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ANO VII - EDIÇÃO DIGITAL 14 // Monte Alegre - Pará - Brasil Sábado 23 de abril/2011 Toma posse o primeiro Conselho de Educação do município de Almeirim POLÍTICA Pág. 08 Avicultura paraense ameaçada por diferença de subsídio GERAL Pág. 06 www.tribunadacalhanorte.com.br Pág. 13 Empresas de Juruti recebem certificado do Programa 5S Laranjas compram rádios e TVs do governo federal Camargo Corrêa pretende montar fábrica de cimento no município de Monte Alegre A Camargo Corrêa Cimentos se prepara para abraçar e produzir: a mina de calcário de Monte Alegre, próxima à comunidade de Mulata, zona rural do município. ÓBIDOS Agentes do Meio Ambiente capturam Peixe Boi Chupa Osso Pág. 09 Pág. 12

TRIBUNA DA CALHA NORTE

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EDIÇAÕ DIGITAL NUMERO 14

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Page 1: TRIBUNA DA CALHA NORTE

ANO VII - EDIÇÃO DIGITAL 14 // Monte Alegre - Pará - Brasil Sábado 23 de abril/2011

Toma posse o primeiro Conselho de Educação do município de Almeirim

POLÍTICA

Pág. 08

Avicultura paraense ameaçada por diferença de subsídio

GERAL

Pág. 06

www.tribunadacalhanorte.com.br

Pág. 13

Empresas de Juruti recebem certificado do Programa 5S

Laranjas compram rádios e TVs do governo federal

Camargo Corrêa pretende montar fábrica de cimento no município de Monte Alegre

A Camargo Corrêa Cimentos se prepara para abraçar e produzir: a mina de calcário de Monte Alegre, próxima à comunidade de Mulata, zona rural do município.

ÓBIDOS

Agentes do Meio Ambiente capturam Peixe Boi

Chupa O

sso

Pág. 09

Pág. 12

Page 2: TRIBUNA DA CALHA NORTE

Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011

Propriedade da empresa O SUSSUARANA CARDOSO

CNPJ nº 07081356/0001-46

TELEFONES: (93)

3533-1554 / 8805-0183

9122-5016 / 9145-7591

Os artigos e colunas assinadas, são de inteira responsabilidade de seus autores e nem sempre refletem a opinião deste jornal

SUCURSAL SANTARÉM

Trav. Professor Carvalho, 1113, Sala C. AparecidaCEP. 68040-470 Santarém - Pará

Av. Nilo Peçanha, s/n, Ed. Ribeiro, sala 03. CentroCEP 68220-000 MONTE ALEGRE - PARÁ

E-mail: [email protected]

DIRETOR-EDITOR - Genival Cardoso

DIRETORA ADMINISTRATIVA - Ocidete Sussuarana

CHEFE DE REDAÇÃO - Sales Martins

REDAÇÃO: (93)8130-2439Email: [email protected]

www.tribunadacalhanorte.com.br www.tcnnews.com.br

ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE

02 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 03

Trav. Major Barata, 49. Cidade Baixa - MONTE ALEGRE

Garapeira do Povo

Tv. General Gurjão Curaxi – Monte Alegre

Tel. 3533-2604

Depois de Licença de Operação, Alcoa vira as costas para a região

OPINIÃO

e s t r a t é g i a colonial usada Ana implantação

de grandes projetos na Amazônia parecia ter sido substituída por um novo mode lo durante a instalação da mina de bauxita da mineradora Alcoa no município de Juruti. T r i s t e e n g a n o . Imediatamente após obter a Licença de Operação, dada em m ã o s e m 1 5 d e setembro de 2009 pela então governadora Ana Júlia Carepa, a e m p r e s a m u d o u radicalmente o seu

relacionamento com a região, demonstrando que o discurso de sustentabilidade se tratava apenas de uma cortina de fumaça para iludir a sociedade regional enquanto instalava mais uma mina na Amazônia.

A Alcoa é uma mineradora que se diz orgulhosa de ter a sustentabilidade como um paradigma em todos os seus projetos. Desde o início da implantação do seu projeto em Juruti, no extremo oeste do Pará, a empresa buscou um amplo diálogo na região prometendo

fazer um projeto diferente. A Mina de Juruti, prometeu a Alcoa, seria uma importante propulso-ra do desenvolvimen-to local, agregando crescimento econômi-co, distribuição de riquezas e preserva-ção ambiental.

Durante as obras, a empresa prometeu implantar uma Agenda Positiva de cerca de R$ 50 milhões, além de inundar a mídia com publicidade alardean-do o caráter diferente do seu projeto. A empresa mantinha uma preocupação excessiva de passar uma boa imagem, enquanto a constru-ção da mina avança-va , nem sempre respeitando as leis amb ien ta i s e os direitos das popula-ções tradicionais da região, resultando em manifestações e até numa tentativa de rebelião, descoberta antes pela mídia.

Já durante a instalação, a Alcoa teve muitos proble-mas. O Ministério P ú b l i c o F e d e r a l chegou a entrar na Justiça para tentar cancelar a Licença de Instalação, mas não o b t e v e ê x i t o . Ribeirinhos também

Paulo Leandro Leal realizaram manifesta-ções contra o empre-endimento, mas a A l c o a c o n s e g u i u contornar todos os percalços, sempre prometendo construir um projeto diferente, capaz de levar a região a um novo patamar de desenvolvimento.

Mas logo após a c o n c e s s ã o d a Licença de Operação ( LO ) , a empresa começou a mostrar que o seu projeto tem pouca diferença dos i m p l a n t a d o s n o Regime Militar. O filme de repediu. A cidade de Juruti, que estava inflada com milhares de operários, viu se formar rapida-mente um exército de d e s e m p r e g a d o s . Muitos foram embora e comércio começou a so f r e r p r e ju í z os . Investimentos tiveram que ser paralisados.

A e m p r e s a prometeu, durante a construção da mina, investir em outras atividades produtivas para que a economia não sofresse este baque ao fim da instalação do projeto. Entretanto, tudo o que a Alcoa fez foi implan-tar alguns projetos experimentais, sem escala suficiente para beneficiar de fato toda a sociedade local. A

tática de incentivar alguns projetinhos sus ten táve i s deu resultado positivo para a publicidade, mas poucos efeitos práticos em juruti. Nem mesmo a Agenda Positiva, menina dos olhos da empresa, foi cumprida totalmente e até hoje existem obras por serem concluídas.Lideranças de Juruti e da região reclamam de que tão logo a Alcoa obteve a Licença de Operação, mudou radicalmente o seu relacionamento com a sociedade local. "Eles trocaram os diretores e então simplesmente nos viraram as costas, como se não precisas-sem mais da socieda-de . Estamos nos sentindo usados e depois dispensados, c o m o b a g a ç o d e laranja", diz uma liderança do municí-pio.

A g o r a , a população da região é obrigada a se conten-tar em ver os navios da Alcoa passar carrega-dos de bauxita, que é l e v a d a p a r a o Maranhão, onde gera emprego e renda, bem distante do povoado de Juruti, que sonhou que estavam realmen-te diante de uma empresa e um projeto diferente.

O domínio das mídias usando 'laranjas'

Extraido do jornal Folha de São Paulo

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Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011

Propriedade da empresa O SUSSUARANA CARDOSO

CNPJ nº 07081356/0001-46

TELEFONES: (93)

3533-1554 / 8805-0183

9122-5016 / 9145-7591

Os artigos e colunas assinadas, são de inteira responsabilidade de seus autores e nem sempre refletem a opinião deste jornal

SUCURSAL SANTARÉM

Trav. Professor Carvalho, 1113, Sala C. AparecidaCEP. 68040-470 Santarém - Pará

Av. Nilo Peçanha, s/n, Ed. Ribeiro, sala 03. CentroCEP 68220-000 MONTE ALEGRE - PARÁ

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DIRETORA ADMINISTRATIVA - Ocidete Sussuarana

CHEFE DE REDAÇÃO - Sales Martins

REDAÇÃO: (93)8130-2439Email: [email protected]

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ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE

02 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 03

Trav. Major Barata, 49. Cidade Baixa - MONTE ALEGRE

Garapeira do Povo

Tv. General Gurjão Curaxi – Monte Alegre

Tel. 3533-2604

Depois de Licença de Operação, Alcoa vira as costas para a região

OPINIÃO

e s t r a t é g i a colonial usada Ana implantação

de grandes projetos na Amazônia parecia ter sido substituída por um novo mode lo durante a instalação da mina de bauxita da mineradora Alcoa no município de Juruti. T r i s t e e n g a n o . Imediatamente após obter a Licença de Operação, dada em m ã o s e m 1 5 d e setembro de 2009 pela então governadora Ana Júlia Carepa, a e m p r e s a m u d o u radicalmente o seu

relacionamento com a região, demonstrando que o discurso de sustentabilidade se tratava apenas de uma cortina de fumaça para iludir a sociedade regional enquanto instalava mais uma mina na Amazônia.

A Alcoa é uma mineradora que se diz orgulhosa de ter a sustentabilidade como um paradigma em todos os seus projetos. Desde o início da implantação do seu projeto em Juruti, no extremo oeste do Pará, a empresa buscou um amplo diálogo na região prometendo

fazer um projeto diferente. A Mina de Juruti, prometeu a Alcoa, seria uma importante propulso-ra do desenvolvimen-to local, agregando crescimento econômi-co, distribuição de riquezas e preserva-ção ambiental.

Durante as obras, a empresa prometeu implantar uma Agenda Positiva de cerca de R$ 50 milhões, além de inundar a mídia com publicidade alardean-do o caráter diferente do seu projeto. A empresa mantinha uma preocupação excessiva de passar uma boa imagem, enquanto a constru-ção da mina avança-va , nem sempre respeitando as leis amb ien ta i s e os direitos das popula-ções tradicionais da região, resultando em manifestações e até numa tentativa de rebelião, descoberta antes pela mídia.

Já durante a instalação, a Alcoa teve muitos proble-mas. O Ministério P ú b l i c o F e d e r a l chegou a entrar na Justiça para tentar cancelar a Licença de Instalação, mas não o b t e v e ê x i t o . Ribeirinhos também

Paulo Leandro Leal realizaram manifesta-ções contra o empre-endimento, mas a A l c o a c o n s e g u i u contornar todos os percalços, sempre prometendo construir um projeto diferente, capaz de levar a região a um novo patamar de desenvolvimento.

Mas logo após a c o n c e s s ã o d a Licença de Operação ( LO ) , a empresa começou a mostrar que o seu projeto tem pouca diferença dos i m p l a n t a d o s n o Regime Militar. O filme de repediu. A cidade de Juruti, que estava inflada com milhares de operários, viu se formar rapida-mente um exército de d e s e m p r e g a d o s . Muitos foram embora e comércio começou a so f r e r p r e ju í z os . Investimentos tiveram que ser paralisados.

