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ANO VIX - EDIÇÃO DIGITAL 15 // Monte Alegre - Pará - Brasil Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 PAC prevê investimento no transporte aquático e instalação de hidroviárias REGIÃO Pág. 12 Crianças entre 6 meses e 2 anos devem tomar segunda dose da vacina contra a gripe GERAL Pág. 14 www.tribunadacalhanorte.com.br Pág. 03 a 05 NOVO ESTADO Ex-militares alertam governo a cuidar melhor da Amazônia. Para alguns, a redivisão ajudará preservar reservas estratégicas de minerais nobres Duas empresas farão a recuperação das rodovias da Calha Norte Governador pedirá rebaixamento do Linhão de Tucuruí na Calha Norte Novo fórum de Monte Alegre é inaugurado Pág. 09 Pág. 11

tribuna da calha norte

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edição digital numero 15

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ANO VIX - EDIÇÃO DIGITAL 15 // Monte Alegre - Pará - Brasil Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

PAC prevê investimento no transporte aquático e instalação de hidroviárias

REGIÃO

Pág. 12

Crianças entre 6 meses e 2 anos devem tomar segunda dose da vacina contra a gripe

GERAL

Pág. 14

www.tribunadacalhanorte.com.br

Pág. 03 a 05

NOVO ESTADO

Ex-militares alertam governo a cuidar melhor da Amazônia. Para alguns, a redivisão ajudará preservar reservas estratégicas de minerais nobres

Duas empresas farão a recuperação das rodovias da Calha Norte

Governador pedirá rebaixamento do Linhão de Tucuruí na Calha Norte

Novo fórum de Monte Alegre é inaugurado

Pág. 09

Pág. 11

Propriedade da empresa O SUSSUARANA CARDOSO

CNPJ nº 07081356/0001-46

TELEFONES: (93)

3533-1554 / 8805-0183

9122-5016 / 9145-7591

Os artigos e colunas assinadas, são de inteira responsabilidade de seus autores e nem sempre refletem a opinião deste jornal

SUCURSAL SANTARÉM

Trav. Professor Carvalho, 1113, Sala C. AparecidaCEP. 68040-470 Santarém - Pará

Av. Nilo Peçanha, s/n, Ed. Ribeiro, sala 03. CentroCEP 68220-000 MONTE ALEGRE - PARÁ

E-mail: [email protected]

DIRETOR-EDITOR - Genival Cardoso

DIRETORA ADMINISTRATIVA - Ocidete Sussuarana

CHEFE DE REDAÇÃO - Sales Martins

REDAÇÃO: (93)8130-2439Email: [email protected]

www.tribunadacalhanorte.com.br www.tcnnews.com.br

ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE

02 Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 03

Extraido do jornal Folha de São Paulo

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

No dia 05 de junho dei seu presente ao planeta

Dia do Meio Ambiente

Propriedade da empresa O SUSSUARANA CARDOSO

CNPJ nº 07081356/0001-46

TELEFONES: (93)

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9122-5016 / 9145-7591

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02 Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 03

Extraido do jornal Folha de São Paulo

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

No dia 05 de junho dei seu presente ao planeta

Dia do Meio Ambiente

04 05

Ex-militares alertam governo a cuidar melhor da Amazônia. Para alguns, a redivisão ajudará preservar reservas estratégicas de petróleo e de minerais nobres

A grande cob iça internacional, Gélio Fregapani, um dos maiores conhecedores da Amazônia brasilei-ra dá a receita para assegurar a posse do Brasil sobre a região: povoá-la sustentavel-m e n t e . “ N o s s a Amazônia, com sua riquíssima biodiversi-dade, água abundante e vastíssimas riquezas m i n e r a i s a i n d a i n e x p l o r a d a s e , naturalmente, motivo de grande inquieta-ç ã o ” , a v a l i a Fregapani, coronel da reserva do Exército e um dos fundadores do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), sediado em Manaus (AM).

P a r a Fregapani, a explosão demográfica mundial e a busca por alimen-tos e riquezas (minei-r o s , m a d e i r a s , petróleo e outros bens úteis à humanidade) fazem da Amazônia alvo fácil das grandes potências. “Trata-se de um perigo real e imediato”, alerta. Ainda de acordo com Fregapani, a saída para “o risco que nossas novas gera-ções do III Milênio não precisam recorrer às armas, na defesa da integridade nacional” é povoar a Amazônia. Mi l i tares ouvidos p e l a A g ê n c i a A m a z ô n i a s o b a condição do anonima-to têm a mesma opinião de Fregapani. “Povoar a Amazônia é condição indispensá-

vel para mantê-la brasileira”, afirma um general da reserva do Exército, que serviu durante anos na Amazônia.

Outro militar da reserva, também conhecedor profundo da Amazônia, observa: “as circunstâncias mundiais hoje são favoráveis ao Brasil e, por essa razão, o Estado bras i le i ro precisa ficar mais atento com relação à Amazônia”. Para esse coronel, a redivisão territorial do Brasil, e m e s p e c i a l d a Amazônia, é uma medida correta para povoar a região e assegurar a presença do Estado em locais estratégicos e poucos habitados.Petróleo, urânio e outros minériosMilitares, ex-militares e estrategistas se mostram preocupados com a falta de ação do governo em áreas e s t r a t é g i c a s d a Amazônia. Segundo eles, a ineficiência do Estado tem favoreci-dos aos traficantes de drogas, armas e aos biopiratas.

Quando ainda na ativa, o general Maynard Santa Rosa depôs na Câmara dos Deputados e traçou um triste retrato. Disse que algumas ONGs (Organizações não Governamentais) atuam no tráfico de drogas, de armas e até fazem espionagem na A m a z ô n i a . S u a afirmação causou alvoroço no governo do então presidente

Lula. Poucos dias a p ó s s u a i d a à Câmara, Maynard foi m a n d a d o p a r a reserva.

Ex-chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA) , g e n e r a l A u g u s t o Heleno, também foi punido por Lula. Em palestra a oficiais no Rio de Janeiro, em 2009 , o g ene ra l Heleno criticou a política indigenista do g o v e r n o p e t i s t a . Meses depois foi substituído do CMA. V e i o p a r a o G r u p a m e n t o d e T e c n o l o g i a d o Exército, em Brasília, e este mês foi para a reserva. A exemplo de H e l e n o , o u t r o s militares avisam que as Forças Armadas

estão atentas para defender as riquezas da Amazônia, entre as quais o petróleo –

muitas reservas estão identif icadas, mas ainda inexploradas – e o urânio, o nióbio e outros minérios nobres

CHICO ARAÚJO (*)

Nacionalista e defensor dentro da Maçonaria de uma campanha em favor da Amazônia, o senador Mozar i ldo Cavalcanti (PTB-RR), vê na redivisão territorial uma maneira de povoar a Amazônia e consolidar a presença brasileira na região. E já deu um passo decisivo nesse sentido. Após a Câmara aprovar o PDS 52/07 autorizando o plebiscito sobre a criação do Estado do Carajás, o Senado aprovou, na C o m i s s ã o d e Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o substitutivo do projeto – o PDS 19/99 – de Mozarildo propondo a realização de consulta popular sobre a criação do Estado de Tapajós.

E s s a s d u a s novas unidades da Federação surgiriam do

d e s m e m b r a m e n t o parcial do Estado do Pará. Enquanto Carajás d e v e r á r e u n i r 3 9 municípios localizados no su l e sudeste paraense, área onde reside cerca de 1,5 milhão de pessoas, Tapajós agregaria 27 municípios da parte oeste e teria população estimada em 1,7 milhão de habitantes. Com esse rearranjo, o Pará ficaria com 78 municí-pios e 2,9 milhão de habitantes.

Mozarildo tem defendido a divisão do Pará em três unidades, argumentando que mu i t as f a lhas na a d m i n i s t r a ç ã o d o e s t a d o d e v e m - s e , justamente, à sua grandeza territorial. “O Pará tem 144 municípi-os. Municípios como Altamira, que é maior

do que muitos países da Europa estão no oeste do Pará. A área do estado hoje é de 1,4 milhão de quilômetros quadrados. Administrá-lo é como administrar vários países da Europa ao mesmo tempo”, compara.

Agindo em linha contrária, Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Jorge Viana (PT-AC) argumentam que a redivisão territori-al é o aumento do gasto público com novas estruturas administrati-vas e a eleição de parlamentares. Para Viana, “o Brasil está numa fase de cresci-mento econômico, mas é preciso cuidar para que não aumentemos as despesas em demasia”.

As ponderações em torno das mudanças refletem uma onda de idéias separatistas.

T r a m i t a m n o C o n g r e s s o , e n t r e outras, propostas de criação do estado do Gurguéia, para reunir 87 municípios desmem-brados da parte sul do Piauí, e dos estados de Mato Grosso do Norte e do Araguaia.

O caminho até o estabelecimento formal de um estado, entretan-to, é longo e árduo. Cumprida a aprovação do plebiscito, o que ainda precisa ser feito para tornar realidade a nova unidade federada? Após a promulgação da lei, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, seguindo instruções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizar consulta à população "diretamente interessada" - no caso, todos os paraenses - sobre sua concordância ou não com a criação de

Carajás e Tapajós. A Justiça Eleitoral terá seis meses para realizar esse plebisci to, a contar da promulgação das propostas.

Se o resultado da consulta popular for favorável, a Assembléia Legislativa do Estado do Pará deverá, dentro de dois meses, pronun-ciar-se sobre a iniciati-va. A conclusão dessa manifestação parla-mentar deverá ser informada, em três dias úteis, ao Congresso Nacional , a quem caberá elaborar projeto de lei complementar para dar prossegui-mento à criação de Carajás e Tapajós. Se a Assembléia Legislativa não cumprir essas exigências nos prazos e s t a b e l e c i d o s , o Congresso assumirá a c o n t i n u i d a d e d o processo.

Divisão causa situações peculiares na AmazôniaA atual divisão territorial entre os estados cria situações peculiares, especialmente nas regiões de grande vazio populacional do Norte e Centro Oeste. Em razão de elementos da paisagem – como os rios – povoações e cidades acabam se situando geográfica e politicamente em um estado, quando estão mais próximas do estado vizinho, e ali buscam o atendimento de suas necessidades.

Defensor do estabelecimento de novos limites entre os estados, o senador Jorge Viana (PT-AC) dá como exemplo as localidades de Extrema e Nova Califórnia, vilas pertencentes a Porto Velho, capital de Rondônia, estado que toca o Acre a Noroeste.

