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TÍTULO: O EFEITO DO TREINAMENTO TRADICIONAL NOS ÍNDICES DE APTIDÃO FÍSICA DEINFANTES PRATICANTES DE FUTEBOL.TÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:
SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICASUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDASINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): VALDEMAR HENRIQUES FERNANDES NETOAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): NANCY PREISING APTEKMANNORIENTADOR(ES):
0
SUMÁRIO
I. Introdução ........................................................................................ 1
II. Métodos ............................................................................................ 6
2.1 Amostra ........................................................................................ 6
2.2 Técnica de coleta de dados ......................................................... 6
2.3 Análise de dados ........................................................................ 11
III. Resultados e Discussão ............................................................... 12
IV. Conclusão ...................................................................................... 14
V. Referências Bibliográficas ............................................................ 15
VI. Anexos ............................................................................................ 19
6.1 Termo de consentimento livre e esclarecido .............................. 19
6.2 Protocolo do flexiteste ................................................................ 21
1
I. INTRODUÇÃO
O futebol é o esporte mais popular em todo o mundo, sendo praticado
por todas as nações. O jogo consiste de 90 minutos de duração, divididos em 2
tempos de 45 minutos, com 15 minutos de intervalo entre os períodos.
Eventualmente, podem-se encontrar jogos com dois períodos de 15 minutos de
prorrogação e intervalo de 5 minutos. Atualmente, ultrapassa 190 o número de
países filiados à Federation International of Football Association (FIFA), onde
mais de 60 milhões de jogadores estão registrados.
Apesar de ser uma modalidade desportiva intermitente e desenvolvida
de forma coletiva, o ponto de vista individual para SPIGOLON et al. (2007) se
dá pela percepção do jogador ideal de futebol, devendo ter boa compreensão
tática, ser tecnicamente hábil, mentalmente forte, se relacionar
satisfatoriamente com os companheiros de equipe e ter elevada capacidade
física, bem como, as habilidades motoras específicas são fatores
determinantes em jogadores de futebol (MARQUES et al. 2010).
Atualmente, devido à popularização mundial do futebol, os aspectos
físicos estão se tornando imprescindíveis para os futebolistas. Dentre todas as
características do jogador de futebol, podemos destacar a composição corporal
como um fator estimulatório para o rendimento esportivo. Conceitualmente,
composição corporal é a taxonomia utilizada para quantificar as várias
estruturas do corpo humano, sendo a sua determinação de suma importância,
pois é um instrumento valioso para analisar o processo maturacional. Para
CYRINO et al. (2002) o conhecimento sobre a composição corporal, bem como
os aspectos sobre os aspectos neuromotores, se tem revelado imprescindível
para a caracterização das exigências específicas do futebol. Durante um
macrociclo, a composição corporal de atletas profissionais em estágio
competitivo atenua, melhorando os resultados de percentual de gordura e
massa livre de gordura, logo deixando em evidência que para se ter sucesso
futebolístico as características antropométricas, habilidade técnica, tática e o
desempenho individual são aspectos fundamentais (PINTO et al. 2007).
Comparando o somatotipo e o condicionamento físico de atletas
profissionais e semiprofissionais de futebol, RIBEIRO et al. (2007) apontaram
2
que não há diferenças significativas entre ambas, retratando que esses
resultados seja devido a padrões elevados de aptidão física necessários para
futebolistas. Corroborando com os achados, em estudos antropométricos de
acordo com as posições de jogo dos atletas, pode-se explanar que zagueiros e
goleiros apresentam maior estatura e massa corporal em relação aos laterais e
meias segundo SOTÃO et al. (2013).
Mediante o princípio de que a composição corporal é um índice
fundamental para o sucesso no futebol, SOUSA et al. (2013) correlacionaram
esta variável com o desempenho anaeróbio de jovens, afirmando que ambas
estão conexas, assim enfatizando a associação da massa óssea com o
desempenho anaeróbio. Em contrapartida, em estudos com jogadores das
categorias sub-15 e sub-17, os fatores que mais induzem a melhora da
composição corporal e da aptidão física são o nível maturacional, o estágio pré-
treinamento dos atletas, a interdependência do volume e da intensidade dos
treinos, não existindo relações entre as variáveis antropométricas e a
velocidade do limiar anaeróbio (MANTOVANI et al. 2008).
