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Plaquetopenia na
InfânciaInfância
Profa Mariana Bohns Michalowski
Departamento de Pediatria
Universidade Federal de Ciências da Saúde
de Porto Alegre
Plano
• Definição
• Apresentação
• Diagnóstico Diferencial
• Púrpura Trombocitopênica Imune• Púrpura Trombocitopênica Imune
• Neonatologia
• Conclusão
Plaquetas
• Fragmentos celulares derivados dos
megacariócitos
• Componentes da primeira fase da hemostase
– Formação de plug– Formação de plug
Plaquetas
• Valor normal 150.000 a 400.000/µL
• Volume Plaquetário Médio (VPM):
•8,9 +/- 1,5 µm³
• 2/3 são plaquetas circulantes
• demais se localizam no baço
• Meia vida 7 a 10 dias
Trombocitopenia
•Sintomas tipicamente envolve pele
e mucosa
•Petéquia, equimose, sangramento
prolongado a incisão ou punção
venosa, epistaxe, hemorragia
gastrointestinal, hematúria e
menorragia.
•Hemorragia intracraniana é rara
•Hematomas musculares profundos
e hemartroses não ocorrem
Plaquetopenia
Pseudotrombocitopenia• Anamnese e exame fisico normais
• Plaquetas baixas
• Causas:
– Ativação plaquetária durante coleta– Ativação plaquetária durante coleta
– Má contagem de megatrombócitos
– Devido a anticorpos anti EDTA
– Outras
• Diagnóstico:
– Coleta com outro anticoagulante (ex. citrato)
– Coleta por punção digital
Plaquetopenia AdquiridaPlaquetopenia Adquirida
Trombocitopenia Imune PrimáriaTrombocitopenia Imune Primária
Consensus de Vicenza 2009
• Imune: para enfatizar o mecanismo imune
• Abandono do termo “púrpura”:
– muitos pacientes tem poucos ou nenhum sintoma
de sangramentode sangramento
• Duas formas:
– Primária ou secundária
TIP• Uma das doenças hemorrágicas adquiridas mais comuns da
infância
• +/- 1 caso por 10.000 crianças ano
• Usualmente benigna e autolimitada
• Crianças sadias• Crianças sadias
• Pico 4 e 8 anos de idade
• Caracterizada pela destruição acelerada de plaquetas,
principalmente pelos fagócitos esplênicos
TIP• Início súbito
• Freqüentemente precedido de infecção viral ou vacinação
• 80 a 85% dos casos com resolução espontânea
• 50% dos pacientes se recuperam em 4 a 8 semanas e 2/3 em 3
meses
• TIP crônicas (com mais de 6 meses) 37% recuperam
espontaneamente
• Estudo com 554 crianças apenas 9% persistiram com plaquetas
menores de 20000 após 6 meses de diagnóstico
• Fator de risco para evoluir para cronicidade: idade maior de 10
anos, início insidioso e meninas
TIP• Geralmente apresenta-se com
– Sangramento “seco” (pele): petéquias, equimose e hematomas
– Sangramento “úmido” (mucosas): epistaxe, hematúria
• Menos de 1/3 possui epistaxe e sangramento gengival
• Menos de 10% apresenta hematúria, hematoquezia ou melena• Menos de 10% apresenta hematúria, hematoquezia ou melena
• Menorragia pode ser observado em adolescentes
• Menos de 10% possui baço palpável
• Mal estar, dor óssea, e adenopatia são incomuns e devem
levantar suspeita para outra etiologia (ex. leucemia)
• Plaquetas são maiores mais jovens e hemostaticamente
melhores
Diagnóstico
• Plaquetas < 150.000
• Hemácias e Leucócitos normais
• Esfregaço sanguíneo deve ser visto por• Esfregaço sanguíneo deve ser visto por
hematologista experiente para confirmar diagnóstico
• Se dúvida fazer aspirado e/ou biópsia de medula
óssea
– Resultado: megacariócitos normais ou aumentados
Diagnóstico
• Atenção:
Gravidade da TIP é baseada na presença de
sangramento e não no grau de
trombocitopenia!trombocitopenia!
