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Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL >>> DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • DIRECTOR MANUEL SANTA CRUZ DOMINGUES BASTO OLIVEIRA JÁ EM CIRCULAÇÃO TRÊS NOVOS AUTOCARROS A ARRIVA conta com mais três novos autocarros, já ao serviço: dois com 35 lugares e um com 55 lugares. Estas viaturas estão equipadas para garantir todo o conforto e segurança. Estes são, aliás, alguns dos pontos prioritários no Grupo ARRIVA – para tal a formação ocupa lugar de destaque e a manutenção dos autocarros é, também, levada ao pormenor, descubra como tudo se processa. >>> P.| 04-06 >>> P.| 07 Capital Europeia da Cultura LA FURA DELS BAUS >>> P.| 08-09 100 anos TITANIC >>> P.| 10-11 PAPA GREGÓRIO XIII O inventor do calendário contemporâneo >>> P.| 12 POLVO PAULO Chega ao SEA LIFE Porto >>> P.| 14-15 MÉCIA E JORGE SENA Na literatura e na vida com Amor >>> P.| 18 FESTAS ANTONINAS Em Vila Nova de Famalicão >>> P.| 19 OSTEOPOROSE Densitometria Óssea >>> P.| 20 ESPUMANTES BRANCOS LOW COST Para convívios perfeitos >>> P.| 21 Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz VILA NOVA DE FAMALICÃO PUB

TRÊS NOVOS AUTOCARROS

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Page 1: TRÊS NOVOS AUTOCARROS

Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL >>> DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • DIRECTOR MANUEL SANTA CRUZ DOMINGUES BASTO OLIVEIRA

JÁ EM CIRCULAÇÃO

TRÊS NOVOSAUTOCARROS

A ARRIVA conta com mais três novos autocarros, já ao serviço: dois com 35 lugares e um com 55 lugares. Estasviaturas estão equipadas para garantir todo o conforto e segurança. Estes são, aliás, alguns dos pontos prioritários noGrupo ARRIVA – para tal a formação ocupa lugar de destaque e a manutenção dos autocarros é, também, levada aopormenor, descubra como tudo se processa. >>> P.| 04-06

>>> P.| 07Capital Europeia da CulturaLA FURA DELS BAUS>>> P.| 08-09100 anosTITANIC>>> P.| 10-11

PAPA GREGÓRIO XIIIO inventor do calendário contemporâneo

>>> P.| 12

POLVO PAULOChega ao SEA LIFE Porto

>>> P.| 14-15

MÉCIA E JORGE SENANa literatura e na vida com Amor

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FESTAS ANTONINASEm Vila Nova de Famalicão

>>> P.| 19

OSTEOPOROSEDensitometria Óssea

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ESPUMANTES BRANCOSLOW COSTPara convívios perfeitos

>>> P.| 21Grupo Folclórico de S. Tiago da CruzVILA NOVA DEFAMALICÃO

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P | P | P | P | P | 2 <<< <<< <<< <<< <<< Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL

Vamosà PraiaEstamos na Primavera epor isso, os dias vãoficando maiores e maisquentes o que significa queo VAMOS À PRAIA está aregressar.A partir de 10 de Junho oserviço que nos leva àPóvoa de Varzim aí estaráde novo, com os autocarrosque lhe garantem o melhor“serviço de substituição” doseu automóvel. Semportagens, nemengarrafamentos, semdificuldade para estacionar,nem parques para pagar.

Devido ao crescimento em Portugal e em Espanha, aARRIVA decidiu reestruturar os seus negócios naPenínsula Ibérica e, no contexto dessa reestruturação,foi criada uma direção de negócios para Portugal.A nossa unidade de negócios - que é conhecida comoARRIVA Portugal – deixou assim de estar integrada,como esteve até agora, na direção de negóciosespanhola do Grupo.O Dr. António Correa de Sampaio, acumulando com asua função de Diretor Geral dos TST, foi nomeadoAdministrador Delegado dos negócios do Grupo Arrivano nosso País.Foi também criada a função de direção financeira paraos negócios em Portugal, função essa que foi assumidapela Senhora Dr.ª Rosário Fernandez, que tambémacumula com o cargo de Diretora Financeira dos TST.Devido a essa separação dos negócios do Norte dePortugal da região de negócios do grupo em Espanha ea sua integração na nova direção de negóciosportuguesa, tornou-se necessário que, por um lado,pessoas portuguesas que desenvolviam atividade emPortugal e em Espanha se dedicassem exclusivamenteaos negócios naquele País e, por isso, deixassem deser Gerentes nas empresas do Norte de Portugal, poroutro, gerou-se a necessidade de nomear novosGerentes para as empresas do universo ARRIVA

Nova estrutura de negócios da ARRIVA em Portugal

E novos Gerentesdas empresas da ARRIVA Portugal

VisitaHá dias, de uma forma que parece simbólica,apareceu nas nossas instalações um colega da TST,o Sr. Serrano, que veio lavar o autocarro e aproveitarpara fazer uma pequena reparação. Esta visitapermitiu uma imagem rara mas clara da famíliaARRIVA, em que temos ao mesmo tempo, a lado como TST, autocarros da ARRIVA, TUG e TUF.

>>> notícias○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Portugal, completando os respetivos Conselhos aojuntarem-se aos Gerentes Manuel Oliveira e ArmindoSalgado, que permaneceram.Desta forma, e dentro do espírito do grupo de daroportunidade e promover as carreiras profissionais dosseus colaboradores, o Eng. Carlos Costa e o Dr. BrunoLopes, dois jovens e promissores quadros da empresa,

foram convidados e passaram a integrar a Gerência dasempresas do universo Arriva Portugal (operações doNorte do País).O Arriva jornal aproveita esta oportunidade para desejara todos os empossados, tanto a nível nacional como anível dos negócios locais, os maiores êxitos nodesenvolvimento das suas novas e desafiantes tarefas.

Bruno Lopes e Carlos Costa António Correa de Sampaio e Rosário Fernandez

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Caro/a Leitor/a, Cliente e Amigo/a,

Esta edição do Arriva jornal é a primeira publicada após a reestruturação de gestão operada pelo grupo.No contexto dessa reestruturação foi criada uma Direção para Portugal, assumindo o meu colega dos TST, Dr. António Correa de Sampaio, aDirecção Geral dos negócios do Grupo ARRIVA no País, e sendo a Direcção Financeira assumida pela Senhora Dr.ª Rosário Fernandez,também dos TST.Não tendo consequências diretas na gestão do dia-a-dia da ARRIVA Portugal e das suas subsidiárias, a referida restruturação tem, noentanto, diversos impactos formais:

• A ARRIVA Portugal – esta subsidiária do grupo ARRIVA do Norte de Portugal – deixou de estar integrada na região operacional deEspanha.

• Como consequência, enquanto Administrador Delegado no Norte de Portugal, passo a reportar ao Dr. António Correa Sampaio, em vezde ao Eng. Tony Williamson, Diretor Geral da até agora sub-região Espanha e Norte de Portugal.

• O Eng. David Brown, que durante anos nos apoiou com resultados brilhantes na restruturação da rede operacional e na formação dejovens quadros da empresa, deixou de ser Gerente.

• O Dr. André Guardado, até agora Gerente e Diretor financeiro da ARRIVA Portugal, cargo que acumulava com a Direção Financeira deEspanha, deixou de ser Gerente e de ter qualquer atividade direta na ARRIVA Portugal.

• De igual forma o Eng. Alcides Barros, que é Diretor de engenharia em Espanha e era Gerente na ARRIVA Portugal, deixou também deser Gerente e de ter qualquer atividade direta em Portugal.

• Em consequência destas mudanças a Gerência das empresas foi alterada, juntando-se agora a mim e ao Senhor Armindo Salgado,que permanecemos, a Dr.ª Rosário Fernandez, o Eng. Carlos Costa (que acumula com as suas funções de direcção de operações eengenharia) e o Dr. Bruno Lopes, que passa a ser também Director Financeiro desta unidade de negócios.Às pessoas que deixaram de ter atividade na empresa o nosso agradecimento pelo que aqui fizeram e àquelas que agora ingressam nosquadros dirigentes os votos de boas vindas e o desejo do maior sucesso no desenvolvimento das suas actividades.Seguramente que o contributo dos vossos conhecimentos, do vosso trabalho e da vossa dedicação vai permitir que, conjuntamente com osbenefícios da nova estrutura da ARRIVA em Portugal, superiormente dirigida pelo Dr. António Correa de Sampaio, a empresa reforce aindamais o seu caminho de afirmação, consolidação de liderança e melhoria continua, que nos tem permitido poder tranquilamente fazerbalanços como o que mais adiante se segue.Há cerca de um ano escrevi no editorial correspondente ao desta edição o seguinte texto:“Os próximos anos vão ser muito duros!O rendimento disponível das pessoas vai baixar devido ao aumento de vários impostos; Inevitavelmente haverá muitas unidadeseconómicas/ empresas que não resistirão e serviços que deixarão de existir, gerando um aumento do número de desempregados e,consequentemente, das dificuldades das famílias”.Gostava de não ter tido razão!Mas o tempo decorreu, está passado cerca de um ano e, como todos hoje sabemos, a realidade veio confirmar o que então se antevia.Com efeito os impostos aumentaram, o rendimento das pessoas e famílias baixou, o investimento público e privado reduziram drasticamentee, como consequência de tudo isso, muitas empresas tiveram que proceder a profundas restruturações e outras não resistiram ao clima decontração económica encerrando atividade, gerando-se dessa forma mais desemprego que atingiu níveis muito elevados.Por outro lado orgulhamo-nos pelo facto de o tempo também ter demonstrado ser verdade o que abaixo transcrevo e que escrevia nomesmo editorial:“A política de responsabilidade social da ARRIVA Portugal, presente nas ações do nosso dia-a-dia, ajudou-nos sempre muito na hora deenfrentar e vencer todas as dificuldades com que ao longo da vida da empresa nos temos deparado e, por isso, estamos seguros que umavez mais vamos ser capazes de vencer neste contexto muito difícil.A Gestão da ARRIVA Portugal reafirma a determinação e o redobrado esforço no sentido de garantir estabilidade no emprego aos seuscolaboradores e a oferta de um cada dia melhor serviço para si; pode assim o/a caro/a Cliente, Leitor/a e Amigo/a contar com o nossototal empenhamento e estar tranquilo/a porque encontrará em nós um parceiro firme e seguro para, através da disponibilização dosnossos serviços de transportes num ambiente de estabilidade empresarial, o ajudar a encontrar alternativas para este difícil período quese avizinha e a encarar o futuro com esperança.”E, tal é verdade em todas as vertentes, vejamos:

• Contratamos nos últimos dois meses 26 novos motoristas;• Admitimos dois aprendizes de mecânica - jovens estudantes em estágio profissional curricular;• Demos início a um intensivo projeto de formação profissional, que decorrerá ao longo de todo ano;• Além do investimento a que já nos referimos no último jornal na aquisição este ano de 2012 de doze autocarros novos, sendo dois

deles de 35 lugares, fizemos também mais os seguintes investimentos:• Novo reforço da qualidade da frota através da incorporação de mais 9 autocarros transferidos do grupo. Sendo 5 desses

autocarros de setenta lugares sentados, com o investimento deste ano conseguimos ter agora um a oferta completa, com uma frota comlotações desde os 16 até aos setenta lugares sentados.

• Duas viaturas totalmente equipadas como “oficinas de assistência em estrada”, que nos vão permitir melhorar ainda a já de siexcelente qualidade da nossa manutenção de frota.

• Estamos a preparar uma oferta especial para o serviço de praia no Verão, que permita às famílias a mais económica forma de fazeremas suas férias de praia.Conseguimos tudo isto, neste clima de depressão porque, como nos comprometemos, não perdemos de vista a necessidade de um controlepermanente e cada vez mais apertado da gestão dos custos.Termino repetindo – porque nunca é demais fazê-lo – o desejo de que, chegado ao fim o ano de 2012, possamos dizer que há reaisperspetivas de um bem melhor futuro para o País e para as pessoas!E prometendo que, da nossa parte, tudo continuaremos a fazer para, dentro das nossas possibilidades, atuarmos positivamente e darmos onosso contributo para que o País atinja rapidamente um novo patamar de bem-estar dos seus Cidadãos.

Manuel Santa Cruz Oliveira(Presidente da Comissão Executiva da ARRIVA Portugal)

Editorial

INFORMAÇÃOOs textos publicados no ARRIVA Jornal

contemplam a utilização do novo acordoortográfico da língua portuguesa.

FICHA TÉCNICA

DIRETORManuel da Santa Cruz Basto Oliveira

COORDENADOR EDITORIALMarco António Lindo

[email protected]

GRAFISMO E PRÉ-IMPRESSÃOAlive Word Comunicação Unip. Lda

[email protected] | www.aw-passions.com220 167 542 | 969 105 600

DESIGNSusana Marvão

COLABORAM NESTA EDIÇÃOAlcino Monteiro

Fernanda TavaresMafalda RaínhoManuel Oliveira

Manuel SilvaMónica Lindo

Marco António LindoMaria Helena Duarte

FOTOGRAFIAMarco António Lindo

Jaime MachadoManuel Oliveira

Schutterstock / D.R.

PUBLICIDADET. 253 423 515 | 220 167 542

IMPRESSÃONaveprinter – Indústria Gráfica do Norte, S.A.