Quando trabalhado com diferentes faixas etárias, a maturação é um
aspecto individual e fisiológico que se deve ter atenção, não podendo passar
despercebido. Literalmente, GALLAHUE (2010) diz que maturação refere-se às
alterações qualitativas que levam os indivíduos a níveis mais altos de
funcionamento, progredindo por uma ordem fixa, em que o ritmo pode variar,
porém a sequência do surgimento das características geralmente não varia.
Contextualizando os níveis maturacionais dos indivíduos em relação à idade
cronológica e o desempenho, VILLAR e ZUHL (2006) perceberam que o
treinamento de futebol mantem a velocidade de corrida no limiar quando a
maturação é considerada, diferente de quando a idade cronológica e adotada.
Referente ao conceito maturacional, durante 12 semanas foram avaliadas as
diferenças no desenvolvimento das qualidades físicas de infantes praticantes
de futebol classificados no estágio um de maturação biológica, submetidos a
duas metodologias distintas: a Tradicional e a de Formação Maturacional.
Baseando-se nos dados obtidos, a coordenação, força dinâmica, força
explosiva e a velocidade apresentaram assemelhanças quando comparadas
entre os dois grupos. Pode-se concluir que se devem levar em consideração os
3
estágios de maturação biológica na montagem de equipes de futebol e não
apenas as faixas etárias dos indivíduos segundo PORTAL et al. (2006).
Fixando que o processo maturacional de praticantes de futebol é um
aspecto essencial, o nível maturacional dos indivíduos proporcionam
acréscimos significativos na qualidade física de força, conforme relatado por
SILVA et al. (2010). Em contrapartida, relacionando o treinamento físico e a
idade maturacional de jovens de 11 a 13 anos inseridos em um programa de
treinamento sistematizado no futebol, MORTATTI e ARRUDA (2007)
analisaram as alterações dos componentes do somatotipo. Portanto,
enfatizaram que o processo maturacional e o nível de treino não interferiram
diretamente no somatotipo da amostra, revelando que a composição corporal
está mais fortemente ligada aos aspectos biológicos do desenvolvimento do
que aos fatores externos.
VILLAR e DENADAI (2001) em estudos com jovens praticantes de
futebol de 9 a 15 anos descreveram que a velocidade de corrida do limiar
anaeróbio aumenta em decorrência da interação do treinamento com a
maturação. Já, quando comparado meninos de 10 e 11 anos praticante e não
praticantes de futebol, é possível dizer que a estatura e a massa corporal não
se modificam significativamente com a prática sistemática de futebol. Todavia,
sob relações dos grupos é constatado assemelhanças nas capacidades físicas
coordenação, agilidade e velocidade, apresentando maior expressão o grupo
praticantes regular de futebol (NETO et al. 2009). De um modo geral, REBELO
e OLIVEIRA (2005) afirmam que a velocidade, agilidade e a potência muscular
são qualidades importantes para o desempenho dos futebolistas.
Sobre o conceito da prática esportiva, BORTONI e BOJIKIAN (2007)
discutem amplamente que o fato de haver iniciação esportiva é suficiente para
promover melhoras no desempenho de indivíduos de 11 a 13 anos. Alicerçado
no ditado de acréscimo das capacidades físicas pela prática sistemática de
atividade física, OLIVEIRA et al. (2012) apontam que sete semanas de
treinamento é possível aumentar eficientemente a potência e melhorar a
capacidade de resistência de atletas profissionais. Porém, para que uma
equipe futebolística, com faixa etária de 15 e 17 anos, seja considerada de alto
desempenho é necessário que os atletas atinjam níveis de esforço máximo
(LEVANDOSKI et al. 2009). E então, para garantir maior eficiência na utilização
4
dos esforços durante uma partida de futebol, analisou-se o consumo máximo
de oxigênio, retratando que 15 semanas de treinamento proporcionam
alterações significativas em jovens futebolistas de 16 a 19 anos (SOUZA e
ZUCAS 2003).
