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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br GO I Â NIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015 ANO 29 - Nº 1.515 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Página 5 Página 3 Câmara Municipal de Goiânia au- toriza prefeito a contrair empréstimo de R$ 100 milhões. Dinheiro será aplicado em programas de pavimentação asfál- tica, acessibilidade e urbanização. Paulo Garcia buscará novo empréstimo Página 9 Ocupantes de escolas estaduais merecem aplausos por defender a educação, mas pecam por boicotar as Organizações Sociais e politizar um debate que deveria ser técnico. Ocupações de escolas são politizadas Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos embarcam nessas práticas através de projeto desenvol- vido desde 2004 pela professora de língua portuguesa Doraney Carmo de Oliveira. Página 10 Em clima de confraternização e alegria, crianças carentes do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei), no Jardim do Cerrado I, em Goiânia, tiveram a oportunidade de serem presenteadas pelo Papai Noel dos Correios. A distribuição de brinquedos ocorreu em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Ministério Público de Goiás. Página 12 Presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Divino Alexandre (PMDB) diz que, se não receberem ajuda, municípios não atenderão às demandas da população. Papai Noel faz festa em Cmei no Jardim do Cerrado FIM DE ANO OPERAÇÃO SINECURA Prefeitos goianos vislumbram aumento das dificuldades em 2016 Corrupção no SindiGoiânia A Polícia Civil de Goiás investiga desvio de R$ 30 milhões dos cofres da entidade. Para delegado, os sindicalistas Carlos Antônio Alencar (Carlão), Mauro Zica Júnior, presidente e vice do SindiGoiânia, e Sandro Valverde, presidente da Federação das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Municipais do Estado de Goiás, são os principais envolvidos. Ao todo, 13 pessoas são investigadas e sete delas já estão usando tornozeleiras eletrônicas por ordem da Justiça. “Escrevendo e reescrevendo, assim se aprende” Página 4 Paulo José Paulo José Página 11 Inmetro dá dicas para as compras

Tribuna do Planaltotribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/20-12-2015_tr… · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

GO I Â NIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015ANO 29 - Nº 1.515

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Página 5

Página 3

Câmara Municipal de Goiânia au-toriza prefeito a contrair empréstimo deR$ 100 milhões. Dinheiro será aplicadoem programas de pavimentação asfál-tica, acessibilidade e urbanização.

Paulo Garciabuscará novoempréstimo

Página 9

Ocupantes de escolas estaduaismerecem aplausos por defender aeducação, mas pecam por boicotaras Organizações Sociais e politizarum debate que deveria ser técnico.

Ocupações deescolas sãopolitizadas

Crianças, adolescentes, jovens,adultos e idosos embarcam nessaspráticas através de projeto desenvol-vido desde 2004 pela professora delíngua portuguesa Doraney Carmode Oliveira. Página 10

Em clima de confraternização e alegria, crianças carentes do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei), no Jardim doCerrado I, em Goiânia, tiveram a oportunidade de serem presenteadas pelo Papai Noel dos Correios. A distribuição debrinquedos ocorreu em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Ministério Público de Goiás. Página 12

Presidente da FederaçãoGoiana dos Municípios (FGM),Divino Alexandre (PMDB) dizque, se não receberem ajuda,municípios não atenderão àsdemandas da população.

Papai Noel faz festa em Cmei no Jardim do Cerrado

FIM DE ANO

OPERAÇÃO SINECURA

Prefeitosgoianos vislumbram aumento dasdificuldadesem 2016

Corrupção no SindiGoiâniaA Polícia Civil de Goiás investiga desvio de R$ 30 milhões dos cofres da entidade. Para delegado, os sindicalistas Carlos Antônio Alencar (Carlão), Mauro ZicaJúnior, presidente e vice do SindiGoiânia, e Sandro Valverde, presidente da Federação das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Municipais do Estadode Goiás, são os principais envolvidos. Ao todo, 13 pessoas são investigadas e sete delas já estão usando tornozeleiras eletrônicas por ordem da Justiça.

“Escrevendo ereescrevendo,assim se aprende”

Página 4

Paulo José

Paulo JoséPágina 11

Inmetro dádicas paraas compras

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

2

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

José Deusmar Rodrigues e Paulo Roberto Oliveira(Diagramação)

[email protected] [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Com quantos corruptos se faz um partido?

Amadeu Garrido de Paula

O fenômeno da corrupção, diuturnamentepresente na vida pública brasileira, já impõenovas considerações jurídicas, seja sob o as-pecto da interpretação do direito posto emvista de suas consequências, seja sob o ângulodo direito a ser legislado ("de lege ferenda").A corrupção é crime e, como tal, deve ser encarado

segundo suas definições legais. Indistintamente, poucoimportando quem o praticou (vedação do direito penalsubjetivo) ou do tipo de bem tutelado que resultou mal-ferido (corrupção na administração direta ou indireta,no âmbito de que atividade estatal e ministerial, em em-presas públicas ou de economia mista), sem preocupa-ção do legislador e do intérprete sobre sua natureza. Temos de convir que a ordenação das atividades so-

ciais se espraie por atividades heterogêneas, todas elasimportantes para a implementação do bem comum,porém variadas em seus graus de importância social.Exemplificativamente, as exigências da saúde e da edu-cação superam na escala de prioridades, as do planoesportivo. Lamentavelmente, não foi o que presencia-mos no passado recente da Copa do Mundo no Brasile das programadas olimpíadas.Outro setor - letal - é o da energia atômica. Os ris-

cos de sua utilização são tão graves que o Japão pósFukusjima, a Alemanha e o os EUA cogitam de seu des-carte paulatino e completo, em favor de outras fontesenergéticas, limpas, eficientes e dignas do futuro dohomem.No Brasil, as Usinas de Angra já foram colocadas

sob suspeita de corrupção e seus projetos seguem inal-terados. Angra 3 está sendo investigada perante a 7 a.Vara Criminal da Justiça Federal do Rio, sob a condu-ção do Juiz Marcelo da Costa Bretas. Ontem (14/12)foram ouvidas as primeiras testemunhas na ação penalreferente ao setor elétrico. Segundo notícia, o dono daUTC, Ricardo Pessoa, o ex-presidente da Camargo

Correia, Dalton dos Santos Avancini e o ex-di-retor da UTC, Walmir Pinheiro Santana, todosos delatores premiados, confirmaram o paga-mento de propinas destinado a margear a lei,a concorrência pública que visa não só o me-lhor preço mas também a melhor qualidadedos serviços, por cujo expediente criminoso o

Consórcio Agramon abocanhou o contrato público.De um lado, corrupção de tal ordem deveria ser di-

ferenciada na dosimetria penal, o bem jurídico lesadofoi de tal ordem que a pena deveria ser correspondente,não simplesmente à pena da corrupção, ainda que coma aplicação de todos os acréscimos gravosos. Por outrolado, no âmbito de competência adequada e de instru-mento normativo devidamente previsto, uma obra car-regada de tanta periculosidade para a vida e aintegridade dos brasileiros, haveria de ser imediata-mente sustada, até que todas as verificações de segu-rança fossem empreendidas. Mais: simplesmentedescartadas, como se fez em países desenvolvidos.Entretanto, é possível que no Brasil se espere; se es-

perem vazamentos, mortes, suplícios de saúde prolon-gados, devastação de áreas belíssimas e aprazíveis àexistência, o aparecimento de paisagens infernais e re-pulsivas, como se vê, ainda, em Chernobil, em Fukus-hima e em todos os lamentáveis sítios em queocorreram vazamentos atômicos. O desastre de Ma-riana é mínimo perto do que pode ocorrer. Assim, noestado de angústia falimentar em que se encontram ospoderes Executivo e Legislativo, engalfinhados comosiris numa latinha de praia, ainda que sem referência adispositivos legais expressos, o Judiciário há de serproativo ou consequencialista, embora heterodoxo,como única salvação ante prováveis catástrofes.

Amadeu Garrido de Paula, jurista e autor do livro "Universo Invisível" faz uma crítica sobre a corrupção eno Brasil, e suas consequências

Corrupção e direito consequencialista

Jorge de Lima

Não é raro ouvirmos em consultório aqueixa de pais, professores de jovens que seauto mutilam. Que por alta ansiedadepegam uma faca, estilete e cortam os bra-ços, pernas, as mãos, pedaço de orelha,.Ou os que acabam arrancando cabelo, seunhando, adotando comportamentos com-pulsivos de forma destrutiva, como se beliscar, mor-der os lábios ou fazer sangrar a gengiva, roer asunhas até sangrar. Com uma pitada de requinte ma-soquista é sabido dos amplos estudos de psicologiaque jovens em estado de ansiedade sentem se alivia-dos diante da dor, ou ao verem sangue. A dor quealivia, que gera reflexão, que coloca para fora a an-siedade, que em desespero se acumula. Tensão ner-vosa que deixa um indivíduo ansioso, que paralisaou que inquieta. Dor que às vezes faz uma criaturasentir se viva a retirando de uma letargia.Todavia não é apenas em jovens que este com-

portamento destrutivo se manifesta. Hoje em nossocenário sócio político o comportamento auto des-trutivo esta no voto, quando um cidadão "de bem"elege um ficha suja, quando elege um bandido quevai nos roubar e ficar rico desviando verbas. Lembraem quem você votou e quais eram suas promessasde campanha? E o que você faz com isto? Bate pal-mas ou fica ai apático fingindo que não tem nada aver com isto?Outro exemplo de auto mutilação esta hoje em

nosso fanatismo, de teor fundamentalista, seja elapolítica, religiosa, nos meandros da intolerância.Após a ausência de consciência e percepção da rea-lidade, em ampla neurose plausível de tratamentopsiquiátrico, o teor quixotesco, emerge em pura alu-

cinação, muitas vezes defendendo ou ata-cando coisas e temáticas absurdas. Porexemplo os que vão as ruas defender bandi-dos, corruptos, ou uma ideologia, uma cartade fundação partidária que não existe mais.Idiotia, retardo mental ou mal caratismo as-sociado a imensa belicosidade com delíriosde alucinações? Isto é um comportamentoauto destrutivo.

Esses dias vi pessoas falando dos 24 milhões debrasileiros retirados da miséria o que foi notável,mas por que não falar do aumento da inflação, dapolítica neo liberal da esquerda que gera lucro abancos, da corrupção e da inexistência de uma polí-tica real de distribuição de renda, promessa eleitoraldos últimos16 anos? E o que falar de nossa "pátriaeducadora" que traiu os professores e evidenciou ocinismo dos compromissos eleitorais que jamais vãoser cumpridos? E sobem os impostos, água, gaso-lina, gás de cozinha, energia elétrica, inflação,...Hoje eu questiono com quantos corruptos se faz

um partido? Eu tenho vergonha e nojo do jogo po-lítico que fala de ética por quem rouba menos. Aauto mutilação hoje esta na imagem destruída danossa política, na falta de credibilidade dos órgãosde fiscalização, na incompetência ampla dos parti-dos de se organizarem de forma estratégica paramelhoria de sua imagem. Na inexistência no Brasilde uma oposição articulada. Incompetência e idio-tia são formas claras de masoquismo. Resta nosaprender pela dor...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Todos contra a dengueUm país ser derrotado por um mosquito é uma das evidências inegáveis de

que ainda estamos distante da sociedade que sonhamos. As causas da denguesão conhecidas e perfeitamente possíveis de ser combatidas.A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo

mosquito Aedes Aegypti que, após um período de 10 a 14 dias contados depoisde picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante todaa sua vida.O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito de-

posita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivemna água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mos-quitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em ve-locidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Umavez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doençase manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16°

C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C – por isso ele sedesenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em con-dições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desen-volve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquitoda dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por lon-gas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razõespara a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a faseadulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no pri-meiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passama se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desen-volvimento dos ovos.Como se vê o grande problema da dengue é a proliferação do mosquito

transmissor da doença, o Aedes Aegypti, semelhante a uma muriçoca. Inter-rompendo o ciclo de vida do mosquito, impedido sua procriação e proliferação,a população estará automaticamente se protegendo da doença. Mas infeliz-mente a população ainda não se conscientizou da importância de tomar medi-das simples, como limpar o quintal e eliminar qualquer possível criatório domosquito. Somente com a participação de todos essa guerra será vencida.Portanto, é altamente oportuno o movimento “Goiás contra o Aedes”, lan-

çado na terça-feira passada, dia 15, pelo governo de Goiás e que irá percorrertodos os imóveis do Estado com o objetivo de combater o mosquito Aedes ae-gypti. O trabalho será feito em conjunto pela Secretaria Estadual de Saúde, se-cretarias municipais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, agentes de endemias,agentes comunitários de saúde, professores das escolas públicas e voluntários.O objetivo é visitar todos os três milhões e 120 mil domicílios de Goiás até

o dia 31 de janeiro e repetir o trabalho em fevereiro, abril e junho para garantirque todos os imóveis sejam vistoriados e seus proprietários orientados. É umainiciativa de grande monta, mas imprescindível para o real enfrentamento dadengue. Essa ação institucional, envolvendo todas as esferas de governo, masa participação de cada cidadão, com certeza reduzirá significativamente os nú-meros da dengue em Goiás.Um povo inteiro não pode ser derrotado por um mosquito. É preciso cons-

cientização para enfrentar essa epidemia que já fez tantas vítimas no Brasil.

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

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Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Página 5

Página 3

Câmara Municipal de Goiânia au-toriza prefeito a contrair empréstimo deR$ 100 milhões. Dinheiro será aplicadoem programas de pavimentação asfál-tica, acessibilidade e urbanização.

Paulo Garciabuscará novoempréstimo

Página 9

Ocupantes de escolas estaduaismerecem aplausos por defender aeducação, mas pecam por boicotaras Organizações Sociais e politizarum debate que deveria ser técnico.

Ocupações deescolas sãopolitizadas

Crianças, adolescentes, jovens,adultos e idosos embarcam nessaspráticas através de projeto desenvol-vido desde 2004 pela professora delíngua portuguesa Doraney Carmode Oliveira. Página 10

Em clima de confraternização e alegria, crianças carentes do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei), no Jardim doCerrado I, em Goiânia, tiveram a oportunidade de serem presenteadas pelo Papai Noel dos Correios. A distribuição debrinquedos ocorreu em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Ministério Público de Goiás. Página 12

Presidente da FederaçãoGoiana dos Municípios (FGM),Divino Alexandre (PMDB) dizque, se não receberem ajuda,municípios não atenderão àsdemandas da população.

Papai Noel faz festa em Cmei no Jardim do Cerrado

FIM DE ANO

OPERAÇÃO SINECURA

Prefeitosgoianos vislumbram aumento dasdificuldadesem 2016

Corrupção no SindiGoiâniaA Polícia Civil de Goiás investiga desvio de R$ 30 milhões dos cofres da entidade. Para delegado, os sindicalistas Carlos Antônio Alencar (Carlão), Mauro ZicaJúnior, presidente e vice do SindiGoiânia, e Sandro Valverde, presidente da Federação das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Municipais do Estadode Goiás, são os principais envolvidos. Ao todo, 13 pessoas são investigadas e sete delas já estão usando tornozeleiras eletrônicas por ordem da Justiça.

“Escrevendo ereescrevendo,assim se aprende”

Página 4

Paulo José

Paulo JoséPágina 11

Inmetro dádicas paraas compras

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

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Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

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Paulo José (Fotografia)[email protected]

José Deusmar Rodrigues e Paulo Roberto Oliveira(Diagramação)

[email protected] [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

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OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Com quantos corruptos se faz um partido?

Amadeu Garrido de Paula

O fenômeno da corrupção, diuturnamentepresente na vida pública brasileira, já impõenovas considerações jurídicas, seja sob o as-pecto da interpretação do direito posto emvista de suas consequências, seja sob o ângulodo direito a ser legislado ("de lege ferenda").A corrupção é crime e, como tal, deve ser encarado

segundo suas definições legais. Indistintamente, poucoimportando quem o praticou (vedação do direito penalsubjetivo) ou do tipo de bem tutelado que resultou mal-ferido (corrupção na administração direta ou indireta,no âmbito de que atividade estatal e ministerial, em em-presas públicas ou de economia mista), sem preocupa-ção do legislador e do intérprete sobre sua natureza. Temos de convir que a ordenação das atividades so-

ciais se espraie por atividades heterogêneas, todas elasimportantes para a implementação do bem comum,porém variadas em seus graus de importância social.Exemplificativamente, as exigências da saúde e da edu-cação superam na escala de prioridades, as do planoesportivo. Lamentavelmente, não foi o que presencia-mos no passado recente da Copa do Mundo no Brasile das programadas olimpíadas.Outro setor - letal - é o da energia atômica. Os ris-

cos de sua utilização são tão graves que o Japão pósFukusjima, a Alemanha e o os EUA cogitam de seu des-carte paulatino e completo, em favor de outras fontesenergéticas, limpas, eficientes e dignas do futuro dohomem.No Brasil, as Usinas de Angra já foram colocadas

sob suspeita de corrupção e seus projetos seguem inal-terados. Angra 3 está sendo investigada perante a 7 a.Vara Criminal da Justiça Federal do Rio, sob a condu-ção do Juiz Marcelo da Costa Bretas. Ontem (14/12)foram ouvidas as primeiras testemunhas na ação penalreferente ao setor elétrico. Segundo notícia, o dono daUTC, Ricardo Pessoa, o ex-presidente da Camargo

Correia, Dalton dos Santos Avancini e o ex-di-retor da UTC, Walmir Pinheiro Santana, todosos delatores premiados, confirmaram o paga-mento de propinas destinado a margear a lei,a concorrência pública que visa não só o me-lhor preço mas também a melhor qualidadedos serviços, por cujo expediente criminoso o

Consórcio Agramon abocanhou o contrato público.De um lado, corrupção de tal ordem deveria ser di-

ferenciada na dosimetria penal, o bem jurídico lesadofoi de tal ordem que a pena deveria ser correspondente,não simplesmente à pena da corrupção, ainda que coma aplicação de todos os acréscimos gravosos. Por outrolado, no âmbito de competência adequada e de instru-mento normativo devidamente previsto, uma obra car-regada de tanta periculosidade para a vida e aintegridade dos brasileiros, haveria de ser imediata-mente sustada, até que todas as verificações de segu-rança fossem empreendidas. Mais: simplesmentedescartadas, como se fez em países desenvolvidos.Entretanto, é possível que no Brasil se espere; se es-

perem vazamentos, mortes, suplícios de saúde prolon-gados, devastação de áreas belíssimas e aprazíveis àexistência, o aparecimento de paisagens infernais e re-pulsivas, como se vê, ainda, em Chernobil, em Fukus-hima e em todos os lamentáveis sítios em queocorreram vazamentos atômicos. O desastre de Ma-riana é mínimo perto do que pode ocorrer. Assim, noestado de angústia falimentar em que se encontram ospoderes Executivo e Legislativo, engalfinhados comosiris numa latinha de praia, ainda que sem referência adispositivos legais expressos, o Judiciário há de serproativo ou consequencialista, embora heterodoxo,como única salvação ante prováveis catástrofes.

Amadeu Garrido de Paula, jurista e autor do livro "Universo Invisível" faz uma crítica sobre a corrupção eno Brasil, e suas consequências

Corrupção e direito consequencialista

Jorge de Lima

Não é raro ouvirmos em consultório aqueixa de pais, professores de jovens que seauto mutilam. Que por alta ansiedadepegam uma faca, estilete e cortam os bra-ços, pernas, as mãos, pedaço de orelha,.Ou os que acabam arrancando cabelo, seunhando, adotando comportamentos com-pulsivos de forma destrutiva, como se beliscar, mor-der os lábios ou fazer sangrar a gengiva, roer asunhas até sangrar. Com uma pitada de requinte ma-soquista é sabido dos amplos estudos de psicologiaque jovens em estado de ansiedade sentem se alivia-dos diante da dor, ou ao verem sangue. A dor quealivia, que gera reflexão, que coloca para fora a an-siedade, que em desespero se acumula. Tensão ner-vosa que deixa um indivíduo ansioso, que paralisaou que inquieta. Dor que às vezes faz uma criaturasentir se viva a retirando de uma letargia.Todavia não é apenas em jovens que este com-

portamento destrutivo se manifesta. Hoje em nossocenário sócio político o comportamento auto des-trutivo esta no voto, quando um cidadão "de bem"elege um ficha suja, quando elege um bandido quevai nos roubar e ficar rico desviando verbas. Lembraem quem você votou e quais eram suas promessasde campanha? E o que você faz com isto? Bate pal-mas ou fica ai apático fingindo que não tem nada aver com isto?Outro exemplo de auto mutilação esta hoje em

nosso fanatismo, de teor fundamentalista, seja elapolítica, religiosa, nos meandros da intolerância.Após a ausência de consciência e percepção da rea-lidade, em ampla neurose plausível de tratamentopsiquiátrico, o teor quixotesco, emerge em pura alu-

cinação, muitas vezes defendendo ou ata-cando coisas e temáticas absurdas. Porexemplo os que vão as ruas defender bandi-dos, corruptos, ou uma ideologia, uma cartade fundação partidária que não existe mais.Idiotia, retardo mental ou mal caratismo as-sociado a imensa belicosidade com delíriosde alucinações? Isto é um comportamentoauto destrutivo.

Esses dias vi pessoas falando dos 24 milhões debrasileiros retirados da miséria o que foi notável,mas por que não falar do aumento da inflação, dapolítica neo liberal da esquerda que gera lucro abancos, da corrupção e da inexistência de uma polí-tica real de distribuição de renda, promessa eleitoraldos últimos16 anos? E o que falar de nossa "pátriaeducadora" que traiu os professores e evidenciou ocinismo dos compromissos eleitorais que jamais vãoser cumpridos? E sobem os impostos, água, gaso-lina, gás de cozinha, energia elétrica, inflação,...Hoje eu questiono com quantos corruptos se faz

um partido? Eu tenho vergonha e nojo do jogo po-lítico que fala de ética por quem rouba menos. Aauto mutilação hoje esta na imagem destruída danossa política, na falta de credibilidade dos órgãosde fiscalização, na incompetência ampla dos parti-dos de se organizarem de forma estratégica paramelhoria de sua imagem. Na inexistência no Brasilde uma oposição articulada. Incompetência e idio-tia são formas claras de masoquismo. Resta nosaprender pela dor...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Todos contra a dengueUm país ser derrotado por um mosquito é uma das evidências inegáveis de

que ainda estamos distante da sociedade que sonhamos. As causas da denguesão conhecidas e perfeitamente possíveis de ser combatidas.A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo

mosquito Aedes Aegypti que, após um período de 10 a 14 dias contados depoisde picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante todaa sua vida.O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito de-

posita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivemna água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mos-quitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em ve-locidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Umavez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doençase manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16°

C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C – por isso ele sedesenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em con-dições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desen-volve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquitoda dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por lon-gas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razõespara a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a faseadulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no pri-meiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passama se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desen-volvimento dos ovos.Como se vê o grande problema da dengue é a proliferação do mosquito

transmissor da doença, o Aedes Aegypti, semelhante a uma muriçoca. Inter-rompendo o ciclo de vida do mosquito, impedido sua procriação e proliferação,a população estará automaticamente se protegendo da doença. Mas infeliz-mente a população ainda não se conscientizou da importância de tomar medi-das simples, como limpar o quintal e eliminar qualquer possível criatório domosquito. Somente com a participação de todos essa guerra será vencida.Portanto, é altamente oportuno o movimento “Goiás contra o Aedes”, lan-

çado na terça-feira passada, dia 15, pelo governo de Goiás e que irá percorrertodos os imóveis do Estado com o objetivo de combater o mosquito Aedes ae-gypti. O trabalho será feito em conjunto pela Secretaria Estadual de Saúde, se-cretarias municipais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, agentes de endemias,agentes comunitários de saúde, professores das escolas públicas e voluntários.O objetivo é visitar todos os três milhões e 120 mil domicílios de Goiás até

o dia 31 de janeiro e repetir o trabalho em fevereiro, abril e junho para garantirque todos os imóveis sejam vistoriados e seus proprietários orientados. É umainiciativa de grande monta, mas imprescindível para o real enfrentamento dadengue. Essa ação institucional, envolvendo todas as esferas de governo, masa participação de cada cidadão, com certeza reduzirá significativamente os nú-meros da dengue em Goiás.Um povo inteiro não pode ser derrotado por um mosquito. É preciso cons-

cientização para enfrentar essa epidemia que já fez tantas vítimas no Brasil.

Depois de tramitar por qua-tro meses, a Câmara Municipalaprovou na quiknta-feira, dia 17,o projeto de lei que autoriza oprefeito Paulo Garcia (PT) acontrair empréstimo de R$ 100milhões junto à Corporação An-dina de Fomento (CAF), órgãodo Banco Interamericano de De-senvolvimento (BID). O projetoserá encaminhado a Garcia paraser sancionado.

Os recursos, segundo o líderdo prefeito na Casa, Carlos Soa-res (PT), serão aplicados emprogramas de pavimentação as-fáltica acessibilidade, urbaniza-ção, mobilidade, meio ambiente,educação, saúde e sustentabili-dade.

“Trata-se de um empréstimofundamental para reforçar as fi-nanças da Prefeitura e cujos re-cursos só serão aplicados emprogramas acertados entre oPaço e a CAF”, frisou.

Além de ser uma operaçãogarantida pela União, o municí-pio oferecerá a cessão de direitose créditos relativos a cotas ouparcelas de participação da Pre-feitura na arrecadação federal .

Segundo o prefeito, os recur-sos vão possibilitar a restauraçãode 478 quilômetros de pavimen-tação em 344 vias públicas, em

53 bairros de Goiânia, bemcomo implementar obras do pro-grama de mobilidade social, comvistas a melhorias na acessibili-dade e estrutura urbana da ci-dade.

CRÉDITOSOutra mensagem de Paulo

Garcia aprovada pelo plenáriodiz respeito a abertura de créditoespecial, no montante de R$

1,061 milhão, para reforçar orça-mento da Secretaria de Finançasda Prefeitura.

Os vereadores Pedro Azulão(PSB), Tayrone di Martino eGiovanni Antonio, do PSDB, vo-taram contra o projeto, sob o ar-gumento de “essa manobra nosparecer ser uma pedalada fiscaldo senhor prefeito”.

Mas o líder do prefeito, Car-los Soares (PT) rebateu as insi-

nuações dizendo que “esse re-curso visa apenas fazer uma ade-quação orçamentária nasecretaria de Finanças, em vir-tude da reforma administrativa,feita em julho. Essa reforma mu-dou a destinação de vários ór-gãos que foram extintos ouincorporados. Portanto, é apenasuma adequação orçamentária enão pedalada fiscal como acusaa oposição”.

PROGRAMA DE PAVIMENTAÇÃO AEROPORTO EXECUTIVO

Paulo Garcia já podebuscar empréstimo deR$ 100 milhões no BID

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Ronaldo [email protected]

LINHA DIRETA

RÁPIDAS

Em meio ao processo de impeachment, a presidenta Dilma Rousseff, via rede social, fala sobre o site"Fatos & Boatos", lançado por ela, onde o cidadão pode conferir informações sobre o governofederal e "rebater boatos" na internet

Palestra no AcreDurante palestra na Federação das Indús-

trias do Acre (Fieac), na noite de quinta-feira,dia 17, em Rio Branco, o governador MarconiPerillo (PSDB) disse que no seu quarto mandatoo foco é a inovação tecnológica e a competitivi-dade. À imprensa, Marconi falou das experienciadas OS's nos hospitais, da implantação dessesistema na Educação e do corte gastos e reduçãode secretarias que fez em Goiás para diminuir oimpacto da crise econômica nacional. Marconiteve encontro com a governadora em exercíciodo Acre, Maria Nazareth Araújo (PT), na CasaRosada, sede administrativa do governo.

No AmazonasAntes de chegar no Acre, Marconi Perillo

teve encontro com o governador José Melo(Pros), do Amazonas, e com o prefeito de Ma-naus, Arthur Virgílio (PSDB). Lá Marconi co-nheceu a experiência de terceirização do sistemaprisional do Amazonas, com visita ao Centro deDetenção Penitenciário Feminino, acompa-nhado pelo vice-governador Henrique Oliveira(SD). Na sexta foi a Porto Velho (RO) para en-contro do Consórcio Brasil Central

"Lançamos hoje uma importante ferramenta paraajudar a todos a conferir informações e rebater boatos"

Nome do PMDBPresidente do diretório metropolitano do

PMDB, o deputado estadual Bruno Peixotoafirmou nesta semana que Iris Rezende será ocandidato do partido a prefeito de Goiânia noano que vem. Líder absoluto nas pesquisas,Iris não abre mão da cabeça de chapa e, rom-pida a aliança com o PT, o PMDB estariamuito próximo de se alinhar novamente como DEM do senador Ronaldo Caiado, comoaconteceu em 2014.

Fim da mamataA casa caiu no SindiGoiânia e deve cair em

outros sindicatos também. Aliás, vários delesse tansformaram em espécie de cartórios ondepoucos mandam, sem renovação, e os tratamcomo se fossem seus. Uma das definições paraSinecura: "Emprego ou cargo rendoso queexige pouco trabalho", ou seja, mamata.

Péssimo estadoPresidente da Agência Goiana de Trans-

porte e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rin-cón não negou, em entrvista à Rádio 730 AM,que várias rodovias goianas estão em péssimoestado de conservação. Ele confirmou quedesde agosto a rodovias goianas não recebemmanutenção.

ExemplosAs rodovias que ligam Caldas Novas a Ipa-

meri e Pires do Rio, Britânia à Santa Fé e RioVerde a Montividiu estão em situação muitoruim. "É melhor usar as rotas alternativas, por-que as rodovias estão em péssimo estado. Nóspedimos que a população tenha mais umpouco de paciência" . Paciência nessa hora,Rincón?

Defesa da democraciaPrefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT)

foi um dos 14 prefeitos de capitais que esti-veram reunidos com Dilma Rousseff (PT),no Palácio do Planalto, na segunda-feira, dia14, e que assinaram documento contra o im-peachment da presidenta. Dilma teria pedidoapoio dos prefeitos, disse Paulo Garcia, nãopara defender o cargo dela, mas a "democra-cia" brasileira.

Ação planejada?Durante inauguração da Agência do Vapt

Vupt, o governador Marconi Perillo (PSDB)ouviu do prefeito Maguito Vilela (PMDB), dopresidente da Câmara Municipal, vereadorGustavo Mendanha (PMDB) e de outras lide-ranças locais reiterados pedidos para que ter-mine imediatamente as obras de construçãodo Instituto Médico Legal de Aparecida deGoiânia, que já duram mais de 10 anos.

BoatosA política vive de boatos. Um dos mais recen-

tes dizia que Vanderlan Cardoso (PSB), por contados desentendimentos com Misael Oliveira(PDT), havia mudado de foco em relação à su-cessão municipal de 2016 e decidido ser candidatoa prefeito de Senador Canedo, desistindo do pro-jeto de Goiânia.

Pura maldadeComo se sabe, Vanderlan Cardoso tem domi-

cílio eleitoral em Goiânia desde setembro desteano. Portanto, ele não pode ser candidato em Se-nador Canedo já que não há mais prazo legal paramudar seu domicílio eleitoral e se candidatar nomunicípio.

Missão impossívelO deputado Luis Cesar Bueno lançou sua pré-

candidatura a prefeito de Goiânia pelo PT e tra-balha para manter a aliança "vitoriosa" PT/PMDBna capital. Só que ele quer o apoio do PMDB paraa sua candidatura a prefeito, coisa impossível deacontecer.