Inscrito no ICS com o nº 125134Depósito legal | 264746/07

Tiragem | 10 000 exemplaresPeriodicidade | Bimestral

Publicação Gratuita

PROPRIEDADE E EDIÇÃO

ARRIVA Portugal – Transportes Lda.Edifício ARRIVA, Rua das Arcas

4810-647 Pinheiro, Guimarães | PortugalTel. 253 423 500 | Fax. 253 423 519

[email protected]

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NOVOS AUTOCARROS JÁ AO SERVIÇO

FormaçãoHoje em dia, manutenção e formação são cada vez maisfundamentais para um melhor desempenho do serviçoregular numa empresa de transportes públicos depassageiros. Na ARRIVA estas são duas vertentes levadasmuito a sério.A formação tem hoje em dia duas formas. Uma é a interna,em que a formação é ministrada por quadros da empresa eque se destina fundamentalmente a atualização deprocedimentos ou introdução aos mesmos.Esta formação interna é, por exemplo, a que se dá a novosmotoristas antes destes entrarem ao serviço normal decondução. Matérias como saber trabalhar com modelosespecíficos de autocarros até procedimentos em caso desinistro são componentes desta formação.A nível mais restrito há até determinações sobre o que fazerem caso de emergência pública. A este nível estão definidasas ações a tomar nos casos mais diversos.Os atuais regulamentos legais obrigam a determinadasformações. A estas a ARRIVA adiciona outras que nos casosdos condutores permitem a estes prestar um melhorserviço aos clientes, numa forma mais extensa, à própriacomunidade.Estas formações são dadas por uma entidade exterior àempresa, a Logistel, que garante uma cuidada qualidadena formação. Esta empresa é duplamente reconhecida,pela ANTROP, a Associação dos Transportadores dePassageiros e pelo IMTT, o Instituto para a Mobilidade eTransportes.A formação é ministrada nas instalações da ARRIVA, emPinheiro, onde existem salas específicas equipadas comtodo o material necessário para as formações.Nem todas as formações são teóricas. Por essa razãovárias vezes estes grupos de formandos têm também aulaspráticas, quer na oficina quer diretamente em autocarros.As formações destinam-se a todos os funcionárioscobrindo todos os sectores de funcionamento. Obviamentenão encontrarão um funcionário do escritório na formaçãosobre manutenção de uma marca de caixas develocidades, mas encontrarão de todos os sectores a fazerhigiene e segurança no trabalho ou primeiros socorros.Muitas das formações que são dadas a motoristas marcamde uma forma muito significativa a qualidade do serviçoprestado por estes condutores aos clientes e àcomunidade.Entre algumas estão, por exemplo, o Inglês ou a

Sensibilidade para a Igualdade de Oportunidades. Noentanto, outras como as relativas a caixas de velocidade porcada uma das marcas existentes na empresa ou sobremanutenção do ar condicionado dos autocarros, sãomenos visíveis no exterior mas refletem-se na qualidade doserviço prestado.Quando se vive numa zona em que um cliente não faz umagrande utilização do transporte público, tudo isto é poucovisível, mas quando se compara o serviço com aquele quese encontra em outros locais o cliente mais atentoentenderá a missão de todo o conjunto de formações quesão ministradas aos colaboradores da ARRIVA bem comoos seus resultados práticos. •

Ainda durante o mês de Marçoentraram ao serviço mais três novosautocarros. Dois deles são de 35lugares reclináveis, estando ambosequipados com frigorífico. Obviamentetodos têm leitores de CD e DVDestando equipados com monitores dealta definição. Os autocarros Midi de35 lugares são de marca MAN,construídos na fábrica Irmãos Mota. Oterceiro destes autocarros é umCaetano CI200, Mercedes Benz de 55lugares. Em qualquer dos casos aescolha é a mecanicamente melhorpara o tipo de serviço a que sedestina. Por exemplo, no caso Midi,esta escolha permite que os porõessejam os de maior volume disponívelno mercado para este tipo de veículo.•

FORMAÇÕES A DECORRER• CAM e Formação Continua de Motoristas.• Transporte Coletivo Crianças e FormaçãoComplementar Transporte Coletivo Crianças.• Regulamentação Social e Utilização de Tacógrafos.• Condução Económica Ecológica e Defensiva.• Atualização Técnica de Motoristas.

• Primeiros Socorros.• Saúde Higiene e Segurança no Trabalho.• Inglês ou Sensibilidade para a Igualdade deOportunidades.• Só para a Oficina: caixas de velocidades automáticas, arCondicionado e Eletrónica.

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Várias vezes em conversas há pessoas atentas que me perguntam como funciona a manutenção. Interessante ofacto de que muitas das pessoas que mo questionam serem jovens. Também alguns entusiastas do transportepúblico mo perguntam e em algumas visitas que temos tido, aquilo que mais impressiona os visitantes é apreocupação com o meio ambiente, com os sistemas de tratamento de águas ou o aproveitamento de energiaeólica ou solar, e depois, a sequência na manutenção dos veículos.Podíamos aqui explicar passo a passo como tudo funciona, desde que no planeamento se decide a ordem derevisões a autocarros bem qual o tipo de cada uma. Para evitar isso, optamos por colocar um pequeno grupo deimagens onde em conjunto se descreve cada uma. Assim de uma forma não exaustiva permite-se numa descriçãoassociada ter uma ideia do que acontece.As imagens refletem meramente a intervenção feita num veículo ao longo de duas horas. A esta descriçãoacrescenta-se alguns detalhes de outros trabalhos em outros carros.Este apontamento, como referimos no início, mostrou apenas duas horas de uma vida de oficina, mas reflete o queem turnos diferentes acontece todos os dias e que permite que a frota seja genericamente reconhecida de umaforma positiva pelos clientes.•

Manutenção

No gabinete de trabalho dos responsáveis pela oficina,discutem-se alguns dos temas a tratar durante a tarde.De pé o mecânico, Sr. José Portela, recebe do Sr. ÁlvaroMacedo o pedido para retirar óleo a um autocarro dosTUG, para enviar para análise em laboratório.Entretanto, o Portela já havia antes consultado a pastado autocarro que irá inspecionar e que já está na oficina.Nesta pasta individual, tem além do historial do veículo,os relatórios escritos pelos motoristas a identificaravarias ou anomalias de funcionamento.

Nesta área da oficina o autocarro vai passar por umacuidada análise.Em primeiro lugar passa por todos os testes pela qualpassaria se fosse à inspeção regular, o conhecido IPO.Diversos testes permitem verificar desde a direção aosistema de travagem.Luzes e eletrónica em geral são verificadas passo apasso. Seguem-se as portas, com todos os sistemasassociados. Todo o interior é verificado de forma acertificar o funcionamento de todas as luzes ecampainhas. Aproveita-se também para verificar se todosos martelos de socorro estão no local correto e em bomestado. Desta vez também é necessário substituir doisautocolantes danificados, um de proibição de fumar eoutro do aviso “quebrar em caso de emergência”.

Sendo este autocarro específico um articulado, há ainda mais autocarro para ver. Uma das partes mais sensíveis averificar neste tipo de veículo é exatamente o conjunto mecânico que permite que ele se dobre ao meio. O própriofole tem que ser verificado para ver se não está danificado por uso.Vários componentes têm que ser verificados por baixo do autocarro. Na manutenção da ARRIVA não há “lado A” elado B”; tudo é lado A. Por isso todos os tubos, braçadeiras, e outros elementos mecânicos diversos sãoverificados, sendo para o efeito utilizados os instrumentos técnicos necessários.Enquanto se verifica o rasto e índice de desgaste dos pneus, há um técnico da empresa fornecedora dos pneusque verifica pressões e alguma irregularidade de nota.Níveis de lubrificantes e de líquido de refrigeração são verificados, sendo limpo o elemento que permite verificar onível do anticongelante. De seguida a verificação o nível de água nas baterias.Agora resta ver o especto geral da carroçaria. Sem dúvida que a beleza do autocarro é importante e, sabendo queos clientes gostam de ver os autocarros em bom estado, esta análise é importante. Claro que pequenos danospodem não ser tratados desta vez. O que é tratado, sem dúvida, é qualquer anomalia mecânica.

>>> MARCO ANTÓNIO LINDO

01 02

Neste caso foram identificadas cerca de 20pequenas anomalias. Desde de lâmpadas atéao ar condicionado, em que se verificou uma avaria nacompressão, tudo terá que ficar pronto em dois dias. Alista feita pelo Sr. Portela permite a cada um dossectores conferir a intervenção necessária a cada um.O chefe da oficina, o Sr. Antunes, faz uma verificação dafolha determinando a distribuição de trabalho e fazendoo registo informático.

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Para cada pequena anomalia de iluminação, há umacaixinha identificada neste carro. Desde um terminal debateria ou uma caixa de junção a todos os tipos delâmpadas usadas por todos os autocarros, aqui há detudo.

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Seguindo asindicações da folha deinspeção, o Sr. JoséFreitas limpa osbalaústres dosautocarros, enquantona outra ponta o Sr.Jerónimo Freitas tratada limpeza interiordos vidros.

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>>> tema de capa○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Inevitável no apoio ao tráfegoem circunstâncias anómalas, éo serviço de assistência queconta com duas novasunidades. Pelas suascaracterísticas, dedicaremos aestes veículos um artigo napróxima edição do Arriva Jornal.

Noutro dos autocarros está a proceder-se à limpeza dostubos de ar condicionado de forma a tirar sujidades e

humidade. Para aceder aos tubos é necessário abrir astampas que estão por cima dos assentos. Durante esse

procedimento aproveita-se também para substituiralguma lâmpada estragada.

Embora o Sr. António Oliveira seja pintor, acabou de reparardanos na traseira de um autocarro e depois de colocar

alguns “vinis”, ainda aproveitou para dar uma ajuda a umcolega da limpeza, colocando umas cortinas lavadas.

Mesmo ao lado, o Tiago Carvalho vai colocar os pneusnum autocarro em que acabou de fazer umarevisão completa ao sistema de travões.

Já dois dias depois, voltamos à garagem eencontramos de novo o autocarro que o Sr.

Portela tinha “vistoriado” pronto a ir para a ruaem “Experiência”.

A propósito de lâmpadas, é exatamente essa a razãopara abrir este painel num autocarro dos TUG, nestecaso para substituir uma lâmpada e aproveitar paralimpar o painel por dentro.

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>>> cultura○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

“Os corações fazem ouvir o seu batimento cada vez maisalto, revelando-se como um só coração e um sósentimento. Os corpos reconhecem-se em síncopes cadavez mais síncronas, revelando-se como um só corpo e umsó movimento. As aparências vêem-se desmentidascomo algo mais do que apenas isso mesmo,desvendando as máscaras que elas iludem. Uma cidadeé (só) uma cidade? Uma pessoa é (só) uma pessoa?Uma identidade é (só) uma identidade? E um cavalo, é oquê?”A incursão da companhia catalã La Fura dels Baus com oespectáculo intitulado “Berço de uma Nação” pelas ruas epraças de Guimarães, no passado dia 21 de Março quemarcou o arranque da segunda fase de programação daCapital Europeia da Cultura, foi apoteótica.Sessenta mil pessoas, segundo a organização, encheramas ruas e praças do centro histórico da cidade, paraassistir à demonstração multimédia que conjugou música,projecção de vídeo e iluminação nas fachadas do Largo doToural, uma técnica conhecida como “videomapping”. Foi amaior enchente de que há memória no Centro Histórico deGuimarães. Nas praças do Toural, São Tiago, Oliveira,Alameda São Dâmaso e nas ruas adjacentes não cabiauma agulha, com as pessoas a acotovelarem-se para vero espectáculo que marcou o início do “Tempo para Criar”da Capital Europeia da Cultura, e onde não faltou muitaimprevisibilidade e espectacularidade.Tudo começou no Largo do Toural, junto à muralha com ainscrição “Aqui Nasceu Portugal” e desenrolou-se noespaço público até ao Largo da Mumadona. O Largo doToural viu-se transformado num gigantesco teatro demarionetas, em que um homem e um cavalo gigante,suportados por gruas, circularam por entre a multidão, queno final já cantava em uníssono o hino “Guimarães allez”.Com o espectáculo coroado com fogo-de-artifício, La Furadels Baus pretendeu representar a Europa através damarioneta de um homem gigantesco, enquanto Portugalesteve simbolizado pelo cavalo, uma metáfora queculminou com o encontro entre os dois, em pleno centroda praça.A coreógrafa Clara Andermatt também preparou umespetáculo e no palco actuou o Rancho Folclórico da Casado Povo de Serzedelo e Macadame, não faltarammalabaristas, uma fanfarra, entre outros.O balanço foi positivo e os vimaranenses estavamvisivelmente felizes.De salientar que os La Fura dels Baús estarão deregresso a Guimarães no dia 24 de Junho para a aberturada terceira fase de programação da Capital Europeia daCultura, dia que coincide com o aniversário da Batalha deS. Mamede, ou seja, o dia UM de Portugal.•

La Fura dels BausCapital Europeia da Cultura: apoteótica!

>>> TEXTO: MARIA HELENA DUARTE | FOTOGRAFIA: JAIME MACHADO

La Fura dels BausÉ um grupo teatral catalão fundado em 1979,Barcelona, conhecido por seu teatro urbano e uso detécnicas incomuns, embaçando as fronteiras queseparam plateia e actor. La Fura dels Baus emcatalão significa “vermes dos esgotos”. Desdemeados dos anos 1990, La Fura dels Baus temdiversificado seus esforços criativos, focando emáreas de drama, teatro digital e teatro de rua,projectos de performance de teatro contemporâneo,ópera ou produzindo grandes eventos corporativos.La Fura produziu, por exemplo, a cerimónia deabertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 1992 emBarcelona, que foi transmitida e assistida ao vivo pormais de 500 milhões de espectadores.

