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Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 2 2. INSTALANDO O PROGRAMA ................................................................................................. 3 3. DADOS ................................................................................................................................... 4 3.1. TIPOS ............................................................................................................................. 4 3.2. ENTRADA DE DADOS VIA PROGRAMA .......................................................................... 5 3.2.1. Criando arquivo de dados do QualiGraf ................................................................ 5 3.2.2. Salvando arquivo de dados do QualiGraf .............................................................. 6 3.2.3. Abrindo um arquivo de dados do QualiGraf ......................................................... 6 3.3. IMPORTANDO DADOS DE UMA PLANILHA EXCEL ......................................................... 7 4. ANÁLISES ............................................................................................................................... 8 4.1. ANÁLISES PRELIMINARES .............................................................................................. 8 4.2. BALANÇO IÔNICO .......................................................................................................... 8 4.3. ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA .................................................................................. 9 4.4. SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS.................................................................................... 12 4.5. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS PARA IRRIGAÇÃO ........................................................... 13 4.5.1. Classificação do USSL .......................................................................................... 14 4.6. DIAGRAMA TRIANGULAR DE PIPER ............................................................................. 15 4.7. DIAGRAMA DE DUROV ................................................................................................ 17 4.8. DIAGRAMA DE STIFF.................................................................................................... 18 4.9. DIAGRAMAS RADIAIS .................................................................................................. 19 4.10. DIAGRAMAS DE SCHOELLER-BERKALOFF ................................................................ 19 4.11. ANÁLISE DE CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS ......................................................... 20 5. VISUALIZANDO AMOSTRAS NO GOOGLE MAPS ................................................................. 21

Tutorial Do Programa QualiGraf

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Tutorial que ensina a realizar análises de qualidade de água no programa Qualigraf.

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  • Sumrio

    1. INTRODUO ........................................................................................................................ 2

    2. INSTALANDO O PROGRAMA ................................................................................................. 3

    3. DADOS ................................................................................................................................... 4

    3.1. TIPOS ............................................................................................................................. 4

    3.2. ENTRADA DE DADOS VIA PROGRAMA .......................................................................... 5

    3.2.1. Criando arquivo de dados do QualiGraf ................................................................ 5

    3.2.2. Salvando arquivo de dados do QualiGraf .............................................................. 6

    3.2.3. Abrindo um arquivo de dados do QualiGraf ......................................................... 6

    3.3. IMPORTANDO DADOS DE UMA PLANILHA EXCEL ......................................................... 7

    4. ANLISES ............................................................................................................................... 8

    4.1. ANLISES PRELIMINARES .............................................................................................. 8

    4.2. BALANO INICO .......................................................................................................... 8

    4.3. NDICE DE QUALIDADE DA GUA .................................................................................. 9

    4.4. SLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS .................................................................................... 12

    4.5. CLASSIFICAO DAS GUAS PARA IRRIGAO ........................................................... 13

    4.5.1. Classificao do USSL .......................................................................................... 14

    4.6. DIAGRAMA TRIANGULAR DE PIPER ............................................................................. 15

    4.7. DIAGRAMA DE DUROV ................................................................................................ 17

    4.8. DIAGRAMA DE STIFF .................................................................................................... 18

    4.9. DIAGRAMAS RADIAIS .................................................................................................. 19

    4.10. DIAGRAMAS DE SCHOELLER-BERKALOFF ................................................................ 19

    4.11. ANLISE DE CORRELAO ENTRE VARIVEIS ......................................................... 20

    5. VISUALIZANDO AMOSTRAS NO GOOGLE MAPS ................................................................. 21

  • 1. INTRODUO

    O Programa QualiGraf foi concebido para dar apoio na parte grfica das anlises mais usuais

    de qualidade dgua.

    Desenvolvido em 2001 como ferramenta de uso interno no Departamento de Recursos

    Hdricos da Fundao Cearense de Meteorologia e Recursos Hdricos FUNCEME, acabou por

    receber uma interface mais amigvel e posto a disposio do publico em 2002, atravs do site

    da instituio.

    Agora, em 2014, o programa foi atualizado, mantendo a mesma simplicidade do original, mas

    ampliando o leque de opes das anlises grficas, isto em funo da solicitao de alguns

    usurios.