Palanques diferentesLuis Cesar Bueno justifica que o PT é um par-

tido grande que comanda as prefeituras de Goiâ-nia e de Anápolis, o governo federal, além deoutras prefeituras em Goiás, o que lhe confere odireito de ter candidato próprio a prefeito da ca-pital. Ele tem razão, mas com esse raciocínio, PTe PMDB estarão em palanques diferentes em2016, pelo menos no primeiro turno.

Prefeito Maguito Vilela (PMDB) promoveu con-faternização na noite de quinta-feira, dia 17, comos secretários municipais e vereadores. O encon-tro foi realizado numa casa de eventos nas proxi-midades do Buriti Shopping.

Assembleia Legislativa encerrou na quinta-feira,dia 17, durante sessão extraordinária, as votaçõesque estavam na pauta para este ano e iniciou orecesso parlamentar. Entre outros, foram aprova-dos o PPA e o Orçamento.

Com a aprovação da Lei Orçamentária Anual(LOA 2016), a Câmara Municipal de Goiâniatambém encerrou, na quinta-feira, dia 17, o pe-ríodo Legislativo de 2015 e deu início ao recessoparlamentar que vai até o dia 16/02/2016.

Já a Câmara Municipal de Aparecida só deve en-trar de férias bem no finalzinho do ano. Os verea-dores serão convocados para sessões extras entreo Natal e o Reveillon para votar vários projetos,entre eles, o novo Plano Diretor.

XX

XX

Deputados votam contra aumento de IPVA e taxas do Detran-GO

Antes de entrar de recesso, a Assem-bleia Assembleia Legislativa aprovou, emsegunda e última votaçao, na quinta-feira,dia 17, o projeto de lei da Governadoria quealtera tabela do Código Tributário do Es-tado de Goiás e aumenta em 13% as taxasdos serviços prestados pela autarquia. Najustificativa, o Executivo explicou que, ape-sar do aumento, estava excluindo a co-brança de algumas taxas também. Oaumento sugerido foi de 23%, mas apósaprovação de emenda apresentada pelo lí-der do Governo, deputado José Vitti(PSDB), ficou em 13%. A matéria foi apro-vada com votos contrários dos deputadosLuis Cesar Bueno, Humberto Aidar eAdriana Accorsi (PT) e José Nelto(PMDB). Durante as discussões, Luis Ce-sar Bueno afirmou que achava que as tabe-las de preços dos Departamentos Estaduaisde Trânsito eram estabelecidas pelo Depar-tamento Nacional de Trânsito (Denatran),mas que havia se enganado: "a minoria se-ria regida pelo órgão nacional. Com auto-nomia de estipular o valor da grandemaioria das taxas, o Detran-GO estaria co-brando preços muito altos, que passarão aser ainda mais altos com o aumento de13% (antes de 23%) previsto no projeto delei". O rolo comprossor do governo funcio-nou bem e o contribuinte, mais uma vez,vai pagar a conta.

Foi definido na noite dequarta-feira, dia 16, durante au-diência pública realizada no audi-tório da Associação Comercial eIndustrial de Aparecida de Goiâ-nia (Aciag) o perímetro da ÁreaEspecial Aeroportuária do muni-cípio. A audiência foi uma das exi-gências da Agência Nacional deAviação Civil (Anac) quando con-cedeu ao município a autorizaçãopara a construção do AeroportoExecutivo de Aparecida. Acordoentre os poderes Executivo e Le-gislativo prevê convocação ex-traordinária para apreciação evotação do Projeto de Lei Com-plementar (PCL).

A audiência pública foi coor-denada pela Secretaria de Go-verno e Integração Institucionalem parceria com as secretarias dePlanejamento e Regulação Ur-bana, a Procuradoria Geral doMunicípio, a Câmara Municipal ea Aciag. “A participação da socie-dade mostra a lisura e a transpa-rência do processo. Será aoportunidade de se fazer suges-tões ou últimas alterações antes deenviarmos o Projeto de Lei Com-plementar para a Câmara”, pon-tua Euler de Morais, secretário deGoverno e Integração Institucio-nal.

O secretário explicou que oProjeto de Lei Complementar ins-titui a Área de Especial InteresseUrbanístico (AEIU) e delimita aÁrea Especial Aeroportuária deAparecida de Goiânia. “Com aaprovação os empreendedoresresponsáveis pela obra já estarão

habilitados a iniciar a construçãodo Aeroporto Executivo indepen-dente da aprovação do Plano Di-retor, cuja apreciação e aprovaçãotambém está no cronograma daCasa durante a convocação dosvereadores”, conta.

Para o presidente da Aciag,Oswaldo Zilli, a construção doAeroporto de Aparecida serámuito importante para o projetode desenvolvimento econômicodo município. “Somos uma ci-dade com mais de 500 mil habi-tantes e um dos maiores e maisdiversificados polos industriais doCentro-Oeste. Temos instaladasaqui diversas empresas de grandeporte que já utilizam este tipo deserviço. A construção do aero-porto com certeza fará de Apare-cida uma cidade ainda maisatrativa para a vinda de novos em-preendimentos”, explica.

Além de funcionar para finsexecutivos o Aeroporto Executivode Aparecida também poderá tercaráter comercial. Com isso asaeronaves também poderão trans-portar pequenas cargas. A ideia éque funcione como suporte doAeroporto Santa Genoveva, que jáse encontra com capacidade pra-ticamente esgotada. Segundo Os-waldo Zilli, também será ofertadoum serviço de manutenção paraaeronaves maiores e diversas em-presas já demonstraram interesseem se instalar. “Tudo isto com cer-teza nos colocará em outro pata-mar em relação a outras cidadescom o mesmo perfil de Apare-cida”, completa.

Vereadores de Goiânia votaram projeto antes de encerrar o período legislativo de 2015

Audiência Públicadefine perímetro daZona Aeroportuáriade Aparecida

EDUARDO NOGUEIRA

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

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OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Com quantos corruptos se faz um partido?

Amadeu Garrido de Paula

O fenômeno da corrupção, diuturnamentepresente na vida pública brasileira, já impõenovas considerações jurídicas, seja sob o as-pecto da interpretação do direito posto emvista de suas consequências, seja sob o ângulodo direito a ser legislado ("de lege ferenda").A corrupção é crime e, como tal, deve ser encarado

segundo suas definições legais. Indistintamente, poucoimportando quem o praticou (vedação do direito penalsubjetivo) ou do tipo de bem tutelado que resultou mal-ferido (corrupção na administração direta ou indireta,no âmbito de que atividade estatal e ministerial, em em-presas públicas ou de economia mista), sem preocupa-ção do legislador e do intérprete sobre sua natureza. Temos de convir que a ordenação das atividades so-

ciais se espraie por atividades heterogêneas, todas elasimportantes para a implementação do bem comum,porém variadas em seus graus de importância social.Exemplificativamente, as exigências da saúde e da edu-cação superam na escala de prioridades, as do planoesportivo. Lamentavelmente, não foi o que presencia-mos no passado recente da Copa do Mundo no Brasile das programadas olimpíadas.Outro setor - letal - é o da energia atômica. Os ris-

cos de sua utilização são tão graves que o Japão pósFukusjima, a Alemanha e o os EUA cogitam de seu des-carte paulatino e completo, em favor de outras fontesenergéticas, limpas, eficientes e dignas do futuro dohomem.No Brasil, as Usinas de Angra já foram colocadas

sob suspeita de corrupção e seus projetos seguem inal-terados. Angra 3 está sendo investigada perante a 7 a.Vara Criminal da Justiça Federal do Rio, sob a condu-ção do Juiz Marcelo da Costa Bretas. Ontem (14/12)foram ouvidas as primeiras testemunhas na ação penalreferente ao setor elétrico. Segundo notícia, o dono daUTC, Ricardo Pessoa, o ex-presidente da Camargo

Correia, Dalton dos Santos Avancini e o ex-di-retor da UTC, Walmir Pinheiro Santana, todosos delatores premiados, confirmaram o paga-mento de propinas destinado a margear a lei,a concorrência pública que visa não só o me-lhor preço mas também a melhor qualidadedos serviços, por cujo expediente criminoso o

Consórcio Agramon abocanhou o contrato público.De um lado, corrupção de tal ordem deveria ser di-

ferenciada na dosimetria penal, o bem jurídico lesadofoi de tal ordem que a pena deveria ser correspondente,não simplesmente à pena da corrupção, ainda que coma aplicação de todos os acréscimos gravosos. Por outrolado, no âmbito de competência adequada e de instru-mento normativo devidamente previsto, uma obra car-regada de tanta periculosidade para a vida e aintegridade dos brasileiros, haveria de ser imediata-mente sustada, até que todas as verificações de segu-rança fossem empreendidas. Mais: simplesmentedescartadas, como se fez em países desenvolvidos.Entretanto, é possível que no Brasil se espere; se es-

perem vazamentos, mortes, suplícios de saúde prolon-gados, devastação de áreas belíssimas e aprazíveis àexistência, o aparecimento de paisagens infernais e re-pulsivas, como se vê, ainda, em Chernobil, em Fukus-hima e em todos os lamentáveis sítios em queocorreram vazamentos atômicos. O desastre de Ma-riana é mínimo perto do que pode ocorrer. Assim, noestado de angústia falimentar em que se encontram ospoderes Executivo e Legislativo, engalfinhados comosiris numa latinha de praia, ainda que sem referência adispositivos legais expressos, o Judiciário há de serproativo ou consequencialista, embora heterodoxo,como única salvação ante prováveis catástrofes.

Amadeu Garrido de Paula, jurista e autor do livro "Universo Invisível" faz uma crítica sobre a corrupção eno Brasil, e suas consequências

Corrupção e direito consequencialista

Jorge de Lima

Não é raro ouvirmos em consultório aqueixa de pais, professores de jovens que seauto mutilam. Que por alta ansiedadepegam uma faca, estilete e cortam os bra-ços, pernas, as mãos, pedaço de orelha,.Ou os que acabam arrancando cabelo, seunhando, adotando comportamentos com-pulsivos de forma destrutiva, como se beliscar, mor-der os lábios ou fazer sangrar a gengiva, roer asunhas até sangrar. Com uma pitada de requinte ma-soquista é sabido dos amplos estudos de psicologiaque jovens em estado de ansiedade sentem se alivia-dos diante da dor, ou ao verem sangue. A dor quealivia, que gera reflexão, que coloca para fora a an-siedade, que em desespero se acumula. Tensão ner-vosa que deixa um indivíduo ansioso, que paralisaou que inquieta. Dor que às vezes faz uma criaturasentir se viva a retirando de uma letargia.Todavia não é apenas em jovens que este com-

portamento destrutivo se manifesta. Hoje em nossocenário sócio político o comportamento auto des-trutivo esta no voto, quando um cidadão "de bem"elege um ficha suja, quando elege um bandido quevai nos roubar e ficar rico desviando verbas. Lembraem quem você votou e quais eram suas promessasde campanha? E o que você faz com isto? Bate pal-mas ou fica ai apático fingindo que não tem nada aver com isto?Outro exemplo de auto mutilação esta hoje em

nosso fanatismo, de teor fundamentalista, seja elapolítica, religiosa, nos meandros da intolerância.Após a ausência de consciência e percepção da rea-lidade, em ampla neurose plausível de tratamentopsiquiátrico, o teor quixotesco, emerge em pura alu-

cinação, muitas vezes defendendo ou ata-cando coisas e temáticas absurdas. Porexemplo os que vão as ruas defender bandi-dos, corruptos, ou uma ideologia, uma cartade fundação partidária que não existe mais.Idiotia, retardo mental ou mal caratismo as-sociado a imensa belicosidade com delíriosde alucinações? Isto é um comportamentoauto destrutivo.

Esses dias vi pessoas falando dos 24 milhões debrasileiros retirados da miséria o que foi notável,mas por que não falar do aumento da inflação, dapolítica neo liberal da esquerda que gera lucro abancos, da corrupção e da inexistência de uma polí-tica real de distribuição de renda, promessa eleitoraldos últimos16 anos? E o que falar de nossa "pátriaeducadora" que traiu os professores e evidenciou ocinismo dos compromissos eleitorais que jamais vãoser cumpridos? E sobem os impostos, água, gaso-lina, gás de cozinha, energia elétrica, inflação,...Hoje eu questiono com quantos corruptos se faz

um partido? Eu tenho vergonha e nojo do jogo po-lítico que fala de ética por quem rouba menos. Aauto mutilação hoje esta na imagem destruída danossa política, na falta de credibilidade dos órgãosde fiscalização, na incompetência ampla dos parti-dos de se organizarem de forma estratégica paramelhoria de sua imagem. Na inexistência no Brasilde uma oposição articulada. Incompetência e idio-tia são formas claras de masoquismo. Resta nosaprender pela dor...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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Todos contra a dengueUm país ser derrotado por um mosquito é uma das evidências inegáveis de

que ainda estamos distante da sociedade que sonhamos. As causas da denguesão conhecidas e perfeitamente possíveis de ser combatidas.A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo

mosquito Aedes Aegypti que, após um período de 10 a 14 dias contados depoisde picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante todaa sua vida.O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito de-

posita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivemna água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mos-quitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em ve-locidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Umavez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doençase manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16°

C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C – por isso ele sedesenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em con-dições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desen-volve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquitoda dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por lon-gas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razõespara a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a faseadulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no pri-meiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passama se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desen-volvimento dos ovos.Como se vê o grande problema da dengue é a proliferação do mosquito

transmissor da doença, o Aedes Aegypti, semelhante a uma muriçoca. Inter-rompendo o ciclo de vida do mosquito, impedido sua procriação e proliferação,a população estará automaticamente se protegendo da doença. Mas infeliz-mente a população ainda não se conscientizou da importância de tomar medi-das simples, como limpar o quintal e eliminar qualquer possível criatório domosquito. Somente com a participação de todos essa guerra será vencida.Portanto, é altamente oportuno o movimento “Goiás contra o Aedes”, lan-

çado na terça-feira passada, dia 15, pelo governo de Goiás e que irá percorrertodos os imóveis do Estado com o objetivo de combater o mosquito Aedes ae-gypti. O trabalho será feito em conjunto pela Secretaria Estadual de Saúde, se-cretarias municipais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, agentes de endemias,agentes comunitários de saúde, professores das escolas públicas e voluntários.O objetivo é visitar todos os três milhões e 120 mil domicílios de Goiás até

o dia 31 de janeiro e repetir o trabalho em fevereiro, abril e junho para garantirque todos os imóveis sejam vistoriados e seus proprietários orientados. É umainiciativa de grande monta, mas imprescindível para o real enfrentamento dadengue. Essa ação institucional, envolvendo todas as esferas de governo, masa participação de cada cidadão, com certeza reduzirá significativamente os nú-meros da dengue em Goiás.Um povo inteiro não pode ser derrotado por um mosquito. É preciso cons-

cientização para enfrentar essa epidemia que já fez tantas vítimas no Brasil.

Depois de tramitar por qua-tro meses, a Câmara Municipalaprovou na quiknta-feira, dia 17,o projeto de lei que autoriza oprefeito Paulo Garcia (PT) acontrair empréstimo de R$ 100milhões junto à Corporação An-dina de Fomento (CAF), órgãodo Banco Interamericano de De-senvolvimento (BID). O projetoserá encaminhado a Garcia paraser sancionado.

Os recursos, segundo o líderdo prefeito na Casa, Carlos Soa-res (PT), serão aplicados emprogramas de pavimentação as-fáltica acessibilidade, urbaniza-ção, mobilidade, meio ambiente,educação, saúde e sustentabili-dade.

“Trata-se de um empréstimofundamental para reforçar as fi-nanças da Prefeitura e cujos re-cursos só serão aplicados emprogramas acertados entre oPaço e a CAF”, frisou.

Além de ser uma operaçãogarantida pela União, o municí-pio oferecerá a cessão de direitose créditos relativos a cotas ouparcelas de participação da Pre-feitura na arrecadação federal .

Segundo o prefeito, os recur-sos vão possibilitar a restauraçãode 478 quilômetros de pavimen-tação em 344 vias públicas, em

53 bairros de Goiânia, bemcomo implementar obras do pro-grama de mobilidade social, comvistas a melhorias na acessibili-dade e estrutura urbana da ci-dade.

CRÉDITOSOutra mensagem de Paulo

Garcia aprovada pelo plenáriodiz respeito a abertura de créditoespecial, no montante de R$

1,061 milhão, para reforçar orça-mento da Secretaria de Finançasda Prefeitura.

Os vereadores Pedro Azulão(PSB), Tayrone di Martino eGiovanni Antonio, do PSDB, vo-taram contra o projeto, sob o ar-gumento de “essa manobra nosparecer ser uma pedalada fiscaldo senhor prefeito”.

Mas o líder do prefeito, Car-los Soares (PT) rebateu as insi-

nuações dizendo que “esse re-curso visa apenas fazer uma ade-quação orçamentária nasecretaria de Finanças, em vir-tude da reforma administrativa,feita em julho. Essa reforma mu-dou a destinação de vários ór-gãos que foram extintos ouincorporados. Portanto, é apenasuma adequação orçamentária enão pedalada fiscal como acusaa oposição”.

PROGRAMA DE PAVIMENTAÇÃO AEROPORTO EXECUTIVO

Paulo Garcia já podebuscar empréstimo deR$ 100 milhões no BID

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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Ronaldo [email protected]

LINHA DIRETA

RÁPIDAS

Em meio ao processo de impeachment, a presidenta Dilma Rousseff, via rede social, fala sobre o site"Fatos & Boatos", lançado por ela, onde o cidadão pode conferir informações sobre o governofederal e "rebater boatos" na internet

Palestra no AcreDurante palestra na Federação das Indús-

trias do Acre (Fieac), na noite de quinta-feira,dia 17, em Rio Branco, o governador MarconiPerillo (PSDB) disse que no seu quarto mandatoo foco é a inovação tecnológica e a competitivi-dade. À imprensa, Marconi falou das experienciadas OS's nos hospitais, da implantação dessesistema na Educação e do corte gastos e reduçãode secretarias que fez em Goiás para diminuir oimpacto da crise econômica nacional. Marconiteve encontro com a governadora em exercíciodo Acre, Maria Nazareth Araújo (PT), na CasaRosada, sede administrativa do governo.

No AmazonasAntes de chegar no Acre, Marconi Perillo

teve encontro com o governador José Melo(Pros), do Amazonas, e com o prefeito de Ma-naus, Arthur Virgílio (PSDB). Lá Marconi co-nheceu a experiência de terceirização do sistemaprisional do Amazonas, com visita ao Centro deDetenção Penitenciário Feminino, acompa-nhado pelo vice-governador Henrique Oliveira(SD). Na sexta foi a Porto Velho (RO) para en-contro do Consórcio Brasil Central

"Lançamos hoje uma importante ferramenta paraajudar a todos a conferir informações e rebater boatos"

Nome do PMDBPresidente do diretório metropolitano do

PMDB, o deputado estadual Bruno Peixotoafirmou nesta semana que Iris Rezende será ocandidato do partido a prefeito de Goiânia noano que vem. Líder absoluto nas pesquisas,Iris não abre mão da cabeça de chapa e, rom-pida a aliança com o PT, o PMDB estariamuito próximo de se alinhar novamente como DEM do senador Ronaldo Caiado, comoaconteceu em 2014.

Fim da mamataA casa caiu no SindiGoiânia e deve cair em

outros sindicatos também. Aliás, vários delesse tansformaram em espécie de cartórios ondepoucos mandam, sem renovação, e os tratamcomo se fossem seus. Uma das definições paraSinecura: "Emprego ou cargo rendoso queexige pouco trabalho", ou seja, mamata.

Péssimo estadoPresidente da Agência Goiana de Trans-

porte e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rin-cón não negou, em entrvista à Rádio 730 AM,que várias rodovias goianas estão em péssimoestado de conservação. Ele confirmou quedesde agosto a rodovias goianas não recebemmanutenção.

ExemplosAs rodovias que ligam Caldas Novas a Ipa-

meri e Pires do Rio, Britânia à Santa Fé e RioVerde a Montividiu estão em situação muitoruim. "É melhor usar as rotas alternativas, por-que as rodovias estão em péssimo estado. Nóspedimos que a população tenha mais umpouco de paciência" . Paciência nessa hora,Rincón?

Defesa da democraciaPrefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT)

foi um dos 14 prefeitos de capitais que esti-veram reunidos com Dilma Rousseff (PT),no Palácio do Planalto, na segunda-feira, dia14, e que assinaram documento contra o im-peachment da presidenta. Dilma teria pedidoapoio dos prefeitos, disse Paulo Garcia, nãopara defender o cargo dela, mas a "democra-cia" brasileira.

Ação planejada?Durante inauguração da Agência do Vapt

Vupt, o governador Marconi Perillo (PSDB)ouviu do prefeito Maguito Vilela (PMDB), dopresidente da Câmara Municipal, vereadorGustavo Mendanha (PMDB) e de outras lide-ranças locais reiterados pedidos para que ter-mine imediatamente as obras de construçãodo Instituto Médico Legal de Aparecida deGoiânia, que já duram mais de 10 anos.

BoatosA política vive de boatos. Um dos mais recen-

tes dizia que Vanderlan Cardoso (PSB), por contados desentendimentos com Misael Oliveira(PDT), havia mudado de foco em relação à su-cessão municipal de 2016 e decidido ser candidatoa prefeito de Senador Canedo, desistindo do pro-jeto de Goiânia.

Pura maldadeComo se sabe, Vanderlan Cardoso tem domi-

cílio eleitoral em Goiânia desde setembro desteano. Portanto, ele não pode ser candidato em Se-nador Canedo já que não há mais prazo legal paramudar seu domicílio eleitoral e se candidatar nomunicípio.

Missão impossívelO deputado Luis Cesar Bueno lançou sua pré-

candidatura a prefeito de Goiânia pelo PT e tra-balha para manter a aliança "vitoriosa" PT/PMDBna capital. Só que ele quer o apoio do PMDB paraa sua candidatura a prefeito, coisa impossível deacontecer.

Palanques diferentesLuis Cesar Bueno justifica que o PT é um par-

tido grande que comanda as prefeituras de Goiâ-nia e de Anápolis, o governo federal, além deoutras prefeituras em Goiás, o que lhe confere odireito de ter candidato próprio a prefeito da ca-pital. Ele tem razão, mas com esse raciocínio, PTe PMDB estarão em palanques diferentes em2016, pelo menos no primeiro turno.

Prefeito Maguito Vilela (PMDB) promoveu con-faternização na noite de quinta-feira, dia 17, comos secretários municipais e vereadores. O encon-tro foi realizado numa casa de eventos nas proxi-midades do Buriti Shopping.

Assembleia Legislativa encerrou na quinta-feira,dia 17, durante sessão extraordinária, as votaçõesque estavam na pauta para este ano e iniciou orecesso parlamentar. Entre outros, foram aprova-dos o PPA e o Orçamento.

Com a aprovação da Lei Orçamentária Anual(LOA 2016), a Câmara Municipal de Goiâniatambém encerrou, na quinta-feira, dia 17, o pe-ríodo Legislativo de 2015 e deu início ao recessoparlamentar que vai até o dia 16/02/2016.

Já a Câmara Municipal de Aparecida só deve en-trar de férias bem no finalzinho do ano. Os verea-dores serão convocados para sessões extras entreo Natal e o Reveillon para votar vários projetos,entre eles, o novo Plano Diretor.

XX

XX

Deputados votam contra aumento de IPVA e taxas do Detran-GO

Antes de entrar de recesso, a Assem-bleia Assembleia Legislativa aprovou, emsegunda e última votaçao, na quinta-feira,dia 17, o projeto de lei da Governadoria quealtera tabela do Código Tributário do Es-tado de Goiás e aumenta em 13% as taxasdos serviços prestados pela autarquia. Najustificativa, o Executivo explicou que, ape-sar do aumento, estava excluindo a co-brança de algumas taxas também. Oaumento sugerido foi de 23%, mas apósaprovação de emenda apresentada pelo lí-der do Governo, deputado José Vitti(PSDB), ficou em 13%. A matéria foi apro-vada com votos contrários dos deputadosLuis Cesar Bueno, Humberto Aidar eAdriana Accorsi (PT) e José Nelto(PMDB). Durante as discussões, Luis Ce-sar Bueno afirmou que achava que as tabe-las de preços dos Departamentos Estaduaisde Trânsito eram estabelecidas pelo Depar-tamento Nacional de Trânsito (Denatran),mas que havia se enganado: "a minoria se-ria regida pelo órgão nacional. Com auto-nomia de estipular o valor da grandemaioria das taxas, o Detran-GO estaria co-brando preços muito altos, que passarão aser ainda mais altos com o aumento de13% (antes de 23%) previsto no projeto delei". O rolo comprossor do governo funcio-nou bem e o contribuinte, mais uma vez,vai pagar a conta.

Foi definido na noite dequarta-feira, dia 16, durante au-diência pública realizada no audi-tório da Associação Comercial eIndustrial de Aparecida de Goiâ-nia (Aciag) o perímetro da ÁreaEspecial Aeroportuária do muni-cípio. A audiência foi uma das exi-gências da Agência Nacional deAviação Civil (Anac) quando con-cedeu ao município a autorizaçãopara a construção do AeroportoExecutivo de Aparecida. Acordoentre os poderes Executivo e Le-gislativo prevê convocação ex-traordinária para apreciação evotação do Projeto de Lei Com-plementar (PCL).

A audiência pública foi coor-denada pela Secretaria de Go-verno e Integração Institucionalem parceria com as secretarias dePlanejamento e Regulação Ur-bana, a Procuradoria Geral doMunicípio, a Câmara Municipal ea Aciag. “A participação da socie-dade mostra a lisura e a transpa-rência do processo. Será aoportunidade de se fazer suges-tões ou últimas alterações antes deenviarmos o Projeto de Lei Com-plementar para a Câmara”, pon-tua Euler de Morais, secretário deGoverno e Integração Institucio-nal.

O secretário explicou que oProjeto de Lei Complementar ins-titui a Área de Especial InteresseUrbanístico (AEIU) e delimita aÁrea Especial Aeroportuária deAparecida de Goiânia. “Com aaprovação os empreendedoresresponsáveis pela obra já estarão

habilitados a iniciar a construçãodo Aeroporto Executivo indepen-dente da aprovação do Plano Di-retor, cuja apreciação e aprovaçãotambém está no cronograma daCasa durante a convocação dosvereadores”, conta.

Para o presidente da Aciag,Oswaldo Zilli, a construção doAeroporto de Aparecida serámuito importante para o projetode desenvolvimento econômicodo município. “Somos uma ci-dade com mais de 500 mil habi-tantes e um dos maiores e maisdiversificados polos industriais doCentro-Oeste. Temos instaladasaqui diversas empresas de grandeporte que já utilizam este tipo deserviço. A construção do aero-porto com certeza fará de Apare-cida uma cidade ainda maisatrativa para a vinda de novos em-preendimentos”, explica.

Além de funcionar para finsexecutivos o Aeroporto Executivode Aparecida também poderá tercaráter comercial. Com isso asaeronaves também poderão trans-portar pequenas cargas. A ideia éque funcione como suporte doAeroporto Santa Genoveva, que jáse encontra com capacidade pra-ticamente esgotada. Segundo Os-waldo Zilli, também será ofertadoum serviço de manutenção paraaeronaves maiores e diversas em-presas já demonstraram interesseem se instalar. “Tudo isto com cer-teza nos colocará em outro pata-mar em relação a outras cidadescom o mesmo perfil de Apare-cida”, completa.

Vereadores de Goiânia votaram projeto antes de encerrar o período legislativo de 2015

Audiência Públicadefine perímetro daZona Aeroportuáriade Aparecida

EDUARDO NOGUEIRA

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POLÍTICA4 X

OPERAÇÃO SINECURA

Diretores teriam desviado R$ 30 milhões do SindiGoiânia

Caiado diz a empresáriosque movimento das ruasinduz a mudanças

GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

Ronaldo Coelho

A Polícia Civil (PC) defla-grou na manha de sexta-feira,dia 18, a Operação Sinecuraque fez buscas, apreensões,prisões e conduções coercitivasnas residências de diretores doSindicato dos Trabalhadoresdo Município de Goiânia(SindiGoiânia), no SetorBueno e no Jaó, e em um escri-tório de advocacia que prestaserviço ao Sindicato. Conforme o delegado

adjunto da Delegacia Estadualde Repressão as AçõesCriminosas (Draco), BreynnerVasconcelos, os desvios come-çaram a ser feitos em 2008 e,de lá para cá, teriam sido des-viados cerca de R$ 30 milhões.Um total de 13 pessoas

foram alvos da operação, entreelas, o presidente da entidade,Carlos Antônio Alencar(Carlão), o vice-presidenteMauro Zica Júnior, que tam-bém é presidente da NovaCentral Sindical dosTrabalhadores em Goiás(NCST-GO), e o presidente daFederação das EntidadesSindicais dos ServidoresPúblicos Municipais doEstado de Goiás (FES-SPUMG), Sandro PereiraValverde.Ainda são acusados de par-

ticipação no esquema fraudu-lento Mauro Zica Neto, filhode Mauro Zica Júnior, Silvanado Carmo Silva, Luís PauloAlves Calaça e MariaAparecida Alves de Jesus.

Dirigentes foramafastados dos seuscargos e estãoprobidos de saíremde Goiânia e defrenquentarem asede do sindicato

Carlos Antônio Alencar e Mauro Ziza Júnior, presidente e vice do SindiGoiânia, e Sandro Valverde, presidente da FESSPUMG, são os principais acusados

O líder do Democratas noSenado, Ronaldo Caiado, afir-mou nesta sexta-feira, dia 18, aempresários do FórumDemocracia Ativa e a parla-mentares da bancada federalde Goiás que deposita espe-ranças de que o movimentocrescente da sociedade possainduzir às mudanças necessá-rias para o Brasil.A fala foi após os empresá-

rios mostrarem propostas parareposicionar a ordem econô-mica nacional e para modificaras leis federais que, segundoeles, estão destruindo a com-petitividade do País.Ronaldo Caiado lembrou

que o momento político do Paísé complicado, com crise de cre-dibilidade enfrentada tanto pelogoverno federal quanto peloCongresso. Por isso o demo-crata tem insistido na tese deque é preciso antecipar as elei-ções no País."Infelizmente o Congresso

deixou de ser um poder pró-ativo para as avanços que pre-cisamos. Chegamos a umimpasse: ou a política resolve acrise ou a crise resolve a políti-ca", lamentou."Me preocupa a deterioração

da imagem das autoridades polí-ticas. Por isso tenho defendido aantecipação de eleições, como écomum que ocorra na Europa.Sem isso não teremos autono-

mia nem condições de resgatar acredibilidade", defendeu.O presidente do Grupo José

Alves e também da AssociaçãoBrasileira Pró-DesenvolvimentoRegional Sustentável (Adial),José Alves Filho, disse esperarpoder caminhar em sintoniacom os parlamentares paraalterar essas leis."A realidade tem de ser

mudada. O Executivo e oLegislativo têm deliberadosobre iniciativas que minam acompetitividade. São taxasaltas de juros, aumento de car-gas tributárias, autuação cons-tante de empresas para promo-ver superávit", elencou.Para José Alves Filho, o

caminho da mudança passapor uma articulação mais fortecom os parlamentares para queeles possam trabalhar em proje-tos que revertam o processoque tem destruído a rentabilida-de dos trabalhadores e a com-petitividade das empresas.Convidado a palestrar no

encontro, o economista AmirKhair disse que, apesar dasituação econômica preocu-pante, há alternativas viáveis.Entre as propostas apresenta-das por ele estão o alinhamen-to de taxas de juros ao nívelinternacional, câmbio flutuan-te, estabelecimento de limitesda dívida da União e o contro-le da inflação.

