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Ombala Tumbansi ou Inzo Tumbansi (Inzo Tumbansi Tua Nzambi Ngana Kavungu) é uma Comunidade Tradicional de Matriz Congo-Angola (Bantu) no culto aos Bankissi, vinculada ao Unzó Tumbenci de Maria Nenén (Salvador/Ba), filiada a Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu, Salvador/Ba), Nzo-Ntôtila Nleke, Cabinda, República de Angola. situada na Rodovia Armando Sales, 5205 Cep 06856-000 | Recreio Campestre | Itapecerica da Serra | SP | Brasil. Fundada em em 22/11/1985 na cidade de Ipiaú, no baixo sul da Bahia, região do Vale do Rio de Contas, e como um centro de estudos e irradiação da cultura bantu, agregando em seu seio pesquisadores e estudiosos, que têm como interesse maior a cultura trazida pelos povos bantu durante os séculos de escravidão. Dirigido e organizado pelo Ungombo Katuvanjesi – Walmir Damasceno, formado em Comunicação Social com especialização em jornalismo e jornalista de profissão, sacerdote de candomblé de matriz angola- kongo, um dos mais respeitados sacerdotes de candomblé do Brasil. O Ombala Tumbansi é uma casa que se esmera em manter suas raízes, raízes herdadas de Tuenda Dia Nzambi – Maria Genoveva do Bonfim, também conhecida como Maria Nenê, que recebeu como herança, de seu iniciador Roberto de Barros Reis, um africano de Cabinda, o atual Tumbenci de Salvador-Ba. hoje sob a direção da herdeira espiritual e sobrinha carnal, de Tuenda Dia Nzambi, senhora Gereuna Passos, dijina Lembamuxi, e que é a Nengua atual da casa, a qual vem administrando espiritual e materialmente com muita propriedade. O Tumbansi não aceita inovações, não coloca em seus rituais nada que seja estranho à cultura bantu, principalmente à cultura bakongo (grupo etnolinguístico congo). No entanto entende que o Candomblé brasileiro, seja de que nação for, é uma criação brasileira e como tal deve permanecer. Não somos africanistas e sim candomblecistas. No entanto, tem procurado com afinco livrar-se de rituais e discursos alheios à nação de congo-angola, buscando aquilo que realmente é de origem bantu e eliminando de seus rituais, públicos ou privados, elementos alienígenas a sua cultura, que é de extrato bantu. A comunidade constitui em um espaço próprio de resistência e sobrevivência, que possibilita a preservação e recriação de valores civilizatórios, de conhecimentos e da cosmovisão trazidas pelos africanos, quando transplantados para o Brasil. Caracterizando-se pelo respeito à tradição e aos bens naturais; o uso do espaço para reprodução social, cultural e espiritual da comunidade; e a aplicação de saberes tradicionais transmitidos através da oralidade, não tão somente satisfeito com a comunidade em si, o