    Esperamos que o produto final, em algum momento, seja sido til em seu trabalho. O programa,

    dado a sua recente atualizao e incremento, pode apresentar pequenos (ou grandes)

    problemas (bugs). Por isso, importante ter, por parte de quem usa o programa, um retorno

    (feedback) da utilizao e eventuais problemas encontrados para que possamos

    corrigir/melhorar o programa QualiGraf.

    Obrigado pela ateno e Bom proveito!

  • 2. INSTALANDO O PROGRAMA

    O programa QualiGraf instalado atravs de um arquivo setup.exe, compactado na arquivo

    qualigraf_novo.zip. A verso mais antiga esta disponvel no arquivo qualigraf.zip. Uma vez

    descompactado e acessado, o arquivo setup instala o programa no diretrio arquivos de

    programas, criando o sub-diretrio QualiGraf. criado, tambm, um cone de acesso

    rpido, tanto na rea de trabalho, como no menu iniciar.

    No diretrio QualiGraf encontram-se alguns outros sub-diretrios, dentre os quais o de

    exemplos de arquivos de entrada de dados (arquivo do prprio qualigraf e arquivo excel, para

    importao).

    Avisos Importantes:

    - Este programa foi desenvolvido para rodar em telas com resoluo mnima de 1360 x 768 dpi.

    - Para o programa rodar perfeitamente necessrio que no computador esteja instalado o

    pacote ".NET Framework" (em ingls: dotNet) do windows. Pode ser baixado gra

    gratuitamente da internet, ou basta executar o programa no diretrio do QualiGraf

    (C:\Arquivos de programas\Qualigraf\Net Framework4\...). Por vezes ser necessrio a

    instalao do pacote AccessDatabaseEngine, tambm da empresa Microsoft Corporation. Estes

    pacotes esto nos sub-diretrios do QualiGraf;

    - Este programa no roda em LINUX .... ainda;

    - Os arquivos "Exemplo_...." (.xls e .qg1), no diretrio "C:\....\QualiGraf\Exemplos", so

    modelos de arquivo de entrada de dados;

    - A tecla F1 acessa o arquivo de ajuda em qualquer instncia do programa.

    - Para usar os arquivos Excel (importao), recomendado que esta planilha eletrnica

    (programa da Microsoft Corporation) esteja instalada no computador.

    Caso voc se deparar com problemas na instalao, entre em contato conosco, para tentarmos

    solucionar o problema ([email protected]).

  • 3. DADOS

    3.1. TIPOS

    A primeira verso do programa QualiGraf (2001) contemplava somente os oito principais ons

    d gua (Na, K, Ca, Mg, Cl, CO3, HCO3 e SO4) , alm da condutividade eltrica (CE)

    A entrada de dados do Novo QualiGraf foi expandida para atender a um maior nmero de

    anlises significativas no estudo das caractersticas das amostras de gua. Os elementos (fsico-

    qumicos) contemplados so:

    Sdio (Na): teores em mg/L;

    Potssio (K): teores em mg/L;

    Clcio (Ca): teores em mg/L;

    Magnsio (Mg): teores em mg/L;

    Cloretos (Cl): teores em mg/L;

    Carbonatos (CO3): teores em mg/L;

    Bicarbonatos (HCO3): teores em mg/L;

    Sulfetos (SO4): teores em mg/L;

    Condutividade Eltrica (CE): em mhos/cm;

    Potencial Hidrogeninico (pH)

    Temperatura (T): em graus clsius;

    Turbidez (TU): medida em NTU (Unidades Nefelomtricas de Turbidez)

    Resduo Seco (RS): teores em mg/L;

    Oxignio Dissolvido (OD): teores em mg/L;

    Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO): teores em mg/L;

    Nitrognio Total (Nt): teores em mg/L;

    Fsforo Total (Pt): teores em mg/L;

    Coliformes Termotolerantes (Ct): concentrao (MPM/100mL)

    Latitude (Lat): em graus decimais, e com valor negativo para o hemisfrio sul (Lat. Sul);

    Longitude (Long): em graus decimais, e com valor negativo para a poro oeste (Long. Oeste);

    A falta da anlise de um desses elementos (ou parmetros) no impede o uso do programa,

    mas limita o nmero de anlises disponveis.

