Ubatuba em Revista edição 13

Ano 3 • # 13 • Maio/Junho de 2010 • Distribuição GratuitaAcesse: www.ubatubaemrevista.com.br

Ubatuba

Aves de Ubatuba

em revista

por Carlos Rizzo

Entre 15 mil fotos e quase 3 milhões de votos, uma foto de Ubatuba foi vencedora na categoria “Melhor Registro”, do Avistar Brasil.

A MENINA DO MARpg 14

CINEMA E ARTE

pg 08 pg 24 pg 18 pg 28

Prêmio internacional para as

DA MOTTAOBRA E VIDA

PRAZER NO CÉUVOO lIVRE

OlHAR TURÍSTICODEsCOBRINDO UBAtUBA

PURA ENERGIAVERMElHINHA

A 50 minutos de Paraty, você descobre o fundo do mar

PROJETOTAMAR

O Projeto Tamar é responsável pela proteção das tartarugas marinhas no Brasil. Na Base de Ubatuba, o visitante pode ver de perto algumas das espécies de tartarugas marinhas e aprender sobre o ciclo de vida destes animais, além de poder colaborar com a conservação dos mesmos.

Tamar Project is a Brazilian program responsible for the conservation of sea turtles.In the Ubatuba station, the visitor can see some marine turtles and learn about the life-cycle of these amazing animals. The visitors can also collaborate to the sea turtle conservation program.

O Aquário de Ubatuba foi o pioneiro no país a utilizar conceitos de educação ambiental na exposição de animais marinhos. Ao adentrar o mesmo o visitante poderá conhecer mais e aprender a respeitar a fauna e flora marinhas de nossa região. São 22 tanques, incluindo um tanque oceânico de 80 mil litros, um tanque de contato, pinguinário, auditório, loja e bar.

Aquário de Ubatuba pioneered to use the concepts of environmental education related to the exposure of marine animals in Brazil. Inside the Aquarium the visitor can learn to respect the marine animals and plants. There are 22 tanks, including a 80.000 litters ocean tank, a touch tank, penguins tank, auditorium, gift shop and snack bar.

Á partir de 10 de Maio, venha conhecer o que a região pode lhe oferecer de diferente. Além da exuberante Mata Atlântica e suas belezas naturais , bem pertinho de Paraty, você pode encontrar duas instituições que unem o encanto da fauna aquática local

com Educação e Lazer. Vale a pena!

PROGRAMMING

10:00h Departure from Paraty12:00h Visit to Ubatuba Aquarium / Museum of Marine Life13:30h Free Time - Shopping and Dining - Guarany Street

14:30h Visit to TAMAR Project16:00h Return to Paraty

INFORMAÇÕESHugo Gallo (12) 3834-1382 / (12) 9181-4988

[email protected] Amir (12) 3832-4046 / (12) 9728-4693

[email protected]

A 50 minutos de Paraty, você descobre o fundo do mar

PROJETOTAMAR

O Projeto Tamar é responsável pela proteção das tartarugas marinhas no Brasil. Na Base de Ubatuba, o visitante pode ver de perto algumas das espécies de tartarugas marinhas e aprender sobre o ciclo de vida destes animais, além de poder colaborar com a conservação dos mesmos.

Tamar Project is a Brazilian program responsible for the conservation of sea turtles.In the Ubatuba station, the visitor can see some marine turtles and learn about the life-cycle of these amazing animals. The visitors can also collaborate to the sea turtle conservation program.

O Aquário de Ubatuba foi o pioneiro no país a utilizar conceitos de educação ambiental na exposição de animais marinhos. Ao adentrar o mesmo o visitante poderá conhecer mais e aprender a respeitar a fauna e flora marinhas de nossa região. São 22 tanques, incluindo um tanque oceânico de 80 mil litros, um tanque de contato, pinguinário, auditório, loja e bar.

Aquário de Ubatuba pioneered to use the concepts of environmental education related to the exposure of marine animals in Brazil. Inside the Aquarium the visitor can learn to respect the marine animals and plants. There are 22 tanks, including a 80.000 litters ocean tank, a touch tank, penguins tank, auditorium, gift shop and snack bar.

Á partir de 10 de Maio, venha conhecer o que a região pode lhe oferecer de diferente. Além da exuberante Mata Atlântica e suas belezas naturais , bem pertinho de Paraty, você pode encontrar duas instituições que unem o encanto da fauna aquática local

com Educação e Lazer. Vale a pena!

PROGRAMMING

10:00h Departure from Paraty12:00h Visit to Ubatuba Aquarium / Museum of Marine Life13:30h Free Time - Shopping and Dining - Guarany Street

14:30h Visit to TAMAR Project16:00h Return to Paraty

INFORMAÇÕESHugo Gallo (12) 3834-1382 / (12) 9181-4988

[email protected] Amir (12) 3832-4046 / (12) 9728-4693

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Escreva para nós! Envie seu comentário, crítica ou sugestão [email protected]

Ubatuba é a cidade do Brasil mais rica no que se refere a avifalna, e o Avistar, o mais impor-tante evento de observação de aves da America do sul. soma-se isso a um talento como o de Dimitri Matozco, e o resultado é o primeiro lugar, recebido por uma fotografia entre 15 mil. A fotografia de Dimi-tri, feita em Ubatuba, mais precisamente em Itamambuca. E foi esse conjunto de fatos, e acontecimen-tos, que resultaram na capa dessa edição. trata-se da 2a vez que uma ave tem lugar ilustre em nossa primeira página, e não é para menos, sendo Ubatuba tão privilegiada por sua avifalna exuberante.

Chegamos em nossa 13a edição, e caminhamos para 3 anos de Ubatuba em Revista. Continu-amos firmes no nosso propósito maior, de divulgar as belezas e os atrativos da cidade, que são muitos por sinal, e talvez por isso, o assunto nunca acabe. Lembro inclusive, uma vez, ao lan-çar o exemplar numero 1 da Ubatuba em Revista, uma pessoa me indagou: “E quando o assunto acabar?”, não obstante, ainda foi enfática “uma hora, muito em breve, ele vai acabar”. Eu não me lembro hoje, quem me disse essas palavras, mas essa pessoa, não poderia estar mais errada. são tantos assuntos a serem explorados, tantos lugares, atrativos, manifestações culturais, histórias para contar, e tantas formas diferentes de se contar uma mesma história, aspectos a se levar em consideração, que a idéia do assunto acabar, simplesmente é fora de cogitação. Nós ainda temos muito, mas muito assunto pra contar. E você, como nosso convidado especial, acompanhe. Mas não só. Interaja, palpite. Queremos saber a sua opinião, os assuntos que mais te agradam e o que gostaria de ver por aqui nas próximas edições. Participe, e faça parte da nossa história, afinal, a Ubatuba em Revista já é um patrimônio, de todas as pessoas apaixonadas por Ubatuba.

Muito pra contarUBATUBA EM REVISTA

Ano 3 • #13 • 2010

A Ubatuba em Revista é uma publicação bimestral da sapere Editora. É distribuída gratuitamente nas cidades: Ubatuba, são José dos Campos, taubaté, Campinas, Itu,

são Paulo e Paraty. Lista detalhada dos pontos no site:

www.ubatubaemrevista.com.br

DIREçãO ADMINISTRATIVA Andreza Pavão

DIREçãO OPERACIONAl Luis Pavão

DIREçãO DE ARTEAna Maria Pavão

DIREçãO COMERCIAlFernando Moreno

[email protected]

(12) 3833-9035

EDITORA CHEfE E JORNAlISTA RESPONSáVEl

Ana Maria Pavão • MtB: [email protected]

CAPADimitri Matoszko

REVISãOMaria Rita Zahra

CONTATOS (12) 3833-9035 / (12) 7814-8701

ID Nextel: 82*[email protected]

COlABORADORESCarlos Rizzo • Patrícia Cabral

Heyttor Barsalini • Regina teixeiraJulinho Mendes • Paulo sézio

Emílio Campi

ASSISTENTE GERAl: Rafael Pavão

TIRAGEM10.000 exemplares - Auditados pela ACIU

SAPERE EDITORAwww.sapereeditora.com.br

EDITORIAl direto da redação

Ana Maria PavãoEditora Chefe

Cultura08 • Da Motta

10 • Ressaca do mar

11 • saint-Exupéry

14 • A menina do mar

42 • Ditinho Joana

turisMO12 • Aves de Ubatuba

18 • Descobrindo Ubatuba

24 • Voo livre

26 • Para além do Caisão

28 • Vermelhinha do Centro

MeiO aMbiente40 • Diálogo para a sustentabilidade

Qualidade de Vida22 • Vegetarianismo

32 • Jardim de infância Waldorf

radar36 • Varanda

38 • Cinema

39 • Livros - títulos em Destaque

infOMerCiais06 • salão WJ em novo endereço

46 • O festival que deu certo

50 • Novo conceito de Villas chega a Ubatuba

Guia COMerCial48 • Classificados

CARDáPIO as novidades do mês

Muito pra contar

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Heyttor BarsaliniÉ profissional de Artes Cênicas, formado pela Unicamp e com diversos trabalhos em teatro, tV e Cinema. Atualmente é o Diretor Artístico da Cia. Abençoados por Cunhambebe (Ubatuba), da Cia. Nós Memos (Itu) e do Grupo de teatro da Fundart.seu site é www.humorcaipira.com.br

PatrÍCia CaBralUbatuba é sua cidade do coração por opção desde 1986. Desde 2001 é Pintora de Arte para Cinema. Preside e produz a OsCIP Coletivo Arte de Criação, Formação e Produção Cultural.

