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TRIMESTRAL | NÚMERO 2 | ABRIL 2016

TRIMESTRAL | NÚMERO 2 | ABRIL 2016 · REVISTA “A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA” ... tardia dos jovens no mercado de trabalho são alguns dos factores ... Portuguesa, ao longo deste

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TRIMESTRAL | NÚMERO 2 | ABRIL 2016

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FICHA TÉCNICA

REVISTA“A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA”

DIRECTORAntónio Martins de Oliveira

CONCEPÇÃO, EDIÇÃO E PAGINAÇÃOA Previdência Portuguesa

PROPRIEDADEA Previdência Portuguesa

MORADARua da Sofia 193 - Apartado 293001-901 CoimbraPortugal

TELEFONE239 828 055/6

[email protected]

REDES SOCIAISwww.fb.com/aprevidenciaportuguesa

IMPRESSÃOFIG - Indústrias Gráficas, SA

TIRAGEM1300 exemplares

DEPÓSITO LEGAL404415/16

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

04

NESTA EDIÇÃO

29

16

37

35

36

37

39

22

INSTITUIÇÃOInformações MutualistasCartão de Saúde “Previdência Saúde”Atividades da Casa da MutualidadeAtividades do Jardim de InfânciaProtocolos87º Aniversário d’A Previdência PortuguesaVisita Guiada ao Jardim Botânico da Universidade de

Coimbra

SAÚDE & BEM-ESTARConceito de SaúdePsicoterapia Cognitivo Comportamental Infantil e

T.R.I.A importância da Saúde OralDoença: Diabetes

ARTE & CULTURAPoema “Desconhecimento”Fotografia: VertentesCartaz Cultural

DESPORTOTorneio “Nestlé Olímpico Jovem”

EDUCAÇÃOQue projeto/modelo educativo?

DIREITOS HUMANOSCategorias de (Direitos) Humanos

MEIO AMBIENTEEcologia na Academia

MUTUALISMOO Mutualismo e a sua História... (Parte II)

TURISMO & LAZERGuarda: Forte, Farta, Fria, Fiel e FormosaÀ descoberta do Vale Glaciar do ZêzereÀ descoberta de BenidormJardim Botânico da Universidade de Coimbra

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 3

MENSAGEM DOPRESIDENTE

Mutualismo sem Idade

O panorama político, social e económico do país apresenta, actualmente, desafios e oportunidades para as várias Associações Mutualistas e para o bem-estar dos associados que delas fazem parte.

O aumento da esperança média de vida, ligeiramente superior nas mulheres do que nos homens, e a entrada cada vez mais tardia dos jovens no mercado de trabalho são alguns dos factores apontados para a insustentabilidade financeira da Segurança Social.

O facto de as pessoas viverem durante mais tempo conduz a uma carga financeira superior, no que diz respeito ao processamento de reformas, e aumenta as hipóteses de, no futuro, o valor das pensões baixarem drasticamente ou até de não haver quaisquer pensões a atribuir.

Perante este cenário de sobrecarga dos sistemas de Previdência do Estado, torna-se imperativo que as pessoas comecem a apostar noutras vias desde cedo, efectuando uma poupança constante ao longo da sua existência que, com a chegada da idade da reforma, irá servir como um complemento à sua pensão. Desta forma, é-lhe permitido gozar a velhice de uma maneira mais segura, mantendo a mesma qualidade de vida.

O “Capital de Reforma”, disponibilizado na nossa Associação e bem demonstrativo destas vantagens, permite receber um capital ao atingir os 55, 60, 65 ou 70 anos.

As Mutualidades já se afirmaram como as instituições que mais próximas estão da população e das suas necessidades sociais, disponibilizando produtos e modalidades de benefícios inexistentes em bancos e seguradoras e provando que o Mutualismo não tem Idade.

Em A Previdência Portuguesa, existem produtos, como é o caso da “Poupança-Juventude” e da “Poupança-Educação”, que permitem que uma criança a partir dos 3 anos beneficie de um fundo que lhe irá ser entregue atingindo a idade cronológica dos 18 (“Poupança-Educação”) ou 18, 21 ou 25 (“Poupança-Juventude”), através dos seus pais ou outros familiares.

Os riscos de morte ou invalidez, situações imprevisíveis e que podem abalar o equilíbrio financeiro do agregado familiar, estão previstas na modalidade “Subsidio Periódico com Opções”, com prazos de 10, 15 ou 20 anos.

Paralelamente e nas modalidades de benefícios d’APP, ocorre ainda a distribuição de melhorias pelos Associados, que funciona como mais um complemento que poderá decidir favoravelmente os orçamentos familiares de cada um.

É tempo de encarar o futuro de uma forma mais ativa, procurando alternativas sustentadas em instituições de confiança e que minimizem os riscos dos seus Associados. Começar esse caminho desde cedo e sem restrições, só depende de si.

António Martins de Oliveira

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 14

Assembleia Geral Ordinária d’A Previdência Portuguesa

Realizou-se na Casa da Mutualidade, no dia 23 de março de 2016, a Assembleia Geral Ordinária d’APP.

A sessão foi presidida pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Lapa Simões, e teve a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto 1. Apreciação e votação da proposta da Direção para a remuneração do Presidente e Secretário.

Ponto 2. Apreciação e votação do Relatório e Contas da Direção e Parecer do Conselho Fiscal, respeitantes ao ano de 2015.

Ponto 3. Informações de interesse para Associados.Foi aprovada a proposta relativa à remuneração dos dois

membros da Direção, bem como o Relatório e Contas e Parecer do Conselho Fiscal de 2015.

Remodelação da Sede

Com o objetivo de proporcionar melhores condições de trabalho aos funcionários e respetiva Direção, a Sede vai ser objeto de obras de remodelação, que se iniciarão no dia 30 de abril e que decorrerão até meados de junho.

Estas obras irão trazer um maior conforto para os próprios Associados sendo que algumas Unidades, nomeadamente DGAS - UDA irão funcionar provisoriamente no 1º e 2º piso do edifício da Assistência Médica na Sede.

Os serviços de Tesouraria irão manter-se no mesmo local.Apela-se à melhor compreensão por parte dos Associados face

aos transtornos causados.

INFORMAÇÕESMUTUALISTAS

Aprovação de novos documentos

Tendo em vista melhorar as condições existentes para a atribuição dos prémios de angariação e ao mesmo tempo atrair potenciais promotores que integrem a rede de Agentes d’APP, foi aprovado o Regulamento dos Promotores Mutualistas em reunião de Direção no dia 8 de fevereiro de 2016, bem como o respetivo Kit de Promotor.

O Regulamento dos Promotores Mutualistas define os requisitos exigidos para aqueles que pretendem tornar-se promotores e participar na angariação associativa, bem como o prémio monetário a entregar e que incidirá sobre a quotização liquidada e diversos prémios anuais suplementares (com um mínimo de 50 propostas). O Kit Promotor é constituído por diversos materiais informativos e de apoio, a emtregar a cada promotor, fornecendo assim os elementos essenciais à prática da dinamização associativa e de captação de Associados.

Novo horário de funcionamento da Casa da Mutualidade

Como resultado da implementação do novo Regulamento Interno da Casa da Mutualidade, aprovado em reunião de Direção em 8 de Fevereiro deste ano, este espaço possui agora dois horários, de forma a ajustar a abertura e o encerramento ao maior fluxo de visitantes que se regista nos meses da chamada época alta.

O Regulamento Interno uniformiza, entre outras alterações, os procedimentos relativos aos pedidos de exposição na Casa da Mutualidade definindo os procedimentos a serem efetuados e estabelece algumas alterações às condições de utilização deste espaço por parte dos artistas.

Assim, em abril, a Casa da Mutualidade iniciou o horário de Verão, com abertura entre as 10h00 e as 13h30 e entre as 14h30 e as 19h00, mantendo-se este horário até outubro. Entre novembro e março, pratica-se o horário de Inverno, com abertura das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 5

INSTITUIÇÃO

Estar mais próximos de si

A Unidade de Dinamização Associativa d’A Previdência Portuguesa, ao longo deste 1º trimestre de 2016 realizou várias iniciativas com o intuito de inovar e aproximar os Associados da Instituição.

Das várias ações desenvolvidas realçamos:• Passeio ao Jardim Botânico; • Votos de feliz aniversário aos Associados;• Estudo da situação atual do Associado e sugestão de

novas propostas (Associados entre os 45 e os 60 anos).O passeio ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

é uma iniciativa que pretendemos repetir. O nosso objetivo foi marcar o Dia da Árvore reunindo, não só, os nossos Associados como também o público em geral. Deste modo, conseguimos ter presentes 70 pessoas que passaram a manhã de dia 20 de Março, no mais belo jardim da nossa cidade.

Outra das iniciativas que tem reunido a simpatia dos Associados teve o seu início no dia 3 de março. Diariamente, por e-mail ou carta, felicitamos os Associados, pelo que convidamos a dirigirem-se à Sede para esclarecerem quaisquer dúvidas e tomarem conhecimento dos vários projetos e iniciativas.

Finalmente, elaborámos um estudo da situação atual dos Associados com idades compreendidas entre os 45 e os 60 anos, residentes em Coimbra (experiência piloto). O objetivo é prestar ao Associado a máxima informação sobre os seus produtos e possibilidade de melhorá-los financeiramente. Neste âmbito, o contacto telefónico tem tido resultados positivos pelo que iremos continuar a apostar neste tipo de projeto.

A nossa ambição é ir ao encontro das necessidades dos Associados pelo que continuaremos a desenvolver ideias que lhes tragam vantagens e benefícios.

Gostaria de colaborar com a nossa revista? Dar o seu testemunho enquanto associado, enviar um artigo de opinião ou sobre alguma das áreas abordadas na revista? Ou mesmo adquirir um espaço publicitário?

Contacte-nos para:[email protected] [email protected]

QUER COLABORAR CONNOSCO?