RECESSO PARLAMENTAR

Assembleia esgota pauta, vota oPPA e o Orçamento para 2016A última sessão plenária

deste ano ocorreu em caráterextraordinário na quinta-feira,dia 17, no Plenário GetulinoArtiaga da AssembleiaLegislativa de Goiás. Todos osesforços se concentraram nadiscussão e votação dos proje-tos constantes da Ordem doDia no intuito de que os depu-tados esgotassem a pauta pre-vista para 2015.Na ocasião, foram aprova-

das 34 matérias de autoria doGoverno e de parlamentares,incluindo a Lei OrçamentáriaAnual de 2016 e o PlanoPlurianual 2016-2019. Destas,13 são referentes a projetos daGovernadoria do Estadoaprovados em segunda e últi-ma votação, 11 vetos manti-dos, sete assinadas por depu-tados, também em votaçãodefinitiva, e outros três pro-cessos referentes a licençaparlamentar.

LOA 2016A matéria de autoria do

Governo, a qual orça a receitae fixa a despesa do Estadopara o exercício de 2016, tra-mitou na Casa sob o nº3331/15. Conforme o textoaprovado em Plenário emsegunda e última discussão e

votação, no próximo ano, oOrçamento do Estado estáprevisto para que seja realiza-do com o valor global de R$25.221.704.000,00. Este mon-tante envolve os recursos detodas as fontes e engloba,ainda, os Orçamentos Fiscal,da Seguridade Social e deInvestimento das Empresas.Já a receita líquida geral

do Estado para 2016 estáest imada em R$24.358.483.000,00, que tam-bém será o valor estimado dadespesa. A medida prevê,ainda, autorização para aber-

tura de créditos suplementa-res, em casos já previstospela legislação, até o limitede 25% sobre o total da des-pesa fixada.O relator do projeto, depu-

tado Álvaro Guimarães (PR),informou que, no total, foramapresentadas 602 emendaspor 38 deputados. Segundoele, após analisa-las, consta-tou-se que que a maior partedelas trata da aquisição debens (móveis e imóveis), daconstrução e reforma de obraspúblicas e da prestação deserviços públicos (envolvendo

criação, ampliação e manu-tenção).

PLANO PLURIANUALConstante do processo nº

2928/15 na AssembleiaLegislativa, o Plano Plurianualteve origem da Secretaria deGestão e Planejamento. Ele é oinstrumento legal de planeja-mento de maior alcance tem-poral no estabelecimento dasprioridades e no direcionamen-to das ações do Governo. Temo objetivo de estabelecer, deforma regionalizada, as diretri-zes, objetivos e metas daAdministração Pública para asdespesas de capital e outrasdelas decorrentes e para asrelativas aos programas deduração continuada. Todos osobjetivos são traçados para umperíodo de quatro anos.No texto do projeto, o

governador Marconi Perillo(PSDB) resumiu as políticaspúblicas definidas em tornode três grandes eixos estratégi-cos. São eles: Qualidade deVida, Competitividade eGestão para Resultados. OPPA é aprovado por lei qua-drienal e passa a vigorar apartir do segundo mandatomajoritário até o final do pri-meiro mandato seguinte.

IMPEACHMENT

Deputados votaram os dois projetos em sessão extraordinária

MARCOS KENNEDY

Também foram ouvidos comotestemunhas Gabriel de SouzaArnolfo, Petrônio Lima deCastro, Sandra Maria deOliveira Zica (esposa deMauro Zica Filho), SamyraMaria de Oliveira Neto eNoicy Célia Pessoa.“Acreditamos que o presi-

dente Antônio Carlos, MauroZica Júnior e Sandro são oscabeças. Acreditamos que atornozeleira foi a medida maisadequada. Estão proibidos defrequentar as instituições, desair de Goiânia, de frequentaras entidades sindicais, em casode ocorrência de outro casoconcreto, será representadopela prisão preventiva”, decla-rou o delegado BreynnerVasconcelos.Segundo o delegado, a

investigações começaram hácerca de seis meses depois quealgumas pessoas comunicaramà Polícia Civil que diretores doSindigoiânia estariam ficando

ricos rapidamente e de formasupostamente ilícita.

FRAUDESAs investigações retroagi-

ram ao ano de 2006. A PolíciaCivil averigou que houve umasérie de fraudes nas atas e noestatuto do sindicato desdeentão que facilitaram a vincu-lação do Sindigoiânia a outrasentidades sindicais e assim ocontrole pelos sindicalizadosera reduzido. Outras entidades foram

criadas com intuito de desviarrecursos financeiros doSindigoiânia, como aFederação dos ServidoresMunicipais e a Central deAtendimento ao ServidorPúblico (Sindivapt), órgão res-ponsável pela parte social dasentidades sindicais.O delegado informou que

esta diretoria faz parte do sin-dicato desde 2004. Em 4 demarço de 2009 teria ocorrido

uma assembleia irregular. “Osindicato tem mais de 10 milfiliados e foi realizada com apresença de apenas 71 pessoase foi majorado a contribuiçãosindical de 1% para 2% sobre aremuneração mais o seguro”,argumentou.

VALORESSegundo Breynner

Vasconcelos, era alto os valo-res das movimentações bancá-rias. Um dos acusados,Osvaldo Conceição, que eradiretor mas na prática fazia opapel de motorista do presi-dente, teria movimentado R$16 milhões de reais. “Uma organização crimi-

nosa. A investigação se iniciouhá seis meses e o período quefoi observado foi de 2006 paracá. A partir de 2008 houveuma série de desvios da contado sindicato para a conta deterceiros, valores milionários.Em uma conta foi movimenta-

do mais de R$ 16 milhões, emoutra R$ 6 milhões, R$ 8milhões. Por isto acreditamosque a movimentação irregularé em cerca de R$ 30 milhões.Queremos descobrir para ondefoi este dinheiro. A quantidadede saques em espécie foi muitogrande”, destaca o delegado.Os envolvidos teriam des-

viado cerca de R$ 30 milhõesdo SindiGoiânia e usadolaranjas para comprar bens.Na casa da tesoureira da enti-dade, Silvana do Carmo eSilva, foi encontrada umaarma de fogo e R$ 106 mil emespécie, dinheiro que ela nãosoube justificar a origem. Aarma é relíquia de família e atesoureira apresentou registrode posse. A justiça autorizou osequestro de um imóvel queestaria no nome de MauroZica Neto, avaliado em R$ 1,8milhão e mais de R$ 1 milhãoem veículos e outros imóveis.Além de Carlos Antônio

Alencar (Carlão), Mauro ZicaJúnior e Osvaldo Conceição,foram indiciados, Luiz PauloAlves Calaça, Silvana doCarmo e Silva, Mauro ZicaNeto e Sandro PereiraValverde. Eles foram encami-nhados à Casa do Albergadode Goiânia onde receberamtornozeleiras eletrônicas deter-minadas pela justiça. Estesdiretores foram afastados desuas funções, estão probidosde saírem de Goiânia e de seaproximarem da sede doSindicato. Todos estão utili-zando tornozeleiras eletrônicaspor ordem da justiça. A reportagem da Tribuna

do Planalto tentou contadocom a direção do SindiGoiâniapara posicionamento sobre oassunto, mas não foi atendidaaté o fechamento desta edição.Os investigados são acusadospelos crimes de peculato equi-parado, lavagem de dinheiro eassociação criminosa.

A senadora Lúcia Vânia é umadas mais entusiastas a discutiresse tema. A participação delanessa luta pode serprimordial?

Sim, a senadora tem muitaexperiência. Já está no CongressoNacional há muito tempo. Achoque ela conhece como poucos ostramites dos projetos na áreafederal, eu acho que ela temdado boas dicas nessa lutamunicipalista. Eu entendo quequalquer parlamentar hoje eletem que pensar nofortalecimento dos municípios.Não tem como o Brasil crescer senão pensar nos municípios.Política descentralizada. Se nãotiver essa descentralização nósvamos ficar a vida inteira com opires na mão dependente de umprocesso político que, na minhaopinião, já está vencido há muitotempo.

Existe um corte previsto para2016 no Sistema Único deSaúde (SUS) de R$ 16bilhões, que fatalmente afetaráos municípios. Houve ummovimento que pediu ofortalecimento do SUS. AFederação apoia essemovimento promovido peloConselho Estadual de Saúde?

Sim. Esse movimento foi parao fortalecimento do SUS. Porque oSUS é um programa universalmuito forte no papel, mas que estácom deficiência no atendimento.O sistema já está capengando, secorta recursos da esfera da saúde,do SUS especialmente, comcerteza a população vai sofrer.Então, o que a gente está querendoé para que se não melhorar, nãopiorar também. Se piorar mais doque está, imagino que a situaçãodo brasileiro vai ficar pior, vai ficarna fila de hospitais morrendo sematendimento. Eu acho que não éisso que o País quer, é um paísrico. Eu acho que nós estamosatrasando o processo com essasbrigas políticas que não levamninguém a nada.

POLÍTICA 5

X

GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

ENTREVISTA/DIVINO ALEXANDRE

Prefeitos pressionampor mais recursos

Marcione Barreira, repórter de Política

Qual a avaliação que o senhorfaz dos municípios que fazemparte da federação da qual osenhor preside?

Caótica, crítica. Os municípiosvão fechar o ano sem dar conta depagar a folha de pagamento. Nãoestou dizendo nem fornecedores,é folha de pagamento mesmo. Éuma tristeza que eu vejo. Osmunicípios chegaram ao finaldeste ano com a situação caótica,os municípios estão falidos.Estamos na UTI, se não tiver umsocorro por parte dos governosfederal e estadual, infelizmentefica difícil. Ser prefeito não é glóriapara ninguém. É um sacrifício.

Quantos municípios fazemparte da Federação Goianados Municípios?

A Federação tem crescidomuito com sua escola de gestão ecom a capacidade técnica que tem.Hoje nós estamos com 232municípios filiados regularmentepagando suas mensalidades. 232de um total de 246.

No final do mês passado, àpedido da Federação Goianados Municípios, vocês sereuniram na AssembleiaLegislativa. Como foi esseencontro?

Na realidade, o que a genteestá buscando é sensibilizar asbancadas estadual e federal paraas necessidades de votar matériasque atendam a todos osmunicípios brasileiros. Entre elas aalteração do Imposto SobreServiços (ISS), regularização doíndice de pisos salariais naeducação e a questão daContribuição Provisória sobreMovimentação Financeira(CPMF). Tem também a questãodos lixões, que é uma matéria deinteresse de todos os municípiosbrasileiros. Nós precisamosencontrar uma saída, estamosnum momento de crise que afeta atodos os municípios e é onde elachega mais forte. É lá que mora o

Prefeito de Panamá e presidente da FederaçãoGoiana dos Municípios, Divino Alexandre (PMDB)fala à Tribuna do Planalto sobre a necessidadeimediata de reorganizar o Pacto Federativo.

Entre outros assuntos, Divino Alexandre dizainda que o Brasil perde com o impeachment dapresidenta Dilma e que o PMDB estadual precisadar atenção para as bases do interior.

A sede da FederaçãoGoiana de Municípios (FGM)foi palco de debates entre pre-feitos goianos em encontroregional realizado durante atarde de quarta-feira, dia 16. Oevento, com o tema“Desenvolvimento Municipal eGoverno Federal”, contou coma presença do presidente dainstituição, Divino Alexandre,da secretária da Fazenda, AnaCarla Abrão, do consultor daConfederação Nacional deMunicípios (CNM), ÂngeloRoncalli, e do assessor especialda Subchefia de AssuntosFederativos da Presidência daRepública, Helber Jordão. Oencontro também marcou ainauguração do auditórioNelson Américo da Costa.

Em discurso, o presidenteda FGM destacou algumasdificuldades que os gestoresmunicipais encontrarão nopróximo ano, tais como operíodo eleitoral e o aumentodo piso dos magistérios. “Nãosomos contra qualquer tipo

de aumento aos servidorespúblicos, mas não deve vir decima um repasse de deman-das sem as devidas fontes derecursos”, crit icou DivinoAlexandre. Ele também lem-brou algumas conquistasmunicipais ao longo do últi-mo semestre, como a implan-tação da Escola de GestãoPública, e alertou os prefeitospara o controle da adminis-tração, visando a aprovaçãodas contas no último ano demandato.

FUTURO MUNICIPAL

A secretária Ana CarlaAbrão disse que, mesmo emum ano complicado, as açõestomadas pelo Governo deGoiás foram pensadas nosmunicípios. Segundo ela, foifeito um ajuste fiscal de R$ 3,5bilhões durante o ano, fato quetambém ajudará os gestoresmunicipais. “Toda essa econo-mia foi feita sem paralisar oEstado, situação que colocaráa casa em ordem, provocaráum equilíbrio nas contas e faci-

litará o repasse para os municí-pios”, explicou Ana Carla.Apesar de visualizar incertezase o enfraquecimento da econo-mia do País, a secretária reafir-mou o compromisso do gover-no estadual em regularizar osrepasses da saúde para 2016 egarantiu que 100% dos valoresda privatização da Celg serãodestinados a investimentos.

Helber Jordão, represen-tando o subchefe de AssuntosFederativos da Presidência daRepública, Olavo Noleto, deta-

Prefeito, a gente sabe que osenhor é uma liderança fortedo PMDB, e hoje , em termosestaduais, o partido está comuma comissão provisória. Opartido tem sofrido comatritos e desgastes nas suaspróprias bases? O que osenhor tem a dizer sobre isto?

Eu acho que o PMDB deixoude olhar para as bases, para ointerior. O partido que não olhapara as bases corre o risco deficar pequeno e tem muitosproblemas como está tendo oPMDB hoje. Eu acho que opróximo presidente do partido,independente de quem seja, temque voltar a olhar para as bases.Se faz política de baixo para

cima. Eu acho que o PMDBdescuidou um pouco disso. Osmunicípios ficaram semdiretório. Lamentavelmente essetipo de política é perigosa. OPMDB já está fora do governotem um bom tempo. Nomomento de articulação, deprojetos eles invertem e discutemnomes, pessoas. Eu acho que agente tem que discutir projetosque possam melhorar ainfraestrutura do Estado. Nãojustifica partido sem liderança,não justifica liderança sem opovo. Entendo que qualquer umque for presidente precisa ouviras bases. Precisa ouvir osvereadores, ouvir os prefeitos ena comissão provisória não tem

nenhum prefeito. Eu acho queisso não é bom para o sentido decrescimento. Nós estamosfalando de descentralização, opoder não pode ficarcentralizado na mão de pessoas.A disputa é salutar, mas oconselho que eu dou é que quemnão houve as bases paga umpreço alto no processo político.

Para finalizar, nós temos emâmbito federal opedido deimpeachment da presidentada República, Dilma Rousseff(PT). Com a experiência quecarrega, o que o senhor achaque deve acontecer?

Eu acho que isso não poderiaestar em discussão nesse

momento. O Brasil vai perdermuito com isso. Eu não sei atéque ponto que se ganha falandode impeachment. Eu acho quepassou o momento. Essemomento agora não é a hora depedir impeachment de ninguém.O Brasil vai perder muito comisso. O Congresso Nacional nãovota as matérias, nós estamoscom os poderes políticosconstituídos comprometidos.Quem vai acreditar no Brasildaqui a pouco? Infelizmentequem perde com isso é o cidadão.Não vejo que este seja momentopropício. Independentemente departido, o impeachment é contraa presidenta da República e ai nósprecisamos ter muito cuidado.

O PMDB deixou de olhar para as bases do interior"

ENCONTRO REGIONAL

FGM prevê ano de 2016 com muitas dificuldadeslhou a situação dos processosde interesse dos municípios emrelação ao governo federal.Entretanto, o assessor pontuouque 2016 será mais um anocomplicado em decorrência dacrise econômica e política queo País atravessa. “É necessárioque os gestores municipaistenham conhecimento da fontede recursos que possuem e gas-tar menos e com responsabili-dade. Para isso, os municípiosdevem investir em qualificaçãotécnica dos funcionários eequipes”, disse. Ele tambémdefendeu a aplicação doCPMF com alíquota de 0,38%vinculado à saúde.

AUDITÓRIO

O final do encontro foimarcado pela inauguração do

auditório Nelson Américo daCosta, em homenagem ao ex-prefeito de Perolândia e umdos fundadores da antigaFrente de MobilizaçãoMunicipal (FMM), atualFGM. As obras na sede da ins-tituição iniciaram em julho eforam concluídas no início dedezembro, custando aproxima-damente R$ 300 mil (somandotambém a reforma realizadana sede no último semestre).Para Divino Alexandre, o audi-tório é um marco para a lutado municipalismo. “Mais queum local de reunião e convi-vência dos gestores munici-pais, o auditório será uma fer-ramenta importante para aqualificação e aperfeiçoamentodos envolvidos com a adminis-tração local”, disse.

cidadão. É lá onde está o cidadãoque procura o emprego, aeducação, a geração de emprego erenda. Enfim, a responsabilidadedos municípios hoje é grande.

Os municípios estãosobrecarregados sob o pontode vista de serviços públicos?

Além de toda a crise, osmunicípios estão arcando comresponsabilidades que é decunho estadual e federal. Porexemplo, financiamos programasfederais, estadual comotransporte escolar, merendaescolar, alimentação de presos,enfim. Estamos numa lutagrande. Estamos num momentode crise muito grande que o Paísatravessa, mas afeta osmunicípios hoje em consequênciadessas desigualdades do PactoFederativo. E, para fechar oassunto, estamos buscando arevisão do Pacto Federativo umavez que os recursos sãoconcentrados na esfera federal eestadual e os municípios é queficam com a menor parte. Então,não da para fazer gestão públicapensando na menor fatia do bolo.

A saída para a situação dos

municípios está nareformulação do PactoFederativo?

Sem dúvida. Todas asmatérias que eu falei estãocontidas no Pacto Federativo,porém, estamos temendo queaconteça com o Pacto Federativo oque aconteceu com a ReformaPolítica. Fala, fala, fala, mas nãoaltera nada. Então, esse é umobjetivo importante que a bancadafederal pode nos ajudar muito,pode puxar esse debate. Eu achoque devido a essa queda de braçoentre o Congresso e o FovernoFederal essas matérias não vãoavançar e os municípios vão entrar2016 com mais responsabilidade ecom menos recursos mergulhadono processo eleitoral de 2016.

Alguns membros da políticagoiana estiveram com osenhor lá na Assembleia.Como esses deputados podemajudar esses municípios?

É destrancar essas pautasmunicipalistas colocadas pelaFederação. Por exemplo, tem umaalteração do Simples Nacional.Eu acho que é interessante adiscussão, mas ele tira dinheirodos municípios. Aumenta o

número de empresas no SimplesNacional que deixam de pagar oImposto sobre Circulação deMercadoria e Serviços (ICMS) e oISS. Nós temos um País queprecisa avançar? Sim. Eu não soucontra os incentivos, mas issoacaba refletindo fortemente nosmunicípios por que eles deixamde ter recursos. Toda vez que elesdeixam de ter recursos você temmenos condição de investimentoe que hoje é zero. Então, eu achoque o Pacto Federativo precisasair do papel e isso tem que seresse ano, mas eu não vejo nadaneste sentido. Existe noCongresso Nacional umasituação muito difícil. Uma hora aCâmara vota um projeto e vaipara o Senado, o Senado alterauma vírgula e volta para aCâmara novamente. Então, é otramite de projetos muito morosono Congresso Nacional.Esperamos que 2016 seja melhorpara atender as demandas dagestão pública.

Como o Planalto recebeu essaproposta de reformulação doPacto Federativo?

Na realidade ninguém abremão de dinheiro, né. A gente está

falando aqui não só da melhordistribuição de recursos, mastambém redistribuir as atribuiçõesque está nos municípios hoje. Paravocê ter uma ideia, o ProgramaSsaúde da Família (PSF) hoje é umprograma interessante, mas oGoverno Federal repassa emtorno de R$ 10, 11 mil. Não temnenhum programa desse que ficapor menos de R$ 30 mil. Então, omunicípio está arcando com maisda metade desse programa.Merenda escola hoje nósrecebemos R$ 0,30 da merenda.Você não faz merenda com menosde R$ 2. Você não consegue fazero transporte escolar com cento epoucos reais por mês. Não tenhonada contra os pisos salariais, masos que foram aprovados noCongresso Nacional são arcadoscom recursos dos municípios.Então, fica difícil você cumpriressa questão. Para o ano que vem,para você ter uma ideia, nóstemos aumento do saláriomínimo, combustível, energiaelétrica, custeio da máquina domunicípio e tudo indica que asreceitas do ano que vem não sãomaiores ou iguais as de 2015.

Presidente da FGM, Divino Alexandre comanda encontro estadual com prefeitos goianos

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POLÍTICA4 X

OPERAÇÃO SINECURA

Diretores teriam desviado R$ 30 milhões do SindiGoiânia

Caiado diz a empresáriosque movimento das ruasinduz a mudanças

GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

Ronaldo Coelho

A Polícia Civil (PC) defla-grou na manha de sexta-feira,dia 18, a Operação Sinecuraque fez buscas, apreensões,prisões e conduções coercitivasnas residências de diretores doSindicato dos Trabalhadoresdo Município de Goiânia(SindiGoiânia), no SetorBueno e no Jaó, e em um escri-tório de advocacia que prestaserviço ao Sindicato. Conforme o delegado

adjunto da Delegacia Estadualde Repressão as AçõesCriminosas (Draco), BreynnerVasconcelos, os desvios come-çaram a ser feitos em 2008 e,de lá para cá, teriam sido des-viados cerca de R$ 30 milhões.Um total de 13 pessoas

foram alvos da operação, entreelas, o presidente da entidade,Carlos Antônio Alencar(Carlão), o vice-presidenteMauro Zica Júnior, que tam-bém é presidente da NovaCentral Sindical dosTrabalhadores em Goiás(NCST-GO), e o presidente daFederação das EntidadesSindicais dos ServidoresPúblicos Municipais doEstado de Goiás (FES-SPUMG), Sandro PereiraValverde.Ainda são acusados de par-

ticipação no esquema fraudu-lento Mauro Zica Neto, filhode Mauro Zica Júnior, Silvanado Carmo Silva, Luís PauloAlves Calaça e MariaAparecida Alves de Jesus.

Dirigentes foramafastados dos seuscargos e estãoprobidos de saíremde Goiânia e defrenquentarem asede do sindicato

Carlos Antônio Alencar e Mauro Ziza Júnior, presidente e vice do SindiGoiânia, e Sandro Valverde, presidente da FESSPUMG, são os principais acusados

O líder do Democratas noSenado, Ronaldo Caiado, afir-mou nesta sexta-feira, dia 18, aempresários do FórumDemocracia Ativa e a parla-mentares da bancada federalde Goiás que deposita espe-ranças de que o movimentocrescente da sociedade possainduzir às mudanças necessá-rias para o Brasil.A fala foi após os empresá-

rios mostrarem propostas parareposicionar a ordem econô-mica nacional e para modificaras leis federais que, segundoeles, estão destruindo a com-petitividade do País.Ronaldo Caiado lembrou

que o momento político do Paísé complicado, com crise de cre-dibilidade enfrentada tanto pelogoverno federal quanto peloCongresso. Por isso o demo-crata tem insistido na tese deque é preciso antecipar as elei-ções no País."Infelizmente o Congresso

deixou de ser um poder pró-ativo para as avanços que pre-cisamos. Chegamos a umimpasse: ou a política resolve acrise ou a crise resolve a políti-ca", lamentou."Me preocupa a deterioração

da imagem das autoridades polí-ticas. Por isso tenho defendido aantecipação de eleições, como écomum que ocorra na Europa.Sem isso não teremos autono-

mia nem condições de resgatar acredibilidade", defendeu.O presidente do Grupo José

Alves e também da AssociaçãoBrasileira Pró-DesenvolvimentoRegional Sustentável (Adial),José Alves Filho, disse esperarpoder caminhar em sintoniacom os parlamentares paraalterar essas leis."A realidade tem de ser

mudada. O Executivo e oLegislativo têm deliberadosobre iniciativas que minam acompetitividade. São taxasaltas de juros, aumento de car-gas tributárias, autuação cons-tante de empresas para promo-ver superávit", elencou.Para José Alves Filho, o

caminho da mudança passapor uma articulação mais fortecom os parlamentares para queeles possam trabalhar em proje-tos que revertam o processoque tem destruído a rentabilida-de dos trabalhadores e a com-petitividade das empresas.Convidado a palestrar no

encontro, o economista AmirKhair disse que, apesar dasituação econômica preocu-pante, há alternativas viáveis.Entre as propostas apresenta-das por ele estão o alinhamen-to de taxas de juros ao nívelinternacional, câmbio flutuan-te, estabelecimento de limitesda dívida da União e o contro-le da inflação.

RECESSO PARLAMENTAR

Assembleia esgota pauta, vota oPPA e o Orçamento para 2016A última sessão plenária

deste ano ocorreu em caráterextraordinário na quinta-feira,dia 17, no Plenário GetulinoArtiaga da AssembleiaLegislativa de Goiás. Todos osesforços se concentraram nadiscussão e votação dos proje-tos constantes da Ordem doDia no intuito de que os depu-tados esgotassem a pauta pre-vista para 2015.Na ocasião, foram aprova-

das 34 matérias de autoria doGoverno e de parlamentares,incluindo a Lei OrçamentáriaAnual de 2016 e o PlanoPlurianual 2016-2019. Destas,13 são referentes a projetos daGovernadoria do Estadoaprovados em segunda e últi-ma votação, 11 vetos manti-dos, sete assinadas por depu-tados, também em votaçãodefinitiva, e outros três pro-cessos referentes a licençaparlamentar.

LOA 2016A matéria de autoria do

Governo, a qual orça a receitae fixa a despesa do Estadopara o exercício de 2016, tra-mitou na Casa sob o nº3331/15. Conforme o textoaprovado em Plenário emsegunda e última discussão e

votação, no próximo ano, oOrçamento do Estado estáprevisto para que seja realiza-do com o valor global de R$25.221.704.000,00. Este mon-tante envolve os recursos detodas as fontes e engloba,ainda, os Orçamentos Fiscal,da Seguridade Social e deInvestimento das Empresas.Já a receita líquida geral

do Estado para 2016 estáest imada em R$24.358.483.000,00, que tam-bém será o valor estimado dadespesa. A medida prevê,ainda, autorização para aber-

tura de créditos suplementa-res, em casos já previstospela legislação, até o limitede 25% sobre o total da des-pesa fixada.O relator do projeto, depu-

tado Álvaro Guimarães (PR),informou que, no total, foramapresentadas 602 emendaspor 38 deputados. Segundoele, após analisa-las, consta-tou-se que que a maior partedelas trata da aquisição debens (móveis e imóveis), daconstrução e reforma de obraspúblicas e da prestação deserviços públicos (envolvendo

criação, ampliação e manu-tenção).

PLANO PLURIANUALConstante do processo nº

2928/15 na AssembleiaLegislativa, o Plano Plurianualteve origem da Secretaria deGestão e Planejamento. Ele é oinstrumento legal de planeja-mento de maior alcance tem-poral no estabelecimento dasprioridades e no direcionamen-to das ações do Governo. Temo objetivo de estabelecer, deforma regionalizada, as diretri-zes, objetivos e metas daAdministração Pública para asdespesas de capital e outrasdelas decorrentes e para asrelativas aos programas deduração continuada. Todos osobjetivos são traçados para umperíodo de quatro anos.No texto do projeto, o

governador Marconi Perillo(PSDB) resumiu as políticaspúblicas definidas em tornode três grandes eixos estratégi-cos. São eles: Qualidade deVida, Competitividade eGestão para Resultados. OPPA é aprovado por lei qua-drienal e passa a vigorar apartir do segundo mandatomajoritário até o final do pri-meiro mandato seguinte.

IMPEACHMENT

Deputados votaram os dois projetos em sessão extraordinária

MARCOS KENNEDY

Também foram ouvidos comotestemunhas Gabriel de SouzaArnolfo, Petrônio Lima deCastro, Sandra Maria deOliveira Zica (esposa deMauro Zica Filho), SamyraMaria de Oliveira Neto eNoicy Célia Pessoa.“Acreditamos que o presi-

dente Antônio Carlos, MauroZica Júnior e Sandro são oscabeças. Acreditamos que atornozeleira foi a medida maisadequada. Estão proibidos defrequentar as instituições, desair de Goiânia, de frequentaras entidades sindicais, em casode ocorrência de outro casoconcreto, será representadopela prisão preventiva”, decla-rou o delegado BreynnerVasconcelos.Segundo o delegado, a

investigações começaram hácerca de seis meses depois quealgumas pessoas comunicaramà Polícia Civil que diretores doSindigoiânia estariam ficando

ricos rapidamente e de formasupostamente ilícita.

FRAUDESAs investigações retroagi-

ram ao ano de 2006. A PolíciaCivil averigou que houve umasérie de fraudes nas atas e noestatuto do sindicato desdeentão que facilitaram a vincu-lação do Sindigoiânia a outrasentidades sindicais e assim ocontrole pelos sindicalizadosera reduzido. Outras entidades foram

criadas com intuito de desviarrecursos financeiros doSindigoiânia, como aFederação dos ServidoresMunicipais e a Central deAtendimento ao ServidorPúblico (Sindivapt), órgão res-ponsável pela parte social dasentidades sindicais.O delegado informou que

esta diretoria faz parte do sin-dicato desde 2004. Em 4 demarço de 2009 teria ocorrido

uma assembleia irregular. “Osindicato tem mais de 10 milfiliados e foi realizada com apresença de apenas 71 pessoase foi majorado a contribuiçãosindical de 1% para 2% sobre aremuneração mais o seguro”,argumentou.

VALORESSegundo Breynner

Vasconcelos, era alto os valo-res das movimentações bancá-rias. Um dos acusados,Osvaldo Conceição, que eradiretor mas na prática fazia opapel de motorista do presi-dente, teria movimentado R$16 milhões de reais. “Uma organização crimi-

nosa. A investigação se iniciouhá seis meses e o período quefoi observado foi de 2006 paracá. A partir de 2008 houveuma série de desvios da contado sindicato para a conta deterceiros, valores milionários.Em uma conta foi movimenta-

do mais de R$ 16 milhões, emoutra R$ 6 milhões, R$ 8milhões. Por isto acreditamosque a movimentação irregularé em cerca de R$ 30 milhões.Queremos descobrir para ondefoi este dinheiro. A quantidadede saques em espécie foi muitogrande”, destaca o delegado.Os envolvidos teriam des-

viado cerca de R$ 30 milhõesdo SindiGoiânia e usadolaranjas para comprar bens.Na casa da tesoureira da enti-dade, Silvana do Carmo eSilva, foi encontrada umaarma de fogo e R$ 106 mil emespécie, dinheiro que ela nãosoube justificar a origem. Aarma é relíquia de família e atesoureira apresentou registrode posse. A justiça autorizou osequestro de um imóvel queestaria no nome de MauroZica Neto, avaliado em R$ 1,8milhão e mais de R$ 1 milhãoem veículos e outros imóveis.Além de Carlos Antônio

Alencar (Carlão), Mauro ZicaJúnior e Osvaldo Conceição,foram indiciados, Luiz PauloAlves Calaça, Silvana doCarmo e Silva, Mauro ZicaNeto e Sandro PereiraValverde. Eles foram encami-nhados à Casa do Albergadode Goiânia onde receberamtornozeleiras eletrônicas deter-minadas pela justiça. Estesdiretores foram afastados desuas funções, estão probidosde saírem de Goiânia e de seaproximarem da sede doSindicato. Todos estão utili-zando tornozeleiras eletrônicaspor ordem da justiça. A reportagem da Tribuna

do Planalto tentou contadocom a direção do SindiGoiâniapara posicionamento sobre oassunto, mas não foi atendidaaté o fechamento desta edição.Os investigados são acusadospelos crimes de peculato equi-parado, lavagem de dinheiro eassociação criminosa.