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Muito se lê a propósito da tragédia do Titanic. Noentanto, o que se publica e chega à maior parte daspessoas vai sendo ao longo dos anos, de uma formagenérica, sempre mais ou menos o mesmo. Fala-se doafundamento, do iceberg e do filme onde o Di Caprio e aKate entram pela água dentro agarrados ao resto dobarco, mas pouco se conta além disso.Realmente o RMS Titanic fica tristemente para a históriacomo o protagonista um dos acidentes maisimpressionantes da marinha mercante de passageiros,havendo por isso outras histórias à volta do sucedidoque merecem referência.Dedicamos estas páginas aos cem anos do acidenteque levou ao seu afundamento abordando algumasfacetas de relevo, deixando obviamente muitas outraspor contar.Com quase 270 metros de comprimento, 28 metros delargura, dez andares de altura, uma tonelagem bruta de46.328 toneladas, e capacidade para 3547 pessoas,entre passageiros e tripulação, o Titanic na altura emque foi entregue, em 1912, à White Star Line, era o maiornavio na história da marinha mercante de passageiros.A White Star Line era uma das mais importantesempresas marítimas do mundo e, por isso mesmo,merece que a história comece por ela.Fundada em Liverpool em 1845 por John Pilkington eThrelfall Wilson, inicialmente dedicava-se ao fretamentode barcos a terceiros para serviços contratados. O riscoera obviamente menor e não obrigava ao investimentona construção de navios, aliás dificilmenteconseguiriam entidade que o financiasse.O objectivo da empresa era criar linhas,fundamentalmente para a América e Austrália, destinospreferidos de emigrantes de toda a Grã-Bretanha, aindamais numa altura em que se tinha acabado dedescobrir ouro na Austrália. Em registos, o fluxo depessoas que chegam a diversos portos australianosascende a quase meio milhão, entre 1850 e 1860,

Titanic: 100 Anos{Parte 1}

demonstrando bem a quantidade de pessoas queusavam esses serviços. Obviamente nesta época asviagens ainda eram feitas por veleiros e clipers.Era relativamente normal haver afundamentos mas averdade é que na White Star o Titanic não foi o primeironavio a afundar, na viagem inaugural, já que em 1856 oRMS Tayleur também naufragou na sua primeiraviagem. O Tayleur deixou Liverpool em 19 de Janeiro de1854 com 652 passageiros. Era comandado por JohnNoble, um inexperiente comandante de 29 anos. Atripulação era composta por 71 homens dos quaisapenas 37 eram marinheiros treinados. Muitos desseselementos apenas se tinham oferecido para trabalhar abordo de forma a fazerem a viajem sem pagar. Morrem380 passageiros. Na investigação descobre-se que emvez de rumarem a sul, por engano de navegação forampara oeste, tendo acabado por no meio de uma severatempestade e a chocar com rochedos na costa daIrlandaEm 1863 compra o seu primeiro navio a vapor, o SSRoyal Standard que, no entanto, não era tão rápido comoos tradicionais veleiros do tipo clipper. A sua primeiraviagem corre bem, com a excepção da morte docomandante. De regresso de Melbourne agora com umnovo mas experiente comandante rumam à América doSul de forma a contorná-la para então subir o Atlânticoem direcção à Europa. É nesta passagem entre Pacificoe o Atlântico que se vai dar o acidente que leva aoafundamento do navio; tinham batido num iceberg.Mesmo assim, devido à concorrência de outra grandecompanhia, a Cunard, acaba por falir em 1867; é o fimda primeira White Star, que irá renascer logo de seguidacom novos donos e mantendo o nome.A nova White Star cresce e, entretanto, compra quatronavios a vapor. Estes navios não são apenas movidospor uma máquina a carvão tendo também um conjuntode quatro mastros normais de um veleiro.Em 20 de Março de 1873 um deles, o RMS Atlantic, sai

com 952 pessoas das quais 852 são passageiros; odestino era Nova Iorque. Dez dias depois e assoladopor uma violentíssima tempestade, o comandantetemendo ficar sem motor por falta de combustível deciderumar a Halifax, no Canadá, para abastecer de carvão.Na noite de 31 o navio está quase 20 quilómetros forado seu curso acabando por embater em rochedos juntoà costa da Ilha de Meagher, na Nova Escócia. Estavamapenas a 50 metros da praia mas no meio datempestade os botes são arrancados, não se conseguenadar para a costa. Os 852 passageiros morrem e todaa tripulação de 100 salva-se.Mas a história da White Star continua com algunsincidentes relativamente habituais para a época. Assimpassam os anos até que vamos até uma época em quea White já cresceu tendo adquirido novos navios. Em1909 um deles é o The Republic que na época estavaequipado com o melhor em comunicações. Marconitinha instalado um sistema chamado de “MarconiWireless”. Era muito limitada a comunicação maspermitia, quanto mais não fosse, enviar por códigoMorse a sigla CQD “Come Quick, Danger”, que significaliteralmente venham ou socorro, perigo eminente.Nessa altura o famoso SOS ainda não se usava.Curiosamente SOS, “Save Our Souls”, vai ser usadopela primeira vez cinco anos depois no Titanic.O Republic tinha saído de Nova Iorque para Gibraltar. Namanhã de 23 de Janeiro, no meio de nevoeiro denso, éabalroado pelo The Florida tendo começado de imediatoa meter água, embora não afundasse. A mensagem“CQD” é transmitida pelo oficial de comunicações. Ospassageiros são salvos pelo The Florida e por outrosnavios que entretanto chegam ao local. O Republicainda flutua mas acaba for afundar doze horas depoisquando ia a reboque para Nova Iorque. O sistema rádiotinha sido fundamental para o trabalho de socorro emque só se registam seis vítimas.Nesta altura já a White Star estava a concluir asnegociações com os estaleiros da Harland and Wolffem Belfast na Irlanda do Norte para a construção de trêsnavios de grandes dimensões. Esta era uma questãoque tinha sido acordada num jantar do dia 10 de Junhode 1907 com Bruce Ismay, presidente da White StarLine.Os responsáveis pelo projeto são o Lorde William Pirrieque além de ser diretor do White Star também o era dosestaleiros, Thomas Andrews, arquiteto naval, que eraprojetista bem como gerente de construção da Harlandand Wolff, e Alexander Carlisle, o projetista chefe egerente geral do estaleiro.Estes três navios são classificados pela White Star comOlympic Class e a intenção é fazer frente à sua granderival a Cunard Line. O primeiro a ser lançado à água viráa ser em Junho de 1911, o RMS Olympic.O Olympic vai ter o seu primeiro acidente logo nosestaleiros quando quase afunda um rebocador depoisde o abalroar violentamente. O Comandante do Olympicjustifica-se dizendo que ainda não está habituado a umnavio tão grande. O navio fica com danos visíveis nocasco mas muito mais “amassado” fica em 20 deSetembro quando faz um grande rombo no cascodepois de colidir com o navio de guerra inglês HMSHawke. Ia a sair de Southampton e a viagem teve queser cancelada seguindo o navio para o estaleiro. OCapitão Smith tinha definitivamente passadodemasiadamente próximo do navio de guerra.Desta vez o comandante foi despedido mas o Olympicnão e por isso, agora a 24 de Fevereiro, atinge algo quelhe arranca um dos hélices. Na altura estava nosGrandes Bancos na Terranova conseguindo no entantochegar ao seu destino. Teve foi que regressar deseguida aos estaleiros para uma reparação de novesemanas. Deus sabe como o Olympic foi sobrevivendomesmo depois de quase chocar com terra em Junho de1912, de ter colidido violentamente com um navio deguerra norte-americano e em 1926 ao chegar a Nova

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Iorque no meio de nevoeiro, ter destruído o farol deNantucket matando nove homens.O terceiro navio desta classe a ser construído era oBritannic que originalmente se chamava Gigantic. Viria aser lançado ao mar em 26 de Fevereiro de 1914. Em1915 foi requisitado para transporte de tropas durante aPrimeira Grande Guerra. A 21 de Novembro 1916 sai deNápoles e cerca das 8 da manhã bate numa mina nocanal de Keo no mar Egeu. Quase todos a bordo seconseguem salvar usando os botes de salvação. Oúltimo a sair é o comandante, o capitão Barlett quequando deixa o navio para alcançar um dos botes já ofaz com a ponte submersa.A ordem de fabrico 401 da Harland & Wolff era aconstrução do Titanic que começou em 31 de Março e1909. Na altura em que entrou em serviço era o maiornavio de passageiros do mundo. Custou na época oequivalente a mil milhões de Euros.Já nos primeiros folhetos editados pela White Star logoa seguir à encomenda do navio, a empresa classificava-o com inafundável. Isto bem como a experientetripulação que iria ter tornava impensável umacontecimento tão trágico.É lançado à água em 31 de Maio de 1911 pelo meio-dia.Estavam presentes além de diversas figuras públicasonde se encontravam entre outros o Presidente daCâmara de Belfast, todo o pessoal do estaleiro bem comoda White Star e mais cerca de cem mil pessoas quetinham vindo assistir ao acontecimento. O navio vai fazeragora montagem de interiores que se concluem a 2 deFevereiro de 1912, seguindo o navio para provas de mar.Em Julho de 1911 a viagem inaugural do Titanic tinhasido marcada para 20 de Março de 1912 o que não vaiacontecer porque como entretanto o Olympic tinha vindoaos estaleiros para reparar do acidente com HMSHawke, a partida do Titanic foi adiada para 10 de Abril.Com o Capitão Bartlett nos comandos, o Titanic sai a 2de Abril para Southampton onde chegou ao nascer dodia 4. Começou nessa mesma manhã oaprovisionamento chegando, entretanto, a bordo a maiorparte dos seus tripulantes. No dia 9 o navio estavacompletamente pronto para entrar ao serviço. Na manhãseguinte, dia 10, o seu comandante, o Capitão EdwardJ. Smith, chega bem cedo.O Capitão Smith, em 35 anos ao serviço da White Star,nunca sofrera nenhum acidente de maior, sendoconsiderado o mais experiente da empresa. Tinha sidoalcunhado pelo “capitão dos ricos” já que era ele quemcomandava sempre os navios de luxo. No entanto, desta

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vez a sua missão era só fazer a ida e volta a Nova Iorquereformando-se de seguida.Nesse dia 10 entre as 9.30 e as 11 horas embarcaramos passageiros da segunda e da terceira classeseguindo-se os passageiros da primeira classe queentraram a partir das 11h30.O embarque é tão bem realizado que, precisamente aomeio-dia, as amarras do navio são largadas do cais 44do porto de Southampton.A força dos hélices é tanta que o navio SS New York queestava atracado a seguir rebenta as amarras e é porpouco que não embate no Titanic; rebocadores no localevitam o choque.O Titanic embora se tenha atrasado trinta minutos, rumapara Cherburgo em França para receber maispassageiros. Segue logo de seguida para Cobh naIrlanda; na época a cidade chamava-se Queenstown.Aqui não consegue encostar no cais por ser grandedemais sendo os passageiros e carga levados parabordo em botes. Nesse momento haviaconfirmadamente 2240 passageiros a bordo, e é comeles que ao fim da tarde do dia 11 segue viagem.A viagem segue normalmente como tantas outras quese efetuavam semanalmente. Com o passar dos dias otempo mantém-se calmo, embora a noite do domingo14 de Abril de 1912 estivesse especialmente fria no mardo norte, o que não é de admirar pelos ventospredominantes que se faziam sentir de norte e nordeste.Embora o céu estivesse limpo, não havia luar.Tal como hoje, já nesta época os navios não usavamrotas de uma forma indiscriminada e por isso as rotaseram sempre relativamente escolhidas.O Comandante Smith sabia pelas comunicações rádioque havia vários icebergs a flutuar na área e por issoopta por navegar mais a sul. Assim podia fazer a viagem

>>> MARCO ANTÓNIO LINDO

de uma forma mais segura já que trazia o navio àvelocidade máxima na tentativa de fazer a viagem emmenos um dia que o previsto. A ordem para vir a essavelocidade tinha-lhe sido dada pessoalmente por umdos passageiros do navio, Bruce Ismay, o Presidente daWhite Star, o mesmo que atrás referimos como tendoacordado a construção dos três navios da classeOlympia, entre as quais este. Mais tarde Bruce terá umahipótese de provar como era bonzinho ao expulsar umasenhora de um dos botes salva vidas de forma a salvar-se. Esse ato levou a que fosse banido pela sociedadebritânica tendo acabado por viver só o resto dos dias,morrendo nessa condição na sua mansão nosarredores de Londres.A primeira mensagem que tinham recebido no Titanic apropósito de icebergs tinha chegado cerca das 13h45,enviada do paquete Amerika da Hamburg America Line.Os operadores de comunicações do navio, Jack Phillipse Harold Bride, na realidade eram funcionários daempresa de telecomunicações Marconi, não percebiamde navegação marítima e estavam ali maisinteressados no envio de mensagens telegráficas dospassageiros.É bem claro em passagens da investigação do acidenteque os telegrafistas não estavam instruídos outreinados para enviarem mensagens para a ponte decomando do navio. Para saber da existência dosicebergues restava apenas a habilidade para doismarinheiros do Titanic que estavam num posto de vigiano mastro dianteiro do navio. A noite escura eespecialmente limpa, céu estrelado que se reflete nummar que estava calmo vai contribuir para a dificuldadeem conseguir ver ali no meio do mar um iceberg, cujobrilho possível na noite se pode confundir com o dasestrelas.Os telegrafistas estavam mesmo tão concentrados nasmensagens pagas pelos clientes que também nãoprestaram qualquer atenção à mensagem enviada donavio Mesaba.Cerca das 23h40 os vigias Frederick Fleet e ReginaldLee vêm nitidamente o iceberg tocando imediatamentea sineta três vezes. Estão a 640 quilómetros a sul daTerra Nova quando dão o aviso indicador do perigo.Mais cinquenta segundos e dar-se-á o acidente fatal.•

(Continua no próximo número)

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Dos princípios da Idade Moderna não tenho dúvida queo Papa que mais admiro é este a quem dedico estaslinhas. Falo de um rapaz que nasce em Bolonha a 7 deJaneiro de 1502. É batizado com o nome de UgoBoncompagni, sendo filho de um importante mercadorda época, Cristóvão Boncompagni, e de ÂngelaMarescalchi.Foi precisamente em Bolonha que cursou Direito,formando-se em 1530 em Direito Civil e ao mesmotempo em Direito Canónico. A sua qualidade leva a queseja convidado para professor logo no ano seguinte àformatura. Aceita o cargo que vai ocupar até 1539.Entrando no ano anterior pela mão do Papa Paulo IIIpara a Cúria Romana.Vivia com Maddalena Fulchini com quem teve um filhoem 8 de Maio de 1548, Giacomo Bomcompagni.Entretanto, em1555 vai integrar a comissão para aReforma Eclesiástica dedicando-se a partir daí emexclusivo à vida religiosa.Em 1558 é Bispo de Vestre e em 1565 ascende aCardeal de São Sistro, tendo sido na altura nomeadopelo Papa Pio IV.Foi Delegado Papal em Espanha e também Chefe daSecretaria dos Breves Pontifícios.Em 13 de Maio de 1572 é nomeado Papa num Conclaveconsensual que durou apenas dois dias; Papa GregórioXIII sucede a Pio V. Gregório XIII foi solenementecoroado pelo Cardeal Protodiácono Innocenzo del Montea 25 de Maio.Desde o princípio do seu Pontifício que se preocupaespecialmente com a aplicação em geral do Concilio deTrento criando também um plano de visitas periódicasàs dioceses do norte e centro de Itália.Gregório XIII que apoiou significativamente algumasOrdens, reconheceu a congregação do Oratório de SãoFilipe Neri e possibilitou a expansão de outras para forade Itália, estando entre estas os Franciscanos daOrdem dos Frades Menores Capuchinhos que, emconjunto com a Companhia de Jesus, virão a ser dasmais importantes a nível do desenvolvimento do ensino.Beneficia em especial esta última Ordem que acaba porlhe dedicar em nome a sua universidade; PontifíciaUniversidade Gregoriana. Autoriza, também, a reformadas Carmelitas Descalças, conforme os planos deSanta Teresa de Ávila.