  • 3.2. ENTRADA DE DADOS VIA PROGRAMA

    A entrada de dados via programa poder ser feita, basicamente, por duas maneiras:

    Dados individuais;

    Arquivo de dados.

    A opo de Dados Individuais foi introduzida para agilizar a obteno de um determinado

    produto, quando se tem uma amostra de gua somente. A entrada de dados ocorre de forma

    manual, diretamente na opo de anlise selecionada. Estes dados no so gravados, mas os

    produtos (grficos e tabelas) so passveis de serem gravados.

    Esta opo est disponvel em todas as anlises.

    O uso de Arquivos de Dados o mais recomendado para anlises de um conjunto de

    amostras. Para tanto, faz-se necessrio criar o arquivo de dados e salva-lo. O programa possui

    um formato padro de arquivos de entrada, cuja terminao .qg1.

    3.2.1. Criando arquivo de dados do QualiGraf

    A entrada de dados se d atravs de uma tabela, semelhante a uma planilha. Usa-se a opo

    Novo ou Arquivo / Novo.

    Em seguida aparece a tabela abaixo:

    Os dados devero ser introduzidos por amostra (por linha). Para se deslocar na linha (cela), use

    TAB ou SETA. Para confirmar a entrada de todos os dados de uma amostra, tecle ENTER

    ao final.

  • Caso algum dado no exista, no necessrio digitar nada. Ao salvar o arquivo o programa

    preencher com 0(zero) a cela correspondente e, no decorrer das anlises, este valor ser

    desprezado.

    Quando o elemento foi medido, e apresentou valor 0(zero), deve-se digitar um valor nfimo

    (ex.: 0,00000001) para que este elemento, nesta amostra, seja considerado nas anlises, e no

    seja descartado como no existente.

    Ao introduzir um valor errado, este pode ser perfeitamente corrigido. Caso tenha-se digitado o

    valor de um elemento que no havia sido medido, deve-se digitar 0 aps apagar o valor

    anteriormente introduzido.

    IMPORTANTE : Ao introduzir o valor do ltimo elemento (seja ele qual for) da ltima amostra,

    d um ENTER para que o programa reconhea estes dados e, assim, possa salvar os dados na

    sua ntegra. No de ENTER em uma linha em branco, pois o programa entender que h uma

    amostra nesta linha, e poder haver problema quando o arquivo for lido novamente (celas

    vazias).

    3.2.2. Salvando arquivo de dados do QualiGraf

    Uma vez introduzido os dados das amostras, e tomando-se o cuidado de clicar ENTER aps a

    entrada do ltimo dado introduzido, pode-se salvar os mesmos em um arquivo, cuja exteno

    .qg1. Usa-se, para tanto, o cone

    Ao sair desse mdulo tambm perguntado se quer salvar o arquivo antes de sair. Caso j

    tenha salvo, pode-se sair sem salvar.

    3.2.3. Abrindo um arquivo de dados do QualiGraf

    Uma vez salvo o arquivo, deve-se abri o mesmo para se processar as anlises. Isto feito

    atravs das opes Arquivo / Abrir ou simplesmente atravs do cone Abrir

    Mais informaes vide o tpico Anlises Preliminares.

  • 3.3. IMPORTANDO DADOS DE UMA PLANILHA EXCEL

    O programa QualiGraf permite a entrada de dados via planilha Excel (programa da Microsoft

    Corporation). Isto feito atravs das opes Arquivo / Abrir ou simplesmente atravs do

    cone Importar

    Para que a importao seja possvel, alguns cuidados devem ser observados rigorosamente.

    So eles:

    - O cabealho tem que seguir a mesma ordem ao apresentado abaixo;

    - Use vrgula como separador decimal, e no use ponto como definidor de milhar (use a funo

    formatar clulas...);

    - a aba da planilha no deve ser renomeada (vide figura abaixo). Caso estejas trabalhando com

    o Excel que no esteja na verso brasileira, ser necessrio que a aba da planilha seja

    renomeada para plan1.