A e m p r e s a prometeu, durante a construção da mina, investir em outras atividades produtivas para que a economia não sofresse este baque ao fim da instalação do projeto. Entretanto, tudo o que a Alcoa fez foi implan-tar alguns projetos experimentais, sem escala suficiente para beneficiar de fato toda a sociedade local. A

tática de incentivar alguns projetinhos sus ten táve i s deu resultado positivo para a publicidade, mas poucos efeitos práticos em juruti. Nem mesmo a Agenda Positiva, menina dos olhos da empresa, foi cumprida totalmente e até hoje existem obras por serem concluídas.Lideranças de Juruti e da região reclamam de que tão logo a Alcoa obteve a Licença de Operação, mudou radicalmente o seu relacionamento com a sociedade local. "Eles trocaram os diretores e então simplesmente nos viraram as costas, como se não precisas-sem mais da socieda-de . Estamos nos sentindo usados e depois dispensados, c o m o b a g a ç o d e laranja", diz uma liderança do municí-pio.

A g o r a , a população da região é obrigada a se conten-tar em ver os navios da Alcoa passar carrega-dos de bauxita, que é l e v a d a p a r a o Maranhão, onde gera emprego e renda, bem distante do povoado de Juruti, que sonhou que estavam realmen-te diante de uma empresa e um projeto diferente.

O domínio das mídias usando 'laranjas'

Extraido do jornal Folha de São Paulo

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Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/201104 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 05

Laranjas compram rádios e TVs do governo federal

m p r e s a s a b e r t a s e m En o m e d e

laranjas são usadas frequentemente para comprar concessões de rádio e TV nas licitações públicas r e a l i z a d a s p e l o g o v e r n o f e d e r a l , aponta levantamento inédito feito pelo jornal Folha de São Paulo.

P o r t r á s dessas empresas, há especuladores, igrejas e políticos, que, por diferentes razões, o c u l t a r a m s u a pa r t i c i pação nos negócios.

Durante três meses, a reportagem analisou os casos de 91 empresas que estão entre as que obtive-ram o maior número de concessões, entre 1997 e 2010. Dessas, 44 não funcionam nos endereços informados ao Ministério das Comunicações. Entre seus "proprietários", constam, por exem-plo , func ionár ios públicos, donas de casa, cabeleireira, enfermeiro, entre outros trabalhadores com renda incompatí-vel com os valores pelos quais foram fechados os negócios. Alguns reconheceram à Folha que empresta-ram seus nomes para que os reais proprietá-rios não figurem nos registros of ic iais. N e n h u m , p o r é m , admitiu ter recebido dinheiro em troca.

H á m u i t a s h i p ó t e s e s p a r a explicar o fato de os reais proprietários lançarem mão de

laranjas em larga escala. Camuflar a origem dos recursos usados para adquirir a s c oncessões e ocultar a movimenta-ção financeira é um dos principais.

As outras são evitar acusações de exploração política dos meios de comuni-cação e burlar a regra q u e i m p e d e q u e instituições como igrejas sejam donas de concessões.

N ã o h á informação oficial de quanto a venda das concessões públicas movimentou. De 1997 a 2010, o Ministério das Comunicações pôs à venda 1.872 concessões de rádio e 109 de TV. Licitações a n a l i s a d a s p e l a reportagem foram a r r ema tadas po r valores de até R$ 24 milhões.

Também não existem dados oficiais atualizados sobre as licitações disponíveis para consulta. As i n f o r m a ç õ e s d o ministério deixaram de ser atualizadas em 2006.

Para chegar aos donos das empre-sas, a Folha cruzou informações forneci-das pelo governo com dados de juntas comerciais, cartórios, da Anatel e do Senado, que tem a atribuição de chance l a r a s concessões.Em nome de Deus - Pessoas que admiti-ram ter emprestado seus nomes dizem que o fizeram por motiva-ção religiosa ou para atender a amigos ou parentes.

D o n o s ,

respectivamente, das Rádio 630 Ltda. e Rádio 541 Ltda., João Carlos Marcolino, de São Paulo, e Domázio Pires de Andrade, de Osasco, disseram ter autorizado a Igreja D e u s é A m o r a registrar empresas em seus nomes para ajudar a disseminar o Evangelho.Laranjas de políticos- Políticos também podem estar por trás d e e m p r e s a s . O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, é apontado pelo sócio no papel da Paraviana Comunicações como o real dono da empresa, que comprou duas rádios FM e uma TV em licitação pública. Em e-mail enviado à Folha, João Francisco Moura disse que emprestou o nome a pedido do amigo G e r a l d o M a g e l a Rocha, ex-assessor e hoje desafeto de Jucá.

M a g e l a confirmou a versão. O senador foi procurado quatro vezes pela r epo r t ag em pa ra responder à acusação, mas não se pronunci-ou.

O radialista e ex-deputado estadual

Paulo Serrano Borges, de Itumbiara (GO), registrou a Mar e Céu Comunicações em nome da irmã e do cunhado. A empresa comprou três rádios e duas TVs por R$ 12,7 milhões e, em seguida, as revendeu.

Borges disse apenas que usou o nome da irmã por já ter outras empresas em seu nome, sem dar

mais explicações. E que r evendeu as concessões por não ter dinheiro para montar as emissoras.

C h a m a a atenção o fato de que algumas concessões são adquiridas com ágio de até 1.000%. Empresários do setor ouvidos pela Folha dizem que as rádios não são economica-mente viáveis pelos valores arrematados. O setor não tem uma explicação comum para esse fenômeno.

A rád i o de Bilac (SP), por exem-plo, foi vendida por R$ 1,89 milhão, com 1.119% de ágio sobre o preço mínimo do edital. A empresa está registrada em nome de uma cabe l e i r e i r a m o r a d o r a d e Itapecerica da Serra (SP).

Elvira LobatoReproduzido da Folha de S. Paulo

Ministério deve ampliar controle, cobra deputadoP r e s i d e n t e d a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o deputado B r u n o A r a ú j o (PSDB-PE) afirmou que o Ministério das C o m u n i c a ç õ e s p r e c i s a d e u m "aperfe içoamento burocrático" para evitar que laranjas a p a r e ç a m c o m o propr ie tár ios de rádio e TV.

"O ministério tem dificuldade [em constatar a prática], mas os instrumentos de aperfeiçoamento burocrático preci-

sam se dar dentro da pasta. No Congresso, [a aprovação] é mais u m a c h a n c e l a política", disse.

A comissão convidou o ministro P a u l o B e r n a r d o (Comunicações) para audiência pública no início de abril. O objetivo é discutir a legislação do setor e possíveis mudanças na área.

B e r n a r d o defende que políticos sejam proibidos de ter concessão de rádio e TV.

Ministério diz não ter como saber se donos são laranjas secretário de Serv iços de OComunicação

E l e t r ô n i c a d o M i n i s t é r i o d a s C o m u n i c a ç õ e s , G e n i l d o L i n s d e Albuquerque Neto, diz não ter meios de identificar se os nomes que aparecem nos contratos sociais das empresas são laranjas ou proprietários de fato, e que essa é tarefa para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal.

"Seria preciso quebrar o sigilo fiscal da empresa e dos sócios e fazer escuta telefônica para saber se há um sócio oculto por trás dos proprietá-r i os dec la rados " , afirmou.

Alega ainda que não pode contes-tar a veracidade de documentos emitidos por instituições de fé pública, como os cartórios e as juntas c o m e r c i a i s q u e registram os contratos das empresas.

"Não há lei que impeça um soldado, um desempregado ou u m f u n c i o n á r i o público subalterno de abrir empresa. Não tenho como obrigá-los a comprovar, antes da licitação, se têm ou não o dinheiro para pagar a concessão."

A prioridade, segundo o secretário, é colocar em dia os processos de conces-são atrasados, após a licitação há um longo caminho até a aprova-ção definitiva.

Ele prometeu zerar o estoque de rádio e TV acumula-dos no prazo de um ano e meio. Até lá, está suspensa a abertura de novas licitações.

" E n t r e a licitação pública de venda da concessão e a emissão de licencia-mento da emissora há u m a v i a c r u c i s administrativa. Os procedimentos são lentos e burocratiza-dos. Cada processo passava três vezes pelo gabinete do

ministro até a aprova-ção da outorga. A partir de agora, só irá ao ministro uma vez."

Ele avalia que os editais de licitação foram malfeitos e deixaram brechas para as empresas adiarem o pagamento das outorgas e a a s s i n a t u r a d o s contratos.Atrasos - Os proces-sos de concessão se arrastam por mais de dez anos. Cerca de 890 licitações feitas entre 1997 e 2001, no governo Fernando Henrique, ainda não foram concluídas.

L i c i t a ç õ e s f e i t a s a t é 2 0 0 2 juntavam concessões em diversos locais num só edital. Como as empresas disputa-v a m e m r e g i õ e s diferentes, quando um candidato era inabilitado em uma delas, os demais processos paravam.

Mesmo com os processos se acumu-lando, novas licitações f o r a m a b e r t a s ,

agravando o proble-ma. Em 2000 e 2001, sem ter concluído licitações anteriores, o ministério pôs à venda 1.361 concessões. Até hoje, 40% desses processos viraram contratos.

Não foi criado um filtro que impedis-se o candidato de vencer mais conces-sões do que o limite legal. A legislação diz que nenhuma empre-sa ou acionista pode ter mais de seis rádios FM, quatro AM e dez geradoras de TV comercial em todo o país.

Há casos de empresas e pessoas f ísicas declaradas vencedoras de mais concessões do que o permitido.

Também há p r o b l e m a s c o m prazos. O ministério teria dez dias, a contar da aprovação no C o n g r e s s o , p a r a convocar o vencedor, e 60 dias para assinar contrato de concessão. Há 336 processos a p r o v a d o s p e l o C o n g r e s s o s e m assinatura do contrato de concessão. (Elvira Lobato)

Comércio ilegal de rádio e TV funciona sem repressão

No rastro das licita-ções de venda de concessões de rádio e TV surgiu um mercado ilegal de emissoras que o governo, reco-nhecidamente, não reprime.

C o n c e s s õ e s recém-aprovadas pelo governo estão à venda abertamente em sites especial izados na internet, contrariando a lei.

A legislação só permite a transferên-cia de controle de emissoras depois de cinco anos em funcio-namento, e ainda assim com autoriza-ção do governo e do Congresso, que aprova cada concessão.

A n t e s d o

prazo, só é permitida a transferência de 50% das cotas. Mas as concessões mudam de mãos por contratos de gaveta.

O secretário d e S e r v i ç o s d e Comunicação Eletrô-nica do Ministério das C o m u n i c a ç õ e s , Gen i l do L ins de Albuquerque Neto, reconhece que não tem meios para coibir o comércio ilegal.

Segundo ele, os contratos de gaveta devem ser investiga-dos por Polícia Federal e Ministério Público, assim como o uso de l a r a n j a s p a r a a compra de conces-sões.Os l a r an j a s s ão

usados para camuflar os reais donos de veículos de comunica-ção – em geral especu-ladores, políticos e igrejas.Aparência legal A Folha apurou que igrejas são os princi-pais clientes desse mercado. Elas adqui-rem principalmente rádios em sites que t r a z e m l i n k s d o M i n i s t é r i o d a s Comunicações e da Ana t e l pa ra da r aparência de legalida-de.

O s i t e R a d i o d i f u s ã o & Negócios, por exem-plo, anuncia a venda de uma rádio FM "por montar" em São Paulo

-

por R$ 4,8 milhões.E m i s s o r a s

educativas e retrans-missoras de TV , distribuídas gratuita-mente, também estão à venda em outros sites e por corretores autônomos. Os preços variam de acordo com o local.

