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TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ISO 9001 Cód - 042 (Versão 02) ATA DA 2.756ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Aos trinta dias do mês de julho de 2014, às 10h30, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.756ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Roberto Braguim, Vice-Presidente, Domingos Dissei, Corregedor, Maurício Faria e João Antonio, o Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia, o Procurador Fábio Costa Couto Filho. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas das Sessões Ordinárias 2.745ª e 2.747ª, as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou as seguintes presenças em Plenário: Senhora Ana Paula Ferreira Freitas Assunção, Analista Organizacional da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo Prodam-SP S.A.; Senhora Patrícia Sales; Senhora Thaís de Almeida Prado Inoue, Associação Saúde da Família; Senhor Anselmo Nogueira Júnior, estagiário do curso de direito da Universidade Paulista Unip; Senhor Pedro Vitor Alves de Souza, Construtora OAS; Senhor Yahn Rainer Gnecco Marinho Costa, Camargo Corrêa. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 21 a 25 de julho de 2014: dia 21, às 8 horas, reunião de pauta com Assessores de seu Gabinete. No período da tarde, analisou processos administrativos. Dia 22, às 8 horas, reuniu-se com o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para tratar de assuntos administrativos do Tribunal. No período da tarde, analisou processos e assinou documentos. Dia 23, às 9 horas, presidiu as Sessões Ordinárias 2.754ª e 2.755ª, realizadas no Plenário do TCM. No período da tarde, reuniu-se com Assessores do seu Gabinete e realizou despachos administrativos. Dia 24, às 9h30, assinou convênio de cooperação mútua com a Rede Nossa São Paulo, para disponibilização de indicadores técnicos referentes às diferenças sociais entre regiões da capital. Participaram o Coordenador da Secretaria-Executiva da Rede, Mauricio Broinizi; o Assistente de Comunicação da entidade, Airton Goes, o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten; o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Mario Fornazieri; e o Assessor da Presidência, Moacir Assunção. Sobre esse assunto, foi publicada a seguinte reportagem na intranet e internet: "TCM firma parceria com a Rede Nossa São Paulo. O Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Edson Simões, em 24/7, assinou convênio com a Rede Nossa São Paulo, com o objetivo de estabelecer cooperação mútua, para a disponibilização de indicadores técnicos referentes às diferenças sociais entre as regiões da capital paulista. Estiveram presentes no evento, realizado na sala da Presidência do TCM, o Coordenador da Secretaria-Executiva da Rede, Mauricio Broinizi, o Assistente de Comunicação da Entidade, Airton Goes, o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Mario Fornazieri, e o Assessor da Presidência, Moacir Assunção. Após a assinatura do compromisso, que terá vigência de 12 meses, Maurício Broinizi falou sobre a importância do vínculo entre a Rede Nossa São Paulo e o TCM para a população da capital paulista. 'Como sociedade civil esperamos que este primeiro passo seja o início de várias parcerias e ações que aproximem as organizações da sociedade civil do Tribunal de Contas, para o avanço da transparência, da informação correta, que a sociedade precisa receber sobre as contas públicas. Saber se o investimento público está sendo feito como a sociedade realmente precisa e espera. Essa gestão do Tribunal, do Presidente Edson Simões, com a equipe técnica, marcará na história de São Paulo essa nova perspectiva de lidar com as contas públicas, com os recursos públicos, traduzindo esta matéria complicada para a sociedade entender. Não é simples compreender esses investimentos, os gastos públicos em uma cidade tão complexa como São Paulo', salientou. Prosseguindo, afirmou: 'acho que podemos

TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ISO … · estagiário do curso de direito da Universidade Paulista ... Camargo Corrêa. A ... elaboração de projeto e implantação

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TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

ISO 9001

Cód - 042 (Versão 02)

ATA DA 2.756ª SESSÃO (ORDINÁRIA)

Aos trinta dias do mês de julho de 2014, às 10h30, no Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, realizou-se a 2.756ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São

Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Roberto

Braguim, Vice-Presidente, Domingos Dissei, Corregedor, Maurício Faria e João Antonio, o

Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral Roseli de Morais

Chaves, a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia, o

Procurador Fábio Costa Couto Filho. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a

sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues

cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas das Sessões Ordinárias

2.745ª e 2.747ª, as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação.

Preliminarmente, a Corte registrou as seguintes presenças em Plenário: Senhora Ana Paula

Ferreira Freitas Assunção, Analista Organizacional da Empresa de Tecnologia da Informação e

Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A.; Senhora Patrícia Sales; Senhora

Thaís de Almeida Prado Inoue, Associação Saúde da Família; Senhor Anselmo Nogueira Júnior,

estagiário do curso de direito da Universidade Paulista – Unip; Senhor Pedro Vitor Alves de

Souza, Construtora OAS; Senhor Yahn Rainer Gnecco Marinho Costa, Camargo Corrêa. A

seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do

Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 21 a 25 de julho de 2014: dia 21, às

8 horas, reunião de pauta com Assessores de seu Gabinete. No período da tarde, analisou

processos administrativos. Dia 22, às 8 horas, reuniu-se com o Chefe de Gabinete da Presidência,

Miguel Kirsten, para tratar de assuntos administrativos do Tribunal. No período da tarde,

analisou processos e assinou documentos. Dia 23, às 9 horas, presidiu as Sessões Ordinárias

2.754ª e 2.755ª, realizadas no Plenário do TCM. No período da tarde, reuniu-se com Assessores

do seu Gabinete e realizou despachos administrativos. Dia 24, às 9h30, assinou convênio de

cooperação mútua com a Rede Nossa São Paulo, para disponibilização de indicadores técnicos

referentes às diferenças sociais entre regiões da capital. Participaram o Coordenador da

Secretaria-Executiva da Rede, Mauricio Broinizi; o Assistente de Comunicação da entidade,

Airton Goes, o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten; o Subsecretário de

Fiscalização e Controle, Lívio Mario Fornazieri; e o Assessor da Presidência, Moacir Assunção.

Sobre esse assunto, foi publicada a seguinte reportagem na intranet e internet: "TCM firma

parceria com a Rede Nossa São Paulo. O Presidente do Tribunal de Contas do Município de São

Paulo, Edson Simões, em 24/7, assinou convênio com a Rede Nossa São Paulo, com o objetivo

de estabelecer cooperação mútua, para a disponibilização de indicadores técnicos referentes às

diferenças sociais entre as regiões da capital paulista. Estiveram presentes no evento, realizado

na sala da Presidência do TCM, o Coordenador da Secretaria-Executiva da Rede, Mauricio

Broinizi, o Assistente de Comunicação da Entidade, Airton Goes, o Chefe de Gabinete da

Presidência, Miguel Kirsten, o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Mario Fornazieri,

e o Assessor da Presidência, Moacir Assunção. Após a assinatura do compromisso, que terá

vigência de 12 meses, Maurício Broinizi falou sobre a importância do vínculo entre a Rede

Nossa São Paulo e o TCM para a população da capital paulista. 'Como sociedade civil esperamos

que este primeiro passo seja o início de várias parcerias e ações que aproximem as organizações

da sociedade civil do Tribunal de Contas, para o avanço da transparência, da informação correta,

que a sociedade precisa receber sobre as contas públicas. Saber se o investimento público está

sendo feito como a sociedade realmente precisa e espera. Essa gestão do Tribunal, do Presidente

Edson Simões, com a equipe técnica, marcará na história de São Paulo essa nova perspectiva de

lidar com as contas públicas, com os recursos públicos, traduzindo esta matéria complicada para

a sociedade entender. Não é simples compreender esses investimentos, os gastos públicos em

uma cidade tão complexa como São Paulo', salientou. Prosseguindo, afirmou: 'acho que podemos

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estar no início de um processo, de fazer com que o Tribunal chegue mais próximo da sociedade e

traduza, cada vez mais, esses números, para que a população de São Paulo se sinta representada

pelos investimentos públicos e pela justeza na prestação de contas. Então, gostaria de parabenizar

o Presidente, o Lívio, toda a equipe técnica, que têm essa percepção, que acho fundamental para

que o interesse público esteja em primeiro lugar e seja cada vez mais acessível à população.

Somos uma organização da sociedade civil, que há sete anos vem tentando trabalhar os

indicadores, traduzir um pouco melhor esses números para a população e para as próprias

organizações da sociedade que trabalham com políticas públicas. É gratificante vivenciar os

avanços que vêm ocorrendo. O dia de hoje é um marco nesse avanço da sociedade brasileira, das

instituições de controle externo das contas públicas. Para nós, é um marco muito importante,

concluiu Mauricio Broinizi. A ideia da parceria surgiu durante visita do Presidente Edson Simões

à sede da Rede Nossa São Paulo em março deste ano. Posteriormente, durante encontro realizado

no TCM, entre o Presidente Edson Simões, o coordenador geral da rede Nossa São Paulo, Oded

Grajew, e Maurício Broinizi, foram discutidas questões que poderiam fazer parte do acordo. Na

ocasião, Grajew externou sua preocupação com as desigualdades apresentadas nas diversas

regiões da cidade. 'A cidade é muito desigual. Então, é importante ter informações sobre o

destino dos recursos públicos, e o Tribunal de Contas do Município tem condições de saber onde

estão sendo empregados. Esse convênio, portanto, é para que o TCM, usando sua competência

técnica, possa fornecer dados e informações da execução orçamentária da cidade de São Paulo',

avaliou. Durante seu pronunciamento, o Presidente Edson Simões ressaltou a importância das

organizações da sociedade civil de uma forma geral, surgidas na década de 90 e, em maior

escala, no início deste século. 'Em relação à Rede Nossa São Paulo, considero uma entidade de

peso, que atua com base científica. Então, quando externa determinada posição ou análise de

situações concretas, fazem com base sólida. Esse tipo de atuação deve ser valorizada e servir

como paradigma se quisermos alcançar a condição de país desenvolvido, um modelo para outras

organizações que lidam com questões ligadas às estruturas econômicas e sociais. Diante desse

quadro, merece grande destaque o excelente trabalho desenvolvido tanto pelo coordenador geral

da Nossa São Paulo, Oded Grajew, como pelo Maurício Broinizi aqui presente, representando a

Entidade'. Na sequência, o Presidente afirmou: 'Portanto, quando surgiu a proposta da parceria,

aceitei de pronto. Achei uma excelente ideia, pois os dados que possuímos, fruto do trabalho

incansável da nossa equipe técnica, que é de primeira grandeza, chefiada pelo Lívio, somente

podem ser disponibilizados para entidades que representem realmente a sociedade civil, com

legitimidade, eficiência e responsabilidade, como a Rede Nossa São Paulo. Entidade

representada, nesta oportunidade, pelo Maurício, que possui formação intelectual de peso, o que

nos deixa ainda mais convictos de que esta parceria será realmente um sucesso'. 'Nessa primeira

etapa, disponibilizaremos todas as informações relacionadas aos indicadores sociais do

município de São Paulo, pois esses dados técnicos possibilitarão à Rede Nossa São Paulo

formatar, cientificamente, um quadro representativo das distorções existentes nas diversas

regiões da capital', avaliou Simões. Concluindo o Presidente Edson Simões salientou: 'a missão

dos Tribunais de Contas e a das organizações da sociedade civil, como a Nossa São Paulo, têm

vários aspectos em comum. Entre eles está o de discutir, reivindicar aquilo que a cidade de São

Paulo necessita, ou seja, um replanejamento e, portanto, uma melhoria na qualidade de vida da

população como um todo, que, por meio do pagamento de tributos financia o funcionamento das

instituições da área pública'. A Rede Nossa São Paulo é um movimento social lançado em 15 de

maio de 2007, que pretende construir uma força política, social e econômica capaz de

comprometer a sociedade e sucessivos governos com uma agenda e um conjunto de metas a fim

de oferecer melhor qualidade de vida para todos os habitantes da cidade de São Paulo." Às

11h30, participou juntamente com o Conselheiro Corregedor Domingos Dissei, de reunião de

apresentação da Ouvidoria Eletrônica do TCM, promovida pela assessoria do Gabinete do

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Conselheiro. No período da tarde, despachou com Assessores do Gabinete da Presidência. Dia

25, 10h30, reuniu-se com o Assessor de Imprensa do TCM, Pedro Del Picchia, para tratar de

assuntos técnicos. No período da tarde, recebeu e avaliou relatórios de atividades das áreas

técnico-administrativas do TCM. Na sequência, a Presidência submeteu ao Egrégio Plenário o

processo TC 3.141.13-18 – TCMSP – Comissionamentos – Fátima dos Santos Miranda –"Pela

deliberação dos Senhores Conselheiros Roberto Braguim, Vice-Presidente, Maurício Faria,

Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor

Presidente, no sentido de solicitar o comissionamento da Servidora Fátima dos Santos Miranda,

RF 643.805.9, lotada na Subprefeitura Santana Tucuruvi, para, com prejuízo das funções, mas

sem prejuízo dos vencimentos, direitos e demais vantagens do seu cargo, prestar serviços neste

Tribunal até 31 de dezembro de 2014." João de Souza Alderico – "Pela deliberação dos

Senhores Conselheiros Roberto Braguim, Vice-Presidente, Maurício Faria, Domingos Dissei,

Corregedor, e João Antonio, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no

sentido de solicitar o comissionamento do Servidor João de Souza Alderico, RF 590.558.03,

lotado na Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Oeste, para, com prejuízo das funções, mas

sem prejuízo dos vencimentos, direitos e demais vantagens do seu cargo, prestar serviços neste

Tribunal até 31 de dezembro de 2014." Em seguida, a fim de que o Plenário pudesse apreciar

despacho em processo da relatoria do Conselheiro Presidente, Sua Excelência solicitou ao

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim que assumisse a direção dos trabalhos. A seguir,

"o Conselheiro Edson Simões – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria

constante do seguinte despacho: 'Submeto à elevada apreciação deste Egrégio Plenário, para fins

de cumprimento do artigo 31, parágrafo único, inciso XVI, e do artigo 101, § 1º, alínea "e", do

Regimento Interno deste Tribunal, o Despacho exarado no dia 24 de julho de 2014, nos autos do

expediente que analisou as Representações interpostas por Guarda Bem Pátio de Recolhimento

Importação e Exportação Ltda. e Trana Construções Ltda. em face do Pregão 30/2014

realizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego, tendo por objeto a prestação de serviços de

elaboração de projeto e implantação de detectores de veículo, com o fornecimento de materiais,

em atendimento às necessidades específicas do Município de São Paulo. O referido Despacho

DETERMINOU A SUSPENSÃO do Pregão 30/2014 (cuja sessão de abertura estava

prevista para o dia 25/07/2014), com amparo e nos termos da manifestação da Coordenadoria V

que concluiu pela procedência das Representações no tocante ao item 11.2.4.3.1 do edital e

quanto à escolha inadequada da modalidade pregão, sendo ainda necessário o esclarecimento dos

seguintes pontos: a) A avaliação da licitação do tipo "melhor preço"; b) As justificativas para

afixação do limite de 3 empresas no caso de Consórcio; c) Aos seguintes documentos: planilha

orçamentária, tempo de contratação, período de instalação etc.; d) Ao fato de, conforme item 2.7

e subitem 2.7.1, 2.7.2 e 2.7.3 dos Anexos A e C do edital, os testes somente ocorrerem após a

assinatura do contrato e a possibilidade de reprovação da contratada e a realização de um novo

teste em 30 dias. Destarte, cumprindo o disposto nos artigos citados inicialmente, submeto ao

referendo do Plenário o ato praticado na análise das referidas Representações apresentadas contra

o Edital do Pregão 30/2014 da Companhia de Engenharia de Tráfego.' Afinal, o Egrégio

Plenário, à unanimidade, referendou as medidas determinadas pelo Conselheiro Edson Simões –

Relator." (Certidão) Prosseguindo, "o Conselheiro Edson Simões – Relator deu conhecimento ao

Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: 'Submeto à elevada apreciação

deste Egrégio Plenário, para fins de cumprimento do artigo 31, parágrafo único, inciso XVI, e do

artigo 101, § 1º, alínea "e", do Regimento Interno deste Tribunal, o Despacho exarado no dia 25

de julho de 2014, nos autos do expediente que analisou as Representações interpostas por

Guarda Bem Pátio de Recolhimento Importação e Exportação Ltda. e pelo Vereador

Adilson Amadeu em face do Pregão 16/2014 realizado pela Companhia de Engenharia de

Tráfego, tendo por objeto o "fornecimento e instalação de 841 câmeras de vídeo em 534 pontos

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de Circuito Fechado de Televisão – CFTV nas vias públicas para monitoramento de tráfego e

vídeo detecção para as centrais de operações da Companhia de Engenharia de Tráfego". O

referido Despacho DETERMINOU A SUSPENSÃO do Pregão 16/2014 (cuja sessão de

abertura estava prevista para o dia 30/07/2014), com amparo e nos termos da manifestação da

Coordenadoria V e da Assessoria Jurídica de Controle Externo que concluíram pela procedência

das Representações no tocante aos itens 11.2.4.1.3 e 11.2.4.1.4 do edital entendendo, ainda,

necessários esclarecimentos da Origem sobre os seguintes pontos: 1) possibilidade de operação

teste antes de colocar os equipamentos em prática; 2) apresentação de estudos técnicos que

indicam a necessidade de instalação dos equipamentos em 534 pontos da cidade; 3) quais as

garantias previstas para solução das questões de manutenção preventiva e os atos de vandalismos

que porventura ocorram contra os equipamentos; 4) justificativa para o detalhamento utilizado no

edital dos equipamentos; 5) como se dará o treinamento dos operadores para extrair todas as

possibilidades do sistema; 6) justificativas das exigências de certificação técnica. 7) necessidade

de conhecer a argumentação da CET quanto à necessidade de as câmeras IP fixas possuírem o

sistema analítico de imagem. Destarte, cumprindo o disposto nos artigos citados inicialmente,

submeto ao referendo do Plenário o ato praticado na análise das referidas Representações

apresentadas contra o Edital do Pregão 16/2014 da Companhia de Engenharia de Tráfego.'

Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou as medidas determinadas pelo Conselheiro

Edson Simões – Relator." (TC 2.664.14-91 – Certidão) Ao ensejo, solicitando a palavra, o

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei assim se expressou: "Este caso foi o destacado pelo

jornal 'O Estado de S. Paulo'. Quando da entrada da representação, ela ficou restrita ao

conhecimento do relator. Quando da entrada, os outros Conselheiros também precisam ter

conhecimento. Como não há uma representação eletrônica, que seria o ideal para que todos nós

tivéssemos conhecimento, eu solicito que seja escaneado. Entrou no Tribunal, é escaneado e

disponibilizado na Intranet, para conhecimento dos outros Conselheiros. Assim ficamos sabendo

de todas as representações. Eu fiz um levantamento nas Sessões Ordinárias. A de 2.719, de 11 de

dezembro de 2013, quando Vossa Excelência colocou que foram 214 representações, totalizando

R$ 4 bilhões. Olhem a importância. No ano passado, nós analisamos 214 representações. Se eu

tiver o conhecimento da representação, eu sei o que está acontecendo dentro do Tribunal. Eu

gostaria que fosse disponibilizado. É uma coisa fácil. Aliás, nos outros tribunais, é só via

eletrônica, Senhor Presidente. O Tribunal de Contas do Estado só recebe via eletrônica. Aqui,

estamos iniciando a via eletrônica, mas é fácil. A representação chega e essa operacionalização é

fácil. Qualquer pessoa faz. Escaneia e coloca na Intranet para termos conhecimento. É essa a

minha solicitação, Senhor Presidente. Eu gostaria de ter esse conhecimento." O Presidente em

exercício pronunciou-se como segue: "Eu consulto os demais Conselheiros se anuem com a

proposta do Conselheiro Domingos Dissei, lembrando que nós ainda não temos o processo

eletrônico implantado, por problemas que ainda estão sendo superados pelas equipes próprias da

Subsecretaria de Fiscalização e Controle, do Núcleo de Tecnologia da Informação e da Secretaria

Geral. Eu consulto, portanto, os demais Conselheiros se faremos uso desse procedimento

solicitado pelo Conselheiro Corregedor Domingos Dissei. Conselheiro Edson Simões, como se

pronuncia Vossa Excelência? " O Conselheiro Edson Simões assim se manifestou: "Eu não

tenho nenhum óbice a essa questão, se bem que, burocraticamente, dá mais serviço para a área,

mas o que for decidido será executado." De posse da palavra, o Conselheiro João Antonio

expressou-se nestes termos: "Vossa Excelência tem presenciado a minha atuação neste

Tribunal, aprendendo com os Senhores que fazem parte desta Casa há muito tempo, mas eu

sempre tenho me pautado pelo seguinte princípio: quanto maior a transparência, melhor. Eu me

somo às preocupações do Conselheiro Domingos Dissei." Concedida a palavra ao Conselheiro

Maurício Faria, Sua Excelência pronunciou-se como segue: "Eu também não tenho nenhum

óbice, a não ser a avaliação das condições de execução em termos burocráticos, administrativos.

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Salvo isso, não tenho nenhuma objeção. Eu acho que é uma frente importante, a das

representações. O Conselheiro Domingos Dissei mencionou que, no ano passado, ficou

registrado um número expressivo de representações. É uma das formas pelas quais são

abordadas, em geral, as licitações, embora exista outra forma, que é acompanhamento do edital,

que pode produzir os efeitos de eventual suspensão cautelar, etc. Mas, se há um interesse do

Conselheiro Domingos Dissei, inclusive de conhecer prévia, instantânea ou imediatamente as

representações tão logo ingressem, eu entendo que isso pode ser feito. Poderíamos fazer, talvez,

um procedimento gradual. Da minha parte, francamente, não é algo que sinto uma necessidade

imperiosa e prioritária. Nós poderíamos atender ao Conselheiro Domingos Dissei, em um

primeiro momento, ou seja, uma vez chegadas as representações, sejam enviadas imediatamente

as cópias das mesmas ao Conselheiro Domingos Dissei, e, aos poucos, faremos para todos os

Conselheiros. Eu, francamente, não sinto essa necessidade como prioridade. Normalmente, o que

ocorre é que a representação será processada pela Auditoria, será analisada, e surgirão os

desdobramentos que se seguem ao ingresso da representação. Eu entendo que é uma informação

que tem uma determinada importância e que pode ser disponibilizada." O Conselheiro

Corregedor Domingos Dissei: "O enfoque não é burocracia. É tirar a burocracia. É o contrário.

Os Senhores não vão mais mandar, pois a representação já está na intranet. " O Conselheiro

João Antonio: "O Conselheiro Domingos Dissei destacou na fala inicial que uma das medidas

importantes para dar eficiência aos nossos trabalhos seria começar a admitir a petição online." O

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Exatamente. E essa via não é do processo

eletrônico. Não existe nada. É o contrário. Não vai mais existir esse papel subindo, descendo.

Tira-se a burocracia. Ninguém mais fará isso. Já está dentro do seu Gabinete. E vindo de

encontro ao que o Conselheiro Maurício Faria fala, que tem que existir uma unidade entre os

Conselheiros. O Conselheiro Maurício Faria disse que gostaria que alguém até falasse sobre a

Saúde. Elogiou o Conselheiro Roberto Braguim sobre as merendas. É isso. Eu vou ver na Saúde

se entrou alguma coisa e posso auxiliar o relator. Eu estou sabendo o que está acontecendo lá.

"Olha, no hospital, isso é do Maurício, mas vamos ver onde eu posso ajudar, e assim na

Educação, no Transporte, etc." Nós ficamos sabendo como um todo porque eu também posso

auxiliar - por exemplo, um problema na Secretaria da Habitação - ou alguém me auxiliar também

quando eu estou recebendo. A representação precisa ser recebida por via eletrônica. Nós já

saberíamos online, porque até no Regimento diz de representação. Eu posso falar: "Eu quero

eletrônica." O pessoal vai aplaudir porque não precisa mais vir aqui. Eu vou ajudar bastante a

mobilidade da Cidade. Não precisa mais vir aqui a empresa que está fazendo a representação. É

só fazer por via eletrônica. Eu já até solicitei porque já recebi algumas representações

eletrônicas, que nós estamos estudando, porque já falei duas vezes sobre a representação

eletrônica que recebi do Nordeste. Ela veio do Recife. Viu, Conselheiro João Antonio? O Senhor

tem razão. Se não estudar isso, não adianta, porque em todo tribunal é por via eletrônica. Vai

aliviar. Nós estamos fazendo um estudo do cartório. Vai aliviar muito. Agiliza. A minha sugestão

é: tirem a burocracia. Tira 80% da representação. Não precisa me mandar mais papel. Não me

mande mais a representação que entrou, porque eu já tenho conhecimento, está dentro da

máquina. É isso." O Conselheiro Maurício Faria: "Eu gostaria apenas de registrar o seguinte:

houve o referendo do Pleno quanto a essa suspensão cautelar do Pregão nº 18/2014. Eu só queria

assinalar, diante do noticiário que cerca esse assunto, que isso está sendo feito em um quadro de

absoluta normalidade institucional. O Tribunal está exercendo a sua atividade de controle

externo, está exercendo o juízo cautelar preventivo, que talvez seja uma das frentes prioritárias

na atuação do controle externo, justamente porque é preventivo, e nós vimos aqui - houve o

referendo unânime – que há uma base técnica para essa decisão de caráter cautelar. Não há

nenhuma outra motivação que não seja de ordem técnico-jurídica. Eu queria apenas assinalar

isso. Houve um certo mal-entendido a respeito de que se avaliou que eventualmente os

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Conselheiros poderiam estar pretendendo tomar decisões que competem ao governo da Cidade.

Não se trata disso. Nós avaliamos a legalidade dos atos administrativos e, inclusive,

reconhecemos plenamente toda a margem de opções político-administrativas que é própria de um

governo eleito democraticamente. Independentemente do que cada Conselheiro possa até pensar

como cidadão a respeito de opções político-administrativas da Administração, é um direito da

Administração ter as suas opções, evidentemente, dentro dos parâmetros da legalidade. O

Tribunal tem tido, a meu ver, uma conduta absolutamente correta quanto a isso. Uma vez feita a

opção político-administrativa, e aquilo se traduzindo em licitação, o Tribunal aborda a licitação

também com parâmetros fundamentalmente de legalidade. É importante registrar que esse mal-

entendido não passa disso. Não há nada de excepcional na suspensão dessa licitação. É uma

licitação, inclusive, com certa complexidade técnica que até admite uma margem de erro no

processo de elaboração da peça editalícia. O Tribunal age em função de sua competência

constitucional, participando do processo institucional do Município, sem qualquer outra questão

que possa gerar estranhamento." Retomando a palavra, o Presidente em exercício,

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, concluiu: "Fica determinado à Secretaria

Geral que, juntamente com o Núcleo de Tecnologia da Informação, junto ao Cartório, enfim,

adote o procedimento para que sejam disponibilizadas na Intranet as representações, assim que

derem entrada, para que sejam encaminhadas aos cinco Conselheiros e tomem conhecimento das

representações, sem embargos, é evidente, do procedimento que já existe de os Conselheiros, "a

posteriori", encaminharem cópia da manifestação dos órgãos técnicos para os colegas quando da

apreciação em Plenário." Dando continuidade, de posse da palavra, "o Conselheiro Edson Simões

– Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho:

'Submeto à elevada apreciação deste Egrégio Plenário, para fins de cumprimento do artigo 31,

parágrafo único, inciso XVI, e do artigo 101, § 1º, alínea "e", do Regimento Interno deste

Tribunal, o Despacho exarado no dia 28 de julho de 2014, nos autos do processo TC 2.511.14-

80 que analisou o instrumento convocatório do Pregão 18/2014/SPTrans e no expediente que

analisou a Representação interposta pelo Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do

Estado de São Paulo (SEAC-SP) em face do mesmo Pregão 18/2014 realizado pela São Paulo

Transporte S/A., tendo por objeto a prestação de "serviço de limpeza, asseio e conservação de

terminais, estações, pátio de estacionamento, pistas em nível e elevadas e locais assemelhados,

com o fornecimento de mão de obra, saneantes domissanitários, materiais, equipamentos, nos

locais determinados, sob a responsabilidade da São Paulo Transporte S/A". O referido Despacho

DETERMINOU A SUSPENSÃO do Pregão 18/2014 (cuja sessão de abertura estava

prevista para o dia 29/07/2014), com amparo e nos termos da manifestação da Coordenadoria V

que concluiu pela procedência da Representação no tocante ao item 1.2, subitem 2.4 e 9.1.5.6 e

subitem 9.1.2.4 do edital e apontou as seguintes irregularidades no Edital, em análise realizada

nos autos do TC 2.511.14-80: 1) a pesquisa efetuada não reflete os preços de mercado; 2) afronta

ao princípio da motivação em razão da ausência de justificativas para vedação da participação de

empresas reunidas em consórcio, obrigatoriedade de realização de visita técnica aos locais

indicados no subitem 2.4 do edital, vedação de subcontratação; 3) ao definir como limpeza de

coberturas somente aquelas localizadas nas plataformas ou contíguas às edificações, o edital

impôs restrição desnecessária, não havendo justificativa para limitar o universo de participantes;

4) o edital não definiu de forma inequívoca as condições de aceitabilidade dos atestados de

qualificação técnica; e 5) o edital não define o que seriam preços manifestamente inexequíveis."

Destarte, cumprindo o disposto nos artigos citados inicialmente, submeto ao referendo do

Plenário o ato praticado na análise da referida Representação e nos autos do TC 2.511.14-80

referente ao Edital do Pregão 18/2014 da São Paulo Transporte S/A.' Afinal, o Egrégio Plenário,

à unanimidade, referendou as medidas determinadas pelo Conselheiro Edson Simões – Relator."

(TC 2.511.14-80 – Certidão) Ao ensejo, solicitando a palavra, o Conselheiro Corregedor

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Domingos Dissei assim se manifestou: "Senhor Presidente, vou fazer uma sugestão. Eu

referendo a suspensão, todavia destaco que, anteriormente ao Pregão nº 18/2014, havia sido

publicado, em 17 de julho de 2012, o Edital de Pregão nº 20/2012 para licitação dos mesmos

serviços, por sinal, na véspera do vencimento do Contrato nº 0603801000 com a empresa

Tejofran Serviços Ltda. Coincidentemente, com o vencimento do contrato à época, ocorreu a

suspensão do Pregão nº 20/2012 por esta Corte de Contas e a Origem contratou, por emergência,

a mesma empresa Tejofran para a prestação do serviço no período de 1º de agosto de 2013 a 27

de janeiro de 2014. Processadas as alterações sugeridas pelas áreas técnicas desta Corte, a

Auditoria concluiu que a recomendação remanescente não obstava a continuidade do certame,

tendo sido acompanhada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo nesse sentido. Todavia,

observe-se que a Origem procedeu a nova contratação emergencial, pelo prazo de 180 dias, a

partir de 8 de fevereiro de 2014, com a empresa PK9 Tecnologia e Serviços, e que somente em

17 de julho de 2014 a Origem optou pela revogação do Edital do Pregão nº 20/2014, o qual já

estava desprovido dos vícios que culminaram com a suspensão inicial. Decidiu, então, publicar

novo Edital nº 18/2014, às vésperas do vencimento do segundo Contrato emergencial, o que

deverá ocorrer no início do mês de agosto. Isto posto, solicito que a Auditoria deste Tribunal

promova uma análise conjunta dos atos praticados pela SPTrans, comparando os preços dos

serviços objeto dos contratos emergenciais com aqueles praticados no mercado. Por fim, como já

deliberado em outras Sessões, proponho que a Auditoria, sempre que proceder à análise dos

editais de licitação, adote a prática rotineira de verificação de como a Origem vem obtendo a

prestação dos serviços necessários ao desenvolvimento de suas atividades." Solicitando a

palavra, o Conselheiro Maurício Faria expressou-se nos seguintes termos: "Senhor

Presidente, parece-me bastante oportuna a intervenção do Conselheiro Domingos Dissei porque

ela dá prosseguimento a uma metodologia que ainda estamos procurando consolidar, inclusive

por parte da atuação da Auditoria. Sempre que se tenha uma licitação em que há determinados

indícios de irregularidade que aponta para uma suspensão cautelar, é importante esse histórico de

como vem sendo praticado o atendimento daquele objeto. O Conselheiro Domingos Dissei fez

um levantamento e ele aponta uma situação bastante curiosa. Há uma situação na qual em uma

licitação de 2012, em que o Tribunal determinou a suspensão, foram encaminhadas providências

para sanear os termos do edital. Foi, inclusive, autorizado o prosseguimento da licitação, já que

ocorreu o saneamento do edital. No entanto, essa licitação não se completou. Ela nem foi

revogada, nem teve desfecho. Ela ficou em um limbo jurídico-administrativo, e houve a

contratação emergencial. Duas contratações emergenciais. Isso, de fato, é algo que produz

estranheza. A Administração elabora um edital; o edital é publicado; o Tribunal suspende o

procedimento cautelarmente; há uma interação institucional e se chega a uma situação de

regularização do edital; as irregularidades são superadas, ao menos em tese; a Origem é

comunicada. Supõe-se que há interesse público envolvido naquela contratação e que, portanto,

ela se mantém na ordem do dia. No entanto, a licitação não teve nenhum desfecho formalizado e,

paralelamente, surgem duas contratações emergenciais, uma seguida à outra, e agora nós temos

uma licitação com irregularidades – seria até interessante saber se as irregularidades desse edital

guardam algum tipo de semelhança com as irregularidades anteriores daquele edital pretérito –, e

como ficará o objeto agora? Há um quadro que merece atenção. Até entendo que o levantamento

que o Conselheiro Domingos Dissei propõe pode ser feito rapidamente. É uma questão de fazer

um apanhado de como se deu a sequência cronológica desses atos administrativos lidando com o

objeto porque isso, de fato, chama a atenção. Isso coloca uma necessidade dentro de todo aquele

nosso esforço de aperfeiçoar métodos de atuação do controle externo. Tivemos aquela discussão

na Sessão passada sobre auditoria continuada de execução contratual e agora temos essa nova

situação fática, que envolve um outro aspecto metodológico: a necessidade de atentar para o

objeto quando há essas situações de suspensão de licitação e contratação emergencial, e se isso

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não envolve algum tipo de irregularidade mais importante no trato dessas contratações e no

atendimento desses objetos. Era até importante que a Auditoria – poderia o Senhor Diretor Geral

cuidar disso – adotasse um procedimento, um protocolo de como lidar com essas questões nesse

universo que foi apontado. Como podemos cercar esse tipo de problema? Com um protocolo,

uma metodologia bem estabelecida. O Conselheiro Domingos Dissei deu o último voto de

referendo e, no entanto, eu, por exemplo, não havia prestado atenção. Não havia visto esse

problema. É um problema muito importante." De posse da palavra, o Conselheiro João

Antonio pronunciou-se como segue: "Eu acho que, pela oportunidade, este Tribunal precisa

tratar essa matéria com a profundidade merecida. Eu vejo e noto que, no que diz respeito a

serviços continuados, este é um problema gravíssimo. São representações que chegam 24 horas

antes de encerrados os prazos. São interesses diversos. São empresas que entram com

representação e depois são beneficiadas no contrato de emergência. São empresas que, muitas

vezes, induzem representações. Não se tratando de serviço continuado, isso é amenizado. Não

tem tantos problemas. Mas em se tratando de serviços continuados, nós sempre vamos ter a

explicação da Administração de que os serviços não podem ser interrompidos, para justificar um

contrato de emergência. Não é uma matéria simples. Ela é complexa. Nesses quatro meses que

estou aqui, notei que isto é um problema; que este Tribunal precisa se debruçar sobre ele e

encontrar fórmulas com as quais possamos atuar, preservando o Erário e a eficiência da aplicação

do dinheiro público. Por outro lado, que este Tribunal não seja induzido por pessoas de má-fé a

ser instrumento de práticas ilícitas ou mecanismos de driblar a legislação vigente. Eu acho que o

Nobre Conselheiro Domingos Dissei levantou um tema da maior importância. Eu só destaco um

olhar mais específico para essa questão dos serviços continuados." O Conselheiro Corregedor

Domingos Dissei: "Senhor Presidente, só complementando. O Conselheiro Maurício Faria

colocou bem. O que entendi de sua solicitação é que se torne uma rotina da Secretaria Geral que

nos dê esse histórico. Nós pesquisamos e o Conselheiro Maurício Faria sempre o faz. O

Conselheiro Maurício Faria procura o histórico geral, se suspendeu ou não, o que aconteceu.

Neste caso, eu fiz um estudo mais pormenorizado, mas eu acho que deveria ser uma rotina que

informe os Conselheiros, pelo que eu entendi da colocação do Conselheiro Maurício Faria." O

Conselheiro Maurício Faria: "A minha sugestão é que a Auditoria estabeleça um protocolo, um

procedimento que se torna praxe. Sempre que surge uma situação de irregularidade em uma

licitação que tenha essas características de serviços continuados – diferente da anterior, que era

uma licitação de um objeto especial, uma implantação de câmeras. Agora, no caso desses

serviços rotineiros, continuados, que já haja um procedimento da Auditoria. Quando ela analisa

uma representação ou quando faz a análise de um edital e verifica que há irregularidades, ela,

também como parte de sua rotina, poderia já fazer esse levantamento que o Conselheiro

Domingos Dissei fez: qual é o histórico daquele objeto? Como ele está sendo atendido? Se há

essa situação de licitações que não prosperam e que estão relacionadas a contratações

emergenciais sequenciadas, para nós termos um quadro, em cada caso concreto, de como isso se

apresenta. Aqui chama a atenção um dado de estranhamento maior, dessa licitação de 2012 que o

Tribunal liberou e ficou no limbo; não foi cancelada, não foi realizada. É muito estranho. Não

havia nenhum óbice do Tribunal ao prosseguimento normal da licitação e ela não prosseguiu, não

chegou ao desfecho que se esperaria, que era realizar a contratação a partir da licitação. Aquilo

fica em um estado indefinido e surge a contratação emergencial." Concedida a palavra ao

Conselheiro Edson Simões, Sua Excelência pronunciou-se nestes termos: "Eu achei boa a

proposta do Conselheiro Corregedor Domingos Dissei porque, simplesmente, na hora em que há

um edital novo, é só puxar o edital antigo para ver quais foram os problemas. Eu diria que é um

comparativo, facilitando, portanto, o nosso esclarecimento e trabalho. O Secretário Geral pode

fazer o encaminhamento desse trabalho." O Presidente em exercício: "Nós nos deparamos,

todos os anos, com a mudança de Administração, muitas vezes com a mudança de editais que já

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foram aprovados para determinados assuntos. Eles poderiam seguir sempre a mesma regra e nos

facilitariam o trabalho." O Conselheiro Edson Simões: "Além disso, eu já estou ficando

neurótico, em dezessete anos de trabalho aqui, Senhor Presidente, porque todos os editais de

todos os governos cometem os mesmos erros, pois vão e voltam. O que chateia é a suposta

impressão de que nós estamos errados e colocando obstáculos, conforme falou o Conselheiro

Maurício Faria à Administração. Muito pelo contrário: se o edital vier bem feito, ótimo. Menos

trabalho para nós, e tudo flui dentro da Cidade de São Paulo. Eu acho que essa metodologia, que

vem das reflexões efetuadas pelo Conselheiro Corregedor Domingos Dissei, que é um

engenheiro e um calculista de mão cheia, vem ao encontro metodológico para facilitar o nosso

trabalho e esclarecer as coisas. Eu acho boa ideia." Retomando a palavra, o Presidente em

exercício, Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, concluiu: "A Secretaria Geral dará

encaminhamento a adoção das providências aqui adotadas pelo Plenário no que concerne aos

novos procedimentos, com esse histórico." Ao ensejo, o Conselheiro Edson Simões aparteou:

"Com uma ressalva: deixar o pessoal adaptar isso de imediato, de modo que ocorra uma

simbiose, não um atropelamento." O Presidente em exercício anuiu: "Nas futuras contratações

para que eles vão informando na medida em que forem acontecendo. É impossível adotar-se

outro posicionamento." Na sequência, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente

Roberto Braguim, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Presidente Edson Simões.

Reassumindo a direção dos trabalhos, o Presidente concedeu a palavra ao Conselheiro Roberto

Braguim – Relator, que "deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte

despacho: 'Trago a este Plenário, nos termos do artigo 31, § 1º, inciso XVII, do Regimento

Interno, despacho de minha lavra, lançado às fls. do processo TC 2.204.14-81, que cuida de

representação oposta pela empresa GR – Garantia Real Segurança Ltda. contra o Edital do

Pregão Eletrônico 001/14, promovido pela Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo

– COHAB-SP, tendo por objeto a contratação de empresa especializada para prestação de serviço

de vigilância e segurança patrimonial desarmada nos imóveis indicados pela COHAB–SP, de sua

propriedade e vinculados ao Fundo Municipal de Habitação – FMH, executados de forma

contínua, pelo qual, consoante material anteriormente encaminhado a Vossas Excelências,

determinei a retomada da mencionada licitação. Esclareço que as conclusões alinhavadas ao

longo do pronunciamento da AJCE a respeito das modificações a serem introduzidas pela

Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – COHAB-SP no instrumento

convocatório, é que me levaram a decidir pela liberação do certame. Desta feita, trago para

referendo formal de meus pares a revogação do despacho suspensivo do Pregão Eletrônico

001/14, autorizador, portanto, da retomada do procedimento licitatório em apreço.' Afinal, o

Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro Roberto

Braguim – Relator." (TC 2.204.14-81 – Certidão) Com a palavra, "o Conselheiro Domingos

Dissei – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte

despacho: 'Trago ao referendo do Pleno proposta de retomada da Concorrência

02/SMSP/COGEL/2013, promovida pela Secretaria Municipal de Coordenação das

Subprefeituras (SMSP), tendo por objeto o "Registro de Preços para a prestação de serviços

de conservação e manutenção da malha viária, visando a melhoria do pavimento, incluindo

drenagem, reciclagem de materiais provenientes de resíduos sólidos da construção civil

e/ou aqueles dos serviços de fresagem de pavimento asfáltico com espuma de asfalto e

demais serviços pertinentes". Cumpre notar que referido certame foi por mim suspenso em data

de 17/12/2013, decisão referendada pelo Pleno em 18/12/2013, dado o fato de que a análise do

edital pelo Órgão Auditor desta Corte revelou a presença de inúmeras impropriedades e

irregularidades que poderiam comprometer o caráter competitivo da disputa ou macular a

definição dos preços e a regular formulação das propostas dos eventuais interessados em dele

participar. Assim, a partir das conclusões iniciais da Auditoria, de que resultou a paralisação do

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certame, foram oferecidos inúmeros esclarecimentos e defesas pela Origem e várias versões do

edital foram apresentadas e examinadas por esta Corte, resultando em minuta que, mesmo após

as adequações promovidas ainda não se mostrava suficiente a afastar todos os apontamentos

iniciais. Note-se que ciente da importância dos serviços objetivados e no intuito de impulsionar a

regularização do edital, fiz publicar no Diário Oficial da Cidade, na data de 16.05.2014,

memorando dirigido ao Nobre Conselheiro Presidente noticiando que apesar das providências até

então adotadas, ainda remanesciam falhas a serem corrigidas pela Origem no que dizia respeito

ao critério de julgamento, às exigências de qualificação técnica das licitantes e à necessidade de

incluir alguns preços previstos no edital, na Tabela de Preços de Siurb. Não obstante as

pendências ainda existentes, constatando a retomada indevida do certame, determinei a remessa

de novo ofício à Origem, o que propiciou a apresentação de novas justificativas e cópia de nova

versão do edital consolidando todas as alterações até então promovidas, bem como a informação

de publicação de despacho pela SMSP tornando sem efeito aquele que decidira pela retomada do

certame, restando assim regularizada a situação administrativa perante esta Corte. Por derradeiro,

a Origem acresceu aos autos nova documentação, desta feita noticiando duas últimas alterações a

serem incorporadas ao edital antes da retomada do certame, possibilitando, enfim, à AJCE o

oferecimento de conclusões finais acerca das questões de maior relevância (consoante cópia

encaminhada aos Nobres Conselheiros) as quais acompanho, de modo a possibilitar a retomada

do certame. Importante destacar que a partir dos esforços do Órgão Auditor desta Corte, da

Assessoria Técnica de meu Gabinete e da Assessoria Jurídica de Controle Externo, significativas

alterações foram introduzidas no aludido edital a fim de adequá-lo às regras da Lei Federal

8.666/93, entre as quais: - significativa alteração do objeto para o fim de adequá-lo à sistemática

do registro de preços; - aumento do número de Agrupamentos previstos (passando de 4 para 6),

ampliando a competitividade do certame; - exclusão de itens de serviço considerados excessivos

aos serviços objetivados; - inclusão prévia na Tabela de Preços da SIURB de alguns preços de

itens de serviços previstos no Registro de Preços e que nela não estavam previstos, de modo a

garantir transparência aos preços; - preços unitários não usuais foram substituídos por preços

constantes na Tabela de Siurb, de modo a garantir maior lisura ao procedimento; - inclusão de

cláusula limitando em 50 metros entre os poços de visita as intervenções que se façam

necessárias em galerias sob o pavimento; - introdução de critérios claros de julgamento das

propostas; - adequação de exigência de habilitação, de modo a ampliar a competitividade; - foi

corrigida a irregularidade no tocante ao momento da apresentação dos equipamentos; - foi

eliminada a possibilidade de pagamento de "royalties" para o bota-fora, devendo ser utilizados os

aterros contratados pela Amlurb; além de: - incluída previsão de utilização de Livro de Ordem –

CREA, voltado a propiciar um controle mais eficiente dos serviços; - incluída exigência de

atendimento das normas de segurança e medicina do trabalho de forma a dar condições de

segurança aos funcionários; e - Incluída exigência de apresentação de relatório fotográfico dos

serviços realizados. Cumpre ressaltar que, da forma como restou adequado, o Edital em questão

possibilitará o registro de preços para a execução de serviços comuns de engenharia, necessários

à manutenção e conservação rotineira dos pavimentos, incluindo a drenagem, que é elemento

básico à sua durabilidade, o reaproveitamento dos resíduos sólidos, em respeito ao meio

ambiente, bem como a qualificação do concreto asfáltico, mediante a utilização de polímero,

fibra e borracha, o que representará ganho de durabilidade e maior segurança aos usuários das

vias. Isto posto, acompanhando o entendimento da Assessoria Jurídica de Controle Externo e

tendo a Origem informado que promoverá a publicação de reabertura do certame em jornal de

grande circulação, consoante exigência legal, elevo ao REFERENDO do Pleno, nos termos do

artigo 31, parágrafo único, inciso XVII, do Regimento Interno desta Corte, proposta de autorizar

a retomada do aludido certame, sem prejuízo de recomendar à Origem um efetivo

acompanhamento das contratações baseadas no futuro Registro de Preços, de modo a evitar que

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os serviços nele previstos sejam utilizados com desvirtuamento de seu escopo, qual seja: serviços

de conservação e manutenção da malha viária.' Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade,

referendou a medida determinada pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator." (TC 3.992.13-

15 – Certidão) Concedida a palavra ao Conselheiro Corregedor Domingos Dissei, Sua

Excelência assim se manifestou: "Senhor Presidente, eu tenho dois assuntos. O primeiro

assunto é, novamente, a informática. Eu fui surpreendido pelo Conselheiro João Antonio que está

disponibilizando, além do relatório, o relatório da Secretaria Geral na Intranet. Eu trago aqui ao

Plenário para que nós possamos estudar." De posse da palavra, o Conselheiro João Antonio

expressou-se nestes termos: "O que é bom, nós temos que copiar, Nobre Conselheiro. Eu tenho

copiado Vossa Excelência naquilo que torna mais eficiente o trabalho deste Tribunal e o meu

trabalho como Relator. Além da Secretaria Geral, a Assessoria Jurídica de Controle Externo e o

meu relatório estão disponibilizados." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Senhor

Presidente, eu gostaria de solicitar que a Assessoria Jurídica de Controle Externo, e solicito aos

outros Conselheiros também, que a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Secretaria Geral, a

Procuradoria da Fazenda Municipal disponibilizem na Intranet. Com isso, nós vamos terminar a

Sala das Becas, que é o nosso objetivo. Estando lá a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a

Secretaria Geral e a Procuradoria da Fazenda Municipal, eu tenho o conhecimento de todo o

processo. Se eu tiver mais alguma dúvida, eu vou lá para fotografar. O pessoal fotografa. São

cópias para todos os Conselheiros. Depois todo mundo fotografando os mesmos processos. Se eu

já coloco na Intranet o relatório daqueles processos, é fácil. O Conselheiro João Antonio já está

disponibilizando não só o relatório dele mas também o relatório da Secretaria Geral. Eu já

encontrei. Eu achei excelente. Só falta, agora, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a

Assessoria Jurídica de Controle Externo. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle já

disponibiliza. Aí nós ficamos completos. Secretaria Geral, como o Conselheiro João Antonio, já

está disponibilizando. À Procuradoria da Fazenda Municipal nós estamos solicitando para

disponibilizar. Entra na Intranet. Nós fechamos tudo. Se tem alguma coisa do processo que eu

tenho, se quero mais algum detalhe sobre como a Origem respondeu, eu me dirijo à Sala das

Becas, senão todo mundo fica sabendo." Ao ensejo, a Procuradora Chefe da Fazenda assim se

pronunciou: "Nós estudaremos." Fazendo uso da palavra, o Conselheiro Maurício Faria

manifestou-se nos seguintes termos: "Eu entendo o seguinte. Da parte do Conselheiro, o passo

que estamos procurando dar, uniformemente, é disponibilizar o relatório. Os dois Conselheiros já

vêm disponibilizando. Eu e o Conselheiro Roberto Braguim ainda não." O Conselheiro

Corregedor Domingos Dissei: "Aliás, nós fazemos um apelo a Vossas Excelências para que

disponibilizem." O Conselheiro Maurício Faria: "Eu acho que o passo é este. Depende da

iniciativa do Conselheiro e de seu Gabinete. Quanto aos outros documentos, deveria haver um

procedimento administrativo geral, como faz a Subsecretaria de Fiscalização e Controle." O

Conselheiro João Antonio: "No meu caso, eu disponibilizo aquilo que é base para o meu

relatório. Disponibilizei da Secretaria Geral, da Assessoria Jurídica de Controle Externo, nas

matérias que me dizem respeito, de minha relatoria." O Conselheiro Corregedor Domingos

Dissei: "Agora estou solicitando que os outros Conselheiros disponibilizem." O Conselheiro

Maurício Faria: "Só para ver quem faz o quê. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle já

disponibiliza os relatórios por ação de SFC. O que eu acho que deveria ocorrer é tratar dos

relatórios que compõem os autos – o relatório da Subsecretaria de Fiscalização e Controle já está

disponibilizado. O que está sendo proposto é que o relatório da Assessoria Jurídica de Controle

Externo também seja disponibilizado, bem como o da Secretaria Geral. Mas isso é ação das

Secretarias e da parte administrativa do Tribunal, de fazer com que, definida a pauta, se tenha

pelo menos desses processos a disponibilização, embora a Subsecretaria de Fiscalização e

Controle já disponibilize para os processos em geral. O ideal seria caminhar nessa direção. Isso

não é uma tarefa do Conselheiro, embora seja válido e seja uma contribuição do Conselheiro

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João Antonio juntar o relatório da Secretaria Geral. Mas isso poderia ser feito pela área

administrativa do Tribunal, pela própria Secretaria Geral. Ao ensejo, o Conselheiro Presidente

Edson Simões pronunciou-se como segue: "A Secretaria Geral vai providenciar essas

questões." O Conselheiro Maurício Faria: "O que ficaria na esfera do que depende do

Conselheiro é disponibilizar previamente o relatório. Eu vou tomar providências de que isso seja

feito também. O relatório é o que fica como tarefa do Conselheiro. O relatório." O Conselheiro

Corregedor Domingos Dissei: "Exatamente. É do Conselheiro." O Conselheiro Maurício

Faria: "Agora, essas outras coisas é tomar as providências para que as áreas disponibilizem." O

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim: "A partir da inclusão do processo em pauta."

O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Eu trago o assunto para que nós possamos aqui

dialogar e verificar." O Conselheiro Maurício Faria: "Mas não é tarefa ou responsabilidade do

Conselheiro." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Do Conselheiro é só o relatório."

O Conselheiro Presidente Edson Simões: "A outra questão já será encaminhada, Conselheiro

Corregedor. Agora, a outra questão dos relatórios é aquilo que o Conselheiro Maurício Faria fez

a observação, que vocês têm que decidir." O Conselheiro Maurício Faria: "É importante. Será

um passo adiante mesmo." O Conselheiro Presidente Edson Simões: "A questão de

disponibilizar, por exemplo, como os departamentos já o têm feito – eu gosto da palavra

"departamento" –,vai ser providenciada. Agora, as outras questões: por exemplo, eu coloco o

relatório, o Senhor coloca o relatório, o Conselheiro João Antonio também, e aquilo que o

Conselheiro Maurício Faria observou." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Vossa

Excelência deixa eu fazer um aparte. O Conselheiro João Antonio e eu também já colocamos na

Intranet. Vossa Excelência está distribuindo o relatório ou já está colocando na Intranet?" O

Conselheiro Presidente Edson Simões: "Não." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei:

"Isso também é um passo que está ao seu caminho. Seria muito bom. Não precisa mais gastar

papel." O Conselheiro Presidente Edson Simões: "Há um livro, Conselheiro Corregedor,

chamado "Não Apresse o Rio". Okay? Tem que fazer a coisa de forma coletiva, mas respeitando

as individualidades. Para chegarmos a um denominador comum, promovemos um consenso em

uma reunião administrativa. Mas a ideia é boa, tanto é que eu já estou achando que o Secretário

Geral vai providenciar a disponibilização." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Vai

diminuir a Sala das Becas." O Conselheiro Presidente Edson Simões: "Eu acho que tem que ser

na base do consenso essa questão." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Vou

confessar uma coisa aos Senhores Conselheiros. Eu fico aqui convencendo quatro, cinco horas o

Conselheiro Roberto Braguim. Ele está saindo um pouco, mas depois deixem que ele vai entrar."

O Conselheiro João Antonio: "Eu já percebi que o Nobre Presidente é defensor da ideia do

consenso progressivo. A cada dia se vai chegando e avançando um novo consenso." O

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim: "Ele é do tempo dos aparelhos." O

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "É o "departamento". Ele vai colocar o

departamento para apreciar." O Conselheiro Presidente Edson Simões: "Está aí o Secretário

Geral para ver isso e, depois, tem que ouvir os Conselheiros acerca do que foi observado." O

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Senhor Presidente, tenho mais um assunto. Os

Conselheiros me determinaram. Foi um consenso nosso que eu estudasse o tapa-buraco. Estou

estudando o tapa-buraco desde 2010. Então, Senhor Presidente, eu agradeço o Del Picchia, que

fez um filminho de quatro minutos para nós. Foi muito bom. Nós orientamos. Estou estudando

porque fiz a suspensão do tapa-buraco. Fizemos o filme para os Senhores terem conhecimento do

que estamos estudando desde 2010. Eu peço a gentileza e a permissão para que seja passado o

filminho, que é rápido. Foi feito pelo pessoal da comunicação, o Del Picchia que me atendeu e

depois foi falando com a minha turma, etc." [Apresentação do vídeo] O Conselheiro Presidente

Edson Simões: "Muito bom o filme." O Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim:

"Missão cumprida, Conselheiro Domingos Dissei. Parabéns a Vossa Excelência, à sua equipe, ao

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Del Picchia e à equipe dele, também, pelo filme." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei:

"Dando sequência, sexta-feira nós vamos ter uma apresentação de um engenheiro do CREA

sobre o Livro de Ordem e, depois, a Escola também. Conjuntamente com o CREA e o Instituto

de Engenharia, nós vamos oferecer o curso sobre pavimentação. É aberto a todos. Às empresas,

ao pessoal da Prefeitura, todos os técnicos. Diante disso, vai terminando o estudo para que nós

possamos, realmente, fazer uma licitação correta, que nós possamos ter uma exigência maior,

para que possa haver a eficiência no serviço público. É muito importante. Não é só tapar o

buraco. Isso não é de hoje, não é nada, vem de décadas, e foi o que diz o início do filme, que não

atingiu o objetivo e um avanço técnico nesse sentido. O Tribunal está simplesmente procurando

cuidar do dinheiro público, no sentido de ser bem aplicado e ter a eficiência que se exige neste

momento. Era isso, Senhor Presidente. Nós estamos utilizando muito a Escola de Contas. Essa

programação será, evidentemente, bem divulgada. Semana passada nós falamos que a Escola de

Contas deveria mandar mensalmente aos Conselheiros todo o programa, para que eles possam

divulgar. Sexta-feira, eu espero às 10 horas. Se os Conselheiros forem, melhor ainda, e os

representantes dos Gabinetes." O Conselheiro Maurício Faria: "Eu entendo que o filme

apresentado é bastante interessante e mostra esse trabalho que está sendo desenvolvido em

relação ao chamado "tapa-buraco". Pelo que entendi, se trataria, então, de dar uma consistência

técnica a essa atividade do "tapa-buraco", com diagnósticos e procedimentos tecnicamente

definidos para cada situação de intervenção. Parece-me que há um elemento especialmente novo,

que é o registro fotográfico de cada intervenção: antes, durante e depois. Uma coisa a se pensar,

não sei em que momento isso poderia ser considerado, é a questão de se ter um quadro, um

panorama de como ocorrem essas intervenções no território da Cidade. Senão agora, mais

adiante, a ideia de se ter o georreferenciamento de cada intervenção, para saber o seguinte: há um

tapa-buraco na Rua Tal, em frente ao número tanto, é feito o registro fotográfico, antes, durante e

depois. Seria interessante, a meu ver, que isso também fosse colocado em mapa eletrônico.