Carlos rizzo É ornitólogo amador e fundador do Ubatubabirds (www.ubatubabirds.com.br). Pesquisa e mantém atualizada a lista das aves de Ubatuba, trabalha na secretaria Municipal de Meio Ambiente com observa-ção de aves na Educação Ambiental e na capacitação do receptivo da cidade para o turismo de observação na baixa temporada.

regina teixeira Jornalista, radialista e educadora ambiental. Mora em Ubatuba há 10 anos e é uma incansável lutadora pela preservação do meio ambiente e da qualidade de vida. Criou e administra o blog dos INGs, Indivíduos Não-Governamentais, Indignados com a Poluição das Nossas Praias e é membro do conselho consultivo do Plano de Gestão Ambiental de Itamambuca

JUlinHo MenDesLigado as raízes culturais locais, o carnavalesco Julinho Mendes é professor, folclorista, carnavalesco, percussionista, cantor, compositor, pintor primitivista. Coordenador do Museu Caiçara (www.muscai.com.br) e do grupo cultural O GUARUÇÁ (www.oguaruca.com).

COlABORADORES

PaUlo sÉzio De CarValHoAtua na área de planejamento do turismo, mar-keting turístico, trainning empresarial e fotogra-fia profissional. Atua na área de trainning com palestras e workshops. Fotógrafo especializado em turismo, cultura e fotojornalismo. Comer-cializa seus trabalhos fotográficos no Brasil e em mais de 32 países.

Esse salão, já tradicional em Ubatuba, teve início em 1996, quando Wanda, a mãe de Juliana, passou de funcionária do salão, a proprietária. Desde então, Juliana entrou de cabeça no ramo, e começou a estudar. se formou cabeleireira em 97, no Rio de Janeiro, quando passou a trabalhar com sua mãe. Desde então, Juliana não parou mais de se especializar.

O trabalho de sucesso feito pela dupla de mãe e filha foi ganhando reconhecimento na cidade, e a procura fez com que o espaço ficasse muito pequeno. Partiram então para um ponto maior, ainda alugado, mas sempre com o sonho de um imóvel próprio. sonho que passou a meta de vida, a projeto e finalmente, a realidade. O salão WJ foi então reinalgurado, agora em um espaço próprio, amplo e moderno.

As especialidades continuam as mesmas, cortes, embelezamento e tratamento para o cabelo, manicure, calista, depilação, sobrancelhas de henna, designer de sobrancelhas, permanente de cílios, esteticista (em breve com direito a ofurô) e agora o salão conta também com massoterapeuta. tudo para sua beleza em um só lugar, vale a pena conhecer e aproveitar. U

6 MAIO/JUNHO 2010U em revistabatuba

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O salão agora atende na rua Hans Staden, 807 , Centro.

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“A vida é um eterno agora”. Um papo com Da Motta faz a gente entender essa sua frase. sem qualquer sinal de pressa, ele discorre sobre sua vida, de experiências diversas, ao mesmo tempo em que entalha suas obras em andamento.

Nascido na capital, pelas mãos da parteira japonesa toyoko – a quem, de forma bem humorada, atribui sua capacidade ar-tística dizendo que, ao pegá-lo pelos pés, mostrou-o à lua cheia e disse: “Esse será grande artista”. Ainda criança, já riscava o chão com pedaços de carvão ou cacos de telha, desenhando os cenários das brincadeiras de amarelinha, caracol, pica-pica (um jogo que se fazia com espetos de pau). Assim foi desenvolvendo

sua aptidão pelas várias cidades onde morou.Já adolescente, em Lorena, começou a pintar painéis em pa-

redes e cenários teatrais. “Arte é sempre comunicação. O meu trabalho também é comunicação. A gente sente capacidade de desenhar, de transformar uma coisa em outra, desde criança.”

Aos 78 anos, compara o estilo de vida de sua juventude aos dias atuais: “Hoje há muito mais necessidade de ganho urgente. As pessoas não têm mais horta, pomar, galinheiro em casa. An-tes todo mundo tinha e isso ajudava a gastar menos.”

Além de artista plástico, Da Motta percorreu outros caminhos profissionais. Foi industriário, comerciário, agricultor, celeiro,

da Mottahistória, memória e culturaCUlTURA

por HEYTToR BARsALinifotos Luis PAvão

A obra e a vida de um artista em eterna ligação

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auxiliar de escritório. “tive a felicidade de trabalhar com tudo o que era essencial na vida, o que me deixou perto dos temas que crio em minhas obras”.

tem preferência por retratar assuntos folclóricos, festas populares e religiosas, danças regionais, sempre colocando a figura humana em primeiro plano. Aqui em Ubatuba, onde che-gou em 1967 (com uma muda de roupa e o livro As Confissões de Frei Abóbora, de José Mauro de Vasconcelos), esculpe ins-pirado no caiçara. “Desde o pescador de vara, o bananeiro e, na maioria das vezes, as pessoas envolvidas com o mar.”

sérgio, um de seus filhos, segue os passos do pai e traba-lha com ele, na oficina. Formado em desenho arquitetônico, imprime um caráter mais decorativo às suas peças.

Da Motta já foi considerado, por especialistas nas artes, um escultor neoacadêmico e neoimpressionista. totalmente au-todidata, mantém uma constante pesquisa das obras de gran-des pintores e escultores, como Michelangelo, Aleijadinho e Da Vinci. “Criei minha própria arte, que não está alicerçada em nenhum grande mestre, mesmo tendo influências deles.”

Além do entalhe, o artista aplica tintas sobre a madeira: “Pinto porque dá alegria visual. Além do registro, a cor é o que enfeita.”

tão interessante quanto assistir a esse artista traba-lhando ou ver pronta uma obra de sua autoria é ter um mo-mento de prosa com ele. tranquilamente a conversa flui e temos a sensação de que o relógio parou. Essa serenidade está nas obras e na vida. “A vida é um negócio muito impor-tante que a sociedade humana atual esqueceu de viver. A vida é um eterno agora”. U


Quem quizer conhecer melhor o trabalho de Da Motta, pode encontrá-lo em sua oficina, localizada no bairro Perequê Açu, na Av. Felix Guizard, 348Tel: (12) 3833-1090

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CUlTURA

ressaca do mar

-Pescadores, preparem suas redes, suas canoas e seus dons de pescar! Em breve elas vão chegar. “As tainhas”.

De agosto a dezembro, em processo natural de preservação de espécie, as tainhas geram e desovam; nascem os alevinos que vão crescendo, muitos servindo à cadeia alimentar de outras espécies, e milhões de outras se preparando para servir também de alimento ao homem, e se transformam em peixes grandes. tudo isso acontecendo em grandes e pequenos rios e seus respectivos mangues; mas o grande berçário, o grande viveiro natural fica no sul do país, uma laguna chamada Lagoa dos Patos, no Rio Grande do sul.

No mês de Abril, acompanhamos pela tV o anúncio e a

chegada de uma ressaca atingindo todo o litoral brasileiro, começando no sul e dirigindo-se ao litoral nordestino. Essa ressaca, muito antes da existência da televisão, todos os anos e no início de outono, já era esperada pelos povos do mar. Vem a ressaca, atrás vem o peixe!

Pela sua força, essa maré grande faz abrir e dar vazões às desembocaduras dos rios, abrindo a porta do mar para as tainhas.

A ressaca só é ruim aos desventurados que, por um motivo ou outro, destruíram os jundus das praias para construções de mansões e quiosques, hoje sofrem e sofrerão com o efeito desse fenômeno que, com certeza, cobra o lugar que é de seu direito. E contra as forças da natureza, não tem homem e nem construção que resista. U

texto e foto: JuLinHo MEnDEs

um bem da natureza

Eisbein (joelho de porco)Salsichões

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Um dia pousou forçado, na praia de Iperoig (Cruzeiro), um aviãozinho teco-teco tripulados por dois pi-lotos que falavam uma língua enrolada. Os mesmos foram considerados, pelo prefeito da época, Capitão Deolindo de Oliveira santos, hóspedes oficiais de Ubatuba, e se aloja-ram no Hotel Felipe. Um dos hóspedes dessa aventura nada mais era do que o famoso aviador e internacionalmente célebre autor de O Pequeno Príncipe, o francês Antoine de saint-Exupéry.

Este acontecimento foi, na verdade, um mito cheio de dú-vidas e polêmicas que durou 52 anos. Essa história tornou-se pública a partir de 1964, por uma série de reportagens feita pelo jornalista Ewaldo Dantas Ferreira. A partir daí o nosso querido jornalista, museólogo e pesquisador de cul-tura popular Luiz Ernesto Kawall, se interessou e passou a pesquisar o fato. Foram 20 anos de trabalho e de pesquisas para desvendar os verdadeiros fatos sobre o mito Exupéry em Ubatuba.

No dia 11/01/86, numa publicação no caderno de leitu-ras do JORNAL DA tARDE, do Estado de são Paulo, Luiz Er-nesto Kawall desvenda com todos os pormenores a incrível história da passagem de sAINt-EXUPÉRY por Ubatuba. tudo não passou de um grande equívoco. Na verdade o aviador que pousara em nossa cidade tinha a mesma nacionalida-de, a mesma feição, o mesmo porte físico e quase o mesmo nome de Antoine saint-Exupéri; tratava-se de Léon Antoine, veterano comandante da Air France, que em sua travessia para santos veio, devido ao mau tempo, aterrissar em nos-sa cidade. Este, após 52 anos, retornou ao lugar do acon-tecido, recepcionado pelo prefeito da época Pedro Paulo teixeira Pinto, juntamente com Lindolfo, seo Filhinho e Luiz Ernesto Kawall.

saint-eXuPÉrYem ubatuba?

por JuLinHo MEnDEsfoto LuiZ ERnEsTo KAWALL

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CAPA destaque da edição

por Carlos Rizzo

fotos: Dimitri Matoszkoitamambuca Eco Resort

Concorreram 15 mil fotos. Foram quase 3 milhões de votos pela internet. A seleção final foi feita por um júri composto pelos melhores fotógrafos do mundo e Ubatuba e suas aves conquistaram o primeiro lugar na categoria melhor registro fotográfico e menção honrosa na categoria melhor fotografia.

O Avistar Brasil é o mais importante evento sul-americano de observação de aves e nesta sua quinta edição espera receber mais de 50 mil visitantes. O concurso de fotografias do Avistar/Itaú BBA está na sua quarta edição e agradou com as novas ferramentas oferecidas, como o voto pela internet. A conquista de Ubatuba deve-se ao projeto “Aves do Itamambuca”, desenvolvido pelo Eco Resort Itamambuca, coordenado por Dimitri Matoszko, desde 2006.