A força muscular é uma importante variável da aptidão física geral,
assim KAWAUCHI et al. (2009) em estudos com faixas elásticas, visaram
constatar sua eficácia no ganho de força de membros inferiores em
adolescentes praticantes de futebol. Este material não se mostrou eficaz para
alterar o perfil antropométrico da amostra e, em contrapartida, contribuem
relativamente na melhoria da força e velocidade de membros inferiores,
constatando uma exímia alternativa para aperfeiçoar e incrementar o
treinamento de força. Já SPIGOLON et al. (2007) descrevem que em relação a
potência anaeróbia de membros inferiores em atletas das categorias sub-15,
sub-17, sub-20 e profissional de futebol de campo é de suma importância que
as variáveis potência máxima, média e mínima sejam consideradas na
planificação e na aplicação dos treinamentos futebolísticos. E então,
assimilando a dinâmica dos índices de força, um macrociclo com cargas
concentradas, durante vinte e duas semanas de treinagem, mostrou-se eficaz
na manutenção da resistência de atletas entre 17 e 19 anos (ARRUDA et al.
1999).
Sabemos que velocidade é a capacidade de realizar movimentos
sucessivos e rápidos. Em estudos, CASTRO et al. (2009) apontam que a
melhor fase de seu desenvolvimento é por volta dos 17 até os 25 anos, onde é
possível melhorá-la com processos de treino. Assim, após comparação do
tempo de Sprint de 20 metros entre atletas da categorial infantil, juvenil e júnior,
concluíram que o tempo de sprint é estatisticamente menor na categoria júnior
quando relacionado à categoria infantil, não havendo assemelhanças dentro de
cada categoria. Para COELHO et al. (2011) a determinação do nível de
correlação entre o desempenho nos 10m iniciais, dos 20m finais e no tempo
total do teste de sprint de 30m, com o do salto vertical com contra-movimento
entre jogadores de futebol afirmam que maiores valores de correlação do 10m
iniciais pode ser devido a efeitos específicos do treinamento. Generalizando, ao
longo de um macrociclo de estruturação tradicional de treinamento, ocorrem
5
incrementos no desempenho motor e metabólico de atletas de futebol infantil
segundo ALVES et al. (2009).
Desta forma, o tema abordado partiu do interesse pessoal, a fim de
acrescentar conhecimentos teóricos e práticos sobre o treinamento tradicional
em escolinhas de futebol. Assim, o papel social trabalhado com as crianças foi
de suma importância, conscientizando-as das relações dos processos de
treinamento para aptidão física geral, disseminando o papel da prática
esportiva sobre a saúde e qualidade de vida. Portanto, devido à escassez de
estudos que envolvam a relação entre treinamento e aptidão física em
escolinhas de futebol, o presente trabalho contribui significativamente para
acervos literários. Mediante pesquisas, foram desenvolvidas vertentes dos
processos de treinabilidade na aplicação em determinadas faixas etárias,
apontando seus resultados e relações sobre os índices de aptidão física de
crianças praticantes de futebol de campo.
E então, o objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito do
treinamento tradicional nos índices de aptidão física de infantes praticantes de
futebol de campo.
6
II. MÉTODOS
2.1 Amostra
A amostra foi composta por 14 indivíduos, faixa etária de 13 e 16 anos
de idade, peso corporal de 62 ± 16,45 kg e estatura de 167 ± 7,21 cm. Destes
sujeitos, 3 enquadraram-se no nível I da maturação biológica de acordo com os
pelos axilares, 4 nível II e 7 nível III, respectivamente. Todos do sexo
masculino, praticantes de futebol e frequentadores de uma escolinha de futebol
do Jardim Santa Terezinha, na zona leste da cidade de São Paulo, Brasil.
Os indivíduos pesquisados se enquadram em nível socioeconômico
médio, estando cursando o ensino fundamental e médio em escolas públicas e
privadas. Todos possuem média de duas aulas semanais de Educação Física
escolar, com duração aproximada de 50 minutos cada aula.
Ambos participavam aproximadamente a três meses de uma rotina de
treinamento de duas vezes por semana, com duração aproximada de duas
horas cada sessão.
