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PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Gestão de Empreendimentos SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração Regional do Estado de São Paulo SENAR SÃO PAULO D O E S T A D O D E S Ã O P A U L O F E D E R A Ç Ã O D A A G R I C U L T U R A FAESP

TURISMO RURAL Gestão de Empreendimentos - Agrocursos · pelo SENAR-AR/SP. Fábio de Salles Meirelles ... No mundo atual, só sobrevivem as empresas que vendem produtos e/ou ... vidades,

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PROGRAMA TURISMO RURAL

“AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”

TURISMO RURALGestão de Empreendimentos

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALAdministração Regional do Estado de São Paulo SENAR

SÃO PAULO

DO

ESTADO DE SÃO PAULO

FEDE

RA

ÇÃO DAAGRICULTURA

FAESP

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FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULOGestão 2008-2011

FábIO DE SALLES MEIRELLESPresidente

AMAURI ELIAS XAVIERVice-Presidente

EDUARDO DE MESQUITAVice-Presidente

JOSÉ CANDÊOVice-Presidente

MAURÍCIO LIMA VERDE GUIMARÃESVice-Presidente

LENY PEREIRA SANT’ANNADiretor 1º Secretário

JOSÉ EDUARDO COSCRATO LELISDiretor 2º Secretário

ARGEMIRO LEITE FILHODiretor 3º Secretário

LUIZ SUTTIDiretor 1º Tesoureiro

IRINEU DE ANDRADE MONTEIRODiretor 2º Tesoureiro

ANGELO MUNHOZ bENKODiretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALAdministrAção regionAl do estAdo de são PAulo

Conselho AdministrAtivo

FábIO DE SALLES MEIRELLESPresidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARARepresentante da Administração Central

bRAZ AGOSTINHO ALbERTINIPresidente da FETAESP

EDUARDO DE MESQUITARepresentante do Segmento das Classes Produtoras

AMAURI ELIAS XAVIERRepresentante do Segmento das Classes Produtoras

MáRIO ANTONIO DE MORAES bIRALSuperintendente

SÉRGIO PERRONE RIbEIROCoordenador Geral Administrativo e Técnico

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São Paulo, 2006

PROGRAMA TURISMO RURAL

“AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”

TURISMO RURALGestão de Empreendimentos

Serviço Nacional de Aprendizagem RuralAdministração Regional do Estado de São Paulo SENAR

SÃO PAULO

DO

ESTADO DE SÃO PAULO

FEDE

RA

ÇÃO DAAGRICULTURA

FAESP

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© SENAR-AR/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de São Paulo

Rua Barão de Itapetininga, 224 - CEP 01042-907 - São Paulo, SP - www.faespsenar.com.br

PROJETO DA OBRA

SENAR-AR/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de São Paulo

Idealização: Fábio de Salles Meirelles - Presidente do Sistema FAESP - SENAR-AR/SP

Supervisão Geral do Programa Turismo Rural: Jair Kaczinski - Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP

Responsável Técnico: Teodoro Miranda Neto - Chefe Adjunto da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP

Elaboração do Texto: Cândida Maria Costa Baptista, Diego Mendes, Janaina Britto e Mauro Albuquerque Pinheiro

PRODUÇÃO EDITORIAL

FUNPEC – Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto

Coordenação Editorial: Mirian Rejowski

Revisão Técnica: Benny Kramer Costa, Débora Cordeiro Braga e Mirian Rejowski

Revisão de Texto: Edison Mendes de Rosa

Projeto Gráfico: Janaina Britto

Editoração Eletrônica: Reynaldo Trevisan e Tathyana Borges

É proibida a reprodução total ou parcial deste manual por qualquer processo sem a expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.

T938

Turismo rural: gestão de empreendimentos / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regional de São Paulo. -- São Paulo : SENAR-AR/SP, 2006.

(Programa Turismo rural “Agregando valor à propriedade”, 3)

ISBN 85-99965-03-4

1. Turismo rural – Manual 2. Administração turística – Propriedade rural – São Paulo 3. Desenvolvimento turístico (Zona rural) - São Paulo 4. Empreendimentos turísticos (Zona rural) – São Paulo I. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Ad-ministração Regional de São Paulo II. Série

CDD 338.4791 910.98161

Ficha catalográfica elaborada por: Maria Elizabete de Carvalho Ota – CRB - 8/5050

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO, 5

CAPÍTULO 1 – EMPRESA, 7

Aspectos Gerais, 8

Legislação, 10

Sustentabilidade, 13

Imagem e Identidade, 16

Marca, 17

Revisão, 20

CAPÍTULO 2 – PLANO DE NEGóCIOS, 22

Plano de Negócios como Ferramenta de Gestão, 23

Conhecimento do Mercado, 23

Desenvolvimento do Plano, 30

Outras Ferramentas de Gestão, 45

Revisão, 50

CAPÍTULO 3 – ESTUDO DE VIABILIDADE ECONô-

MICO-FINANCEIRA, 51

Projetos e Análises Financeiras, 52

Práticas de Resolução de Problemas, 61

Revisão, 62

BIBLIOGRAFIA, 63

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APRESENTAÇÃO

Seja bem-vindo ao Programa Turismo Rural “Agregando Valor à Propriedade” do SENAR-AR/SP. Esse Progra-

ma visa a ampliar o olhar sobre a propriedade rural, fornecendo ferramentas para identificar e implantar negócios

de Turismo, de acordo com os recursos encontrados no meio, aliados às habilidades e vocações do produtor rural e

de sua família. Idealizado a partir de experiências no campo, direciona-se ao objetivo final de fixar o homem à terra

e de consolidar a agricultura no Brasil, país continental.

Esta Cartilha foi elaborada para lhe mostrar os aspectos fundamentais, teóricos e práticos, da Gestão de Ne-

gócios aplicada aos Empreendimentos de Turismo Rural. Aborda a Empresa e o Plano de Negócios como pontos-

chave da gestão desses empreendimentos, o que, com certeza, irá ajudá-lo na administração de seu novo negócio,

agregando valor a sua propriedade rural.

Acreditamos que esta Cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os profissionais

de Turismo Rural, constitui, certamente, um valioso instrumento para o sucesso da aprendizagem proposta

pelo SENAR-AR/SP.

Fábio de Salles Meirelles

Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

1º Vice-Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA

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EMPRESA

Neste capítulo, você vai:

compreender o significado e os princípios de uma Empresa;

perceber a importância da imagem e da identidade empresarial;

percorrer o "passo a passo" de criação de uma Empresa.

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� FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

ASPECTOS GERAIS

Definição de Empresa

Empresa é toda organização que, utilizando recursos naturais, materiais

e humanos, busca atingir um objetivo pré-definido, incluindo o lucro, a reali-

zação profissional, o crescimento econômico, as ações sociais, entre outras

satisfações pessoais.

Empresas podem gerar desenvolvimento local relacionado aos setores

econômico, social, cultural e tecnológico que sejam benéficos à população.

Vale ressaltar que esse desenvolvimento deve respeitar os valores histórico-

culturais e, principalmente, o ambiente natural.

Assim, temos que entender que propriedade rural também é empresa,

e o proprietário rural é um empresário. Daí, surgem os seguintes questio-

namentos:

Será que estamos nos comportando com empresários rurais?

Estamos fazendo uso desse conceito de empresa, preservando o

meio ambiente e respeitando os valores histórico-culturais?

Qualquer empresa, por mais simples que seja, deve definir a sua missão.

Entende-se por missão a razão de ser de uma organização, ou seja, a finali-

dade ou o motivo pelo qual foi criada. Para a sua definição, devem participar

todos os colaboradores do negócio, a fim de que seja verdadeira, singular e

esteja de acordo com toda a equipe. A missão deve ser buscada a todo mo-

mento ou em toda ação, no andamento do negócio.

É a missão que garante o funcionamento tranqüilo da empresa, pois numa

tomada de decisão, todas as ações e/ou atitudes serão norteadas por ela.

Exemplo de MISSÃO:

Atenção

1. Muitos rece-bem conselhos;

só os sábios lucram com eles.

(Syrus)2. Sucesso é uma jornada, não um

destino. (Ben Seewtland)

Missão

A nossa empresa existe para satisfazer as expectativas dos clientes (turistas), respeitando o meio ambiente, as pessoas e a cultura da nossa terra. O lucro virá da cobrança de um valor justo das vendas de bens ou serviços prestados com qualidade.

Dica

Com uma missão clara, fica fácil trabalhar em

equipe! Portanto, todos os colaboradores da empresa

devem conhecer essa missão e se engajar nela.

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�FAESP SENAR-AR/SP Empresa

Toda empresa tem os seus valores principais. É importante discutir com

todas as pessoas envolvidas nas atividades de nosso trabalho, para juntos

decidirmos quais serão os valores característicos da nossa empresa.

Exemplos de VALORES:

Agora, junto com sua equipe de trabalho (família e/ou colaboradores), liste

os principais valores da sua empresa.

Valores

HONESTIDADE

RESPEITO

DISCIPLINA

CARINHO

SINCERIDADE

AUTENTICIDADE

ORDEM

PRESTEZA

Política de Qualidade

No mundo atual, só sobrevivem as empresas que vendem produtos e/ou

serviços de qualidade elevada. Isso é fundamental para o sucesso da sua fu-

tura empresa. É tão importante que devemos criar uma política de qualidade

para bem atendermos os nossos clientes (turistas), como, por exemplo:

Atenção

Seomelhorépossível,bom

nãoésuficiente. (Anônimo)

Dica

A participação de todos os envolvidos é muito

importante!