Reformulação e melhoria dos canais de divulgação d’APP

Encontra-se em fase final o projeto de reformulação do site d’APP. Este projeto tem como objetivo melhorar a estrutura e imagem do site, tornando-o mais moderno e apelativo, ao mesmo tempo que se pretende tornar que a sua divulgação seja mais acessível a quem nos visita e procura informações concretas acerca de “quem somos” e “o que fazemos”.

Em relação à página de Facebook da Instituição, estão a ser publicadas notícias com um carácter mais diversificado e com uma periodicidade regular, dando a conhecer ao público as várias iniciativas das diversas Unidades e Departamentos.

A primeira edição da Revista d’APP foi lançada em Janeiro deste ano, mantendo o mesmo carácter trimestral do anterior Boletim. Esta edição contou com a introdução de novos conteúdos e seções editoriais que procuraram, mais uma vez, ir de encontro a um público cada vez alargado.

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 16Rua Dr Manuel Rodrigues nº1, 1º piso

3000-258 COIMBRA

A Assistência de Medicina Dentária na Sede de A Previdência Portuguesa

Agora é mais fácil sorrir, marque já o seu Check-Up gratuito

964 043 439

Na nossa Clínica privilegiamos uma relação de confiança entre o Médico e o Paciente porque o seu bem estar é a nossa preocupação.

Colocamos ao seu dispor um corpo clínico profissional e experiente que o conhece a si e à sua família, sendo isto o que nos diferencia.

Celebramos um protocolo com A Previdência Portuguesa para que os associados possam usufruir de descontos bastante competitivos sobre o preço de tabela de todos os serviços prestados.

A pensar nos cuidados de saúde oral das crianças em idade escolar e nas grávidas somos aderente do programa nacional de promoção de saúde oral, também conhecido por Cheque Dentista.

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 7

CARTÃO DE SAÚDE“PREVIDÊNCIA SAÚDE”

Esta parceria possibilita aos Associados da nossa Instituição a adesão a um cartão de acesso à rede de prestadores convencionados, usufruindo de inúmeras vantagens. Desde logo, permite o acesso a todas as especialidades e tratamentos médicos em condições muito favoráveis no momento em que realiza a consulta ou o tratamento, não existindo, assim, a necessidade de submeter o recibo para reembolso. O Associado Aderente tem liberdade na escolha do prestador de cuidados de saúde, dentro da Rede AdvanceCare, em todo o território nacional com uma qualidade de excelência.

Este serviço de saúde inclui ambulatório, parto, internamento hospitalar, estomatologia, próteses e ortóteses, consulta de pediatria, urgência, exames médicos, internamento, acesso a centros óticos, entre outros benefícios.

O serviço de Médico ao Domicílio constitui uma das vantagens mais atrativas emergentes desta parceria. Os Associados Aderentes poderão solicitar uma consulta, sempre que necessitarem 24h/dia, por apenas 20€/consulta médica, 360 dias/ano, bastando para isso efetuar uma chamada telefónica.

Além disso, o serviço disponibiliza um aconselhamento médico 24h/dia, 365 dias/ano, vocacionado para a resolução de casos imediatos e que não necessitem de uma intervenção domiciliária.

Os interessados poderão consultar os prestadores de cuidados de saúde para os diferentes produtos e especialidades em http://advancecare.pt/network/mnc/, podendo solicitar informações sobre o serviço, assim como o pedido de assistência médica, e marcação de consultas/exames através da linha de Apoio ao Aderente Previdência Saúde – 707 100 507.

Na Clínica, o Associado Aderente identifica-se junto do prestador com o seu cartão “Previdência Saúde” e, após a consulta, deverá pagar os atos médicos de acordo com os preços “Previdência Saúde”.

A disponibilização deste serviço está prevista para início de maio.

INSTITUIÇÃO

Vantagens

• Mais de 21.000 prestadores credenciados em território nacional.

• Liberdade de escolha do prestador (dentro da Rede Médica Nacional da AdvanceCare).

• Desconto imediato (sem necessidade de submissão de recibo para reembolso).

• Sem franquias associadas.• Sem período de carência.

Benefícios Financeiros

• Consultas de especialidade a partir de €30,00.• Consultas de Pediatria a partir de €30,00.• Consultas de Urgência a partir de €40,00.• Exames Médicos com descontos entre 20% e

70%.• Centros Ópticos com desconto de 30% sobre o

valor de venda ao público.• Prestadores de Próteses Auditivas com desconto

de 30%

A Previdência Portuguesa, com o intuito de se manter próxima dos seus Associados e responder às suas necessidades satisfatoriamente, celebrou um acordo com a AdvanceCare - Gestão de Serviços de Saúde.

Rua Dr Manuel Rodrigues nº1, 1º piso3000-258 COIMBRA

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 18

Sendo a Casa da Mutualidade um espaço polivalente que abrange um número diversificado de atividades de índole associativa, cultural e mutualista, realizaram-se as habituais exposições temporárias e uma ação de formação promovida pela Associação ASAS – Associação Aprender e Sentir nos dias 30 e 31 de janeiro de 2016, nas áreas da educação e modelos de aprendizagem.

ATIVIDADES DACASA DA MUTUALIDADE

Exposição “Mundos interiores”

Entre 11 de janeiro e 26 de fevereiro, este espaço recebeu os trabalhos da artista Françoise Terseur enquadrados no título “Mundos interiores”. Os seus trabalhos caracterizaram-se por cores intensas e temas marcadamente espirituais, o que marcou a diferença face a exposições anteriores patentes neste espaço.

Exposição “Calma dos lugares, fogo do tempo”

De 2 a 30 de março, as artistas Cássia Callebaut & Adelaide Neto inauguraram a exposição “Calma dos lugares, fogo do tempo”, numa parceria onde os tons pastel e as estruturas tranquilas de Adelaide se articularam com as cores fortes e a diversidade estilística de Cássia. Esta inauguração contou com a intervenção da Doutora Maria Irene Ramalho, professora catedrática jubilada da Secção de Estudos Anglo-Americanos do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Obra de Françoise Terseur

Exposição “Calma dos lugares, fogo do tempo”Obra de Françoise Terseur

António Martins de Oliveira (APP), Adelaide Neto (artista), Inês Dias (APP), Cássia Callebaut (artista) e Mª Irene Ramalho.

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 9

Próximas Exposições

Maio: Lucy CostaJunho: Maria Guia PimpãoJulho: Leonor BritesSetembro: Nuno Caetano

INSTITUIÇÃO

Exposição “O tempo não existe”

Entre os dias 5 e 29 de abril, a Casa da Mutualidade e a APOSENIOR – Universidade Sénior apresentaram a exposição “O tempo não existe”, fruto do trabalho de diversos alunos desta Associação. A APOSENIOR foi criada em 2006 como uma nova valência da APOJOVI e tem como principal objetivo promover o envelhecimento ativo através do estímulo da atividade intelectual.

Durante a inauguração (dia 5 de abril) e para além das intervenções dos intervenientes e da Dr.ª Helena Saldanha (especialista em questões de envelhecimento ativo), a sessão foi animada pelas atuações do Coro Misto da APOSENIOR (momento musical) e do Grupo de Dança da APOSENIOR (momento de dança).

Lançamento do livro “Erro Crasso” da autora Alexandra Batalha

Decorreu na Casa da Mutualidade, no dia 7 de abril, o lançamento do livro “Erro Crasso” da autora Alexandra Batalha, num evento que se revelou um sucesso e que mostrou a recetividade do público face às iniciativas dinamizadas pel’ APP.

Cerca de seis dezenas de pessoas não deixaram passar a oportunidade de apoiar o Instituto de Apoio à Criança – IAC (instituição para a qual reverteram as receitas das vendas) e homenagear a autora, numa sessão que contou com uma exposição fotográfica, um sorteio de uma fotografia emoldurada da capa do livro e ainda um momento declamatório proporcionado pelo artista José Vilhena.

Ao longo das várias intervenções que foram sendo feitas, destacou-se o papel importante que o IAC ocupa na procura de novas respostas para os problemas da infância em Portugal e na defesa dos direitos da criança; o papel relevante que APP desempenha enquanto sistema alternativo de proteção social na vida dos indivíduos foi também salientado pelo seu Presidente.

O artista conimbricense Luís Travassos também se associou a esta causa solidária e brindou os presentes com uma atuação, tendo depois sido seguido por um momento de confraternização e cocktail.

Coro Misto da APOSENIOR

Grupo de Dança da APOSENIOR

Atuação de Luís Travassos (padrinho APP)

António Martins de Oliveira (APP), Helena Saldanha (médica), Leonor Castro (APOSENIOR), Inês Dias (APP)

Representante Editora Chiado, repesentante Instituto de Apoio à Criança, António Martins de Oliveira (APP), Isabel Maia (apresentadora do livro) e Alexandra Batalha (escritora)

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 110

Datas comemorativas

ATIVIDADES DOJARDIM DE INFÂNCIA

Foi com enorme alegria que as nossas crianças celebraram a Páscoa no JIPP. Com muita animação, participaram numa Caça ao Ovo pelos espaços verdes do Jardim de Infância. Também as famílias foram brindadas com um presente nesta data: biscoitos e bombons feitos com muito carinho pelas crianças.

Crianças do JIPP a fazerem bombons e biscoitos para a Páscoa

Crianças do JIPP a fazerem bombons e biscoitos para a Páscoa

Caça ao Ovo

Caça ao Ovo

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INSTITUIÇÃO

ATIVIDADES LÚDICAS

No seguimento da candidatura à 13ª edição do programa “Ciência na Escola”, da Fundação Ilídio Pinho,com o projeto “Renováveis amigas”, o JIPP recebeu dois professores do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Durante esta visita, os professores realizaram diversas experiências com as crianças do JIPP.

E porque a higiene oral tem um papel importante no bem-estar geral de cada criança, realizou-se uma ação de sensibilização nesta temática, gentilmente realizada pela mãe de uma das nossas crianças.