Para integrar os participantes do estudo, os sujeitos deviam estar
matriculados na escolinha de futebol e com no mínimo três meses de prática
regular de futebol de campo, sendo que, os goleiros automaticamente estavam
exclusos desta pesquisa e aqueles indivíduos que apresentaram frequência
menor que 75%.
O responsável legal por estes indivíduos assinou Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (em anexo), após ter recebido
detalhadamente as informações sobre os procedimentos de avaliação e do
protocolo de treinamento que durou três semanas, com um total de seis treinos.
2.2 Técnica de coleta de dados
Foram desenvolvidas duas avaliações, a primeira no início da pesquisa e
a segunda logo após o término da terceira semana de treinamento, sempre no
mesmo local, no período da tarde.
Primeiramente, os sujeitos foram classificados de acordo com a
maturação biológica através dos pelos axilares proposto por MATSUDO (1998).
A região axilar foi observada livre de vestimentas, com o braço elevado e com
7
luminosidade adequada, de preferência natural. A avaliação dos pelos axilares
foi feita de acordo com esta classificação:
Nível I – “Ausência”, quando os pelos axilares não estão presentes em
nenhuma forma.
Nível II – “Presença parcial”, quando os pelos axilares se caracterizam
por ser: de pequeno número, mais lisos, opacos, finos e claros.
Nível III – “Presença total”, quando os pelos axilares se caracterizam por
ser: em grande número, mais encaracolados, brilhantes, espessos e escuros.
A ausência de pelos axilares corresponde à fase pré-púbere. A presença
de pelos axilares corresponde à fase pubertária, enquanto a presença total de
pelos axilares corresponde à fase pós-púbere.
Os protocolos utilizados nas avaliações citados por MATSUDO (1998)
foram:
Medidas:
Peso Corporal (PC): o avaliado se posicionou em pé de costas para a
escala da balança digital da marca Filizola, graduada de zero a 150 kg e com
precisão de 0,1 kg, com afastamento lateral dos pés estando à plataforma entre
os mesmos. Em seguida se colocaram sobre e no centro da plataforma, ereto
com o olhar num ponto fixo à sua frente. Foi realizada apenas uma medida
(FRANÇA e VÍVOLO 1998).
Estatura (E): o avaliado estava na posição ortostática (em pé), pés
unidos, procurando por em contato com o instrumento de medida (estadiômetro
vertical, com 210 centímetros de comprimento e escala de 0,1 centímetros) as
superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região
occipital. A medida foi feita com o indivíduo em apnéia inspiratória, de modo a
minimizar possíveis variações sobre esta variável antropométrica. A cabeça
estava orientada no plano de Frankfurt, paralela ao solo. A medida foi feita com
o cursor em ângulo de 90º em relação à escala. Foram feitas três medidas
considerando-se a média das mesmas como valor real da altura total (FRANÇA
e VÍVOLO 1998).
8
Índice de Massa Corporal (IMC): calculado mediante a relação entre
peso corporal e estatura², sendo a massa corporal expressa em quilogramas e
a estatura em metros (FRANÇA e VÍVOLO 1998).
Avaliação das valências físicas:
Indicador da potência aeróbica – Teste de corrida de 12 minutos (Teste
de Cooper): os avaliados percorreram a maior distância possível em 12
minutos sendo permitido andar durante o teste. Na medida do possível os
ritmos das passadas deveriam ser constantes durante todo o teste. Iniciou-se o
teste sob a voz de comando “Atenção! Já!” acionando o cronômetro
concomitantemente e se encerrou o teste com um apito. Após o teste, foi
calculada a distância total percorrida em metros e, posteriormente, através da
equação VO2máx = distância (metros) – 504 / 45 foi estimado o VO2máx do
indivíduo (DUARTE 1998).
