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“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”

Salmo 119:105

Vítor Quinta Revisto em Dez. 2018

Parte 21: O Sábado semanal e os Sábados anuais de YHWH 21.1 – Introdução 21.2 – O(s) Calendário(s) 21.3 – O(s) Sábado(s) santo(s) 21.4 – As Luas Novas 21.5 – O Calendário divino e as Sete Solenidades anuais de YHWH

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O Sábado semanal e os Sábados anuais de YHWH

O texto que se segue, reproduz uma reflexão do autor acerca da importância do calendário divino na determinação das datas correctas para a celebração das santas Solenidades que O Eterno YHWH instituiu por decreto Seu em Levítico 23. E estas celebrações divinas são uma sombra (hoje são ensaios) de coisas mais excelentes, que terão lugar no futuro.

21.1 Introdução

“O conselho [a Sua instrução/Torá] de YHWH permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração” – Salmo 33:11. “Mas a palavra do Senhor permanece para sempre” – 1.Pedro 1:25.

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Na realidade, aprendemos que tudo o que O Elohim Eterno faz, permanece para sempre. Neste documento procuraremos reflectir acerca de alguns dos ensinamentos de YHWH, contidos na Sua Palavra, a Bíblia Sagrada. O centro desta reflexão, conforme o título já indicia, está orientado para os Sábados como dias santificados pelo Eterno YHWH para descanso do Seu povo, tanto os semanais quanto os anuais, aqueles que estão ligados às santas Solenidades por Ele apontadas em Levítico 23. E, não só sobre estes Sábados santos, como também sobre o Calendário divino, aquele que foi determinado desde a Criação, pois este é o ponto de partida para a determinação das datas correctas em que as solenidades do Eterno devem ser observadas, por obediência à Sua vontade. Para que possamos reflectir sobre a importância das datas apontadas por YHWH, reflectiremos também, um pouco, sobre o Calendário de YHWH aquele que Ele instituiu desde a Criação.

21.2 O(s) Calendário(s)

Colocámos este subtítulo no plural porque se olharmos à nossa volta constatamos que a humanidade se deixa guiar por muitos calendários: o que ainda vigora hoje em Israel (foi determinado por Hillel II no ano 359 d.C. com base nos cálculos astronómicos dos rabis de Babilónia); o gregoriano que é seguido no chamado mundo ocidental e nos países africanos (o que foi determinado pelo papa Gregório XIII em 1582 e que foi antecedido pelo calendário juliano desde o ano 45 a.C. até 1582); o muçulmano (que teve início no séc. VII após a fuga de Maomé – a Hégira); o chinês, também este baseado na astronomia e em simbologia muito específica, e, abreviando porque ainda há outros, o que mais nos importa é aquele que Deus instituiu desde a Criação, o qual tem sido esquecido pelo homem, e a que chamaremos de Calendário divino, o mesmo que, a exemplo do calendário rabínico também determina que o dia é contado entre o pôr-do-sol de um dia e o pôr-do-sol do dia seguinte, sendo o 7º dia da semana o Sábado que Ele santificou. Com base nestes princípios, vamos agora reflectir sobre esta matéria e o peso que a mesma tem para a determinação dos dias santificados por YHWH, nas datas por Ele apontadas, conforme a Levítico 23:1-2, 4 – “Depois falou YHWH a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades de YHWH, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades… Estas são as solenidades de YHWH, as santas convocações, que convocareis ao seu tempo determinado”. Como claramente se vê por estas palavras, YHWH determinou um conjunto de Solenidades para que fossem celebradas pelo Seu povo aos tempos por Ele apontados (não pelo homem). Comecemos por fazer desde já uma afirmação categórica: todo aquele que diz que se converteu a Cristo, só tem uma forma de determinar o tempo que lhe interessa seguir – aquele que YHWH determinou! Prossigamos, pois, tendo este princípio bem presente no nosso entendimento para que o pratiquemos conforme à Sua vontade.

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Um dos principais males que rodeiam hoje a continuação da aceitação de qualquer dos calendários feitos pelo homem é persistirmos no erro, uma vez que a verdade nos foi revelada. E, persistir no erro, é praticar a iniquidade. Lembremo-nos que iniquidade é pecado, é transgressão da Torá (a instrução, o conselho de YHWH, a Sua Lei), particularmente quando é feita pelo homem de forma voluntária, depois de ter chegado ao conhecimento da verdade1. O homem prefere continuar “agarrado” aos rudimentos do mundo criados pelos homens, e aos seus próprios critérios, do que cingir-se às instruções de YHWH (a Sua Torá). Por isso continua a deixar-se guiar pelos cálculos matemáticos e pelos preceitos (e tradições) dos homens, afastando O Eterno da marcação das Suas solenidades anuais, não respeitando as datas por Ele apontadas. É como se O Deus Criador tenha deixado de ter “uma palavra a dizer” sobre esta matéria. Quão errados andam esses homens que se deixam guiar por outros homens e, assim, afastam a vontade de Elohim das suas vidas. São cegos e néscios. E, como diz a Palavra, quando um cego conduz outro cego ambos caiem na cova (i.e. no erro)! Preferem seguir os ensinamentos e preceitos daqueles que “mudaram os tempos e a Lei”, como nos diz em Daniel 7:25 do que aceitarem a instrução do Todo-Poderoso. Esta profecia de Daniel foi tanto cumprida por uma igreja apóstata romana, quanto pelo Sinédrio, ao instituir o calendário de Hillel II no ano de 359, antes do Sinédrio ser desmembrado. Ao manterem-se hoje fiéis aos preceitos dos homens e às suas tradições, os que hoje dizem seguir ao Cristo estão a pôr de lado os preceitos de YHWH, estando assim, na prática, a desobedecer-Lhe voluntariamente, mesmo aqueles que seguem o calendário rabínico ainda hoje vigente em Israel e que os próprios rabis de Israel reconhecem conter erros. Com as suas bocas dizem que “Yeshua é O Senhor” mas, na prática, estão a negá-Lo ao serem negligentes com a Sua vontade, a que está expressa nas Escrituras. Continuam com os olhos vendados e nem sequer têm consciência disso. Antes em seus corações se desvanecem, arrastando outros para o erro e, quem sabe, para a perdição, devido à persistente desobediência aos preceitos instituídos por YHWH, aos quais não se querem submeter. Têm o seu coração cheio de vaidade (coisa vã, vazia) e não aceitam a repreensão do Eterno, “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correcção são o caminho da vida” – Provérbios 6:23. Ao afastar-se dos preceitos de YHWH, o homem escolhe antes caminhar “às apalpadelas”, i.e. nas trevas (onde não há verdadeiro conhecimento não há luz, por isso caminham em trevas, i.e. nos seus próprios preceitos). Porém, não esqueçamos que O Criador comanda todas as coisas desde o princípio, e tudo Lhe obedece. Por isso só um remanescente se salvará. Também neste caso, O Eterno não alterou o Seu Calendário, aquele que foi instituído pelo Seu próprio critério, e que nunca falha, pois foi Ele o Criador do tempo que rege o homem.