Experiências científicas com professores da Universidade de Coimbra

Experiências científicas com professores da Universidade de Coimbra

Experiências científicas com professores da Universidade de Coimbra

Sensibiliazação sobre higiene oral

Sensibiliazação sobre higiene oral

Sensibiliazação sobre higiene oral

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 112

PROTOCOLOSDIVERSOS

Protocolo entre a União das Mutualidades Portuguesas (UMP) e a Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira

A UMP assinou um protocolo de cooperação com a Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira, com o objetivo de disponibilizar a todos os Associados das Associações filiadas na UMP, como é o caso d’ APP, o acesso às instalações e serviços desta Sociedade em condições mais favoráveis.

A Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira desenvolve, entre outros, a prática do termalismo como meio de prevenção de doenças e a promoção e reabilitação da saúde nas instalações do equipamento nas Termas de São Jorge.

Este protocolo concede um desconto de 10% em programas terapêuticos “cura termal” (série mínima de 15 dias) e oferta do valor da inscrição termal, bem como 10% de desconto em programas de “saúde termal” (mínimo de 10 dias), sendo que estes benefícios não são cumulativos com outros descontos e/ou promoções que venham a ser praticados.

Para beneficiar destas vantagens, os associados deverão identificar-se, perante os serviços da Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira, mediante apresentação do respetivo cartão de Associado conjuntamente com o seu cartão de cidadão ou outro documento de identificação.

Protocolo entre a União das Mutualidades Portuguesas (UMP) e as restantes Associações filiadas na UMP

Foi assinado o protocolo de cooperação “Mutual IN” entre a UMP e a grande maioria das suas Associadas, no passado dia 9 de abril, que irá permitir aos quase 2 milhões de beneficiários mutualistas usufruirem de um conjunto de bens e serviços descentralizados, no campo da saúde.

O protocolo foi assinado no Auditório do “Balneário Rainha D. Amélia” (em São Pedro do Sul) e assenta nos princípios e condições para a prossecução de uma estratégia de cooperação nacional, através de uma oferta integrada de serviços de saúde de norte a sul do país. Estes serviços estarão disponíveis para todos os Associados das Mutualidades aderentes, a preços realmente mutualistas.

Este é mais um exemplo de como a UMP e as suas Associadas têm procurado, num esforço conjunto, complementar e otimizar os recursos de que dispõem e assim, proporcionar uma melhor resposta na resolução dos problemas da esfera da saúde. De acordo com Luís Alberto Silva (Presidente do Conselho de Administração da UMP), as Mutualidades têm condições para prestar um serviço de qualidade às pessoas que não têm acesso ao Serviço Nacional de Saúde, revelando-se por isso uma mais-valia na vida de muitos Associados.

António Amaro (Presidente da Direção d’ A Lutuosa de Portugal – Associação Mutualista) partilha da mesma opinião e acrescenta que “as vantagens decorrem do próprio espírito de solidariedade e cooperação mútua inerente ao Mutualismo. Ficamos ainda mais reforçados destes valores ao podermos mutuamente pôr ao dispor uns dos outros, e não só de forma unívoca, os serviços que temos”.

INSTITUIÇÃO

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87º ANIVERSÁRIOD’A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA

Decorreu, no dia 15 de janeiro, no Jardim de Infância da Associação (JIPP) a comemoração do 87º Aniversário d’A Previdência Portuguesa .

Nestas comemorações, foram feitas várias intervenções nomeadamente um discurso do Presidente da Direção, António Martins de Oliveira, e da Diretora Técnica do Jardim de Infância, Ana Abreu, que realçaram a importância desta data e todo o trabalho desenvolvido pela Associação ao longo dos anos.

De seguida, decorreu um lanche (com um bolo alusivo com as cores d’APP) com as crianças, pais e funcionários da Instituição, acompanhado por uma mostra dos desenhos de grupo feitos pelas crianças do JIPP alusiva aos 87 anos da Instituição.

Para finalizar as comemorações, o cantor conimbricense e padrinho da Instituição, Luís Travassos, proporcionou um momento musical, no qual as crianças participaram alegremente bem como os presentes nesta iniciativa.

INSTITUIÇÃO

Discurso de Ana Abreu (diretora técnica do JIPP) Discurso de António Martins de Oliveira (Presidente da APP)

Atuação de Luís Travassos (padrinho da APP) Lanche

Bolo de Aniversário da APP

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 114

VISITA GUIADA AOJARDIM BOTÂNICO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

No seguimento do Primeiro Encontro Solidário de Natal d’A Previdência Portuguesa, realizou-se no dia 20 de março de 2016, uma visita guiada ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, na qual se concretizou a entrega simbólica do donativo angariado durante o Encontro de Natal, bem como a plantação de três novas árvores obtidas através desse donativo.

Por volta das 9h15, já se encontravam muitas pessoas junto à entrada principal, (na Porta dos Arcos do Jardim-Terraço Júlio Henriques) tendo sido dado seguimento à entrega de um saco d´APP aos participantes com alguma informação sobre a Instituição e uma garrafa de água. Após alguns momentos de convívio, foi feito um breve discurso pelo Presidente d’ APP, António Martins de Oliveira, que agradeceu a presença de todos e informou qu’ APP apoia a cidade de Coimbra e todos os seus espaços de lazer e cultura.

O Diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, Dr. António Gouveia, falou acerca da história do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, desde a sua criação até à atualidade, as suas funções e principais objetivos.

Luís Travassos, músico bem conhecido pela sua participação no programa televisivo “Ídolos”, não deixou de apoiar esta causa, defendendo a preservação e a divulgação da cidade de Coimbra e do que esta tem de melhor para oferecer.

Por volta das 11h00, foi feita a plantação das árvores doadas pel´APP, seguida de uma breve explicação sobre as mesmas. No seguimento da plantação, foi feita a entrega simbólica do donativo ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.

Pouco depois das 11h00, foi dado início à visita guiada pelo Dr. António Gouveia, com comentários e explicações para que a visita tivesse maior conteúdo e para que os participantes pudessem não só apreciar a beleza, mas também ter acesso a toda a informação histórica do local para que a experiência fosse o mais completa possível.

No final da visita, houve um pequeno convívio e um passeio livre pelo Jardim Botânico.

Este evento manifestou uma grande adesão pelo público, tendo participado 80 a 90 pessoas, cujas reações foram positivas.

Alguns participantes da Visita Guiada

Alguns participantes da Visita Guiada Entrega simbólica do donativo ao Jardim Botânico da UC

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 15

INSTITUIÇÃO

Foi sem dúvida uma manhã diferente, em que foi revelado interesse pela natureza, pela cultura, nomeadamente da cidade de Coimbra, e pela própria APP.

Pretendemos continuar a apoiar a cultura, o lazer e a história, não só da cidade de Coimbra, mas também de outras cidades e continuar a convidar os nossos associados e não associados a participar em todas as acções por nós desenvolvidas.

Desde já, um agradecimento a todos os participantes.

VISITA GUIADA AOJARDIM BOTÂNICO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

António Gouveia (Diretor do Jardim Botânico da UC) conduzindo a Visita GuiadaLuís Travassos (padrinho da APP)

Luís Travassos (padrinho da APP)António Gouveia (Diretor do Jardim Botânico da UC)

António Martins de Oliveira (Presidente da APP) na plantação simbólica das árvores doadas

INSTITUIÇÃO

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 116

ARTE & CULTURA

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 17

DESCONHECIMENTO

Tudo desconheçoJá que tudo é variávelPor entre o decorrer permanenteDa hora e da ocasião.Ser e deixar de serOcorre momento a momentoAlterando a circunstânciaE o mais positivo recorte do viver.Evoluímos ou retrocedemosNa mudança de um qualquer diaOu da palavra do minuto do segundo.Somos entãoVários e desconhecidosEnquanto utilizamos o bem e o malSobre a lógica do tempoE o perímetro da liberdade.Conhecer é melhor que evocar normasTextos regras e princípios.Já que na área do conhecimentoSurgirá o poder a justiçaE até mesmo a generosidadeOu o tão claro fértilHonroso sentimento.

Dr. Paulino Mota Tavares

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 118

Num mundo em que fotografia pode ser poderosa em várias vertentes, escrevo apenas sobre um tema: liberdade.

Não acrescento nada ao mundo que vejo quando fotografo, mas acrescentei em mim uma nova forma de viver.

Numa escolha que está entre deixar entrar o Eu ou o NOSSO, ou seja o momento e o tempo, escrevo o que às vezes sinto: não chego a fotografar por inteiro, mas gosto de sentir que o meu prazer não foi em vão e sentir-me livre.

Por muito que nos sejam, muitas vezes, insignificantes esses acabam por ser os momentos mais úteis - acreditem! Somos nós e o que nos rodeia – um momento apenas nosso, um momento em que respiramos liberdade.

Na maioria das vezes, encontro passos que me levam ao próximo passo e me ajudam a prosseguir.

A nossa imaginação pode ser livre e sem limites - o nosso pensamento é infinito - mas limitamo-nos a observá-lo, numa imaginação sem fim. Registamos e recriamos aquilo que gostamos de ver ou gostaríamos de sentir.

Como ver o mundo: vejo e sinto!Em fotografia, falar sobre técnica , equipamento, regras...

são aspetos importantes – sem dúvida! Mas não os considero relevantes para nos libertarmos e fotografarmos - sobre isso, ainda não falarei e não sei se alguma vez o farei.

A fotografia tem outros aspectos que considero mais essenciais, não sou profissional, não sou fotógrafo, apenas sou e serei, amador e autodidacta. O que repito sempre a quem quer começar a fotografar, ou já começou a fazê-lo: nunca desista!

Não há câmaras fotográficas que se programem para o que se quer ver, nem prevemos o que não se controla, mas com o tempo controlamos a câmara e não devemos deixar que ela nos controle a nós. Fotografar é estar longe dos constrangimentos e sem preconceitos.

Sobre a minha forma de fotografar: é simples, gosto de fotografar, como se fosse numa folha branca, onde estamos livres e sem limites, podemos - e escrevemos - com o olhar.