    Caso haja problemas na importao do arquivo Excel, recomenda-se verificar os elementos

    mencionados acima. Se o problema perdurar, sugere-se:

    - abrir o arquivo novamente no Excel;

    - selecionar somente o cabealho e os dados (celas preenchidas);

    - abrir um novo arquivo (em branco) no Excel;

    - colar o que havia sido copiado anteriormente;

    - salvar este novo arquivo.

    Outra maneira bastante prtica utilizar o arquivo da paste de exemplos (......\arquivos de

    programas\QualiGraf\exemplos\) e colar os dados de interesse neste arquivo, preservando o

    cabealho, e renomeando com o nome desejado.

  • 4. ANLISES

    4.1. ANLISES PRELIMINARES

    Ao ler um arquivo (abrir arquivo ou importar), aparecer uma tabela com todos os dados

    contidos neste arquivo. Nesta janela possvel:

    - fazer uma inspeo grfica das amostras individuais, observando as distribuies percentuais

    dos principais ons (acionando o boto Grficos e dando um duplo clik na amostra desejada);

    - verificar nmeros relevantes (estatsticas bsicas) do conjunto das amostras atravs do

    acionamento do boto ver valores caractersticos.

    Os valores caractersticos podem ser salvos na forma de um arquivo (extenso .xls). Os

    grficos, neste momento, no podem ser salvos, mas haver outros momentos que estes

    grficos se repetem e podero ser salvos.

    Uma vez lido o arquivo, pode-se retornar a tela inicial, atravs da opo sair, e dar

    prosseguimento as demais anlises.

    4.2. BALANO INICO

    Em uma anlise hidroqumica completa, a concentrao total de ons positivos (ctions) deve

    ser aproximadamente igual concentrao de ons negativos (nions) O desvio percentual

    dessa igualdade determinado pelo coeficiente de erro da anlise. O programa realiza o

    clculo do erro prtico (Ep%) por duas tcnicas. Uma considerando os valores da

    Condutividade Eltrica da gua (CE), e outra levando em considerao os valores dos

    somatrios dos ctions ou nions. A ltima coluna da tabela (vide figura) indica se h ou no

    problemas em relao a amostra.

  • Os resultados podem ser impressos ou gravados em arquivo (tipo .txt). O programa permite

    tambm visualizar, de forma grfica, a distribuio percentual dos elementos qumicos em

    cada amostra, tanto em mg/L como meq/L, conforme exemplificado abaixo. Estes grficos

    podem ser gravados no formato .bmp.

    Os fatores de converso (mg/L para meq/L) podem ser visualizados, ou mesmo alterados,

    acionando o respectivo boto.

    Cabe lembrar que a classificao das amostras em relao ao erro prtico segue os intervalos

    sugeridos para cada caso, mas no devem ser vistos como absolutos pois, em alguns casos, a

    rigidez matemtica pode sugerir um erro no existente. Cabe ao usurio analisar caso a caso

    os problemas apresentados nesta anlise.

    4.3. NDICE DE QUALIDADE DA GUA*

    Com base no estudo realizado em 1970 pela National Sanitation Foundation dos Estados

    Unidos, a CETESB adaptou e desenvolveu o IQA ndice de Qualidade das guas. Este ndice

    composto por nove parmetros considerados relevantes na avaliao da qualidade das guas.

    O objetivo era sua utilizao para avaliao das guas para o abastecimento pblico,

    considerando aspectos relativos ao tratamento dessas guas.

    A criao do IQA baseou-se numa pesquisa de opinio junto a especialistas em qualidade de

    guas, que indicaram as variveis a serem avaliadas, o peso relativo e a condio com que se

    apresenta cada parmetro, segundo uma escala de valores rating. Das 35 variveis

    indicadoras de qualidade de gua inicialmente propostos, somente nove foram selecionados.

    Para estes, a critrio de cada profissional, foram estabelecidas curvas de variao da qualidade

    das guas de acordo com o estado ou a condio de cada parmetro. Estas curvas de variao,

    sintetizadas em um conjunto de curvas mdias para cada parmetro, bem como seu peso

    relativo correspondente, so apresentados na figura 01.

  • O IQA calculado pelo produtrio ponderado das qualidades de gua correspondentes s

    variveis que integram o ndice.