1 Ocorre-nos reproduzir um pensamento atribuido a Winston Churchil que, mais ou menos por estas

palavras, diz: “De vez em quando, o homem tropeça na verdade, mas depressa se levanta e prossegue o seu caminho”. Eis uma grande verdade, particularmente em relação às coisas do Altíssimo.

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Quando é que aqueles que dizem ser filhos de Deus, seguidores do Cristo, abrem os olhos para esta realidade milenar? Resposta: quando se arrependerem e se humilharem perante a majestade e poder do Alto e Sublime Elohim YHWH e se deixem guiar pelos Seus ensinamentos através do Seu Espírito Eterno! Quando isso acontecer então voltará a haver esperança para eles. Porém, se a sua obstinação em ver a verdade revelada na Palavra for mais forte, e a desobediência e falta de arrependimento persistirem, então haverá muito pouca esperança para tais almas. Não esqueçamos também que, tal como no passado, também hoje O Eterno continua a pôr os corações dos homens à prova; Ele continua a testar a nossa fidelidade à Sua vontade. Perante a clareza da Sua Palavra, o homem continua a ter de escolher entre dois caminhos: o caminho da vida (e das bênçãos) ou o caminho da morte (e das maldições): Deuteronómio 11:26; cap.28; 30:15, 19; Jeremias 21:8. A nossa fidelidade e obediência não deixarão de ser postas à prova. Só passarão no teste (da vida eterna) o que provar ser fiel à Palavra e obediente, os chamados, e eleitos e fiéis, como nos diz em Apocalipse 17:14. Estes são os que mantêm toda a sua confiança (fé) no testemunho e sacrifício de Yeshua e no poder resgatador do Seu sangue, procurando andar sem repreensão em todos os preceitos de vida do Todo-Poderoso, de que temos o exemplo dos pais de João, o Baptista, em Lucas 1:5-6. Lembremos ainda as palavras com que são encerradas as cartas de Apocalipse dirigidas às 7 igrejas: “Ao que vencer…”. Qual é então a escolha daquele que diz ser filho do Elohim Altíssimo e seguidor do Cristo? Cada um que responda. Muitos falharão este teste porque o seu coração ainda não se deixou converter. Celebrar as datas das Solenidades de YHWH fora das datas por Ele apontadas, os Seus Sábados anuais, é o mesmo que violar o Sábado semanal, que muitos dizem guardar nos seus corações. Estranho, não é? De acordo com o Calendário de YHWH, estas datas só podem ser determinadas com precisão a partir do ciclo mensal das Luas Novas, quando pelo menos duas testemunhas idóneas avistam a estreita fasquia do crescente da Lua no início de um novo ciclo lunar, as quais marcam o início de cada mês segundo a vontade Daquele que tudo criou – assim tem sido sempre, desde a Criação. Ao abandonarmos (ou rejeitarmos) este sinal dado por YHWH, conforme a Génesis 1:14 – “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados [“moedim”] e para dias e anos”, o homem, habitualmente, acaba por celebrar as Solenidades santas fora das datas apontadas pelo Criador pois, se a data de início de um qualquer mês não for reconhecida a partir do avistamento da Lua Nova (o sinal celestial de YHWH), como pode o homem celebrar as Suas Solenidades nas datas correctas? Só por um acaso, em que possa ocorrer uma coincidência ocasional. Analisemos, por exemplo, as diferenças ocorridas em 2009 (no quadro abaixo a sombreado) e as que ocorreram devido ao ciclo lunar deste ano, na restante parte deste ano, socorrendo-nos das datas das celebrações marcadas pelos calendários divino e rabínico:

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2009

Solenidades Calendário de YHWH2 Calendário rabínico3

1º Dia do ano (Rosh Hashanah) 27/28 de Março 26 de Março

Páscoa – aos 14 de Aviv 10 de Abril 8 de Abril

Semana dos Pães Ázimos 10/11 a 16/17 de Abril4 9 a 15 de Abril

Pentecostes (Shavuot) 30/31 de Maio 29 de Maio

Dia das Trombetas (Yom Teruah)