Ainda dentro do território do Acre, o governo estadual construiu uma escola de ensino médio para atender aos habitantes de Extrema e Nova Califórnia, distantes 350 quilômetros de Porto Velho e 150 de Rio Branco, capital do Acre.

Conforme a assessoria de Jorge Viana, muitas vezes é preciso pensar mais no atendimento à população do que na rígida configuração geográfica.O site Ariquemes On-line publicou em agosto de 2010 notícia que ilustra bem a situação. O tratorista Odair Carvalho, morador de Extrema, trabalhava na selva quando o seu filho Lucas nasceu. Prematuro, o recém-nascido precisou de

atendimento especial e teve de ser levado a Rio Branco. Para voltar a Rondônia, a criança foi registrada só por Rosilene Cardoso, a mãe.Posteriormente, o programa do governo de Rondônia Operação Justiça Rápida Itinerante foi procurado por Odair para corrigir o registro de nascimento do filho. "Foi rápido. Agora eu vou levar no cartório e mudar a certidão", disse o tratorista ao Ariquemes On-line.

Outro exemplo desse tipo de assimetria é o do município de Boca do Acre, localizado no Amazonas, mas distante cerca de 1,5 mil quilômetros de Manaus e apenas 200 quilômetros de Rio Branco, para onde os amazonenses daquela faixa de fronteira vão em busca de atendimento médico. Os secretários de Estado do Amazonas quando têm de visitar Boca do Acre, seguem de avião até Rio Branco e completam o trajeto de carro.

A assessoria de Jorge Viana esclarece que o senador não está propondo que este ou aquele município seja incorporado ao Acre. Apenas observa que casos como os de Boca do Acre, Extrema e Nova Califórnia são comuns no Brasil. E dão a medida da insegurança provocada por linhas divisórias traçadas quando o país ainda não dispunha de recursos como as imagens de satélite e muitas cidades não haviam surgido.

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

(*) Colaboraram Simone Franco e Nelson Oliveira, repórteres da Agência Senado

04 05

Ex-militares alertam governo a cuidar melhor da Amazônia. Para alguns, a redivisão ajudará preservar reservas estratégicas de petróleo e de minerais nobres

A grande cob iça internacional, Gélio Fregapani, um dos maiores conhecedores da Amazônia brasilei-ra dá a receita para assegurar a posse do Brasil sobre a região: povoá-la sustentavel-m e n t e . “ N o s s a Amazônia, com sua riquíssima biodiversi-dade, água abundante e vastíssimas riquezas m i n e r a i s a i n d a i n e x p l o r a d a s e , naturalmente, motivo de grande inquieta-ç ã o ” , a v a l i a Fregapani, coronel da reserva do Exército e um dos fundadores do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), sediado em Manaus (AM).

P a r a Fregapani, a explosão demográfica mundial e a busca por alimen-tos e riquezas (minei-r o s , m a d e i r a s , petróleo e outros bens úteis à humanidade) fazem da Amazônia alvo fácil das grandes potências. “Trata-se de um perigo real e imediato”, alerta. Ainda de acordo com Fregapani, a saída para “o risco que nossas novas gera-ções do III Milênio não precisam recorrer às armas, na defesa da integridade nacional” é povoar a Amazônia. Mi l i tares ouvidos p e l a A g ê n c i a A m a z ô n i a s o b a condição do anonima-to têm a mesma opinião de Fregapani. “Povoar a Amazônia é condição indispensá-

vel para mantê-la brasileira”, afirma um general da reserva do Exército, que serviu durante anos na Amazônia.

Outro militar da reserva, também conhecedor profundo da Amazônia, observa: “as circunstâncias mundiais hoje são favoráveis ao Brasil e, por essa razão, o Estado bras i le i ro precisa ficar mais atento com relação à Amazônia”. Para esse coronel, a redivisão territorial do Brasil, e m e s p e c i a l d a Amazônia, é uma medida correta para povoar a região e assegurar a presença do Estado em locais estratégicos e poucos habitados.Petróleo, urânio e outros minériosMilitares, ex-militares e estrategistas se mostram preocupados com a falta de ação do governo em áreas e s t r a t é g i c a s d a Amazônia. Segundo eles, a ineficiência do Estado tem favoreci-dos aos traficantes de drogas, armas e aos biopiratas.

Quando ainda na ativa, o general Maynard Santa Rosa depôs na Câmara dos Deputados e traçou um triste retrato. Disse que algumas ONGs (Organizações não Governamentais) atuam no tráfico de drogas, de armas e até fazem espionagem na A m a z ô n i a . S u a afirmação causou alvoroço no governo do então presidente

Lula. Poucos dias a p ó s s u a i d a à Câmara, Maynard foi m a n d a d o p a r a reserva.

Ex-chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA) , g e n e r a l A u g u s t o Heleno, também foi punido por Lula. Em palestra a oficiais no Rio de Janeiro, em 2009 , o g ene ra l Heleno criticou a política indigenista do g o v e r n o p e t i s t a . Meses depois foi substituído do CMA. V e i o p a r a o G r u p a m e n t o d e T e c n o l o g i a d o Exército, em Brasília, e este mês foi para a reserva. A exemplo de H e l e n o , o u t r o s militares avisam que as Forças Armadas

estão atentas para defender as riquezas da Amazônia, entre as quais o petróleo –

muitas reservas estão identif icadas, mas ainda inexploradas – e o urânio, o nióbio e outros minérios nobres

CHICO ARAÚJO (*)

Nacionalista e defensor dentro da Maçonaria de uma campanha em favor da Amazônia, o senador Mozar i ldo Cavalcanti (PTB-RR), vê na redivisão territorial uma maneira de povoar a Amazônia e consolidar a presença brasileira na região. E já deu um passo decisivo nesse sentido. Após a Câmara aprovar o PDS 52/07 autorizando o plebiscito sobre a criação do Estado do Carajás, o Senado aprovou, na C o m i s s ã o d e Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o substitutivo do projeto – o PDS 19/99 – de Mozarildo propondo a realização de consulta popular sobre a criação do Estado de Tapajós.

E s s a s d u a s novas unidades da Federação surgiriam do

d e s m e m b r a m e n t o parcial do Estado do Pará. Enquanto Carajás d e v e r á r e u n i r 3 9 municípios localizados no su l e sudeste paraense, área onde reside cerca de 1,5 milhão de pessoas, Tapajós agregaria 27 municípios da parte oeste e teria população estimada em 1,7 milhão de habitantes. Com esse rearranjo, o Pará ficaria com 78 municí-pios e 2,9 milhão de habitantes.

Mozarildo tem defendido a divisão do Pará em três unidades, argumentando que mu i t as f a lhas na a d m i n i s t r a ç ã o d o e s t a d o d e v e m - s e , justamente, à sua grandeza territorial. “O Pará tem 144 municípi-os. Municípios como Altamira, que é maior

do que muitos países da Europa estão no oeste do Pará. A área do estado hoje é de 1,4 milhão de quilômetros quadrados. Administrá-lo é como administrar vários países da Europa ao mesmo tempo”, compara.

Agindo em linha contrária, Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Jorge Viana (PT-AC) argumentam que a redivisão territori-al é o aumento do gasto público com novas estruturas administrati-vas e a eleição de parlamentares. Para Viana, “o Brasil está numa fase de cresci-mento econômico, mas é preciso cuidar para que não aumentemos as despesas em demasia”.

As ponderações em torno das mudanças refletem uma onda de idéias separatistas.

T r a m i t a m n o C o n g r e s s o , e n t r e outras, propostas de criação do estado do Gurguéia, para reunir 87 municípios desmem-brados da parte sul do Piauí, e dos estados de Mato Grosso do Norte e do Araguaia.

O caminho até o estabelecimento formal de um estado, entretan-to, é longo e árduo. Cumprida a aprovação do plebiscito, o que ainda precisa ser feito para tornar realidade a nova unidade federada? Após a promulgação da lei, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, seguindo instruções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizar consulta à população "diretamente interessada" - no caso, todos os paraenses - sobre sua concordância ou não com a criação de

Carajás e Tapajós. A Justiça Eleitoral terá seis meses para realizar esse plebisci to, a contar da promulgação das propostas.

Se o resultado da consulta popular for favorável, a Assembléia Legislativa do Estado do Pará deverá, dentro de dois meses, pronun-ciar-se sobre a iniciati-va. A conclusão dessa manifestação parla-mentar deverá ser informada, em três dias úteis, ao Congresso Nacional , a quem caberá elaborar projeto de lei complementar para dar prossegui-mento à criação de Carajás e Tapajós. Se a Assembléia Legislativa não cumprir essas exigências nos prazos e s t a b e l e c i d o s , o Congresso assumirá a c o n t i n u i d a d e d o processo.

Divisão causa situações peculiares na AmazôniaA atual divisão territorial entre os estados cria situações peculiares, especialmente nas regiões de grande vazio populacional do Norte e Centro Oeste. Em razão de elementos da paisagem – como os rios – povoações e cidades acabam se situando geográfica e politicamente em um estado, quando estão mais próximas do estado vizinho, e ali buscam o atendimento de suas necessidades.

Defensor do estabelecimento de novos limites entre os estados, o senador Jorge Viana (PT-AC) dá como exemplo as localidades de Extrema e Nova Califórnia, vilas pertencentes a Porto Velho, capital de Rondônia, estado que toca o Acre a Noroeste.

Ainda dentro do território do Acre, o governo estadual construiu uma escola de ensino médio para atender aos habitantes de Extrema e Nova Califórnia, distantes 350 quilômetros de Porto Velho e 150 de Rio Branco, capital do Acre.

Conforme a assessoria de Jorge Viana, muitas vezes é preciso pensar mais no atendimento à população do que na rígida configuração geográfica.O site Ariquemes On-line publicou em agosto de 2010 notícia que ilustra bem a situação. O tratorista Odair Carvalho, morador de Extrema, trabalhava na selva quando o seu filho Lucas nasceu. Prematuro, o recém-nascido precisou de

atendimento especial e teve de ser levado a Rio Branco. Para voltar a Rondônia, a criança foi registrada só por Rosilene Cardoso, a mãe.Posteriormente, o programa do governo de Rondônia Operação Justiça Rápida Itinerante foi procurado por Odair para corrigir o registro de nascimento do filho. "Foi rápido. Agora eu vou levar no cartório e mudar a certidão", disse o tratorista ao Ariquemes On-line.