Aquela intervenção foi feita no dia tal de tanto, dada por concluída no dia tal de tanto, para nós

termos esse histórico de como vão ocorrendo essas intervenções. Eu digo isso porque, como já

consideramos em diversas ocasiões, há uma lógica perversa do "tapa-buraco", que é exatamente

uma situação em que a empresa, o prestador de serviços encarregado pelo "tapa-buraco", tem

interesse em tapar buraco; tem interesse que ocorra um número grande de operações de "tapa-

buraco", porque ele ganha dessa maneira. O negócio dele é tapar buraco. Seria interessante se

nós conseguirmos essa série histórica das intervenções. Por exemplo: um buraco é objeto de uma

intervenção em julho de 2014; qual é o desempenho daquele trecho da via nos próximos meses?

Para se saber se aquela intervenção tem durabilidade, se ela vai apresentar um desempenho

adequado e qual é, tecnicamente, feita uma intervenção de "tapa-buraco", a previsão de tempo de

duração, de validade daquela recuperação do viário, para se ter esse monitoramento, para se lidar

com essa situação. É uma lógica que interessa ao prestador de serviço tapar buracos, quando, na

verdade, o que interessa à Municipalidade é que não ocorram buracos, ou que eles ocorram com

intervalos maiores de tempo, que haja maior durabilidade de cada intervenção. Eu entendo que

seria interessante se nós conseguíssemos isso. Hoje, do ponto de vista técnico, tecnológico, não é

tão difícil ter esse registro georreferenciado de cada intervenção, ter um mapa de intervenções

em sistema, para se ter esse monitoramento de como ocorre. Uma coisa que sempre me veio à

cabeça é saber como se faz a implantação e manutenção em cidades que têm, claramente, um

bom desempenho do sistema viário: Paris, Barcelona, Madrid, nas cidades europeias, de um

modo geral não se vê buracos na rua. São viários com um tipo de estrutura e desempenho

bastante qualificados. Como essas municipalidades, esses poderes locais nessas cidades lidam

com a questão da conservação do viário? Eu sempre tive curiosidade em saber como é o método,

como esse serviço se realiza em cidades que tenham um desempenho bastante satisfatório do

viário, porque, provavelmente, poderá se evoluir para aquela ideia de contratar o desempenho do

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viário, de se ter um encarregado que assegure que aquele viário tenha um desempenho adequado.

Ele é responsável por uma malha viária e o objeto da contratação é manter aquela malha viária

em boas condições de tráfego, e não fazer intervenções de "tapa-buraco". Aquela ideia que, cada

vez mais, vem ganhando terreno no setor público, porque já ganhou terreno na iniciativa privada,

que é contratar serviços pelo resultado e não pela atividade. Como seria a contratação desse tipo

de serviço por resultado? E o resultado, qual é? O viário em condições adequadas, não é tapar

buraco." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "A intervenção é inteligente e bem

colocada. O que ocorre em outras cidades? Primeiro em cada região uma empresa ser

responsável pela malha viária e, aí sim, nós teríamos alguns parâmetros, indicadores daquela

região. Isso é fundamental. Agora, toda cidade do mundo tem um plano de recuperação da malha

viária. É como um plano diretor de pavimentação. Este ano, nós até fizemos essa recomendação

no voto. Existe uma recomendação ao Executivo para que ele comece a elaborar. É de difícil

elaboração. Nós estamos começando, mas tem que existir esse plano de recuperação viária.

Como é feito nos outros lugares? Já se usa o georreferencial, como Vossa Excelência disse. O

que está acontecendo? Agora, mexendo com isso, nós descobrimos: os veículos já têm GPS. Nós

ainda não temos esse acesso. O Tribunal precisa ter esse acesso." O Conselheiro Maurício

Faria: "Os veículos da operação tapa-buraco?" O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei:

"Da operação tapa-buraco. Só que nós não temos. O que ocorre? Por que esse plano, que eu falo

do plano de recuperação viária? Se tiver o georreferencial, vai fazer o quê? "Aqui está tendo uma

incidência nesta via. Não é só aqui, é em vários locais. O que está acontecendo?" Aí cabe à

recuperação fazer o quê? Justamente, fazer um novo recapeamento. Aí cabe o que hoje nós

autorizamos a Prefeitura a fazer. Essa ata é bem interessante. Ela é uma ata um pouco diferente.

Foi muito discutida. Está há seis meses, mas foi discutida, viu, Conselheiro Roberto Braguim?"

O Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim: "Por isso parabenizei Vossa Excelência,

pois li o parecer da Assessoria Jurídica de Controle Externo, vi o quão alentado é, e vi as

observações feitas por Vossa Excelência." O Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Ela

não recupera porque, hoje, o grande problema é de drenagem. Nós autorizamos: "Pode fazer a

drenagem." Não autorizei, para não ser uma obra nova, até cinquenta metros, que é a diferença de

um poço de visita a outro, de uma galeria. "Olha pode ser feito, se ele detectar." Aí vêm as

fotografias, vem tudo que nós fizemos previamente. O Livro de Obras, que o engenheiro vai

falar, "olha, realmente, precisei fazer isso, porque eu vou fazer um recapeamento dessa via e

amanhã vai estar aflorando água, joguei o dinheiro fora, todo o trabalho", e sabem o que

acontece? Na outra semana, como nós vemos recapeado, já tem tapa-buraco fazendo tapa-buraco.

Não pode mais ocorrer isso na Cidade. Esse tipo de planejamento onde tem maior incidência.

Agora nós estamos trabalhando, também, para termos acesso. O Tribunal precisa ter acesso a

esse georreferencial. Onde está tapando buraco? Nós vamos saber onde há mais incidência.

Quando eles fizerem o plano viário de recapeamento da Cidade, nós vamos saber se ele é correto

ou não. Deu para entender esse mecanismo? Não fica uma coisa política, "olhe, eu vou fazer

aquela rua porque alguém pediu ou mora alguém lá." Eu acho que, depois de tanta informática,

fotografia, imagem, nós já vamos ter: "Isso o Executivo fez de maneira errada. Não tem custo-

benefício nenhum. Uma rua que nunca teve um tapa-buraco, por que vou fazer o recapeamento

dessa rua? Não há necessidade. Não vou recuperar nada."" O Conselheiro Vice-Presidente

Roberto Braguim: "Vossa Excelência me permite um aparte, só pela oportunidade? Se é

possível, eu ignoro essa possibilidade, mas já sugeri isso, anos atrás, aqui neste Tribunal, para

que estudássemos – e aí a Escola de Contas poderia estudar juntamente com os engenheiros de

Vossa Excelência – a possibilidade de nós termos um instrumento que meça, efetivamente, a

quantidade de massa asfáltica aplicada, porque muitas vezes a Prefeitura contrata cinco

centímetros de massa asfáltica, por exemplo, e nós não temos a comprovação disso. Eu tenho a

impressão de que, pelo desgaste que ocorre, efetivamente, talvez, possa ocorrer que não estejam

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sendo aplicados aqueles centímetros que foram contratados." O Conselheiro Corregedor

Domingos Dissei: "Isso é fácil. A colocação de Vossa Excelência é excelente porque eu faço

uma fresagem, arranco ali, e no projeto estão cinco centímetros. Se ele aplicar quatro, imagine a

economia que faz: em vez de cinco, ele aplicar três centímetros, ao longo de quatro, cinco

quilômetros. Está aí a resposta. O que ocorre? Eu venho aqui batalhando, estou há algum tempo.

Parece que, agora, o Presidente vai autorizar o seguinte: a nossa Auditoria não tem condições de

fazer ensaio tecnológico. Isso é um ensaio tecnológico. Eu solicitei ao Presidente a contratação

urgente de ensaio tecnológico em função da liberação desse nosso referendo hoje sobre o

recapeamento na Cidade e todos esses serviços. Eu espero que logo haja contratação, que os

técnicos aqui estão verificando a melhor forma de contratação, ou o IPT ou alguma empresa

independente. Nós precisamos, senão nossa Auditoria fica capenga. Ela não tem elementos

técnicos para, justamente, isso que Vossa Excelência quer. Eu solicitei. O Presidente está

providenciando. É fundamental para a Auditoria. Se não tiver o ensaio tecnológico, não adianta.

A olho nu, não se faz nada. Vossa Excelência colocou bem. Precisa disso. Aí nós precisamos até

no tapa-buraco também. Como eu vou verificar a temperatura? "Não, está sendo feito de maneira

correta." Aí a sua colocação é excelente. Há necessidade, sem dúvida nenhuma, dessa

verificação." O Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim: "Gostaria de fazer só duas

outras sugestões, pelo belo trabalho. Que fosse colocado na internet e que fosse encaminhado à

imprensa de um modo geral, para que os veículos de comunicação, após assistirem a esse filme,

possam divulgar o trabalho deste Tribunal." O Conselheiro Presidente Edson Simões: "Tudo

isso já está programado. Logo que o Conselheiro Corregedor Domingos Dissei autorize, já

entrará imediatamente." O Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim: "Senhor

Presidente, antes da Ordem do Dia. Eu sei que nós já nos estendemos demais em todos esses

debates, então vou ser brevíssimo. Eu distribuí aos meus Nobres Pares um relatório preliminar,

enxuto, da questão da fiscalização da merenda, da constatação daquilo que foi apontado pelo

Conselheiro Domingos Dissei no Plenário, constatado também no curso da Escola de Contas, de

distribuição de itens da merenda com diferente peso daquele constante na embalagem, diferença

de qualidade de produto – contrata-se um tipo e entrega-se outro –, em tamanho, em quantidade e

em qualidade. Efetivamente, nós estamos comprovando isso. Eu distribuí cópia deste relatório.

As multas não estão sendo aplicadas pela Secretaria Municipal de Educação. Há uma cobrança

minha nesse sentido à Secretaria. Não há ação de fiscalização, porque o Departamento de

Alimentação Escolar diz que possui poucos fiscais, então não pode fiscalizar essa distribuição da

merenda. Esse problema é comum a todos os agrupamentos que foram verificados. Nós

verificamos, também, um caso curioso em que houve distribuição de alimentos da merenda em

uma CEI que não tinha sido inaugurada. A CEI não foi entregue à população e houve remessa

nos dias 20 de fevereiro de 2014, 27 de fevereiro de 2014 e 6 de março de 2014, e a CEI não

havia sido inaugurada. Isso é muito curioso. Qual é a destinação efetiva desses alimentos? Nós

estamos aprofundando os estudos, estamos determinando à Secretaria Municipal de Educação

que se manifeste acerca das constatações feitas nos três processos que foram objeto desta

primeira pincelada. Nós temos outros processos tratando do assunto, não para por aí. Assim que

eu tiver a manifestação da Secretaria exercendo o contraditório e a fala da Procuradoria, eu trago

o processo ao Plenário para deliberarmos. Era só isso." O Conselheiro Presidente Edson

Simões: "Muito bom o trabalho e, principalmente, essa informação." O Conselheiro Vice-

Presidente Roberto Braguim: "Se os Conselheiros quiserem divulgar, podem divulgar." O

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei: "Senhor Presidente, só para afirmar que na semana

passada eu estive lá. Os Conselheiros foram até convidados na Escola de Contas. Eles fizeram já

quase 200 EMEIs. Isso é interessante. É justamente para esclarecer. O pessoal, no final, recebeu

o material e a alimentação certa. Foi muito interessante. Agora a Escola já se comprometeu a

fazer um chamamento para outras mil entidades. Façam para as mil entidades, como vocês

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informaram. As duas professoras também, ótima moça que trabalha lá, a Bárbara. Isso é o

convênio. Eles são parceiros nossos da Prefeitura. O Conselheiro Roberto Braguim também fez

um estudo sobre os convênios das creches, achamos excelente. São convênios regulares. Agora,

nesta parceria, melhor ainda o Tribunal executando e esse comprometimento da Escola de Contas

para o chamamento de mais mil entidades." Passou-se à Ordem do Dia. A seguir, o Conselheiro

Presidente Edson Simões, a fim de que pudesse relatar os processos de sua pauta, solicitou ao

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim que assumisse a direção dos trabalhos.

Prosseguindo, o Presidente em exercício concedeu a palavra ao Conselheiro Edson Simões, que

passou a relatar os processos de sua pauta. – JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSOS

RELATADOS PELO CONSELHEIRO PRESIDENTE EDSON SIMÕES, na qualidade de

Relator – 1) TC 3.203.05-63 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Dismaf Distribuidora

de Manufaturados Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual – Analisar o Contrato

12/SME/2005 (R$ 4.489.843,35 est.), cujo objeto é a aquisição de 269.194 "kits" escolares –

Emei Lote A e 24.559 "kits" escolares – Emef EJAT (lote C), decorrente do Pregão

02/SME/2005 e da Ata de RP 02/SME/2005, quanto aos aspectos contábeis e financeiros

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson

Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular a execução

do Contrato 12/SME/2005, no valor de R$ 4.489.842,55 (quatro milhões, quatrocentos e oitenta e

nove mil, oitocentos e quarenta e dois reais e cinquenta e cinco centavos). Acordam, ademais, à

unanimidade, em determinar à Secretaria Municipal de Educação – SME que, em futuros

certames, planeje a tempo e modo a abertura de licitação bem como as quantidades efetivamente

necessárias e os respectivos prazos de entrega, sem descurar da fiscalização da execução

contratual, aplicando-se multa à contratada nos casos de descumprimento de obrigação pactuada,

reiterando a importância dada à matéria pelo Egrégio Plenário desta Corte, conforme

recomendação já expedida no Parecer das Contas do Executivo, exercício 2013, processo TC

1.136.14-98, qual seja: "DECIDE, ainda, à unanimidade, consoante proposta do Conselheiro

Maurício Faria – Revisor, recomendar à Secretaria Municipal de Educação (SME) que planeje e

execute, com a antecedência necessária, os procedimentos para aquisição de uniformes e material

escolar a serem fornecidos aos alunos da rede municipal de ensino." Acordam, afinal, à

unanimidade, em determinar, após o cumprimento das formalidades legais, o arquivamento dos

autos. Relatório: Cuida o presente do acompanhamento da execução do Contrato nº 12/2005,

celebrado pela Secretaria Municipal de Educação e a empresa Dismaf Distribuidora de

Manufaturados Ltda., julgado regular por esta Corte de Contas, nos termos do Acórdão inserto à

folha 267 destes autos, que determinou a abertura do procedimento ora analisado. O contrato

objetivou a aquisição de kits escolares no valor de R$ 4.489.843,35 (quatro milhões,

quatrocentos e oitenta e nove mil, oitocentos e quarenta e três reais e trinta e cinco centavos),

tendo a Subsecretaria de Fiscalização e Controle realizado a análise de sua execução sob enfoque

contábil-financeiro, concluindo pela regularidade de sua despesa, no montante mencionado, com

as seguintes ressalvas: 1) 'Ausência de planejamento e cronograma prévio detalhando as datas e

quantidades a serem entregues nas diversas unidades escolares, culminando no recebimento

tardio dos kits, no final do primeiro semestre e, em alguns casos, após as férias escolares; 2)

Descumprimento do item 5.9 da Ata com relação ao prazo de entrega; 3) Violação ao princípio

da vinculação ao instrumento convocatório, previsto nos artigos 3º e 41 da Lei 8.666/93.'

(05/09/2007 - folhas 1.375/1.383) Destaca-se do Relatório da Auditoria ainda, o seguinte:

'Entrega dos materiais: O fornecimento será recebido consoante o disposto no artigo 73 da Lei

Federal nº 8.666/93 e alterações, conforme estabelecido na cláusula 7.1 da Ata de RP (fl. 292), o

qual determina, no inciso II, alínea b, a verificação da qualidade e quantidade do material e

consequente aceitação. Consta no verso das diversas notas fiscais de venda, a declaração de que

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os materiais foram entregues de acordo com o empenho, estando conferidos os valores unitários e

totais correspondentes e se foram entregues dentro ou fora do prazo. Tal documento é assinado

pelo responsável da SME/CONAE - 31. Os kits foram entregues diretamente nas Unidades

Escolares através de notas fiscais de simples remessa, sendo constituído o processo

administrativo nº 2005-0.149.713-3 para fins de controle. Verificamos que a soma das diversas

notas de simples remessa conferem com as notas fiscais de venda de mercadoria. Ademais,

encontra-se identificado quem recebeu os materiais nas unidades escolares. Destacamos nas

condições de fornecimento, os seguintes itens: Item 5.1, fl. 207: 'o(s) material(ais) deverá(ão) ser

fornecido(s) conforme estabelecido no Anexo I e entregue nas Unidades Escolares da Rede

Municipal de Educação, de acordo com o cronograma estabelecido por SME, a ser entregue

quando da retirada da Nota de Empenho' (grifo nosso). Item 5.9, fl. 207: 'o prazo máximo para

entrega do material será até 45 (quarenta e cinco) dias úteis contados da data do recebimento pela

Detentora de cada ordem de fornecimento'. Compulsando os processos disponibilizados, não

encontramos o cronograma. Conforme esclarecimento da Unidade (fl. 296-verso), o Anexo I

consta do corpo da Ata de Registro de Preços como item I – Objeto. No quadro de fl. 1378,

demonstramos as datas de recebimento pela Detentora das ordens de fornecimento, todas datadas

de 05/04/05. Tal fato demonstra que a SME solicitou todos os kits de uma só vez e após o início

do ano letivo. A seguir, no quadro de fl. 1379, detalhamos as notas fiscais de venda com as

respectivas datas de recebimento dos materiais pela Origem, sinalizando que houve atrasos na

entrega em alguns casos, pois ultrapassou a data máxima prevista de 09.06.05. As

Coordenadorias atingidas pelo atraso na entrega dos kits foram Freguesia/Brasilândia, Pirituba,

São Mateus, Capela do Socorro, Cidade Tiradentes, V. Prudente/Sapopemba, M. Boi Mirim,

Campo Limpo, Itaim Paulista e São Miguel. Tal atraso variou de 24 a 74 dias. Verificamos que a

quantidade fornecida está de acordo com o requisitado pela Origem, atendendo o total contratado

(fl. 239). Demonstramos nos quadros de fls. 1378, 1379 e 1380, respectivamente, o seguinte: -

Ordens de Fornecimento e suas datas de retirada, por Coordenadoria de Educação, por tipo de

kit, para fins de conferência da quantidade, do valor e do prazo de entrega dos kits (até 45 dias

úteis após a retirada da O.F.). - Notas Fiscais da Detentora da Ata, referente às Ordens de

Fornecimento por Coordenadoria, com a data de recebimento dos kits escolares. - Notas de

Simples Remessa, vinculando-as à Nota Fiscal (fls. 492 a 1.326).' Pagamentos efetuados:

Verificamos que os preços por tipo de kit são aqueles consignados no contrato e na Ata de

Registro de Preços. Constatamos que não houve inclusão de outros valores na totalização das

Notas Fiscais, nem reajuste de preço (fl. 240). Também verificamos que não houve aplicação de

multa pelo atraso na entrega dos kits, assunto que será comentado no item 3.3. Observamos que

os pagamentos ocorreram em conformidade com o item VI, subitem 6.1, que prevê a realização

do pagamento no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data final do período de adimplemento do

objeto do contrato (fl. 208). Das Penalidades: As penalidades estão definidas na Cláusula Sexta

do Contrato: São aplicáveis as sanções previstas no Capítulo IV, da Lei Federal nº 8.666/93, e

demais normas pertinentes... (fl. 242). No item 6.1.2 há previsão de multa pelo atraso na entrega

do material programado: 0,5% por dia sobre o valor total da quantidade entregue com atraso até

o máximo de 15 dias; de 15 a 29 dias de atraso será considerado como inexecução parcial do

contrato, sujeito a multa de 20% sobre o valor da quantidade entregue com atraso; o atraso igual

ou superior a 30 dias será considerado como inexecução total do contrato, sujeito a multa de 30%

sobre o valor da Nota de Empenho. Conforme se observa no quadro de fl. 1379, ocorreram

atrasos 24 a 74 dias na entrega dos kits, no entanto, não houve aplicação de penalidade à

contratada. Nestes casos, a entrega ocorreu em julho (mês de férias) e agosto, portanto, no meio

do ano letivo. A SME, em face do arrazoado juntado pela empresa contratada (fls. 1328/1363) e

da manifestação do seu setor jurídico (fl. 1368), considerou justificado o atraso na entrega do

material, ocorrido por motivo de força maior, e proferiu o despacho de fl. 1369, nos termos dos

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artigos 54 e seguintes do Decreto nº 42.279/03 e demais legislações pertinentes dispensando a

aplicação de penalidade à contratada. Em sua manifestação a empresa contratada alega que a

SME exigiu a entrega de 269.194 kits EMEI e 24.559 kits EMEF EJA I, quantia esta quase dez

vezes superior ao consumo mensal estimado de 27.050 e 3.000 kits, respectivamente. E assim,

houve a inobservância de limites de quantidade previstos no item 2.4 do Edital (fl. 1332). Alega,

ainda, às fls. 1333/1334, que foi definido no Edital, item 6.3.4.3, que o volume da solicitação se

enquadraria dentro do limite do pico de consumo previsto para o início do ano letivo. No entanto,

o pedido (ordem de fornecimento) foi emitido em 05/04/05 e a entrega seria prevista para até

09/06/05, ou seja, quatro meses após o início das aulas. Assim, não pode ser considerado como

início do ano letivo. Portanto, a Administração formulou ao contratado exigências diversas

daquelas previstas inicialmente, infringindo, no presente caso, o princípio da vinculação ao

instrumento convocatório, previsto nos artigos 3º e 41 da Lei 8.666/93. Em sua manifestação,

SME não rebate as afirmações, apenas informa a possibilidade de dispensar a aplicação de

penalidade (fls. 1366 e 1368). Da vigência da A.R.P. nº 02/SME/2005: As entregas referentes a

este contrato ocorreram no período de vigência da Ata de Registro de Preços: 1 ano a partir de

14/03//2005 (fl. 206).' Oficiada, a Origem admitiu que houve atraso na licitação e na contratação

e, consequentemente, na emissão das ordens de fornecimento, informando, ainda, que o despacho

de dispensa de penalidade cabível à Contratada, pelo descumprimento do prazo contratual,

abrangeu todo período, e não só aquele em que se verificou o motivo de força maior, decorrente

de problemas operacionais dos fornecedores. (07/12/07 – folhas 1.400/1.410) A agente,

responsável pela dispensa indevida da multa, foi intimada pessoalmente, deixando, entretanto, de

exercer seu direito de defesa. (17/08/2009 – folhas 1.432/1.435 e 1.446) Analisando os elementos

apresentados pela Origem, a Especializada ressaltou que os kits foram solicitados após três meses

do início do ano letivo e em quantidade dez vezes superior ao estabelecido no Edital,

reconhecendo a própria Secretaria Municipal de Educação ter havido prejuízos no planejamento

e/ou na execução do currículo escolar. Atribuiu a falta de planejamento ao então titular da Pasta,

Dr. José Aristodemo Pinotti. Assim, manteve suas conclusões iniciais. (31/01/08 – folhas

1.414/1.417 e 4.430) A Assessoria Jurídica de Controle Externo acompanhou a manifestação da

Auditoria, no sentido da regularidade da despesa no valor de R$ 4.489.842,55 e, sobre as

ressalvas apontadas, entendendo ter sido afrontado o princípio da vinculação ao instrumento

convocatório, sugeriu aplicação de penalidade aos responsáveis e eventuais determinações à

Origem, nos seguintes dizeres: 'De nossa parte, cumpre fazer algumas observações em relação ao

relatório de AUD (fl. 1382) onde consta que 'foi definido no Edital, item 6.3.4.3., que o volume

da solicitação se enquadraria dentro do limite do pico de consumo previsto para o início do ano

letivo. No entanto, o pedido (ordem de fornecimento) foi emitido em 05/04/05 e a entrega seria

prevista para até 09/06/05, ou seja, quatro meses após o início das aulas. Assim, não pode ser

considerado como início do ano letivo. Portanto, a Administração formulou ao contratado

exigências diversas daquelas previstas inicialmente, infringindo, no presente caso, o princípio da

vinculação ao instrumento convocatório, previsto nos artigos 3º e 41º da Lei Federal nº 8.666/93'.

Neste sentido, deve-se dizer que 'A Administração não pode descumprir as normas e condições

do edital, ao qual se acha estritamente vinculada', assim sendo, o não cumprimento da norma

legal acima citada, enseja em afronta ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório,

sendo uma irregularidade. Pois o referido princípio, faz do Edital a lei interna de cada licitação,

impondo-se a observância de suas disposições tanto à Administração Pública quanto aos

licitantes. Pelo exposto, com base nas conclusões trazidas por AUD, acompanhamos a referida

área Especializada, pela regularidade da despesa, no valor de R$ 4.489.842,55 e sobre as

ressalvas apontadas, entendemos que houve afronta ao princípio da vinculação ao instrumento

convocatório, deste modo, permitimo-nos sugerir a identificação dos agentes responsáveis e

aplicação de eventuais penalidades que o Nobre Conselheiro entender pertinentes.' (03/07/09 -

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folhas 1.420/1.427) A Procuradoria da Fazenda Municipal ponderou que o atraso na licitação

está relacionado com o início da Administração, quando os novos titulares da Pasta estavam

conhecendo os procedimentos e pendências inerentes à sua função e, embasada nas conclusões

favoráveis dos Órgãos Técnicos desta Corte, opinou pelo acolhimento da execução contratual em

exame, relevando-se as ressalvas apontadas. (26/11/09 - folhas 1.448/1.450) A Secretaria Geral,

igualmente, alinhou-se aos órgãos preopinantes, no tocante ao acolhimento da execução do

contrato, uma vez que houve a entrega total dos kits escolares. Ressaltou a falha na organização

da Origem no início do ano letivo e a sua inércia diante dos atrasos injustificados da Contratada

após vencido o prazo por ela pleiteado, motivo pelo qual sugeriu as determinações julgadas

cabíveis. (12/01/2011 - folhas 1.452/1.455) É o relatório. Voto: A Subsecretaria de Fiscalização

e Controle concluiu pela regularidade da execução contratual, no período e valores auditados.

Todavia, ressalvou a ocorrência de atrasos na entrega e a formulação, por parte da Secretaria

Municipal de Educação, à Contratada, de exigências distintas daquelas previstas inicialmente no

contrato. A Assessoria Jurídica de Controle Externo assim opinou: 'acompanhamos a área

Especializada, pela regularidade da despesa, no valor de R$ 4.489.842,55 (quatro milhões,

quatrocentos e oitenta e nove mil, oitocentos e quarenta e dois reais e cinquenta e cinco centavos)

e, sobre as ressalvas apontadas, (...), permitimo-nos sugerir a aplicação de eventuais penalidades.'

A Assessora Jurídica Chefe acrescentou: 'Acompanho as conclusões precedentes no sentido da

regularidade da execução contratual, quanto ao aspecto contábil financeiro, eis que resta

noticiado nos autos a entrega total dos kits escolares pela Contratada. Contudo, tendo em vista os

apontamentos em relação ao descumprimento de cláusulas regulamentares, sem aplicação das

sanções pertinentes, [proponho] a expedição de determinação a Origem.' A Secretaria Geral, por

seu turno, concluiu: 'considerando que, de qualquer forma os kits escolares foram entregues em

sua totalidade, opino, pelo acolhimento da execução contratual.' Assim, com amparo nas

manifestações dos Órgãos Técnicos, da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria

Geral, cujos fundamentos adoto como razões de decidir, JULGO REGULAR a execução do

Contrato nº 12/SME/2005 no valor de R$ 4.489.842,55 (quatro milhões, quatrocentos e oitenta e

nove mil, oitocentos e quarenta e dois reais e cinquenta e cinco centavos). DETERMINO à

Origem que, em futuros certames, planeje a tempo e modo a abertura de licitação bem como as

quantidades efetivamente necessárias e os respectivos prazos de entrega, sem descurar da

fiscalização da execução contratual, aplicando-se multa à Contratada nos casos de

descumprimento de obrigação pactuada. Considerando a ausência de dolo ou má-fé e o

falecimento do Responsável (José Aristodemo Pinotti), deixo de aplicar a penalidade de multa

pelas impropriedades apontadas. Cumpridas as formalidades legais, ARQUIVEM-SE os autos.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Roberto Braguim –

Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." 2) TC 1.524.09-20 –

Ministério Público do Estado de São Paulo – Secretaria Municipal de Educação – SME –

Inspeção em face de matérias publicadas nos Jornais "Diário de São Paulo" e "São Paulo Agora",

nos dias 5 e 6 de março de 2009, referentes a proposições de ações pelo Ministério Público para

dar atendimento a vagas em creche ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos

quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em

conhecer da inspeção e dos resultados alcançados pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle –

SFC desta Corte, nos termos do artigo 2º da Resolução 6/2000 deste Tribunal de Contas, para

fins de registro. Considerando que as conclusões evidenciaram falhas nos sistemas de controle de

ações judiciais que têm por objeto a garantia de vagas em creches e demais escolas integrantes da

rede de ensino municipal, acordam, ademais, à unanimidade, em determinar à Secretaria

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Municipal de Educação – SME que aperfeiçoe os controles em relação ao atendimento das

decisões judiciais, nos exatos termos propostos pela SFC deste Tribunal. Acordam, ainda, à

unanimidade, em determinar o envio de cópia deste Acórdão ao Ministério Público do Estado de

São Paulo, para ciência de todo o apurado. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após

o cumprimento das formalidades legais, o arquivamento dos autos. Relatório: Cuidam os autos

de procedimento de fiscalização, na modalidade INSPEÇÃO, junto à Secretaria Municipal de

Educação, para verificar a atual situação do cumprimento de decisões judiciais relativas ao

atendimento de crianças que esperam por vagas em creches da Educação Infantil. O

procedimento de fiscalização originou-se de determinação desta Relatoria em razão de matérias

publicadas nos Jornais 'Diário de São Paulo' e 'São Paulo Agora', nos dias 5 e 6 de março de

2009, respectivamente, que noticiaram a proposição de ações pelo Ministério Público visando o

atendimento aos alunos com vagas em creches. Referidas matérias jornalísticas informaram sobre

a existência de decisão da justiça paulista, já transitada em julgado, obrigando o Município de

São Paulo a atender 619 (seiscentas e dezenove) crianças em creches na região da Penha, cujo

descumprimento acarretaria multa diária de 3 salários mínimos por aluno não atendido.

Noticiaram, também, outras três decisões semelhantes nas regiões de Pinheiros, Lapa e Santana,

que estariam aguardando execução das sentenças (fl. 06). A imprensa salientou, ainda, que novas

ações estariam sendo propostas pelo Ministério Público Estadual, para atendimento de 3.103

(três mil cento e três) crianças em creches nas regiões de Campo Limpo, Jabaquara, Cidade

Ademar, Jardim Luceia, Capela do Socorro, Ipiranga, Sapopemba e Vila Prudente, cumulando

pedidos de aplicação de multa no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) por dia, para cada criança

não atendida no prazo. Noticiou, por fim, a lavratura de um Termo de Ajustamento de Conduta –

TAC para atendimento de 16 (dezesseis) mil crianças, cujo prazo teria expirado em dezembro de

2008, estando, também, com a prestação de contas pendente. Diante disso, a Subsecretaria de

Fiscalização e Controle adotou os seguintes procedimentos: 1.) identificação das ações com

decisão judicial que envolvem o pagamento de multa em caso de descumprimento da decisão; 2.)

verificação da atual situação de atendimento das decisões judiciais e as respectivas providências

em caso de não atendimento, bem como se a Municipalidade incorreu em pagamento de multas;

3.) identificação dos 'Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta firmados pela

Municipalidade e a respectiva prestação de contas junto ao Ministério Público do Estado de São

Paulo', demonstrando o seu cumprimento (ou não). Ademais, a Subsecretaria de Fiscalização e

Controle solicitou à Secretaria Municipal de Educação informação sobre todas as decisões

judiciais proferidas, no período de 1º de janeiro de 2008 a 15 de abril de 2009, nas condições

noticiadas, ou seja, com prazo para atendimento às crianças e multa/dia/criança por

descumprimento da decisão. Foram também requeridas informações sobre a atual situação de

cumprimento de cada decisão, bem como quais as providências adotadas para os casos de

descumprimento e eventuais pagamentos de multa. A Secretaria Municipal de Educação

informou que 'não foi possível fornecer a informação para a totalidade das ações daquela

Unidade por não estarem disponíveis ou por não terem sido localizados todos os Processos

Administrativos (que somam mais de quatrocentos)'. Não obstante a relação estar incompleta, a

Coordenadoria II compilou os dados fornecidos e identificou decisões judiciais com

determinação para atendimento de 452 (quatrocentas e cinquenta duas) crianças, cujo

descumprimento ensejaria sanção. Posteriormente, a Secretaria Municipal de Educação informou

que, do total das decisões citadas, 24 (vinte e quatro) foram ajuizadas diretamente contra a

Prefeitura do Município de São Paulo ou contra o Sr. Secretário Municipal de Educação e, por

isso, o cumprimento das decisões judiciais é acompanhado diretamente pelo órgão central da

Pasta. Assim, nessas ações foram, ao todo, solicitadas a matrícula de 227 (duzentas e vinte e sete)

crianças, visto que 209 (duzentas e nove) encontravam-se matriculadas, 10 (dez) eram crianças

não localizadas/desistentes e 8 (oito) estavam cadastradas. Em relação às crianças cadastradas, a

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Origem esclareceu que executa ações no sentido de ampliação da oferta existente, com a

ampliação de vagas nas unidades em funcionamento, com a celebração de novos convênios e

construção de novas unidades. Quanto às demandas ajuizadas diretamente contra o Diretor da

Escola ou contra o Diretor Regional de Educação do Campo Limpo, a Secretaria Municipal de

Educação noticiou que o acompanhamento do cumprimento das decisões judiciais é realizado

diretamente pelo órgão regional. Alegou, também, que encaminhou requisição aos órgãos

regionais, porém não informou a situação de atendimento ou não dessas decisões. A Auditoria

destacou que, entre os dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação, não foram

identificadas informações sobre a decisão judicial noticiada pela imprensa, que obrigava o

Município de São Paulo a atender 619 (seiscentas e dezenove) crianças em creches na região da

Penha, bem como em relação ao atendimento de 3.103 (três mil cento e três) crianças, motivo

pelo qual novo requerimento foi protocolado na Origem. Em resposta, a Secretaria Municipal de

Educação esclareceu que, em relação ao atendimento das 619 (seiscentas e dezenove) crianças na

região da Penha, trata-se de ação ajuizada no ano de 2000, com decisão para atendimento a todas

as crianças da região da Penha, sob pena de multa diária, visto que, em junho de 2005, a Pasta

havia sido oficiada para a tomada de providências para 'acomodação da demanda'. Desde então,

segundo a Origem, a decisão vem sendo cumprida, com levantamentos e demonstrações das

matrículas em juízo, até que, em 16 de janeiro de 2009, foi proferido o seguinte despacho:

'Comprovada a acomodação da demanda, resulta encerrada a ação. Arquive-se'. No entanto, o

Ministério Público ingressou com nova petição, alegando descumprimento de sentença para 619

(seiscentas e dezenove) crianças que estariam sem matrícula na região. De acordo com a

Secretaria Municipal de Educação, desse total (619 – seiscentas e dezenove) 462 (quatrocentas e

sessenta e duas) crianças já se encontravam matriculadas, 20 (vinte) crianças estavam

cadastradas, 88 (oitenta e oito) crianças aguardavam confirmação da matrícula e 49 (quarenta e

nove) crianças não foram localizadas, são desistentes ou a família não compareceu. No que tange

ao noticiado pela imprensa sobre as outras três semelhantes decisões nas regiões de Pinheiros,

Lapa e Santana, que estariam com sentenças prestes a ser executadas, e as novas ações que

estariam sendo propostas pelo Ministério Público Estadual, para atendimento a 3.103 (três mil

cento e três) crianças em creches nas regiões de Campo Limpo, Jabaquara, Cidade Ademar,

Jardim Luceia, Capela do Socorro, Ipiranga, Sapopemba, e Vila Prudente, a Origem arguiu que

'por falta de maior precisão quanto aos dados não localizamos registros de tais ações junto ao

Departamento Judicial'. Quanto ao fato de a Municipalidade ter incorrido em multa por

descumprimento de decisão judicial, a Secretaria Municipal de Educação – SME alegou que 'não

existem execuções judiciais em andamento, com o fim de compelir a Municipalidade a recolher

valores referentes à condenação de multa por descumprimento de decisões judiciais'. No tocante

aos Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta, a Secretaria Municipal de Educação

informou que foram firmados dois Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta,

originados dos Inquéritos Civis Públicos nº 718/05 e n° 330/07, para abertura de vagas em

unidades escolares, visto que o primeiro Termo, firmado em 22 de dezembro de 2005, abrangia o

período dos exercícios de 2005 e 2006, com o compromisso de construção de 85 (oitenta e cinco)

unidades escolares (CEI, EMEI, EMEF e CEU) e a ampliação do número de vagas nas unidades

escolares já existentes, totalizando a abertura de 108.217 (cento e oito mil duzentas e dezessete)

novas vagas. (folhas 470/471) De acordo com o item 13 do Termo de Compromisso de

Ajustamento de Conduta, havendo determinação judicial de oferecimento de vagas decorrentes

de ações promovidas por particulares ou pelo Ministério Público, a soma dessas vagas deveria

ser deduzida do total da demanda nele fixada (108.217 – cento e oito mil duzentas e dezessete

vagas). Consta, ainda, do referido termo, lista nominal de 7.020 (sete mil e vinte) crianças, por

nível escolar, oriundas de relações encaminhadas por Conselhos Tutelares da Capital, para serem

efetivadas as respectivas matrículas na Rede Municipal de Ensino (direta ou conveniada).

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Estabelece, outrossim, o referido TCAC, no seu item 4, que a Prefeitura do Município de São

Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação, compromete-se a apresentar ao Ministério

Público relatório referente ao cronograma de execução da respectiva etapa do termo de

compromisso em até 30 (trinta) dias depois de cada etapa (dezembro/2005 e dezembro/2006).

Em 15 de fevereiro de 2007, a Secretaria Municipal de Educação protocolou prestação de contas

junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo, informando quais escolas haviam sido

construídas, as que estavam com obras em andamento, bem como o total de 110.778 (cento e dez

mil setecentas e setenta e oito) novas vagas proporcionadas. Esclareceu que o atendimento de

732 (setecentas e trinta e duas) crianças decorre de ações promovidas por particulares ou pelo

Ministério Público, e que das 7.020 (sete mil e vinte) crianças arroladas nominalmente no Termo

de Compromisso, 4.934 (quatro mil novecentas e trinta e quatro) foram matriculadas, 211

(duzentas e onze) consideradas desistentes, 1.709 (mil setecentas e nove) não foram localizadas e

166 (cento e sessenta e seis) nomes estavam em duplicidade. O Ministério Público, por sua vez,

após análise da prestação de contas, manifestou-se nos seguintes termos: 'Quanto às construções

e reformas, vislumbra-se das informações que diversas delas ainda se encontram em curso, fruto

de circunstâncias devidamente tratadas no relatório de fls. 969/1015, cuja previsibilidade

constava do compromisso de ajustamento de conduta celebrado. Nessa senda, não há falar-se em

descumprimento de compromisso, mormente tendo em conta que as obras ainda em curso irão

permitir a acomodação de demanda ainda superior àquela constante do termo. Necessário, porém,

acompanhar-se a evolução das obras na presente sede. Assim, oficie-se a Secretaria Municipal da

Educação, transmitindo-se cópia do presente despacho para conhecimento. Outrossim, aguarde-

se por sessenta dias, findos os quais deverá ser formulada nova consulta à Municipalidade,

relacionada ao estágio em que se encontram a obras ainda não concluídas'. Após ser comunicada

do teor do pronunciamento do Ministério Público, a Origem encaminhou, em 08 de outubro de

2007, o Ofício nº 1.444/SME-G/2007, com nova prestação de contas. (folhas 713/715). A

Coordenadoria II observou que foram atendidas as vagas previstas no TCAC para as unidades

escolares de CEI; no entanto, com relação às vagas de EMEI e EMEF o atendimento das vagas

dependia da conclusão de obras que estavam em andamento. Foram requisitadas informações

sobre a conclusão das obras, porém não foram fornecidos dados e não há notícias de nova

prestação de contas ao Ministério Público no processo administrativo (PA n° 2005.0.302.560.3)

que cuida do referido TCAC. Quanto ao segundo Termo de Compromisso de Ajustamento de

Conduta, originário do Inquérito Civil nº 330/07, firmado em 27 de dezembro de 2007, a

Municipalidade comprometeu-se a promover a criação de 16.000 (dezesseis mil) novas vagas, a

serem incorporadas à Rede Pública Municipal (direta e conveniada), até o final do mês de

dezembro/2008, a fim de reduzir a demanda de crianças a serem atendidas na Educação Infantil

(item 1, folhas 535/540). O referido termo também contemplou lista nominal de 3.154 (três mil

cento e cinquenta e quatro) crianças que deveriam ser acomodadas conforme as novas vagas

estabelecidas no termo e, ainda, estabelece que o oferecimento das vagas em virtude de

determinação judicial, com data posterior a 1º de dezembro de 2007, estariam incluídas na meta a

ser atingida pela Secretaria Municipal de Educação. O item 4 do termo determinou que,

encerrado o exercício de 2008, a Secretaria Municipal de Educação deveria emitir relatório

completo do cumprimento da meta estipulada e realizaria um novo levantamento de demanda,

com vistas a verificar se as vagas criadas alcançaram o número firmado (16.000 – dezesseis mil –

novas vagas), apresentando-o ao Ministério Público até o dia 15 de janeiro de 2009 e, ainda,

obrigando-se a tomar as medidas necessárias à absorção de eventual demanda não atendida, até

aquele limite de vagas, até o dia 15 de fevereiro de 2009, inclusive por meio de convênios. Em 4

de março de 2009, a Municipalidade apresentou prestação contas ao Ministério Público do

Estado de São Paulo, informando que foram criadas, no período compreendido entre 1º de

dezembro de 2007 a 31 de dezembro de 2008, 22.118 (vinte e duas mil cento e dezoito) novas

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vagas em unidades de Educação Infantil contempladas na rede direta conveniada. A Secretaria

Municipal de Educação acrescentou que foram matriculadas 1.495 (mil quatrocentos e noventa e

cinco) crianças por decisão judicial1 e que a demanda indicada pelo Ministério Público (3.154 –

três mil cento e cinquenta e quatro crianças) foi devidamente acomodada, sendo 2.790 (duas mil

setecentas e noventa) matriculadas, 219 (duzentas e dezenove) não localizadas, 113 (cento e

treze) desistentes e 32 (trinta e duas) em duplicidade. A Auditoria consignou que, não obstante o

aumento das vagas na Educação Infantil, a demanda ainda não havia sido totalmente atendida,

pois, de acordo com os dados divulgados pela Origem, a demanda no final do exercício de 2008

era de 72.192 (setenta e duas mil cento e noventa e duas) vagas, sendo 57.607 (cinquenta e sete

mil seiscentas e sete) para creches, de 0 (zero) a 3 (três) anos, e 14.585 (quatorze mil quinhentas

e oitenta e cinco) para pré-escola, de 4 a 5 anos2. Diante de todo o exposto, a Subsecretaria de

Fiscalização e Controle consignou o seguinte: 1 - com relação às decisões judiciais relativas ao

atendimento de crianças que esperam por vagas em creches da Educação Infantil, verificou que,

no período de 1º de janeiro de 2008 a 15 de abril de 2009, foram expedidas decisões para

atendimento de 1.071 (mil e setenta e uma) crianças, visto que 30 (trinta) crianças permanecem

cadastradas aguardando para serem matriculadas e 88 (oitenta e oito) crianças estão aguardando a

confirmação da matrícula, ou seja, a decisão não foi ainda cumprida nesses casos; e para 225

(duzentas e vinte e cinco) crianças a Secretaria Municipal de Educação não prestou informação

quanto ao atendimento. 2 - No que tange à Municipalidade ter incorrido em multa por

descumprimento de decisão judicial, a Secretaria Municipal de Educação alegou: 'que não

existem execuções judiciais em andamento, com o fim de compelir a Municipalidade a recolher

valores referentes à condenação de multa por descumprimento de decisões judiciais'. 3 - Quanto

às providências para atendimento das decisões judiciais, a Secretaria Municipal de Educação

esclareceu que executa ações no sentido de ampliação da oferta existente, com o aumento de

vagas nas unidades em funcionamento, com a celebração de novos convênios e construção de

novas unidades (item 3.1). 4 - Quanto aos Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta

firmados pela Municipalidade para abertura de novas vagas, originários dos Inquéritos Civis nº

718/05 e nº 330/073, verificamos que as prestações de contas foram efetuadas ao Ministério

Público do Estado de São Paulo, com a informação do número de vagas criadas além do

ajustado, 111.727 (cento e onze mil setecentas e vinte e sete) novas vagas (Educação Infantil e

Ensino Fundamental) e 20.118 (vinte mil cento e dezoito) novas vagas (Educação Infantil),

respectivamente (item 3.2). 5 - No que tange ao Termo de Compromisso de Ajustamento de

Conduta nº 718/05, o pleno atendimento das vagas previstas para as unidades de EMEI e EMEF

dependiam da conclusão das obras em andamento; no entanto, a Secretaria Municipal de

Educação não se manifestou quanto à conclusão ou não das obras. Foi proposto, ao final, envio

de Ofício à Secretaria Municipal de Educação a fim de que informasse qual a situação de

atendimento das decisões judiciais em relação às 225 (duzentas e vinte e cinco) crianças, bem

como informasse os dados dos processos faltantes e o respectivo atendimento das decisões; e se

as obras previstas no Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta – TCAC nº 718/05 –

foram concluídas e se as vagas previstas para EMEI (Escola Municipal de Ensino Infantil) e

EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) foram atendidas. Por fim, consignou que a

Secretaria Municipal de Educação necessita aperfeiçoar os controles em relação ao atendimento

às decisões judiciais, de modo que crie procedimentos que permitam o controle centralizado de

atendimento de todas as decisões judiciais, independentemente de quem seja o intimado a

cumprir a sentença (Secretário, Diretor da Diretoria Regional de Educação, Diretor de Escola

1 Folhas 600/618. 2 Informação extraída do DOC de 13 de março de 2009. 3 Ver folhas 708.

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etc.), possibilitando informações sobre o histórico de atendimento e o controle gerencial por

parte do Gabinete da Secretaria, controle este que, de preferência, deverá ser informatizado,

tendo em vista a dimensão da rede pública municipal. (folhas 757/762) Oficiada, a Origem

apresentou seus esclarecimentos às folhas 764/807. Em nova manifestação, a Especializada

entendeu que a Origem não forneceu elementos para concluir quanto ao atendimento das

decisões judiciais em relação às 225 crianças e aos processos faltantes. Observou, quanto à

conclusão das obras previstas no TCAC nº 718/05, especificamente quanto ao atendimento das

vagas previstas para EMEI e EMEF, que, segundo a Origem, foram finalizadas as obras das

EMEFs e também a 2ª fase dos CEUs, de forma que superaram em muito as vagas pendentes do

TCAC, mas que, no entanto, em relação às EMEIs, restam três em andamento, com previsão de

conclusão ainda nesse ano. Destacou, por fim, que não houve manifestação sobre as conclusões

alcançadas no Relatório de Inspeção. (folhas 810/811) A Assessoria Jurídica de Controle Externo

consignou que decorre da inspeção realizada que a Origem não detém um controle eficiente

acerca das demandas judiciais ajuizadas que têm por objeto o atendimento por vagas de creche

na rede municipal de ensino. Por essa razão, não há evidência de que a documentação oferecida

pela Secretaria Municipal de Educação refere-se, pontualmente, aos dados veiculados na matéria

jornalística da qual se iniciou o presente. Ademais, observou que a Origem trouxe à lume uma

série de demandas judiciais, citando os Termos de Ajustamento de Conduta celebrados com o

Ministério Público do Estado de São Paulo em 2005, bem como argumentos acerca da construção

de unidades escolares, o que extrapola o objeto da presente inspeção, que se concentra na

situação judicial referente às deficiências de vagas para creches no período de janeiro de 2008 a

abril de 2009. Assim, na esteira da conclusão da Auditoria, entendeu estar prejudicada qualquer

análise comparativa ou conclusão a respeito do cumprimento (ou não) das decisões judiciais que

determinaram o atendimento das demandas por creches, sob pena de incidência de multa diária

por aluno não matriculado. Destacou que o Ministério Público de São Paulo obteve êxito, em

sede de recurso especial (nº 474.361-SP), em pedido elaborado em ação civil pública intentada

com o objetivo de assegurar vagas em creches municipais às crianças de zero a três anos e onze

meses. O recurso extraordinário encontra-se pendente de julgamento pelo Supremo Tribunal

Federal. Por fim, endossou as recomendações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle sobre a

necessidade de aperfeiçoamento dos controles sobre o cumprimento de decisões judiciais, a fim

de propiciar o efetivo atendimento aos direitos reconhecidos em sentenças proferidas pelo Poder

Judiciário e, por consequência, o conhecimento exato do número de alunos que ainda espera por

uma vaga em creche, nos seguintes termos: 'Cumpre considerar inicialmente, que não há

evidência de que a documentação oferecida às fls. 774/784 refere-se pontualmente à matéria

veiculada na imprensa em 06.03.09 (fl. 07), escopo do presente Relatório de Inspeção, que

compreende a demanda para o provimento de vagas de creche a crianças residentes na região da

zona leste de São Paulo. Ademais, parece-nos que as razões de fls. 772/773 e fls. 785/786 trouxe

a lume uma série de demandas judiciais, citando o Termo de Ajustamento de Conduta celebrado

com o Ministério Público do Estado de São Paulo em 2005, bem como argumentos a respeito da

construção de unidades escolares, consideradas de maneira global, extrapolando o objetivo do

trabalho de fiscalização formalizado às fls. 752/762-verso, que concentrou a situação judicial

referente às deficiências de vagas para creches no período de janeiro de 2008 a abril de 2009 (fl.

810). Neste sentido, como bem observado por AUD, resta prejudicada qualquer análise

comparativa ou conclusão a respeito do cumprimento das decisões judiciais que determinaram o

atendimento das demandas por creches, sob pena de incidência de multa diária por aluno não

matriculado. Importante ressaltar, na esteira da observação de AUD, à fl. 761-verso, que não há

razão para que as demandas judiciais ajuizadas sejam conduzidas de forma pulverizada pelos

diversos departamentos desta municipalidade, de acordo com o sujeito passivo do processo

judicial - Secretário Municipal de Educação, Diretor de DRE, Diretor de Escola -, o que torna

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absolutamente impossível a compilação sistêmica de todas as demandas por vagas de creche

sobre a Rede Municipal de Ensino, notadamente pela quantidade de ações com idêntico objeto

ajuizadas em face da Prefeitura de São Paulo, conforme inúmeras listagens constantes deste

processado. Em pesquisa ao site do Superior Tribunal de Justiça, encontramos o processamento

do Recurso Especial N.º 474.361-SP, em sede da Ação Civil Pública, ajuizada pelo Ministério

Público de São Paulo contra o Município de São Paulo, com o objetivo de assegurar vagas em

creches municipais às crianças de zero a três anos e onze meses. O provimento jurisdicional foi

favorável ao pedido do Parquet e o feito foi remetido ao Supremo Tribunal Federal para exame

do Recurso Extraordinário, restando, pois, pendente de julgamento definitivo. Nada obstante, no

que tange ao mérito do pleito dos munícipes noticiado à fl. 07, o posicionamento do Pretório

Excelso inclina-se no sentido de que os Municípios detêm a obrigação de prover a educação

infantil das crianças de 0 a 5 anos, nos termos da Carta Federal, artigo 208, inciso IV, a despeito

da alegação de insuficiência orçamentária para tal providência, consoante dispositivo do RE

384201 AgR / SP. Considerando o teor das decisões judiciais referentes ao objeto ora sob

análise, compelindo o Poder Público a providenciar as vagas pleiteadas pelo munícipes, em

contraponto à condução de tal situação por esta municipalidade, faz-se necessário o mapeamento

das demandas por vagas e o controle centralizado dos casos já ajuizados, seja pelo Ministério

Público, seja pelos munícipes individualmente considerados, tendo em vista a imposição de

multa por descumprimento das decisões judiciais proferidas'. (folhas 814/820) A Procuradoria da

Fazenda Municipal observou que a Pasta demonstrou ter adotado, na esfera de sua competência,

as providências cabíveis, entendendo, contudo, pertinentes as recomendações dos Órgãos

Técnicos. Por derradeiro, opinou pelo conhecimento e registro dos resultados auferidos na

Inspeção. (folhas 822/828) A Secretaria Geral, por seu turno, propugnou pelo conhecimento e

registro da Inspeção, endossando as recomendações propostas por AUD, apoiadas pela

Assessoria Jurídica. (folhas 830/831) É o Relatório. Voto: Como resultado das trocas de

informações ocorridas entre este Tribunal e a Secretaria Municipal de Educação, a Subsecretaria

de Fiscalização e Controle apurou, preliminarmente, o seguinte: '1) Foi constatado que no

período de 1º de janeiro de 2008 a 15 de abril de 2009 foram expedidas decisões judiciais para

atendimento de 1.071 [mil e setenta e uma] crianças, sendo que 671 [seiscentas e setenta e uma]

foram matriculadas, 30 [trinta] crianças permanecem cadastradas aguardando para serem

matriculadas, 88 [oitenta e oito] crianças estão aguardando a confirmação da matrícula, ou seja, a

decisão ainda não foi cumprida nesses casos; 57 [cinquenta e sete] são desistentes/não

localizadas e para 225 [duzentas e vinte e cinco] crianças a Secretaria Municipal de Educação

não prestou informação quanto ao atendimento. O fornecimento dos dados das decisões judiciais

no período citado não abarcou todos os processos. 2) Quanto aos Termos de Compromisso de

Ajustamento de Conduta firmados pela Municipalidade para abertura de novas vagas, originários

dos Inquéritos Civis nº 718/05 e 330/07, restou sem atendimento o Termo de Compromisso de

Ajustamento de Conduta (TCAC) nº 718/05, uma vez que para o pleno atendimento das vagas

nele previstas para as unidades de EMEI (Escola Municipal de Ensino Infantil) e EMEF (Escola

Municipal de Ensino Fundamental) seria necessária a conclusão das obras em andamento. Para

EMEI’s a previsão era de 24.233 (vinte e quatro mil duzentas e trinta e três) novas vagas e foram

criadas 22.544 (vinte e duas mil quinhentas e quarenta e quatro), e para as EMEFs o previsto era

65.909 (sessenta e cinco mil novecentas e nove) e foram criadas 60.719 (sessenta mil setecentas

e dezenove). 3) a Secretaria Municipal de Educação necessita aperfeiçoar os controles em

relação ao atendimento das decisões judiciais, criando procedimentos que permitam o controle

centralizado de atendimento de todas as decisões judiciais, independente de quem seja o intimado

a cumprir a sentença (Secretário, Diretor Regional, Diretor de Escola, Chefe de Gabinete etc.),

possibilitando informações sobre o histórico de atendimento e o controle gerencial por parte do

Gabinete da Secretaria; controle este que de preferência deverá ser informatizado tendo em vista

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a dimensão da rede pública municipal.' Depois de prestadas as últimas informações pela Origem,

a Auditoria completou o relatório: '1) Tendo em vista que eram 225 [duzentas e vinte e cinco] as

crianças não atendidas, e que a Origem justificou a situação de 455 [quatrocentas e cinquenta e

cinco] crianças, sem no entanto identificar quais dessas correspondem às 255 [duzentas e

cinquenta e cinco] citadas e não identificadas nominalmente à época do relatório, não é possível

estabelecermos qualquer comparação e concluirmos quanto ao atendimento ou não dessas

decisões bem como quanto aos processos faltantes. 2) Quanto à conclusão das obras previstas no

Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta nº 718/05, especificamente quanto ao

atendimento das vagas previstas para EMEI (Escola Municipal de Ensino Infantil) e EMEF

(Escola Municipal de Ensino Fundamental), a Origem informou que finalizou as obras das

EMEFs e também da 2ª fase dos CEUs, de forma que superaram em muito as vagas pendentes do

Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta. No entanto, em relação às EMEIs,

informou que restavam três em andamento, com previsão de conclusão para o ano de 2011'. As

conclusões evidenciaram falhas nos sistemas de controle de ações judiciais que tenham por

objeto a garantia de vagas em creches e demais escolas integrantes da rede de ensino municipais.