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Terreiro Congo Angola

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Ombala Tumbansi ou Inzo Tumbansi (Inzo Tumbansi Tua Nzambi Ngana Kavungu) é uma Comunidade Tradicional de Matriz Congo-Angola (Bantu) no culto aos Bankissi, vinculada ao Unzó Tumbenci de Maria Nenén (Salvador/Ba), filiada a Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu, Salvador/Ba), Nzo-Ntôtila Nleke, Cabinda, República de Angola. situada na Rodovia Armando Sales, 5205 Cep 06856-000 | Recreio Campestre | Itapecerica da Serra | SP | Brasil. Fundada em em 22/11/1985 na cidade de Ipiaú, no baixo sul da Bahia, região do Vale do Rio de Contas, e como um centro de estudos e irradiação da cultura bantu, agregando em seu seio pesquisadores e estudiosos, que têm como interesse maior a cultura trazida pelos povos bantu durante os séculos de escravidão. Dirigido e organizado pelo Ungombo Katuvanjesi – Walmir Damasceno, formado em Comunicação Social com especialização em jornalismo e jornalista de profissão, sacerdote de candomblé de matriz angola-kongo, um dos mais respeitados sacerdotes de candomblé do Brasil. O Ombala Tumbansi é uma casa que se esmera em manter suas raízes, raízes herdadas de Tuenda Dia Nzambi – Maria Genoveva do Bonfim, também conhecida como Maria Nenê, que recebeu como herança, de seu iniciador Roberto de Barros Reis, um africano de Cabinda, o atual Tumbenci de Salvador-Ba. hoje sob a direção da herdeira espiritual e sobrinha carnal, de Tuenda Dia Nzambi, senhora Gereuna Passos, dijina Lembamuxi, e que é a Nengua atual da casa, a qual vem administrando espiritual e materialmente com muita propriedade. O Tumbansi não aceita inovações, não coloca em seus rituais nada que seja estranho à cultura bantu, principalmente à cultura bakongo (grupo etnolinguístico congo). No entanto entende que o Candomblé brasileiro, seja de que nação for, é uma criação brasileira e como tal deve permanecer. Não somos africanistas e sim candomblecistas. No entanto, tem procurado com afinco livrar-se de rituais e discursos alheios à nação de congo-angola, buscando aquilo que realmente é de origem bantu e eliminando de seus rituais, públicos ou privados, elementos alienígenas a sua cultura, que é de extrato bantu. A comunidade constitui em um espaço próprio de resistência e sobrevivência, que possibilita a preservação e recriação de valores civilizatórios, de conhecimentos e da cosmovisão trazidas pelos africanos, quando transplantados para o Brasil. Caracterizando-se pelo respeito à tradição e aos bens naturais; o uso do espaço para reprodução social, cultural e espiritual da comunidade; e a aplicação de saberes tradicionais transmitidos através da oralidade, não tão somente satisfeito com a comunidade em si, o Ungombo Katuvanjesi – Walmir Damasceno funda o ILABANTU (INSTITUTO LATINO AMERICANO DE TRADIÇÕES AFRO BANTU), instituto que já existia desde 1985, mas que passa a ser registrado sob o nº 2032 em 20 de dezembro de 2007 no Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de Itapecerica da Serra, Estado de São Paulo, e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ-MF) 09.351.037/0001-39, sendo uma associação civil, tradicional, filantrópica e assistencial, de direito privado, sem fins lucrativos e econômicos, de caráter sociocultural, com o enfoque prioritário na manutenção, preservação e formação de agentes multiplicadores dos saberes e fazeres tradicionais, atuando no fortalecimento de ações políticas que viabilize a promoção da igualdade racial como forma de enfrentamento do

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racismo e empoderamento dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana e afro brasileira. ILABANTU, NTU, MUNTU, BANTU e MBUNTU são termos que dão significado a esta Instituição. NTU o principio da existência de tudo. Na raiz filosófica africana denominada de Bantu, o termo NTU designa a parte essencial de tudo que existe e tudo que nos é dado a conhecer à existência. O Muntu é a pessoa, constituída pelo corpo, mente, cultura e principalmente, pela palavra. A palavra com um fio condutor da sua própria história, do seu próprio conhecimento da existência. A população, a comunidade é expressa pela palavra Bantu. A comunidade é histórica, é uma reunião de palavras, como suas existências. No Ubuntu, temos a existência definida pela existência de outras existências. Eu, nós, existimos porque você e os outros existem; tem um sentido colaborativo da existência humana coletiva. As línguas são um espelho das sociedades e dos seus meios de nomear os seus conhecimentos, no sentido material, imaterial, espiritual. O ILABANTU vem se empenhando na organização das línguas Bantu que reflete organização de uma filosofia do ser humano, da coletividade humana e da relação destes seres com a natureza e o universo como veremos mais adiante. Atualmente, o ILABANTU está presente com representação através dos seus representantes em 11 estados da unidade da federação brasileira, organizados em Coordenações da seguinte forma:

Região Nordeste: Bahia (Salvador, Ilhéus e Itabuna), Pernambuco (Recife), Ceará (Juazeiro do Norte), Rio Grande do Norte (Natal).

Região Norte: Amazonas (Manaus); Tocantins (Palmas)

Região Sudeste: São Paulo (São Paulo); Minas Gerais (Belo Horizonte, São Lourenço, Juiz de Fora); Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Nova Iguaçú, São João de Mereti, Duque de Caxias); Espirito Santo (Vitória, Cariacica, Linhares)

Região Sul: Paraná (Curitiba)

https://www.facebook.com/INZOTUMBANSI/ http://www.siala.uneb.br/pdfs/2010/walmir_damasceno.pdf  http://inzotumbansi.org/home/