    A seguinte frmula utilizada:

    =

    =1

    onde:

    IQA: ndice de Qualidade das guas, um nmero entre 0 e 100;

    qi : qualidade do i - simo parmetro, um nmero entre 0 e 100, obtido da respectiva curva

    mdia de variao de qualidade, em funo de sua concentrao ou medida e,

    wi : peso correspondente ao i - simo parmetro, um nmero entre 0 e 1, atribudo em

    funo da sua importncia para a conformao global de qualidade, sendo que:

    = 1

    =1

    onde:

    n : nmero de variveis que entram no clculo do IQA.

    No caso de no se dispor do valor de alguma das nove variveis, o clculo do IQA

    inviabilizado. A partir do clculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das guas brutas,

    que indicada pelo IQA, variando numa escala de 0 a 100, representado na tabela abaixo:

    * Este texto foi extrado da Internet (www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/agua/aguas-superficiais/.../02.pdf)

    O IGAM - Instituto Mineiro de Gesto das guas, rgo responsvel pelo

    monitoramento das guas superficiais do Estado de Minas Gerais, tem utilizado este mesmo

    ndice, mas com faixas dos nveis de qualidade diferente (Tabela abaixo).

  • Figura 01: Curvas Mdias de Variao de Qualidade das guas

    No programa QualiGraf so apresentadas as duas classificaes, para efeito de comparao.

  • 4.4. SLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS

    Slidos Totais Dissolvidos (STD) corresponde ao peso total dos constituintes minerais

    presentes na gua, por unidade de volume, ou seja, representa a concentrao de todo o

    material dissolvido na gua, seja ou no voltil.

    A Condutividade Eltrica (CE) guarda uma estreita relao com STD. Segundo Custdio &

    Llamas (Hidrologia Subterrnea, 1983) tem-se:

    CE(S/cm) 1,35 STD(ppm) a 18C

    Na maioria das guas subterrneas naturais, a CE da gua, multiplicada por um fator que varia

    entre 0.55 e 0.75, gera uma boa estimativa de STD (SANTOS, A.C. in Hidrogeologia Conceitos

    e Aplicaes, 1997). Para guas salinas o fator , usualmente, maior que 0,75 e, para guas

    cidas, normalmente, menor que 0,55.

    Neste programa empregado um valor mdio (0.65) considerado bom principalmente para a

    regio nordeste, de clima quente.

    Com base no STD estimado apresentada a seguinte classificao

    Tipo de guas STD (mg/L)

    Doce 0 500

    Salobra 500 1500

    Salgada > 1500

    (Resoluo CONAMA 357/2005)

    guas com STD superior a 35.000 mg/L so consideradas Salmouras (ex: guas marinhas)

    Caso se tenha os valores de STD obtidos em laboratrio, estes podero ser introduzidos

    diretamente na tabela. Aps a correo, tecle ENTER para atualizar os produtos (classificao

    e grficos).

    O programa possibilita que os dados gerados possam ser impressos ou gravados em arquivo

    (exteno .txt). O programa permite tambm visualizar, de forma grfica, a distribuio das

    guas amostradas nas classes empregadas.

  • 4.5. CLASSIFICAO DAS GUAS PARA IRRIGAO

    O SAR (Sodiun Adsortion Ration), ou simplesmente Razo de Adsorso de Sdio RAS,

    utilizada, juntamente com a condutividade eltrica, para a classificao da gua para fins de

    irrigao. Quanto maior o SAR menos apropriada a gua ser para irrigao.

    O SAR uma razo que indica a percentagem de sdio contido numa gua que pode ser

    adsorvido pelo solo, e calculado atravs da equao apresentada abaixo.

    =

    ( + )

    A classificao das guas para irrigao determinada pela concentrao de alguns ons, tais

    como o sdio, potssio, cloreto, sulfato e borato, e parmetros como os sais dissolvidos,

    condutividade eltrica e a concentrao total de ctions, que influenciam de maneira

    diferenciada no crescimento de cada espcie vegetal.

    Dentre os critrios para classificao da gua para fins de irrigao, um dos mais aceitos

    atualmente a classificao proposta pelo United States Salinity Laboratory (USSL). Esta

    classificao baseia-se na razo de adsorso de sdio (SAR) e na condutividade eltrica da

    gua.