GREGÓRIO XIIIGregório foi com efeito responsável por umdesenvolvimento inesperado do ensino ao criar emRoma um Colégio Inglês, um Arménio e outro Grego.Impulsionou a estudo de cleros de outra orientação,objetivamente o Oriental.O mais admirável é que tudo isto acontecefundamentalmente entre 1570 e 1580, numa época emque a comunicação era muito limitada.Como grande Católico, o Papa Gregório XIII não gostavanada da Rainha de Inglaterra, Isabel I, grande defensorae promotora da causa Anglicana, vulgo IgrejaProtestante.Como Papa, Gregório XIII conspirou em vão paradestronar a rainha Isabel I de Inglaterra, e enviou em1578 o capitão Thomas Stukeley para tentar abalar opoder da rainha. Se de alguma forma conseguissedestrona-la, conseguiria certamente abrir caminho parao fim dos protestantes. O capitão Thomas era filhoilegítimo de Henrique VIII, um mercenário que tinhacombatido nos mais diversos locais. Entretanto, quandojá tudo estava planeado, eis que o Rei D. Sebastião dePortugal lhe paga mais para ir até Alcácer Quibir;morrem lá os dois. Mesmo assim os planos foramconhecidos gerando um ainda maior afastamento entreRoma e o Reino de Inglaterra.A vontade de por qualquer meio converter os Ingleses aocatolicismo teve realmente um peso economicamentepesado. Os cofres do Vaticano ficaram bastantedebilitados e por isso Gregório XIII fez o que devia,lembrar a alguns senhores feudais que tinha sido aprópria Igreja a dar-lhes os terrenos que agora eramseus, por isso tinha chegado a altura de contribuírempara a causa de uma forma visível e não compequeníssimas contribuições, como era habitual atéesse momento.Mas as questões do protestantismo não se ficavam porInglaterra. Em França, o Reino de Carlos IX passa pormomentos complexos com lutas sangrentas entreambas facões religiosas, a maior parte delaspromovidas por outros que ambicionam a regência;algumas destas questões são familiares. Estas sãohistórias longas em que a aclamação efetiva do Rei nãoestava clara, a sua mãe literalmente patrocinava a lutapelo poder até que, entre 24 e 30 de Agosto, vaiacontecer em Paris aquilo que ficará conhecido para a

história como o Massacre de São Bartolomeu. OCatolicismo ganha nessa disputa e Gregório comemorao massacre com uma missa, mandando até cunharuma medalha comemorativa do Massacre.Uma das grandes preocupações de Gregório XIII é aevangelização das terras que vão sendo descobertas.Os seguidores de Santo Agostinho em conjunto comos Franciscanos vão criar uma Diocese em Manila em1579, enquanto a Jesuíta vai em missão para oJapão.Entretanto, o Papa Gregório XIII ficará tambémconhecido como o principal responsável pelareformulação do calendário que introduz em 24 deFevereiro de 1582 substituindo assim a anteriorcalendário, o Juliano. É ele que vai reestrutura-lolevando ao que usamos hoje em dia e que por isso éjustamente conhecido como Calendário Gregoriano.Por esta época acentuaram-se problemas devidos aosproventos esperados das contribuições que atrásreferimos. Algumas das terras dadas pelo Vaticanotinham-se perdido nas mãos de herdeiros ilegítimos, depessoas que a elas não tinham real direito de posse.Alguns desses senhores eram aristocratas quereagiram especialmente mal quando se levantou ahipótese de serem expropriados. Por isso reagirampromovendo distúrbios, pilhagens, os mais diversosdesacatos contra a Igreja, de forma a se escusarem dassuas devidas contribuições. Nos piores momentosviveram-se sangrentos motins que acabaram cominúmeros mortos.Gregório XIII irá morrer em 10 de Abril de 1585 sem queconseguisse que essas questões se resolvessem.Acaba sepultado na capela Gregoriana da basílica doVaticano.Vai-lhe suceder Sisto V que virá literalmente salvar aItália da situação herdada de Gregório XIII. Nomeia oCardeal Colonna para acabar definitivamente com asquadrilhas de bandidos que roubavam e matavam quernas cidades quer nas zonas mais rurais. Foi comColonna que ponte de Sant’Angelo se converteu numlocal de exposição de cabeças cortadas.Sisto virá a ser o Papa dos grandes tribunais daInquisição que já vinha tentando impulsionar desdeainda o tempo de Pio V, mas essa já é outra história,para outra altura.•

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Os mais antigos calendários existentes deste lado domundo, e que tiveram de alguma forma mais interligaçãocom a nossa vida, são o Hebreu e o Egípcio.Já nessa altura o tempo se aproximava do que usamoshoje em dia; quer num, quer noutro, o ano tinha 360 dias.O que se tentava na altura era equilibrar o ciclo dasestações com o lunar.O calendário Hebreu ou Judaico começa com a criaçãoda “neshamá”, espírito ou alma de Adão, o primeirohomem, há cerca de 5773 anos atrás.No caso do calendário dos Hebreus desconhece-se seestariam divididos em meses, enquanto no caso doegípcio é clara a existência de 12 meses, todos com 30dias, embora cada mês em vez de ser dividido emsemanas o fosse em grupos de dez dias.Como no Egipto tudo se regia mais ou menos à volta doRio Nilo, o ano tinha só três estações. Era a dasInundações, a das Sementeiras e a das Colheitas.Este calendário poderia ser muito eficaz para osEgípcios, para uma vida à volta de um rio que nascia numlocal que eles na altura nem imaginavam. Já os Hebreus,que não tinham Nilo nenhum, pensavam de uma formadiferente e por isso começaram a coordenar os cicloslunares com as aparentes variantes de clima. Entretanto,enquanto os Hebreus evoluem neste sentido, osEgípcios abdicam dos ciclos lunares ficando-se apenascom o das estações na fórmula deles, a das trêsestações. Procederam a novas tentativas de acerto, cercade 5000 anos antes de Cristo, criando então um ano com365 dias, divididos em 12 meses com 30 dias cada um,acertando o ano no último mês, acrescentando-lhe maiscinco dias. Como as horas também não batiam certo,atrasavam seis horas por ano, as estações começarama atrasar. Por isso é que quando os registos lhespermitem uma observação mais cuidada descobrem queentre 2783 e 1323 antes de Cristo, pelo calendário nãotinham passado 1461, mas na realidade apenas 1460anos. Nada foi feito nessa altura até que em 238 antesde Cristo tentam uma correção que acaba por não serautorizada pelos Sacerdotes. Incrivelmente só 25 anosantes do nascimento de Cristo é que o calendário Julianovai ser aceite.Os gregos tinham um ano calculado pelo ciclo lunar aoqual atribuíram 354 dias, divididos em 12 mesesalternadamente com 30 e 29 dias.No original calendário romano, o ano tinha 304 diasdivididos por 10 meses. Os nomes dos quatro primeirosmeses eram dedicados aos deuses, por isso Martius,Aprilis, Maius e Junius ou sejam, Marte, Apolo, Júpiter eJuno. Os restantes seis meses são ordenadosnumericamente de cinco a dez, Quintilis, Sextilis,September, October, November e December. Estacalendário teve diversos acertos, entre os quais, oCalendário de Romulo que vai levar a uma outrareformulação mais extensa a de Numa Pompílio, o qual,como os gregos, estabelece um ano com 12 meses,tendo em primeiro lugar o mês de Januarius, ficando emúltimo o mês de Februarius, mês este que em vez devariar entre os 29 e os 31 dias, tem apenas 27. Os onzeprimeiros até podiam ter todos 30 dias mas como osromanos eram supersticiosos em relação a dias pares,assim resolvia-se a questão. O que não estava resolvidoera o problema do acerto das estações com os meses,por isso vão tentar seguir o modo dos gregos com umsistema de calendário semi lunar em que ano sim, anonão, introduziam um mês extra para equilibrar o calendário

A Históriado Calendário

com um estranho mês que tinha só 22 ou 23 dias.A confusão era tanta que o começo do ano já estavaadiantado de três meses em relação ao ciclo dasestações. Havia que fazer algo sério para resolver esteproblema ainda mais porque interesses particulares oude políticos levavam a que os pontífices que geriam ocalendário o encurtassem ou alargassem conforme osseus amigos estavam ou não no poder.Júlio Cesar chega a Imperador e decide acabarradicalmente com estas confusões. Pede ajuda aofamoso astrónomo grego Sosígenes, para que o ajudassea criar uma solução. Estamos no ano 708 no calendárioRomano, embora ainda faltem 46 anos para o nascimentode Jesus Cristo. Para ajudar Sosígenes descobre queeste calendário está adiantado 67 dias em relação ao anonatural. Assim Júlio César manda adicionar a esse anodois meses, um de 33 dias, outro de 34 dias, entre osmeses de November e December. Desta forma o ano de708 passou a ter 445 dias. Este é o maior ano na históriados calendários e também não será ao acaso que éconhecido pelo nome de “Ano da Confusão”. Este nomede Ano da Confusão deve-se especialmente ao facto depor causa do tamanho dos domínios de Roma e à naturaldificuldade nas comunicações houvesse locais onde aordem para esse acerto foi recebida tão tarde que já tinhapassado o ano novo.De qualquer forma e corrigindo o possível, é no ano de709 que entra em efeito. O sistema implicava ciclos dequatro anos, com três comuns de 365 dias e um bissextode 366 dias, para acertar as quase seis horas que haviade diferença para o ano real. Este calendário é ochamado Juliano. Passa a haver meses de trinta dias eos romanos têm que se esquecer da superstição dosdias pares.No segundo triunvirato Romano, o Imperador MarcoAntónio consagra completamente o calendário Juliano ecomo forma de homenagem dá o seu nome ao sétimomês, Julius (Julho). Por amabilidade para com oimperador César Augusto, o senado determinarátambém que o oitavo mês passa a Augustus (Agosto).Para o mês dedicado a César Augusto não ter menosdias que o de Júlio César, retira-se um dia a Fevereiro eAgosto passa a ter 31 dias.Além de diversas matérias, incluindo comemorações,jogos, feiras, inúmeras questões passam a serreferenciadas no calendário, inclusive a vida, a morte eressurreição de Jesus Cristo.Na Ásia Menor os cristãos da celebravam a Páscoa cristãno dia da primeira Lua que começasse em Março,qualquer que fosse o dia da semana em que ocorresseessa data. Já no Ocidente celebravam-na no Domingoseguinte a esse dia. Esta diferença provocou acesas

discussões entre os dignatários dos Cristãos doOcidente e dos do Oriente. Decidiu-se então que aPáscoa passaria a ser celebrada por todos no Domingoseguinte à lua cheia que tivesse lugar no equinócio daPrimavera ou logo a seguir. Já que os cristãos tinham deguardar o descanso ao sétimo dia, a semana acabou porser adotada no calendário romano de forma asalvaguardar o Domingo.O calendário Juliano tinha agora o problema de não seraceite por todos os cristãos criando embaraços à Igrejafundamentalmente na questão da Páscoa. Por isso em1474, o Papa Sixto IV reconhece a necessidade de fazeruma reforma no calendário, pedindo a um famosoastrónomo alemão Juan Muller para fazer um estudo aeste propósito. Só que Muller morre dois anos depoissem concluir o trabalho. O Papa Sixto IV também morre eo seu sucessor, o Papa Pio IV, não consegue convencer oclero sobre a necessidade desta reforma. Apenas comGregório XIII vai haver um progresso que se devefundamentalmente a ser um homem especialmente cultoe à sua capacidade para impor a própria reforma.Gregório XIII nomeia então uma comissão, constituídapor diversos astrónomos e matemáticos de renome,entre os quais o célebre padre jesuíta Clavius, queestudara matemática em Coimbra com Pedro Nunes.Dos projetos apresentados vai ser escolhido o doastrónomo Luís Lílio que de imediato é comunicado amonarcas e príncipes, bispos e universidades de forma arecolher o máximo de opiniões a seu respeito;estávamos em 1578.Confirma-se finalmente o projeto de Lílio e em 24 deFevereiro de 1582 Gregório XIII expediu a bula InterGravíssimas, que estabelecia os pontos essenciais donovo calendário. Tinha nascido o calendário Gregoriano!Com este calendário o equinócio da Primavera firma-seem a 21 de Março recorrendo aos acertos necessários.Haverá ainda alguns acertos e correções já que porexemplo os anos bissextos só o seriam quando divididospor 400.A duração do ano gregoriano é, em média, de 365 dias, 5horas, 49 minutos e 12 segundos, isto é, tem atualmentemais 27 segundos que o ano real, uma diferença que aolongo do tempo representa um dia em cada 3000 anos.Apenas Portugal, a Espanha e a Itália aceitaram deimediato a entrada deste calendário ao qual os restantespaíses só com o tempo foram aderindo.Atualmente, o calendário gregoriano é de uso universal anível de relações internacionais embora alguns paísespor motivos religiosos ou culturais mantenham emparalelo os seus calendários tradicionais.Por exemplo para o Islão, o primeiro dia corresponde ao15 de Julho do ano 622 da era cristã.•

>>> MARCO ANTÓNIO LINDO

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O SEA LIFE Porto acaba de receber umpolvo perito em adivinhar resultados dejogos de futebol. Paulo é primo de Paul ofamoso polvo alemão que habitava numSEA LIFE alemão e que brilhou noMundial 2010, na África do Sul. Constaque este herdou as mesmascapacidades.Em Portugal, Paulo propõe-se adivinharos resultados de Portugal nos jogos doEuro 2012, a decorrer em Junho naPolónia e Ucrânia.Mais próximo do arranque doCampeonato Europeu de Futebol, o polvoPaulo será chamado a “entrar emcampo” e a pôr em prática os seus dotes.Nas vésperas de cada jogo da SeleçãoNacional, Paulo fará a previsão doresultado da partida que se aproxima.Relembre-se que, na fase de grupos,Portugal defronta a Alemanha (9 deJunho), Dinamarca (13 de Junho), eHolanda (17 de Junho).O polvo Paulo vem para o Porto noâmbito de uma exposição temporáriadesignada de “POLVOMANIA!”, uma

Paulo: a nova estrelajá está em Portugal!Polvo chega ao SEA LIFE PortoE promete adivinhar jogos de Portugal no Euro

exposição recheada de polvos das maisvariadas espécies e que estará patenteno espaço de lazer até ao final de 2012.A exposição convida os visitantes do SEALIFE a conhecer ao pormenor um dosmais inteligentes seres marinhos, umserzinho, que é basicamente ummúsculo em tamanho grande, é capaz detarefas tão complexas quanto desarrolhartampas de frascos, resolver labirintos,distinguir padrões e formas, apenasutilizando os seus tentáculos.Os polvos habitam todos os oceanos domundo, existindo cerca de 300 espéciesconhecidas, cujo tamanho pode variarentre os dois centímetros e os 23 metrosde comprimento.No SEA LIFE será possível descobrir ossegredos de uma grande variedade desubespécies deste animal. Os animaisde sangue azul, e detentores de trêscorações, podem ser visitados atéDezembro de 2012, entre as 10h00 e as18h00, de segunda a sexta-feira, e entreas 10h00 e as 19h00, aos fins-de-semana.•

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A iniciativa a realizar no dia 24 de Junho no âmbito daprogramação de Guimarães 2012 - Capital Europeia daCultura tem já as inscrições abertas e pelo quesabemos já há muitas. Esta é uma iniciativa que irá tercertamente uma enorme participação pelo que todos osque gostam de andar de bicicleta e amam Guimarãesdevem comparecer.“Conhecer Guimarães em Bicicleta” é um evento oficialde “Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura”promovido pela Associação de Ciclismo do Minho,Tempo Livre e Guimarães 2012, integrando a quartaedição do passeio “Dia Um de Portugal”, um Encontrode Bicicletas Antigas, uma prova da Taça de Portugal deTrial Bike e um circuito de bicicletas para crianças.A participação no Passeio Dia Um de Portugal é gratuitae aberta a todos os interessados, começando eterminando a actividade na alameda Alfredo Pimenta,depois de cumprido um percurso de cerca de 12,5quilómetros, a efetuar em ritmo de passeio e dedificuldade baixa, procurando-se assim incentivar aparticipação de todos os interessados,independentemente da idade e da condição física.A concentração para o Encontro de Bicicletas Antigasserá no Parque das Hortas, pelas 9.00 horas,deslocando-se depois os participantes em direção àalameda Alfredo Pimenta para a partida conjunta cercadas 10h30, com o passeio Dia Um de Portugal,efetuando os dois grupos um percurso inicial comum.Durante a tarde do dia 24 de Junho decorrerá naalameda Alfredo Pimenta uma prova da Taça de Portugalde Trial Bike e estarão disponíveis das 9h00 às 17h30circuitos de bicicletas para crianças.