A vitória de Dimitri não é mero acidente ou lance de sorte, é o fruto de anos de trabalho e dedicação. só em Itamambuca já foram registradas 220 espécies de aves, mas Dimitri também já realizou diversas viagens com esse intuito. “Meu foco são as aves de Ubatuba, mais especificamente de Itamambuca, mas isso não impede algumas escapadas fotográficas. Assim, em 2009, fui premiado no Avistar com uma foto feita em Fernando de Noronha.”

Desde o começo do Projeto de Observação de Aves, desenvolvido pela secretaria do Meio Ambiente de Ubatuba, o Eco Resort Itamambuca tem sido parceiro. Implantou trilhas, instalou atrativos, mantém uma câmera on line registrando o movimento de um dos comedouros e criou um produto que permite ao turista de observação passar horas se distraindo

Aves de Ubatuba

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As fotos que compõem esta matéria, assim como a foto da capa desta edição, também são obras de Dimitri Matoszko. No entanto, a foto premiada você pode conferir no site do evento www.avistarbrasil.com.br/concurso.

O Restaurante Prazeres do Mar dispõe da mais alta gastronomia, cozinha mediterrânea e contemporânea e também com a mais alta qualidade em Buffet para eventos corporativos e sociais de todos os portes, oferecendo cardápios personalizados para sua festa, seja ela formatura, bodas, casamento, debutantes, aniversário, work shop, congresso, entre outros. Temos espaço físico adequado para sua festa, com o charme e a sofisticação Prazeres do Mar. O restaurante é aberto ao público, oferecemos serviço de praia e café da manhã.

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ou fotografando os atrativos naturais do local.Ubatuba, que agora recebe o prêmio junto com Dimitri,

sempre foi referência mundial no turismo de observação de aves, atividade que atrai milhares de pessoas no mundo todo. Isso, pois temos aqui, em nosso pequeno território, nada menos do que 5% de todas as aves do planeta.

A atividade de observação de aves ainda é pouco difundida no Brasil, mas conta cada vez com mais adeptos. Pessoas que buscam um hobby que proporcione contato com a natureza e bem-estar. Observar aves possibilita recuperar os sentidos que foram perdidos na vida moderna. Atentar para a plumagem da ave, para a melodia do seu canto, se encantar com seus hábitos e movimentos nos leva ao exercício de sentimentos e sensações que combatem, de maneira eficaz e duradoura, o stress e a ansiedade. Caminhar ao ar livre, localizar a origem de um canto, espreitar uma ave que se esconde e analisar rastros são atitudes que recuperam o sentido de caçadores de alimentos. se na antiguidade se caçava para o alimento do corpo, hoje o observador de aves caça emoções e sensações que alimentam a sua alma e desenvolvem o seu espírito levando-o a se tornar um verdadeiro parceiro da natureza. U

Surucuá-grande-de-barriga-amarelaTrogon viridis

Dia 1º de maio o Cineclube Coletivo Arte apresen-tou a estréia do curta-metragem infanto-juvenil “A Menina do Mar”, produzido pela Realejo Filmes e dirigido por Mauro D’Addio. Rodado inteiramente em Ubatuba, no início da pri-mavera passada, o filme narra a história de uma pequena comunidade de pescadores pegos de surpresa ao pesca-rem uma estranha menina no mar. Depois deste incidente, uma série de eventos abala a rotina dos pacatos moradores da praia.

Em conversa com a Ubatuba em Revista, Mauro conta que essa jornada cinematográfica começou há bastante tempo, em dezembro de 2007. “Eu estava de férias na praia e pre-cisava desenvolver um roteiro de curta-metragem infanto-juvenil, então, em uma noite quente de verão, tive a ideia que resultou na ‘pintura’ deste filme. Como nas pinturas, o cinema ficcional é feito de imagens construídas, elaboradas pelos seus autores. No roteiro, começou o processo de cria-ção das imagens que contariam esta história.

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por Patrícia Cabral

A menina do mar uma jornada cinematográfica caiçara

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Um ano depois, em dezembro de 2008, recebemos a feliz notícia de que nosso projeto havia sido aprovado pelo Ministério da Cultura, e receberia patrocínio do mesmo para sua realização e exibição, em rede nacional, pela tV Brasil. Estava dada a largada, as imagens agora deviam deixar o campo da imaginação e se concretizar”.

Para encontrar o cenário per-feito foram meses de pesquisa. “Vi muitas locações e tudo sem-pre me levou a Ubatuba, local que, principalmente por sua na-tureza ainda preservada e cul-tura caiçara única, povoa meu imaginário lúdico desde a infân-cia. Após definidas as locações, começamos os contatos, com uma cidade e população que nos recebeu de braços abertos, e à qual dedico, sinceramente, o re-sultado deste filme”.

Mauro conta que filmar é um processo muito complexo e delicado. “É preciso chegar e ocupar determinado lugar, levar energia elétrica, montar estrutura para receber dezenas de pessoas, descarregar toneladas de equipamentos e trabalhar contra o tempo, pois filmar depende de luz. Por tudo isso, planejamento e preparação prévia são fundamentais. De nossa parte tudo deve estar pronto na hora

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certa e aí ficamos de dedos cruzados, rezando para que o sol apareça e ilumine a cena, para que a chuva não venha estragar tudo, ou a maré cheia nos pegue de surpresa e inunde o set. E por isso tudo foi uma experiência intensa e difícil filmar em Ubatuba, era uma tensão constante tentando adequar-se às mazelas da natureza, e um prazer intenso quando as coisas davam certo”.

Alguns meses após essa aventura toda, o filme finalmente está pronto. “A ‘menina’ deve voltar para o seu lugar de origem e destino, Ubatuba. Nossa ‘pintura’ deve inundar a tela, não de um quadro, mas de um cinema, ou melhor, do Cineclube Coletivo Arte, no dia 1º de maio. Agora, cada espectador poderá achar, sentir e pensar o que quiser, afinal, este livre pensar é a beleza da arte, seja ela uma pintura, ou um filme”.


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NOVO CENTRO DE CONVIVÊNCIA CULTURAL

O CAPS – Centro de Apoio Psicossocial de Ubatuba, está fazendo uma campanha para receber doações de livros, com o objetivo de montar uma biblioteca, que funcionará no prédio de um novo Centro de Convivência Cultural.

Grupos ligados a atividades artísticas e esportivas, como Hip Hop, Capoeira, Artesanato, Kickbox, Yoga e Oficina Artística de Reciclagem de Material, uniram-se para a criação desse centro de convivência, que funcionará na Rua Liberdade. Dessa importante iniciativa, o CAPS, através da Associação Nova Mente, participará, também, com a formação da biblioteca.

Como muitos já sabem, o trabalho desenvolvido junto aos usuários da entidade está muito ligado à Arte-Terapia, método mostrado eficiente no tratamento da saúde mental e que, mesmo sem ter como prioridade a descoberta de talentos, já apresentou a Ubatuba excelentes artistas plásticos e artesãos.

Obviamente, livros são de muita utilidade para o enriquecimento desse trabalho. Para tanto, o CAPS conta com a colaboração da sociedade, que pode entregar as doações na sede do Centro de Convivência – Rua Liberdade, esquina com a Rua Paraná, aos cuidados de Luis (psicólogo da entidade e organizador da biblioteca).

Vale ressaltar a importância da iniciativa da criação desse novo espaço de convívio artístico e social. São sempre bem vindos os locais onde as pessoas possam se encontrar, troca idéias, manifestar-se e conviver. Assim se exercita a cidadania.

Caps ubatuba faz campanha para receber doações de livros

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por HEYTTOR BARSALINI

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ECOTURISMO

texto e fotos: PAuLo séZio

Por mais que existam mapas, rotas e trilhas que orientem os turistas quanto aos melhores lugares para se visitar em determinada localidade, nada é mais prazeroso do que fazer um giro casual pelos arredores. Na Espanha, destino nº 1 de turistas no mundo, segundo a World travel & tourism Council – WWttC - isto se chama “um recorrido”.

Um amigo muito gente fina e espirituoso, que possui um dos blogs mais visitados no mundo, chamado Hombre Lobo, utiliza esta técnica para visitar centenas de localidades em todos os continentes.

Empunhando uma pequena câmera de vídeo ou uma máquina fotográfica, ele criou o estilo “se perder”, caracterizado por estas

“fugidinhas” nos arredores dos locais turísticos, encontrando casas, mercados, pequenas praças, entre ruelas e labirintos que vão finalmente dar no inesperado “se perdeu”.

Aventuras, pequenos momentos de surpresa, o novo! Este é o prêmio de um recorrido, que busca livremente conhecer uma localidade, usos e costumes.

Claro, falamos aqui dos pontos positivos, mas o outro lado da história todos conhecem: o inesperado também o espreita. Pode ser que os locais que queira conhecer não estejam tão favoráveis à sua visita. A segurança é o item que precisa estar na ordem do dia. Dados de uma pesquisa acadêmica de 2008, realizada com turistas, indicaram que 67% dos assaltos ocorreram em locais não indicados nos roteiros considerados seguros.

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Na foto acima, o grupo se preparando para partir, em um “recorrido” pelos cantos escondidos de Ubatuba. Abaixo, o Rio Grande, tão próximo quanto pouco explorado.

Assim, se pretender fazer um tour livre, tenha alguns cuidados como: ir preferencialmente durante o dia e com acompanhantes, atenção com os pertences e objetos valiosos, nunca deixando de levar contatos do local de hospedagem - além de telefones úteis como da polícia, um conhecido e mesmo a referência daquele local onde começou o passeio. De preferência, oriente-se por um marco turístico: estátua na praça, aquele café da esquina, a pracinha da matriz, etc.

Em Ubatuba é possível praticar com um certo nível de segurança um passeio livre. tem muitos cantinhos, não só próximo à área central da cidade, como nas praias turísticas. É impressionante a variedade de pequenas opções.