A venda é feita por meio de um contrato de transfe-rência imediata de 50% do capital da empresa, e de direito de opção sobre os 50% restantes. Assim, o vendedor não pode recuar do compromis-so com o comprador.

Simultaneamente, o comprador recebe uma procura-

ção que lhe dá poderes para responder pela empresa junto ao M i n i s t é r i o d a s Comunicações e à Anatel.

S e m s e identificar, a reporta-gem conversou com um vendedor, pelo c e l u l a r , s o b r e o aluguel de rádios a igrejas. "O contrato é assinado com paga-mento adiantado de dois meses de aluguel. A igreja fica com o comando total da rádio. É assim que funciona", disse o corretor.

A Folha não conseguiu localizar os responsáveis pela página na internet.

Page 5: TRIBUNA DA CALHA NORTE

Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/201104 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 05

Laranjas compram rádios e TVs do governo federal

m p r e s a s a b e r t a s e m En o m e d e

laranjas são usadas frequentemente para comprar concessões de rádio e TV nas licitações públicas r e a l i z a d a s p e l o g o v e r n o f e d e r a l , aponta levantamento inédito feito pelo jornal Folha de São Paulo.

P o r t r á s dessas empresas, há especuladores, igrejas e políticos, que, por diferentes razões, o c u l t a r a m s u a pa r t i c i pação nos negócios.

Durante três meses, a reportagem analisou os casos de 91 empresas que estão entre as que obtive-ram o maior número de concessões, entre 1997 e 2010. Dessas, 44 não funcionam nos endereços informados ao Ministério das Comunicações. Entre seus "proprietários", constam, por exem-plo , func ionár ios públicos, donas de casa, cabeleireira, enfermeiro, entre outros trabalhadores com renda incompatí-vel com os valores pelos quais foram fechados os negócios. Alguns reconheceram à Folha que empresta-ram seus nomes para que os reais proprietá-rios não figurem nos registros of ic iais. N e n h u m , p o r é m , admitiu ter recebido dinheiro em troca.

H á m u i t a s h i p ó t e s e s p a r a explicar o fato de os reais proprietários lançarem mão de

laranjas em larga escala. Camuflar a origem dos recursos usados para adquirir a s c oncessões e ocultar a movimenta-ção financeira é um dos principais.

As outras são evitar acusações de exploração política dos meios de comuni-cação e burlar a regra q u e i m p e d e q u e instituições como igrejas sejam donas de concessões.

N ã o h á informação oficial de quanto a venda das concessões públicas movimentou. De 1997 a 2010, o Ministério das Comunicações pôs à venda 1.872 concessões de rádio e 109 de TV. Licitações a n a l i s a d a s p e l a reportagem foram a r r ema tadas po r valores de até R$ 24 milhões.

Também não existem dados oficiais atualizados sobre as licitações disponíveis para consulta. As i n f o r m a ç õ e s d o ministério deixaram de ser atualizadas em 2006.

Para chegar aos donos das empre-sas, a Folha cruzou informações forneci-das pelo governo com dados de juntas comerciais, cartórios, da Anatel e do Senado, que tem a atribuição de chance l a r a s concessões.Em nome de Deus - Pessoas que admiti-ram ter emprestado seus nomes dizem que o fizeram por motiva-ção religiosa ou para atender a amigos ou parentes.

D o n o s ,

respectivamente, das Rádio 630 Ltda. e Rádio 541 Ltda., João Carlos Marcolino, de São Paulo, e Domázio Pires de Andrade, de Osasco, disseram ter autorizado a Igreja D e u s é A m o r a registrar empresas em seus nomes para ajudar a disseminar o Evangelho.Laranjas de políticos- Políticos também podem estar por trás d e e m p r e s a s . O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, é apontado pelo sócio no papel da Paraviana Comunicações como o real dono da empresa, que comprou duas rádios FM e uma TV em licitação pública. Em e-mail enviado à Folha, João Francisco Moura disse que emprestou o nome a pedido do amigo G e r a l d o M a g e l a Rocha, ex-assessor e hoje desafeto de Jucá.

M a g e l a confirmou a versão. O senador foi procurado quatro vezes pela r epo r t ag em pa ra responder à acusação, mas não se pronunci-ou.

O radialista e ex-deputado estadual

Paulo Serrano Borges, de Itumbiara (GO), registrou a Mar e Céu Comunicações em nome da irmã e do cunhado. A empresa comprou três rádios e duas TVs por R$ 12,7 milhões e, em seguida, as revendeu.

Borges disse apenas que usou o nome da irmã por já ter outras empresas em seu nome, sem dar

mais explicações. E que r evendeu as concessões por não ter dinheiro para montar as emissoras.

C h a m a a atenção o fato de que algumas concessões são adquiridas com ágio de até 1.000%. Empresários do setor ouvidos pela Folha dizem que as rádios não são economica-mente viáveis pelos valores arrematados. O setor não tem uma explicação comum para esse fenômeno.

A rád i o de Bilac (SP), por exem-plo, foi vendida por R$ 1,89 milhão, com 1.119% de ágio sobre o preço mínimo do edital. A empresa está registrada em nome de uma cabe l e i r e i r a m o r a d o r a d e Itapecerica da Serra (SP).

Elvira LobatoReproduzido da Folha de S. Paulo

Ministério deve ampliar controle, cobra deputadoP r e s i d e n t e d a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o deputado B r u n o A r a ú j o (PSDB-PE) afirmou que o Ministério das C o m u n i c a ç õ e s p r e c i s a d e u m "aperfe içoamento burocrático" para evitar que laranjas a p a r e ç a m c o m o propr ie tár ios de rádio e TV.

"O ministério tem dificuldade [em constatar a prática], mas os instrumentos de aperfeiçoamento burocrático preci-

sam se dar dentro da pasta. No Congresso, [a aprovação] é mais u m a c h a n c e l a política", disse.

A comissão convidou o ministro P a u l o B e r n a r d o (Comunicações) para audiência pública no início de abril. O objetivo é discutir a legislação do setor e possíveis mudanças na área.

B e r n a r d o defende que políticos sejam proibidos de ter concessão de rádio e TV.

Ministério diz não ter como saber se donos são laranjas secretário de Serv iços de OComunicação

E l e t r ô n i c a d o M i n i s t é r i o d a s C o m u n i c a ç õ e s , G e n i l d o L i n s d e Albuquerque Neto, diz não ter meios de identificar se os nomes que aparecem nos contratos sociais das empresas são laranjas ou proprietários de fato, e que essa é tarefa para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal.

"Seria preciso quebrar o sigilo fiscal da empresa e dos sócios e fazer escuta telefônica para saber se há um sócio oculto por trás dos proprietá-r i os dec la rados " , afirmou.

Alega ainda que não pode contes-tar a veracidade de documentos emitidos por instituições de fé pública, como os cartórios e as juntas c o m e r c i a i s q u e registram os contratos das empresas.

"Não há lei que impeça um soldado, um desempregado ou u m f u n c i o n á r i o público subalterno de abrir empresa. Não tenho como obrigá-los a comprovar, antes da licitação, se têm ou não o dinheiro para pagar a concessão."

A prioridade, segundo o secretário, é colocar em dia os processos de conces-são atrasados, após a licitação há um longo caminho até a aprova-ção definitiva.

Ele prometeu zerar o estoque de rádio e TV acumula-dos no prazo de um ano e meio. Até lá, está suspensa a abertura de novas licitações.

" E n t r e a licitação pública de venda da concessão e a emissão de licencia-mento da emissora há u m a v i a c r u c i s administrativa. Os procedimentos são lentos e burocratiza-dos. Cada processo passava três vezes pelo gabinete do

ministro até a aprova-ção da outorga. A partir de agora, só irá ao ministro uma vez."

Ele avalia que os editais de licitação foram malfeitos e deixaram brechas para as empresas adiarem o pagamento das outorgas e a a s s i n a t u r a d o s contratos.Atrasos - Os proces-sos de concessão se arrastam por mais de dez anos. Cerca de 890 licitações feitas entre 1997 e 2001, no governo Fernando Henrique, ainda não foram concluídas.

L i c i t a ç õ e s f e i t a s a t é 2 0 0 2 juntavam concessões em diversos locais num só edital. Como as empresas disputa-v a m e m r e g i õ e s diferentes, quando um candidato era inabilitado em uma delas, os demais processos paravam.

Mesmo com os processos se acumu-lando, novas licitações f o r a m a b e r t a s ,

agravando o proble-ma. Em 2000 e 2001, sem ter concluído licitações anteriores, o ministério pôs à venda 1.361 concessões. Até hoje, 40% desses processos viraram contratos.

Não foi criado um filtro que impedis-se o candidato de vencer mais conces-sões do que o limite legal. A legislação diz que nenhuma empre-sa ou acionista pode ter mais de seis rádios FM, quatro AM e dez geradoras de TV comercial em todo o país.

Há casos de empresas e pessoas f ísicas declaradas vencedoras de mais concessões do que o permitido.

Também há p r o b l e m a s c o m prazos. O ministério teria dez dias, a contar da aprovação no C o n g r e s s o , p a r a convocar o vencedor, e 60 dias para assinar contrato de concessão. Há 336 processos a p r o v a d o s p e l o C o n g r e s s o s e m assinatura do contrato de concessão. (Elvira Lobato)

Comércio ilegal de rádio e TV funciona sem repressão

No rastro das licita-ções de venda de concessões de rádio e TV surgiu um mercado ilegal de emissoras que o governo, reco-nhecidamente, não reprime.

C o n c e s s õ e s recém-aprovadas pelo governo estão à venda abertamente em sites especial izados na internet, contrariando a lei.

A legislação só permite a transferên-cia de controle de emissoras depois de cinco anos em funcio-namento, e ainda assim com autoriza-ção do governo e do Congresso, que aprova cada concessão.

A n t e s d o

prazo, só é permitida a transferência de 50% das cotas. Mas as concessões mudam de mãos por contratos de gaveta.

O secretário d e S e r v i ç o s d e Comunicação Eletrô-nica do Ministério das C o m u n i c a ç õ e s , Gen i l do L ins de Albuquerque Neto, reconhece que não tem meios para coibir o comércio ilegal.

Segundo ele, os contratos de gaveta devem ser investiga-dos por Polícia Federal e Ministério Público, assim como o uso de l a r a n j a s p a r a a compra de conces-sões.Os l a r an j a s s ão

usados para camuflar os reais donos de veículos de comunica-ção – em geral especu-ladores, políticos e igrejas.Aparência legal A Folha apurou que igrejas são os princi-pais clientes desse mercado. Elas adqui-rem principalmente rádios em sites que t r a z e m l i n k s d o M i n i s t é r i o d a s Comunicações e da Ana t e l pa ra da r aparência de legalida-de.

O s i t e R a d i o d i f u s ã o & Negócios, por exem-plo, anuncia a venda de uma rádio FM "por montar" em São Paulo

-

por R$ 4,8 milhões.E m i s s o r a s

educativas e retrans-missoras de TV , distribuídas gratuita-mente, também estão à venda em outros sites e por corretores autônomos. Os preços variam de acordo com o local.