A senadora Lúcia Vânia é umadas mais entusiastas a discutiresse tema. A participação delanessa luta pode serprimordial?

Sim, a senadora tem muitaexperiência. Já está no CongressoNacional há muito tempo. Achoque ela conhece como poucos ostramites dos projetos na áreafederal, eu acho que ela temdado boas dicas nessa lutamunicipalista. Eu entendo quequalquer parlamentar hoje eletem que pensar nofortalecimento dos municípios.Não tem como o Brasil crescer senão pensar nos municípios.Política descentralizada. Se nãotiver essa descentralização nósvamos ficar a vida inteira com opires na mão dependente de umprocesso político que, na minhaopinião, já está vencido há muitotempo.

Existe um corte previsto para2016 no Sistema Único deSaúde (SUS) de R$ 16bilhões, que fatalmente afetaráos municípios. Houve ummovimento que pediu ofortalecimento do SUS. AFederação apoia essemovimento promovido peloConselho Estadual de Saúde?

Sim. Esse movimento foi parao fortalecimento do SUS. Porque oSUS é um programa universalmuito forte no papel, mas que estácom deficiência no atendimento.O sistema já está capengando, secorta recursos da esfera da saúde,do SUS especialmente, comcerteza a população vai sofrer.Então, o que a gente está querendoé para que se não melhorar, nãopiorar também. Se piorar mais doque está, imagino que a situaçãodo brasileiro vai ficar pior, vai ficarna fila de hospitais morrendo sematendimento. Eu acho que não éisso que o País quer, é um paísrico. Eu acho que nós estamosatrasando o processo com essasbrigas políticas que não levamninguém a nada.

POLÍTICA 5

X

GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

ENTREVISTA/DIVINO ALEXANDRE

Prefeitos pressionampor mais recursos

Marcione Barreira, repórter de Política

Qual a avaliação que o senhorfaz dos municípios que fazemparte da federação da qual osenhor preside?

Caótica, crítica. Os municípiosvão fechar o ano sem dar conta depagar a folha de pagamento. Nãoestou dizendo nem fornecedores,é folha de pagamento mesmo. Éuma tristeza que eu vejo. Osmunicípios chegaram ao finaldeste ano com a situação caótica,os municípios estão falidos.Estamos na UTI, se não tiver umsocorro por parte dos governosfederal e estadual, infelizmentefica difícil. Ser prefeito não é glóriapara ninguém. É um sacrifício.

Quantos municípios fazemparte da Federação Goianados Municípios?

A Federação tem crescidomuito com sua escola de gestão ecom a capacidade técnica que tem.Hoje nós estamos com 232municípios filiados regularmentepagando suas mensalidades. 232de um total de 246.

No final do mês passado, àpedido da Federação Goianados Municípios, vocês sereuniram na AssembleiaLegislativa. Como foi esseencontro?

Na realidade, o que a genteestá buscando é sensibilizar asbancadas estadual e federal paraas necessidades de votar matériasque atendam a todos osmunicípios brasileiros. Entre elas aalteração do Imposto SobreServiços (ISS), regularização doíndice de pisos salariais naeducação e a questão daContribuição Provisória sobreMovimentação Financeira(CPMF). Tem também a questãodos lixões, que é uma matéria deinteresse de todos os municípiosbrasileiros. Nós precisamosencontrar uma saída, estamosnum momento de crise que afeta atodos os municípios e é onde elachega mais forte. É lá que mora o

Prefeito de Panamá e presidente da FederaçãoGoiana dos Municípios, Divino Alexandre (PMDB)fala à Tribuna do Planalto sobre a necessidadeimediata de reorganizar o Pacto Federativo.

Entre outros assuntos, Divino Alexandre dizainda que o Brasil perde com o impeachment dapresidenta Dilma e que o PMDB estadual precisadar atenção para as bases do interior.

A sede da FederaçãoGoiana de Municípios (FGM)foi palco de debates entre pre-feitos goianos em encontroregional realizado durante atarde de quarta-feira, dia 16. Oevento, com o tema“Desenvolvimento Municipal eGoverno Federal”, contou coma presença do presidente dainstituição, Divino Alexandre,da secretária da Fazenda, AnaCarla Abrão, do consultor daConfederação Nacional deMunicípios (CNM), ÂngeloRoncalli, e do assessor especialda Subchefia de AssuntosFederativos da Presidência daRepública, Helber Jordão. Oencontro também marcou ainauguração do auditórioNelson Américo da Costa.

Em discurso, o presidenteda FGM destacou algumasdificuldades que os gestoresmunicipais encontrarão nopróximo ano, tais como operíodo eleitoral e o aumentodo piso dos magistérios. “Nãosomos contra qualquer tipo

de aumento aos servidorespúblicos, mas não deve vir decima um repasse de deman-das sem as devidas fontes derecursos”, crit icou DivinoAlexandre. Ele também lem-brou algumas conquistasmunicipais ao longo do últi-mo semestre, como a implan-tação da Escola de GestãoPública, e alertou os prefeitospara o controle da adminis-tração, visando a aprovaçãodas contas no último ano demandato.

FUTURO MUNICIPAL

A secretária Ana CarlaAbrão disse que, mesmo emum ano complicado, as açõestomadas pelo Governo deGoiás foram pensadas nosmunicípios. Segundo ela, foifeito um ajuste fiscal de R$ 3,5bilhões durante o ano, fato quetambém ajudará os gestoresmunicipais. “Toda essa econo-mia foi feita sem paralisar oEstado, situação que colocaráa casa em ordem, provocaráum equilíbrio nas contas e faci-

litará o repasse para os municí-pios”, explicou Ana Carla.Apesar de visualizar incertezase o enfraquecimento da econo-mia do País, a secretária reafir-mou o compromisso do gover-no estadual em regularizar osrepasses da saúde para 2016 egarantiu que 100% dos valoresda privatização da Celg serãodestinados a investimentos.

Helber Jordão, represen-tando o subchefe de AssuntosFederativos da Presidência daRepública, Olavo Noleto, deta-

Prefeito, a gente sabe que osenhor é uma liderança fortedo PMDB, e hoje , em termosestaduais, o partido está comuma comissão provisória. Opartido tem sofrido comatritos e desgastes nas suaspróprias bases? O que osenhor tem a dizer sobre isto?

Eu acho que o PMDB deixoude olhar para as bases, para ointerior. O partido que não olhapara as bases corre o risco deficar pequeno e tem muitosproblemas como está tendo oPMDB hoje. Eu acho que opróximo presidente do partido,independente de quem seja, temque voltar a olhar para as bases.Se faz política de baixo para

cima. Eu acho que o PMDBdescuidou um pouco disso. Osmunicípios ficaram semdiretório. Lamentavelmente essetipo de política é perigosa. OPMDB já está fora do governotem um bom tempo. Nomomento de articulação, deprojetos eles invertem e discutemnomes, pessoas. Eu acho que agente tem que discutir projetosque possam melhorar ainfraestrutura do Estado. Nãojustifica partido sem liderança,não justifica liderança sem opovo. Entendo que qualquer umque for presidente precisa ouviras bases. Precisa ouvir osvereadores, ouvir os prefeitos ena comissão provisória não tem

nenhum prefeito. Eu acho queisso não é bom para o sentido decrescimento. Nós estamosfalando de descentralização, opoder não pode ficarcentralizado na mão de pessoas.A disputa é salutar, mas oconselho que eu dou é que quemnão houve as bases paga umpreço alto no processo político.

Para finalizar, nós temos emâmbito federal opedido deimpeachment da presidentada República, Dilma Rousseff(PT). Com a experiência quecarrega, o que o senhor achaque deve acontecer?

Eu acho que isso não poderiaestar em discussão nesse

momento. O Brasil vai perdermuito com isso. Eu não sei atéque ponto que se ganha falandode impeachment. Eu acho quepassou o momento. Essemomento agora não é a hora depedir impeachment de ninguém.O Brasil vai perder muito comisso. O Congresso Nacional nãovota as matérias, nós estamoscom os poderes políticosconstituídos comprometidos.Quem vai acreditar no Brasildaqui a pouco? Infelizmentequem perde com isso é o cidadão.Não vejo que este seja momentopropício. Independentemente departido, o impeachment é contraa presidenta da República e ai nósprecisamos ter muito cuidado.

O PMDB deixou de olhar para as bases do interior"

ENCONTRO REGIONAL

FGM prevê ano de 2016 com muitas dificuldadeslhou a situação dos processosde interesse dos municípios emrelação ao governo federal.Entretanto, o assessor pontuouque 2016 será mais um anocomplicado em decorrência dacrise econômica e política queo País atravessa. “É necessárioque os gestores municipaistenham conhecimento da fontede recursos que possuem e gas-tar menos e com responsabili-dade. Para isso, os municípiosdevem investir em qualificaçãotécnica dos funcionários eequipes”, disse. Ele tambémdefendeu a aplicação doCPMF com alíquota de 0,38%vinculado à saúde.

AUDITÓRIO

O final do encontro foimarcado pela inauguração do

auditório Nelson Américo daCosta, em homenagem ao ex-prefeito de Perolândia e umdos fundadores da antigaFrente de MobilizaçãoMunicipal (FMM), atualFGM. As obras na sede da ins-tituição iniciaram em julho eforam concluídas no início dedezembro, custando aproxima-damente R$ 300 mil (somandotambém a reforma realizadana sede no último semestre).Para Divino Alexandre, o audi-tório é um marco para a lutado municipalismo. “Mais queum local de reunião e convi-vência dos gestores munici-pais, o auditório será uma fer-ramenta importante para aqualificação e aperfeiçoamentodos envolvidos com a adminis-tração local”, disse.

cidadão. É lá onde está o cidadãoque procura o emprego, aeducação, a geração de emprego erenda. Enfim, a responsabilidadedos municípios hoje é grande.

Os municípios estãosobrecarregados sob o pontode vista de serviços públicos?

Além de toda a crise, osmunicípios estão arcando comresponsabilidades que é decunho estadual e federal. Porexemplo, financiamos programasfederais, estadual comotransporte escolar, merendaescolar, alimentação de presos,enfim. Estamos numa lutagrande. Estamos num momentode crise muito grande que o Paísatravessa, mas afeta osmunicípios hoje em consequênciadessas desigualdades do PactoFederativo. E, para fechar oassunto, estamos buscando arevisão do Pacto Federativo umavez que os recursos sãoconcentrados na esfera federal eestadual e os municípios é queficam com a menor parte. Então,não da para fazer gestão públicapensando na menor fatia do bolo.

A saída para a situação dos

municípios está nareformulação do PactoFederativo?

Sem dúvida. Todas asmatérias que eu falei estãocontidas no Pacto Federativo,porém, estamos temendo queaconteça com o Pacto Federativo oque aconteceu com a ReformaPolítica. Fala, fala, fala, mas nãoaltera nada. Então, esse é umobjetivo importante que a bancadafederal pode nos ajudar muito,pode puxar esse debate. Eu achoque devido a essa queda de braçoentre o Congresso e o FovernoFederal essas matérias não vãoavançar e os municípios vão entrar2016 com mais responsabilidade ecom menos recursos mergulhadono processo eleitoral de 2016.

Alguns membros da políticagoiana estiveram com osenhor lá na Assembleia.Como esses deputados podemajudar esses municípios?

É destrancar essas pautasmunicipalistas colocadas pelaFederação. Por exemplo, tem umaalteração do Simples Nacional.Eu acho que é interessante adiscussão, mas ele tira dinheirodos municípios. Aumenta o

número de empresas no SimplesNacional que deixam de pagar oImposto sobre Circulação deMercadoria e Serviços (ICMS) e oISS. Nós temos um País queprecisa avançar? Sim. Eu não soucontra os incentivos, mas issoacaba refletindo fortemente nosmunicípios por que eles deixamde ter recursos. Toda vez que elesdeixam de ter recursos você temmenos condição de investimentoe que hoje é zero. Então, eu achoque o Pacto Federativo precisasair do papel e isso tem que seresse ano, mas eu não vejo nadaneste sentido. Existe noCongresso Nacional umasituação muito difícil. Uma hora aCâmara vota um projeto e vaipara o Senado, o Senado alterauma vírgula e volta para aCâmara novamente. Então, é otramite de projetos muito morosono Congresso Nacional.Esperamos que 2016 seja melhorpara atender as demandas dagestão pública.

Como o Planalto recebeu essaproposta de reformulação doPacto Federativo?

Na realidade ninguém abremão de dinheiro, né. A gente está

falando aqui não só da melhordistribuição de recursos, mastambém redistribuir as atribuiçõesque está nos municípios hoje. Paravocê ter uma ideia, o ProgramaSsaúde da Família (PSF) hoje é umprograma interessante, mas oGoverno Federal repassa emtorno de R$ 10, 11 mil. Não temnenhum programa desse que ficapor menos de R$ 30 mil. Então, omunicípio está arcando com maisda metade desse programa.Merenda escola hoje nósrecebemos R$ 0,30 da merenda.Você não faz merenda com menosde R$ 2. Você não consegue fazero transporte escolar com cento epoucos reais por mês. Não tenhonada contra os pisos salariais, masos que foram aprovados noCongresso Nacional são arcadoscom recursos dos municípios.Então, fica difícil você cumpriressa questão. Para o ano que vem,para você ter uma ideia, nóstemos aumento do saláriomínimo, combustível, energiaelétrica, custeio da máquina domunicípio e tudo indica que asreceitas do ano que vem não sãomaiores ou iguais as de 2015.

Presidente da FGM, Divino Alexandre comanda encontro estadual com prefeitos goianos

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

Iris, escravo, de novo

GOVERNANÇA

O superintendente Executivode Planejamento da Secretaria deGestão e Planejamento de Goiás(Segplan), Thiago Camargo, foianunciado nesta sexta-feira, dia18, como o primeiro secretárioexecutivo do Consórcio BrasilCentral. O anúncio foi feito pelopresidente do consórcio, gover-nador Marconi Perillo, durante o6º Fórum de Governadores doBrasil Central, realizado emPorto Velho (RO).

“Tenho plena confiança deque ele vai contribuir significati-vamente para executar os planosque temos para o Brasil Central.Vamos atuar de forma muitopróxima durante meu mandato àfrente do consórcio”, explicou ogovernador Marconi Perillo. Onome de Camargo foi acatadopelos governadores presentesalém do goiano: ConfúcioMoura (Rondônia), PedroTaques (Mato Grosso) eReinaldo Azambuja (MatoGrosso do Sul) – RodrigoRollemberg, do Distrito Federal,

tinha um compromisso e apenasmandou representante.

Junto com o titular daSegplan, Thiago Peixoto, o secre-tário executivo do consórcio temparticipado das articulações doMovimento Brasil Central desdeo início deste ano. “Com a pre-sença do Thiago Camargo nessafunção, tenho certeza de que ostrabalhos continuarão bem ali-nhados e que caminharão demaneira célere, como ocorreu atéagora. Vamos partir, em 2016,para a apresentação de resulta-dos”, explicou Thiago Peixoto.

Thiago Camargo disse que jápreparou um plano de trabalho eque já definiu algumas metaspara os próximos 100 dias. Nessepacote estão a definição domodelo de governança do con-sórcio, a escolha dos demaisnomes executivos do órgão e odetalhamento da carteira de pro-jetos prioritários. “Já entraremos

janeiro com uma linha de atua-ção bem definida. A expectativa éjá ter o que apresentar aos gover-nadores. As coisas aconteceramde forma rápida até agora e nãopodemos perder o ritmo”, disse.

Além do nome de ThiagoCamargo, o governador indicouo empresário Cristiano Câmara,do Grupo Jaime Câmara, comorepresentante de Goiás noConselho Consultivo doConsórcio Brasil Central. O pro-fessor e ex-ministro RobertoMangabeira Unger, um dos prin-cipais incentivadores da criaçãodo movimento, será o presidentedeste conselho.

PERFILAdvogado especialista em

Direito Ambiental e Mestrandoem Administração Pública pelaColumbia University. Foi chefede gabinete da Secretaria deMeio Ambiente e diretor da

Agência Municipal de MeioAmbiente. Foi membro titular doConselho Nacional do MeioAmbiente por 8 anos, tendo pre-sidido a Câmara Técnica deResíduos Sólidos por três man-datos consecutivos.

Ocupou cargos de Chefe doNúcleo de TecnologiaEducacional e deSuperintendente de ResultadosEducacionais da Secretaria deEducação de Goiás, auxiliando oGoverno de Goiás a sair do 16ºlugar para o 1º lugar no IDEBdo Ensino Médio em 3 anos.

Desde janeiro éSuperintendente Executivo dePlanejamento da Secretaria deGestão e Planejamento doEstado de Goiás, atuando nosprojetos Goiás MaisCompetitivo e ConsórcioInterestadual deDesenvolvimento do BrasilCentral.

O anúncio foi feitopelo presidente doconsórcio,governador MarconiPerillo, durante o 6ºFórum deGovernadores doBrasil Central,realizado em PortoVelho (RO).

A eleição para prefeito deGoiânia em 2016 tem a can-didatura de Iris Rezende,pelo PMDB, como definida?O partido tem outro nomepara substituir o líder octoge-nário? Sem ele, o PMDBconseguiria o mesmo resulta-do que com a participaçãodo ex-prefeito da capital? Aresposta para a primeira per-gunta é talvez, para as outrasé: não.

Iris Rezende é escravo dacandidatura a prefeito deGoiânia apesar de váriossinais oriundos de pessoas docírculo mais próximo deleindicarem que é melhor que opeemedebista não enfrentenova eleição ou administra-ção – se vencer. Seria hora decuidar bastante da saúde, dosnegócios e da família. Para opartido, restaria o caminho dacontribuição como um orien-tador ou conselheiro, comochegou a apregoar após oresultado eleitoral adverso de2014.

Ocorre que, contra a von-tade dos que não querem Irisno enfrentamento de umanova eleição, estão as pesqui-sas eleitorais – feitas e nãodivulgadas. Nos bastidores,circulam números que vão de33% a 37% para o peemede-bista, na estimulada. Osnúmeros colocam o ex-prefei-to na liderança, mas carregamduas armadilhas.

A primeira está no fato deque nenhum outro nome doPMDB de Goiânia aparececom a mínima chance, naeventualidade do nome de IrisRezende ficar fora da disputa.Então, colocadas as opções, onome dele é o único que poderepresentar uma possibilidadede disputa. Sem ele, nada,praticamente.

A outra armadilha está nofato de que o nome de Iris

Rezende aparecer – mesmoque tanto tempo depois –com apenas esta margem de33% a 37% é um indício deque o nome dele estaria sobameaça, nesta disputa.Analistas de pesquisas eleito-rais e marqueteiros consulta-dos, recentemente, avaliamque o peemedebista tem umproblema de índice no teto enão no piso. Ou seja, o altograu de conhecimento põeIris com uma pequena mar-gem de crescimento. Assim, agrande dúvida é: com estesíndices, ele está no teto ou nopiso?

Fora das pesquisas, outrofato deve ser considerado: oconsolidado fim da aliançaentre o PMDB e o PT emGoiânia. “Pra mim é incon-ciliável”, disse o vice prefeitode Goiânia, Agenor Mariano(PMDB) sobre a situaçãopolítica do partido dele como partido do prefeito PauloGarcia (PT). O vice é umdos mais enfáticos defenso-res do rompimento. Os pee-medebistas não querem con-tar nem com o apoio políti-co, nem com tempo de tele-visão, nem com estruturapartidária e nem com nenhu-ma referência ao governo doatual prefeito, disse o viceprefeito.

Mais do que nunca, oPMDB precisa da candidatu-ra de Iris Rezende. Comosempre, o ex-prefeito está nacondição de ter que atender ànecessidade do partido parauma disputa eleitoral. Em sín-tese: Iris é escravo do PMDB;o partido escravo da decisãode seu principal líder.

Altair Tavares é blogueiro(www.altairtavares.com.br),comentarista das RádiosVinha FM e 730 e editor dowww.diariodegoias.com.br

Thiago Camargo, à esquerda do governador Marconi Perillo, é o secretário do Consórcio

Marconi define nome desecretário executivo doConsórcio Brasil Central

Page 6: Tribuna do Planaltotribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/20-12-2015_tr… · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

A senadora Lúcia Vânia é umadas mais entusiastas a discutiresse tema. A participação delanessa luta pode serprimordial?

Sim, a senadora tem muitaexperiência. Já está no CongressoNacional há muito tempo. Achoque ela conhece como poucos ostramites dos projetos na áreafederal, eu acho que ela temdado boas dicas nessa lutamunicipalista. Eu entendo quequalquer parlamentar hoje eletem que pensar nofortalecimento dos municípios.Não tem como o Brasil crescer senão pensar nos municípios.Política descentralizada. Se nãotiver essa descentralização nósvamos ficar a vida inteira com opires na mão dependente de umprocesso político que, na minhaopinião, já está vencido há muitotempo.

Existe um corte previsto para2016 no Sistema Único deSaúde (SUS) de R$ 16bilhões, que fatalmente afetaráos municípios. Houve ummovimento que pediu ofortalecimento do SUS. AFederação apoia essemovimento promovido peloConselho Estadual de Saúde?

Sim. Esse movimento foi parao fortalecimento do SUS. Porque oSUS é um programa universalmuito forte no papel, mas que estácom deficiência no atendimento.O sistema já está capengando, secorta recursos da esfera da saúde,do SUS especialmente, comcerteza a população vai sofrer.Então, o que a gente está querendoé para que se não melhorar, nãopiorar também. Se piorar mais doque está, imagino que a situaçãodo brasileiro vai ficar pior, vai ficarna fila de hospitais morrendo sematendimento. Eu acho que não éisso que o País quer, é um paísrico. Eu acho que nós estamosatrasando o processo com essasbrigas políticas que não levamninguém a nada.

POLÍTICA 5

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GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

ENTREVISTA/DIVINO ALEXANDRE

Prefeitos pressionampor mais recursos

Marcione Barreira, repórter de Política

Qual a avaliação que o senhorfaz dos municípios que fazemparte da federação da qual osenhor preside?

Caótica, crítica. Os municípiosvão fechar o ano sem dar conta depagar a folha de pagamento. Nãoestou dizendo nem fornecedores,é folha de pagamento mesmo. Éuma tristeza que eu vejo. Osmunicípios chegaram ao finaldeste ano com a situação caótica,os municípios estão falidos.Estamos na UTI, se não tiver umsocorro por parte dos governosfederal e estadual, infelizmentefica difícil. Ser prefeito não é glóriapara ninguém. É um sacrifício.

Quantos municípios fazemparte da Federação Goianados Municípios?

A Federação tem crescidomuito com sua escola de gestão ecom a capacidade técnica que tem.Hoje nós estamos com 232municípios filiados regularmentepagando suas mensalidades. 232de um total de 246.

No final do mês passado, àpedido da Federação Goianados Municípios, vocês sereuniram na AssembleiaLegislativa. Como foi esseencontro?

Na realidade, o que a genteestá buscando é sensibilizar asbancadas estadual e federal paraas necessidades de votar matériasque atendam a todos osmunicípios brasileiros. Entre elas aalteração do Imposto SobreServiços (ISS), regularização doíndice de pisos salariais naeducação e a questão daContribuição Provisória sobreMovimentação Financeira(CPMF). Tem também a questãodos lixões, que é uma matéria deinteresse de todos os municípiosbrasileiros. Nós precisamosencontrar uma saída, estamosnum momento de crise que afeta atodos os municípios e é onde elachega mais forte. É lá que mora o

Prefeito de Panamá e presidente da FederaçãoGoiana dos Municípios, Divino Alexandre (PMDB)fala à Tribuna do Planalto sobre a necessidadeimediata de reorganizar o Pacto Federativo.

Entre outros assuntos, Divino Alexandre dizainda que o Brasil perde com o impeachment dapresidenta Dilma e que o PMDB estadual precisadar atenção para as bases do interior.

A sede da FederaçãoGoiana de Municípios (FGM)foi palco de debates entre pre-feitos goianos em encontroregional realizado durante atarde de quarta-feira, dia 16. Oevento, com o tema“Desenvolvimento Municipal eGoverno Federal”, contou coma presença do presidente dainstituição, Divino Alexandre,da secretária da Fazenda, AnaCarla Abrão, do consultor daConfederação Nacional deMunicípios (CNM), ÂngeloRoncalli, e do assessor especialda Subchefia de AssuntosFederativos da Presidência daRepública, Helber Jordão. Oencontro também marcou ainauguração do auditórioNelson Américo da Costa.

Em discurso, o presidenteda FGM destacou algumasdificuldades que os gestoresmunicipais encontrarão nopróximo ano, tais como operíodo eleitoral e o aumentodo piso dos magistérios. “Nãosomos contra qualquer tipo

de aumento aos servidorespúblicos, mas não deve vir decima um repasse de deman-das sem as devidas fontes derecursos”, crit icou DivinoAlexandre. Ele também lem-brou algumas conquistasmunicipais ao longo do últi-mo semestre, como a implan-tação da Escola de GestãoPública, e alertou os prefeitospara o controle da adminis-tração, visando a aprovaçãodas contas no último ano demandato.

FUTURO MUNICIPAL

A secretária Ana CarlaAbrão disse que, mesmo emum ano complicado, as açõestomadas pelo Governo deGoiás foram pensadas nosmunicípios. Segundo ela, foifeito um ajuste fiscal de R$ 3,5bilhões durante o ano, fato quetambém ajudará os gestoresmunicipais. “Toda essa econo-mia foi feita sem paralisar oEstado, situação que colocaráa casa em ordem, provocaráum equilíbrio nas contas e faci-

litará o repasse para os municí-pios”, explicou Ana Carla.Apesar de visualizar incertezase o enfraquecimento da econo-mia do País, a secretária reafir-mou o compromisso do gover-no estadual em regularizar osrepasses da saúde para 2016 egarantiu que 100% dos valoresda privatização da Celg serãodestinados a investimentos.

Helber Jordão, represen-tando o subchefe de AssuntosFederativos da Presidência daRepública, Olavo Noleto, deta-

Prefeito, a gente sabe que osenhor é uma liderança fortedo PMDB, e hoje , em termosestaduais, o partido está comuma comissão provisória. Opartido tem sofrido comatritos e desgastes nas suaspróprias bases? O que osenhor tem a dizer sobre isto?

Eu acho que o PMDB deixoude olhar para as bases, para ointerior. O partido que não olhapara as bases corre o risco deficar pequeno e tem muitosproblemas como está tendo oPMDB hoje. Eu acho que opróximo presidente do partido,independente de quem seja, temque voltar a olhar para as bases.Se faz política de baixo para

cima. Eu acho que o PMDBdescuidou um pouco disso. Osmunicípios ficaram semdiretório. Lamentavelmente essetipo de política é perigosa. OPMDB já está fora do governotem um bom tempo. Nomomento de articulação, deprojetos eles invertem e discutemnomes, pessoas. Eu acho que agente tem que discutir projetosque possam melhorar ainfraestrutura do Estado. Nãojustifica partido sem liderança,não justifica liderança sem opovo. Entendo que qualquer umque for presidente precisa ouviras bases. Precisa ouvir osvereadores, ouvir os prefeitos ena comissão provisória não tem

nenhum prefeito. Eu acho queisso não é bom para o sentido decrescimento. Nós estamosfalando de descentralização, opoder não pode ficarcentralizado na mão de pessoas.A disputa é salutar, mas oconselho que eu dou é que quemnão houve as bases paga umpreço alto no processo político.

Para finalizar, nós temos emâmbito federal opedido deimpeachment da presidentada República, Dilma Rousseff(PT). Com a experiência quecarrega, o que o senhor achaque deve acontecer?

Eu acho que isso não poderiaestar em discussão nesse

momento. O Brasil vai perdermuito com isso. Eu não sei atéque ponto que se ganha falandode impeachment. Eu acho quepassou o momento. Essemomento agora não é a hora depedir impeachment de ninguém.O Brasil vai perder muito comisso. O Congresso Nacional nãovota as matérias, nós estamoscom os poderes políticosconstituídos comprometidos.Quem vai acreditar no Brasildaqui a pouco? Infelizmentequem perde com isso é o cidadão.Não vejo que este seja momentopropício. Independentemente departido, o impeachment é contraa presidenta da República e ai nósprecisamos ter muito cuidado.

O PMDB deixou de olhar para as bases do interior"

ENCONTRO REGIONAL

FGM prevê ano de 2016 com muitas dificuldadeslhou a situação dos processosde interesse dos municípios emrelação ao governo federal.Entretanto, o assessor pontuouque 2016 será mais um anocomplicado em decorrência dacrise econômica e política queo País atravessa. “É necessárioque os gestores municipaistenham conhecimento da fontede recursos que possuem e gas-tar menos e com responsabili-dade. Para isso, os municípiosdevem investir em qualificaçãotécnica dos funcionários eequipes”, disse. Ele tambémdefendeu a aplicação doCPMF com alíquota de 0,38%vinculado à saúde.

AUDITÓRIO

O final do encontro foimarcado pela inauguração do

auditório Nelson Américo daCosta, em homenagem ao ex-prefeito de Perolândia e umdos fundadores da antigaFrente de MobilizaçãoMunicipal (FMM), atualFGM. As obras na sede da ins-tituição iniciaram em julho eforam concluídas no início dedezembro, custando aproxima-damente R$ 300 mil (somandotambém a reforma realizadana sede no último semestre).Para Divino Alexandre, o audi-tório é um marco para a lutado municipalismo. “Mais queum local de reunião e convi-vência dos gestores munici-pais, o auditório será uma fer-ramenta importante para aqualificação e aperfeiçoamentodos envolvidos com a adminis-tração local”, disse.

cidadão. É lá onde está o cidadãoque procura o emprego, aeducação, a geração de emprego erenda. Enfim, a responsabilidadedos municípios hoje é grande.

Os municípios estãosobrecarregados sob o pontode vista de serviços públicos?

Além de toda a crise, osmunicípios estão arcando comresponsabilidades que é decunho estadual e federal. Porexemplo, financiamos programasfederais, estadual comotransporte escolar, merendaescolar, alimentação de presos,enfim. Estamos numa lutagrande. Estamos num momentode crise muito grande que o Paísatravessa, mas afeta osmunicípios hoje em consequênciadessas desigualdades do PactoFederativo. E, para fechar oassunto, estamos buscando arevisão do Pacto Federativo umavez que os recursos sãoconcentrados na esfera federal eestadual e os municípios é queficam com a menor parte. Então,não da para fazer gestão públicapensando na menor fatia do bolo.

A saída para a situação dos

municípios está nareformulação do PactoFederativo?

Sem dúvida. Todas asmatérias que eu falei estãocontidas no Pacto Federativo,porém, estamos temendo queaconteça com o Pacto Federativo oque aconteceu com a ReformaPolítica. Fala, fala, fala, mas nãoaltera nada. Então, esse é umobjetivo importante que a bancadafederal pode nos ajudar muito,pode puxar esse debate. Eu achoque devido a essa queda de braçoentre o Congresso e o FovernoFederal essas matérias não vãoavançar e os municípios vão entrar2016 com mais responsabilidade ecom menos recursos mergulhadono processo eleitoral de 2016.

Alguns membros da políticagoiana estiveram com osenhor lá na Assembleia.Como esses deputados podemajudar esses municípios?