Atenção

Trabalhe alegre e pacificamente,

sabendo que pensamentos e

esforços corretos inevitavelmente trarão resultados

positivos. (James Allen)

Regras para atingir a qualidade máxima:

Tudo é feito para satisfazer o cliente;

Higiene e limpeza a qualquer hora ou em qualquer lugar;

Ordem mantida a qualquer custo;

Alegria e satisfação ao atender os turistas e colegas de trabalho;

Conversar com turistas, contando histórias verdadeiras (nunca mentir);

Procurar chamar as pessoas pelos nomes;

Manter-se asseado (roupas, cabelo, barba etc.);

Estar o tempo todo atento, solícito e disposto a atender as necessidades

dos turistas.

A política de qualidade deve ser exaustivamente divulgada para todos os

colaboradores da empresa. Aqueles que resistirem à sua aplicação deverão

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10 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Os turistas que recebemos, na maioria dos casos, deslocam-se de gran-

des centros urbanos que concentram numerosas empresas, as quais tam-

bém apresentam suas missões, valores e políticas de qualidade. Assim, é

necessário tomar cuidado para não fixar esses quadros em locais aos quais

os visitantes têm acesso. Essa providência contribui para que eles se man-

tenham longe de sua rotina de trabalho e desfrutem a sua estada no campo

com qualidade e satisfação.

LEGISLAÇÃO

Toda empresa está submetida à legislação brasileira. No Turismo Rural

não é diferente. Então, é necessário respeitar as leis federais, estaduais e

municipais. Assim, para uma empresa funcionar, temos que registrá-la em

órgãos federais, estaduais e municipais.

Dica

Para demonstrar atenção, solicite disposição ematender o cliente. Use

expressões como:Por Favor!

Posso ajudar?Obrigado!

Atenção

Qualidade não é um fim em si mes-mo. É o caminho

- sem fim - para o sucesso. (Oceano

J. Zacharias)

Missão Valores PolíticadeQualidade

ser transferidos de função (para não ter contato direto com os turistas).

Crie aqui a missão, os valores e a política de qualidade da sua futura

empresa:

Tanto a Missão como os Valores e a Política de Qualidade deverão ser

escritos e expostos em lugares visíveis para todos os “colaboradores”.

Missão

Valores

Política

de

Qualidade

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11FAESP SENAR-AR/SP Empresa

Atenção

Veja, no Suple-mento “Legis-

lação e Turismo Rural”, mais in-formações sobre esses registros.

Registro da empresa – FEDERAL

Receita Federal: todas as empresas, independentemente de suas ati-

vidades, devem se cadastrar na Receita Federal para obter o CNPJ

(Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).

INSS: todas as empresas, independentemente de suas atividades,

devem se inscrever no INSS (Instituto Nacional e Serviço Social), para

obter o número de registro no órgão. Normalmente, isso ocorre si-

multaneamente com o registro na Receita Federal.

Registro da empresa – ESTADUAL

Secretaria da Fazenda do Estado: toda empresa mecantil está obri-

gada a inscrever-se na Secretaria da Fazenda do Estado, para obter

a INSCRIÇÃO ESTADUAL. Esta possibilita efetuar transações com cir-

culação de mercadorias, inclusive com emissão de Notas Fiscais de

vendas. As empresas exclusivamente prestadoras de serviços não

precisam dessa inscrição.

Registro do Contrato Social: todas as empresas, independentemente

de suas atividades, devem registrar seus contratos de constituição

em órgão específico, sendo:

- Cartório de Registro de Pessoa Jurídica - as empresas exclusi-

vamente prestadoras de serviços deverão registrar seus contratos

nos Cartório do local de instalação de sua empresa;

- Junta Comercial - as empresas mercantis (comércio e/ou indús-

trias), inclusive as que exercem também atividades de prestação

de serviços, deverão registrar seus contratos na Junta Comercial

de seu Estado. As empresas individuais também realizam o re-

gistro nesse órgão, porém, por terem apenas um proprietário não

têm contrato social, e sim uma ficha para inscrição da mesma.

3. Órgão de Controle e Vigilância Ambiental: toda empresa que realizar

atividades industriais e/ou que tenha geração de poluição sonora, re-

sidual ou ambiental deve ter uma autorização do órgão estadual que

cuida do controle ambiental, para seu funcionamento.

4. Secretaria da Saúde: as empresas industriais ou de transformação

que trabalham com alimentos e/ou produtos para consumo e utiliza-

ção humana deverão ter o registro na Secretaria da Saúde do Estado,

autorizando o funcionamento da atividade regularmente.

Registro da empresa – MUNICIPAL

Secretaria Municipal: todas as empresas, independentemente de

suas atividades, devem se cadastrar no órgão da Secretaria Munici-

1.

2.

1.

2.

1.

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12 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Abrangência dos Tributos e Regulamentos

Atenção

Veja, no Suple-mento “Legis-

lação e Turismo Rural”, mais in-formações sobre esses registros.

pal responsável pelo registro de sua empresa, para obter o alvará de

funcionamento. As empresas que desenvolvem atividades de presta-

ção de serviço recebem, também, autorização para emitir Nota Fiscal

de serviço.

Vigilância Sanitária: as empresas que trabalham com alimentos e/ou

produtos para consumo e utilização humana deverão requerer o re-

gistro na Secretaria a Vigilância Sanitária, para obter autorização do

funcionamento regular da atividade.

Registro da empresa – OUTRAS

Sindicato Patronal: todas as empresas, independentemente de suas

atividades, são obrigadas a realizar o registro no Sindicato represen-

tativo de sua categoria, efetuando a contribuição devida uma vez por

ano, no mês de janeiro. A filiação sindical é opcional para cada em-

presa.

Outros: dependendo de atividades desenvolvidas: IBAMA, Polícia

Federal, Conselho Regional de Categorias Profissionais (CREA, OAB,

CRA, CRC, CRQ).

O Quadro a seguir mostra alguns tipos de Legislação e Tributos a que uma

Empresa no segmento do Turismo Rural está sujeita.

2.

1.

2.

Abrangência Regulamentos

Meio Ambiente

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente); CO-NAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente); SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação); DE-PRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais); CETESB (Companhia de Tecnologia de Sa-neamento Ambiental)

ReceitaFederal PIS(ProgramadeIntegraçãoSocial);COFINS(ContribuiçãoFinsocial);IRPJ(ImpostodeRendaPessoaJurídica);CSLL(ContribuiçãoSobreoLucroLíquido);SIMPLES (SistemaIntegrado de Pagamento dos Impostos e ContribuiçõesdasMicroempresasedasEmpresasdePequenoPorte);ANVISA(AgênciaNacionaldeVigilânciaSanitária)

ReceitaEstadual ICMS(ImpostosobreCirculaçãodeMercadoriaseServiços)

PrefeituraMunicipal ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza);VigilânciaSanitária;

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13FAESP SENAR-AR/SP Empresa

Você não precisa ser especialista em impostos e leis, mas tenha sempre

um bom contador à sua disposição. Ele deverá assessorá-lo sobre todas as

obrigações legais do nosso país.

Antes de abrir sua empresa, tome conhecimento dos diversos impostos

e respectivas taxas que incidirão sobre o seu negócio. Normalmente, em

Turismo Rural, o que se aplica é o seguinte:

Tributos Alíquotas

Simples-Federal/Estadual

ISSQN-Municipal

INSS

FGTS

IRPJeCSLL-Federal

PIS/COFINS-Federal

%sobreanotafiscaldeserviçosdeacordocomaregião

%variaconformeomunicípio

29%sobrefolhadepagamento

8a10%sobreafolhadepagamento

%variaconformeanotafiscaldeserviços

%variaconformeanotafiscaldeserviços

18%sobreprodutosICMS-Estadual

Cada município tem seu plano diretor, no qual há diretrizes para o uso e

a ocupação do solo.

Atenção

Aceite os desa-fios, de modo

que você possa sentir a alegria da vitória. (General

George S. Patton)

Tipos de Tributos e Alíquotas Aplicados ao Turismo Rural

Atenção

Nós não herdamos a terra de nossos pais, mas a tomamos em-

prestadade nossos filhos.

(Cacique de uma tribo indígena, em Seattle,

Estados Unidos)

Procure a Prefeitura e veja se sua empresa pode ser instalada no local

pretendido.

No suplemento “Legislação e Turismo Rural”, estão descritas as etapas

para a criação de um empreendimento de Turismo Rural.

Considera-se Plano Diretor como o instrumento básico da política de desen-volvimento do Município. Orienta a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural e na oferta dos serviços públicos essenciais. Visa a assegurar melhores condições de vida para a população.

SUSTENTABILIDADE

Toda empresa moderna está preocupada com as gerações futuras. Nós

somos somente "usuários passageiros" dos recursos naturais existentes em

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14 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Alerta

Uma empresa rural deve ser economica-mente viável, social-

mente justa e ambien-talmente correta.

Sociocultural

EconômicaAmbiental

É necessário estar atento para que as construções estejam adequadas e

se harmonizem com o ambiente do entorno. Precisamos nos preocupar com

o tratamento de efluentes (sólidos, líquidos e gasosos). O cuidado com o solo

é fundamental: devemos evitar erosões e assoreamentos dos mananciais

hídricos.

O aproveitamento da energia gerada dentro da própria empresa, como,

por exemplo, o uso do gás metano por meio dos biogestores, também é uma

alternativa interessante para as empresas rurais. O gás pode ser utilizado em

uma cozinha de restaurante rural, em um sistema de aquecimento de água

para banho ou piscinas aquecidas e até mesmo na alimentação de um gerador

elétrico.

Devemos respeitar a comunidade local, assim como sua cultura, seus há-

bitos, usos e costumes, preservando assim o patrimônio histórico, arquitetôni-

co e cultural da região. Ao mesmo tempo, temos que buscar o desenvolvimento

econômico a longo prazo. Para isso, temos que criar e desenvolver empresas

saudáveis, que gerem emprego e renda e cumpram as funções sociais.

Vejamos, a seguir, um exemplo de como aproveitar cada uma das etapas

de uma linha de produção agropecuária. Observe a sinergia que existe entre

cada uma das etapas.