Outro exemplo desse tipo de assimetria é o do município de Boca do Acre, localizado no Amazonas, mas distante cerca de 1,5 mil quilômetros de Manaus e apenas 200 quilômetros de Rio Branco, para onde os amazonenses daquela faixa de fronteira vão em busca de atendimento médico. Os secretários de Estado do Amazonas quando têm de visitar Boca do Acre, seguem de avião até Rio Branco e completam o trajeto de carro.

A assessoria de Jorge Viana esclarece que o senador não está propondo que este ou aquele município seja incorporado ao Acre. Apenas observa que casos como os de Boca do Acre, Extrema e Nova Califórnia são comuns no Brasil. E dão a medida da insegurança provocada por linhas divisórias traçadas quando o país ainda não dispunha de recursos como as imagens de satélite e muitas cidades não haviam surgido.

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

(*) Colaboraram Simone Franco e Nelson Oliveira, repórteres da Agência Senado

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MONTE ALEGRE - PARÁ

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

Trav. Major Barata, 49. Cidade Baixa - MONTE ALEGRE

Garapeira do Povo

Tv. General Gurjão Curaxi – Monte Alegre

Tel. 3533-2604

ma área de meio milhão de Uhectares no

coração da Amazônia está gerando renda e cidadania para quase três mil pessoas que vivem na Floresta Nacional do Tapajós (Flona), no município d e S a n t a r é m e Belterra. Com uma grande diversidade de espécies da fauna e flora brasileira, a flona habitada por popula-ções ribeirinhas é rica em espécies madeirei-ras de alto valor comercial. Mas até p o u c o t e m p o , a madeira não podia ser explorada legalmente, deixando os morado-res da floresta sem renda para as necessi-dades do dia a dia. O pouco que ganhavam vinha da venda da farinha, do artesanato e dos pescados.

Com a legali-zação do manejo florestal comunitário pelo governo federal em 2005, a vida das comunidades come-çou a mudar . A Floresta Nacional do Tapajós foi uma das primeiras a ter seu plano de manejo aprovado. As comuni-dades terão 31.560 hectares (5% da área) para explorar em pequenas parcelas anuais de cerca de mil hectares cada. A parcela de floresta explorada em um

determinado ano, terá outros 32 para se regenerar, garantindo os recursos para as novas gerações.

Para organizar a exploração susten-tável da floresta, os moradores criaram a Cooperativa Mista Flona Tapajós Verde (Coomflona). Juntas, a s c o m u n i d a d e s d e r a m i n í c i o a o Projeto Ambé, uma i n i c i a t i v a p a r a f a v o r e c e r o u s o múltiplo dos recursos da floresta, que inclui a extração de madeira, resinas, matér ia-prima para o artesa-nato e o ecoturismo.

E m 2 0 0 8 , foram explorados cem hectares de floresta. No ano seguinte, 300. Este ano, foram 700 hectares, que rende-ram 13.450 metros cúbicos de madeira. A venda do produto obedece a regras de uma licitação pública. A vencedora foi uma madeireira do municí-pio de Santarém, que pagou R$ 197 por me t ro cúb i co de madeira. As toras de M a ç a r a n d u b a , Jatobá, Ipê e outras 25 espécies de madeira foram cortadas e exportadas para os Estados Unidos e a

Europa, gerando R$ 2,6 milhões para os associados.

H o j e u m a famíl ia l igada ao projeto tem renda entre R$ 4 e 8 mil no período da safra – que ocorre durante os seis meses do período da seca na Amazônia. “Agora já conseguimos mandar os filhos para a escola, muitos já vão para a faculdade”, orgulha-se o presiden-te da Coonf lona, Sérgio Pimentel, um dos pioneiros da iniciativa. Segundo ele, as comunidades adquiriram bens como geladeiras e antenas

parabólicas. “Boa parte da renda ainda é usada no aluguel de equipamentos para o manejo, como tratores e carregadeiras. Em breve, esperamos ter financiamento para c o m p r a r n o s s o s próprios equipamen-tos” , d iz o l íder comunitário.

Uso múltiplo da floresta Este ano, o projeto ganhou o Prêmio Chico Mendes, do governo federal, na categoria Negócios Sus t en táve i s . “O nosso projeto promove o uso sustentável da floresta e inibe o desmatamento. Isso a juda também o c l i m a ” , e x p l i c a Pimentel.

A l é m d a madeira destinada quase que toda à exportação, o Projeto Ambé abriga outros produtos florestais, sempre na perspectiva do uso sustentável da f l o r e s t a . H á 1 3 espécies das quais se pode aproveitar os frutos e sementes,sem a necessidade de corte das árvores. São elas a castanha-do-pará, de andiroba, de cumaru, de cumaruí e de piquiá. Leites, óleos e resinas para aplicação industrial na área sairão de espécies c o m o c o p a í b a , seringueira, amapá doce e amapaí. Há também o uso de cascas extraídas de espécies como precio-s a , q u i n a r a n a , carapanaúba e pau rosa, que serve de matéria-prima para a produção de cosméti-cos comercializados internacionalmente.

Técnicos da gerência das Flotas da Calha Norte orientam sobre as regras de usoFoi rea l i zado na cidade de Santarém o f i c i n a s p a r a a determinação das regras de uso das Florestas Estaduais (Flotas) de Faro e T r o m b e t a s , n a s c o m u n i d a d e s d o Português e Monte Sião. De 20 a 22 de maio, técnicos da Gerência das Flotas d a C a l h a N o r t e estiveram no municí-pio para definir a utilização dos recur-s o s na tu ra i s da Unidade e como se dará a ocupação do

espaço.Com essas

regras, a Secretaria de E s t a d o d e M e i o

Ambiente (Sema) visa assegurar a sustenta-bilidade da Unidade de Conservação a

partir da regulamen-tação da utilização dos recursos naturais e dos espaços comuns; embasar o compro-misso entre as comu-nidades locais e o órgão gestor para assegurar a utilização de práticas sustentá-v e i s , b e m c o m o garantir a manuten-ção das atividades tradicionais; e servir como documento de referência para a f i s c a l i z a ç ã o d o cumprimento dos objetivos da Flota.

Nas oficinas, o grupo fez um mapea-mento participativo do uso dos recursos, através da identifica-ção das áreas de uso pe l a s popu lações locais, análise dos recursos explorados e p e r i o d i c i d a d e d e exploração; e por fim, foram estabelecidas as regras por meio de discussões coletivas, considerando os dados dos levantamentos s o c i o e c o n ô m i c o s , biológicos e o mapea-mento participativo.

Governo acusa o MPF de assediar servidoresno caso de Belo MonteS o f r e n d o o q u e chamou de "assédio moral" do Ministério Público Federal no caso da usina de Belo Monte, o governo federal pediu ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que delimite a utiliza-ção das recomenda-ções feitas por promo-tores e procuradores.

S e g u n d o a AGU (Advocacia-Geral da União) , essas recomendações por vezes contêm "amea-ças de responsabiliza-ção pessoal" a servido-res públicos, que por isso são submetidos a u m " i m p é r i o d o terror". Além de Belo Monte, eles também usam como exemplo medidas tomadas contra as hidrelétricas de Jirau e Santo A n t ô n i o , n o r i o M a d e i r a , e m Rondônia.

"O que está havendo é ameaça. Me causa espécie perce-ber que os membros do Ministério Público usam o instrumento

da recomendação para causar constran-gimento", disse Luis Inácio Adams, advoga-do-geral da União."Se eu digo a um advogado da União: ' O u v o c ê a d o t a determinado entendi-men to ou eu t e demito', o que é isso? É assédio moral. E se um procurador diz: 'Ou você adota tal medida ou eu entro com uma ação para demitir você'? Isso é assédio moral tam-bém", afirmou. "Eles simplesmente são contra Belo Monte por princípio."

No caso dessa usina, o MPF no Pará tem feito recomenda-ções ao Ibama (Insti-tuto Brasileiro do Meio A m b i e n t e e d o s Recursos Naturais Renováveis) para que a licença de instala-ção, que permite o início da obra, só seja dada quando todas as condições impostas pelo próprio órgão a m b i e n t a l s e j a m c u m p r i d a s . N a s

recomendações, os procuradores lem-bram da possibilidade de responsabilizar, por meio de ações i n d i v i d u a i s , o s func ionár ios que a s s i n a r e m a t o s supostamente ilegais -como uma licença ambiental.

No curso dos licenciamentos de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte, alguns funcionários já foram p r o c e s s a d o s p o r improbidade adminis-trativa. Segundo a AGU, o MPF faz isso mesmo sabendo que não há intenção dos f u n c i o n á r i o s e m assinar algo ilegal, condição necessária para caracterizar a i m p r o b i d a d e . Procurado, o MPF no Pará ainda não se pronunciou

- O Ministério Público Federal no Pará, depois de conhecer a íntegra do pedido de providências feito pela Advocacia Geral da União ao Conselho

Esclarecimento

Nacional do Ministério Público esclareceu que a recomendação é u m i n s t r u m e n t o previsto em lei usado pelo MPF para alertar autoridades públicas e particulares sobre i r r e g u l a r i d a d e s detectadas.

"É também recurso para deixar transparente, para os servidores públicos envolvidos no licencia-mento e para os advogados da União, qual é o entendimento do MP sobre determi-

nado assunto, com o objetivo de se tentar evitar a sua judiciali-zação. No caso de Belo M o n t e , t o d a s a s recomendações foram sucedidas por ações judic ia is que, ao contrário do que diz a AGU, ainda estão pendentes de julga-mento", disse o MPF em nota.

O MPF d i z ainda O MPF vai continuar enviando recomendações aos servidores do Ibama.

06 07

MONTE ALEGRE - PARÁ

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

Trav. Major Barata, 49. Cidade Baixa - MONTE ALEGRE

Garapeira do Povo

Tv. General Gurjão Curaxi – Monte Alegre

Tel. 3533-2604

ma área de meio milhão de Uhectares no

coração da Amazônia está gerando renda e cidadania para quase três mil pessoas que vivem na Floresta Nacional do Tapajós (Flona), no município d e S a n t a r é m e Belterra. Com uma grande diversidade de espécies da fauna e flora brasileira, a flona habitada por popula-ções ribeirinhas é rica em espécies madeirei-ras de alto valor comercial. Mas até p o u c o t e m p o , a madeira não podia ser explorada legalmente, deixando os morado-res da floresta sem renda para as necessi-dades do dia a dia. O pouco que ganhavam vinha da venda da farinha, do artesanato e dos pescados.