Muitas vezes, vagueio simplesmente – caminho sem rumo certo; olho as ruas, as pessoas, os campos, os animais e, num momento, sem escolher: páro, com vontade de registar algo que me tocou, que me fez sentir!

A cada instante, passamos e olhamos em volta: as palavras, os locais e os momentos vêm ter connosco; noutro instante é como se os conhecêssemos desde sempre, como se estivessem sempre debaixo de olho - nem sempre é assim. Volto aos mesmo lugares

por diversas vezes, em dias diferentes; e os lugares parecem mudar - ou será o nosso olhar?...

Todos os lugares nos contam estórias e revelam segredos por contar e muito para nos dar.

Ao fazer este ciclo, faço-o, porque tenho a sensação que muitas vezes fui deixando para trás algo de mim e por muito que se ande às voltas, mesmo parecendo que não se chega a lugar algum , continuo nessa busca constante sem parar, como um novo recomeçar.

Viver sem a fotografia, ou sem fotografar, é como acordar sem saber se procuro ou se perdi alguma coisa, mas muitas vezes é o suficiente para me levantar todos os dias ao amanhecer e nesta busca, perfeita ou imperfeita, viver com a câmara fotográfica.

A falta da fotografar é como quem sente necessidade de beber ou de comer.

É a vontade de ir, ou deixar-me levar, para ir fotografar. É dormir num estado de alerta, onde o sonho de não dormir não desperta. Sinto que são detalhes sobre os quais não tive tempo de pensar, depois de acordar, porque só quero ir fotografar.

A câmara no meu dia-a-dia: é um sentimento que desde o amanhecer ao anoitecer me faz inteiro. São pequenas grandes viagens onde me perco, onde me (re)encontro, onde grito e desperto.

E nessa busca constante, e por opção, sempre escolhi fotografar sozinho sem estar só! Nesses momentos sinto que são isolamentos de momentos em silêncio que o tempo bebe no meu corpo a liberdade e a vida que trago no peito, a liberdade de mim em mim.

Fotografem e sintam a fotografia como um respirar a liberdade

Nuno Caetano

FOTOGRAFIAVERTENTES

ARTE & CULTURA

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 19

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 120

SUBSÍDIO A PRAZO COMPAGAMENTOS ANTECIPADOS

SUBSCRIÇÃO» €2.500 a €40.000» Mínimo de 15 anos

SUBSCRITOR» Idade entre os 3 e os 60 anos» Aprovação médica

BENEFICIÁRIOS» Próprio subscritor

Recebimento de capital em três fases durante a vigência da subscrição.

Planear encargos periódicos passará a ser uma tarefa menos complicada aos subscritores desta modalidade. Com recebimentos faseados tripartidos, é perfeitamente possível fazer uma calendarização exacta para os seus encargos.

Os prazos podem variar entre os 15 e os 30 anos, sempre em múltiplos de três.

Os pagamentos são feitos ao associado: 25% do subsídio formado, respectivamente no final do primeiro e segundo terços do prazo convencionado e os restantes 50% do subsídio formado no final do contrato.

SAIBA MAIS EMwww.aprevidenciaportuguesa.pt

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 21

Festas do Senhor Santo Cristo

De 27 de abril a 02 de maio de 2016

São Miguel, Açores

www.visitazores.com/pt-pt

Em São Miguel, nos Açores, assista às Festas do Senhor Santo Cristo. A imagem do Convento da Esperança (em Ponta Delgada) sai em procissão ao quinto Domingo após a Páscoa, um momento festejado com grandes arraiais e iluminação.

Algarve nature week

De 13 a 22 de maio de 2016

Algarve

www.algarvenatureweek.pt/pt/

Ao longo de 9 dias, irá ser possível uma grande diversidade de atividades como caminhadas, observação de aves e cetáceos, passeios de barco, de bicicleta, de cavalo, de burro, pelo ar e até mesmo debaixo de água. São mais de 90 atividades ao ar livre, a preços simpáticos para que seja possível usufruir de (quase) todas as atividades.

Festas da Rainha Santa

01 a 13 de julho de 2016

Coimbra

www.visitcentro.com

Nos anos pares, Coimbra celebra a Festa da sua padroeira, a Rainha Santa Isabel. As festas duram cerca de um mês e incluem vários espetáculos, exposições, feiras de gastronomia e artesanato, provas desportivas e muita animação.

Meia Maratona Douro Vinhateiro

15 de maio de 2016

Douro - Barragem de Bagaúste

runningwonders.com/meiamaratonadourovinhateiro/

Com partida da Barragem de Bagaúste no concelho de Armamar e meta na Avenida do Douro em Peso da Régua, a meia maratona percorre cerca de 21 quilómetros sempre junto ao Rio Douro, em cenários deslumbrantes.

Queima das Fitas 2016

06 a 13 de maio de 2016

Coimbra

facebook.com/queimadasfitascoimbra

Coimbra faz a festa aos seus doutores.A festa acaba sempre com um espetáculo de alegria e cor. Do topo dos carros alegóricos, os estudantes saúdam a multidão e desfilam até à Baixa, abraçando a cidade com toda a sua euforia e irreverência.

Indie Lisboa

Festival Internacional de Cinema IndependentE

De 20 de abril a 01 de maio de 2016

Lisboa

indielisboa.com

Descubra novos autores e tendências do cinema mundial neste Festival em diversas salas da cidade de Lisboa. Um festival, que para além de ser uma referência para os cinéfilos por mostrar cinema de autor, ocupa uma posição privilegiada entre os eventos dedicados à cultura cinematográfica em Portugal.

CARTAZCULTURAL

ARTE & CULTURA

SAIBA MAIS EMwww.aprevidenciaportuguesa.pt

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 122

A Guarda é a cidade mais alta de Portugal. A sua situação altaneira justifica a designação de “escudo da Estrela”. Aqui, respira-se ar limpo, leve e sadio. O clima é de montanha e a fertilidade dos vales garantem sabores divinos.

O Concelho da Guarda está situado no centro da região beirã, entre o Planalto Guarda-Sabugal e a Serra da Estrela. Esta localização privilegiada permite-lhe que os seus cerca de 712,11 km2 de área sejam partilhados pelas bacias hidrográficas de cursos de águas tão importantes como são os Rios Mondego, Zêzere e Côa. O Concelho da Guarda confina a nascente com os Concelhos de Pinhel, Almeida e Sabugal, a sul com os de Belmonte e Covilhã, e a poente com Manteigas, Gouveia e Celorico da Beira.

A cidade da Guarda – que teve o seu primeiro Foral a 27 de novembro de 1199, concedido por D. Sancho I, o Rei Povoador – é capital de Distrito e o seu Concelho tem, segundo os Censos 2011, um total de 42 541 habitantes. Quer pela sua área, quer pelo número de habitantes, quer pelo número de freguesias, o concelho da Guarda é um dos maiores concelhos portugueses.

GUARDAFORTE, FARTA, FRIA, FIEL E FORMOSAAUTORIA: CÂMARA MUNICIPAL DA GUARDA

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 23

Herdeira de um património cultural rico, único, a Guarda encerra nas suas muralhas, mais de 800 anos de História. No ponto mais alto da cidade ergue-se a Torre de Menagem, símbolo máximo de toda a estrutura defensiva, é um sinal da altivez destas gentes que ao longo dos séculos defenderam a fronteira. Uma visita a este espaço, ajudará a compreender a importância que a Guarda teve na consolidação das fronteiras do actual território Português.

A transferência da sede episcopal de Idanha para a Guarda revelou-se um momento marcante na História da Guarda. Impunha-se a construção de raiz de uma Catedral digna da sua importância. O Templo é gótico com traços estéticos que se prendem com os tempos e artistas que participaram na construção. A planta é a das catedrais góticas, onde se destaca o retábulo da capela-mor, em pedra de Ançã, atribuída a João de Ruão. No exterior, a Catedral exibe magníficos trabalhos em granito, onde os pináculos e as gárgulas se impõem.

Mais de oito séculos de História encerram uma dualidade cultural e religiosa entre Católicos e Judeus, legando à cidade uma valiosa herança. Escondidos nas ruas estreitas da cidade, existem pormenores únicos da arquitectura civil e militar e também marcas de um património para muitos desconhecido e que passa despercebido ao olhar dos menos atentos.

A localização excecional no contexto de toda a área Centro - Norte do País, afirma a Guarda como uma importante plataforma na rede de acessibilidades da região, sendo o principal pólo urbano numa malha de direções onde se entrecruzam importantes ligações rodoviárias (A25 e A23) e ferroviárias, que potenciam a sua moderna Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial e o seu Parque Industrial renovado.

A pureza do Ar que aqui se respira justifica a tradição de cidade de saúde e bem-estar, o que, a par dos equipamentos culturais, desportivos e de lazer fazem desta Terra de Montanha um dos melhores locais para se viver e visitar!

Cidade dos 5 F´s: Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa

Forte dada a dureza do granito, que caracteriza a sua singular paisagem, e ao imponente sistema defensivo que outrora se ergueu e que ainda hoje se preserva.

Farta pelos seus vales férteis e cursos de água que garantem a sustentabilidade de quem a habita e pela variada e riquíssima gastronomia, que não deixa indiferente quem a saboreia.

Fria dado o clima de montanha que lhe confere a beleza e o brilho inigualável da brancura da neve, que a transforma e pinta de branco.

O atributo Fiel advém da História e das características genuínas das suas gentes beirãs, integras, honestas e hospitaleiras.

Formosa por tudo aquilo que é e possui: monumentos, praças, ruas e vielas, solares, jardins, parques, paisagem e, acima de tudo, as suas Gentes.

TURISMO & LAZER

GUARDAFORTE, FARTA, FRIA, FIEL E FORMOSAAUTORIA: CÂMARA MUNICIPAL DA GUARDA

TURISMO & LAZER

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 124

À DESCOBERTA DO VALE GLACIAR DO ZÊZERE

Entre os dias 28 e 29 maio, a Coimbratur propõe uma viagem pela finalista das 7 maravilhas naturais de Portugal, numa viagem ao Vale Glaciar do Zêzere e desbravando um caminho de beleza ímpar.