Nesta matéria apresentamos uma delas. trata-se de visitar um trecho do Rio Grande, que tem acesso pela Rua Orlando Carneiro, onde uma pequena passarela liga a cidade à rodovia 101, bem na região central de Ubatuba. Para quem não sabe, o Rio Grande é aquele que passa pela Ilha dos Pescadores e desemboca na praia do Cruzeiro (Iperoig), no Farol.

Este pequeno percurso pode ser feito a pé ou de bicicleta.tomando a Praça Anchieta, passando pelo Casarão do Porto,

que fica próxima à Ilha dos Pescadores, poderá seguir sempre em frente, onde apreciará um lado mais antigo da cidade, nem todo preservado, infelizmente, mas não deixando a desejar em termos de percepção das transformações arquitetônicas ocorridas nos últimos 40 anos.

Ao final deste trecho, provavelmente encontrará a Rua Orlando Carneiro. Neste ponto, basta virar à direita e seguir até o final da rua, quando uma pequena mata lhe abrirá um cenário deslumbrante. suba a passarela e aprecie o Rio em uma faixa bem preservada de matas ciliares, com diversos pontos pesqueiros artesanais, borboletas, pássaros como tié-sangue, saíras-sete-cores e flores, muitas flores. suas fotografias lhe revelarão um pedaço a mais de Ubatuba, geralmente frequentado por caiçaras e veteranos turistas desta terra de surpresas.

Leve água, um bom chapéu e convide os amigos para um passeio de 1 a 2 horas, incluindo o trajeto, e se perca em sua aventura urbana.

ECOTURISMO

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Confira, em destaque no mapa, o ponto de início dessa aventura.

Com a onda da alimentação saudável, o vegetarianismo está ganhando cada vez mais um lu-gar de destaque em nossa sociedade, seja por aconselhamento médico, ou iniciativa própria. Já é senso comum, que uma dieta equilibrada pode melhorar os níveis de colesterol, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e também evitar alguns tipos de câncer. O consumo de carne está ligado à formação das aminas heterocíclicas, compostos que estariam por trás da degradação dos neurônios. Os portadores de males como o Parkinson e o Alzheimer apresentavam níveis bem mais elevados dessa substância no organismo. As aminas se unem ao cromossomo do neurônio e desligam alguns genes fundamentais para a célula, que se degenera. Isso, aos poucos, afeta a capacidade de pensar e de recordar as coisas mais simples.

É fato que, em uma alimentação vegetariana, são reunidos vários pontos interessantes do que pode ser uma alimentação saudável. Mas além do aspecto saúde, variam os motivos que levam uma pessoa a tornar-se vegetariana. Entre outros motivos, existem os éticos, que levam em conta o sofrimento do animal, que vive confinado e morre brutalmente no abate.

ser vegetariano está intimamente ligado com qualidade na alimentação, mas existem diversos níveis que classificam o tipo de vegetarianismo. Existem desde os vegans, que abdicam de todos os ali-mentos de origem animal, até os ovolactovegetarianos , que são os mais comuns. Esses retiram da dieta qualquer tipo de carne animal, mas mantém ovos e laticínios. Mas também existem aquelas pessoas que diminuem o consumo de carnes em prol da saúde, privilegiando o consumo de vegetais, frutas e cereais. Esses últimos, não são considerados vegetarianos, mas são, de fato, simpatizantes ao movimento no que se refere a uma alimentação saudável.

Um mito que ronda esse tipo de dieta é que, por ter a restrição à carne, ela parece muito limitada. Mas o que ocorre acaba sendo o inverso, pois com essa mudança, sem ter a carne como alimento principal, as pessoas passam a consumir uma variedade muito maior de alimentos. Nesse ponto é interessante notar também que a dieta vegetariana pode ser além de variada, muito saborosa e, principalmente, saudável.

Do ponto de vista da saúde, existe a preocupação quanto aos vegetais com agrotóxicos. Já é de conhecimento popular que os pesticidas têm inúmeras influências negativas na nossa saúde. Não bastasse isso, também há o fato da produção convencional tender a oferecer menos nutrientes que os alimentos orgânicos. Em média, um alimento produzido em lavoura convencional tem apenas 83% dos nutrientes que teria caso fosse produzido em fazendas orgânicas. Estudos encontraram níveis significativamente maiores de nutrientes como vitamina C, ferro, mag-nésio e fósforo e significativamente menos nitratos (uma toxina) em plantações orgânicas.

Para ter uma dieta saudável, não basta cortar os produtos de origem animal. É preciso equilibrar os nu-trientes e ter o cuidado na escolha do que vai no prato. A verdade é que, pra se conseguir uma alimentação equilibrada, o cuidado - comendo carne ou não - é o mesmo.

Vegetarianismoum estilo de vida saudável

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QUAlIDADE DE VIDA

por AnA MARiA PAvão

ECOTURISMO

por PAuLo séZio

Qual o prazer de sentir os ventos a uma altitude de mil metros, voando sobre montanhas, cidades e mares?

Para Pedro Júnior, piloto de voo livre da cidade de saquarema, no Rio de Janeiro, a sensação é de “total liberdade. Há um encan-tamento indecifrável que move o vício de estar mais e mais ve-zes lá em cima” E completa: “É magnífico contemplar as belezas que já conhecíamos, só que por ângulos diferentes”.

De acordo com Associação Brasileira de Voo Livre – ABVL – o esporte começou a ser praticado no Brasil na década de 70, pre-cisamente em julho de 1974, quando o piloto francês stephan segonzac fez um voo do alto do Corcovado, no Rio de Janeiro. Daí surgiram os primeiros interessados em aprender a arte de voar. Entre eles Luiz Cláudio Mattos, que se tornara o primeiro piloto brasileiro de asa delta.

Voar, para muitos, é terapia. Alguns esportistas revelam que o

privilégio de voar está diretamente ligado à sensação de liberda-de, à contemplação, poder ver a copa das árvores, o colorido das flores, das matas. “Voar ao lado das aves, imaginem!” revela com entusiasmo Pedro Júnior.

Confira a seguir, a entrevista com este piloto que também é documentarista, modelo fotográfico e ator de teatro.

Ubatuba em Revista: O que é o voo livre?Pedro Júnior: O voo livre é um esporte radical e de muito pra-

zer. Livre por não utilizar motor, apenas o velame, a selete (ca-deirinha) e o piloto, que compõem a aeronave, que se utiliza por sua vez das técnicas para voar. É totalmente dirigível e pode-se praticar voos locais ou à distância, podendo atingir altitudes aci-ma de 2 mil metros, dependendo das condições térmicas. É o voo mais próximo do das aves como o urubu, por exemplo, que plaina enroscando nas ascendentes para subir.

Voo livre

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Ubatuba em Revista: O que você sente quando está voando?Pedro Júnior: Quando estou voando, consigo esquecer todos

os problemas do dia a dia, todo o estresse é absorvido quando temos o velame na cabeça, o vento no rosto e uma paisagem incrível a nossos pés.

Ubatuba em Revista: O que você sabe sobre o voo livre em Ubatuba?

Pedro Júnior: Até o momento só vi um relato de voo, há muito tempo atrás, de um voador de asa que abriu uma decolagem improvisada na serra de taubaté. Precisamos refazer a aventura deste piloto. (risos)

Ubatuba em Revista: Você considera que a cidade tem potencial para esta prática esportiva?

Pedro Júnior: Ubatuba já tem em suas belas praias e montanhas um grande potencial turístico. suas ondas atraem surfistas de várias partes do Brasil em seus campeonatos. Com o voo livre não será diferente, assim que o primeiro voador abrir o caminho na mata para fazer uma rampa, outros aparecerão e o céu de Ubatuba com certeza ganhará um colorido diferente.

Ubatuba em Revista: Como profissional de mídia, o voo livre poderia trazer diferenciais na imagem turística da cidade Ubatuba?

Pedro Júnior: Com certeza! O voo livre é praticado por todas as classes sociais, principalmente média alta, que viriam com suas famílias buscando sítios de voos diferentes, que se hospedariam nas pousadas, usufruiriam dos restaurantes e divulgariam suas fotos e relatos na maior rede mundial que é a Internet, onde temos listas de informação do voo livre com pilotos de todo Brasil.

Ubatuba em Revista: Quem estaria apto a praticar voo livre?Pedro Júnior: todo mundo pode voar desde que tenha um

espírito aventureiro e que não tenha problemas cardíacos, labirintite, etc. Para voar não precisa saber, você pode voar com um piloto experiente e devidamente habilitado para voos duplos. Depois poderá fazer um curso em uma escola especializada, para então praticar os voos solos. Conheço pilotos de 18 a 77 anos.

Ubatuba em Revista: Qual sua mensagem para nossos leitores aficionados no esporte de aventuras?

Pedro Júnior: Acredito que Ubatuba ainda não foi descoberta por voadores. tenho certeza que, com essas montanhas, a grande extensão de praias com opção de pouso, certamente será revelada e o voo livre será incluso no turismo de aventura da cidade. Quem sabe poderemos ir até aí e descobrir esse novo potencial da cidade?


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ECOTURISMO

texto e foto: PAuLo séZio

Bem conhecido de muitos turistas que buscam fugir do agito das praias badaladas, o Caisão é um espaço agraciado pela natureza, dentro da Baía de Itaguá, na região central de Ubatuba.

tudo que você precisa é de 4 a 5 horas em tempo livre; boa disposição para uma caminhada de 1 hora, nível fácil, sem subidas ou descidas; lanche, água, chapéu, protetor solar – se possível os que também sejam repelentes, máquina fotográfica e, se quiser mergulhar, um snorkel e nadadeiras. Pronto! seu passeio será maravilhoso.

Para começar, marque um ponto de encontro com os amigos no Porto de Itaguá. Aproveite e tire umas fotos maravilhosas. O amanhecer na baía, para quem se aventurar a colocar o pé na estrada junto com o sol, é um espetáculo da natureza à parte. Deste ponto siga margeando a orla onde, ao final, atravessando uma pontezinha, à esquerda, você irá passar por uma estradinha asfaltada que te levará a uma das vistas mais espetaculares de Ubatuba. Dê uma pausa para as fotos. Há três mirantes para isto, aproveitando para desfrutar o frescor marinho. Com sorte e máquina na mão, tartarugas irão aparecer próximas aos rochedos, como sempre fazem todos os dias.