PASSEIO DIA UM DE PORTUGALPretendendo incentivar a prática desportiva e assinalaruma importante data histórica, a Batalha de SãoMamede que aconteceu a 24 de Junho de 1128 e queviria a ser designada como “a primeira tardeportuguesa”, o Passeio Dia Um de Portugal temconfirmada a presença, além das dezenas departicipantes que já garantiram a sua inscrição, dos ex-ciclistas Alves Barbosa, Delmino Pereira, JoaquimAndrade e do ex-guarda-redes Palatsi.Alves Barbosa, primeiro português a correr o “Tour deFrance” em 1958, conquistando um impensável 10.ºlugar e vencendo o prémio revelação desse ano, é umafigura incontornável do ciclismo português, enquantoDelmino Pereira, vencedor do 14º Grande Prémio doMinho em ciclismo em1990, é atualmente Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo,

Conhecer GuimarãesEm Bicicleta

sendo também ele uma referência da modalidade.Joaquim Andrade, recordista de participações na Volta aPortugal em Bicicleta, é atualmente o presidente daAssociação Portuguesa de Ciclistas Profissionais eDiretor Desportivo da equipa de ciclismo Maia-BicicletasAndrade, sendo um dos mais completos e resistentesciclistas nacionais. O ex-guarda-redes Palatsirepresentou, entre outros, o Vitória Sport Clubegranjeando enorme simpatia e admiração no meio dosadeptos, em especial em Guimarães.Com início marcado para as 10h30, o Passeio deBicicleta “Dia Um de Portugal” começará e terminará naalameda Alfredo Pimenta, sendo o percurso (naextensão de 12,5 quilómetros, de dificuldade baixa)efetuado em ritmo de passeio.A organização promoverá atividades de animação,sorteios de diversos prémios e oferecerá lembranças,assim como o seguro desportivo aos participantes quenão o possuam.As inscrições para o Passeio “Dia Um de Portugal” sãolimitadas e devem ser formalizadas em www.acm.pt.

ENCONTRO DE BICICLETAS ANTIGASCom início às 9h30 no Parque das Hortas, osparticipantes no Encontro de Bicicletas Antigas deslocar-se-ão em direção à alameda Alfredo Pimenta para apartida conjunta às 10h30 com o passeio “Dia Um dePortugal”. Depois de um percurso inicial comum oEncontro de Bicicletas Antigas prosseguirá com umdesfile pelo centro histórico de Guimarães onde haverá

fotografias, abastecimento, entrega de lembranças ebênção das pasteleiras, seguindo-se um almoço naPenha marcado para as 13h30, no restaurante D. José.Fazem parte do programa diversas atividades deanimação. A entrega de prémios ocorrerá pelas15horas.As inscrições para o Encontro de Bicicletas Antigas têmo custo de 5 euros (sem almoço), 15 euros (comalmoço), 7,5 euros (menores até aos 10 anos) e de 15euros (almoço para os acompanhantes), devendo serefetuadas, até ao dia 18 de Junho, em www.acm.pt.

TRIAL BIKE E CIRCUITOSDE BICICLETAS PARA CRIANÇASOs melhores atletas nacionais de Trial Bike estarão emGuimarães na tarde do dia 24 de Junho para, naalameda Alfredo Pimenta, disputarem uma prova daTaça de Portugal.O Trial Bike é uma disciplina do ciclismo em que o factorprincipal é o equilíbrio e controlo da bicicleta emsituações extremas. O objetivo desta competição épassar com a bicicleta por um percurso difícil e comobstáculos sinalizados, situados dentro de “zonascontroladas” (secções), sem se poder tocar no solo comnenhuma parte do corpo e da bicicleta (excepto com ospneus), e dentro de um tempo estabelecido.Em simultâneo, entre as 9 às 17h30, a alameda AlfredoPimenta terá à disposição dos mais novos circuitos debicicletas “RadicalPark by Specialized” de utilizaçãogratuita.•

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Há quem na vida realize obras por si, que sãorelevantes do seu autor. Nesta pequena abordagem falode alguém que fez um trabalho extraordinário por outro,pelo seu amor em todo o seu espectro.Falo de Mécia de Sena que nasce em Leça da Palmeira,em 1920, irmã de Oscar Lopes e sobre quem escrevoaqui uma série de notas soltas com intuito de revelarligeiramente a vida que tem ao acompanhar o seu amorde toda a vida.Oscar Lopes, consagrado cronista e crítico literáriotorna-se amigo de Jorge de Sena em 1940, Jorge tinha21 anos e é num dos encontros com Óscar queconhece a irmã, Mécia, com a qual estabelece deimediato uma empatia.A Maria Mécia foi a eterna namorada de Jorge. Desde oprincípio de 1940, ano em que terá começado acorresponder-se com Jorge, que o conjunto de toda acorrespondência trocada entre ambos constituirá aforma mais simples de a entender, de entender ossentimentos muito específicos de ambos, bem como avida que tinham, o pensamento nas suas formas maispessoais, sendo também esta correspondênciareveladora de toda a vida de uma época.Um dos pontos mais significativos desta troca decorrespondência é aquela que acontece nos verões de1945, 46 e 47, durante as férias que Mécia passa emCarrazeda de Ansiães. Estes momentos são os cruciaispara a relação que virá a acontecer já que até aí apenasduas cartas tinham sido escritas, cartas de umconteúdo suficientemente marcantes paraestabelecerem um elo que jamais se desfará.Carrazeda marca geograficamente os maioresmomentos do namoro, em que os corações batemrazoavelmente mais forte e por isso ambas asbiografias lhe dão tanto valor. Sem descurar de algumaforma a obra de Jorge Sena, é certo que muito daquilo

Mécia

>>> MARCO ANTÓNIO LINDO>>> literatura○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Assim a família desloca-se para o Estados Unidosaproveitando o convite que Jorge havia recebido daUniversidade de Wisconsin para ensinar LiteraturaPortuguesa.Quando aconteceu em Portugal a revolução do 25 deAbril, Jorge quis regressar. No entanto não houve umaúnica universidade ou qualquer outra instituição culturalque o quisesse aceitar. Assim a vida da famíliacontinuou nos Estados Unidos até que Mécia fica viúva,em Junho de 1978. Jorge tinha morrido com um cancro.Depois da morte de Jorge de Sena, Mécia será aindamais a figura principal, agora neste capítulo que é a sua“pós” vida, já que foi responsável pela edição de quase190 obras.Sem dúvida, todo o esforço de Mécia terá como reflexoum bocado da forma de ser de Portugal na suanormalidade. Foi quase por favor que o nosso Paísaceitou o património, todo o legado que Mécia ofertou àNação.Em tudo, até nestes momentos, Mécia revelou-se maisque a simples mulher. É a companheira que sematerializa no trabalho de Jorge de Sena sendo a suaprópria continuidade depois da morte.•

que sabemos dela é o reflexo de todo o trabalho derecolha feito por Mécia, não só da sua correspondênciapessoal, mas também daquela que o que foi o seumarido, Jorge, troca com outros amigos de granderelevo na esfera cultural da época.Em 1949 Mécia casa com Jorge, casamento esse que afará mãe nove vezes embora que duas dessas vezes jáno Brasil.Jorge trabalhava na Junta Autónoma da Estradas ondeera engenheiro. O salário sendo razoável não deixava deser curto para alimentar tantas bocas. Por issotrabalhava mais no serviço, fazia umas horascolaborando com diversas editoras prestando desde deapoios à direção literária de algumas até na produçãode traduções, a revisões de texto. Fica por isso commenos tempo para a investigação e escrita.A política vai levar ao exílio do seu marido para o Brasilem 1959. Acompanha-o e ajuda-o em todo o trabalholiterário que agora pode desenvolver de uma forma maislivre. Vivem então em Araraquara, no Estado de SãoPaulo, onde Jorge é professor universitário. A vida irá denovo sofrer uma volta quando a ditadura militar seinstala no Brasil em 1964.

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É a 2 de Novembro de 1919 que, em Lisboa, nasce JorgeCândido de Sena. Filho de pais vindos de duas famíliasabastadas, faz a sua instrução primária e os primeirosanos do liceu no Colégio Vasco da Gama, concluindo maistarde os estudos universitários no Liceu Camões.Desde cedo, Jorge teve um grande gosto pela leitura,poesia e música, embora tenha sido Engenharia Civil ocurso que tirou entre a Faculdade de Ciências de Lisboa ea de Engenharia do Porto. Apesar de não se teridentificado com o curso, o prazer de escrever estevesempre presente e, em 1940, sob o pseudónimo de Telesde Abreu, publicou os seus primeiros poemas na revistaCadernos de Poesia, dirigida por Ruy Cinatti e José Blancde Portugal, amigos que o ajudaram financeiramente atirar o curso de Engenharia Civil. Dois anos depois publicafinalmente o seu primeiro livro de poemas Perseguiçãoque lhe valeu algumas críticas.Em 1944 começa a namorar com Maria Mécia de FreitasLopes, com quem, cinco anos mais tarde, se casa e comquem tem nove filhos. Mécia foi alguém que esteveincondicionalmente ao seu lado, apoiando Jorge em todaa sua carreira e nas suas mudanças de vida.Em 1946 escreve o seu segundo livro de poemas Coroada Terra. Em 1947 Sena inicia então a sua carreira deengenheiro, na Direcção Geral dos Serviços deUrbanização e, mais tarde, na Junta Autónoma dasEstradas (JAE) onde permanece até ao seu exíliovoluntário para o Brasil. Em 1951 escreve o seu primeirodrama O Indesejado. Durante todos estes anos, Senadedicou também muitos estudos a Fernando Pessoa esobretudo a Luís de Camões, sobre os quais editou váriaspublicações, ao longo dos anos.Em 1959, quando se muda então para o Brasil, é lá quecomeça a exercer atividades na área do ensino. Éconvidado para dar aulas de Teoria da Literatura, naFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, noestado de São Paulo. É nesse mesmo ano que publica oseu primeiro ensaio Da Poesia Portuguesa. Trabalhadorincansável, Jorge de Sena dedicou-se sempre,simultaneamente, à direção literária em editoras,traduções, revisão de textos… O que lhe roubava algumtempo precioso para a continuação da sua obra literária.Em 1961 passa a lecionar em Araraquara, também emSão Paulo, Literatura Portuguesa.A época salazarista no nosso país sempre atormentouSena, que considerava que éramos um país medíocre,

>>> MAFALDA RAÍNHO>>> literatura○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Jorgede Sena

mesquinho e dono de uma intriga no meio literário que ofrustravam completamente e é neste seguimento que, em1963, decide então adotar a nacionalidade brasileira.Dois anos depois muda-se para os Estados Unidos, ondecontinua a ser professor, desta feita, em Wisconsin. Em1970 transfere-se para a Universidade da Califórnia ondechefia os departamentos de Espanhol, Português e deLiteratura Comparada. Embora adorasse ensinar e detodos os laços criados com a Literatura e os seus alunos,nunca os seus registos nos dão conta de que Sena tenhasido feliz. Em 1974, quando se dá o 25 de Abril emPortugal, então aí a vontade de regressar definitivamente aPortugal é imensa. Ansioso por poder contribuir para aconstrução de uma democracia no nosso país, volta aPortugal, mas nenhuma universidade ou instituiçãocultural o convida para qualquer cargo, o que desilude, emmuito, o escritor. Assim Jorge de Sena retorna aosEstados Unidos, continuando a carreira construída atéentão. Em 1977 começa uma trilogia, Poemas, tendo umaedição publicada nesse ano e as outras duas no anoseguinte.É também no ano seguinte, de 1978, a 4 de Junho quemorre, vítima de cancro. Várias obras foram publicadaspostumamente. Dentro da poesia Visão Perpétua em1982, Dedicácias em 1999; dentro da prosa Génesis em1983 e o ensaio Fernando Pessoa & Cia. Heterónima em1982.A 11 de Setembro de 2009, os restos mortais de Sena sãotrasladados da Califórnia para Lisboa, para o cemitériodos Prazeres, após uma cerimónia fúnebre dehomenagem na Basílica da Estrela.Ainda que o nosso país quase nunca saiba acolher osseus grandes nomes da forma que estes merecem e dar-lhes o devido reconhecimento, Jorge Sena ficará semprecomo um português que singrou, que nos deixou umavasta obra e que foi, sem dúvida, um dos grandes nomesda poesia e do ensaísmo português, da segunda metadedo século XX.•

É Tarde, MuitoTarde da NoiteÉ tarde, muito tarde da noite,trabalhei hoje muito, tive de sair, falei com vária gente,voltei, ouço musica, estou terrivelmente cansado.Exactamente terrivelmente com a sua banalidadeé o que pode dar a medida do meu cansaço.Como estou cansado. De Ter trabalhado muito,ter feito um grande esforço para depoisinteressar-me por outras pessoasquando estou cansado demais para meinteressarem as pessoas.