O percurso acompanha o trajeto do rio Zêzere e esta rota permitirá visualizar um dos melhores exemplos de modelação da paisagem pelos glaciares (em forma de “U”). Apesar de ser um vale muito aberto, as encostas são bastante íngremes, coberta de bolas graníticas e caos de blocos (principalmente na base das linhas água).

A rota do Glaciar oferece uma perspetiva mais ampla das características morfológicas de Manteigas e da Serra da Estrela e das diferentes tipologias de paisagem que valem a pena visitar.

A visita conta com a entrada no Centro Interpretativo do Vale Glaciar e na Covilhã, no Museu da Cereja no Ferro (seguida de prova gastronómica) e ao Museu do Queijo em Peraboa / Covilhã. Os participantes ficarão hospedados no hotel Tryp D. Maria 4****.

As inscrições são limitadas a 25 pessoas e as reservas pagas até dia 13 de maio terão um desconto de 4 %. Para mais informações, contacte os serviços da Coimbratur.

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 25

À DESCOBERTA DE BENIDORM

Entre os dias 10 e 18 do mês de junho de 2016, a Coimbratur propõe uma viagem onde luxo, praia e diversão se juntam numa combinação de sucesso.

Benidorm é um município espanhol, pertencente à Comunidade Valenciana, conhecido pelas suas magníficas praias e forte capacidade hoteleira que recebe os milhares de turistas que a visitam anualmente. Para além disso, a existência de vários parques temáticos e parques de atrações tornam bastante diversificados os programas que podem ser realizados por quem visita este município.

O programa desta viagem inclui a estadia no Grand Bali Hotel 4**** SUP, 7 noites com regime de pensão completa (incluindo bebidas) e viagem em autocarro de Turismo Superior com vídeo e ar condicionado, seguro de viagem Gold e um guia da Coimbratur que acompanhará os participantes da viagem.

Para mais informações, entre em contacto com os serviços da CoimbraTur e lembre-se que ao adquirir um produto da Coimbratur, está a ajudar o Serviço de Oncologia do H. Pediátrico de Coimbra.

TURISMO & LAZER

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 126

CASA DA MUTUALIDADEGALERIA DE ARTE E CENTRO DE MUTUALISMO

Localizada no rés-do-chão do prédio contíguo ao da Sede, é um espaço priveligiado de divulgação mutualista, no qual se pretende proporcionar

uma interatividade constante para todos aqueles que aí procurem informações, ou simplesmente saciar a sua curiosidade sobre a corrente

mutualista, quer sejam associados ou não.

Proporcionando uma zona ampla ou uma plateia através de bancos retráteis, constitui um espaço polivalente, e espera-se que dele se tire um

forte contributo para a divulgação de um mutualismo de vanguarda.

As magníficas instalações amplas e bem iluminadas, proporcionam aos artistas a possibilidade de divulgarem os seus trabalhos realçando toda a

beleza dos mesmos.

Neste espaço acolhe-se mensalmente, excepto no mês de Agosto, exposições de arte. Visite-nos!

Rua Dr. Manuel Rodrigues nº 5, 3000-258 Coimbra239 828 055/6 • [email protected]

www.aprevidenciaportuguesa.pt • facebook.com/aprevidenciaportuguesa

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 27

A história do Jardim confunde-se com a história da Botânica em Portugal e o seu valor natural e arquitetónico foi reconhecido com a sua inscrição, em conjunto com a Alta de Coimbra, como Património Mundial da UNESCO.

JARDIM BOTÂNICO DAUNIVERSIDADE DE COIMBRA

AUTORIA: DR. ANTÓNIO GOUVEIA, DIRETOR DO JARDIM BOTÂNICO DA UC

Na sequência da reforma do ensino das ciências em Portugal levada a cabo pelo Marquês de Pombal, a criação do Jardim Botânico em 1772 tinha como objetivo expor uma coleção de plantas vivas para complementar os estudos nas ciências médicas e farmacêuticas e de História Natural.

O projecto inicial do JBUC foi desenhado pelo naturalista Domenico Vandelli, mas considerado demasiado opulento pelo Marquês. Depois de simplificada a planta, as obras iniciaram-se em terrenos cedidos pela ordem dos beneditinos, na chamada Cerca de São Bento. Vandelli, como primeiro director do Jardim explorou a riqueza da flora portuguesa e dos territórios ultramarinos organizando várias expedições de recolha de espécies, descobrindo mais de 100 que não estavam ainda classificadas.

Avelar Brotero, que se tornou diretor do JBUC em 1791, expandiu o âmbito do Jardim para além do estudo das plantas medicinais, desenvolvendo o estudo botânico e agrícola das plantas, com a criação das Escolas Sistemáticas. Em 1804, publicou a primeira flora portuguesa, a Flora Lusitanica, onde catalogou mais de 1800 espécies.

O Jardim Botânico rapidamente cresceu para além dos limites originais, com o aumento progressivo da sua área e com a construção da Estufa Tropical em 1865. Nos finais do século XIX, o então diretor Júlio Henriques dá um passo decisivo na afirmação internacional do JBUC, ao estabelecer relações com Jardins Botânicos de vários países, partilhando espécies e sementes com essas instituições, reforçando a diversidade e riqueza do património natural do JBUC.

Ao longo do século XX, a tradição expedicionária e o desenvolvimento das infraestruturas do Jardim foram continuadas por Luís Carriço e Abílio Fernandes, que trouxeram o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra para a modernidade.

A missão do JBUC, como se pode perceber, foi evoluindo ao longo da sua vida. Apesar dos seus objetivos científicos e educativos continuarem a ser eixos fundamentais da sua existência, o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra representa também uma importante área verde da cidade, atraindo dezenas de milhares de visitantes por ano, nacionais e estrangeiros, graças ao seu património científico, arquitetónico e paisagístico.

Em 2013, como parte da área incluída na Universidade de Coimbra, Alta e Sofia foi inscrito na lista de Património Mundial da UNESCO, o que implica uma maior responsabilidade na manutenção e desenvolvimento do espaço, agora também uma área privilegiada de lazer. Alvo de uma intervenção de requalificação profunda, o JBUC vai passar dos 4 hectares abertos ao público para 13,5 com a reabertura da zona da Mata durante os próximos meses, que se estende desde a Universidade até ao Rio Mondego. A Estufa Tropical, um dos espaços mais distintivos do JBUC, também está a ser renovada.

Cuidar e fazer crescer o Jardim Botânico é um trabalho árduo que precisa da ajuda de quem reconhece a sua importância e beleza. Recentemente, A Previdência Portuguesa associou-se ao JBUC, apoiando a instituição com um generoso donativo financeiro e a doação de alguns carvalhos que foram plantados no Terraço Júlio Henriques. Estas espécies - carvalho-alvarinho (Quercus robur), Carvalho-pardo ou carvalho-das-beiras (Quercus pyrenaica) e carvalho-português (Quercus faginea) - são das mais representativas da flora portuguesa, e um acréscimo de riqueza à diversidade botânica do Jardim, que conta com mais de 3 mil espécies plantadas, em toda a sua área.

Mais de 240 anos após a sua criação, o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra está a entrar numa nova estação de renascimento e renovação, preparado para enfrentar os novos desafios que se aproximam.

TURISMO & LAZER

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 128Rua Dr Manuel Rodrigues nº1, 1º piso

3000-258 COIMBRA

ASSISTÊNCIA MÉDICAEXCLUSIVO PARA ASSOCIADOS D’A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA

Consultas de Clínica Geral

Horário de Consultas

2ª-feira e 6ª-feira14h30 às 16h30

3ª-feira, 4ª-feira e 5ª-feira10h30 às 12h30

» €4,00/consulta (Não Aderente)» €2,00/mês (Aderente)

Serviços de Enfermagem

Avaliação de Tensão ArterialMedição de GlicosePensosRemoção de PontosInjecçõesTeste ComburLavagem Auricular

» Preçário de Tabela (Não Aderente)» Gratuito (Aderente)

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 29

A “Organização Mundial de Saúde” (OMS) define a saúde como “um estado de completo

bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de infeções e doenças”.

A saúde passou, então, a ser mais um valor da comunidade do que do indivíduo. É um direito fundamental da pessoa humana, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição sócio-económica (Almeida Gouveia). A saúde não é um bem in-dividual, uma vez que nenhum indivíduo se sentirá bem quando, ao seu redor, sofrem muitos e a comunidade reflita, no seu funcionamento, o sofrimento de muitos. A saúde é, portanto, um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos.

No passado, refere Gouveia (1960), a saúde era a perfeição morfológica, acompanhada da harmonia funcional, da integridade dos órgãos e aparelhos, do bom desempenho das funções vitais; eram apenas considerados o vigor físico e o equilibrio mental em termos do indivíduo e ao nível da pessoa humana. Hoje, ela passou a ser considerada sob outro plano ou dimensão; saiu da esfera do indivíduo para ser vista, também, na relação do indivíduo com o trabalho e com a comunidade.

No que diz respeito ao indivíduo, quanto ao seu bem-estar físico, devemos referir que não há saúde de órgãos porque a saúde é total, é o todo. Assim como não existem doenças estritamente

locais, não existe também “saúde local”.

O lado psíquico da saúde cresceu de importância na época agitada em que vive o mundo. Inquietudes, pressa, ânsias, incertezas, indagações perante os fatos da vida, particularmente da vida económica, trepidação, desgaste constante de energias mentais, etc., levam o indivíduo ao cansaço e a sofrimentos psicossomáticos.

É preciso, porém, para o perfeito equilíbrio neuropsíquico, que o homem esteja bem adaptado às condições de vida, dentro

do ambiente em que vive; que haja entendimento, equilíbrio, tolerância, compreensão dos indivíduos entre si, pois a mente e o corpo sãos não permanecerão saudáveis, por muito tempo, em ambiente agitado, adverso e tumultuoso.