20/21 de Setembro 19 de Setembro

Dia da Expiação (Yom Kippur) 29/30 de Setembro 28 de Setembro

Semana dos Tabernáculos (Sukkot)

4/5 a de Outubro 3 a 9 de Outubro

Oitavo Grande Dia (HaShanna Rabbah)

11/12 de Outubro 10 de Outubro

Perante esta evidência podemos perguntar: porque não haveremos de celebrar as datas solenes de YHWH segundo os sinais do Altíssimo e não segundo um calendário incorrecto preparado pelo homem? Não nos podemos esquecer de um ponto central na questão da marcação das Solenidades de YHWH, de acordo com o Seu calendário: as mesmas só podem ser marcadas quando Ele nos revela o ou os Seus sinais e esses sinais são reconhecidos pelas testemunhas do Seu povo: 1) a visão do aparecimento da Lua Nova e 2) a aceitação do estado de maturação da cevada, em condições de se cortar para ser oferecida/movida perante YHWH dando início a um novo ano bíblico. E.g. a marcação do dia 14 do mês de Aviv5 (para a celebração da Páscoa anual) só pode ser feita depois da Lua Nova ser avistada, em conjunto com o reconhecimento do estado de maturação da cevada nos campos à volta de Jerusalém. Quando estes dois sinais estão presentes, sabemos que YHWH está a revelar ao Seu povo a data que Ele marcou para início do novo ano, a partir do qual se marcarão as restantes datas das solenidades da Primavera. Embora o povo possa avistar a Lua Nova (o primeiro sinal de YHWH), se o estado de maturação da cevada nos campos não estiver Aviv (o segundo sinal Dele), então significa que Ele está ainda a dar mais um ciclo lunar para a maturação da cevada.

2 Em termos bíblicos, o dia inicia-se sempre ao pôr-do-sol da véspera (e.g. o 1º dia do ano em 2009 iniciou-

se ao pôr-do-sol de 27 de Março e finalizou ao pôr-do-sol de 28 de Março) 3 Vide calendários publicados pela UCG (United Church of God) e pela IUJC (Boletim de Abril de 2009),

entre outras congregações que seguem este calendário. 4 Inclui o Dia das Primícias de 11 para 12 de Abril (de um pôr-do-sol ao seguinte)…o dia a seguir ao Sábado

(anual), como nos diz em Levítico 23:11. Este é o ponto de partida para a contagem das 7 semanas do Omer e podermos calcular o Dia de Pentecostes. 5 A palavra Aviv melhor do que Nissan (designação babilónica do mesmo mês) designa o primeiro mês do

calendário divino, o qual, ao mesmo tempo, é determinado conforme ao estado de maturação da cevada nos campos à volta de Jerusalém. Quando se conjuga o avistamento do crescente da Lua Nova (a estreita faixa visível que anuncia o aparecimento da Lua Nova) com a maturação da cevada, que devia ser cortada para oferta a YHWH no Dia das Primícias (apontando para Cristo), temos então o início de um novo ano apontado por YHWH, com base no qual se podem então contar os dias para a celebração das Solenidades da Primavera: a Páscoa aos 14 de Aviv à tarde, a Semana dos Asmos (e nesta o Dia das Primícias), e o Pentecostes. Já as Solenidades do Outono são determinadas igualmente a partir do aparecimento da Lua Nova no seu ciclo mensal, anunciando a entrada do 7º mês: o Dia das Trombetas, o Dia da Expiação, a Semana dos Tabernáculos e o Oitavo Grande Dia. Nestas celebrações estão contidas os 7 Sábados anuais de YHWH.

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Neste caso, só no aparecimento da Lua Nova do mês seguinte estarão reunidos os dois sinais para que se inicie o novo ano pelo Seu calendário. Simples e eficaz. O não reconhecimento destes dois sinais do Altíssimo tem levado a que muitos celebrem as datas solenes de YHWH com um mês de diferença face ao que o calendário rabínico estipula. O homem não pode presumir quando será o início do ano divino, pois só YHWH anuncia quando o mesmo deverá ser considerado para que, então, se marquem as Suas Solenidades anuais. Ele o faz através da conjunção de um sinal nos céus e outro na terra. Se é este o modelo imutável criado pelo Altíssimo desde o princípio, como pode o homem, sem risco de errar, anunciar antecipadamente (até com 16 séculos de antecedência) em que datas deve o povo de YHWH celebrar as santas solenidades? Como dissemos atrás, anos há em que os desfasamentos entre estas datas é de cerca de um mês, porque o homem não quer atender ao conselho imutável do Eterno Elohim. Agora vejamos. Se nos deixarmos guiar pelo calendário rabínico, corremos o risco de estar a celebrar a Páscoa e as restantes celebrações (Sábados anuais), sensivelmente com um mês de desfasamento, como já tem sucedido. Ora, hoje em dia, é muito fácil ser avisado do avistamento destes sinais através de vários sites na Internet. Não temos pois, hoje, as dificuldades que os antigos tinham na determinação dos tempos e dias santificados pelo Eterno. O Espírito de YHWH chama-nos para o entendimento que os fiéis da antiguidade também tinham. Porque haveremos então de continuar no erro? Sai de Babilónia, povo Meu, clama O Todo-Poderoso YHWH. Possamos nós escutar a Sua voz e agir em conformidade. À medida que O Espírito Santo vai gravando a Torá nos corações dos fiéis, e nos vai revelando a Sua Palavra, estes devem responder com diligência e zelo ao apelo de YHWH, para sua própria protecção espiritual. Todo o plano de YHWH, de que as Suas Solenidades são uma representação, será executado segundo a Sua vontade até ao minuto. Isto não só demonstra o poder do Criador como a Sua autoridade sobre tudo e todos. Sigamos pois a Sua autoridade e não as dos rabis que construíram o calendário matemático há 16 séculos atrás, inserindo-o no Talmude (e que reflectem as leis orais e tradições dos homens e onde Yeshua, é rejeitado como O Messias há muito anunciado e esperado), o que, aceitemos, está em muitos casos em manifesta contradição com a Torá dada ao Seu povo, Israel. O que levará aquele que diz querer seguir a Cristo a rejeitar estas verdades, e acabar seguindo o ensino dos rabis contido no Talmude ou na Mishna, ao mesmo tempo que nega a Yeshua como O Messias, e contradiz a Torá de YHWH/Moisés? O homem é cheio de contradições. Resposta: a sua rebeldia, a sua vaidade (e cegueira spiritual), como antes se disse! Significa que o seu coração ainda está na carne, ainda não está verdadeiramente convertido. Lembremos as palavras de Yeshua a Pedro: Lucas 22:32b – “quando te converteres, confirma os teus irmãos”. Ora estas palavras foram ditas por Yeshua quando O Mestre estava já para ser entregue aos poderes deste mundo. Ele sabia que, apesar do grande voluntarismo de Pedro, o seu coração ainda não estava convertido apesar de ter testemunhado tantos milagres. Como estará hoje então o nosso? Queremos seguir aos homens e às suas tradições ou a Yeshua HaMashiach?