A venda é feita por meio de um contrato de transfe-rência imediata de 50% do capital da empresa, e de direito de opção sobre os 50% restantes. Assim, o vendedor não pode recuar do compromis-so com o comprador.

Simultaneamente, o comprador recebe uma procura-

ção que lhe dá poderes para responder pela empresa junto ao M i n i s t é r i o d a s Comunicações e à Anatel.

S e m s e identificar, a reporta-gem conversou com um vendedor, pelo c e l u l a r , s o b r e o aluguel de rádios a igrejas. "O contrato é assinado com paga-mento adiantado de dois meses de aluguel. A igreja fica com o comando total da rádio. É assim que funciona", disse o corretor.

A Folha não conseguiu localizar os responsáveis pela página na internet.

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06 07Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011

MONTE ALEGRE - PARÁ

Mineração Rio do Norte recebe novo grupo de estudantes americanosNo último dia 11 de abr i l , 25 a lunos americanos visitaram as instalações da Mineração Rio do Nor te (MRN) , no distr i to de Porto T r o m b e t a s , e m Oriximiná. A visita faz parte de um programa de intercâmbio do qual os estudantes fazem parte, que inclui aulas de Língua Portuguesa, visitas a empresas e residência durante um semestre na capital Belém.

Jesse Hugo,

de Orlando - Flórida, ficou impressionado com a visita: "Para mim foi como se eu estivesse tendo a experiência ao vivo de artigos de jornal que já li nos Estados Unidos sobre as empresas do setor. É tudo muito b e m o r g a n i z a d o , assim como o respeito com o meio ambiente e as comunidades ao redor", afirmou Jesse. "É uma empresa muito grande, e que nos abriu as portas para conhecermos todos os

seus processos como visitantes. É raro em meu país que as empresas façam isso", concluiu.

A aluna Emily P a p p o t a m b é m comentou sobre a visita: "Cada etapa do processo é integrada a o u t r a , é m u i t o interessante. Gostei muito também de visitar o Horto e ver a produção de mudas, que serão grandes árvores nas áreas reflorestadas pela empresa".

Os estudantes f o r a m r e c e b i d o s dentro do Programa de Visitas da MRN,

que é coordenado pela A s s e s s o r i a d e C o m u n i c a ç ã o d a empresa.

Encontro em Defesa da Floresta contou com participação do ConjusMembros da coorde-nação, colegiado e comitês do Conselho Juruti Sustentável, o Conjus, estiveram presentes no Grande Encontro em Defesa da Floresta, dos Povos e d a P r o d u ç ã o S u s t e n t á v e l e m P a r i n t i n s ( A M ) , promovido pelo Grupo d e T r a b a l h o Amazônico (GTA), que contou com a presen-ça da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Após ouvir as demandas apresenta-das pelos componen-tes da mesa, represen-tando organizações e poderes públicos dos estados do Norte, a ministra determinou aos órgãos subordina-dos à sua pasta (Serviço Florestal Brasileiro, Ibama, I n s t i t u t o C h i c o M e n d e s d e C o n s e r v a ç ã o d a B i o d i v e r s i d a d e e S e c r e t a r i a d e B i o d i v e r s i d a d e e Florestas, Secretaria de Extrativismo e D e s e n v o l v i m e n t o Rural Sustentável) o d i á l o g o c o m a s comunidades extrati-vistas da Amazônia,

com o objetivo de resolver os impasses que di f icul tam o manejo comunitário familiar na região. “Quero saber dos r esu l tados desse diálogo e buscar a c o l h i m e n t o d a s reivindicações das populações tradicio-nais, mesmo naquilo que não seja de r e s p o n s a b i l i d a d e específica do meu M i n i s t é r i o . M e u compromisso público é levar essas deman-das inclusive para ou t r a s á r ea s do Governo”, disse a ministra.

O Greenpeace

B r a s i l f e z u m a mani f es tação em Parintins e mobilizou militantes da ONG e populares para fazer o “Grito das Florestas”. Uma enorme faixa c o m o s d i z e r e s “Congresso, desliga essa motossera” foi e s t e n d i d a n o Bumbódromo, local de evento do Festival dos Bois, chamando a atenção dos parla-mentares em relação ao Código Florestal. Ainda na presença da ministra, o presidente do GTA, Rubens G o m e s , l e u u m d o c u m e n t o c o m

reivindicações sobre o C ó d i g o F l o r e s t a l p e d i n d o q u e o Congresso brasileiro não aprove mudanças no Código Florestal q u e r e d u z a m a proteção das matas nativas e exige do Governo brasileiro e da presidenta Dilma Rousseff o cumpri-mento do compromis-so por ela selado, n a c i o n a l m e n t e durante sua campa-nha e internacional-m e n t e e m C o p e n h a g u e , d e rejeição a qualquer proposta de anistia geral e de redução do

desmatamento na Amazônia.

No segundo dia, os participantes do Conjus dividiram-se em Grupos de Trabalhos e discuti-ram a sistematização de propostas nas áreas de regulariza-ç ã o f u n d i á r i a , governança, marco l e g a l , p o l í t i c a s publicas e unidades de conservação que atendam as reinvidi-cações levantadas pelos participantes das mais de 30 o r g a n i z a ç õ e s e empresas presentes. E m s e g u i d a , a s r e i v i n d i c a ç õ e s levantadas foram compartilhadas com os participantes dos outros grupos de trabalho e feitos esclarecimentos e contribuições. Essas demandas e recomen-dações serão levadas pelo Fórum Amazônia S u s t e n t á v e l a o s ministérios e demais órgãos públicos para a construção de uma agenda que contribua para a superação dos problemas identifica-dos.Fonte: Conjus

www.agorajuruti.com

Avicultura paraense ameaçada por diferença de subsídioAs recentes dificulda-des para aquisição de milho destinado ao fabrico de ração e as distorções praticadas pelo próprio governo federal na tentativa equilibrar o mercado, com a disponibiliza-ção de seus estoques reguladores, estão pondo em sério risco à avicultura paraense. “ E m t e r m o s d e vantagem competiti-va, a nossa atividade está indo para o b r e j o ” , a f i rma o veterinário Waldomiro

Gaia, avicultor e ex-p r e s i d e n t e d a Associação Paraense de Avicultura.

W a l d o m i r o G a i a c o n s i d e r a acertada a política do governo federal de liberar seus estoques, através de leilões, para normalizar a oferta de milho. O problema, diz ele, está nos custos, muito mais altos para o avicultor paraense. O produto oriundo de Mato Grosso, por exemplo, chega ao

Pará com um custo adicional de R$ 17 por saco de 60 quilos, relativo ao frete. Ao avicultor paraense, a título de subsídio, o governo oferece um prêmio de R$ 1,12 por saco de 60 quilos.

P o r é m , o mesmo milho origina-do no Mato Grosso, quando destinado ao Nordeste, tem direito a um prêmio muito maior, de R$ 7,50 por saco de 60 quilos. O resultado disso é que, enquanto o produto

chega ao Nordeste com um preço final de R$ 35, no Pará esse custo é de R$ 42 por saco de 60 quilos. A diferença de R$ 7, considerada expressi-va para uma atividade que tem no milho seu principal insumo, traduz a generosidade do governo no trata-mento dispensado aos avicultores nordesti-nos em detrimento dos paraenses.

C o m o o Estado do Pará não produz todo milho que

consome, os aviculto-res locais estão mais expostos a oscilações de mercado e mais vulneráveis a eventua-is choques de oferta. Essa situação costuma se agravar durante a entressafra, que vai de dezembro a março. Nesse período do ano, que é o que estamos v i v endo ho j e , o s produtores paraenses de frango e ovos ficam na dependência de grãos oriundos de outros Estados Fonte: Diário do Pará

.

Índios Mapuera terão acesso a documentosA e m i s s ã o d e carteira de identida-de, CPF, certidão de nascimento, título de eleitor, carteira de trabalho e outros d o c u m e n t o s e s s e n c i a i s a o exercício da cidada-nia será oferecida pela Defensor ia Pública do Pará, por meio do Balcão de Direitos, na aldeia

Mapuera, no municí-pio de Oriximiná. O serv iço deve ser oferecido em junho, mas pode ser anteci-pado conforme a disponibilidade da instituição.

A ação de cidadania foi anunci-ada nesta semana durante reunião na Defensoria, entre o defensor público de

Or ix iminá, Már io Printes; o presidente da Associação dos Povos Indígenas da Mapuera, Paulo Way Way; o representante do Programa Balcão de Direitos, Jucemir Siqueira, e os caciques E l i z eu Wa i Wa i , Roberto Wanafero e Roberto Waytia.

O s l í d e r e s indígenas foram a

Belém solicitar ao governo do Estado melhorias em áreas c o m o e d u c a ç ã o , saúde e esporte, para beneficiar mais de 3 mil índios de 12 etnias, que habitam 16 aldeias.

Eles também pediram a regulariza-ção dos documentos de 600 casais de índios que oficializa-

ram a união civil na própria aldeia, em 2009, quando foi realizado o primeiro casamento coletivo entre índios do país. Segundo os caci-ques, a regularização é importante para assegurar os direitos das famíl ias em programas sociais, c o m o o B o l s a Família.

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06 07Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011

MONTE ALEGRE - PARÁ

Mineração Rio do Norte recebe novo grupo de estudantes americanosNo último dia 11 de abr i l , 25 a lunos americanos visitaram as instalações da Mineração Rio do Nor te (MRN) , no distr i to de Porto T r o m b e t a s , e m Oriximiná. A visita faz parte de um programa de intercâmbio do qual os estudantes fazem parte, que inclui aulas de Língua Portuguesa, visitas a empresas e residência durante um semestre na capital Belém.

Jesse Hugo,

de Orlando - Flórida, ficou impressionado com a visita: "Para mim foi como se eu estivesse tendo a experiência ao vivo de artigos de jornal que já li nos Estados Unidos sobre as empresas do setor. É tudo muito b e m o r g a n i z a d o , assim como o respeito com o meio ambiente e as comunidades ao redor", afirmou Jesse. "É uma empresa muito grande, e que nos abriu as portas para conhecermos todos os

seus processos como visitantes. É raro em meu país que as empresas façam isso", concluiu.

A aluna Emily P a p p o t a m b é m comentou sobre a visita: "Cada etapa do processo é integrada a o u t r a , é m u i t o interessante. Gostei muito também de visitar o Horto e ver a produção de mudas, que serão grandes árvores nas áreas reflorestadas pela empresa".

Os estudantes f o r a m r e c e b i d o s dentro do Programa de Visitas da MRN,

que é coordenado pela A s s e s s o r i a d e C o m u n i c a ç ã o d a empresa.