Não há razão para que as demandas judiciais ajuizadas com similitude de pedido sejam

conduzidas de forma pulverizada pelos diversos departamentos da Secretaria Municipal de

Educação, adotando como critério o sujeito passivo do processo judicial (Secretário Municipal de

Educação, Diretores Regionais, Diretor de Escola etc.), uma vez que torna absolutamente

impossível (consoante comprovado por meio da presente inspeção) a compilação sistêmica de

todas as demandas por vagas em creches, notadamente pela quantidade de ações com idêntico

objeto ajuizadas em face da Prefeitura de São Paulo. Por conseguinte, se ineficiente o sistema de

controle sobre essas ações, ineficaz também será o controle sobre o efetivo cumprimento aos

direitos reconhecidos em sentenças proferidas pelo Poder Judiciário, inclusive com imposição de

multa diária por seu descumprimento e, por consequência, o conhecimento exato da demanda que

ainda espera por uma vaga em creches. Com efeito, no caso dos autos, não houve como se apurar

o efetivo número de demandas no período noticiado nas reportagens que deram início à presente

Inspeção (de 1º de janeiro de 2008 a 15 de abril de 2009), bem como a situação atual de cada

uma dessas demandas, sendo impraticável a verificação do cumprimento (ou não) das decisões

judiciais por parte da Origem. Diante de todo o exposto, com amparo na manifestação dos

Órgãos Técnicos e da Secretaria Geral, CONHEÇO DA INSPEÇÃO e dos resultados alcançados

pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle, nos termos do artigo 2º da Resolução 6/2000 deste

Tribunal de Contas, para fins de registro. Determino o envio de Ofício à Origem com a

determinação de que aperfeiçoe os controles em relação ao atendimento das decisões judiciais,

nos exatos termos propostos pela Auditoria deste Tribunal acima mencionado. Determino o

envio de cópias da presente decisão ao Ministério Público do Estado de São Paulo, para ciência

de todo o apurado. Após o cumprimento das formalidades legais, arquivem-se os autos.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Roberto Braguim –

Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." 3) TC 2.982.05-16 –

Secretaria Municipal de Educação – SME e Comunidade Cantinho da Paz – Convênio 002/2002

R$ 562.334,40, TAs s/nº R$ 691.610,40 (prorrogação de prazo e reajuste para o período de

14/1/2004 a 31/12/2004 – sem lavratura do respectivo TA) e 010/2004 R$ 185.758,11 (alteração

de cláusulas e valor "per capita") – Manter em funcionamento um equipamento destinado ao

atendimento, na área educacional, a portadores de deficiência mental leve e/ou moderada

ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por

maioria, consoante declaração de voto apresentada pelo Conselheiro João Antonio – Revisor,

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pelo voto do Conselheiro Maurício Faria e nos termos do voto proferido em separado pelo

Conselheiro Domingos Dissei, que consignou o caráter excepcional, em acolher o Convênio

002/2002 e os termos de aditamento dele decorrentes. Vencido o Conselheiro Edson Simões –

Relator, com relatório e voto, que julgou irregulares os instrumentos. Acordam, ademais, à

unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros produzidos, tendo o Conselheiro Edson Simões –

Relator o feito por não haver comprovação de prejuízo ao erário e com amparo na manifestação

da Secretaria Geral desta Corte. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, depois de

cumpridas as formalidades legais, o arquivamento dos autos. Relatório: Cuidam os autos da

análise do Convênio n° 02/2002, do Termo Aditivo não lavrado, o qual se refere à prorrogação e

reajuste para o período de 14 de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2004, e do Termo Aditivo

n° 10/2004, firmados entre a Secretaria Municipal de Educação e a Comunidade Cantinho da

Paz, referente ao atendimento, na área educacional, a portadores de deficiência mental leve e/ou

moderada, no valor total de R$ 1.439.702,91 (um milhão, quatrocentos e trinta e nove mil,

setecentos e dois reais e noventa e um centavos), para o período de 14 de janeiro de 2002 a 13 de

janeiro de 2006. A Coordenadoria II, em exame preliminar, concluiu pela irregularidade do

Convênio e dos Termos Aditivos pelos seguintes motivos: - Convênio n° 02/2002: a)

Infringência às Instruções n° 01/92 e à Resolução n° 04/96, por atraso na remessa da

documentação; b) desrespeito ao artigo 2° da Lei Federal n° 9.012/95, pela não apresentação do

Certificado de Regularidade Fiscal perante o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) à

época da lavratura do ajuste; e c) violação ao § 2° do artigo 57 da Lei Federal n° 8.666/93, por

consignar no presente Convênio cláusula de prorrogação automática. - Termo Aditivo referente

ao período de 14 de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2004: a) infringir as Instruções n°

01/02 e a Resolução n° 05/02, pelo não encaminhamento das informações do ajuste por meio do

SERI; b) ofensa ao § 2° do artigo 57 da Lei Federal n° 8.666/93, por falta de Despacho

Autorizatório para a prorrogação; c) infringir o artigo 60 da Lei Federal n° 4.320/64, por falta de

Despacho Autorizatório prévio à despesa; e d) Infringir o artigo 44 do Decreto Municipal n°

44.279/2003, por prorrogação contratual verbal. - Termo Aditivo n° 10/2004: a) infringir as

Instruções n° 01/02 e a Resolução n° 05/02, pelo não encaminhamento das informações do

presente ajuste por intermédio do SERI; e b) por suceder os ajustes anteriores, considerados

irregulares. (folhas 79/87) A Assessoria Jurídica, em manifestação preliminar, endossou as

conclusões da Auditoria, de forma que opinou pela irregularidade dos instrumentos analisados,

nos seguintes termos: 'Por tudo exposto, entendemos que: o Convênio nº 02/2002 encontra-se

irregular; a prorrogação referente ao período de 14.01.04 a 31.12.04 e o Termo Aditivo nº

10/2004, poderão ser suas falhas relevadas ficando o acolhimento pendente de julgamento do

citado Convênio. Por fim, tendo em vista as peculiaridades que norteiam o Convênio em questão,

entendemos, conveniente sejam a Origem e a Entidade conveniada intimadas para se manifestar

nos autos em relação às conclusões exaradas pelos órgãos técnicos desta Corte de Contas e assim

trazer as informações e esclarecimentos pertinentes'. (folhas 90/96) Intimados os Ordenadores de

Despesa (Secretário de Educação, à época) e oficiada a Origem, todos apresentaram defesa.

(folhas 99/155) Em nova manifestação, a Coordenadoria II reiterou sua conclusão inicial pela

irregularidade do convênio e dos termos aditivos. (folhas 157/161) Instada a se manifestar, a

Assessoria Jurídica ratificou seu entendimento pela irregularidade do convênio. Contudo, com

relação aos termos aditivos, opinou pela relevação das falhas apontadas, nos seguintes dizeres:

'De nossa parte, diante do exposto, verificamos que não foram trazidos aos autos nenhum fato ou

informações novas, capazes de alterar as conclusões desta Assessoria, pelo que ratificamos

nossas conclusões de fls. 90 a 96, qual seja, irregularidade do Convênio nº 02/2002; em relação à

prorrogação referente ao período de 14.01.04 a 31.12.04 e o Termo Aditivo nº 10/2004, esses

poderão ter suas falhas relevadas ficando o acolhimento pendente de julgamento do citado

Convênio, pelos motivos ali expostos'. (folhas 164/168) A Procuradoria da Fazenda Municipal

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opinou pela regularidade de todos os instrumentos. A Secretaria Geral, por seu turno, salientou as

características dos convênios e entendeu que o interesse público envolvido no objeto do ajuste –

atendimento na área educacional a portadores de deficiência mental – permitiria a convalidação

das falhas apontadas, motivo pelo qual propuseram o acolhimento do convênio e dos termos

aditivos. Parecer na íntegra: 'De se observar, por primeiro, esta Secretaria Geral, sobre o

assunto manifestou-se em diversos processos que tratam de matéria análoga a aqui

analisadas, onde expressei meu entendimento no sentido que o instrumento objeto de

análise constitui ajuste em que os interesses são convergentes, em busca de um fim público,

configurando o chamado convênio administrativo, definido pela doutrina como um acordo

celebrado entre o Poder Público e entidades públicas ou privadas para a realização de

objetivos de interesse comum, em regime de mútua cooperação. Conforme leciona Marçal

Justen Filho, no convênio administrativo: ‘a avença é instrumento de realização de um

determinado e específico objetivo, em que os interesses não se contrapõem ― ainda que

haja prestações específicas e individualizadas, a cargo de cada partícipe’. No ajuste ora

examinado, a PMSP (através da Secretaria Municipal de Educação) e a Comunidade

Cantinho da Paz figuram como partícipes, com as mesmas pretensões, e não partes, com

interesses opostos, estando os objetivos comuns ― de interesse da coletividade ―

definidos na cláusula primeira e as responsabilidades mútuas, descritas na cláusula quarta.

Como se cuida de um convênio, e não de um contrato, impõe-se verificar se foram observadas

as exigências do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93, que devem ser cumpridas em tudo que

seja compatível com o objeto do convênio, pois o objetivo do dispositivo é o de estabelecer

normas sobre a aplicação e o controle dos recursos repassados. Ainda que não elididas as

impropriedades apontadas, uma vez que a Origem vem tomando providências no sentido de

que não mais ocorram as irregularidades apuradas, entendo que o interesse público

envolvido no objeto dos ajustes ― atendimento na área educacional a portadores de

deficiência mental leve e/ou moderada― permite a convalidação das falhas, que não

tiveram o condão de macular substancialmente os instrumentos analisados. Efetivamente, o

princípio da supremacia do interesse público, que deve servir como vetor de interpretação

na edição de leis ou atos normativos, assim como em sua aplicação, recomenda o

acolhimento dos ajustes examinados, à vista do caráter formal das impropriedades

constatadas e da ausência de prejuízo, dolo ou má-fé. Ademais, nada foi apontado quanto

ao Plano de Trabalho elaborado (fls. 04/10), o que conduz à conclusão no sentido de que

foram atendidas as exigências do art. 116 da Lei Federal nº 8.666/93. Diante do exposto,

endossando as considerações da Procuradoria da Fazenda Municipal, opino pelo

acolhimento do Convênio nº 002/2002 e respectivos Termos de Aditamento, com as

determinações entendidas cabíveis à vista das impropriedades constatadas'. (folhas 170/177

e 179/182) É o relatório. Voto: A Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu pela

irregularidade dos instrumentos analisados nos seguintes termos: '1) o Convênio nº 002/2002

encontra-se irregular por infringência: a) às instruções 01/92 e à Resolução nº 04/96, por atraso

na remessa da documentação; b) ao artigo 2º da Lei Federal nº 9.012/95 pela não apresentação do

Certificado de Regularidade Fiscal do FGTS à época da lavratura do ajuste; e c) ao § 2º do artigo

57 da Lei Federal nº 8.666/93 por consignar no presente Convênio cláusula de prorrogação

automática. 2) o Termo Aditivo referente ao período de 14 de janeiro de 2004 a 31 de dezembro

de 2004 encontra-se irregular por infringência: a) às Instruções nº 01/02 e à Resolução nº 05/02,

pelo não encaminhamento das informações do ajuste através do SERI; b) ao § 2 º do artigo 57 da

Lei Federal nº 8.666/93 por falta de Despacho Autorizatório para a prorrogação; c) ao artigo 60

da Lei Federal nº 4.320/64 por falta de Despacho Autorizatório prévio à despesa; e d) ao artigo

44 do Decreto Municipal nº 44.279/03, devido à prorrogação contratual verbal. 3) o Termo

Aditivo nº 010/2004 encontra-se irregular por acessoriedade'. A Assessoria Jurídica de Controle

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Externo ponderou: 'Por tudo exposto, entendemos que: o Convênio nº 02/2002 encontra-se

irregular; a prorrogação referente ao período de 14 de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2004

e o Termo Aditivo nº 10/2004, poderão ter suas falhas relevadas ficando o acolhimento pendente

de julgamento do citado Convênio'. Considerando as manifestações da Subsecretaria de

Fiscalização e Controle e da Assessoria Jurídica de Controle Externo, cujos fundamentos adoto

como razões de decidir, e em coerência com o posicionamento por mim adotado nos TCs

3.407/05-03, 4.237/05-28, 585/08-06, 3.933/03-84 e 4.287/03-87 (que trataram das mesmas

irregularidades), JULGO IRREGULARES o Convênio nº 02/2002, o Termo Aditivo referente ao

período de 14 de janeiro de 2004 a 31 dezembro de 2004 e o Termo Aditivo nº 10/2004, sendo

irregular este último por acessoriedade. Acolho os efeitos financeiros produzidos, devido à não

comprovação de prejuízo ao erário nos autos, bem como em atenção à proposta da Secretaria

Geral, que assim ressaltou: 'Ainda que não elididas as impropriedades apontadas, a Origem

vem tomando providências no sentido de que não mais ocorram as irregularidades

apuradas; entendo que o interesse público envolvido no objeto dos ajustes ― atendimento

na área educacional a portadores de deficiência mental leve e/ou moderada ― permite a

convalidação das falhas, que não tiveram o condão de macular substancialmente os

instrumentos analisados. Diante do exposto, endossando as considerações da Procuradoria

da Fazenda Municipal, opino pelo acolhimento do Convênio nº 002/2002 e respectivos

Termos de Aditamento'. Cumpridas as formalidades legais, arquivem-se os autos. Declaração

de voto apresentada pelo Conselheiro João Antonio: Em processos análogos, esta Corte de

Contas, diante do notório interesse público, acolheu o convênio e determinou a adoção de

providências pela Secretaria de Educação para exclusão da cláusula de prorrogação automática

de prazos dos convênios, de forma a exigir termo aditivo para suas prorrogações. Processos TCs

1.009.04-07 e 1.163.04-99. Consoante previsão nos autos do processo, a Origem já tomou

providências para evitar a prorrogação automática, sendo as demais irregularidades passíveis de

serem superadas, uma vez que meramente formais. Ante o exposto, com apoio nos fundamentos

da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, voto pelo ACOLHIMENTO E

REGULARIDADE DO CONVÊNIO E DE TODOS OS TERMOS DE ADITAMENTO. Voto

em separado proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei: Na esteira das manifestações da

Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, acolho excepcionalmente os ajustes

em julgamento. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Relator, Maurício

Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a)

Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) João Antonio – Conselheiro

Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos

do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte.” 4) TC 38.06-23 – Secretaria Municipal

de Educação – SME e Cooperativa Paulista de Teatro – Contrato 85/SME/2005 R$ 856.800,00 –

Realização de espetáculos artísticos nos CEUs, em cumprimento à programação de atividades

afeta à execução do Programa "São Paulo é uma Escola", com a realização no período de 23 de

setembro a 18 de dezembro de 2005, para os alunos da Rede Municipal de Ensino, oferecendo

oportunidades de enriquecimento cultural e educacional, possibilitando o acesso a eventos de boa

qualidade de forma a colaborar com seu desenvolvimento sociocultural. Após o relato da

matéria, "o Conselheiro Edson Simões – Relator julgou irregular o Contrato 85/SME/2005,

considerando que: - a Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte apontara, dentre

outros aspectos, a "infringência ao artigo 61 da Lei Federal 4.320/64 e ao artigo 5º do Decreto

Municipal 23.639/87, pela emissão da Nota de Empenho (26.09.05) após o início de vigência

(23.09.05)"; - a Secretaria Geral deste Tribunal entendera que "a presente contratação direta para

realização de espetáculos nos CEUs, através da Cooperativa Paulista de Teatro, mediante

inexigibilidade de licitação, não poderia ter sido firmada, posto que não é a referida cooperativa

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empresária exclusiva dos referidos grupos teatrais". Sua Excelência, todavia, tendo em vista que

o procedimento não demonstrara, no caso concreto, má-fé ou prejuízo ao erário, conforme foi

apontado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Casa, acolheu, excepcionalmente,

os efeitos financeiros produzidos. Ademais, na fase de votação, o Conselheiro João Antonio –

Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 5) TC 6.215.04-78 – Secretaria

Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Construções e Comércio Camargo Correa

S.A. – Contrato 059/Edif/2004 R$ 58.565.359,96 – Execução de serviços e obras para construção

dos Centros Educacionais Unificados – CEUs Paraisópolis, Canto do Amanhecer e Estrelão –

Lote VII ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 6.216.04-30 e discutidos

estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, consoante declaração de voto

apresentada pelo Conselheiro João Antonio – Revisor, e pelos votos proferidos em separado

pelos Conselheiros Maurício Faria, que consignou o caráter excepcional, e Domingos Dissei, em

julgar regular o Contrato 059/Edif/2004. Vencido o Conselheiro Edson Simões – Relator, com

relatório e voto, que julgou irregular o contrato, aplicou multa ao responsável, bem como

declarou que os efeitos financeiros produzidos pelo ajuste serão apreciados quando do

julgamento da análise da execução contratual. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar,

depois de cumpridas as formalidades legais, o arquivamento dos autos. Relatório e voto

englobados: v. TC 6.216.04-30. Declaração de voto englobada apresentada pelo Conselheiro

João Antonio: v. TC 6.216.04-30. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro

Maurício Faria: v. TC 6.216.04-30. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro

Domingos Dissei: v. TC 6.216.04-30. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões

– Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de

julho de 2014. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) João

Antonio – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o

Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 6) TC 6.216.04-

30 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Heleno & Fonseca

Construção Técnica Ltda. – Contrato 060/Edif/04 R$ 59.914.631,12 – Execução de serviços e

obras para construção dos Centros Educacionais Unificados – CEUs Jardim Paulistano, Jaguaré e

Jardim Britânia – Lote VIII ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC

6.215.04-78 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam

os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, consoante

declaração de voto apresentada pelo Conselheiro João Antonio – Revisor, e pelos votos

proferidos em separado pelos Conselheiros Maurício Faria, que consignou o caráter excepcional,

e Domingos Dissei, em julgar regular o Contrato 060/Edif/04. Vencido o Conselheiro Edson

Simões – Relator, com relatório e voto, que julgou irregular o contrato, aplicou multa ao

responsável, bem como determinou à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte a

análise da execução contratual para fins de apreciação dos efeitos financeiros produzidos pelo

ajuste. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, depois de cumpridas as formalidades

legais, o arquivamento dos autos. Relatório englobado: Cumpre relatar, de forma englobada, os

TC nºs 6.215/04 e 6.216/04. Cuidam os autos da análise e julgamento do TERMO DE

CONTRATO nº 59/EDIF/04, decorrente da CONCORRÊNCIA nº C07/SSO/2003, analisada no

TC nº 6.209/04-75, firmado entre a SECRETARIA DE SERVIÇOS E OBRAS e

CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA S.A., objetivando a execução dos

serviços e obras para a construção dos Centros Educacionais Unificados – CEUs – Paraisópolis,

Canto do Amanhecer e Uirapuru (antigo Estrelão), constituindo o LOTE VII da precitada

Concorrência, no valor de R$ 58.565.359,96 (cinquenta e oito milhões, quinhentos e sessenta e

cinco mil, trezentos e cinquenta e nove reais e noventa e seis centavos). 1 – folhas 15/26. A

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Subsecretaria de Fiscalização e Controle, no tocante ao procedimento seletivo tratado no TC

anteriormente citado, se manifestou pela irregularidade, em razão da ausência dos documentos

apontados nos incisos I e II do artigo 16 da Lei Federal nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade

Fiscal. No respeitante ao CONTRATO, opinou em sentido idêntico pela infringência à cláusula

sétima do Ajuste, por não ter sido localizada, no processo administrativo, a Ordem de Início, e

por ter sido cancelada, em sua totalidade, a Nota de Empenho nº 38.514/04, embora tenha sido

emitida previamente e em valor suficiente para atender a despesa programada. 2 – folhas 29/31.

Em observância aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, foram

intimados o Ordenador da Despesa e o Signatário do Contrato, identificados sob folhas 33/34 e

35/36 dos autos– que apresentaram DEFESAS. 3 – folhas 34/35. O então Secretário da Secretaria

de Serviços e Obras, Ordenador da despesa, sustentou que a Pasta atuava como Unidade

Executora de programas de governo afetos às outras Secretarias, não detendo, portanto,

competência para programar ações tendentes ao cumprimento dos objetivos traçados pelo

Governo Municipal. Afirmou, quanto ao desatendimento dos dispositivos da Lei de

Responsabilidade Fiscal, que sua Pasta se louvou na Resolução nº 02/2001 (Diário Oficial do

Município de 6/2/2001), e que o objeto da licitação 'não espelha a criação, expansão ou

aperfeiçoamento de ação governamental não se sujeitando, portanto, ao referido diploma legal'.

Quanto ao cancelamento da totalidade da Nota de Empenho nº 38.514/04, esclareceu que o fato

decorreu da necessidade da priorização de outros projetos de governo, não lhe restando escolha

senão a de postergar o início da execução do Ajuste, afirmando que o respectivo retardo nenhum

prejuízo causou ao Erário Público Municipal. (folhas 37/45) O Diretor do Departamento de

Edificações, Signatário do Contrato, à época, alegou em sua Defesa, (fls. 63/69) que, em

03/06/03, encaminhou o Memorando nº 192/EDIF/03, à Secretaria Municipal de Educação, a fim

de que atendesse ao disposto no artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ressaltou que a

licitação e o Contrato realizados demonstraram, desde seu início, adequação orçamentária,

previstas em dotações específicas e suficientes, de forma a não ultrapassar os limites do crédito

para o exercício, sendo de todo compatíveis com as metas, diretrizes e objetivos traçados na Lei

de Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual. 4 – folhas 37/62 e 63/69. A Subsecretaria de

Fiscalização e Controle reiterou os termos de sua precedente manifestação, argumentando, que

sem o atendimento do disposto no parágrafo 4º do artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal, o

procedimento licitatório não poderia sequer ter sido iniciado. 5 – folhas 83/86. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo concluiu no sentido do acolhimento do Contrato, em caráter

excepcional, bem como dos efeitos financeiros produzidos, argumentando que a Lei de

Responsabilidade Fiscal trouxe significativas inovações ao país, visando o uso e registro dos

recursos orçamentários pelos agentes públicos, com vista ao equilíbrio das contas públicas,

atribuindo responsabilidades ao administrador público pela concretização dos programas de

governo, em fase de conclusão, assim como a otimização e planejamento dos projetos novos,

introduzindo mecanismos contábeis garantidores da manutenção da ordem e do respeito ao

Erário Público. Afirmou ainda, que 'Diante dos elementos dos autos, é possível aferir que os

CEUs não constituíram essa realidade. Pelo que se denota, corresponderam a equipamentos

idealizados, construídos e entregues à sociedade, para satisfação dos fins a que foram colimados.

Nasceram, ademais, pari passo à edição da norma atacada, Lei Complementar nº 101/2000,

quando interpretações borbulhavam com maior veemência e regras se estabeleciam à sua

concreta aplicação'. E, que 'ainda que precária a forma de cumprimento do disposto em seu artigo

16, inciso I e II, pensamos que a circunstância fática anunciada e os esforços administrativos

dispensados reúnem os elementos necessários à satisfação das determinações legais de

responsabilidade fiscal em epígrafe'. 6 – folhas 89/94. O Órgão Fazendário acompanhou a

argumentação da Assessoria Jurídica de Controle Externo e opinou pelo acolhimento dos atos em

análise, em caráter excepcional, aduzindo que o Contrato já foi cumprido, sem qualquer prejuízo

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ao Erário e sem dolo ou má-fé por parte dos agentes públicos envolvidos. 7 – folhas 96/99. A

Secretaria Geral, reportando-se à manifestação exarada no TC nº 6.209.04-75 que versou a

análise da Concorrência C07/03, que originou o Ajuste em julgamento, sustentou quanto à

apontada infringência aos incisos I e II do artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que se

trata, na espécie, de um procedimento administrativo concluído, representando uma relação

jurídica consolidada, a qual não padece de vícios insanáveis comprometendo o interesse público

envolvido. Aduziu que, diante de um ato administrativo aparentemente ilegal, restam duas

alternativas à Administração Pública: anulá-lo pela existência de nulidade absoluta ou convalidá-

lo em virtude de vício sanável. Trouxe à colação o entendimento de Weida Zancaner segundo o

qual 'sempre que a Administração esteja perante ato insusceptível de convalidação, terá a

obrigação de invalidá-lo, a menos, evidentemente, que essa situação gerada pelo ato viciado já

esteja estabilizada pelo direito. Em tal caso, já não mais haverá situação jurídica inválida, ante o

sistema normativo e, portanto, simplesmente, não se põe o problema'. Prosseguiu afirmando, que

a desconstituição do ato geraria maiores agravos aos interesses protegidos pela ordem jurídica,

do que os resultantes do ato censurável. E que, segundo ensinamento de Marçal Justen Filho,

diante do defeituoso cumprimento do artigo 16 da LRF, caberia, em princípio, responsabilizar o

agente, que omitiu as providências necessárias, sempre observado o princípio da

proporcionalidade e a real ocorrência de lesão ao interesse público. No tocante à infringência

apontada pela Auditoria de desobediência á cláusula sétima do Contrato, em face da não emissão

da Ordem de Início e do cancelamento parcial da Nota de Empenho nº 38.51404, propôs a oitiva

da Auditoria sobre o tema, por carente o processo de elementos de convicção. 8 – folhas

101/106. Realizada diligência nos documentos da Origem, a Auditoria reiterou parecer pela

irregularidade do Contrato, afirmando que: 'Diante da análise procedida, constatamos a

infringência ao artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/64 e Decreto Municipal nº 23.639/87, referente

aos itens 2.1 e 2.2' –, pois para o Centro Educacional Unificado Recanto do Amanhecer não

havia cobertura prévia de Nota de Empenho para a despesa programada para o exercício de 2007,

em ofensa ao artigo 61 da Lei Federal 4.320/64 e ao Decreto Municipal nº 23.639/87, e quanto ao

Centro Educacional Unificado Paraisópolis, em virtude da extemporaneidade da emissão da Nota

de Empenho, infringindo o citado artigo 61 da Lei federal mencionada – e, no tocante ao Centro

Educacional Unificado Uirapuru, em decorrência da não emissão da Ordem de Início (folhas

128/130). 9 – folha 109/130. Em razão do referido pronunciamento da Auditoria, foi concedido o

aos Defendentes o direito de aditamento às defesas apresentadas e de eventuais justificativas por

parte da Origem. 10 – folhas 134/138. A Coordenadoria VI, diante dos argumentos da Origem e

pelo responsável, (folhas 160/169), entendeu que a documentação apresentada não permitiu

afastar os apontamentos de folha 130 (infringência ao artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/64 e ao

Decreto Municipal nº 23.639/87), para os Centros Educacionais Unificados: Recanto do

Amanhecer e Paraisópolis. E mais, 'conforme apontado no TC nº 72.000.586.08-60, outra

irregularidade verificada consiste na cessão das obras e serviços referentes ao CEU Paraisópolis,

em afronta ao artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal e aos artigos 50, in fine, e 78, inciso

VI, da Lei Federal nº 8. 666/93. Tampouco foram apresentados novos elementos que

justificassem rever o posicionamento deste Órgão Técnico quanto à irregularidade inicialmente

apontada, motivo pelo qual ratificamos a conclusão de fl. 30: irregularidade do contrato

decorrente da irregularidade da licitação pelo desatendimento ao artigo 16, inciso I e II, da Lei de

Responsabilidade Fiscal. Por último, cabe ressaltar que, nos termos do exposto por esta

Coordenadoria no TC nº 72. 000.028.06-70, o fato de a execução dos três CEUs não ter sido

realizada simultaneamente (fl. 110), demonstra que a Origem formulou para a pré-qualificação

exigências excessivas em face da sistemática posterior de contratação, dificultando e restringindo

a participação de empresas no certame licitatório'. Enfatizou que a irregularidade afirmada sobre

a Concorrência C07/SSO/2003, redundou na consequente irregularidade do CONTRATO ora em

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análise. 11 – folhas 173/182. A Assessoria Jurídica, em razão de todo o acrescido, reiterou o

parecer no sentido do acolhimento, em caráter excepcional, do CONTRATO 059/EDIF/2004 e

pela preservação dos efeitos financeiros produzidos, sem embargo das determinações entendidas

cabíveis, propondo o acompanhamento da execução contratual. Arrematou afirmando 'Ressalto,

por fim, que eventual julgamento pela irregularidade da Concorrência objeto do TC nº

72.000.209.04-75, ensejará, por derivação, a irregularidade do presente contrato'. 12 – folhas

186/190. O Órgão Fazendário acompanhou o pronunciamento da Assessoria Jurídica. 13 – folha

192. A Secretaria Geral opinou no sentido da irregularidade do CONTRATO, sem prejuízo das

determinações julgadas cabíveis, diversamente do que opinara nos demais processos da espécie.

Afirmou que a 'afronta ao artigo 61 da Lei 4.320/64 e ao Decreto Municipal nº 23.639/87,

caracteriza a irregularidade do contrato'. E, também, que as informações 'acrescidas aos autos

demonstraram que as obras dos CEUs que compõem o Lote VII estavam em fase inicial'. E que,

'Em relação ao CEU Canto do Amanhecer, havia bloco em fase de acabamentos, outro bloco em

fase de colocação da estrutura metálica. Já no que tange ao CEU Paraisópolis, as obras estavam

em fase de realização das fundações. Quanto ao CEU Uirapuru (Estrelão), não vieram aos autos a

ordem de início do mesmo ou maiores informações prestadas pela Origem'. E arrematou:

'Considerando a situação das obras e as irregularidades indicadas, não se pode afirmar o

cumprimento do ajuste, o adimplemento dos pagamentos por parte da Administração Pública e o

alcance do interesse público, ainda que existentes irregularidades formais'. Compete , agora,

relatar o TC nº 6.216/04-30. Cuidam os autos da análise e julgamento do TERMO DE

CONTRATO nº 60/EDIF/04, decorrente da CONCORRÊNCIA nº C07/SSO/2003, analisada no

TC nº 6.209/04-75, firmado entre a SECRETARIA DE SERVIÇOS E OBRAS e HELENO &

FONSECA - CONSTRUÇÃO TÉCNICA LTDA., objetivando a execução dos serviços e obras

para a construção dos Centros Educacionais Unificados – CEUs Jardim Paulistano, Jaguaré e

Jardim Britânia, constituindo o LOTE VIII da precitada Concorrência, no valor de R$

59.914.631,12 (cinquenta e nove milhões, novecentos e quatorze mil, seiscentos e trinta e um

reais e doze centavos). 1 – folhas 15/27. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, no tocante

ao procedimento seletivo em análise no TC anteriormente citado, se manifestou pela

irregularidade, em razão da ausência dos documentos apontados nos incisos I e II do artigo 16 da

Lei Federal nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal. No respeitante ao CONTRATO,

opinou pela infringência à cláusula sétima do Ajuste, por não ter sido localizada, no processo

administrativo, a Ordem de Início, e por ter sido cancelada em sua totalidade a Nota de Empenho

nº 38.519, previamente emitida, a qual previa montante suficiente para suporte da despesa

contratada. 2 – folhas 30/32. Em observância aos princípios constitucionais do contraditório e da

ampla defesa, foram intimados o Ordenador da Despesa e o Signatário do Contrato, identificados

às folhas 34/34 e 36/37 –, que apresentaram DEFESAS. 3 – folhas 34/35, 36/37, 8/63 e 64/80. O

então Secretário da Secretaria de Serviços e Obras, Ordenador da Despesa sustentou que a Pasta

atuava como Unidade Executora de programas de governo afetos às outras Secretarias, não

detendo, portanto, competência para implementar ações tendentes ao cumprimento dos objetivos

traçados pelo Governo Municipal. Afirmou, quanto ao desatendimento dos dispositivos da Lei de

Responsabilidade Fiscal, que sua Pasta se louvou na Resolução nº 02/2001 (Diário Oficial do

Município de 6/2/2001) e que o objeto da licitação 'não espelha a criação, expansão ou

aperfeiçoamento de ação governamental não se sujeitando, portanto, ao referido diploma legal'.

E, quanto ao cancelamento da totalidade da Nota de Empenho nº 38.519, emitida previamente em

valor suficiente para o atendimento da despesa, esclareceu que o fato decorreu da priorização de

outros projetos de governo, não lhe restando alternativa senão a de postergar o início da

execução do Ajuste, afirmando que o respectivo retardo nenhum prejuízo causou ao Erário

Público Municipal. (fls. 38/46) O Ordenador da Despesa alegou em sua Defesa, que, em

03/06/03, encaminhou o Memorando nº 192/EDIF/03, à Secretaria Municipal de Educação, a fim

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de que atendesse ao disposto no artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ressaltou que a

Licitação e o Contrato realizados demonstraram, desde seu início, adequação orçamentária,

previstas em dotações específicas e suficientes, de forma a não ultrapassar os limites do crédito

para o exercício, sendo de todo compatíveis com as metas, diretrizes e objetivos traçados na Lei

de Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual. 4 – folhas 63/68. A Subsecretaria de Fiscalização

e Controle reiterou os termos de sua precedente manifestação, argumentando que sem o

atendimento do disposto no parágrafo 4º, do artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal, o

procedimento licitatório não poderia sequer ter sido iniciado. 5 – folhas 84/87. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo concluiu no sentido do acolhimento do Contrato, em caráter

excepcional, bem como dos efeitos financeiros produzidos, argumentando que a Lei de

Responsabilidade Fiscal trouxe significativas inovações ao país, visando o uso e registro dos

recursos orçamentários pelos agentes públicos, com vistas ao equilíbrio das contas públicas,

atribuindo responsabilidades ao administrador público pela concretização dos programas de

governo, quer em fase de conclusão, como a otimização e planejamento dos novos, introduzindo

mecanismos contábeis garantidores da manutenção da ordem e do respeito ao Erário Público.

Afirmou ainda, 'Diante dos elementos dos autos, é possível aferir que os CEUs não constituíram

essa realidade. Pelo que se denota, corresponderam a equipamentos idealizados, construídos e

entregues à sociedade, para satisfação dos fins a que foram colimados. Nasceram, ademais, pari

passo à edição da norma atacada, Lei Complementar nº 101/2000, quando interpretações

borbulhavam com maior veemência e regras se estabeleciam à sua concreta aplicação'. E, que

'ainda que precária a forma de cumprimento do disposto em seu artigo 16, inciso I e II, pensamos

que a circunstância fática anunciada e os esforços administrativos dispensados reúnem os

elementos necessários à satisfação das determinações legais de responsabilidade fiscal em

epígrafe'. 6 – folhas 90/95. O Órgão Fazendário acompanhou a argumentação da Assessoria

Jurídica de Controle Externo, opinando pelo acolhimento dos atos em análise, em caráter

excepcional, asseverando que o Contrato já foi cumprido, sem qualquer prejuízo ao Erário, e sem

dolo ou má-fé por parte dos agentes públicos envolvidos. 7 – folhas 99/102. A Secretaria Geral

reportando-se à manifestação exarada no TC. nº 6.209.04-75, que analisou a Concorrência nº

CO7/03, da qual se originou o Ajuste ora em julgamento, sustentou a tese reiteradamente

afirmada pela Unidade, aduzindo quanto à apontada infringência aos incisos I e II do artigo 16 da

Lei de Responsabilidade Fiscal, que se trata de um procedimento administrativo concluído –

representando uma relação jurídica consolidada, a qual não padece de vícios insanáveis

comprometendo o interesse público envolvido. E que, diante de um ato administrativo

aparentemente ilegal, restam duas alternativas à Administração Pública: anulá-lo pela existência

de nulidade absoluta ou convalidá-lo em virtude de vício sanável. Trouxe à colação o

entendimento de Weida Zancaner segundo o qual 'sempre que a Administração esteja perante ato

insusceptível de convalidação, terá a obrigação de invalidá-lo, a menos, evidentemente, que essa

situação gerada pelo ato viciado já esteja estabilizada pelo direito. Em tal caso, já não mais

haverá situação jurídica inválida, ante o sistema normativo e, portanto, simplesmente, não se põe

o problema'. Prosseguiu afirmando, que a desconstituição do ato geraria maiores agravos aos

interesses protegidos pela ordem jurídica, do que os resultantes do ato censurável. E que,

segundo ensinamento de Marçal Justen Filho, diante do defeituoso cumprimento do artigo 16 da

LRF, caberia, em princípio, responsabilizar o agente, que omitiu as providências necessárias,

sempre observado o princípio da proporcionalidade e a ocorrência da lesão ao interesse público.

No respeitante a infringência apontada pela Auditoria de ter sido desobediência à cláusula sétima

do Contrato pela não emissão da Ordem de Início e cancelamento na totalidade a Nota de

Empenho nº 38.519, propôs a oitiva da Auditoria sobre o tema, por carente o processo de

elementos de convicção. 8 – folhas 104/109. Depois de realizada diligência nos documentos da

Origem, a Auditoria reiterou parecer pela irregularidade do Contrato, de vez que, no tocante ao

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Centro Educacional Unificado Jardim Paulistano não houve cobertura prévia e integral da Nota

de Empenho para a despesa programada para os exercícios de 2006 e 2007, em ofensa aos artigos

61 da Lei Federal nº 4.320/64 e ao Decreto Municipal nº 23.639/87, o mesmo sucedendo com

relação ao Centro Educacional Unificado Jardim Britânia para o exercício de 2007 e, para o

Centro Educacional Unificado Jaguaré, que até 13/12/07 data do relatório) havia sido emitida

Ordem de Início para o empreendimento. Afirmou concretizada infringência ao artigo 61 da Lei

Federal 4.320/64 e ao Decreto Municipal 23.639/87 para os Centros Educacionais Unificados

Jardim Paulistano e Jardim Britânia. 9 – folha 140/143. Foi concedido aos Defendentes o direito

de aditamento às defesas apresentadas e de oferecimento de justificativas da Origem, em razão

do novo pronunciamento da Auditoria. 10 – folhas 154/156 e 158. A Coordenadoria VI, ante os

argumentos alinhados pela Origem e pelo Responsável identificado sob fls. 171/180 entendeu

que a documentação carreada aos autos não permitiu afastar os apontamentos no sentido da

infringência ao artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/64 e do Decreto Municipal nº 23.639/87, para o

Centro Educacional Jardim Paulistano, embora tenham sido afastados para o Centro Educacional

Britânia. Acrescentou, que conforme exposto no TC 028/06-70, 'o fato de a execução dos três

CEUs não ter sido realizada simultaneamente (folha 111) demonstra que a Origem formulou para

a pré-qualificação exigências excessivas em face da sistemática posterior de contratação,

dificultando e restringindo a participação de empresas no certame licitatório'. 11 – folhas

183/189. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, em razão do acrescido, reiterou o parecer no

sentido do acolhimento, em caráter excepcional, do CONTRATO 60/EDIF/2004 e pela

preservação dos efeitos financeiros produzidos, sem embargo das determinações entendidas

cabíveis. 12 – folhas 193/197. O Órgão Fazendário requereu o acolhimento do Contrato em

julgamento, adotando integralmente os esclarecimentos da Origem pleiteando, sucessivamente,

na hipótese de rejeição, a aceitação dos efeitos financeiros produzidos. 13 – folhas 199/206. A

Secretaria Geral em razão dos elementos trazidos para os autos, reiterou parecer no sentido da

irregularidade do Contrato 60/EDIF/04, independentemente das determinações cabíveis,

confirmando que, de fato, caracterizou-se afronta ao artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/64 e ao

Decreto Municipal nº 23.639/07, notadamente em relação ao Centro Educacional Unificado

Jardim Paulistano– uma vez que 'as informações que foram acrescidas aos autos demonstraram

que as obras dos CEUs que compõem o lote VIII, estavam em fase inicial'. 'Em relação ao CEU

Jardim Britânia, a obra estava em fase de fundação e início do pré-moldado. Já no que tange ao

CEU Jardim Paulistano, ao qual se referem às irregularidades apontadas e mantidas pela SFC, foi

indicado que havia bloco em fase de acabamentos, outro bloco em fase de colocação da estrutura

metálica e outro em fase de alvenaria. Quanto ao CEU Jaguaré, não vieram aos autos a ordem de

início do mesmo ou maiores informações prestadas pela Origem.' E que: 'Considerando a

situação das obras e as irregularidades indicadas, não se pode afirmar o cumprimento do ajuste, o

adimplemento dos pagamentos por parte da Administração Pública e o alcance do interesse

público, ainda que existentes irregularidades formais.' 14 – folhas 208/212. É o relatório. Voto

englobado: Na Sessão Ordinária 2.741ª foi prolatado voto nos TCs nº 6.209 até 6.214, todos de

2004, relatados de forma englobada, que versam sobre a execução dos serviços e obras para a

construção de 24 (vinte e quatro) Centros Educacionais Unificados – CEUs, cujos contratos

foram celebrados pela antiga Secretaria Municipal de Serviços e Obras, sendo que o TC nº 6.209-

04 tratou da Concorrência nº CO7/SSO/03, realizada com a finalidade de selecionar empresas

anteriormente pré-qualificadas para a execução do citado objeto, o qual foi objeto de exame no

TC nº 2.307-02-80. À unanimidade de votos, o Plenário deste Tribunal acolheu, por regular, a

Concorrência C07/SSO/2003, com determinação à atual Secretaria Municipal de Infraestrutura

Urbana e Obras – SIURB para que, em futuros certames, cumpra, rigorosamente, as providências

prévias estabelecidas na Lei de Responsabilidade Fiscal (artigo 16 da Lei Complementar nº

101/2000). Os CONTRATOS nºs 059 e 060/EDIF/ /2004, ora em julgamento, são decorrentes da

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referida Concorrência CO7/SSO/2003. Em ambos os TCs, a Subsecretaria de Fiscalização e

Controle, em preliminar análise da matéria, igualmente sustentou a irregularidade do certame,

sob o argumento de descumprimento dos ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal. Conforme

antes exposto, aludida preliminar foi afastada pelo Plenário, no julgamento do TC nº 6.209/2004,

sob o fundamento de tratar se de procedimento administrativo e contratos concluídos,

representando, portanto, uma relação jurídica consolidada, os quais não padecem de vícios

insanáveis a ponto de comprometerem o interessa público envolvido. Por idêntico fundamento,

portanto, restam superadas as preliminares, também suscitada pela Auditoria no exame de ambos

os Ajustes ora em julgamento. No respeitante ao TC nº 6.215/04, cumpre examinar o

entendimento da Auditoria sobre as infringências suscitadas ao artigo 61 da Lei Federal nº

4.320/64 e ao Decreto Municipal nº 23.639/87, ante a inexistência de cobertura prévia da Nota de

Empenho para a despesa programada para o exercício de 2007, para o Centro Educacional

Unificado Recanto do Amanhecer e, para o CEU Paraisópolis, embora o empenho tenha sido

prévio, a emissão da Nota de Empenho não o foi, em desrespeito aos citados artigos. E, também,

por haver sido apurado, nos autos do TC nº 586.08-60, outra irregularidade consistente na cessão

das obras e serviços de construção do aludido equipamento Paraisópolis, à empresa Renome

Incorporações e Construções Ltda. e não pela Contratada, Construções e Comércio Camargo

Correa S.A., em afronta ao artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal e aos artigos 50 "in

fine" e, artigo 78, inciso VI, da Lei Federal nº 8.666/93. E, conforme o informado à folha 124,

com referência ao Centro Educacional Unificado Uirapuru, 'não foi emitida Ordem de Início' –

folha 130. No tocante ao TC nº 6.216-04, a Auditoria constatou, igualmente, infringência ao

artigo 61 da Lei Federal nº 4320/64 e ao Decreto Municipal nº 23.639/87, em razão da ausência

de prévia e integral cobertura de Nota de Empenho para a despesa programada para os exercícios

de 2006 e 2007 para os Centros Educacionais Unificados Jardim Paulistano e Jardim Britânia. A

Especializada, no tocante ao CONTRATO Nº 59/EDIF/04 afirmou: 'Diante da análise procedida

constatamos infringência ao artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/64 e Decreto Municipal nº

23.639/87', tendo a Secretaria Geral aduzido: 'a afronta ao artigo 61 da Lei 4.320/64 e ao Decreto

Municipal nº 23.639/87, caracteriza a irregularidade do contrato'. Em idêntico sentido são os

pareceres da Auditoria e da Secretaria Geral no referente ao CONTRATO Nº 060/EDIF/04,

tendo ao Órgão Técnico por último citado assim concluído 'Considerando a situação das obras e

as irregularidade indicadas não se pode afirmar o cumprimento do ajuste, o adimplemento dos

pagamentos por parte da Administração Pública e o alcance do interesse público, ainda que

existentes irregularidades formais (...) Opino, pois, pela irregularidade do Contrato

060/EDIF//04, sem prejuízo das determinações consideradas cabíveis'. Infere-se de todo o

relatado, ter-se registrado total ausência de planejamento orçamentário por parte da Origem nas

contratações em julgamento. Dispõe o artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/64 que 'para cada

empenho será extraído um documento denominado 'Nota de Empenho', que indicará o nome do

credor, a especificação e a importância da despesa'. O tratamento jurídico do empenhamento das

despesas públicas, no Município de São Paulo, disciplinando a regulamentação dos artigos 58 a

61 da Lei Federal nº 4.320/64, é disciplinado pelo Decreto Municipal nº 23.639 de 24 de março

de 1987. De conteúdo semelhante ao artigo 60 da referida Lei Federal, o artigo 1º do citado

Decreto preceitua que: 'O empenho para a realização de despesa deverá ser prévio e não poderá

ultrapassar os recursos especificadamente destinados em lei orçamentária ou em créditos

adicionais'. Não há como negar, portanto, em razão dos fatos narrados, que os agentes

responsáveis pelas despesas em análise, se preocuparam com o eficaz planejamento operacional

e financeiro da execução da totalidade do projeto de construção dos Centros Educacionais

Unificados – CEUs. De acordo com o preceituado pelo artigo 6º do citado Decreto Municipal 'Os

servidores que ordenarem a realização de despesa em desacordo com o estabelecido nos artigos

anteriores estarão sujeitos a sanções previstas na Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979'. O

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artigo 19 da Lei Municipal nº 9.167/80, ao disciplinar as competências afetas ao Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, em seu parágrafo único dispõe 'O ordenador da despesa da

unidade orçamentária à época da ocorrência de qualquer ilegalidade ou irregularidade previstas

no inciso XIII será o responsável direto pelas mesmas, salvo se da apuração, pelos meios

competentes, resultar a identidade de outrem'. Em face do exposto, com amparo nos citados

pareceres dos Órgãos Técnicos, que endosso e ficam fazendo parte integrante do presente como

razões de decidir, JULGO IRREGULARES os CONTRATOS nºs 059 e 060/EDIF/2004. Pela

desobediência aos dispositivos legais antes enunciados, APLICO a cada um dos responsáveis

pelos gastos, devidamente identificados às folhas 04 e 25 no TC nº 6.215/04 (Contrato nº 59/04)

e às folhas 04 e 26 do TC nº 6.216-04 (Contrato nº 060/04), a MULTA, no valor de R$ 574,25

(quinhentos e setenta e quatro reais e vinte e cinco centavos), com fundamento no artigo 52 da

Lei Municipal nº 9.167/80. Quanto aos efeitos financeiros produzidos pelo CONTRATO nº

059/EDIF/2004, o julgamento do assunto será apreciado no que restar concluído nos autos do TC

nº 586.08-60 de minha relatoria, que trata do Exame da Execução Contratual, porém, em sua

integralidade. De igual modo, para fins do julgamento dos efeitos financeiros oriundos do

CONTRATO Nº 060/EDIF/2004, fica a Subsecretaria de Fiscalização e Controle autorizada a

promover o exame da execução da Avença. Depois de cumpridas as formalidades legais,

ARQUIVEM-SE OS AUTOS. Declaração de voto englobada apresentada pelo Conselheiro

João Antonio: Cuidam os autos da análise e julgamento do Termo de Contrato nº 59/04 referente

à execução de obras na Construção dos Centros Educacionais Unificados CEUs, Lote VII e o

Contrato nº 60/04 referente à execução de obras no Lote VIII. No Contrato nº 59/04 a

Especializada entendeu pela irregularidade em razão da ausência de documentos apontados nos

incisos I e II da Lei de Responsabilidade Fiscal e cancelamento da nota de empenho, embora

emitida previamente e em valor suficiente para atender a despesa programada. Quanto ao

descumprimento do disposto nos incisos I e II do artigo 16 de Lei de Responsabilidade Fiscal

tenho duas observações: - A primeira refere-se ao já colacionado na doutrina jurídica nacional na

qual, diante de um ato eivado de nulidade absoluta, duas alternativas se oferecem à

Administração Pública: anular o ato praticado, em razão de nulidade absoluta, ou convalidá-lo

em virtude de vício sanável, pois assim como há o dever de anulação, por vezes, a convalidação

também se impõe como um dever, que tem especial relevância nas atividades administrativas. -

Noutra vertente, surge a questão referente ao lapso entre a notícia que ensejou a abertura do

presente processo e seu julgamento, passados mais de 10 anos. A notoriedade de conclusão das

obras é uma realidade imposta. Qualquer vício formal oriundo das contratações foi naturalmente

suprimido nas fases posteriores e convalidado pela preclusão consumativa dos fatos

consequentes. A Assessoria Jurídica de Controle Externo manifestou-se no sentido de

acolhimento do Contrato, em caráter excepcional, bem como dos efeitos financeiros. Destacou

que, mesmo de forma precária, as circunstancias fáticas e os esforços administrativos reuniram

elementos necessários à satisfação das determinações legais da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Quanto ao cancelamento da nota de empenho, acolho a argumentação da Origem, sob a ótica da

necessidade de priorização de outros projetos do governo, impropriedade que não afetou a lisura

contratual. Os vícios apontados no Contrato nº 60/04 remetem aos mesmos argumentos

apresentados quanto ao Contrato nº 59/04. Em consonância com a manifestação apresentada pela

Assessoria Jurídica de Controle Externo, voto pela REGULARIDADE dos Contratos nº

59/EDIF/04 e 60/EDIF/04, uma vez que as manifestações apresentadas pela Origem foram

suficientes para sanar as irregularidades formais apontadas. Este é meu voto, Senhor Presidente.

Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Apenas para que

fique registrado, destaco que os processos em julgamento têm por objeto as análises formais dos

Termos de Contrato nº 059 e 060, ambos de 2004. Além disso, saliento que a licitação, da qual

decorreu o presente ajuste, tratada no TC 6.209.04-75, foi julgada regular, à unanimidade, por

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esta Corte, assim como o Edital de Pré-Qualificação (TC 316.02-09) e as outras seis contratações

decorrentes do referido procedimento licitatório, TCs 6.210.04-54, 6.211.04-17, 6.212.04-80,

6.213.04-42 e 6.214.04-05. Nestes autos, as impropriedades assinaladas pela Auditoria guardam

identidade com aquelas assinaladas nos processos já julgados, quais sejam: inobservância dos

incisos I e II da Lei de Responsabilidade Fiscal quando da realização do procedimento licitatório

e ausência de nota de empenho. Assim, como tais aspectos já foram amplamente considerados

nos julgamentos já realizados e as irregularidades relevadas, à vista dos precedentes citados, e

em conformidade com a manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo, voto pelo

acolhimento, em caráter excepcional, dos Contratos nºs 059/EDIF/2004 E 060/EDIF/2004. Voto

em separado englobado proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei: Na esteira das

manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Procuradoria da Fazenda

Municipal, cujos argumentos adoto como razão de decidir, acolho os contratos em julgamento,

com relevação das falhas apontadas. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões

– Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de

julho de 2014. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) João

Antonio – Conselheiro Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o

Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." Prosseguindo, o

Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, devolveu a direção dos

trabalhos ao Conselheiro Edson Simões. Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro

Presidente Edson Simões concedeu a palavra ao Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim

para que pudesse relatar os processos de sua pauta. – PROCESSOS RELATADOS PELO

CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM – 1) TC 1.860.09-27 –

Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Ana Maria Ottoni Sakai

e da Secretaria Municipal de Educação – SME interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular

de 23/2/2011 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Educação – SME

e Ana Maria Ottoni Sakai – Prestação de contas de adiantamento bancário – junho/2006 (R$

8.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos

quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,

em conhecer do recurso "ex officio", eis que decorrente de disposição regimental, expressada no

parágrafo único do artigo 137 do Estatuto Interno desta Casa, e dos voluntários, visto que

preenchidos os requisitos de admissibilidade estabelecidos nos artigos 138 e 139 do mesmo

diploma. Acordam, ainda, à unanimidade, no mérito, em dar provimento parcial aos recursos,

para afastar a obrigação de recolhimento da glosa, mantendo, porém, os demais termos da R.

Decisão. Relatório: Examinam-se Recurso "Ex Officio", fundamentado no disposto no parágrafo

único do artigo 137 do Regimento Interno desta Corte de Contas, e Recursos Voluntários

interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal, pela Secretaria Municipal de Educação –

SME e por Ana Maria Ottoni Sakai, responsável pela despesa, em face de Decisão prolatada em

sede de Juízo Singular pelo Conselheiro Edson Simões na apreciação da prestação de contas de

adiantamento. Em julgamento, a despesa foi aprovada em parte, no importe de R$ 7.936,00 (sete

mil, novecentos e trinta e seis reais) e determinado o recolhimento de R$ 64,00 (sessenta e quatro

reais), referente à glosa da despesa com aquisição de copos de vidro que, pela natureza e

previsibilidade, não se enquadra no regime de adiantamento, configurando infringência ao

disposto no artigo 1º4 da Lei Municipal nº 10.513/88 e orientações constantes do Comunicado 13

– CONT, com apontamento de determinação. A Procuradoria da Fazenda Municipal justificou

4 Art. 1º O regime de adiantamento é destinado à realização de despesas que não possam subordinar-se ao processo

normal de aplicação, sempre precedidas de empenho em nome de servidor.