Tripé da Sustentabilidade

SUSTENTABILIDADE

nosso planeta. Por isso, é importante usá-los de maneira planejada e dentro

dos princípios da sustentabilidade.

Uma empresa rural deve estar alicerçada no tripé da sustentabilidade, ou

seja, considerar os aspectos ambientais, socioculturais e econômicos. Nesse

sentido, devemos respeitar e contribuir para a conservação e o melhoramento

do meio ambiente (flora, fauna, ar, água etc.).

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15FAESP SENAR-AR/SP Empresa

Pecuária

AduboOrgânico

Leite Corte

Queijo Carne

Doce Couro

Milho Feijão Biodigestor

Artesanato

Biofertilizante

HortaOrgânica

CozinhaIndustrial

Distribuidor

O planejamento da nossa empresa precisa ser feito tendo em vista re-

sultados a curto, médio e longo prazo, a fim de garantir seu desenvolvimento

no presente e no futuro.

Curto Longo

Presente Futuro

Médio Prazo

Exemplo de Linha de Produção Agropecuária

Dica

1. Uma empresa reconhecida como sustentável tem mais

valor no mercado, e a cliente-la percebe isso. Seus produ-tos e serviços valem mais.

2. Lance como meta montar uma empresa sustentável.

Você vai lucrar, com certeza!3. Para que toda a empresa

seja considerada sustentável, é importante que suas ope-rações (atividades) também

sejam assim.

FERRAMENTAS DE SUSTENTABILIDADE

Estudo de impacto ambiental

Envolvimento da Comunidade Local

Plano de manejo

Plano de negócios

Educação para o Turismo

Resultado=Renda+Qualidadedevida+Preservaçãoambiental

Os resultados do planejamento devem estar alinhados com as sustentabi-

lidades ambiental, sóciocultural e econômica, como já citado. Esse alinhamen-

Energia

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16 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Bem-estar;

Qualidade;

Sustentabilidade Ambiental;

Sinergia (encontro de energias);

Resultado econômico;

Geração de emprego.

Existem órgãos especializados em certificar as empresas e lhes conce-

der selos de reconhecimento no mercado. O Instituto de Hospitalidade - IH,

por exemplo, desenvolveu um conjunto de normas e processos que permite

a avaliação e certificação de profissionais, reconhecendo competências de-

senvolvidas.

IMAGEM E IDENTIDADE

Identidade versus Imagem

Identidade é o que você, ou sua propriedade ou seu município são.

Imagem é como os outros (turistas) vêem você, a sua propriedade e seu

município.

Tente definir a identidade do seu produto ou propriedade, respondendo as

seguintes perguntas:

Qual é o meu produto?Como surgiu a idéia de trabalhar com este produto ou serviço?O que eu ofereço ou pretendo oferecer (em relação a instalações, produtos, serviços, vivências ou experiências)?Quais são as características que mais marcam o meu produto?Para quem eu destino o meu produto?O que diferencia o meu produto do de meus concorrentes?

•••

•••

Certificar: atestar pu-blicamente, por escrito, que determinado produ-to, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos, as

normas definidas.

Perguntas para definir a identidade do produto

to pode resultar em benefícios ao desenvolvimento sustentável, relacionados,

por exemplo, aos seguintes aspectos:

Com todos esses dados em mãos, pense em uma imagem que possa

representar, de forma clara, os seus objetivos.

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17FAESP SENAR-AR/SP Empresa

Escreva abaixo essa imagem.

MARCA

Conceitos

Quando falamos em marca lembramos de outras palavras que parecem

ter significados semelhantes, como logotipo e logomarca. Vamos esclarecer

esses conceitos que estão relacionados a sinal gráfico e símbolo gráfico.

Como você expressa-ria a imagem?

Sinal gráfico: Representação gráfica de um conceito ou um

significado simples, como, por exemplo, uma seta indicativa

de direção.

Símbolo gráfico: Representação gráfica que pode ser as-

sociada a significados diversos. Por exemplo: uma pomba

remete a animal, ave, paz, liberdade e a outras idéias.

Logotipo: Símbolo visível de um conceito ou palavra com

tratamento gráfico especial que também gera associações

sucessivas de idéias. Pode ser o nome da empresa ou do

produto escrito de forma não-convencional. O logotipo da

Embrapa, por exemplo, é constituído de um nome associa-

do a tipo de letra, desenho e cores.

Marca: A marca deve passar a síntese da filosofia de uma

empresa envolvida com produtos ou serviços. É representa-

da por meio de um símbolo. Deve ser:

diferenciada em relação às outras marcas do meio que se

destina;

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1� FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Logomarca: É a representação de uma empresa ou um pro-

duto por meio de símbolo, logotipo ou sinal misto.

Destaque o que é mais forte dentro de sua propriedade. Pense em algo

que mostre sua cultura. Algo que seja de fácil memorização, uma vez que o

que deve ser criado é a fixação de sua marca na mente dos clientes, algo que

esteja vinculado à identidade.

Isso é tão importante quanto a qualidade de seu produto.

Criar sua marca é mais que adotar um visual atraente. É, acima de tudo,

criar uma identificação do produto com o local, com a qualidade do produto e

com os valores que se pretende transmitir.

Registro da Marca

Caso opte por registrar sua marca, procure o INPI - Instituto Nacional de

Propriedade Industrial. Vamos, então, esclarecer como é feito o registro da

marca e fornecer uma lista da documentação necessária para isso.

Atenção

Pense em algo que represente o conjunto do que você pretende

oferecer, alguma coisa significativa

que possa ser identificada no seu negócio!

distanciar-se de modismos para que obtenha durabili-

dade;

ter capacidade de comunicação com o público.

Fazer uma busca prévia no INPI para saber se existe nome semelhante

no mesmo ramo de atividade econômica. Essa busca poderá ser reali-

zada gratuitamente no site www.inpi.gov.br. Se solicitada diretamente

no INPI, é cobrada uma taxa.

Dar entrada no pedido de registro da marca no INPI com a documenta-

ção necessária e pagar a taxa de depósito da marca. Há diferenciação

no preço no caso de micro e pequenas empresas.

Retornar ao INPI depois de 30 dias para pegar o número do processo.

Acompanhar o processo no site do INPI ou na Revista da Propriedade

Industrial (RPI), disponível para consulta no instituto. O processo para

o registro da marca leva cerca de dois a três anos.

Após o deferimento do pedido, paga-se uma nova taxa para a emissão

do registro, que sai em 60 dias. Em até 90 dias, deve-se fazer o paga-

mento da taxa de proteção da marca no primeiro decênio.

1.

2.

3.

4.

5.

“Passo a Passo” do Registro de uma Marca

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1�FAESP SENAR-AR/SP Empresa

Renovar a taxa de proteção a cada dez anos, sob pena de extinção

do registro.

6.

Para Pessoa Física

Cópia autenticada do CPF e do

RG.

Cópia autenticada de compro-

vação de atividade profissional

autônoma, reconhecida pelo

órgão fiscalizador.

Cópia autenticada do cartão do

CIM (Comprovante de Inscrição

Municipal).

Etiquetas (para marcas mistas

ou figurativas).

Formulário próprio fornecido

pelo INPI, em quatro vias.

Guia de recolhimento do INPI,

em três vias.

Para Pessoa Jurídica

Cópia autenticada da declara-

ção de firma individual, do con-

trato social, do estatuto social e

dos aditivos.

Cópia do CNPJ (atualizado).

Cópia da declaração de micro-

empresa (se for o caso).

Etiquetas (para marcas mistas

ou figurativas).

Formulário próprio fornecido

pelo INPI, em quatro vias.

Guia de recolhimento do INPI,

em três vias.

Documentação para Registrar a Marca

Para efeito de registro, as marcas podem ser nominativas, figurativas,

mistas e tridimensionais.

Tipos de Marca Descrição

Nominativas

Figurativas

Mistas

Tridimensionais

Constituídas apenas de palavras, conjunto de núme-ros ou algarismos representadas por um desenho, imagem ou sinal gráfico

Compostas de uma marca nominativa e uma figura-tiva, ou nominativa com estilização

Constituídas pela forma plástica de um produto ou de uma embalagem, sendo que tal forma deve pos-suir identidade própria.

Representadas por desenho, imagem ou sinal gráfico

Tipos de Marca

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20 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Construção da Marca

A marca é a imagem que representa a identidade do negócio. No entanto,

muitos empreendimentos são concebidos a partir de grandes investimentos

nas estruturas físicas, mas a criação da marca é desenvolvida no improviso.

É importante observar, na construção da marca, os seguintes pontos: o

que a empresa pretende dizer, que público gostaria de atingir, como quer ser

vista e que valores pretende passar ao seu consumidor.

Vale lembrar que não há uma fórmula ideal para elaborar uma boa marca

para uma empresa. Mas existem algumas dicas que poderão auxiliar na for-

mulação da sua marca:

A marca tem que ser auto-explicativa;

A marca deve ser clara e objetiva;

A marca deve passar a mensagem do negócio.

A marca não é algo que envelhece, mas é importante que o empresário

fique atento às necessidades de atualizá-la, de acordo com a evolução do

empreendimento.

Atenção

O que a mente humana pode

conceber e acreditar, ela pode realizar. (Napoleon Hill)

De acordo com os conceitos apresentados, avalie ou crie a sua marca!

Crie agora a sua logomarca:

Alerta

Procure ser autêntico e verdadeiro. Nada de

copiar!

REVISÃO

Aspectos Gerais

Legislação

Sustentabilidade

Imagem e Identidade

Marca

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21FAESP SENAR-AR/SP Empresa

Até agora, trabalhamos com os sentimentos da EMOÇÃO relacionados ao

nosso empreendimento de Turismo Rural.