Encontro em Defesa da Floresta contou com participação do ConjusMembros da coorde-nação, colegiado e comitês do Conselho Juruti Sustentável, o Conjus, estiveram presentes no Grande Encontro em Defesa da Floresta, dos Povos e d a P r o d u ç ã o S u s t e n t á v e l e m P a r i n t i n s ( A M ) , promovido pelo Grupo d e T r a b a l h o Amazônico (GTA), que contou com a presen-ça da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Após ouvir as demandas apresenta-das pelos componen-tes da mesa, represen-tando organizações e poderes públicos dos estados do Norte, a ministra determinou aos órgãos subordina-dos à sua pasta (Serviço Florestal Brasileiro, Ibama, I n s t i t u t o C h i c o M e n d e s d e C o n s e r v a ç ã o d a B i o d i v e r s i d a d e e S e c r e t a r i a d e B i o d i v e r s i d a d e e Florestas, Secretaria de Extrativismo e D e s e n v o l v i m e n t o Rural Sustentável) o d i á l o g o c o m a s comunidades extrati-vistas da Amazônia,

com o objetivo de resolver os impasses que di f icul tam o manejo comunitário familiar na região. “Quero saber dos r esu l tados desse diálogo e buscar a c o l h i m e n t o d a s reivindicações das populações tradicio-nais, mesmo naquilo que não seja de r e s p o n s a b i l i d a d e específica do meu M i n i s t é r i o . M e u compromisso público é levar essas deman-das inclusive para ou t r a s á r ea s do Governo”, disse a ministra.

O Greenpeace

B r a s i l f e z u m a mani f es tação em Parintins e mobilizou militantes da ONG e populares para fazer o “Grito das Florestas”. Uma enorme faixa c o m o s d i z e r e s “Congresso, desliga essa motossera” foi e s t e n d i d a n o Bumbódromo, local de evento do Festival dos Bois, chamando a atenção dos parla-mentares em relação ao Código Florestal. Ainda na presença da ministra, o presidente do GTA, Rubens G o m e s , l e u u m d o c u m e n t o c o m

reivindicações sobre o C ó d i g o F l o r e s t a l p e d i n d o q u e o Congresso brasileiro não aprove mudanças no Código Florestal q u e r e d u z a m a proteção das matas nativas e exige do Governo brasileiro e da presidenta Dilma Rousseff o cumpri-mento do compromis-so por ela selado, n a c i o n a l m e n t e durante sua campa-nha e internacional-m e n t e e m C o p e n h a g u e , d e rejeição a qualquer proposta de anistia geral e de redução do

desmatamento na Amazônia.

No segundo dia, os participantes do Conjus dividiram-se em Grupos de Trabalhos e discuti-ram a sistematização de propostas nas áreas de regulariza-ç ã o f u n d i á r i a , governança, marco l e g a l , p o l í t i c a s publicas e unidades de conservação que atendam as reinvidi-cações levantadas pelos participantes das mais de 30 o r g a n i z a ç õ e s e empresas presentes. E m s e g u i d a , a s r e i v i n d i c a ç õ e s levantadas foram compartilhadas com os participantes dos outros grupos de trabalho e feitos esclarecimentos e contribuições. Essas demandas e recomen-dações serão levadas pelo Fórum Amazônia S u s t e n t á v e l a o s ministérios e demais órgãos públicos para a construção de uma agenda que contribua para a superação dos problemas identifica-dos.Fonte: Conjus

www.agorajuruti.com

Avicultura paraense ameaçada por diferença de subsídioAs recentes dificulda-des para aquisição de milho destinado ao fabrico de ração e as distorções praticadas pelo próprio governo federal na tentativa equilibrar o mercado, com a disponibiliza-ção de seus estoques reguladores, estão pondo em sério risco à avicultura paraense. “ E m t e r m o s d e vantagem competiti-va, a nossa atividade está indo para o b r e j o ” , a f i rma o veterinário Waldomiro

Gaia, avicultor e ex-p r e s i d e n t e d a Associação Paraense de Avicultura.

W a l d o m i r o G a i a c o n s i d e r a acertada a política do governo federal de liberar seus estoques, através de leilões, para normalizar a oferta de milho. O problema, diz ele, está nos custos, muito mais altos para o avicultor paraense. O produto oriundo de Mato Grosso, por exemplo, chega ao

Pará com um custo adicional de R$ 17 por saco de 60 quilos, relativo ao frete. Ao avicultor paraense, a título de subsídio, o governo oferece um prêmio de R$ 1,12 por saco de 60 quilos.

P o r é m , o mesmo milho origina-do no Mato Grosso, quando destinado ao Nordeste, tem direito a um prêmio muito maior, de R$ 7,50 por saco de 60 quilos. O resultado disso é que, enquanto o produto

chega ao Nordeste com um preço final de R$ 35, no Pará esse custo é de R$ 42 por saco de 60 quilos. A diferença de R$ 7, considerada expressi-va para uma atividade que tem no milho seu principal insumo, traduz a generosidade do governo no trata-mento dispensado aos avicultores nordesti-nos em detrimento dos paraenses.

C o m o o Estado do Pará não produz todo milho que

consome, os aviculto-res locais estão mais expostos a oscilações de mercado e mais vulneráveis a eventua-is choques de oferta. Essa situação costuma se agravar durante a entressafra, que vai de dezembro a março. Nesse período do ano, que é o que estamos v i v endo ho j e , o s produtores paraenses de frango e ovos ficam na dependência de grãos oriundos de outros Estados Fonte: Diário do Pará

.

Índios Mapuera terão acesso a documentosA e m i s s ã o d e carteira de identida-de, CPF, certidão de nascimento, título de eleitor, carteira de trabalho e outros d o c u m e n t o s e s s e n c i a i s a o exercício da cidada-nia será oferecida pela Defensor ia Pública do Pará, por meio do Balcão de Direitos, na aldeia

Mapuera, no municí-pio de Oriximiná. O serv iço deve ser oferecido em junho, mas pode ser anteci-pado conforme a disponibilidade da instituição.

A ação de cidadania foi anunci-ada nesta semana durante reunião na Defensoria, entre o defensor público de

Or ix iminá, Már io Printes; o presidente da Associação dos Povos Indígenas da Mapuera, Paulo Way Way; o representante do Programa Balcão de Direitos, Jucemir Siqueira, e os caciques E l i z eu Wa i Wa i , Roberto Wanafero e Roberto Waytia.

O s l í d e r e s indígenas foram a

Belém solicitar ao governo do Estado melhorias em áreas c o m o e d u c a ç ã o , saúde e esporte, para beneficiar mais de 3 mil índios de 12 etnias, que habitam 16 aldeias.

Eles também pediram a regulariza-ção dos documentos de 600 casais de índios que oficializa-

ram a união civil na própria aldeia, em 2009, quando foi realizado o primeiro casamento coletivo entre índios do país. Segundo os caci-ques, a regularização é importante para assegurar os direitos das famíl ias em programas sociais, c o m o o B o l s a Família.

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Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 09Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/201108

Toma posse o primeiro Conselho de Educação do município de Almeirim

Aconteceu no dia 15/04 (sexta-feira), no a u d i t ó r i o C e l s o Andrade da Secretária Municipal de Educação n o M u n i c í p i o d e Almeirim, a posse do primeiro Conselho Municipal de Educação daquele Município.

Participaram da c e r i m ô n i a v á r i a a u t o r i d a d e s d o Município entre elas, o prefeito José Botelho, secretário Municipal de e d u c a ç ã o , P e d r o Damião, o Coordenador de Educação de Monte D o u r a d o M a n o e l Martins, presidente do S INTEPP/Almeir im Wisnei Luis, professo-res e diretores de escolas municipais. O professor Olinaldo Goes, diretor da escola Elei Duarte Eleres, falou da importância do Conselho, na Educação do município e do c o m p r o m i s s o d o prefeito Botelho com a educação do povo almeirimense, já o c o o r d e n a d o r d e Educação de Monte D o u r a d o , M a n o e l Martins, falou sobre o m o m e n t o m a i s i m p o r t a n t e n a Educação do município de Almeirim, que a dez anos se buscava e somente agora na gestão do prefeito Botelho foi possível a criação e a posse do Primeiro Conselho Municipal Educação, p rovando se r um governo democrático e participativo, e refor-çou dizendo que, “por ser um dos suplentes dos conselho, estou disposto em ajudar meus companheiros em mais essa árdua caminhada”, disse e c o m p l e m e n t o u paraben i zando os conselheiros eleitos, o prefeito Botelho e o Secretário de Educação

Eranildo Cruz

Pedro Damião pelo empenho na criação do referido conselho.

O presidente do SINTEPP de Almeirim, professor Wisnei Luis parabenizou o prefeito Botelho pelo respeito, c ompromisso e a responsabilidade que demonstrou ao aceita o projeto de criação do Conselho Municipal de Educação, “pois a posse deste Conselho foi um dos maiores a v a n ç o s q u e a Educação de Almeirim sofreu, por ser um Conselho deliberativo, fiscalizador, regulariza-dor e norteador, nem sempre os gestores públicos dão importân-cia, mas com o prefeito Botelho foi diferente, e é assim que se faz uma gestão pública demo-crática, esse conselho, com certeza, vem dar mais autonomia aos educadores”, falou o professor desejando sucesso e coragem aos

conselheiros, pois sabe que por ser o primeiro conselho, terão muito trabalho. A secretária de Promoção Social, Valéria Melo, reforçou a f a l a d o s d e m a i s , p a r a b e n i z a n d o o Prefeito Botelho, o S e c r e t á r i o P e d r o Damião e os membros do Conselho por mais essa conquista do “Governo Para Todos” e fica feliz em saber que o ensino no município será regulamentado e que, os alunos da rede pública do Município de Almeirim poderão chegar ao final do ensino fundamental e r e c e b e r o s s e u s diplomas, para que possam dar continui-dade em seus estudos sem maiores proble-mas.

O Secretário de E d u c a ç ã o , P e d r o Damião, enfatiza sobre a sua luta no decorrer de dez anos de discus-s õ e s , p e s q u i s a s ,

juntamente com outros colegas, sobre a criação do Conselho Municipal de Educação – CME e agora, senti-se feliz em fazer parte de um momento importantís-simo na história da Educação de Almeirim, pois reconhece que, “isso só foi possível porque temos um prefeito comprometido com o desenvolvimento soc ia l , cu l tura l e econômico do nosso povo e a educação de qualidade é um dos caminhos para conse-guir tal feito”, disse que sabe também, que sem o empenho da equipe técnica pedagógica (Fábio Rogério, Elias Lobato, Rosiley Gomes e Raimunda Paixão) e a participação de outros companheiros, essa batalha seria ainda mais difícil. O secretá-rio finaliza agradecen-do a presença de todos e ao prefeito Botelho pelo apoio.

O Prefeito José Botelho dos Santos falou da marca históri-ca do Município de Almeirim com algo tão importante para a educação, também reconhece que, sem a p a r t i c i p a ç ã o d o s envolvidos no processo, isso seria praticamente inviável, mas quando o secretário o procurou, disse que “façam a parte de vocês que eu faço a minha e assim que o projeto chegou em minha mão, encami-nhei imediatamente pa ra Câmara dos Vereadores e e les aprovaram e, demos c o n t i n u i d a d e n o s trabalhos e aqui estar o resultado, o Conselho de Educação de foto e de direito”. O prefeito parabenizou a todos os envolvidos pelo empe-nho e deu posse ao Pr imeiro Conse lho Municipal de Educação d o M u n i c í p i o d e Almeirim.

Empresas de Juruti recebem certificado do Programa 5SNa noite da última t e r ç a - f e i r a , 1 9 , aconteceu na igreja Assembléia de Deus em Juruti, a entrega de certificados para as empresas que partici-param do Programa 5S. Vinte e três empresas receberam certificação.