Com a legali-zação do manejo florestal comunitário pelo governo federal em 2005, a vida das comunidades come-çou a mudar . A Floresta Nacional do Tapajós foi uma das primeiras a ter seu plano de manejo aprovado. As comuni-dades terão 31.560 hectares (5% da área) para explorar em pequenas parcelas anuais de cerca de mil hectares cada. A parcela de floresta explorada em um

determinado ano, terá outros 32 para se regenerar, garantindo os recursos para as novas gerações.

Para organizar a exploração susten-tável da floresta, os moradores criaram a Cooperativa Mista Flona Tapajós Verde (Coomflona). Juntas, a s c o m u n i d a d e s d e r a m i n í c i o a o Projeto Ambé, uma i n i c i a t i v a p a r a f a v o r e c e r o u s o múltiplo dos recursos da floresta, que inclui a extração de madeira, resinas, matér ia-prima para o artesa-nato e o ecoturismo.

E m 2 0 0 8 , foram explorados cem hectares de floresta. No ano seguinte, 300. Este ano, foram 700 hectares, que rende-ram 13.450 metros cúbicos de madeira. A venda do produto obedece a regras de uma licitação pública. A vencedora foi uma madeireira do municí-pio de Santarém, que pagou R$ 197 por me t ro cúb i co de madeira. As toras de M a ç a r a n d u b a , Jatobá, Ipê e outras 25 espécies de madeira foram cortadas e exportadas para os Estados Unidos e a

Europa, gerando R$ 2,6 milhões para os associados.

H o j e u m a famíl ia l igada ao projeto tem renda entre R$ 4 e 8 mil no período da safra – que ocorre durante os seis meses do período da seca na Amazônia. “Agora já conseguimos mandar os filhos para a escola, muitos já vão para a faculdade”, orgulha-se o presiden-te da Coonf lona, Sérgio Pimentel, um dos pioneiros da iniciativa. Segundo ele, as comunidades adquiriram bens como geladeiras e antenas

parabólicas. “Boa parte da renda ainda é usada no aluguel de equipamentos para o manejo, como tratores e carregadeiras. Em breve, esperamos ter financiamento para c o m p r a r n o s s o s próprios equipamen-tos” , d iz o l íder comunitário.

Uso múltiplo da floresta Este ano, o projeto ganhou o Prêmio Chico Mendes, do governo federal, na categoria Negócios Sus t en táve i s . “O nosso projeto promove o uso sustentável da floresta e inibe o desmatamento. Isso a juda também o c l i m a ” , e x p l i c a Pimentel.

A l é m d a madeira destinada quase que toda à exportação, o Projeto Ambé abriga outros produtos florestais, sempre na perspectiva do uso sustentável da f l o r e s t a . H á 1 3 espécies das quais se pode aproveitar os frutos e sementes,sem a necessidade de corte das árvores. São elas a castanha-do-pará, de andiroba, de cumaru, de cumaruí e de piquiá. Leites, óleos e resinas para aplicação industrial na área sairão de espécies c o m o c o p a í b a , seringueira, amapá doce e amapaí. Há também o uso de cascas extraídas de espécies como precio-s a , q u i n a r a n a , carapanaúba e pau rosa, que serve de matéria-prima para a produção de cosméti-cos comercializados internacionalmente.

Técnicos da gerência das Flotas da Calha Norte orientam sobre as regras de usoFoi rea l i zado na cidade de Santarém o f i c i n a s p a r a a determinação das regras de uso das Florestas Estaduais (Flotas) de Faro e T r o m b e t a s , n a s c o m u n i d a d e s d o Português e Monte Sião. De 20 a 22 de maio, técnicos da Gerência das Flotas d a C a l h a N o r t e estiveram no municí-pio para definir a utilização dos recur-s o s na tu ra i s da Unidade e como se dará a ocupação do

espaço.Com essas

regras, a Secretaria de E s t a d o d e M e i o

Ambiente (Sema) visa assegurar a sustenta-bilidade da Unidade de Conservação a

partir da regulamen-tação da utilização dos recursos naturais e dos espaços comuns; embasar o compro-misso entre as comu-nidades locais e o órgão gestor para assegurar a utilização de práticas sustentá-v e i s , b e m c o m o garantir a manuten-ção das atividades tradicionais; e servir como documento de referência para a f i s c a l i z a ç ã o d o cumprimento dos objetivos da Flota.

Nas oficinas, o grupo fez um mapea-mento participativo do uso dos recursos, através da identifica-ção das áreas de uso pe l a s popu lações locais, análise dos recursos explorados e p e r i o d i c i d a d e d e exploração; e por fim, foram estabelecidas as regras por meio de discussões coletivas, considerando os dados dos levantamentos s o c i o e c o n ô m i c o s , biológicos e o mapea-mento participativo.

Governo acusa o MPF de assediar servidoresno caso de Belo MonteS o f r e n d o o q u e chamou de "assédio moral" do Ministério Público Federal no caso da usina de Belo Monte, o governo federal pediu ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que delimite a utiliza-ção das recomenda-ções feitas por promo-tores e procuradores.

S e g u n d o a AGU (Advocacia-Geral da União) , essas recomendações por vezes contêm "amea-ças de responsabiliza-ção pessoal" a servido-res públicos, que por isso são submetidos a u m " i m p é r i o d o terror". Além de Belo Monte, eles também usam como exemplo medidas tomadas contra as hidrelétricas de Jirau e Santo A n t ô n i o , n o r i o M a d e i r a , e m Rondônia.

"O que está havendo é ameaça. Me causa espécie perce-ber que os membros do Ministério Público usam o instrumento

da recomendação para causar constran-gimento", disse Luis Inácio Adams, advoga-do-geral da União."Se eu digo a um advogado da União: ' O u v o c ê a d o t a determinado entendi-men to ou eu t e demito', o que é isso? É assédio moral. E se um procurador diz: 'Ou você adota tal medida ou eu entro com uma ação para demitir você'? Isso é assédio moral tam-bém", afirmou. "Eles simplesmente são contra Belo Monte por princípio."

No caso dessa usina, o MPF no Pará tem feito recomenda-ções ao Ibama (Insti-tuto Brasileiro do Meio A m b i e n t e e d o s Recursos Naturais Renováveis) para que a licença de instala-ção, que permite o início da obra, só seja dada quando todas as condições impostas pelo próprio órgão a m b i e n t a l s e j a m c u m p r i d a s . N a s

recomendações, os procuradores lem-bram da possibilidade de responsabilizar, por meio de ações i n d i v i d u a i s , o s func ionár ios que a s s i n a r e m a t o s supostamente ilegais -como uma licença ambiental.

No curso dos licenciamentos de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte, alguns funcionários já foram p r o c e s s a d o s p o r improbidade adminis-trativa. Segundo a AGU, o MPF faz isso mesmo sabendo que não há intenção dos f u n c i o n á r i o s e m assinar algo ilegal, condição necessária para caracterizar a i m p r o b i d a d e . Procurado, o MPF no Pará ainda não se pronunciou

- O Ministério Público Federal no Pará, depois de conhecer a íntegra do pedido de providências feito pela Advocacia Geral da União ao Conselho

Esclarecimento

Nacional do Ministério Público esclareceu que a recomendação é u m i n s t r u m e n t o previsto em lei usado pelo MPF para alertar autoridades públicas e particulares sobre i r r e g u l a r i d a d e s detectadas.

"É também recurso para deixar transparente, para os servidores públicos envolvidos no licencia-mento e para os advogados da União, qual é o entendimento do MP sobre determi-

nado assunto, com o objetivo de se tentar evitar a sua judiciali-zação. No caso de Belo M o n t e , t o d a s a s recomendações foram sucedidas por ações judic ia is que, ao contrário do que diz a AGU, ainda estão pendentes de julga-mento", disse o MPF em nota.

O MPF d i z ainda O MPF vai continuar enviando recomendações aos servidores do Ibama.

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 09Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 08

Domínio de posse das ilhas fluviais é discutido na Assembleia Legislativa do Pará

O domínio sobre mais de 7 mil ilhas foi debatido esta semana n a A s s e m b l e i a Legislativa do Pará (Alepa), em sessão especial solicitada pelo deputado Márcio Miranda, líder do governo na Casa. Ca r l o s Lamarão , p r e s i d e n t e d o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), defen-deu na sessão que cabe ao Estado a p o s s e d a s i l h a s fluviais, lacustres e costeiras, que sofram ou não influência de marés, exceto aquelas situadas em áreas de fronteira.

S e g u n d o e l e , também integram o patrimônio estadual as ilhas costeiras que a b r i g a m s e d e s municipais, ressalva-dos os chamados “ t e r r e n o s d e Marinha”.

Lelio Costa, titular da Superintendência de Patrimônio da União (SPU), argu-mentou que as ilhas que sofrem influência de marés pertencem à União. “Não concordo com o parecer jurídico do atual presidente do Iterpa. O domínio das ilhas fluviais, lacus-tres e costeiras vai cont inuar com a União”, afirmou Lelio Costa.

Os deputados fizeram vários questi-onamentos sobre o assunto, que gera polêmica e já foi motivo de discordân-cia entre governos e movimentos sociais. Representantes do Governo discutem sobre o domínio das ilhas

A questão da dominia-

Cleverson Amaro

l idade das i lhas fluviais, lacustres e costeiras, inclusive aquelas situadas no arquipélago marajoa-ra foi o tema do acalorado debate realizado durante o final da tarde e início da noite de quarta-feira, 25, na sede da F e d e r a ç ã o d e Agricultura do Estado do Pará (Faepa). O presidente da Faepa, Carlos Xavier, fez a abertura do encontro, levantando questio-namentos sobre as ilhas estaduais. O Instituto de Terras do Pará (Iterpa), através do atual presidente, Ca r l o s Lamarão , defende que todas essas porções insula-res, que sofram ou não influência de marés, pertencem ao

patrimônio fundiário do Estado do Pará.

O assunto já havia sido discutido no início desta semana n a A s s e m b l e i a Legislativa do Estado (Alepa) por deputados da casa. Segundo Carlos Lamarão, a questão é muito séria e exige que seja tratada com muita cautela por parte de todos os segmentos q u e i n t e g r a m a comunidade paraen-se, por envolver a a u t o n o m i a d o s Estados-membros sobre essa modalida-de de bens públicos.

Na ocasião, o presi-d e n t e d o I t e r p a m a n i f e s t o u - s e também sobre o problema da Ilha do Marajó, que hoje está

na posse da União. Segundo ele, o órgão fundiário estadual enfrenta dificuldades a t é mesmo para colher informações a respeito dos trabalhos q u e v ê m s e n d o desenvolvidos pelo Instituto Nacional de C o l o n i z a ç ã o e R e f o r m a A g r á r i a ( I n c r a ) e p e l a Superintendência de Patrimônio da União (SPU) naquela região. “Estamos pratica-m e n t e e x c l u í d o s daquela área, cujo domínio pertence, de fato e de direito, ao povo paraense”, diz Carlos Lamarão.

