Acessar
Examinar e estabilizar a vítima;
Conduzir a vítima para local seguro.
Funções do Resgatista 2.2.5.
Realiza uma análise de risco
completa;
Opera dentro dos limites do
equipamento e de
treinamento;
Estabelece comunicação;
Estabelece um sistema para
auto-resgate;
Trabalho em equipe é
essencial!
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 17
Evolução da Resposta 2.2.6.
Organização do Resgate 2.2.7.
Identificar as competências dentro da equipe;
Planejamento da operação (analise preliminar de riscos);
Segurança da equipe (avaliação de riscos contínua);
Protocolos operacionais (estabelecer/seguir);
Administrar os desafios físicos e psicológicos;
Identificar os perigos associados ao atendimento;
Determinar fatores / causas do acidente;
Seleção, montagem e uso seguro dos equipamentos;
Implantar um sistema de resposta de emergência.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 18
TRAUMA DE SUSPENSÃO OU CHOQUE ORTOSTÁTICO 3.
suspensão inerte
Definição, segundo NR-35: “situação em
que um trabalhador permanece suspenso pelo
sistema de segurança, até o momento do
socorro.”
O Trauma de suspensão, (síndrome orto-
estático, Sindrome do Arnes, Harness Hang
Syndrome) pode produzir-se, depois de estar
suspenso algum tempo, aproxidamente 10
minutos em estado imóvel, ou 45 minutos em movimento.
Para reduzir os riscos relacionados à suspensão
inerte, provocada por cintos de segurança, o
empregador deve implantar planos de emergência
para impedir a suspensão prolongada e realizar o
resgate e tratamento o mais rápido possível.
A necessidade de redução do tempo de
suspensão do trabalhador se faz necessária devido ao
risco de compressão dos
vasos sanguíneos ao nível
da coxa com possibilidade de causar trombose
venosa profunda e suas possíveis consequências.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 19
Fatores Que Reduzem a Possibilidade de Trauma De Suspensão
Controlar o tempo de trabalho em suspensão;
Correta colocação do cinto de segurança;
Utilizar superfícies como apoio e
descanso;
Nunca ficar estático;
Utilizar assentos tipo cadeirinha
quando disponível;
Dispositivos pós queda
Utilizar algum tipo de dispositivo ou
sistema de ABS;
Previsão de planos de resgate;
Possíveis Lesões Provocadas por Traumas da Suspensão
Hematomas;
Edemas;
Escoriações;
Lacerações;
Sangramentos
Fraturas ósseas
(expostas ou não);
Distensões musculares ou nas articulações;
Rompimentos de músculos;
Rompimentos de órgãos
(hemorragias internas);
Morte.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 20
Medidas a Serem Adotadas para Evitar a Piora do Estado da Vítima
Durante o Socorro
Baixar a vítima, mas jamais colocá-la deitada com as pernas
esticadas na horizontal, nem
mesmo em posição lateral de
segurança (PLS). Pois, o sangue
refluiria rapidamente e poderia
provocar-lhe uma parada cardíaca,
em segundos.
Deixar a vítima deitada de lado e
com as pernas dobradas;
Se possível retire o cinto ou afrouxe
as tiras (corte-o em último caso);
Verificar o pulso e a respiração;
Chame por socorro de profissional
da área (de preferência especializado);
Ao manter o acidentado sentado ou de pé o próprio corpo irá se
regular em, aproximadamente, 20 ou 30 minutos.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 21
JAMAIS COLOQUE A VÍTIMA EM POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS)
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 22
FATOR DE QUEDA 4.
Relação entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o
comprimento do equipamento que irá detê-lo
O cálculo do fator de queda é feito com a seguinte expressão:
Vejamos a figura abaixo, onde:
ABSORÇÃO DE ENERGIA 4.1.
35.5.3.3 - O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados
acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura
de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do
trabalhador colidir com estrutura inferior.
CT = Comprimento do Talabarte
HQ = Altura da Queda
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 23
Absorvedor de Energia 4.1.1.
Dispositivo destinado a reduzir o
impacto no corpo do trabalhador e sistema
de segurança durante a contenção da queda.