    O programa calcula o SAR e mostra, na forma tabular e grfica, a categoria de cada amostra na

    classificao do USSL. possvel gravar tanto os dados como os grficos gerados.

    Clicando o boto estatsticas possvel visualisar as estatsticas bsicas; o boto distribuio

    das classes apresenta a distribuio, numrica e percentual, das amostras por classe USSL; e o

    boto classes de risco mostra a distribuio das amostras por salinidade e por risco de sdio

    (SAR).

  • Dentre as opes do grfico se destaca a possibilidade de tornar visveis as classes do USSL,

    conforme exemplificado abaixo.

    Atravs do boto Selecionar Cores possvel selecionar as cores dos pontos e dos respectivos

    ndices das amostras. gerada, em tempo real, uma legenda passvel de ser visualizada se

    expandida a janela do programa. Esta legenda salva juntamente com o grfico quando a

    opo Salvar Grfico acionada.

    SUGESTES: Quando se trabalha com amostras de origens diversas (poos profundos, audes,

    cacimbas, etc.) recomenda-se selecionar cores por grupo de amostras. Se a origem for comum,

    mas distribuda ao longo do tempo, a seleo de cor por perodo aconselhvel.

    4.5.1. Classificao do USSL

    Dentre os critrios existentes para classificar a gua para uso na irrigao, um dos mais

    aceitos e usados, o do United States Salinity Laboratory (USSL), de Riverside. Este mtodo

    baseia-se na razo de adsoro de sdio (SAR) e na condutividade eltrica (CE) da gua. As

    categorias de gua para irrigao segundo o USSL so:

    C0: - guas de salinidade fraqussima, que podem ser utilizadas sem restries para irrigao;

    C1: - guas de salinidade fraca, CE compreendida entre 100 e mhos/cm a 25 C (slidos dissolvidos: 64 a 160 mg/L). Podem ser utilizadas para irrigar a maioria das culturas, na

    maioria dos solos, com pequeno risco de incidentes provenientes da salinizao do solo,

    exceto se a permeabilidade do solo for extremamente fraca;

    C2 : - guas de salinidade mdia, CE entre 250 e 750 mhos/cm a 25C (slidos dissolvidos: 160 a 480 mg/L). Devem ser usadas com precauo, podendo ser utilizadas em

    solos silto-arenosos, siltosos ou areno-argilosos quando houver uma lixiviao moderada

    do solo. Os vegetais de fraca tolerncia salina podem ainda serem cultivados na maioria

    dos casos;

  • C3: - guas de alta salinidade, CE entre 750 e 2250 mhos/cm a 25 C (slidos dissolvidos: 480 a 1440 mg/L). S Podem ser utilizadas em solos bem drenados. Mesmo em solos bem

    cuidados, devem ser tomadas precaues especiais para evitar a salinizao, e apenas os

    vegetais de alta tolerncia salina devem ser cultivados;

    C4: - guas de salinidade muito alta, com CE entre 2250 e 5000 mhos/cm a 25C (slidos dissolvidos: 1440 a 3200 mg/L). Geralmente no servem para irrigao, podendo ser,

    excepcionalmente, utilizadas em solos arenosos permeveis, bem cuidados e

    abundandemente irrigados. Apenas os vegetais de altssima tolerncia salina podem ser

    cultivados nestas condies;

    C5: - guas de salinidade extremamente alta, CE entre 5000 e 20000 mhos/cm a 25 C (slidos dissolvidos: 3200 a 12800 mg/L). So guas utilizveis apenas em solos

    excessivamente permeveis e muito bem cuidados. A nica excesso o cultivo de

    palmeiras;

    S1: - guas fracamente sdicas. Podem ser utilizadas em quase todos os solos com fraco risco de formao de teores nocivos de sdio susceptvel de troca. Se prestam ao cultivo

    de quase todos os vegetais;

    S2: - guas medianamente sdicas, apresentam perigo de sdio para solos de textura fina e forte capacidade de troca de ctions. Podem ser utilizados nos solos de textura grosseira

    ou ricos em matria orgnica), com boa permeabilidade;