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21.3 O(s) Sábado(s) santo(s)

Desde a Criação que podemos reconhecer a importância do número 7. Logo na Criação, O Altíssimo Elohim determinou a contagem do tempo com base no número sete – o número de dias que constitui uma semana e que culmina no Sábado semanal. Vemos essa importância (destaque/separação) no Sábado semanal, o sétimo dia da semana da Criação, como um dia especial, santificado6, separado dos restantes, conforme ao 4º mandamento da Lei dos 10 Mandamentos: “Lembra-te do dia do Sábado para o santificares…”. Vemo-la também no mandamento dado a Israel de mandar repousar a terra de sete em sete anos (o Sábado da terra - Shmitah), conforme também ao mandamento – Levítico 25:4. Encontramo-la também nos sete Sábados de anos que conduzem à determinação do Ano do Jubileu (o 50º ano), i.e. depois de decorridos 7 x 7 Sábados de anos, ou 49 anos. Somos igualmente instruídos a contar 7 Sábados semanais mais um dia, iniciando-se assim a contagem desses 50 dias após o Dia das Primícias – o tempo do “Omer”. Este ocorre no dia a seguir ao primeiro dia da Festa dos Pães Ázimos (o primeiro dos dois Sábados dessa semana e que corresponde ao dia da ressurreição de Yeshua, pois Ele é o molho da cevada que era movida perante YHWH, em oferta alçada, juntamente com um cordeiro de um ano, sem mácula, que também é sacrificado – tudo isto fazendo parte das celebrações do período pascal) para assim chegarmos à marcação do Dia de Pentecostes. Este dia é também conhecido como a Festa das Semanas (Levítico 23:10-21), por se contarem 7 semanas completas. Não nos iludamos. Se achamos que o Sábado semanal é um sinal de YHWH para o Seu povo (e é, e nós queremos fazer parte desse povo obediente) e o guardamos, porque haverá alguns que se mantêm obstinadamente fechados a guardar os Sábados anuais de YHWH nos dias por Ele apontados (cf. a Levítico 23)? Ao contrário do Sábado semanal, serão os Sábados anuais passíveis de serem guardados “noutros dias” que não aqueles que Ele nos aponta? A única resposta é NÃO! Meditemos sobre isto e que O Espírito de YHWH nos grave as Suas ordenanças, testemunhos, juízos, estatutos e mandamentos nos nossos corações/mentes para que vivamos perante Ele em obediência e fidelidade a toda a Sua Palavra.

21.4 As Luas Novas

Esta matéria doutrinal tem por fundamento o Calendário instituído pelo próprio Elohim YHWH no acto da Criação.

6 Lembremos as palavras de YHWH em Isaías 58:13 – “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a

tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia de YHWH, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras”…

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Dispensamo-nos de desenvolver toda esta matéria, uma vez que a mesma já se encontra aflorada num anterior subcapítulo, e se encontra analisada em grande detalhe no trabalho do nosso Irmão Rui Quinta sobre o Calendário de YHWH – consultar o trabalho em www.kol-shofar.org.