É tarde, devia ter-me deitado mais cedo,há muito que devera estar a dormir.Mas estou acordado com o meu cansaçoe a ouvir música. Desfeito de cansaçoincapaz de pensar, incapaz de olhar,totalmente incapaz até de repousar á força decansaço. Um cansaço terrívelda vida, das pessoas, de mim, de tudo.E fumo cigarro após cigarro no desesperode estar tão cansado. E ouço música(por sinal a sonata para violino e pianode César Franck, e depois os Wesendonck Lieder)num puro cansaço de dissolver-mecomo Brunhilda ou como Isoldano que não aceitarei nuncal amor che muove il sole e l altre stelle.Nada há de comum entre esse amor de que estoucansado,e o outro que não ama, apenas queima e passa , ede cujadissolução no espaço e no tempo em que vivoestou mais cansado ainda. Dissolvam-se essasdamasque eram princesas ou valquírias, se preferem, noeterno.Eu estou cansado de não me dissolvercontinuamente em cada instante da vida,ou das pessoas, ou de mim, ou de tudo.Qu ai-je á faire de l eternel? I live here.Non abbiamo confusion. E aqui é quemorrerei danado de cansaço, como hoje estoutão terrivelmente cansado.

JORGE DE SENA

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>>> music by mokkz○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Há uns tempos o meu Papzz mandou-me uma série delinks do you tube com uns concertos, os The Night of theProms, uma cena inventada por uns putos belgas, o JanVan Esbroeck e o Jan Vereecke que em 1984 tiveram aideia de organizar um concerto para fazer umasmassas. Assim em Antuérpia, a 19 de Outubro de 1985,apresentam um concerto onde misturam a músicaclássica com o pop e o rock. 13.500 Espectadoresencheram o recinto daquele que é atualmente é o maiorespetáculo europeu em recinto fechado.Hoje estas séries de anuais de concertos passam pelaBélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Polónia tendoainda alguns especiais em França, Espanha, Suíça eLuxemburgo.Dos clips que o Papzz me enviou um dos que acheimais brutal foi um do Roger Hodgson a tocar FoolsOverture em França em 2004. Fools Overture foi escritopor ele próprio quando estava nos Supertramp. Nesteconcerto além da orquestra há outro pessoal ligado aorock a tocar com ele. Entre alguns que não faço amínima das ideias quem sejam, reconheci o John Milese o Trevor Murrell, todos uns “velhotes” mas que videsde miúda a tocarem com pessoal mais brutal ebrilhante do mundo da música.O John Miles é um dos ídolos do meu Papzz quando eramiúdo. Fiquei a saber isso porque um dia estava a ver aTina Turner e lá estava o John como diretor musical daTina. O meu Papzz aproveitou e deu uma daquelasexplicações que ele gosta de dar. Duas horas e meiadepois eu estava a dormir, odiava o John Miles e nuncamais queria ouvir falar de rock. Na verdade fiquei a sabermais que todas as pessoas que conheço. Esta é umahistória que se repete mais ou menos com o TrevorMurrell. Aí há a vantagem de eu ter um grupo de bateristasfavoritos e o Trevor é um deles, um personagem muitodiscreto que já foi baterista da Sade e dos Wham quedetesto, da Kim Wilde, da Des’ree, e do Joe Cocker, entreoutros. Se essa Mafalda que está aí noutra páginaqualquer a falar sobre o Jorge de Sena estivesse aqui, jáestava a dizer que Cocker é nome de cão.

Supertramp, Roger Hodgson,John Miles, Trevor Murrell...E outras histórias!

Estive ali a ver nos disquinhos do Papzz e encontrei doisálbuns dos Supertramp. “Crime of the Century” com uma etiqueta a dizer Radio City de Nova Iorque com o valore dez dólares norte americanos. O outro foi compradonum “Drugstore” em Lisboa. Crisis What Crisis com opreço de duzentos e dezasseis escudos e cinquentacentavos o que era de certeza caro para 1976, emborahoje seja pouco mais de um Euro.Os Supertramp que estavam classificados como umabanda de rock progressivo, começaram quando em

1969 um músico, o Rick Davies colocou um anúncio narevista Melody Maker a abrir inscrições para fazer umabanda de rock. Por trás disto estava a massa de ummilionário Holandês, o Stanley Miesegaes que achavaque a ideia podia resultar. Não ia resultar porque entre oprimeiro álbum lançado em Julho de 1970, que era umaporcaria, e Breakfast in America em 1979, vendem paraaí uns oitenta milhões de discos, mas como vosexplicarei mais à frente o holandês chateia-se.Na primeira formação, o Rick Davies junta-se ao teclista

John Miles

Supertramp

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>>> MÓNICA LINDO○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

verdadeiramente Hodgsiano, já que na versão deestúdio de Had a Dream, ele toca todos osinstrumentos.Em 1985 caiu por uma escada abaixo, partiu os doispulsos e por isso aproveitou para não tocar pianodurante uns tempos.Durante anos participa em diversos projetos que nãome encantam particularmente. Entretanto em 2001depois de uma participação All-Starr BandComeçou a compor com o ex Yes, Trevor Rabin e comRingo Star.Entretanto, é assim que finalmente em 2005 vamos darà The Night of the Proms. No mesmo ano tocou emconcerto pela primeira vez desde 1985, o ShepherdBush Empire em Londres, um espaço absolutamenteintimista logo ali duas estações de metro depois deNothing Hill.Em 30 de Outubro grande concerto de Fields of theNephilim no Empire; a não perder!Por causa da Night of the Proms já lá para trás falei doTrevor Murrell, o baterista, e do John Miles, famoso porcausa de um tema chamado Music, a quem nunca ligueimuito até ter encontrado o nome dele associado ao PaulThompson um grande baterista de uma grande banda,os Roxy Music, a banda do pedante do Bryan Ferry.A primeira banda do John foi “The Influence” de ondesaiu para fazer o “John Miles Set” uma banda queformou mas que teve uma curta e insignificante história.Já a solo a história vai ser diferente. John é um músico

e guitarrista Roger Hodgson, a Richard Palmer,guitarrista que divide a parte vocal com Roger, e RobertMillar que além de precursão, também tocavaharmónica. Esta banda inicial chamava-se “Daddy”.Entretanto, já não me lembro quem, se o Rick ou oRoger leram o livro “The Autobiography of a Super-Tramp”, uma auto biografia do escritor William Davies,um poeta do País de Gales. O livro foi editado em 1908e provavelmente não seria conhecido se não fosse oprefácio escrito pelo famoso Bernard Shaw. Se isto nãofor assim batam na minha irmã que ela percebe tantode literatura que até perdeu quase cinco minutos aexplicar-me esta cena.Foi então por causa do livro que mudaram o nome dabanda para Supertramp, traduzido à baldex como oSuper Maltrapinho, Mendigo... Pedinte.Bem, mas então eles assinam com uma editora inglesaque se tinha acabado de lançar, a A&M, editora que virámais tarde a atrair nomes como Peter Frampton ouGentle Giant.O primeiro álbum, com o título Supertramp, sai em Julhode 1970 e embora ao contrário do habitual tenha sidobem recebido pela crítica, o público não gostou. É umfracasso que só se vai encontrar à venda na Europaimportado dos Estados Unidos; é que nem saiu naEuropa. O segundo disco, Indelibly Stamped passoupelo mesmo problema, exceto que a capa fosse maisatraente já que era um peito de rapariga ao vivo, semroupa nenhuma, com uma tatuagem gira em quenenhum homem reparava. Foi outro falhanço comercial,de tal forma que o Holandês chamou-lhes um montãode atrocidades e acabou por lhes cortar o patrocínio.O pessoal da banda abandonou-a exceto o RogerHodgson e é claro o seu “fundador”, o Rick Davies.Agora sem ter que dar contas a ninguém decidemmanter a banda recrutando novos membros. JohnHelliwell é o novo vocalista, Dougie Thomson é obaixista que também canta de vez em quando, o DaveWinthrop na flauta e saxofone, o Kevin Currie passa pelaprecursão e ainda temos o Frank Farrell no baixo. Unsentram e outros saem, mas a base mantêm-se comRick e Roger.Finalmente sai um álbum de jeito em 1974. Chama-seCrime of the Century com grandes temas comoDreamer ou School. Em 1975 sai o Crisis What Crisiscom um tema de abertura no lado dois muito giro, Lady.Mas Even in the Quietest Moments, com um tema quepara mim é verdadeiramente sinfónico, Fool’s Overture éo supra momento de Roger. Em 1979, sai Breakfast inAmerica que vai dar por si só, quatro singles.Chega-se a 1982 em que sai Famous Last Words. Esteálbum não virá a vender tão bem e sem ser por isso, oRoger Hogson abandona a banda no ano seguinte ehouve quem dissesse que era por falta de inspiração doRoger.Bem, se é por falta de inspiração, fogo! Só editou maisquatro álbuns de aceitável sucesso e um DVD ao vivo. Oque eu acho é que ele andava a ter conversas profundasna horizontal com a mulher do Rick e ao contrário dela,ele, Rick, não gostou e por isso o Roger lá teve que irembora antes que andasse tudo ao soco. Depoisoficialmente disse-se que era a mulher do Roger é quenão se dava com a mulher do Rick.Sem Roger os Supertramp seguem e ainda hoje tocame editam, embora que com uns intervalos. O primeirodisco sem Roger é Brother Where You Bound onde atécontam com a participação de David Guilmour.Em 2005 ainda houve uma tentativa falhada de fazeruma reconciliação com Roger Hogson, lança em 1984In The Eye of the Storm. Houve uns estúpidos quevieram logo afirmar que era um estilo copiado dosSupertramp. Embora os temas fossem todos assinadospelo Roger e pelo Rick, a verdade é que só School équer era dos dois, por isso é mais natural dizer queRoger Hodgson tinha um som muito parecido consigopróprio. O primeiro single do álbum é um tema

que compõe todos os temas de quatro álbuns que editaentre 1976 e 1980, Rebel, Stranger in the City, Zaragon eMore Miles per Hour.Toca a convite do Alan Parsons e do Eric Woolfson noAlan Parsons Project, uma banda que o tinhaimpressionado bastante desde o lançamento em 1975de Tales of Mystery and Imagination, uma composiçãoelectro sinfónica baseada em histórias do escritor EdgarAllan Poe.Embora a Tina Turner o tenha convidado para diretormusical da sua banda, função que desempenhoudesde 1987 até aos fins dos anos 90, John reparte oseu coração musical várias vezes com o rock sinfónico.É por isso que tenho que falar de Alan Parsons, umafusão invulgar, já que enquanto o Alan era um excelenteengenheiro de som e produtor de concertos, o Ericcantava, escrevia música sinfónica e era advogado. Paraalguns temas o Eric convidava outros intérpretes paracantarem. Um dia visitam a cidade de Barcelona ondenão podem deixar de ir à Sagrada Família. Alan e Ericficam tão maravilhados com tudo que imediatamentecompõem um álbum a que dão o nome de Gaudi.Gravam-no entre meados de 1985 e 1986. Um dostemas é precisamente La Sagrada Família, tema paraquem convidam John Miles para a vocalização.La Sagrada Família será um dos temas que John Milesirá cantar com o projeto Alan Parsons na segundaedição do Night of the Proms. Aliás, John Miles já desdeo primeiro Night que participou nessas séries deconcertos onde as bandas tocam temasacompanhados por uma orquestra. John à frente da suabanda de acompanhamento a Electric Band é conhecidocomo o Mister Proms.O John Miles participou como teclista no álbum NightCalls do Joe Cocker, onde reencontrou o Trevor Murrelltendo-o convidado a fazer parte da Electric band. OTrevor só a partir de 1994 é que passa a fazer parte daElectric Orchestra já que como eu já tinha dito, andavade baquetas por outras bandas.Outro dos membros da Electric que me apetece é oLaurie Anderson, que também tocou uns anos na bandade suporte da Tina Turner, parte do elenco como músicoconvidado em We Will Rock You, o musical que está háanos em Londres, e tendo tocado entre outros com EricClapton, Mick Jagger, Brian May, e Phill Collins...... Ups, já não cabe mais texto; xauzz.•

Roger Hodgson

Trevor Murrell

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A cidade de Vila Nova de Famalicão prepara-se parareviver as seculares festas em honra de Santo António,denominadas “Festas Antoninas”.Prova de Atletismo, desfile de automóveis antigos eclássicos, concertos no estádio municipal, desfilefolclórico, feira-popular, são, entre outras, as principaisatracões do vasto programa popular das festas dacidade e do concelho de Vila Nova de Famalicão, quecontam ainda com as rusgas, as fogueiras e o fogo-de-artifício. Os pontos altos do programa popular dasFestas Antoninas de 2012, acontecem no dia 8 à tarde,com as Marchas Antoninas das crianças e, no dia 9 ànoite, com as Marchas Populares, organizadas porassociações e instituições do concelho, que todos osanos atraem à cidade dezenas de milhar defamalicenses e forasteiros.As Festas Antoninas contam ainda com um ricoprograma de cariz religioso, no dia 13, feriado municipal,de que se destaca, durante a manhã, a Missa Solene,presidida pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. JorgeOrtiga, e a distribuição do “Pão de Santo António”. Pelas17 horas tem lugar a procissão em honra do padroeirodeste concelho, com representações alusivas à vida deSanto António, destacando-se o andor artisticamentedecorado e transportado numa viatura dos BombeirosVoluntários, com a imagem do santo. A tradição dasbandas filarmónicas também se mantém, com umconcerto antes e depois da procissão, na praça D. MariaII, mesmo na baixa da cidade.São ainda tradição as quadras populares alusivas àsmaiores festas populares de Vila Nova de Famalicão,que ajudam a decorar as montras dosestabelecimentos comerciais e, como esta é também aterra de Camilo Castelo Branco, não falta umacaminhada camiliana, em homenagem ao romancista.O culto a Santo António em Vila Nova de Famalicão émuito antigo. Há registos de que, na capela em honrade São Ivo, levantada no lugar da Granja, já em 1696,existia e se venerava a imagem de Santo António deLisboa e, desde então, até hoje tem sido festejado pormilhares e milhares de devotos.A referência às “festas de Santo António” remonta a1895, mas é em 1908 que, com a designação FestasAntoninas, “os famalicenses descem à rua, vindos detodas as partes do concelho, para se deliciarem com ovasto e colorido programa das festas” – lê-se numtrabalho publicado em 1986, na publicação “Páginas deVila Nova de Famalicão”.No mesmo trabalho, lê-se ainda que no “sábado, dia 13