    S3: - guas altamente sdicas. Ha perigo de formao de teores nocivos de sdio na maioria dos solos, salvo os gipsferos. Exigem tratamento especial do solo (boa drenagem,

    lixiviao e presena de matria orgnica), e podem ser utilizadas em vegetais com alta

    tolerncia ao sdio;

    S4: - guas extremamente sdicas, geralmente imprestveis para a irrigao, salvo se a salinidade global for fraca, ou pelo menos mdia. Podem ser aplicadas em solos altamente

    drenveis ricos em carbonatos;

    CULTURAS QUANTO AO GRAU DE TOLERNCIA A SALINIDADE

    POUCO TOLERANTES: laranja, limo, maa, pra, amora, etc...

    TOLERANTES: uva, tomate, couve-flor, cebola, alfafa, trigo, arroz, girassol, azeitona, aveia, etc...

    MUITO TOLERANTES: aspargo, espinafre, algodo, cevada, etc...

    4.6. DIAGRAMA TRIANGULAR DE PIPER

    O estudo de anlises qumicas pode ser facilitado atravs da utilizao de grficos e diagramas,

    principalmente quando se deseja fazer comparaes entre vrias amostras de gua, de um

  • mesmo ponto ou de diferentes pontos. Estas representaes grficas podem evidenciar

    possveis relaes entre ons de uma mesma amostra, ou ressaltar variaes temporais ou

    espaciais existentes.

    O Diagrama de Piper frequentemente utilizado para classificao e comparao de distintos

    grupos de guas quanto aos ons dominantes.

    O programa gera o diagrama de Piper e mostra a classificao das amostras segundo este

    critrio. O diagrama pode ser impresso ou salvo no formato de figura (.bmp).

    O programa permite plotar as amostras utilizando-se conjunto de cores para o smbolo

    (crculo) e para o identificador (nmero). A legenda pode ser vista em tempo real, durante a

    anlise (expandindo a tela), e ser salva junto com a figura.

    Dentre as opes tem-se a de manter visvel as classificaes e mostrar, em tabela anexa, a

    distribuio percentual das amostras nos diversos campos (classes), alm de mostrar a

    distribuio percentual dos elementos em uma determinada amostra.

  • 4.7. DIAGRAMA DE DUROV

    O Diagrama de DUROV constitui-se numa variao do Diagrama de PIPER. Relaciona, atravs

    de dois diagramas ternrios, os principais ction e nion das amostras de gua, expressos

    sempre em miliequivalente por litro (meq/L). A projeo dos constituintes perpendicular a

    base dos diagramas triangulares e associa a este a quantidade de slidos totais dissolvidos.

    O diagrama utilizado no programa QualiGraf uma modificao do diagrama de DUROV, que

    inclui pH e Slidos Totais Dissolvidos (TDS). tambm conhecido como Diagrama de

    ZAPOROTEC.

    A semelhana dos outros grficos, pode-se visualizar, em tempo real, a criao da legenda do

    grfico quando se opta por selecionar amostras. Basta, para tanto, expandir lateralmente a

    janela do programa, como mostrado abaixo.

  • 4.8. DIAGRAMA DE STIFF

    O estudo de anlises qumicas pode ser facilitado atravs da utilizao de grficos e diagramas,

    principalmente, quando se deseja fazer comparaes entre vrias amostras de gua, de um

    mesmo ponto ou de diferentes pontos. Estas representaes grficas podem evidenciar

    possveis relaes entre ons de uma mesma amostra, ou ressaltar variaes temporais ou

    espaciais existentes.

    Os diagramas de Stiff, em funo das figuras geomtricas formadas, so muito teis para a

    anlise de dados distribudos espacialmente. Facilmente detectam-se guas de mesma

    famlia, como exemplificado abaixo.

    A anlise pode ser realizada para somente uma amostra (individual), ou para um conjunto de

    amostras. O programa gera diagramas individuais ou combinando at seis amostras. Os

    diagramas podem ser salvos na forma de figura (.bmp).

  • 4.9. DIAGRAMAS RADIAIS

    Semelhantes aos diagramas de Stiff, os diagramas radiais so figuras geomtricas que

    relacionam os teores dos principais ons de uma amostra de gua. So muito teis para

    identificar guas com padres semelhantes na distribuio dos seus elementos.