O Secretario Estadual d e A g r i c u l t u r a , Hildegardo Nunes, que se encontrava presente nos dois

encon t ros , f a l ou ontem, que “o governo não quer discutir o uso da terra nessas ilhas, o que constitui preocupação desmoti-vada por parte dos ocupantes das áreas, até porque o direito à regular ização em favor dessas pessoas decorre de preceito constitucional. O que Lamarão questiona é apenas a propriedade dessas terras em favor do Estado do Pará. Mesmo que tenha que recorrer ao Judiciário, o governo vai tentar recuperar o domínio de seu patrimônio”, enfatizou o secretario. Estiveram presentes na reunião o Iterpa, Faepa, Sagri, produ-tores rurais, procura-dores estaduais e advogados.

Duas empresas farão a recuperação das rodovias da Calha Norte

Está previsto o início dos trabalhos de r e s t a u r a ç ã o d a s rodovias estaduais na região da Calha Norte ainda nesta semana. Foi o que garantiu o titular da Secretaria d e E s t a d o d e Transporte do Pará ( S e t r a n / P A ) ,

F r a n c i s c o M e l o , 'Chicão'.

S e g u n d o Chicão, as empresas Construnorte e Via Pará são as responsá-veis pelas obras, que deverão entregar as rodovias recuperadas no prazo de 120 dias. O governo do estado

disponibilizou R$ 2,8 milhões para essas obras.

De acordo com o c a l e n d á r i o d e atividades do secretá-rio, a empresa Via Pará vai trabalhar nas r o d o v i a s P A - 4 7 3 ( A l m e i r i m - M o n t e Dourado), PA-437

(Óbidos à PA-254), PA-423 (Monte Alegre à PA-254) e PA-419 (Jatuarana-Prainha), t o t a l i z a n d o 1 5 0 q u i l ô m e t r o s d e extensão.

J á a Construnor te va i executar obras nas r o d o v i a s P A - 2 5 5

( M o n t e A l e g r e -Santana do Tapará), Vicinal do Cuamba ( M u r u m u r u -Entroncameno da BR-163), PA-427 (Alen-quer-São João) e PA-254 (C ipoa l -Boca Nova-São João), com o total de 281 quilôme-tros.

Dia 05 de junho - Dia do Meio Ambiente

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 09Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 08

Domínio de posse das ilhas fluviais é discutido na Assembleia Legislativa do Pará

O domínio sobre mais de 7 mil ilhas foi debatido esta semana n a A s s e m b l e i a Legislativa do Pará (Alepa), em sessão especial solicitada pelo deputado Márcio Miranda, líder do governo na Casa. Ca r l o s Lamarão , p r e s i d e n t e d o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), defen-deu na sessão que cabe ao Estado a p o s s e d a s i l h a s fluviais, lacustres e costeiras, que sofram ou não influência de marés, exceto aquelas situadas em áreas de fronteira.

S e g u n d o e l e , também integram o patrimônio estadual as ilhas costeiras que a b r i g a m s e d e s municipais, ressalva-dos os chamados “ t e r r e n o s d e Marinha”.

Lelio Costa, titular da Superintendência de Patrimônio da União (SPU), argu-mentou que as ilhas que sofrem influência de marés pertencem à União. “Não concordo com o parecer jurídico do atual presidente do Iterpa. O domínio das ilhas fluviais, lacus-tres e costeiras vai cont inuar com a União”, afirmou Lelio Costa.

Os deputados fizeram vários questi-onamentos sobre o assunto, que gera polêmica e já foi motivo de discordân-cia entre governos e movimentos sociais. Representantes do Governo discutem sobre o domínio das ilhas

A questão da dominia-

Cleverson Amaro

l idade das i lhas fluviais, lacustres e costeiras, inclusive aquelas situadas no arquipélago marajoa-ra foi o tema do acalorado debate realizado durante o final da tarde e início da noite de quarta-feira, 25, na sede da F e d e r a ç ã o d e Agricultura do Estado do Pará (Faepa). O presidente da Faepa, Carlos Xavier, fez a abertura do encontro, levantando questio-namentos sobre as ilhas estaduais. O Instituto de Terras do Pará (Iterpa), através do atual presidente, Ca r l o s Lamarão , defende que todas essas porções insula-res, que sofram ou não influência de marés, pertencem ao

patrimônio fundiário do Estado do Pará.

O assunto já havia sido discutido no início desta semana n a A s s e m b l e i a Legislativa do Estado (Alepa) por deputados da casa. Segundo Carlos Lamarão, a questão é muito séria e exige que seja tratada com muita cautela por parte de todos os segmentos q u e i n t e g r a m a comunidade paraen-se, por envolver a a u t o n o m i a d o s Estados-membros sobre essa modalida-de de bens públicos.

Na ocasião, o presi-d e n t e d o I t e r p a m a n i f e s t o u - s e também sobre o problema da Ilha do Marajó, que hoje está

na posse da União. Segundo ele, o órgão fundiário estadual enfrenta dificuldades a t é mesmo para colher informações a respeito dos trabalhos q u e v ê m s e n d o desenvolvidos pelo Instituto Nacional de C o l o n i z a ç ã o e R e f o r m a A g r á r i a ( I n c r a ) e p e l a Superintendência de Patrimônio da União (SPU) naquela região. “Estamos pratica-m e n t e e x c l u í d o s daquela área, cujo domínio pertence, de fato e de direito, ao povo paraense”, diz Carlos Lamarão.

O Secretario Estadual d e A g r i c u l t u r a , Hildegardo Nunes, que se encontrava presente nos dois

encon t ros , f a l ou ontem, que “o governo não quer discutir o uso da terra nessas ilhas, o que constitui preocupação desmoti-vada por parte dos ocupantes das áreas, até porque o direito à regular ização em favor dessas pessoas decorre de preceito constitucional. O que Lamarão questiona é apenas a propriedade dessas terras em favor do Estado do Pará. Mesmo que tenha que recorrer ao Judiciário, o governo vai tentar recuperar o domínio de seu patrimônio”, enfatizou o secretario. Estiveram presentes na reunião o Iterpa, Faepa, Sagri, produ-tores rurais, procura-dores estaduais e advogados.

Duas empresas farão a recuperação das rodovias da Calha Norte

Está previsto o início dos trabalhos de r e s t a u r a ç ã o d a s rodovias estaduais na região da Calha Norte ainda nesta semana. Foi o que garantiu o titular da Secretaria d e E s t a d o d e Transporte do Pará ( S e t r a n / P A ) ,

F r a n c i s c o M e l o , 'Chicão'.

S e g u n d o Chicão, as empresas Construnorte e Via Pará são as responsá-veis pelas obras, que deverão entregar as rodovias recuperadas no prazo de 120 dias. O governo do estado

disponibilizou R$ 2,8 milhões para essas obras.

De acordo com o c a l e n d á r i o d e atividades do secretá-rio, a empresa Via Pará vai trabalhar nas r o d o v i a s P A - 4 7 3 ( A l m e i r i m - M o n t e Dourado), PA-437

(Óbidos à PA-254), PA-423 (Monte Alegre à PA-254) e PA-419 (Jatuarana-Prainha), t o t a l i z a n d o 1 5 0 q u i l ô m e t r o s d e extensão.

J á a Construnor te va i executar obras nas r o d o v i a s P A - 2 5 5

( M o n t e A l e g r e -Santana do Tapará), Vicinal do Cuamba ( M u r u m u r u -Entroncameno da BR-163), PA-427 (Alen-quer-São João) e PA-254 (C ipoa l -Boca Nova-São João), com o total de 281 quilôme-tros.

Dia 05 de junho - Dia do Meio Ambiente

Monte Alegre, Pará, Sábado 28 de maio/2011 10

Comandante do CPR-I visita Destacamento da Polícia Militar em Juruti

urante todo o mês de maio o Dcomandante

do CPR-I, coronel Eraldo Paulino visitou todos os destacamen-tos da Policia Militar pertencentes a 12ª CIPM que tem sede no m u n i c í p i o d e Oriximiná. O objetivo foi conhecer de perto o serviço de segurança pública que é prestado a população e tratar sobre a implementa-ção das ações de Polícia Comunitária.

O c o r o n e l Eraldo e o comandan-te da 12ª CIPM capitão M a r c e l o R i b e i r o visitaram os destaca-mentos de Faro, Terra S a n t a , P o r t o Trombetas, Curuá, Óbidos, Jurut i e Oriximiná e durante a passagem por esses municípios estiveram reunidos com lideran-

ças locais e com a c o m u n i d a d e q u e tiveram a oportunida-de de interagir com comandante do CPR-I e informar sobre anseios, sugestões e também elogiou o s e r v i ç o p o l i c i a l prestado.

Em todas as reuniões foi destacado o reforço nas ações de Policia Comunitária e a ação do serviço de i n t e l i g ê n c i a q u e atuará nesses municí-pios com o objetivo de combater o tráfico de drogas.

Uma noticia que também foi bem r e c e b i d a p e l o s p o p u l a r e s f o i à i m p l a n t a ç ã o d o PROERD no municí-pio de Juruti a partir do segundo semestre de 2011 , com a finalidade de educar e prevenir as crianças e

adolescentes sobre os males que as drogas podem provocar.

Finalizando as visitas o comandante do CPR- I e s t e v e reunido com o efetivo da unidade onde passou aos policiais as metas de trabalho c o m e n f o q u e a

prestação do serviço d e P o l i c i a Comunitária, ressal-tando que estar perto da população ouvindo seus anseios é a melhor forma de combater a criminali-dade, “O cidadão sabe o que acontece em seu bairro e sua cidade e

também tem conheci-mento dos males que mais preocupam sua comunidade e com isso é nosso grande aliado contra o crime para a melhoria da qualidade de vida da população”, disse o coronel.

Bolsa Verde' beneficiará famílias residentes nas reservas

b e n e f í c i o mensal denomi-On a d o ' B o l s a

Verde' visa ajudar as famílias que estão em situação de extrema pobreza. Na última semana, iniciou-se o l e v a n t a m e n t o d a quantidade de famílias que habitam unidades de conservação federal.

Lançado em 2 0 0 9 p e l o e x -presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o projeto segue o modelo do Bolsa Família. A intenção do programa é evitar que moradores dessas local idades pratiquem a exploração i legal de recursos naturais. De acordo com as regras, famílias com renda de até R$ 70 por pessoa poderão receber um benefício mensal de R$ 100.