É muito importante que você, ao decidir iniciar um empreendimento, dei-

xe as EMOÇÕES de lado. As emoções são muito importantes na nossa vida

particular e no trato com os clientes (turistas), mas quando se trata de decidir

sobre INVESTIMENTO, recomenda-se o uso da RAZÃO.

No próximo capítulo, vamos ver nove “passos” que devem ser seguidos

e analisados antes que você tome a decisão de criar um empreendimento de

Turismo Rural. Trataremos, portanto, do Plano de Negócios.

O segredo da vida é saber quem você é e para onde está indo.

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22 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

PLANO DE NEGóCIOS

Neste capítulo, você vai:

entender o que é um Plano de Negócios e as etapas para a sua elaboração;

conhecer a dinâmica do Mercado e como se comportam os seus elementos principais;

verificar como se desenvolve um Plano de Negócios, a partir de Ferramentas de Gestão.

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23FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

PLANO DE NEGóCIOS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO

O Plano de Negócios é uma ferramenta moderna de gestão de empre-

sas. Procura antecipar fatos que ocorrerão no futuro, para que tomemos uma

decisão RACIONAL sobre a viabilidade ou não de implantarmos nosso negócio

turístico.

Eis uma sugestão de plano de negócios, que discutiremos "passo-a-passo":

CONHECIMENTO DO MERCADO

Mercado

Sempre que vamos iniciar uma atividade, temos que ter conhecimentos

sobre ela, seja com a criação de gado, com o plantio de milho etc. No Turismo

Rural, a necessidade de obter informações e conhecimentos é de grande im-

portância. Isso porque vamos trabalhar com um universo diferente do nosso

cotidiano e estaremos envolvidos com clientes, parceiros, fornecedores, con-

correntes, entre outros, além dos consumidores-turistas.

Como vou obter informações e conhecimento?

Roteiro de um Plano de Negócios

Atenção

Lembre que já vi-mos o que é gestão

na Cartilha 1.

Produto (Oferta)

Cliente (Demanda)

Concorrentes

Fornecedores

Compras

CONHECIMENTO DO MERCADO

Estratégias

Marketing (Vendas e Pós-Venda)

Recursos Humanos

Projetos e Análises Financeiras

Sistema PERA

Sistema Espinha de Peixe

4Q´s + POC “METAS”

Relatórios Gerenciais

DESENVOLVIMENTO DO PLANO

OUTRAS

FERRAMENTAS DE GESTÃO

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24 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

OfertaÉ todo produto ou serviço disponível no

município ou região, podendo ou não ser

concorrente

DemandaÉ quem procura ou consome os produtos

e serviços

FornecedorÉ quem nos oferece os produtos ou servi-

ços necessários para atender as necessi-

dades dos clientes

ConcorrênciaÉ todo empreendimento que disputa o

mesmo cliente, ou seja, que oferece pro-

dutos ou serviços iguais ou semelhantes

MERCADO

Produto (Oferta)

Produto são os bens ou serviços que oferecemos aos clientes.

Componentes do Mercado

Conceito de Produto

É necessário ter uma visão bem clara sobre o que é o "nosso produto".

Exemplo: oferecer hospedagem com alimentação típica da roça (caipira). No

meio rural, podemos desenvolver variados produtos que sejam atrativos ao

meu público-alvo (turistas), como vimos no Módulo 1.

É essencial que você tenha acesso a informações e conhecimentos que

podem ser obtidos por meio de participação em palestras, cursos, levanta-

mentos, inventários etc. Mas o mais importante antes de iniciar qualquer em-

preendimento é o conhecimento do MERCADO.

Consumidores, fornecedores e concorrentes só existem quando pessoas

ou empresas procuram produtos e serviços, e outras pessoas ou empresas

oferecem esses mesmos produtos ou serviços. Pela visão econômica, a rela-

ção entre a oferta e a procura de produtos ou serviços é o mercado.

Nesse sentido, mercado é simplesmente a relação de compra e venda

de determinado produto. É composto por uma série de elementos que você

conhecerá neste capítulo, tais como: oferta (demanda/público-alvo), concor-

rência e fornecedores.

Vamos, agora, conhecer cada um dos elementos que compõem e regulam

o mercado:

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25FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

Defina aqui o seu "produto":

Demanda (Turistas)

Para presentear uma pessoa querida, pensamos qual presente a agra-

daria. Se não conhecermos bem essa pessoa, poderemos cometer gafes

ou até mesmo oferecer algo não apreciado. O mesmo acontece com o

seu cliente. Se alguém oferecesse a você algo que não o agradasse, você

compraria o produto? Provavelmente, não.

1º PASSO - Conhecer quem é o seu cliente

CONHECENCENDO O CLIENTE - QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DE

SEU CLIENTE?

Cada cliente possui características específicas, que poderão nortear até

mesmo o planejamento físico das estruturas a serem criadas.

2º PASSO - Levantar suas expectativas

LEVANTAMENTO DE EXPECTATIVAS - QUAIS SÃO AS EXPECTATIVAS

DESSE CLIENTE?

De acordo com as características podemos notar algumas necessidades

que temos que atender.

3º PASSO - Procurar saber o que leva o cliente a consumir o seu produto

IDENTIFICAR QUAL A MOTIVAÇÃO - O QUE LEVA O CLIENTE A CONSU-

MIR SEU PRODUTO?

Temos que analisar o que motiva os clientes a consumirem os produ-

tos ou serviços.

Para auxiliar nesse processo de conhecer quem é seu cliente, mostrare-

mos, a seguir, os tipos de turistas já estudados por um pesquisador chamado

Stanley Plog. São os seguintes:

Dica

Lembre-se do exercício do trem no Módulo 1.Você já conhece o

município e a propriedade.

Perfil do Cliente

Expectativas do Cliente

Segmentação do Cliente

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26 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Tipo 1: Turistas exploradores, aventureiros, que vão à procura de lu-

gares novos, convivendo com a população local, em núcleos turísticos.

Quando o local começa a ter mais turistas, eles o abandonam e vão

procurar locais novos (Alocêntricos);

Tipo 2: Viajam individualmente, mas vão para onde todo mundo vai e

gostam de visitar lugares com boa reputação. A relação com a popula-

ção local é mais comercial (Mesocêntricos ou Mediocêntricos);

Tipo 3: Turistas que só viajam a lugares que lhes sejam familiares, utili-

zando-se de “pacotes”. Deixam-se levar pela influência social. Esperam

que no núcleo turístico haja a mesma coisa que no seu local de origem.

São gregários, só viajam em grupos (Psicocêntricos).

Com essa classificação, podemos analisar o cliente por meio de suas ca-

racterísticas e, com base nessa tipologia, identificar qual tipo de turista predo-

minante a cidade está recebendo atualmente.

Descreva no quadro abaixo o tipo de turista que o Município recebe pre-

dominantemente:

Para melhor conhecer as características e necessidades do seu cliente,

tente definir primeiro qual tipo de visitantes ou de turistas gostaria de receber

no seu empreendimento.

Saber quem serão os clientes, portanto, é fundamental para traçar as

estratégias do negócio.

Exemplo de definição de clientes:

Jovens solteiros;

Casais jovens;

Adultos solteiros;

Adultos casados com filhos;

Estudantes;

Por faixa etária (idade) etc.

Segmentação Psicográfica

Dica

Como vimos no Módulo 1, lembre-se de usar o artifício da segmentação para esta-

belecer um público-alvo.

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27FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

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2� FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Concorrente

Saber quem são seus concorrentes, conhecer seus produtos, serviços e

diferenciais é tão importante como conhecer o seu cliente.

Só é CONCORRENTE aquele empreendimento que disputa o mesmo clien-

te, ou seja, o empreendimento que oferece produtos ou serviços iguais ou

semelhantes ao nosso.

Para conhecer melhor o nosso concorrente, fazemos como qualquer

consumidor consciente: antes de decidir pelo produto ou serviço que iremos

oferecer, vamos fazer uma PESQUISA. Analisamos o mercado e observamos

também quais os produtos e serviços diferenciados que podemos oferecer

para atrair os clientes.

Eis algumas perguntas que podem ajudar:

Quais são os seus concorrentes?

Quantos são?

Onde estão?

Qual é a distância do mais próximo?

O que eles oferecem?

Quais são as vantagens de cada um em relação ao seu empreendimen-

to? (Levante as vantagens em termos de preço, qualidade, capacidade de

atendimento das necessidades do público, diferenciais e atendimento.)

Quais as expectativas e necessidades do cliente que não estão sendo

atendidas pelos seus concorrentes?

Outro ponto que devemos lembrar é que não se deve enxergar o con-

corrente como inimigo. Se conseguirmos ver os concorrentes como futuros

parceiros, podemos trabalhar em conjunto, com ações de interesses comuns.

Existem algumas formas de conhecer o concorrente. Uma delas é nos

apresentarmos como concorrente de forma amigável e dizer que gostaríamos

de conhecer o empreendimento.

Outra forma de conhecer o concorrente é sendo um consumidor do produ-

to dele. Dessa forma, conseguiremos medir e sentir a diferença entre o nosso

produto e o dele.

Conceito de Concorrente

Atenção

Conhecer quem são e como

atuam nossos concorrentes no mercado é vital para a sobrevi-vência do nosso

empreendimento.

Análise dos Concorrentes

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2�FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

É importante definir um nicho de mercado em que pretendemos atuar.

Listar os concorrentes dentro da sua área geográfica e saber o que eles ofe-

recem também é muito importante para o sucesso que pretendemos alcançar

com o nosso empreendimento.

Conceito de Fornecedor

Fornecedor

Fornecedor é quem nos oferece os produtos ou serviços necessários para

atendermos as necessidades dos clientes.

Para oferecer produtos e serviços de qualidade, precisamos ter fornece-

dores que também ofereçam produtos de qualidade, com variedade e preços

compatíveis. Além disso, eles devem ter capacidade de fornecimento adequa-

da às nossas necessidades.