    Os diagramas radiais podem ser muito teis quando as figuras so inseridas em um mapa, pois

    permite observar a existncia ou no de um trend na regio de estudo.

    O programa apresenta trs amostras por vez, sendo cada uma representada por um diagrama

    em mg/L, e outro em meq/L. Os grficos podero ser salvos no formato .bmp. Para a

    visualizao da forma grfica, deve-se primeiramente selecionar, com um clik, qualquer um

    dos quadros e, posteriormente, dar outro clik na amostra (tabela).

    4.10. DIAGRAMAS DE SCHOELLER-BERKALOFF

    Nos diagramas de Schoeller, ou colunas verticais, so traadas sequncia de linhas unindo os

    pontos que representam os valores dos ctions e anions (em meq/L) usando uma escala

    logartmica. Este tipo de grfico de barras tambm conhecido como diagramas Schoeller -

    Berkaloff.

    A escala logartmica no apropriada para observar pequenas diferenas na concentrao de

    cada on entre diferentes amostras de gua, mas til para representar e observar a relao

    entre ons associados a inclinao das linhas. Facilmente conseque-se distinguir famlias de

    guas (mesmo padro).

    Quando selecionada uma amostra, apresentado, alm da linha caracterstica da amostra,

    dois outros grficos: (a) Distribuio quantitativa (em mg/L) dos elementos e (b) Distribuio

    percentual dos elementos na amostra.

  • interessante selecionar cores distintas para as amostras, para distinquilas visualmente. Uma

    legenda criada automaticamente para orientar o usurio. Esta legenda ser salva

    automaticamente junto com o grfico quanto optar-se por salvar a figura.

    4.11. ANLISE DE CORRELAO ENTRE VARIVEIS

    Nesta seo o programa apresenta a possibilidade de se estudar possvel correlaes

    existentes entre elementos de um conjunto de amostra. Para um proveito seguro dos

    resultados obtidos, recomenda-se que sejam sempre lembradas as hipteses que norteiam

    uma correlao, principalmente no que se refere distribuio dos elementos analisados.

  • O programa permite o ajuste de vrias equaes que buscam a melhor relao existente entra

    as variveis. A qualidade desse ajuste dada pelo coeficiente de determinao (R2), Ou seja,

    R2 d uma indicao da aderncia do modelo proposto: quanto mais prximo de um (1) for R2,

    melhor o ajuste. O mtodo utilizado de ajuste o dos mnimos quadrados.

    Primeiramente devem ser selecionados os elementos a serem analisados.. Aps clicar em Ver

    Grficos, sero apresentados os grficos com os ajustes propostos. Em cada grfico aparecer

    os dados plotados, assim como a curva ajustada. Aparecer, tambm, a equao da curva

    ajustada e o coeficiente R2.

    OBS: Durante a linearizao so empregados logaritmos ou raiz quadrada. Deve-se lembrar de

    que no existe log de zero (0) ou de nmero menor que zero. Portanto, preciso cautela ao

    selecionar os dados a serem analisados.

    5. VISUALIZANDO AMOSTRAS NO GOOGLE MAPS

    Google Maps um servio de pesquisa e visualizao de mapas e imagens de satlite,

    desenvolvido pela empresa Google, e disponibilizado gratuitamente na WEB.

    O QualiGraf utiliza este programa para visualizar espacialmente as amostras que possuem

    coordenadas. Obviamente, necessrio estar logado na internet para fazer uso desse

    mdulo.

    As coordenadas devem estar no formato Graus decimais, com ponto como separador

    decimal, e valor negativo caso as coordenadas correspondam ao hemisfrio sul. Caso as

    coordenadas disponveis estejam em outro tipo de unidade, recomenda-se o uso de um

    conversor (Ex.: UTM -> Graus

    Decimais: http://home.hiwaay.net/~taylorc/toolbox/geography/geoutm.html).

    O programa permite copiar e salvar o formulrio no formato . bmp. No uso dos mapas e/ou

    imagens de satlite em um relatrio posterior, deve-se lembrar sempre de cita-los como

    oriundos do Website Google Maps.