O programa 5S foi implantado em Juruti, em 2010, numa parceria entre Associação Comercial de Juruti e Alcoa, que ofereceu para as empresas participan-tes orientações para competir no mercado com grandes empre-sas. De acordo com o professor e ministran-te dos cursos, Haroldo Bentes, o programa veio trazer para as empresas de Juruti, um modelo de gestão o r i e n t a d a p a r a arrumação, ordena-ç ã o , d i s c i p l i n a , higiene, entre outros, que envolve organiza-ção, planejamento, definição de propósi-to, redução de custo, desperdícios e várias out ras pequenas mudanças de hábitos pode contribuir para o c r e s c i m e n t o d a empresa. “É uma filosofia diferente, que envolve não somente o dono da empresa, m a s t a m b é m o s funcionários, para conseguir eficácia e ter uma melhoria de vida tanto na empresa como na sociedade.

S e g u n d o G u s t a v o H a m o y , p r e s i d e n t e d a Associação Comercial e Empresarial de Juruti, o Programa 5S vem trazer para as empresas participan-tes uma mudança de

cultura e hábito que consequent imente aumenta a competi-ção e as chances do

comércio local forne-cer em pé de igualdade c o m a s g r a n d e s empresas. “Nossa

segunda meta agora é viabilizar a manuten-ção do projeto para c o n t i n u i d a d e d o

s u c e s s o ” , d i s s e Hamoy.

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Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 09Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/201108

Toma posse o primeiro Conselho de Educação do município de Almeirim

Aconteceu no dia 15/04 (sexta-feira), no a u d i t ó r i o C e l s o Andrade da Secretária Municipal de Educação n o M u n i c í p i o d e Almeirim, a posse do primeiro Conselho Municipal de Educação daquele Município.

Participaram da c e r i m ô n i a v á r i a a u t o r i d a d e s d o Município entre elas, o prefeito José Botelho, secretário Municipal de e d u c a ç ã o , P e d r o Damião, o Coordenador de Educação de Monte D o u r a d o M a n o e l Martins, presidente do S INTEPP/Almeir im Wisnei Luis, professo-res e diretores de escolas municipais. O professor Olinaldo Goes, diretor da escola Elei Duarte Eleres, falou da importância do Conselho, na Educação do município e do c o m p r o m i s s o d o prefeito Botelho com a educação do povo almeirimense, já o c o o r d e n a d o r d e Educação de Monte D o u r a d o , M a n o e l Martins, falou sobre o m o m e n t o m a i s i m p o r t a n t e n a Educação do município de Almeirim, que a dez anos se buscava e somente agora na gestão do prefeito Botelho foi possível a criação e a posse do Primeiro Conselho Municipal Educação, p rovando se r um governo democrático e participativo, e refor-çou dizendo que, “por ser um dos suplentes dos conselho, estou disposto em ajudar meus companheiros em mais essa árdua caminhada”, disse e c o m p l e m e n t o u paraben i zando os conselheiros eleitos, o prefeito Botelho e o Secretário de Educação

Eranildo Cruz

Pedro Damião pelo empenho na criação do referido conselho.

O presidente do SINTEPP de Almeirim, professor Wisnei Luis parabenizou o prefeito Botelho pelo respeito, c ompromisso e a responsabilidade que demonstrou ao aceita o projeto de criação do Conselho Municipal de Educação, “pois a posse deste Conselho foi um dos maiores a v a n ç o s q u e a Educação de Almeirim sofreu, por ser um Conselho deliberativo, fiscalizador, regulariza-dor e norteador, nem sempre os gestores públicos dão importân-cia, mas com o prefeito Botelho foi diferente, e é assim que se faz uma gestão pública demo-crática, esse conselho, com certeza, vem dar mais autonomia aos educadores”, falou o professor desejando sucesso e coragem aos

conselheiros, pois sabe que por ser o primeiro conselho, terão muito trabalho. A secretária de Promoção Social, Valéria Melo, reforçou a f a l a d o s d e m a i s , p a r a b e n i z a n d o o Prefeito Botelho, o S e c r e t á r i o P e d r o Damião e os membros do Conselho por mais essa conquista do “Governo Para Todos” e fica feliz em saber que o ensino no município será regulamentado e que, os alunos da rede pública do Município de Almeirim poderão chegar ao final do ensino fundamental e r e c e b e r o s s e u s diplomas, para que possam dar continui-dade em seus estudos sem maiores proble-mas.

O Secretário de E d u c a ç ã o , P e d r o Damião, enfatiza sobre a sua luta no decorrer de dez anos de discus-s õ e s , p e s q u i s a s ,

juntamente com outros colegas, sobre a criação do Conselho Municipal de Educação – CME e agora, senti-se feliz em fazer parte de um momento importantís-simo na história da Educação de Almeirim, pois reconhece que, “isso só foi possível porque temos um prefeito comprometido com o desenvolvimento soc ia l , cu l tura l e econômico do nosso povo e a educação de qualidade é um dos caminhos para conse-guir tal feito”, disse que sabe também, que sem o empenho da equipe técnica pedagógica (Fábio Rogério, Elias Lobato, Rosiley Gomes e Raimunda Paixão) e a participação de outros companheiros, essa batalha seria ainda mais difícil. O secretá-rio finaliza agradecen-do a presença de todos e ao prefeito Botelho pelo apoio.

O Prefeito José Botelho dos Santos falou da marca históri-ca do Município de Almeirim com algo tão importante para a educação, também reconhece que, sem a p a r t i c i p a ç ã o d o s envolvidos no processo, isso seria praticamente inviável, mas quando o secretário o procurou, disse que “façam a parte de vocês que eu faço a minha e assim que o projeto chegou em minha mão, encami-nhei imediatamente pa ra Câmara dos Vereadores e e les aprovaram e, demos c o n t i n u i d a d e n o s trabalhos e aqui estar o resultado, o Conselho de Educação de foto e de direito”. O prefeito parabenizou a todos os envolvidos pelo empe-nho e deu posse ao Pr imeiro Conse lho Municipal de Educação d o M u n i c í p i o d e Almeirim.

Empresas de Juruti recebem certificado do Programa 5SNa noite da última t e r ç a - f e i r a , 1 9 , aconteceu na igreja Assembléia de Deus em Juruti, a entrega de certificados para as empresas que partici-param do Programa 5S. Vinte e três empresas receberam certificação.

O programa 5S foi implantado em Juruti, em 2010, numa parceria entre Associação Comercial de Juruti e Alcoa, que ofereceu para as empresas participan-tes orientações para competir no mercado com grandes empre-sas. De acordo com o professor e ministran-te dos cursos, Haroldo Bentes, o programa veio trazer para as empresas de Juruti, um modelo de gestão o r i e n t a d a p a r a arrumação, ordena-ç ã o , d i s c i p l i n a , higiene, entre outros, que envolve organiza-ção, planejamento, definição de propósi-to, redução de custo, desperdícios e várias out ras pequenas mudanças de hábitos pode contribuir para o c r e s c i m e n t o d a empresa. “É uma filosofia diferente, que envolve não somente o dono da empresa, m a s t a m b é m o s funcionários, para conseguir eficácia e ter uma melhoria de vida tanto na empresa como na sociedade.

S e g u n d o G u s t a v o H a m o y , p r e s i d e n t e d a Associação Comercial e Empresarial de Juruti, o Programa 5S vem trazer para as empresas participan-tes uma mudança de

cultura e hábito que consequent imente aumenta a competi-ção e as chances do

comércio local forne-cer em pé de igualdade c o m a s g r a n d e s empresas. “Nossa

segunda meta agora é viabilizar a manuten-ção do projeto para c o n t i n u i d a d e d o

s u c e s s o ” , d i s s e Hamoy.

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Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 10 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 11

DIA 06 DE MAIO É O ANIVERSÁRIO DO JORNAL TRIBUNA DA CALHA NORTE

MAS QUEM GANHA O PRÊMIO, É VOCÊ!

Inaugura o maior portal de informação da região da Calha Norte

Toda a credibilidade e o conteúdo do jornal Tribuna da Calha Norte que você já conhece, com muito mais interatividade, galeria de fotos, links e vídeos. Um portal que vai oferece mais informação para os leitores e mais visibilidade para os anunciantes. Tudo isso, para deixar você à frente e ao alcance do melhor da informação no mundo moderno.

TCN NEWS, será o novo site do maior centro de notícias da Calha Norte. Vai reunir as redações dos jornais Tribuna da Calha Norte e Agora Juruti, além da Agência TCN de Notícias.

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Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 10 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 11

DIA 06 DE MAIO É O ANIVERSÁRIO DO JORNAL TRIBUNA DA CALHA NORTE

MAS QUEM GANHA O PRÊMIO, É VOCÊ!

Inaugura o maior portal de informação da região da Calha Norte

Toda a credibilidade e o conteúdo do jornal Tribuna da Calha Norte que você já conhece, com muito mais interatividade, galeria de fotos, links e vídeos. Um portal que vai oferece mais informação para os leitores e mais visibilidade para os anunciantes. Tudo isso, para deixar você à frente e ao alcance do melhor da informação no mundo moderno.

TCN NEWS, será o novo site do maior centro de notícias da Calha Norte. Vai reunir as redações dos jornais Tribuna da Calha Norte e Agora Juruti, além da Agência TCN de Notícias.

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Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 12 Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 13

Aprovado ZEE da Calha Norte em Brasília

Zoneamento E c o l ó g i c o -OEconômico da

Zona Leste e Calha Norte foi aprovado, com recomendações técnicas a serem c u m p r i d a s p e l o governo do Pará, pela C o m i s s ã o Coordenadora do Z o n e a m e n t o Ecológico-Econômico do Território Nacional (CCZEE), em reunião realizada em Brasília.

A análise e aprovação do ZEE foram efetivadas na 24ª reunião ordinária da Comissão, compos-ta por representantes de 14 ministérios, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O secretário de Estado d e P r o j e t o s Estratégicos, Sidney Rosa, disse que a aprovação do ZEE

r e p r e s e n t a u m momento histórico para a região amazô-nica.

Participaram do encontro José A lber to da S i l va Colares, diretor geral d o I n s t i t u t o d e D e s e n v o l v i m e n t o

Edson Gillet

Florestal (Ideflor); C a r m e n R o s e l i Menezes, coordenado-ra técnica do ZEE-PA; Adriano Venturieri, p e s q u i s a d o r d a Empresa Brasileira de P e s q u i s a Agropecuária (Embra-p a ) , e L e a n d r o

Ferreira, pesquisador do Museu Paraense E m í l i o G o e l d i e representante do C o m i t ê T é c n i c o -Científico do ZEE-PA.

O Z E E d a C a l h a N o r t e f o i instituído pela Lei 7.389/2010, para

compat ib i l i zar as pol í t icas públicas federais à pertinência d a i n d i c a ç ã o d e redução da reserva legal para fins de recomposição, nos imóveis rurais situa-dos em áreas de uso.