É destrancar essas pautasmunicipalistas colocadas pelaFederação. Por exemplo, tem umaalteração do Simples Nacional.Eu acho que é interessante adiscussão, mas ele tira dinheirodos municípios. Aumenta o

número de empresas no SimplesNacional que deixam de pagar oImposto sobre Circulação deMercadoria e Serviços (ICMS) e oISS. Nós temos um País queprecisa avançar? Sim. Eu não soucontra os incentivos, mas issoacaba refletindo fortemente nosmunicípios por que eles deixamde ter recursos. Toda vez que elesdeixam de ter recursos você temmenos condição de investimentoe que hoje é zero. Então, eu achoque o Pacto Federativo precisasair do papel e isso tem que seresse ano, mas eu não vejo nadaneste sentido. Existe noCongresso Nacional umasituação muito difícil. Uma hora aCâmara vota um projeto e vaipara o Senado, o Senado alterauma vírgula e volta para aCâmara novamente. Então, é otramite de projetos muito morosono Congresso Nacional.Esperamos que 2016 seja melhorpara atender as demandas dagestão pública.

Como o Planalto recebeu essaproposta de reformulação doPacto Federativo?

Na realidade ninguém abremão de dinheiro, né. A gente está

falando aqui não só da melhordistribuição de recursos, mastambém redistribuir as atribuiçõesque está nos municípios hoje. Paravocê ter uma ideia, o ProgramaSsaúde da Família (PSF) hoje é umprograma interessante, mas oGoverno Federal repassa emtorno de R$ 10, 11 mil. Não temnenhum programa desse que ficapor menos de R$ 30 mil. Então, omunicípio está arcando com maisda metade desse programa.Merenda escola hoje nósrecebemos R$ 0,30 da merenda.Você não faz merenda com menosde R$ 2. Você não consegue fazero transporte escolar com cento epoucos reais por mês. Não tenhonada contra os pisos salariais, masos que foram aprovados noCongresso Nacional são arcadoscom recursos dos municípios.Então, fica difícil você cumpriressa questão. Para o ano que vem,para você ter uma ideia, nóstemos aumento do saláriomínimo, combustível, energiaelétrica, custeio da máquina domunicípio e tudo indica que asreceitas do ano que vem não sãomaiores ou iguais as de 2015.

Presidente da FGM, Divino Alexandre comanda encontro estadual com prefeitos goianos

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

Iris, escravo, de novo

GOVERNANÇA

O superintendente Executivode Planejamento da Secretaria deGestão e Planejamento de Goiás(Segplan), Thiago Camargo, foianunciado nesta sexta-feira, dia18, como o primeiro secretárioexecutivo do Consórcio BrasilCentral. O anúncio foi feito pelopresidente do consórcio, gover-nador Marconi Perillo, durante o6º Fórum de Governadores doBrasil Central, realizado emPorto Velho (RO).

“Tenho plena confiança deque ele vai contribuir significati-vamente para executar os planosque temos para o Brasil Central.Vamos atuar de forma muitopróxima durante meu mandato àfrente do consórcio”, explicou ogovernador Marconi Perillo. Onome de Camargo foi acatadopelos governadores presentesalém do goiano: ConfúcioMoura (Rondônia), PedroTaques (Mato Grosso) eReinaldo Azambuja (MatoGrosso do Sul) – RodrigoRollemberg, do Distrito Federal,

tinha um compromisso e apenasmandou representante.

Junto com o titular daSegplan, Thiago Peixoto, o secre-tário executivo do consórcio temparticipado das articulações doMovimento Brasil Central desdeo início deste ano. “Com a pre-sença do Thiago Camargo nessafunção, tenho certeza de que ostrabalhos continuarão bem ali-nhados e que caminharão demaneira célere, como ocorreu atéagora. Vamos partir, em 2016,para a apresentação de resulta-dos”, explicou Thiago Peixoto.

Thiago Camargo disse que jápreparou um plano de trabalho eque já definiu algumas metaspara os próximos 100 dias. Nessepacote estão a definição domodelo de governança do con-sórcio, a escolha dos demaisnomes executivos do órgão e odetalhamento da carteira de pro-jetos prioritários. “Já entraremos

janeiro com uma linha de atua-ção bem definida. A expectativa éjá ter o que apresentar aos gover-nadores. As coisas aconteceramde forma rápida até agora e nãopodemos perder o ritmo”, disse.

Além do nome de ThiagoCamargo, o governador indicouo empresário Cristiano Câmara,do Grupo Jaime Câmara, comorepresentante de Goiás noConselho Consultivo doConsórcio Brasil Central. O pro-fessor e ex-ministro RobertoMangabeira Unger, um dos prin-cipais incentivadores da criaçãodo movimento, será o presidentedeste conselho.

PERFILAdvogado especialista em

Direito Ambiental e Mestrandoem Administração Pública pelaColumbia University. Foi chefede gabinete da Secretaria deMeio Ambiente e diretor da

Agência Municipal de MeioAmbiente. Foi membro titular doConselho Nacional do MeioAmbiente por 8 anos, tendo pre-sidido a Câmara Técnica deResíduos Sólidos por três man-datos consecutivos.

Ocupou cargos de Chefe doNúcleo de TecnologiaEducacional e deSuperintendente de ResultadosEducacionais da Secretaria deEducação de Goiás, auxiliando oGoverno de Goiás a sair do 16ºlugar para o 1º lugar no IDEBdo Ensino Médio em 3 anos.

Desde janeiro éSuperintendente Executivo dePlanejamento da Secretaria deGestão e Planejamento doEstado de Goiás, atuando nosprojetos Goiás MaisCompetitivo e ConsórcioInterestadual deDesenvolvimento do BrasilCentral.

O anúncio foi feitopelo presidente doconsórcio,governador MarconiPerillo, durante o 6ºFórum deGovernadores doBrasil Central,realizado em PortoVelho (RO).

A eleição para prefeito deGoiânia em 2016 tem a can-didatura de Iris Rezende,pelo PMDB, como definida?O partido tem outro nomepara substituir o líder octoge-nário? Sem ele, o PMDBconseguiria o mesmo resulta-do que com a participaçãodo ex-prefeito da capital? Aresposta para a primeira per-gunta é talvez, para as outrasé: não.

Iris Rezende é escravo dacandidatura a prefeito deGoiânia apesar de váriossinais oriundos de pessoas docírculo mais próximo deleindicarem que é melhor que opeemedebista não enfrentenova eleição ou administra-ção – se vencer. Seria hora decuidar bastante da saúde, dosnegócios e da família. Para opartido, restaria o caminho dacontribuição como um orien-tador ou conselheiro, comochegou a apregoar após oresultado eleitoral adverso de2014.

Ocorre que, contra a von-tade dos que não querem Irisno enfrentamento de umanova eleição, estão as pesqui-sas eleitorais – feitas e nãodivulgadas. Nos bastidores,circulam números que vão de33% a 37% para o peemede-bista, na estimulada. Osnúmeros colocam o ex-prefei-to na liderança, mas carregamduas armadilhas.

A primeira está no fato deque nenhum outro nome doPMDB de Goiânia aparececom a mínima chance, naeventualidade do nome de IrisRezende ficar fora da disputa.Então, colocadas as opções, onome dele é o único que poderepresentar uma possibilidadede disputa. Sem ele, nada,praticamente.

A outra armadilha está nofato de que o nome de Iris

Rezende aparecer – mesmoque tanto tempo depois –com apenas esta margem de33% a 37% é um indício deque o nome dele estaria sobameaça, nesta disputa.Analistas de pesquisas eleito-rais e marqueteiros consulta-dos, recentemente, avaliamque o peemedebista tem umproblema de índice no teto enão no piso. Ou seja, o altograu de conhecimento põeIris com uma pequena mar-gem de crescimento. Assim, agrande dúvida é: com estesíndices, ele está no teto ou nopiso?

Fora das pesquisas, outrofato deve ser considerado: oconsolidado fim da aliançaentre o PMDB e o PT emGoiânia. “Pra mim é incon-ciliável”, disse o vice prefeitode Goiânia, Agenor Mariano(PMDB) sobre a situaçãopolítica do partido dele como partido do prefeito PauloGarcia (PT). O vice é umdos mais enfáticos defenso-res do rompimento. Os pee-medebistas não querem con-tar nem com o apoio políti-co, nem com tempo de tele-visão, nem com estruturapartidária e nem com nenhu-ma referência ao governo doatual prefeito, disse o viceprefeito.

Mais do que nunca, oPMDB precisa da candidatu-ra de Iris Rezende. Comosempre, o ex-prefeito está nacondição de ter que atender ànecessidade do partido parauma disputa eleitoral. Em sín-tese: Iris é escravo do PMDB;o partido escravo da decisãode seu principal líder.

Altair Tavares é blogueiro(www.altairtavares.com.br),comentarista das RádiosVinha FM e 730 e editor dowww.diariodegoias.com.br

Thiago Camargo, à esquerda do governador Marconi Perillo, é o secretário do Consórcio

Marconi define nome desecretário executivo doConsórcio Brasil Central

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TOCANTINS 7X

PALMAS, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL DEBATE INTENSO

Marcelo Mirandavai a encontro com governadores

CLAYTON CRISTUS

Estado do Tocantins. Tribunal de Justiça. 2ª Vara Civel de Palmas.EDITAL DE CITAÇÃO. PRAZO: 30 (trinta) dias. AUTOS Nº:5006121-10.2011.827.2729. CHAVE: 233199852811. AÇÃO:Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária. VALOR DA CAUSA:R$ 17.605.06. REQUERENTE: BV FINANCEIRA S/A CREDITOFINANCIAMENTO E INVESTIMENTO. ADVOGADO: CRISTIANEBELINATI GARCIA LOPES – OAB/TO. REQUERIDO: LUIZGONZAGA PEREIRA SOUSA. FINALIDADE: CITAR a parterequerida LUIZ GONZAGA PEREIRA SOUSA - CPF:23586087187, para os termos da ação em epígrafe, bem comopara, em querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, oferecerresposta, sob pena de serem presumidos como verdadeiros osfatos articulados pela parte autora na petição inicial (arts. 285 e319, CPC). DESPACHO: “Citar a parte requerida por edital comprazo de 30 (trinta) dias (art. 231, I e II, CPC1) para, no prazo de15 (quinze) dias, querendo, apresentar resposta quanto aos fatosalegados na inicial, sob pena de revelia (art 285 e 319, CPC).”Evento 38. DATA: Palmas-TO, 19/11/2015. LUIS OTAVIO DEQUEIROZ FRAZ. JUIZ DE DIREITO.

Governador Marcelo Miranda particfipa do 6º Fórum de Governadores do Brasil Central, realizado em Porto Velho (RO)

O Fórum de Governadoresdo Brasil Central chega a sua 6ªedição com a missão maior deefetivar sua estruturação executi-va e administrativa. Integrante doFórum, o governador MarceloMiranda retomou, no encontrorealizado nesta sexta-feira, dia18, discussões em torno do PactoFederativo brasileiro e defendeuo exercício de uma política regio-nal para subsidiar o desenvolvi-mento estratégico-integrado dasunidades federativas participan-tes. A reunião foi no Palácio RioMadeira, sede do Governo deRondônia, na capital PortoVelho.Para o governador do

Tocantins, os avanços nas discus-sões demonstram o empenho dosestados congregados na missão

de desenvolver a Região CentroOeste, por meio da iniciativa eempenho dos governadores parti-cipantes. "Temos avançado nasdiscussões e nas ações indispen-sáveis para efetivar nossa atua-ção. Isso nos deixa confiantes emrelação às estratégias utilizadaspara o desempenho dos projetos,tendo como base o Consórcio fir-mado no nosso último encontro,em Brasília [DF]”, disse ele, resu-mindo: “estamos saindo da teoriapara a pratica”.Compactuando com o pensa-

mento do governador PedroTaques, do Mato Grosso,Marcelo Miranda retomou a dis-cussão sobre o Pacto Federativo.“Temos que mostrar para o Brasilque os governadores têm que tervoz mais ativa”, disse ele, apon-tando para necessidade de que osestados sejam melhores atendi-dos, especialmente no direciona-mento de verbas junto aosFundos de Desenvolvimento dasRegiões.

PROPOSTASPor meio do Fórum, os gover-

nadores defendem propostaspara a agropecuária, logística,industrialização, educação, visan-do principalmente o fomento doempreendedorismo do Brasil

Central.

PAUTAA pauta do encontro abordou

discussões sobre as ameaçascomuns, relacionadas aosProjetos de Lei que tramitam noCongresso Nacional e quepodem interferir na arrecadação ereceita dos estados, a exemplo daReforma Tributaria. “Da formaem que se encontra, deve gerarperdas para os estados”, assegu-rou o presidente do Fórum,Marconi Perillo, governador doGoiás. Outro assunto foi o fecha-mento do Contrato de Rateio,definindo o aporte de R$ 1,9milhões iniciais de custeio parasubsidiar financeiramente asações do Fórum.Os próximos encontros fica-

ram agendados para as seguintesdatas e estados: 4 de março,Goiás; 1º abril, Mato Grosso; 6de maio, Tocantins; 3 de julho,Mato Grosso do Sul; 5 de agos-to, Distrito Federal e 2 de setem-bro, Rondônia.

QUESTÕES ADMINISTRATIVASComo forma de agilizar a

administração do Fórum, algunsnomes foram apresentados paraexercer funções junto à SecretariaExecutiva e ao Conselho

Executivo do Brasil Central:Cristino Câmara, empresário quecompõe a Organização JaimeCâmara, para a SecretariaExecutiva; Thiago Camargo,advogado e gestor, para aSecretaria Executiva. MarceloTomé, presidente da Federaçãodas Indústrias do Estado deRondônia (Fiero), Roberto Pires,presidente da Fieto e GustavoOliveira, vice-presidente daFederação das Indústrias no esta-do de Mato Grosso (Fiemt)devem assumir posições adminis-trativas no Conselho, represen-tando os seus respectivos estados.

PARTICIPAÇÕESSob a presidência do gover-

nador de Goiás, Marconi Perillo,o Fórum Brasil Central contoucom a participação, além deMarcelo Miranda, dos governa-dores: Pedro Taques, do MatoGrosso; Reinaldo Azambuja,Mato Grosso do Sul; RodrigoRollemberg, Distrito Federal e oanfitrião desta edição, ConfúcioMoura, de Rondônia. Tambémestavam presentes: SérgioSampaio, chefe da Casa Civil doGoverno Federal; o senadorPetecão, do Acre; e secretários esubsecretários da Administraçãodos estados.

Antes de se licenciar docargo na última quarta-feira, dia16, o deputado Paulo Mourão(PT), líder do governo naAssembleia Legislativa, fezquestão de deixar clara a suaopinião acerca da questão daseleições indiretas nas escolasque começava a ser discutida naCasa. Mourão se posicionou afavor da eleição direta para dire-tores por entender que seja umato democrático e que vai per-mitir que os candidatos maispreparados exerçam o cargo.“Gostaria de chamar a atençãoporque a eleição é um fator queacompanha outras ações doprojeto de qualificação do ensi-no do Estado. Esta eleição queestá sendo proposta pelo secre-tário Adão Francisco é acompa-nhada da avaliação de professo-res através de provas objetivas,os pretendentes para o cargo dadireção serão analisados poruma comissão avaliadora, éobservado o processo da lide-rança deste candidato e a quartaparte que seria a eleição direta éum componente desse processode qualificação profissional”,elencou.Mourão sugeriu que o caso

fosse estudado “com mais zelo enão de forma “açodada”.“Primeiro na questão constitu-cional, realmente é preciso ava-liar a constitucionalidade, masque a gente não possa de formaalguma comprometer todo umprocesso de qualificação traba-lhado pelo professor AdãoFrancisco e com adesão comple-ta do Sintet e dos professores,essa é a solicitação que eu façopara que possamos dar tempoao próprio doutor Télio paraque ele possa fazer avaliaçãodessa questão da constituciona-lidade, porque nós não pode-mos comprometer a qualidadeque queremos imprimir ao pro-cesso educacional, é o apelo quefaço aos nossos pares”, pediu.Após intensas discussões

entre o deputado José Bonifácio(PR) e o deputado Zé Roberto(PT), a matéria acabou sendovotada no dia seguinte em ses-sões extraordinárias. Os depu-tados aprovaram o decreto nº569/2015 de Bonifácio, sustan-do o edital da Secretaria daEducação que regulamenta oprocesso de eleição dos direto-res de escola, bem como o pro-jeto de lei nº 203/2015, que revo-ga dispositivo da Lei 2.859, deabril de 2014, que dispõe sobreeleição direta de diretores deescolas. Os deputados que se

posicionaram contra os projetosde Bonifácio e a favor da eleiçãodireta foram os deputados ZéRoberto (PT), José Salomão(PT), Amália Santana (PT),Wanderlei Barbosa (SD), EliBorges (PROS), Elenil da Penha(PMDB) e Jorge Frederico(SD).

SUBSTITUTIVO REJEITADOO deputado Bonifácio apre-

sentou a referida matéria ale-gando que havia inconstitucio-nalidade pois retirava doGovernador do Estado a com-petência para nomeação de car-gos em comissão, conformeestabelece a ConstituiçãoEstadual no artigo 9º, II e doartigo 37, II da ConstituiçãoFederal.Em função disso, o

Deputado Zé Roberto haviapedido vista do referido projetode lei no dia 16 e elaborado umsubstitutivo à matéria, sanandoa inconstitucionalidade, namedida em que garantia aoGovernador do Estado a com-petência de nomear os dirigentesdas escolas públicas estaduais,ao passo em que também torna-va possível o acordo entabuladopelos deputados estaduais como Sintet para o fim da greve dosprofessores.Mas o parecer de vista com

o substitutivo de Zé Roberto foirejeitado na reunião das comis-sões conjuntas ocorrida no dia17, tendo sido encaminhadopara votação em plenário o pro-jeto original apresentado pelodeputado José Bonifácio.O substitutivo apresentado

pelo deputado Zé Roberto ade-quava a legislação estadual aoque trata na legislação federal,que disciplina a nomeação dosreitores e vice-reitores das uni-versidades públicas mantidaspela União, onde é elaboradauma lista tríplice para indicaçãoao Chefe do Poder Executivo, aquem cabe a escolha e nomea-ção dentre aqueles que integrama referida lista.

MANDADO DE SEGURANÇAO deputado Zé Roberto

anunciou ao final da votaçãoque irá ajuizar um mandado desegurança contra a votação doprojeto de lei 203/2015, por des-cumprimento de questão regi-mental que estabelece que asmatérias pertinentes a educaçãodevem tramitar na comissãoespecífica, tendo em vista que oreferido projeto não passou pelaComissão de Educação.

O deputado estadual Elenilda Penha (PMDB) foi recebido,na manhã desta sexta-feira, dia18, pelo comandante-geral daPolícia Militar no Tocantins,coronel Glauber de Oliveira.Durante a reunião, realizada noQuartel do Comando Geral, emPalmas, foram discutidos váriosassuntos, entre eles, a situaçãoatual do efetivo, a necessidadede realizar concurso público e apossibilidade de firmar parceriaspara a execução de projetossociais. “Assim como a Saúde, aSegurança Pública tem sido umadas prioridades do meu manda-to. Ao longo do ano, fiz cobran-ças, propus soluções e, sobretu-do, mantive um diálogo constru-tivo com órgãos e instituições. APM é uma delas. Sei do compro-metimento da corporação e, porisso, quero contribuir com o seutrabalho”, afirmou o parlamen-tar.

EFETIVOO comandante-geral expli-

cou a Elenil que a PM tocanti-nense conta, atualmente, com

um efetivo de mais de quatro milpoliciais e que, embora o núme-ro seja insuficiente para atendera demanda, a corporação tematuado de forma estratégicapara atender os 139 municípios.“Nós reconhecemos a necessi-dade de ampliar o efetivo. OEstado cresceu e isso exige arecomposição do quadro daPolícia Militar. De todo modo, otrabalho da PM tem dado resul-tados. Só neste ano, realizamosmais de 5.500 prisões.Deslocamos policiais da áreaadministrativa para reforçar opoliciamento nas ruas, promo-

vemos operações, investimentosem capacitação e estamos traba-lhando para melhorar as condi-ções de trabalho dos militares”,argumentou o coronel.

CONCURSOElenil destacou que para

reduzir o déficit de PMs é indis-pensável a realização de umnovo concurso e pediu agilidadeno lançamento do edital. Emresposta, o comandante-geralinformou que a previsão é que ocertame aconteça em 2016. Aotodo, devem ser oferecidas 1.000vagas para soldado e 30 para

oficiais. “Nosso objetivo é reali-zar o concurso o mais rápidopossível. Em abril deste ano, aAssembleia Legislativa aprovoue o governador MarceloMiranda sancionou a lei que fixao efetivo em nove mil policiaismilitares e autoriza a inclusão denovos PMs nas fileiras da corpo-ração. Com a aprovação recentedas leis orçamentárias, é apenasuma questão de tempo até queseja lançado o edital do certa-me”, esclareceu o coronel.

PARCERIASElenil se colocou à disposi-

ção para futuras parcerias com aPolícia Militar. “Admiro o traba-lho da corporação e pretendoapoiá-la em projetos sociais.Nós sabemos que mais impor-tante que combater o crime, épreveni-lo. Iniciativas como oPrograma Educacional deResistência às Drogas e àViolência, o Proerd, desenvolvi-do pela PM, devem ser estimula-das e fortalecidas com a partici-pação de toda a sociedade”,declarou o deputado.

Governador defendepolítica regional parasubsidiar odesenvolvimentoestratégico-integradodas unidadesfederativasparticipantes

Paulo Mourãodefende eleiçãodireta para diretores

MAIS SEGURANÇA

Deputado Elenil da Penha cobra agilidade no Concurso da Polícia Militar

Paulo Mourão sugere discussão menos açodada sobre o tema

Deputado Elenil Penha é recebido pelo comandante-geralda PM do Estado do Tocantins, coronel Glauber de Oliveira

PEDRO BARBOSA

POLÍTICA8 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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A PRIMEIRA DO BRASIL

Marcione Barreira

Quando se trata de corrup-ção o imaginário popular liga apalavra a atos praticados porpolíticos. Entretanto, essa gene-ralização é perigosa e não éalgo praticado apenas por agen-tes envolvidos no meio político.Os escândalos de corrupção naesfera nacional mostram que acorrupção envolve os setorespúblico e privado.

Certo é que o sistemadepende da política e é atravésdela que se encontra fôlego parapossíveis mudanças. Neste sen-tido, a Câmara Municipal deGoiânia aprovou na últimasemana o projeto de LeiAnticorrupção Empresarial. Aproposta tem o objetivo de con-ter o avanço da corrupçãoenvolvendo pessoas jurídicasflagradas em atos ilícitos.

O projeto foi aprovado emprimeira votação no plenário daCâmara no último dia 15 evolta a tramitar na Casa ao fin-dar o recesso parlamentar, nodia 16 de fevereiro de 2016. Osvereadores foram unânimes

quanto a aprovação pelo menosno placar de votação. A conta-gem mostrou 34 votos a favor.

O vereador ThiagoAlbernaz (PSDB), autor doprojeto, explica que foramcerca de quatro meses de estu-dos para que a proposta viessea ser apresentada na CâmaraMunicipal. Para a elaboraçãodo projeto ele contou comassessoramento de advogadosespecialistas, fez audiênciaspúblicas, levou ao fórumempresarial, dentre outrasmedidas com participação dasociedade civil organizada.

Em nove meses de tramita-ção na Câmara, o projeto só foivotado agora justamente peloscuidados tomados no que tangea sua elaboração e efetividade.“O debate é válido, principal-mente em se tratando destanorma que é extremamente rele-vante para a sociedade goia-niense”, declara o vereador.

O projeto de LeiAnticorrupção Empresarial éuma regulamentação municipalda lei federal nº 12.846/2013,aprovada em agosto de 2013. Alei federal prevê que a empresaresponderá por atos de corrup-ção (suborno com pagamentode propina por parte da empre-sa a um funcionário público),mesmo se não houver envolvi-mento direto por parte dosrepresentantes ou donos.

Nos termos da lei, a empre-sa será responsabilizada se oEstado provar que ocorreu oato de corrupção por um fun-cionário direto ou por um

empregado terceirizado. Aempresa responderá por qual-quer ato que a beneficie, mesmosem o consentimento dos res-ponsáveis.

Em termos de município, oprojeto proposto por ThiagoAlbernaz complementa a leifederal e dá base jurídica parafiscalização e aplicação de san-ções nas empresas que foremflagradas praticando esses atos.O projeto do parlamentar prevêque o recurso arrecadado com aaplicação de multas seja desti-nado ao Fundo de Apoio aoJovem Empreendedor, que vaifinanciar projetos da sociedadecivil organizada.

Thiago Albernaz observaque o projeto, de certa forma,atende o clamor da sociedade

que tem ido às ruas pedir o fimda corrupção. Para ele, pormais que a ação tenha um viésempresarial. a mesma demons-tra uma atitude contra a corrup-ção. “É uma resposta às mani-festações. A lei é uma respostaao clamor por uma postura doParlamento", declara o verea-dor.

OPINIÕESAlém de contar com as

observações do setor empresa-rial e da sociedade civil organi-zada, Thiago Albernaz contoucom a consultoria do advogadoespecialista em DireitoEmpresarial Hanna Mtaniosnaelaboração do projeto.

Segundo Hanna, a elabora-ção da lei foi um processo com-

plexo que exigiu esforço jurídi-co, inclusive para estudar leisinternacionais que foramimportantes neste sentido.“Tivemos que estudar leis forado Brasil. Acompanhar as legis-lações internacionais. O impor-tante é que os segmentos pen-sem nisso. Com essa evoluçãovamos dar um paço importan-te”, acredita Hanna.

O diretor da AssociaçãoComercial e Industrial de Goiás(Acieg), Flávio Rodovalho, ava-liou como importante a iniciati-va, entretanto ressaltou que aineficácia das leis no Brasil temsido desanimador. “O problemaé que nós temos muitas leis,muitas delas não apresentamresultado”, avalia.

CÂMARAPor parte dos parlamenta-

res, a lei só recebeu elogios. Osvereadores ouvidos pela repor-tagem da Tribuna do Planaltodeclaram que a ação é impor-tante e, principalmente, porquetem o objetivo de conter a cor-rupção. Para o vice-presidenteda Câmara, Tayrone DiMartino (PSDB), o fato de teresse objetivo é importante.

Segundo o vereador, a leivem ao encontro do que asociedade quer. “A gente precisaacabar com todo e qualquertipo de corrupção. O projeto sefaz importante por isso.Precisamos punir tambémaqueles que querem corrom-per”, destaca o colega de parti-do do autor do projeto.

O vereador Clécio Alves

(PMDB) avaliou o projeto com“louvável”. Para ele, assimcomo Tayrone, o fato de ter oobjetivo de combater os atos ilí-citos já é algo importante. “Vemao encontro de otimizar o com-bate, principalmente quandohoje no País a gente assiste amuitos escândalos de corrup-ção”, opinião o peemedebista.

PIONEIRISMOGoiânia foi a primeira capi-

tal do país a ampliar o debateneste sentido e, se aprovado oprojeto, a cidade será a primeirano Brasil a adotar as medidasbaseadas na lei municipal. Porser a primeira, o vereadorThiago Albernaz revelou quevários vereadores entraram emcontato com ele o convidandopara seminários e palestras comobjetivo de terem mais conheci-mento sobre o projeto.

Tayrone Di Martino exaltaThiago Albernaz e diz que a ati-tude da Câmara em aprovar oprojeto mostra o desejo demoralizar a política. “Essa açãoda Câmara mostra que é preci-so moralizar a política em diver-sos segmentos”.

O vereador DenícioTrindade (PMDB) também ava-liou como positivo o fato deGoiânia ter sido pioneira. “Acidade dá exemplo para outrascapitais seguir o mesmo”, dizDenício. Clécio enalteceu o fatoe apontou a cidade como refe-rência. “Isso coloca Goiânianum lugar primordial. É umpontapé para que outras cida-des façam o mesmo, finalizou.

Vereador Thiago Albernaz: “resposta às manifestações”

Lei pune corrupçãoempresarial em GoiâniaProjeto foi aprovadoem primeira votaçãono plenário daCâmara Municipal porunanimidade e devepassar pela segundavotação em fevereiro

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TOCANTINS 7X

PALMAS, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL DEBATE INTENSO

Marcelo Mirandavai a encontro com governadores

CLAYTON CRISTUS

Estado do Tocantins. Tribunal de Justiça. 2ª Vara Civel de Palmas.EDITAL DE CITAÇÃO. PRAZO: 30 (trinta) dias. AUTOS Nº:5006121-10.2011.827.2729. CHAVE: 233199852811. AÇÃO:Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária. VALOR DA CAUSA:R$ 17.605.06. REQUERENTE: BV FINANCEIRA S/A CREDITOFINANCIAMENTO E INVESTIMENTO. ADVOGADO: CRISTIANEBELINATI GARCIA LOPES – OAB/TO. REQUERIDO: LUIZGONZAGA PEREIRA SOUSA. FINALIDADE: CITAR a parterequerida LUIZ GONZAGA PEREIRA SOUSA - CPF:23586087187, para os termos da ação em epígrafe, bem comopara, em querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, oferecerresposta, sob pena de serem presumidos como verdadeiros osfatos articulados pela parte autora na petição inicial (arts. 285 e319, CPC). DESPACHO: “Citar a parte requerida por edital comprazo de 30 (trinta) dias (art. 231, I e II, CPC1) para, no prazo de15 (quinze) dias, querendo, apresentar resposta quanto aos fatosalegados na inicial, sob pena de revelia (art 285 e 319, CPC).”Evento 38. DATA: Palmas-TO, 19/11/2015. LUIS OTAVIO DEQUEIROZ FRAZ. JUIZ DE DIREITO.

Governador Marcelo Miranda particfipa do 6º Fórum de Governadores do Brasil Central, realizado em Porto Velho (RO)

O Fórum de Governadoresdo Brasil Central chega a sua 6ªedição com a missão maior deefetivar sua estruturação executi-va e administrativa. Integrante doFórum, o governador MarceloMiranda retomou, no encontrorealizado nesta sexta-feira, dia18, discussões em torno do PactoFederativo brasileiro e defendeuo exercício de uma política regio-nal para subsidiar o desenvolvi-mento estratégico-integrado dasunidades federativas participan-tes. A reunião foi no Palácio RioMadeira, sede do Governo deRondônia, na capital PortoVelho.Para o governador do

Tocantins, os avanços nas discus-sões demonstram o empenho dosestados congregados na missão

de desenvolver a Região CentroOeste, por meio da iniciativa eempenho dos governadores parti-cipantes. "Temos avançado nasdiscussões e nas ações indispen-sáveis para efetivar nossa atua-ção. Isso nos deixa confiantes emrelação às estratégias utilizadaspara o desempenho dos projetos,tendo como base o Consórcio fir-mado no nosso último encontro,em Brasília [DF]”, disse ele, resu-mindo: “estamos saindo da teoriapara a pratica”.Compactuando com o pensa-

mento do governador PedroTaques, do Mato Grosso,Marcelo Miranda retomou a dis-cussão sobre o Pacto Federativo.“Temos que mostrar para o Brasilque os governadores têm que tervoz mais ativa”, disse ele, apon-tando para necessidade de que osestados sejam melhores atendi-dos, especialmente no direciona-mento de verbas junto aosFundos de Desenvolvimento dasRegiões.