A necessidade de higiene mental é universal; é para todos. Para os efeitos da vida económica e da vida social, a noção de saúde mental é a de respostas psíquicas ajustadas, de boa adaptação, de “relações humanas” satisfatórias na família,

no trabalho e na comunidade.

Saúde representa, por isto, um bem-estar social. A “saúde social” (bem-estar social) é aquela resposta ou ajustamento às exigências do meio, e depende fundamentalmente das condições socioeconómicas do agrupamento humano onde se vive, da distribuição da riqueza circundante, da oportunidade que se ofereça ao indivíduo para que faça parte do esforço organizado da comunidade. A “saúde social” é mais coletiva que individual. Onde há miséria, fome e ignorância; onde é grande a competição da luta pela vida; onde há compreensão entre os homens; onde o desenvolvimento e a economia não oferecem oportunidades a todos; onde o clima político sufoca os direitos essenciais da pessoa humana e a liberdade do homem foi suprimida para que o domínio de alguns se exerça sobre a comunidade; enfim, onde não há bem-estar social, a saúde física e a saúde mental revelam-se não saudáveis e poderão ser afetadas, se atingidas por longos períodos de tempo.

CONCEITO DE SAÚDE

TEXTO ADAPTADO POR ALÍPIO CARVALHO, MÉDICO DE CLÍNICA GERALTEXTO RETIRADO DO SITE WWW.ALTERNATIVAMEDICINA.COM/MEDICINA-TROPICAL

SAÚDE & BEM-ESTAR

Rua Dr Manuel Rodrigues nº1, 1º piso3000-258 COIMBRA

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 130

Trata-se de uma abordagem da psicologia que tem por objetivo facilitar o bom desenvolvimento psíquico da criança, com o compromisso de ajudar a família a interagir e a participar de todos os processos de aprendizagem pelos quais a criança passará, e, promover o bom relacionamento entre pais e filhos e a sociedade.

As crianças podem, de fato ter grandes problemas. Não é porque são pequenas que devemos menosprezar o seu sofrimento psíquico, ele existe e impede-as de viver uma vida saudável e feliz.

Ao longo do seu percurso de vida muitos podem ser os fatores desencadeantes de uma crise na criança: a morte ou doença de algum membro da família, a separação dos pais, o nascimento de um irmão, problemas na escola, bullying e muitos outros.

Deste modo, intervenções bem estruturadas abreviam o tempo do processo terapêutico e promovem resiliência nesta importante etapa da vida.

A T.R.I. é a forma abreviada de “Terapia de Reciclagem Infantil” que significa: Trabalhar as Emoções; Reciclar os Pensamentos e Inovar os Comportamentos. É um dispositivo psicoterapêutico formado por duas modalidades de intervenção: a primeira utilizada para o tratamento de contextos clínicos como depressão e ansiedade e a segunda como elemento preventivo para trabalhos em grupo em instituições escolares, centros de saúde ou grupos comunitários.

A T.R.I. é composta na sua estrutura fundamental por três instrumentos denominados como ferramentas de acesso à criança: Baralho das Emoções, Baralho dos Pensamentos e Baralho dos Comportamentos. Tais instrumentos sustentam os princípios básicos que as psicoterapias cognitivas implicam, possibilitando, deste modo, uma psicoterapia e um modelo preventivo nas bases cognitivo comportamentais.

Ela foi desenvolvida no intuito de formalizar uma intervenção do início ao fim do processo psicoterapêutico com a criança, levando em conta que protocolos de infância, de um modo geral, são parciais e direcionados a um funcionamento psicopatológico específico.

Nos dias de hoje as pesquisas científicas apontam cada vez mais para a importância do desenvolvimento emocional, ou seja, a capacidade da regulação das emoções, bem como das cognições e comportamentos na promoção de resiliência e consequentemente saúde mental.

Atualmente este modelo faz parte das nossas clínicas – Consultórios de Psicologia e Psicoterapia Dra. Cristina Cabral englobando protocolos integrados de pesquisa e eficácia, com elevado sucesso excedendo as expetativas.

Baralho das emoções (insere-se a criança no trabalho clínico)

Instrumento que visa o trabalho psicoeducativo com as crianças e adolescentes acerca do reconhecimento, evocação, verificação de intensidade e frequência de ativação das emoções, bem como da adequação entre emoções e respostas comportamentais. Ajuda o desenvolvimento da empatia e consequente incremento de socialização.

Baralho dos Pensamentos (reciclando ideias, promovendo consciência)

Instrumento que visa trabalhar com a criança e com o adolescente a relação existente entre os pensamentos, ou seja, a interpretação, os processos cognitivos derivados das emoções e a relativa consequência na manutenção de emoções e comportamentos negativos. O instrumento possui também um mapeamento cognitivo das principais cognições associadas às emoções consideradas básicas como: alegria, amor, tristeza, raiva, medo e nojo e a relação das mesmas com as principais patologias de humor e ansiedade na infância e adolescência.

Baralho dos Comportamentos (o efeito bumlerangue)

Instrumento que visa trabalhar com a criança e o adolescente o espectro dos comportamentos derivados de pensamentos que ajudam e que não ajudam. O comportamento é aqui entendido e relacionado ao processamento emocional e cognitivo apontados nos instrumentos anteriores. Serão trabalhadas classes comportamentais no intuito de desenvolver comportamentos mais cooperativos e com maior índice de empatia e socialização.

PSICOTERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL INFANTIL E T.R.I.AUTORIA: DRA CRISTINA CABRAL, PSICÓLOGA CLÍNICA

SAÚDE & BEM-ESTAR

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 31

A IMPORTÂNCIA DASAÚDE ORAL

AUTORIA: DR FILIPE MOREIRA, MÉDICO DENTISTA NA ORAL STUDIO

Comecemos, então, pelo início, respondendo a uma questão frequentemente colocada pelos

pais: “com que idade devo trazer o meu filho ao dentista?”

Diríamos que assim que erupcionam os primeiros dentinhos, para que uma correcta instrução, motivação e prevenção tenham também início, influenciando de forma decisiva o futuro da criança. Com uma abordagem comportamental individualizada e especializada levada a cabo pelo odontopediatra, estes pequenos pacientes tornam-se mais confiantes e cooperantes. Nesta consulta é criado um ambiente único recorrendo ao mundo da fantasia, adequado ao desenvolvimento cognitivo da criança, com utilização de analogias a jogos, músicas e filmes infantis.

O Odontopediatra é um médico dentista especializado em lidar com os receios da criança, transformando a consulta numa experiência positiva e até mesmo divertida. Este profissional está ainda direcionado para tratar crianças com fobias e necessidades especiais.

No entanto, mesmo sendo cauteloso desde tenra idade, poderão existir, por diversos motivos, problemas dentários. Desde logo, a necessidade de corrigir más posições dentárias e maxilares, procurando alinhar os dentes (ortodontia). Atualmente, o tratamento ortodôntico é bastante requisitado, não só por um imperativo de saúde, mas, mais do que nunca, por uma questão estética, cada vez mais enraizada na sociedade atual e importante a nível de satisfação pessoal e social, na procura de emprego, por exemplo.

A medicina dentária prima cada vez mais pela manutenção e reabilitação de dentes

recorrendo, sempre que possível, a técnicas minimamente invasivas.

No que respeita à reabilitação de áreas desdentadas, existem inúmeras soluções, surgindo à cabeça os implantes dentários, quando estão indicados.

Em jeito de conclusão, quando falamos de saúde, não podemos reduzir a nossa actividade apenas à aplicação de uma técnica. Há que assumir, de igual modo, uma missão de educação para a saúde pautada por valores tão fundamentais como a responsabilidade, ética, honestidade, profissionalismo, adoptando critérios de qualidade muito exigentes. Só assim é possível estabelecer uma óptima relação médico-doente.

Como tal, o doente deve ser entendido de uma forma global, com todas as suas características humanas, sendo a saúde oral um componente

importante da saúde geral.

Uma vez diagnosticados certos problemas, devem ser propostas várias soluções individualizadas e diferenciadas, que garantam não só a reabilitação, mas também a longevidade do tratamento, sendo fundamental o acompanhamento do doente. Na medicina dentária actual, só é possível atingir este grau de excelência trabalhando integrado num corpo clínico multi-disciplinar, constituído por profissionais com formação e educação contínua de elevado nível, capazes de dominar conhecimento, tecnologia e materiais devidamente certificados e cientificamente comprovados. Só assim podem ser assegurados padrões de qualidade e os reais interesses do doente.

É fundamental efectuar um acompanhamento periódico (no mínimo, uma vez por ano), possibilitando prevenir, actuar precocemente e identificar factores de risco.

A saúde oral é parte integrante da saúde geral. O seu comprometimento poderá ter repercussões profundas em termos de qualidade de vida; a experiência de dor, as complicações infeciosas, as limitações mastigatória, estética e fonética afectam o quotidiano e o bem-estar de todo e qualquer indivíduo.

SAÚDE & BEM-ESTAR

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 132

O diabetes mellitus é a doença causada pelo excesso de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir insulina em quantidade suficiente para as necessidades do organismo, ou porque a insulina não consegue agir de maneira adequada.

Diabetes Tipo 1 (Diabetes Insulinodependente)

Este tipo de Diabetes ocorre mais nas crianças e jovens. O pâncreas deixa de conseguir produzir insulina, sendo esta responsável pela decomposição dos açúcares que ingerimos para que o nosso organismo consiga digerir os mesmos. Este facto leva a que o corpo reaja aos açúcares ingeridos como corpos invasores (em 10% dos casos).

Diabetes Tipo 2 (Diabetes não Insulinodependente)

Este tipo de Diabetes ocorre por norma nos adultos. Nestes casos o pâncreas produz insulina, no entanto, a insulina não consegue ser absorvida pelo organismo facilmente, o que leva a um esforço extra do pâncreas e do organismo para a absorção dos açúcares ingeridos (em 90% dos casos).