Analise as perguntas abaixo, avaliando cada fornecedor e seus produtos:

Quais são os meus fornecedores?

Quantos são?

Onde estão?

Qual a capacidade de fornecimento?

Quais as condições de pagamento?

Se necessitar de quantidades extras, esse fornecedor será capaz de suprir?

Que alternativas terei se um fornecedor não me atender no momento?

Como é a qualidade do produto?

Para o mesmo produto, tenho fornecedores distintos?

Analisar os fornecedores potenciais é importante para poder planejar

seu negócio. Isso porque eles já participam diretamente dos custos e da

qualidade do seu produto.

Atenção

Pesquisar os fornecedores potenciais é

importante para poder planejar

seu negócio. Eles participam direta-mente dos custos e da qualidade do

seu produto.

Compras

Esse departamento dentro da nossa empresa é também muito importante.

Procure fazer parcerias com bons fornecedores, para que os produtos que

você adquirir tenham qualidade máxima (assim como a equipe). O conceito de

Qualidade Máxima é atingido quando os fornecedores apresentam:

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30 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

DESENVOLVIMENTO DO PLANO

Estratégias

Uma vez que conhecemos nossa missão, o produto, os clientes-alvo, os

fornecedores e os concorrentes, definiremos nossas estratégias para atingir

os objetivos. Para tanto, devemos pensar e discutir (anotando) quais ações

executaremos para atingir o sucesso.

O fato de estarmos participando deste Programa de Turismo Rural do SE-

NAR-SP já é uma ação estratégica para colaborar com o nosso sucesso.

Quem sou?Onde estou?

Aonde querochegar?

ESTRATÉGIAS

OBJETIVOS

Os caminhos que a empre-sa pode utilizar para atingir

os objetivos

As perguntas contidas na figura acima devem ser respondidas, para que

sejam definidas e compreendidas as estratégias da nossa empresa. Isso nos

ajudará a atingir o sucesso em nosso empreendimento.

Como definir as estratégias?

Como chegar?

qualidade do produto em si;

quantidade correta;

preços competitivos;

entrega dos produtos na hora certa;

constância pré-definida.

Conceito de Qualidade Máxima de Fornecedores

Atenção

Importante nesta fase é “ouvir” bastante, olhar outros empre-

endimentos que deram certo,

discutir, mas tam-bém usar a sua criatividade e a

dos membros da família e amigos.

Marketing

Em termos simples, o marketing corresponde à ação no mercado e cen-

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31FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

tra-se nos clientes com a intenção de atendê-los bem e torná-los fiéis na

utilização do seu negócio turístico.

O marketing do produto turístico compreende:

descoberta daquilo que os turistas desejam (pesquisa de mercado);

desenvolvimento de serviços turísticos adequados (planejamento do pro-

duto);

informação aos turistas sobre o que esta disponível (publicidade e pro-

moção);

orientação sobre os locais onde podem comprar os serviços (ponto de

venda - canais de distribuição), de modo a dar valor (preço) ao produto e

lucro à empresa, atingindo as suas metas. (Beni, 2001).

Mix de Marketing

Tais fatores compõe o chamado mix (composto) de marketing (4 P´s): Pro-

duto, Promoção, Ponto de venda e Preço.

Enquanto os profissionais de marketing se veêm como vendedores de um

produto, os clientes se veêm como compradores de um valor ou da solução de

um problema. Por isso temos que ajustar os 4 P´s aos 4C´s:

4 P´s

Produto

Preço

Ponto de Venda

Promoção

Conveniência

ComunicaçãoIntegrada

Custo

4 C´s

Cliente

Fonte: Adaptado de Launtenborn (1990)

A comunicação deve ser integrada e orientada para informar os clientes

reais e potenciais, motivando a ação para a compra do produto. Envolve:

propaganda

venda pessoal;

promoção de vendas;

relações públicas e publicidade;

marketing direto;

marketing digital.

Atenção

Quem pensa que o cliente não é

importante deve tentar fazer algo

sem ele por um período de noventa dias.

(Anônimo)

Dica

Lembre-se domarketing interno (Endomarketing).

Compomentes da Comunicação Integrada de Marketing (CIM)

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32 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Ele ficou sabendo da nossa existência;

Ele decidiu nos visitar (realizou a compra);

Ele consumiu o produto e pagou;

Ele retornou ao seu lar;

Ele com certeza irá conversar com outras pessoas mais próximas,

sejam elas do trabalho, amigos ou da família.

1.

2.

3.

4.

5.

O trabalho de pós-venda começa a partir do item 4, ou seja, do retorno do

turista ao lar. Assim, é interessante, para seu negócio, manter contato com o

cliente. Por exemplo: você pode enviar um e-mail, uma fotografia, uma carta

ou mesmo telefonar, manifestando sua alegria por tê-lo recebido.

Certamente, você também poderá receber críticas, inclusive construtivas,

e sugestões. Todas são bem-vindas para o aprimoramento dos nossos produ-

tos e serviços.

Vamos definir, juntos, algumas estratégias básicas para o sucesso do

nosso negócio:

Quando um cliente (turista) resolve consumir o nosso produto, devemos

lembrar que várias etapas já ocorreram:

Veja como é importante a Política de Qualidade em todas as áreas do

nosso empreendimento. Não se esqueça dela!

Venda e Pós-Venda

É importante definir quem fará a venda dos seus produtos e de que modo

isso será feito. O que ocorre normalmente é o seguinte:

Vendas diretas da empresa;

Vendas por agências de turismo;

Escritórios de reservas;

Representantes comerciais.

Utilize todos os meios de comunicação para realizar suas vendas, tais

como: telefone, faz, internet, contatos pessoais etc.

Dica

1. “Venda” seus produtos para a própria equipe, a

fim de que ela também os admire. Isso é chamado e

Marketing Interno (Endomarketing).

2. Ouvir a voz do nosso cliente é a melhor ma-neira de diagnosticar a qualidade dos serviços

que estamos prestando!

No Turismo, a melhor propaganda que existe é o boca-a-boca. Um cliente

satisfeito conta a sua experiência para pelo menos cinco pessoas conhecidas,

o que as motivará a visitar seu empreendimento. O cliente insatisfeito fala isso

para aproximadamente vinte outras pessoas.

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33FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

Produto

Preço

PontodeVenda

ComunicaçãoIntegrada

VendaePós-Venda

Recursos Humanos

Esse departamento é muito importante dentro de qualquer empresa. As

pessoas é que fazem a diferença (diferencial competitivo).

Máquinas, móveis e equipamentos podem ser comprados iguais. Pesso-

as, no entanto, são formadas por meio de técnicas de treinamento, motivação,

envolvimento, entusiasmo, alegria, vocação e aptidão. Para tanto, devemos

atentar para um trabalho de:

Tenha certeza de que o cliente (turista) perceberá claramente se a equipe

está qualificada e feliz com a função que está exercendo.

O sorriso e a satisfação estarão aumentando o valor do seu produto.

Em se tratando de pessoas, é muito importante seguir as LEIS DE SEGU-

RANÇA NO TRABALHO, tanto nas atividades internas quanto nas externas.

O uso adequado de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) e práti-

cas seguras demonstram amor e respeito ao patrimônio da empresa: toda

a equipe.

Dica

Reserve tempo e dinheiro para a qualificação da sua equipe de trabalho. Isso será muito importante para o sucesso de sua

empresa!

RECRUTAMENTO

SELEÇãO

TREINAMENTO

MOTIVAÇãO

CONSCIêNCIAAMBIENTAL

FOCONOCLIENTE

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34 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

DESCRIÇÃO VALORES

Mureatas, postes de energia, alambrado, sanitários, la-vanderia e calçadas

100.000,00

Portaria 10.000,00

Placas de Sinalização 1.000,00

Projeto Paisagístico 10.000,00

Iluminação Externa 5.000,00

Sub-total 126.000,00 (a)

Dispomos, no mercado, de várias ferramentas para elaborar um "plano de

viabilidade econômico-financeira", mas adotaremos um bastante simplificado

e útil. Podemos chamá-los de “Os Nove Passos da Razão”.

Antes de iniciar este tópico, vale salientar que tudo se baseará em infor-

mações levantadas. Estas devem ser verdadeiras, fiéis e de boas fontes, para

que não se crie uma ilusão econômica, pois as conseqüências disso seriam

desastrosas, como, por exemplo: projeção de lucro incorreta, cálculo de custo

subestimado e quantificação de clientes superestimada.

Projetos e Análises Financeiras

Listar investimentos iniciais.

Definir impostos que incidirão.

Calcular a depreciação dos bens.

Estimar a demanda e o faturamento.

Calcular custos, despesas e preços de venda.

Elaborar um balanço.

Calcular o tempo de retorno do capital investtdo.

Ponto de Equilíbrio.

Margem de Contribuição.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

A seguir, praticaremos juntos uma simulação de "Estudo de viabilidade

econômica" para um camping rural.