Indicador da potência anaeróbica – Teste de Corrida de 40 segundos: o
avaliador principal (A) munido de um cronômetro orientou o avaliado sobre o
objetivo do teste que foi percorrer correndo a maior distância possível no
período de 40 segundos. Com as palavras “Atenção! Já!” deu-se início ao teste
acionando concomitantemente o cronômetro e andando em direção ao
avaliador auxiliar (B) que estava posicionado em um ponto médio entre 200 e
300 metros munido de um cronômetro. Esse cronômetro auxiliou o
posicionamento do avaliador B o mais próximo possível do avaliado no
momento dos 40 segundos, fato que foi anunciado pelo avaliador principal (A),
com as palavras “Atenção! Já!”. Nesse instante o avaliador auxiliar (B)
observou o último pé que estava em contato com o solo e esse ponto foi
assinalado como ponto de referência. Com auxílio de uma trena, quando a
pista estava demarcada de 10 em 10 metros, ou apenas pela visualização
direta, quando a pista foi marcada de metro em metro, determinamos a
distância percorrida, com precisão para o último metro, ou seja, se a distância
percorrida foi de 243 m e 40 cm o resultado para efeitos de cálculo foi de 243 m
(MATSUDO 1998).
Indicador da velocidade – Teste de Corrida de 50 metros: neste teste, o
indivíduo se posicionou em pé, com um afastamento ântero-posterior das
9
pernas e o tronco inclinado a 5 metros da linha da marca zero. Ao ser dado o
sinal, o testado iniciava a corrida e ao atingir a linha da marca zero, o
cronômetro era acionado, com o objetivo de medir o tempo gasto pelo indivíduo
para percorrer os 50 metros, quando o cronômetro foi travado (DUARTE 1998).
Indicador da agilidade – Teste Shuttle Run: desenharam, no chão, duas
linhas paralelas entre si, distantes 9,14 metros uma da outra. O indivíduo se
posicionou antes de uma das linhas; 10 centímetros após a outra, foram
colocados dois blocos de 5cm x 5cm x 10 cm distantes 30 centímetros entre si.
Após o comando do avaliador, que acionava o cronômetro, o indivíduo corria o
mais rápido possível até os blocos, pegava um deles e retornava a linha de
partida, colocando-o atrás da linha. Continuando a corrida, retornava à outra
linha e apanhava o outro bloco, colocando-o também na linha de partida. O
cronômetro era travado no momento em que o testado colocava o último bloco
no solo e ultrapassava com pelo menos um dos pés a linha final (STANZIOLA e
PTRADO 1998).
Indicador da flexibilidade – Adaptação de Wallace para o Flexiteste:
avaliou-se a flexibilidade de cada articulação, de forma passiva máxima,
através da adaptação dos vinte movimentos para oito exercícios propostos por
Wallace, sendo eles: flexão do quadril, extensão do quadril, abdução do
quadril, flexão do tronco, flexão lateral do tronco, adução posterior a partir da
abdução de 180º do ombro, extensão com adução posterior do ombro e
extensão posterior do ombro. Abrangeram as articulações da escápulo-umeral,
cotovelo, punho, coxo-femural, joelho, tornozelo e tronco, todos realizados do
lado direito. O teste foi iniciado sem aquecimento, movimentando o segmento
do corpo do testado lentamente iniciando-se a partir da posição 0 (zero), até o
momento do surgimento da dor ou de restrição ao movimento. Os valores de
medida foram dados pela comparação da amplitude do movimento realizado
com os desenhos existentes no mapa de avaliação (em anexo), que possui
uma pontuação de 0 a 4 caracterizando cinco valores possíveis de medida. Se
o movimento realizado estivesse situado entre duas posições, seria sempre
considerado o valor inferior. As medidas foram feitas para cada movimento da
seguinte forma: 0 = muito pequena, 1 = pequena, 2 = média, 3 = grande e 4 =
muito grande. Somando os valores de cada movimento, o autor estipulou o
Índice Geral de Flexibilidade, sendo: menor que 8 = muito pequena, 9 a 12 =
10
pequena, 13 a 16 = média -, 17 a 20 = média +, 21 a 24 = grande e maior que
25 = muito grande (ROCHA PECP 2008).
Indicador da força muscular – Teste de Impulsão Horizontal: o avaliado
se posicionou com os pés paralelos no ponto de partida (linha zero da fita
métrica fixada ao solo). Através da voz de comando “Atenção! Já!” o avaliado
saltou no sentido horizontal, com impulsão simultânea das pernas, objetivando
atingir o ponto mais distante da fita métrica. Permitiu-se a movimentação livre
de braços e tronco. Foram realizadas três tentativas, registrando as marcas
atingidas pela parte anterior do pé (ponta do pé) que mais se aproximou do
ponto de partida. Prevaleceu a que indicar a maior distância percorrida no
plano horizontal (SOARES e SESSA 1998).