PROPOSTASPor meio do Fórum, os gover-

nadores defendem propostaspara a agropecuária, logística,industrialização, educação, visan-do principalmente o fomento doempreendedorismo do Brasil

Central.

PAUTAA pauta do encontro abordou

discussões sobre as ameaçascomuns, relacionadas aosProjetos de Lei que tramitam noCongresso Nacional e quepodem interferir na arrecadação ereceita dos estados, a exemplo daReforma Tributaria. “Da formaem que se encontra, deve gerarperdas para os estados”, assegu-rou o presidente do Fórum,Marconi Perillo, governador doGoiás. Outro assunto foi o fecha-mento do Contrato de Rateio,definindo o aporte de R$ 1,9milhões iniciais de custeio parasubsidiar financeiramente asações do Fórum.Os próximos encontros fica-

ram agendados para as seguintesdatas e estados: 4 de março,Goiás; 1º abril, Mato Grosso; 6de maio, Tocantins; 3 de julho,Mato Grosso do Sul; 5 de agos-to, Distrito Federal e 2 de setem-bro, Rondônia.

QUESTÕES ADMINISTRATIVASComo forma de agilizar a

administração do Fórum, algunsnomes foram apresentados paraexercer funções junto à SecretariaExecutiva e ao Conselho

Executivo do Brasil Central:Cristino Câmara, empresário quecompõe a Organização JaimeCâmara, para a SecretariaExecutiva; Thiago Camargo,advogado e gestor, para aSecretaria Executiva. MarceloTomé, presidente da Federaçãodas Indústrias do Estado deRondônia (Fiero), Roberto Pires,presidente da Fieto e GustavoOliveira, vice-presidente daFederação das Indústrias no esta-do de Mato Grosso (Fiemt)devem assumir posições adminis-trativas no Conselho, represen-tando os seus respectivos estados.

PARTICIPAÇÕESSob a presidência do gover-

nador de Goiás, Marconi Perillo,o Fórum Brasil Central contoucom a participação, além deMarcelo Miranda, dos governa-dores: Pedro Taques, do MatoGrosso; Reinaldo Azambuja,Mato Grosso do Sul; RodrigoRollemberg, Distrito Federal e oanfitrião desta edição, ConfúcioMoura, de Rondônia. Tambémestavam presentes: SérgioSampaio, chefe da Casa Civil doGoverno Federal; o senadorPetecão, do Acre; e secretários esubsecretários da Administraçãodos estados.

Antes de se licenciar docargo na última quarta-feira, dia16, o deputado Paulo Mourão(PT), líder do governo naAssembleia Legislativa, fezquestão de deixar clara a suaopinião acerca da questão daseleições indiretas nas escolasque começava a ser discutida naCasa. Mourão se posicionou afavor da eleição direta para dire-tores por entender que seja umato democrático e que vai per-mitir que os candidatos maispreparados exerçam o cargo.“Gostaria de chamar a atençãoporque a eleição é um fator queacompanha outras ações doprojeto de qualificação do ensi-no do Estado. Esta eleição queestá sendo proposta pelo secre-tário Adão Francisco é acompa-nhada da avaliação de professo-res através de provas objetivas,os pretendentes para o cargo dadireção serão analisados poruma comissão avaliadora, éobservado o processo da lide-rança deste candidato e a quartaparte que seria a eleição direta éum componente desse processode qualificação profissional”,elencou.Mourão sugeriu que o caso

fosse estudado “com mais zelo enão de forma “açodada”.“Primeiro na questão constitu-cional, realmente é preciso ava-liar a constitucionalidade, masque a gente não possa de formaalguma comprometer todo umprocesso de qualificação traba-lhado pelo professor AdãoFrancisco e com adesão comple-ta do Sintet e dos professores,essa é a solicitação que eu façopara que possamos dar tempoao próprio doutor Télio paraque ele possa fazer avaliaçãodessa questão da constituciona-lidade, porque nós não pode-mos comprometer a qualidadeque queremos imprimir ao pro-cesso educacional, é o apelo quefaço aos nossos pares”, pediu.Após intensas discussões

entre o deputado José Bonifácio(PR) e o deputado Zé Roberto(PT), a matéria acabou sendovotada no dia seguinte em ses-sões extraordinárias. Os depu-tados aprovaram o decreto nº569/2015 de Bonifácio, sustan-do o edital da Secretaria daEducação que regulamenta oprocesso de eleição dos direto-res de escola, bem como o pro-jeto de lei nº 203/2015, que revo-ga dispositivo da Lei 2.859, deabril de 2014, que dispõe sobreeleição direta de diretores deescolas. Os deputados que se

posicionaram contra os projetosde Bonifácio e a favor da eleiçãodireta foram os deputados ZéRoberto (PT), José Salomão(PT), Amália Santana (PT),Wanderlei Barbosa (SD), EliBorges (PROS), Elenil da Penha(PMDB) e Jorge Frederico(SD).

SUBSTITUTIVO REJEITADOO deputado Bonifácio apre-

sentou a referida matéria ale-gando que havia inconstitucio-nalidade pois retirava doGovernador do Estado a com-petência para nomeação de car-gos em comissão, conformeestabelece a ConstituiçãoEstadual no artigo 9º, II e doartigo 37, II da ConstituiçãoFederal.Em função disso, o

Deputado Zé Roberto haviapedido vista do referido projetode lei no dia 16 e elaborado umsubstitutivo à matéria, sanandoa inconstitucionalidade, namedida em que garantia aoGovernador do Estado a com-petência de nomear os dirigentesdas escolas públicas estaduais,ao passo em que também torna-va possível o acordo entabuladopelos deputados estaduais como Sintet para o fim da greve dosprofessores.Mas o parecer de vista com

o substitutivo de Zé Roberto foirejeitado na reunião das comis-sões conjuntas ocorrida no dia17, tendo sido encaminhadopara votação em plenário o pro-jeto original apresentado pelodeputado José Bonifácio.O substitutivo apresentado

pelo deputado Zé Roberto ade-quava a legislação estadual aoque trata na legislação federal,que disciplina a nomeação dosreitores e vice-reitores das uni-versidades públicas mantidaspela União, onde é elaboradauma lista tríplice para indicaçãoao Chefe do Poder Executivo, aquem cabe a escolha e nomea-ção dentre aqueles que integrama referida lista.

MANDADO DE SEGURANÇAO deputado Zé Roberto

anunciou ao final da votaçãoque irá ajuizar um mandado desegurança contra a votação doprojeto de lei 203/2015, por des-cumprimento de questão regi-mental que estabelece que asmatérias pertinentes a educaçãodevem tramitar na comissãoespecífica, tendo em vista que oreferido projeto não passou pelaComissão de Educação.

O deputado estadual Elenilda Penha (PMDB) foi recebido,na manhã desta sexta-feira, dia18, pelo comandante-geral daPolícia Militar no Tocantins,coronel Glauber de Oliveira.Durante a reunião, realizada noQuartel do Comando Geral, emPalmas, foram discutidos váriosassuntos, entre eles, a situaçãoatual do efetivo, a necessidadede realizar concurso público e apossibilidade de firmar parceriaspara a execução de projetossociais. “Assim como a Saúde, aSegurança Pública tem sido umadas prioridades do meu manda-to. Ao longo do ano, fiz cobran-ças, propus soluções e, sobretu-do, mantive um diálogo constru-tivo com órgãos e instituições. APM é uma delas. Sei do compro-metimento da corporação e, porisso, quero contribuir com o seutrabalho”, afirmou o parlamen-tar.

EFETIVOO comandante-geral expli-

cou a Elenil que a PM tocanti-nense conta, atualmente, com

um efetivo de mais de quatro milpoliciais e que, embora o núme-ro seja insuficiente para atendera demanda, a corporação tematuado de forma estratégicapara atender os 139 municípios.“Nós reconhecemos a necessi-dade de ampliar o efetivo. OEstado cresceu e isso exige arecomposição do quadro daPolícia Militar. De todo modo, otrabalho da PM tem dado resul-tados. Só neste ano, realizamosmais de 5.500 prisões.Deslocamos policiais da áreaadministrativa para reforçar opoliciamento nas ruas, promo-

vemos operações, investimentosem capacitação e estamos traba-lhando para melhorar as condi-ções de trabalho dos militares”,argumentou o coronel.

CONCURSOElenil destacou que para

reduzir o déficit de PMs é indis-pensável a realização de umnovo concurso e pediu agilidadeno lançamento do edital. Emresposta, o comandante-geralinformou que a previsão é que ocertame aconteça em 2016. Aotodo, devem ser oferecidas 1.000vagas para soldado e 30 para

oficiais. “Nosso objetivo é reali-zar o concurso o mais rápidopossível. Em abril deste ano, aAssembleia Legislativa aprovoue o governador MarceloMiranda sancionou a lei que fixao efetivo em nove mil policiaismilitares e autoriza a inclusão denovos PMs nas fileiras da corpo-ração. Com a aprovação recentedas leis orçamentárias, é apenasuma questão de tempo até queseja lançado o edital do certa-me”, esclareceu o coronel.

PARCERIASElenil se colocou à disposi-

ção para futuras parcerias com aPolícia Militar. “Admiro o traba-lho da corporação e pretendoapoiá-la em projetos sociais.Nós sabemos que mais impor-tante que combater o crime, épreveni-lo. Iniciativas como oPrograma Educacional deResistência às Drogas e àViolência, o Proerd, desenvolvi-do pela PM, devem ser estimula-das e fortalecidas com a partici-pação de toda a sociedade”,declarou o deputado.

Governador defendepolítica regional parasubsidiar odesenvolvimentoestratégico-integradodas unidadesfederativasparticipantes

Paulo Mourãodefende eleiçãodireta para diretores

MAIS SEGURANÇA

Deputado Elenil da Penha cobra agilidade no Concurso da Polícia Militar

Paulo Mourão sugere discussão menos açodada sobre o tema

Deputado Elenil Penha é recebido pelo comandante-geralda PM do Estado do Tocantins, coronel Glauber de Oliveira

PEDRO BARBOSA

POLÍTICA8 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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A PRIMEIRA DO BRASIL

Marcione Barreira

Quando se trata de corrup-ção o imaginário popular liga apalavra a atos praticados porpolíticos. Entretanto, essa gene-ralização é perigosa e não éalgo praticado apenas por agen-tes envolvidos no meio político.Os escândalos de corrupção naesfera nacional mostram que acorrupção envolve os setorespúblico e privado.

Certo é que o sistemadepende da política e é atravésdela que se encontra fôlego parapossíveis mudanças. Neste sen-tido, a Câmara Municipal deGoiânia aprovou na últimasemana o projeto de LeiAnticorrupção Empresarial. Aproposta tem o objetivo de con-ter o avanço da corrupçãoenvolvendo pessoas jurídicasflagradas em atos ilícitos.

O projeto foi aprovado emprimeira votação no plenário daCâmara no último dia 15 evolta a tramitar na Casa ao fin-dar o recesso parlamentar, nodia 16 de fevereiro de 2016. Osvereadores foram unânimes

quanto a aprovação pelo menosno placar de votação. A conta-gem mostrou 34 votos a favor.

O vereador ThiagoAlbernaz (PSDB), autor doprojeto, explica que foramcerca de quatro meses de estu-dos para que a proposta viessea ser apresentada na CâmaraMunicipal. Para a elaboraçãodo projeto ele contou comassessoramento de advogadosespecialistas, fez audiênciaspúblicas, levou ao fórumempresarial, dentre outrasmedidas com participação dasociedade civil organizada.

Em nove meses de tramita-ção na Câmara, o projeto só foivotado agora justamente peloscuidados tomados no que tangea sua elaboração e efetividade.“O debate é válido, principal-mente em se tratando destanorma que é extremamente rele-vante para a sociedade goia-niense”, declara o vereador.

O projeto de LeiAnticorrupção Empresarial éuma regulamentação municipalda lei federal nº 12.846/2013,aprovada em agosto de 2013. Alei federal prevê que a empresaresponderá por atos de corrup-ção (suborno com pagamentode propina por parte da empre-sa a um funcionário público),mesmo se não houver envolvi-mento direto por parte dosrepresentantes ou donos.

Nos termos da lei, a empre-sa será responsabilizada se oEstado provar que ocorreu oato de corrupção por um fun-cionário direto ou por um

empregado terceirizado. Aempresa responderá por qual-quer ato que a beneficie, mesmosem o consentimento dos res-ponsáveis.

Em termos de município, oprojeto proposto por ThiagoAlbernaz complementa a leifederal e dá base jurídica parafiscalização e aplicação de san-ções nas empresas que foremflagradas praticando esses atos.O projeto do parlamentar prevêque o recurso arrecadado com aaplicação de multas seja desti-nado ao Fundo de Apoio aoJovem Empreendedor, que vaifinanciar projetos da sociedadecivil organizada.

Thiago Albernaz observaque o projeto, de certa forma,atende o clamor da sociedade

que tem ido às ruas pedir o fimda corrupção. Para ele, pormais que a ação tenha um viésempresarial. a mesma demons-tra uma atitude contra a corrup-ção. “É uma resposta às mani-festações. A lei é uma respostaao clamor por uma postura doParlamento", declara o verea-dor.

OPINIÕESAlém de contar com as

observações do setor empresa-rial e da sociedade civil organi-zada, Thiago Albernaz contoucom a consultoria do advogadoespecialista em DireitoEmpresarial Hanna Mtaniosnaelaboração do projeto.

Segundo Hanna, a elabora-ção da lei foi um processo com-

plexo que exigiu esforço jurídi-co, inclusive para estudar leisinternacionais que foramimportantes neste sentido.“Tivemos que estudar leis forado Brasil. Acompanhar as legis-lações internacionais. O impor-tante é que os segmentos pen-sem nisso. Com essa evoluçãovamos dar um paço importan-te”, acredita Hanna.

O diretor da AssociaçãoComercial e Industrial de Goiás(Acieg), Flávio Rodovalho, ava-liou como importante a iniciati-va, entretanto ressaltou que aineficácia das leis no Brasil temsido desanimador. “O problemaé que nós temos muitas leis,muitas delas não apresentamresultado”, avalia.

CÂMARAPor parte dos parlamenta-

res, a lei só recebeu elogios. Osvereadores ouvidos pela repor-tagem da Tribuna do Planaltodeclaram que a ação é impor-tante e, principalmente, porquetem o objetivo de conter a cor-rupção. Para o vice-presidenteda Câmara, Tayrone DiMartino (PSDB), o fato de teresse objetivo é importante.

Segundo o vereador, a leivem ao encontro do que asociedade quer. “A gente precisaacabar com todo e qualquertipo de corrupção. O projeto sefaz importante por isso.Precisamos punir tambémaqueles que querem corrom-per”, destaca o colega de parti-do do autor do projeto.

O vereador Clécio Alves

(PMDB) avaliou o projeto com“louvável”. Para ele, assimcomo Tayrone, o fato de ter oobjetivo de combater os atos ilí-citos já é algo importante. “Vemao encontro de otimizar o com-bate, principalmente quandohoje no País a gente assiste amuitos escândalos de corrup-ção”, opinião o peemedebista.

PIONEIRISMOGoiânia foi a primeira capi-

tal do país a ampliar o debateneste sentido e, se aprovado oprojeto, a cidade será a primeirano Brasil a adotar as medidasbaseadas na lei municipal. Porser a primeira, o vereadorThiago Albernaz revelou quevários vereadores entraram emcontato com ele o convidandopara seminários e palestras comobjetivo de terem mais conheci-mento sobre o projeto.

Tayrone Di Martino exaltaThiago Albernaz e diz que a ati-tude da Câmara em aprovar oprojeto mostra o desejo demoralizar a política. “Essa açãoda Câmara mostra que é preci-so moralizar a política em diver-sos segmentos”.

O vereador DenícioTrindade (PMDB) também ava-liou como positivo o fato deGoiânia ter sido pioneira. “Acidade dá exemplo para outrascapitais seguir o mesmo”, dizDenício. Clécio enalteceu o fatoe apontou a cidade como refe-rência. “Isso coloca Goiânianum lugar primordial. É umpontapé para que outras cida-des façam o mesmo, finalizou.

Vereador Thiago Albernaz: “resposta às manifestações”

Lei pune corrupçãoempresarial em GoiâniaProjeto foi aprovadoem primeira votaçãono plenário daCâmara Municipal porunanimidade e devepassar pela segundavotação em fevereiro

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EDUCAÇÃO 9GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

Manoel Messias

Os estudantes secundaristasde Goiás, historicamente vincu-lados a siglas como PC do B,PSTU, PCO, PT, conseguiramduas façanhas: uma mobilizaçãosignificativa e consequente ocu-pação de mais de uma dezena deescolas e uma citação, em umafrase, em reportagem do TheNew York Times, em matéria jor-nalística que abordava a crise naeducação no estado de SãoPaulo, portanto algo totalmentediverso de Goiás, já que lá, aocontrário daqui, não se tem aproposta de repassar para asOrganizações Sociais (OSs) agestão administrativa de unida-des escolares. De qualquerforma, a citação do tal movi-mento, de existência inexpressivaaté então, não deixa de ser algosurpreendente. Mas vamos aoque interessa. Por que lutammesmo os secundaristas queocupam as unidades escolares?Pesquisei e cheguei à conclu-

são de que os ocupantes das

escolas lutam por bandeirasgenéricas, as quais, qualquercidadão, em sã consciência, tam-bém luta, como melhoria salarialde professor, menos aluno porsala de aula, mais investimentoem educação etc. Ora, todosqueremos isso. São ótimas ban-deiras. E, se puxarmos pelamemória, lembraremos que nascampanhas eleitorais a maioriaesmagadora dos candidatosdizem a mesma coisa. Então,meus caros estudantes, vocêsque merecem aplausos por lutarpor uma excelente causa, a edu-cação, não é preciso invadirescola para dizer ao mundo quelutamos pela educação.A luta pela educação é cons-

tante e obrigação de todos. Esseé um dever de cidadão e deve-mos exercê-lo quotidianamente.A questão central não é ser afavor de uma educação de quali-dade, pública, acessível. Isso éponto pacífico. A questão é:como conseguir chegar a essesobjetivos. Reparem, há uma dife-rença muito grande.O governo de Goiás decidiu

que passar a gestão administrati-va de parte das escolas estaduaispara as OSs pode ser uma alter-nativa para se chegar a uma edu-cação melhor. Não se tirou essaconclusão num passe de mágica.Todos sabemos que gestorespúblicos gastam mais, são maislentos para resolver problemas eapontar soluções, são muitomais demorados para estabelecere atingir metas que os gestores dainiciativa privada. Isso se devefundamentalmente à natureza deuma e de outra, da coisa públicae da coisa particular. Aqui caberessaltar que as OSs não sãoentidades privadas, mas entida-

des do chamado terceiro setor,entidades da sociedade organiza-da, sem fins lucrativos. As OSstêm plena liberdade para agircomo iniciativa privada no querefere à sua organização admi-nistrativa, trabalhista etc., logoestão livres das amarras burocrá-ticas e muitas vezes paralisantesdo poder público. Estão livres detodos os entraves inerentes aopoder público em geral, que emnosso país são potencializadospor uma legislação extremamen-te engessadora que, por exemplo,atrela salário do excelente e dedi-cado professor ao do mau profis-sional. As OSs também estãolivres de toda uma legislação que,por ser excessivamente burocráti-ca, deixa brechas para as máspráticas na administração dacoisa pública, como o compadrio

e o uso da coisa pública em pro-veito de poucos. Por isso podemapresentar resultados positivos ecumprir metas mais facilmente.Mas o objetivo aqui é discor-

rer sobre a politização de umadiscussão essencialmente técni-ca. Quem é contra a chegadadas OSs acusa o governo deestar aplicando a política doestado mínimo, o que não deixa

de ser um fato, porém os contrá-rios às OSs exibem para discus-são somente a carga negativaque essa política traz consigosegundo seus críticos. Portanto,praticamente inviabiliza qual-quer discussão mais profunda, jáque nenhum sistema é perfeito,dependendo, seu sucesso, sem-pre de sua real aplicação prática.Na página do Facebook

“Secundaristas em Luta-GO”há um panfleto expondo as jus-tificativas para as ocupações dasescolas em Goiás. O que se per-cebe é que os argumentos sãobem inconsistentes. Diz o pan-fleto:“Ocupamos porque lutamos

pela educação pública e de qua-lidade, por isso nos opomos aogerenciamento das escolas pelasorganizações sociais. Isso reduz

o problema da educação à ges-tão, como se a falta de investi-mento não fosse um dos maio-res problemas. Tal mudança degestão não tem nada a ver comeducação. É meramente cortesde gastos. Além disso, talmudança retira a garantia dedireitos básicos, como o nãopagamento de mensalidades, talqual acontece nos colégios mili-

tares que embora permaneçampúblicos há mensalidades.”

E no parágrafo seguinte:“As OSs retiram direitos tra-

balhistas dos professores, que jásão uma das categorias maisprecarizadas e mal remuneradasdo país. Como as OSs recebempor estudantes, vindo daí suaverba, para ela é muito maisinteressante a massificação daquantidade de alunos, superlo-tando as salas. Por fim, como asmesmas não necessitam de lici-tação para a compra de mate-riais, a corrupção presente nes-tas tendem (sic) a aumentar sig-nificativamente. Dentre outrosproblemas.”É isso. Ou seja, um monte

de generalizações carregadas deforte carga ideológica. Vamospor partes. Os secundaristaspartem da premissa de que asorganizações sociais são contraa educação pública e de qualida-de. Aí já é uma falácia. A educa-ção brasileira é pública e nempor isso tem qualidade. Ao con-trário. E o que se busca com aterceirização da gestão é justa-mente melhorar a qualidade doensino público. O HospitalGeral de Goiânia é gerido poruma OSs e nem por isso deixoude ser público um centímetro;ao contrário, passou a atendercom qualidade e dignidade,como deve ser o serviço público.Outro ponto, falar que um

dos maiores problemas da edu-cação é falta de investimentonão é verdade. Falta uso racio-nal dos recursos e a péssimaqualidade do ensino público temoutras razões, não sendo a faltade recursos a principal, postoque há escolas públicas com

excelentes resultados com orça-mento igual a todas as demais.Quanto à superlotação de salas,será naturalmente previsto emcontrato o número máximo dealuno por sala.Outras alegações: ao contrá-

rio do que dizem os secundaris-tas, hão haverá pagamento demensalidade nas escolas geridaspelas OSs, já que as unidadescontinuarão públicas. Aliás,deveria haver cobrança de men-salidade nas escolas para quemdeclaradamente possui condiçãofinanceira confortável parapagar educação. Quanto àameaça aos diretos trabalhistasdos professores, é inegável queesse é um problema para o mauprofessor... De qualquer forma,atualmente há considerávelnúmero de professores traba-lhando no estado em regime decontrato temporário e estesserão contratados pelas OSsdentro das regras daConsolidação das LeisTrabalhistas, dando a eles asmesmas garantias de qualquertrabalhador brasileiro da inicia-tiva privada.Ou seja, não há argumentos

plausíveis para não tentarmudar a péssima qualidade daescola pública, a não ser amanutenção de privilégios dealgumas categorias, como sindi-calistas e professores mal prepa-rados... Essa história de que cor-rupção será maior com as OSs,me desculpem, mas é uma bale-la... A Petrobrás é uma empresapública e todos sabemos comofunciona. Portanto, não é o fatode ser privada ou pública quegera corrupção em uma entida-de, mas a falta de controle etransparência.

Recentemente, asOrganizações Sociais (OSs)ganharam destaque na impren-sa brasileira. A utilização dasOSs para a gestão da Saúde eda Educação, por exemplo, temcausado intenso debate. EmGoiás, além da parceria na ges-tão dos hospitais públicos, ogoverno vai implementar, em2016, o modelo também nasescolas. Embora seja alvo decríticas por setores da socieda-de, as OSs são bem vistas porespecialistas. O advogado eexpert no tema JaquesFernando Reolon, com escritó-

rio em Brasília, acredita queparceria do governo com asOSs possibilite bons resultados.Preparando um livro sobre

as Organizações Sociais paraser lançado no ano que vem,Reolon explica que as OSs sãopessoas jurídicas de direito pri-vado, sem fins lucrativos, cujasatividades sejam dirigidas aoensino, à pesquisa científica, aodesenvolvimento tecnológico, àproteção e preservação do meioambiente, à cultura e à saúde.“A meu ver, as OSs podem

atuar como parceiras doEstado. Esse continua fomen-

tando e controlando as ativida-des, mas passa a gestão à enti-dade privada, de quem podecobrar metas e resultados. Emcontrapartida, essas entidadesrecebem dotações orçamentá-rias, incentivos fiscais e outrosbenefícios para a realização dotrabalho a que se propõe. Nacondição de gestoras de ativida-des de interesse da sociedade,as Organizações Sociais podemajudar o Estado na consolida-ção de seu objetivo maior, que éa prestação dos serviços públi-cos para o bem-estar de todosos cidadãos.”, defende.

Apesar de estarem exercendo o direito de contestar próprio da adolescência, secundaristas não têm alternativa a oferecer e criticam as OSs sem conhecimento de causa

“O estadocontinuafomentando econtrolando asatividades, maspassa a gestão àentidadeprivada, dequem podecobrar metas eresultados”, diz oadvogadoFernando Reolon,de Brasília

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Ocupantes de escolasestaduais merecemaplausos por defendera educação, maspecam por boicotar asOrganizações Sociaise defenderem amanutenção de ummodelo que, já estáprovado, nãoapresenta resultadossatisfatórios

Ocupações de escolaspolitizam assunto técnico

“OSs podem atuar comoparceiras do Estado”, afirma especialista

“A questão não é ser a favor de uma educaçãode qualidade, pública, acessível. Mas como

conseguir chegar a esse objetivo

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POLÍTICA8 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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A PRIMEIRA DO BRASIL

Marcione Barreira

Quando se trata de corrup-ção o imaginário popular liga apalavra a atos praticados porpolíticos. Entretanto, essa gene-ralização é perigosa e não éalgo praticado apenas por agen-tes envolvidos no meio político.Os escândalos de corrupção naesfera nacional mostram que acorrupção envolve os setorespúblico e privado.

Certo é que o sistemadepende da política e é atravésdela que se encontra fôlego parapossíveis mudanças. Neste sen-tido, a Câmara Municipal deGoiânia aprovou na últimasemana o projeto de LeiAnticorrupção Empresarial. Aproposta tem o objetivo de con-ter o avanço da corrupçãoenvolvendo pessoas jurídicasflagradas em atos ilícitos.

O projeto foi aprovado emprimeira votação no plenário daCâmara no último dia 15 evolta a tramitar na Casa ao fin-dar o recesso parlamentar, nodia 16 de fevereiro de 2016. Osvereadores foram unânimes

quanto a aprovação pelo menosno placar de votação. A conta-gem mostrou 34 votos a favor.

O vereador ThiagoAlbernaz (PSDB), autor doprojeto, explica que foramcerca de quatro meses de estu-dos para que a proposta viessea ser apresentada na CâmaraMunicipal. Para a elaboraçãodo projeto ele contou comassessoramento de advogadosespecialistas, fez audiênciaspúblicas, levou ao fórumempresarial, dentre outrasmedidas com participação dasociedade civil organizada.

Em nove meses de tramita-ção na Câmara, o projeto só foivotado agora justamente peloscuidados tomados no que tangea sua elaboração e efetividade.“O debate é válido, principal-mente em se tratando destanorma que é extremamente rele-vante para a sociedade goia-niense”, declara o vereador.

O projeto de LeiAnticorrupção Empresarial éuma regulamentação municipalda lei federal nº 12.846/2013,aprovada em agosto de 2013. Alei federal prevê que a empresaresponderá por atos de corrup-ção (suborno com pagamentode propina por parte da empre-sa a um funcionário público),mesmo se não houver envolvi-mento direto por parte dosrepresentantes ou donos.

Nos termos da lei, a empre-sa será responsabilizada se oEstado provar que ocorreu oato de corrupção por um fun-cionário direto ou por um

empregado terceirizado. Aempresa responderá por qual-quer ato que a beneficie, mesmosem o consentimento dos res-ponsáveis.

Em termos de município, oprojeto proposto por ThiagoAlbernaz complementa a leifederal e dá base jurídica parafiscalização e aplicação de san-ções nas empresas que foremflagradas praticando esses atos.O projeto do parlamentar prevêque o recurso arrecadado com aaplicação de multas seja desti-nado ao Fundo de Apoio aoJovem Empreendedor, que vaifinanciar projetos da sociedadecivil organizada.

Thiago Albernaz observaque o projeto, de certa forma,atende o clamor da sociedade

que tem ido às ruas pedir o fimda corrupção. Para ele, pormais que a ação tenha um viésempresarial. a mesma demons-tra uma atitude contra a corrup-ção. “É uma resposta às mani-festações. A lei é uma respostaao clamor por uma postura doParlamento", declara o verea-dor.

OPINIÕESAlém de contar com as

observações do setor empresa-rial e da sociedade civil organi-zada, Thiago Albernaz contoucom a consultoria do advogadoespecialista em DireitoEmpresarial Hanna Mtaniosnaelaboração do projeto.

Segundo Hanna, a elabora-ção da lei foi um processo com-

plexo que exigiu esforço jurídi-co, inclusive para estudar leisinternacionais que foramimportantes neste sentido.“Tivemos que estudar leis forado Brasil. Acompanhar as legis-lações internacionais. O impor-tante é que os segmentos pen-sem nisso. Com essa evoluçãovamos dar um paço importan-te”, acredita Hanna.

O diretor da AssociaçãoComercial e Industrial de Goiás(Acieg), Flávio Rodovalho, ava-liou como importante a iniciati-va, entretanto ressaltou que aineficácia das leis no Brasil temsido desanimador. “O problemaé que nós temos muitas leis,muitas delas não apresentamresultado”, avalia.

CÂMARAPor parte dos parlamenta-

res, a lei só recebeu elogios. Osvereadores ouvidos pela repor-tagem da Tribuna do Planaltodeclaram que a ação é impor-tante e, principalmente, porquetem o objetivo de conter a cor-rupção. Para o vice-presidenteda Câmara, Tayrone DiMartino (PSDB), o fato de teresse objetivo é importante.

Segundo o vereador, a leivem ao encontro do que asociedade quer. “A gente precisaacabar com todo e qualquertipo de corrupção. O projeto sefaz importante por isso.Precisamos punir tambémaqueles que querem corrom-per”, destaca o colega de parti-do do autor do projeto.

O vereador Clécio Alves

(PMDB) avaliou o projeto com“louvável”. Para ele, assimcomo Tayrone, o fato de ter oobjetivo de combater os atos ilí-citos já é algo importante. “Vemao encontro de otimizar o com-bate, principalmente quandohoje no País a gente assiste amuitos escândalos de corrup-ção”, opinião o peemedebista.

PIONEIRISMOGoiânia foi a primeira capi-

tal do país a ampliar o debateneste sentido e, se aprovado oprojeto, a cidade será a primeirano Brasil a adotar as medidasbaseadas na lei municipal. Porser a primeira, o vereadorThiago Albernaz revelou quevários vereadores entraram emcontato com ele o convidandopara seminários e palestras comobjetivo de terem mais conheci-mento sobre o projeto.

Tayrone Di Martino exaltaThiago Albernaz e diz que a ati-tude da Câmara em aprovar oprojeto mostra o desejo demoralizar a política. “Essa açãoda Câmara mostra que é preci-so moralizar a política em diver-sos segmentos”.

O vereador DenícioTrindade (PMDB) também ava-liou como positivo o fato deGoiânia ter sido pioneira. “Acidade dá exemplo para outrascapitais seguir o mesmo”, dizDenício. Clécio enalteceu o fatoe apontou a cidade como refe-rência. “Isso coloca Goiânianum lugar primordial. É umpontapé para que outras cida-des façam o mesmo, finalizou.