1º PASSO: INVESTIMENTOS INICIAIS

1.1 CONSTRUÇõES E OUTROS

BENS

DEP

RECI

ÁVEI

S

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35FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

Abertura de Empresa 500,00

Impressos em Geral 2.000,00

Capital de Giro 6.000,00

Outros - Imprevistos 500,00

Sub-total 135.000,00 (b)

DESCRIÇÃO QTDE. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

ComputadorEscrivaninhaTelefoneAutofalanteSistema de som

5.000,00

Sub-total 5.000,00 (c)

DESCRIÇÃO QTDE. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Sub-total 0,00 (d)

1.2 MÓVEIS E EQUIPAMENTOS

1.3 UTENSÍLIOS

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36 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

DESCRIÇÂO VALORES

Construções e outros - Transferir sub-total item 1.1 (b) 135.000,00

Móveis e Equipamentos - Transferir sub-total item 1.2 (c) 5.000,00

Utensílios - Transferir sub-total item 1.3 (d) 0,00

Total de Investimentos 140.000,00 (e)

TIPO %

Simples - Federal/Estadual 5

ISSQN - Municipal 3

INSS - Folha de Pagamento -

FGTS - Folha de Pagamento -

IRPJ e CSLL - Federal -

PIS - Federal -

COFINS - Federal -

ICMS - Estadual -

Total �

RESUMO DOS INVESTIMENTOS INICIAIS

2º PASSO: IMPOSTOS A PAGAR

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37FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

ITENSVALOR

INVESTIDOVIDA ÚTIL (ANO) % ANO

VALOR DEPRECIADO/MÊS

Construções - Transferir subtotal item 1.1 (a)

126.000,00 20 5 525,00

Móveis e Equipamentos - Transfe-rir subtotal item 1.2 (c)

5.000,00 5 20 83,33

Utensílios - Transferir subtotal item 1.3 (d)

0,00 - - -

Total de Investimentos 131.000,00 - - 60�,33

MESES Nº DE CLIENTES VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Janeiro 400 15,00 6.000,00

Fevereiro 400 15,00 6.000,00

Março 350 15,00 5.250,00

Abril 300 15,00 4.500,00

Maio 300 15,00 4.500,00

Junho 300 15,00 4.500,00

Julho 400 15,00 6.000,00

Agosto 250 15,00 3.750,00

Setembro 300 15,00 4.500,00

Outubro 350 15,00 5.250,00

Novembro 350 15,00 5.250,00

Dezembro 400 15,00 6.000,00

Total 4.100 15,00 61.500,00

Média por mês (%) 341 15,00 5.115,00

Obs.: Os bens depreciáveis são os TANGÍVEIS.

3º PASSO: DEPRECIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

4º PASSO: ESTIMATIVA DE CLIENTES / DEMANDA X FATURAMENTO

(f)

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3� FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

CUSTOS VARIÁVEIS R$

Mão-de-obra Variável 600,00

Insumos de Alimentação 0,00

Energia Elétrica 180,00

Bebidas 0,00

Materiais de Limpeza 100,00

Gás/Lenha 50,00

Materiais Descartáveis 200,00

Comissões 0,00

Encargos Financeiros (Cartão, Empréstimos etc.) 100,00

Outros Impostos/Taxas 50,00

Outros (Pulsos Telefônicos) 120,00

Combustível 200,00

Manutenção 100,00

Total de Custos Variáveis Mensal 1.700,00

Rateio dos Custos Variáveis = Total anterior : (f) = 1.700,00 : 341 4 ,��

5º PASSO: CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS - CUSTO VARIÁVEL

Custos e despesas variáveis: são aquelas que só ocorrem quando há

venda de produtos e serviços. Por exemplo: mão-de-obra de diaristas (guias,

monitores), alimentos, bebida, energia, materias etc.

CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS - Neste momento (5º passo) estamos

“prevendo” como será a operação da futura empresa.

O que são custosvariáveis?

(g)

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3�FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

CUSTOS FIXOS R$

Mão-de-obra Fixa (com encargos) + Pró-Labore 1.000,00

Contador 100,00

Taxas e Impostos fixos (ITR, ALVARÁS) 40,00

Comunicação (assinatura de telefone e Internet) 60,00

Depreciação dos Imobilizados 608,33

Propaganda em Guias Gastronômicos e/ou Hoteleiros 300,00

Outros 100,00

Total de custos fixos 2.208,33

Rateio dos custos fixos = Total anterior (h) : (f) = 2.20�,33 : 341 6,48

Total de custos = (g) + (i) 11,47

Impostos (8%) sobre (j) 0,92

Lucro esperado (20%) sobre (j + k) 2,48

Preço de venda = (j) + (k) + (l) ou de mercado Arredondando ...........................................

14,�7 15,00

CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS

Esse resultado serve para mostrar se teremos condições de competir no

mercado da região.

5º PASSO: CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS - CUSTO FIXO

O que são custos fixos?

Custos e despesas fixas: são aqueles que não variam com as vendas;

não importa o quanto estamos vendendo, eles serão sempre iguais. Por exem-

plo: pró-labore, aluguel, salários mensais, taxas, contribuições etc.

(h)

(i)

(j)

(k)

(l)

~

(m)

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40 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

DESCRIÇÃO R$

RECEITAS

Receita Bruta 0,00

Impostos sobre Vendas 0,00

Receita Líquida 0,00

CUSTOS VARIÁVEIS

Diaristas 0,00

Alimentos 0,00

Outros 0,00

CUSTOS FIXOS 0,00

Pró-Labore 0,00

Mão-de-obra Fixa 0,00

Outros 0,00

Total dos Custos 0,00

RESULTADOS 0,00

Visualização de um BALANÇO padrão:

CONTAS R$

Vendas Brutas (f) x (l) + Aluguel do bar = 341 x 15,00 + 1.000,00 6.115,00

Impostos (ISSQN, SIMPLES) 490,00

Vendas líquidas = (1) – (2) = 6.115,00 – 4�0,00 5.625,00

6º PASSO: RESULTADOS - BALANÇOS

6º PASSO: RESULTADOS - BALANÇOS

(1)

(2)

(3)

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41FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

DESPESAS VARIÁVEIS R$

Mão-de-obra Variável 600,00

Insumos de Alimentação 0,00

Energia Elétrica 180,00

Bebidas 0,00

Materiais de Limpeza 100,00

Gás/Lenha 50,00

Materiais Descartáveis 200,00

Comissões 0,00

Encargos Financeiros (cartão, empréstimos, etc.) 100,00

Outros Impostos/Taxas 50,00

Outros (Pulso Telefônico) 120,00

Combustível 200,00

Manutenção 100,00

Outros

Total de despesas variáveis 1.700,00 (4)

6º PASSO: RESULTADOS - BALANÇOS

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42 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Despesas Fixas R$

Mão-de-obra Fixa (com encargos) 1.000,00

Contador 100,00

Taxas e Impostos Fixos (ITR, ALVARÁS) 40,00

Comunicação (assinatura de telefone e Internet) 60,00

Depreciação dos Imobilizados 608,33

Propaganda em Guias Gastronômicos 300,00

Outros 100,00

Total de despesas fixas 2.208,33 (5)

Resultado Mensal = (3) – (4) – (5) = 5.625,00 – 1.700,00 – 2.20�,33 1.716,67 (6)

6º PASSO: RESULTADOS - BALANÇOS

Nada mais é do que o Total Investido (e) : Lucro Mensal (6)

RESULTADO EM MESES OU ANOS

R$ 140.000,00 : R$ 1.716,67 = 81,55 meses 6,8 anos ou seja, quase 7 anos

7º PASSO: TEMPO DE RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO

Agora, podemos tomar a decisão do investimento!

PRESTE ATENÇÃO NO 7º PASSO!

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43FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

8º PASSO: PONTO DE EQUILÍBRIO - PE

Agora que estamos com nosso empreendimento rural de Ponto de Venda

de Produtos devidamente instalado, surge a necessidade de aprofundar os

estudos financeiros em complemento ao que aprendemos no Módulo 3.

Teremos neste momento uma visão mais comercial do nosso negócio.

Estamos falando de PONTO DE EQUILÍBRIO.

Definição: Ponto de Equilíbrio é aquele momento em que o valor das ven-

das (quantidade x preço unitário) se IGUALAM com os custos de produção

somados às despesas fixas, ou seja, é quando consiguimod zerar as nos-

sas contas (Receitas = Despesas).

O gráfico abaixo ilustra este momento.

Note que o Ponto de Equilíbrio (PE) e a soma total dos custos (fixo e vari-

ável) iguala-se com o valor das vendas.

Vamos calcular os valores unitários. Para tanto, é só dividir os Valores

Totais pela quantidade de Vendas que foi estimada mensalmente.

DESCRIÇÃO R$

Preço de Venda (PV) unitário ...... (m) 15,00 (I)

Custos Variáveis (CV) unitário ..... (g) 4,99 (II)

Lucro Bruto (LB) unitário ....... (I) – (II) 11,50 (III)

Tempo

Prejuízo

Lucro

Ponto de EquilíbrioVendas (R$)

Qtde x Preço Unitário

Custo Total

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44 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Temos que o Custo Fixo Total (i) era de R$ _________ , portanto o Ponto

de Equilíbrio é o resultado da divisão do Custo Fixo Total pelo Lucro Bruto

Unitário (III).

Custo Fixo Total (h)

Lucro Bruto Unitário (III)

PE unidades

A partir da quantidade vendida acima é que o empreendimento passará a

dar LUCRO. Pensando de outra forma, podemos afirmar que o PE é a quanti-

dade mínima que DEVEMOS vender por mês para não termos prejuízo.

9º PASSO: MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - MC

A margem de contribuição (MC) é bastante interessante para descobrir-

mos qual o produto que está agregando um VALOR maior no empreendimento

rural. É expressa em porcentagem (%).

Definição: Margem de Contribuição nada mais é do que a diferença entre

o Preço de Venda e os Custos Variáveis que vai contribuir para o paga-

mento dos Custos Fixos, e o Lucro. Quanto maior for a colaboração para

o pagamento do custo fixo, maior será a nossa Margem de Contribuição.

Podemos ter, então, uma MC para cada produto que vendemos.

PE

BEBIDAS

Valor da venda de um refrigerante R$ 2,00

Custos Variáveis R$ 1,20

Lucro Bruto R$ 0,80

EXEMPLO: Num restaurante rural o que será que está agregando mais

valor, Bebidas ou Comidas?

Para responder essa pergunta devemos fazer uso da MC.

Utilizando a Margem de Contribuição (MC) descobriremos quais são os

produtos que merecem maior esforços de venda para aumentar o LUCRO.