Descansado, caminhe até o Caisão. Como saber? simples. tem sempre um grupinho indo para lá, principalmente de caiçaras e turistas em busca de um lugar tranquilo. Ali você verá por que o

lugar é chamado de refúgio caiçara. Famílias e amigos, pescadores e aventureiros em mergulho escolhem o lugar justamente por sua singularidade. O cuidado com crianças é fundamental e, portanto, só leve os baixinhos depois que for a primeira vez e tiver certeza que o local pode ser seguro para eles.

Antigo Cais do Porto ou Cais das sardinhas, o popular Caisão é uma construção abandonada, mas que está sempre cheia. E, bem ao seu lado, há a prainha do cais, pequena e sem infraestrutura turística. A surpresa, no entanto, está para além deste lugar, a aproximadamente 200 metros, seguindo uma trilha também de fácil acesso, onde uma bica de água doce lhe espera. Agora sim, bem-vindo à natureza! Refresque-se, sorria, brinque, deixe que a água leve todo estresse acumulado.

Ande mais uns 50 metros, desça por pequenas trilhas para a margem e aí está: um refúgio para poucos. Prainhas de águas transparentes, peixes nadando ao seu redor, uma vista privilegiada das praias de Itaguá, Iperoig (do Cruzeiro), Matarazzo e, bem mais ao longe, parte da Praia de Perequê-Açu e Vermelha do Norte. As árvores nativas cuidam de lhe dar uma sombra no quente verão e a brisa do mar não lhe engana. Você está em uma parte do Paraíso.

Aproveite e pratique snorkeling, se estiver equipado. Experientes neste esporte dizem que é o melhor lugar para mergulho noturno. se este não for o seu caso e dispuser de um certo tempo, espere o pôr do sol. Um espetáculo que não tem preço, para fechar com chave de ouro seu passeio.

Para além do Caisão

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9h da noite. Computador. Depois de uma rápida passada pelas redes sociais, um recado, uma olhada nas fotos postadas pelos amigos. O objetivo mesmo é saber como estará o ritmo das ondas amanhã. A ondulação ganhou força, haverá séries acima de 1,5 m e alguns picos de boas ondas. Perfeito!

Novos recados, mensagens no celular e está armado! A tribo vai se reunir. Destino: Vermelhinha do Centro. Esta é a rotina de muitos surfistas, como Lucas santin, 17 anos, surfista profissional.

Algo simples acontece neste pedaço de Ubatuba, todos os dias. Poderia até ser outra praia: bons picos ocorrem no Félix, Praia Grande e a consagrada Itamambuca, mas esta prainha pitoresca, próxima à região central da cidade, tem

uma energia que move o instinto do surf e tudo mais que apareça por lá.

9h da manhã e as ciclovias se agitam com o frenesi das bi-kes, levando a juventude do surfe e o colorido das pranchas para mais um momento de prazer. tudo parece confluir. A praia escolhida está ali perto e não mais que meia hora separa o de-sejo do prazer. Boas notícias indicam que o “swell” ganhou for-ça e até os minutos que isto se dará estão na ponta da língua de cada um. É chegar, sentar na areia, ver o mar com os olhos de sonho.

Já não dá mais para esperar. O agito de quem sabe a linguagem do mar, a leveza que chega de leste-sudeste e as opiniões entrecortadas de muita gíria. O ritual está ali, só parar e perceber. Há uma unidade no ar, que se reflete na expressão

texto e fotos: PAuLo séZio

Vermelhinha do CentroA energia da Praia

NOSSA PRAIA

Nobre belezaBelas, imponentes, majestosas e alinhadas de forma a emoldurar a pai-

sagem. As palmeiras que circundam a Praça da Igreja da Matriz encantam quem passa e deixam a dúvida: “quando e como elas vieram parar aqui?”.

As primeiras mudas de Palmeiras do tipo Imperial chamavam-se “Real”, numa alusão à realeza, pois vieram para o Brasil a bordo do navio que trazia a corte portuguesa em 1808, fugida das invasões Napoleônicas.

É certo que essas mudas sofreram um bocado numa viagem que levou meses para findar, mas resistiram e a primeira muda foi plan-tada por Dom João no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Em 1875 alguns espécimes descendentes destas primeiras pal-meiras foram trazidos para Ubatuba por intermédio de Francisco Pires Nobre, então Intendente (prefeito), e resistiram ao solo pouco propício graças aos esforços dispensados em fazê-las vingar. De-pois de plantadas as mudas da Praça da Matriz, Francisco resolveu plantar outras cinco mudas em frente ao solar de sua residência, onde hoje está situada a Escola Estadual Dr. Esteves da Silva. Infe-lizmente, estas não resistiram à ação de raios.

Com mais de 130 anos de existência, as Palmeiras Imperiais da Praça da Matriz perduram com certa dificuldade, pois necessitam de constante limpeza e cuidados especiais contra pragas e até mes-mo contra a ação dos homens que nelas amarram arames e fincam pregos para pendurar faixas e outras tralhas.

Felizmente, depois de tantos anos, as centenárias palmeiras não perderam seu poder de encantar os visitantes e moradores de nossa belíssima cidade.

Memória

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Uma estátua localizada a 10 metros de profundidade, na Ilha Anchieta, Praia do Leste, foi ali colocada em 15 de novembro de 1997, para homenagear o grande navegador e oceanógrafo Jacques Cousteau, falecido a 25 de junho do mesmo ano. A estátua tem 1,80m de altura e pesa cerca de 300kg. A Ilha também abriga um antigo presídio, hoje desativado, mas que conta com uma história impressionante e ainda serve de cenário para um belo passeio.

Sabe onde fica?Estátua Jacques-Yves Cousteau

TEXTO: GABRIEL DUARTEFOTO: JOÃO MOREIRA

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TEXTO: ANA MARIA PAVÃOFOTO: PEDRO ORABONA

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mais comum do bando: “É nóis, mano!”. Por um momento, não existe surfista, expectador, vendedor ambulante ou turista. tudo é “nóis”, tudo é “mano” e tudo é uma coisa só: praia, sol, brisa, surfe, surfistas, fotógrafos e toda sorte de gente que se sente atraída por este lugar. O sentido da praia integra a todos.

O ‘mano’ Caju, na verdade Rodolfo Lima, 18 anos, mora-dor de Ubatuba e surfista, que há 7 anos frequenta o local, tenta explicar esta magia em poucas palavras, quando per-guntado, por que a Vermelhinha do Centro? “É uma praia de tombo, todo mundo gosta de frequentar, pois está bem perto da onda e todo mundo sente tudo por ali”. Aos poucos, o ritmo se mistura e, quando menos se espera, as pranchas colorem o mar com o sonho de muitos: ser surfista profis-sional. É contagiante!

Um pouco mais de expectativa está no ar. Uma barraca bem no centro da praia e, em meio às árvores, começa a limpar o local, ajeitar os bancos com esmero e, olhando a batida do sol, garante a melhor sombra. Para quem? Para a turma da capoeira, dos poetas, instrumentistas, cantores e dos urbanos.

Dia destes, por não sei quantas vezes, vi isto acontecer de novo. Mas a surpresa maior, até pelo contágio do carna-val, foram os “ressacados”, mas felizes capoeiristas ango-leiros, afilhados de Mestre Jequié, afinarem a roda, abenço-ar os meninos do surfe e receber as energias do mar.

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NOSSA PRAIA

Alegres e com vitalidade impressio-nante, a turma dos 20 aos 60 empunhou instrumentos e o berimbau começa a evocar a energia do lugar. satisfeitos pela resposta do ambiente, brincam a alegria de ser ou de estar em um meio tipicamente caiçara. As máscaras ain-da lembram o carnaval, mas a desculpa para estar ali também é a mesma: “É que a Vermelhinha é o lugar caiçara. Aqui a gente fica próximo de tudo”.

O sonho de muitos começa aqui. E os já vividos também. Marcelo (pseudô-nimo de alguém que não quis se iden-tificar) confidenciou que ali ele teve a certeza de seu grande amor e o pedido do ‘para sempre’ acabou acontecendo. Meninos e meninas do surfe circulam como heróis e os veteranos esnobam habilidade. A turma da água doce expe-rimenta as ondas e a criançada arrisca-se corajosamente na borda de espumas, beijando a areia, nesta singular prainha. tudo é motivo de ficar e depois voltar, voltar e voltar por ali.

E quando não tem mais o que fazer, as ondas entram no declínio gradativo e o sol se põe? Perguntei a um assíduo frequentador do lugar. E a resposta veio prontamente. “Na vermelhinha à noite sempre tem luau”.

“É uma praia de tombo, todo mundo gosta de frequentar, pois está bem perto da onda e todo mundo sente tudo por ali”

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QUAlIDADE DE VIDA

Jardim de infância Waldorf

O sistema educacional cada vez mais acelerado engloba, nos tempos modernos, uma educação infantil repleta de atividades curriculares e tarefas que são apresentadas rotineiramente para crianças entre 2 e 5 anos. Em algumas escolas, crianças de 3 anos já se deparam com livros didáticos; em outras as crianças, aos 4 anos, já sabem escrever o próprio nome e identificar uma porção de letras e números. Cores e formas já foram decoradas. Em meio a professores apressados e pais ansiosos, as brincadeiras acabam ficando em segundo plano. Mas será que está correto?