Agentes do Meio Ambiente capturam Peixe Boi em Óbidos

No dia 14, os Agentes do Meio Ambiente de Óbidos foram informa-dos por um pescador que um Peixe Boi caiu em sua rede de pesca, no Rio Amazonas, na m e d i a ç ã o d o Jeretepaua, próximo a Óbidos. Os Agentes se deslocaram até o local e capturaram o animal que foi levado para a Secretaria, os quais fizeram os procedi-mentos necessários para salvá-lo, infeliz-mente, por estar muito f r a c o , o a n i m a l morreu.

M a n u e l a Sarrazin, Secretária do meio Ambiente de Óbidos, informou que esse já é o terceiro animal capturado, sendo que os outros dois formam encami-n h a d o s p a r a

Santarém e sobrevive-ram, “infelizmente esse tava muito fraco e morreu.”

Mamuela fez um apelo à população que quando ocorrer casos como esse, que a Secretaria seja informada o mais breve possível, para que dê tempo de socorrer o animal e salvá-lo, “pois o Peixe Boi é muito raro e está ameaçado de extinção e que o pescador tenha consciência de sua preservação”.

S o b r e o s p r o c e d i m e n t o s , Manuela informou “que toda vez que um animal é capturado é chamado um veteriná-rio da Prefeitura para fazer a avaliação para q u e d e p o i s s e j a tomada a providências necessárias”. (Chupa Osso)

João Canto e Odirlei Santos

Foto

- C

hupa O

sso

De Monte Alegre para Belo Monte

Camargo Corrêa pretende beneficiar calcário da vila Mulata na fabricação de cimento para a hidrelétrica de Belo Monte

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Aprovado ZEE da Calha Norte em Brasília

Zoneamento E c o l ó g i c o -OEconômico da

Zona Leste e Calha Norte foi aprovado, com recomendações técnicas a serem c u m p r i d a s p e l o governo do Pará, pela C o m i s s ã o Coordenadora do Z o n e a m e n t o Ecológico-Econômico do Território Nacional (CCZEE), em reunião realizada em Brasília.

A análise e aprovação do ZEE foram efetivadas na 24ª reunião ordinária da Comissão, compos-ta por representantes de 14 ministérios, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O secretário de Estado d e P r o j e t o s Estratégicos, Sidney Rosa, disse que a aprovação do ZEE

r e p r e s e n t a u m momento histórico para a região amazô-nica.

Participaram do encontro José A lber to da S i l va Colares, diretor geral d o I n s t i t u t o d e D e s e n v o l v i m e n t o

Edson Gillet

Florestal (Ideflor); C a r m e n R o s e l i Menezes, coordenado-ra técnica do ZEE-PA; Adriano Venturieri, p e s q u i s a d o r d a Empresa Brasileira de P e s q u i s a Agropecuária (Embra-p a ) , e L e a n d r o

Ferreira, pesquisador do Museu Paraense E m í l i o G o e l d i e representante do C o m i t ê T é c n i c o -Científico do ZEE-PA.

O Z E E d a C a l h a N o r t e f o i instituído pela Lei 7.389/2010, para

compat ib i l i zar as pol í t icas públicas federais à pertinência d a i n d i c a ç ã o d e redução da reserva legal para fins de recomposição, nos imóveis rurais situa-dos em áreas de uso.

Agentes do Meio Ambiente capturam Peixe Boi em Óbidos

No dia 14, os Agentes do Meio Ambiente de Óbidos foram informa-dos por um pescador que um Peixe Boi caiu em sua rede de pesca, no Rio Amazonas, na m e d i a ç ã o d o Jeretepaua, próximo a Óbidos. Os Agentes se deslocaram até o local e capturaram o animal que foi levado para a Secretaria, os quais fizeram os procedi-mentos necessários para salvá-lo, infeliz-mente, por estar muito f r a c o , o a n i m a l morreu.

M a n u e l a Sarrazin, Secretária do meio Ambiente de Óbidos, informou que esse já é o terceiro animal capturado, sendo que os outros dois formam encami-n h a d o s p a r a

Santarém e sobrevive-ram, “infelizmente esse tava muito fraco e morreu.”

Mamuela fez um apelo à população que quando ocorrer casos como esse, que a Secretaria seja informada o mais breve possível, para que dê tempo de socorrer o animal e salvá-lo, “pois o Peixe Boi é muito raro e está ameaçado de extinção e que o pescador tenha consciência de sua preservação”.

S o b r e o s p r o c e d i m e n t o s , Manuela informou “que toda vez que um animal é capturado é chamado um veteriná-rio da Prefeitura para fazer a avaliação para q u e d e p o i s s e j a tomada a providências necessárias”. (Chupa Osso)

João Canto e Odirlei Santos

Foto

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hupa O

sso

De Monte Alegre para Belo Monte

Camargo Corrêa pretende beneficiar calcário da vila Mulata na fabricação de cimento para a hidrelétrica de Belo Monte

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Camargo Corrêa pretende montar fábrica de cimento em Monte Alegre

que o grupo e m p r e s a r i a l Opernambucano

João Santos não quis o q u e a e m p r e s a C a m a r g o C o r r ê a Cimentos se prepara para abraçar e produ-zir: a mina de calcário de Monte A legre , próxima à comunidade de Mulata, zona rural do município. As informações ainda não são precisas, como acontece em todo negócio onde grandes interesses estão em jogo. De concreto, o que já se sabe é que a C a m a r g o C o r r ê a caminha a passos largos para montar uma planta de benefici-amento do calcário calcítico existente na mina da Mulata, para a produção de cimento. O investimento é de R$ 400 milhões, com previsão de 100 a 120 empregos diretos na sua fase de produção. A empresa não anunciou qual será a capacidade instalada da futura fábrica. Dois representan-tes da Camargo Corrêa estiveram em Monte Alegre este mês e se r e u n i r a m c o m o p r e f e i t o J a r d e l Vasconcelos, para tratar sobre o empreen-dimento. Tudo indica que o problema mais imediato a ser supera-do é a indisponibilida-de de energia elétrica para fazer funcionar a futura planta. A fonte já existe - a Hidrelétrica de Tucuruí -, mas o linhão que vai levá-la à região da Calha Norte ainda está em obra, e as previsões para a chegada a Monte Alegre não são precisas - a primeira meta era agosto deste ano, mas não será cumprida.

Reunião dos representantes da Camargo Corrêa com o vice-governador do estado, tratando sobre a mina de Monte Alegre

Representantes da Camargo Corrêa C i m e n t o s : O s c a r Lutine, Paulo Barros e Rubiane Antunes, acompanhados da deputada Josefina Carmo se reuniram com o vice-governador Helenilson Pontes em Belém para informara ao vice-governador, que a empresa preten-de estar com a planta industrial pronta no prazo de três anos e que, para isso, vai precisar de energia elétrica. Josefina pediu o empenho do governo do Estado junto à diretoria a Eletronorte, em Brasíl ia, para garantir o cronograma de construção do linhão de Tucuruí na Calha Norte. E mais: que a Eletronorte garanta o rebaixamen-to da alta tensão da rede de distribuição em substação em Monte Alegre, coisa que não está prevista no projeto inicial, para atender às demandas da popula-

ção local e também das empresas já existentes e outras que preten-dem se instalar na r e g i ã o , c o m o a C a m a r g o C o r r ê a Cimentos. Na busca de apoio para esse objetivo, o vice-govenador e a deputada Josefina Carmo concordaram em ir a Brasília, em data a ser definida, na busca de apoio da b a n c a d a f e d e r a l paraense para se r e u n i r c o m a E l e t r o n o r t e e o Ministério das Minas e Energia.

"A Calha Norte tem possibilidades potenciais excelentes de se desenvolver a partir da exploração sustentável de seus recursos naturais. A produção de cimento pela Camargo Corrêa é uma dessas oportuni-dades, a exploração de bauxita pela minera-dora Rio Tinto é outra. Não podemos deixar que essas oportunida-des passem sem que

nos empenhemos em delas tirar benefícios para a nossa popula-

ção", afirmou Josefina, após a audiência com o vice-governador.

CONCESSÃO DE CALCÁRIO

A concessão da mina de calcário de Monte Alegre é do grupo João Santos, que criou a empresa Companhia Agro-Industrial de Monte Alegre (Caima), na segunda metade dos anos 70, para explorá-la. Para tanto, recebeu incentivo fiscal da Sudam, inclusive para a produção própria de energia para a indústria, mas esta nunca foi mon tada . Nos anos 90 , o g rupo pernambucano desmontou o demorado canteiro de obras da Caima e foi plantá-lo sobre outra mina de calcário, em local distante pouco mais de 30km da cidade de Itaituba, na margem esquerda do rio Tapajós. Lá, há onze anos, ela produz o cimento Nassau. O calcário de Monte Alegre vai agora ser explorado pela Camargo Corrêa, que será usado nas obras da hidrelétrica de Belo Monte e outros grandes projetos em discussão para a região. O investimento da empresa vai gerar emprego, renda e novas oportunidades de negócios, além de receitas ao erário. Segundo a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), que fez estudos em Monte Alegre, no final dos anos 80, as jazidas locais de calcário chegam a 58 milhões de toneladas, com predominância do tipo calcítico, justamente o apropriado para a produção de cimento.

José M Piteira

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Governo fecha acordo sobre Código Florestals ambientalis-t a s e o s Oruralistas da

E s p l a n a d a d o s Ministérios fecharam na quinta-feira, 14, um acordo para negociar sem rachas internos a reforma do Código Florestal com o Congresso.

Na polêmica sobre as Áreas de Proteção Permanente (APPs), por exemplo, o Ministério do Meio Ambiente concordou em reduzir para 15 metros as APPs às margens já degrada-das dos rios de até 10 metros de largura. Por sua vez, a Agricultura aceitou manter os 30 metros nas margens hoje preservadas do desmatamento.

Q u e m comandou a reunião q u e p r o d u z i u o consenso técnico do E x e c u t i v o f o i o p r e s i d e n t e d a República em exercí-cio, Michel Temer. "O governo tem de ter uma estratégia de d i á l o g o c o m o Congresso", argu-mentou o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ao admitir que não seria possível negociar com minis-tros brigando entre si.

Os próprios aliados já vinham cobrando do governo que se acertasse internamente. Na semana passada, percebendo que havia "um conflito muito radicalizado" entre os vários ministérios envolvidos na polêmi-ca e na iminência de uma de r r o t a no Congresso, o PT deu um ultimato: "Só votamos o Código Floresta l quando houver unidade no

governo", disse o líder petista na Câmara, Paulo Teixeira (SP).

Reserva Legal. Além das APPs às margens dos rios, o governo também se entendeu com os produtores rurais em outro conf l i to . A Reserva Legal (parcela da propriedade que deve manter a vegeta-ç ã o n a t i v a ) n ã o precisará ser averba-da em cartório. A proposta é que este processo seja simplifi-cado, bastando uma declaração ao órgão ambiental.

A preservação das encostas também foi revista pelo gover-no. O tema apavorava a C o n f e d e r a ç ã o N a c i o n a l d a Agricultura (CNA), que argumentava que o C ó d i g o F l o r e s t a l empurraria para a ilegalidade toda a produção nacional de

café, uva e maçã. Pelo novo cálculo, ficarão preservados topos dos morros e encostas c o m i n c l i n a ç õ e s acima de 45 graus, onde raramente se c u l t i v a m e s s a s culturas.