De 8 a 13 de JunhoVila Nova de Famalicãovive as Festas Antoninas

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>>> ALCINO MONTEIRO

de Junho de 1908, uma estrondosa salva de 21 tirosanunciou o começo das festividades”. O programacontou com a participação das Bandas dos BombeirosVoluntários e dos Conceições e, segundo as crónicasdessa época, as iluminações “foram soberbas e de umefeito verdadeiramente belo (…) o fogo-de-artifício, acargo dos pirotécnicos de Viana do Castelo e deChavão, deslumbrou quantos o presenciaram”.Ao longo de mais de um século, as Festas Antoninas de

Vila Nova de Famalicão continuaram a deslumbrar,sempre com programas variados e atrativos, em que asmarchas antoninas, quer das crianças, quer dos adultoscriaram raízes e são hoje dos números maisapreciados.A cidade e o concelho de Vila Nova de Famalicãorevivem de 8 a 13 do próximo mês de Junho as suasfestas, para as quais deixam o convite, agradecendo,desde já, a sua visita e participação. •

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>>> P | >>> P | >>> P | >>> P | >>> P | 19Nº 027 >>> 2012 | MARÇO • ABRIL

>>> saúde○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A osteoporose é definida como uma doença doesqueleto caracterizada por uma diminuição da massaóssea e deterioração da arquitetura do tecido ósseo,com o consequente aumento da fragilidade do osso. Oreconhecimento desta situação é silenciosa eassintomática, a não ser que ocorra uma fratura, sendoa prevenção de fraturas o principal objetivo daterapêutica de osteoporose.As fraturas mais prevalentes são as do colo do fémur,vertebrais e do punho. A fratura do colo do fémur é amais importante pela sua mortalidade/morbilidade econsequências sócio económicas. As consequênciasdas diversas fraturas são graves.A osteoporose é considerada um dos maioresproblemas de saúde pública do nosso tempo. Aincidência das fraturas aumenta com a idade e é trêsvezes mais frequente na mulher do que no homem,devido ao menor pico de massa óssea na mulherquando jovem e a diminuição hormonal após amenopausa, fatores que levam a uma diminuição dadensidade mineral óssea.São considerados fatores de risco maior deosteoporose: idade superior a 65 anos; fratura vertebralprévia; fratura de fragilidade depois dos 40 anos;história de fratura da anca num dos progenitores;terapêutica corticoide sistémica com mais de 3 mesesde duração; menopausa precoce (<40 anos);hipogonadismo; hiperparatiroidismo primário.São considerados factores de risco menor: história dehipertiroidismo clínico; terapêutica crónica com anti-epiléticos; baixo aporte de cálcio na dieta; tabagismo;consumo excessivo de cafeína (> 2 chávenas por dia);consumo excessivo de bebidas alcoólicas; índice demassa corporal (IMC) inferior a 19 Kg/ m2; perda depeso superior a 10% relativamente ao peso do indivíduoaos 25 anos; terapêutica crónica com heparina;imobilização prolongada.

COMO DEFINIR A MASSA ÓSSEAA definição de diminuição de massa óssea é baseadano uso do índice de T-Scores, que mede o desviopadrão da densidade mineral óssea (DMO) e oconteúdo mineral ósseo, relativamente ao adulto jovem.É impossível separar claramente aquele que tem riscode fratura. Contudo o uso do “T-Scores” da densidademineral óssea (DMO) identifica a maioria dos doentescom risco de fratura osteoporótica.

Classificação de Osteoporosepela OMS sustentada no índice (T-Scores)

Critérios de diagnóstico ClassificaçãoTe”1 Normal-2.5<T<-1 OsteopéniaTe” -2.5 OsteoporoseTd” -2.5 + Fratura de fragilidade Osteoporose grave

A fragilidade do osso é difícil de definir e de quantificar. Aquantidade de osso é um dos fatores que condiciona asua qualidade e pode ser medida.A densidade óssea é avaliada através da DensitometriaÓsseaA Densitometria óssea deve ser pedia a:

• Mulheres com mais de 65 anos;• Homens com mais de 70 anos;• Homens/Mulheres que estejam a fazer terapêutica

com corticoides;• Homens/Mulheres que tenham sofrido uma fratura;• Sempre que existam fatores de risco significativos

ou fraturas de fragilidade (fraturas de baixo impacto);

>>> TEXTO: DR.ª FERNANDA TAVARES{MÉDICA GINECOLOGISTA/OBSTETRA, AMI - CASA DE SAÚDE DE GUIMARÃES E AMI - HOSPITAL PRIVADO DE GUIMARÃES}

Osteoporose/ Densitometria Óssea

• Quando se pretende avaliar a eficácia das medidaspreventivas ou terapêuticas.

LOCAIS A AVALIAR POR DENSITOMETRIAÓSSEAA densidade óssea pode ser avaliada em qualquerlocal, mas os que estão atualmente validados são:

• Coluna Vertebral;• Fémur Proximal;• Antebraço.

O objetivo principal da intervenção farmacológica é aprevenção de fraturas. Para o tratamento atempado éindispensável identificar corretamente os indivíduos emrisco.

PREVENÇÃO E TRATAMENTOVárias sociedades científicas elaboraramrecomendações para o tratamento da osteoporosebaseadas na densitometria óssea.

Sugere-se que o tratamento esta indicado:• Mulheres/homens com osteoporose (T-Score na

DMO inferior a -2.5);• Mulheres/homens com osteopenia (T-Score na DMO

entre -2.5 e-1.0) e com fatores de risco concomitantes.

A prevenção e tratamento não farmacológico consistemna manutenção ao longo da vida de hábitos e estilos devida saudáveis. Está demonstrado que o exercício físicoé importante:

• Na adolescência para otimizar a aquisição do picode massa óssea

• Os exercícios de carga ao longo da vida têm efeitospositivos sobre o osso;

• Em idade avançada o exercício melhora a forçamuscular e promove o equilíbrio;

• É importante a ingestão equilibrada de cálcio evitamina D, bem como exposição solar adequada;

• Para os idosos com risco de queda, a prevençãodas fraturas deve incluir a prevenção das quedas.•

A osteoporose é considerada umdos maiores problemas desaúde pública do nosso tempo.

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>>> vinhos & bebidas○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

>>> MANUEL SILVA, IN REVISTA PAIXÃO PELO VINHO

São vinhos para fazer festa todos os dias. Osespumantes nacionais são cada vez mais uma opçãointeligente para acompanhar uma refeiçãodespretensiosa ou para degustar um momento detranquilidade em boa companhia. O prazer inebriante deum espumoso está cada vez mais ao alcance de todasas bolsas. Boas notícias em tempos de crise.Por trás de um bom espumante está sempre um grandevinho base. Não é possível fazê-los de outra maneira. Osespumantes revelam todas as potencialidades das uvasque lhes deram origem e levam a experiência dadegustação mais além. Do Douro ao Alentejo, passandopelos Verdes, até aos incontornáveis Bairrada e Távora-Varosa surgem cada vez mais bons exemplos. Dão,Lisboa, e até mesmo o Algarve, pontuam com vinhoscada vez mais interessantes no preço, curiosos nascastas que laboram e obrigatórios pela qualidade queapresentam.

PRAZER ENTRE OS 4 E OS 10 EUROSPor menos de quatro/cinco euros é possível encontrarbons espumantes nas prateleiras de um supermercado.Abrindo um pouco mais os cordões à bolsa descobrimosverdadeiras preciosidades. Reservas e Super Reservas.Espumantes com anos de estágio em cave que nos sãoapresentados por menos de dez euros.Extremamente vivos, estes vinhos, são o produto devindimas temporãs. Os enólogos procuram em cadacasta o momento certo para obter acidez elevada ematurações precoces. As uvas são colhidas em regra 15dias a um mês antes do que seria aconselhado parafazer um vinho de mesa.A intensão é combinar frescura com um grau alcoólicoprovável, após a fermentação primária em cubas de inox,raramente superior a 11,5%.Os espumantes são vinhos muito trabalhados. O seumétodo de fabrico implica a indução de uma segundafermentação já em garrafa. Este processo eleva o teor deálcool em um grau a um grau e meio e produz gáscarbónico.São os cordões de bolhas deste gás natural queemprestam a principal característica a estes vinhosespeciais. Quanto mais finas elas se revelarem, e quantomais persistente for o cordão que formam no copo,melhor será o espumante.

VINHOS GASTRONÓMICOSEm França os Champanhes, que nestas coisas servemobrigatoriamente de termo de comparação, sempreforam os vinhos para a coroação dos reis. Talvez por issoassociemos o seu consumo, sobre tudo, às grandescomemorações.No entanto, se lhes reconhecemos qualidade superiordeveriam estar mais presentes nas nossas mesas. Nãohá nenhuma razão para que tal não aconteça.As suas características revelam muito mais vinhos derefeição perfeitos, do que compras para festa.Os espumantes harmonizam com mariscos, pratos decarne ligeiros, ou assados encorpados. São tambémincontornáveis para acompanhar grelhados de peixe ouas saladas dos dias quentes que este ano seanteciparam ao calendário das estações.Para cada tipo de espumante há sempre um momentoou um prato certos.

ESPUMANTES LOW COSTAs melhores opções para convívios perfeitos

BRANCOS SUPERIORESNo que toca as castas brancas os franceses limitam osseus Champanhes à Chardonnay. Por cá cada vez maisengarrafamos a riqueza e diversidade varietal do País. Osresultados têm-se revelado surpreendentes.Arinto, Malvasia Fina, Gouveio Real ou Avesso foram asprimeiras castas usadas para a vinificação deespumantes. Hoje em dia Encruzado, Códega, Antão Vaz,Maria Gomes, Alvarinho ou Síria são cada vez maiscomuns. Há muitos produtores a fazerem experiênciasbem-sucedidas com Bical, Verdelho ou a exótica Semillon,mais conhecida por ser a base dos melhores ColheitasTardias do mercado.Mas há mais para descobrir neste mundo dosespumantes por menos de dez euros - Os Blanc de Noir.

BRANCOS DE UVAS TINTASOs Blanc de Noir são vinhos espumantes descoloradosfeitos a partir de castas tintas. Muito mais volumosos queos brancos estão no topo da hierarquia. De uma coralambreada, são volúpia feita vinho.Apresentam aromas de cereja, frutos vermelhos, além dastradicionais notas de biscoito, fruta branca, compota depêra, e maçã.Em Champanhe, a eterna referência para todos osespumantes do mundo, são feitos tradicionalmente comuvas das castas Pinot Noir e Pinot Meunier.

Por cá fazemos espumantes deste tipo com asportuguesíssimas Touriga Franca, Touriga Nacional, TintaRoriz, Baga, Alfrocheiro, Castelão ou a menos conhecidaTrincadeira das Pratas uma casta ribatejana de aromas aervas frescas, limão e lima, com um elevado potencialpara este tipo de espumantes mais trabalhados.O resultado são vinhos surpreendentes que permitemguarda e deveriam ser presença constante na garrafeira, ena mesa, de qualquer enófilo.

UM PAÍS COM BOLHAMuitos produtores têm apostado na elaboração deespumantes de qualidade. As grandes casas como aMurganheira, as Caves Transmontanas, a Aliança ou acentenária Raposeira fazem destes vinhos um modo devida. Para quase todos os outros os espumantes são umproduto de nicho e de prestígio. Os volumes sãopequenos, às vezes quase laboratoriais, mas assumemcada vez maior importância nos portefólios de quase todosos produtores engarrafadores.Os espumantes nacionais são o resultado de um cada vezmais profundo conhecimento da vinha, da apostatecnológica nas adegas e no apuro dos conhecimentosdos enólogos – tudo razões de crescente orgulho nocaminho percorrido pelo setor vitivinícola nos últimosanos.É obrigatório provar o resultado. Atreva-se!•

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O sumo é uma das melhores formas de desfrutar detodos os nutrientes da fruta que, pois proporciona arápida uma absorção.A hidratação é um fator muito im-portante na saúde donosso corpo que ganha ainda mais destaque nestaaltura do ano, em que as temperatu-ras começam a sermais elevadas. A água é, por isso, essencial ao nossoorganismo, sendo também o principal componente dafruta. Assim, o consumo de sumos naturais é umaexcelente forma de hidratar o corpo e consumir umaenorme variedade de vitaminas e sais minerais.Podem fazer-se sumos de quase todos os frutos (e atélegumes), basta ter uma máquina adequada, istoporque os copos de batidos e as máquinas de cozinhanão são tão eficazes, a não ser que tenham umacessório próprio.As vitaminas antioxidantes que se encontram na frutaprotegem o corpo aos mais diversos níveis, sendoeficazes até para prevenir o cancro ou doençascardíacas. Apesar de todos os benefícios convémlembrar que ao transformar a fruta em sumo tambémestá a perder as fibras, razão pela qual também a devecomer.Escolha fruta da época, sempre fresca, não há limitespara a criatividade no que toca à preparação, o seugosto é que conta e a experimentação é fundamental.Depois de preparado o sumo deve ser bebido deimediato, pois depressa oxida e perde nutrientes.

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>>> MARIA HELENA DUARTE

Sumos naturais

QUINTA DO ENCONTROESPUMANTE BRANCO NATURAL BRUTOPreço: 3.90• | Vol.: 12%Castas: ARINTO, BICAL, BAGA.Enólogo: OSVALDO AMADOProdutor: DÃO SUL

COR: Citrina com ligeiros tonsalambreados, bolha muito fina epersistente, limpo.AROMA: Notória complexidade, nuancesde frutos frescos e notas tostadas bemintegradas, curioso.SABOR: Elegante, harmonioso, commusse cativante, frutado, terminapersistente.

QUINTA DO POÇO DO LOBOVEQPRD BAIRRADA ESPUMANTEBRANCO BRUTO 2007Preço: 6.99• | Vol.: 13%Castas: ARINTO, CHARDONNAYEnólogo: JOSÉ CARVALHEIRAProdutor: CAVES SÃO JOÃO

COR: Amarelo citrino, bolha fina e cordãopersistente, cristalino.AROMA: Elegante; notas de vegetal seco,feno, madeira exótica bem integrada,nuances de biscoito, ameixa branca,alperce, toque de mel.SABOR: Na boca confirma o aroma, émuito sedutor, tudo em equilíbrio,cremoso, encorpado, deixa um finalpersistente e apelativo.