Na contramão da disputa frenética por um ensino cada vez mais precoce, uma pedagogia ainda pouco difundida, cresce cada vez mais no Brasil e no mundo. Nela, o jardim de infância prioriza o brincar livre, o contato com a natureza, o faz de conta e a alimentação saudável. O ambiente é de aconchego e lembra um lar. trata-se da pedagogia Waldorf, introduzida na Alemanha, em 1919, pelo filósofo e educador Rudolf steiner. O ponto forte dessa pedagogia é o estimulo da criatividade e a filosofia de criar seres humanos que possam, por eles mesmos, fazer escolhas conscientes sobre o caminho que devem trilhar.

texto e fotos AnA MARiA PAvão

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Brincar, brincar e brincar

Essa é a principal atividade de um jardim de infância Waldorf. segundo essa pedagogia, é brincando que a criança exercita e expande sua criatividade, imaginação e, ao mesmo tempo, vai adquirindo novas habilidades através do faz de conta. Interessante notar também que os brinquedos utilizados nas escolas Waldorf são especialmente desenhados e fabricados, devendo possuir características o mais natural possível. são bonecas simples de pano, brinquedos de madeira, tecidos, cabanas, novelos de lã, etc.

A vivência em uma escola Waldorf também é marcada por arte, música e trabalhos manuais. Inclusive, vale ressaltar que o ensino artístico é muito valorizado nessa pedagogia. Desse modo, nas escolas Waldorf, as aulas de música, canto, pintura, recitação de poemas e euritmia (arte do movimento) encontram lugar de destaque.

Nada de aprender a ler antes dos 7 anos

O fato de não se exigir ou cultivar um pensar abstrato, intelectual muito cedo, é uma das características marcantes da pedagogia Waldorf em relação a outros métodos de ensino. Isso porque a alfabetização se inicia apenas aos 7 anos. Antes desse período essa linha educacional prima para que a criança seja estimulada a desenvolver plena capacidade física, brincar explorando o seu potencial motor, pular, equilibrar-se, correr, subir em árvores, pular corda. Nesta faixa etária não é recomendado o estímulo intelectual, pois, segundo steiner, esta atividade afetaria as forças de desenvolvimento que nesta época deveriam estar concentradas no físico.

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É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem sua liberdade de criação.

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Ubatuba também tem Waldorf

Em 2010, Ubatuba foi presenteada com seu primeiro jardim de infância Waldorf. A Escola Jardim Primavera vem sendo uma opção importante para os pais alternativos, adeptos dessa interessante linha pedagógica. Um espaço arborizado e acolhedor, dirigido pela professora Waldorf e gestora ambiental Liara Pinheiro.

Depoimento de uma mãe, pedagoga, educadora ambiental e diretora da

Rede Pública Municipal de Ubatuba:

“Estou simplesmente apaixonada pelo que tenho lido, visto e sentido em relação às Escolas Waldorf! Como educadora, fiquei curiosa quando soube da chegada dessa proposta a Ubatuba, em agosto do ano passado. Imediatamente mergulhei nos artigos, livros e tudo que encontrei sobre o tema. Quanto mais conhecia, mais me encantava!

Decidimos então que a Escola Jardim Primavera era o caminho para nosso pequeno Gabriel, hoje com 2 anos. Diariamente ele é recebido em um espaço belíssimo, muito bem cuidado, com um quintal enorme, todo arborizado! Com muito carinho é acolhido pela Jardineira, olhado nos olhos, respeitado em seus desejos e estimulado em suas percepções. sua abertura para o mundo e a confiança ilimitada, características da idade, são respaldadas por modelos dignos de serem imitados, e nessa imitação inconsciente estará sendo fundamentada sua moralidade futura.

Percebemos que Gabriel fica muito à vontade no espaço, corre descalço pelo gramado, alimenta as galinhas, observa bichinhos e plantas do jardim, e os colegas maiores brincando. Essa integração das crianças de diferentes idades também é riquíssima! Os mais velhos “cuidam” dos pequenos que, por sua vez, deixam claros seus limites, como acontece nas famílias.

sinto que é uma escola que, acima de tudo, respeita os ritmos de cada criança. sem acelerar, sem estimular a competição, sem queimar etapas, deixando fluir a emoção, a criatividade e o amor.

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VARANDA


Cineasta em Ubatuba

Mauro D’Addio é ator, roteirista e diretor de Cinema. Foi professor no curso de Imagem e som da Universidade Federal de são Carlos e membro diretor da ABD – Associação Brasileira de Documentaristas. Dia 1º de maio pré-estreou na sala Coletivo Arte, para mais de 300 pessoas, seu trabalho mais recente, o curta-metragem infanto-juvenil A MENINA DO MAR, produzido pela Realejo Filmes (sua produtora) e realizado em Ubatuba, nas praias do Félix, Prumirim e Itaguá, em outubro do ano passado.

Ubatuba no salão de turismo em Paraty/rJ A ótima iniciativa do empresário e oceanógrafo Hugo Gallo em montar um estande do Aquário de Ubatuba e Projeto tamar no 2º salão Estadual de turismo do RJ, divulgou a cidade de Ubatuba no evento que reuniu cerca de 10 mil profissionais e representantes do turismo nacional.

Prêmio na Avistar

Dimitri Matoszko conquista o primeiro lugar na categoria melhor registro fotográfico e menção honrosa na categoria melhor fotografia no concurso internacional da Avistar. Dimitri mora em Itamambuca há 21 anos, e um dia a curiosidade em ver tantas aves por ali falou mais alto “Afinal, quantas espécies frequentam o Eco Resort? temos espécies raras? Porque o marronzinho sempre está junto do vermelhinho?”, contou. Foi então que iniciou a atividade de observar aves. “Nestes últimos anos, só na área do Eco Resort, já registramos 220 espécies de aves. Isso é uma enormidade, mais do que muitos países sonham em ter.”


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Buscando investimentos

Após a aprovação do projeto “Centro de Aprendizagem e treinamento de surf de Ubatuba”, avaliado em 2 milhões, o Presidente da Associação Comercial de Ubatuba, Alfredo Corrêa, está buscando empresas que queiram contribuir com o mesmo, onde poderão abater 1% do imposto de renda. Pessoas físicas também poderão contribuir e abater 6% do imposto.

teatro de rua em Junho

A Cia teatral “Os Abençoados por Cunhambebe” vai estrear em junho a peça de teatro de rua “O Urso”, do russo tchékhov. Adaptada e dirigida por Heyttor Barsalini, com Alex sander, Néia Petreca e Vanda Galvão no elenco. A peça é uma comédia e será a primeira vez que a Cia. teatral “Os Abençoados por Cunhambebe” se apresenta em uma montagem de rua. Mas pela qualidade das peças no palco, o sucesso é garantido.

CUlTURA

robin HoodO destemido arqueiro Robin Hood (Russell Crowe) e seu bando de saqueadores eram ladrões que se preocupavam somente com suas próprias vidas. Até que decidem enfrentar o poder e a corrupção que tomou conta da cidade de Nottingham, sufocada pelos altos impostos e dominada pelo xerife local (Matthew Macfadyen). Em sua luta contra os poderosos e a favor dos oprimidos, Robin passa a ser considerado um fora da lei e, durante sua cruzada, acaba conhecendo e se apaixonando por Lady Marian (Cate Blanchett).

Confira no site a programação e trailers dos filmes em cartaz em ubatuba:www.ubatubaemrevista.com.br/cinema

Lançamentos na telona

eclipseA história continua com a volta de Edward Cullen e de sua família a Forks. Retor-

no que traz Bella de volta para sua vida normal, ou quase normal. Com a ausência do namorado, ela tornou-se mais próxima do amigo de infância, Jacob Black.

Um jovem e apaixonado Lobisomem que vê sua amiga se distanciar dele com o retorno de seus inimigos, os Vampiros Cullen.

Mas há outros perigos em vista, como a aproximação da Formatura e o fim do prazo dado pelos poderosos e temidos Volturi, para Bella tornar-se um deles.

toy story 3Os criadores dos aclamados filmes toy story voltam a abrir a caixa de brinque-dos para, novamente, oferecer aos espectadores o delicioso mundo de Woody, Buzz e nossa turma favorita de personagens em toy story 3. Woody e Buzz já haviam aceitado o fato de que seu dono, Andy, cresceria, mas o que acon-tecerá quando esse dia finalmente chegar? Neste terceiro capítulo, Andy se prepara para entrar na universidade, deixando seus brinquedos preocupados quanto ao futuro incerto. Lee Unkrich (codiretor de toy story 2 e de Procuran-do Nemo) dirige este tão aguardado filme.

a Mão esquerda de deusÉ com esse alerta que o inglês Paul Hoffman começa A Mão Esquerda de Deus, um livro sombrio e cheio de mistério. Estréia do autor no romance aventura, a obra vem sendo divulgada no exterior como um “novo Harry Potter”, muito embora o autor não recorra a elementos sobrenaturais nem raças não- humanas em sua narrativa.O cenário da trama é desolador. O santuário dos Redentores é uma mistura de prisão, monastério e campo de treinamento militar. Lá, milhares de garotos são submetidos a uma sádica preparação para lutar contra hereges que vivem nas redondezas.

Autor: PAuL HoffMAn

Autor :CoRMAC MCCARTHY

Autor: JEREMY sTAngRooM

Autor: gioRgio fALETTi

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a estradaNum futuro não muito distante, o planeta encontra-se totalmente devastado. As cidades foram transformadas em ruínas e pó, as florestas se transformaram em cinzas, os céus ficaram turvos com a fuligem e os mares se tornaram estéreis. Os poucos sobreviventes vagam em bandos.Um homem e seu filho não possuem praticamente nada. Apenas uns cobertores puídos, um carrinho de compras com poucos alimentos e um revólver com algumas balas, para se defender de grupos de assassinos.

O enigma de einsteinEinstein elaborou um desafio quando era criança e previu que apenas 2% da população mundial seria capaz de resolvê-lo. O enigma de Einstein, um pequeno e diabólico teste, exige a fria aplicação da lógica e do pensamento lateral. Este e outros intrigantes quebra-cabeças estão reunidos no livro O enigma de Einstein. são os mais intrincados testes já elaborados para exercitar ao máximo o cérebro. Diversão garantida para quem gosta de desafios.testes de raciocínio lógico, paradoxos e quebra-cabeças confundem e divertem as pessoas há milênios.

eu MatoNeste thriller de estreia de Giorgio Faletti, um agente do FBI e um detetive enfrentam um serial killer em Montecarlo, no glamoroso Principado de Mônaco. trata-se do caso mais angustiante de suas carreiras: capturar o assassino que anuncia seus próximos alvos por meio de enigmas propostos em telefonemas para um programa de rádio, conduzido por um apresentador carismático.Para confundir a polícia, músicas são utilizadas como pistas dos crimes, cujas doses de barbárie e astúcia abatem e desnorteiam policiais, investigadores e psiquiatras.