35.5.3.4 - É obrigatório o uso de
absorvedor de energia nas seguintes
situações:
Fator de queda for maior que 1;
Comprimento do talabarte for maior do que 0.9m
Considerando o valor da gravidade como 10m/s², calculamos o impacto que
nosso corppo sofrerá em uma queda com a função:
O nosso corpo resiste a até 1,250Kgf em uma queda.
Existem dois tipos de equipamentos usados em trabalho em altura:
Equipamentos estáticos:
são aqueles sem
absorção de energia
Equipamentos
dinâmicos: são aqueles
com absorção de energia
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 24
Uso Correto do Talabarte
Zona Livre de Queda 4.1.2.
ZLQ é distância mínima entre o ponto de ancoragem e o piso ou obstáculo
significativo.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 25
EQUIPAMENTOS PARA TRABALHO E RESGATE 5.
EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO 5.1.
Intrinsecamente seguros;
Certificados;
Considerar o uso de PPT e/ou laringofones.
CINTOS DE SEGURANÇA 5.2.
Segundo NR 35, item 35.5.3: “O cinto de
segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de
dispositivo para conexão em sistema de ancoragem.
(vide 34.6.3.3)”
Deve ter Certificado de
Aprovação (CA) – NR6, item 6.2 e
anexo 1-I);
Pode ser definido como
Classe 3 de acordo com a NFPA
1983.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 26
Posição de Suspensão Após uma Queda
Cinto tipo paraquedista básico. (Corpo completo) fixação dorsal;
Cinto multifunção, fixação, esternal (peitoral);
Baudrier (cadeirinha) mais o cinto peitoral, fixação ventral ou
esternal (fita).
EPI – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 5.3.
De acordo com NR35 os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que
apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda
devem ser inutilizados e descartados, exceto, quando sua restauração for
prevista em normas técnicas nacionais, ou, na sua ausência, normas
internacionais.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 27
Capacetes 5.3.1.
Características dos Capacetes
Capacetes sem viseira e com jugular especial
Capacetes com iluminação
Intrinsecamente seguro;
Capacete com iluminação própria;
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 28
Libera as mãos do resgatista.
MOSQUETÕES 5.4.
O mosquetão tem função de elo de ligação entre equipamento, ele é uma
peça metálica em forma de aro com um troço de abertura em mola a fim de se
proceder à fixação e fecho. Um mosquetão de segurança leva um dispositivo
rosqueado que não permite que se abra inadvertidamente.
Esquema de um Mosquetão
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 29
As Partes de um Mosquetão
Tipos e Formatos de Mosquetões
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 30
Tração
Os mosquetões são projetados para suportarem trações bidirecionais ao
longo da sua “espinha”, tracionados no sentido correto e com gatilho fechado,
eles oferecem o máximo de sua resistência
A ilustração abaixo considera uma resistência máxima de 24KN, sendo que
os modelos disponíveis no mercado brasileiro variam de 22 a 50 KN. Esses
valores ficam estampados no corpo dos mosquetões.
Observações:
Os mosquetões nunca devem sofrer
tensão em mais do que dois sentidos.
Os mosquetões não devem sofrer
tensões que não sejam ao longo da sua
espinha, como na ilustração abaixo.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 31
O próximo exemplo mostra que o
mosquetão com carga máxima de 24 KN, ao
sofrer tensão lateral não suporta mais do que
7 KN o que é perigoso. Os valores devem estar
amparados no corpo do mosquetão.
Com o gatilho aberto, o mosquetão tem
um resistência muito menor, por isso,
deve-se trabalhar com ele sempre
fechado e nunca abrí-lo quando estiver
sob tensão.
Forma Correta de Trabalhar
Para utilização em trabalhos em altura os mosquetões precisam ter uma
trava de segurança. Os modelos mais comuns possuem um anel com rosca, mas
existem também modelos com uma dupla trava ou trava automática.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 32
Formas Diferentes para Diferentes Utilizações
Obs: O nariz do mosquetão pode influenciar na velocidade de um resgate.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 33
CONECTORES 5.5.
Conectores muito resistentes que diferenciam-se dos mosquetões por não
ter gatilho de fechar, o seu sistema de fechamento e através de rosqueamento,
com aperto por chave;
Podem suportar cargas multidirecionais como um anel, a diferença dos
mosquetões que só podem resever carga pelo seu eixo longitudinal.
Tipos de Conectores – Maillon Rapide (Malha Rápida):
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 34
SISTEMA DE REDUÇÃO DE ESFORÇO 5.6.