QUINTA DOS ABIBESDOC BAIRRADA ESP. B. EXTRA BRUTO 2010Preço: 7.00• | Vol.: 12.5%Castas: ARINTO, BAGA.Enólogo: OSVALDO AMADOProdutor: QUINTA DOS ABIBES

COR: Alambreada atenuada, a lembrarBlanc de Noirs, bolha muito fina epersistente, cristalino.AROMA: Exuberante; intenso em cassis enuances de frutos vermelhos frescos,frutos citrinos aliam-se ao agradávelconjunto.SABOR: Frutado, fresco, excelentemusse, boa estrutura, deixa um finalprolongado e apelativo.

MARQUÊS DE MARIALVADOC BAIRRADA ESP. BRANCO BRUTO 2008Preço: 4.99• | Vol.: 12.5%Castas: BICAL, ARINTO.Enólogo: S/INFOProdutor: ADEGA COOP. DECANTANHEDE

COR: Citrino definido, bolha fina epersistente, limpo.AROMA: Frutos de polpa branca, citrinos,cereal tostado e avelã, estão emdestaque.SABOR: Boa complexidade, com mussecativante, conjunto harmonioso, terminalongo e persistente.

BENEFÍCIOS DOS SUMOSBENEFÍCIOS DOS SUMOSBENEFÍCIOS DOS SUMOSBENEFÍCIOS DOS SUMOSBENEFÍCIOS DOS SUMOSOs sumos naturais contém muitas das vitaminasidentificadas pela Organização Mundial da Saúde comoessenciais para a manutenção de uma vida saudável –vitaminas A, C e E. Protegem o sistema imunitário,previnem o cancro, depuram e curam e fornecemenergia. Descubra algumas das propriedadesmedicinais da fruta:Abacaxi – facilita a digestão, é oxidante e desobstrutivo.Ameixa – é laxante e recomendada para as infeçõesdas vias urinárias devido às suas propriedadesdiuréticas.Banana – combate a diarreia e tem efeitos calmantes.Coco – é calmante e combate as inflamações dosintestinos.Laranja – estimula o apetite, é laxante e diurética e éexcelente no combate ao reumatismo e à falta devitamina C.Limão – é eficaz contra a febre e reumatismo.Maçã – combate a diarreia e é benéfica para o cérebro.Manga - é digestiva e refrescante.Maracujá – é calmante, alivia as dores e asinflamações.Melão – é calmante e diurético.Morango – é diurético, laxante, elimina toxinas do fígado.Pera – ajuda a baixar a tensão arterial.Pêssego – é um precioso alimento para os diabéticos.Uva - aumenta a vitalidade do sistema nervoso.•

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Fundado em Abril de 1979, o Grupo Folclórico de S. Tiagoda Cruz é um fiel intérprete das danças e cantares doBaixo Minho e, em particular, do concelho de Vila Nova deFamalicão.Denominada de “Sancto Jacob da Forca” em tempos nãomuito remotos, a localidade que dá o nome a este grupofolclórico, é uma das 49 freguesias que compõem oconcelho de Vila Nova de Famalicão, distando cerca decinco quilómetros da cidade/sede do concelho e cerca de15 da cidade de Braga.Situa-se entre dois vales. A nascente, o vale do rio Pelhe,através do qual faz fronteira com as freguesias de Vale S.Cosme e Vale S. Martinho e a poente, o vale de Pindela,onde se localiza o solar dos viscondes com este título, ede Mouquim. É atravessada, lá no alto, pela EN 14, queliga Famalicão a Braga e constitui um interessantemiradouro, de onde se podem apreciar as belaspaisagens minhotas a longa distância.É a partir do século XVI que o nome “Forca” é substituídopor “Cruz”, julga-se que, para suavizar a conotação com osofrimento dos condenados. De facto, embora a Cruzseja também sinónimo de sofrimento, para os crentes é,sobretudo, um símbolo de fé e de esperança na salvaçãoda humanidade e terá sido esta a principal razão porquea freguesia recebeu esta designação.Cruz, ou S. Tiago da Cruz, como é mais comumchamarem-lhe, é uma terra de seculares tradições, deusos e costumes ancestrais, que o Grupo Folclórico nãoquer deixar perder. Foi com esse propósito que foifundado.O dia-a-dia da população local era, ainda recentemente,repartido entre as fábricas têxteis das redondezas e otrabalho do campo.A vida do campo hoje é menos representativa e o trabalhonas fábricas têxteis, devido à crise do sector, é tambémmenos visível, estando a população ativa repartida pelosmais diversos sectores de atividade, o que não a impedede continuar a preservar a sua cultura popular, o seupatrimónio coletivo, de se orgulhar do seu patrimónioedificado, com destaque para o já referido solar dosviscondes de Pindela, a Igreja Paroquial e a Capela doSenhor dos Aflitos, com o seu frondoso parque demerendas, onde se realiza anualmente, entre os dias 23e 25 de Julho, uma das mais concorridas romarias doconcelho de Vila Nova de Famalicão e da região, emhonra do apóstolo São Tiago e do Senhor dos Aflitos.É neste contexto sociocultural que o Grupo Folclórico deS. Tiago da Cruz desenvolve o seu trabalho,intensificando a recolha das danças e cantares, dostrajes e da forma de vida de outros tempos, que recrianas suas atuações.

>>> ranchos da minha terra○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

>>> ALCINO MONTEIRO

Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz(Vila Nova de Famalicão)Fiel intérprete das danças e cantares do Baixo Minho

Durante os seus 33 anos de existência, o “Rancho deSantiago”, como também é conhecido, já percorreu opaís de norte a sul, exibindo o folclore da região baixo-minhota em festas e romarias, festivais de folclorenacionais e internacionais e noutros eventos. A nívelinternacional, Espanha e França são os países onde oGrupo Folclórico de S. Tiago da Cruz também já mostroua diversidade das suas danças e cantares, comdestaque para o “malhão velho”, “o bá ‘steija queto”,“Adelino padeiro”, “Senhor da Cruz”, “malhão traçado”,“vira de roda”, “balacho”, “coradinha”, etc., bem como ariqueza dos trajes de lavradores ricos, de feirar, dotrabalho do campo, da patroa da casa grande, da noiva“feiranta”, domingueiros, etc.

A tocata é constituída por tocadores de concertina, decavaquinho, viola, bombo, ferrinhos e reco-reco, queacompanham as vozes feminina e masculina,atualmente menos projetadas, porque as novastecnologias se encarregam de as fazer ouvir à distância,mas com o sabor de antigamente, em que cada umprocurava fazer-se ouvir o mais longe possível nasextensas e férteis veigas do concelho de Vila Nova deFamalicão e das redondezas.O Grupo Folclórico de S. Tiago da Cruz quer continuar amerecer a simpatia de todos aqueles que gostam dofolclore e para isso pode ser contactado no largo doSenhor dos Aflitos, em Cruz, Vila Nova de Famalicão ouatravés do nº 914153564.•

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Junto à Capela do Senhor dos Aflitos,ex-libris de S. Tiago da Cruz.

A tocada “afina” para mais uma atuação. A dançar na eira, como antigamente.

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>>> horóscopo○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PEIXES | 20.02 A 20.03

Vai dedicar mais tempo à sua família esobretudo ao seu parceiro. O convívio comaqueles que ama, vai ajudar a que se sintamais positivo e com mais força, para encarartodos os obstáculos. Estar parado não será oseu lema pelo que terá muita necessidade decriar coisas e novas e de as partilhar com aspessoas mais próximas. A nível profissionalnão terá razões para se preocupar. Todas asparcerias ou novos conhecimentos estarãofavorecidos. Faça uso da sua astúcia e sóterá a ganhar com isso. Se está numrelacionamento, é a altura ideal para aumentara família. É a altura ideal para deixar de fumar.

TOURO | 21.04 a 21.05

Maio será um mês em que terá de fazeralgumas escolhas. Chegou a hora, de tomarnovas decisões. É provável que algumaspessoas se afastem de si, pois estarábastante impulsivo, no entanto na vidaprofissional a sua seriedade e o fato deencarar tudo sem medo, vai valer umamerecida subida de consideração, quer paraos superiores quer para os seus colegas. Seestá num relacionamento, lembre-se que apaixão e cumplicidade são muito importantes.Os que estão sós, podem agora viver a paixãoque tanto anseiam. A nível de saúde, a suacoluna poderá causar alguma preocupação.

GÉMEOS | 23.05 a 21.05

Este período será marcado por algumpessimismo e melancolia. O fato de se sentirestagnado, pode tirar a vontade de se divertire levá-lo a isolar-se e afastar-se de quem orodeia. No entanto, a meio do mês poderácontar com uma mudança positiva, e vai notarmelhoria de humor. A nível profissional vaicontar com o auxílio de um novo colega o queo motivará a ter a garra de sempre. Se estánum relacionamento, a sua impaciência podeagora criar alguns atritos, procure moderar assuas atitudes. Durante esta fase poderá sentirum certo desgaste, caso ache necessárioconsulte um médico.

CARANGUEJO | 22.06 a 23.07

As palavras-chave serão a simplicidade e ahumildade. As emoções estarão bastanteacentuadas, o que vai levar a que tenhanecessidade de dar amor e sobretudo cuidardos outros. A nível profissional o seu potencialestará no auge. O fato de se demonstrardisponível para os seus colegas, vai fazertoda a diferença. Aproveite esta fase, poisalguns projetos podem agora ser realizados.No amor vai sentir necessidade de viver a suarelação ao máximo e sobretudo estar semprepresente na vida do seu parceiro. Será umperiodo de grande vitalidade. Aproveite, paragastar energia.

LEÃO | 24.07 a 23.08

Maio trará grandes desafios e muito trabalho.Alguns projetos e sonhos antigos, podemagora realizar-se. A amizade, também terá umpapel bastante importante para si, uma vez quevai querer partilhar toda a felicidade com aspessoas que mais ama, sobretudo os amigos.Aproveite! Não tenha receio de encarar novosdesafios profissionais. O seu poder deargumentação, criatividade e comunicação,serão meio caminho andado para chegar ondepretende. No amor procure estar maispresente e ser mais tolerante, aprenda aseparar a vida pessoal de tudo o resto.Controle mais as horas de sono.

VIRGEM | 24.08 a 23.09

Prudência e a atenção, serão o seu lema.Chegou a hora de fazer algumas mudanças,mas também de iniciar novas atividades, comotirar um curso, recomeçar um novo projeto ouum negócio próprio. Este será o momento ideal,terá de escolher qual o melhor percurso afazer. Vai sentir que a sua energia estárenovada. Prepare-se para novos desafios. Ese estiver num relacionamento, não tenhareceio de pedir conselhos ao seu parceiro,pois este pode ser a pessoa mais indicadapara o que necessitar. Não se esqueça de irfazer os seus exames de rotina.

BALANÇA | 27.09 a 22.10

Vai sentir-se mais seguro que o habitual e comelevada autoestima, uma vez que estará numafase de grande magnetismo. A sua capacidadede comunicação também será bastante visívele vai ajudar a que consiga exprimir de formaclara tudo o que pretende. A nível profissionalo seu lado racional vai ajudar a que veja tudocom mais clareza. Uma atividade extra vaifazer com que consiga equilibrar as suasfinanças. Acredite no seu potencial. É a horaideal para dar um passo mais sério na suarelação. Tome especial atenção aos seus rins.

AQUÁRIO | 21.01 a 19.02

Vai poder contar com a sua capacidade deraciocínio, mas também com a sua forçainterior, o que vai fazer com que consiga lidarcom algumas situações inesperadasprincipalmente a nível pessoal, uma vez quesão esperados alguns atritos profissionais.Alguns assuntos pendentes, relacionados comquestões financeiras podem agora encontrar aresolução desejada, deverá ter algum cuidadoem relação a algumas pessoas implicadasnessas questões. Evite cometer erros dopassado. O conhecimento de uma novapessoa, poderá levar a um relacionamento. Nasaúde podem surgir problemas reumáticos.

CAPRICÓRNIO | 22.12 a 20.01

Vai sentir a necessidade de se desapegarmais das pessoas que o rodeiam, o quepoderá criar alguns atritos e até pôr as suasatitudes em causa. Caso surja alguma situaçãodelicada, esclareça-a da melhor forma. A nívelprofissional será um mês marcado pordecisões e contará com conselhos desuperiores, vai melhorar mais o seu potencial esó terá benefícios. Agarre as novasoportunidades. Se está num relacionamento, oseu par será a sua prioridade e as emoçõesestarão à flor da pele. Para os que estão sós,é provável que se reconciliem com alguém dopassado. Alimente-se melhor.

SAGITÁRIO | 23.11 a 21.12

O mês de Maio estará repleto de surpresas eoportunidades que não poderá perder. Poderásentir alguma ansiedade e também algumnervosismo, no entanto é importante que selembre que não está sozinho e pode contarcom o apoio de quem o rodeia. Terá também aoportunidade de ver o seu talento reconhecidopelos demais e realizar algumas viagens depequeno curso que darão frutos positivos.Mantenha uma postura humilde, evite atosegocêntricos e concentre-se no que realmenteé importante. Terá necessidade de fazer umaanálise da sua vida quer emocional, querprofissional. Pratique ioga.

ESCORPIÃO | 23.10 a 22.11

O seu lado compreensivo e amigo estará bempresente durante Maio e Junho, o que fará comque seja bastante elogiado e que ninguém lhenegue o que quer que seja. A nível profissional,depois de um período de alguns atritos, chegoua hora de recuperar tudo o que perdeu,inclusive o tempo. É a altura certa paracomeçar a fazer o seu pé-de-meia e teráoportunidade de realizar alguns sonhosantigos. Invista em si sem receios, pois asajudas serão muitas. No amor nada de novo,continuará a dedicar o máximo tempo possívela si próprio. Faça mais caminhadas ao ar livrea fim de se exercitar.

CARNEIRO | 21.03 A 20.04

Avizinham-se desafios a vencer. A forma, comovai agir perante os outros fará toda a diferença.Embora possa entrar numa boa fase, por vezespoderá sentir que não está completo ou que édono de algumas insatisfações. A nívelprofissional, a fase é ideal para iniciar novasatividades que tragam um rendimento extra, mastambém para se dedicar a alguns projetos, quepor tempos suspendeu. Não deixará de sentir,por vezes, uma certa estagnação ou atémelancolia. Procure afastar esses sentimentosnegativos e aproveite a sorte em que seencontra. No amor não haverá novidades. Façamais exercício físico.

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