Indicador da força muscular – Teste de Impulsão Vertical com auxílio
dos membros superiores: o avaliado ficou em pé, calcanhares no solo, pés
paralelos, corpo lateralmente à parede com o braço dominante elevado
verticalmente. Considerou-se como ponto de referência a extremidade mais
distal das polpas digitais da mão dominante comparada a fita métrica. Após a
determinação do ponto de referência o avaliado afastou-se, no sentido lateral,
ligeiramente da parede para poder realizar a série de três saltos, com
permissão da movimentação de braços e tronco. Através da voz de comando
“Atenção!!! Já!!!” ele executou o salto, com objetivo de tocar o ponto mais alto
da fita métrica com a mão dominante. Foram registradas, além do ponto de
referência, as marcas atingidas pelo avaliado a cada série de saltos. O
deslocamento vertical foi dado em centímetros, pela diferença da melhor marca
atingida e do ponto de referência (SOARES e SESSA 1998).
Indicador do equilíbrio estático – Teste “Avião”: o indivíduo em pé,
apoiado somente em um dos membros, estendeu o outro, paralelamente ao
solo. O tronco flexionado, paralelo ao solo, seguiu o eixo do membro inferior
que estava elevado. Os membros superiores estavam abduzidos em 90º com o
tronco, imitando a figura de um avião. Marcou-se o tempo que o testado
permaneceu nessa posição, mantendo-se em equilíbrio estável (ROCHA PECP
2008).
Indicador do equilíbrio dinâmico – Teste “Amarelinha”: desenhou no
chão a forma tradicional da amarelinha. O indivíduo ficou no primeiro espaço
do desenho, apoiado somente em um dos membros inferiores, aguardando o
11
início do teste. Percorreram todos os espaços da amarelinha, saltando somente
com um dos pés, realizando o percurso de ida e volta sem perder o equilíbrio.
Mediu-se o tempo gasto para a realização do percurso de ida e volta,
lembrando que o testado não pode perder o equilíbrio; se isto ocorresse,
deveria voltar para reiniciar o teste, e só pode saltar para outro espaço depois
de estabilizar o equilíbrio no espaço anterior (ROCHA PECP 2008).
2.3 Análise de dados
Para analisar o levantamento da média e desvio padrão sobre o efeito
do treinamento tradicional nos índices de aptidão física de infantes praticantes
de futebol de campo recorreu-se ao Teste t – Student. Para detectar as
possíveis diferenças entre o pré-treinamento e o pós-treinamento foi adotado
um nível de significância convencionalmente estabelecido entre a comunidade
científica de 5% (p < 0,05).
12
III. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir dos dados coletados para a verificação do efeito do treinamento
tradicional nos índices de aptidão física de infantes praticantes de futebol de
campo, os resultados obtidos no presente trabalho, referentes às variáveis
analisadas, estão apresentados na tabela abaixo:
Analisando-se esses dados, não foram verificadas diferenças
estatisticamente significativas para as variáveis estatura, peso corporal, IMC,
potência aeróbica, VO2máximo, potência anaeróbica, velocidade, agilidade,
impulsão vertical e equilíbrio estático (vide respectivos valores na tabela
acima).
Em contrapartida, observa-se diferença estatisticamente significativa
entre o primeiro momento avaliado e o segundo para as variáveis flexibilidade,
impulsão horizontal e equilíbrio dinâmico.
Comparando a primeira com a segunda média, para a variável
flexibilidade, teve-se uma melhora de 0,72 unidades, equivalente a 2 % de nível
de significância. Para a impulsão horizontal foi verificado incremento de 16, 92
cm quando comparado à avaliação inicial com a final, obtendo nível de
significância de 0%. O equilíbrio dinâmico consolidou 1% de nível de
13
significância, apresentando decadência de 2 segundos e 66 décimos em
relação à primeira avaliação, mostrando valores finais positivos.