Vereador Thiago Albernaz: “resposta às manifestações”

Lei pune corrupçãoempresarial em GoiâniaProjeto foi aprovadoem primeira votaçãono plenário daCâmara Municipal porunanimidade e devepassar pela segundavotação em fevereiro

DIVULGAÇÃO

EDUCAÇÃO 9GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

Manoel Messias

Os estudantes secundaristasde Goiás, historicamente vincu-lados a siglas como PC do B,PSTU, PCO, PT, conseguiramduas façanhas: uma mobilizaçãosignificativa e consequente ocu-pação de mais de uma dezena deescolas e uma citação, em umafrase, em reportagem do TheNew York Times, em matéria jor-nalística que abordava a crise naeducação no estado de SãoPaulo, portanto algo totalmentediverso de Goiás, já que lá, aocontrário daqui, não se tem aproposta de repassar para asOrganizações Sociais (OSs) agestão administrativa de unida-des escolares. De qualquerforma, a citação do tal movi-mento, de existência inexpressivaaté então, não deixa de ser algosurpreendente. Mas vamos aoque interessa. Por que lutammesmo os secundaristas queocupam as unidades escolares?Pesquisei e cheguei à conclu-

são de que os ocupantes das

escolas lutam por bandeirasgenéricas, as quais, qualquercidadão, em sã consciência, tam-bém luta, como melhoria salarialde professor, menos aluno porsala de aula, mais investimentoem educação etc. Ora, todosqueremos isso. São ótimas ban-deiras. E, se puxarmos pelamemória, lembraremos que nascampanhas eleitorais a maioriaesmagadora dos candidatosdizem a mesma coisa. Então,meus caros estudantes, vocêsque merecem aplausos por lutarpor uma excelente causa, a edu-cação, não é preciso invadirescola para dizer ao mundo quelutamos pela educação.A luta pela educação é cons-

tante e obrigação de todos. Esseé um dever de cidadão e deve-mos exercê-lo quotidianamente.A questão central não é ser afavor de uma educação de quali-dade, pública, acessível. Isso éponto pacífico. A questão é:como conseguir chegar a essesobjetivos. Reparem, há uma dife-rença muito grande.O governo de Goiás decidiu

que passar a gestão administrati-va de parte das escolas estaduaispara as OSs pode ser uma alter-nativa para se chegar a uma edu-cação melhor. Não se tirou essaconclusão num passe de mágica.Todos sabemos que gestorespúblicos gastam mais, são maislentos para resolver problemas eapontar soluções, são muitomais demorados para estabelecere atingir metas que os gestores dainiciativa privada. Isso se devefundamentalmente à natureza deuma e de outra, da coisa públicae da coisa particular. Aqui caberessaltar que as OSs não sãoentidades privadas, mas entida-

des do chamado terceiro setor,entidades da sociedade organiza-da, sem fins lucrativos. As OSstêm plena liberdade para agircomo iniciativa privada no querefere à sua organização admi-nistrativa, trabalhista etc., logoestão livres das amarras burocrá-ticas e muitas vezes paralisantesdo poder público. Estão livres detodos os entraves inerentes aopoder público em geral, que emnosso país são potencializadospor uma legislação extremamen-te engessadora que, por exemplo,atrela salário do excelente e dedi-cado professor ao do mau profis-sional. As OSs também estãolivres de toda uma legislação que,por ser excessivamente burocráti-ca, deixa brechas para as máspráticas na administração dacoisa pública, como o compadrio

e o uso da coisa pública em pro-veito de poucos. Por isso podemapresentar resultados positivos ecumprir metas mais facilmente.Mas o objetivo aqui é discor-

rer sobre a politização de umadiscussão essencialmente técni-ca. Quem é contra a chegadadas OSs acusa o governo deestar aplicando a política doestado mínimo, o que não deixa

de ser um fato, porém os contrá-rios às OSs exibem para discus-são somente a carga negativaque essa política traz consigosegundo seus críticos. Portanto,praticamente inviabiliza qual-quer discussão mais profunda, jáque nenhum sistema é perfeito,dependendo, seu sucesso, sem-pre de sua real aplicação prática.Na página do Facebook

“Secundaristas em Luta-GO”há um panfleto expondo as jus-tificativas para as ocupações dasescolas em Goiás. O que se per-cebe é que os argumentos sãobem inconsistentes. Diz o pan-fleto:“Ocupamos porque lutamos

pela educação pública e de qua-lidade, por isso nos opomos aogerenciamento das escolas pelasorganizações sociais. Isso reduz

o problema da educação à ges-tão, como se a falta de investi-mento não fosse um dos maio-res problemas. Tal mudança degestão não tem nada a ver comeducação. É meramente cortesde gastos. Além disso, talmudança retira a garantia dedireitos básicos, como o nãopagamento de mensalidades, talqual acontece nos colégios mili-

tares que embora permaneçampúblicos há mensalidades.”

E no parágrafo seguinte:“As OSs retiram direitos tra-

balhistas dos professores, que jásão uma das categorias maisprecarizadas e mal remuneradasdo país. Como as OSs recebempor estudantes, vindo daí suaverba, para ela é muito maisinteressante a massificação daquantidade de alunos, superlo-tando as salas. Por fim, como asmesmas não necessitam de lici-tação para a compra de mate-riais, a corrupção presente nes-tas tendem (sic) a aumentar sig-nificativamente. Dentre outrosproblemas.”É isso. Ou seja, um monte

de generalizações carregadas deforte carga ideológica. Vamospor partes. Os secundaristaspartem da premissa de que asorganizações sociais são contraa educação pública e de qualida-de. Aí já é uma falácia. A educa-ção brasileira é pública e nempor isso tem qualidade. Ao con-trário. E o que se busca com aterceirização da gestão é justa-mente melhorar a qualidade doensino público. O HospitalGeral de Goiânia é gerido poruma OSs e nem por isso deixoude ser público um centímetro;ao contrário, passou a atendercom qualidade e dignidade,como deve ser o serviço público.Outro ponto, falar que um

dos maiores problemas da edu-cação é falta de investimentonão é verdade. Falta uso racio-nal dos recursos e a péssimaqualidade do ensino público temoutras razões, não sendo a faltade recursos a principal, postoque há escolas públicas com

excelentes resultados com orça-mento igual a todas as demais.Quanto à superlotação de salas,será naturalmente previsto emcontrato o número máximo dealuno por sala.Outras alegações: ao contrá-

rio do que dizem os secundaris-tas, hão haverá pagamento demensalidade nas escolas geridaspelas OSs, já que as unidadescontinuarão públicas. Aliás,deveria haver cobrança de men-salidade nas escolas para quemdeclaradamente possui condiçãofinanceira confortável parapagar educação. Quanto àameaça aos diretos trabalhistasdos professores, é inegável queesse é um problema para o mauprofessor... De qualquer forma,atualmente há considerávelnúmero de professores traba-lhando no estado em regime decontrato temporário e estesserão contratados pelas OSsdentro das regras daConsolidação das LeisTrabalhistas, dando a eles asmesmas garantias de qualquertrabalhador brasileiro da inicia-tiva privada.Ou seja, não há argumentos

plausíveis para não tentarmudar a péssima qualidade daescola pública, a não ser amanutenção de privilégios dealgumas categorias, como sindi-calistas e professores mal prepa-rados... Essa história de que cor-rupção será maior com as OSs,me desculpem, mas é uma bale-la... A Petrobrás é uma empresapública e todos sabemos comofunciona. Portanto, não é o fatode ser privada ou pública quegera corrupção em uma entida-de, mas a falta de controle etransparência.

Recentemente, asOrganizações Sociais (OSs)ganharam destaque na impren-sa brasileira. A utilização dasOSs para a gestão da Saúde eda Educação, por exemplo, temcausado intenso debate. EmGoiás, além da parceria na ges-tão dos hospitais públicos, ogoverno vai implementar, em2016, o modelo também nasescolas. Embora seja alvo decríticas por setores da socieda-de, as OSs são bem vistas porespecialistas. O advogado eexpert no tema JaquesFernando Reolon, com escritó-

rio em Brasília, acredita queparceria do governo com asOSs possibilite bons resultados.Preparando um livro sobre

as Organizações Sociais paraser lançado no ano que vem,Reolon explica que as OSs sãopessoas jurídicas de direito pri-vado, sem fins lucrativos, cujasatividades sejam dirigidas aoensino, à pesquisa científica, aodesenvolvimento tecnológico, àproteção e preservação do meioambiente, à cultura e à saúde.“A meu ver, as OSs podem

atuar como parceiras doEstado. Esse continua fomen-

tando e controlando as ativida-des, mas passa a gestão à enti-dade privada, de quem podecobrar metas e resultados. Emcontrapartida, essas entidadesrecebem dotações orçamentá-rias, incentivos fiscais e outrosbenefícios para a realização dotrabalho a que se propõe. Nacondição de gestoras de ativida-des de interesse da sociedade,as Organizações Sociais podemajudar o Estado na consolida-ção de seu objetivo maior, que éa prestação dos serviços públi-cos para o bem-estar de todosos cidadãos.”, defende.

Apesar de estarem exercendo o direito de contestar próprio da adolescência, secundaristas não têm alternativa a oferecer e criticam as OSs sem conhecimento de causa

“O estadocontinuafomentando econtrolando asatividades, maspassa a gestão àentidadeprivada, dequem podecobrar metas eresultados”, diz oadvogadoFernando Reolon,de Brasília

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Ocupantes de escolasestaduais merecemaplausos por defendera educação, maspecam por boicotar asOrganizações Sociaise defenderem amanutenção de ummodelo que, já estáprovado, nãoapresenta resultadossatisfatórios

Ocupações de escolaspolitizam assunto técnico

“OSs podem atuar comoparceiras do Estado”, afirma especialista

“A questão não é ser a favor de uma educaçãode qualidade, pública, acessível. Mas como

conseguir chegar a esse objetivo

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EDUCAÇÃO10 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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Fabiola Rodrigues

Ler e escrever sempre foramexercícios que trazem conheci-mento para quem os pratica.Adolescentes, jovens, adultos eidosos embarcam nessas práti-cas através de projeto desenvol-vido desde 2004 pela professorade língua portuguesa DoraneyCarmo de Oliveira. Através daleitura e produção de textos emsala de aula, nas escolas munici-pais Professora Leonisia Navesde Almeida e Dalísia ElisabethMartins Doles, ela ajuda alunosa escrever sem medo e apreen-der através dos erros.

A professora diz que a dedi-cação ao magistério “dá traba-lho”, porém ver a coletâneapronta no final de cada ano comtextos trabalhados pelos alunos

durante o ano inteiro é umagrande recompensa que ela tempelo esforço. Ao longo de maisde 10 anos, Doraney sempre sesurpreende ao ver alunos doensino fundamental e daEducação para Adolescentes,

Jovens e Adultos (Eaja) se des-tacando no desenvolvimento daleitura e escrita.

Os textos produzidos sãoresultado de um trabalho reali-zado mês a mês até o final decada ano. A professora leva

para a sala de aula materiaispara serem lidos e debatidos:textos, jornais, revistas, artigos,poesias e assuntos da atualida-de. Depois de debaterem osassuntos em sala de aula, osalunos partem para a escrita.

“Dou liberdade para elesescreverem, vejo que algunsficam com certo medo de parti-cipar do projeto, mas sempredigo para eles que sabem escre-ver, basta aprimorar; eu acreditonisso”, afirma Doraney.

Ajudar os alunos a desenvol-ver o desejo pela leitura e escrita,segundo a professora, é um tra-balho que precisa ser feito commuita paciência e dedicação. Elalembra que trabalhar com ado-lescentes, jovens, adultos e ido-sos em diferentes níveis de com-preensão é uma aventura,porém observar cada um supe-rando suas dificuldades faz valera pena.

No Brasil práticas de proje-tos como de leitura e escritaainda não são aprimoradas.Mais de 60% da população bra-sileira considera a leitura umafonte de conhecimento para avida. É o que diz a pesquisa“Retratos da Leitura no Brasil3”, realizada em 2011 peloInstituto Pró-Livro (IPL).Porém, a mesma investigaçãochegou à conclusão de que oíndice de penetração de leitorespelo País caiu 5% desde o últi-mo levantamento, em 2007.Além disso, dados doMinistério da Educação dedezembro de 2014 mostram queum em cada quatro estudantes

das redes públicas estaduais emunicipais se encontra no nívelmais baixo de avaliação do por-tuguês.

O ministro da Cultura, JucaFerreira, disse durante oSeminário Internacional sobrePolítica Pública do Livro reali-zada em junho deste ano emBrasília, que o Brasil não dá aimportância necessária à leiturae que campanhas motivacionaisprecisam ser criadas. O ministrolembrou que um brasileiro lê emmédia dois livros por ano.

A professora acredita que otrabalho realizado em sala deaula contribui para uma apren-dizagem além da teoria. As nor-mas gramaticais da língua por-tuguesa requerem muito doaluno. Usá-las é um exercícioque precisa ser treinado diaria-mente. Ensinar língua portugue-sa para Doraney é exercitar amente e as mãos através daescrita.

“Quando eu vejo os alunoscom muitas dificuldades de usara gramática da língua portugue-sa nos textos, eu levo os errospara a sala de aula e trabalhoesses erros. Assim fica muitomais fácil de ensinar, eles pas-sam a apreender praticando. Éum exercício de correção cons-tante, porém aprendem”, obser-va professora.

As didáticas de ensino queDoraney tem usado deixam osalunos motivados para estudarlíngua portuguesa com prazer.

A coletânea impressa no finaldo ano é a resposta do traba-lho realizado em sala de aulaentre a professora e os alunos.

Com mais de 100 textos devariados temas, a coletânea“Escrevinhando” é impressa eentregue para cada aluno que

tem participação nessa jornadade trabalho e aprendizado.

O projeto de leitura e inter-pretação de texto nasce atravésdo desejo de oferecer ensino dequalidade para os alunos darede pública de ensino. Alémde professora da língua portu-guesa, Doraney é especializadaem literatura e ela lembra quena rede particular de ensino osestudantes geralmente têm emmédia três professores para dar

aulas de português: professoresde gramática, literatura e inter-pretação de texto. Já os alunosda rede pública só têm um pro-fessor. Motivos como esseslevaram ela a trabalhar comessa dinâmica de ensino.

“Acredito que a melhorforma de aprender é pratican-do, escrevendo e reescrevendoa partir das correções.Encontrei no projeto umaforma de englobar outras didá-

ticas de ensino da língua portu-guesa”, ressalta a professora.

Manter o projeto, segundoa professora, é um desejo per-manente, porém ela encontradificuldades na hora de impri-mir as coletâneas para entregaraos alunos que produzem ostextos. Por isso ela vai embusca de patrocínios para ter acoletânea “Escrevinhando”impressa, já que existe custopara produção.

Professora Doraney: conseguir patrocínio para a impressão é um desafio para a mestre

Especialista, Doraney aposta na prática como a melhor forma de aprender a ler e escrever

Resultado do projeto é transformado em uma coletânea e impressa anualmente

“Escrevendoe reescrevendo,assim se aprende”

Ajudar os alunos a escrevermelhor tem sido uma dasmaiores missões da professoraDoraney, há quase 26 anos.Ela já levou muitos alunos aganharem concursos de reda-ção em Goiânia. O concurso“Goiânia na Ponta do Lápis”,realizado pela Tribuna doPlanalto, é um dos exemplos.

O projeto de leitura e pro-dução de textos criado pelaprofessora, além da superaçãopela escrita, faz com que certosalunos superem alguns trau-mas. São textos chamados derelato pessoal. É uma forma deo aluno ter liberdade maiorainda na hora de escrever. Eles

podem contar, através dos tex-tos, fatos marcantes, colocarno papel aquilo que estavaguardado na mente.

“O relato pessoal é umadas formas do aluno criar con-fiança na hora de escrever.Percebi isso no decorrer dosanos. Tem aluno que usa otexto como desabafo, uns rela-tam problemas na família,outros sobre as confusões daadolescência e tantas outrashistórias de problemas pes-soais que são contadas emforma de texto”, diz a profes-sora.

Uma adolescente foi abu-sada por um médico, lembra

Doraney, e, quando ela foiescrever o texto sobre relatopessoal, o tema que ela esco-lheu abordar era o da própriahistória de vida. Ela encontrounas palavras uma forma dedesabafo.

“Meus alunos da Eaja, queestudam no período noturnona rede municipal de ensino,geralmente relatam históriasde vida difícil. Escrevendo ostextos, eles aprendem minhamatéria e também tratam deassuntos que talvez jamais fos-sem explorados. Vejo issocomo um ensino para além dasala de aula”, comenta profes-sora.

Relato pessoal se torna motivação para escrever

Superação através da escritaPersonagem nota 10

Através da dedicação,professora da redemunicipal deeducação de Goiâniautiliza a leitura eprodução de textosem sala de aula comomotor dodesenvolvimentointelectual

Professora utiliza a técnica do relato pessoal para o aluno criar confiança na hora de escrever

ECONOMIAX

GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Comunicadores da AlegriaOs pacientes do Hospital

Alberto Rassi - HGG recebe-ram visitas especiais na ma-nhã da última quinta-feira, 17.Vinte jornalistas de rádio, TVe jornalismo impresso percor-reram as enfermarias e o Cen-tro de Terapia Intensiva (CTI)da unidade por um motivo di-ferente. Acompanha-dos por palhaços doCirco Laheto e pelomúsico William José,o grupo alegrou a roti-na dos pacientes, fa-miliares ecolaboradores. Essafoi a terceira edição doprojeto Comunicado-res da Alegria, quereúne anualmente osformadores de opiniãocom o objetivo deapresentar a realidadedo Sistema Único Saúde (SUS) e levar alegriapara os pacientes internados. O projeto idea-lizado pela Secretaria Estadual de Saúde é rea-lizado pelo Instituto de Desenvolvimento

Tecnológico e Humano, organização socialgestora da unidade. O jornalista Ronaldo Coe-lho representou a Tribuna do Planalto noevento.

[email protected]

11

Resultado da Bolsa UniversitáriaJá está disponível no site da Organização das Voluntárias de Goiáso resultado preliminar do processo seletivo 2015/2 do ProgramaBolsa Universitária. Para fazer a consulta, os estudantes devemacessar www.ovg.org.br, clicar em “Portal Bolsa Universitária”, emseguida nos links “Inscrições” e “Consulte aqui a situação de suainscrição para o processo seletivo 2015/2”. Inscreveram-se paraparticipar do processo 23.687 estudantes, no período de 23 de se-tembro a 2 de outubro. Destes, 11 mil foram convocados para en-trevistas.

Alunos recebem uniformesEm mais umaação para garantircondições deigualdade entre osalunos atendidosna rede de ensinoda Prefeitura deGoiânia, o prefei-to Paulo foi rece-bido, na manhã dequinta-feira pas-sada, dia 17, naEscola MunicipalManoel José de Oliveira, localizada no Setor Bueno, para a entregaoficial dos uniformes aos alunos da rede municipal de Educação.Pais, professores, crianças e profissionais que trabalham no localparticiparam do evento, que marca o início da distribuição do ma-terial às 361 unidades educacionais da rede pública.

Hemocentro Móvel na CeasaNesta segunda-feira, dia 21, a unidade móvel do Hemocentro

estará posicionada ao lado da Rádio Ceasa, na sede da empresa,na BR-153, Jardim Guanabara, Goiânia, das 8 às 17 horas, parafazer a coleta de sangue junto ao mercado da Ceasa e captar novosdoadores. O Hemocentro quer reforçar o seu estoque de sangue,porque a demanda nesta época dos festejos de Natal e Ano-Novotende a crescer. Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro pes-soas. Pode doar sangue toda pessoa que tenha entre 16 e 69 anose pese acima de 50 quilos.

Monitoramento do trânsitoO prefeito Paulo Garcia estabeleceu convênio de cooperação

mútua entre a Secretaria Municipal de Trânsito, a Companhia Me-tropolitana de Transportes Coletivos e o Consórcio da Rede Metro-politana de Transportes Coletivos para atuação integrada no trânsitoe transporte público coletivo de Goiânia. Com a somatória de es-forços, será possível uma ação ágil e integrada em benefício dotransporte coletivo e da fluidez do trânsito da Capital – afirma oprefeito.

Veja as dicas do Inmetrona hora de ir às compras

Órgão normatizador e fiscalizador recomenda ao consumidor que compre em pontos de venda legalmente estabelecidos

Fundo de CulturaA Secretaria de Educação,

Cultura e Esporte (Seduce) di-vulgou a relação dos 205 proje-tos aprovados para o Fundo deArte e Cultura, que vão receberfinanciamento direto do Gover-no do Estado para executarações nas áreas de artes visuais,fomento aos municípios, músi-ca, artes integradas, teatro, cir-co, dança, literatura, patrimônioe museus. A lista com os con-templados e o novo cronogramaestão disponíveis nos sites doFundo de Cultura.

Nota Goiana A Secretaria de Estado da

Fazenda realiza, nesta segunda-feira, às 9h, o sorteio do prêmioextra de R$ 1 milhão e de outros39 prêmios entre aqueles consu-midores que acreditaram noPrograma Nota Fiscal Goiana epediram a inclusão do CPF nanota nas compras no comérciovarejista. O sorteio será na Salade Reuniões, do Bloco A, doComplexo Fazendário, na NovaVila, em Goiânia, e é aberto aosinteressados.

SegurançaCom a chegada do Natal, o

movimento no comércio au-menta e as ruas ficam maischeias. Pensando na segurançada população que vai às com-pras, a Guarda Civil Metropoli-tana (GCM) planejou estratégiade trabalho especial para o pe-ríodo de 21 a 24 de dezembro.Atuação dos agentes será refor-çada na região da Avenida 24 deOutubro até a Avenida Anhan-guera, em Campinas, e na Rua44 e suas adjacências, no Cen-tro.

Manoel Messias

Com a aproximação do Na-tal, época de maior consumono ano, o Instituto Nacional deMetrologia, Qualidade e Tec-nologia (Inmetro) divulga asprincipais recomendações nahora de fazer as compras. De

acordo com o instituto, acimade tudo o consumidor precisaficar atento para os riscos aoadquirir um produto que estejafora das especificações técnicasde segurança. A preocupaçãoprecisa ser redobrada com oseletrodomésticos e produtosinfantis, líderes em relatos dosacidentes de consumo.“Dados do Sistema Inme-

tro de Monitoramento de Aci-dentes de Consumo (Sinmac)mostram que, de 2006 a 2015,os produtos infantis respon-dem por 13,27 % dos casos, eos eletrodomésticos lideram es-te ranking, com 17,92 % dos re-latos", alerta Paulo Coscarelli,assessor da Diretoria de Ava-liação da Conformidade(Dconf).

Instituto alerta paraos riscos emprodutos maisprocurados peloconsumidor,especialmentebrinquedos eeletrodomésticos

DIREITO DO CONSUMIDOR

Confira as principais recomendaçõesde segurança do Inmetro

BrinquedosProdutoscomercializadosno Brasil,nacionais ouimportados,

para crianças até 14 anos,devem conter o selo deidentificação da conformidadedo Inmetro, principal evidênciade que o produto passou peloprocesso de certificação eestá em conformidade com osrequisitos técnicosestabelecidos noRegulamento Mercosul. Desde1992, a certificação debrinquedos é compulsória noBrasil. Os produtos sãoavaliados em diversos itens desegurança.“Compre o brinquedo empontos de venda legalmenteestabelecidos, jamais emmercado paralelo. Exija NotaFiscal. É importante observarna embalagem a faixa etária aque o produto se destina,assim como informaçõessobre o conteúdo, instruçõesde uso, de montagem eeventuais riscos associados àcriança. Especial atenção deveser dada aos casos decrianças de diferentes faixasetárias que brincam juntas. Obrinquedo destinado a umacriança mais velha podeapresentar característicasque, para crianças maisnovas, representariam umrisco à segurança. Além disso,durante a brincadeira, o idealé que a criança sejasupervisionada por umadulto”, destaca Coscarelli.

EletrodomésticosDesde 1º dejaneiro de2013,fabricantes eimportadores

de eletrodomésticos só podemcomercializar produtos queestejam certificados, comrequisitos compulsórios desegurança elétrica. Mais de

144 tipos deeletrodomésticos, nacionais eimportados, dentre elesalguns campeões de vendacomo ferros de passar roupa,secadores e pranchas decabelo, torradeiras,sanduicheiras, encabeçam alista dos produtos maisrelatados no Sistema Inmetrode Monitoramento deAcidentes de Consumo edevem ostentarobrigatoriamente o selo deidentificação da conformidadedo Inmetro no produto ouembalagem. É importante queo consumidor, antes de usar oproduto, leia atentamente asinstruções que oacompanham, pois nelasestão contidas orientações ecuidados que devem sertomados para minimizar orisco de que acidentes deconsumo aconteçam.

Pisca-piscaNo Brasil, aslumináriasnatalinas sãoregulamentadaspela Portaria

Inmetro Nº335/11. Elas nãosão certificadas, não há o“selo do Inmetro”, mas devematender aos requisitosobrigatórios e, portanto, sópodem ser comercializadascom as informações emportuguês, como: tensão;corrente; potência máxima doconjunto; e o nome, marca oulogomarca do fabricante ouimportador, bem como se oproduto pode ser instalado emambientes externos ou se sópode ser utilizado emambientes internos. Nãorespeitar essa indicação deuso pode aumentar o risco deacidentes, como incêndios,por exemplo, no caso de umcurto-circuito. Além disso, osprodutos só podem sercomercializados com o plugueque atenda ao padrãobrasileiro.

CondecoraçãoO secretário Municipal

de Educação de Itaberaí,Mauricio Barbosa, recebeuna última quinta-feira, 17,a Condecoração de Honraao Mérito, Medalha "Sal-vador Pedroso de Cam-pos". A distinção foiconcedida pela CâmaraMunicipal de Itaberaí, pe-los relevantes serviços pres-tados pelo homenageado àeducação do município.Na foto, Mauricio com aesposa, professora JacyCristina.

Page 11: Tribuna do Planaltotribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/20-12-2015_tr… · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

EDUCAÇÃO10 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Fabiola Rodrigues

Ler e escrever sempre foramexercícios que trazem conheci-mento para quem os pratica.Adolescentes, jovens, adultos eidosos embarcam nessas práti-cas através de projeto desenvol-vido desde 2004 pela professorade língua portuguesa DoraneyCarmo de Oliveira. Através daleitura e produção de textos emsala de aula, nas escolas munici-pais Professora Leonisia Navesde Almeida e Dalísia ElisabethMartins Doles, ela ajuda alunosa escrever sem medo e apreen-der através dos erros.

A professora diz que a dedi-cação ao magistério “dá traba-lho”, porém ver a coletâneapronta no final de cada ano comtextos trabalhados pelos alunos

durante o ano inteiro é umagrande recompensa que ela tempelo esforço. Ao longo de maisde 10 anos, Doraney sempre sesurpreende ao ver alunos doensino fundamental e daEducação para Adolescentes,

Jovens e Adultos (Eaja) se des-tacando no desenvolvimento daleitura e escrita.

Os textos produzidos sãoresultado de um trabalho reali-zado mês a mês até o final decada ano. A professora leva

para a sala de aula materiaispara serem lidos e debatidos:textos, jornais, revistas, artigos,poesias e assuntos da atualida-de. Depois de debaterem osassuntos em sala de aula, osalunos partem para a escrita.

“Dou liberdade para elesescreverem, vejo que algunsficam com certo medo de parti-cipar do projeto, mas sempredigo para eles que sabem escre-ver, basta aprimorar; eu acreditonisso”, afirma Doraney.

Ajudar os alunos a desenvol-ver o desejo pela leitura e escrita,segundo a professora, é um tra-balho que precisa ser feito commuita paciência e dedicação. Elalembra que trabalhar com ado-lescentes, jovens, adultos e ido-sos em diferentes níveis de com-preensão é uma aventura,porém observar cada um supe-rando suas dificuldades faz valera pena.

No Brasil práticas de proje-tos como de leitura e escritaainda não são aprimoradas.Mais de 60% da população bra-sileira considera a leitura umafonte de conhecimento para avida. É o que diz a pesquisa“Retratos da Leitura no Brasil3”, realizada em 2011 peloInstituto Pró-Livro (IPL).Porém, a mesma investigaçãochegou à conclusão de que oíndice de penetração de leitorespelo País caiu 5% desde o últi-mo levantamento, em 2007.Além disso, dados doMinistério da Educação dedezembro de 2014 mostram queum em cada quatro estudantes

das redes públicas estaduais emunicipais se encontra no nívelmais baixo de avaliação do por-tuguês.

O ministro da Cultura, JucaFerreira, disse durante oSeminário Internacional sobrePolítica Pública do Livro reali-zada em junho deste ano emBrasília, que o Brasil não dá aimportância necessária à leiturae que campanhas motivacionaisprecisam ser criadas. O ministrolembrou que um brasileiro lê emmédia dois livros por ano.

A professora acredita que otrabalho realizado em sala deaula contribui para uma apren-dizagem além da teoria. As nor-mas gramaticais da língua por-tuguesa requerem muito doaluno. Usá-las é um exercícioque precisa ser treinado diaria-mente. Ensinar língua portugue-sa para Doraney é exercitar amente e as mãos através daescrita.

“Quando eu vejo os alunoscom muitas dificuldades de usara gramática da língua portugue-sa nos textos, eu levo os errospara a sala de aula e trabalhoesses erros. Assim fica muitomais fácil de ensinar, eles pas-sam a apreender praticando. Éum exercício de correção cons-tante, porém aprendem”, obser-va professora.

As didáticas de ensino queDoraney tem usado deixam osalunos motivados para estudarlíngua portuguesa com prazer.

A coletânea impressa no finaldo ano é a resposta do traba-lho realizado em sala de aulaentre a professora e os alunos.

Com mais de 100 textos devariados temas, a coletânea“Escrevinhando” é impressa eentregue para cada aluno que

tem participação nessa jornadade trabalho e aprendizado.

O projeto de leitura e inter-pretação de texto nasce atravésdo desejo de oferecer ensino dequalidade para os alunos darede pública de ensino. Alémde professora da língua portu-guesa, Doraney é especializadaem literatura e ela lembra quena rede particular de ensino osestudantes geralmente têm emmédia três professores para dar

aulas de português: professoresde gramática, literatura e inter-pretação de texto. Já os alunosda rede pública só têm um pro-fessor. Motivos como esseslevaram ela a trabalhar comessa dinâmica de ensino.

“Acredito que a melhorforma de aprender é pratican-do, escrevendo e reescrevendoa partir das correções.Encontrei no projeto umaforma de englobar outras didá-

ticas de ensino da língua portu-guesa”, ressalta a professora.

Manter o projeto, segundoa professora, é um desejo per-manente, porém ela encontradificuldades na hora de impri-mir as coletâneas para entregaraos alunos que produzem ostextos. Por isso ela vai embusca de patrocínios para ter acoletânea “Escrevinhando”impressa, já que existe custopara produção.

Professora Doraney: conseguir patrocínio para a impressão é um desafio para a mestre

Especialista, Doraney aposta na prática como a melhor forma de aprender a ler e escrever

Resultado do projeto é transformado em uma coletânea e impressa anualmente

“Escrevendoe reescrevendo,assim se aprende”

Ajudar os alunos a escrevermelhor tem sido uma dasmaiores missões da professoraDoraney, há quase 26 anos.Ela já levou muitos alunos aganharem concursos de reda-ção em Goiânia. O concurso“Goiânia na Ponta do Lápis”,realizado pela Tribuna doPlanalto, é um dos exemplos.