L e v a n t a m e n t o - Técnicos do Instituto Ch i co Mendes de C o n s e r v a ç ã o d a B i o d i v e r s i d a d e ( I C M B i o ) , ó r g ã o responsável pela gestão d a s u n i d a d e s d e conservação federais, são responsáveis pelo censo que vai saber quais famílias podem receber a verba.

E m u m a primeira fase, morado-res das 310 unidades federais devem ser contemplados. Em uma segunda e tapa , o b e n e f í c i o p o d e r á a b r a n g e r t a m b é m reservas sob controle dos estados. “Quere-mos instituir um marco legal para atingir a população extrema-mente pobre. Seja aquela que está dentro das unidades ou nos

arredores, além dos assentamentos de r e f o r m a a g r á r i a ” , a f i r m o u R o b e r t o Vicentin, secretário de E x t r a t i v i s m o e Desenvolvimento Rural S u s t e n t á v e l d o Ministério do Meio Ambiente.Reforço - Segundo Paulo Maier, diretor de U n i d a d e s d e C o n s e r v a ç ã o d o I n s t i t u t o C h i c o Mendes, aproximada-mente 60 mil famílias podem se beneficiar. Ainda segundo Maier, existe uma preocupa-ção referente à fiscali-zação do pagamento.

“ E s t á e m debate as formas de verificações. Para saber se as famílias estão cumprindo com o objetivo do programa, poderemos util izar

sistemas de monitora-mento via satélite, talvez até pelo desmata-mento em tempo real da Amazônia Legal (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)”, afirmou Maier.Realidade - Na reserva extrativista de Tapajós-Arapiuns, no Oeste do Pará, cerca de 18 mil pessoas v ivem no interior da floresta e são r esponsáve i s pe la preservação de uma área aproximada de 6,5 mil km².

E m g r a n d e parte das comunidades só é possível chegar de barco, após 32 horas de viagem a partir da cidade de Santarém. A maioria da população vive da agricultura, por meio da plantação de mandioca e fabricação de farinha, além da

pesca e pequenos focos da extração de borracha e castanha.

De acordo com Rosinaldo Santos dos Anjos, 42 anos, presi-dente da associação de moradores, o total de farinha produzido é pouco (50 kg por família), sendo que grande parte é destina-do ao consumo próprio.

“Com a venda não é possível levantar nem R$ 50 por mês. Isto incentiva a exploração ilegal da floresta, com a derrubada de árvores e venda clandestina de madeira”, disse. Ainda segundo Santos, o pagamento do benefício é uma forma de reco-nhecer o trabalho dos 'guardiões' da floresta. “É um apoio para nós”, afirmou.

Monte Alegre, Pará, Sábado 28 de maio/2011 11

Novo fórum de Monte Alegre é inaugurado

oi inaugurado n a ú l t i m a Fsegunda-feira,

23, o novo prédio do Fórum de Justiça da Comarca de Monte Alegre, que contou com a presença da d e s e m b a r g a d o r a Raimunda Noronha, p r e s i d e n t e d o Tribunal de Justiça do E s t a d o d o P a r á (TJE/PA) e do ex-presidente do TJE, d e s e m b a r g a d o r Rômulo Nunes.

A desembar-gadora R a i m u n d a Noronha, af irmou durante a solenidade que a ampliação do fórum passa a repre-sentar, um melhor a t e n d i m e n t o a o s usuários dos serviços

da Justiça de Monte Alegre, assim como melhores condições de trabalho aos servido-res e aos advogados locais. Ela também

lembrou do tempo quando foi juíza no município, nos anos 70. E elogiou as mudanças positivas que viu na cidade.

O p r e f e i t o Jardel Vasconcelos agradeceu o investi-mento feito na comar-ca local, destacou a i m p o r t â n c i a d a

Justiça à população montea legrense e solicitou à desembar-gadora a instalação de mais uma vara judicial na Comarca.

E s t i v e r a m presente na solenida-de o presidente da A s s o c i a ç ã o d o s Magistrados do Pará, Heider Tavares, do juiz titular e diretor do f ó r u m d e M o n t e Alegre, Thiago Tapajós e ainda, os promotores púb l i c o s Rod r i go Celestino e Ervilin San tos , a l ém do p r e f e i t o J a r d e l Vasconcelos, deputa-da Josefina Carmo, vereadores e advoga-dos locais que atuam na Comarca.

MP pede proteção ao patrimônio histórico de Óbidos

M in is té r i o P ú b l i c o d o OE s t a d o ,

representado pela Promotora de Justiça de Óbidos Eliane Moreira, encaminhou r e c o m e n d a ç ã o à Secretaria de Estado de Cultura (Secult) para que tome provi-d ê n c i a s p a r a a p r o t e ç ã o d o Patrimônio Histórico representado pela D e f e s a G u r j ã o , localizado no municí-pio de Óbidos.

A Promotora de Justiça Eliane Moreira argumenta que “a Defesa Gurjão em conjunto com o quartel de Óbidos faz parte do complexo militar do Quartel de Óbidos compondo o rol dos bens tombados

na esfera estadual”. A recomendação do Ministério Público pede que o Secretário de Cultura Paulo R o b e r t o C h a v e s Fernandes tome as seguintes providênci-as em prol da proteção do bem tombado:a . r e l a tó r i o com diagnóstico completo da atual condição da D e f e s a G u r j ã o , localizada na Serra da Escama em Óbidos - PA;b. cronograma para a realização das inter-venções emergenciais q u e s e m o s t r e m n e c e s s á r i a s a o s a l v a m e n t o d o patrimônio histórico e arqueológico existente no sítio supracitado, produzido com base nos resultados do

diagnóstico promovi-do;c. projeto de revitali-zação e valorização do patrimônio histórico degradado;d. cronograma para a i m p l a n t a ç ã o d e serviços de vigilância e limpeza contínua do local;e. cronograma para a implantação de ações voltadas à educação e divulgação da impor-tância do referido patrimônio histórico c o n t e m p l a n d o a formação de recursos humanos e a sinaliza-ção do local, dentre outras alternativas voltadas à garantia da difusão de informa-ções sobre o referido bem;f. desenvolvimento de e s tudos sobre o

patrimônio arqueoló-gico existente no local, sua catalogação e efetiva proteção.g. Comprove em 30 (trinta) dias úteis o a c a t a m e n t o d a

p r e s e n t e Recomendação e a tomada de providênci-as para seu cumpri-m e n t o . F o n t e : Ministério Público - PA

Chupa O

sso

Monte Alegre, Pará, Sábado 28 de maio/2011 10

Comandante do CPR-I visita Destacamento da Polícia Militar em Juruti

urante todo o mês de maio o Dcomandante

do CPR-I, coronel Eraldo Paulino visitou todos os destacamen-tos da Policia Militar pertencentes a 12ª CIPM que tem sede no m u n i c í p i o d e Oriximiná. O objetivo foi conhecer de perto o serviço de segurança pública que é prestado a população e tratar sobre a implementa-ção das ações de Polícia Comunitária.

O c o r o n e l Eraldo e o comandan-te da 12ª CIPM capitão M a r c e l o R i b e i r o visitaram os destaca-mentos de Faro, Terra S a n t a , P o r t o Trombetas, Curuá, Óbidos, Jurut i e Oriximiná e durante a passagem por esses municípios estiveram reunidos com lideran-

ças locais e com a c o m u n i d a d e q u e tiveram a oportunida-de de interagir com comandante do CPR-I e informar sobre anseios, sugestões e também elogiou o s e r v i ç o p o l i c i a l prestado.

Em todas as reuniões foi destacado o reforço nas ações de Policia Comunitária e a ação do serviço de i n t e l i g ê n c i a q u e atuará nesses municí-pios com o objetivo de combater o tráfico de drogas.

Uma noticia que também foi bem r e c e b i d a p e l o s p o p u l a r e s f o i à i m p l a n t a ç ã o d o PROERD no municí-pio de Juruti a partir do segundo semestre de 2011 , com a finalidade de educar e prevenir as crianças e

adolescentes sobre os males que as drogas podem provocar.

Finalizando as visitas o comandante do CPR- I e s t e v e reunido com o efetivo da unidade onde passou aos policiais as metas de trabalho c o m e n f o q u e a

prestação do serviço d e P o l i c i a Comunitária, ressal-tando que estar perto da população ouvindo seus anseios é a melhor forma de combater a criminali-dade, “O cidadão sabe o que acontece em seu bairro e sua cidade e

também tem conheci-mento dos males que mais preocupam sua comunidade e com isso é nosso grande aliado contra o crime para a melhoria da qualidade de vida da população”, disse o coronel.

Bolsa Verde' beneficiará famílias residentes nas reservas

b e n e f í c i o mensal denomi-On a d o ' B o l s a

Verde' visa ajudar as famílias que estão em situação de extrema pobreza. Na última semana, iniciou-se o l e v a n t a m e n t o d a quantidade de famílias que habitam unidades de conservação federal.

Lançado em 2 0 0 9 p e l o e x -presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o projeto segue o modelo do Bolsa Família. A intenção do programa é evitar que moradores dessas local idades pratiquem a exploração i legal de recursos naturais. De acordo com as regras, famílias com renda de até R$ 70 por pessoa poderão receber um benefício mensal de R$ 100.

L e v a n t a m e n t o - Técnicos do Instituto Ch i co Mendes de C o n s e r v a ç ã o d a B i o d i v e r s i d a d e ( I C M B i o ) , ó r g ã o responsável pela gestão d a s u n i d a d e s d e conservação federais, são responsáveis pelo censo que vai saber quais famílias podem receber a verba.

E m u m a primeira fase, morado-res das 310 unidades federais devem ser contemplados. Em uma segunda e tapa , o b e n e f í c i o p o d e r á a b r a n g e r t a m b é m reservas sob controle dos estados. “Quere-mos instituir um marco legal para atingir a população extrema-mente pobre. Seja aquela que está dentro das unidades ou nos

arredores, além dos assentamentos de r e f o r m a a g r á r i a ” , a f i r m o u R o b e r t o Vicentin, secretário de E x t r a t i v i s m o e Desenvolvimento Rural S u s t e n t á v e l d o Ministério do Meio Ambiente.Reforço - Segundo Paulo Maier, diretor de U n i d a d e s d e C o n s e r v a ç ã o d o I n s t i t u t o C h i c o Mendes, aproximada-mente 60 mil famílias podem se beneficiar. Ainda segundo Maier, existe uma preocupa-ção referente à fiscali-zação do pagamento.