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Um ano depois de firmado, o Diálogo para a sustentabilidade do Litoral Norte já apresenta resultados concretos. Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento sustentável da região, Petrobrás, Realnorte (colegiado de 12 entidades ambientalistas) e Universidade Católica de santos dialogam sobre assuntos relevantes para o litoral e dão suporte técnico e financeiro a ecoprojetos apresentados por moradores e ambientalistas. Os projetos vão desde a criação de viveiros para a recuperação de áreas degradadas até a construção de aquecedor solar de baixo custo, por meio da reutilização de materiais, e capacitação de mão de obra da construção civil para a aplicação de técnicas sustentáveis, entre outros bons exemplos. Os cursos e oficinas são oferecidos gratuitamente à população.

Outro produto desse trabalho é um curso de pós-graduação em negócios da sustentabilidade que beneficia, com bolsa integral, uma centena de alunos dos quatro municípios.

Os diálogos também redundaram na realização de uma série de seminários, como o que discutiu o aquecimento global e as consequências para as regiões litorâneas. Na abertura do vídeo documentário, disponível na revista eletrônica “Litoral Norte sustentável” (http://www.cedslitoralnorte.org.br), o cientista Carlos Nobre observa

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que a preparação para o enfrentamento das mudanças ambientais, que já estão ocorrendo e se intensificando, é fundamental e que a educação pode fazer uma grande diferença, em busca de um equilíbrio. “É importante que se planeje o desenvolvimento das regiões litorâneas levando em consideração as mudanças climáticas e a nossa obrigação com as futuras gerações de criar um ambiente que mantenha a vida no planeta terra”, enfatiza o cientista. Ele também alerta para a necessidade de proteção das encostas, prevendo que, com tempestades mais severas, os deslizamentos acontecerão com mais intensidade. “É preciso haver um esforço muito grande de políticas públicas, mas a população tem de comprar essa ideia”, observa. “É necessário entender que o nível do mar vai subir e, portanto, todo o uso do espaço litorâneo tem de considerar isso”, conclui.

Além de cursos, oficinas e palestras, a iniciativa traz outra lição muito importante para a sustentabilidade: é possível construir um relacionamento profícuo e de respeito mesmo entre pessoas e entidades que pensam de forma diferente.

MAIO/JUNHO 2010 41U em revistabatuba40 MAIO/JUNHO 2010

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Há três anos fui até são Bento do sapucaí, simples-mente para passear, conhecer uma cidade nova pra mim, almoçar uma boa comida de fazenda. Isto feito, quando já não contava en-contrar mais novidade alguma, falaram-me de Ditinho Joana, um escultor que valia ser conhecido, pela pessoa e pela obra. Fui até sua casa, pensando em apenas “dar uma passada”. Deparei-me com uma varanda arejada, cheia de peças esculpidas em madei-ra. Detive-me na latente qualidade do trabalho, de muita força e expressividade. Em pouco tempo ele chegou: cabelos grisalhos, estatura baixa, fala mansa e cativante. Comigo estavam umas dez pessoas que, na mesma intenção, pretendiam apenas “dar uma

passada”. Ditinho começou a prosear e a nos envolver com suas histórias

de vida, seus causos cômicos e dramáticos. Conduziu-nos, com maestria que eu nunca vira – e ainda não vi –por emoções que iam do riso ao choro e voltavam ao riso. Quando falava, criava ima-gens ao mesmo tempo suaves e intensas, a ponto de nos deixar com a certeza de um dia voltarmos ao seu atelier, para mais prosa.

Voltei. Estive em são Bento, desta vez, exclusivamente para entrevistá-lo. O mesmo Ditinho alegre, magnético e proseador es-tava lá, para, mais uma vez, me contar causos, me fazer rir e ficar admirado com sua obra.

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Filho de uma família de lavradores, sua sina seria a mesma de todos os filhos daquela terra, não fosse por dois fatores: a vontade de seguir uma profissão menos sofrida e o dom artís-tico, manifestado de forma repentina. Num dos trabalhos que executava no campo, o fazendeiro patrão pediu que tirassem uma árvore (sangue d’Água) da beira de um rio. Ao retirá-la, chamou-lhe a atenção um pedaço da raiz que, meio indefinida-mente, lembrava algo como o corpo de um animal. Levou a raiz para casa e a mostrou para a mãe que identificou ali uma mis-tura de animais – cabeça de um, pata de outro, corpo de outro, ainda.

Na mesma noite, decidiu esculpir em madeira, a fim de re-gistrar a figura humana em aspectos que lhe eram – e ainda são – caros. Com um canivete, desenvolveu seu trabalho ao longo de várias noites, até finalizar a obra: um índio e um padre conversando. Essa primeira obra guarda com carinho e a expõe, também, para mostrar seu apuro técnico – e a incessante bus-ca pela perfeição que todo artista de seu porte tem - ao longo dos 36 anos de carreira artística: “Quero sempre melhorar os detalhes, uma curva na roupa, uma ruga na expressão; quero fazer o certo”.

Para sua criação, não parte de imagens fotografadas nem se espelha em outros escultores: “Viajei pra ver as esculturas do Aleijadinho, conheci o trabalho de outros, mas não sinto in-fluência de nenhum deles em minha obra. Continuo a esculpir do meu jeito. Imagino e vou trabalhando a madeira.” Ainda bem, porque é um jeito muito característico e de personalidade pró-pria. suas obras já foram expostas dentro e fora do Brasil e têm o reconhecimento de grandes conhecedores da área.

atender a população em todas as suas necessidades. Ci-dadãos pagam seus impostos e não recebem o tratamen-to que lhes é de direito.Através do olhar de crianças e adolescentes tratados pela ONG Turma do Bem, nós, a Divina Imagem Produções, pude-mos constatar o descaso com que nosso povo é tratado. Ou-vimos o testemunho de vários profissionais da área, coloca-mos câmera aberta para a população, entramos nas casas de muitas famílias. Abrimos um leque de realidades que formam um documento pronto para ser discutido.Sempre em um documentário a gente se envolve e mergu-lha de cabeça, se não o documento fica parecendo uma tese de faculdade e fica claro que não houve interação por parte da equipe com as personagens ou com o tema.

U: Deixe um recado pra galera que esta iniciando.M: Bom , hoje em dia todo mundo tem uma câmera. Os softwares de edição não são complicados de trabalhar .Então que as pessoas comecem a postar na internet coisas interessantes, documentando o seu dia a dia e colocando informações que sejam valiosas e acrescentem valores. Ao mesmo tempo que a internet pode e deve ser libertária e revolucionaria , hoje eu a considero careta, ou melhor, nós é que estamos caretas e não estamos usando esta ferramenta para uma real transformação da humanidade. Vamos lá tem muito trabalho pela frente.

DEZEMBRO 2009 17U em revistabatuba

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A primeira exposição foi graças a um conhecido, morador de são Paulo, que o incentivou a mostrar suas peças, na própria são Bento: “Foi no Mercado Municipal. Eu nem queria ir, porque falei pra ele que o pessoal ia caçoar de mim. Mas ele insistiu e eu fui lá e expus. O pessoal daqui, naquela época, nem valorizou o meu trabalho; pra eles era uma coisa sem importância. Daí o Laércio (Cardoso de Carvalho) me apresentou pra uma mulher de são Paulo, Iracema Adit, que era entendida no assunto, mas, antes, ele avisou – ela não gosta de conversar; ela só vai receber a gente por 15 minutos. Chegamos na casa dela e eu pensei – ela não precisa nem conversar; se ela prestar atenção no meu trabalho, já tá bom. Ela recebeu a gente e nós ficamos conver-sando por duas horas. Comprou três obras minhas e marcou uma exposição. No dia da exposição (em 1979) eu me senti um rei. tinha imprensa, especialistas em Arte e pessoas com influ-ências fora do Brasil. A partir dali minhas peças começaram a ser conhecidas e já estão na França, na Itália, na Alemanha e em outros países.”

De lá para os dias de hoje, o artista já foi assunto em diversos veículos da imprensa escrita e televisiva. sempre com muita alegria ele conversa com todos que queiram entrevistá-lo ou co-nhecer seu trabalho. Alegria que, curiosamente, não imprime às figuras humanas que esculpe: “Prá mim, a Arte é poder registrar o dia a dia do homem do campo, seus costumes. E o homem do campo é sofrido; ele rindo, parece que tá chorando.”

Uma de suas obras mais interessantes ainda está por ser concluída. Chama-se “Mutirão” e apresenta um grupo de pesso-as que constrói uma casa de barro – como realmente se fazia na roça, antigamente: “Essa escultura tá aqui há 27 anos, ina-cabada. Muita gente já quis comprar ela assim mesmo, mas eu não vendi. Ela tem uma razão de tá aqui, assim. Agora, depois de todo esse tempo, falei pros meus filhos, que tão seguindo nessa

32 JANEIRO 2010U em revistabatuba

Ainda hoje, em Ubatuba, a dança-do-boi ousa apa-recer: o “Boi de Conchas”, do Grupo Guaruçá, encanta crianças, adultos e idosos, juntamente com o Festival de Marchinhas Carnavalescas e o Carnaval Histórico. Em Paraty os “mascaradinhos” seguram a tradição e depois que escurece esforçam-se para criar medo e por razão na brincadeira. Há ainda o impressionante Bloco da Lama. Paraitinga tem seu Carnaval na rua ao som de músicas de compositores da cidade.

A influência do Carnaval carioca trouxe para o Vale e Litoral Norte as escolas de samba, cujos enredos exi-gem montagens onerosas. Roupas, adereços, alegoria, instrumental, em grande parte patrocinados por recur-sos das prefeituras. As montagens a cada ano mais am-biciosas e os recursos, menores, provaram da decadên-cia, em várias cidades.