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seu interesse em recorrer e sustentou em seu Apelo que a necessidade e a imprescindibilidade do

material no atendimento ao interesse público justificam o aparente descumprimento à norma

infralegal. Invocou a necessidade de se observar os princípios da razoabilidade e

proporcionalidade e não apenas o da legalidade, porquanto não houve prejuízo ao Erário, culpa

ou dolo do servidor. Destacou que a devolução do valor da glosa implica enriquecimento sem

causa da Administração, uma vez restar incontroverso que os valores foram efetivamente

despendidos e recebidos pelos fornecedores e a servidora não usufruiu do material em questão.

Ao final, trazendo à colação decisões prolatadas nesta Egrégia Corte, pugnou pela reforma

parcial da r. Decisão para considerar-se regular a despesa em sua totalidade, outorgando quitação

à responsável e tornando insubsistente a glosa determinada. Requereu, subsidiariamente, a

desoneração da servidora da obrigação de devolução do valor glosado, tomando por lastro o

Acórdão prolatado no TC nº 734/06-94. Invocando as mesmas razões aduzidas pelo Órgão

Fazendário, a responsável pela despesa, Ana Maria Ottoni Sakai requereu o provimento integral

de seu Recurso para consideração da regularidade total da prestação de contas, asseverando,

ainda, que a aquisição dos copos de vidro foi efetuada excepcionalmente, para substituição dos

inservíveis utilizados no Gabinete do Secretário, não ocorrendo desvio ou malversação de

recursos, tampouco favorecimento indevido ao agente ou a terceiros. A mesma senda foi trilhada

pela Secretaria Municipal de Educação, que, em seu arrazoado, arguiu ser de pequena monta a

despesa em análise e que a ausência do material ensejaria prejuízos à atividade administrativa.

Dessa forma, requereu a reforma parcial do Julgado para aprovar e quitar integralmente a

importância objeto do adiantamento. Submetidos os Recursos à apreciação da Subsecretaria de

Fiscalização e Controle, a Coordenadoria III considerou que, não obstante as razões recursais

aduzidas, a natureza do material adquirido impede o seu enquadramento no regime de

adiantamento e, destarte, opinou pela manutenção do r. decisório atacado. A Assessoria Jurídica

de Controle Externo orientou-se pelo conhecimento dos Recursos por preenchidos os requisitos

de admissibilidade dispostos no Regimento Interno desta Casa e, no mérito, refutou a alegação de

que as frequentes quebras dos copos de vidro gerou a necessidade de compras urgentes e

imprevisíveis, na medida em que a frequência pressupõe previsibilidade, e inexiste caráter de

urgência num evento habitual e esperado. Nessa senda, opinou pelo provimento parcial dos

Recursos tão somente para afastar a imputação de débito à servidora, nos termos da Instrução nº

03/2011 desta Corte. De sua parte, a Procuradoria da Fazenda Municipal tomou ciência do

acrescido e requereu a apreciação de todos os Recursos e pugnou pelo provimento dos mesmos,

bem como do Recurso Oficial. A Secretaria Geral, por sua vez, compartilhou das conclusões da

AJCE, tecendo, ainda, considerações favoráveis à aplicação, no caso concreto, da Instrução nº

03/11 para desonerar a Responsável da obrigação de devolução aos cofres públicos dos valores

tidos por irregulares, ainda que a Decisão recorrida tenha sido proferida em data anterior à

aprovação das regras da citada Instrução. É o relatório. Voto: Conheço do Recurso "ex officio",

eis que decorrente de disposição regimental, expressada no parágrafo único do artigo 137 do

Estatuto Interno desta Casa, e dos Voluntários, posto que preenchidos os requisitos de

admissibilidade estabelecidos nos artigos 138 e 139 do mesmo diploma. No mérito, do que se

extrai dos autos, a despesa de R$ 64,00 (sessenta e quatro reais) decorre de aquisição de material

com previsibilidade de consumo, requerendo, assim, processamento normal de aplicação, vedada

a utilização de verba de pronto pagamento. Nesse sentido, como bem sublinhou a AJCE, não se

vislumbra caráter de urgência e imprevisibilidade em evento frequente e esperado, e desse modo,

a irregularidade apontada se mostra suficiente para impedir a revisão total do julgado. Ademais,

inexistindo elementos inovadores, os argumentos apresentados pelas Recorrentes não elidiram a

irregularidade cometida, sendo certo, ainda, que já foram eles objeto de análise quando da

decisão anterior. Não obstante, merecem ser parcialmente providos os Recursos, pois, apesar de

irregular a despesa, não se configura hipótese que demande recolhimento de glosa, eis que, nos

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termos das regras ora vigentes, não houve, por parte da Recorrente, prática de ato mencionado

nas alíneas "a" a "d" do § 2º do artigo 1º5 da Instrução nº 03/11, aprovada pela Resolução nº

04/11, desta Casa. Com efeito, consoante por mim decidido no TC nº 1.134/07-33, considero que

as regras introduzidas pela Instrução 03/11 aplicam-se às situações em curso, posto que

interpostos Recursos ao r. "decisum" ainda não submetidos ao Plenário. Posto isto, dou

provimento parcial aos Recursos, para afastar a obrigação de recolhimento da glosa, mantendo,

porém, os demais termos do r. "decisum". Participaram do julgamento os Conselheiros João

Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda

Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque,

30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 2) TC

1.447.11-03 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de

24/2/2012 – Julgadora Conselheira Yara Tacconi – Secretaria Municipal de Educação – SME –

Marilene Dornelas Alvares – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2009 (R$

4.500,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos

quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,

em conhecer do recurso "ex officio", eis que decorrente de disposição regimental, expressada no

parágrafo único do artigo 137 do Estatuto Interno desta Casa. Acordam, ainda, à unanimidade, no

mérito, em dar provimento parcial ao recurso necessário para afastar a cominação à servidora de

pena de multa. Relatório: Examina-se Recurso "ex officio", com origem no disposto no

parágrafo único do artigo 137 do Regimento Interno, em face da decisão prolatada em sede de

Juízo Singular pela Conselheira Substituta Yara Tacconi, que, ao apreciar prestação de contas de

adiantamento em nome de Marilene Dornelas Alvares, aprovou parte delas, no importe de R$

4.000,00 (quatro mil reais) e rejeitou outra parte, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), por

infringência ao disposto no parágrafo único do artigo 60 da Lei n.º 8.666/93. Referida decisão

afastou a imputação de débito, por ausência de comprovação de dolo, má-fé ou prejuízo,

aplicando, porém, à responsável pelo adiantamento, multa no valor de R$ 102,55 (cento e dois

reais e cinquenta e cinco centavos), com apontamento de determinação. No silêncio tanto da

Secretaria como da servidora interessada, a instrução desenvolveu-se com foco no apelo

necessário, sendo as conclusões da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Chefia da

Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral orientadas pelo conhecimento do

recurso e seu improvimento, batendo-se a Procuradoria da Fazenda Municipal, ao revés, pelo seu

agasalho, com a consequente declaração da regularidade da despesa e o afastamento da multa. É

o relatório. Voto: Conheço do Recurso "ex officio", eis que decorrente de disposição regimental,

expressada no parágrafo único do artigo 137 do Estatuto Interno desta Casa. No exame do

mérito, o silêncio e a inércia das partes interessadas e, portanto, habilitadas ao oferecimento de

apelos, poderiam ser entendidos como submissão completa ao julgado. Ocorre, porém, que na

ampla possibilidade de reexame conferida ao relator pelo Recurso "ex officio", concluo, a partir

do exame destes autos e do PA 2009-0.178.061-4, que o acompanha, que a conduta da

responsável pelo adiantamento não porta gravidade justificadora de apenação. Na verdade, da

justificativa anexada como fl. 12 ao processo administrativo mencionado, resulta que, embora

5 Art. 1º. As prestações de contas relativas às despesas por regime de adiantamento analisadas pelo Tribunal serão

julgadas: (...)

§ 2º - As despesas irregulares com imputação de débito sujeitam os infratores ao recolhimento da glosa atualizada

monetariamente, acrescida de juros e ocorrem quando verificadas as seguintes infrações:

a) Omissão no dever de prestar contas;

b) Dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico;

c) Desfalque ou desvio de bens ou valores públicos;

d) Qualquer irregularidade de natureza grave.

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tenha ultrapassado o limite para pagamento a um único fornecedor, a servidora embasou as

despesas efetuadas em razões ponderáveis, que afastam comportamento agravado. Por esses

motivos, dou provimento parcial ao Recurso necessário para afastar a cominação à servidora de

pena de multa. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício

Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a)

Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." – PROCESSOS RELATADOS

PELO CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – 1) TC 2.723.07-20 – Recursos "ex officio", da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Célia Regina Guidon Falótico interpostos contra

a R. Decisão de Primeira Câmara de 24/11/2010 – Relator Conselheiro Substituto Rui Corrêa –

Secretaria Municipal de Educação – SME e Loja do Teatro Luz e Som Ltda. – ME – Contrato

118/SME/2007 (R$ 472.549,00) – Contratação emergencial de serviços de operacionalização e

manutenção preventiva dos equipamentos de som dos 21 CEUs – Centros de Educação Unificada

ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com o TC 2.850.07-47 e discutidos estes autos,

ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos "ex officio", por

regimental, e voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e pela Sra.

Célia Regina Guidon Falótico, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade. Acordam,

ainda, por maioria, no mérito, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator, Domingos

Dissei – Revisor, e João Antonio, em dar provimento aos recursos interpostos para acolher o

Contrato Emergencial 118/SME/2007, considerando justificados os valores pactuados e a

contratação emergencial, bem como para afastar a multa de R$ 454,00 aplicada aos agentes

responsáveis, por não vislumbrar dolo, culpa, má-fé ou prejuízo ao erário. Vencido, no mérito, o

Conselheiro Roberto Braguim que, consoante declaração de voto apresentada, negou provimento

aos recursos interpostos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.850.07-47. Declaração de voto

englobada apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 2.850.07-47. Participaram

do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto Braguim e João Antonio.

Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente;

a) Maurício Faria – Relator.” 2) TC 2.850.07-47 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da

Fazenda Municipal – PFM, de Alexandre Alves Schneider e da Secretaria Municipal da

Educação – SME interpostos contra a R. Decisão de Primeira Câmara de 24/11/2010 – Relator

Conselheiro Substituto Rui Corrêa – Secretaria Municipal de Educação – SME e Loja do Teatro

Luz e Som Ltda. – ME (Contrato 008/SME/2007 R$ 478.800,00) – Contratação emergencial de

serviços de operacionalização e manutenção preventiva dos equipamentos de iluminação dos 21

CEUs – Centros de Educação Unificada ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com o

TC 2.723.07-20 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o

Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos

recursos "ex officio", por regimental, e voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda

Municipal – PFM e pelo Sr. Alexandre Alves Schneider, uma vez preenchidos os requisitos de

admissibilidade. Acordam, ainda, por maioria, no mérito, pelos votos dos Conselheiros Maurício

Faria – Relator, Domingos Dissei – Revisor, e João Antonio, em dar provimento aos recursos

interpostos para acolher o Contrato Emergencial 008/SME/2007, considerando justificados os

valores pactuados e a contratação emergencial, bem como para afastar a multa de R$ 454,00

aplicada aos agentes responsáveis, por não vislumbrar dolo, culpa, má-fé ou prejuízo ao erário.

Vencido, no mérito, o Conselheiro Roberto Braguim que, consoante declaração de voto

apresentada, negou provimento aos recursos interpostos. Relatório englobado: Trata o presente

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de julgamento dos Recursos “ex officio”, bem como os interpostos pela Procuradoria da Fazenda

Municipal, pelo Sr. Alexandre Alves Schneider - Secretario Municipal de Educação, na

qualidade de subscritor do Contrato nº 008/SME/2007, pela Sra. Célia Regina Guidon Falótico -

Chefe de Gabinete da SME, na qualidade de subscritora do Contrato nº 118/SME/2007, em face

da Decisão da 1ª Câmara que, à unanimidade, julgou irregulares os ajustes firmados em caráter

emergencial pela Pasta e a empresa Loja do Teatro Luz e Som Ltda. – ME, tendo por objeto a

prestação de serviços de operacionalização e manutenção preventiva dos equipamentos de som

dos 21 (vinte e um) CEUs. Os recursos foram interpostos em face da decisão, que julgou

irregular os contratos nº 008/2007 e 118/07/SME, por não se enquadrarem na hipótese de

dispensa de licitação prevista no inciso IV do artigo 24 da Lei nº 8.666/93, sendo que a decisão

fundamentou-se na demonstração de desídia da Secretaria, em não instaurar procedimento

licitatório em tempo hábil, além do fato de que o processado não fora instruído com a necessária

justificativa de preço e composição de custo. A decisão aplicou multa aos agentes responsáveis.

Inconformado, o Órgão Fazendário recorreu objetivando a reforma integral do Acórdão

prolatado, a fim de que seja declarado regular o Contrato, ou, ao menos, tenha seus efeitos

financeiros e patrimoniais reconhecidos, alegando que as impropriedades havidas não

comprometeram o instrumento, nem restou demonstrado dano ou prejuízo ao erário. Em apertada

síntese o Sr. Alexandre Schneider e a Sra. Célia Regina Guidon Falótico apresentaram

esclarecimentos, alegando o acerto dos atos praticados pela Administração na pactuação

emergencial. Os recorrentes, para demonstrarem que não houve desídia por parte da Secretaria,

apresentaram um histórico dos contratos e ocorrências que levaram à celebração dos termos em

questão, informaram que as contratações emergenciais foram autorizadas diante da inviabilidade

jurídica e econômico-financeira de prorrogação do contrato nº 155/SME/200; da ausência de

tempo hábil para conclusão de procedimento licitatório destinado à nova contratação; e da

impossibilidade de interrupção de serviços essenciais, sem prejuízos irreparáveis às atividades

regulares dos CEUS, e, em relação ao preço informou ainda que o valor do contrato foi

justificado mediante pesquisa de mercado. A Assessoria Jurídica de Controle Externo

pronunciou-se pelo conhecimento dos apelos, tendo em vista o cumprimento dos requisitos legais

e regimentais de admissibilidade, e no mérito, entendeu que não foram trazidos novos elementos

para alterar o julgamento da 1ª Câmara. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu que

sejam conhecidos e providos os apelos interpostos. A Secretaria Geral, na esteira da Assessoria

Jurídica de Controle Externo, opinou pelo conhecimento e improvimento dos recursos em

julgamento com a manutenção da decisão guerreada. É o Relatório. Voto englobado: Conheço

dos Recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal, pela Sra. Célia Regina

Guidon Falótico e pelo Sr. Alexandre Alves Schneider, uma vez preenchidos os requisitos de

admissibilidade. No mérito, em consonância com meu entendimento já proferido quando do

julgamento do TC nº 2.849.07-68, considero que as razões apresentadas pelos Recorrentes

merecem ser acolhidas. Entendo que a Origem agiu de forma diligente ao não prorrogar o

contrato em vigência, após constatar que os valores praticados estavam significativamente acima

do valor de mercado, aproximadamente o dobro dos valores obtidos na pesquisa de preços

realizada. Motivo pelo qual o Secretário determinou a contratação por emergência pelo prazo de

3 meses, com a empresa que ofertou o menor preço, para que o serviço público não sofresse

solução de continuidade. Demais disso, consta dos autos que o responsável pela contratação

solicitou abertura de procedimentos de investigação para apurar a abusividade dos valores

praticados no âmbito do contrato n°155/SME/2005 (Sindicância - PA n° 2007-0.211.314-6) e,

também, por parte do Ministério Público (Procedimento n°680/2008 da 9ª Promotoria de Justiça

do Patrimônio Público e Social), para o ajuste firmado com a empresa Phobus Promoções

Artísticas Ltda., no âmbito da Municipalidade. Alegou ainda, que tendo em vista a não conclusão

do procedimento licitatório ao final do contrato emergencial, foi necessária nova contratação por

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emergência por mais três meses. Os recorrentes argumentaram que a demora na conclusão do

certame foi justificada pela CONAE, unidade responsável pelo procedimento licitatório, ao

aduzir que o atraso ocorreu devido à necessidade de encontrar parâmetros razoáveis para a

contratação, e que o contrato seguiu o padrão estabelecido pela Secretaria Municipal de Cultura,

que possui conhecimento incontestável no serviço contratado, havendo, entretanto, necessidade

de adaptação para a Secretaria Municipal de Educação. Mais adiante informou que “o Pregão

n°31/SME/2007 foi concluído com êxito, em julho de 2007.” Razões pelas quais, DOU

PROVIMENTO ao recurso “ex officio”, bem como ao recurso interposto pela Procuradoria da

Fazenda Municipal para acolher os contratos emergenciais nº 008 e 118/SME/2007,

considerando justificados os valores pactuados, bem como as contratações emergenciais. Afasto

a multa de R$ 454,00 aplicada aos agentes responsáveis, por não vislumbrar dolo, culpa, má fé

ou prejuízo ao erário. Declaração de voto englobada apresentada pelo Conselheiro Roberto

Braguim: Acompanho o Relator no que concerne ao conhecimento dos Recursos, no entanto, em

relação ao mérito, em ambos, nego provimento acolhendo como razões de decidir as

manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, a Assessoria Jurídica de Controle

Externo e da Secretaria Geral. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei –

Revisor, Roberto Braguim e João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de

julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator.” 3) TC 1.887.09-83 –

Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Nair Kazuko

Yamasaki Soares interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 13/4/2012 – Julgador

Conselheiro Eurípedes Sales – Subprefeitura Itaim Paulista – SP-IP e Nair Kazuko Yamasaki

Soares – Prestação de contas de adiantamento bancário – dezembro de 2005 (R$ 10.000,00)

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 2.129.09-09 e 2.630.09-02 e

discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos voluntários

apresentados, por presentes os requisitos legais, e do reexame necessário da Decisão proferida

em sede de Juízo Singular, por força do disposto no artigo 137, parágrafo único, do Regimento

Interno desta Casa. Acordam, ainda, à unanimidade, no mérito, em dar provimento parcial de

todos os recursos em exame para, exclusivamente, afastar a glosa aplicada por não se verificar as

hipóteses previstas nas alíneas "a" a "d" do § 2º, inciso III, do artigo 1º da Instrução 03/2011

desta Corte de Contas, mantendo-se o julgamento pela irregularidade da despesa, na forma

consignada na R. Decisão, por seus próprios fundamentos. Acordam, afinal, à unanimidade, em

determinar que se oficie à Subprefeitura Itaim Paulista – SP-IP, encaminhando-lhe cópia deste

Acórdão, para conhecimento e providências. Relatório e voto englobados: v. TC 2.630.09-02.

Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto Braguim e

João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões

– Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 4) TC 2.129.09-09 – Recursos "ex officio", da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Lucieene Barros Vaz de Campos interpostos

contra a R. Decisão de Juízo Singular de 19/2/2013 – Julgador Conselheiro Edson Simões –

Secretaria Municipal de Educação – SME e Lucieene Barros Vaz de Campos – Prestação de

contas de adiantamento bancário – junho de 2007 (R$ 4.500,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados

englobadamente com os TCs 1.887.09-83 e 2.630.09-02 e discutidos estes autos, ora em grau de

recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal

de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do

Relator, em conhecer dos recursos voluntários apresentados, por presentes os requisitos legais, e

do reexame necessário da Decisão proferida em sede de Juízo Singular, por força do disposto no

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artigo 137, parágrafo único, do Regimento Interno desta Casa. Acordam, ainda, à unanimidade,

no mérito, em dar provimento parcial de todos os recursos em exame para, exclusivamente,

afastar a glosa aplicada por não se verificar as hipóteses previstas nas alíneas "a" a "d" do § 2º,

inciso III, do artigo 1º da Instrução 03/2011 desta Corte de Contas, mantendo-se o julgamento

pela irregularidade da despesa, na forma consignada na R. Decisão, por seus próprios

fundamentos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.630.09-02. Participaram do julgamento os

Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto Braguim e João Antonio. Presente a

Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a)

Maurício Faria – Relator." 5) TC 2.630.09-02 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da

Fazenda Municipal – PFM e de Therezinha Teodoro interpostos contra a R. Decisão de Juízo

Singular de 13/4/2012 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Subprefeitura Itaim Paulista –

SP-IT e Therezinha Teodoro – Prestação de contas de adiantamento bancário (R$ 112.000,00) –

dezembro/2003 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 1.887.09-83 e

2.129.09-09 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro

Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos

voluntários apresentados, por presentes os requisitos legais, e do reexame necessário da Decisão

proferida em sede de Juízo Singular, por força do disposto no artigo 137, parágrafo único, do

Regimento Interno desta Casa. Acordam, ademais, à unanimidade, no mérito, em dar provimento

parcial aos recursos para, exclusivamente, afastar a glosa aplicada por não se verificar as

hipóteses previstas nas alíneas "a" a "d" do § 2º, inciso III, do artigo 1º da Instrução 03/2011

desta Corte de Contas, mantendo-se o julgamento pela irregularidade da despesa, na forma

consignada na R. Decisão proferida em sede de Juízo Singular, por seus próprios fundamentos.

Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que se oficie à Subprefeitura Itaim Paulista – SP-

IP, encaminhando-lhe cópia deste Acórdão para conhecimento e providências. Relatório

englobado: Trago a julgamento recursos voluntários e reexame necessário de Decisões

proferidas em sede de Juízo Singular, em prestações de contas de Adiantamentos realizadas por

servidores municipais, constantes dos seguintes processos: 1. TC nº: 1.887.09-83 - Interessado:

Nair Kazuko Yamasaki Soares. Unidade: Subprefeitura do Itaim Paulista; 2. TC nº: 2.630.09-02 -

Interessado: Therezinha Theodoro. Unidade: Subprefeitura do Itaim Paulista; 3. TC nº: 2.129/09-

09 – Interessado: Luciene Barros Vaz de Campos. A questão central tratada nestes processos de

adiantamento, vinculados à Subprefeitura do Itaim Paulista, trata do apontamento de

irregularidade relacionado à ausência de autorização do titular da Unidade Orçamentária para

aquisição de material permanente e de apresentação da respectiva nota de incorporação do bem, e

aquisição de material de copa, passível de realização pelo processo normal de aquisição (TCs

2.129/09-09 e 1.887/09-83); bem como irregularidade atinente à quitação de despesa fora do

período fixado no adiantamento (TC 2.630/09-02). Por esta razão, o julgamento original foi no

sentido da aprovação parcial das contas, com determinação de reposição aos cofres públicos dos

valores correspondentes à parte irregular, por infringência ao artigo 60, parágrafo único, da Lei

Federal 8666/93. Expedidas as respectivas intimações dando ciência aos servidores das Decisões

proferidas em Juízo Singular, a Procuradoria da Fazenda Municipal e as servidoras interessadas

apresentaram os respectivos recursos, propugnando a reforma do quanto determinado. A

Coordenadoria III manifestou-se no sentido de que as informações recursais não tiveram o

condão de modificar o quanto decidido em Juízo Singular, pelo que opina pela manutenção das

constatações feitas na análise inicial. Em relação ao TC 1.887/09-83 destaca que, não obstante a

regularização da incorporação do bem adquirido pela servidora, conforme documentos juntados

às fls. 65/66, manteve-se a irregularidade relacionada à aquisição de material de copa, passível de

realização pelo processo normal de aquisição. Por sua vez, a Assessoria Jurídica de Controle

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Externo, não obstante acompanhar a Auditoria nesse particular, ressaltou que os julgados

mereceriam parcial reforma para afastar as glosas, considerando a nova regulamentação da

matéria traçada no § 2º do artigo 1º da Instrução nº 03/2011 desta Corte, com nova orientação

traçada por este Tribunal de Contas. A Procuradoria da Fazenda Municipal, em cada um dos

processos, propugnou pelo provimento dos recursos interpostos. A Secretaria Geral, por

derradeiro, acompanhou o parecer da Assessoria Jurídica de Controle Externo pelo conhecimento

e parcial provimento dos Recursos "ex officio" e voluntários, a fim de afastar a determinação

imposta aos servidores de recolher aos cofres públicos as importâncias glosadas. É o relatório.

Voto englobado: Conheço dos recursos voluntários apresentados, por presentes os requisitos

legais, e do reexame necessário das Decisões proferidas em sede de Juízo Singular, por força do

disposto no artigo 137, parágrafo único, do Regimento Interno desta Casa. No mérito, não

obstante as irregularidades apontadas pelo órgão técnico se mostrarem suficientes para impedir

quanto ao mérito a revisão dos julgados, à exceção do apontamento da falta de incorporação do

bem adquirido regularizado pela servidora (TC 1.887/09), os apelos merecem parcial

provimento, considerando que nas Decisões recorridas houve também condenação à reposição de

valores glosados aos cofres públicos, para o fim de afastar esta determinação. Acompanho, nesse

particular, os pareceres exarados pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Secretaria

Geral que considera a inexistência de prova de dano aos cofres públicos vinculado à aquisição de

bens adquiridos em proveito da Municipalidade. Tal entendimento, além de farta jurisprudência

já consolidada nesta Corte, foi normatizado pela Resolução nº 04/11 e na instrução por ela

aprovada de nº 03/11, que estabeleceu expressamente a possibilidade das prestações de contas

serem julgadas irregulares, sem a consequência do julgamento pela imputação do débito,

consoante seu artigo 1º, inciso III e seus parágrafos. Assim, diante do exposto, quanto ao mérito,

voto pelo provimento parcial de todos os recursos em exame para, exclusivamente, afastar as

glosas aplicadas por não se verificaram as hipóteses previstas nas alíneas "a" a "d" do § 2º, inciso

III, do artigo 1º da Instrução nº 03/2011 desta Corte de Contas, mantendo-se o julgamento pela

irregularidade da despesa, na forma consignada nas r. Decisões proferidas em sede de Juízo

Singular, por seus próprios fundamentos. Por fim, determino seja oficiada a Subprefeitura do

Itaim, encaminhando-lhe cópia do presente julgado, para conhecimento e providências.

Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto Braguim e

João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões

– Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 6) TC 3.777.05-22 – Secretaria Municipal da Saúde

– SMS e Maro's Sistemas de Alimentação Ltda. – TAs 02/2006 R$ 341.723,78 (prorrogação de

prazo), 03/2006 R$ 1.708.618,90 (prorrogação de prazo), 04/2006 R$ 75.611,96 (alteração do

Anexo I e redução de 5,46% do total mensal), 05/2007 R$ 983.626,92 (prorrogação de prazo),

06/2007 R$ 819.689,10 (prorrogação de prazo), 01/2008 R$ 983.626,92 (prorrogação de prazo),

07/2008 (para consignar que o responsável técnico pela fiscalização dos serviços passa a ser a

servidora Maria Lúcia Vieira Andreotti Tojal), 08/2008 R$ 368.226,98 (prorrogação de prazo e

consignar que o responsável técnico pela fiscalização dos serviços passa a ser nutricionista Silvia

Helena Ibelli Abuchaim e que a servidora Maria Lúcia Vieira Andreotti Tojal passa a figurar

como responsável administrativa pela fiscalização da execução contratual no tocante à

manutenção dos equipamentos e utensílios, ao pagamento pelos serviços prestados e às

prorrogações do ajuste) e 09/2008 R$ 552.340,47 (prorrogação de prazo), relativos ao Contrato

17/SMS/2005, no valor de R$ 2.102.208,00 e TA 001/2005, julgados em 12/2/2009 – Serviços de

reparo e distribuição de refeições a pacientes, acompanhantes, residentes, voluntários,

acadêmicos e visitas autorizadas para administração ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

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conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regulares os Termos Aditivos

02/2006, 03/2006, 04/2006, 05/2007, 06/2007, 01/2008, 07/2008, 08/2008 e 09/2008, relevando

as impropriedades constatadas. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o envio de

ofício à Secretaria Municipal da Saúde e à contratada, para ciência deste julgado, arquivando-se,

em seguida, o feito. Relatório: O presente feito cuida da análise formal dos Termos Aditivos nº

02/06, 03/06, 04/06, 05/07, 06/07, 01/08, 07/08, 08/08 e 09/08, referentes ao Contrato nº

17/SMS/05, cujo objeto é a prestação de serviços de preparo e distribuição de refeições no

Hospital Municipal Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva. O Pregão nº

17/05, o Contrato nº 017/SMS/2005 e o Termo de Aditamento nº 001/2005 já foram submetidos

a julgamento, tendo sido julgados regulares, por maioria, em 12.02.2009. Na oportunidade foi

determinado à Secretaria de Fiscalização e Controle que procedesse à análise dos demais termos

aditivos supervenientes. Após análise, a Auditoria entendeu que o TA nº 02/2006 era irregular

em face da pesquisa de mercado ter revelado preços inferiores aos contratados, e que uma das

empresas pesquisadas encaminhou orçamento diferente da planilha do contrato, além de não

terem constado as quantidades de cada refeição, mas apenas os valores unitários. Quanto ao TA

nº 03/2006, tendo em vista que a pesquisa de preços feita para a prorrogação anterior datou de

abril/2006, e que o TA nº 03/06 prorrogou a vigência a partir de 04.07.06, seria ainda aceitável

essa última pesquisa. No entanto, tendo ela demonstrado preços inferiores aos praticados no

contrato, entendeu a Auditoria que a prorrogação decorrente do TA nº 03/06 também incorreu na

mesma falha apontada no TA nº 02/2006. Constatou, ainda, que o valor de R$ 161.160,97 ficou

descoberto de empenho no exercício de 2006. Quanto aos demais, o posicionamento da Auditoria

foi no sentido de que o TA nº 04/2006 era regular com ressalvas pela não exigência de

documento comprovando a regularidade da empresa perante a Seguridade Social à época da

lavratura do ajuste; os TAs nº 05/2007 e 07/2008 e 09/2008 eram formalmente regulares e os

TAs nº 06/2007, 01/2008 e 08/2008 eram regulares, com ressalvas, pelo atraso da publicação dos

ajustes no DOC. A Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu necessária a oitiva da

Origem e, no mais, acompanhou o posicionamento da Auditoria. Ressaltou que a ausência de

certidão de regularidade junto ao INSS e o atraso da publicação dos TAs nº 06/2007, 01/2008 e

08/2008 poderiam ser relevados, a exemplo das decisões proferidas nos TCs nº 2.286.95-01,

4.030.98-81, 3.679.97-21 e 586.99-06. Oficiados a Origem e a empresa contratada, o Secretário

Municipal da Saúde à época frisou que a prorrogação formalizada permitiu a deflação do preço

mensal contratado em R$ 4.322,11, o que representou grande vantagem para a Administração.

Por fim, lembrou que diante da dificuldade de obtenção de propostas válidas, em face do

desinteresse das empresas consultadas, bem como pelo fato de se tratar de contrato para

fornecimento de refeições a pacientes de estabelecimento hospitalar, cujo prazo de vigência

encontrava-se próximo de vencimento, não haveria outra opção além da prorrogação do ajuste.

Quanto à insuficiência de recursos empenhados para o exercício de 2006 para fazer frente ao TA

nº 03/06, disse que o valor das despesas realizadas naquele período foi inferior ao estimado em

contrato, sendo isso passível de verificação diante do fato de que parte do valor da Nota de

Empenho nº 61301/06 foi devidamente cancelado (fl. 502). No que dizia respeito ao TA nº 04/06,

o Secretário da Saúde à época consignou que, a despeito da ausência do documento

comprobatório de regularidade fiscal, a situação fiscal da contratada era, à época, totalmente

regular, conforme documento colacionado com a defesa (fls. 509 e 510). Por fim, asseverou que

a publicação extemporânea dos TAs nº 06/2007, 01/2008 e 08/2008 tratavam de mera

irregularidade formal inapta a levar ao julgamento de irregularidade dos ajustes, conforme já

decidido por esta Egrégia Corte. No mesmo sentido surgiu a defesa produzida pela empresa

contratada. A Auditoria entendeu que a Origem deveria ter consultado outras empresas

prestadoras dos serviços de nutrição quando da prorrogação operacionalizada via Termos

Aditivos nº 02/06 e 03/06, tendo em vista que a pesquisa efetuada não teria sido suficiente para

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subsidiar a tomada de decisão quanto à prorrogação ou não do contrato existente. Quanto à

insuficiência de empenho, retificou seu posicionamento. Entendeu que os demais apontamentos

seriam também passíveis de relevação, uma vez que o Contrato 017/SMS/2005 e seus respectivos

aditamentos já expiraram, tendo ocorrido a efetiva prestação dos serviços contratados. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu que os Termos Aditivos nº 02/06 e 03/06

poderiam ser acolhidos, pois ainda que os preços prorrogados não fossem os menores, eles

demonstraram-se compatíveis com os praticados no mercado. Entendeu ainda que a

impropriedade relativa à ausência de CND do INSS no TA nº 04/06 poderia ser relevada, de

modo a concluir ao final pela regularidade de todos os termos aditivos analisados. A Assessora

Subchefe de Controle Externo concluiu pelo acolhimento dos Termos Aditivos nº 05/07, 06/07,

01/08, 07/08, 08/08 e 09/08 e pelo acolhimento excepcional dos Termos Aditivos nº 02/06, 03/06

e 04/06. A PFM requereu o acolhimento dos instrumentos em exame e a Secretaria Geral opinou

pelo acolhimento dos ajustes, sem embargo das recomendações e/ou determinações cabíveis. É o

Relatório. Voto: Diante dos apontamentos de irregularidade que constam da instrução do feito,

três aspectos ganham maior destaque, quais sejam: 1- a pesquisa de mercado que embasou a

decisão de prorrogação dos Termos Aditivos nº 02/06 e 03/06; 2- a insuficiência de empenho

prévio no exercício de 2006; 3 - a não exigência de documento comprovando a regularidade

perante a Seguridade Social à época da lavratura do Termo Aditivo nº 04/06. No que tange ao

primeiro apontamento, é bem verdade que as cotações fornecidas não se mostraram compatíveis

com a planilha de preços do anexo V do Edital, e, dessa forma, as empresas deveriam ter sido

novamente contatadas pela Origem para a adequação da proposta de preços à planilha já

existente no contrato, de modo a permitir uma comparação objetiva de preços. No entanto,

percebe-se que em ambas prorrogações a Origem procedeu à aplicação do índice contratual

pactuado. Com isso, o índice de reajuste para os TAs nº 02/06 e nº 03/06 foi de 2,4576%.

Verifico, ainda, que os preços da pesquisa oferecidos pela empresa Le Baron Alimentação Ltda.,

na parte em que é possível a comparação objetiva de alguns preços unitários, mostraram-se

superiores ao da planilha constante do contrato, razão pela qual relevo as impropriedades. No

que diz respeito à insuficiência de empenho prévio no exercício de 2006 e não exigência de

documento comprovando a regularidade perante a Seguridade Social à época da lavratura do

termo aditivo nº 04/06, a documentação colacionada pela Origem demonstrou aptidão para

demonstrar que, em que pese inicialmente fossem pertinentes os apontamentos, houve o

cancelamento de empenho no exercício de 2006 e a empresa Maro's ostentava regularidade

perante o INSS à época do ajuste, já que o TA nº 04/06 foi firmado em 21.09.06 e os documentos

juntados pela defesa comprovam a regularidade da empresa de 21.03.06 a 17.09.06 e de 30.10.06

a 28.04.07. Quanto ao atraso da publicação dos TAs nº 06/2007, 01/2008 e 08/2008 no Diário

Oficial, considerando os precedentes jurisprudenciais mencionados pela Assessoria Jurídica de

Controle Externo bem como as manifestações unânimes dos órgãos técnicos no sentido da

relevação da falha, relevo o apontamento relativo ao atraso na publicação, tendo em vista que o

princípio da publicidade restou atendido, julgando ao final regular todos os Termos Aditivos

analisados. Oficie-se a Origem e a contratada sobre o conteúdo do julgado e em seguida arquive-

se o feito. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto

Braguim e João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a)

Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." – PROCESSOS RELATADOS

CONSELHEIRO CORREGEDOR DOMINGOS DISSEI – 1) TC 3.086.07-63 – Recursos da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e do Centro Integrado de Estudos e Programas de

Desenvolvimento Sustentável – Cieds interpostos contra o V. Acórdão de 18/7/2012 – Relator

Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Participação e Parceria – SMPP e

Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável – Cieds –

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Acompanhamento da Execução do Contrato 002/SEPP/2006 – Verificar se o Contrato

002/SEPP/2006, cujo objeto é a prestação de serviços especializados para a implantação das

atividades iniciais do Centro de Cidadania da Juventude, bem como das ações prioritárias e

relevantes, de modo a construir o modelo de gestão adequado às características do

empreendimento social chamado de Centro de Cidadania da Juventude, bem como das ações

prioritárias e relevantes, de modo a construir o modelo de gestão adequado às características

desse empreendimento social, está sendo executado conforme o pactuado. "O Conselheiro

Domingos Dissei – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso IV, do

Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta do citado processo, para melhores estudos, o

que foi deferido." (Certidão) 2) TC 1.961.08-53 – Recursos da Procuradoria da Fazenda

Municipal – PFM, de Célia Regina Guidon Falótico e de Alexandre Alves Schneider interpostos

contra o V. Acórdão de 18/4/2012 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal

de Educação – SME – Auditoria Programada – Convênios – CEIs e Creches – Verificar se os

procedimentos do controle interno aplicados pela Secretaria permitem a avaliação dos resultados

– PAF 2008. Após o relato da matéria, "o Conselheiro Domingos Dissei – Relator conheceu dos

recursos apresentados pelos interessados, por tempestivos, e, no mérito, deu-lhes provimento

parcial, para o fim de afastar a multa aplicada ao titular da Pasta à época dos fatos. Entretanto, o

Conselheiro Maurício Faria – Revisor, consoante declaração de voto apresentada, conheceu dos

recursos voluntários, diante do preenchimento dos requisitos de admissibilidade. Sua Excelência,

ainda, afastou a preliminar de cerceamento de defesa, apresentada pelo Senhor Alexandre

Schneider, então Secretário daquela Pasta, e pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM,

considerando que durante a fase de instrução processual a Secretaria Municipal de Educação foi

oficiada para oferecer defesa e o fez, conforme documento de fl. 2.766 dos autos. Sua

Excelência, também, quanto ao mérito, tendo em vista que os argumentos trazidos em nada

inovam, sendo reprodução das defesas antes apresentadas, negou-lhes provimento, mantendo

inalterado o V. Acórdão recorrido. Ademais, o Conselheiro Roberto Braguim acompanhou, na

íntegra, o voto apresentado pelo Conselheiro Maurício Faria – Revisor. Ainda, o Conselheiro

João Antonio acompanhou, "in totum", o voto apresentado pelo Conselheiro Domingos Dissei –

Relator. Afinal, o Conselheiro Presidente Edson Simões, nos termos do artigo 172, inciso II, do

Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem conclusos, para proferir voto

de desempate." (Certidão) 3) TC 292.12-06 – Securittá Segurança e Vigilância Ltda. – São

Paulo Turismo S.A. – SPTuris – Petição – Solicita providências quanto a possíveis

irregularidades referentes ao Representação em face do Pregão Eletrônico 193/11, cujo objeto é o

serviço de vigilância patrimonial armada e desarmada nas instalações e dependências da São

Paulo Turismo S.A. e Terminal Turístico 25 de Março ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação, uma vez que

estão devidamente preenchidos os pressupostos legais e regimentais de sua admissibilidade.

Acordam, ademais, à unanimidade, no mérito, em julgá-la procedente quanto aos

questionamentos relativos às inconsistências das planilhas de custos e ao balanço patrimonial e

improcedente em relação aos demais questionamentos. Acordam, ainda, à unanimidade,

consoante proposta do Conselheiro João Antonio, em determinar à Subsecretaria de Fiscalização

e Controle desta Casa o acompanhamento da execução contratual. Acordam, afinal, à

unanimidade, em determinar o envio de cópia deste Acórdão ao Ministério Público do Estado de

São Paulo, bem como à representante e à representada, nos termos do artigo 58 do Regimento

Interno desta Corte. Relatório: Trata-se de Representação formulada pela empresa Securittá

Segurança e Vigilância Ltda., em face do Pregão Eletrônico nº 193/11, da São Paulo Turismo

S/A – SPTuris, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação de serviços

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de Vigilância e Segurança Patrimonial, armada e desarmada nas instalações e dependências da

São Paulo Turismo S/A e Terminal Turístico 25 de março. A autora da representação questiona a

sua desclassificação e alega a existência de irregularidades na proposta e nos documentos de

habilitação da empresa BLINDER, vencedora da licitação, nos seguintes termos: a) Questiona a

sua desclassificação do certame, bem como a falta de esclarecimento do motivo na demora para

análise das propostas e planilhas enviadas pela representante; b) A empresa BLINDER não

apresentou detalhadamente o valor dos encargos sociais; c) Não foi apresentada planilha de custo

para cobertura de funcionários para o rendimento durante o horário das refeições ("almocistas" e

"Jantistas"); d) Não consta da planilha de custos apresentada pela empresa BLINDER os custos

da apólice de Seguro Garantia; e) Divergência de custos para o inspetor quanto ao pagamento do

adicional noturno de R$ 308,97 quando o correto seria R$ 386,21; f) Divergência de custos para

o vigilante condutor quanto ao pagamento do adicional noturno de R$ 234,86 quando o correto

seria R$ 328,80; g) Divergência de custos, para o vigilante quanto ao pagamento do adicional

noturno de R$ 213,51 quando o correto seria R$ 298,91; h) Valor incorreto no vale refeição para

todos os cargos (inspetor, vigilante condutor e vigilante) de R$ 218,88 quando o correto seria R$

232,41; i) Ausência de apresentação do atestado de capacidade técnica, pois os serviços atestados

pela empresa Tutti Quanti Administradora de Bens Próprios Ltda. EPP, por se tratar de Empresa

de Pequeno Porte - EPP, seriam incompatíveis com o volume de funcionários que, supostamente,

teria o contrato; j) O atestado de capacidade técnica emitido pelo Condomínio Industrial não está

autenticado e não está emitido em papel timbrado, além do fato de, supostamente ter sido a

mesma pessoa que teria confeccionado para a empresa Tutti, causando a mesma dubiedade do

atestado anterior; k) Ausência de documentação que comprove a capacidade econômica da

empresa BLINDER, não tendo sido apresentado o Balanço Patrimonial gerado pelo sistema

"SPED" (Sistema Público de Escrituração Digital); Regularmente intimada, a Origem informou

que a autora da representação foi desclassificada após ter sido constatado que ela havia sido

declarada impedida de licitar e contratar com a Administração e apresentou seus esclarecimentos

em relação a cada um dos apontamentos levantados pela representante. A Coordenadoria II, após

análise da defesa da Origem, manifestou-se pela improcedência dos questionamentos constantes

dos itens "a", "b", "c", "d", "i" e "j" e pela procedência dos questionamentos relativos: 1) Às

inconsistências nas planilhas de custos relatadas nos itens "e", "f", "g" e "h" relativas ao adicional

noturno e vale refeição dos cargos de inspetor, vigilante condutor e vigilante; 2) À não

comprovação legal da capacidade econômica da empresa Blinder, infringindo o inciso I, do

artigo 31 da Lei Federal nº 8.666/93, uma vez que o Balanço Patrimonial apresentado não foi

emitido digitalmente pelo SPED; Em relação ao item 1, acerca das inconsistências nas planilhas

de custos apresentadas pela licitante BLINDER, as diferenças dos cálculos da Auditoria e

aqueles constantes da proposta da licitante BLINDER, dizem respeito a: a) para os cargos de

vigilante condutor e vigilante, a licitante BLINDER não acresceu o valor correspondente ao risco

de vida de 12% ao salário mensal dos profissionais; b) além disso, para os 02 (dois) cargos

citados (vigilante condutor e vigilante) e para o cargo de inspetor, a licitante BLINDER

computou 08 horas de prestação de serviços (considerando o horário noturno de trabalho das

22h00 as 05h00 + 01 hora reduzida = 08 horas) e a Auditoria entende que deveriam ter sido

computadas 10 horas de prestação de serviços; Isso porque, a Súmula nº 60 do Tribunal Superior

do Trabalho definiu que, cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta,

devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas, ou seja, tendo em vista que a

prestação de serviço no posto noturno deve ser executada das 19:00h às 07:00h, o adicional

noturno incide também nas outras 02 (duas) horas (das 05:00h às 07:00h) na forma prevista na

citada súmula. c) Valor incorreto no vale refeição para todos os cargos (inspetor, vigilante

condutor e vigilante) de R$ 218,88 quando o correto seria R$ 232,41; A empresa BLINDER, em

sua defesa de folhas 494/503, asseverou que, conforme entendimento do Tribunal de Contas da

TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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União e incorporado à INº 02/2008 pela IN nº 03/2009, do Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, erros no preenchimento da Planilha não são motivos suficientes para a

desclassificação da proposta, desde que a planilha possa ser ajustada sem a majoração do preço

ofertado e se comprove que o preço ofertado é suficiente para arcar com todos os custos da

contratação. Apresentou novas planilhas de custos revisadas, sem majoração do preço ofertado,

com alteração dos itens questionados e de itens constantes do BDI. No entanto, para efeito de

cálculo de dias do mês, defendeu a utilização da base de cálculo de 30 dias por mês, consoante

artigo 64, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ao invés dos 30,42 dias por mês

utilizados pela Auditoria, alegando não existir no ordenamento pátrio a divisão 365 dias por 12

meses, resultando nos 30,42 dias por mês. Informou, ainda, que os novos cálculos por ela

apresentados estão corroborados com o fechamento da folha de pagamento relativamente ao mês

de maio de 2012 e que, embora não tenha constado da memória de cálculo apresentada quando

da sua participação na licitação, os valores apresentados em sua defesa foram pagos desde o

início do contrato, conforme se comprova pelo fechamento da folha relativamente ao mês de

maio, anexada na sua petição. A Origem, por sua vez, alegou que procedeu de maneira diligente

e atrelada aos princípios que regem as licitações. Esclareceu que, independentemente da forma a

ser calculado, as planilhas da empresa contratada cobrem eventuais variações salariais em

relação ao adicional noturno. Asseverou, também, que a proposta da empresa Blinder

contemplou o valor do vale refeição de R$ 218,88 por mês para cada cargo previsto no Edital,

sendo considerado pela Origem como suficiente para o fim proposto, já que abarcaria as

possíveis variações de jornadas trabalhadas dentro do mês. Considerando o valor da contratação

no montante de R$ 4.730.122,56, as variações se mostraram diminutas e, ainda que existisse

divergência na planilha seria mais razoável a admissão de pequenos vícios formais do que a

desclassificação da proposta, por ser medida extremada e contrária ao caráter competitivo da

licitação. Ao final, ponderou que foi respeitado o caráter competitivo do certame e a contratação

da proponente de menor valor, em nítido benefício à Administração e ao interesse público.

Analisando as defesas apresentadas e a planilha revisada apresentada pela contratada em sede de

defesa, a Auditoria manteve as suas conclusões e apresentou quadro, reproduzido abaixo (folhas

600 verso), que resume as divergências de cálculo:

Auditoria Defesa

Valor da Hora Trabalhada R$ 6.34 R$ 6.34

Acréscimo na remuneração de

trabalho noturno 20% 20%

Valor do adicional noturno por

hora de trabalho

R$ 1,27

(R$ 6,34 x 20%)

R$ 1,27

(R$ 6,34 x 20%)

Total de horas por dia para o

cálculo 10 horas 10 horas

Valor do adicional noturno

diário

R$ 12,70

(R$ 1,27 x 10 horas).

R$ 12,70

(R$ 1,27 x 10 horas)

Média de dias no mês 30,42 30

Total do adicional noturno no

mês R$ 386,33 R$ 381,00

Como se vê do quadro acima, na planilha revisada, todos os valores tomados como base para o

cálculo do adicional noturno são coincidentes, exceto a média de dias no mês. Isso porque, a

empresa BLINDER tomou como base o padronizado mês comercial de 30 dias e, no

entendimento da Auditoria, deveria ter sido utilizado o coeficiente de 30,42 dias (que

corresponde à equação: 365 dias/12 meses). Em relação ao questionamento nº 2, que trata da não

comprovação legal da capacidade econômica da empresa Blinder, a representante alega que a

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licitante vencedora não preencheu os requisitos para sua habilitação, visto que parte dos

documentos apresentados pela licitante foram extraídos do sistema SPED e parte deles não. Em

sua defesa, a Origem destacou que, "a Instrução Normativa nº 102/06 do Departamento Nacional

de Registro do Comércio (DNRC), muito embora tenha previsto o prazo de 60 dias para

adaptação das Juntas Comerciais e Receita Federal do Brasil, até hoje não funciona nos moldes

previsto na legislação. Isso porque, na prática, ocorre o envio do arquivo digital (Balanço, DRE),

mas não sua imediata autenticação". Citou, ainda, as estatísticas do ano de 2011, extraídas de

sítio eletrônico oficial da Receita Federal e sistematizadas em quadro constante da defesa da

SPTuris, apontando que: "(...) de 79.476 Escriturações Contábeis Digitais (ECD's) apresentadas,

apenas 3.907 foram autenticadas, o que corresponde a 4,92% do total. Por tal razão, não pareceu

razoável, à época, exigir a via autenticada que, repita-se, abrangeu um ínfimo percentual

daquelas enviadas." Esclareceu que a Gerência de Contabilidade e Finanças procedeu à

conferência do recibo de entrega do livro digital, constando a seguinte mensagem: "A

escrituração encontrava-se na base de dados do SPED e será processada pela Junta Comercial" e,

reforçando os seus argumentos, ressaltou que os documentos contábeis apresentados no certame

licitatório estavam assinados pelo seu representante legal e também por seu contador habilitado,

presumindo-se, assim, a sua regularidade. A contratada, por sua vez, afirmou que o Balanço

Patrimonial e o Demonstrativo de Resultado do Exercício apresentados no certame licitatório

foram emitidos pelo sistema FOLHAMATIC da empresa de contabilidade contratada pela

BLINDER, bem como apresentou, em sua defesa, os referidos documentos contábeis emitidos

pelo sistema SPED. A Auditoria se manifestou pela procedência da representação nesse aspecto.

Afirmou que os documentos apresentados em sede de defesa pela contratada BLINDER foram,

de fato, emitidos pelo sistema SPED. Contudo, essa documentação contábil não foi apresentada

durante o processo licitatório. Além disso, identificou que do primeiro Balanço Patrimonial,

apresentado na licitação, constam os totais de Ativo e Passivo de R$ 612.824,54 (fl. 80), ao passo

que o segundo, emitido pelo SPED, apresenta um valor de R$ 612.487,71 (fl. 562/564),

totalizando uma diferença de R$ 336,83. Após determinação de reanálise da questão relacionada

com a comprovação legal da capacidade econômica da empresa Blinder, a Auditoria esclareceu

que a Instrução Normativa RFB nº 787/2007 define quais empresas estão obrigadas a adotar o

sistema SPED e aquelas hipóteses em que o sistema é facultativo. O fato é que a empresa Blinder

optou e estava obrigada a fazer sua escrituração de forma digital. Portanto, deveria comprovar

sua capacidade econômica através dos demonstrativos gerados pelo sistema SPED. Ademais, a

diferença constatada entre os balanços apresentados na fase de licitação (fl. 80) e na defesa (fls.

562/564), corroboram com a conclusão de que a qualificação econômica-financeira da licitante

não foi comprovada. Ao final, ratificou seu anterior posicionamento quanto à não comprovação

da capacidade econômica da empresa Blinder, uma vez que o Balanço Patrimonial não foi

apresentado na forma legalmente exigida. A Assessoria Jurídica de Controle Externo asseverou

que a qualificação econômica da licitante não observou a forma legal e que a irregularidade não

decorre do fato de a licitante estar ou não obrigada à adoção do sistema SPED, mas do fato de ter

sido apresentado um balanço patrimonial que não corresponde ao sistema de escrituração

utilizado (escrituração digital), seja por imposição ou por permissão legal. Entendeu que as

justificativas apresentadas pela Origem não se sustentam. Ponderou que, ainda que se admitisse

uma impossibilidade circunstancial, momentânea e alheia aos poderes da licitante de se

comprovar a devida forma do balanço (com registro na Junta Comercial), restaria à Origem

valer-se da faculdade aludida no artigo 43, § 3º, da lei geral de licitações, em respeito aos

princípios da legalidade, da vinculação ao instrumento convocatório e da isonomia. Conforme

despacho de fl. 753, determinei o retorno do processo à Auditoria para: a) esclarecer se a análise

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da "Capacitação Econômico-Financeira" apresentada pela empresa BLINDER atinge os índices

de liquidez previstos no item 1.4.3 do Edital que trata da comprovação da boa situação financeira

das licitantes, devendo considerar, nessa análise, o Balanço e as Demonstrações Contábeis

apresentados pela empresa Blinder na fase de habilitação do Pregão em referência. A Auditoria

respondeu positivamente e informou que o documento apresentado pela empresa Blinder,

demonstra Índice de Liquidez Geral e Índice de Liquidez Corrente superior a 01 (um),

atendendo, dessa maneira, a exigência prevista no item 1.4.3 do Edital. Deixou registrado,

porém, que, no seu entendimento, os índices não são válidos para comprovar a boa situação

financeira da empresa, uma vez que o documento não foi apresentado na forma legalmente

exigida, conforme explicitado em suas manifestações anteriores. b) informar se a diferença

apontada no item k, ou seja, a diferença de R$ 336,83 relativa à comparação do balanço

apresentado na licitação e aquele emitido pela SPED e apresentado em sede de defesa, é

suficiente para alterar o resultado quanto ao atingimento dos índices previstos no citado item

1.4.3 do edital. A Auditoria esclareceu que a diferença apontada não é suficiente para alterar o

resultado quanto ao atingimento dos índices previstos. c) à vista da defesa apresentada pela

empresa Blinder analisar a "planilha de custos revisada" por ela apresentada. A Auditoria

esclareceu que a planilha de custos revisada foi analisada quando da manifestação da Auditoria

de folhas 600/602. Deixou registrado, porém, que a referida planilha foi elaborada para

apresentação da defesa oferecida pela empresa Blinder, sendo que o documento válido para fins

de participação na licitação é o de fls. 57/59. d) informar se o contrato em tela se encontra em

vigor. A Auditoria informou que o Pregão em análise gerou o contrato CCN/GCO 004/12, com

vigência entre 09/01/2012 a 09/01/2013 e que não foi prorrogado. Portanto, o contrato em tela

não mais se encontra em vigor. A Assessoria Jurídica de Controle Externo asseverou que essas

últimas informações não tiveram o condão de alterar o seu posicionamento. Concluída a

instrução processual, a Auditoria se manifestou pela procedência parcial da representação, diante

da falha na comprovação da capacidade econômica da empresa Blinder e das inconsistências das

planilhas de custos relativas ao adicional noturno e ao vale refeição dos cargos de inspetor,

vigilante condutor e vigilante. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral se

manifestaram pelo conhecimento da representação e, acompanhando o entendimento da

Auditoria, pela sua procedência parcial. A Procuradoria da Fazenda Municipal ponderou que

tanto em relação à comprovação da capacidade econômica, como no que tange às divergências

das planilhas de custos, não havia razão e/ou fundamento para que o pregão fosse revogado, pois

os aspectos mencionados poderiam ser objeto de diligência por parte da administração ou mesmo

correção à época própria, se o caso. No entendimento da Douta Procuradoria, não há como negar

a existência de divergências quanto à interpretação da norma que regula a espécie, sendo certo,

todavia, que os argumentos colacionados pela Origem e demais interessados merecem ser

devidamente sopesados pelos Nobres Conselheiros. Assim, entendendo que não restou

comprovada a existência de dolo, culpa ou prejuízo ao erário em face dos procedimentos

adotados, bem como que as eventuais falhas não comprometeram a higidez, validade e eficácia

dos atos praticados, manifestou-se pela improcedência da representação. É o relatório. Voto:

CONHEÇO da representação, uma vez que estão devidamente preenchidos os pressupostos

legais e regimentais de sua admissibilidade. No mérito, acompanho o entendimento da Auditoria

quanto à improcedência dos questionamentos relativos aos itens "a", "b", "c", "d", "i" e "j".

Quanto aos questionamentos remanescentes atinentes às inconsistências das planilhas de custos e

à qualificação econômico-financeira, teço as seguintes considerações: No caso das

inconsistências verificadas nas planilhas de composição de custos apresentada pela licitante

vencedora, a divergência reside no cálculo do adicional noturno e do vale refeição dos

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profissionais envolvidos. Em sua defesa, a Origem ponderou que, considerando o valor da

contratação no montante de R$ 4.730.122,56, as variações se mostraram diminutas e, ainda que

existisse divergência na planilha seria mais razoável a admissão de pequenos vícios formais do

que a desclassificação, por ser medida extremada e contrária ao caráter competitivo da licitação

e, para respaldar seu posicionamento, citou jurisprudência do Tribunal de Contas da União, no

sentido de que a omissão de detalhamento dos itens que compõem os encargos sociais e

trabalhistas na planilha de preços utilizada como modelo no edital não traz problemas para o

órgão contratante, pois o contratado é obrigado a arcar com as consequências das imprecisões na

composição dos seus custos. (Acórdão nº 963/2004, Plenário, relator Min. Marcos Vinicios

Vilaça). A empresa contratada, por sua vez, apresentou nova planilha de custos revisada,

alegando que, nos termos da Instrução Normativa nº 02/2008, do Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, erros no preenchimento da planilha de preços não são motivos para a

desclassificação da proposta, caso a planilha possa ser ajustada sem a necessidade de majoração

do preço ofertado e se comprove que o preço ofertado é suficiente para arcar com todos os custos

da contratação. Todavia, com base nos pronunciamentos dos Órgãos Técnicos desta Corte,

entendo que, no caso concreto ora em julgamento, as inconsistências verificadas na planilha de

composição de custos da licitante vencedora contaminaram a proposta de preços por ela

apresentada. Isto porque não se tratou de um mero erro de cálculo do adicional noturno devido

aos funcionários da contratada. O erro, no caso, adveio da inobservância de norma legal cogente

e objeto da Súmula nº 60, do Tribunal Superior do Trabalho. Assim sendo, compartilho do

entendimento dos Órgãos Técnicos desta Corte, no sentido da procedência da representação neste

aspecto. Quanto à ausência de comprovação de capacidade econômica da empresa contratada, os

Órgãos Técnicos do Tribunal firmaram posicionamento no sentido de que a irregularidade

decorreu do fato de ter sido apresentado um balanço patrimonial que não corresponde ao sistema

de escrituração utilizado (escrituração digital), seja por imposição ou por permissão legal,

entendendo, assim, que somente o balanço patrimonial emitido digitalmente pelo Sistema

Público de Escrituração Digital – SPED atenderia ao pressuposto de "apresentado na forma da

lei", consoante previsto no artigo 31, I, da Lei 8.666/93. Sobre o tema, embora não

desconhecendo a existência de entendimento doutrinário relativizando a forma de apresentação

dos documentos contábeis, entendo que a melhor solução é aquela defendida pelos Órgãos

Técnicos deste Tribunal quanto à necessidade da apresentação dos documentos contábeis na

forma legalmente exigida, conferindo, assim, aos documentos contábeis a confiabilidade

necessária para a avaliação da capacidade econômico-financeira das licitantes. Assim, a

representação é procedente neste aspecto, uma vez que somente deveria ter sido admitida a

apresentação das peças contábeis emitidas digitalmente pelo SPED. Da instrução dos autos,

contudo, verifica-se que há elementos atenuantes da irregularidade constatada, motivo pelo qual

entendo não cabível a aplicação de multa aos agentes públicos envolvidos. Nesse sentido, não

posso deixar de levar em consideração os argumentos colacionados pela Origem, pela

Procuradoria da Fazenda Municipal e a existência de entendimento doutrinário que respalda a

conduta adotada pela SPTuris, bem como o resultado da diligência solicitada à fl. 753, na qual a

Auditoria informou (i) que o Balanço e as Demonstrações Contábeis apresentados pela empresa

Blinder, na fase de habilitação do Pregão em referência, possuem Índice de Liquidez Geral e

Índice de Liquidez Corrente superior a 01 (um), atendendo, assim, a exigência prevista no item

1.4.3 do Edital e (ii) que a diferença de R$ 336,83 apontada entre o balanço apresentado na

licitação e aquele emitido pela SPED, apresentado em sede de defesa pela Blinder, não é

suficiente para alterar o resultado quanto ao atingimento dos índices previstos. Por todo o

exposto, JULGO PROCEDENTE a representação quanto aos questionamentos relativos às

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inconsistências das planilhas de custos e ao balanço patrimonial e IMPROCEDENTE em relação

aos demais questionamentos. Encaminhe-se cópia do venerando Acórdão ao Ministério Público e

à autora da representação, em atendimento ao disposto no artigo 58, do Regimento Interno do

Tribunal. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto

Braguim e João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a)

Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 4) TC 2.228.09-82 – Secretaria

Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – Sempla – Acompanhamento – Verificar a

regularidade do edital do Pregão Eletrônico 010/2009/CGBS, cujo objeto é o fornecimento de

álcool etílico hidratado combustível, gasolina automotiva e diesel B4 – mistura óleo

diesel/biodiesel para a Prefeitura do Município de São Paulo, quanto aos aspectos da legalidade,

formalidade e mérito (Tramita em conjunto com o TC 773.10-22) ACÓRDÃO: "Vistos,

relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam

os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher o Edital de Pregão 010/2009/CGBS,

tendo por objeto o registro de preços para fornecimento de álcool etílico hidratado combustível,

gasolina automotiva e diesel B4 – mistura óleo diesel/biodiesel para a Prefeitura do Município de

São Paulo. Relatório e voto englobados: v. TC 773.10-22. Participaram do julgamento os

Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e João Antonio. Presente a Procuradora

Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo

Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei –

Relator." 5) TC 773.10-22 – Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão –

Sempla – Acompanhamento – Verificar se as etapas do processo licitatório – Pregão Eletrônico

010/2009-CGBS, cujo objeto é o fornecimento de álcool etílico hidratado combustível, gasolina

automotiva e diesel B4 – mistura óleo diesel/biodiesel para a Prefeitura do Município de São

Paulo, estão sendo realizadas de acordo com os dispositivos legais pertinentes (Tramita em

conjunto com o TC 2.228.09-82) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos

quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,

em conhecer do Pregão 010/2009/CGBS. Relatório englobado: O TC 2.228.09-82 cuida de

procedimento fiscalizatório instaurado para verificar a regularidade do Edital de Pregão nº

10/2009-CGBS, da Secretaria Municipal de Modernização, Gestão e Desburocratização - SMG,

tendo por finalidade o registro de preços para o fornecimento de álcool etílico hidratado

combustível, gasolina automotiva e diesel B4 – mistura óleo diesel/biodiesel para órgãos e

entidades da Prefeitura Municipal de São Paulo - PMSP. Examinando o Edital em questão, a

Coordenadoria de Fiscalização e Controle IV desta Corte apontou alguns questionamentos que

requeriam ora alterações no Edital, ora justificativas da Origem, impedindo o prosseguimento da

licitação. Os questionamentos foram os seguintes: 1. Infringência aos incisos I e IX do artigo 2°,

do decreto Municipal n° 44.279/03, em vista da falta de dados que subsidiassem a estimativa

adotada, e pelas diferenças encontradas entre as quantidades obtidas nesta estimativa em relação

àquela realizada com base nas compras efetivas, impossibilitando, assim, afirmar que o método

escolhido foi aquele que melhor refletisse as necessidades da Administração; 2. Infringência ao

artigo 7º, § 2º, inciso II, da Lei Federal n° 8.666/93, e aos artigos 2°, inciso VI, e 4°, do decreto

Municipal n° 44.279/03, uma vez que a pesquisa de preços foi realizada com base em objeto

diverso ao licitado; 3. Infringência ao artigo 6°, inciso IX, da Lei Federal n° 8.666/93, em função

da falta de especificação técnica dos tanques aéreos, considerando, para isso, que o Termo de

Referência da modalidade Pregão correspondia ao Projeto Básico previsto na Lei n° 8.666/93; e

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4. Infringência ao artigo 40, § 1º, da Lei Federal n° 8.666/93, tendo em vista o instrumento

convocatório não ter sido assinado. Em complemento, o órgão Auditor ainda determinou como

essencial para o prosseguimento do certame, o aprimoramento/esclarecimento do edital nos

seguintes itens: 1. Inclusão dos serviços descritos no Anexo I, para evitar que o objeto da

licitação pudesse ser entendido como incompleto; 2. Esclarecer a forma como se daria o

abastecimento no intervalo entre o inicio do contrato e a utilização dos tanques aéreos, a fim de

garantir que a atividade fosse desenvolvida com qualidade e segurança; 3. A previsão no edital

das providências a serem tomadas caso não fosse possível a instalação dos tanques aéreos nos

postos da PMSP por motivo técnico; 4. Esclarecimento a respeito do prazo para envio das

propostas, a fim de evitar dúvidas por parte das interessadas; 5. Detalhar os custos referentes aos

serviços de instalação dos tanques aéreos, de manutenção preventiva e corretiva dos tanques e

demais equipamentos, e demais serviços previstos no Anexo I da planilha de custos; 6. Cominar

uma penalidade especifica para cada obrigação exigida da detentora da ata no Anexo I do edital;

7. Estabelecer prazo para que a detentora solicitasse as licenças ambientais; e 8. Prever no edital

as providências a serem tomadas caso as licenças ambientais fossem negadas, impedindo a

instalação dos tanques aéreos. Posteriormente, a AJCE veio a se manifestar pela suspensão do

pregão para que a Origem conhecesse as manifestações dos órgãos técnicos deste Tribunal.

Como justificativa para a suspensão do pregão, a AJCE ressaltou os seguintes pontos: (i)

solicitação de esclarecimento quanto à necessidade de anuência da unidade requisitante para que

a detentora promovesse alternativas para o abastecimento nas próprias Unidades de

Abastecimento da PMSP no período entre a data de assinatura do contrato e a obtenção das

licenças necessárias; (ii) esclarecimentos quanto às condições que transbordavam o objeto da

licitação, tendo em vista se encontrarem no Termo de Referência obrigações incomuns aos

ajustes da mesma natureza; (iii) alegação de que a pesquisa de mercado tenha sido realizada de

forma singela, sem as informações de todas as condições previstas no Termo de Referência,

referindo-se apenas ao fornecimento de combustível; (iv) supressão do item 12.3. da cláusula

décima-segunda da minuta da ata (Anexo IX do Edital) tendo em vista que o preço seria aquele

definido na licitação e só poderia ser alterado mediante termo aditivo; e (v) que a estimativa da

quantidade de combustível necessária deveria considerar a necessidade da Administração para

todo o prazo da contratação, e não referente ao consumo mensal, como feito. Determinada a

suspensão do Pregão por este Tribunal, a SMG, além de apresentar nova minuta de Edital,

inclusive com todos os seus respectivos Anexos, se manifestou quanto às irregularidades

apontadas nos seguintes termos: 1. Quanto à infringência aos incisos I e IX do artigo 2°, do

decreto Municipal n° 44.279/03, alegou que a estimativa utilizada espelhava a expectativa do

aumento vegetativo da frota, as ampliações de fiscalização e atividades da PMSP, bem como as

mobilizações para campanhas institucionais. Alegou ainda que não seria obrigatório o uso de tais

quantitativos; 2. Quanto à infringência ao artigo 7º, § 2º, inciso II, da Lei Federal n° 8.666/93, e

aos artigos 2°, inciso VI, e 4°, do decreto Municipal n° 44.279/03, alegou que a pesquisa foi

realizada de acordo com o Termo de Referência e com o objeto descrito no Edital; 3. Em relação

à infringência ao artigo 6°, inciso IX, da Lei Federal n° 8.666/93, em função da falta de

especificação técnica dos tanques aéreos, e considerando que o Termo de Referência da

modalidade Pregão correspondia ao Projeto Básico previsto na Lei Federal n° 8.666/93, alegou

que as especificações dos tanques não constavam do Edital, e que tais especificações seriam

adequadas às peculiaridades de cada posto de abastecimento; 4. Quanto ao fato de o instrumento

convocatório não se encontrar assinado, foi alegado que a assinatura não pode ser visualizada na

cópia xerográfica, mas que o mesmo se encontrava sim devidamente assinado; 5. Quanto à

solicitação de inclusão no Edital dos serviços descritos no Anexo I, para evitar que o objeto da

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licitação viesse a ser entendido como incompleto, esclareceu que o objeto era o fornecimento de

combustível, e que a instalação do tanque seria obrigação acessória, ressaltando ainda que o

Termo de Referência era parte integrante do Edital e vinculava o proponente; 6. Quanto à forma

de abastecimento no intervalo entre o inicio do contrato e a utilização dos tanques aéreos,

esclareceu que esta forma ainda não havia sido estabelecida, pois dependeria da disponibilidade

da detentora e das condições dos locais de fornecimento; 7. Com relação à necessidade de o

edital prever quais providências seriam tomadas caso não fosse possível a instalação dos tanques

aéreos nos postos da PMSP por motivos técnicos, a SMG decidiu incluir no Termo de Referência

e na minuta da Ata de Registro de Preços cláusula determinando tais condições; 8. Quanto ao

prazo para envio das propostas, a SMG esclareceu que o prazo seria até o horário limite de início

da sessão pública, alterando a redação da cláusula 5.1. do Edital; 9. Com relação ao detalhamento

dos custos referentes aos serviços de instalação, de manutenção preventiva e corretiva dos

tanques e demais equipamentos, e dos outros previstos no Anexo I da planilha de custos,

esclareceu que tais custos já se encontravam abrangidos nos custos do contrato, e que os tanques

seriam fornecidos em comodato; 10. Quanto à cominação de penalidade especifica para cada

obrigação exigida da detentora da ata no Anexo I do edital, esclareceu que foram inseridas na

minuta da ata cláusulas prevendo penalidades para determinadas obrigações; 11. Quanto à

determinação de prazo para que a detentora solicitasse as licenças ambientais, se manifestou a

fim de alterar a redação do Termo de Referência para estipular um prazo de 30 dias a contar do

recebimento da requisição da unidade de abastecimento, permitindo, ainda, a prorrogação de tal

prazo desde que houvesse justificativa aceita pela unidade de abastecimento; 12. Com relação à

inclusão no edital das providências a serem tomadas na hipótese das licenças ambientais serem

negadas, impedindo a instalação dos tanques aéreos, a SMG se manifestou a fim de inserir

cláusula determinando tais procedimentos; 13. Ainda, em esclarecimento à necessidade de

anuência da unidade requisitante para que a detentora promovesse alternativas para o

abastecimento nas próprias Unidades de Abastecimento da PMSP no período entre a data de

assinatura do contrato e a obtenção das licenças necessárias, a SMG esclareceu que tal anuência

seria obrigatória, e que o texto do item 3.3.9. do Termo de Referência já esclarecia tal ponto; 14.

A SMG retirou o item 12.3. da cláusula décima-segunda da minuta da ata (Anexo IX do Edital)

conforme solicitado; e, por fim, 15. Com relação à estimativa da quantidade de combustível, foi

retificado o Anexo II – Proposta a fim de prever a estimativa mensal. Após exame dos

esclarecimentos e da nova minuta de edital apresentados, AUD voltou a se manifestar,

posicionando-se desfavorável ao prosseguimento do Pregão em análise, pelos seguintes motivos:

1. Infringência ao artigo 1°, parágrafo único, da Lei Federal n° 10.520/02, ante a

incompatibilidade do objeto licitado com a modalidade "pregão", pois englobava a prestação de

serviços que não se enquadravam no conceito de "comuns"; 2. Incompatibilidade do objeto

licitado com o sistema de registro de preços, tendo em vista ser impossível descrever

previamente os serviços que se pretendia adquirir; 3. Infringência ao artigo 7º, § 2º, inciso II, da

Lei Federal n° 8.666/93, e aos artigos 2°, inciso VI, e 4°, do decreto Municipal n° 44.279/03,

uma vez que a pesquisa de preços foi realizada com base em objeto diverso ao licitado; 4.

Infringência ao artigo 6°, inciso IX, da Lei Federal n° 8.666/93, em função da falta de

especificação técnica dos tanques aéreos, considerando, para isso, que o Termo de Referência da

modalidade Pregão corresponderia ao Projeto Básico previsto na Lei n° 8.666/93; 5. Infringência

ao artigo 40, § 1º, da Lei Federal n° 8.666/93, tendo em vista o instrumento convocatório não ter

sido assinado. A Auditoria determinou, ainda, como essencial para o prosseguimento do certame,

o aprimoramento/esclarecimento do edital nos seguintes itens: 1. Inclusão dos serviços descritos

no Anexo I, para evitar que o objeto da licitação pudesse ser entendido como incompleto; 2.

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Esclarecer a forma como se daria o abastecimento no intervalo entre o inicio do contrato e a

utilização dos tanques aéreos, a fim de garantir que a atividade fosse desenvolvida com qualidade

e segurança; 3. A previsão no edital das providências a serem tomadas caso não fosse possível a

instalação dos tanques aéreos nos postos da PMSP por motivo técnico; 4. Detalhar os custos

referentes aos serviços de instalação dos tanques aéreos, de manutenção preventiva e corretiva

dos tanques e demais equipamentos, e demais previstos no Anexo I da planilha de custos; 5.

Cominar uma penalidade especifica para cada obrigação exigida da detentora da ata no Anexo I

do edital; e 6. Prever no edital as providências a serem tomadas caso as licenças ambientais

fossem negadas, impedindo a instalação dos tanques aéreos. A AJCE, por sua vez, se manifestou

entendendo que o objeto licitado seria apenas o fornecimento de combustível. Ressaltou,

entretanto, que em conjunto com o processo em análise, tramitava o TC 72.002.373.09-81, que

tinha por objeto uma representação interposta pela Petrobrás Distribuidora em face do mesmo

edital. A AJCE apontou, com relação ao TC 72.002.373.09-81, que em razão dos investimentos

realizados pela Petrobras, necessários para a construção de postos de abastecimento, tal serviço

não poderia ser classificado como "acessório" ao objeto contratual, devendo ser especificado no

Edital, sob pena de inviabilizar a utilização da modalidade de Pregão. Isto posto, solicitou aquela

Assessoria nova manifestação da Origem para que esta demonstrasse tal alegação, ou seja, de que

as instalações necessárias ao fornecimento dos combustíveis possuíam relevância e gerariam

considerável custo que seria embutido no preço final. Ato contínuo, a AJCE se manifestou

novamente ratificando seu posicionamento quanto à necessidade de demonstração da viabilidade

econômica da contratação. A Origem se manifestou apresentando uma nova minuta do edital,

além de alegar que, não obstante o valor dos investimentos realizados, a utilização da modalidade

de Pregão seria justificável tendo em vista a constatação de que, em diversos municípios,

contratações semelhantes àquela em análise se deram também na modalidade pretendida. Dessa

forma, solicitou a posição favorável quanto ao modelo escolhido. Reencaminhados os autos à

SFC, aquela especializada se posicionou contrária à alegação da Origem, aduzindo que as

contratações de outros municípios apontadas pela Origem não seriam comparáveis à contratação

em análise, e que o fornecimento dos tanques, que a Origem colocava como acessória,

encontrava-se bem delimitado nos editais e minutas de contrato apresentadas. Dessa forma,

manteve-se contrária ao prosseguimento da licitação pelos motivos anteriormente expostos. O

Subsecretário de Fiscalização e Controle, por sua vez, ratificando sua manifestação anterior,

posicionou-se no sentido de restar devidamente comprovada a viabilidade econômica da

contratação, entendimento que foi acompanhado pela AJCE. Autorizado o prosseguimento do

Pregão por este Tribunal, os autos foram encaminhados para a Secretaria de Fiscalização e

Controle para acompanhamento do certame licitatório e, posteriormente, para a Procuradoria da

Fazenda Municipal - PFM para manifestação. A PFM manifestou-se favorável ao

prosseguimento do Pregão, ressaltando que o edital encontrava-se formalmente regular. A

Secretaria Geral deste Tribunal entendeu satisfatórias as alegações da Origem, bem como ter

ficado caracterizada nos autos a viabilidade econômica da contratação. O TC 773-10.22 cuida do

acompanhamento, realizado no período de 31.03.2010 a 30.06.2010, do Pregão nº 10/2009-SMG.

A Coordenadoria de Fiscalização e Controle, após exame, concluiu que o certame não apresentou

máculas, ressaltando, entretanto, a necessidade de registro das empresas vencedoras do certame

perante o SICAF – Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores. Foi apontado que as

empresas vencedoras fizeram suas propostas em nome da matriz e de uma filial, sendo necessária

a comprovação do registro da filial da empresa Royal Fic Distribuidora de Derivados de Petróleo

Ltda., e da matriz da empresa Rede Sol Fuel Distribuidora Ltda., a fim de se verificar a

regularidade de alguns dos documentos apresentados, tais como, CND e FGTS. Ademais,

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ressaltou não ter sido comprovada a autorização da Agência Nacional do Petróleo – ANP para a

filial da Rede Sol Fuel Distribuidora Ltda. Uma vez notificada, a Origem se manifestou acerca

das conclusões da Coordenadoria de Fiscalização e Controle, argumentando que em certames em

que a licitante for a matriz, basta que a filial indicada para o fornecimento do objeto comprove a

regularidade fiscal, sem a necessidade de sua inscrição no SICAF. Em relação às certidões

apresentadas, informou que estas, muitas vezes, abrangem tanto a matriz quanto suas filiais.

Ainda, aproveitou para juntar o Certificado de Regularidade do FGTS referente à filial. Por fim,

com relação à autorização da ANP, alegou que o registro é fornecido à matriz, juntando relação

de distribuidores cadastrados na qual consta apenas as matrizes das empresas. Encaminhado o

processo à SFC, esta retificou seu posicionamento quanto à necessidade de apresentação de

cadastro no SICAF, considerando superada tal questão. Em relação à autorização da ANP para a

filial da Rede Sol Fuel Distribuidora Ltda., esclareceu que cada filial deve possuir autorização

específica, mantendo a obrigatoriedade da autorização. Posteriormente, a AJCE veio a se

manifestar opinando pela regularidade do certame. Entretanto, sugeriu à Origem para que esta

exigisse da Rede Sol Fuel Distribuidora Ltda. a apresentação de declaração da ANP constando

especificamente a relação de filiais da Rede Sol. Notificada, a Origem apresentou cópia do

despacho emitido pela ANP no qual constava o registro da filial da Rede Sol Fuel Distribuidora

Ltda. Retornando os autos à Coordenadoria de Fiscalização e Controle, esta manteve o

posicionamento de que a autorização concedida pela ANP se restringia à matriz da Rede Sol,

devendo a filial comprovar ter autorização da ANP, e que apenas a autorização para exercício da

atividade de distribuição foi fornecida também para a filial. Ressaltou, ainda, que o registro

concedido pela ANP é apenas um dos requisitos para a concessão da autorização, e que o edital

foi claro ao exigir a comprovação da autorização para o exercício da atividade de distribuição.

Assim, repisou estar pendente a comprovação de autorização da ANP para a filial da Rede Sol,

frisando, ainda, que tal autorização deverá ser da época da apresentação dos documentos da

habilitação. Encaminhados os autos para a SFC, esta se manifestou indicando que, em razão da

matéria se revestir de caráter jurídico, seria a interpretação da AJCE a mais adequada,

entendendo igualmente suprida a exigência de autorização da ANP para a filial. Ato contínuo, os

autos foram encaminhados à PFM, que se manifestou pela regularidade do certame. Por fim,

encaminhados os autos à Secretaria Geral, esta concluiu que as alegações apresentadas pela

Origem foram satisfatórias, e que foram atendidas as exigências formuladas por este Tribunal.

Aduziu ainda a SG, no tocante à divergência ocorrida entre os pareceres da Coordenadoria II e da

Assessoria Jurídica de Controle Externo, sobre a comprovação da filial da Rede Sol Fuel

Distribuidora Ltda., que, no seu entender, a questão reveste-se de cunho jurídico, assim a

interpretação da AJCE decide a questão. É o relatório. Voto englobado: Diante de tudo o que

dos autos consta, dando conta de que a Origem reformulou o instrumento convocatório de modo

a atender as recomendações desta Corte, ACOLHO Edital de Pregão nº 10/2009-CGBS, tendo

por objeto o Registro de Preços para "fornecimento de álcool etílico hidratado combustível,

gasolina automotiva e diesel B4 – mistura óleo diesel/biodiesel para a Prefeitura do Município de

São Paulo". No que diz respeito ao processamento do certame, acompanho o entendimento da

Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, que entenderam sanado, diante

dos documentos juntados aos autos, o apontamento relativo à ausência de comprovação de

autorização da Agência Nacional do Petróleo - ANP para a filial da Rede Sol Fuel Distribuidora

Ltda., razão pela qual CONHEÇO do Pregão nº 10/2009-CGBS. É o meu voto. Participaram do

julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e João Antonio.

Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente;

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a) Domingos Dissei – Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO

JOÃO ANTONIO – 1) TC 286.10-41 – Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente –

SVMA – Auditoria Programada – Verificar o cumprimento das determinações do parecer das

Contas de exercícios anteriores, por meio da Ordem de Serviço 2009.000897.1 ACÓRDÃO:

"Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da auditoria realizada e, após as

providências de praxe, em determinar o arquivamento dos autos. Relatório: No julgamento das

contas da Prefeitura do Munícipio de São Paulo, exercício de 2008 – TC .854.09-99, foram

consignadas 25 determinações à Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, sendo 12 de

exercício anterior, 13 do exercício de exercício de 2008 e duas recomendações de 2008. A

Subsecretaria de Fiscalização e Controle realizou auditoria com a finalidade de verificar o

cumprimento daquelas determinações. Na referida auditoria, SFC apurou que somente duas

relativas ao exercício de 2008 foram cumpridas - a de número 41 ("Determine que o

Departamento de Controle da Qualidade Ambiental – DECONT providencie a elaboração e

edição anual do Relatório da Qualidade do Meio Ambiente – RQMA") e a de número 49

("Submeta os planos, programas e projetos apresentados à deliberação do Conselho do Fundo

Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CONFEMA, sobre a sua

viabilidade técnica e Econômica" - folha 119). Em seguida, concluiu que os resultados da

auditoria foram consolidados no Relatório Anual de Fiscalização da Prefeitura do Município de

São Paulo do exercício de 2009 – TC 72.000.759.10-00. A Procuradoria da Fazenda Municipal

opinou pelo Conhecimento, para registro, da auditoria realizada, endossada pela Secretaria Geral.

É o sucinto RELATÓRIO. Voto: Considerando que os resultados alcançados nas verificações

levadas a efeito atenderam ao disposto no artigo 1º da Resolução nº 06/00, CONHEÇO da

Auditoria. Após as providências de praxe, ARQUIVEM-SE os autos, conjuntamente com o TC

72.000.854.09-99, que tratou do julgamento das contas da Prefeitura do Município de São Paulo,

exercício de 2008. Este é o meu voto, Senhor Presidente. Participaram do julgamento os

Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a

Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) João

Antonio – Relator." 2) TC 2.043.08-04 – Subprefeitura M'Boi Mirim – SP-MBOI –

Acompanhamento – Verificar se o dispositivo legal estabelecido nas normas deste Tribunal

(Resolução 5/2002), está sendo atendido pela entidade fiscalizadora ACÓRDÃO: "Vistos,

relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do presente acompanhamento.

Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar que seja oficiada a Subprefeitura do M'Boi

Mirim – SP-MBOI, encaminhando-se cópia do relatório, voto e deste Acórdão e, após as

comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se, nos autos do TC nº

2.043.08-04, de Acompanhamento instaurado pela Ordem de Serviço nº 9.3.3.0375/08, com o

objetivo de verificar se o dispositivo legal estabelecido nas normas do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo (Resolução nº 05/2002) está sendo atendido pela entidade fiscalizada,

qual seja, a Subprefeitura do M'Boi Mirim, bem como conhecer as medidas adotadas pela

Origem para a implantação do módulo de contratação do Sistema NovoSeo. A realização da

presente se deu no período de 04/09/2008 a 03/10/2008, face ao período de abrangência

estipulado de 01 a 31/07/2008. Os procedimentos adotados neste Acompanhamento se

subdividiram em: a) Verificar se a unidade está fazendo o encaminhamento das informações

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previstas na Resolução nº 05/2002 (SERI) ao TCM; b) Confrontar as informações constantes do

sistema com as impressas nos relatórios encaminhados juntamente com o disquete; c) Confrontar

a listagem dos contratos formalizados na unidade, bem como as aquisições diretas com os

constantes do SERI, e também o conteúdo das informações com as do processo administrativo. A

Resolução nº 05/2002 (folhas 04/05), em seu artigo 1º, aprovou as Instruções nº 01/02 que

disciplinaram a remessa a esta Corte, por meio de sistema eletrônico, das informações relativas a

todos os contratos, convênios, termos de copatrocínio e outros instrumentos análogos, bem como

as referentes a seus eventuais aditamentos, da Administração Direta e Indireta do Município, da

Câmara Municipal de São Paulo e do próprio Tribunal de Contas do Município de São Paulo. As

Instruções nº 01/02 (folhas 06/09), que substituíram as Instruções 02/00, especificaram os

procedimentos a serem adotados pelas Unidades na remessa das informações e requisições de

documentos relativos aos atos sujeitos à sua fiscalização. Em atenção à diretriz para elaboração

do Plano Anual de Fiscalização – PAF/2008, estabelecida pela Subsecretaria de Fiscalização e

Controle desta Corte de Contas, verificou-se também como a Unidade está utilizando o Módulo

de Contratação desenvolvido pela Prefeitura do Município de São Paulo, ou que medidas vêm

adotando para implantá-lo. A Auditoria elaborou relatório juntado às folhas 33/36, em

03/10/2008, cuja conclusão, foi estabelecida nos termos abaixo transcritos: "4 – Conclusão À

vista da consulta junto ao SERI, dos exames documentais, compreendendo o período de 01 a

31/07/08 e das determinações constantes das Instruções 01/02, entendemos que a Subprefeitura

do M'Boi Mirim está cumprindo parcialmente a Resolução nº 05/2002, uma vez que não

encaminhou as informações referentes aos contratos, aditivos e outros ajustes relativos a 2008,

como relatado no item 3.2 deste relatório. Ressalvamos a remessa extemporânea de todas as

informações relativas às aquisições diretas realizadas em 2008, como relatado no item 3.2 deste

relatório. Por fim, constatamos que o Módulo de Contratação do Sistema NovoSeo foi

parcialmente implantado, conforme relatado no item 3.3 deste relatório." A Origem foi oficiada e

apresentou esclarecimentos às folhas 42/45 e, diante da conclusão exarada pela Auditoria, alegou

que efetivou a remessa de complementação das informações em 09/12/2008, conforme

documentos juntados às folhas 53/61, bem como alegou que por ser uma Subprefeitura nova,

uma das últimas a serem criadas, ainda carece de uma melhor estrutura, em especial quanto ao

número de funcionários necessários ao bom desempenho das atividades. Após a manifestação da

Administração, foi retificada a conclusão alcançada no relatório de folhas pela Auditoria, no

sentido de que a Subprefeitura do M'Boi Mirim está cumprindo parcialmente a Resolução nº

05/02, uma vez que encaminhou as informações referentes aos contratos, aditivos e outros ajustes

realizados em 2008, conforme documento de folhas 59. A Auditoria apenas ressalvou a remessa

extemporânea das informações, como relatado no item 3.2 do relatório e das informações

encaminhadas em dezembro de 2008, conforme documento de folhas 59. A AJCE – Assessoria

Jurídica de Controle Externo considerou que a questão ora focalizada envolve, na sua essência, a

aferição promovida pela área auditora, não acrescentando nenhuma observação às conclusões

externadas. A Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM entendeu prescindir o presente de

análise de mérito, ante sua natureza instrumental, e propugnou pelo seu conhecimento e registro.

Da mesma forma a Secretaria Geral, que acompanhou o parecer exarado pela Auditoria,

entendendo que o presente Acompanhamento encontra-se em condições de ser submetido à

apreciação para conhecimento e deliberação. É o RELATÓRIO. Voto: Cumpre destacar que trata

o presente de Acompanhamento realizado junto à Subprefeitura do M'Boi Mirim, objetivando

verificar se a Unidade está encaminhando a este Tribunal as informações, por meio eletrônico,

relativas aos contratos, convênios e outros instrumentos análogos formalizados, bem como seus

respectivos aditamentos, em atendimento à Resolução TCMSP nº 05/2002 e Instruções nº 01/02,

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que disciplinam a remessa dessas informações por meio eletrônico, através do SERI. No relatório

apresentado às folhas 33/38 a Auditoria concluiu que a unidade fiscalizada estava cumprindo

parcialmente a Resolução nº 05/2002, uma vez que não encaminhou as informações referentes

aos contratos, aditivos e outros ajustes relativas a 2008, como relatado no item 3.2 do relatório

citado. Ressalvou a Auditoria, a remessa extemporânea de todas as informações relativas às

aquisições diretas realizadas em 2008. Constatou-se, também, que o Módulo de Contratação do

Sistema NovoSeo foi parcialmente implantado até aquela data. Retornaram os autos à Auditoria

para manifestação acerca da defesa encaminhada pela Origem, que informou ter efetivado a

remessa da complementação das informações em 09/12/2008, bem como alegou ser uma

Subprefeitura nova e que carecia de melhor estrutura, em especial quanto ao número de

funcionários. A partir das informações prestadas, a Auditoria retificou sua conclusão anterior,

deliberando sobre o cumprimento parcial pela Subprefeitura do M'Boi Mirim da Resolução nº

05/02, vez que encaminhou as informações referentes aos contratos, aditivos e outros ajustes

realizados em 2008, mantida a ressalva da extemporaneidade da remessa das informações. Deixo

consignado que o Sistema Eletrônico de Remessa de Informações – SERI foi extinto, conforme

Resolução no. 5/2010, tendo sido substituído pelos Sistemas Radar e Sigma, os quais não

dependem de remessas ao TCM, pois retiram os dados do Sistema PUBNet da municipalidade.

Assim, à vista do tempo decorrido e, não obstante a extinção do SERI – Sistema Eletrônico de

Remessa de Informações, bem como, diante do caráter instrumental deste feito, CONHEÇO do

presente Acompanhamento e DETERMINO seja oficiada a Subprefeitura do M'Boi Mirim,

encaminhando-se cópia do relatório, voto e decisão a ser alcançada pelo Plenário. Após as

comunicações de praxe, ARQUIVEM-SE os autos. Este é o meu voto, Senhor Presidente.

Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões

– Presidente; a) João Antonio – Relator." 3) TC 2.293.10-88 – Companhia Metropolitana de

Habitação de São Paulo – Cohab-SP e Indiana Seguros S.A. – Acompanhamento – Execução

Contratual – Verificar se o Contrato 100/07 (R$ 3.958.800,00), cujo objeto é a contratação de

seguradora, nas condições estabelecidas pelo decreto Lei 73 de 21/11/66, para a formalização de

contrato de seguro imobiliário (apólice) para a cobertura de riscos de morte e invalidez

permanente dos adquirentes e de danos físicos de imóveis das unidades habitacionais vinculadas

aos programas habitacionais da Companhia, está sendo executado de acordo com as normas

legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste ACÓRDÃO:

"Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular a execução do contrato,

celebrado entre a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-SP e a empresa

Indiana Seguros S.A. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar, após as comunicações

de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se, nos autos do TC nº 2.293.10-88, de

Acompanhamento de Execução Contratual, emitido pela Ordem de Serviço nº 2010.02567.1,

com o objetivo de verificar se o Contrato nº 100/2007 e os Termos Aditivos nº 119/2008, nº

110/2009 e nº 004/2010 estão sendo executados de acordo com as normas legais pertinentes e em

conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste. O referido instrumento contratual foi

firmado entre a COHAB/SP – Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo/SP e a

Indiana Seguros S/A, tendo por objeto a contratação de seguradora para a formalização de

contrato de seguro imobiliário para a cobertura dos riscos de morte e invalidez permanente dos

adquirentes e de danos físicos de imóveis das unidades habitacionais vinculadas aos programas

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habitacionais da COHAB/SP. O Valor do Contrato é de R$ 3.958.800,00. O período de

realização do presente Acompanhamento se deu de 08/09/2010 a 15/10/2010 face ao período de

abrangência de 10/10/2007 a 31/08/2010. Os procedimentos adotados na análise realizada pela

Auditoria foram: Consulta ao Manual de Fiscalização da Subsecretaria de Fiscalização e

Controle do TCMSP; Consulta ao Processo COHAB PI nº 0437/07; Obtenção de cópias dos

instrumentos autuados: Edital, Contrato e Termos Aditivos; Obtenção de cópias da listagem dos

prêmios pagos e das indenizações recebidas no período de novembro/2007 a agosto/2010;

Seleção dos meses de junho de cada ano, acrescida dos meses de novembro/2007 e agosto/2010;

Obtenção de cópias dos comprovantes dos prêmios pagos e das indenizações recebidas no

período de novembro/2007 a agosto/2010; Exame da conformidade dos prêmios pagos e das

indenizações recebidas em relação ao estipulado no contrato nº 100/2007; Avaliação da

segurança dos controles exercidos pela COHAB/SP para garantir a correta execução do objeto

contratado. Como resultado do trabalho desenvolvido, foi apresentado pelo técnico designado

para a realização desta fiscalização o Relatório de Acompanhamento de Execução Contratual,

folhas 758 – 771, o qual lançou a conclusão abaixo apresentada: "4 – CONCLUSÃO 4.1 –

Houve Infringência ao artigo 55, inciso III da Lei Federal 8.666/93 pela falta de indicação do

índice de reajuste do contrato (Subitem 3.2.2-b). 4.2 – Houve infringência ao Artigo 66 da Lei

Federal. nº 8666/93 e suas alterações por desatendimento às clausulas editalícias e contratuais,

quais sejam: subitens 16.2 e 18.1.1 do Edital e cláusula 13 do contrato, respectivamente, pela não

emissão da Ordem de Início de Serviço (Subitem 3.2.1), e pela falta de encaminhamento à

Seguradora das informações relativas às dívidas seguradas, bem como das alterações ocorridas

no mês de novembro/2007 (Subitem 3.2.3-b)". O Subsecretário de Fiscalização e Controle

entendeu diferente sobre o item 4.1 acima apontado e acompanhou apenas o concluído no

subitem 4.2. Em relação ao subitem 4.1 estabeleceu o Subsecretário de Fiscalização e Controle

que: "Quanto à conclusão 4.1 à folha 770, opinamos que no presente Contrato, como o valor

mensal de pagamento à seguradora é obtido a posteriori, multiplicando-se a taxa contratada pelo

montante de capital que foi efetivamente segurado no correspondente mês, conforme cláusula 13

do Contrato (folha 282), não ocorre defasagem monetária por depreciação inflacionária nos

pagamentos mensais. Portanto, concluímos não ser aplicável o artigo 55, inciso III da Lei Federal

8.666/93 quanto a reajustamento no caso dessa natureza de objeto contratado". A Origem foi

oficiada para apresentar informações face aos apontamentos da Subsecretaria de Fiscalização e

Controle, dos quais esclareceu, às folhas 775/779, que o contrato de seguro segue legislação

específica, por isso é um contrato diferenciado com características especiais. Anota ainda a

Origem, face a informação elencada pelo técnico, que na emissão da apólice há a própria Ordem

de Início de Serviço, não se configurando a irregularidade apontada no item 4.2. Em referência às

informações relativas às dívidas seguradas, informa a Origem que o relatório era enviado

eletronicamente à Seguradora, conforme se verifica nos e-mails acostados aos autos. Após as

elucidações da Origem, a Auditoria se manifestou às folhas 782/785, tendo sido acompanhada

pelo Subsecretário de Fiscalização e Controle, com a seguinte conclusão: "3 – CONCLUSÃO De

todo o exposto, consideramos justificadas as impropriedades apontadas, e regular o presente

Acompanhamento de Execução Contratual." A AJCE – Assessoria Jurídica de Controle Externo

desta Corte foi instada a se manifestar às folhas 788/790 e acompanhou as conclusões exaradas

pela Auditoria, opinando que o referido ajuste está sendo executado conforme o pactuado

contratual. Pela PFM – Procuradoria da Fazenda Municipal, às folhas 793/800, foi inferido que

os esclarecimentos prestados pela Origem foram recepcionados pelos órgãos técnicos dessa

Egrégia Corte, os quais, ao teor dos pareceres encartados, consideraram justificadas as

impropriedades havidas, opinando, pois, pela regularidade formal dos atos examinados,

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requerendo o acolhimento da execução do Contrato nº 100/07, bem como dos seus respectivos

Termos Aditivos de nºs 119/08, 100/09 e 04/10. A SG – Secretaria Geral nada acrescentou,

anuindo com o relatório encartado às folhas 782/784 elaborado pela Auditoria, bem como

manifestação da douta Assessoria Jurídica, manifestando-se pela regularidade da execução

contratual em exame. É o RELATÓRIO. Voto: Cuida o presente de Acompanhamento de

execução do Contrato nº 100/2007 e dos Termos Aditivos nº 119/2008, nº 110/2009 e nº

004/2010, firmados entre a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – COHAB/SP

e a empresa Indiana Seguros S/A, objetivando verificar se os termos de contrato estão sendo

executados de acordo com as normas legais e em conformidade com as cláusulas estabelecidas

no ajuste. O técnico designado para a realização deste Acompanhamento concluiu, às folhas

758/771, que houve infringências aos artigos 55, inciso III e 66 da Lei Federal 8.666/93 e suas

alterações, pela falta do índice de reajuste do Contrato, bem como pela não emissão da Ordem de

Início de Serviço e pela falta de encaminhamento à Seguradora das informações relativas às

dívidas seguradas, e ainda das alterações ocorridas no mês de novembro/2007. O Senhor

Subsecretário de Fiscalização e Controle pronunciou-se às folhas 772/772 verso, concluindo não

ser aplicável o artigo 55, inciso III da Lei 8.666/93 quanto ao reajustamento no caso da natureza

do objeto contratado, "uma vez que o valor mensal de pagamento à seguradora é obtido a

posteriori, multiplicando-se a taxa contratada pelo montante de capital que foi efetivamente

segurado no correspondente mês, conforme cláusula 13 do Contrato (folha 282), não ocorre

defasagem monetária por depreciação inflacionária nos pagamentos mensais". Mas acompanhou

o entendimento exarado pelo técnico da Auditoria referente às demais infringências acima

colacionadas. Intimada, a Origem apresentou justificativas de folhas 775/779 e 781, e diante da

documentação acrescida, tanto os técnicos da Auditoria, como o Senhor Subsecretário de

Fiscalização e Controle entenderam justificadas as impropriedades apontadas, concluindo pela

regularidade do presente. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, em parecer de folhas

788/791, a Procuradoria da Fazenda Municipal em posicionamento exarado às folhas 793/800, e

a Secretaria Geral em parecer às folhas 802/803, manifestaram-se pela regularidade da execução

contratual em exame. Nestes termos, julgo REGULAR a execução do Contrato nº 100/2007 e dos

Termos Aditivos nºs 119/2008, 110/2009 e 004/2010, celebrados entre a Companhia

Metropolitana de Habitação de São Paulo – COHAB/SP e a empresa Indiana Seguros S/A,

objetivando verificar se os termos de contrato estão sendo executados de acordo com as normas

legais e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste. Após as comunicações de

praxe, ARQUIVEM-SE os autos. Este é o meu voto, Senhor Presidente. Participaram do

julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.

Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente;

a) João Antonio – Relator." 4) TC 2.261.10-91 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab –

Auditoria Programada com o objetivo de verificar, por amostragem, a regularidade e legalidade

dos cálculos e dos pagamentos de contrapartidas financeiras devidas pela outorga onerosa do

direito de construir, bem como verificar o controle de estoque do potencial construtivo adicional

passível de ser concedido. "O Conselheiro João Antonio – Relator requereu ao Egrégio Plenário,

nos termos do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta do

citado processo, para melhores estudos, o que foi deferido." (Certidão) 5) TC 516.12-61 –

Francesco Di Pace – Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP – Denúncia acerca

de eventuais irregularidades no Pregão Presencial 79/2010, cujo objeto é o fornecimento de saco

plástico para exumação e saco plástico transparente ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos

estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do

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Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório

e voto do Relator, em conhecer da denúncia oferecida pelo Senhor Francesco di Pace, e, quanto

ao mérito, em julgá-la prejudicada, diante da perda superveniente de seu objeto, em virtude da

revogação do certame. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o cumprimento do

artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, arquivando-se, após, estes autos. Relatório: Julga-se

nestes autos a Denúncia interposta pelo Senhor Francisco Di Pace em face do Pregão Presencial

nº 079/SFMSP/2010, promovido pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo, cujo objeto

é o fornecimento de saco plástico para exumação e saco plástico transparente. O Denunciante

alegou a ocorrência de diversas irregularidades na condução do certame e requereu a aferição das

condutas e responsabilidades dos agentes envolvidos. Oficiada, a Autarquia colacionou seus

esclarecimentos e justificativas. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, na análise dos

apontamentos, verificou que o objeto do certame foi adjudicado à empresa ERICAPLAST

Embalagens Ltda., vencedora, por apresentar os menores preços. A seguir, o processo foi

encaminhado à Superintendência para homologação da decisão da Comissão de Licitações, com

a anuência da Assessoria Jurídica da Pasta. O Chefe de Gabinete da Autarquia analisou a

documentação apresentada na licitação, verificando que o preço ofertado pela empresa vencedora

era inferior ao da matéria-prima, conforme a planilha apresentada pela própria empresa. A seguir,

retornou o processo à Comissão Permanente de Licitações para as providências. A Comissão

decidiu tornar sem efeito o ato que habilitou a empresa ERICAPLAST e desclassificar sua

proposta, em virtude dos preços ofertados na fase de lances serem inexequíveis. O Pregoeiro

informou que o prazo recursal transcorreu "in albis", sem interposição de recursos pelas

licitantes. A Auditoria ressaltou que, conforme registrado na 3ª Ata de Abertura e Julgamento do

certame, as licitantes classificadas em segundo lugar para cada item foram inabilitadas, restando

o procedimento licitatório considerado prejudicado. Salientou que a Comissão Permanente de

Licitações tem o poder-dever de rever os seus atos quando eivados de vício, motivo pelo qual,

constatado o risco de inexequibilidade da proposta de preço vencedora, agiu corretamente ao

reunir-se para rever a questão, mesmo após já ter sido adjudicado o objeto. Todavia, por se tratar

de Pregão Presencial, deveria ter reaberto a sessão pública para anular os atos de habilitação e

adjudicação declarados na sessão anterior, dando oportunidade à licitante vencedora de provar a

exequibilidade de seus preços, bem como praticar os demais atos necessários, antes de abrir os

envelopes de habilitação da licitante classificada em segundo lugar. Desta forma, opinou pela

procedência das alegações constantes da inicial. A Assessoria Jurídica de Controle Externo

apurou que a Autarquia realizou outro certame, em que os preços foram iguais aos do presente

caso, somente com a diferença dos quantitativos indicados. Verificou que a desclassificação da

empresa vencedora do certame, sob a alegação de inexequibilidade do preço ofertado, foi

realizada de forma sumária, sem a observância do devido processo administrativo substancial,

entendendo ter-se tratado de "error in procedendo". Assim, acompanhou as conclusões da

Auditoria, opinando pela procedência da presente denúncia. A seu turno, a Procuradoria da

Fazenda Municipal requereu o arquivamento dos presentes autos, pela perda superveniente de

seu objeto, uma vez que a Origem decretou a revogação do certame ora guerreado. A Secretaria

Geral acompanhou as conclusões alcançadas pelos Órgãos Técnicos deste Tribunal, opinando

pela procedência da exordial. É o relatório. Voto: Julga-se nestes autos a Denúncia interposta

pelo Senhor Francisco Di Pace em face do Pregão Presencial nº 079/SFMSP/2010, promovido

pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo, cujo objeto é o fornecimento de saco plástico

para exumação e saco plástico transparente. Alega o Denunciante a ocorrência de diversas

irregularidades na condução do certame. Em sua análise, a Auditoria verificou que o objeto do

certame foi adjudicado à empresa ERICAPLAST Embalagens Ltda., vencedora, por apresentar

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os menores preços. Na fase de homologação da decisão da Comissão de Licitações, a Autarquia

concluiu que o preço ofertado pela empresa vencedora era inferior ao da matéria-prima. Por esse

motivo, a Comissão decidiu tornar sem efeito o ato que habilitou a empresa ERICAPLAST e

desclassificar sua proposta. Considerando que as licitantes classificadas em segundo lugar para

cada item foram inabilitadas, o procedimento licitatório foi considerado prejudicado. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo verificou que a desclassificação da empresa vencedora

do certame, sob a alegação de inexequibilidade do preço ofertado, foi realizada de forma

sumária, sem a observância do devido processo administrativo substancial, entendendo ter-se

tratado de "error in procedendo". Informou, ainda, que a Autarquia realizou outro certame, em

que os preços foram iguais aos do presente caso, somente com a diferença dos quantitativos

indicados. Diante de todo o exposto, CONHEÇO da Denúncia oferecida pelo Senhor Francisco

Di Pace, em face do Pregão Presencial nº 079/SFMSP/2010, promovido pelo Serviço Funerário

do Município de São Paulo – SFMSP, cujo objeto é o fornecimento de saco plástico para

exumação e saco plástico transparente. Quanto ao mérito, em que pese a procedência das

alegações do Denunciante, JULGO PREJUDICADA a presente Denúncia, diante da perda

superveniente de seu objeto, em virtude da revogação do certame. OFICIEM-SE as partes para

conhecimento e, após, ARQUIVEM-SE os autos. Este é meu voto, Senhor Presidente.

Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões

– Presidente; a) João Antonio – Relator." 6) TC 519.12-50 – Carlos Gilberto Alves – Serviço

Funerário do Município de São Paulo – SFMSP – Denúncia em razão de conduta dos órgãos

dirigentes da Autarquia, referente ao Fundo de Manutenção e Melhoria ACÓRDÃO: "Vistos,

relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da denúncia por presentes os

pressupostos de admissibilidade. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em julgá-

la parcialmente procedente quanto à morosidade na apuração das sindicâncias, à prestação de

serviços sem contrato e ao pagamento por indenização. Acordam, ainda, à unanimidade, em

determinar ao Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP que: - adote providências

no sentido de agilizar a conclusão das sindicâncias em andamento; - informe sobre essas

providências esta Corte de Contas, no prazo de 60 dias, consoante proposta do Conselheiro

Roberto Braguim – Revisor; - melhor planeje suas atividades, de modo que não se constate

novamente falhas como as apuradas neste julgamento. Acordam, também, à unanimidade, em

determinar à Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC desta Casa que: - realize inspeção a

fim de apurar a ocorrência ou não de superfaturamento da obra no Cemitério do Lajeado,

consoante proposta do Conselheiro Roberto Braguim – Revisor; - promova, de modo

perfunctório, verificação acerca do andamento das sindicâncias no SFMSP, conforme sugestão

do Conselheiro Maurício Faria. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o envio de ofício

ao denunciante e ao denunciado, dando cumprimento ao artigo 58 do Regimento Interno deste

Tribunal. Relatório: Analisa-se, nestes autos, a Denúncia apresentada pelo Senhor Carlos

Gilberto Alves, em razão da conduta dos dirigentes do Serviço Funerário do Município de São

Paulo - SFMSP. Oficiada, a Autarquia apresentou seus esclarecimentos e justificativas. A

Subsecretaria de Fiscalização e Controle, em análise dos apontamentos trazidos aos autos,

concluiu pela procedência parcial da denúncia, na seguinte conformidade: Foram considerados

procedentes os apontamentos: - quanto à morosidade nas sindicâncias (itens 1, 2 e 3 da

denúncia), - quanto à continuidade na prestação de serviços pela empresa RJ, sem contrato (item

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9); e, - concernente ao pagamento por indenização do fornecimento de gasolina e biodiesel à

empresa Rede Sol Fuel Distribuidora Ltda. (itens 10 e 11). E improcedentes os itens tangentes às

alegações de: - prorrogação das sindicâncias pelo tempo necessário à prescrição (item 4); -

locação de veículos funerários de uma empresa, ao invés de utilização de um "leasing" (itens 5, 6

e7); - ausência de garantia contratual e não entrega de veículos locados (item 8); - falsa

emergência para contratação de execução de obras e serviços de contenção de muro e talude no

Cemitério Lajeado (item 18); - não atendimento ao Decreto nº 51.591/2010 (item 19); e, - quanto

à situação financeira da Autarquia (item 22). No que respeita à alegação de transporte de

cadáveres no Município de São Paulo, por funerárias sediadas em outros municípios, envolvendo

as anotações de óbitos realizadas pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo, com

autorização judicial e a ausência de fiscalização da Autarquia para o transporte de cadáveres por

outras funerárias (itens 12, 13, 14, 15 e 16), não foi apresentado caso concreto. No que concerne

à denúncia de superfaturamento na execução das obras no Cemitério Lajeado (itens 17, 20 e 21),

embora a análise realizada tenha demonstrado não ser possível constatar essa ocorrência, pois o

seu resultado deu-se pela comparação de valores na execução de dois muros por meio de simples

"regra de três", para sua apuração faz-se necessária a realização de fiscalização na modalidade

Inspeção com a participação de Engenheiros, para avaliação da contratação quanto ao aspecto

abordado. Em sua manifestação, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, opinou em

consonância com as conclusões apresentadas pela Auditoria, pela procedência parcial da

denúncia. A seu turno, a Procuradoria da Fazenda Municipal requereu nova oitiva da Autarquia,

no que foi atendida. Em sua defesa, a Origem alegou que para evitar a ocorrência de prescrição,

as Comissões de Sindicância estão empreendendo esforços para apurar os fatos e as

responsabilidades funcionais. Acerca da prestação de serviços pela empresa RJ, sem contrato,

justificou que diante da natureza essencial dos serviços e, para os mesmos não sofrerem solução

de continuidade até a devida contratação, restou à Autarquia pagar os serviços a título de

indenização. E, por fim, alegou que a aquisição de combustível ocorreu sem prévia autorização

orçamentária, o que impossibilitou a utilização da Ata de Registro de Preços nº 04/2010,

resultando no pagamento por indenização de fornecimento de gasolina biodiesel à empresa. Em

manifestação conclusiva, a Assessoria Jurídica de Controle Externo aduziu que as informações

trazidas aos autos não foram capazes de alterar os entendimentos anteriores. Por sua vez, o Órgão

Fazendário requereu a declaração de improcedência da denúncia, em razão da ausência de

registro de comportamento indevido dos agentes da Autarquia. A Secretaria Geral destacou a

existência de elementos que demonstram desídia no trato da coisa pública, atentou para a

necessidade de um melhor planejamento por parte da Origem, no tocante ao desenvolvimento de

suas ações. Assim, acompanhou as conclusões alcançadas pelos Órgãos Técnicos deste Tribunal,

opinando pela procedência parcial da presente denúncia. É o relatório. Voto: Julga-se nestes

autos a Denúncia apresentada pelo Senhor Carlos Gilberto Alves, em razão da conduta dos

dirigentes do Serviço Funerário do Município de São Paulo - SFMSP. A Auditoria entendeu

procedentes os seguintes apontamentos: 1) quanto à morosidade nas sindicâncias (itens 1, 2 e 3

da denúncia), 2) quanto à continuidade na prestação de serviços pela empresa RJ, sem contrato

(item 9); e, 3) concernente ao pagamento por indenização do fornecimento de gasolina e

biodiesel à empresa Rede Sol Fuel Distribuidora Ltda. (itens 10 e 11). Relativamente à

morosidade nas sindicâncias, constatou-se a existência de 108 processos, dos quais 29 foram

escolhidos para análise. Verificou-se que 80% destes apresentavam períodos de mais de 10

meses sem andamento. Quanto à continuidade na prestação de serviços pela empresa RJ, sem

contrato, verificou-se que se tratava de período entre a finalização dos contratos e a

disponibilização dos veículos pela nova empresa contratada em 28 de dezembro de 2011,

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demonstrando ausência de planejamento nas ações que desenvolve. No que se refere ao

pagamento por indenização do fornecimento de gasolina e biodiesel à empresa Rede Sol Fuel

Distribuidora Ltda. (itens 10 e 11), verificou-se um equívoco da Origem, pois estava em vigência

a Ata de Registro de Preços nº 04/2004 e, nesse caso, não era justificável o pagamento por

indenização. Em que pese a procedência desse fato, consta dos autos que a Origem instaurou

procedimento de apuração disciplinar contra o servidor responsável. Diante de todo o exposto,

CONHEÇO da Denúncia apresentada pelo Senhor Carlos Gilberto Alves, em razão da conduta

dos dirigentes do Serviço Funerário do Município de São Paulo - SFMSP. Quanto ao mérito,

JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente Denúncia relativamente à morosidade na

apuração das sindicâncias, quanto à prestação de serviços sem contrato e quanto ao pagamento

por indenização. Determino à Autarquia providências no sentido de agilizar a conclusão das

sindicâncias em andamento, assim como melhor planejar suas atividades de modo que não se

constate novamente falhas como as apuradas neste julgamento. OFICIEM-SE as partes para

conhecimento e, após, ARQUIVEM-SE os autos. Este é meu voto, Senhor Presidente.

Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e

Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões

– Presidente; a) João Antonio – Relator." 7) TC 812.12-44 – Toltec Engenharia e Construção

Ltda. – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP – Representação em

face do edital do Pregão Eletrônico 07/Cogel/2012, cujo objeto é o registro de preços para a

prestação de serviços de manutenção e conservação de logradouros públicos através de equipes

(Tramita em conjunto com o TC 814.12-70) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes

autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do

Relator, em conhecer da representação, e, quanto ao mérito, em julgá-la prejudicada pela perda

superveniente de seu objeto, uma vez que foram sanadas as incorreções que constavam do edital.

Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o cumprimento do artigo 58 do Regimento

Interno desta Corte, arquivando-se, após, estes autos. Relatório e voto englobados: v. TC

814.12-70. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício

Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a)

Edson Simões – Presidente; a) João Antonio – Relator." 8) TC 814.12-70 – Consplena

Construções e Serviços Ltda. – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP

– Representação em face do edital do Pregão Eletrônico 07/Cogel/2012, cujo objeto é o registro

de preços para a prestação de serviços de manutenção e conservação de logradouros públicos

através de equipes (Tramita em conjunto com o TC 812.12-44) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados

e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação, e, quanto ao

mérito, em julgá-la prejudicada pela perda superveniente de seu objeto, uma vez que foram

sanadas as incorreções que constavam do edital. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar

o cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, arquivando-se, após, estes autos.

Relatório englobado: Analisam-se nos autos dos TCs 812/12-44 e 814/12-70, as representações

formuladas respectivamente pelas empresas Toltec Engenharia e Construções Ltda. e Consplena

Construções e Serviços Ltda., em face do Pregão Eletrônico nº 007/COGEL/2012, promovido

pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras. O objeto do certame consiste na

celebração de Ata de Registro de Preços para prestação de serviços de manutenção e conservação

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de logradouros públicos, através de equipes, à Prefeitura Municipal de São Paulo. As

Representantes insurgiram-se contra algumas regras do instrumento editalício, nos termos abaixo

descritos, requerendo ao final, o conhecimento e a procedência das Representações, bem como a

suspensão do certame. No caso do TC 812/12-44: 1) Ilegalidade da utilização do pregão para a

contratação dos serviços licitados e inconveniência do pregão eletrônico; 2) Insuficiência das

exigências de experiência prévia previstas no edital e omissão quanto à exigência de

apresentação de cópia do instrumento de subcontratação; 3) Necessidade de registro no Serviço

Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMET, para assinatura

da Ata e contratos; e 4) Falta de clareza do item 7.3.1 – Da Formulação dos Lances. Oficiada, a

Origem apresentou sua defesa. Em análise preliminar, a Assessoria Jurídica de Controle Externo

verificou presentes os requisitos regimentais de admissibilidade. No mérito, com base nas

informações colacionadas aos autos pela Origem, a Especializada apresentou suas conclusões, na

seguinte conformidade: - As especificações técnicas do objeto pretendido reúnem as

características estabelecidas pela legislação, para adoção da modalidade pregão eletrônico no

presente caso. - A exigência de experiência anterior na qualificação técnica (primeira parte do

item 2), é plenamente compatível com o objeto da licitação e os serviços podem ser executados

por quaisquer empresas com experiência no ramo de engenharia e que comprovem 'a execução

de manutenção de logradouros públicos'. - Quanto à exigência de cópia do instrumento de

subcontratação, verificou que a Origem providenciou a inclusão do subitem 9.2.9.3.1, suprindo a

omissão questionada. - No que tange ao item 3 supra elencado, a Secretaria salientou constar do

Anexo VI do Edital, a obrigatoriedade de apresentação de Declaração de que a empresa cumpre

as normas de saúde, higiene e segurança no trabalho de seus funcionários, o que supre a

necessidade de Certidão de Registro no SESMET, fundamentado em decisões do TCU (fls.

112/113). No caso do TC 814/12-70: 5) Prazo de impugnação e esclarecimentos; 6) Regras

alternativas e irregulares para a Prova de Qualificação Econômico-Financeira - Contrariedade do

item 9.2.7 e subitem 9.2.7.1 – Da Habilitação, e ao artigo 31 da Lei nº 8.666/93; 7) Falhas do

edital no critério de elaboração de propostas para vários agrupamentos; 8) Falha do item 3.4 do

Anexo I – Das Especificações Técnicas; e 9) Falha do item 9.1.7 do Anexo X – Das Penalidades.

A Assessoria Jurídica de Controle Externo, preliminarmente, atentou que a Representação não

preenche os requisitos de regimentais de admissibilidade, uma vez ausente a cópia do edital

reclamado, documento que constitua prova ou indícios relativos ao fato denunciado ou à

existência de ilegalidade ou irregularidade. No mérito, a Especializada verificou a improcedência

dos itens 5, 6 e 7 acima referidos. No que tange ao prazo de impugnação e esclarecimentos, estes

estão definidos nos artigos 18 e 19 do Decreto Federal nº 5.450/2005 que regulamenta o pregão

na forma eletrônica. No que respeita aos itens 9.2.7 e subitem 9.2.7.1, as alternativas para a

Prova de Qualificação Econômico-Financeira estão recepcionadas pela Lei Federal nº 8.666/93.

Quanto aos índices utilizados, são aqueles usualmente adotados para a correta avaliação da

situação dos licitantes. No que diz respeito aos critérios de elaboração de proposta para vários

agrupamentos, acolheu manifestação da origem, no sentido da possibilidade de participação dos

licitantes, em mais de um lote/agrupamento. Quanto à falha do item 3.4 do Edital, atentou para as

informações da Origem no sentido de ter verificado, após consulta à área técnica, que por um

lapso não constaram os quantitativos dos itens questionados, esclarecendo a providência de

retificação somente neste ponto, uma vez que se encontram previstos os referidos insumos, no

item 4 da Planilha prevista no Anexo XI. E ainda, que o item 9.1.7 do Anexo X faz referência

incorreta a outro item do Edital e será corrigido. A Especializada, acompanhada pela Secretaria

Geral, opinou pelo recebimento excepcional da Inicial, em virtude de constar cópia do Edital

reclamado, nos autos do TC 812/12-12 que tramita em conjunto com o presente processo. E no

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mérito, considerou improcedentes as Representações, em vista da retificação pela Origem, das

falhas remanescentes. Nesta vertente, o Órgão Fazendário requereu a improcedência das

Representações por entender que a Origem providenciou as retificações do Edital, nos itens que

continham incorreções. É o relatório. Voto englobado: Analisam-se nos autos dos TCs 812/12-

44 e 814/12-70, as representações formuladas respectivamente pelas empresas Toltec Engenharia

e Construções Ltda. e Consplena Construções e Serviços Ltda., em face do Pregão Eletrônico nº

007/COGEL/2012, promovido pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras. O

objeto do certame consiste na celebração de Ata de Registro de Preços para prestação de serviços

de manutenção e conservação de logradouros públicos, através de equipes, à Prefeitura

Municipal de São Paulo. Diante do exposto nos autos, CONHEÇO das Representações

interpostas pelas empresas Toltec Engenharia e Construções Ltda. e Consplena Construções e

Serviços Ltda., em face do Pregão Eletrônico nº 007/COGEL/2012, promovido pela Secretaria

Municipal de Coordenação das Subprefeituras. No mérito, julgo-as PREJUDICADAS, pela perda

superveniente de seus objetos, por considerar sanadas pela Secretaria Municipal de Coordenação

de Subprefeituras as incorreções que constavam do Edital. OFICIEM-SE as partes para ciência

do presente julgado. Após, ARQUIVEM-SE os presentes autos. Este é meu voto, Senhor

Presidente. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício

Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a)

Edson Simões – Presidente; a) João Antonio – Relator." 9) TC 924.11-97 – Ricardo Di Pace –

representação encaminhada a este Tribunal pelo Ministério Público do Estado de São Paulo – 1ª

Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social (Ofício 910/2011) – Serviço Funerário do

Município de São Paulo – SFMSP – Petição – Solicita informações acerca de possíveis

irregularidades nas licitações para aquisição de urnas plásticas para ossos ACÓRDÃO: "Vistos,

relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação formulada pelo

Senhor Ricardo Di Pace, recebida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo – 1ª

Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, encaminhada a este Tribunal – Ofício

910/2011 –, por presentes os requisitos regimentais de admissibilidade. Acordam, ademais, por

maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto

Braguim – Revisor e Domingos Dissei, em julgá-la improcedente, por entenderem que foram

corretos os procedimentos adotados pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo –

SFMSP. Vencido o Conselheiro Maurício Faria que a entendeu prejudicada em razão de decisão

judicial proferida nos autos do Mandado de Segurança 3517-65/2010-8.26.00.53 transitado em

julgado em 10/05/2013 e, também, da sentença de extinção sem julgamento de mérito, lançada

nos autos do Mandado de Segurança 0042.197.59/2010 transitado em julgado em 13/12/2010.

Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o envio de ofício às partes interessadas, para

ciência deste Acórdão, dando cumprimento artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal,

arquivando-se, após, estes autos. Relatório: Analisa-se nestes autos a Representação formulada

pelo Senhor Ricardo Di Pace, recebida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo - 1ª

Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, encaminhada a este Tribunal – Ofício nº

910/2011. O Representante alegou a ocorrência de possíveis irregularidades nas licitações

realizadas pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo; para aquisição de urnas plásticas

para ossos; possível favorecimento de empresa e apresentação de material abaixo das

especificações contidas no edital. Instada a se manifestar, a Coordenadoria I analisou os

apontamentos em face da Ata de Registro de Preços nº 16/SFMSP/08, decorrente do Pregão nº

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40/SFMSP/2008 e da Ata de Registro de Preços nº 11/SFMSP/2010, decorrente do Pregão nº

30/SFMSP/2010. Trouxe aos autos as conclusões já ventiladas às folhas 421/424, nos autos do

TC 2.535/10-15 que tratou de Representação protocolada neste Tribunal, pela Empresa

ERICAPLAST, impetrada pelo seu sócio, o Senhor Francisco Di Pace, em face do Pregão

Presencial nº 63/SFMSP/2010, cuja matéria é similar à do presente TC, na seguinte

conformidade: - Preliminarmente verificou que não houve consulta à detentora da Ata e houve

realização da compra de forma direta, sem que a Origem cancelasse a Ata em vigência,

concluindo que as irregularidades poderiam ser relevadas na medida em que: a) a Representante

já havia recusado a contratação por preço maior (R$ 24,00) e, com isso, deu causa à abertura de

novo procedimento licitatório e à necessidade de aquisição direta; b) A Autarquia, tendo-se

deparado com preço inferior no mercado, não poderia mais utilizar a Ata, então em vigor, sob

pena de descumprir o ordenamento jurídico; e, c) por necessitar do material, o Serviço Funerário

efetuou a compra direta (de pequeno valor), fundamentada no inciso II, do artigo 24 da Lei

Federal nº 8.666/93. No que respeita à Nota de Empenho nº 1493/2010, referente à compra

direta, verificou ter havido certificação da Autarquia de que o produto fornecido pela Decor Útil

atendeu as especificações do Edital. Quanto à venda de urna plástica com lucro pelo Serviço

Funerário, entendeu que o valor de venda contempla outros custos do serviço funerário. No que

concerne à aplicação de multa à Ericaplast e cancelamento da Ata de Registro de Preços nº

11/2010, entendeu que o objeto deve ser objeto de processo apartado de apuração e, no que tange

à alegação de se realizar aditamento da ata com novas condições, não cabe alteração, pois a ata é

originária de licitação e já contempla as condições pré-estabelecidas de fornecimento. A

Representação juntada às folhas 183/188 do presente TC refere-se ao Edital 063/2010, já julgado

no TC 2.535/10-15. A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou no sentido da

possibilidade de acolhimento dos procedimentos adotados pela Origem, referentes às

contratações em análise e de relevação da impropriedade relativa à omissão ao cancelamento da

Ata de Registro de Preços nº 11/2010. Assinalou que a representação perante o Ministério

Público, que deu origem ao presente TC, restou indeferida por ausência de justa causa. A

Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral acompanharam as conclusões

alcançadas pela Assessoria Jurídica de Controle Externo. É o relatório. Voto: Analisa-se nestes

autos a Representação formulada pelo Senhor Ricardo Di Pace, recebida pelo Ministério Público

do Estado de São Paulo - 1ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, encaminhada

a este Tribunal – Ofício nº 910/2011. O Representante alegou a ocorrência de possíveis

irregularidades nas licitações realizadas pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo; para

aquisição de urnas plásticas para ossos; possível favorecimento de empresa e apresentação de

material abaixo das especificações contidas no edital. Presentes os requisitos regimentais de

admissibilidade, CONHEÇO da Representação formulada pelo Senhor Ricardo Di Pace, recebida

pelo Ministério Público do Estado de São Paulo - 1ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público

e Social, encaminhada a este Tribunal – Ofício nº 910/2011. No mérito, com base nas conclusões

alcançadas pelos Órgãos Técnicos deste Tribunal, que adoto como razões de decidir, JULGO-A

IMPROCEDENTE, por entender que foram corretos os procedimentos adotados pela Origem, no

caso ora analisado. OFICIEM-SE as partes para ciência do presente julgado. Após,

ARQUIVEM-SE os presentes autos. Este é meu voto, Senhor Presidente. Participaram do

julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.

Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente;

a) João Antonio – Relator." – PROCESSOS DE REINCLUSÃO – CONSELHEIRO

PRESIDENTE EDSON SIMÕES – Preliminarmente, o Conselheiro Presidente Edson Simões

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comunicou ao Egrégio Plenário que devolverá posteriormente os seguintes processos de sua

pauta de reinclusão: 1) TC 5.716.04-28 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Sampa Org

– Contrato 18/2004 R$ 1.254.415,19 – Prestação de serviços técnicos especializados para

implantação do projeto "Portal do Céu" 2) TC 5.629.96-43 – Secretaria Municipal de Habitação

– Sehab e Consórcio H. Guedes/L. Castelo/ Blokos – Acompanhamento – Execução Contratual –

Proceder a execução do Contrato 025/96-Habi, julgado em 09/4/1997 (R$ 28.396.705,20 e TAs

1º R$ 1.065.271,70 e 2º a 15º), cujo objeto é a execução de obras de urbanização e verticalização

de favelas, compreendendo serviços de terraplenagem, microdrenagem, macrodrenagem, água,

esgoto, pavimentação e edificações habitacionais no Município de São Paulo, das favelas: Goitti,

Cidade A E Carvalho e Maraial Jardim Nordeste, conforme determinado no V. Acórdão de

9/5/2001 3) TC 2.463.95-03 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de

Alfredo Mario Savelli e de Marcia Heloisa Pereira da Silva Buccolo interpostos contra o V.

Acórdão de 5/3/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Serviços –

SES e Companhia Auxiliar de Viação e Obras – Cavo (Contrato 14/Limpurb/95 R$

65.920.260,45, TAs 001/1995 R$ 25.381.312,08, 002/1995, 003/1995 R$ 14.704.344,88,

004/1996 R$ 924.644,34, 005/1996, 006/1996 R$ 1.861,13, 007/1997 R$ 24.576.030,65,

008/1997 R$ 5.259.593,56, 009/1998 R$ 18.665.177,83, 010/1998 R$ 11.890.345,03, 011/1999

R$ 6.506.533,06 e 12/1999 R$ 15.074.125,37) – Serviços de limpeza de vias e logradouros

públicos, coleta e transporte de resíduos domiciliares, de varrição, de feiras livres e de todos

aqueles resultantes dos serviços de limpeza nas áreas e vias pertencentes às Administrações

Regionais de Vila Mariana, Ipiranga e Vila Prudente – Agrupamento V (Acomp. TC 2.342.97-

42) 4) TC 2.134.97-25 – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Engebrás Indústria,

Comércio e Tecnologia de Informática Ltda. – TAs 43/97 (suspensão por 45 dias para a

instalação, operação e manutenção dos 22 equipamentos para detecção de infração e registro da

imagem, bem como instalação de 114 infraestruturas, restantes dos equipamentos especificados

nos subitens 1.1.2.1.1.1 e 1.1.2.1.1.2), 73/98 (prorrogação de prazo), 57/2000 (prorrogação de

prazo), 60/2000 (prorrogação de prazo), 23/2001 R$ 5.032.800,00 (prorrogação de prazo e

alteração do valor do contrato), 69/2001 R$ 5.032.800,00 (prorrogação de prazo e alteração do

valor do contrato), Termo de Acordo 10/2001 (não aplicação do reajuste de 10,6290 a partir de

26.11.2001, permanecendo os preços atuais pelo período de 26.11.01 a 24.5.02), e TA 55/2002

R$ 5.032.800,00 (prorrogação emergencial do prazo estipulado no contrato, por mais 180 dias,

contados a partir de 25/5/2002 a 24/11/2002), relativos ao Contrato 47/96, no valor de R$

20.131.200,00, julgado em 24/10/2001 – Serviços de detecção, registro e processamento de

infrações de trânsito referentes à velocidade superior à permitida para o local, através da

utilização de equipamentos/sistema de detecção e registro automático de imagens 5) TC

2.135.97-98 – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Consladel Construtora e Laços

Detetores e Eletrônica Ltda. – TAs 42/97 (a instalação, operação e manutenção de 05

equipamentos para detecção da infração e registro de imagem, restantes do quantitativo dos

equipamentos previstos no subitem 1.1.2.1.1.1 do contrato, ficam suspensas por 45 dias), 67/97

(a instalação e manutenção dos 04 equipamentos para detecção da infração e registro de imagem,

restantes do quantitativo dos equipamentos previstos no subitem 1.1.2.1.1.1 do contrato, deverão

ser concluídas em no máximo 285 dias após a deliberação referida no item 2.7), 74/98

(prorrogação de prazo), 58/2000 (prorrogação de prazo), 61/2000 (prorrogação de prazo),

22/2001 R$ 4.120.800,00 (prorrogação de prazo e alteração do valor contratual), 68/2001 R$

4.120.800,00 (prorrogação de prazo e alteração do valor contratual), Tº de Acordo 09/2001 (não

aplicação do reajuste de 10,62% a partir de 26/11/2001, permanecendo os preços atuais pelo

período de 26/11/2001 a 24/5/2002), TAs 56/2002 R$ 4.120.800,00 (prorrogação de prazo por

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até 6 meses, compreendidos no período de 25/5/2002 e 24/11/2002 ou até atingir a totalidade do

valor contratual), 118/02 (retificação do período da prorrogação de prazo), 119/02 (retificação do

período da prorrogação de prazo) e 120/02 (retificação do período da prorrogação de prazo),

referentes ao Contrato 48/96, no valor de R$ 16.483.200,00, julgado em 24/10/2001 – Serviços

de detecção, registro e processamento de infrações de trânsito referentes à velocidade superior à

permitida para o local, através da utilização de equipamentos/sistema de detecção e registro

automático de imagens 6) TC 2.529.99-35 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal –

PFM e de Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda. interpostos contra o V. Acórdão de 1º/8/2012

– Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação –

Seme e Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda. – (TAs 01/00, 02/01 red. de R$ 480.988,80,

03/01 R$ 8.006.169,60, 34/2002 R$ 2.668.723,20 e 008/2003 R$ 5.170.153,46), relativos ao

Contrato 74/98, no valor de R$ 35.314.704,00, julgado em 2/4/2003 – Prestação de serviços de

Segurança Vigilância e Guarda Patrimonial armada para o Autódromo Municipal "José Carlos

Pace", Estádio Municipal "Paulo Machado de Carvalho" e Unidades da Secretaria 7) TC 208.08-

13 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Delta Construções S.A. – Contrato 045/SES/07

R$ 34.660.697,02 – Execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São

Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos; varrição mecanizada de

vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas, lavagem

de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de

vias públicas após as feiras-livres, e serviços complementares e acessórios de limpeza, nas áreas

e vias pertencentes ao Agrupamento V, compreendendo toda área das Subprefeituras Butantã,

Lapa e Pinheiros (Tramita em conjunto com o TCs 4.120.07-35 e 4.121.07-06) 8) TC 4.120.07-

35 – Vereador Paulo Fiorilo (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Solicitação de

auditoria no Contrato 045/SES/07 (R$ 34.660.697,02), cujo objeto é a execução dos serviços

indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de

vias e logradouros públicos; varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e

transporte de resíduos da varrição de vias públicas, lavagem de logradouros públicos; limpeza de

monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres; e

serviços complementares e acessórios de limpeza, nas áreas e vias pertencentes ao Agrupamento

V, compreendendo toda área das Subprefeituras Butantã, Lapa e Pinheiros, celebrado entre a

Secretaria Municipal de Serviços – SES e a empresa Delta Construções S.A. (Tramita em

conjunto com os TCs 208.08-13 e 4.121.07-06) 9) TC 4.121.07-06 – Vereador Aurélio Miguel

(Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Solicitação de auditoria no Contrato 045/SES/07

(R$ 34.660.697,02), cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no

Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos;

varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição

de vias públicas, lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual,

lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres; e serviços complementares e

acessórios de limpeza, nas áreas e vias pertencentes ao Agrupamento V, compreendendo toda

área das Subprefeituras Butantã, Lapa e Pinheiros, celebrado entre a Secretaria Municipal de

Serviços – SES e a empresa Delta Construções S.A. (Tramita em conjunto com os TCs 208.08-

13 e 4.120.07-35) A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões passou a Presidência ao

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim para, no exercício da Presidência, relatar os

processos constantes de sua pauta de reinclusão – CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE

ROBERTO BRAGUIM, no exercício da Presidência. – 1) TC 714.04-15 – Secretaria

Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do

Estado de São Paulo S.A. – IPT – Contrato 014/SVMA/03 R$ 810.000,00 – Serviços técnicos

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especializados de assessoria para o levantamento de dados com as respectivas interpretações e

correlações que permitem a elaboração de Diagnóstico e Análise de Risco de Queda das Árvores

de Vias Públicas da Cidade de São Paulo ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes

autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no

exercício da Presidência, após determinação de Sua Excelência, na 2.752ª S.O., para que lhe

fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros

Edson Simões – Relator, João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam

os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos

Conselheiros Edson Simões – Relator, com relatório e voto, e Domingos Dissei, votando o

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício da Presidência, para efeito de

desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o

artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em julgar irregular o Contrato

014/SVMA/03, tendo em vista a infringência ao inciso III do parágrafo único do artigo 26 da Lei

Federal 8.666/93. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Revisor, nos termos de sua

declaração de voto, e Maurício Faria, com voto proferido em separado, que julgaram regular o

citado contrato. Acordam, ainda, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros produzidos

pelo ajuste, tendo os Conselheiros Edson Simões – Relator e Domingos Dissei o feito em caráter

excepcional, considerando a inexistência de prejuízos causados ao erário. Acordam, ademais, à

unanimidade, consoante proposta do Conselheiro Domingos Dissei, a qual foi anuída pelo

Conselheiro Edson Simões – Relator, em determinar: - que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas

do Estado de São Paulo S.A. – IPT seja cientificado deste Acordão; - que a Subsecretaria de

Fiscalização e Controle desta Corte verifique se esses estudos elaborados pelo IPT são

devidamente aproveitados, servindo de base para as futuras atividades promovidas pela

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Acordam, afinal, à unanimidade, em

determinar, uma vez cumpridas as formalidades legais, o arquivamento dos autos. Relatório:

Trata-se da análise e julgamento do CONTRATO nº 014/SVMA/03, firmado entre a

SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE e o INSTITUTO DE

PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. – IPT, no valor de R$

810.000,00 (oitocentos e dez mil reais), tendo por objeto a prestação de serviços técnicos

especializados de assessoria para produção do Diagnóstico e Análise de Risco de queda das

árvores de vias públicas na Cidade de São Paulo, ou seja, a definição de fatores e estratificação,

diagnóstico das árvores, avaliação do risco de queda das árvores, gerenciamento das árvores,

bem como a elaboração de protocolo de conduta, a elaboração de texto base para manual técnico

à elaboração de texto base para a cartilha e o treinamento e capacitação dos técnicos do

Departamento de Parques e Áreas Verdes. A Avença foi firmada com dispensa de licitação, com

fundamento no artigo 24, inciso XIII, da Lei Federal nº 8.666/93 e no artigo 1º da Lei Municipal

nº 13.278/03. 1 – folhas 104/110. Em preliminar análise sobre a matéria, a Coordenadoria V

opinou pela irregularidade do Contrato, por entender desatendido o disposto no artigo 26, inciso

III do parágrafo único, da Lei Federal nº 8.666/93, combinado com o artigo 12 do Decreto

Municipal nº 41.772/2002, tendo em vista que, não obstante oficiada, a Origem deixou de

oferecer as justificativas acerca da quantidade da mão de obra considerada no orçamento, bem

como a respeito da formação dos valores da estrutura de apoio. A Auditoria argumentou que a

Origem deixou de enviar 'elementos que permitam aferir a coerência do orçamento apresentado

com o escopo do objeto contratado'. 2 – folhas 135/141 e 158/159. A Assessoria Jurídica de

Controle Externo entendeu encontrar-se fundamentada a dispensa de procedimento licitatório,

por estarem preenchidos os requisitos fixados no artigo 24, inciso XIII, assim como respeitado o

inciso II do parágrafo único do artigo 26, ambos da Lei Federal nº 8.666/93, uma vez que o

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Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo – IPT, conforme evidenciado nos autos por

pareceres de ilustres juristas pátrios, é instituição brasileira, sem fins lucrativos, incumbida da

pesquisa científica e tecnológica, e o objeto do contrato consiste no 'diagnóstico e análise de

risco e queda de árvores nas vias públicas'. 3 – folhas 162/165. Concluiu, entretanto, no sentido

da irregularidade do Ajuste, acompanhando o pronunciamento da Auditoria, sob o fundamento

de inexistirem nos autos documentos e informações necessárias a evidenciar o preço dos serviços

contratados, a teor do prescrito no inciso III do parágrafo único do artigo 26 da Lei Federal

citada. O Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente foi intimado para remeter: 1 – os

quantitativos e preços unitários dos insumos objeto do Ajuste, uma vez que a documentação

anteriormente enviada relacionou unicamente materiais e equipamentos, e, também, 2 – os

quantitativos e os preços unitários das diárias, transportes e terceiros, considerando que constou

da documentação inicialmente enviada somente o valor global estimativo despendido por etapa.

4 – folhas 166/167. O Secretário da Pasta remeteu documentos e argumentou que 77,31%

(setenta e sete inteiros e trinta e um décimos por cento) do valor do Contrato em análise diz

respeito à mão de obra. Enumerou os tipos de insumos materiais empregados, concluindo que o

objeto da Avença, 'de caráter preponderantemente técnico' foi 'inequivocamente realizado'. 5 –

folhas 168/218. Depois de analisadas as justificativas apresentadas pela Origem, a conclusiva

manifestação da Auditoria V foi no sentido da irregularidade do CONTRATO nº 014/SVMA/03,

por infringência ao inciso III do parágrafo único do artigo 26 da Lei Federal nº 8.666/93, sob o

argumento de que, apesar de concordar com a afirmação da Origem que dos R$ 810.000,00

(oitocentos e dez mil reais) do valor do Contrato, 77,31% (setenta e sete inteiros e trinta e um

décimos por cento) correspondem à mão de obra, faltou o 'detalhamento para R$ 183.810,00

(cento e oitenta e três mil, oitocentos e dez reais) destinados a outras despesas'. 6 – folhas

166/167 e 222/223. Intimada, a Ordenadora do Ajuste propugnou pelo acolhimento do Contrato,

afirmando inexistir respaldo legal para a alegação da Auditoria de ausência de detalhamento de

insumos e despesas relativas a 23% (vinte e três por cento) do valor total do Ajuste, uma vez que

'restaram plenamente justificados os preços apresentados pela contratada, a qual detalhou

aspectos de mão de obra, incluindo recursos humanos, insumos, diárias, transportes, etc. (folha

215)'. E, também, que 'o contrato baseou-se em valores de mão de obra constantes da tabela

SIURB, então compatíveis como valor global do contrato'. 7 – folhas 228/229, 241/242 e

250/252. A área auditora ratificou seu precedente pronunciamento no sentido da irregularidade

do Contrato, argumentando a respeito dos argumentos sustentados pela Defendente o seguinte: 1.

Que os elementos trazidos para o processo revelaram-se insuficientes, pois não elucidaram os

quantitativos e os preços unitários propostos em face ao escopo do Contrato, uma vez que,

simplesmente, houve o detalhamento da mão de obra (folhas 152/154). 2. Que não obstante o

caráter preponderantemente técnico do Ajuste 'houve tão somente a descrição das atividades, sem

informar os quantitativos e os preços unitários, para os quais foram estimados valores globais,

por etapa (folha 120)'. 3. Que, por se tratar de contratação embasada na excepcionalidade à regra

da licitação, deveria ter a Origem comprovado, além da escolha do contratado, que os

quantitativos detalhados das quantidades de insumos e os preços unitários das despesas

eram compatíveis com os praticados pelo Instituto contratado – IPT junto aos setores

privados e público do mercado. 4. E que a Declaração do Diretor Técnico do IPT de folhas 103

e 215 'consigna mera menção de que sejam os preços compatíveis com os praticados pelo

mercado, aludindo à extensa lista que não foi trazida ao processo, com a finalidade de

subsidiar a avaliação da mencionada compatibilidade' (grifamos). 8 – folhas 265/267. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo acompanhou o entendimento da área Auditora no

sentido da irregularidade do Contrato pela inobservância do disposto no inciso III do parágrafo

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único do artigo 26 da Lei nº 8.666/93. 9 – folhas 258/262 e 271/274 A Procuradoria da Fazenda

Municipal propugnou pela oitiva da Origem para que fosse respondido o rol de quesitos

enumerados às folhas 279/280 dos autos. Oficiada, foi remetida a documentação anexada sob

folhas 283/348 e 359/415, tendo a Procuradoria da Fazenda Municipal concluído pela

regularidade do Contrato ou, se assim não fosse entendido, pelo reconhecimento dos efeitos

financeiros e patrimoniais dos atos praticados, sob o argumento de que os serviços ajustados, por

sua natureza, eram essenciais à Cidade de São Paulo, os quais foram executados por empresa

idônea, ou seja, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT. Aduziu

serem de caráter formal as 'impropriedades suscitadas pela Auditoria', não tendo sido apuradas

situações de desvio de recursos públicos em favor de terceiros nem de superfaturamento de

preços. E que os responsáveis agiram sem dolo, culpa ou má-fé, acrescentando que os atos

praticados nenhum prejuízo concreto ocasionaram aos cofres públicos. 10 – folhas 283/348 e

359/415, 425/509, 416/422 e 511/512. A Secretaria Geral acompanhou os pareceres exarados

pela Auditoria e pela Assessoria Técnica Jurídica no sentido da irregularidade do Ajuste.

Centrado especialmente no ponto controvertido da análise do ato em julgamento, ou seja, na

ausência de demonstração da justificativa do preço dos serviços contratados, afirmou a opinante

que o mesmo é pressuposto inafastável de legitimidade, por se tratar de contratação direta (artigo

26, parágrafo único, da Lei Federal nº 8.666/93), a qual é exceção à regra de realização de

licitação entre interessados. Trouxe à colação os ensinamentos da Doutrina sobre o significado

da expressão 'justificativa do preço', segundo os quais não se reduzem a simplesmente aceitar o

preço cotado pelo fornecedor ou executor, pois, se assim fosse, implicaria reduzir à letra morta o

processo de hermenêutica, inscrito no inciso III da Lei Federal mencionada, considerado o

princípio de que a lei não contém palavras supérfluas. Esclareceu que justificar o preço não

pressupõe eleger aquele de menor custo, nem sequer que seja o preço praticado pelo mercado,

uma vez que poderá ser superior a ele, segundo as circunstâncias do caso concreto. Enfatizou

que, no dizer de MARÇAL JUSTEN FILHO, na obra citada, o conceito de justificativa do preço

é amplo, o qual pode ter como parâmetros os valores das atividades anteriores das empresas

contratadas, por ser inaceitável que 'o particular prevalecendo-se da necessidade pública e da

ausência de outros competidores, eleve os valores contratuais' – folha 520. Arrematou

argumentando que, em face de tais conceitos, 'é forçoso concluir pela irregularidade do Contrato

nº 014/SVMA/03', uma vez que 'a origem não precisava fazer pesquisas para aferir a

compatibilidade do preço praticado com o do mercado. Bastava-lhe conferir os preços praticados

pelo próprio contratado em suas atividades, com contratantes públicos e privados, consoante

alegado e não comprovado na declaração de fls. 215. Tal providência não foi adotada, entretanto'.

11– folhas 514/521. É o relatório. Voto: O CONTRATO nº 014/SVMA/03 foi firmado

independentemente de licitação com o INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO

ESTADO DE SÃO PAULO S.A. – IPT, com amparo no artigo 24, inciso XIII, da Lei Federal nº

8.666/93, que autoriza a dispensa do procedimento licitatório na hipótese de que o contrato seja

firmado: (inciso XIII) – 'com instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da

pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à

recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-

profissional e não tenha fins lucrativos'. Por constituírem as hipóteses de dispensa e/ou de

inexigibilidade de licitação, situações de exceção à regra geral em que a realização de licitação é

obrigatória, nas aludidas hipóteses, é cogente para o administrador público contratante a

obediência, de forma indeclinável, aos pressupostos inscritos no parágrafo único do artigo 26 da

lei federal citada, que preceitua o seguinte: 'Parágrafo único. O processo de dispensa, de

inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os

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seguintes elementos: I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a

dispensa, quando for o caso; II - razão da escolha do fornecedor ou executante; III - justificativa

do preço'. Segundo concluiu a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Origem demonstrou,

suficientemente, por meio dos pareceres insertos sob folhas 17/30 e 33/79 dos autos, que o IPT –

Instituto de Pesquisas Tecnológicas – preencheu os pressupostos estabelecidos no inciso XIII do

artigo 24 da Lei Federal nº 8.666/93, para ser contratado diretamente, por se tratar de instituição

brasileira, sem fins lucrativos, incumbida da pesquisa, achando-se, portanto, justificada sua

escolha para a execução do objeto contratado. 12 – folhas 162/165. Remanesceu, entretanto, sem

justificativa adequada a observância do disposto no inciso III do parágrafo único do artigo 26 da

lei federal mencionada, a saber: a justificativa do preço. Sobre a ofensa, pela Origem, à

legislação vigente, na espécie dos autos, assim se manifestou, conclusivamente, a Auditoria:

'ratificamos a conclusão anteriormente de que é irregular o Contrato nº 014/SVMA/03, por

infringência ao inciso III do parágrafo único do artigo 26 da Lei Federal nº 8.66/93, combinado

com o artigo 12 do Decreto Municipal nº 41.772/02'. Em idêntico sentido é a manifestação da

Assessoria Jurídica, subscrevendo o parecer da Coordenadoria: 'entendemos da mesma forma e

pelas mesmas razões anteriormente expostas pela irregularidade do Contrato nº 014/SVMA/03' –

fl. 273. Em idêntico sentido é a conclusão da Secretaria Geral: a Administração Contratante 'não

precisava fazer pesquisas para aferir a compatibilidade do preço praticado com o de mercado.

Bastava-lhe conferir os preços praticados pelo próprio contratado em suas atividades, com

contratantes públicos e privados, consoante alegado e não comprovado na declaração de folha

215. Tal providência não foi adotada, entretanto. De sorte que é forçoso concluir pela

irregularidade do Contrato nº 014/SVMA/ 03'. Diante do relatado e do que mais dos autos consta,

com amparo nos pronunciamentos dos Órgãos Técnicos, que ficam fazendo parte integrante do

presente como razões de decidir, JULGO IRREGULAR o CONTRATO nº 014/SVMA/03. Em

caráter excepcional aceito os efeitos financeiros pelo mesmo produzidos, considerando a

inexistência de prejuízos causados ao Erário. Uma vez cumpridas as formalidades legais,

ARQUIVEM-SE os autos. Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro João Antonio:

Destaco, em primeiro lugar, que a Contratada – Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT é

Instituição Privada, instituída pelo Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria

Estadual de Desenvolvimento Tecnológico, Ciência, Tecnologia e Inovação, sendo considerado

um dos mais conceituados laboratórios do país. Por se tratar de pessoa jurídica de direito privado,

sem fins lucrativos, dotada de interesse público, voltada para a pesquisa, o que justifica sua

contratação por dispensa de licitação, com base no inciso XIII do artigo 24, combinado com o

inciso II do parágrafo único do artigo 26 da Lei 8.666/93. Além disso, outro aspecto a considerar

foi a larga expertise desenvolvida pelo IPT no estudo do diagnóstico dos riscos de quedas de

árvores em ambiente urbano, com a identificação de organismos xilófagos (cupins, fungos e

brocas) que atacam o lenho das árvores, bem como as condições do entorno, como canteiros

estreitos e as condições das podas – ou a ausência destas. Destaque, também, para o

desenvolvimento, por aquele Instituto, de ferramentas de análise interna não destrutiva do

exemplar arbóreo. No caso em julgamento, a contratação do Instituto se deu no âmbito do

denominado 'Projeto Árvore Saudável', realizado pelo IPT, sob a coordenação da Secretaria

Municipal do Verde e do Meio Ambiente, entre os anos de 2003 e 2005, para determinar as

principais causas de quedas de árvores no município de São Paulo. Ressalto, da mesma maneira,

que a contratada Instituto de Pesquisas Tecnológicas realizou, também para o Município, o

Programa Identidade Verde, criado para mapear as condições das árvores de São Paulo,

programa este desenvolvido pela Secretaria Municipal das Subprefeituras, que utiliza o SISGAU

– SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ÁRVORES URBANAS, desenvolvido pelo IPT.

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Observo que a Origem apresentou planilha detalhada dos custos das etapas do projeto, com o

respectivo valor de cada uma delas, detalhando os custos individuais de todas as atividades, nos

termos dos artigos 7º e 8º da Lei 8.666/93. Já em relação à alegada ausência de compatibilidade

dos preços propostos pelo IPT, e posteriormente contratados, com aqueles praticados pelo

Instituto frente ao mercado, constam no Processo Administrativo que deu suporte à presente

contratação as planilhas detalhadas de todos os custos envolvidos na execução dos serviços. Por

todo o exposto, JULGO REGULAR o Contrato nº 014/SVMA/2003, firmado pela Secretaria

Municipal do Verde e do Meio Ambiente e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT,

celebrado para prestação de serviços técnicos especializados de assessoria para o levantamento

de dados com as respectivas interpretações e correlações que permitam a elaboração de

diagnóstico e análise de risco de queda das árvores de vias públicas da cidade de São Paulo. É

como voto, Senhor Presidente. (2.752ª S.O.) Voto em separado proferido pelo Conselheiro

Maurício Faria: A irregularidade remanescente apontada pela Auditoria desta Corte diz respeito

unicamente à ausência de justificativa de preços nos autos do processo administrativo. Não

obstante essa falha formal na instrumentalização da contratação, as justificativas apresentadas

pela Origem, e aceitas pela Coordenadoria V, demonstram que do valor contratado 77,31%

refere-se à mão de obra da equipe técnica, a qual restou justificada, pois além da Origem

quantificar os técnicos necessários, bem como especificar o número de horas trabalhadas por eles

e as atividades desenvolvidas, comprovou que os valores pagos foram os constantes da Tabela de

Projetos, Estudos e Serviços de SIURB. Diante do exposto e, considerando inexistir nos autos

qualquer apontamento de sobrepreço, acolho as razões de defesa para julgar regular o Contrato

14/2003. (2.752ª S.O.) Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Vice-Presidente

Roberto Braguim, no exercício da Presidência: A hipótese focalizada nestes autos é o

julgamento do Contrato nº 014/SVMA/03, cujo objeto é a contratação de serviços técnicos

especializados de assessoria para o levantamento de dados com as respectivas interpretações e

correlações que permitem a elaboração de Diagnóstico e Análise de Risco de Queda das Árvores

de Vias Públicas da Cidade de São Paulo. No pronunciamento de seu r. Voto, o nobre

Conselheiro Relator, Dr. Edson Simões, acompanhado pelo Conselheiro Domingos Dissei,

julgou irregular o Ajuste, louvado nos pareceres técnicos e jurídicos, ante a infringência ao artigo

26, parágrafo único, inciso III, da Lei Federal nº 8.666/19936, que exige a justificativa de preço

para a contratação pretendida, aceitando, no entanto, os efeitos financeiros produzidos, pela

inexistência de prejuízos causados ao Erário. Em posição diametralmente oposta, os ilustres

Conselheiros João Antonio e Maurício Faria votaram pela acolhida do Ajuste em tela,

entendendo que a Secretaria apresentou planilha detalhada dos custos das etapas do projeto e

individuais de todas as atividades, com os respectivos valores, mostrando a compatibilidade com

os preços praticados no mercado. Conquanto respeitando os argumentos da corrente contrária,

evidenciados nas respectivas declarações de voto, entendo mais coerente com a realidade

probatória emergente dos autos, posta à calva nos pareceres emitidos pelos órgãos técnicos e

jurídicos, o posicionamento dos nobres Conselheiros Edson Simões e Domingos Dissei,

revelando o descumprimento do artigo 26, parágrafo único, inciso III, da Lei Federal básica. De

fato, como bem anotou o ilustre Secretário Geral, reportando-se ao comentário de Marçal Justen

6 Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de

inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo

único d o art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e

publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.

Parágrafo único - O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será

instruído, no que couber, com os seguintes elementos: (...)

III - justificativa do preço.

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Filho: 'A validade da contratação depende da razoabilidade do preço a ser desembolsado pela

Administração Pública. A regra não se vincula precipuamente à contratação direta – afinal, não

se admite, em hipótese alguma, que a Administração Pública efetive contratação por valor

desarrazoado. (...) Mas a questão adquire outros contornos em contratações diretas, em virtude da

ausência de oportunidade para fiscalização mais efetiva por parte da comunidade e dos próprios

interessados. Diante da ausência de competição, amplia-se o risco de elevação dos valores

contratuais' (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos – 11ª ed. – Dialética –

São Paulo – 2005, p. 295). A mesma Unidade anotou ainda que: 'No caso concreto, a origem não

precisava fazer pesquisas para aferir a compatibilidade do preço praticado com o de mercado.

Bastava-lhe conferir os preços praticados pelo próprio contratado em suas atividades, com

contratantes públicos e privados, consoante alegado e não comprovado na declaração de fl. 215.

Tal providência não foi adotada, entretanto'. Sob esse enfoque, também considero irregular o

Ajuste em causa. PROCLAMAÇÃO DO RESULTADO: O Colendo Plenário decidiu, por

maioria de votos, julgar irregular o Contrato nº 014/SVMA/03, firmado entre a Secretaria

Municipal do Verde e do Meio Ambiente e Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São

Paulo S.A. – IPT, objetivando o levantamento de dados para diagnóstico e análise de risco de

queda de árvores nas vias públicas de São Paulo, por desrespeito ao artigo 26 da Lei Federal nº

8.666/1993, c/c o artigo 12 do Decreto Municipal nº 41.772/20027. Ainda, em conformidade com

os votos dos Conselheiros Edson Simões e Domingos Dissei, aceito os efeitos financeiros

produzidos, ante a ausência de má-fé e de lesividade aos cofres públicos. Oportunamente,

arquive-se. É o voto. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor,

Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia

Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de

2014. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência, com voto; a) Edson

Simões – Relator." 2) TC 3.937.06-88 – Ministério Público do Estado de São Paulo –

Solicitação de informação acerca da análise do Contrato de Prestação de Serviço 023/03

celebrado entre a Secretaria Municipal de Educação – SME e o Instituto Tomie Ohtake, cujo

objeto é a prestação de serviços consistentes na formação de 6.000 profissionais (4.000

contratados e 2.000 professores da Rede Municipal) para o Projeto Recreio nas Férias, edição

julho/2003 (Acomp. TC 443.07-22) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos,

devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício

da Presidência, após determinação de Sua Excelência, na 2.753ª S.O., para que lhe fossem

conclusos, em razão de serem acompanhantes do Processo TC 443.07-22. Naquela sessão

votaram os Conselheiros Edson Simões – Relator, João Antonio – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Edson Simões – Relator,

bem como pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Revisor, consoante declaração de voto

apresentada, Maurício Faria, com voto proferido em separado, e Domingos Dissei, em conhecer

da solicitação do Ministério Público do Estado de São Paulo, determinando que lhe sejam

encaminhadas cópias do relatório e voto do Relator e deste Acórdão, assim como do Acórdão

exarado no Processo TC 443.07-22, com o posterior arquivamento dos autos. Relatório e voto

englobados: v. TC 443.07-22. Declaração de voto englobada apresentada pelo Conselheiro

João Antonio: v. TC 443.07-22. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro

Maurício Faria: v. TC 443.07-22. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro

7 Art. 12. Nas hipóteses de dispensa ou de inexigibilidade de licitação, deverá ser autuado processo especial, visando

à formalização da contratação direta, mediante a perfeita caracterização da exceção prevista em lei, fundamentadas

razões para escolha do contratado e justificativa do preço.

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Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício da Presidência: v. TC 443.07-22.

Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos

Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva

Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Roberto Braguim –

Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." 3) TC 443.07-22 –

Secretaria Municipal de Educação – SME e Instituto Tomie Ohtake – Contrato 023/03 R$

208.792,00 – Serviços consistentes na formação de 6.000 profissionais (4.000 contratados e

2.000 professores da Rede Municipal) para o Projeto Recreio nas Férias, edição julho/2003

(Acomp. TC 3.937.06-88) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos

na presente sessão pelo Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício da

Presidência, após determinação de Sua Excelência, na 2.753ª S.O., para que lhe fossem

conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Edson

Simões – Relator, João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos

Conselheiros Edson Simões – Relator, com relatório e voto, e Domingos Dissei, votando o

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício da Presidência, para efeito de

desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o

artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em julgar irregular o Contrato

023/03, com base na manifestação da Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte, que

deu as seguintes razões – 1) falta de razão da aplicação da exceção legal, contratação direta, em

detrimento da licitação e escolha do contratado, não havendo coincidência entre os objetivos

sociais da instituição com o objeto do contrato; 2) ausência de justificativa quanto ao quantitativo

de 6.000 profissionais, relativo ao orçamento; e 3) ausência de informação da despesa ao Seri,

descumprindo o disposto na Resolução TCMSP 05/02 e Instrução 01/02 –, bem como no

pronunciamento da Secretaria Geral deste Tribunal, que entendeu que os preços não estavam

justificados, pois dos autos constam apenas orçamentos praticados pela contratada, que se limitou

a informar que teria feito pesquisa de mercado e que referidos orçamentos estavam de acordo

com os valores correntes. Vencidos os Conselheiros João Antonio – Revisor, nos termos de sua

declaração de voto, e Maurício Faria, com voto proferido em separado, que acolheram o citado

contrato. Acordam, ainda, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros produzidos pelo

ajuste, tendo os Conselheiros Edson Simões – Relator e Domingos Dissei o feito em caráter

excepcional, considerando não haver constatação de prejuízos ao erário. Acordam, afinal, à

unanimidade, em determinar, após cumpridas as formalidades legais, o arquivamento dos autos.

Relatório englobado: Em análise o Contrato 023/03, celebrado pela Secretaria Municipal de

Educação com o Instituto Tomie Ohtake, tendo por objeto a prestação de serviços para a

formação de 6.000 profissionais (4.000 contratados e 2.000 professores da Rede Municipal), que

atuariam como agentes recreativos no projeto "Recreio nas Férias", edição julho de 2003, sendo

o prazo de vigência contratual estabelecido para o período de 09 a 27 de junho de 2003, pelo

valor total de R$ 208.792,00 (duzentos e oito mil, setecentos e noventa e dois reais). O ajuste foi

celebrado de forma direta, invocando-se o fato de a contratada ser instituição sem fins lucrativos

e, estatutariamente, seu objeto social ter afinidade com a natureza dos serviços em questão, sendo

a contratação autorizada com fundamento no artigo 24, inciso XIII, da Lei Federal nº 8.666/93. A

Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu pela irregularidade do ajuste, pelas seguintes

razões: 1) falta de razão da aplicação da exceção legal, contratação direta, em detrimento da

licitação e escolha do contratado, não havendo coincidência entre os objetivos sociais da

instituição com o objeto do contrato; 2) ausência de justificativa quanto ao quantitativo de 6.000

profissionais, relativo ao orçamento; e 3) ausência de informação da despesa ao SERI,

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descumprindo o disposto na Resolução TCMSP nº 05/02 e Instrução nº 01/02. Oficiada, ao

apresentar as justificativas, a Origem informou não haver localizado documento que

comprovasse comunicação do ajuste ao sistema SERI e, quanto à contratação direta, alegou que o

instituto escolhido já havia realizado trabalhos com os professores da Rede Municipal,

possuindo, ainda, infraestrutura necessária. Posteriormente, complementou com esclarecimentos

e documentos adicionais, de modo a reafirmar que o Contrato 23/03 se enquadra na hipótese

prevista no inciso XIII do artigo 24 da Lei Federal 8.666/93. Intimada, a ordenadora da despesa

alegou que o contrato está plenamente em atendimento ao interesse público, e as alegações

oriundas dos agentes de fiscalização consistem em irregularidades formais, requerendo seja

considerado regular o ajuste. Analisando o acrescido, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle

reiterou as conclusões exaradas no relatório de folhas 107 a 110, considerando irregular o

instrumento em análise. Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica de Controle Externo

entendeu que os objetivos sociais do Instituto Contratado dão respaldo à finalidade contratada,

ou seja, que o objeto da contratação se insere no âmbito de atividade inerente e próprio da

instituição, por isso entendeu justificada a dispensa de licitação. Também entendeu justificados

os quantitativos, uma vez que os elementos trazidos aos autos pela Origem revelam como

parâmetro o número de profissionais envolvidos com o projeto desde 2001. Assim,

remanescendo a falta de informação ao Sistema SERI, entendeu a Área Jurídica tratar-se de

infringência legal, motivos pelos quais opinou pelo acolhimento do ajuste. A Procuradoria da

Fazenda Municipal, considerando o pronunciamento favorável da Assessoria Jurídica de

Controle Externo, posicionou-se pelo acolhimento do contrato. A Secretaria Geral entendeu

justificada a contratação direta, compatíveis os objetivos sociais do Instituto e o do contrato,

assim também no tocante aos quantitativos. Entretanto, entendeu que os preços não estavam

justificados, pois dos autos constam apenas orçamentos praticados pela contratada, aceitos pela

Administração Pública, que se limitou a informar que teria feito pesquisa de mercado e que

referidos orçamentos estavam de acordo com os valores correntes. Dessa forma, considerou que

o requisito disposto no inciso III do parágrafo único do artigo 26 da Lei de Licitações não foi

preenchido, por isso opinou pela irregularidade do ajuste, ponderando, entretanto, pela aceitação

dos efeitos financeiros. O TC 3.937/06 tem por objeto o Ofício encaminhado pelo Ministério

Público do Estado de São Paulo, o qual ensejou a análise do referido ajuste. É o relatório. Voto

englobado: TCs 443/07-22: Análise do Contrato 23/2003 (R$ 208.792,00 – duzentos e oito mil,

setecentos e noventa e dois reais) – Secretaria Municipal de Educação e Instituto Tomie Ohtake.

Prestação dos serviços de formação de profissionais da educação para o Projeto "Recreio nas

Férias", edição julho de 2003. TC 3937/06-88: solicitação Ministério Público. A análise do ajuste

em julgamento decorreu da solicitação do Ministério Público do Estado de São Paulo, objeto do

TC 3.937/06. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle e a Secretaria Geral opinaram pela

irregularidade dos ajustes. Conforme relatado, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle reiterou

"as conclusões exaradas no relatório de folhas 107 a 110, para considerar irregular o Contrato nº

23/03 (...)". A Secretaria Geral concluiu: "(...) tal contrato não preenche o requisito do inciso III,

do parágrafo único, do artigo 26, do mesmo diploma legal, razão pela qual opino pelo seu não

acolhimento". Com base nos referidos pareceres que passam a integrar o presente voto, julgo

irregular o Contrato 023/03. Por não haver constatação de prejuízo ao erário, nos relatórios

encartados aos autos, acompanho, excepcionalmente, a sugestão da Secretaria Geral de que

"como o serviço já foi prestado, (...) os efeitos financeiros podem ser aceitos". Conheço da

solicitação do Ministério Público do Estado de São Paulo, objeto do TC 3937/06, determinando

que lhe sejam encaminhadas cópias dos relatórios, votos e Acórdãos a serem proferidos por este

Plenário. Após, arquivem-se os autos. (2.753ª S.O.) Declaração de voto englobada

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apresentada pelo Conselheiro João Antonio: O contrato foi firmado com instituição de

renomados serviços prestados na área de educação, com reconhecida idoneidade. Com efeito, o

Instituto Tomie Ohtake é uma instituição brasileira, sem fins lucrativos, que goza de uma

reputação inquestionável, inclusive porque mantém no estatuto da entidade, como sócia

fundadora, a profissional que empresta seu nome ao Instituto e que tem o reconhecimento

público e notório no mundo da cultura e das artes plásticas. Os documentos juntados aos autos

comprovam que o Instituto foi constituído em 10 de novembro de 1995, com os mesmos

objetivos mantidos na Assembleia Geral Extraordinária de 25 de março de 2003, realizada

apenas para adequar o Estatuto às disposições do Novo Código Civil brasileiro. A finalidade do

instituto vem previsto no artigo 3º de seu estatuto, como a promoção, realização, divulgação e

patrocínio de todas as formas de produção cultural, inclusive mediante a prestação de serviços à

comunidade e terceiros através de cursos, mostras, palestras, seminários, festivais, exposições,

audições, exibições de filmes etc., estão afeitos ao ensino em seu sentido mais amplo, ou seja, na

preparação de profissionais que serão os capacitadores, os mediadores entre a realidade das

crianças e adultos participantes do Recreio nas Férias e uma nova linguagem cultural. Os preços

praticados foram fundamentados em planilhas e condizentes com a necessidade prática de

execução contratual, bem como fundamentada em precedentes contratuais e totalmente

condizentes com os preços praticados pelo mercado. Na modalidade de dispensa de licitação com

fundamento no inciso XIII, do artigo 24, da Lei 8.666/93, as contratações não se orientam

exclusivamente pelo princípio da vantajosidade. Caso fosse necessário contratar o menor preço

possível, o instituto da dispensa seria absolutamente inócuo, uma vez que a licitação seria por

disputa. A intenção do dispositivo é fortalecer as instituições nacionais e priorizar essas

entidades de natureza supraindividual. Os serviços foram devidamente cumpridos, atingiu o

interesse público e sem nenhuma informação de desvio de finalidade ou prejuízo ao erário. As

demais irregularidades são passíveis de serem superadas, em razão de sua natureza formal. Ante

o exposto, VOTO PELO ACOLHIMENTO DO CONTRATO n.º 23/SME/03. (2.753ª S.O.)

Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Conforme voto

divergente proferido quando do julgamento dos TCs 2.127.07-03, 2.126.07-40 e 18.07-05,

reafirmo meu entendimento no sentido de que o contrato em exame, firmado com o Instituto

Tomie Ohtake, foi realizado com Instituição conhecida por sua capacidade e experiência, visando

a prestação de serviços atinentes à formação de profissionais da educação para o Projeto Recreio

nas Férias, com experiência positiva já constatada na realização de eventos de mesma natureza,

em suas edições pretéritas. Assim, não obstante as falhas formais apontadas pela Auditoria desta

Corte, quanto à ausência das justificativas acerca do quantitativo contratado e quanto aos

motivos da dispensa de licitação, os elementos que instruem os presentes permitem concluir que

as contratações em pauta não descuraram dos princípios da isonomia e da economicidade, e

tampouco da observância dos requisitos legais para a espécie, nos termos do artigo 24, inciso

XIII, e artigo 26, "caput" e parágrafo único, ambos da Lei Federal n° 8.666/93, permitindo

acolher, pois, as justificativas apresentadas às fls. 133/139 pela Ordenadora de Despesa e pela

Origem às fls. 133/139. Ademais, destaque-se, inclusive, que também os processos instaurados

pelo MPESP para avaliação da regularidade de contratação semelhante à ora em julgamento

(Inquéritos Civis nºs 303/2006 e 697/2006), tiveram promoção de arquivamento, vez que não

constatadas irregularidades pelo órgão ministerial, conforme notificado pela Secretaria

Municipal de Educação. Por conseguinte, e por entender que o procedimento de dispensa de

licitação não violou os dispositivos legais que cuidam da matéria, na esteira das manifestações da

AJCE e da PFM, voto pelo acolhimento do contrato 023/03. Dê-se ciência da decisão ao

Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital, em

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virtude do objeto versado no âmbito do TC nº 3.937/06-88. (2.753ª S.O.) Voto de desempate

englobado proferido pelo Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício da

Presidência: Cuida-se no TC nº 443.07-22 do julgamento do Contrato nº 023/03 firmado, com

dispensa de licitação, entre a Secretaria Municipal de Educação – SME e o Instituto Tomie

Ohtake para prestação de serviços consistentes na formação de 6.000 profissionais, sendo 4.000

contratados e 2.000 professores da Rede Municipal de Educação, para o Projeto Recreio nas

Férias, edição julho/2003, valendo apontar que a análise do referido Ajuste decorreu de

solicitação encaminhada pelo Ministério Público Estadual, autuada no TC nº 3.937.06-88.

Levados os autos a julgamento na 2.753ª Sessão Ordinária de 02/07/2014, no pronunciamento de

seu r. Voto, o Conselheiro Relator Edson Simões, acompanhado pelo Conselheiro Domingos

Dissei, julgou irregular o Ajuste, louvado nos pareceres da Subsecretaria de Fiscalização e

Controle e da Secretaria Geral, ante a infringência ao artigo 26, parágrafo único, inciso III, da

Lei Federal nº 8.666/19938, que exigia a justificativa de preço para a contratação pretendida,

aceitando, no entanto, os efeitos financeiros produzidos, pela inexistência de prejuízos causados

ao Erário. Suas excelências conheceram também da solicitação emanada do Ministério Público

no processo acompanhante, determinando encaminhamento de cópias ao requisitante. Em

posição divergente, o Conselheiro João Antonio votou pela acolhida do Ajuste em tela,

entendendo que os preços praticados foram fundamentados em planilhas condizentes com a

necessidade prática de execução contratual, bem como em precedentes contratuais e compatíveis

com os de mercado. Ademais, considerou que na dispensa de licitação com fundamento no inciso

XIII do artigo 24 da Lei nº 8.666/93, as contratações não se orientam exclusivamente pelo

princípio da vantajosidade. Caso fosse necessário contratar o menor preço possível, o instituto de

dispensa seria absolutamente inócuo, uma vez que a licitação seria por disputa, eis que a intenção

do dispositivo é fortalecer as instituições nacionais e priorizar as entidades de natureza

supraindividual. De sua parte o Conselheiro Maurício Faria, embora apresentando voto em

separado, alinhou-se, em resumo, aos argumentos desenvolvidos pelo Revisor, findando por

concluir que a contratação merece acolhimento, mesmo porque não foram descurados os

princípios da economicidade e os dispositivos legais pertinentes. Ocorrendo, pois, empate no que

tange a esse aspecto, avoquei os autos para, na qualidade de Presidente, consoante prescrito no

artigo 26, inciso IX, alínea "a" do Regimento Interno, proferir voto de desempate, para deslinde

da questão sobre a qual divergiu o Egrégio Plenário. Sem embargo da razoabilidade dos

argumentos da corrente contrária, filio-me à tese abraçada pelos Conselheiros Edson Simões e

Domingos Dissei, por entender, conforme já defendi anteriormente, e, como bem colocou o

Secretário Geral, que os contratos celebrados com dispensa de licitação deverão ser estabelecidos

com a comprovação de que as condições são economicamente vantajosas para a Administração

Pública ou ainda, com a demonstração de que o preço é justo respaldado em avaliação técnica.

No caso, a falta de detalhamento nas planilhas de pesquisa impede que se efetue análise

comparativa e possibilite a aferição da razoabilidade do preço contratado. Nesse sentido,

transcrevo os comentários de Jorge Ulisses Jacoby Fernandes aos quais se reportou a Secretaria

Geral: 'Justificar o preço não é, em absoluto, informar que a Administração se sujeitou ao preço

imposto pelo contratado. O sentido do termo é muito mais amplo: justificar o preço é declarar,

8 Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de

inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo

único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e

publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.

Parágrafo único - O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será

instruído, no que couber, com os seguintes elementos: (...)

III - justificativa do preço.

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conforme o que for determinado em cada inciso ou parágrafo do artigo que autoriza a contratação

direta, se o valor contratado é compatível com o mercado, ou se o preço é justo, certo que uma

avaliação técnica encontraria' ('Vade-mécum das Licitações e Contratos. Legislação: organização

e seleção, jurisprudência, notas e índices', 2ª Ed. Belo Horizonte: Fórum, 2005, p.526).

Corrobora o mesmo sentir o julgado do TCU prolatado pelo Ministro Relator Benjamin Zymler,

em caso similar, trecho do qual reproduzo: 'Tais ocorrências, a meu ver, não só violam a

literalidade da norma inserta no art. 26, parágrafo único, inc. III, da Lei nº 8.666/93, que

estabelece a obrigatoriedade de constar dos processos de dispensa e inexigibilidade de licitação a

prévia justificativa do preço, mas o dever de o gestor demonstrar a boa e regular utilização dos

recursos públicos (...)'. (Acórdão 787/2009 – Plenário) A simples informação de que foi efetuada

pesquisa e de que os orçamentos da contratada estavam de acordo com os praticados no mercado

não é suficiente para atender ao prescrito no artigo 26, parágrafo único, inciso III da Lei de

Licitações, bem como aos princípios da transparência, da economicidade e do interesse público,

razões pelas quais considero irregular o Ajuste em causa. Seguindo, ainda, a mesma linha de

raciocínio dos Conselheiros Edson Simões e Domingos Dissei, aceito os efeitos financeiros do

instrumento examinado, ante a ausência de má-fé e de lesividade aos cofres públicos, cabendo,

ainda, a expedição de ofício ao Ministério Público, em atenção ao requisitório constante do TC

nº 3.937.06-88. Proclamação do resultado: O Colendo Plenário decidiu, por maioria de votos,

julgar irregular o Contrato nº 23/03, firmado entre a Secretaria Municipal de Educação – SME e

o Instituto Tomie Ohtake, e por unanimidade, aceitar os efeitos financeiros decorrentes, restando

conhecida a solicitação do Ministério Público, com determinação de encaminhamento de cópias.

Oportunamente, arquive-se. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio –

Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria

Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de

julho de 2014. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da Presidência, com voto; a)

Edson Simões – Relator." 4) TC 4.649.05-88 – Secretaria Municipal de Educação – SME e

Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" – Funap – Contrato 93/SME/2005 R$ 952.050,00 –

Aquisição de 8.655 conjuntos de carteira/cadeira para as Emefs ACÓRDÃO: "Vistos, relatados

e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Vice-Presidente Roberto

Braguim, no exercício da Presidência, após determinação de Sua Excelência, na 2.754ª S.O., para

que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão

votaram os Conselheiros Edson Simões – Relator, João Antonio – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,

por maioria, pelos votos dos Conselheiros Edson Simões – Relator, com relatório e voto, e João

Antonio – Revisor, votando o Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício da

Presidência, para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal

9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte,

em julgar irregular o Contrato 93/SME/2005, tendo em vista a não apresentação da Certidão

Negativa de Débito – CND válida à época da lavratura do ajuste, infringindo o § 3º do artigo 195

da Constituição Federal e o artigo 1º da Lei Municipal 11.184/92. Vencidos os Conselheiros

Maurício Faria, consoante voto proferido em separado, e Domingos Dissei, que julgaram regular

o ajuste, considerando que foi apresentada pela contratada a certidão positiva com efeitos de

negativa, obtida junto ao Poder Judiciário, restando superada a questão de maior relevância

tratada nos autos. Acordam, ainda, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros produzidos

pelo instrumento, tendo os Conselheiros Edson Simões – Relator e João Antonio – Revisor o

feito em caráter excepcional, em razão da avença ter atingido seus objetivos, inexistir prejuízo ao

erário e ter sido atendido o interesse público objetivado. Acordam, afinal, à unanimidade, em

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determinar, uma vez cumpridas as formalidades legais, o arquivamento dos autos. Relatório:

Cuidam os autos da análise do CONTRATO Nº 93/SME/2005, celebrado entre a Secretaria

Municipal de Educação e a Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel – FUNAP, tendo por

objeto a aquisição de 8.655 (oito mil, seiscentos e cinquenta e cinco) conjuntos de mesas e

carteiras e de mesas/cadeiras para as Escolas Municipais de Ensino Fundamental, no valor total

de R$ 952.050,00 (novecentos e cinquenta e dois mil e cinquenta reais). (folhas 43/48) A

contratação foi firmada com dispensa de licitação, com fundamento no artigo 24, inciso XIII, da

Lei Federal nº 8.666/93, justificando a Origem que a Contratada é instituição brasileira, sem fins

lucrativos, incumbida, estatutariamente, de contribuir para a recuperação social do preso e para a

melhoria de suas condições de vida, mediante adestramento profissional. (folhas 36/41 e 43/48)

A Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu pela regularidade, com ressalvas da Avença

por haver constatado o seguinte: 9º 1 – falta de apresentação da Certidão Negativa de Débito –

CND válida à época do ajuste, em ofensa ao disposto no parágrafo 3º do artigo 195 da

Constituição Federal e ao artigo 1º da Lei Municipal nº 11.184/92; e 2 - pelo não

encaminhamento das informações do Contrato por meio do SERI, em desacordo com as

Instruções nº 01/02 e à Resolução nº 05/02, do Tribunal de Contas do Município de São Paulo.

(folhas 66 a 69) A Assessoria Jurídica de Controle Externo concluiu pela irregularidade do

Contrato, devido à inexistência da Certidão Negativa de Débito da Contratada perante a

Seguridade Social, em ofensa ao disposto no artigo 195, parágrafo 3º, da Constituição Federal,

que expressamente veda o Poder Público de contratar com pessoas jurídicas em débito com a

Previdência, não obstante demonstrada a escolha da Fundação Contratada, bem como da

razoabilidade do preço avençado. (folhas 72/77) Foi intimada a Signatária do Contrato, que

apresentou Defesa (fls. 100/104), bem como foi oficiada a Fundação Contratada (fl. 115), que se

justificou confirmando que, em 27/10/2005, data da assinatura do Contrato, não detinha a

referida certidão negativa por se encontrar administrativamente discutindo seus débitos com o

Instituto Nacional de Previdência Social. Aduziu que, por meio de mandado de segurança

impetrado junto ao Poder Judiciário, logrou obter Certidão Positiva com Efeito de Negativa, que

foi emitida em 31/01/2006, com validade de 180 (cento e oitenta dias). (folhas 125/126). Em face

dos elementos de instrução constantes do processo, a Assessoria Jurídica manteve seu

entendimento de irregularidade do Ajuste, argumentando que "a ausência de certidão negativa de

débitos perante o INSS em 27/10/05, data da emissão da nota de empenho macula de

irregularidade [o Contrato], especialmente quando considerados os fatos de que o mandado de

segurança apenas foi impetrado pela FUNAP em 03/11/05 e que a certidão obtida judicialmente

se refere ao período de 31/01/06 a 30/07/06, não abrangendo, portanto, a época da contratação".

(folhas 132/133) A Procuradoria da Fazenda Municipal posicionou-se pelo acolhimento do

contrato em análise, mediante convalidação ou relevação da impropriedade, reputada meramente

formal, ou, sucessivamente, na hipótese de rejeição, pela aceitação dos efeitos financeiros do

ajuste em respeito ao princípio da segurança jurídica. (folhas 135/136) A Secretaria Geral

considerou regular o Contrato, "propondo o seu acolhimento", invocando precedentes

jurisprudenciais alinhados, em especial, a decisão proferida no TC 6.022/97-43, acrescido do

entendimento de que a Contratada comprovou ter percorrido a via administrativa e a judicial para

a obtenção da Certidão Positiva com Efeito de Negativa, a qual, ainda que expedida tardiamente,

recomporia a legalidade do ato inquinado, convalidando-o. (folhas 138/147) É o relatório. Voto:

De conformidade com os pareceres exarados nos autos, restou claro que a Contratada, Fundação

Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel, no momento da assinatura do Ajuste, 27-10-2005, não

apresentou a Certidão Negativa de Débitos – CND para com o Instituto Nacional de Previdência,

por se encontrar discutindo administrativamente seus débitos com o referido Instituto. O

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documento anexado sob folha 125 dos autos dá conta de que, somente em 31-01-2006, por

determinação judicial foi expedida a Certidão Positiva de Débitos com Efeito de Negativa.

Restou, portanto, infringido o disposto no parágrafo 3º do artigo 195 da Constituição Federal,

que proíbe os administradores públicos de contratar pessoa jurídica em débito com o Sistema de

Seguridade Social. Assiste razão à Assessoria Jurídica ao concluir pela irregularidade do Ajuste

em face da ausência de comprovante de regularidade da Contratada perante a Previdência Social,

à época da contratação, pois, mesmo em se tratando de entidade pública integrante da

Administração Indireta do Governo do Estado de São Paulo, não está isenta do cumprimento do

disposto no artigo 195 da Constituição Federal, parágrafo terceiro, e disciplinado no artigo 47,

inciso I, letra "a", da Lei Federal nº 8.212/91. A esse respeito, o Pleno do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, nos TCs 4.287.03-27 e 3.260.03-35, pacificou o entendimento no

sentido da obrigatoriedade da apresentação de Certidão Negativa de Débito – CND (INSS), ainda

que positiva com efeito de negativa, por empresa pública, em cumprimento ao disposto nos

referidos dispositivos supra identificados, hipótese essa não abordada no TC nº 6.022.97-43,

mencionado pela Secretaria Geral como precedente para propor o acolhimento da Avença. Na

espécie, faltou celeridade por parte da Fundação Contratada, pois, mesmo reconhecendo a

necessidade de apresentação da aludida certidão na contratação em análise com o Poder Público

Municipal, não diligenciou, em tempo hábil, a impetração de mandado de segurança para obter o

documento tacitamente negado pela Previdência Social. Diante do exposto, ante o teor das

manifestações dos Órgãos Técnicos desta Casa, a saber: Subsecretaria de Fiscalização e Controle

"regular com ressalvas (...) pela não apresentação da CND válida à época da lavratura do ajuste,

infringindo o § 3º do artigo 195 da CF/88 e artigo 1º da Lei Municipal nº 11.184/92" e da

Assessoria Jurídica: "a ausência de certidão negativa de débitos perante o INSS em 27/10/05,

data da emissão da nota de empenho, macula o ajuste de irregularidade", cujos fundamentos

adoto como razões de decidir, JULGO IRREGULAR o TERMO DE CONTRATO Nº

93/S.M.E./2005. Em caráter excepcional, aceito os efeitos financeiros pelo mesmo produzidos,

em razão da Avença ter atingido seus objetivos, inexistir prejuízo para o Erário e ter sido

atendido o interesse publico objetivado. Após, cumpridas as formalidades legais, ARQUIVEM-

SE os autos. (2.754ª S.O.) Voto em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Na

esteira das manifestações da Auditoria e da Secretaria Geral, que adoto como razões de decidir,

voto pela regularidade do contrato 93/2005, considerando que foi apresentada pela Contratada a

respectiva Certidão Positiva com efeitos de Negativa, obtida junto ao Poder Judiciário, restando

superada a questão de maior relevância tratada nos autos, embora com a ocorrência de lapso

temporal na apresentação de Certidão. (2.754ª S.O.) Voto de desempate proferido pelo

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício da Presidência: Cuida-se do

julgamento do Contrato nº 93/SME/2005, celebrado entre a Secretaria Municipal de Educação –

SME e a Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" – FUNAP, objetivando a aquisição de

8.655 (oito mil seiscentos e cinquenta e cinco) conjuntos de mesas e carteiras e de mesas/cadeiras

para as Escolas Municipais de Ensino Fundamental – Emefs. Na Sessão Ordinária nº 2.754, o

Conselheiro Edson Simões, na qualidade de Relator, julgou irregular o Ajuste em apreço, vez

que, à data da formalização do instrumento, a Contratada não detinha Certidão Negativa de

Débito – CND, aceitando, em caráter excepcional, os efeitos financeiros gerados, em face da

inocorrência de prejuízo ao Erário, no que foi acompanhado pelo Revisor do feito, Conselheiro

João Antonio. De outra parte, o Conselheiro Maurício Faria apresentou voto divergente daquele

proferido pelo Conselheiro Edson Simões, julgando, calcado nas manifestações da Auditoria e da

Secretaria Geral, regular o ato sob exame, tendo em vista a obtenção, ainda que tardiamente e por

meio de medida judicial, da respectiva Certidão Positiva com efeitos de Negativa, o que afastaria

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a irregularidade aventada, tendo sido ladeado pelo Conselheiro Domingos Dissei. À luz do teor

dos votos, não mais se discute a aceitação dos efeitos financeiros decorrentes do Contrato nº

93/SME/2005, eis que já reconhecidos, restando decidir, tão somente, considerando os estritos

termos dos votos lançados, quanto à regularidade ou não do mencionado Ajuste. Explanado,

assim, o perímetro a que se deve circunscrever a Decisão, passo a proferir o meu voto, nos

seguintes termos: De forma reiterada, tenho rejeitado as contratações formalizadas sem a devida

observância do Artigo 195, § 3º, da Constituição Federal, não só – o que, ressalte-se, já seria

mais do que suficiente – pela transgressão ao regramento constitucional, mas porque vejo como

incompatível que o Poder Público contrate com empresa que descumpre suas obrigações para

com o Sistema de Seguridade Social, em um País repleto de carências dessa natureza. Assim, e

de forma coerente com votos por mim exarados anteriormente, filio-me ao posicionamento dos

Conselheiros Edson Simões e João Antonio para julgar irregular o Contrato nº 93/SME/2005.

Proclamação do Resultado: Por maioria, com voto de desempate proferido pelo Vice-Presidente

no exercício da Presidência, o Colendo Plenário julgou irregular o Contrato nº 93/SME/2005, e,

por unanimidade, foram aceitos os efeitos financeiros decorrentes. Participaram do julgamento os

Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora

Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo

Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a) Roberto Braguim – Vice-Presidente no exercício da

Presidência, com voto; a) Edson Simões – Relator." Prosseguindo, o Presidente em exercício,

Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro

Edson Simões. Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro Presidente Edson Simões

concedeu a palavra ao Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim para ele que pudesse

relatar os processos constantes de sua pauta de reinclusão. – CONSELHEIRO VICE-

PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM – 1) TC 6.055.96-11 – Secretaria Municipal de

Habitação – Sehab e Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. – TAs 11º/99 (prorrogação

de prazo e adoção de cronograma financeiro), 12º e 13º/99 (adoções de planilha orçamentária

geral, de projeto executivo e de preços extracontratuais) e 14º/00 (prorrogação de prazo),

relativos ao Contrato 19/1996, no valor de R$ 8.549.449,76, julgado em 19/3/1997 – Execução

de obras, projetos executivos e acompanhamento social referentes à adequação de infraestrutura

urbana, com realização de serviços complementares, nos núcleos São José e Campinas – Lote VI

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo

Conselheiro Roberto Braguim – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.752ª S.O.,

ocasião em que votou o Conselheiro João Antonio – Relator. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório

e voto do Relator, em julgar regulares os Termos de Aditamento 11º/99 e 14º/00, tendo o

Conselheiro Maurício Faria consignado o acolhimento com as respectivas ressalvas. Acordam,

ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim –

Revisor e Domingos Dissei, este com voto apresentado em separado, em julgar regular o Termo

de Aditamento 12º/99. Vencido, neste particular, o Conselheiro Maurício Faria, consoante voto

proferido em separado, que não acolheu esse termo aditivo. Acordam, ainda, por maioria, pelos

votos dos Conselheiros João Antonio – Relator, Roberto Braguim – Revisor e Maurício Faria, em

julgar irregular o Termo de Aditamento 13º/99, considerando presente a superavaliação do ato

praticado pela Secretaria Municipal de Habitação – Sehab, adotando como razão de decidir o

relatório da Equipe de Engenharia deste Tribunal, bem como em não aceitar seus efeitos

financeiros, uma vez que se culminou em vício factível de irregularidade e possível

superfaturamento da execução contratual. Vencido, neste particular, o Conselheiro Domingos

Dissei, que acolheu esse termo aditivo. Acordam, também, à unanimidade, em determinar o

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envio de cópia deste Acórdão às partes, para ciência. Acordam, afinal, à unanimidade, em

determinar o retorno destes autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte, para

análise dos termos de aditamento posteriores e, inclusive, apontamento de eventuais prejuízos

decorrentes. Relatório: Trata-se da análise da execução contratual referente ao Contrato nº 19/96

– SEHAB – GUARAPIRANGA, celebrado entre a Prefeitura do Município de São Paulo, através

da Secretaria de Habitação – SEHAB e a empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A,

para a execução de obras de urbanização de favelas e adequação de infraestrutura urbana, com a

realização de serviços complementares de elaboração de projetos executivos e de

acompanhamento social, nos núcleos de São José e Campinas – Lote VI. O Contrato nº 19/96 foi

julgado regular, bem como os termos de aditamento 1 ao 10º. Nos presentes autos julgam-se os

11º, 12º, 13º e 14º Termos de Aditamento. Os órgãos técnicos analisaram os termos de

aditamento e emitiram as seguintes conclusões: Quanto ao 11ºTermo de Aditamento de 22/02/99,

objetivou a prorrogação do prazo contratual e a adoção de cronograma financeiro. A

Especializada entendeu pela regularidade do 11º Termo de Aditamento, com as seguintes

ressalvas: a) publicação extemporânea (parágrafo 1º, do artigo 79, da Lei Municipal nº

10.544/88); e, b) infringência às disposições da Instrução 01/92. Quanto ao 12º Termo de

Aditamento, cujo objeto foi: a) adoção da planilha Orçamentária Geral; b) adoção de projeto

executivo; c) adoção de preços extracontratuais. A Auditoria entendeu pela regularidade do 12º

Termo de Aditamento, com ressalvas, por existirem publicações extemporâneas, contrariando o

parágrafo 1º, do artigo 79, da Lei Municipal nº 10.544/88 e infringências às disposições da

Instrução 01/92, por ocasião da remessa extemporânea das informações ao TCM/SP. Por sua vez,

a Assessoria Técnica de Engenharia esclareceu que foi ajustada a inclusão de 08 preços

extracontratuais, cujos preços unitários foram obtidos das Tabelas de Preços Unitários da

Secretaria de Serviços e Obras – SSO e da Secretaria de Vias Públicas – SVP, acrescidos de

Bonificações e Despesas Indiretas – BDI de 40%. Consoante às percepções tomadas pela

Assessoria Técnica de Engenharia, os preços aprovados para os serviços extracontratuais, mesmo

que obtidos das tabelas de SSO e SVP e acrescidos do BDI de 40% não se justificariam, porque

não refletiam as mesmas condições apresentadas na proposta da contratada inicialmente na

licitação. A justificativa apresentada pela Engenharia desta Corte de Contas provém de uma

concepção lógica, em que a empresa contratada propôs preços inferiores em aproximadamente

10% (dez por cento) àqueles constantes da planilha de orçamento da SEHAB. Portanto, para

manter as mesmas condições da proposta original, os serviços extracontratuais incluídos

deveriam ser inferiores, em pelo menos 10% (dez por cento) aos que foram aprovados. O 13º

Termo de Aditamento, cujo objeto foi: a) adoção da Planilha Orçamentária Geral; b) adoção do

Projeto Executivo; e, c) a inclusão do serviço extracontratual do "Transporte por caminhão

basculante, a partir de 1 km". A Auditoria entendeu o ajuste regular com ressalvas, por

publicação extemporânea e infringência às disposições das Instruções 01/92. Todavia, a

Auditoria de Engenharia Técnica constatou que o preço praticado para o serviço de transporte

por caminhão basculante, a partir de 1 km, estava superavaliado. Em sua argumentação a

especializada técnica desta Corte de Contas expôs: "Na memória de cálculo da quantidade

aditada para o serviço extracontratual (folha 982), verifica-se que essa quantidade refere-se a

terra transportada de jazida localizada a uma distância de 30 km. Desses 30 km, apenas 20 são

remunerados pelo preço extracontratual ora aditado, uma vez que os primeiros 10 km são

remunerados por preços contratados. Segundo informações da Origem, essa terra é necessária

para a troca de solo na Praça Frei Damião, no núcleo Campinas, conforme o projeto de

terraplanagem adotado neste TC e juntado às folhas 1132 – 1135. Nesse projeto está prevista a

troca de solo em toda a área da referida praça, numa profundidade médica de 4,00 m, o que

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equivale a mais de 20.000 m³ de terra, conforme memória de cálculo a folha 980. Essa troca de

solo representa um custo de aproximadamente R$ 1.300.000,00 (agosto/95), conforme planilha a

fl. 954, e ocasionou a inclusão do serviço extracontratual ajustada no presente Termo de

Aditamento. (...) A justificativa apresentada para a troca de solo em questão encontra-se à folha

004 do Caderno enviado pela Origem, por meio do Ofício 253-RS/ss-GPG/00 (fls. 1136),

caderno esse que passa a acompanhar o presente TC, onde a empresa JBA-Engenharia e

Consultoria S/C afirma: "Após o exame do local da execução de sondagens à trado e do estudo

dos relatórios já elaborados recomenda-se a remoção de todo o material do aterro e reconstrução

do aterro." No nosso entendimento, essa justificativa, bem como os resultados de sondagem

juntados às folhas 006-009 do citado caderno, não demonstram suficientemente que, para a

implantação da praça projetada, seria necessária a troca do solo local, por terra de boa qualidade,

numa espessura de 4,00 m. Quanto ao preço unitário, de R$ 1,75m³xkm (um real e setenta e

cinco centavos o metro cúbico por quilômetro), aprovado para o serviço extracontratual

"Transporte por caminhão basculante, a partir de 1 km", o mesmo foi obtido da Tabela (SSO)

Secretaria de Serviços e Obras (agosto/95), acrescido de BDI = 40%. Verifique-se que o preço

desse serviço extracontratual é mais que o dobro do preço do serviço contratado "Transporte de

terra acima de 1,00 Km até 10,00 Km, inclusive", que é de R$ 0,82/m³xkm (oitenta e dois

centavos o metro cúbico por quilômetro), embora ambos remunerem cada quilômetro percorrido

no transporte de um metro cúbico de terra. A diferença é que o preço contratado vale para os

nove quilômetros iniciais (após o 1º km) e o preço aditado para os 20 quilômetros seguintes.

Assim sendo, não se justifica que cada quilômetro percorrido no trecho final de 20 km custe mais

que o dobro do quilômetro percorrido no trecho inicial de 9 km. Do ponto de vista técnico,

deveria ocorrer o contrário. Quando a distância a ser percorrida é maior, os custos fixos do

transporte se distribuem por um número maior, resultando num custo menor por quilômetro

percorrido. (...)" (folhas. 1148/1151)" Ainda, destacou que o preço extracontratual foi obtido pela

tabela de SSO, que não poderia ser acrescido de taxa de empolamento, uma vez que a tabela de

referência já inclui essa taxa. Na prática, foi adotada uma taxa de empolamento de 40% (quarenta

por cento). Por fim, quanto ao 14º Termo de Aditamento a Especializada entendeu pela

regularidade com ressalvas, uma vez que houve publicação extemporânea (parágrafo1º, do artigo

79, da Lei Municipal nº 10.544/88). A Origem apresentou suas argumentações quanto às

irregularidades apontadas, juntada às folhas 1156/1163, em síntese: - As obras em favelas

propiciam a insurgência de fatores externos imprevisíveis, indeterminados, incontroláveis e com

poder de multiplicação considerável. - Lista em sua defesa situações que podem ser verificadas

durante as obras realizadas em "favelas": Moradias construídas sobre redes de esgoto, redes de

água pluvial e redes de água tratada, onde as mesmas não se encontram cadastradas nas suas

respectivas concessionárias e, às vezes, são conhecidas apenas pelo pessoal de campo; Nascentes

d´água obstruídas e/ou conduzidas para fora do seu curso natural - o que provoca transtorno,

incômodo, instabilidade geotécnica às residências, e pior, não completam o seu propósito, que é

o de abastecer os afluentes da represa; Logradouros públicos, no todo ou em parte, invadidos;

áreas particulares ocupadas irregularmente que se encontram em trâmite judicial ou em

formulação de processo; Resistência e alguns membros ou de toda a comunidade quando se faz

necessário sua transferência; Área, até então geotecnicamente estabilizada e que o morador

provoca a sua desestabilização com escavações, tornando-a área de risco; Especulação

imobiliária, incentivada por pessoas com influência na região ou por grupos organizados a

invadirem glebas não vigiadas. - Trata-se de obras de urbanização de favelas, com a

característica especial de ser localizadas em uma área de manancial, cujas normas ambientais

influenciam a adoção de medidas práticas. - Afirma que se trata de obras "sui generis", onde

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alguns itens praticamente se anulam e outros são criados no decorrer da execução, sendo que a

mesma lógica aplica-se aos quantitativos apresentados nas planilhas iniciais a sofrer oscilações

intermitentes. - Os preços guardam certa contemporaneidade com as tabelas oficiais do órgão

contratante. - O procedimento adotado quando da celebração do 12º Termo de Aditamento teve a

única intenção de realinhar os preços novos acrescidos ao contrato, utilizando-se, para tanto, de

base de coleta mais recente possível de modo a refletir os insumos específicos mais

contemporâneos. - Em razão de embargo realizado pela Secretaria do Meio Ambiente houve a

necessidade de troca do local destinado ao "bota-fora", uma vez que se localizava em área de

manancial e preservação ambiental que envolve duas bacias (Guarapiranga e Billings). - O bota-

fora apto a receber os insumos provenientes da obra localizava-se em local distante, cujo

percurso era realizado por ruas estreitas nas saídas das obras, numerosos sinais semafóricos e os

congestionamentos diários da cidade de São Paulo. - O custo horário de um caminhão basculante

com 4m³ de caçamba, pela tabela da Secretaria de Vias Públicas era de R$ 24,88 (julho/95). A

velocidade média do percurso na cidade foi calculada em 10km/h. Portanto o caminhão percorria

1 (um) km a cada 0,10h. O trecho completo de carga e descarga (ida e volta) foi estimado em

0,20h. Cada caminhão rodado custava R$ 4,98 (ida e volta) e na caçamba de 4m³ (quatro metros

cúbicos), cada metro cúbico (ida e volta) custaria R$ 1,25 (um real e vinte e cinco centavos o

metro cúbico por quilômetro). Com o BDI o preço encontrado foi de R$ 1,75 (um real e setenta e

cinco centavos o metro cúbico por quilômetro). A Assessoria Técnica de Engenharia desta Casa

(folhas 1166/1170) entendeu que a resposta apresentada pela Origem não foi suficiente para

justificar as irregularidades aventadas, sendo mantidas em sua integralidade. A Origem replicou

o entendimento da Especializada desta Corte, nos seguintes termos: - No tocante aos preços

apresentados no 12º Termo de Aditamento, o Senhor Prefeito autorizou a abertura de

procedimento licitatório, para a realização do Programa Guarapiranga, com dispensa do Projeto

Executivo, ficando determinado que tal projeto seria desenvolvido ao longo da execução das

obras. - Por imposição do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), a

licitação apresentou orçamento baseado no Projeto Básico, sendo desconhecido aos licitantes e

contratados os valores advindos de materiais e serviços que se fariam necessários ao longo da

execução das obras. - Em razão da peculiaridade de obras em favelas e mananciais, foram

utilizadas as tabelas das secretarias de Serviços e Obras e Viações Públicas como parâmetros

para os aditamentos de serviços diversos para os quais ainda não existia base de cálculo – que

apresentassem valores compatíveis. - Destacou que não existe norma legal ou contratual que

disponha quanto à obrigatoriedade da contratada, ao solicitar aditamento para serviço

extracontratual, manter o desconto apresentado na proposta vencedora do certame, conforme §3º

do artigo 81 da Lei Municipal n.º 10.544/88. - Os preços foram definidos de acordo com a

legislação, oriundos da tabela de preços da Prefeitura e com a base definida em contrato (contrato

n.º 019/96/SEHAB/GUARAPIRANGA). O item 2.1 do Edital da Concorrência 014/95/SEHAB,

item 40.2 e Cláusula Décima Sexta – Pagamento Pelas Alterações (folha 1182). Se, devido à

natureza, a alteração pretendida não correspondesse a nenhum item da lista de quantidades, a

contratada deveria apresentar a composição dos preços do trabalho a executar. Assim, o desconto

pretendido não estava previsto contratualmente. - Quanto aos preços do transporte dos caminhões

basculantes, em face do embargo procedido pela Secretaria do Meio Ambiente, do aumento do

número de pessoas a serem beneficiadas e da mudança do local de bota-fora, sendo necessária a

aplicação das mudanças. A Auditoria de Engenharia contra-argumentou com fundamento que os

subitens 16.1, 16.2 e 16.3 estabelecem as normas para aprovação dos preços extracontratuais.

Assim, deveria ser levado em conta o desconto inicial de 10% (dez por cento) sobre os preços

contratados, que demonstrava que os índices de produtividade obtidos pela contratada eram

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superiores aos adotados pela Prefeitura e/ou sua taxa de BDI inferior ao do Município. Também

não entendeu como válidas as justificativas acerca do aumento do valor do transporte. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo não acolhimento dos Termos de Aditamento

12ºe 13º, por violação aos princípios da economicidade e legitimidade. Por sua vez, a Assessora

Subchefe da AJCE apresentou posicionamento divergente, colacionando aos autos parecer

proferido nos autos do TC n.º 72.005.939.96-30, em que acolhe os argumentos da Origem e,

diante da excepcionalidade dos fatos, opina pelo acolhimento de Termo de Aditamento com os

mesmo vícios descritos no presente processo. A Procuradoria da Fazenda Municipal opinou pelo

acolhimento dos 11º e 12º Termos de Aditamento e pela irregularidade do 13º Termo de

Aditamento, em razão da superavaliação dos preços praticados. Os ordenadores de despesas e

representantes da Contratada foram regularmente intimados (folha 1209) e apresentaram

manifestação e destacaram, dentre outros, que o termo resultou de embargo procedido pela

Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo ao "bota fora" proposto na licitação em

virtude de restrições, posteriormente impostas pela Lei Estadual nº 9.866, de 28/11/97 (Lei de

Proteção dos Mananciais), que, de aplicação imediata, incidiu sobre o Contrato nº

019/96/SEHAB/GUARAPIRANGA. Quanto ao preço aplicado na utilização do caminhão,

destacou ser simplista a afirmação de que quanto maior a distância menor é o custo, uma vez que

a obra foi realizada em situação peculiar, dentro de "favela", com todos os impropérios já

apontados. O valor foi ratificado pela Coordenadoria do Programa Guarapiranga que aprovou os

novos preços com fundamento na tabela de SSO, em respeito ao artigo 81, parágrafo 3º, da Lei

Municipal nº 10.544/88 e artigo 13, inciso XI, do Decreto nº 26.950/88, não tendo ocorrido

alteração do valor contratual. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, em análise das defesas

apresentadas, ratificou o entendimento quanto à regularidade do Termo de Aditamento nº 13.

Todavia, a Assessoria de Engenharia manteve a orientação anterior, no sentido da irregularidade

do Termo de Aditamento 13, em razão de sua implicação em elevação dos valores,

principalmente nos Termos de Aditamento nºs 17 e 18, firmando seu posicionamento nos

seguintes termos: "Como podemos verificar na Pasta de Termos Aditivos que acompanha o

presente processo, esses TAs ajustaram um acréscimo de R$ 14.810.290,37 (catorze milhões,

oitocentos e dez mil, duzentos e noventa reais e trinta e sete centavos), que representa 173,23%

do valor contratual (ou 192,54% acumulado). Desse acréscimo de valor, R$ 8.083.763,06 (oito

milhões, oitenta e três mil, setecentos e sessenta e três reais e seis centavos) refere-se ao serviço

extracontratual incluído no 13º TA, ou seja, esse serviço responde por um acréscimo de 95% do

valor contratual. Ressalte-se que a defendente ainda ocupava o cargo de Secretária da SEHAB

quando a Coordenação do Programa Guarapiranga solicitou o acréscimo de valor acima citado e,

portanto, não pode desconhecer que o 13º TA, ao ajustar a inclusão do serviço extracontratual em

análise, acarretou posteriormente um acréscimo de 95% do valor contratual. Diante do exposto,

reiteramos nossa conclusão de que o preço aprovado para o serviço extracontratual de transporte

por caminhão basculante a partir de 10 km, incluído no 13º TA, está supervalorizado, visto que é

mais que o dobro do preço contratado para o serviço de transporte até 10 km, o que não se

justifica tecnicamente.". A Secretaria Geral entendeu que o 13º TA não implicou alteração do

valor contratual. Firmou que a matéria apresentada pela Assessoria de Engenharia deverá ser

analisada no seu devido tempo, não podendo, o Egrégio Tribunal, julgar o presente feito baseado

em fatos, à época, ainda não ocorridos. É o RELATÓRIO. Voto: Inicialmente cumpre consignar

que o edital e contrato, bem como os termos de aditamento 1 ao 10º já foram julgados como

regulares pelo Egrégio Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sendo o presente apto

para julgamento dos 11º, 12º, 13º e 14º Termos de Aditamento. O 11º Termo de Aditamento foi

firmado em 22 de fevereiro de 1999, com a finalidade de prorrogar o prazo por mais 12 (doze)

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meses contados de 3 de março de 1999 até 2 de março de 2000, e adotou novo cronograma

financeiro. As irregularidades apontadas pelas equipes técnicas da Casa referiram-se a

publicação extemporânea, contrariando o parágrafo primeiro do artigo 79 da Lei Municipal nº

10.544/88 e a falta de envio dos dados para o Tribunal de Contas do Município, contrariando a

Instrução nº 01/92, vigente à época. Em consonância com o princípio da publicidade temos que,

malgrado a falta de publicação no lapso indicado pela norma de regência, a finalidade foi

regularmente atingida, sendo a irregularidade tomada como meramente formal, sendo passível de

ser superada, uma vez que não ocasionou prejuízo ao erário e à regular atividade administrativa e

execução efetiva do contrato. Argumentos estes que estendo aos demais termos de aditamento,

12º, 13º e 14º que padeceram do mesmo erro formal. Quanto à falta de remessa de dados a base

de dados ao TCM/SP, ante o lapso de tempo percorrido entre o presente julgamento e a vigência

da norma que regulamentava a necessidade de envio por parte da Origem, supera-se a

irregularidade por se tratar de mera irregularidade formal e, principalmente, por não mais existir

o sistema de controle previsto à época. Argumentos estes que estendo aos demais termos de

aditamento, 12º, 13º e 14º que padeceram do mesmo erro formal. O 12º Termo de Aditamento

tratou de alteração de planilha orçamentária geral, adoção de novo projeto executivo e a adoção

de preços extracontratuais. A Assessoria Técnica de Engenharia esclareceu que foi ajustada a

inclusão de 08 (oito) preços extracontratuais, cujos preços unitários foram obtidos das Tabelas de

Preços Unitários da Secretaria de Serviços e Obras – SSO e da Secretaria de Vias Públicas –

SVP, acrescidos de Bonificações e Despesas Indiretas – BDI de 40%. Firmando pela

irregularidade, uma vez que não houve a mesma aplicação de desconto como praticado na

apresentação de preço no momento da contratação. Neste diapasão, entendo pela aplicação da

exposição formada pela Origem. De fato, a Lei Municipal nº 10.544/88, vigente à época, em seu

parágrafo terceiro do artigo 81 - que trata dos preços extracontratuais -, não vincula esses preços

à proposta vencedora no procedimento licitatório, nem obriga a contratada a fornecer qualquer

espécie de desconto: Artigo 81 – Os contratos regidos por esta lei poderão ser alterados: §3º - Os

preços unitários para obras e serviços, quando não fixados no contrato ou não integrantes de

tabela de preços baixada pela Prefeitura, compor-se-ão por acordo entre as partes, respeitando o

disposto nos parágrafos anteriores. Ainda, a cláusula 16.2 da avença destaca: "16.2 – Se a

alteração pretendida corresponder a algum item constante da Lista de Quantidades, será utilizado

o custo unitário do referido item para calcular o valor da Alteração. Se, devida a sua natureza, a

alteração pretendida não corresponder a nenhum item da Lista de Quantidades, a

CONTRATADA deverá apresentar a composição dos preços unitários relativos aos trabalhos a

executar." Destarte, não havia a necessidade de manter o mesmo desconto apresentado na

elaboração do aditamento de preços extracontratuais, afastando-se a irregularidade por esta

questão. Quanto ao 13º Termo de Aditamento o objeto foi: a) adoção da Planilha Orçamentária

Geral; b) adoção do Projeto Executivo; e, c) a inclusão do serviço extracontratual do "Transporte

por caminhão basculante, a partir de 1 km". A Assessoria Técnica de Engenharia entendeu que o

serviço extracontratual de transporte por caminhão basculante, a partir de 1 km, estava

superavaliado. O serviço refere-se ao transporte de terra a uma distância de 30 km. Desses 30

km, apenas 20 km são remunerados pelo preço extracontratual, uma vez que os primeiros 10 km

são remunerados por preços contratados. Ante a conclusão da Especializada, o preço praticado

para o trecho final contratado, entre 10 km e 30 km, ficou fixado em R$ 1,75/m³ x km (um real e

setenta e cinco centavos o metro cúbico por quilômetro), sendo mais que o dobro do preço

contratado entre o trecho de 1 km a 10 km, fixado em R$ 0,82/m³ x km (oitenta e dois centavos o

metro cúbico por quilômetro). Assim, não se justificaria que cada quilômetro percorrido no

trecho final de 20 km custasse mais que o dobro do quilômetro percorrido no trecho inicial de 9

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km, Do ponto de vista técnico, quando a distância a ser percorrida é maior, os custos fixos dos

transportes se distribuem por um número maior de quilômetros, resultando num custo menor/km

percorrido, como na tabela de SVP (folha 1.150). A Origem justificou os preços praticados com a

necessidade de alteração do itinerário do bota-fora, ante a peculiaridade de se tratar de uma obra

em área de moradia popular "favela", com a apresentação de planilha explicativa sobre o valor de

R$ 1,75/m³ x km (um real e setenta e cinco centavos o metro cúbico por quilômetro). Em que

pesem as argumentações apresentadas pela Origem e pelos interessados, tenho pela

irregularidade do 13º Termo de Aditamento. O ato cominado de irregularidade em fixar o preço

de remuneração pelo serviço extracontratual de transporte por caminhão basculante a partir de 10

km, incluído no 13º Termo de Aditamento, em mais que o dobro do preço contratado para o

mesmo serviço de transporte até 10 km, não pode ser ignorado como pretende a Secretaria Geral.

A execução contratual do 13º Termo de Aditamento revelou um prejuízo real ao erário, por meio

de pagamento adicional por um serviço contratado, cuja remuneração elevou o preço contratual e

evidenciou um enriquecimento ilícito por parte da CONTRATADA. Ante o exposto, JULGO

IRREGULAR o 13º Termo de Aditamento, por entender presente a superavaliação do ato

praticado pela Origem, adotando como razão de decidir o relatório da Equipe de Engenharia

deste Tribunal e não aceito seus efeitos financeiros, uma vez que culminou em vício factível de

irregularidade e possível superfaturamento de execução contratual. Relativamente aos 11º, 12º e

14º Termos de Aditamentos JULGO-OS REGULARES, com fundamento nos argumentos acima

transcritos. Determino o retorno dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle para que

analise os Termos de Aditamento posteriores, inclusive apontando os eventuais prejuízos

decorrentes. Em razão do tempo decorrido, deixo de apenar os servidores responsáveis à época.

Oficiem-se as partes para conhecimento. Este é o meu voto, Senhor Presidente. (2.752ª) Voto em

separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Da análise dos autos, na esteira da

manifestação da então Assessoria Técnica de Engenharia, que incorporo às minhas razões e

fundamentos de decidir, voto pelo não acolhimento dos TAs nºs 12 e 13, ambos de 1999, tendo

em vista que os preços aprovados para os serviços extracontratuais incluídos no 12º TA deveriam

ser inferiores, em pelo menos 10 %, aos que foram aprovados, para que fossem mantidas as

mesmas condições da proposta da contratada, assim como em função de que o preço aprovado

para o serviço extracontratual do transporte acima de 10 km, incluído no 13º TA, foi

superavaliado. No tocante aos TAs nºs 11/99 e 14/00, acompanhando a manifestação dos órgãos

técnicos, voto pelo acolhimento dos mesmos com as respectivas ressalvas e devidas

recomendações. Consigno, ainda, que as ressalvas constantes para os TAs nºs 11 e 14,

igualmente, devem ser consideradas para os TAs nºs 12 e 13, anteriormente tratados. Voto em

separado proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei: Acompanhando a Secretaria Geral,

que não observou qualquer óbice aos aditivos, ACOLHO, pela regularidade, os aditivos

analisados. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício

Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado

Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 30 de julho de 2014. a)

Edson Simões – Presidente; a) João Antonio – Relator." – CONSELHEIRO MAURÍCIO

FARIA – 1) TC 1.455.11-23 – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Acompanhamento –

Verificar a regularidade do Edital de Concorrência 02/SES/2011, cujo objeto é prestação de

serviços técnicos especializados para a elaboração de projetos especiais, supervisão técnica,

desenvolvimento tecnológico e apoio ao planejamento orçamentário e às ações, para a melhoria

do Sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo, contemplando a Copa do Mundo

de Futebol de 2014, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito 2) TC 331.12-66 –

Secretaria Municipal de Serviços – SMS e Consórcio SP-Luz –Concorrência 06/SES/2011 –

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Contrato 06/SES/2011 R$ 433.794.099,16 – Prestação de serviços técnicos especializados de

manutenção e ampliação, considerados os serviços de eficientização e remodelação, com

fornecimento de material, para o sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo

(Tramita em conjunto com o TC 2.243.11-90). "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao

Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do

Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi

deferido." (Certidões) 3) TC 6.710.99-48 – Embargos de Declaração interpostos por Jorge

Fontes Hereda em face do V. Acórdão de 7/12/2011 – Relator Conselheiro Roberto Braguim –

Secretaria Municipal de Serviços – SES e Xerox do Brasil Ltda. (Contrato 004/SSO/98 R$

139.896,00) – Serviços técnicos de manutenção, conservação e reparos de peças, bem como a

reposição e substituição de todas as peças gastas ou mal ajustadas de 10 máquinas reprográficas,

com fornecimento de todo material de consumo (exceto papel e grampo), para um volume de

aproximadamente 140.000 cópias, para o Comando do Corpo de Bombeiros da Capital. "O

Conselheiro Maurício Faria devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe

fora concedida na 2.715ª S.O. Ademais, naquela sessão, o Conselheiro Roberto Braguim –

Relator conheceu dos embargos declaratórios opostos por Jorge Fontes Hereda, pois têm

adequação no artigo 144 do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal e atendem ao requisito da

tempestividade. Sua Excelência, ademais, quanto ao mérito, os rejeitou pela manifesta

inocorrência do vício de omissão increpado ao V. Acórdão de fls. 537/vº dos autos. Também, o

Conselheiro Eurípedes Sales – (Revisor à época) acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo

Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Entretanto, na presente sessão, o Conselheiro Maurício

Faria, consoante voto apresentado em separado, conheceu dos embargos de declaração, uma vez

que se encontram presentes os requisitos legais e regimentais de sua admissibilidade, e, no

mérito, deu-lhes provimento, por vislumbrar a apontada omissão no V. Acórdão embargado,

pelas razões a seguir expostas: - o embargante surgiu como agente ordenador de despesa única e

exclusivamente quando assinou o Termo de Aditamento 03, em setembro de 2001. Contudo,

ocorreu que, no momento da assinatura, este Tribunal ainda não havia julgado irregular o

Contrato 004/SSO/98 (julgado de novembro de 2002), e, portanto, não se colocava até então

nenhum óbice à prorrogação do mesmo, inexistindo qualquer ressalva do controle externo que

vinculasse a ação do agente em sentido contrário. A utilização do princípio da acessoriedade para

impugnar o Termo de Aditamento 03 deixou, na verdade, de analisar e confrontar o argumento

de que é impróprio estabelecer responsabilidades e cobrar condutas do agente em relação a

parâmetros de irregularidade ainda, naquele instante, sequer estabelecidos; - outro aspecto que

concorre para o reconhecimento de omissão diz respeito à não aceitação dos efeitos financeiros

do ajuste e, também, à multa aplicada em razão da emissão intempestiva da nota de empenho e

da certidão negativa de débito do Instituto Nacional do Seguro Social com validade vencida.

Nesse particular, há uma circunstância concreta e essencial no sentido de que a mencionada

certidão encontrava-se válida quando do despacho de autorização do aditamento e do início de

sua vigência, bem como que as notas de empenho foram tempestivas, porquanto emitidas na

mesma data do início de vigência do prazo prorrogado. Assim, considerando que a defesa

também não foi refutada pela decisão embargada, deixou-se de apreciar ponto fundamental e

relevante do recurso interposto. Sua Excelência, portanto, concluiu que os embargos de

declaração merecem ser providos para suprir a omissão na decisão, em respeito ao mandamento

constitucional insculpido no artigo 93, inciso IX, da Carta Maior. Ainda, o Conselheiro

Domingos Dissei acompanhou, "in totum", o voto proferido pelo e Conselheiro Maurício Faria.

Afinal, o Conselheiro Presidente Edson Simões, nos termos do artigo 172, inciso II, do

Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem conclusos, para proferir voto

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de desempate." (Certidão) 4) TC 478.11-93 – Secretaria Municipal de Desenvolvimento

Urbano – SMDU e Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica – FCTH – Contrato 008/2010-

SMDU R$ 4.117.977,60 – Prestação de serviços de consultoria técnica especializada para a

elaboração de plano municipal de gestão do sistema de águas pluviais e de assessoria técnica

especializada para o acompanhamento dos programas de drenagem para bacias prioritárias e

hierarquização de obras de drenagem 5) TC 479.11-56 – Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Urbano – SMDU e Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica – FCTH –

Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 008/2010 – SMDU (R$

4.117.977,60), cujo objeto é a prestação de serviços de consultoria técnica especializada para a

elaboração de Plano Municipal de Gestão do Sistema de Águas Pluviais e de Assessoria Técnica

especializada para o acompanhamento dos programas de drenagem para bacias prioritárias e

hierarquização de obras de drenagem, está sendo executado de acordo com as normas legais

pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste. "O Conselheiro

Maurício Faria – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,

combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para

devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 6) TC 5.939.99-83 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Construtora Queiroz Galvão S.A. – TAs 001/2003 R$

7.917.750,00 (acréscimo de serviços e do valor contratual e alteração do valor contratual),

002/2004 R$ 3.958.875,00 (aprovação do preço unitário definitivo para os serviços do Termo de

Aditamento 01, retificação de cláusulas do aditamento 01, prorrogação do prazo e alteração do

valor contratual) e 003/2004 R$ 3.958.875,00 (prorrogação do prazo contratual, inclusão de

cláusula resolutiva e alteração do valor contratual), relativos ao Contrato 10/Limpurb/99, no

valor de R$ 34.273.897,20 julgado em 30/8/2000 – Prestação de serviços de destinação final de

resíduos sólidos inertes (terra, entulho e outros) compreendendo as atividades de recebimento,

espalhamento, preparo e disposição final dos resíduos inertes coletados no Município de São

Paulo, bem como monitoramento e manutenção do respectivo aterro, na área localizada na

Avenida Itaquera, 1001 7) TC 6.266.99-70 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e

Obras – Siurb e Este Reestrutura Engenharia Ltda. – Contrato 010/SVP/1999 R$ 1.275.141,33 –

Execução, em regime de emergência, das obras de recuperação de galeria de águas pluviais na

Rua André Gouveia, no trecho entre a Rua Nilo e a Avenida Armando Ferrentini, com extensão

aproximada de 300 metros. "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos

termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta

Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões)

8) TC 2.655.08-52 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Associação Congregação de Santa

Catarina – Contrato de Gestão 005/2008-NTCSS-SMS-G R$ 38.082.408,60 est. –

Operacionalização da Gestão, apoio à Gestão e execução, pela contratada, das atividades e

serviços de saúde na microrregião Cidade Ademar. "O Conselheiro Maurício Faria – Revisor

requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182,

ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o

que foi deferido." (Certidão) 9) TC 3.640.97-96 – Secretaria Municipal de Infraestrutura

Urbana e Obras – Siurb e Ecco Engenharia, Construção e Comércio Ltda. – TAs 70/1999

(prorrogação de prazo), 190/1999 (prorrogação de prazo), 121/2000 (prorrogação de prazo),

237/2000 (prorrogação de prazo, vinculação de recursos para pagamento de reajuste), 003/2001

R$ 119.407,06 (reforço do valor contratual), 011/2001 (prorrogação de prazo), 036/2001

(prorrogação de prazo), 058/2001 (prorrogação de prazo), 078/2001 (prorrogação de prazo),

115/2001 (prorrogação de prazo), 142/2001 (prorrogação de prazo), 177/2001 (prorrogação de

prazo), 200/2001 (prorrogação de prazo), 231/2001 (prorrogação de prazo) e 253/2001

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(prorrogação de prazo), referente ao Contrato 013/97, no valor de R$ 1.114.223,62, julgado em

24/3/1999 – Execução das obras de construção da Escola Municipal de Primeiro Grau – EMPG

do Conjunto Habitacional Garagem 10) TC 3.083.05-03 – Secretaria Municipal de Serviços –

SES e Vega Engenharia Ambiental S.A. – Contrato 01/SES/05 R$ 35.973.227,92 – Serviços

indivisíveis e complementares de limpeza de vias e logradouros públicos resultantes dos serviços

prestados nas áreas pertencentes ao Agrupamento I 11) TC 3.084.05-76 – Secretaria Municipal

de Serviços – SES e Júlio Simões Transportes e Serviços Ltda. – Contrato 02/SES/05 R$

5.395.475,01 – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento II 12) TC 3.085.05-39 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Qualix Serviços Ambientais Ltda. – Contrato 03/SES/05 R$

17.622.717,51 est. – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento III 13) TC 3.086.05-00 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Construtora Queiroz Galvão S.A. – Contrato 04/SES/05 R$

16.868.758,74 – Serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e logradouros

públicos, pertencentes ao Agrupamento IV 14) TC 3.087.05-64 – Secretaria Municipal de

Serviços – SES e Enob Ambiental Ltda. – Contrato 05/SES/05 R$ 5.803.231,13 est. – Execução

dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e logradouros públicos,

pertencentes ao Agrupamento V 15) TC 3.088.05-27 – Secretaria Municipal de Serviços – SES

e Cliba Ltda. – Contrato 06/SES/05 R$ 17.402.815,53 – Serviços indivisíveis e complementares

de limpeza de vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento VI 16) TC 3.089.05-

90 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construtora Marquise S.A. – Contrato 07/SES/05

R$ 10.817.039,86 – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento VII 17) TC 3.090.05-79 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Vega Engenharia Ambiental S.A. – Contrato 08/SES/05 R$

7.663.001,12 est. – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento VIII 18) TC 3.091.05-31 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e SPL – Construtora e Pavimentadora Ltda. – Contrato 09/SES/05

R$ 8.132.382,79 est. – Execução dos serviços indivisíveis e complementares de limpeza de vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento IX 19) TC 1.928.06-16 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Enob Ambiental Ltda. – Contrato 018/SES/06 R$ 3.321.036,44

est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e complementares, rotineiros e não

rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento V,

compreendendo as Subprefeituras Jabaquara, Vila Mariana e Santo Amaro 20) TC 1.929.06-89

– Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construtora Queiroz Galvão S.A. – Contrato

017/SES/06 R$ 13.105.103,86 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e

complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes

ao Agrupamento IV, compreendendo as Subprefeituras Casa Verde/Cachoeirinha, Freguesia do

Ó, Jaçanã/Tremembé, Pirituba, Perus e Santana/Tucuruvi 21) TC 1.930.06-68 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Vega Engenharia Ambiental S.A. – Contrato 014/SES/06 R$

26.622.461,49 – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e complementares, rotineiros

e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento I,

compreendendo as Subprefeituras Sé, Lapa e parte da Mooca 22) TC 1.931.06-20 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Júlio Simões Transportes e Serviços Ltda. – Contrato 015/SES/06

R$ 3.321.861,76 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e complementares,

rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento

II, compreendendo as Subprefeituras Aricanduva, Vila Formosa, Carrão e parte da Mooca 23)

TC 1.932.06-93 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Qualix Serviços Ambientais Ltda. –

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Contrato 016/SES/06 R$ 14.689.336,49 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais

e complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos,

pertencentes ao Agrupamento III, compreendendo as Subprefeituras: Cidade Ademar, Campo

Limpo, Capela do Socorro, Santo Amaro, M`Boi Mirim, Parelheiros e Pinheiros 24) TC

1.962.06-54 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construfert Ambiental Ltda. – Contrato

019/SES/06 R$ 13.083.506,16 – TA 01/2006 (alteração da cláusula décima primeira da vigência

do contrato) e TA 02/2006 (rescisão contratual) – Serviços de limpeza urbana indivisíveis

essenciais e complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos,

pertencentes ao Agrupamento VI, compreendendo as Subprefeituras Ermelino Matarazzo,

Guaianases, Itaquera, São Miguel Paulista, São Mateus, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista 25)

TC 1.963.06-17 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construtora Marquise S.A. –

Contrato 020/SES/06 R$ 7.399.014,69 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e

complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes

ao Agrupamento VII, compreendendo as Subprefeituras Pinheiros e Butantã 26) TC 1.964.06-80

– Secretaria Municipal de Serviços – SES e Vega Engenharia Ambiental S.A. – Contrato

021/SES/06 R$ 5.835.394,49 est. – Serviços de limpeza urbana indivisíveis essenciais e

complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e logradouros públicos, pertencentes

ao Agrupamento VIII, compreendendo as Subprefeituras Ipiranga e Vila Prudente/Sapopemba

27) TC 1.965.06-42 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e SPL Construtora e

Pavimentadora Ltda. – Contrato 022/SES/06 R$ 5.315.547,46 est. – Serviços de limpeza urbana

indivisíveis essenciais e complementares, rotineiros e não rotineiros, nas áreas, vias e

logradouros públicos, pertencentes ao Agrupamento IX, compreendendo as Subprefeituras Vila

Maria/Vila Guilherme, Penha e Ermelino Matarazzo 28) TC 485.09-34 – Secretaria Municipal

de Cultura – SMC e Phobus Promoções e Produções Artísticas Ltda. – Pregão Presencial

09/2004 – Contrato 14/2004 R$ 1.686.300,00 – TAs 09/2005 R$ 1.349.040,00 (prorrogação de

prazo) – 53/2005 R$ 1.312.080,00 (prorrogação de prazo e redução do valor homem/hora) e

81/2005 (alteração de cláusula, inclusão do item "c", a fim de alterar a cláusula 8.1 do contrato

para constar que o preço dos serviços será reajustado anualmente e transferência da

representatividade do contrato da Secretaria Municipal de Cultura para o titular da Secretaria

Municipal de Educação) – Prestação de serviços de operacionalização de equipamentos de som

instalados nos CEUs (Tramita em conjunto com os TCs 402.09-07 e 10.09-57) 29) TC 402.09-

07 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Phobus Promoções e Produções Artísticas Ltda.

– Contrato 84/SME/2005 R$ 1.002.846,60 – Prestação de serviços de operacionalização e

manutenção dos equipamentos de som instalados nos 21 CEUs (Tramita em conjunto com os

TCs 485.09-34 e 10.09-57) 30) TC 10.09-57 – Ministério Público do Estado de São Paulo –

Petição – Solicita informações sobre processos referentes aos Contratos 14/2004 (R$

1.686.300,00) e 84/2004 (R$ 1.002.846,60), cujos objetos são, respectivamente, a prestação de

serviços de operacionalização de equipamentos de som instalados nos CEUs e a prestação de

serviços de operacionalização e manutenção dos equipamentos de som instalados nos 21 CEUs

pela Secretaria Municipal de Educação – SME e Phobus Promoções e Produções Artísticas Ltda.

(Tramita em conjunto com os TCs 485.09-34 e 402.09-07). "O Conselheiro Maurício Faria

requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182,

ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados

processos, o que foi deferido." (Certidões) – CONSELHEIRO CORREGEDOR

DOMINGOS DISSEI – 1) TC 926.09-06 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e

Consórcio Mananciais – Concorrência 07/2008-Sehab – Contrato 028/2008-Sehab R$

144.367.891,04 – Execução dos serviços e obras do lote 7 do Programa de Saneamento, Proteção

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Ambiental e Recuperação da Qualidade das Águas em áreas degradadas de manancial hídrico das

Bacias Guarapiranga e Billings 2) TC 917.09-07 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e

Consórcio Mananciais – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato

028/2008-Sehab, cujo objeto é a execução de serviços e obras do Lote 7 do programa de

saneamento, proteção ambiental e recuperação da qualidade das águas em áreas degradadas de

manancial hídrico das Bacias Guarapiranga e Billings, está sendo executado de acordo com as

normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste 3) TC

3.843.05-55 – Antonio Donato Madormo (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Prefeitura

do Município de São Paulo – PMSP – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação

solicitando a apuração da regularidade dos contratos emergenciais, celebrados entre a Secretaria

e as empresas Socrel Construtora de Redes Elétricas e de Telecomunicação Ltda. e Start

Engenharia e Eletricidade Ltda., cujo objeto é a ampliação do Sistema de Iluminação Pública do

Município de São Paulo (Tramita m conjunto com o TC 54.07-60) 4) TC 54.07-60 – Vereador

Antonio Donato Madormo (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Petição – Solicita

fiscalização em todos os atos administrativos da diretoria do Departamento de Iluminação

Pública – Ilume (Secretaria Municipal de Serviços – SES), que tenham por objetivo a promoção

de qualquer alteração nos critérios técnicos estabelecidos aos fornecedores de luminárias do

Município de São Paulo (Tramita em conjunto com o TC 3.843.05-55) 5) TC 483.06-66 –

Secretaria Municipal de Serviços – SES e Start Engenharia e Eletricidade Ltda. – Contrato

014/SES/05 R$ 3.150.900,00 est. e TAs 01/2005 red. de R$ 1.575.450,00 e (redução e

retirratificação contratual) e 02/2005 (prorrogação de prazo) – Serviços técnicos, com a

disponibilização de mão de obra especializada, fornecimento de materiais e execução de projetos

luminotécnicos e elétricos "as-built", para a ampliação do sistema de iluminação pública, em até

1.945 pontos – Área A (Tramita em conjunto com os TCs 3.843.05-55 e 484.06-29) 6) TC

484.06-29 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Socrel Construtora de Redes Elétricas e

de Telecomunicações Ltda. – Contrato 015/SES/05 R$ 2.700.540,00 est. e TAs 01/2005 red. de

R$ 1.350.270,00 (redução e retirratificação contratual) e 02/2005 (prorrogação de prazo) –

Serviços técnicos, com a disponibilização de mão de obra especializada, fornecimento de

materiais e execução de projetos luminotécnicos e elétricos "as-built", para a ampliação do

sistema de iluminação pública, em até 1.667 pontos – Área B (Tramita em conjunto com os TCs

3.843.05-55 e 483.06-66) 7) TC 1.924.95-30 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e

Construtora Beter S.A. – TA 011/95 (prorrogação de prazo e substituição do cronograma físico-

financeiro) e Tº de Rescisão Amigável de Contrato 001/95, relativo ao Contrato 005/95-Sehab,

no valor de R$ 1.101.159,00, julgado em 19/7/1995 – Execução de obras de drenagem e

canalização dos córregos das Favelas São José, Jardim Alpino e Presidente/Jordanópolis 8) TC

5.166.95-66 (emergência) – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Construtora Beter S.A.

– Contrato 022/95-Sehab R$ 3.831.249,57 – Execução, em regime de emergência, de obras de

drenagem e canalização dos córregos, remanejamentos e escoramentos, execução de alojamentos

provisórios e unidades habitacionais nas favelas: Presidente/Jordanópolis, Jardim Alpino I e Vila

São José IV (Acomp. TC 5.904.94-94) 9) TC 5.814.96-65 – Secretaria Municipal de

Urbanização – Sehab e Construtora Beter S.A. – TA 14º/00 R$ 5.052.448,18 (acréscimo parcial

de valor, adoção de planilhas orçamentárias contratuais, de cronograma financeiro, de projetos

executivos e de preços extracontratuais), TA 15º/00 (adoção de planilha orçamentária geral e

complementar), TA 16º/01 (prorrogação de prazo) e Tº de Retirratificação 1º/01 (retificação do

16º/01 TA), relativos ao Contrato 12/96, no valor de R$ 8.099.999,94, julgado em 26/3/1997 –

Execução de obras de urbanização de favelas e de unidades habitacionais e de serviços

complementares de acompanhamento social nas favelas Jardim Manacás, Parque São José I e II,

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Vinte, Dezenove, Vila Rubi e Nova Guarapiranga, que compõem o Lote II-A 10) TC 2.127.07-

03 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Instituto Tomie Ohtake – Contrato 60/03 R$

180.000,00 – Formação de profissionais da educação (contratados e professores da Rede

Municipal) para o Projeto Recreio nas Férias, edição janeiro/2004, denominados agentes

recreativos, fornecendo subsídios teórico-práticos para o planejamento e execução do Projeto nos

pólos, valorizando e qualificando referidos profissionais participantes, difundindo e ampliando a

base conceitual e promovendo a ação reflexiva, abordando os temas expressão corporal,

expressão plástica, artes circenses, musicalização, contação de história, construção de brinquedos

e brincadeiras, bem como jogos esportivos (Tramita em conjunto com os TCs 2.126.07-40 e

18.07-05) 11) TC 2.126.07-40 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Museu de Arte

Moderna de São Paulo – MAM – Contrato 61/03 R$ 19.316,37 – Formação de profissionais da

educação (contratados e professores da Rede Municipal) para o Projeto Recreio nas Férias,

edição janeiro/2004, denominados agentes recreativos, fornecendo subsídios teórico-práticos

através de quarenta e oito oficinas a serem ministradas pelos educadores da contratada

contemplando momentos que mesclam prática e reflexão de forma dinâmica. Devem ser

abordados os temas: investigar um lugar, mediação de leitura, pintura, argila, desenho gravura,

escultura do espaço, costura, retrato e autorretrato, têmpera, aquarela e apropriação de imagens

da cidade (Tramita em conjunto com os TCs 2.127.07-03 e 18.07-05) 12) TC 18.07-05 –

Ministério Público do Estado de São Paulo (Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital) –

Encaminhamento de cópias de documentos referentes à Representação protocolada no Ministério

Público sob nº 27.619/06, pelo Vereador José Police Neto, sobre possíveis irregularidades em

Contrato de Prestação de Serviço nº 060/03, celebrado entre a Secretaria Municipal de Educação

– SME e o Instituto Tomie Ohtake, cujo objeto é a formação de agentes recreativos, fornecendo

subsídios técnico-práticos para o planejamento e execução do projeto Recreio nas Férias de

janeiro de 2004. (Tramita em conjunto com os TCs 2.127.07-03 e 2.126.07-40) 13) TC

1.594.07-43 – Secretaria Municipal de Educação – SME – Acompanhamento – Verificar se os

termos do edital do Pregão Presencial 27/SME/2007, cujo objeto é a prestação de serviços de

transporte com veículos, incluindo motorista e combustível, de quilometragem livre, estão de

acordo com a legislação vigente (Tramita em conjunto com os TCs 959.08-76, 937.08-33,

1.029.08-30, 965.08-79 e 1.030.08-19) 14) TC 959.08-76 – Secretaria Municipal de Educação –

SME e Conservel Locadora de Veículos e Serviços Ltda. – Pregão Presencial 27/SME/2007 –

Contrato 123/SME/2007 R$ 1.027.000,00 – Contratação de empresa especializada em prestação

de serviços de transporte com veículos, incluindo motorista e combustível, de quilometragem

livre (Tramita em conjunto com os TCs 1.594.07-46, 937.08-33, 1.029.08-30, 965.08-79 e

1.030.08-19) 15) TC 937.08-33 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Cooperativa de

Serviços de Transportes – Coopersemo – Contrato 186/SME/2007 R$ 420.591,60 est. –

Prestação de serviços de transporte com veículos, incluindo motorista e combustível, de

quilometragem livre (Tramita em conjunto com os TCs 959.08-76, 1.594.07-43, 1.029.08-30,

965.08-79 e 1.030.08-19) 16) TC 1.029.08-30 – Secretaria Municipal de Educação – SME e

Cooperativa de Serviços de Transportes – Coopersemo – Acompanhamento – Execução

Contratual – Verificar se o Contrato 186/SME/2007, cujo objeto é a prestação de serviços de

transporte com veículos, incluindo motorista e combustível, de quilometragem livre, está sendo

executado conforme o pactuado (Tramita em conjunto com os TCs 959.08-76, 1.594.07-43,

937.08-33, 965.08-79 e 1.030.08-19) 17) TC 965.08-79 – Secretaria Municipal de Educação –

SME e CTPT – Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Área de Transportes – Contrato

187/SME/2007 R$ 359.971,92 est. e TA 015/SME/2008 R$ 34.980,66 (acréscimo de 03

veículos) – Prestação de serviços de transporte com veículos, incluindo motorista e combustível,

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de quilometragem livre (Tramita em conjunto com os TCs 959.08-76, 1.594.07-43, 937.08-33,

1.029.08-30 e 1.030.08-19) 18) TC 1.030.08-19 – Secretaria Municipal de Educação – SME e

Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Área de Transportes – CTPT – Acompanhamento –

Execução Contratual – Verificar se as principais cláusulas do Contrato 187/SME/2007 (R$

359.971,92 est.), cujo objeto é a prestação de serviços de transporte com veículos, incluindo

motorista e combustível, está sendo executado conforme o pactuado (Tramita em conjunto com

os TCs 959.08-76, 1.594.07-43, 937.08-33, 1.029.08-30 e 965.08-79) 19) TC 2.297.10-39 –

Grécia Cavalcante Martins – Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-SP –

Representação, com pedido de liminar, em face da Concorrência 004/2010, cujo objeto é a

prestação de serviços técnicos especializados de engenharia consultiva e assessoria técnica na

implantação de empreendimentos habitacionais e demais ações relacionadas ao plano estratégico

de atuação da Companhia, com o apoio de bens e outros serviços para a sua execução (Tramita

em conjunto com o TC 1.755.10-86) 20) TC 1.755.10-86 – Companhia Metropolitana de

Habitação de São Paulo – Cohab-SP – Acompanhamento – Verificar a regularidade da

Concorrência 004/2010, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos especializados de

engenharia consultiva e assessoria técnica na implantação de empreendimentos habitacionais e

demais ações relacionadas ao plano estratégico de atuação da Companhia, com o apoio de bens e

outros serviços para a sua execução, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito

(Tramita em conjunto com o TC 2.297.10-39) 21) TC 6.057.96-47 – Secretaria Municipal de

Habitação – Sehab e Construtora OAS Ltda. – TAs 014/97/Sehab (prorrogação de prazo e

adoção de cronograma físico-financeiro), 35/97/Sehab (adoção de novo cronograma físico-

financeiro), 039/Sehab R$ 236.867,21 (adoção de planilhas orçamentárias, de novo cronograma

físico-financeiro e acréscimo do valor contratual), 059/97/Sehab (substituição de cronograma

físico-financeiro), 065/97/Sehab (adoção de planilhas orçamentárias complementares),

074/97/Sehab (adoção de planilhas orçamentárias complementares), 099/97/Sehab R$

684.079,66 (acréscimo parcial do valor contratual, adoção de novo cronograma financeiro e de

planilhas orçamentárias contratuais), 126/97/Sehab R$ 281.698,29 (acréscimo parcial do valor

contratual, adoção de cronograma financeiro, de planilha orçamentária geral, retificação dos

termos aditivos) e 14º/1998 (prorrogação de prazo e adoção de cronograma financeiro), relativos

ao Contrato 025/96-Sehab/Guarapiranga, no valor de R$ 8.120.029,51, julgado em 18/6/1997 –

Execução das obras de infraestrutura e de unidades habitacionais, elaboração dos projetos

executivos necessários para a realização de tais obras, e de serviços de acompanhamento das

obras e acompanhamento social nos Núcleos Alto de Riviera e Calu. "O Conselheiro Domingos

Dissei requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o

artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os

citados processos, o que foi deferido." (Certidões) – CONSELHEIRO JOÃO ANTONIO – 1)

TC 2.041.94-01 – Recursos da Associação em Defesa da Moradia – ADM, Centro Social São

Francisco de Assis e Central de Entidades Populares – CEP (conjuntamente), Ermínia Terezinha

Menon Maricato, Nabil Georges Bonduki e do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos

interpostos contra o V. Acórdão de 26/4/2000 – Relator Conselheiro Roberto Braguim – Tribunal

de Contas do Município de São Paulo – TCMSP e Central de Entidades Populares – CEP (TC

4.269.94-82), Associação em Defesa da Moradia – ADM (TC 4.270.94-61), Pró-Mulher (TC

4.271.94-24), Associação Jurídica Social – Adjus (TC 4.272.94-97), Centro Gaspar Garcia de

Direitos Humanos (TC 4.273.94-50), Centro Social São Francisco de Assis (TC 4.274.94-12),

Centro Social São Francisco de Assis (TC 4.275.94-85), e Centro de Estudos e Atividades

Sociais – Ceats (TC 4.912.94-87) – Análise do Programa de Convênio celebrado com recursos

do Funaps, para prestação de assistência jurídica à população carente, nos exercícios de 1989 a

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1993 (Acomp. TCs 4.269.94-82, 4.270.94-61, 4.271.94-24, 4.272.94-97, 4.273.94-50, 4.274.94-

12, 4.275.94-85 e 4.912.94-87) 2) TC 3.700.03-36 – Recursos "ex officio", da São Paulo

Transporte S.A. – SPTrans e de Gerson Luis Bittencourt interpostos contra a R. Decisão de

29/9/2010 – Relator Conselheiro Antonio Carlos Caruso – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans

e Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações – (Contrato

2003/072 R$ 73.864,00) – Serviços de consultoria para avaliação pelo CPqD da especificação

técnica utilizada pela SPTrans no desenvolvimento e implantação dos módulos que compõem o

Sistema de Bilhetagem Eletrônica – Projeto Direcionador. "O Conselheiro João Antonio –

Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o

artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os

citados processos, o que foi deferido." (Certidões) A seguir, o Conselheiro Presidente Edson

Simões solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim que assumisse a direção dos

trabalhos, tendo em vista ser o Relator do seguinte processo: 3) TC 4.287.03-27 – Recursos da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Jilmar Augustinho Tatto interpostos contra o V.

Acórdão de 6/9/2006 – Relator Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de

Transportes – SMT – São Paulo Transporte S.A.– SPTrans – Prestação de serviços

especializados de gerenciamento, fiscalização, administração e engenharia de transporte,

voltados ao Sistema de Transporte Público de Passageiros no âmbito do Município de São Paulo.

"O Conselheiro João Antonio – Revisor devolveu o citado processo o, após vista que lhe fora

concedida na 2.741ª S.O. Ademais, naquela sessão, o Conselheiro Edson Simões – Relator

conheceu dos recursos interpostos, pois preenchidos os requisitos de admissibilidade previstos no

artigo 138 do Regimento Interno deste Tribunal, e, no mérito, com amparo nos pronunciamentos

da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, Assessoria Jurídica de Controle Externo e Secretaria

Geral, todas desta Corte, e, ainda, considerando os argumentos da Procuradoria da Fazenda

Municipal e do recorrente, bem como a ausência de prejuízo ao erário, deu-lhes provimento

parcial, tão somente para aceitar, em caráter excepcional, os efeitos financeiros do ajuste e

afastar a pena de multa aplicada, mantendo-se, no restante, a íntegra do Acórdão recorrido, por

seus próprios e jurídicos fundamentos. Ainda, na presente sessão, o Conselheiro João Antonio –

Revisor, com declaração e voto apresentada, conheceu dos recursos e, quanto ao mérito, deu-lhes

provimento para reformar o Venerando Acórdão atacado, julgando regulares o Contrato 684/03 e

seus Termos Aditivos numerados de 01 a 03. Também, o Conselheiro Maurício Faria

acompanhou o voto proferido pelo Conselheiro João Antonio – Revisor. Entretanto, o

Conselheiro Domingos Dissei perfilhou o voto proferido pelo Conselheiro Edson Simões –

Relator. Afinal, o Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, no exercício da Presidência,

nos termos do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos

lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) 4) TC 240.03-11 – Recursos

da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da Autarquia Hospitalar Municipal – AHM

(Amaury Zatorre Amaral, de Maria Carlota de O. Gomes e de Henrique Carlos Gonçalves)

interpostos contra o v. Acórdão de 19/9/2007 (Contrato 010/2002 R$ 256.528,94) – Relator

Conselheiro Roberto Braguim – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e Capital Ambulâncias

Ltda. – Serviços de remoção de pacientes em ambulâncias para os Hospitais Municipais Doutor

Carmino Caricchio e Ignácio Proença de Gouvêa e para os Prontos-Socorros Municipais Lauro

Ribas Braga e Vila Maria Baixa 5) TC 5.717.04-90 – Recursos da Procuradoria da Fazenda

Municipal – PFM e de Maria Aparecida Perez interpostos contra o V. Acórdão de 20/6/2007 –

Relator Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Educação – SME e Emprefour

Indústria e Comércio Ltda. – Aquisição de 26.486 kits escolares 6) TC 844.04-20 – Recursos da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e da São Paulo Transporte S.A. – SPTrans,

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interpostos contra o V. Acórdão de 09/9/2009 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – São Paulo

Transporte S.A. – SPTrans e Cooperativa de Transportes Urbanos no Município de São Paulo –

Cooturb – Serviços de operação de transporte coletivo público de passageiros, na Modalidade

Comum, na Cidade de São Paulo 7) TC 845.04-93 – Recursos da Procuradoria da Fazenda

Municipal – PFM e da São Paulo Transporte S.A. – SPTrans interpostos contra o v. Acórdão de

09/9/2009 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e

Cooperativa de Transporte Urbano de Passageiros – Intercoop – Serviços de operação de

transporte coletivo público de passageiros, na Modalidade Comum, na Cidade de São Paulo 8)

TC 2.468.07-24 – Secretaria Municipal de Transportes – SMT – São Paulo Transporte S.A. –

SPTrans – Denúncia referente a suposta formação de quadrilha, organizada, envolvendo a

Secretaria Municipal de Transportes – SMT e a São Paulo Transporte S.A. – SPTrans (Tramita

em conjunto com o TC 2.700.07-24) 9) TC 2.700.07-24 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans

– Inspeção para obter informações relativas aos prontuários e relatórios de frequência dos

servidores Lúcia de Fátima Por e Luiz Henrique Darde, com o fim de atender à determinação

constante do processo TC 2.468.07-24 (Tramita em conjunto com o TC 2.468.07-24) 10) TC

1.295.08-53 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Inspeção para verificar o poder

discricionário na aplicação de multas aos operadores do Sistema Municipal de Transporte

Público de Passageiros, a fim de apurar denúncia objeto do TC 2.468.07-24 11) TC 1.296.08-16

– São Paulo Transporte S.A.– SPTrans – Inspeção para efetuar o levantamento dos contratos

firmados pela Secretaria Municipal de Transportes – SMT, São Paulo Transportes S.A. –

SPTrans e Companhia de Engenharia de Tráfego – CET com as empresas Instituto de

Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente – Idelt e Trends Engenharia e

Tecnologia, a fim de apurar a denúncia objeto do processo TC 2.468.07-24 12) TC 1.297.08-89

– São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Auditoria – Verificação de notícia de superfaturamento

e medições distorcidas nos contratos relacionados ao "Fura Fila", a fim de apurar denúncia objeto

do TC 2.468.07-24. "O Conselheiro João Antonio – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos

termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta

Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões)

13) TC 3.505.03-60 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Trajeto

Construções e Serviços Ltda.– Concorrência 006/Geprocav/2000 – Contrato 042/Siurb/2001 R$

1.810.050,29 e TAs 137/2002 (prorrogação de prazo), 177/2002 (prorrogação de prazo),

010/2003 (prorrogação de prazo) e 056/2003 R$ 450.647,11 (reforço do valor contratual e

vinculação de recursos para pagamento de reajuste) – Serviços de implantação de áreas verdes

em seis áreas nas Bacias dos Córregos Franquinho, Aricanduva, Machado e Caguaçu. “O

Conselheiro João Antonio – Revisor devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista

que lhe fora concedida, na 2.745ª S.O., quando votou o Conselheiro Edson Simões – Relator.

Ademais, naquela sessão, o Conselheiro Edson Simões – Relator, em razão da ausência de

qualquer justificativa da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb, para a

majoração das propostas inicialmente apresentadas e a inadequada subsunção dos fatos ao artigo

48, § 3º, da Lei Federal 8.666/93, julgou irregulares a Concorrência 006/GEPROCAV/2000, o

Contrato 042/SIURB/2001 e os Termos de Aditamento 137/2002, 177/2002, 010/2003 e

056/2003, acrescentando que o referido contrato, além de derivar de concorrência irregular,

afrontou o disposto no parágrafo único do artigo 79 da Lei Municipal 10.544/88, vigente à época.

Sua Excelência, ainda, não acolheu os efeitos financeiros. Outrossim, o Conselheiro Edson

Simões – Relator, em razão do prejuízo causado ao erário, consoante os valores apurados pela

Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte, com possível reflexo, ainda, no Termo de

Aditamento 056/2003, exarou as seguintes determinações, quais sejam: 1 – Oficiar à Siurb para

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ciência do Acórdão a ser proferido pelo Pleno, bem como adotar as seguintes providências: 1.1–

verificar as responsabilidades e apurar os prejuízos causados ao erário em decorrência da

contratação irregular com valor majorado indevidamente; 1.2 – apuradas as responsabilidades e o

total dos prejuízos com os consectários legais, realizar procedimentos na esfera administrativa e,

se necessário for, na via judicial, visando à cobrança do montante apurado; 1.3 – informar, em 60

(sessenta) dias, este Tribunal de Contas sobre as providências adotadas e os respectivos

resultados; 1.4 – em contratações futuras proceder nos exatos limites legais, especialmente

quanto ao disposto no § 3º do artigo 48 da Lei Federal 8.666/93, e também observar os princípios

consagrados no artigo 3º da mesma norma legal. 2 – encaminhar cópia de inteiro teor do relatório

e voto e do Acórdão a ser alcançado pelo Pleno à Controladoria Geral do Município de São

Paulo, para conhecimento e medidas cabíveis na esfera de sua competência. Ademais, na

presente sessão, o Conselheiro João Antonio – Revisor, nos termos de sua declaração de voto

apresentada, julgou regular a Concorrência 006/GEPROCAV/2000, o Contrato 042/SIURB/2001

e os Termos Aditivos 137/2002, 177/2002, 010/2003 e 056/2003. Afinal, na fase de votação, o

Conselheiro Maurício Faria solicitou vista dos autos, o que deferido.” (Certidão) Prosseguindo,

o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim, devolveu a direção

dos trabalhos ao Conselheiro Edson Simões. Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro

Presidente Edson Simões concedeu a palavra ao Conselheiro Maurício Faria para dar

continuidade a sua pauta de reinclusão. 14) TC 4.218.01-42 – Secretaria Municipal da Saúde –

SMS e Associação Saúde da Família – Convênio 009/2001 de 17/8/2001 e TAs 15/2001 R$

1.339.883,58 (implantação das equipes de saúde da família com a contratação de agentes

comunitários de saúde para os distritos de saúde da Mooca, Vila Formosa, Vila Matilde,

Sapopemba, Vila Dionízia, Jardim Guarani, Jardim Icarai, Santa Cruz das Almas, Santa Maria,

Freguesia do Ó, Brasilândia e Cachoeirinha), 36/2001 R$ 660.820,00 (liberação da verba de

investimentos num total de R$ 660.820,00 para reformas, ampliações e aquisições de

equipamentos para as Unidades do Mascarenhas Moraes, Jardim Sapopemba, Theotonio Vilela,

Belenzinho, Jardim Iva, Dr. Antônio Pires Ferreira, Vilalobo, Vila Dionísia, Vila Cruz das

Almas, Santa Maria, Vila Guarany e Icaray), 39/2001 R$ 1.391.548,50 (contratação de 47

equipes de saúde da família, com médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e 19 agentes

comunitários de saúde para os Distritos de V. Brasilândia, Freguesia do Ó, Mooca, Sapopemba,

Vila Formosa, Vila Matilde e Vila Nova Cachoeirinha), 009/2002 R$ 5.378.055,02 (alteração da

dotação onerada e repasse de recursos), 053/2002 R$ 10.213.515,47 (liberação de verbas para a

contratação de 43 equipes de saúde da família, reforma e adequação dos imóveis que funcionam

como USF e locação de 7 imóveis para implantação de USF nos Distritos de Sapopemba, Vila

Formosa, Freguesia do Ó, Vila Nova Cachoeirinha, Mooca, Vila Matilde e Brasilândia),

069/2002 R$ 39.163,40 (liberação de recursos para capacitação de recursos humanos em atenção

básica de saúde), 082/2002 (red. de R$ 6.302.851,21) (retirraticação do Termo Aditivo

053/2002), 094/2002 (prorrogação de convênio) e 104/2002 R$ 76.387,50 (liberação de recursos

para capacitação de recursos humanos em atenção básica de saúde) – Promover o

desenvolvimento de ações que visem a implantação e/ou implementação de ações em saúde da

família, do SUS/SP, no Município de São Paulo ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos

estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro João Antonio, após vista que lhe fora

concedida na 2.745ª S.O., Naquela sessão votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator e

Domingos Dissei – Revisor. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher o

Convênio 009/2001 e os Termos de Aditamento 15/2001, 39/2001, 009/2002, 053/2002,

069/2002, 082/2002, 094/2002 e 104/2002, relevando as impropriedades constatadas. Acordam,

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ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, com voto

apresentado em separado, Roberto Braguim e João Antonio, consoante declaração de voto

apresentada, em julgar irregular o TA 36/2001. Vencido, neste particular, o Conselheiro

Maurício Faria – Relator que julgou regular o ajuste. Acordam, ainda, à unanimidade, em aceitar

os efeitos financeiros e patrimoniais do TA 36/2001, pois não há notícia, nos autos, de desvio dos

recursos destinados ao investimento, nem comprovação de culpa, dolo ou má-fé dos agentes

envolvidos. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que a Secretaria Municipal da Saúde

seja cientificada a cumprir a Lei Municipal 14.469/07, em sua totalidade, incluindo a divulgação

da inscrição do ato constitutivo da entidade conveniada ou parceira no respectivo registro e,

principalmente, a previsão do inciso VII do artigo 2º da referida lei, a saber: "nome e

qualificação dos fundadores ou instituidores e dos integrantes da Diretoria, Conselho

Administrativo e Conselho Fiscal da entidade conveniada ou parceira". Relatório: Trata-se do

exame do Convênio 009/2001, celebrado entre a Secretaria Municipal da Saúde – SMS e a

Associação Saúde da Família, tendo por escopo 'o desenvolvimento de ações que visem a

implantação e/ou implementação de Ações em Saúde da Família, do SUS/SP, no Município de

São Paulo', conforme plano de trabalho elaborado pela conveniada. Analisam-se também, nesta

oportunidade, nove termos de aditamento, sendo que, com exceção do TA 94/02 – prorrogação

do prazo por mais 12 meses, todos os demais tiveram por objetivo repassar recursos à entidade

conveniada, especificando o valor e a finalidade de aplicação das verbas liberadas. A celebração

dos diversos termos de aditamento se deu em conformidade com a cláusula 3ª do Termo de

Convênio nº 09/2001, que estabelecia, "in verbis": 'A Convenente repassará recursos ao

Conveniado, mediante termos aditivos, obedecidos os mecanismos de controle físico-financeiro,

que regulamentam as liberações dos repasses e de acordo com o cronograma de desembolso

estabelecido pelo plano de trabalho'. A Auditoria opinou pela regularidade de todos os

instrumentos, relevando falhas de natureza formal como publicação do extrato dos ajustes a

destempo, remessa extemporânea a este Tribunal e atraso na celebração do TA 94 que, contudo,

teve o despacho de autorização expedido em momento adequado. A Assessoria Jurídica de

Controle Externo requereu informações da Origem acerca do conteúdo do TA 36/2001 que

liberava recursos para a realização de reformas, ampliações e aquisições de equipamentos para

certas unidades de saúde e opinou pela regularidade de todos os demais instrumentos.

Providenciadas as intimações dos interessados, o Sr. Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, na

qualidade de ex-secretário da Secretaria Municipal da Saúde, informou que 2001 foi o ano de

implantação do Programa Saúde da Família – PSF no Município de São Paulo, o qual, por tratar-

se de experiência então inovadora, contou com parcerias entre a Prefeitura e entidades

filantrópicas, que elaboravam seus planos de trabalho a partir de uma fase inicial de diagnósticos

e decisões regionalizadas, no âmbito dos distritos de saúde. Esclarece que as reformas objeto do

TA 36/2001 constavam do Plano de Trabalho aprovado e que, para sua realização, a entidade

conveniada realizou cotações de preços para bem aplicar os recursos. Em nova manifestação,

embora a Assessoria Jurídica já tivesse se manifestado nos autos tendo opinado pela regularidade

do TA 36/01, a então subchefe e o assessor jurídico chefe opinaram pela irregularidade por

entenderem que a contratação de terceiros para realizar reformas prediais em imóveis de

propriedade do particular é atividade que não poderia estar compreendida no objeto do convênio,

uma vez que exige realização de prévia licitação. Considerando a inovação trazida aos autos, os

interessados foram novamente intimados, oportunidade na qual a entidade conveniada e o

ordenador da despesa reafirmaram que a contratação de terceiro para executar as reformas foi

cuidadosamente precedida de cotações de preços e que essas atividades foram definidas no plano

de trabalho que integra o Convênio. Em manifestação conclusiva a Auditoria opinou pela

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regularidade do Convênio e de todos os ajustes dele decorrentes, enquanto a Assessoria Jurídica

posicionou-se pela irregularidade do TA 36/01 e aprovação dos demais. A Procuradoria da

Fazenda Municipal requereu a regularidade de todos os ajustes ou alternativamente a aceitação

dos efeitos financeiros. A Secretaria Geral acompanhou a conclusão da Assessoria Jurídica. É o

relatório. Voto: A fase de instrução processual trouxe à lume duas discussões que devem ser

enfrentadas nesse julgamento, além de aspectos essencialmente formais. A primeira diz respeito

ao conteúdo da cláusula terceira do ajuste sob apreciação que prevê o repasse de recursos

mediante termos aditivos, obedecendo aos mecanismos de controle físico-financeiro que

regulamentam as liberações dos repasses e de acordo com o cronograma de desembolso

estabelecido no plano de trabalho. Essa cláusula, presente em diversos convênios firmado na

mesma época, já foi objeto de detida análise pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, que

entendeu que o não estabelecimento do valor do convênio com a respectiva forma de liberação

das verbas não configura irregularidade. Esse foi o entendimento unânime trilhado pelo E.

Tribunal Pleno quando do julgamento do TC 555.02-41, razão pela qual, amparado nas

manifestações dos órgãos técnicos desta Corte, entendo formalmente regular o Termo de

Convênio 09/2001. A segunda questão, mais debatida nestes autos, refere-se ao Termo de

Aditamento 36/2001 que instrumentalizou o repasse de recursos públicos destinado à realização

de reformas, ampliações e aquisições de equipamentos para certas unidades de saúde. Registre-

se, inicialmente, que a implantação do Programa de Saúde da Família no Município teve início

logo após a extinção do Plano de Atendimento à Saúde – PAS, constituindo experiência à época

inovadora, que se concretizou mediante parcerias com diversas entidades filantrópicas. O modelo

escolhido sofreu, ao longo do tempo, alterações e adaptações, com o objetivo de alcançar o fim

almejado, sem descaracterizar o Programa. Dessa forma, as impropriedades verificadas merecem

ser examinadas sob os aspectos da preservação do interesse público e da utilização dos recursos

no desenvolvimento do Programa, argumentação desenvolvida em julgamentos análogos, a

exemplo dos TCs 4.227.01-33 e 4.837.02-45, que também versavam sobre a implantação desse

Programa. As unidades de saúde recebidas do modelo anterior do PAS encontravam-se bastante

deterioradas e exigiam uma rápida solução para garantir a continuidade dos serviços de saúde.

Assim, a inclusão no plano de trabalho do Convênio 09/2001 de reformas e compra de

equipamentos para certas unidades teve por objetivo permitir a implantação do programa e, com

isso, atender a população mais necessitada. Feitas essas considerações e valendo-me de

precedente firmado nos autos do TC 3.454.01.60, julgado pelo Tribunal Pleno em 09 de maio de

2012, aceito as justificativas apresentadas pelo ordenador da despesa, especialmente por

considerar que esse foi o modelo padrão de convênio adotado à época para viabilizar a

implantação do Programa Saúde da Família no Município, em conformidade com o art. 199, § 1º,

da Constituição Federal9. Anoto, por fim, que eventuais irregularidades na aplicação das

cláusulas do ajuste poderão ser apuradas quando do julgamento do TC 3.442.03-42, que cuida do

acompanhamento da execução do convênio. Ante o exposto, considerando a natureza dos

serviços prestados, o interesse público envolvido e a ausência de indícios de prejuízo bem como

de dolo ou má-fé por parte dos agentes, ACOLHO o Convênio e os Termos de Aditamento em

julgamento, relevando as impropriedades apontadas. (2.745ª S.O.) Voto em separado proferido

pelo Conselheiro Domingos Dissei: Na esteira das manifestações dos órgãos técnicos e jurídicos

desta Corte, cujos argumentos ficam incorporados neste voto, ACOLHO o Convênio 009/2001 e

9 "Art. 199 (...)

§1º. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo

diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as

sem fins lucrativos".

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os TAs 039/2001, 009/2002, 053/2002, 069/2002, 082/2002, 094/2002 e 104/2002. Sobre o

Termo Aditivo 36/2001, é forçoso reconhecer que seu objeto desborda do escopo original do

convênio voltado tão somente para a prestação de serviços, pois prevê a liberação de verbas de

investimentos destinadas a reformas, ampliações e aquisições de equipamentos, o que impede o

reconhecimento de sua regularidade. Apesar de se reconhecer que, sem dúvida, por vezes, as

Unidades de Saúde destinadas ao serviço necessitavam de adaptações físicas e de adequação de

equipamentos para seu regular funcionamento, o objeto do Convênio era exclusivamente o de

promover o desenvolvimento de ações visando a implantação e/ou implementação de ações em

saúde da família. Ressalto que, em pesquisa ao Sistema Átomo apurei que o presente Convênio

foi sucedido pelo Convênio 030/2008/SMS.G, prorrogado em abril do ano corrente para vigorar

por mais 6 (seis) meses, prazo necessário à conclusão do Chamamento Público para formalização

de futuro Convênio/Contrato de Gestão. Esse contexto fático que perdura desde 2001 até a

presente data, há mais de uma década, portanto, demonstra a real necessidade do setor público de

firmar parcerias com entidades civis, sem fins lucrativos, com objeto melhor detalhado de forma

a abranger, não só a previsão de verbas de custeio, como também de investimento, para melhor

atender às carências da Administração Pública e, consequentemente, refletindo na eficiência e

qualidade do serviço de saúde prestado à população. Essas razões me levam a crer que ditas

parcerias, firmadas com instituições renomadas e qualificadas na área da saúde beneficiam

substancialmente à população usuária deste serviço, devendo, portanto, tais ajustes, serem

aprimorados cada vez mais, em especial no tocante à sua fiscalização. No caso em exame,

contudo, mantendo a linha decisória de voto por mim já proferido nos autos do TC 4.340.04-99,

quando do julgamento de Recurso voluntário enfrentando questão similar, julgo irregular o

Aditivo 36/2001, porém aceito seus efeitos financeiros e patrimoniais, pois não há noticia nos

autos de desvio dos recursos destinados ao investimento, nem comprovação de culpa, dolo ou

má-fé dos agentes envolvidos. Observo, ainda, que a Origem deve ser cientificada a cumprir a

Lei Municipal nº 14.469/07, que prevê a divulgação na internet de todos os convênios, termos de

parceria, contratos de gestão ou instrumentos congêneres, com repasse de recursos públicos,

firmados com entidades credenciadas conveniadas ou parceiras. As disposições da supracitada lei

estão sendo cumpridas parcialmente, faltando, contudo, a divulgação da inscrição do ato

constitutivo da entidade conveniada ou parceira no respectivo registro e, principalmente, a

previsão do inciso VII do artigo 2º da referida Lei, a saber: 'nome e qualificação dos fundadores

ou instituidores e dos integrantes da Diretoria, Conselho Administrativo e Conselho Fiscal da

entidade conveniada ou parceira'. O cumprimento deste último dispositivo legal é fundamental

para que se conheça o nome e a qualificação dos fundadores, permitindo, em nome da

transparência, verificar se há alguma ligação política dos fundadores com alguma entidade ou

mesmo com o setor público. É o meu voto. (2.745ª S.O.) Declaração de voto apresentada pelo

Conselheiro João Antonio: ACOMPANHO o Revisor, com acolhimento dos efeitos financeiros

do TA no 36/2001, haja vista que as reformas dos imóveis que, embora os recursos tenham sido

aplicados em reformas de imóveis que não são da municipalidade, cumpre destacar que tais

imóveis eram destinados à prestação de serviços públicos, o que por si só justificam sua

aplicação. É como voto, Senhor Presidente. Participaram do julgamento os Conselheiros

Maurício Faria – Relator, Roberto Braguim e João Antonio. Presente a Procuradora Chefe da

Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, 30 de julho de 2014. a) Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei – Conselheiro

Revisor, prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos

do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 15) TC 4.343.06-49 – Secretaria

Municipal de Educação – SME e Instituto Paulo Freire – IPF – Contrato 37/03 R$ 2.965.993,80 e

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TA 28/04-SME/Conae-G R$ 682.178,57 (acréscimo de 23% no valor do contrato) – Prestação de

serviços de formação e assessoria consistentes em desenvolver o plano de ação de formação do

projeto "Orçamento Participativo Criança: Educação Cidadã" (Tramita em conjunto com os TCs

3.938.06-40 e 4.383.06-63) 16) TC 3.938.06-40 – Ministério Público do Estado de São Paulo –

Secretaria Municipal de Educação – SME – Petição – Solicita informações acerca da análise do

Contrato 37/03, firmado com o Instituto Paulo Freire – IPF, cujo objeto é a execução do plano de

ação de formação do projeto "Orçamento Participativo Criança: Educação Cidadã" (Tramita em

conjunto com os TCs 4.343.06-49 e 4.383.06-63) 17) TC 4.383.06-63 – Secretaria Municipal de

Educação – SME e Instituto Paulo Freire – IPF – Contrato 30/S.M.E./2004 R$ 16.640,00 –

Contratação de assessoria para formação dos Monitores e Coordenadores do Movimento de

Alfabetização de Jovens e Adultos do Município de São Paulo – Mova-SP nas Subprefeituras:

Vila Prudente/Sapopemba, Cidade Tiradentes, Guaianases e Butantã (Tramita em conjunto com

os TCs 4.343.06-49 e 3.938.06-40) 18) TC 1.548.07-26 – Secretaria Municipal de Educação –

SME, Instituto Paulo Freire – IPF e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação

Comunitária – Cenpec – Contrato 39/SME-G/03 R$ 4.825.013,00, Termo de Retirratificação s/nº

de 11/11/2003 (retificar o item 3.2 do Contrato, para constar que as fls. 230/231 passam a

integrar o Anexo I, em substituição às fls. 103 e 108, substituind0-se o Cronograma de

Desembolso integrante da proposta do IPF; retificar a Cláusula 4º do Contrato, para constar que o

prazo de pagamento das demais parcelas é de 7 dias úteis, após a execução e aceitação dos

serviços) e TA 048/SME/2004 R$ 83.533,13 (acréscimo do valor da contratação, em virtude da

alteração do item 3 da proposta da Cenpec, acrescendo o serviço de assessoria técnico-

pedagógica para o desenvolvimento da proposta curricular para o uso da sala de informática do

CEU – capacitação de assistentes técnicos de informática do CEU – Sexto Momento) – Prestação

de serviços de assessorias tecno-pedagógicas consistentes em desenvolver o Plano de Metas e

Ações da Secretaria, Reorientação Curricular para o Ciclo II do Ensino Fundamental e

Implementação do Projeto CEU: Gestão Paolítico Pedagógica (Acompanha o TC 4.373.06-00)

19) TC 4.373.06-00 – Ministério Público do Estado de São Paulo, Secretaria Municipal de

Educação – SME e Instituto Paulo Freire – IPF e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação,

Cultura e Ação Comunitária – Cenpec – Solicitação de informações sobre supostas

irregularidades ocorridas no Contrato 39/SME-G/03, cujo objeto é a prestação de serviços de

assessorias tecno-pedagógicas consistentes em desenvolver o Plano de Metas e Ações da

Secretaria, Reorientação Curricular para o Ciclo II do Ensino Fundamental e Implementação do

Projeto CEU: Gestão Político Pedagógica (Acompanha o TC 1.548.07-26) 20) TC 1.534.08-00 –

São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Construtora Queiroz Galvão S.A. – Concorrência

008/1997 – Contrato 2000/008 R$ 24.296.307,62 e TAs 01/2003 (red. de R$ 7.836.068,38 – nova

planilha de serviços e preços; inclusão de item de atualização dos preços com índice de 100,22%;

inclusão e alterações de reajuste, recursos e pagamentos, autorização de subcontratação de

detalhamento de projeto e assistência técnica à obra), 02/2004 (prorrogação de prazo), 03/2004

R$ 1.328.160,71 (prorrogação de prazo, acréscimo de 8,07% ao valor do TA 01 e garantia de 5%

do valor atualizado deste TA), 04/2004 (prorrogação de prazo) e Termo de Recebimento

Definitivo s/nº de 20/12/2006 – Execução de obras de readequação do Sistema Viário para

implantação do Corredor de Transporte Coletivo Rio Bonito – Trecho V, rua Laudelino Luz ao

terminal Santo Amaro e implantação da Estação de Transferência Vitor Manzini referente ao

Programa de Corredores e Terminais de Integração para a Cidade de São Paulo 21) TC 218.12-

53 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Administração e Restaurantes de Empresas

Ltda. – ERJ – Pregão Presencial 12/SME/DME/2011 – Contrato 66/SME/DME/2011 R$

13.981.716,00 e TA 01 R$ 7.119,00 (acréscimo contratual, inclusão de 01 posto de serviço nas

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Emefs CEU Parque Anhanguera, CEU Jaguaré e Professor Gabriel Prestes, aumentando o

número de postos de serviço do contrato para 494; percentual do acréscimo 0,61% em relação ao

valor mensal inicial do contrato, passando para R$ 1.172.262,00) – Serviços de preparo e

distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, aos

alunos regularmente matriculados na rede municipal de ensino, compreendendo o fornecimento

de mão de obra treinada para a execução de todas as atividades de recebimento, armazenamento,

higienização, pré-preparo, preparo e distribuição de alimentação, bem como a higienização de

equipamentos, utensílios e instalações das cozinhas, lactários e despensas das Unidades

Educacionais; a execução de serviços de manutenção preventiva e corretiva das instalações das

cozinhas, lactários e despensas das Unidades Educacionais, nas áreas de hidráulica, elétrica e

alvenaria, com fornecimento de mão de obra e material 22) TC 541.07-41 – Secretaria

Municipal de Cultura – SMC e Associação de Apoio à Arte e Comunicação – Arco – Termo de

Colaboração 004/2004 – Acompanhamento da Execução do Termo de Colaboração –

Implantação de Complexo Cultural no Polo Cultural Galeria Olido (Tramita em conjunto com os

TCs 543.07-77 e 3.799.05-65) 23) TC 543.07-77 – Secretaria Municipal de Cultura – SMC e

Articultura Comunicação Ltda. – Contrato 13/2003 R$ 308.830,00 e TA 38/2004 (alteração nos

subitens 3.1 e 4.1.2 do instrumento contratual) – Acompanhamento da Execução do Contrato e

do TA – Prestação de serviços de consultoria para o planejamento e implementação de um

Centro Cultural, no Edifício Olido, sede da Secretaria (Tramita em conjunto com os TCs 541.07-

41 e 3.799.05-65) 24) TC 3.799.05-65 – Secretaria Municipal de Cultura – SMC – Inspeção –

Apuração de denúncia acerca de indícios e evidências de irregularidades na Secretaria Municipal

de Cultura, quanto a desmandos administrativos e desvios orçamentários, efetuados na gestão da

Prefeita Marta Suplicy, nos exercícios anteriores (Tramita em conjunto com os TCs e 541.07-41

e 543.07-77) 25) TC 2.091.07-68 – Secretaria Municipal de Transportes – SMT e Engebrás S.A.

– Indústria, Comércio e Tecnologia de Informática – Contrato 04/06-SMT R$ 3.000.000,00 –

Prestação de serviços de fiscalização automática de trânsito com equipamento/sistema fixo 26)

TC 3.210.06-00 – Secretaria Municipal de Transportes – SMT e Engebrás S.A. – Indústria,

Comércio e Tecnologia de Informática – Contrato 26/06-SMT R$ 2.519.940,00 e TA 01/2006

(inclusão de Cláusula Décima Oitava – da Garantia do Contrato) – Prestação de serviços de

fiscalização automática de trânsito, com equipamento/Sistema fixo 27) TC 2.957.05-79 –

Secretaria Municipal de Educação – SME e Fundação Getúlio Vargas – FGV – Contrato

032/SME-G/2003 R$ 21.853.000,00 e TA 036/SME/2004 (alteração do cronograma constante da

proposta de serviços para operacionalização do Sistema de Gestão Escolar – Escola On Line) –

Serviços consistentes na contribuição para a melhoria da qualidade do processo pedagógico e de

gestão das Escolas Públicas da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, através do incremento

do uso da tecnologia da informação e de instrumentos que envolvam a rotina das escolas,

Coordenadorias de Educação e Secretaria da Educação (Tramita em conjunto com o TC

3.751.05-39) 28) TC 3.751.05-39 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Fundação

Getúlio Vargas – FGV – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato

032/SME-G/2003 (R$ 21.853.000,00), cujo objeto é a execução de serviços consistentes na

contribuição para a melhoria da qualidade do processo pedagógico e de gestão das Escolas

Públicas da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, através do incremento do uso da tecnologia

da informação e de instrumentos que envolvam a rotina das escolas, Coordenadorias de

Educação e Secretaria da Educação, está sendo executado conforme pactuado, analisando

inclusive a regularidade, a eficiência, a eficácia da aplicação do recurso, em atendimento ao

requerimento 007/2005 do Gabinete do Vereador Aurélio Nomura (Tramita em conjunto com o

TC 2.957.05-79) 29) TC 2.716.04-11 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras –

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Siurb e Este Reestrutura Engenharia Ltda. – Concorrência 012/03/Siurb – Contrato 004/2004 R$

6.412.207,84, Tº de Retirratificação 25/2004 (retificação do Contrato e atualização do valor

contratado para R$ 6.570.439,38), TAs 127/2005 (anulação do termo de Retirratificação nº

025/2004, restabelecimento da cláusula V do Contrato e Retificação do item 1 da cláusula VII do

Contrato), 002/2006 (prorrogação de prazo) e 066/2006 (prorrogação de prazo) – Obras de

recuperação e reforço da galeria de águas pluviais da Rua Ouvidor Peleja, no trecho entre a Rua

Juréia e a Avenida Dr. Ricardo Jafet 30) TC 1.847.08-88 – Secretaria de Municipal de Serviços

– SES e Citeluz Serviços de Iluminação Urbana Ltda. – Concorrência C03/SES/05 – Contrato

008/SES/06 R$ 9.727.963,53 – Prestação de serviços, com fornecimento de materiais, visando à

ampliação do Sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo, na Área 1, delimitada

geograficamente pelo perímetro das seguintes Subprefeituras: Butantã-BT, Casa

Verde/Cachoeirinha-CV, Freguesia/Brasilândia-FO, Ipiranga-IP, Jaçanã/Tremembé-JT, Lapa-

LA, Perus-PR, Pinheiros-PI, Pirituba-PJ, Sé-SE, Santana/Tucuruvi-ST, Vila Maria/Vila

Guilherme-MG e Vila Mariana-VM 31) TC 1.281.11-44 – Secretaria Municipal de Educação –

SME e Ação Comunitária Tiradentes – Convênio 252/SME/2009 – RP R$ 814.052,30 –

Atendimento às crianças por meio do Centro de Educação Infantil/Creche, segundo as diretrizes

técnicas da Secretaria Municipal de Educação e de acordo com o Plano de Trabalho aprovado

pela Diretoria Regional de Educação. "O Conselheiro João Antonio – Revisor requereu ao

Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do

Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi

deferido." (Certidões) Prosseguindo, o Presidente concedeu a palavra aos Senhores

Conselheiros e à Procuradoria da Fazenda Municipal se a solicitassem. Nada mais havendo a

tratar, às 14h10, o Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que vai

subscrita por mim, Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, ____________________________,

Secretário Geral, e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros, pela Procuradora Chefe da

Fazenda e pelo Procurador. São Paulo, 30 de julho de 2014.

_______________________________ EDSON SIMÕES

Presidente

___________________________ ___________________________ ROBERTO BRAGUIM DOMINGOS DISSEI Vice-Presidente Corregedor

___________________________ ____________________________ MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO Conselheiro Conselheiro

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______________________________ MARIA HERMÍNIA P. P. S. MOCCIA

Procuradora Chefe da Fazenda

______________________________ FÁBIO COSTA COUTO FILHO

Procurador LSR/amc/mfc/mcam/mo/am ATA DA 2.756ª SESSÃO (ORDINÁRIA)