Pré-diabetes

A pré-diabetes é uma situação que antecede a diabetes e serve de alerta para evitar a progressão da doença. Não se considera ainda diabetes, no entanto, já se apresentam factores de risco que podem levar ao aparecimento da doença. O nível de glicémia começa a ser mais elevado e o pâncreas começa a produzir mais insulina do que o habitual, devido a esse aumento.

Tratamento

O tratamento além dos fármacos (conforme o tipo de diabetes) consiste numa alimentação variada e cuidada, para além da prática de desporto.

Nos diabetes tipo 1, é necessário ter o cuidado especial de medir a glicose regularmente.

Sintomas

Diabetes Tipo 1

• Vontade de urinar diversas vezes ao dia• Fome e sede frequentes (mais que o normal)• Perda de peso (mesmo que o apetite tenha

aumentado)• Fraqueza/Fadiga (sem razão aparente)• Nervosismo/Mudanças de humor• Náuseas e vômitos

Diabetes Tipo 2

• Infeções frequentes (nomeadamente urinárias e de pele)

• Feridas que demoram a cicatrizar (levam mais tempo do que o habitual)

• Perda de visão • Formigueiro nos pés (em casos já mais

avançados)• Vontade de urinar diversas vezes ao dia (mais

do que o habitual)• Fome e sede frequentes

DOENÇA:DIABETES

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 33

SAÚDE & BEM-ESTARSAÚDE & BEM-ESTAR

Doses: 10/12 mini-hambúrgueresTempo: 45 minutosPreparação: fornoDificuldade: fácil

Ingredientes:

• 1 lata de atum ao natural• 1 batata doce média• 1 ovo• 1/4 de cebola • queijo ralado light • temperos a gosto

Preparação:

1. Cozer a batata doce. 2. Numa taça colocar o atum, o ovo, a cebola, o queijo e todos os temperos e misturar bem. 3. Triturar a batata-doce e juntar ao preparado anterior, até obter uma mistura homogénea. 4. Pré-aquecer o forno e untar uma travessa de ir ao forno com um fio de azeite. 4. Dispor a massa sobre uma banca e cortar em forma de hambúrgueres.

5. Colocar na travessa e levar ao forno a aproximadamente 180ºC.

6. Deixar cozinhar até ficarem dourados; virar se necessário.

Receita: Hambúrgueres de Atum e Batata-doce

SAÚDE & BEM-ESTAR

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 134

PLANOPOUPANÇA-EDUCAÇÃO

SUBSCRIÇÃO» €200 a 3000€ semestrais» Mínimo de 5 anos

SUBSCRITOR» Idade entre os 14 e os 60 anos» Aprovação médica

BENEFICIÁRIOS» Jovem a indicar pelo subscritor à data da subscrição, com idade inferior a 13 anos

Recebimento de capital a partir dos 18 anos cronológicos, sob a forma de doze semestralidades.

SAIBA MAIS EMwww.aprevidenciaportuguesa.pt

Criado especialmente a pensar nos jovens e, porque a educação é a base de uma sociedade moderna e competitiva, A Previdência Portuguesa apresenta-lhe a opção ideal, capaz de garantir a formação do seu educando.

Este plano pode ser subscrito por qualquer indivíduo com idade compreendida entre os 14 e os 60 anos, o qual indicará um jovem a beneficiar com idade nunca superior a 13 anos.

Aos subscritores deste produto é garantido o pagamento de 12 semestralidades ao jovem indicado, a partir da data em que este completa 18 anos cronológicos.

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 35

No início de cada ano letivo, fala-se muito das escolas que ainda não têm as condições mínimas para começar, dos pais que tentam escolher para os filhos, as escolas com melhor ranking nacional, dos pais que tentam ter dinheiro para matricular os filhos nas escolas privadas, dos pais que tentam ter dinheiro para comprar os livros e materiais escolares entre outros assuntos. Mas pouco se fala daquilo que será do mais importante da escola: o projeto educativo e modelo pedagógico adotado.

Claro que faz sentido, sempre que entramos nas áreas técnico-científicas, devem estar entregues aos corpos docentes das escolas. O que não faz sentido é a generalidade das escolas em Portugal, copiar os projetos educativos umas das outras, ou sendo diferentes, na prática, nunca serem verdadeiramente aplicados, nem haver exigência de toda a sociedade para que assim aconteça. Existem diversas pedagogias que, pelo trabalho que dão a ser colocados em prática, ou por desconhecimento completo dos corpos docentes, são imediatamente colocados de parte, ou nem sequer chegam a ser equacionados.

Neste artigo damos a conhecer três dessas pedagogias, talvez dentro das “pedagogias alternativas”, as mais conhecidas:

MEM - Movimento da Escola Moderna

“O MEM propõe-se construir, através da ação dos professores que o integram, a formação democrática e o desenvolvimento sócio moral dos educandos com quem trabalham, assegurando a sua plena participação na gestão do currículo escolar”. Assim, os educandos responsabilizam-se por colaborarem com os professores no planeamento das actividades curriculares, por se interajudarem nas aprendizagens que decorrem de projetos de estudo, de investigação e de intervenção e por participarem na sua avaliação. Esta avaliação assenta numa negociação cooperada dos juízos de apreciação e do controlo dos objetivos assumidos nos planos curriculares colectivos e nos planos individuais de trabalho e de outros mapas e listas de verificação do trabalho de aprendizagem, que servem para registo e monitoragem do que se contratualizou em Conselho de Cooperação Educativa. fonte www.movimentoescolamoderna.pt

Pedagogia Woldorf

A primeira Escola Waldorf nasce na Alemanha, em 1919 com Rudolf Steiner. Surgiu da necessidade de criar uma escola para dar respostas à necessidade dos filhos dos operários da fábrica, onde Rudolf Steiner era diretor. Rapidamente, se tornou num sucesso mundial. Steiner, criou um movimento de escolas, tendo como base as dimensões do ser humano, o ser, o querer e o pensar. A sua preocupação era dar resposta às necessidades das crianças não só daquela altura, mas também às das futuras gerações. Sem sombra de dúvida, que este homem além de revolucionário, foi também um visionário para a sua época.

Pedagogia de Projeto

A palavra “projeto” surgiu pela primeira vez a nível educacional em 1904, através do educador C. Richards. Este educador orientava futuros professores de trabalhos manuais e defendia a necessidade destes desenvolverem projetos nascidos do seu mundo e das suas experiências, através de questões, problemas e tarefas práticas. Contudo, só com John Dewey (1859-1952) e outros nomes defensores da chamada “Pedagogia Ativa”, é que nasceram as primeiras referências ao trabalho com projetos como meio de aprendizagem. Este filósofo, psicólogo e pedagogo muito liberal norte-americano, teve um papel primordial na pedagogia contemporânea. Era um assumido defensor da “Escola Ativa”, que promovia o ensino-aprendizagem através da experiência e participação direta do aluno no processo.

QUE PROJETO/MODELO EDUCATIVO?

AUTORIA: ASSOCIAÇÃO ASAS - ASSOCIAÇÃO APRENDER E SENTIR

EDUCAÇÃO

SAIBA MAIS EMwww.aprevidenciaportuguesa.pt

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 136

CATEGORIAS DE(DIREITOS) HUMANOSAUTORIA: ISA FILIPE, PRESIDENTE DA SECÇÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA

Há alguns anos atrás, iniciei a minha caminhada com os direitos humanos. Começou por uma preocupação especial, por uma atenção maior, e acabou por me levar a uma pequena sala no quarto piso do Edifício da Associação Académica de Coimbra, precisamente a casa dos direitos humanos no seio universitário, a Secção de Defesa dos Direitos Humanos da AAC. Esse foi, para mim, o momento em que a causa dos direitos humanos se tornou real para mim. Projecto após projecto encontrei-me envolvida não só na secção, mas em toda a temática, de uma forma que talvez nunca tivesse esperado. E a partir daí, abri-os olhos.

Caminhar de mãos dadas com os direitos humanos não é fácil, pois exige um olhar atento, crítico e exaltado para todas as questões que, de alguma forma, toquem com a dignidade da pessoa humana. E isso, nos dias que correm, não só é um desafio, como uma dificuldade. Pelo menos no que concerne à capacidade de viver despreocupado. Eu, confesso, não a tenho, porque não há dia em que não dê por mim indignada com alguma coisa.

E este olhar sobre mim leva-me a reflectir sobre o outro, e a entrar agora no sentido do título deste artigo. É que defender direitos humanos, em abstracto, pode revelar-se um autêntico teste ao nosso humanismo. Concretizando esta ideia: como explicar que uma mesma pessoa se exalte com uma qualquer medida de discriminação para com a pessoa homossexual, mas não se sinta minimamente melindrada com a crise de refugiados? Ou como explicar que uma pessoa se revolte contra os bombardeamentos em França, mas nem sequer pare para reflectir sobre um bombardeamento no Irão? Ou ainda: como explicar que uma pessoa se paute pela luta em prol dos direitos das mulheres, mas ataque os homens como se de inimigos declarados se tratassem? A primeira resposta que me ocorre é que a maioria das pessoas não defende direitos humanos. Defende, somente, os seus interesses, e luta contra os problemas que de alguma forma afectam a sua vida.

Esta é, claro, uma generalização. Mas este fenómeno da preocupação parcial tem tanto de compreensível como de revoltante. Até certo ponto não podemos exigir que uma pessoa se ressinta tanto com uma ofensa a algo com que se identifique, como com uma ofensa a algo que mal conhece, é certo. Mas é a frieza que me choca.

O que tenho visto é que a pessoa comum se indigna com o pai que violou a filha, o marido que assassinou a esposa, o rapaz que espancou e assaltou a velhinha, o grupo terrorista que atacou a redacção da revista sarcástica. Mas quando chega a

vez das bombas constantes no Irão, dos assassinatos do Boko Haram na Nigéria, ou até mesmo dos milhares de pessoas que morrem durante o ano nos Estados Unidos – aquele país que tantas atenções atrai – virtude de uma política incompreensível de legalização das armas, as questões parecem não fazer sequer mossa.