“ E s t á e m debate as formas de verificações. Para saber se as famílias estão cumprindo com o objetivo do programa, poderemos util izar

sistemas de monitora-mento via satélite, talvez até pelo desmata-mento em tempo real da Amazônia Legal (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)”, afirmou Maier.Realidade - Na reserva extrativista de Tapajós-Arapiuns, no Oeste do Pará, cerca de 18 mil pessoas v ivem no interior da floresta e são r esponsáve i s pe la preservação de uma área aproximada de 6,5 mil km².

E m g r a n d e parte das comunidades só é possível chegar de barco, após 32 horas de viagem a partir da cidade de Santarém. A maioria da população vive da agricultura, por meio da plantação de mandioca e fabricação de farinha, além da

pesca e pequenos focos da extração de borracha e castanha.

De acordo com Rosinaldo Santos dos Anjos, 42 anos, presi-dente da associação de moradores, o total de farinha produzido é pouco (50 kg por família), sendo que grande parte é destina-do ao consumo próprio.

“Com a venda não é possível levantar nem R$ 50 por mês. Isto incentiva a exploração ilegal da floresta, com a derrubada de árvores e venda clandestina de madeira”, disse. Ainda segundo Santos, o pagamento do benefício é uma forma de reco-nhecer o trabalho dos 'guardiões' da floresta. “É um apoio para nós”, afirmou.

Monte Alegre, Pará, Sábado 28 de maio/2011 11

Novo fórum de Monte Alegre é inaugurado

oi inaugurado n a ú l t i m a Fsegunda-feira,

23, o novo prédio do Fórum de Justiça da Comarca de Monte Alegre, que contou com a presença da d e s e m b a r g a d o r a Raimunda Noronha, p r e s i d e n t e d o Tribunal de Justiça do E s t a d o d o P a r á (TJE/PA) e do ex-presidente do TJE, d e s e m b a r g a d o r Rômulo Nunes.

A desembar-gadora R a i m u n d a Noronha, af irmou durante a solenidade que a ampliação do fórum passa a repre-sentar, um melhor a t e n d i m e n t o a o s usuários dos serviços

da Justiça de Monte Alegre, assim como melhores condições de trabalho aos servido-res e aos advogados locais. Ela também

lembrou do tempo quando foi juíza no município, nos anos 70. E elogiou as mudanças positivas que viu na cidade.

O p r e f e i t o Jardel Vasconcelos agradeceu o investi-mento feito na comar-ca local, destacou a i m p o r t â n c i a d a

Justiça à população montea legrense e solicitou à desembar-gadora a instalação de mais uma vara judicial na Comarca.

E s t i v e r a m presente na solenida-de o presidente da A s s o c i a ç ã o d o s Magistrados do Pará, Heider Tavares, do juiz titular e diretor do f ó r u m d e M o n t e Alegre, Thiago Tapajós e ainda, os promotores púb l i c o s Rod r i go Celestino e Ervilin San tos , a l ém do p r e f e i t o J a r d e l Vasconcelos, deputa-da Josefina Carmo, vereadores e advoga-dos locais que atuam na Comarca.

MP pede proteção ao patrimônio histórico de Óbidos

M in is té r i o P ú b l i c o d o OE s t a d o ,

representado pela Promotora de Justiça de Óbidos Eliane Moreira, encaminhou r e c o m e n d a ç ã o à Secretaria de Estado de Cultura (Secult) para que tome provi-d ê n c i a s p a r a a p r o t e ç ã o d o Patrimônio Histórico representado pela D e f e s a G u r j ã o , localizado no municí-pio de Óbidos.

A Promotora de Justiça Eliane Moreira argumenta que “a Defesa Gurjão em conjunto com o quartel de Óbidos faz parte do complexo militar do Quartel de Óbidos compondo o rol dos bens tombados

na esfera estadual”. A recomendação do Ministério Público pede que o Secretário de Cultura Paulo R o b e r t o C h a v e s Fernandes tome as seguintes providênci-as em prol da proteção do bem tombado:a . r e l a tó r i o com diagnóstico completo da atual condição da D e f e s a G u r j ã o , localizada na Serra da Escama em Óbidos - PA;b. cronograma para a realização das inter-venções emergenciais q u e s e m o s t r e m n e c e s s á r i a s a o s a l v a m e n t o d o patrimônio histórico e arqueológico existente no sítio supracitado, produzido com base nos resultados do

diagnóstico promovi-do;c. projeto de revitali-zação e valorização do patrimônio histórico degradado;d. cronograma para a i m p l a n t a ç ã o d e serviços de vigilância e limpeza contínua do local;e. cronograma para a implantação de ações voltadas à educação e divulgação da impor-tância do referido patrimônio histórico c o n t e m p l a n d o a formação de recursos humanos e a sinaliza-ção do local, dentre outras alternativas voltadas à garantia da difusão de informa-ções sobre o referido bem;f. desenvolvimento de e s tudos sobre o

patrimônio arqueoló-gico existente no local, sua catalogação e efetiva proteção.g. Comprove em 30 (trinta) dias úteis o a c a t a m e n t o d a

p r e s e n t e Recomendação e a tomada de providênci-as para seu cumpri-m e n t o . F o n t e : Ministério Público - PA

Chupa O

sso

12

PAC prevê investimento no transporte aquático e instalação de hidroviárias

Ministério dos Transpor tes Oconfirmou que

irá autorizar a inclu-são na segunda versão do PAC (Programa de A c e l e r a ç ã o d o C r e s c i m e n t o ) d o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e A m b i e n t a l d a s hidrovias Teles Pires-Juruena-Tapajós, da Hidrovia de Tocantins e d o P o r t o d e Miritituba, além da instalação de 13 terminais de passagei-ros e cargas mistas.

O projeto do senador Flexa Ribeiro foi apresentado em 2007, com o número 184/2007 e virou lei e m 2 0 1 0 . S e r ã o investidos cerca de 1 bilhão de reais nas obras. “O Pará vem tentando ao logo dos anos a melhoria do modal hidroviário da região. Este é um momento histórico para o Estado do Pará, pois teremos a oportu-nidade de deslanchar ainda mais nossa economia”, afirma Abraão Benassuly, P r e s i d e n t e d a Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH).

O s i s t e m a hidroviário é respon-sável por 55% do volume de transporte de carga no Estado, e com a implantação das obras previstas pelo PAC II estima-se que esse índice suba para 80%, o que irá contribuir com o aumento de produção, a redução de custos e o aumento de investi-mentos de grandes empresas na região. “O Estado só tem a ganhar com este p r o j e t o . C o m a melhoria no sistema

hidroviário teremos a redução nos custos para transporte de cargas e redução também no custo para transporte de passa-geiros. A consequên-cia disso tudo se vê nas prateleiras, com o cidadão comprando produtos mais em conta” , a f i rma o presidente da CPH.

Com a abertu-ra da Hidrovia Teles Pires-Jurena-Tapajós, a previsão é de que cerca de 100 milhões de toneladas de soja e minério sejam trans-portadas por ano. Com a implantação da Hidrovia de Tocantins, a exportação terá um incremento ainda

maior. “Através do transporte ferroviário, a região sul tem uma movimentação de dois milhões de toneladas por mês. Com implan-tação da hidrovia local, este número pula para 20 milhões”, afirma Abraão.

Para acompa-nhar o processo de novos investimentos que o Estado vem passando na área hidroportuária, a CPH e n c o n t r a - s e e m processo de reestrutu-ração. “Nosso objetivo é trabalhar na rees-truturação da compa-nhia, na produção do planejamento estraté-gico entre outras ações , pa ra que

possamos em parceria com a Secretaria de T r a n s p o r t e s , S e c r e t a r i a d e Integração Regional e g o v e r n o f e d e r a l gerenciar todo esse processo da melhor f o r m a p o s s í v e l ” , afirma o presidente. Ano passado, as obras ficaram de fora das primeiras ações do PAC 2, justamente por não ter um estudo concluído a respeito de sua viabilidade. Com essa iniciativa, as providências para o início da primeira etapa estão sendo tomadas para execu-ção.

- Dentro das obras do PAC II Terminais

também estão contem-plados as instalações e manutenções de 13 terminais de passagei-ros e cargas mistas no Estado. Os terminais completam o modal de transporte hidroviário da região, contribuin-do para a facilidade nos deslocamentos. Estarão localizados n o s m u n i c í p i o s : Abaetetuba, Cametá, V i s e u , A u g u s t o Corrêa, A l tamira, Belém, Bragança, C o n c e i ç ã o d o Araguaia , Jurut i , Óbidos, Oxiriminá, São Miguel do Guamá e Tuuruí.

Agélika Freitas

Etapa do 'Luz para Todos' atenderá cerca de 495 mil famílias

g o v e r n o f e d e r a l v a i Olançar uma

n o v a e t a p a d o Programa "Luz para Todos", para estender o acesso à energia elétrica a 495 mil famílias, a maioria nas r e g i õ e s N o r t e e Nordeste. Segundo o diretor nacional do programa, Aurélio Pavão de Farias, a meta já está prevista na segunda edição do P r o g r a m a d e A c e l e r a ç ã o d o Crescimento (PAC 2).

O Luz para Todos, programa de eletrificação rural lançado em 2003, d e v e r i a t e r s i do encerrado em 2008,

mas foi prorrogado para 2010 e, depois, para 2011. Segundo Farias, ainda restam 240 mil famílias sem acesso à luz elétrica, que deveriam ter sido a t e n d i d a s p e l o programa até o ano passado, mas que devem ser contempla-das até o fim deste ano.

De acordo com o diretor, nos estados em que as metas do Luz para Todos não foram cumpridas, o governo vai priorizar a população em extre-ma pobreza, quilom-bolas, indígenas e escolas.

Farias lembra que, mesmo que o

programa um dia acabe, as pessoas não vão deixar de ser atendidas, porque existe a obrigação das concessionárias de u n i v e r s a l i z a r o atendimento.

“O que o Luz

para Todos faz é ajudar as concessio-nárias a antecipar a u n i v e r s a l i z a ç ã o , colocando recursos de subvenção, até para mitigar o impacto t a r i f á r i o . O que estamos fazendo é sair

dos estados que não precisam mais da gente. Mas vamos continuar olhando para a população que m e r e c e a n o s s a atenção e merece ter o recurso de subven-ção”, explicou. Fonte Agência Brasil.