Aspirado de medula óssea
• Discussão sobre quando deve ser feito:
– Se tratamento optado for observação, IVIG ou
anti D � não é necessário realizaranti D � não é necessário realizar
– Se uso de corticóide � fazer para descartar leucemia
Outros exames
– Anti HIV
– Coombs direto
– Fator anti-nuclear– Fator anti-nuclear
– Fator Rh
TIP
• Três momentos ou definições:
1. TIP recém diagnosticadas
2. TIP persistentes:
– termo novo– termo novo
– Pacientes que não atingem a remissão completa
espontânea ou não mantém a resposta após a
suspensão do tratamento entre 3 a 12 m do
diagnóstico
3. TIP crônica: <100.000 plaquetas mais de 12
m após o diagnóstico
Tratamento
• Geralmente não é necessário!
• Guideline American Society of Hematology (ASH)
– < 20000 plaquetas + sangramento importante de mucosa– < 20000 plaquetas + sangramento importante de mucosa
– <10000 plaquetas + púrpura leve
• Guideline British Paediatric Haematology Group
– Observar criança independente de contagem de plaquetas,
se sem sangramento importante somente observar
Tratamento
• ICIS Registry II:
– 505 crianças com plaquetas < 20.000
– 3 apresentaram sangramento em 4 semanas
– Porcentagens iguais de remissão com ou sem – Porcentagens iguais de remissão com ou sem
qualquer tratamento
Tratamento
• Não há evidencias que o tratamento
medicamentoso diminua o risco de medicamentoso diminua o risco de
hemorragia intracraniana (incidência real - 0,1
e 0,5%)
Tratamento
• Limitar atividade física
• Evitar anti-inflamatórios e medicações
contendo aspirina
• >20000 plaquetas sem sangramento
– Observação
Tratamento• Primeira Linha
– Corticóide:
• Prednisona 2mg/Kg/dia por 21 dias
• Prednisona 4mg/Kg/dia por 7 dias com redução gradual
até 21 dias ou por 4 dias
• Metilprednisolona 30mg/Kg/dia por 3 dias
– Imunoglobulina Humana
• 1g/Kg/dia por 2 dias (resposta dura 2 a 4 semanas)
– Anti-D (para Rh +)
• 50 a 75 mcg/Kg (resposta dura 1 a 5 semanas)
Tratamento
• TIP Crônica
– Investigar
– Tentar manter contagens seguras até remissão espontânea
� até 15 anos depois
• Esplenectomia
– Maiores de 5 anos
– Sangramento
– vacina pneumo, meningo e haemophilus 2 semanas antes
– Laparoscopia
• Manutenção (corticoide, IVIG e anti D)
Tratamento
• Segunda Linha
– Danazol
– Alcaloide da vinca
– Azatioprina– Azatioprina
– Ciclofosfamida
– Plasmaferese
– Interferon alfa
– Ciclosporina
– Rituximab
– Eltrombopag
– ...
Tratamento Emergência
• IVIG 1g/Kg
• Anti-D 50 a 75 mcg/Kg• Anti-D 50 a 75 mcg/Kg
• Transfusão plaquetas
NEONATOLOGIA
Neonatologia
• Confirmar que é verdadeira
• Diagnóstico diferencial com doenças herdadas
• Importância do estado geral:
– Neonatos saudáveis: etiologia geralmente imune – Neonatos saudáveis: etiologia geralmente imune
ou herdada
– Hemangiomas, hepatoesplenomogelia, anomalias
congênitas: outras etiologias
Conclusão
• Quando falamos em Plaquetopenia Imune
“O curso clínico dos pacientes justifica a
conclusão de que a continuidade do conclusão de que a continuidade do
tratamento com corticoide não deve ser
determinado pela contagem de plaquetas mas
pela duração da tendência ao sangramento…”
Conclusão
“A criança e não a contagem de plaquetas deve
ser tratada.”ser tratada.”
Zuelzer et al, 1966.