21.5 O Calendário divino e as Sete Solenidades anuais de YHWH

(ou a expressão do plano de YHWH para a humanidade) “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades de YHWH, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades;… estas são as solenidades de YHWH, as santas convocações, que convocareis ao seu tempo determinado” - Levítico 23:2, 4 Neste subcapítulo é compilado um conjunto de vários estudos que foram preparados pelo autor ao longo de vários anos e que versavam as várias solenidades instituídas pelo Altíssimo Elohim YHWH, no que respeita às datas por Ele apontadas que nos são reveladas através dos sinais que Ele indica na Sua Palavra, e que Ele deu ao Seu povo através do Seu servo Moisés, conforme se encontra em Levítico 23. Nesta compilação dispensamo-nos de apresentar “O Sábado” santo também apontado em Levítico 23, pois o mesmo já se encontra tratado noutras partes deste trabalho. O Alto e Sublime Elohim instruiu Israel e todos os que se chegam ao Elohim de Israel para O servir, acerca das datas em que o Seu povo deveria celebrar estas Suas solenidades, tendo sempre como centro dessas festas a adoração a YHWH, a vinda gloriosa e o reino do Messias e a reconciliação do homem com O seu Criador… até porque estas datas solenes dão-nos a perspectiva de todo o plano de YHWH para o homem, apontando as duas vindas do Filho Yeshua, tanto na qualidade de Cordeiro como de Rei Eterno. Assim, sabemos que biblicamente, estas solenidades, para além de serem a memória de acontecimentos terrenos, memorial de coisas passadas (Criação, libertação do povo de Israel do Egipto, primeira vinda do Messias, etc.), adquirem também significados de natureza espiritual, pois apontam ainda para acontecimentos futuros (sombras das coisas futuras) como, por exemplo, a segunda vinda do Messias YHWH, o Seu Reino Milenar e a Eternidade, quando O Rei Yeshua entregar o Reino ao Pai, depois de destruir todos os Seus (e nossos) inimigos. Um aspecto importante determinado por YHWH é que estas solenidades deviam ser celebradas por todo o Israel (e nós somos parte dessa Israel santa), sendo alguns dos dias associados às solenidades, dias de “santa convocação”. Elas têm ainda o carácter de “estatuto perpétuo”, tal como Ele determinou. Estes dias de santa convocação do povo são Sábados anuais (Shabbaton ou Grandes Sábados), determinados por YHWH, e em que o povo deveria adorar em Jerusalém e não deveria realizar qualquer trabalho. O número desses Sábados anuais é também de sete:

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Na Primavera:

O primeiro e o sétimo dia da Semana dos Pães Ázimos; O dia de Pentecostes;

No Outono: O dia da Festa das Trombetas; O dia da Expiação (dia de jejum obrigatório); O primeiro da Festa dos Tabernáculos; e O oitavo dia (Último Grande Dia), após o sétimo dia dos Tabernáculos.

Olhando para o nosso calendário gregoriano (que erradamente marca a separação dos dias às 24 Horas de cada dia), relembramos que cada um destes dias santificados por Deus tem início com o pôr-do-sol do dia anterior terminando ao pôr-do-sol do dia apontado pelo Eterno. Faremos ainda uma breve introdução ao tema do Calendário de YHWH, pois é com base nele que o crente pode, com segurança, celebrar as santas Solenidades nos dias determinados pelo próprio YHWH e não segundo qualquer outro calendário, ainda que seja o calendário rabínico que a nação de Israel vem usando há cerca de 1.700 anos. Vamos então centrar a nossa atenção no estudo bíblico das sete solenidades anuais ou santas convocações de YHWH, as quais foram determinadas que fossem celebradas em duas ocasiões do ano: As solenidades da Primavera:

1. A Páscoa, aos 14 do mês de Aviv, à tarde7 – Levítico 23:5 2. A Semana dos Pães Ázimos (no meio da qual se celebra também a Festa

das Primícias ou dos Primeiros Frutos) – Levítico 23:6-8 3. O Pentecostes, ou Festa das Semanas – Levítico 23:15-16

As solenidades do Outono:

4. A Festa das Trombetas: Levítico 23:24-25 5. O Dia da Expiação: Levítico 23:27-32 6. A Semana dos Tabernáculos8, ou Festa das Cabanas: Levítico 23:34-43 7. O Oitavo Grande Dia: Levítico 23:39

De notar que o povo de Israel veio a instituir ao longo dos tempos outras solenidades ou celebrações que recordam acontecimentos históricos, tais como a Festa de Purim, a Hannuka (Festa das Luzes e da rededicação do Templo após a revolta dos Macabeus), etc. Porém, estas não fazem parte das solenidades instituídas por YHWH, pelo que não as abordaremos neste trabalho.

7 A Páscoa de Israel é comida, conforme ao mandamento, já ao início da noite de 15 de Aviv, pois só nessa

altura os cordeiros sacrificados no Templo aos 14 à tarde (à mesma hora em que Yeshua rendeu o Seu espírito, cerca das nossas 15 horas) estavam em condições de serem comidos, depois de assados com ervas amargas. 8 Referido como “o tempo da nossa alegria”.

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Valerá ainda a pena realçar que nem todas estas solenidades são consideradas como “Festas”, embora o ambiente de muitas seja festivo. Tal é o caso do “Dia da Expiação” como iremos ver em mais pormenor, e que é um dia em que devemos afligir as nossas almas, conforme o instituído pelo Eterno. Nestas sete solenidades existem, na realidade sete Sábados anuais, que já se encontram assinalados atrás (a negrito). Estas solenidades santas reflectem o Plano de YHWH para a salvação do homem, passo a passo, ao longo do tempo. Vejamos: Páscoa do Senhor: sermos resgatados e purificados pelo sangue do Messias Yeshua

– lavados pela Palavra, pelo arrependimento, no baptismo das águas e por uma vida santificada, no sangue do Cordeiro Pascal e nos preceitos da Torá do Altíssimo.

Semana dos Pães Asmos: limpos do pecado, das falsas doutrinas e da hipocrisia prefigurados no período dos pães asmos (ou pães sem fermento) a fim de nos tornarmos verdadeiramente no Templo de YHWH, sigamos o preceito divino comendo pães ázimos durante estes sete dias, e tendo antecipadamente limpo o fermento das nossas casas.

Pentecostes: sermos cheios do poder do Espírito Santo de forma a darmos muito fruto para a vida eterna.

Festa das Trombetas: chamada ao arrependimento, mas vitoriosamente reunidos e defendidos quando a trombeta de YHWH soar em toda a Terra, antevendo desde agora a Sua vinda próxima9.