2.208,33

11,50

1�2

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45FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

MC 0,80

2,00X 100 40%

COMIDAS

Valor da venda de uma refeição R$ 12,00

Custos Variáveis R$ 4,00

Lucro Bruto R$ 8,00

MC 8,00

12,00X 100 67%

Conhecendo a MC desses dois produtos, quais deles devem receber maior concentração de esforços de venda?

Ainda no Plano de Negócios, existem outras ferramentas para auxiliá-lo

na gestão do seu negócio. Eis algumas muito utilizadas na gestão de empre-

endimentos:

Sistema PERA;

Sistema ESPINHA DE PEIXE;

3Q’s e 1 POC;

Relatórios Gerenciais.

OUTRAS FERRAMENTAS DE GESTÃO

Que outras ferramentas de gestão

podemos usar?

Sistema PERA

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46 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Atenção P: PlanejarE: ExecutarR: RelatarA: Avaliar

Vamos, então, estudar cada uma das letras do sistema PERA:

P: Tudo o que sonhamos e queremos implantar deve ser PLANEJADO.

E: Já que planejamos algo, devemos EXECUTAR.

R: Executando o plano, devemos RELATAR tudo o que ocorreu, ana-

lisando o desempenho.

A: Relatado o desempenho das tarefas planejadas, em função dos

resultados, AVALIAMOS e AGIMOS corretivamente, caso necessário,

com um novo planejamento.

Sistema Espinha de Peixe

Para aplicarmos o Sistema Espinha de Peixe temos que, em primeiro lugar

fazer uma tempestade de idéias (brainstroming),

MauDesempenho

Efeito

Causa4Causa5Causa6

Causa1Causa2Causa3

Vamos pensar em um peixe com as espinhas expostas. Podemos utilizar

essa figura por meio de um diagrama, para nos auxiliar a resolver um proble-

ma, em vez de ficar "atirando" em todas as direções.

A tempestade de idéias é utilizada para gerar idéias para um determi-

nado assunto. É importante que todos sejam envolvidos, todas as idéias,

anotadas e consideradas para posteriormente serem organizadas no Sis-

tema Espinha de Peixe.

Análise dos Concorrentes

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47FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

Quando e como utilizar o sistema Espinha de Peixe:

Quando você tem um problema (um mau desempenho), use essa técni-

ca, anotando em cada "espinha" as prováveis causas daquele efeito.

Reúna a equipe envolvida direta e indiretamente na tarefa, estimule to-

dos a se manifestarem.

Você vai notar como é impressionante que cada pessoa tem uma visão

diferente do mesmo problema.

Toda as visões são importantes para a solução.

Vá anotando tudo e, ao final, com a participação de todos, descarte as

causas improváveis; sobrarão poucas prováveis, nas quais você deverá

AGIR!

Veja como um time de futebol, após ser derrotado no Campeonato, utilizou

esse diagrama (Godoy, 1996).

Uma vez detectado o problema, deve ser escolhida a melhor alternativa a

ser trabalhada. Para a elaboração do plano podemos usar a técnica conhecida

como “4 Q´s + POC e definir as metas.

Exemplo de Aplicação do

Diagrama Espinha de Peixe

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4� FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

4Q´s + POC

M = mensurável

E = específica

T = temporal

A = atingível

S = significativa

Q = O QUÊ ?

Q = QUEM ?

Q = QUANDO ?

Q = QUANTO ?

P = POR QUÊ ?

O = ONDE ?

C = COMO ?

Agora vamos preencher o quadro abaixo, resumindo todas as ações do

nosso plano.

Oque Porquê Quem Quando Onde Como Quanto

Descriçãodasações

Justificativa ResponsávelDatade

inícioefimLocalou

áreaEtapasaserem

cumpridasEstimativadeinvestimento

“METAS”

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4�FAESP SENAR-AR/SP Plano de Negócios

Relatórios Gerenciais

Demonstrativo do resultado do exercício (DRE), mensal, trimestral, se-

mestral ou anual.

Balanços patrimoniais (com ativos e passivos).

Controle de estoques.

Inventários de estoque.

Grau de satisfação (baseado nos formulários de avaliação).

Taxas de ocupação ou número de visitantes.

Controle da margem de contribuição de cada produto e/ou atividade.

Fluxo de caixa.

Contas a pagar.

Contas a receber.

Controle do peso do lixo (perdas e desperdícios).

Controle dos horários de entrada e saída dos colaboradores.

Controle de saldos bancários.

Controle de consumo de energia elétrica e de ligações telefônicas

(tarifas).

Resultados das estratégias comerciais.

Dica

1. Esses relatórios não precisam ser complexos; às

vezes, uma simples anotação num caderno poderá ser

muito útil, gerando informa-ções (veja o item Pós-venda).

2. A ajuda do contador é imprescindível na elabora-

ção de alguns dos relatórios citados.

3. Em gestão empresarial você deve “controlar até a agulha dentro do palheiro”.

Os Dez Mandamentos do Empresário de Sucesso

Os dez mandamentos do empresário de sucesso são:

1. Missão e paixão pelo negócio

2. Projeto do negócio

3. Harmonia e serenidade

4. Parcimônia financeira

5. Foco nas estratégias

6. Energia e entusiasmo da equipe

7. Controle da vaidade pessoal

8. Visão generalista

9. Transformação de ameaças em oportunidades

10. Visão do futuro, com sustentabilidade

Atenção

“O desejo é a chave da motivação, mas é a determinação e o

comprometimento para com a busca constan-te de seus objetivos e com a excelência

que permitirão a você atingir o sucesso que

procura.”(Mario Andretti)

Como exemplos de relatórios gerenciais de uma empresa podemos citar

os seguintes:

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50 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Plano de Negõcios como Ferramenta de

Gestão

Conhecimento do Mercado

Desenvolvimento do Plano

Outras Ferramentas de Gestão

REVISÃO

No próximo capítulo, vamos aplicar o Plano de Negócios ao seu empreen-

dimento de Turismo Rural.

Page 53: TURISMO RURAL Gestão de Empreendimentos - Agrocursos · pelo SENAR-AR/SP. Fábio de Salles Meirelles ... No mundo atual, só sobrevivem as empresas que vendem produtos e/ou ... vidades,

APLICAÇÃO DO PLANO DE NEGóCIOS

Neste capítulo, você vai:

analisar financeiramente o seu empreendimento de Turismo Rural;

praticar a resolução de problemas que podem ocorrer em seu empreendimento de Turismo Rural.

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52 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

PROJETOS E ANÁLISES FINANCEIRAS

Vamos, agora, retomar os 9 PASSOS DA RAZÃO, aplicando-os aos nossos

empreendimentos rurais.

Listar investimentos iniciais;

Definir impostos que incidirão;

Calcular a depreciação do bem;

Estimar a demanda e o faturamento;

Calcular custos e preços de venda;

Elaborar um balanço;

Calcular o tempo de retorno do capital investido.

Ponto de equilíbrio

Margem de contribuição

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

1º PASSO: INVESTIMENTOS INICIAIS

DESCRIÇÃO VALORES

Construções

Reformas

Placas de Sinalização

Projeto Paisagístico

Iluminação Externa

Sub-total

Abertura de Empresa

Impressos em Geral

Capital de Giro

Outros - Imprevistos

Sub-total

BENS

DEP

RECI

ÁVEI

S

1.1 CONSTRUÇõES E OUTROS

(a)

(b)

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53FAESP SENAR-AR/SP Aplicação do Plano de Negócios

1. 2 MÓVEIS E EQUIPAMENTOS

DESCRIÇÃO QTDE. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Sub-total

1. 3 UTENSÍLIOS

DESCRIÇÃO QTDE. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Sub-total

(c)

(a)

(d)

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54 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

1. 4 RESUMO DOS INVESTIMENTOS INICIAIS

DESCRIÇÂO VALORES

Construções e Outros - Transferir subtotal item 1.1 (b)

Móveis e Equipamentos - Transferir subtotal item 1.2 (c)

Utensílios - Transferir subtotal item 1.3 (d)

Total de Investimentos

2. IMPOSTOS A PAGAR

TIPO %

Simples - Federal / Estadual

ISSQN - Municipal

INSS - Folha de Pagamento

FGTS - Folha de Pagamento

IRPJ e CSLL - Federal

PIS - Federal

COFINS - Federal

ICMS - Estadual

Total

(e)

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55FAESP SENAR-AR/SP Aplicação do Plano de Negócios

3. DEPRECIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

ITENS VALORINVESTIDO VIDA

ÚTIL (ANO)% ANO

VALOR DEPRECIADO

Construções - Transferir subtotal item 1.1 (a)

Móveis e Equipamentos - Transfe-rir subtotal item 1.2 (c)

Utensílios - Transferir subtotal item 1.3 (d)

Total de Investimentos

4. ESTIMATIVA DE CLIENTES

MESES Nº DE CLIENTES VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Total

Média por mês (%) (f)

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56 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

5. CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS

CUSTOS VARIÁVEIS R$

Mão-de-obra Variável

Insumos de Alimentação

Energia Elétrica

Bebidas

Materiais de Limpeza

Gás/Lenha

Materiais Descartáveis

Comissões

Encargos Financeiros (Cartão, Empréstimos etc.)

Outros Impostos/Taxas

Outros (Pulsos Telefônicos)

Combustível

Manutenção

Total de Custos Variáveis Mensal

Rateio dos Custos Variáveis = Total anterior : (f) (g)

O que são custosvariáveis? Custos e despesas variáveis: são aquelas que só ocorrem quando há

venda de produtos e serviços. Por exemplo: mão-de-obra de diaristas (guias,

monitores), alimentos, bebida, energia, materias etc.

CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS - CUSTOS VARIÁVEIS

Esse resultado serve para mostrar se teremos condições de competir no

mercado da região.