Por falta de um vínculo cultural mais expressivo com o samba, os eventos que ao longo do ano arrecadariam fundos para por em pé os enredos não sensibilizam su-ficientemente as comunidades e comprometem a saúde das escolas.

No Rio de Janeiro a coisa é outra. Além dos “bichei-ros” que patrocinam escolas, a imagem turística que a “Cidade Maravilhosa” precisa sustentar e vender para o mundo, tem no Carnaval a carta principal do seu baralho.

Quem sabe o carnaval de Paraitinga, o Boi de Conchas e as Marchinhas de Ubatuba, os mascaradinhos de Para-ty, tenham resistido até aqui para sutilmente dizerem que está, na singeleza, a essência e a verdade para

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profissão, de a gente fazer um mutirão e terminar a obra. Vai ser um mutirão pra fazer o Mutirão.”

Além da busca constante pela riqueza de detalhes, esmera-se na complexidade dos movimentos, elemento que se com-prova, por exemplo, nas peças mais famosas de sua autoria, as “Botinhas”, que representam nossa caminhada na vida.

Quando perguntado sobre seu apego às criações, o escultor confessa ter saudades das suas peças que são compradas: “É como quando a gente tem filhos. Um dia eles crescem e saem de casa. Daí dá aquela saudade e a gente fala pra mulher: eles devem de tá bem, se Deus quiser!”

Pra quem gosta de boa Arte e boa prosa – mas põe boas nis-so! – Ditinho Joana é figura obrigatória. U

Roteiros de Mergulhopor RODRIGO CARLOS ANDRADE SILVAfoto PEDRO PAULO ORABONA

Foi lançado em 2008 o programa Trilhas de São Paulo, pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado, com a proposta de incentivar as pessoas a se aproximarem da natureza e assim se sensibilizarem com a importância de sua preservação. O lema deste programa é “Conhecer para Conservar”. O projeto acabou tendo tanto sucesso, que surgiu a demanda para a criação de um modelo específico para o mar, com o nome Passaporte Azul, o qual irá destacar os tesouros escondidos neste ambiente. Serão apresentados roteiros para mergulho, em cinco das áreas marinhas protegidas no litoral norte de São Paulo.

O Passaporte Azul é uma ferramenta para que todos conheçam e desfrutem do ecoturismo náutico. Nas Unidades de Conservação Marinhas (APAs) o projeto visa também um maior entendimento da vida marinha e todo o seu entorno.

Alguns dos roteiros de mergulho de Ubatuba estão inseridos neste guia. Os atrativos contemplados são os arquipélagos da

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Você já trabalhou em muitas cidades do Brasil. Por que escolheu Caraguá para implantar o Super Verão?

tenho uma empresa de montagens há muitos anos e trabalho em diversos eventos de pequeno, médio e grande porte. Há 10 anos eu participo da Festa do Peão de Barretos e há 5 anos na Fapija, em Jacareí. sempre digo que não fui eu que escolhi Caraguá, foi Caraguá quem me escolheu. É bom poder fazer parte desta cidade, com toda sua simpatia, sua beleza, pelas pessoas que moram aqui, pelos empresários e pelo desenvolvimento que vem tendo nos últimos anos.

sempre quis realizar um evento de verão. Estudei muito tempo e projetei o super Verão. No início, encontrei muita dificuldade, pois a cidade havia passado por alguns problemas com empresas que contratam shows, mas com a realização das três edições do super Verão em Caraguá eu pude mostrar que é um projeto sério.

O super Verão não é apenas um evento de shows, é um projeto para o município e para toda a região. Ele ainda está em formação e eu espero que, em parceria com o município, este projeto possa se realizar por muitos anos ainda. tenho certeza de que pode trazer muitos investimentos para a cidade e fazer do super Verão um projeto ainda mais “super”, como Caraguá merece.

De onde surgiu a ideia de montar esse projeto?Visitando o Litoral Norte pesquisei e conversei com alguns

amigos do ramo e percebi que, de acordo com o modelo de trabalho que executo, daria para realizar um projeto que não

oferecesse apenas bons shows, mas que fosse um espaço de lazer e entretenimento para todos os gostos e idades. Então procurei a administração pública e fiz uma proposta que foi aceita e então coloquei em prática o projeto.

O que é preciso para realizar um projeto deste porte? Quanto tempo antes você dá início aos trabalhos?

Além de ousadia e determinação, é preciso muita organização e planejamento, além de parcerias para conseguirmos atingir a meta.

Por ser um projeto grande, o tempo “é a alma do negócio”. Antes mesmo de acabar uma temporada já começamos a trabalhar para a próxima. Os trabalhos para o super Verão 2011 já foram iniciados, inclusive a contratação dos shows.

É um projeto de iniciativa privada. Quais os desafios em realizar o evento sem verba pública?

Esse projeto traz um modelo diferenciado. Existem muitas empresas que só realizam eventos com apoio financeiro da prefeitura, mas eu sei que ela tem outras prioridades. Penso que a saúde, a educação, a habitação, o emprego e muitos outros, são fatores importantes para os munícipes e que o administrador deve utilizar o dinheiro público para isso, por isso trago um projeto com investimentos da iniciativa privada, através de patrocinadores e da receita da bilheteria. É desta forma que conseguimos realizar o super Verão.

O super Verão Caraguá tornou-se um dos maiores eventos de shows, lazer e entretenimento do Litoral Norte de são Paulo. Coordenado pelo empresário Wagner Blásio, o evento conquistou a simpatia da cidade, seus moradores e frequentadores.

Após sua 3ª edição, o super Verão Caraguá 2011 já começa a ser planejado. Conheça um pouco mais dessa megaestrutura na entrevista com seu idealizador.

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Qual a sua relação com a Prefeitura e de que forma ela participa do Super Verão?

Graças a Deus minha relação com a administração pública é boa. O Prefeito Antônio Carlos da silva entendeu o nosso projeto e tem dado muito apoio. Contar com isso é uma grande responsabilidade, já que além de ser um excelente político, ele é um grande empreendedor e empresário. Essa parceria tem sido muito boa e eu espero que continue assim, pois é essencial para que o super Verão continue acontecendo.

Que tipo de benefícios tem a cidade e região recebendo um

projeto desse porte?Além de movimentar o comércio e gerar empregos diretos e

indiretos, o evento coloca a cidade em destaque. Nós geramos mídia em veículos de alcance nacional e isso coloca Caraguá como opção de destino turístico para pessoas do Brasil inteiro. trabalhar o desenvolvimento turístico de uma cidade não é fácil. O sr. George Hilff, secretário de turismo de Caraguá, tem realizado diversos projetos com esta finalidade, desta forma, vejo o super Verão como mais um item de apoio para o setor.

Você contrata pessoas da cidade para trabalhar no evento? sim, nós contratamos muita gente para trabalhar no evento.

Desde a área de auxílio à montagem, até a produção e execução dos shows. É claro que existem funções em que são necessários técnicos específicos, por isso, para algumas funções, eu preciso trazer empresas do ramo, mas no ano passado contratamos muitas pessoas para limpeza, promoção, staff, seguranças, carregadores, vendas, produção. Os stands também são grandes geradores de emprego.

Qual o diferencial deste projeto? O que o visitante encontra

quando vai ao Super Verão?O diferencial é que ele não é somente um evento de shows.

temos uma Praça de Alimentação completa, com diversas lanchonetes e bares, uma choperia e área de entretenimento para crianças. No ano passado tivemos novidades como uma pista de gelo e um stand de simuladores de carros de corrida.

Mas o mais importante é que o evento conta com uma

infraestrutura de segurança que garante todo conforto e tranquilidade para quem visita. temos sempre muitos homens para garantir a segurança dentro do evento, além de um posto da Polícia Civil e Militar, Brigada de Incêndio e um Posto Médico com UtI Móvel. todo ano procuramos trazer novidades para a população, além de grandes shows, é claro.

Existe alguma proposta para se transferir o Super Verão

para outra área da cidade? O que você acha disso?sim, existe uma proposta e nós já apresentamos para a

administração. seria muito bom que o evento fosse transferido para uma área fixa para que pudéssemos melhorar a infraestrutura do super Verão, além de tirá-lo de uma região tão movimentada da cidade, pois não queremos que o evento se torne um incômodo.

A Festa de Peão de Barretos, por exemplo, foi projetada para uma área afastada da cidade e se transformou num complexo. Quem vai participar da festa encontra de tudo por lá, banheiros fixos, pousadas, praças de alimentação e um grande estacionamento. É muito benéfico, tanto para quem vai visitar, quanto para a cidade.

O Super Verão recebe muitos artistas famosos. Como é

feito esse contato? Quem traz os shows?O projeto tem crescido e isso facilita muito o contato com os

artistas, pois eles gostam de estar em projetos de repercussão nacional. Alguns artistas vieram e fazem questão de voltar. A época de verão é muito concorrida, ter a preferência dos artistas já é muito bom, mas é necessário fazer o contato muito cedo. Já estamos nos movimentando para trazer grandes shows este ano.

Quais são os planos para o próximo ano? Você já tem

alguma novidade preparada para 2011?sim, já temos várias novidades para o super Verão 2011,

inclusive já temos fechados dois grandes shows que ainda não estiveram no evento em nenhum dos anos anteriores, mas ainda não posso divulgar, mas garanto que são grandes artistas e que a cidade vai gostar muito!

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Aconteceu dia 1 de maio a entrega do empreendimento “Villa Maiori”, pela Mi-ríade Construtora. No evento, proprietários satisfeitos com a aquisição e clima de confraternização tomaram conta do local.

Realizada com um conceito de “villa”, a proposta da construtora visa resga-tar a possibilidade de lazer e convívio harmônico entre os condôminos, criando um local aprazível e um refúgio ou local de moradia permanente. Um lugar onde exista prazer em se estar ou frequentar, seja acompanhado pela família ou pelos amigos. segundo Lindsey Batista Colombani, um dos sócios da construtora, a ideia principal é criar um conceito de bem-estar, de bem viver. “É um local para curtir o que faz bem, ainda que o mundo seja duro e difícil. