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Tributação Simples RedeSim Taxas (Módulo 1) Dia 1 - das 9h às 12h Integração do Município na RedeSim (Empresa Fácil) Dia 1 - das 13h30 às 17h30 O Simples nos Municípios Dia 2 - das 9h às 12h A Operacionalização das Taxas Municipais Nome:

Tributação Simples RedeSim Taxas (Módulo 1) · A Unipública Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes públicos

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Tributação Simples –

RedeSim – Taxas

(Módulo 1)

Dia 1 - das 9h às 12h

Integração do Município na RedeSim (Empresa

Fácil)

Dia 1 - das 13h30 às 17h30

O Simples nos Municípios

Dia 2 - das 9h às 12h

A Operacionalização das Taxas Municipais

Nome:

A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes

públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos,

consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade

e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Professores especializados e atuantes na área (Prática)

- Certificados de Participação digitalizado

- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc)

- Tira-dúvidas durante realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Atendimento personalizado e simpático

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Apostilas e material de apoio

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos

professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat

entre alunos e contato com a escola.

Público Alvo

- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,

atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des.

Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação

9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.

Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo

em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de

avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública

investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas

respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para

os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos

seus alunos, cidadãos e entidades públicas.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898

www.unipublicabrasil.com.br

Programação:

Dia 1 - das 9h às 12h

Integração do Município na RedeSim (Empresa Fácil)

1 Conceito

2 Funcionalidade

3 Integração com o Sebrae

4 Adequação da Lei local

5 Objetivo

6 Viabilidade

7 Informações

8 Inscrições e registros

9 Licenciamento

10 Alterações

11 Benefícios

12 Discussão pontual sobre a temática

Dia 1 - das 13h30 às 17h30

O Simples nos Municípios

1 Conceito empresarial

2 Enquadramento tributário

3 Conceitos e Noções operacionais do SIMPLES

4 Opção de enquadramento ao SIMPLES

5 Cálculo

6 Pagamento da DAS e Parcelamento

7 Substituição tributária

8 Retenção de ISS

9 Possibilidade de incentivos fiscais

10 PGDAS-D e DEFIS

11 Valor fixo, isenção ou redução

12 Consultas

13 Exclusão

14 Obrigações acessórias

15 Declaração anual do Simples Nacional

16 Obrigações tributárias do MEI

17 Desenquadramento do SIMEI

18 Fiscalização do SEFIS

Dia 2 - das 9h às 12h

A Operacionalização das Taxas Municipais

1 Conceito

2 Tipificação de taxas

3 Diferenciação de taxa e preço público

4 Legalidade versus operacionalidade

5 Fato gerador

6 Base de cálculo

7 Passo a passo na constituição do cálculo

8 Lançamento

9 Fiscalização

10 Relatórios

11 Exemplos e discussão de casos concretos

12 Prestação de Contas

Professora:

Janete Probst Munhoz: Mestre em desenvolvimento econômico – Instrutora e Palestrante

Sumário

INTEGRAÇÃO DO MUNICÍPIO NA REDESIM (EMPRESA FÁCIL) ............................................. 1

O SIMPLES NOS MUNICÍPIOS .............................................................................................................. 9

A OPERACIONALIZAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS................................................................. 23

1

Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

INTEGRAÇÃO DO MUNICÍPIO NA REDESIM

(EMPRESA FÁCIL) Janete Probst Munhoz

1 Conceito

A Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, REDESIM, é um

sistema único e integrado, criado pela Lei 11.598/2007, que permite a abertura, fechamento, alteração e legalização de

empresas em todas as Juntas Comerciais do Brasil, simplificando procedimentos e reduzindo a burocracia ao mínimo

necessário (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2013).

Esse sistema integra todos os processos dos órgãos e entidades responsáveis pelo registro, inscrição, alteração e

baixa das empresas, por meio de uma única entrada de dados e de documentos, acessada via internet (toda a plataforma

é informatizada). Com a REDESIM, os usuários também obtêm informações e orientações pela internet ou de forma

presencial, a exemplo do acesso à dados de registro ou inscrição, alteração e baixa de empresários e pessoas jurídicas.

A REDESIM prevê pesquisas prévias à constituição ou alteração de empresas, as quais deverão ser suficientes

para que o usuário seja informado da possibilidade da atividade no local escolhido pelos órgãos e entidades

competentes.

A implantação da Redesim Nacional nos Municípios tem como centro a melhoria na qualidade de atendimento,

simplificação e integração dos procedimentos executados em duplicidade e até mesmo a incompatibilidade dos registros

empresariais no Município.

Espera-se desburocratização, com essa desburobter como resultados para a classe empresarial: maior agilidade,

redução de custos, desburocratização e facilidades em acesso e disponibilidade consolidadas na web; e para a sociedade

em geral espera-se redução da economia informal, satisfação e maior probabilidade de sucesso empresarial, criação de

empregos formais, crescimento da produtividade - propulsor do desenvolvimento sustentável, crescimento econômico.

2 Funcionalidade

A REDESIM é administrada por um Comitê Gestor, composto por orgãos e entidades do governo federal,

estadual e municipal, responsáveis pelo processo de registro e legalização dos empresários, sociedades empresárias e

sociedades simples. Serviços oferecidos:

2.1 Consulta de Viabilidade

Pesquisa e reserva de nome empresarial e resultado de viabilidade de exercício da atividade desejada no local

escolhido, observando regras mantidas pelos municípios, tanto para os procedimentos de abertura de novas empresas

quanto para os de alteração de empresas existentes.

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

2.2 Coleta Eletrônica de Informações

Coleta de dados comuns fixados nacionalmente, verificação de consistência do cadastro dos sócios e da

empresa, permitindo a recuperação de informações de pesquisas previamente efetuadas.

2.3 Registro e Inscrições Tributárias

Nas esferas federal, estadual e Municipal, geração de documentos de registro, após verificação de consistência

dos dados.

2.4 Licenciamento das Atividades

Com informações prévias sobre os requisitos de licenciamento, conforme o grau de risco, mantidas pelos orgãos

competentes do município e estado.

2.5 Alteração e Baixa

Com pesquisa prévia, quando necessário, e repercussão de alterações da matriz para as filiais processadas

automaticamente.

3. LEGISLAÇÃO

Atualmente o Direito Empresarial Societário se encontra dentro do Direito Privado, regulando as relações gerais

entre os particulares, sendo necessária a proteção quanto às suas relações no que tange o desempenho de atividades

econômicas. Vejamos o que rege o art. 1º

Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do

Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a

cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo

político.

O artigo 170 da Constituição relata em seu caput que a ordem econômica está fundada na valorização do

trabalho humano e na livre iniciativa.

Art. 170 – A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim

assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os princípios: I – soberania

nacional; II – propriedade privada; III – função social da propriedade; IV – livre concorrência; V – defesa ao

consumidor; VI – defesa ao meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental

dos produtos e serviços de seus processos de elaboração e prestação; VII – redução das desigualdades regionais e

sociais; VIII – busca do pleno emprego; IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas

sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independente de

autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

Com base na legislação, a atuação econômica organizada compreende-se como meio humano para a

realização, ou seja, como meio para que determinados cenários ou situações se tornem reais, se concretizem. Para a sua

concretização, empregam-se instrumentos, sejam materiais [coisas] ou imateriais [titularidade] sobre produções de

intelecto humano, particularizadas como objetos de relações jurídicas, a exemplo da patente, da marca, da autoria de

obras artísticas e intelectuais, etc. (MAMEDE, 2009).

Negando assim, a opressão da necessidade natural pela constituição de um meio para a sua superação, ou seja,

para assegurar aos seres humanos uma existência digna. Ficam claras, as motivadoras da proteão constitucional da livre

iniciativa (REQUIÃO, 2009).

Segundo o artigo 967 do Código Civil (2002, p.68), uma das obrigações do empresário, é a de se inscrever no

Registro de Empresas, antes de dar início à exploração de seu negócio. ‗Art. 967 – É obrigatório a inscrição do

empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade‖.

O processo de registro e arquivamento de atos constitutivos no Brasil é regido por leis específicas e

complementares. Para tanto existem órgãos das esferas: federal, estadual e municipal, a instituir, normatizar, fiscalizar e

assegurar os procedimentos necessários para o processo constitucional (MAMEDE, 2009).

O registro público é uma forma antiga de preservação de informações consideradas vitais para a sociedade, que

visa dar-lhes a publicidade necessária à segurança das relações interindividuais, conforme estipula o artigo 54 da Lei n.º

8.934/1994.

Art. 54 – A prova da publicidade de atos societários, quando exigida em lei, será feita mediante anotação nos registros

da junta comercial à vista da apresentação da folha do Diário Oficial, ou do jornal onde foi feita a publicação,

dispensada a juntada da mencionada folha.

O registro público de empresas mercantis e atividades afins é exercido por órgãos federais e estaduais em todo

o território nacional. De forma sistêmica, com os seguintes objetivos:

a) dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis que sejam

legalmente submetidas a registro;

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

b) cadastrar as empresas mercantis nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as

informações pertinentes;

c) proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como o seu cancelamento.

Esses órgãos devem atuar de maneira uniforme, harmônica e interdependente, compõem o Sistema Nacional de

Registro de Empresas Mercantis (SINREM).

O órgão central do SINREM é o Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), que possui as

seguintes funções: supervisionar, orientar, coordenar e normatizar, função administrativa.

Nas unidades da Federação, têm - se as Juntas Comerciais, com funções de executar e administrar os serviços,

função operacional.

A Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – Redesim

Nacional é a agregação das melhores práticas nacionais, estaduais e municipais para a desburocratização do registro e

legalização de empresas, criada através da Lei n.º 11.598 de 03 (três) de dezembro de 2007.

Art. 2 - Fica criada a Rede Nacional para a simplificação do registro e da legalização de empresas e negócios –

Redesim, com a finalidade de propor açes e normas aos seus integrantes, cuja participação na sua composição será

obrigatória para os órgãos federais, voluntária por adesão mediante consórcio, para os órgãos, autoridades e entidades

não federais com competências e atribuições vinculadas aos assuntos de interesse da Redesim.

A participação na Redesim se faz obrigatória apenas para os órgãos federais envolvidos no registro de

empresas. Estados e Municípios poderão aderir voluntariamente.

4. HARMONIZAÇÃO

Para tal funcionamento foi necessário a harmonização dos sistemas para a recepção dos arquivos:

a) o sistema responsável pela troca de informações entre diversos órgãos, sistema integrador, é o cadastro sincronizado

– seu propósito é atender aos Municípios com portes diferentes, avanço tecnológico diferenciado, estrutura de

funcionamento diferenciado, abrangendo todas as necessidades específicas;

b) o sistema responsável pela coleta de dados, sistema coletor, é o coletor web desenvolvido pela Secretaria da Receita

Federal do Brasil (SRF), e será utilizado para a geração do Documento Básico de Entrada (DBE) no Cadastro Nacional

da Pessoa Jurídica (CNPJ);

c) o sistema responsável pela digitalização dos documentos e compartilhamento, sistema de Digitalização -

GERIMAGEM, foi desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI);

d) o sistema responsável pela classificação e padronização das atividades econômicas, sistema classificador de

Atividades Econômicas, Classificação Nacional de Atividades Econômicas e Fiscais (CNAE-FISCAL);

As Juntas Comerciais ficam encarregadas de receber e arquivar a documentação necessária ao completo registro

e legalização da empresa, onde irá fornecer aos demais órgãos os dados em meio eletrônico para que estes, mediante

convênio entre as esferas de governo, promovam a legalização do empreendimento conforme legislação pertinente.

Os órgãos terão que customizar seus sistemas gerenciadores para se integrar ao Sistema Integrador

Nacional/Estadual.

Na Redesim o pedido de inscrição estadual de empresa localizada no território do Estado, far-se-á mediante a

realização de consulta prévia do empresário e/ou dos sócios, e, em seguida, o preenchimento do requerimento eletrônico

para a solicitação de inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado.

Todo processo constitucional estará disponibilizado no próprio portal eletrônico da Junta Comercial, onde o

Estado através de convênios com os Profissionais Contabilistas pode criar a Rede de Parceiros, disponibilizando ao

profissional eletronicamente todos os procedimentos legais, sendo eles a constituição, alteração e/ou baixa empresarial.

O requerimento de inscrição estadual inicial só poderá ser gerado e impresso se for devidamente preenchido

corretamente, e, também se o empresário e/ou sócios não possuírem nenhuma pendência perante o Estado e o Contador

estiver devidamente cadastrado na Rede de Parceiros.

O que mais chama a atenção neste procedimento aos dias atuais nesse processo de funcionamento da Redesim é

a possibilidade da empresa sair da JUCER com a uma Licença Provisória para Funcionamento e Localização, onde,

deve-se anexar juntamente com o processo constitucional a ser entregue à JUCER um termo de Responsabilidade

Técnica ou Ciência para futura vistoria.

O órgão incumbido da fiscalização do código de postura municipal deverá realizar a vistoria prévia que será

acatada por todos os demais órgãos. Fica ressalvada a vistoria prévia de algumas atividades econômicas que por sua

natureza ou complexidade ofereçam risco à população e ao meio ambiente, definidas no convênio firmado entre as

esferas de governo, conforme artigo 6º da Lei n.º 11.598 de 03 (três) de dezembro de 2007, parágrafo 3º.

Usando os procedimentos legais, a empresa que se constituir perante a JUNTA apresentando os documentos

legais do ato constitutivo sairá com sua empresa legalmente habilitada para o funcionamento.

5. VANTAGENS

Diminuição de exigências no processo entre a JUCEMS e a Receita Federal;

Informação e orientação aos contabilistas e empresários, sobre os documentos necessários à legalização das

empresas;

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

Possibilidade de utilização do modelo de Contrato Núcleo/Padrão previamente aceito pela JUCEMS;

Agilidade e segurança ao processo;

Pré-análise de informações, ou seja, dados são confrontados com outras bases da RFB, tornando os procedimento

mais agéis;

Facilidade, simplificação e rapidez de processos e diminuição do tempo de abertura de empresas, com adaptação

aos novos sistemas.

MUNICÍPIOS

Otimização de recursos para o processo de abertura, manutenção e baixa de empresas;

Padronização da legislação tributária municipal, automatização e melhoria de processos;

Apoio e racionalização às ações de fiscalização.

SOCIEDADE

Redução da economia informal;

Satisfação e maior probabilidade de sucesso ao cidadão empreendedor;

Criação de empregos formais;

Acesso do Micro Empreendedor Individual à previdência social;

Crescimento da produtividade aliada ao desenvolvimento sustentável;

Crescimento econômico.

No Paraná vejamos a empresa facil http://www.empresafacil.pr.gov.br/sobre-o-portal/

Lei na integra

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.598, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2007.

Mensagem de veto

Estabelece diretrizes e procedimentos para a simplificação e

integração do processo de registro e legalização de

empresários e de pessoas jurídicas, cria a Rede Nacional

para a Simplificação do Registro e da Legalização de

Empresas e Negócios - REDESIM; altera a Lei no 8.934, de

18 de novembro de 1994; revoga dispositivos do Decreto-

Lei no 1.715, de 22 de novembro de 1979, e das Leis

nos

7.711, de 22 de dezembro de 1988, 8.036, de 11 de maio

de 1990, 8.212, de 24 de julho de 1991, e 8.906, de 4 de

julho de 1994; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais de simplificação e integração do processo de registro e legalização de

empresários e pessoas jurídicas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

CAPÍTULO I

DA REDESIM E DAS DIRETRIZES PARA SUA ESTRUTURAÇÃO E

FUNCIONAMENTO

Art. 2o Fica criada a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios -

REDESIM, com a finalidade de propor ações e normas aos seus integrantes, cuja participação na sua composição será

obrigatória para os órgãos federais e voluntária, por adesão mediante consórcio, para os órgãos, autoridades e entidades

não federais com competências e atribuições vinculadas aos assuntos de interesse da Redesim.

Parágrafo único. A Redesim será administrada por um Comitê Gestor presidido pelo Ministro de Estado do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e sua composição, estrutura e funcionamento serão definidos em

regulamento.

Art. 3o Na elaboração de normas de sua competência, os órgãos e entidades que componham a Redesim deverão

considerar a integração do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas e articular as

competências próprias com aquelas dos demais membros, buscando, em conjunto, compatibilizar e integrar

procedimentos, de modo a evitar a duplicidade de exigências e garantir a linearidade do processo, da perspectiva do

usuário.

Art. 4o Os órgãos e entidades que componham a Redesim, no âmbito de suas competências, deverão manter à

disposição dos usuários, de forma presencial e pela rede mundial de computadores, informações, orientações e

instrumentos que permitam pesquisas prévias às etapas de registro ou inscrição, alteração e baixa de empresários e

pessoas jurídicas, de modo a prover ao usuário certeza quanto à documentação exigível e quanto à viabilidade do

registro ou inscrição.

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

§ 1o As pesquisas prévias à elaboração de ato constitutivo ou de sua alteração deverão bastar a que o usuário seja

informado pelos órgãos e entidades competentes:

I - da descrição oficial do endereço de seu interesse e da possibilidade de exercício da atividade desejada no local

escolhido;

II - de todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção de licenças de autorização de funcionamento, segundo

a natureza da atividade pretendida, o porte, o grau de risco e a localização;

III - da possibilidade de uso do nome empresarial ou de denominação de sociedade simples, associação ou

fundação, de seu interesse.

§ 2o O resultado da pesquisa prévia de que trata o inciso I do § 1

o deste artigo deverá constar da documentação

que instruirá o requerimento de registro no órgão executor do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades

Afins ou de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.

§ 3o Quando o nome empresarial objeto da pesquisa prévia de que tratam o caput e o inciso III do § 1

o deste

artigo for passível de registro pelo órgão público competente, será por este reservado em nome do empresário ou sócio

indicado na consulta, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contadas da manifestação oficial favorável.

§ 4o A pesquisa prévia de que tratam o caput e inciso III do § 1

o deste artigo será gratuita.

Art. 5o Para os fins de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas, os requisitos de segurança

sanitária, controle ambiental e prevenção contra incêndios deverão ser simplificados, racionalizados e uniformizados

pelos órgãos e entidades que componham a Redesim, no âmbito das respectivas competências.

§ 1o As vistorias necessárias à emissão de licenças e de autorizações de funcionamento poderão ser realizadas

após o início de operação do estabelecimento quando a atividade, por sua natureza, comportar grau de risco compatível

com esse procedimento.

§ 2o As vistorias de interesse dos órgãos fazendários deverão ser realizadas a partir do início de operação do

estabelecimento, exceto quando, em relação à atividade, lei federal dispuser sobre a impossibilidade da mencionada

operação sem prévia anuência da administração tributária.

Art. 6o Os Municípios que aderirem à Redesim emitirão Alvará de Funcionamento Provisório, que permitirá o

início de operação do estabelecimento imediatamente após o ato de registro, exceto nos casos em que o grau de risco da

atividade seja considerado alto.

§ 1o A conversão do Alvará de Funcionamento Provisório em Alvará de Funcionamento será condicionada à

apresentação das licenças ou autorizações de funcionamento emitidas pelos órgãos e entidades competentes.

§ 2o Caso os órgãos e entidades competentes não promovam as respectivas vistorias no prazo de vigência do

Alvará de Funcionamento Provisório, este se converterá, automaticamente, em definitivo.

§ 3o O Alvará de Funcionamento Provisório será emitido contra a assinatura de Termo de Ciência e

Responsabilidade pelo empresário ou responsável legal pela sociedade, no qual este firmará compromisso, sob as penas

da lei, de observar os requisitos exigidos para funcionamento e exercício das atividades econômicas constantes do

objeto social, para efeito de cumprimento das normas de segurança sanitária, ambiental e de prevenção contra incêndio.

§ 4o Do Termo de Ciência e Responsabilidade constarão informações sobre as exigências que deverão ser

cumpridas com anterioridade ao início da atividade do empresário ou da pessoa jurídica, para a obtenção das licenças

necessárias à eficácia plena do Alvará de Funcionamento.

Art. 7o Para os atos de registro, inscrição, alteração e baixa de empresários ou pessoas jurídicas, fica vedada a

instituição de qualquer tipo de exigência de natureza documental ou formal, restritiva ou condicionante, que exceda o

estrito limite dos requisitos pertinentes à essência de tais atos, observado o disposto nos arts. 5o e 9

o desta Lei, não

podendo também ser exigidos, de forma especial:

I - quaisquer documentos adicionais aos requeridos pelos órgãos executores do Registro Público de Empresas

Mercantis e Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, excetuados os casos de autorização legal prévia;

II - documento de propriedade, contrato de locação ou comprovação de regularidade de obrigações tributárias

referentes ao imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro estabelecimento;

III - comprovação de regularidade de prepostos dos empresários ou pessoas jurídicas com seus órgãos de classe,

sob qualquer forma, como requisito para deferimento de ato de inscrição, alteração ou baixa de empresários ou pessoas

jurídicas, bem como para autenticação de instrumento de escrituração;

IV - certidão de inexistência de condenação criminal, que será substituída por declaração do titular ou

administrador, firmada sob as penas da lei, de não estar impedido de exercer atividade mercantil ou a administração de

sociedade, em virtude de condenação criminal;

V – (VETADO).

§ 1o Eventuais exigências no curso de processo de registro e legalização de empresário ou de pessoa jurídica

serão objeto de comunicação pelo órgão competente ao requerente, com indicação das disposições legais que as

fundamentam.

§ 2o Os atos de inscrição fiscal e tributária, suas alterações e baixas efetuados diretamente por órgãos e entidades

da administração direta que integrem a Redesim não importarão em ônus, a qualquer título, para os empresários ou

pessoas jurídicas.

Art. 7o-A. O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes a empresários e

pessoas jurídicas em qualquer órgão dos 3 (três) âmbitos de governo, ocorrerá independentemente da regularidade de

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios,

dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos titulares,

dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. (Incluído pela Lei

Complementar nº 147, de 2014)

§ 1o A baixa referida no caput deste artigo não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados

impostos, contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da simples falta de recolhimento ou da prática

comprovada e apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregularidades praticadas pelos empresários ou

por seus titulares, sócios ou administradores. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

§ 2o A solicitação de baixa na hipótese prevista no caput deste artigo importa responsabilidade solidária dos

titulares, dos sócios e dos administradores do período de ocorrência dos respectivos fatos geradores. (Incluído pela

Lei Complementar nº 147, de 2014)

Art. 8o Verificada pela fiscalização de qualquer órgão componente da Redesim divergência em dado cadastral do

empresário ou da pessoa jurídica originário de instrumento de constituição, alteração ou baixa, deverá constar do auto a

que seja reduzido o ato de fiscalização a obrigatoriedade de atualização ou correção daquele, no prazo de 30 (trinta)

dias, mediante registro de instrumento próprio no órgão executor do Registro Público de Empresas Mercantis e

Atividades Afins ou do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso.

CAPÍTULO II

DOS SISTEMAS INFORMATIZADOS DE APOIO AO REGISTRO E À

LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS

Art. 9o Será assegurada ao usuário da Redesim entrada única de dados cadastrais e de documentos, resguardada a

independência das bases de dados e observada a necessidade de informações por parte dos órgãos e entidades que a

integrem.

§ 1o Os órgãos executores do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e do Registro Civil das

Pessoas Jurídicas colocarão à disposição dos demais integrantes da Redesim, por meio eletrônico:

I - os dados de registro de empresários ou pessoas jurídicas, imediatamente após o arquivamento dos atos;

II - as imagens digitalizadas dos atos arquivados, no prazo de 5 (cinco) dias úteis após o arquivamento.

§ 2o As imagens digitalizadas suprirão a eventual exigência de apresentação do respectivo documento a órgão ou

entidade que integre a Redesim.

§ 3o Deverão ser utilizadas, nos cadastros e registros administrativos no âmbito da Redesim, as classificações

aprovadas por órgão do Poder Executivo Federal designado em regulamento, devendo os órgãos e entidades integrantes

zelar pela uniformidade e consistência das informações.

Art. 10. Para maior segurança no cumprimento de suas competências institucionais no processo de registro, com

vistas na verificação de dados de identificação de empresários, sócios ou administradores, os órgãos executores do

Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas realizarão

consultas automatizadas e gratuitas:

I - ao Cadastro Nacional de Documentos Extraviados, Roubados ou Furtados;

II - a sistema nacional de informações sobre pessoas falecidas;

III - a outros cadastros de órgãos públicos.

Art. 11. O Poder Executivo Federal criará e manterá, na rede mundial de computadores - internet, sistema pelo

qual:

I - será provida orientação e informação sobre etapas e requisitos para processamento de registro, inscrição,

alteração e baixa de pessoas jurídicas ou empresários, bem como sobre a elaboração de instrumentos legais pertinentes;

II - sempre que o meio eletrônico permitir que sejam realizados com segurança, serão prestados os serviços

prévios ou posteriores à protocolização dos documentos exigidos, inclusive o preenchimento da ficha cadastral única a

que se refere o art. 9o desta Lei;

III - poderá o usuário acompanhar os processos de seu interesse.

Parágrafo único. O sistema mencionado no caput deste artigo deverá contemplar o conjunto de ações que devam

ser realizadas envolvendo os órgãos e entidades da administração federal, estadual, do Distrito Federal e municipal,

observado o disposto no art. 2o desta Lei, aos quais caberá a responsabilidade pela formação, atualização e incorporação

de conteúdo ao sistema.

CAPÍTULO III

DA CENTRAL DE ATENDIMENTO EMPRESARIAL - FÁCIL

Art. 12. As Centrais de Atendimento Empresarial - FÁCIL, unidades de atendimento presencial da Redesim,

serão instaladas preferencialmente nas capitais e funcionarão como centros integrados para a orientação, registro e a

legalização de empresários e pessoas jurídicas, com o fim de promover a integração, em um mesmo espaço físico, dos

serviços prestados pelos órgãos que integrem, localmente, a Redesim.

§ 1o Deverá funcionar uma Central de Atendimento Empresarial - FÁCIL em toda capital cuja municipalidade,

assim como os órgãos ou entidades dos respectivos Estados, adiram à Redesim, inclusive no Distrito Federal, se for o

caso.

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

§ 2o Poderão fazer parte das Centrais de Atendimento Empresarial - FÁCIL, na qualidade de parceiros, as

entidades representativas do setor empresarial, em especial das microempresas e empresas de pequeno porte, e outras

entidades da sociedade civil que tenham como foco principal de atuação o apoio e a orientação empresarial.

§ 3o Em cada unidade da Federação, os centros integrados de registro e legalização de empresários e pessoas

jurídicas poderão ter seu nome próprio definido pelos parceiros locais, sem prejuízo de sua apresentação juntamente

com a marca ―FÁCIL‖.

Art. 13. As Centrais de Atendimento Empresarial - FÁCIL serão compostas por:

I - um Núcleo de Orientação e Informação, que fornecerá serviços de apoio empresarial, com a finalidade de

auxiliar o usuário na decisão de abertura do negócio, prestar orientação e informações completas e prévias para

realização do registro e da legalização de empresas, inclusive as consultas prévias necessárias, de modo que o processo

não seja objeto de restrições após a sua protocolização no Núcleo Operacional;

II - um Núcleo Operacional, que receberá e dará tratamento, de forma conclusiva, ao processo único de cada

requerente, contemplando as exigências documentais, formais e de informação referentes aos órgãos e entidades que

integrem a Redesim.

Parágrafo único. As Centrais de Atendimento Empresarial - FÁCIL que forem criadas fora das capitais e do

Distrito Federal poderão ter suas atividades restritas ao Núcleo de Orientação e Informação.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 14. No prazo de:

I - 180 (cento e oitenta) dias, serão definidas pelos órgãos e entidades integrantes da Redesim competentes para

emissão de licenças e autorizações de funcionamento as atividades cujo grau de risco seja considerado alto e que

exigirão vistoria prévia;

II - 18 (dezoito) meses, serão implementados:

a) pelo Poder Executivo federal o cadastro a que se refere o inciso I do caput do art. 10 desta Lei, no âmbito do

Ministério da Justiça, para ser disponibilizado na rede mundial de computadores - internet;

b) pelos Municípios com mais de 20.000 (vinte mil) habitantes que aderirem à Redesim os procedimentos de

consulta prévia a que se referem os incisos I e II do § 1o do art. 4

o desta Lei;

III - 3 (três) anos, será implementado pelo Poder Executivo federal sistema informatizado de classificação das

atividades que uniformize e simplifique as atuais codificações existentes em todo o território nacional, com apoio dos

integrantes da Redesim.

Parágrafo único. Até que seja implementado o sistema de que trata o inciso III do caput deste artigo, os órgãos

integrantes da Redesim deverão:

I - promover entre si a unificação da atribuição de códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas–

Fiscal - CNAE–Fiscal aos estabelecimentos empresariais de uma mesma jurisdição, com a utilização dos instrumentos

de apoio à codificação disponibilizados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;

II - buscar condições para atualização permanente da codificação atribuída aos agentes econômicos registrados.

Art. 15. (VETADO).

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 16. O disposto no art. 7o desta Lei aplica-se a todos os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios competentes para o registro e a legalização de empresários e pessoas jurídicas, relativamente

aos seus atos constitutivos, de inscrição, alteração e baixa.

Art. 17. Os arts. 43 e 45 da Lei no 8.934, de 18 de novembro de 1994, passam a vigorar com as seguintes

alterações:

―Art. 43. Os pedidos de arquivamento constantes do art. 41 desta Lei serão decididos no prazo máximo de 5 (cinco)

dias úteis, contados do seu recebimento; e os pedidos constantes do art. 42 desta Lei serão decididos no prazo máximo

de 2 (dois) dias úteis, sob pena de ter-se como arquivados os atos respectivos, mediante provocação dos interessados,

sem prejuízo do exame das formalidades legais pela procuradoria.‖ (NR)

―Art. 45. O Pedido de Reconsideração terá por objeto obter a revisão de despachos singulares ou de Turmas que

formulem exigências para o deferimento do arquivamento e será apresentado no prazo para cumprimento da exigência

para apreciação pela autoridade recorrida em 3 (três) dias úteis ou 5 (cinco) dias úteis, respectivamente.‖ (NR)

Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 19. (VETADO).

Brasília, 3 de dezembro de 2007; 186o da Independência e 119

o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Guido Mantega

Miguel Jorge

Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.12.2007.

*

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Bibliografia

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BACKHOUSE, Roger E. The Penguin History of Economics. Penguin Books Ltd, UK, 2002.

COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial, 22ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

MARINS, James, BERTOLDI, Marcelo M.. Simples Nacional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.

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Disponível em:

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http://www.empresafacil.pr.gov.br/sobre-o-portal/ consultado em 27/03/2016.

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O SIMPLES NOS MUNICÍPIOS

Janete Probst Munhoz

CONCEITO, ATRIBUIÇÕES E FISCALIZAÇÃO DO SUPER SIMPLES

1. CONCEITOS

No Brasil, a conceituação de empresa ainda se depara-se com divergências conceituais e operacionais, fator

que dificulta um consenso entre os estudiosos e aumenta a dificuldade de muitos empresários e demais autarquias em

conceituar e definir, pois tanto conceito como legislação remetem ao enquadramento tributário.As empresas brasileiras,

sejam elas grandes, médias, pequenas e micro, ao se constituírem precisam optar pelo enquadramento em um regime

tributário adequado a sua realidade empresarial, ou seja, com base em seu faturamento e atividade são remetidos a um

tipo de regime tributário para poder pagar seus tributos.

A conceituação de empresa depara-se com divergências, tanto no aspecto jurídico quanto econômico com

relação ao consenso de sua definição.

O dicionário de contabilidade (2005, p.170) define empresa como "aziendas1 de fins lucrativos em que o

patrimônio recebe o nome de capital".

Já o dicionário de economia (2002, p.204) define como organização destinada a produção e ou

comercialização de bens e serviços tendo como objetivo o lucro. Em função o tipo de produção distinguem-se quatro

tipos: agrícolas, industrial, comercial e financeira, cada uma delas com um modo de funcionamento próprio como

independentemente da natureza do produto, a empresa define-se pelo seu estatuto jurídico podendo ser público, privada

ou de economia mista.

E na concepção jurídica, empresa significa uma atividade produtiva exercida pelo empresário, a qual na

definição de Requião (2005) poderia ser delineada como: a organização técnico-econômica que se propõe a produzir a combinação dos diversos elementos, natureza, trabalho e capital, bens ou serviços destinados à troca (venda), com

esperança de realização de lucros, correndo riscos por conta do empresário, isto é, daquele que reúne, coordena e dirige esses elementos sob sua responsabilidade"

1 Azienda significa fazenda em Italiano, termo este usado pelo autor por representar o fato de sua existência, ou seja, ela

tem formação própria e existem independentemente de sua constituição jurídica.

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Observa-se que apesar de todas relacionarem a questão lucro, cada definição tem suas peculiaridades ao

definir e conceituar empresa, pois contabilmente a personalização jurídica é que reflete na funcionalidade empresarial,

já em termos econômicos a definição e conceituação é muito mais abrangente, pois caracteriza não só sua definição em

termos de personalização, mais também em tipificação e classificação, fator que congrega também a personalidade

jurídica, diferindo-se da conceituação jurídica que remete a pessoa física do empresário total responsabilidade da

empresa, sendo para essa ciência, a empresa o objeto de direito, porque não se pode falar em personificação da

empresa.

1.1 Classificação das Empresas

Com base na legislação brasileira vigente, as empresas devidamente constituídas são classificadas em três

aspectos: aspecto econômico, aspecto administrativo e aspecto jurídico.

1.1.1 Aspecto Econômico

No aspecto econômico, as empresas classificam-se em três grandes grupos ou setores de atividade, as quais

segundo Neto (2000, p. 24) seriam as seguintes:

a. Setor primário, em que se relacionam as empresas cujas atividades se identificam diretamente com o cultivo e a

exploração do solo, com a finalidade de obter alimentos, matérias-primas e combustíveis.

B. Setor secundário, em que se relacionam as empresas de transformação, ou seja, as empresas industriais. Pela

utilização dos fatores de produção, essas empresas elaboram, por diversos processos, um produto diferente do original,

para posterior comercialização.

C. Setor terciário, em que se relacionam as atividades de comércio e de prestações de serviços. A empresa comercial

atua como intermediária entre o produtor e o consumidor, por meio da compra de mercadorias para revenda. Por outro

lado, a empresa de serviço atua na prestação de serviços por meio de pessoas e equipamentos.

1.1.2 Aspecto Administrativo

Já no aspecto administrativo, as empresas classificam-se em estatais, mistas e privadas.

a) A Empresa Estatal: Na conceituação do dicionário de economia, trata-se de uma "organização que se destina a

garantir a produção de bens e serviços fundamentais a coletividade", sendo o capital controlado totalmente pelo poder

público.

b) A Empresa Mista: é aquela cujo capital origina-se parte do setor público, parte do setor privado, independentemente

do controle que um ou outro setor possa deter.

c) Empresa Privada : organização pertencente a indivíduos e/ou grupos, cujo capital e administração são de total

responsabilidade da iniciativa particular. Seus objetivos, sua gestão e política de funcionamento são definidos pelo

empresário privado, sendo que a influência do Estado se concentra, basicamente, nos aspectos legais de funcionamento.

1.1.3 Aspecto jurídico

No aspecto jurídico, as sociedades comerciais podem ser classificadas em dois grandes grupos: empresa

individual e empresa societária.

1.1.3.1 Empresa individual

É aquela cujo capital pertence a uma só pessoa. Para Neto (2000, p. 26) "esse único dono será o responsável

por todos os resultados da empresa. Poderá apoderar-se de todos os lucros conseguidos; mas, por outro lado, dará seu

nome a todos os seus bens como garantia dos resultados adversos que possam vir a ocorrer".

1.1.3.2 Empresa societária

É a empresa cujo capital foi constituído por duas ou mais pessoas. Essa sociedade constituída por sócios,

tendo como principal objetivo a obtenção de lucros em suas atividades de intermediação de bens e serviços no mercado.

No Brasil, as sociedades obedecem basicamente à seguinte classificação:

a. Sociedade em Quotas de Participação

A sociedade por quotas de responsabilidade limitada foi institucionalizada no Brasil em 1919. Nessas

sociedades limitadas, o capital é representado por quotas e distribuído aos sócios de acordo com o aporte financeiro de

11

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cada um. A responsabilidade limitada de cada sócio irá até o valor de suas respectivas participações em quotas na

sociedade; deve-se considerar, para esse efeito que o capital da sociedade se encontre totalmente integralizado.

b. Sociedade em Comandita Simples

A sociedade em comandita simples é a entidade constituída por sócios que possuem responsabilidade

ilimitada e solidária.Segundo Rubens Requião (2000) "ocorre a sociedade em comandita simples quando duas ou mais

pessoas se associam, para fins comerciais, obrigando-se uns como sócios solidários, ilimitadamente responsáveis, e

sendo outros simples prestadores de capitais, com a responsabilidade limitada às suas contribuições de capital" . A

legislação vigente, a lei 10.406/02 é regida pelos artigos 1045 a 1047

Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas

físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo

valor de sua quota.

Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários.

Art. 1.046. Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da sociedade em nome coletivo, no que forem

compatíveis com as deste Capítulo.

Parágrafo único. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome coletivo.

Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não

pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às

responsabilidades de sócio comanditado.

Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e com poderes

especiais.

c. Sociedade em Comandita por Ações

Segundo o dicionário jurídico, " Trata-se de sociedade personificada em que o capital é dividido em ações,

respondendo os sócios ou acionistas, tão-somente, pelo valor das ações subscritas ou adquiridas, com responsabilidade

subsidiária, solidária e ilimitada dos diretores ou gerentes pelas obrigações sociais". No direito brasileiro as sociedades

em comanditas por ações estão regulamentadas pela Lei nº 6.404/76 e pelo Código Civil, lei 10.406/02, nos artigos

1.090 a 1.092.

Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à

sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação.

Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e

ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.

§ 1o Se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais.

§ 2o Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação de tempo, e somente poderão ser

destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social.

§ 3o O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois anos, responsável pelas obrigações sociais contraídas sob

sua administração.

Art. 1.092. A assembléia geral não pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial da sociedade,

prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures, ou partes beneficiárias.

d. Sociedade em Nome Coletivo

Na sociedade em nome coletivo, pode ser exercida atividade econômica, comercial e civil e todos os sócios

são pessoas físicas, podendo ser empresário individual ou não, e responsáveis solidários pelas obrigações sociais,

devidamente definidas nos art. 1039 a 1044 do Código civil.

Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios,

solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.

Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por

unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.

Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo

antecedente.

Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social.

Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites do

contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes.

Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do

devedor.

Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando:

I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;

II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no prazo de noventa

dias, contado da publicação do ato dilatório.

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Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária,

também pela declaração da falência.

e. Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada

Se entende por esta modalidade, aquela empresa que é constituída por duas ou mais pessoas e que se

responsabiliza de forma limitada a sua participação quotista, ou seja, pelo número de quotas integralizadas, podendo ser

melhor explicitada através da verificação de sua definição no código civil brasileiro, lei 10406/02, art. 1052 a 1059.

Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos

respondem solidariamente pela integralização do capital social.

Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.

Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade

anônima.

Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art. 997, e, se for o caso, a firma social.

Seção II

Das Quotas

Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.

§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de

cinco anos da data do registro da sociedade.

§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.

Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, caso em que se observará o

disposto no artigo seguinte.

§ 1o No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser exercidos pelo condômino

representante, ou pelo inventariante do espólio de sócio falecido.

§ 2o Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas

prestações necessárias à sua integralização.

Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio,

independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do

capital social.

Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo único do art.

1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.

Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e

seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que

houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas.

Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda que

autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital.

f. Sociedade Anônima.

A sociedade anônima é o tipo de empresa societária que mais se tem desenvolvido nos últimos anos. Seu

capital social é dividido em parcelas, as quais são representadas por valores mobiliários denominados ações. De acordo

com a lei 10406/02 sociedade anônima esta pautada na seguinte definição:

Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista

somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.

Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposições deste

Código.

A sociedade anônima é uma empresa de responsabilidade limitada; portanto não havendo a preocupação de se

identificar o acionista. A responsabilidade destes, reside na integralização efetiva das ações subscritas e, a partir desse

ponto, a quantia realizada pertencerá integralmente à empresa, que a lançará a crédito de seu patrimônio líquido.

Assim, verifica-se que a sociedade por quotas de responsabilidade limitada e a sociedade anônima são os

dois principais tipos de empresa societária. As demais sociedades não são muito comuns, estando, inclusive, algumas

delas, quase em desuso, fator que remete a importância de se conhecer as definições e/ou conceituações de empresa na

legislação brasileira, aplicável no momento de constituição e/ou alteração do contrato social, bem como no

enquadramento tributário de melhor custo beneficio a empresa, desde que o empresário assim o entenda.

1.2Conceito de micro e pequena empresa

Microempresa (ME) é a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário (individual) que, no ano-

calendário anterior, auferiu receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00.

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1.3 Conceito de Empresa de Pequeno Porte

Empresa de pequeno porte (EPP) é a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário (individual)

que, no ano-calendário anterior, auferiu receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.

1.4 Conceito de microempreendedor individual

De acordo com o Portal do empreendedor ―Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por

conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário

faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI

também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria‖.

2. Regimes Tributários

Toda empresa, seja ela industria, comércio ou de serviço precisa deter um enquadramento tributário, sendo este

o regime em que a empresa se adéqua para recolhimento de tributos. Para cada regime existe uma alíquota e uma base

de cálculo, dependendo do faturamento e da atividade empresarial.

2. 1 Tipos de enquadramento

Na legislação brasileira são quatro os enquadramentos tributários possíveis:

a) Micro empreendedor individual

O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno

empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano, não ter

participação em outra empresa como sócio ou titular, podendo ter um empregado contratado que receba o salário

mínimo ou o piso da categoria.

A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o Empreendedor Individual seja

enquadrado no Simples Nacional e fique isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL),

pagando apenas um valor fixo de 32,10 (trinta e dois reais e dez centavos) quando for comércio ou indústria e de R$

36,10 (trinta e seis reais e dez centavos) quando for prestação de serviço, sendo estes valores atualizados anualmente.

b) Simples nacional

De acordo com o ministério da fazenda " O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado

e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006" aplicável as micro e pequenas empresas. Já na

definição da Secretaria da Receita Federal (Brasil, 2007), o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e

Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES) é um regime tributário diferenciado,

simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, aplicável às Microempresas e às

Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007

O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação - DAS, dos

seguintes tributos:

Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);

Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS);

Contribuição para a Seguridade Social (quotas patronal);

Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

(ICMS);

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

Para determinação da alíquota, o empresário irá utilizar a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao

do período de apuração. Já o valor devido mensalmente será o resultante da aplicação da alíquota correspondente sobre

a receita bruta mensal auferida, a qual inicia-se em 4% indo ao teto máximo de 15% de carga tributária, conforme

anexos da lei complementar 123/06.

Ressalta-se que apesar do facilitador de um pagamento unificado e normalmente visto como o mais viável em

termos econômicos pela grande maioria dos empresários, existe no mercado algumas empresas que evitam transações

comerciais com empresas enquadradas no simples por não poder se creditar de ICMS, PIS e COFINS.

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c) Lucro Presumido

Neste tipo de regime tributário, o montante a ser tributado é determinado com base na receita bruta, através da

aplicação de alíquotas variáveis em função da atividade geradora da receita.

O Lucro Presumido como o próprio nome diz, trata-se de presumir o lucro, regime este que só é eficaz para

empresas que desconhecem seu faturamento, lucram mais de 30% do valor da receita ou que não se enquadram no

regime tributário de lucro real e do simples.

É importante frisar que como desvantagem, as empresas que optam por este regime não possuem a

possibilidade de se creditarem de PIS, COFINS, ICMS no sistema não cumulativo.

d) Lucro Real

Para Silva (2006, p.01) ―Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas das

legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação do

Imposto de Renda.‖

Estão obrigadas a optar pela tributação com base no Lucro Real as pessoas jurídicas que estiverem enquadradas

nas seguintes condições:

I – Que tenham receita total, no ano-calendário anterior, superior a R$ 48.000.000,00, ou proporcional ao número de

meses do período, quando inferior a 12 meses;

II – cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;

III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, inclusive

mediante balanço ou balancete de suspensão ou redução de imposto;

VI – cuja atividade seja de factoring.

Para as demais pessoas jurídicas, a tributação no lucro real é uma opção, pois a maior vantagem caracterizada

neste regime é que caso haja prejuízo, a empresa não será tributada em CSLL e IR. Também poderá utilizar-se dos

créditos de PIS e COFINS, porém como desvantagem existe um alto nível de exigência nos controles e na

contabilidade, pois algumas despesas não são consideradas como dedutíveis para o cálculo do lucro real.

3.SIMPLES NACIONAL

De acordo com o CGSN ―O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido,

previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 , e suas alterações, aplicável, a partir de 01.07.2007,

exclusivamente às microempresas e às empresas de pequeno porte que não incorrerem nas vedações estabelecidas na

legislação‖. O art. 12 da referida Lei Complementar define o Simples Nacional como um Regime Especial Unificado de

Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

O artigo 179 da Constituição Federal estabeleceu tratamento favorecido para as ME e EPP visando a incentivá-

las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou

redução destas por meio de lei. O dispositivo acima foi regulamentado, em nível da União, pelas seguintes Leis: Lei nº

9.317, de 05.12.1996, que tratou do aspecto tributário (criou o Simples); - Lei nº 9841/99, que tratou dos demais

aspectos (administrativos, previdenciários e creditícios).

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podiam também regulamentar, no seu âmbito, o dispositivo

Constitucional acima. Em 2003, foi aprovada a Emenda Constitucional nº 42, determinando:que as três esferas de

governo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) poderiam, por Lei Complementar, instituir um regime tributário

único destinado às ME e EPP (Simples Nacional).

A extinção, a partir da vigência do Simples Nacional, dos regimes especiais de tributação para as ME e EPP

próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Simbahia, Simples Mineiro, Simples Paulista,

Simples Paulistano etc) Posteriormente, foi editada a Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, que instituiu o Estatuto

Nacional da ME e da EPP, tratando de diversos aspectos, inclusive o tributário (Simples Nacional). O Simples Nacional

entrou em vigor no dia 01/07/2007.

3.1 Caracteristicas

Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É

administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro representantes da União, dois dos Estados e

do Distrito Federal e dois dos Municípios, nos termos do art. 2º da LCP nº 123/2006.

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3.2 Condições necessárias e suficientes para o ingresso no Simples Nacional:

a) Enquadra-se na definição de micro empresa ou empresa de pequeno porte;

b) Cumprir os requisitos previstos na legislação;

c) Formalizar a opção pelo simples nacional no prazo estabelecido

3.3. Principais características do Simples Nacional:

a) Ser facultativo;

b) Ser irretratavel para todo ano calendário;

c) Abranger os seguintes tributos: IRPJ, PIS, COFINS,IPI, CSLL, CPP, ISS e ICMS;

d) Disponibilizar às ME e às EPP sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido;

e) Recolher os tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação;

f) Apresentar declaração anual, única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais;

g) vencer no dia 20 do mês subsequente ao do período de apuração;

h) possibilitar aos Estados adotarem sublimites de EPP em função da respectiva participação no PIB .

O agendamento da opção, a opção, o cálculo, a exclusão por opção e obrigatória, consultas e outras funções

pertinentes, se fazem via Portal do Simples Nacional na internet, o que representa maior interatividade, facilidade e

acessibilidade

A disponibilização de todos os serviços na Internet atende o objetivo da Lei, que é simplificar, em todos os

aspectos, o cumprimento das obrigações tributárias pelo pequeno empreendedor.

3.4Objetivos

A Lei Complementar 123 é o resultado de ampla negociação entre a representação política do pequeno

empresariado e as três esferas de Governo. Ela implementa o disposto no art. 146, III, ―d‖ da Constituição Federal.

O termo ―Lei Geral‖ foi criado pelo Sebrae, sendo que a nomenclatura legal é ―Estatuto Nacional da ME e da

EPP‖. O termo ―Supersimples‖ foi criado pela imprensa, mas a nomenclatura legal é: Regime Especial Unificado de

Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples

Nacional.

Com a criação do Simples Nacional havia as expectativas, entre outras, de redução da informalidade, de uma

efetiva integração entre as administrações tributárias e de uma melhoria do ambiente de negócios no país que facilitasse

para pequeno empreendedor o desenvolvimento de seu negócio.

3.5 Abrangencia

Com o advento da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, todos os regimes que beneficiavam os micro e

pequenos empresários deixaram de existir. Os contribuintes que estavam naqueles regimes e que se enquadravam nos

requisitos da nova Lei e que optaram por esse novo regime passaram a usufruir os benefícios tributários do Simples

Nacional. Quem estava no Simples Federal migrou automaticamente, mas teve a opção de pedir para sair.

3.6 Demais Beneficios

A Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, abrange aspectos tributários e não tributários. O art. 3º define o

que é ME e EPP e os aspectos tributários estão tratados nos artigos 12 a 41. No art. 17 estão arroladas as hipóteses de

vedações ao ingresso, com as respectivas exceções.

O fato de estar ou não no regime simplificado, para essas empresas, e desde que não estejam vedadas ou impedidas, é

OPCIONAL. Já os demais benefícios são extensivos a todas as empresas que ficaram abaixo daquele limite de

faturamento. São direitos relativos a licitações, financiamentos, e programas de incentivos.

3.7 Quem pode aderir ao Simples?

As Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que não incorram em nenhuma das vedações

previstas na Lei Complementar nº 123, de 2006 e suas alterações.

3.7.1O que se considera como microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP) para efeitos do Simples

Nacional?

Até 31/12/2011, considera-se ME, para efeito do Simples Nacional, a sociedade empresária, a sociedade

simples e o empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e

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quarenta mil reais). Considera-se EPP, para efeito do Simples Nacional, a sociedade empresária, a sociedade simples e o

empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais)

e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

A partir de janeiro de 2012 considera-se ME, para efeito do Simples Nacional, a sociedade empresária, a

sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-

calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).

Considera-se EPP, para efeito do Simples Nacional, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa

individual de responsabilidade limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$

360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

A partir de 2012 houve um limite extra para exportação de mercadorias no valor de R$ 3.600.000,00 (três

milhões e seiscentos mil reais). Dessa forma, a EPP poderá auferir receita bruta até R$ 7.200.000,00 (sete milhões e

duzentos mil reais), desde que não extrapole, no mercado interno ou em exportação de mercadorias, o limite de R$

3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

Para a pessoa jurídica que iniciar atividade no próprio ano-calendário da opção, os limites para a ME e para a

EPP serão proporcionais ao número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-

calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

Até 31/12/2011, os limites proporcionais de ME e de EPP serão, respectivamente, de R$ 20.000,00 e de R$

200.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-

calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

A partir de 01/01/2012, os limites proporcionais de ME e de EPP serão, respectivamente, de R$ 30.000,00 e de

R$ 300.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo

ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

A partir de 2012, o limite extra para exportação de mercadorias também se aplica ao limite proporcional para a

empresa em início de atividade.

3.7.2 Quais as atividades de prestação de serviços exercidas pelas microempresas (ME) e empresas de pequeno

porte (EPP) que não impedem a sua opção pelo Simples Nacional?

Podem optar pelo Simples Nacional as ME e as EPP que se dediquem à prestação de serviços não listados na

Pergunta 2.2, bem como as que exerçam as atividades abaixo, desde que não as exerçam em conjunto com outras

atividades impeditivas (lista atualizada em função da Lei Complementar nº 128, de 2008 e lei 147/2014 ).

3.7.3 novas atividades inseridas pela lei 147/2014

De acordo com o § 5o-I da lei complementar 147/2014 as atividades abaixo passam a ser contempladas pela

possibilidade da adesão ao super simples.

I - medicina, inclusive laboratorial e enfermagem;

II - medicina veterinária;

III - odontologia;

IV - psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de

vacinação e bancos de leite;

V - serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação;

VI - arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e

tecnológicas, pesquisa,design, desenho e agronomia;

VII - representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros;

VIII - perícia, leilão e avaliação;

IX - auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração;

X - jornalismo e publicidade;

XI - agenciamento, exceto de mão de obra;

XII - outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício

de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão

regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V desta Lei Complementar.

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3.8 Como Realizar A Exclusão

A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou mediante comunicação da própria ME ou EPP.Será feita

mediante comunicação da ME ou da EPP quando a mesma, espontaneamente, desejar deixar de ser optante pelo Simples

Nacional (exclusão por comunicação opcional).

Deverá ser feita pela ME ou a EPP, mediante comunicação obrigatória, quando tiver ultrapassado o limite de

receita bruta anual ou o limite proporcional no ano de início de atividade ou, ainda, tiver incorrido em alguma outra

situação de vedação (exclusão por comunicação obrigatória).

Será efetuada de ofício quando verificada a falta de comunicação obrigatória ou quando verificada a ocorrência

de alguma ação ou omissão que constitua motivo específico para exclusão de ofício. A competência para excluir de

ofício ME ou EPP do Simples Nacional é da RFB e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito

Federal, segundo a localização do estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência

tributária municipal, a competência será também do respectivo Município.

3.9 A Base De Cálculo E Aliquota

Resumidamente, o valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples Nacional é determinado

mediante aplicação das tabelas dos anexos da Lei Complementar nº 123, de 2006.Para efeito de determinação da

alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração

(RBT12). Já o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela ME ou EPP, será o resultante da aplicação da alíquota

correspondente sobre a receita bruta mensal auferida (regime de competência) ou recebida (regime de caixa), conforme

opção feita pelo contribuinte.

3.10 as alterações da legislação municipal

O municipio previsa estar devidamente atento as alterações, de modo espacial aquelas que emanan a

necessidade de sancionamento em âmbito municipal, porém não podendo ficar desenformado das alterações do Simples,

uma vez que essas implicam diretamente no âmbito das receitas do ISSQn do Município.

Além disso Estados e Municípios, no âmbito de suas respectivas competências, poderão, independentemente da

receita bruta auferida no mês pelo contribuinte, adotar valores fixos mensais, inclusive por meio de regime de estimativa

fiscal ou arbitramento, para o recolhimento do ICMS e do ISS devido por Microempresa (ME) que aufira receita bruta,

no ano-calendário anterior, de até R$ 120.000,00, ficando a ME sujeita a esses valores durante todo o ano-calendário.

4. Fiscalziação do Simples Nacional

Como regra geral, a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, estabelece que o ISSQN deve ser

calculado aplicando uma determinada alíquota sobre a respectiva base de cálculo do imposto. A lei 123/06 em seu anexo

V prevê a aliquota com base no faturamento empresarial, portanto necessitando de um acompanhamento assiduo do

agente fiscalizador.

4.1 . Fiscalização Sobre Os Prestadores De Serviço

O Municipio tem de acordo com a lei 101/00 a obrigação de fiscalizar, pois sua inibição pode acarretar processo

de improbidade, uma vez que fere o art. 14 da lei, ou seja, renuncia de receita. Porém deve atentar para alguns itens

fundamentais (modelo anexo):

a) Uma empresa só pode ser fiscalizada por um fiscal, concursado para tal fim;

b) O processo fiscal deve cumprir rigorosamente todas as etapas: intimação, declaração de recebimento de documento,

abertura de processo de fiscalização, levantamento fiscal, lançamento da notificação prévia, declaração de devolução de

documento, encerramento de licitação.

c) No regime simplificado deverá verificar no site o recolhimento efetivo, podendo sim requerer a apresentação das

DAS devidamente pagas.

Primeiramente, o auditor fiscal deve conhecer a legislação de ISSQN na integra, ou seja, não apenas o Código

Tributário Municipal, mais sim todas suas alterações e leis que interferem diretamente ou indiretamente a este

instrumento de ação, tanto no âmbito municipal, como Estadual e Federal. Realizar uma auditoria sem deter

conhecimento da legislação é um grande erro, pois as empresas evoluíram muito e a grande maioria detém

conhecimento assíduo da legislação para seu efetivo cumprimento.

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4.1.1. Como Desempenhar a função do Fiscal Tributário

Cada Fiscal tem um método de auditagem, mas, às guisa de exemplo, vamos apresentar um modelos utilizados

quando se trata de fiscalizar o ISS no regime simplificado.

Documentos básicos imprescindíveis ao dispor do Fiscal:

a. Notas Fiscais;

b. Livro de Apuração do ISS;

c. Livro Diário/ Razão.

d. Demonstrativo do DAS

e. Guias de recolhimento DAS

f. Outros documentos que entenda importante na fiscalização

Normalmente os Fiscais dos municípios apesar de possuírem relatórios automatizados dos recolhimentos

mensais de ISS são obrigados a solicitar também a apresentação dos comprovantes originais de pagamento do imposto,

tendo, assim, um outro trabalho de conferir os documentos, observando e confrontando os valores com o Livro de

Apuração do ISS, conferindo as datas de pagamento e as chancelas bancárias de quitação.

De posse dos documentos acima relacionados, o Fiscal pode iniciar o trabalho analisando e somando, uma por

uma, as notas fiscais emitidas pelo contribuinte. Ao fechar cada mês, confronta os valores da receita e do imposto com o

Livro de Apuração do ISS, conferindo também a receita e a despesa respectiva do Livro Diário. Recomenda-se digitar

os valores em uma planilha informatizada (Excel, por exemplo).

As divergências de valores, entre o lançamento do contribuinte e o constatado pelo Fiscal, serão lançados na

planilha que, automaticamente, calculará a diferença da receita, do imposto, as penalidades e a diferença total a pagar.

Se o Fiscal não possuir tal planilha (fácil de montar), será obrigado a fazer manualmente todos os cálculos.

O Livro Diário traz, além dos valores de receita e do ISS pago no mês, mais uma fonte importante de

informações. O Fiscal deve verificar o comportamento da caixa da empresa, analisando as despesas em relação às

receitas. Caixa no vermelho, ou despesas correntes com marcantes oscilações mensais, podem ser indícios de

subfaturamento, ou de existência de sonegação. A despesa de Pessoal, por exemplo, segue uma normalidade sem

grandes oscilações, anão ser, evidentemente, em situações especiais e facilmente explicadas. Se de um mês para o outro,

ela sofre uma redução substancial, pode ser indício de manipulação com o intuito de evitar contabilmente o chamado

caixa estourado. E caixa estourado é sempre um alerta de subfaturamento ou caixa dois. Bom lembrar que o Fiscal tem

todo o direito de requerer a apresentação de outros documentos, como a Folha de Pagamentos de Pessoal, ou o RAIS.

Através do Relatório de Autorizações de Emissão de Documentos Fiscais, o Fiscal pode acompanhar as

numerações das notas fiscais vis-à-vis as autorizadas. Uma das maiores dificuldades encontradas na auditagem diz

respeito à constatação das chamadas notas frias, ou notas fantasmas. Alguns empresários, infelizmente, ainda praticam

esse tipo de sonegação, imprimindo notas com a mesma numeração das autenticadas, ou simplesmente, mandando

imprimir talões de numeração aleatória. O crime quando bem praticado, torna-se difícil de ser descoberto. Uma pista é o

indício do caixa estourado, como já foi dito. Outra maneira é de acompanhar o comportamento de serviços realizados

para os principais clientes do contribuinte. Se um forte cliente usual ―desaparece‖ dos registros por período e depois

reaparece, pode significar que, pelo menos, algo estranho estaria acontecendo. Mesmo não sendo contribuinte de ISS, o

Fiscal pode visitar esse cliente e intimá-lo a apresentar as notas de serviços que mandou realizar pela prestadora de

serviços fiscalizada. Da mesma forma, é possível descobrir casos de ―notas calçadas‖, ou seja, notas cujas cópias do

talonário não conferem com as primeiras vias entregues aos clientes.

Alguns municípios exigem em seus regulamentos fiscais a presença do canhoto da nota fiscal anexada na cópia

do talonário. Somos de opinião que tal exigência deva ser feita somente nos casos de Nota Fiscal para pessoas jurídicas,

tamanho ofício, não tendo utilidade para notas de balcão ou varejo. Aliás, acreditamos que a guarda de canhotos serve

mais para o controle gerencial da firma, como prova de que o serviço foi prestado, no caso de alguma discussão futura

com o cliente.

Em relação aos formatos de notas fiscais, cada município estabelece seus critérios, criando modelos e séries.

Sobre o assunto, o importante seria simplificar os modelos, criando tamanhos que pudessem até reduzir o custo de

impressão, usando os critérios de corte de papel pelas gráficas. Muitos municípios acabam adaptando modelos

instituídos pelo Governo do Estado, determinando modelos e séries inadequados aos nossos propósitos.

O fiscal deverá cumprir todas as formalidades exigidas pela legislação (termo de abertura, termo de

encerramento, autenticação, bom estado de conservação, escrita atualizada etc.).

Um fato curioso: o Fisco em geral exige no momento da autenticação a lavratura do termo de abertura e de

arrecadamento ao mesmo tempo. O ideal seria autenticar com o termo de abertura do novo livro e, neste momento,

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autenticar o encerramento do anterior, estabelecendo, assim, uma forma melhor de compatibilizar as datas de

lançamento do tributo com a data inicial do livro, além de ser um bom momento para verificar o cumprimento das

formalidades no livro que se encerra.

Livro de Registro de Autorização de Impressão de Documentos Fiscais e Termo de Ocorrência: verificar se o

contribuinte cumpriu as formalidades exigidas pela legislação (termo de abertura, termo de encerramento, autenticação,

bom estado de conservação, escrita atualizada etc.).

Neste livro, o Fiscal lavrará o termo de início da fiscalização. Ao final da fiscalização, lavrará o termo de

encerramento, uma síntese do resultado e, se for o caso, a relação dos autos de infração lavrados.

Muitos supervisores exigem de seus Fiscais um relatórios final da fiscalização, no qual é descrito o

procedimento adotado, qualquer dificuldade encontrada, uma visão da qualidade e do estado de conservação dos

documentos, descrição das penalidade aplicadas e valor total apurado, de principal e de acessórios. Trata-se de um

documento de grande importância, pautada no grau de responsabilidade do Fiscal e da ação empreendida, tornando-se

parte integrante do processo administrativo fiscal. Uma boa medida é dotar o Fisco de um padrão de relatório,

enquadrado em modelo, evitando, assim, que cada Fiscal aplique o seu estilo próprio.

Importante ressaltar que o processo administrativo da fiscalização poderá ser alvo de exame posterior, por parte

de procuradores do contribuinte para fins de reclamação administrativa ou recurso judicial. Um dos motivos, portanto,

da importância da qualidade formal e impessoal do relatório.

4.2 O Auto de Infração.

São características básicas do auto de infração:

A lavratura do auto é de exclusiva responsabilidade do Fiscal responsável pela fiscalização, não sendo

permitida a transferência da responsabilidade para outrem, a não ser que expressamente autorizada no processo

administrativo e por motivos perfeitamente justificáveis (ausência por motivo de doença, por exemplo).

O preenchimento tem de ser completo, em todos os espaços pertinentes, de forma legível, sem ressalvas e rasuras.

A descrição da infração deve ser clara, relatando a falta cometida e a fonte de onde foram extraídos os valores

decorrentes.

o Mencionar claramente a capitulação da legislação que deu origem à infração.

Mencionar claramente a capitulação da legislação que deu origem ao valor da penalidade.

A assinatura de recebimento deverá ser exclusivamente do representante oficial ou legal do contribuinte, devendo-se

evitar a assinatura de empregados subalternos se representatividade.

Os autos de infração deverão ser preenchidos previamente, datando-se no momento da entrega. Eles poderão ser

apresentados na sede do contribuinte ou na repartição fiscal, após a devolução dos documentos aprendidos ou retidos.

Finalmente, não esquecer os cuidados na devolução dos documentos. Na presença do contribuinte, conferir a

entrega com o recibo de apreensão, item por item, fazendo ao final o contribuinte passar recibo do material devolvido.

4.3 Levantamento por arbitramento e/ou Levantamento por estimativa

Situações que submetem a arbitramento fiscal:a)extração de vias de notas fiscais;b) vias de notas fiscais em

branco, em que se note ausência de alguma das vias;c)extravio de notas fiscais, livros contábeis e fiscais e outros

documentos fiscais relacionados com o fato gerador do ISSQN; d) roubo de notas fiscais, livros contábeis e fiscais e

outros documentos fiscais relacionados com o fato gerador do ISSQN; f)perdas ou danos causados por sinistros de notas

fiscais, livros contábeis e fiscais e outros documentos fiscais relacionados com o fato gerador do ISSQN; g)rasuras, ou

imperfeições na discriminação dos dados em livros contábeis, fiscais, notas fiscais ou outros documentos relacionados

com o fato gerador do ISSQN; h) outros casos não previstos e que prejudiquem a apuração do preço do serviço relativo

ao ISSQN.

4.3.1 Forma de calculo:

Os valores apurados, de 30% (trinta por cento) a título de margem de lucro. Normalmente se utiliza a média

aritmética simples das notas fiscais de até 03 (três) exercícios imediatamente anteriores ao ocorrido, de forma que se

aproxime o mais próximo do real, nas situações previstas neste artigo nas alíneas ―c‖, ―d‖ , ―f‖ e ―g‖ e/ou Será utiliza o

valor da maior nota fiscal emitida durante o período fiscalizado, nos casos referentes às alíneas ―a‖ e ―b‖. Ainda ressalta

que para fins desta modalidade consideram-se outros documentos, qualquer meio de prova que evidencie o preço do

serviço cobrado pela empresa por seus serviços.

Em caso de falta de documentos para apuração, tais como Livros contábeis e/ou documentos fiscais, poderão

ser utilizados os dados apurados no estabelecimento prestador, bem como das informações colhidas junto aos sócios,

administradores e/ou empregados, denominados abaixo sujeito passivo.Consideram-se informações do sujeito passivo

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os seguintes elementos:a)o valor da folha de pagamento e encargos sociais por ela gerados;b)pró-labore do(s)

sócio(s);c)aluguel mensal do imóvel; se próprio, até 2% (dois por cento) mensal do valor do imóvel;d)aluguel mensal de

máquinas e equipamentos; se próprios, até 2% (dois por cento) do valor dos mesmos;e)água e esgoto, energia elétrica e

telefone;f)materiais necessários ao desempenho da atividade;g) outras despesas e custos não mencionados. Ainda é

considerado um acréscimo sobre

A diferença entre arbitramento e estimativa, é que na estimativa é um processo de projeção e o de arbitramento

de arbitrar.

4.4 Issqn Simples e Sua Particularidade Na Fiscalização

As empresas recolhem diretamente para a Federal, devendo o município acompanhar o recolhimento destas,

para saber se está havendo recolhimento cabível e devido; Para fiscalizar a empresa o documento requerido deverá ser o

DAS – Demonstrativo de Arrecadação do Simples. Cabe ao município, no caso a fiscalização a opção de desenquadrar a

empresa que não está cumprindo com seus deveres no âmbito municipal;

4.4.1 Obrigações acessórias

A partir de 01/01/2012, as empresas deverão declarar mensalmente os valores relativos a tributos abrangidos

pelo Simples Nacional mediante o aplicativo de cálculo PGDAS-D, ficando as demais informações socioeconômicas e

fiscais exigíveis anualmente por meio da DEFIS.

De acordo com a s instruções da receiita federal pautado na legislação, as ME e EPP optantes pelo Simples

Nacional deverão adotar para os registros e controles das operações e prestações por elas realizadas, os seguintes livros:

Livro Caixa, escriturado por estabelecimento, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira e

bancária (podendo ser dispensado no caso de empresas que possuam livro Razão e Diário, devidamente escriturados);

Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término de cada ano-

calendário, quando contribuinte do ICMS;

Livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, destinado à escrituração dos documentos fiscais relativos às entradas

de mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de transporte e de comunicação efetuadas a qualquer título pelo

estabelecimento, quando contribuinte do ICMS;

Livro Registro dos Serviços Prestados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços prestados

sujeitos ao ISS, quando contribuinte do ISS (O município poderá, a seu critério, substituir os Livros por Declaração

Eletrônica dos serviços prestados);

Livro Registro de Serviços Tomados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços tomados

sujeitos ao ISS (O município poderá, a seu critério, substituir os Livros por Declaração Eletrônica dos serviços

tomados);

Livro de Registro de Entrada e Saída de Selo de Controle, caso exigível pela legislação do Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI);

Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, pelo estabelecimento gráfico para registro dos impressos que

confeccionar para terceiros ou para uso próprio;

Livros específicos pelos contribuintes que comercializem combustíveis;

Livro Registro de Veículos, por todas as pessoas que interfiram habitualmente no processo de intermediação de

veículos, inclusive como simples depositários ou expositores.

A normatização de documentos fiscais relativos ao ICMS é de responsabilidade dos Estados.De acordo com

normas do CONFAZ, estão obrigadas a emissão de NF-e as ME e EPP que se enquadrem nos critérios estabelecidos

pelos Protocolos ICMS de nº 10/2007 e 42/2009, bem como suas alterações. O MEI não poderá ser obrigado à emissão

da NF-e, podendo vir a fazê-lo caso tenha interesse e haja previsão na legislação estadual.

A normatização de documentos fiscais relativos ao ISS é de responsabilidade dos Municípios.

Desta forma, nos municípios em que for instituída a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), a ME ou a

EPP deverá observar o tratamento conferido aos optantes pelo Simples Nacional pela legislação correlata de cada um

deles.O MEI não poderá ser obrigado à emissão da NFS-e, podendo vir a fazê-lo caso tenha interesse e haja previsão na

legislação municipal.

4.5 O MEI no Simples Nacional

O microempreendedor individual fique dispensado das obrigações fiscais acessórias previstas na legislação, é

preciso que ele faça sua opção no Simples Nacional. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no

Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a

emissão de notas fiscais.

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Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de

Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 37,20 (comércio ou indústria), R$

41,20 (prestação de serviços) ou R$ 42,20 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou

ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.

4.5.1 A residência como local do estabelecimento comercial

O decreto paulista traz uma grande novidade ao permitir que as MPEs e, por conseguinte, o microempreendedor

individual, possam exercer suas atividades econômicas na residência, desde que a atividade não apresente alto grau de

risco, conforme a ser definido em regulamentação.

4.5.2 Implantação dos benefícios

O município deverá retificar tal lei no âmbito municipal para favorecer na integra os direitos destes.

5 FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA DO ISSQN

A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de

documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita

Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo

contribuinte. Este arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao ambiente Sped. Assim para

que o municipio possa fiscalizar deverá deter o certificado digital e o convênio com a Receita Federal cfe instrução

normativa no site da receita federal.

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

REFERÊNCIAS:

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 5 ed. São Paulo, Atlas, 2000.

BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. São Paulo, Manole, 2004.

BRASIL, Secretaria da Receita Federal. Lei Complementar n° 123, de 14 de Dezembro de 2006. Disponível em:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm> Acesso em: 04 de Outubro de

2013.

____________, http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual, acessado em 01/10/2014.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 10 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

JUSBRASIL. Disponível em: www.jusbrasil.com.br - acessado em 04/10/2012. 13hrs

REQUIÃO, Rubens. Conceito de Empresa. Disponível em http:/

www.direitonret.com.br/resumos/exibir/843/Conceito-de-empresa, acessado no dia 03/10/2012 às 15hrs

RUSSOMANO, Celso. Código Civil Brasileiro, lei 10.406., São Paulo, Editora Escala, 2003.

SÁ, Antonio Lopes de. SÁ, Ana Maria Lopes de. Dicionário de Contabilidade. 10 ed. rev. e ampl. São Paulo, Atlas,

2005.

SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. 10 ed. São Paulo, Editora Best Seller, 2002.

SEBRAE, As Pequenas Empresas do Simples Nacional, 2010

http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/9BB59A59F0E2E04583257957004777CE/$File/NT000470DE.pdf,

acessado em 04/10/12 as 17hs.

SILVA, J. Miguel; RODRIGUES, Agostinho Inácio. LALUR – Guia Prático de Escrituração

do Livro de Apuração do Lucro Real 2006. 4. ed. São Paulo, Cenofisco, 2006.

SILVA, Maurício alvarez da. Manual básico de tributação "Manual do aprendiz tributário. 1 ed., Portal tributário

editora Ltda., 2012.

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

OPERACIONALIDADE DAS TAXAS MUNICIPAIS

Janete Probst Munhoz

1) CONCEITO DE TAXA

Pode ser definida como uma prestação pecuniária exigida pelo Estado, em virtude da lei, pela realização de uma

atividade que afeta diretamente o obrigado.É o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia

ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua

disposição. É incluído na categoria dos tributos vinculados a uma ação estatal.

Importante descatar aqui é a VINCULAÇÃO A UMA AÇÃO ESTATAL.

As Taxas Tributárias são presumem que o Estado não está inerte para aquela prestação de serviço pública.

Diferente do que acontece com os Impostos e Contribuições, as Taxas tem como pressuposto uma Ação vinculada do

Estado especificamente e com divisibilidade sobre aquele valor cobrado.Assim, esse valor não pode ser arbitrário, sob

pena da desconstituição da taxa. Deve ser calculado com base nos gastos efetivos do Ente Público para realização do

2) ESPÉCIES DE TAXA

Conforme o Código Tributário Nacional, observa-se as seguintes normas tributárias conceituais sobre as taxa:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas

respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou

potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a impôsto nem ser

calculada em função do capital das emprêsas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 30.1.1967)

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,

interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à

segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades

econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à

propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966) Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos

limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como

discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

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Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade

administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades

públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da

União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as

Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível,

competem a cada uma dessas pessoas de direito público.

São divididas em Taxa de Serviço Público e Taxa de Polícia.

2.1) TAXA DE SERVIÇO PÚBLICO

O fato gerador da cobrança de uma taxa é o serviço público específico e divisível, efetivamente prestado ao

contribuinte ou posto à sua disposição, desde que sua utilização seja compulsória. Deve ser específico e divisível.

O Serviço público é específico quando pode ser destacado em unidade autônoma de intervenção, de utilidade ou

de necessidade públicas. Por sua vez, o Serviço público é divisível quando for suscetível de utilização, separadamente,

por cada um de seus usuários.

Como exemplos, citamos as taxas de expedientes, taxa de Uso do Cemitério e demais taxas que configuram

como serviço público que não existe Poder de Polícia.

2.2)TAXA DE PODER DE POLÍCIA

Tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia.

O Poder de polícia pode ser conceituado como atividade da administração pública, que limitando ou

disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público

concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de

atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao

respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

É Regular quando o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites

da lei aplicável, com observância do processo legal, sem abuso ou desvio do poder.

Como exemplo citamos as Emissão de licenças, autorizações e alvarás.

COMPETÊNCIA MATERIAL MUNICIPAL DE INSTITUIÇÃO DE TAXAS

Observa-se nesse momento a necessidade de delimitação da Competência Material de Instituição de Taxas.

Entende-se a Competência Material Municipal de Instituição de Taxas como a competência de matéria que os

Municípios tem para instituir as taxas dentro de seu território. A preocupação legalno conceito de taxas deve ser

constante dentro dos Municípios.

Não se pode pensar e legislar dentro de outra competência material, desrespeitando a Constituição Federal e a

Constituições Estaduais, tornando as leis inconstitucionalis e dignas de impugnação judicial.

Apesar de existir a afirmação de que a competência tributária para a instituição das taxas é comum entre União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, a competência administrativa para realização dessas atividades acaba por definir

o ente estatal, definindo assim sua competência material para a instituição.

É nesse sentido que cita ALDEMARIO ARAUJO CASTRO, em Primeiras Linhas de Direito Tributário , 6a

edição. 2013:

―Costuma-se afirmar que a competência tributária para criação de taxas é comum aos vários entes estatais (União,

Estados, Distrito Federal e Municípios). Não se perca de vista que a competência administrativa para realizar a atividade

estatal pertinente (prestação de serviço público específico e divisível ou exercício do poder de polícia) define o ente

estatal competente para criar a taxa específica. Assim, a taxa para emissão de passaporte somente pode ser exigida pela

União porque é desse ente estatal a competência administrativa para a prestação do serviço público‖.

Dentro da Competência comum entre União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cita-se o artigo

23 da Constituição Federal:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

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Curso: Tributação Simples – RedeSim – Taxas – 1 e 2 de Junho de 2016 /Curitiba-PR

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e

os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

No mesmo sentido, dentro da Competência Concorrente entre os Entes Públicos citados acima, todos podem

livremente instituir taxas que dizem respeito a SERVIÇOS PÚBLICOS EFETIVOS OU POTENCIALMENTE

EFETIVOS dentro desse âmbito, tendo a União a legisladora de normas gerais:

Assim, dentro da Competência Comum entre os Entes Públicos citados acima, todos podem livremente instituir

taxas que dizem respeito a SERVIÇOS PÚBLICOS EFETIVOS OU POTENCIALMENTE EFETIVOS dentro desse

âmbito.

Portanto, observa-se que os Municípios somente podem instituir TAXA dentro da competência comum,

concorrente e de sua competência específica, não podendo legislar sobre competência administrativa de outros Entes.

3) DIFERENÇA ENTRE TARIFA, PREÇO PÚBLICO E TAXA

Importante noção que deve ser ressaltada nesse momento é a diferença entre tarifa, preço público e taxa.

A Taxa, é o tributo a ser pago, em razão do exercício de poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou

potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

Cita Carrazza sobre as taxas:

Roque Antonio Carrazza, Curso de Direito Constitucional Tributário, 19 ª ed., p. 486.

―(...) ao contrário do que acontece com os impostos, as pessoas políticas não podem criar taxas com o fito exclusivo de

carrear dinheiro para os cofres públicos. Além disso, na medida em que o pagamento das taxas está vinculado à

prestação de um dado serviço público ou à prática de um determinado ato de polícia, elas devem estar voltadas a seu

custeio, e não de outros serviços ou atos de polícia, que não alcançam o contribuinte (ou que a ele não estão

disponibilizados, no caso dos serviços públicos). Ainda dentro desta linha de raciocínio, não é dado ao Poder Público

manipular abusivamente os serviços públicos ou as diligências que levam ao exercício do poder de polícia, só para

incrementar receitas‖.

Doutrinariamente, a taxa é classificada sendo um tributo vinculado, em razão do fato gerador estar ligado a uma

prestação estatal direta e pessoal, sendo que por ser compulsória, existindo sua efetiva utilização do serviço, basta

unicamente a sua oferta ao público.

As taxas, sendo tributos, se submetem aos limites constitucionais tributários, sendo princípio da anterioridade,

princípio da legalidade e princípio da irretroatividade e da economicidade entre outros.

Por sua vez, no Preço Público e a tarifa, o usuário paga por utilizar um serviço público divisível e específico,

regido pelo regime contratual de direito público.

A diferença entre eles é o fato de que o Preço Público é receita do Estado e a tarifa é receita do particular.

A doutrina, por sua vez, tem se debruçado na diferenciação entre as diferenças colocando alguns critérios

objetivos para tanto.

1 - Súmula 545 do STF

Na Súmula 545 do STF observa-se:

―PREÇOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS E TAXAS NÃO SE CONFUNDEM, PORQUE ESTAS, DIFERENTEMENTE

DAQUELES, SÃO COMPULSÓRIAS E TÊM SUA COBRANÇA CONDICIONADA À PRÉVIA AUTORIZAÇÃO

ORÇAMENTÁRIA, EM RELAÇÃO À LEI QUE AS INSTITUIU. ―

O que se retira dessa Súmula é a diferença que as taxas somente podem ser cobrados no primeiro dia do ano

posterior de sua instituição e aumento, diferente dos preços públicos e tarifas que podem ser majorados por decreto e

cobrados a partir da sua publicação.

A taxa decorre diretamente da lei, sendo o preço e a tarifa fixados em contrato.

As taxas de serviços podem ser cobradas em razão da disponibilidade potencial, pois decorrem do poder de

império do Estado, sendo, portanto, compulsórias. Os preços públicos e tarifas podem ser cobrados pela prestação

efetiva do serviço, pois situam no campo contratual e ninguÈm pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer sen„o em

virtude da lei.

Assim, observa-se que somente os serviços efetivamente prestados podem ser delegados como preço público e

tarifa, ficando excluidos os potencialmente colocados em prática e o de PODER DE POLÍCIA.

O Ministro Moreira Alves em palestra dada X Simposio Nacional de Direito Tribut·rio, realizado em São Paulo

em 19.10.85 definia que: :

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―a)- os serviços públicos propriamente estatais, em cuja prestação, o Estado atue no exercÌcio de sua soberania. São

serviços indelegáveis, porque somente o Estado pode prestar. São remunerados por taxa,

b)- os serviços públicos essenciais ao interesse público: são serviços prestados no interesse da comunidade, e por isto,

são remunerados por taxa tambÈm;

c)- serviços públicos não essenciais, que não usados, não resulta prejuÌzo para o interesse público ou para a comunidade.

São serviços públicos delegáveis, que podem ser remunerados por preço público, como: serviços postais, distribuição de

energia elÈtrica, de g·s‖.

Nesse sentido, afirma RODRIGO COSTA BARBOSA, no artigo ―TAXA, PREÇO PÚBLICO E TARIFA:

DISTINÇÃO E APLICABILIDADE PRÁTICA, http://www.juspodivm.com.br/i/a/%7BA359D605-2221-45F9-A18E-

B6DB73DE6B68%7D_7.pdf, afirma:

―Logo, quando for serviço público especÌfico e divisÌvel indelegável em face de sua natureza, o regime deve

exclusivamente tributário. Se for serviço público divisÌvel e especÌfico não essencial ou delegável, caso seja prestado

pelo Estado, este poder, por conveniÍncia ou interesse público, adotar o regime tributário ou contratual de direito

público, utilizando a taxa ou preço público. Finalmente, se o serviço público divisível e específico for delegado a

terceiro, o regime ser·contratual de direito público, utilizando-se da tarifa, que é receita do próprio particular‖.

Cita-se LEONARDO AVELINO DUARTE nesse sentido,

http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/43852/diferencas-constitucionais-entre-as-taxas-tarifas-e-

precos#ixzz3Etwu4DDP :

1) taxa, como espécie de tributo que é, jamais pode admitir a possibilidade de lucro, existindo o Direito Tributário para

proporcionar segurança jurídica ao administrado; é, portanto, prestação compulsória; 2) preço público é gênero dentro

ao qual se encartam tanto tarifa como preço público em sentido estrito, é cobrado quando o particular exerce tarefa

mediante autorização ou delegação, é delegação; é-lhe ínsita a ideia de possibilidade de lucro; 3) a tarifa é espécie de

preço público, cobrada nos casos de delegação, só pode ser majorada com autorização do poder delegante, e é regida

pelo princípio da modicidade do valor, apesar de também ser-lhe possível – e necessário até, para que a delegação tenha

valor para o delegado da atividade – a intenção, com a sua cobrança, do lucro; 4) preço público em sentido estrito é

espécie de preço público, cobrada nos casos de autorização de serviço ou atividade, seu regime jurídico é diferente do

das tarifas pelo fato de não estar adstrito ao princípio da modicidade do preço cobrado, nem da necessidade de

permissão do poder autorizador para o aumento de seu valor nominal‖.

E conclui o mesmo LEONARDO AVELINO DUARTE nesse sentido,

http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/43852/diferencas-constitucionais-entre-as-taxas-tarifas-e-

precos#ixzz3Etwu4DDP:

Nesse sentido, encerra-se a diferença levantada entre taxas, tarifas e preço público.

4 – CARACTERÍSTICDAS DAS TAXAS

Conforme se observa do texto constitucional, as taxas detém duas características muito distintas, sendo elas a

característica da divisibilidade e da especificidade.

Cita-se o artigo 145 da Constituição Federal e os artigos 77 a 79 do CTN:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

(...)

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos

específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

Art. 77 - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas

respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou

potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único - A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem

ser calculada em função do capital das empresas. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 34, de 30.1.1967).

Art. 78 - Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,

interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à

segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades

econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à

propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966).

Parágrafo único: Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos

limites da lei aplicável, com observância do processo legal e tratando-se de atividade que a lei tenha como

discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I- utilizados pelo contribuinte:

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a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b)-potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade

administrativa em efetivo funcionamento;

II- específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades

públicas;

III- divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

4.1– Divisibilidade

A Divisibilidade, como característica das taxas, fundada no artigo 79, inciso III do CTN, pode ser conceituada

como ação de separar sua ação em relação ao usuário, quando suscetíveis de utilização.

Essa característica deve ser mantida mesmo quando as taxas cobrados podem ter um efeito UNIVERSAL, como

é o caso da TAXA DO LIXO.

Ou seja, mesmo que a retirada do lixo interesse para a coletividade de um modo geral, deve ser necessariamente

atribuída em uma unidade separada e divisível para tanto.

Em um artigo de Ernani Medicis, intitulado ―A divisibilidade no serviço público disponível como requisito para

instituição de taxa‖, observa-se tal raciocínio: Luciano Amaro tem uma posição singular, no que se refere ao serviço

posto à disposição. Para o autor, cobrar taxa apenas de quem tem o serviço disponível, e não de toda a comunidade, é

uma questão de justiça fiscal, de modo que se o serviço é posto à disposição de toda a comunidade, e não só de um

determinado distrito, cobrar-se taxa ou imposto seria uma questão meramente de eleição política, como se tal se

inserisse na discricionariedade do Governo: ―Nessa perspectiva, se o serviço estatal, posto à disposição de um grupo de

usuários, se expande e passa a atender a toda a comunidade, cobrar taxas de todos (pela mera disponibilidade) ou

financiar o serviço com a receita de impostos tornar-se, do ponto de vista financeiro, uma opção neutra: num modelo

ótimo, em que o Estado consiga levar os serviços públicos a toda a comunidade, a opção que poderia caber seria entre

financia-los com a receita de impostos ou com taxas cobradas dos usuáriosefetivos[19].Mais uma vez, discorda-se. O

raciocínio, que impressiona numa primeira leitura, finda por contrariar o requisito da divisibilidade da taxa de serviço. É

que, ainda que o serviço esteja disponível a toda a comunidade (coleta de lixo, por exemplo), se o mesmo for divisível,

isto é, for prestado em unidade possível de destaque, atendendo mais ao particular do que ao interesse da coletividade

como um todo (ut singuli), o mesmo sópoderá ser custeado por taxa, e não por imposto, mormente em princípio da

estrita legalidade administrativo-tributária, que não cede espaço à discricionariedade da Administração Pública.

Portanto, a característica da DIVISIBILIDADE tem relação com a personificação ou individualização para a

cobrança, sendo que a cobrança tem que estar personificada no valor pago pelo cidadão.

4.2- Especificidade

A característica da Especificidade tem relação com a separação da cobrança em UNIDADES AUTÔNOMAS

DE INTERVENÇÃO, de unidade ou de necessidade pública, conforme ensina o artigo 79, inciso II do CTN.

No mesmo artigo de Ernani Medicis, intitulado ―A divisibilidade no serviço público disponível como requisito

para instituição de taxa‖, observa-se tal raciocínio:

É inimaginável a situação de um serviço público divisível e não específico. Se o serviço público detém contornos

próprios que o torna divisível, obviamente, o mesmo se mostrará específico. Ademais, se o serviço for específico, mas

indivisível, a taxa não será cabível, como ensina Luciano Amaro, com quem, ao menos nesse ponto, concordamos:

―Diante dessa colocação é ocioso dizer que os serviços, sobre serem divisíveis, precisam ser específicos para que se

sujeitem a taxação. Os serviços gerais ou indivisíveis (como a gestão patrimonial do Estado, a defesa do território, a

segurança pública etc.) são financiáveis com a receita de impostos e não detaxas de serviço, pois configuram atividades

que o Estado desenvolve em atenção a toda coletividade, sem visar a este ou àquele indivíduo, sendo irrelevante saber se

tais atividades são ou não específicas. Já no caso dos serviços que ensejam a cobrança de taxa, sua necessária

divisibilidade pressupõe que o Estado os destaque ou especialize, segregando-os do conjunto de suas tarefas, para a eles

vincular a cobrança de taxas. A partir do momento em que o Estado se aparelha para executar o serviço, está atendida a

exigência da ‗especificação‘. Se (específico embora) o serviço for indivisível, descabe taxa-lo; se divisível, a taxa pode

ser instituída. Ou seja, o que importa é a divisibilidade, e não a especificidade do serviço[12]‖.

Assim, observa-se que a instituição de taxas decorre necessariamente de um serviço específico e não geral.

Serviço com características gerais, como a segurança nacional, o qual é um atribuição do estado, não pode ser cobrado

através de Taxas, mas a fiscalização de armamento que entra no país (SITUAÇÃO HIPOTÉTICA), pode ser taxado pois

é específico, derivando da necessidade de segurança nacional.

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5. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da Legalidade tributaria é exposto no inciso I do artigo 150, da Constituição Federal:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

A lei que institua o tributo deve definir todos os elementos que constituem a obrigação tributaria e todos os

aspectos do respectivo fato gerador.

6. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL

Sobre o Principio da Anterioridade Anual , nota-se que se trata de limitação ao poder de tributar consistente em

vedação aos entes tributantes de cobrar tributos no mesmo exercício financeiro (ano fiscal – entre 1º de janeiro e 31

de dezembro) em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

6.1 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL

Sobre o Principio da Anterioridade Nonagesimal, nota-se que se trata de limitação ao poder de tributar antes de

decorridos 90 dias da data da publicação da respectiva lei, através da Emenda Constitucional n.º 42.

Assim, observadas as exceções constitucionais e excluídas as contribuições sociais, todos os tributos apenas

poderão ser exigidos no exercício posterior à publicação da lei que os houver instituído, após 90 dias contados da

publicação.

Mais uma vez, em se tratando de direito tributário municipal, citamos que NENHUM TRIBUTO MUNICIPAL

TEM EXCEÇÃO À REGRA DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL.

OU SEJA, todos os tributos municipais entrar na regra geral da Anterioridade Nonagesimal.

7 - REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

Estudaremos nesse momento a Regra Matriz de Incidência, a qual pode ser dividida em Sujeitos Passivo e

Ativos, e a Base de Cálculo das Taxas.

7.1 SUJEITO ATIVO E PASSIVO

Como Sujeito Ativo das Taxas temos o ENTE PÚBLICO QUE A INSTITUIU.

Para as taxas, as regras de delegação de cobrança como é o caso das taxas cobradas pela Receita Federal, são

perfeitamente adquiridas.

Assim, se no Município existir uma autarquia municipal que tem a missão de ser um ente de cobrança e

arrecadador, poderá ser feito através dessa autarquia, sem vícios de constitucionais e legais.

Como Sujeito Passivo, temos aqui a afirmação que somente o CONTRIBUINTE, PESSOA FÍSICA E

JURÍDICA, pode ter o sujeito passivo das taxas.

Apesar de não ser impossível ocorrer a transferência da responsabilidade das taxas, tal feito fica quase que

totalmente padecendo de constitucionalidade e legalidade, pois pode ferir a característica de DIVISIBILIDADE E

ESPEFICIDADE, ao fazê-lo.

7.2) – A BASE DE CÁCULO DAS TAXAS.

Como BASE DE CÁLCULO DAS TAXAS, temos o principal problema institucional das Taxas.

Depois de passar pelo crivo de constitucionalidade tanto interna e externa, a TAXA TRIBUTÁRIA precisa

responder a pergunta com fundamentada: o valor que cobro através de Taxa é condizente com o serviço ou o exercício

de poder de polícia?

Dentro das Taxas de Serviço a mensuração desse valor é um pouco mais fácil, pois decorre diretamente de uma

conta matemática do custo total de colocação de todo o pessoal responsável pela realização do trabalho dividido dos

sujeitos passivos dessa taxa.

O problema realmente existe na base de cálculo das taxas de fiscalização, ou taxas pelo exercício regular de

poder de polícia.

O doutrinador Paulo de Barro Carvalho assim afirma:

Tratando-se de taxa, em que se requer, como assomos de absoluta necessidade, uma atuação do Estado, seja ela

expressa na prestação de serviços públicos ou no exercício de poder de polícia, o enunciado da base de cálculo

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deverá coincidir com o factum da atuação estatal, previsto no antecedente normativo, dimensionando-lhe de

alguma forma e por algum padrão compatível". (Direito Tributário – Fundamentos Jurídicos da Incidência. 2ª

ed. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 178).

Portanto, a base de cálculo das taxas de poder de polícia podem derivar de um custo indireto e não dos diretos,

o que contribui para que a taxa não reflita de maneira justa e concreta o que custa para o Município.

Em palestra encontrada no seguinte endereço:

http://eventos.fecam.org.br/arquivosbd/paginas/1/0.782543001314711099_palestra___taxas_poder_policia___base_de_

calculo_ericksen.pdf, o doutrinador Ericksen PRatzel Ellwanger afirma os critérios jurisprudenciais criados a partir da

decisão paradigmática do STF:

“Capacidade contributiva: aplicação proporcional do ônus da tributação à capacidade de pagamento presumida

do contribuinte

8 - AS TAXAS DE SERVIÇO PÚBLICO

Nesse momento, passaremos o estudo para as taxas de Serviço Público.

Caso os usuários são indetermináveis (uti universi), de serviço público não se pode mencionar. Como serviços

públicos gerais, citamos os serviços de iluminação pública, coleta de lixo, varrição de ruas.

Isso não impediu que o Supremo Tribunal Federal, julgasse através do Recurso Extraordinário RE 576.321

RG-QO, o ministro Enrique Lewandowski suscitou a Repercussão Geral para o tema — acolhida pelo Supremo

Tribunal Federal — reafirmando que os ―serviços de coleta, remoção ou tratamento de lixo ou resíduos provenientes de

imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados

em benefício da população em geral (uti universi) e de forma indivisível, tais como os de conservação e limpeza de

logradouros e bens públicos (praças, calçadas, vias, ruas, bueiros)‖ (RE 576.321, Rel. Min. Enrique Lewandowski,

04.12.2008)

Mais recentemente a Súmula Vinculante 19 assentou que:

“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de

lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.”

Assim, observa-se que em alguns casos a própria jurisprudência acaba permitindo a transformação de serviços

públicos gerais em serviços específicos.

Para os fins tributários, ser ou não identificável o usuário do serviço tem como repercussões práticas a definição

da forma de cobrança do tributo (taxa, imposto ou contribuição) ou da tarifa, a forma de reajuste, a sujeição ao princípio

da anterioridade, entre outros aspectos.

9.As Taxas municipais de serviços públicos

Analisaremos agora as principais taxas municipais de serviços públicos municipais.

9.1 Taxa de Coleta de Lixo

A Taxa de Coleta de Lixo foi por muitos anos objeto de discussões acalorosas no Poder Judiciário,

resultando na Sumula do STF n.º

“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de

lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.”

A questão toda mencionada é como calcular a TAXA DE COLETA DE LIXO.

Aqui no Paraná, tem sido disciplina via ação da SANEPAR em individualizar através de estudo sobre a relação

do lixo das casas com o vínculo do uso da água.

Através de estudo, constatou-se que a quantidade usada nas casa é proporcionalmente ao lixo dessas.

Assim, descobriu-se um base de cálculo segura para a cobrança da taxa de lixo.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.2Taxa de Conservação e Limpeza Pública

Sobre a Taxa de Conservação e Limpeza Pública, é opinião geral que é uma taxa que padece expressivamente

de CONSTITUCIONALIDADE, pois é um serviço público geral, não tendo condão de ser DIVISÍVEL E

ESPECÍFICA.

Cita-se o Julgado do TJ-PR:

APELAÇÃO - EXECUÇÃO FISCAL - TAXA DE CONSERVAÇÃO DE ESTRADAS MUNICIPAIS RURAIS -

SERVIÇO PÚBLICO NÃO ESPECÍFICO E INDIVISÍVEL, QUE AFRONTA O ARTIGO 145, INCISO II DA

CF E NORMAS DO CTN - TAXA QUE ONERA SOMENTE OS PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS RURAIS,

ENQUANTO A FRUIÇÃO DO SERVIÇO É GOZADA POR TODA A COLETIVIDADE, CUJO CÁLCULO É

FEITO COM BASE NA ÁREA DO IMÓVEL, QUE JÁ É UM DOS CRITÉRIOS PARA O LANÇAMENTO DO

IMPOSTO TERRITORIAL RURAL, O QUE CONTRARIA A SÚMULA Nº 595, DO STF - HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS FIXADOS DE ACORDO COM AS NORMAS ESTABELECIDAS NO ARTIGO 20, §§3º E

4º, DO CPC, COM ATENÇÃO À EQUIDADE - RECURSO DESPROVIDO.1. (TJPR - 2ª C.Cível - AC -

1221439-6 - Marechal Cândido Rondon - Rel.: Antônio Renato Strapasson - Unânime - - J. 22.07.2014)

Cita-se também decisão do Supremo Tribunal Federal que declarou inconstitucional a taxa de limpeza pública,

tendo em vista a dissonância com o Art. 145, II, a Constituição Federal, vejamos:

―EMENTA: TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. ILEGALIDADE DA TAXA DE COLETA DE

LIXO E LIMPEZA PÚBLICA. ART. 145, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. (...) hipótese em que os serviços são

executados em benefício da população em geral (uti universi), sem possibilidade de individualização dos respectivos

usuários e, consequentemente, da referibilidade a contribuintes determinados (…).

Portanto, nota-se que não há como mencionar quantas pessoas usam as vias públicas que são pagas pelo titular

de fachada na vias públicas, portanto é inconstitucional e por isso deve ser revogada as leis municipais nesse sentido.

9.3Taxa de Expediente

A Taxa de Expediente, que geralmente é criada para expedição de documentos dentro de órgão público, não

pode ser um serviço posto a disposição do contribuintes, mas que deve ser efetivamente prestado.

9.4 - As Taxas de Poder de Polícia:

As Taxas de Poder de Polícia tem um papel importante dentro das tributos nacionais. Cita o art. 145, II da

Constituição Federal de 1988:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

(...)

II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos

específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; (o destaque é nosso).

Assim, observa-se que nem sempre a atividade estatal é específica e direcionada ao particular será por este

querida, vantajosa ou proveitosa, pois as taxas de exercício de poder de políciia, o contribuinte estará pagando para ser

fiscalizado, como um construtor que deve submeter o seu projeto de engenharia aos órgãos estatais competentes para a

desejável obtenção de uma licença, ou mesmo um cidadão que pretenda portar uma arma de fogo que deve submeter sua

vontade a uma unidade estatal de segurança pública.

Por óbvio, que esses contribuintes não estão tendo proveito algum com esta atuação do Estado, mas sim uma

restrição de seus interesses privados para uma necessária adaptação ao interesse público.

O artigo 78 do CTN conceitua o poder de polícia:

Assim, o Estado, por exemplo, pode regulamentar concretamente o exercício da liberdade individual de um

cidadão para que a segurança da população, uma das facetas do interesse público, não seja lesionada.

Cita-se o STF:

TRIBUTÁRIO. TAXA DE LICENÇA E FISCALIZAÇÃO PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO.

CONSTITUCIONALIDADE. EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Constitucionalidade de taxas cobradas em razão do serviço de fiscalização exercido pelos municípios quanto

ao atendimento às regras de postura municipais.

II - Presunção a favor da administração pública do efetivo exercício do poder de polícia, que independe da

existência ou não de órgão de controle. Precedentes.

III - Agravo regimental improvido.

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(AI 699068 AgR / SP - SÃO PAULO

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI

Julgamento: 17/03/2009 Órgão Julgador: Primeira Turma). (grifo nosso).

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. HIPÓTESE DE

INCIDÊNCIA. EFETIVO EXERCÍCIO DE PODER DE POLÍCIA. AUSÊNCIA EVENTUAL DE

FISCALIZAÇÃO PRESENCIAL. IRRELEVÂNCIA. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL.

1. A incidência de taxa pelo exercício de poder de polícia pressupõe ao menos (1) competência para fiscalizar a

atividade e (2) a existência de órgão ou aparato aptos a exercer a fiscalização.

2. O exercício do poder de polícia não é necessariamente presencial, pois pode ocorrer a partir de local remoto,

com o auxílio de instrumentos e técnicas que permitam à administração examinar a conduta do agente

fiscalizado (cf., por semelhança, o RE 416.601, rel. min. Carlos Velloso, Pleno, DJ de 30.09.2005). Matéria

debatida no RE 588.332-RG (rel. min. Gilmar Mendes, Pleno, julgado em 16.06.2010. Cf. Informativo STF

591/STF).

3. Dizer que a incidência do tributo prescinde de "fiscalização porta a porta" (in loco) não implica reconhecer

que o Estado pode permanecer inerte no seu dever de adequar a atividade pública e a privada às balizas

estabelecidas pelo sistema jurídico. Pelo contrário, apenas reforça sua responsabilidade e a de seus agentes.

4. [...] (RE 361009 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA

Julgamento: 31/08/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma) (destaque nosso).

Assim, o que se pode perceber através da análise de diversos julgamentos do Supremo Tribunal Federal acerca

da constitucionalidade da cobrança de taxas pelo exercício do pode de polícia é que o exercício do poder de polícia deve

ser efetivo, sendo esta interpretação extraída dos próprios textos legais, colocando alguns parâmetro que são capazes de

nortear o aplicador do direito diante de uma situação concreta.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.5 Taxa de Publicidade;

Já a taxa de Publicidade tem como fato gerador a Fiscalização da publicidade urbana para preservar estética da

cidade e segurança dos cidadãos

Não pode ser atribuído como base de cálculo as dimensões do veículo publicitário, pois o STJ já declarou a

ilegalidade, mas podemos considerar o tipo de veículo publicitário e o objeto da publicidade, lembrando que fiscal não é

censor.

Todas essas devem ser fundamentadas em uma real atividade do Município, e seu valor deve levar em conta o

custo direto ou possívelmente também o custo indireto.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.6 Taxa de Licença para Execução de Obras;

Já a taxa de Licença para Execução de Obras tem como fato gerador a Fiscalização de obras civis .

Pode ser atribuído como base de cálculo o tipo de obra (construção, reforma / residencial, comercial) e as

dimensões da obra.

Todas essas devem ser fundamentadas em uma real atividade do Município, e seu valor deve levar em conta o

custo direto ou possívelmente também o custo indireto.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.7 Taxa de Comércio em Logradouro Público;

Aqui devemos considerar que a Taxa de Comércio em Logradouro Público dete ser mensurado somente

baseado no custo indireto do Município para execução do serviço.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.8 Taxa de Vistoria de Conclusão de Obras;

A taxa de Vistoria de Conclusão de Obras tem como fato gerador a Fiscalização do término das obras civis .

Pode ser atribuído como base de cálculo o tipo de obra (construção, reforma / residencial, comercial) e as

dimensões da obra.

Todas essas devem ser fundamentadas em uma real atividade do Município, e seu valor deve levar em conta o

custo direto ou possívelmente também o custo indireto.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.9 Taxa de Vistoria de Segurança de Edificações;

A taxa de Vistoria de Segurança de Edificações tem como fato gerador a Fiscalização da segurança das obras

civis .

Pode ser atribuído como base de cálculo o tipo de obra (construção, reforma / residencial, comercial) e as

dimensões da obra.

Todas essas devem ser fundamentadas em uma real atividade do Município, e seu valor deve levar em conta o

custo direto ou possívelmente também o custo indireto.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.10 Taxa de Apreensão e Depósito de Coisas ou Animais;

A Taxa de Apreensão e Depósito de Coisas ou Animais tem LIGAÇÃO DIRETA com o custo que o Município

tem na existência do lugar para depósito e para apreender as mercadorias.

Logicamente, que o valor da Taxa deve condizer com o espaço utilizado para que exista o depósito e a

apreensão, ou seja, o deve ser considerado o porte ou volume e período em que a coisa ou animal apreendido

permanecer depositado.

9.11 Taxa de Licenciamento Ambiental

A taxa de Licenciamento Ambiental deve somar a complexidade da análise e por período deternimado,

considerando o impacto ambiental, assim como considerar a equipe de profissionais capacidades dentro do Município

para tal menção.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.12 Taxa de Licença para Parcelamento e Unificação do Solo;

A Taxa de Licença para Parcelamento e Unificação do Solo tem como fundamentos em uma real atividade do

Município, e seu valor deve levar em conta o custo direto ou possívelmente também o custo indireto.

Pode-se aliar a metro quadrado da área do projeto se tal projeto justificar tal mensuração.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.13 Taxa de Vigilância Sanitária

A taxa de Vigilância Sanitária tem como fato gerador a Fiscalização dos empreendimentos que podem causar

risco a saúde pública.

Essa taxa tem um efeito público e geral, pois fiscaliza a empresa particular para que essa não cause risco à

saúde pública.

Mais uma vez, o que devemos levar em consideração é a real atividade do Município, e seu valor deve levar em

conta o custo direto ou possívelmente também o custo indireto.

Pode-se também observar a metragem do imóvel e sua relação com a devida fiscalização como também a

complexidade da análise e o período determinado, sempre tendo como foco o risco à saúde pública.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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9.14Taxa de Inspeção para Produtos de Origem Animal.

A taxa de Inspeção para Produtos de Origem Animal, tem a fiscalização de produtos de origem aninal que

podem causar risco a saúde pública.

Essa taxa também tem um efeito público e geral, pois fiscaliza os produtos que que podem lesionar e causar

risco à saúde pública.

Mais uma vez, o que devemos levar em consideração é a real atividade do Município, e seu valor deve levar em

conta o custo direto ou possívelmente também o custo indireto.

Pode-se também observar a metragem do imóvel e sua relação com a devida fiscalização como também a

complexidade da análise e o período determinado, sempre tendo como foco o risco à saúde pública.

Vejamos agora demais modelos de cobrança e estudemos a melhor concepção de base de cálculo:

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REFERÊNCIAS:

AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 4ª. Ed., São Paulo: Saraiva, 1999.

ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributaria, 5ª Ed., São Paulo, Malheiros, 1980.

BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 3ª. Ed., São Paulo: Lejus, 1998.

______. Curso de Direito de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. São Paulo, Manole, 2004.

BRASIL, Secretaria da Receita Federal. Lei Complementar n° 123, de 14 de Dezembro de 2006. Disponível em:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm> Acesso em: 04 de março de

2016.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 10 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Comentários à Constituição Brasileira. 2ª. ed., São Paulo: Saraiva, 1977.

HARADA, Kiyoshi. Direito Municipal. São Paulo: Atlas, 2001.

JARACH. Dino. Curso Superior de Derecho Tributário. Buenos Aires, Liceo Profesional Cima, 1969.

SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. 10 ed. São Paulo, Editora Best Seller, 2002.

SILVA, Maurício alvarez da. Manual básico de tributação "Manual do aprendiz tributário. 1 ed., Portal tributário

editora Ltda., 2012.

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serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública!

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ANOTAÇÕES:

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EM CASO DE EMERGÊNCIA

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Se preferir, escreva seu nome: ______________________Cidade:___________________

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1º Qual sua avaliação em relação à qualidade e seriedade da escola

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

2º Qual sua avaliação em relação ao valor de investimento deste curso

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3º Qual sua avaliação em relação às acomodações e atendimento da escola

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4º Qual sua avaliação para aula da professora Janete Probst Munhoz?

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5º Qual sua avaliação geral para este curso:

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

6º Por favor, deixe sua sugestões, crítica ou elogio à escola e/ou Professores:

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7º Quais outros temas podemos lhe atender? Toda semana avaliamos esta demanda e

viabilizamos os próximos cursos:

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Muito Obrigado! Com certeza vamos levar em consideração sua opinião, faremos nosso melhor sempre!