T e m e r ponderou que era p r e c i s o f e c h a r posições que servis-sem de parâmetro no diálogo com a base governista. O objetivo do consenso era garantir um marco r e g u l a t ó r i o q u e mantivesse intactas áreas hoje preserva-das, ao mesmo tempo em que possibilitasse a recuperação de faixas degradadas, retirando os produto-res rurais da ilegali-dade.

"Agora temos o argumento técnico de que precisávamos para trabalhar a unidade da base",

comemorou o líder Teixeira, ao informar que o PT destacou o deputado Arl indo Chinaglia (PT-SP) para negociar as polêmicas com os partidos da base aliada, em busca de um consenso político para votar o novo Código.Moratória - A ideia de dar uma moratória de cinco anos para quem desmatou, proposta pelo relator Aldo Rebelo, foi abandona-da.Desmate autorizado - Novas autorizações para corte de vegeta-ção nativa têm apoio de ruralistas, parte dos ambientalistas, governo e entidades estaduais da área.Área de Proteção

Permanente (APP) - O relatório aprovado na Câmara reduziu pela metade, para 15 metros, a área de

proteção às margens dos rios de até 10 metros de largura. Governo, ambientalis-t a s e e n t i d a d e s estaduais defendem a manutenção da APP em 30 metros.O acordo - Ministério do Meio Ambiente concordou em reduzir para 15 metros as APPs às margens já degradadas dos rios de até 10 metros de largura. Por sua vez, a Agricultura aceitou manter os 30 metros nas margens hoje p r e s e r v a d a s d o desmatamentoD i r e i t o d e n ã o

recompor - A dispensa da recuperação da reserva legal em áreas de até 4 módulos fiscais é a maior polêmica no texto. O relator Aldo Rebelo mantém a proposta, com apoio de ruralis-tas.

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Camargo Corrêa pretende montar fábrica de cimento em Monte Alegre

que o grupo e m p r e s a r i a l Opernambucano

João Santos não quis o q u e a e m p r e s a C a m a r g o C o r r ê a Cimentos se prepara para abraçar e produ-zir: a mina de calcário de Monte A legre , próxima à comunidade de Mulata, zona rural do município. As informações ainda não são precisas, como acontece em todo negócio onde grandes interesses estão em jogo. De concreto, o que já se sabe é que a C a m a r g o C o r r ê a caminha a passos largos para montar uma planta de benefici-amento do calcário calcítico existente na mina da Mulata, para a produção de cimento. O investimento é de R$ 400 milhões, com previsão de 100 a 120 empregos diretos na sua fase de produção. A empresa não anunciou qual será a capacidade instalada da futura fábrica. Dois representan-tes da Camargo Corrêa estiveram em Monte Alegre este mês e se r e u n i r a m c o m o p r e f e i t o J a r d e l Vasconcelos, para tratar sobre o empreen-dimento. Tudo indica que o problema mais imediato a ser supera-do é a indisponibilida-de de energia elétrica para fazer funcionar a futura planta. A fonte já existe - a Hidrelétrica de Tucuruí -, mas o linhão que vai levá-la à região da Calha Norte ainda está em obra, e as previsões para a chegada a Monte Alegre não são precisas - a primeira meta era agosto deste ano, mas não será cumprida.

Reunião dos representantes da Camargo Corrêa com o vice-governador do estado, tratando sobre a mina de Monte Alegre

Representantes da Camargo Corrêa C i m e n t o s : O s c a r Lutine, Paulo Barros e Rubiane Antunes, acompanhados da deputada Josefina Carmo se reuniram com o vice-governador Helenilson Pontes em Belém para informara ao vice-governador, que a empresa preten-de estar com a planta industrial pronta no prazo de três anos e que, para isso, vai precisar de energia elétrica. Josefina pediu o empenho do governo do Estado junto à diretoria a Eletronorte, em Brasíl ia, para garantir o cronograma de construção do linhão de Tucuruí na Calha Norte. E mais: que a Eletronorte garanta o rebaixamen-to da alta tensão da rede de distribuição em substação em Monte Alegre, coisa que não está prevista no projeto inicial, para atender às demandas da popula-

ção local e também das empresas já existentes e outras que preten-dem se instalar na r e g i ã o , c o m o a C a m a r g o C o r r ê a Cimentos. Na busca de apoio para esse objetivo, o vice-govenador e a deputada Josefina Carmo concordaram em ir a Brasília, em data a ser definida, na busca de apoio da b a n c a d a f e d e r a l paraense para se r e u n i r c o m a E l e t r o n o r t e e o Ministério das Minas e Energia.

"A Calha Norte tem possibilidades potenciais excelentes de se desenvolver a partir da exploração sustentável de seus recursos naturais. A produção de cimento pela Camargo Corrêa é uma dessas oportuni-dades, a exploração de bauxita pela minera-dora Rio Tinto é outra. Não podemos deixar que essas oportunida-des passem sem que

nos empenhemos em delas tirar benefícios para a nossa popula-

ção", afirmou Josefina, após a audiência com o vice-governador.

CONCESSÃO DE CALCÁRIO

A concessão da mina de calcário de Monte Alegre é do grupo João Santos, que criou a empresa Companhia Agro-Industrial de Monte Alegre (Caima), na segunda metade dos anos 70, para explorá-la. Para tanto, recebeu incentivo fiscal da Sudam, inclusive para a produção própria de energia para a indústria, mas esta nunca foi mon tada . Nos anos 90 , o g rupo pernambucano desmontou o demorado canteiro de obras da Caima e foi plantá-lo sobre outra mina de calcário, em local distante pouco mais de 30km da cidade de Itaituba, na margem esquerda do rio Tapajós. Lá, há onze anos, ela produz o cimento Nassau. O calcário de Monte Alegre vai agora ser explorado pela Camargo Corrêa, que será usado nas obras da hidrelétrica de Belo Monte e outros grandes projetos em discussão para a região. O investimento da empresa vai gerar emprego, renda e novas oportunidades de negócios, além de receitas ao erário. Segundo a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), que fez estudos em Monte Alegre, no final dos anos 80, as jazidas locais de calcário chegam a 58 milhões de toneladas, com predominância do tipo calcítico, justamente o apropriado para a produção de cimento.

José M Piteira

Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 15

Governo fecha acordo sobre Código Florestals ambientalis-t a s e o s Oruralistas da

E s p l a n a d a d o s Ministérios fecharam na quinta-feira, 14, um acordo para negociar sem rachas internos a reforma do Código Florestal com o Congresso.

Na polêmica sobre as Áreas de Proteção Permanente (APPs), por exemplo, o Ministério do Meio Ambiente concordou em reduzir para 15 metros as APPs às margens já degrada-das dos rios de até 10 metros de largura. Por sua vez, a Agricultura aceitou manter os 30 metros nas margens hoje preservadas do desmatamento.

Q u e m comandou a reunião q u e p r o d u z i u o consenso técnico do E x e c u t i v o f o i o p r e s i d e n t e d a República em exercí-cio, Michel Temer. "O governo tem de ter uma estratégia de d i á l o g o c o m o Congresso", argu-mentou o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ao admitir que não seria possível negociar com minis-tros brigando entre si.

Os próprios aliados já vinham cobrando do governo que se acertasse internamente. Na semana passada, percebendo que havia "um conflito muito radicalizado" entre os vários ministérios envolvidos na polêmi-ca e na iminência de uma de r r o t a no Congresso, o PT deu um ultimato: "Só votamos o Código Floresta l quando houver unidade no

governo", disse o líder petista na Câmara, Paulo Teixeira (SP).

Reserva Legal. Além das APPs às margens dos rios, o governo também se entendeu com os produtores rurais em outro conf l i to . A Reserva Legal (parcela da propriedade que deve manter a vegeta-ç ã o n a t i v a ) n ã o precisará ser averba-da em cartório. A proposta é que este processo seja simplifi-cado, bastando uma declaração ao órgão ambiental.

A preservação das encostas também foi revista pelo gover-no. O tema apavorava a C o n f e d e r a ç ã o N a c i o n a l d a Agricultura (CNA), que argumentava que o C ó d i g o F l o r e s t a l empurraria para a ilegalidade toda a produção nacional de

café, uva e maçã. Pelo novo cálculo, ficarão preservados topos dos morros e encostas c o m i n c l i n a ç õ e s acima de 45 graus, onde raramente se c u l t i v a m e s s a s culturas.

T e m e r ponderou que era p r e c i s o f e c h a r posições que servis-sem de parâmetro no diálogo com a base governista. O objetivo do consenso era garantir um marco r e g u l a t ó r i o q u e mantivesse intactas áreas hoje preserva-das, ao mesmo tempo em que possibilitasse a recuperação de faixas degradadas, retirando os produto-res rurais da ilegali-dade.

"Agora temos o argumento técnico de que precisávamos para trabalhar a unidade da base",

comemorou o líder Teixeira, ao informar que o PT destacou o deputado Arl indo Chinaglia (PT-SP) para negociar as polêmicas com os partidos da base aliada, em busca de um consenso político para votar o novo Código.Moratória - A ideia de dar uma moratória de cinco anos para quem desmatou, proposta pelo relator Aldo Rebelo, foi abandona-da.Desmate autorizado - Novas autorizações para corte de vegeta-ção nativa têm apoio de ruralistas, parte dos ambientalistas, governo e entidades estaduais da área.Área de Proteção

Permanente (APP) - O relatório aprovado na Câmara reduziu pela metade, para 15 metros, a área de

proteção às margens dos rios de até 10 metros de largura. Governo, ambientalis-t a s e e n t i d a d e s estaduais defendem a manutenção da APP em 30 metros.O acordo - Ministério do Meio Ambiente concordou em reduzir para 15 metros as APPs às margens já degradadas dos rios de até 10 metros de largura. Por sua vez, a Agricultura aceitou manter os 30 metros nas margens hoje p r e s e r v a d a s d o desmatamentoD i r e i t o d e n ã o

recompor - A dispensa da recuperação da reserva legal em áreas de até 4 módulos fiscais é a maior polêmica no texto. O relator Aldo Rebelo mantém a proposta, com apoio de ruralis-tas.

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Monte Alegre, Pará, Sábado 23 de abril/2011 16

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UFOPA deve inaugurar novo prédio em junhoA s o b r a s d a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) continuam a c e l e r a d a s . N o campus Tapajós está sendo preparado um grande complexo de salas, um prédio de três andares deve ser entregue no mês de novembro.

O c a m p u s marechal a obra é do centro de formação interdisciplinar e está com data marcada para ser inaugurado em junho.

A l é m d a s obras a r e i t o r i a anunc i ou que a Un i v e r s i dade f o i comunicada sobre a aprovação do projeto de extensão com 2 milhões de reais. O projeto vai possibilitar a criação do Instituto d e C i ê n c i a s d a E d u c a ç ã o , u m trabalho em parceria com ensino médio e fundamental.

A Universidade triplicou o quadro de docentes com mais de duzentos

professores, todos p ó s - g r a d u a d o s , dentre os quais, alguns Doutores e Mestres.

A U F O P A pretende, ainda que em cinco anos, que todos os professores leigos estejam cur-sando o nível superior com o projeto de formação de docentes da rede pública de ensino, por meio do Plano nacional de Formação de profes-sores da Educação Básica (PARFOR). Fonte – No Tapajós

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