Dia da Expiação: redenção, sermos finalmente levados à presença do nosso Elohim Todo-Poderoso pela mão de Seu Filho (O nosso Sumo-Sacerdote) neste dia de julgamento, para sermos um só com Ele, por toda a eternidade.

Festa dos Tabernáculos: reunião do povo salvo, em alegria partilhada pela presença de Yeshua, O Rei Eterno, (este é o tempo do reino milenar, tempo do refrigério pela Sua presença, tempo da restauração e da restituição de todas as coisas; o tempo das bodas do Cordeiro) quando Ele exercer o Seu governo milenar sobre todas as nações da Terra, conjuntamente com os remidos e estes exercerem também o reino e sacerdócio sobre essas nações, como reis e sacerdotes do Rei eterno.

8º Grande Dia: entrada no Reino Eterno, celestial, de YHWH, onde já não haverá mais inimigos, nem morte, nem pranto nem coisa alguma que perturbe os salvos em Yeshua, O Salvador.

Cada uma destas solenidades de YHWH apontam para coisas grandiosas, algumas que já se concretizaram (as Solenidades da Primavera) e outras que estão ainda reservadas para o futuro (as Solenidades do Outono). Por isso elas hoje são “sombras das coisas futuras”, particularmente do futuro Reino milenar de Yeshua e da eternidade. Através destas “sombras das coisas futuras” ficamos a conhecer o que será o governo real e o sacerdócio real do Rei sobre todas as nações da terra, exercido também, através de uma nação santa – 1.Pedro 2:9: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (reparemos que a palavra “luz” em aramaico também significa “Lei”).

9 Analise-se o trabalho sobre “Os dias do fim”, publicados no site: www.kol-shofar.org

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Estas solenidades também nos ensinam de que forma nos devemos aproximar e servir ao nosso Elohim YHWH, por fé, obediência e santidade, sem a qual ninguém verá O Senhor – Hebreus 12:14. Se falharmos a compreensão do que estas solenidades significam para o povo do Altíssimo, então não estaremos em condições de compreender a revelação profética do plano de YHWH para o Seu povo. O Criador da humanidade fez-nos um convite. Possamos nós aceitá-lo como estamos e pedir a Sua ajuda na transformação que é necessária ser operada nas nossas vidas, pois só nascendo de novo, em Yeshua HaMashiach podemos almejar ser achados dignos de vir a celebrar as Bodas do Cordeiro. Porém, antes de procurarmos analisar em maior pormenor o significado de cada uma das solenidades de YHWH, importa dar muita atenção à forma como os crentes devem determinar as datas indicadas pelo Altíssimo na Sua Palavra, para que estejamos seguros de estar a cumprir as Suas solenidades nas datas por Ele apontadas nas Escrituras e não em datas determinadas a partir de um qualquer calendário determinado pelo homem, como é o caso do calendário rabínico-farisaico que, como já apontámos, foi instituído no séc. IV por Hillel II (ano 359 d.C.) e que muitos ainda aplicam mesmo em comunidades cristãs. Este calendário foi determinado a partir de cálculos matemáticos (babilónicos) e contem nos nomes dos seus meses muitos dos nomes babilónicos que YHWH abomina, e.g. Tammuz (nome babilónico em honra do “deus-sol”). Ocasionalmente, nalguns anos, pode haver uma coincidência de datas entre o calendário divino e o rabínico, anos em que as celebrações das solenidades de YHWH podem coincidir nas mesmas datas, mas noutros anos há diferenças de um ou mais dias entre os sinais de YHWH (ou até de um mês) para o início da contagem de cada ano e, a partir daí, a marcação das datas de início de cada mês instituídas por YHWH pelo aparecimento da Lua Nova. É evidente que ao crente fiel somente interessa seguir o calendário apontado por YHWH, de ano em ano, e não aquele que o homem preparou há cerca de 1.700 anos atrás. Já antes fizemos algumas referências à importância das Solenidades que YHWH instituiu pela Sua própria vontade para o Seu povo e que nos são apontadas na Lei em todo o Capítulo 23 de Levítico. Relembramos o que nos diz YHWH em Levítico 23:2, 4 – “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades de YHWH, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades... Estas são as solenidades de YHWH, as santas convocações, que convocareis ao seu tempo determinado”. Reparemos que as solenidades que Ele instituiu pela Sua vontade/critério, não se devem celebrar ao belo prazer e critério do homem, mas somente nos dias e ao tempo que Ele determinou! Se olharmos para o calendário religioso dos homens que usam o Nome do Cristo, podemos ver o quanto eles andam afastados da verdade do Eterno. De forma abreviada já apontámos aqui o significado espiritual de cada um destes dias. Porém, esse estudo já foi objecto de várias apresentações separadas deste trabalho e que se encontram publicados no site: www.kol-shofar.org (A Voz da Trombeta).