BORIN et. (2011) avaliaram os efeitos de um programa de treinamento
de sete semanas em futebolistas e relataram melhora na flexibilidade, força
explosiva e rápida e diminuição na velocidade de deslocamento em 30m. O
mesmo relataram OLIVEIRA et al. (2012), apontando que a partir do mesmo
período, de sete semanas de treinamento, é possível aumentar eficientemente
a potência e melhorar a capacidade de resistência dos atletas. Diferentemente
dos estudos citados acima, o presente trabalho manteve-se estável em relação
aos achados sobre as variáveis analisadas. Este fato talvez seja devido ao
curto período de acompanhamento da amostra. Desta forma, sugerem-se
novas pesquisas com maiores intervalos de avaliação para que sejam refletidas
alterações significativas nos índices gerais de aptidão física de infantes
praticantes de futebol.
Perante a contextualização da prática esportiva, BORTONI e BOJIKIAN
(2007) discutem amplamente que o fato de haver iniciação esportiva é
suficiente para estabilizar e promover melhoras no desempenho dos indivíduos,
bem como, achados no presente trabalho.
Com bases nos dados obtidos, três semanas de treinamento não foram
suficientes, de um modo geral, para acrescentar valores na aptidão física de
jovens futebolistas. Esses achados não foram significantes devido ao curto
período e ao baixo número de sessões de treinamento tradicional de futebol.
Tais levantamentos já eram esperados, pois para que uma equipe futebolística,
com faixa etária de 15 e 17 anos, seja considerada de alto desempenho é
necessário que os atletas atinjam níveis de esforço máximo (LEVANDOSKI et
al. 2009).
Por fim, relacionando o presente estudo com levantamentos de PORTAL
et al. (2006) é necessário levar em consideração os estágios de maturação
biológica na montagem de equipes de futebol e não apenas as faixas etárias
dos indivíduos.
14
IV. CONCLUSÃO
De acordo com o presente estudo, pode-se concluir que não foram
encontradas diferenças estatisticamente significativas para as variáveis
analisadas, exceto para a flexibilidade, impulsão horizontal e equilíbrio
dinâmico. Vale ressaltar que em um período de três semanas de treinamento
tradicional não são suficientes para alterar os índices de aptidão física de
infantes praticantes de futebol.
Desta forma, sugerem-se novas pesquisas com maiores intervalos de
avaliação para que sejam refletidas alterações significativas nos índices de
aptidão física de infantes praticantes de futebol.
15
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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13. KAWAUCHI DH, TORRES FC, NAVARRO AC e NAVARRO F. Efeitos
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17
19. MORTATTI AL e ARRUDA M. Análise do efeito do treinamento e da
maturação sexual sobre o somatotipo de jovens futebolistas. Revista
Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. 2007; 9(1):
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20. NETO OB, BARBIERI FA, BARBIERI RA e GOBBI LTB. Desempenho da
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somatotipo e condicionamento físico entre atletas de futebol de campo
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29. SOTÃO SS, FILHA JGLC, FIGUEIREDO KRFV, JUNIOR FFM, FREITAS
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30. SOUSA S, RODRIGUES EQ e FILHO DAC. Relações entre composição
corporal e desempenho anaeróbio em jovens futebolistas. Revista
Brasileira Ciência e Movimento. 2013; 21(4): 121 – 126.
31. SOUZA J e ZUCAS SM. Alterações da resistência aeróbica em jovens
futebolistas em um período de 15 semanas de treinamento. Revista da
Educação Física/UEM. 2003; 14(1): 31 – 36.
32. SPIGOLON LMP, BORIN JP, LEITE GS, PADOVANI CRP e PADOVANI
CR, Potência anaeróbia em atletas de futebol de campo: diferenças
entre categorias. Coleção Pesquisa em Educação Física. 2007; 6(1):
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33. STANZIOLA L e PRADO JF. Medidas da agilidade. In: MATSUDO VKR.
Testes em ciência do esporte. 6ª edição São Caetano do Sul, SP:
Gráficos Burti LTDA; 1998. p. 73 – 78.