Pergunto-me, então, se há para nós categorias de direitos humanos, ou até mesmo categorias de humanos, numa espécie de sociedade estratificada e organizada segundo um critério de proximidade e identificação cultural. É que só assim consigo entender que se olhe com um visivelmente maior respeito para o cidadão parisiense que está com medo de sair à rua, do que para o cidadão sírio que nem sequer uma nação que o acolha tem. Aliás, nem assim consigo entender que se culpem os segundos dos problemas dos primeiros. Mas isso já nos levaria para outros desenvolvimentos, que permitissem reflectir sobre o fenómeno das opiniões infundadas e descuidadas sobre assuntos de extrema relevância. A propósito deste último reparo, bem dizia, e bem, o então alto – comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, que “vivemos num mundo caótico”.

Prova viva disso, a meu ver, é o facto de, encerradas as votações da Porto Editora para a palavra do ano 2015, sair vitoriosa a palavra “Refugiado”. Que mundo é este em que o direito de asilo se discute tão intensamente, numa troca de ideias onde ninguém parece saber muito bem o que esse direito implica, existindo até quem aparente não saber sequer que esse direito existe? Nas notícias que li sobre o assunto, esperava-se que “Acolhimento” fosse a palavra de 2016. Pois deixem-me que vos diga que duvido muito. É que resta saber se a palavra “Refugiado”, que terá sido dita tantas vezes, o foi maioritariamente no bom ou no mau sentido. A minha aposta? Pegando na amostra que o dia-a-dia me trouxe, o sentido jocoso terá sido o mais frequente na hora de se recorrer a esta palavra. E cá está, mais uma vez, o distanciamento, a despreocupação, a leviandade. Não vivêssemos nós neste tempo, em que o fim da hierarquia não passa de um conto dos livros de história. Num tempo, por fim, em que os direitos humanos se deparam com humanos que não conhecem os seus direitos. E em que uns e outros, que deviam «partilhar a mesma casa», não conseguem sequer manter uma «relação de vizinhança».

DIREITOS HUMANOS

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 37

ECOLOGIAna academia

AUTORIA: GRUPO ECOLÓGICO DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA

Acreditamos que o nosso planeta não precisa de gestos megalómanos, apenas necessita que cada um de nós cuide e respeite, através sim, de pequenos grandes gestos, todos os dias, que se refletem: no que adquirir, onde adquirir, o que pedir e como agir!

O Grupo Ecológico é um espaço de debate, divulgação e intervenção que conta com estudantes de diversas áreas de estudos.

Festas Académicas amigas do ambiente

O Grupo Ecológico pretende sensibilizar os estudantes da Universidade de Coimbra para os problemas ambientais e incentivá -los a melhorar os seus hábitos, através de pequenos gestos, como por exemplo a reutilização: sendo que uma boa forma de iniciar essa prática será nas festas académicas.

Conquistas:• Na Queima da Fitas’15, no âmbito na nossa atividade

de recolha de copos usados em troca de uma caneca personalizada e uma senha (água, sumo ou fino), o Grupo Ecológico recolheu 47 380 copos, tendo estes sido posteriormente entregues aos ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A.

• Na Festa das Latas e Imposição de Insígnias’15 em colaboração com os Núcleos, todas as bebidas vendidas por estes foram servidas em copos reutilizáveis.

Consciencializar de forma crítica

Realizamos exibições de documentários sobre temáticas nas diversas áreas ambientais, tais como “Cowspiracy”, “Forks Over Knives”, Blackfish”, seguidos de debates em espaços públicos.

Semanalmente, todas as Quartas, a partir das 21H00 com, na nossa Sala, realizamos debates sobre situações do quotidiano de âmbito ambiental.

Workshops de culinária vegetariana e cogumelos

Realizamos este tipo de workshops para dar a conhecer as alternativas, mais amigas do ambiente, às comuns opções “ou carne ou peixe”.

Outras atividades

Durante o mês de dezembro realizamos “Neste Natal, não corte um pinheiro, plante um” em que oferecemos 150 pinheiros mansos (Pinus pinea), como incentivo à plantação e não ao abate de árvores durante a quadra natalícia.

No início deste mês, vão arrancar três campanhas já quase tradição do Grupo: a recolha de óleo, tampas e rolhas que tem como objectivo consciencializas a comunidade para a necessidade do tratamento dos residuos.

Realizamos, ainda, esforços para consciencializar para a quantidade de resíduos produzidos dentro da Universidade de Coimbra e que não estão a ser aproveitados, tentando a todo o custo alterar todos os problemas por nós detetados no seio da UC.

O Grupo Ecológico da Associação Académica de Coimbra, fundado em 1974, com ênfase na luta anti militarista e anti nuclear, encontra nos dias de hoje outro objetivo: o de sensibilizar a comunidade estudantil para os problemas ambientais do nosso planeta, desenvolvendo projetos, tendo como foco a educação ambiental e a conservação do meio ambiente.

MEIO AMBIENTE

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 138

Torneio de nível nacional organizado pela Federação Portuguesa de Atletismo ao longo dos últimos 33 anos.

Em 2015 o Torneio Olímpico Jovem para os Escalões de Iniciados e Juvenis, foi realizado na Cidade de Braga, teve a participação de 607 atletas de ambos os sexos, em representação das 22 Associações Distritais/Regionais, de uma Seleção de Macau e de uma Seleção do Desporto Escolar. Foi um êxito para todos os atletas que representaram a Associação Distrital de Atletismo de Coimbra, foram alcançados 15 Pódios Nacionais (7-1º lugares; 5-2º lugares e 3-3º lugares), foram ainda batidos 3 Recordes Distritais.

Coletivamente a Seleção Distrital obteve o 6º Lugar com um total de 308,00 Pontos. Este excelente resultado foi a melhor classificação coletiva dos últimos 30 anos, quando na década de 80 se alcançou o 4º lugar.

De entre todos os bons resultados destacamos o obtido pelo atleta Juvenil Mauro Pereira na prova de 300 Metros com a marca de 34,91 seg. A marca alcançada permitiu-lhe entrar para o Plano de Apoio ao Alto Rendimento (PAR) da FPA.

PÓDIOS ALCANÇADOS

• 100MBar Juv 0,76- Elisabete Silva ADAC - Bronze

(RD 15.01seg.)

• Peso 4Kg Ini.- Leandro Ramos ADAC - Ouro

• Comprimento Juv.- Andreia Gomes ADAC - Prata

• Comprimento Ini.- Érica Granjeia ADAC - Prata

• 80M Ini.- Érica Grangeia ADAC - Prata (RD 10.21

seg.)

• Disco 1,5Kg Juv.- Tiago Ferrão ADAC - Ouro

• Peso 3Kg Ini.- Carolina Fernandes ADAC - Ouro

• Peso 3Kg Juv.- Juliana Rei ADAC - Bronze

• Disco 1Kg Juv.- Juliana Rei ADAC - Bronze

• 300M Juv.- Mauro Pereira ADAC - Ouro (RD 34.91

seg.)

• 100M Juv.- Mauro Pereira ADAC - Prata

• Peso 5Kg Juv.- Tiago Ferrão ADAC - Prata

• Salto Altura Juv.- Nelson Pinto ADAC - Ouro

• Dardo 600g Ini.- Leandro Ramos ADAC - Ouro

• 4x100M Juv.- ADAC (Jorge Freitas /Vando Fresco/

Carlos Veríssimo/Mauro Pereira) - Ouro

TORNEIO “NESTLÉ OLÍMPICO JOVEM”AUTORIA: ADAC - ASSOCIAÇÃO DISTRITAL DE ATLETISMO DE COIMBRA

DESPORTO

António MonteiroCARDIOLOGISTA

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A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA | NÚMERO 1 39

Retomando o percurso realizado pelas origens do Mutualismo no número anterior, numa viagem que se iniciou na Antiguidade Clássica e que percorreu toda a Idade Média, é tempo de olhar para a Idade Moderna e para o seu papel importante no desenvolvimento do próprio mutualismo.

A partir do século XVIII e em resultado dos conflitos iniciados pelas confrarias e associações de companheiros que tratámos anteriormente, começa a desenvolver-se na França um grande debate e reflexão sobre as conceções mutualistas pelos vários filósofos e pensadores.

Este interesse crescente deu então origem ao nascimento de sociedades de previdência, que

têm como princípios a liberdade e a democracia.

Destaca-se a criação da “Sociedade Filantrópica” (também na França) em 1780, sociedade essa que foi extinta e mais tarde restaurada (1802). Esta associação marca o desenvolvimento do associativismo mutualista mas de uma forma mais clara e definida.

A Revolução de 1848 ajuda este movimento a ganhar um fôlego cada vez maior e em 1850,

há registo do primeiro texto legal relativo a sociedades de socorros mútuos.

Nomes como August Comte e Charles Fourier Joseph Proudhom ajudam a sistematizar todas estas ideias e Joseph Proudhom chegou mesmo a teorizar os princípios de uma filosofia humanista assente na reciprocidade de ações, como forma de oposição ao individualismo e à autoridade.

Na Inglaterra e a partir da segunda metade do século XVIII, as “Friendly Societies” foram fundadas com base na amizade e fraternidade existente entre todos os indivíduos e destinavam-se a salvaguardar os interesses financeiros dos seus membros e garantir os benefícios estabelecidos aos mesmos.

A legislação inglesa, concretamente o Friendly Societies Act de 1875, preocupou-se em separar

inclusivamente a legislação aplicável a estas associações e das companhias de seguro.

Todas estas influências contribuíram para o desenvolvimento do movimento mutualista que conhecemos hoje, praticado em diversas associações nos vários pontos do país e onde A Previdência Portuguesa está incluída.

O MUTUALISMO E A SUA HISTÓRIA...

PARTE II

MUTUALISMO

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Rua da Sofia, 193 – Apartado 29, 3001-901 COIMBRA

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