Redução de esforço;
Sistemas montados;
Variações na instalação.
Avaliar relação: Vantagem mecânica x Velocidade de içamento
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 35
Sistemas Pré Montados
Redução de esforço;
Travamento automático;
Rapidez de instalação.
TRIPÉS 5.7.
Tripés de Resgate 5.7.1.
Versatilidade;
Menor peso;
Nao precisa de um local plano
(pode trabalhar como pau de
carga);
Altura maior, ideal pra uso com
macas;
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 36
Tripés de Trabalho 5.7.2.
Versatilidade;
Pode ser instavel;
Estrutura mais robusta e pesada;
Necessidade de um local plano.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 37
SOFTWARE / MATERIAL TÊXTIL 5.8.
Cordas e Cordeletes
A corda é o principal e mais importante equipamento na area vertical e de
resgate. As cordas KernMantle são divididas em duas partes:
Alma: Parte interna da corda, normalmente é
branca, feita com fios de material sintetico o
que confere as caraterísticas especificas de
cada marca ou modelo.
Capa: Parte externa da corda, geralmente é
colorida para que possa ser vista de longe e
serve como proteção da alma contra a
abrasão.
Feitas com fibras sintéticas, pois são muito mais leves e resistentes do que
as fibras naturais
A poliamida, o poliéster e o polipropileno são os materiais mais utilizados,
atualmente fabricam-se cordas muito finas (cordeletes) e fitas com "Kevlar" ou
"Dyneema".
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 38
HARDWARE / MATERIAIS METÁLICOS 5.9.
Stop / Autoblocante 5.9.1.
Descensor / Autoblocante 5.9.2.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 39
Rescuecender 5.9.3.
Eixo removivel para instalar ou retirar o bloqueador em qualquer
ponto da corda.
Para uma só corda de 9 a 13 mm de
diámetro.
Certificação: CE EN 567;
Peso: 250 g
Basic / Ascender 5.9.4.
Bloqueador de mão / Punho bloqueador
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 40
Polias 5.9.5.
Distorcedor / Swivel 5.9.6.
Desenvolvido para suportar a carga de uma pessoa.
(existem modelos para resgate – duas pessoas)
Carga de ruptura: 23 kn;
Peso: 95 g.
Certificação: CE
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 41
Placas de Ancoragem 5.9.7.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 42
Cintas de Ancoragem com Anéis “D” 5.9.8.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 43
EQUIPAMENTOS DE RESGATE 5.10.
Maca Envelope 5.10.1.
Usada em operações verticais
e horizontais;
Utilizada em emergências
químicas;
Útil em espaços confinados;
Transporte manual pelos
socorristas.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 44
Maca Rígida 5.10.2.
Podem acontecer dificuldades na movimentação;
O tamanho da vítima é um item a considerar.
Usada em operações verticais e horizontais;
E para transporte manual pelos socorristas.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 45
Triângulo de resgate ou fraldão 5.10.3.
Resgate rápido;
Não recomenda-se para o uso
conjugado com o KED.
Imobilizador de Coluna – INMO 5.10.4.
Resgate rápido;
Imobilizador (principalmente) da coluna
cervical;
PODE ser usado para içamento direto.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 46
Colares Cervicais 5.10.5.
Imobilizador cervical;
Imobilizadores de membros
superiores e inferiores.
Talas 5.10.6.
Imobilizadores de membros superiores e inferiores
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 47
ANCORAGENS 6.
DISTRIBUIÇÃO DE FORÇA 6.1.
ÂNGULOS DE CARGAS 6.2.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 48
ANCORAGEM “Y” 6.3.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 49
EQUALIZAÇÃO COM NÓS 6.4.
Há muitas variações e combinações possíveis ao usar cordas para juntar
pontos de ancoragem.
A seleção depende de:
Preferências pessoais;
Quantidade de corda disponível;
A distância em que os pontos de ancoragens se encontram
separados;
A grande gama de nós
A habilidade do usuario.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 50
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 51
NÓS 6.5.
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 52
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 53
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 54
Treinamento de Resgate em Altura
P á g i n a | 55
Cadeirinhas 6.5.1.
“Não importa o tamanho dos nossos obstáculos,
mas o tamanho da motivação que temos para superá-los.”
(Augusto Cury)