34. VILLAR R e DENADAI BS. Efeitos da idade na aptidão física em
meninos praticantes de futebol de 9 a 15 anos. Motriz. 2001; 7(2): 93 –
98.
35. VILLAR R e ZUHL A. Efeitos da idade cronológica e da maturação
biológica sobre a aptidão física em praticantes de futebol de 13 a 17
anos. Motricidade. 2006; 2(2): 69 – 79.
19
VI. ANEXOS
6.1 Termo de consentimento livre e esclarecido
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
FACULDADES METROPOLITNAS UNIDAS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO VOLUNTÁRIO DA PESQUISA OU RESPONSÁVEL
LEGAL
1. Responsável ou Representante Legal:
Data de Nascimento: / / Sexo: M ( ) F ( )
Cidade: Estado:
Fone contato: ( ) Celular: ( )
II. DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
1. TÍTULO DO PROTOCOLO DE PESQUISA: O efeito do treinamento tradicional nos índices de
aptidão física de infantes praticantes de futebol de campo
PESQUISADOR: Valdemar Henriques Fernandes Neto
UNIDADE DA FMU: Curso de Educação Física
2. AVALIAÇÃO DO RISCO DA PESQUISA: Por envolver treinamento futebolístico, há risco de
desconfortos e lesões articulares e/ou musculares, especialmente em membros inferiores.
3. DURAÇÃO DA PESQUISA: Três semanas de duração, seis sessões de treinamento.
________________________________________________________________________________
III. REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO VOLUNTÁRIO OU SEU
REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA CONSIGNANDO
1. O presente estudo terá por objetivo verificar o efeito do treinamento tradicional nos índices de
aptidão física de infantes praticantes de futebol de campo. Seus resultados podem desenvolver
vertentes que norteiem a aplicabilidade do treinamento de futebol na aptidão física de indivíduos
de escolinhas de futebol.
2. Primeiramente, a amostra será separada em grupos de acordo com a maturação biológica
através dos pelos axilares. Posteriormente, será realizada avaliação das medidas
antropométricas (peso corporal e estatura) e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Por fim,
testes sobre as valências físicas potência aeróbica, potência anaeróbica, velocidade, agilidade,
flexibilidade, impulsão horizontal, impulsão vertical, equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico serão
executados. Os testes são: Teste de corrida de 12 minutos, Teste de Corrida de 40 segundos,
Teste de Corrida de 50 metros, Teste Shuttle Run, Flexiteste, Teste de Impulsão Horizontal,
20
Teste de Impulsão Vertical com auxílio de membros superiores, Teste “Avião” e Teste
“Amarelinha”, respectivamente.
3. Por envolver treinamento futebolístico, há risco de desconfortos e lesões articulares e/ou
musculares, especialmente em membros inferiores. Porém, a realização de aquecimentos e
intervalos de recuperação durante os treinamentos virão a prevenir possíveis desconfortos.
4. A participação no estudo pode acarretar aos participantes acréscimos nos índices de aptidão
física e aquisição de conhecimento sobre a aplicabilidade do treinamento futebolístico.
________________________________________________________________________________
IV. ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS DO
VOLUNTÁRIO DA PESQUISA CONSIGNANDO:
1. Acesso, a qualquer tempo, ás informações sobre procedimentos, riscos e benefícios
relacionados à pesquisa, inclusive para diminuir eventuais dúvidas.
2. Liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de deixar de participar do estudo,
sem que isto traga prejuízo à continuidade da assistência.
3. Salvaguarda da confidencialidade, sigilo e privacidade.
________________________________________________________________________________
V. INFORMAÇÕES DE NOMES, ENDEREÇOS E TELEFONES DOS RESPONSÁVEIS PELO
ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA, PARA CONTATO EM CASO DE
INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E REAÇÕES ADVERSAS.
NOME: VALDEMAR HENRIQUES FERNANDES NETO FONE: (11) 96689-3516
________________________________________________________________________________
VI. CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi
explicado, consinto em participar do presente protocolo de pesquisa.
São Paulo,________de_________________________de________
Assinatura do voluntário da pesquisa ou responsável legal
Assinatura do pesquisador (carimbo ou nome legível)
21
6.2 Protocolo do Flexiteste