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Porém, entendemos que é imprescindível chamar a atenção daqueles que querem andar na verdade do Alto e Sublime, i.e. na Sua Lei, que esses dias são apontados por Ele como Sábados anuais, muitos deles integrados em festividades santas como sejam, por exemplo, “A Semana dos Pães Asmos”, “O Dia da Expiação” ou “A Festa dos Tabernáculos” e o “8º Grande Dia”. É também nosso propósito apontar as passagens bíblicas que revelam a importância destes dias santificados pelo Eterno Elohim na vida do crente em Yeshua HaMashiach e da comunidade em que está integrado. Relembremos as palavras de YHWH em Ezequiel 44:23-24 – “E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro. E, quando houver disputa, eles assistirão a ela para a julgarem; pelos meus juízos as julgarão; e as minhas leis e os meus estatutos guardarão em todas as minhas solenidades, e santificarão os meus sábados. A Sua Palavra é santa e eterna! O próprio Adonai Yeshua deu-nos o exemplo. O apóstolo João diz-nos que devemos andar como O Mestre andou (1.João 2:6). Ora, Yeshua guardou os Sábados que Ele próprio, enquanto Verbo Divino, deu ao Seu povo. Ele e os Seus discípulos, como bons Israelitas e servos do Elohim Altíssimo, observaram todas as solenidades que Seu Pai celestial ordenou nas Escrituras conforme podemos confirmar pelas seguintes passagens: Mateus 26:17; Marcos 1:21; Lucas 4:16, 31; João 7:8-10; 14, 37. Os Seus apóstolos (incluindo Paulo) e todos aqueles que por eles se converteram a Yeshua, andaram sempre segundo o exemplo e ensinamentos de Yeshua, observando todas as Solenidades instituídas por YHWH: Actos 2:1; 12:1-4; 16:13; 18:4, 21; 20:6; 27:9; 1.Coríntios 5:7-8. Na sua 13ª Edição, a Encyclopedia Britannica revela debaixo do título “Festivais”, que está abundantemente documentado, que O Messias e os Seus discípulos observaram as chamadas solenidades de Israel. Ora só podemos “andar como Ele andou” quando observarmos os mesmos preceitos que Ele instituiu e pelos quais viveu, dando-nos assim o exemplo de como devemos viver. Os continuadores de Yeshua e dos apóstolos, os chamados membros da seita dos Nazarenos (ou os do “Caminho”, como também eram designados), deram plena continuidade a este preceito doutrinal tendo por isso sido apelidados de “judaizantes” pelos seguidores da apostasia (a igreja romana e suas filhas). Após a morte do Cristo e por muitos séculos ainda, os fiéis guardaram estes preceitos da Lei divina. O exemplo e ensino dos fiéis que nos precederam chegou aos nossos dias pela força do Espírito Santo de YHWH. Este ensino foi sempre contrariado pelo espírito de Satanás que se manifesta nos filhos da desobediência. O politicamente correcto dos nossos dias, em matéria espiritual, é dizer-se que isto eram preceitos para Israel, mas que O Cristo nos libertou da Lei/Torá pregando-a na cruz. Isto é um erro satânico! Já estudámos este assunto e iremos ainda continuar a aflorá-lo para demonstrar a mentira dos falsos mestres que se levantam contra a Lei do Eterno (Isaías 8:16, 20). Eles seguem um “cristianismo” politizado e paganizado, i.e. um “cristianismo” sem Cristo. E, em vez de celebrarem as festividades ou Solenidades indicadas por YHWH nos dias por Ele apontados, eles celebram dias “santos” criados por Satanás, dias em que se celebravam e celebram cerimónias em honra de deuses pagãos.

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Assim desvirtuam a Verdade e desviam os homens dos dias que O Eterno instituiu e santificou. Por isso os homens, incluindo muitas congregações que se dizem cristãs e que não são mais do que filhas de Roma, celebram os dias pagãos e desprezam os dias santos de YHWH, a começar pelo próprio Sábado semanal. Este é o retrato do chamado “cristianismo” dos nossos dias. O chamado “sacro-santo” Império Romano mantém as suas tradições pagãs bem vivas para perdição de muitas almas. Voltando de novo à História, constatamos que as comunidades que seguiam ao Cristo após o desaparecimento dos Apóstolos, observavam todas as práticas bíblicas, incluindo a guarda do Sábado santo e das Solenidades de YHWH. Porém, à medida que a repressão do paganismo do Império Romano se fez sentir sobre essas comunidades de crentes, com perseguições e mortes, os costumes pagãos foram-se enraizando e a verdade do Elohim YHWH foi-se esvanecendo. Hoje, podemos identificar a influência nefasta do paganismo em todas as aldeias e lugarejos do nosso País e por esse mundo fora também. Se anunciarmos a Verdade de Deus a essas pessoas e lhes revelarmos o quanto eles estão errados, corremos o risco de sermos insultados ou até agredidos. YHWH não muda e a Sua Lei é eterna. Diz-nos Ele em Isaías 54:1 – “Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; rompe em cântico, e exclama com alegria, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária [a igreja apóstata, o catolicismo romano e as suas filhas], do que os filhos da casada [a Israel de Deus, a Esposa do Cordeiro10], diz YHWH”. O que O Eterno nos ensina através do profeta é que os que andam em erro seguindo as tradições pagãs, falsas, são como multidões, enquanto os filhos do Elohim Altíssimo que querem viver pela Sua Verdade (Lei/Torá), são como um pequeno rebanho (Lucas 12:32), um remanescente. Apesar da desproporção, não devemos temer porque ao Pai agradou dar-nos o reino vindouro – Lucas 12:32! A profecia bíblica ensina-nos também que estas mesmas Solenidades que O Eterno instituiu (ou parte delas) serão consagradas, de novo, debaixo do governo de Yeshua, como Rei Eterno, quando governar durante o Milénio sobre todas as nações da Terra. Lembremos pois a profecia de YHWH através da boca dos Seus profetas:

Zacarias 14:16 – “E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, YHWH dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos”.

Isaías 66:23 – “E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz YHWH.

Isaías 2:3 – “E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte de YHWH, à casa do Deus de Jacob, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a Lei, e de Jerusalém a palavra de YHWH, palavras confirmadas em Miquéias 4:2.