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57FAESP SENAR-AR/SP Aplicação do Plano de Negócios

CUSTOS FIXOS R$

Mão-de-obra Fixa (com encargos) + Pró-Labore

Contador

Taxas e Impostos Fixos (ITR, ALVARÁS)

Comunicação (assinatura de telefone e Internet)

Depreciação dos Imobilizados

Propaganda em Guias Gastronômicos/Hoteleiros

Outros

Total de custos fixos (h)

Rateio dos custos fixos anterior dividido por (a) (i)

Total de custos unitário (g) + (i) (j)

Impostos __% sobre (j) (k)

Lucro esperado __% (Sugestão: 20%) sobre (j) + (k) (l)

Preço de venda = (j) + (k) + (l) ou de mercado (m)

5º PASSO: CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS - CUSTO

CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS - CUSTO FIXO

Esse resultado serve para mostrar se teremos condições de competir no

mercado da região.O que são custos

fixos?

Custos e despesas fixas: são aqueles que não variam com as vendas;

não importa o quanto estamos vendendo, eles serão sempre iguais. Por exem-

plo: pró-labore, aluguel, salários mensais, taxas, contribuições etc.

Page 60: TURISMO RURAL Gestão de Empreendimentos - Agrocursos · pelo SENAR-AR/SP. Fábio de Salles Meirelles ... No mundo atual, só sobrevivem as empresas que vendem produtos e/ou ... vidades,

5� FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

CONTAS R$

Vendas Brutas = (f) x (l) (1)

Impostos (PIS, COFINS, ISS, SIMPLES) (2)

Vendas Líquidas = (1) – (2) (3)

CUSTOS VARIÁVEIS R$

Mão-de-obra Variável

Materiais Descartáveis

Insumos de Alimentação

Energia Elétrica

Bebidas

Materiais de Limpeza

Gás/Lenha

Comissões

Encargo Financeiros (cartão, empréstimos etc.)

Outros Impostos/Taxas

Outros (Pulso Telefônico)

Combustível

Manutenção

Outros

Total de despesas variáveis (4)

CUSTOS FIXOS

Mão-de-obra fixa (com encargos)

Contador

Taxas e Impostos Fixos (ITR, ALVARÁS)

Comunicação (assinatura de telefone e internet)

Depreciação dos Imobilizados

Propaganda em Guias Gastronômicos

Outros

Total de despesas fixas (5)

Resultado Mensal = (3) – (4) – (5) (6)

6º PASSO: RESULTADOS - BALANÇOS

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5�FAESP SENAR-AR/SP Aplicação do Plano de Negócios

Nada mais é do que o Total investido (e) : Lucro Mensal (6)

Agora, tome a sua decisão!

Teremos retorno do capital investido em:

Meses ou _____________ Anos

7º PASSO: TEMPO DE RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO

PRESTE ATENÇÃO NO 7º PASSO!

8º PASSO: PONTO DE EQUILÍBRIO - PE

Agora que estamos com nosso empreendimento rural de Ponto de Venda

de Produtos devidamente instalado, surge a necessidade de aprofundar os

estudos financeiros em complemento ao que aprendemos no Módulo 3.

Teremos neste momento uma visão mais comercial do nosso negócio.

Estamos falando de PONTO DE EQUILÍBRIO.

Definição: Ponto de Equilíbrio é aquele momento em que o valor das ven-

das (quantidade x preço unitário) se IGUALAM com os custos de produção

somados às despesas fixas, ou seja, é quando consiguimod zerar as nos-

sas contas (Receitas = Despesas).

O gráfico abaixo ilustra este momento.

Tempo

Prejuízo

Lucro

Ponto de Equilíbrio

Vendas (R$)

Qtde x Preço Unitário

Custo Total

Page 62: TURISMO RURAL Gestão de Empreendimentos - Agrocursos · pelo SENAR-AR/SP. Fábio de Salles Meirelles ... No mundo atual, só sobrevivem as empresas que vendem produtos e/ou ... vidades,

60 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Note que o Ponto de Equilíbrio (PE) e a soma total dos cutos (fixo e variá-

vel) iguala-se com o valor das vedas.

Vamos calcular os valores unitários. Para tanto, é só dividir os Valores

Totais pela quantidade de Vendas que foi estimada mensalmente.

DESCRIÇÃO R$

Preço de Venda (PV) unitário ...... (m) (I)

Custos Variáveis (CV) unitário ..... (g) (II)

Lucro Bruto (LB) unitário ....... (I) – (II) (III)

Temos que o Custo Fixo Total (i) era de R$ _________ , portanto o Ponto

de Equilíbrio é o resultado da divisão do Custo Fixo Total pelo Lucro Bruto

Unitário (III).

Custo Fixo Total (h)

Lucro Bruto Unitário (III)

PE unidades

A partir da quantidade vendida acima é que o empreendimento passará a

dar LUCRO. Pensando de outra forma, podemos afirmar que o PE é a quanti-

dade mínima que DEVEMOS vender por mês para não termos prejuízo.

9º PASSO: MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - MC

A margem de contribuição (MC) é bastante interessante para descobrir-

mos qual o produto que está agregando um VALOR maior no empreendimento

rural. É expressa em porcentagem (%).

PE

Definição: Margem de Contribuição nada mais é do que a diferença entre

o Preço de Venda e os Custos Variáveis, que vai contribuir para o paga-

mento dos Custos Fixos, e o Lucro. Quanto maior for a colaboração para

o pagamento do custo fixo, maior será a nossa Margem de Contribuição.

Podemos ter, então, a MC para cada produto que vendemos.

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61FAESP SENAR-AR/SP Aplicação do Plano de Negócios

BEBIDAS

Valor da venda de um refrigerante

Custos Variáveis

Lucro Bruto

EXEMPLO: Num restaurante rural o que será que está agregando mais

valor, Bebidas ou Comidas?

Para responder essa pergunta devemos fazer uso da MC.

Utilizando a Margem de Contribuição (MC) descobriremos quais são os

produtos que merecem maior esforços de venda para aumentar o LUCRO.

MC X 100 %

COMIDAS

Valor da venda de uma refeição

Custos Variáveis

Lucro Bruto

MC X 100 %

Conhecendo a MC desses dois produtos, quais deles devem receber maior concentração de esforços de venda?

Desenvolveremos a prática de resolução de problemas por meio de:

simulação de problemas para a aplicação de ferramentas de gestão;

reforço sobre a utilidade dos relatórios gerenciais;

revisão dos 10 mandamentos do empresário de sucesso.

PRÁTICAS DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

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62 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Gestão de Empreendimentos

Na próxima Cartilha, vamos comprender como instalar um Ponto de

Venda de Produtos visando ao desenvolvimento do Turismo Rural na sua

propriedade.

Projetos e Análises Financeiras

Práticas de Resolução de Problemas

REVISÃO

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BIBLIOGRAFIA

Nestas referências, você vai:

encontrar todas as fontes que foram consultadas para escrever esta

Cartilha;

selecionar as obras para você aprofundar seu conhecimento.

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64 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Oportunidades de Empreendimentos

ALMEIDA, Flavio de. Como montar seu negócio próprio. Os segredos do projeto

de negócios. Belo Horizonte, Editora Leitura, 2001.

BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. 6a. ed. São Paulo: Senac,

201.

CAMPOS, Eneida Rached. Metodologia de Gestão pro Porcessos. Campinas:

UNICAMP, 2003.

CAMPOS, Vicente Falconi. Controle da qualidade total. Belo Horizonte: Fundação

Christiano Ottoni/Escola de Engenharia da UFMG, 1992.

GODOY, Maria Helena Pádua Coelho. O segredo do campeão. Qualidade total. Belo Horizonte: FCO, 1996.

MARINS, Filho L. A. Socorro, preciso de motivação. 7ª ed., São Paulo: Harbra,

1995.

MARTINS. Clerton (org). Turismo, cultura e identidade. São Paulo: Roca, 2003.

OGDEN, James R. Comunicação integrada de marketing. São Paulo: Prentice

Hall, 2002.

OMT - Organização Mundial de Turismo. Introdução do turismo. São Paulo:

Roca, 2001.

Obs.: As frases de autoria de personalidades foram extraídas do livro Frases sobre qua-

lidade total, de Oceano Zacharias (publicação privada da Quality Engenharia Ltda.).

www.inpi.gov.br

www.hospitalidade.org.br

www.ecobrasil.org.br

www.turismosustentavel.org.br

www.sosmatatlantica.org.br

www.folhadoturismo.com.br

www.ruralnews.com.br

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65FAESP SENAR-AR/SP Bibliografia

“O desejo é a chave da motivação, mas é a determinação e o comprometimento para com

a busca constante de seus objetivos e com a excelência, que permitirá a você atingir o

sucesso que procura.”

Mario Andretti

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SENARSÃO PAULO

O SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural é uma entidade de direito

privado sem fins lucrativos. Criado pela Lei n.º 8.315, de 23 de dezembro de 1991, e

regulamentado em 10 de junho de 1992, teve a Administração Regional de São Paulo

criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo,

o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em todo o Es-

tado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais,

dirigido a pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares.

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PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”

1. Turismo Rural: Oportunidades de Empreendimentos

2. Turismo Rural: Identidade e Cultura

3. Turismo Rural: Gestão de Empreendimentos

4. Turismo Rural: Ponto de Venda de Produtos

5. Turismo Rural: Meios de Hospedagem

6. Turismo Rural: Meios de Alimentação

7. Turismo Rural: Atividades Turísticas em Áreas Naturais

8. Turismo Rural: Atendendo e Encantando o Cliente

9. Turismo Rural: Resgate Gastronômico

10. Turismo Rural: Consolidação do Programa

SUPLEMENTOS

Roteiro de Inventário Turístico

Legislação e Turismo Rural

FAESP – FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULOSENAR-AR/SP – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

Administração Regional do Estado de São Paulo

MódulosIntrodutórios

MódulosEspecíficos

Módulos de Consolidação