Governador pedirá rebaixamento do Linhão de Tucuruí na Calha Norte

governa-

d o r OS i m ã o

Jatene, garantiu essa

semana que vai se

empenhar pessoal-

mente e articular a

bancada paraense no

Congresso Nacional

para conseguir junto

ao Ministério das

Minas e Energia e à

Agência Nacional de

E n e r g i a E l é t r i c a

(Aneel) o rebaixamen-

to da tensão elétrica

no linhão de Tucuruí,

q u e e s t á s e n d o

construído na margem

e s q u e r d a d o r i o

Amazonas. O projeto

original prevê inicial-

mente o rebaixamento

da alta para a baixa

tensão elétrica apenas

n a c i d a d e d e

Oriximiná, os demais

munic íp ios es tão

previsto apenas para

2016.

O p r o j e t o original prevê o envio de energia direto para as capitais Manaus e Macapá, deixando os municípios por onde a t ravessa sem a energia do linhão.

Os municípios d a C a l h a N o r t e paraense formam juntos a região mais pobre do estado, por f a l t a d e i n f r a -estrutura e energia permante. Grandes empresas têm interes-se em investir na região, mas pela falta de energia acabam

procurando outros municípios, como o correu com a empresa CalPará que pretendia montar uma fábrica em Monte Alegre.

A e m p r e s a Camargo Corrêa tem projeto que prevê investimento de R$ 400 milhões, para montar uma fábrica de cimento em Monte Alegre, mas necessita

de energia firme para concretizar o projeto.

Esta semana o prefeito de Monte A l e g r e , J a r d e l Vasconce l o s e a deputada Josefina Carmo, estiveram em audiênc ia com o governador tratando do assunto de rebaixa-mento de energia na Calha Norte. Jatene se solidarizou com a

deputada e com o prefeito de Monte Alegre e concordou que a região não pode esperar tanto tempo e, por isso, vai mobilizar fo rça po l í t i ca do Estado, em Brasília, para conseguir as mudanças necessári-as no projeto original do linhão. (Fonte – José M. Piteira)

13Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

12

PAC prevê investimento no transporte aquático e instalação de hidroviárias

Ministério dos Transpor tes Oconfirmou que

irá autorizar a inclu-são na segunda versão do PAC (Programa de A c e l e r a ç ã o d o C r e s c i m e n t o ) d o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e A m b i e n t a l d a s hidrovias Teles Pires-Juruena-Tapajós, da Hidrovia de Tocantins e d o P o r t o d e Miritituba, além da instalação de 13 terminais de passagei-ros e cargas mistas.

O projeto do senador Flexa Ribeiro foi apresentado em 2007, com o número 184/2007 e virou lei e m 2 0 1 0 . S e r ã o investidos cerca de 1 bilhão de reais nas obras. “O Pará vem tentando ao logo dos anos a melhoria do modal hidroviário da região. Este é um momento histórico para o Estado do Pará, pois teremos a oportu-nidade de deslanchar ainda mais nossa economia”, afirma Abraão Benassuly, P r e s i d e n t e d a Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH).

O s i s t e m a hidroviário é respon-sável por 55% do volume de transporte de carga no Estado, e com a implantação das obras previstas pelo PAC II estima-se que esse índice suba para 80%, o que irá contribuir com o aumento de produção, a redução de custos e o aumento de investi-mentos de grandes empresas na região. “O Estado só tem a ganhar com este p r o j e t o . C o m a melhoria no sistema

hidroviário teremos a redução nos custos para transporte de cargas e redução também no custo para transporte de passa-geiros. A consequên-cia disso tudo se vê nas prateleiras, com o cidadão comprando produtos mais em conta” , a f i rma o presidente da CPH.

Com a abertu-ra da Hidrovia Teles Pires-Jurena-Tapajós, a previsão é de que cerca de 100 milhões de toneladas de soja e minério sejam trans-portadas por ano. Com a implantação da Hidrovia de Tocantins, a exportação terá um incremento ainda

maior. “Através do transporte ferroviário, a região sul tem uma movimentação de dois milhões de toneladas por mês. Com implan-tação da hidrovia local, este número pula para 20 milhões”, afirma Abraão.

Para acompa-nhar o processo de novos investimentos que o Estado vem passando na área hidroportuária, a CPH e n c o n t r a - s e e m processo de reestrutu-ração. “Nosso objetivo é trabalhar na rees-truturação da compa-nhia, na produção do planejamento estraté-gico entre outras ações , pa ra que

possamos em parceria com a Secretaria de T r a n s p o r t e s , S e c r e t a r i a d e Integração Regional e g o v e r n o f e d e r a l gerenciar todo esse processo da melhor f o r m a p o s s í v e l ” , afirma o presidente. Ano passado, as obras ficaram de fora das primeiras ações do PAC 2, justamente por não ter um estudo concluído a respeito de sua viabilidade. Com essa iniciativa, as providências para o início da primeira etapa estão sendo tomadas para execu-ção.

- Dentro das obras do PAC II Terminais

também estão contem-plados as instalações e manutenções de 13 terminais de passagei-ros e cargas mistas no Estado. Os terminais completam o modal de transporte hidroviário da região, contribuin-do para a facilidade nos deslocamentos. Estarão localizados n o s m u n i c í p i o s : Abaetetuba, Cametá, V i s e u , A u g u s t o Corrêa, A l tamira, Belém, Bragança, C o n c e i ç ã o d o Araguaia , Jurut i , Óbidos, Oxiriminá, São Miguel do Guamá e Tuuruí.

Agélika Freitas

Etapa do 'Luz para Todos' atenderá cerca de 495 mil famílias

g o v e r n o f e d e r a l v a i Olançar uma

n o v a e t a p a d o Programa "Luz para Todos", para estender o acesso à energia elétrica a 495 mil famílias, a maioria nas r e g i õ e s N o r t e e Nordeste. Segundo o diretor nacional do programa, Aurélio Pavão de Farias, a meta já está prevista na segunda edição do P r o g r a m a d e A c e l e r a ç ã o d o Crescimento (PAC 2).

O Luz para Todos, programa de eletrificação rural lançado em 2003, d e v e r i a t e r s i do encerrado em 2008,

mas foi prorrogado para 2010 e, depois, para 2011. Segundo Farias, ainda restam 240 mil famílias sem acesso à luz elétrica, que deveriam ter sido a t e n d i d a s p e l o programa até o ano passado, mas que devem ser contempla-das até o fim deste ano.

De acordo com o diretor, nos estados em que as metas do Luz para Todos não foram cumpridas, o governo vai priorizar a população em extre-ma pobreza, quilom-bolas, indígenas e escolas.

Farias lembra que, mesmo que o

programa um dia acabe, as pessoas não vão deixar de ser atendidas, porque existe a obrigação das concessionárias de u n i v e r s a l i z a r o atendimento.

“O que o Luz

para Todos faz é ajudar as concessio-nárias a antecipar a u n i v e r s a l i z a ç ã o , colocando recursos de subvenção, até para mitigar o impacto t a r i f á r i o . O que estamos fazendo é sair

dos estados que não precisam mais da gente. Mas vamos continuar olhando para a população que m e r e c e a n o s s a atenção e merece ter o recurso de subven-ção”, explicou. Fonte Agência Brasil.

Governador pedirá rebaixamento do Linhão de Tucuruí na Calha Norte

governa-

d o r OS i m ã o

Jatene, garantiu essa

semana que vai se

empenhar pessoal-

mente e articular a

bancada paraense no

Congresso Nacional

para conseguir junto

ao Ministério das

Minas e Energia e à

Agência Nacional de

E n e r g i a E l é t r i c a

(Aneel) o rebaixamen-

to da tensão elétrica

no linhão de Tucuruí,

q u e e s t á s e n d o

construído na margem

e s q u e r d a d o r i o

Amazonas. O projeto

original prevê inicial-

mente o rebaixamento

da alta para a baixa

tensão elétrica apenas

n a c i d a d e d e

Oriximiná, os demais

munic íp ios es tão

previsto apenas para

2016.

O p r o j e t o original prevê o envio de energia direto para as capitais Manaus e Macapá, deixando os municípios por onde a t ravessa sem a energia do linhão.

Os municípios d a C a l h a N o r t e paraense formam juntos a região mais pobre do estado, por f a l t a d e i n f r a -estrutura e energia permante. Grandes empresas têm interes-se em investir na região, mas pela falta de energia acabam

procurando outros municípios, como o correu com a empresa CalPará que pretendia montar uma fábrica em Monte Alegre.

A e m p r e s a Camargo Corrêa tem projeto que prevê investimento de R$ 400 milhões, para montar uma fábrica de cimento em Monte Alegre, mas necessita

de energia firme para concretizar o projeto.

Esta semana o prefeito de Monte A l e g r e , J a r d e l Vasconce l o s e a deputada Josefina Carmo, estiveram em audiênc ia com o governador tratando do assunto de rebaixa-mento de energia na Calha Norte. Jatene se solidarizou com a

deputada e com o prefeito de Monte Alegre e concordou que a região não pode esperar tanto tempo e, por isso, vai mobilizar fo rça po l í t i ca do Estado, em Brasília, para conseguir as mudanças necessári-as no projeto original do linhão. (Fonte – José M. Piteira)

13Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011

Oeste do Pará, terça-feira 31 de maio/2011 14

RUA 07 DE SETEMBRO, 252 – CIDADE ALTA. MONTE ALEGRE-PA

DISTRIBUIDOR DIRETO DA FÁBRICA PARA TODA REGIÃO

Tel. (93) 9125-8006

Flagra!Crianças entre 6 meses e 2 anos devem tomar segunda dose da vacina contra a gripeUm mês após o Dia de Mobilização Nacional de Vacinação contra a Gripe, secretarias de saúde em todo o país começam a convocar pais de crianças entre 6 meses e 2 anos para a aplicação da segun-da dose da vacina. Hoje (30), 65 mil pos tos de saúde p a r t i c i p a r a m d a campanha.

A vacinação contra a gripe é feita em uma única dose para todos os grupos – idosos com mais de 60 a n o s , i n d í g e n a s , gestantes e profissio-nais de saúde –, com exceção das crianças.

A Secretaria de Saúde de SP, por exemplo, informou que 727 mil crianças receberam a primeira dose da vacina desde 25 de abril, data de início da campanha. O órgão destacou ainda que, para ficarem totalmente protegidas contra as complica-ções do vírus influen-

za, as crianças devem receber as duas doses.

Este ano, a campanha imuniza também contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. Isso

porque, de acordo com o ministério, a vacina tem como base os três vírus do tipo influenza que mais circularam no hemisfério sul no ano anterior. Fonte: Agência Brasil