Tanto quanto lhes é possível, muitos crentes messiânicos verdadeiros guardam até hoje a pureza da Palavra e dos juízos, testemunhos, estatutos e mandamentos de YHWH expressos na Sua Lei/Torá.

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Também há quem entenda que a referência às duas mulheres, a solitária e a casada, apontam para as duas Casas de Jacob, sendo a casada a tribo de Judá e a solitária Efraim/Israel, o que aceitamos também.

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Assim, continuam hoje (uma minoria) a guardar os dias das Solenidades do Eterno, os Seus Sábados semanais e os anuais ou Shabbaton. Esses dias retratam tanto a missão e a grandeza do Messias, Salvador Yeshua, quanto a grandeza do Seu Reino Milenar e a eternidade que se lhe seguirá. Estes dias são pois dias especiais na vida do que busca seguir a Yeshua HaMashiach e que não vive só de pão mas que quer viver de toda a palavra que sai da boca de YHWH. Estes dias são peças chave para podermos compreender o futuro que O Elohim YHWH tem reservado para os Seus filhos. Não nos alongaremos muito sobre este tema uma vez que existe já publicado um trabalho de grande profundidade sobre o mesmo, da autoria do nosso Irmão Rui Quinta11, e cuja leitura se aconselha aos que desejam aprofundar os seus conhecimentos nesta matéria. Mesmo assim, procuraremos apresentar aqui o essencial sobre os fundamentos bíblicos que YHWH nos dá na Sua Palavra, para que prossigamos com confiança na celebração anual das Suas solenidades e possamos entender como se deve proceder à contagem dos dias para a marcação destas solenidades. Os dias das celebrações anuais são contados a partir do primeiro dia do ano bíblico, com base no calendário divino (lunar) para a celebração das solenidades da Primavera (Pàscoa, Semana dos Pães Asmos e Pentecostes), já que as solenidades do Outono são contadas a partir do avistamento da primeira faixa luminosa da Lua Nova do 7º mês. E, como é então conhecido o primeiro dia do ano deste calendário? E o primeiro dia de cada mês depois do primeiro? O próprio Elohim YHWH se encarrega, em cada ano, e em cada mês de nos revelar um conjunto de sinais para que o Seu povo possa reconhecer que aquele é o dia que Ele determina para início de cada ano ou de cada mês. Para isso Adonai YHWH criou os grandes luminares para marcação dos tempos e para sinais (“moedim”). Esta evidência existe desde a Criação. Desde o princípio do mundo que o homem se regeu pelos sinais dados pelo Todo-Poderoso. Porém, mais tarde, como sabemos, o homem desviou-se destes e de outros preceitos dados pelo Altíssimo. Leiamos Génesis 1:14 – “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais [moedim] e para tempos determinados e para dias e anos”. Onde é que está a dificuldade em entender estas palavras? Confirmando: que sinais e que tempos são então os que determinam a data de início de cada ano divino a partir do qual devemos proceder à contagem e marcação das solenidades de Elohim Todo-Poderoso?

a) O avistamento da primeira fasquia/faixa da Lua visível na fase de Lua Nova (Rosh Chodesh), em simultâneo com

b) A comprovação do estado de maturação da cevada (“aviv”) nos campos à volta da cidade de Jerusalém.

Hoje recebemos esses testemunhos via Internet, o que nos facilita andarmos segundo a vontade Daquele que nos chamou para a salvação por Seu Filho Yeshua.

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Pode ser consultado no site: www.kol-shofar.org

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Quando aquelas duas condições estão reunidas (e hoje são imediatamente anunciadas para todo o mundo através da Internet com base em testemunhos fidedignos de outros fiéis que reside em Jerusalém12 e que cuidam em comprovar a materialização destes sinais do Elohim Altíssimo), estamos em condições de datar de imediato o início de cada ano bíblico e, a partir deste dia, proceder à marcação das solenidades do Senhor. Para além desta data tão importante, também o início de cada um dos restantes meses do calendário divino, é assinalado pelo avistamento da primeira fasquia luminosa da Lua Nova seguinte. Atenção: YHWH nunca modificou este calendário desde a Criação. Os homens é que, também nisto, se desviaram Dele e esqueceram o calendário que Ele criou para nós e para reger todo o Seu plano. Não nos devemos ainda esquecer que este calendário foi seguido pelo povo do Altíssimo desde o princípio da Criação, bem como por Yeshua HaMashiach e pelos seus apóstolos, e só veio gradualmente a ser “esquecido” após Judá ter sido expulso da sua terra. O Sinédrio do ano de 359 d.C. (Hillel II), antes de se auto-dissolver, procedeu à instituição do calendário rabínico que ainda hoje perdura, recorrendo para isso, como já assinalámos, a cálculos matemáticos e astronómicos com base nos conhecimentos adquiridos em Babilónia durante o exílio de Judá no período de Nabucodonosor. Mas, os que com sinceridade buscam andar nos caminhos do Elohim Todo-Poderoso, não devem continuar a persistir nos erros dos homens quando têm perante si as datas que O próprio Eterno lhes revela, como já as revelava aos fiéis da antiguidade. Não sejamos mais rebeldes e acatemos a instrução de YHWH.

Ora vem Adonai Yeshua. Vem já hoje reinar em nós e aperfeiçoar os nossos caminhos. Prepara-nos já hoje para irmos ao Teu encontro na Tua vinda gloriosa.

AlleluYAH

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Pode ser consultado, por exemplo, no site: http://www.karaite-korner.org/holiday_dates.shtml