O projeto de leitura e pro-dução de textos criado pelaprofessora, além da superaçãopela escrita, faz com que certosalunos superem alguns trau-mas. São textos chamados derelato pessoal. É uma forma deo aluno ter liberdade maiorainda na hora de escrever. Eles

podem contar, através dos tex-tos, fatos marcantes, colocarno papel aquilo que estavaguardado na mente.

“O relato pessoal é umadas formas do aluno criar con-fiança na hora de escrever.Percebi isso no decorrer dosanos. Tem aluno que usa otexto como desabafo, uns rela-tam problemas na família,outros sobre as confusões daadolescência e tantas outrashistórias de problemas pes-soais que são contadas emforma de texto”, diz a profes-sora.

Uma adolescente foi abu-sada por um médico, lembra

Doraney, e, quando ela foiescrever o texto sobre relatopessoal, o tema que ela esco-lheu abordar era o da própriahistória de vida. Ela encontrounas palavras uma forma dedesabafo.

“Meus alunos da Eaja, queestudam no período noturnona rede municipal de ensino,geralmente relatam históriasde vida difícil. Escrevendo ostextos, eles aprendem minhamatéria e também tratam deassuntos que talvez jamais fos-sem explorados. Vejo issocomo um ensino para além dasala de aula”, comenta profes-sora.

Relato pessoal se torna motivação para escrever

Superação através da escritaPersonagem nota 10

Através da dedicação,professora da redemunicipal deeducação de Goiâniautiliza a leitura eprodução de textosem sala de aula comomotor dodesenvolvimentointelectual

Professora utiliza a técnica do relato pessoal para o aluno criar confiança na hora de escrever

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GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Comunicadores da AlegriaOs pacientes do Hospital

Alberto Rassi - HGG recebe-ram visitas especiais na ma-nhã da última quinta-feira, 17.Vinte jornalistas de rádio, TVe jornalismo impresso percor-reram as enfermarias e o Cen-tro de Terapia Intensiva (CTI)da unidade por um motivo di-ferente. Acompanha-dos por palhaços doCirco Laheto e pelomúsico William José,o grupo alegrou a roti-na dos pacientes, fa-miliares ecolaboradores. Essafoi a terceira edição doprojeto Comunicado-res da Alegria, quereúne anualmente osformadores de opiniãocom o objetivo deapresentar a realidadedo Sistema Único Saúde (SUS) e levar alegriapara os pacientes internados. O projeto idea-lizado pela Secretaria Estadual de Saúde é rea-lizado pelo Instituto de Desenvolvimento

Tecnológico e Humano, organização socialgestora da unidade. O jornalista Ronaldo Coe-lho representou a Tribuna do Planalto noevento.

[email protected]

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Resultado da Bolsa UniversitáriaJá está disponível no site da Organização das Voluntárias de Goiáso resultado preliminar do processo seletivo 2015/2 do ProgramaBolsa Universitária. Para fazer a consulta, os estudantes devemacessar www.ovg.org.br, clicar em “Portal Bolsa Universitária”, emseguida nos links “Inscrições” e “Consulte aqui a situação de suainscrição para o processo seletivo 2015/2”. Inscreveram-se paraparticipar do processo 23.687 estudantes, no período de 23 de se-tembro a 2 de outubro. Destes, 11 mil foram convocados para en-trevistas.

Alunos recebem uniformesEm mais umaação para garantircondições deigualdade entre osalunos atendidosna rede de ensinoda Prefeitura deGoiânia, o prefei-to Paulo foi rece-bido, na manhã dequinta-feira pas-sada, dia 17, naEscola MunicipalManoel José de Oliveira, localizada no Setor Bueno, para a entregaoficial dos uniformes aos alunos da rede municipal de Educação.Pais, professores, crianças e profissionais que trabalham no localparticiparam do evento, que marca o início da distribuição do ma-terial às 361 unidades educacionais da rede pública.

Hemocentro Móvel na CeasaNesta segunda-feira, dia 21, a unidade móvel do Hemocentro

estará posicionada ao lado da Rádio Ceasa, na sede da empresa,na BR-153, Jardim Guanabara, Goiânia, das 8 às 17 horas, parafazer a coleta de sangue junto ao mercado da Ceasa e captar novosdoadores. O Hemocentro quer reforçar o seu estoque de sangue,porque a demanda nesta época dos festejos de Natal e Ano-Novotende a crescer. Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro pes-soas. Pode doar sangue toda pessoa que tenha entre 16 e 69 anose pese acima de 50 quilos.

Monitoramento do trânsitoO prefeito Paulo Garcia estabeleceu convênio de cooperação

mútua entre a Secretaria Municipal de Trânsito, a Companhia Me-tropolitana de Transportes Coletivos e o Consórcio da Rede Metro-politana de Transportes Coletivos para atuação integrada no trânsitoe transporte público coletivo de Goiânia. Com a somatória de es-forços, será possível uma ação ágil e integrada em benefício dotransporte coletivo e da fluidez do trânsito da Capital – afirma oprefeito.

Veja as dicas do Inmetrona hora de ir às compras

Órgão normatizador e fiscalizador recomenda ao consumidor que compre em pontos de venda legalmente estabelecidos

Fundo de CulturaA Secretaria de Educação,

Cultura e Esporte (Seduce) di-vulgou a relação dos 205 proje-tos aprovados para o Fundo deArte e Cultura, que vão receberfinanciamento direto do Gover-no do Estado para executarações nas áreas de artes visuais,fomento aos municípios, músi-ca, artes integradas, teatro, cir-co, dança, literatura, patrimônioe museus. A lista com os con-templados e o novo cronogramaestão disponíveis nos sites doFundo de Cultura.

Nota Goiana A Secretaria de Estado da

Fazenda realiza, nesta segunda-feira, às 9h, o sorteio do prêmioextra de R$ 1 milhão e de outros39 prêmios entre aqueles consu-midores que acreditaram noPrograma Nota Fiscal Goiana epediram a inclusão do CPF nanota nas compras no comérciovarejista. O sorteio será na Salade Reuniões, do Bloco A, doComplexo Fazendário, na NovaVila, em Goiânia, e é aberto aosinteressados.

SegurançaCom a chegada do Natal, o

movimento no comércio au-menta e as ruas ficam maischeias. Pensando na segurançada população que vai às com-pras, a Guarda Civil Metropoli-tana (GCM) planejou estratégiade trabalho especial para o pe-ríodo de 21 a 24 de dezembro.Atuação dos agentes será refor-çada na região da Avenida 24 deOutubro até a Avenida Anhan-guera, em Campinas, e na Rua44 e suas adjacências, no Cen-tro.

Manoel Messias

Com a aproximação do Na-tal, época de maior consumono ano, o Instituto Nacional deMetrologia, Qualidade e Tec-nologia (Inmetro) divulga asprincipais recomendações nahora de fazer as compras. De

acordo com o instituto, acimade tudo o consumidor precisaficar atento para os riscos aoadquirir um produto que estejafora das especificações técnicasde segurança. A preocupaçãoprecisa ser redobrada com oseletrodomésticos e produtosinfantis, líderes em relatos dosacidentes de consumo.“Dados do Sistema Inme-

tro de Monitoramento de Aci-dentes de Consumo (Sinmac)mostram que, de 2006 a 2015,os produtos infantis respon-dem por 13,27 % dos casos, eos eletrodomésticos lideram es-te ranking, com 17,92 % dos re-latos", alerta Paulo Coscarelli,assessor da Diretoria de Ava-liação da Conformidade(Dconf).

Instituto alerta paraos riscos emprodutos maisprocurados peloconsumidor,especialmentebrinquedos eeletrodomésticos

DIREITO DO CONSUMIDOR

Confira as principais recomendaçõesde segurança do Inmetro

BrinquedosProdutoscomercializadosno Brasil,nacionais ouimportados,

para crianças até 14 anos,devem conter o selo deidentificação da conformidadedo Inmetro, principal evidênciade que o produto passou peloprocesso de certificação eestá em conformidade com osrequisitos técnicosestabelecidos noRegulamento Mercosul. Desde1992, a certificação debrinquedos é compulsória noBrasil. Os produtos sãoavaliados em diversos itens desegurança.“Compre o brinquedo empontos de venda legalmenteestabelecidos, jamais emmercado paralelo. Exija NotaFiscal. É importante observarna embalagem a faixa etária aque o produto se destina,assim como informaçõessobre o conteúdo, instruçõesde uso, de montagem eeventuais riscos associados àcriança. Especial atenção deveser dada aos casos decrianças de diferentes faixasetárias que brincam juntas. Obrinquedo destinado a umacriança mais velha podeapresentar característicasque, para crianças maisnovas, representariam umrisco à segurança. Além disso,durante a brincadeira, o idealé que a criança sejasupervisionada por umadulto”, destaca Coscarelli.

EletrodomésticosDesde 1º dejaneiro de2013,fabricantes eimportadores

de eletrodomésticos só podemcomercializar produtos queestejam certificados, comrequisitos compulsórios desegurança elétrica. Mais de

144 tipos deeletrodomésticos, nacionais eimportados, dentre elesalguns campeões de vendacomo ferros de passar roupa,secadores e pranchas decabelo, torradeiras,sanduicheiras, encabeçam alista dos produtos maisrelatados no Sistema Inmetrode Monitoramento deAcidentes de Consumo edevem ostentarobrigatoriamente o selo deidentificação da conformidadedo Inmetro no produto ouembalagem. É importante queo consumidor, antes de usar oproduto, leia atentamente asinstruções que oacompanham, pois nelasestão contidas orientações ecuidados que devem sertomados para minimizar orisco de que acidentes deconsumo aconteçam.

Pisca-piscaNo Brasil, aslumináriasnatalinas sãoregulamentadaspela Portaria

Inmetro Nº335/11. Elas nãosão certificadas, não há o“selo do Inmetro”, mas devematender aos requisitosobrigatórios e, portanto, sópodem ser comercializadascom as informações emportuguês, como: tensão;corrente; potência máxima doconjunto; e o nome, marca oulogomarca do fabricante ouimportador, bem como se oproduto pode ser instalado emambientes externos ou se sópode ser utilizado emambientes internos. Nãorespeitar essa indicação deuso pode aumentar o risco deacidentes, como incêndios,por exemplo, no caso de umcurto-circuito. Além disso, osprodutos só podem sercomercializados com o plugueque atenda ao padrãobrasileiro.

CondecoraçãoO secretário Municipal

de Educação de Itaberaí,Mauricio Barbosa, recebeuna última quinta-feira, 17,a Condecoração de Honraao Mérito, Medalha "Sal-vador Pedroso de Cam-pos". A distinção foiconcedida pela CâmaraMunicipal de Itaberaí, pe-los relevantes serviços pres-tados pelo homenageado àeducação do município.Na foto, Mauricio com aesposa, professora JacyCristina.

COMUNIDADES12 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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FIM DE ANO

Fabiola Rodrigues

A chegada do Natal fazmovimentar o comércio, ilumi-na as ruas das cidades e princi-palmente aquece o coração daspessoas. A festa natalina é umótimo momento para embalaras emoções e praticar atos desolidariedade. Demonstraramor ao próximo é uma dasmarcas desse período festivo.Nesse clima de solidariedade,crianças carentes do CentroMunicipal de Educação

Infantil (Cmei), localizado noJardim do Cerrado I, emGoiânia, tiveram a oportunida-de de serem presenteadas peloPapai Noel dos Correios. Adistribuição de brinquedosocorreu em parceria com aSecretaria Municipal deEducação e Ministério Públicode Goiás.

O projeto Papai Noel doscorreios nasceu no Rio deJaneiro a partir do momentoem que crianças da periferiaescreviam cartas para osCorreios pedindo simples pre-sentes de natal. Há mais de 26anos, quando as cartinhas che-garam pela primeira vez noscorreios, foram adotadas porfuncionários e pessoas quetinham interesse em fazer onatal das crianças mais felizes.Deste então crianças mais

carentes que escrevem as carti-nhas podem ser contempladascom o presente que pediram.

“Eu fico muito feliz de veressas crianças recebendo essespresentes, gratificante eu diria,a palavra é essa. As crianças deGoiânia precisam muito doapoio da sociedade, de pessoasque tentam fazer as outras feli-zes”, afirma Valdeir Pimenta,diretor dos Correios.

Muitas crianças têm o dese-jo de ganhar um presente denatal e talvez isso não esteja aoalcance de muitas famílias debaixa. Segundo diretora doCmei do Jardim do Cerrado,Vânia de Fátima Alves, as crian-ças ficaram na expectativa deganhar o presente desde o diaque escreveram a cartinha, hámais de um mês. Em algunscasos, o presente que elas esta-

vam esperando pode ser o únicoque terão em mãos neste natal.

“É um prazer imenso rece-ber o Ministério Público e osCorreios como padrinhos e vera alegria das crianças, isso étudo. Provavelmente esse pre-sente que as crianças estãorecebendo vai ser o único destenatal”, observou a diretora doCmei.

Vânia Alves está à frente dotrabalho com as crianças hácinco anos e reconhece a difi-culdade que o pais têm de pre-sentear os filhos. Ela lembraque os presentes pedidos aobom velhinho foram simples,sem muitas exigências. Quemadotou as cartinhas do Cmeinão teve problemas para com-prar os presentes, que eramcarrinhos, bonecas, casinhasde bonecas, ursinhos, guitarra

de brinquedo e outros seme-lhantes.

Foi a primeira vez que oMínistério Público de Goiás,em 8 anos de adoção de carti-nhas, adota um Cmei inteiropara presentear. Segundo aassistente social do MinistérioPúblico Elizabeth Lopes, oCmei foi escolhido por atendercrianças serem mais carentes,que moram em uma regiãoafastada da capital; em ato desolidariedade, resolveram pre-sentear 125 crianças de umavez.

“Ver crianças como essasaqui recebendo o presente temum valor singular. Adotamoseste ano 580 cartinhas dosCorreios; muitos servidorestiveram o prazer de contribuirna compra dos presentes. É

um gesto de solidariedade”,afirma Elizabeth.

A secretária Municipal deEducação, Neyde Aparecida,ajudou na entrega dos presen-tes e ressaltou a importânciade órgãos públicos participa-rem de momentos como essena vida de uma criança.

“É importante para ascrianças continuarem acredi-tando na fantasia, que PapaiNoel existe. Isso faz elas acre-ditarem em um mundo melhor.Nós agradecemos aos Correiose ao Ministério Público. Ver obrilho nos olhos das criançasrecebendo os presente, nãotem preço. Buscamos escolherum Cmei que as famílias sãode mais baixa renda paraentregar os presentes”, contouNeide.

Momento indescritívelexpressa coordenadora doCmei, Mirna Gleide, ao partici-par do ato de amor que ascrianças receberam. Ela contaque muitas crianças não esta-vam aguentando esperar o diade ganhar o presente, por serempara elas o único presente denatal. A coordenadora disseque vai além de um presente,que as crianças ganharam. É arepresentação de que os sonhospodem ser realizados.

Muitas crianças chegam ater de três a cinco irmãos namesma família, como no casode Ana Clara, de cinco anos,que tem quatro irmãos. E paraela receber o presente foi muitobom, porque a casinha deboneca que ela pediu na cartaera um presente que poderianão chegar tão cedo.

“Senti muita alegria quandoganhei minha casa de bonecasdos sonhos, tinha uma emoçãodentro de mim”, expressou a

menina.Já João Guilherme, que

ganhou a guitarra que tantoesperava, disse que ficava ima-ginando tocando ela há muitotempo. O olho dele brilhava emdireção ao presente recebidoatravés do pedido da cartinha.Na casa dele são três crianças eo pedido dele, segundo coorde-nadora, talvez não puderia seratendido pelos pais tão cedo.

Outra criança que pulou defelicidade também foi Natan,

que tem quatro irmãos. Elequeria um carrinho de controleremoto, pedido que foi atendi-do.

Crianças especiais tambémreceberam atenção e presente.A coordenadora do Cmei lem-brou o caso de uma criança querecebe acompanhamento espe-cial no dia-a-dia, mas que, aoreceber a casinha com bonecasque pediu, não teve dificuldadede sorrir e expressar gestos dealegria.

Crianças atendidas noCentro Municipal deEducação Infantil doJardim do Cerrado Ivibram com presentesrecebidos do PapaiNoel dos Correios

Papai Noel já chegouno Jardim do Cerrado

Secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida, prestigiou a entrega de brinquedos na unidade educacional

Ana Clara (à dir.): feliz com a casinha de boneca que pediu

“Tinha uma emoção dentro de mim”

Representantes do Ministério Público, dos Correios e SecretariaMunicipal de Educação marcaram presença no evento

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GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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Comunicadores da AlegriaOs pacientes do Hospital

Alberto Rassi - HGG recebe-ram visitas especiais na ma-nhã da última quinta-feira, 17.Vinte jornalistas de rádio, TVe jornalismo impresso percor-reram as enfermarias e o Cen-tro de Terapia Intensiva (CTI)da unidade por um motivo di-ferente. Acompanha-dos por palhaços doCirco Laheto e pelomúsico William José,o grupo alegrou a roti-na dos pacientes, fa-miliares ecolaboradores. Essafoi a terceira edição doprojeto Comunicado-res da Alegria, quereúne anualmente osformadores de opiniãocom o objetivo deapresentar a realidadedo Sistema Único Saúde (SUS) e levar alegriapara os pacientes internados. O projeto idea-lizado pela Secretaria Estadual de Saúde é rea-lizado pelo Instituto de Desenvolvimento

Tecnológico e Humano, organização socialgestora da unidade. O jornalista Ronaldo Coe-lho representou a Tribuna do Planalto noevento.

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Resultado da Bolsa UniversitáriaJá está disponível no site da Organização das Voluntárias de Goiáso resultado preliminar do processo seletivo 2015/2 do ProgramaBolsa Universitária. Para fazer a consulta, os estudantes devemacessar www.ovg.org.br, clicar em “Portal Bolsa Universitária”, emseguida nos links “Inscrições” e “Consulte aqui a situação de suainscrição para o processo seletivo 2015/2”. Inscreveram-se paraparticipar do processo 23.687 estudantes, no período de 23 de se-tembro a 2 de outubro. Destes, 11 mil foram convocados para en-trevistas.

Alunos recebem uniformesEm mais umaação para garantircondições deigualdade entre osalunos atendidosna rede de ensinoda Prefeitura deGoiânia, o prefei-to Paulo foi rece-bido, na manhã dequinta-feira pas-sada, dia 17, naEscola MunicipalManoel José de Oliveira, localizada no Setor Bueno, para a entregaoficial dos uniformes aos alunos da rede municipal de Educação.Pais, professores, crianças e profissionais que trabalham no localparticiparam do evento, que marca o início da distribuição do ma-terial às 361 unidades educacionais da rede pública.

Hemocentro Móvel na CeasaNesta segunda-feira, dia 21, a unidade móvel do Hemocentro

estará posicionada ao lado da Rádio Ceasa, na sede da empresa,na BR-153, Jardim Guanabara, Goiânia, das 8 às 17 horas, parafazer a coleta de sangue junto ao mercado da Ceasa e captar novosdoadores. O Hemocentro quer reforçar o seu estoque de sangue,porque a demanda nesta época dos festejos de Natal e Ano-Novotende a crescer. Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro pes-soas. Pode doar sangue toda pessoa que tenha entre 16 e 69 anose pese acima de 50 quilos.

Monitoramento do trânsitoO prefeito Paulo Garcia estabeleceu convênio de cooperação

mútua entre a Secretaria Municipal de Trânsito, a Companhia Me-tropolitana de Transportes Coletivos e o Consórcio da Rede Metro-politana de Transportes Coletivos para atuação integrada no trânsitoe transporte público coletivo de Goiânia. Com a somatória de es-forços, será possível uma ação ágil e integrada em benefício dotransporte coletivo e da fluidez do trânsito da Capital – afirma oprefeito.

Veja as dicas do Inmetrona hora de ir às compras

Órgão normatizador e fiscalizador recomenda ao consumidor que compre em pontos de venda legalmente estabelecidos

Fundo de CulturaA Secretaria de Educação,

Cultura e Esporte (Seduce) di-vulgou a relação dos 205 proje-tos aprovados para o Fundo deArte e Cultura, que vão receberfinanciamento direto do Gover-no do Estado para executarações nas áreas de artes visuais,fomento aos municípios, músi-ca, artes integradas, teatro, cir-co, dança, literatura, patrimônioe museus. A lista com os con-templados e o novo cronogramaestão disponíveis nos sites doFundo de Cultura.

Nota Goiana A Secretaria de Estado da

Fazenda realiza, nesta segunda-feira, às 9h, o sorteio do prêmioextra de R$ 1 milhão e de outros39 prêmios entre aqueles consu-midores que acreditaram noPrograma Nota Fiscal Goiana epediram a inclusão do CPF nanota nas compras no comérciovarejista. O sorteio será na Salade Reuniões, do Bloco A, doComplexo Fazendário, na NovaVila, em Goiânia, e é aberto aosinteressados.

SegurançaCom a chegada do Natal, o

movimento no comércio au-menta e as ruas ficam maischeias. Pensando na segurançada população que vai às com-pras, a Guarda Civil Metropoli-tana (GCM) planejou estratégiade trabalho especial para o pe-ríodo de 21 a 24 de dezembro.Atuação dos agentes será refor-çada na região da Avenida 24 deOutubro até a Avenida Anhan-guera, em Campinas, e na Rua44 e suas adjacências, no Cen-tro.

Manoel Messias

Com a aproximação do Na-tal, época de maior consumono ano, o Instituto Nacional deMetrologia, Qualidade e Tec-nologia (Inmetro) divulga asprincipais recomendações nahora de fazer as compras. De

acordo com o instituto, acimade tudo o consumidor precisaficar atento para os riscos aoadquirir um produto que estejafora das especificações técnicasde segurança. A preocupaçãoprecisa ser redobrada com oseletrodomésticos e produtosinfantis, líderes em relatos dosacidentes de consumo.“Dados do Sistema Inme-

tro de Monitoramento de Aci-dentes de Consumo (Sinmac)mostram que, de 2006 a 2015,os produtos infantis respon-dem por 13,27 % dos casos, eos eletrodomésticos lideram es-te ranking, com 17,92 % dos re-latos", alerta Paulo Coscarelli,assessor da Diretoria de Ava-liação da Conformidade(Dconf).

Instituto alerta paraos riscos emprodutos maisprocurados peloconsumidor,especialmentebrinquedos eeletrodomésticos

DIREITO DO CONSUMIDOR

Confira as principais recomendaçõesde segurança do Inmetro

BrinquedosProdutoscomercializadosno Brasil,nacionais ouimportados,

para crianças até 14 anos,devem conter o selo deidentificação da conformidadedo Inmetro, principal evidênciade que o produto passou peloprocesso de certificação eestá em conformidade com osrequisitos técnicosestabelecidos noRegulamento Mercosul. Desde1992, a certificação debrinquedos é compulsória noBrasil. Os produtos sãoavaliados em diversos itens desegurança.“Compre o brinquedo empontos de venda legalmenteestabelecidos, jamais emmercado paralelo. Exija NotaFiscal. É importante observarna embalagem a faixa etária aque o produto se destina,assim como informaçõessobre o conteúdo, instruçõesde uso, de montagem eeventuais riscos associados àcriança. Especial atenção deveser dada aos casos decrianças de diferentes faixasetárias que brincam juntas. Obrinquedo destinado a umacriança mais velha podeapresentar característicasque, para crianças maisnovas, representariam umrisco à segurança. Além disso,durante a brincadeira, o idealé que a criança sejasupervisionada por umadulto”, destaca Coscarelli.

EletrodomésticosDesde 1º dejaneiro de2013,fabricantes eimportadores

de eletrodomésticos só podemcomercializar produtos queestejam certificados, comrequisitos compulsórios desegurança elétrica. Mais de

144 tipos deeletrodomésticos, nacionais eimportados, dentre elesalguns campeões de vendacomo ferros de passar roupa,secadores e pranchas decabelo, torradeiras,sanduicheiras, encabeçam alista dos produtos maisrelatados no Sistema Inmetrode Monitoramento deAcidentes de Consumo edevem ostentarobrigatoriamente o selo deidentificação da conformidadedo Inmetro no produto ouembalagem. É importante queo consumidor, antes de usar oproduto, leia atentamente asinstruções que oacompanham, pois nelasestão contidas orientações ecuidados que devem sertomados para minimizar orisco de que acidentes deconsumo aconteçam.

Pisca-piscaNo Brasil, aslumináriasnatalinas sãoregulamentadaspela Portaria

Inmetro Nº335/11. Elas nãosão certificadas, não há o“selo do Inmetro”, mas devematender aos requisitosobrigatórios e, portanto, sópodem ser comercializadascom as informações emportuguês, como: tensão;corrente; potência máxima doconjunto; e o nome, marca oulogomarca do fabricante ouimportador, bem como se oproduto pode ser instalado emambientes externos ou se sópode ser utilizado emambientes internos. Nãorespeitar essa indicação deuso pode aumentar o risco deacidentes, como incêndios,por exemplo, no caso de umcurto-circuito. Além disso, osprodutos só podem sercomercializados com o plugueque atenda ao padrãobrasileiro.

CondecoraçãoO secretário Municipal

de Educação de Itaberaí,Mauricio Barbosa, recebeuna última quinta-feira, 17,a Condecoração de Honraao Mérito, Medalha "Sal-vador Pedroso de Cam-pos". A distinção foiconcedida pela CâmaraMunicipal de Itaberaí, pe-los relevantes serviços pres-tados pelo homenageado àeducação do município.Na foto, Mauricio com aesposa, professora JacyCristina.

COMUNIDADES12 GOIÂNIA, 20 A 26 DE DEZEMBRO DE 2015

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FIM DE ANO

Fabiola Rodrigues

A chegada do Natal fazmovimentar o comércio, ilumi-na as ruas das cidades e princi-palmente aquece o coração daspessoas. A festa natalina é umótimo momento para embalaras emoções e praticar atos desolidariedade. Demonstraramor ao próximo é uma dasmarcas desse período festivo.Nesse clima de solidariedade,crianças carentes do CentroMunicipal de Educação

Infantil (Cmei), localizado noJardim do Cerrado I, emGoiânia, tiveram a oportunida-de de serem presenteadas peloPapai Noel dos Correios. Adistribuição de brinquedosocorreu em parceria com aSecretaria Municipal deEducação e Ministério Públicode Goiás.

O projeto Papai Noel doscorreios nasceu no Rio deJaneiro a partir do momentoem que crianças da periferiaescreviam cartas para osCorreios pedindo simples pre-sentes de natal. Há mais de 26anos, quando as cartinhas che-garam pela primeira vez noscorreios, foram adotadas porfuncionários e pessoas quetinham interesse em fazer onatal das crianças mais felizes.Deste então crianças mais

carentes que escrevem as carti-nhas podem ser contempladascom o presente que pediram.

“Eu fico muito feliz de veressas crianças recebendo essespresentes, gratificante eu diria,a palavra é essa. As crianças deGoiânia precisam muito doapoio da sociedade, de pessoasque tentam fazer as outras feli-zes”, afirma Valdeir Pimenta,diretor dos Correios.

Muitas crianças têm o dese-jo de ganhar um presente denatal e talvez isso não esteja aoalcance de muitas famílias debaixa. Segundo diretora doCmei do Jardim do Cerrado,Vânia de Fátima Alves, as crian-ças ficaram na expectativa deganhar o presente desde o diaque escreveram a cartinha, hámais de um mês. Em algunscasos, o presente que elas esta-

vam esperando pode ser o únicoque terão em mãos neste natal.

“É um prazer imenso rece-ber o Ministério Público e osCorreios como padrinhos e vera alegria das crianças, isso étudo. Provavelmente esse pre-sente que as crianças estãorecebendo vai ser o único destenatal”, observou a diretora doCmei.

Vânia Alves está à frente dotrabalho com as crianças hácinco anos e reconhece a difi-culdade que o pais têm de pre-sentear os filhos. Ela lembraque os presentes pedidos aobom velhinho foram simples,sem muitas exigências. Quemadotou as cartinhas do Cmeinão teve problemas para com-prar os presentes, que eramcarrinhos, bonecas, casinhasde bonecas, ursinhos, guitarra

de brinquedo e outros seme-lhantes.

Foi a primeira vez que oMínistério Público de Goiás,em 8 anos de adoção de carti-nhas, adota um Cmei inteiropara presentear. Segundo aassistente social do MinistérioPúblico Elizabeth Lopes, oCmei foi escolhido por atendercrianças serem mais carentes,que moram em uma regiãoafastada da capital; em ato desolidariedade, resolveram pre-sentear 125 crianças de umavez.

“Ver crianças como essasaqui recebendo o presente temum valor singular. Adotamoseste ano 580 cartinhas dosCorreios; muitos servidorestiveram o prazer de contribuirna compra dos presentes. É

um gesto de solidariedade”,afirma Elizabeth.

A secretária Municipal deEducação, Neyde Aparecida,ajudou na entrega dos presen-tes e ressaltou a importânciade órgãos públicos participa-rem de momentos como essena vida de uma criança.

“É importante para ascrianças continuarem acredi-tando na fantasia, que PapaiNoel existe. Isso faz elas acre-ditarem em um mundo melhor.Nós agradecemos aos Correiose ao Ministério Público. Ver obrilho nos olhos das criançasrecebendo os presente, nãotem preço. Buscamos escolherum Cmei que as famílias sãode mais baixa renda paraentregar os presentes”, contouNeide.

Momento indescritívelexpressa coordenadora doCmei, Mirna Gleide, ao partici-par do ato de amor que ascrianças receberam. Ela contaque muitas crianças não esta-vam aguentando esperar o diade ganhar o presente, por serempara elas o único presente denatal. A coordenadora disseque vai além de um presente,que as crianças ganharam. É arepresentação de que os sonhospodem ser realizados.

Muitas crianças chegam ater de três a cinco irmãos namesma família, como no casode Ana Clara, de cinco anos,que tem quatro irmãos. E paraela receber o presente foi muitobom, porque a casinha deboneca que ela pediu na cartaera um presente que poderianão chegar tão cedo.

“Senti muita alegria quandoganhei minha casa de bonecasdos sonhos, tinha uma emoçãodentro de mim”, expressou a

menina.Já João Guilherme, que

ganhou a guitarra que tantoesperava, disse que ficava ima-ginando tocando ela há muitotempo. O olho dele brilhava emdireção ao presente recebidoatravés do pedido da cartinha.Na casa dele são três crianças eo pedido dele, segundo coorde-nadora, talvez não puderia seratendido pelos pais tão cedo.

Outra criança que pulou defelicidade também foi Natan,

que tem quatro irmãos. Elequeria um carrinho de controleremoto, pedido que foi atendi-do.

Crianças especiais tambémreceberam atenção e presente.A coordenadora do Cmei lem-brou o caso de uma criança querecebe acompanhamento espe-cial no dia-a-dia, mas que, aoreceber a casinha com bonecasque pediu, não teve dificuldadede sorrir e expressar gestos dealegria.

Crianças atendidas noCentro Municipal deEducação Infantil doJardim do Cerrado Ivibram com presentesrecebidos do PapaiNoel dos Correios

Papai Noel já chegouno Jardim do Cerrado

Secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida, prestigiou a entrega de brinquedos na unidade educacional

Ana Clara (à dir.): feliz com a casinha de boneca que pediu

“Tinha uma emoção dentro de mim”

Representantes do Ministério Público, dos Correios e SecretariaMunicipal de Educação marcaram presença no evento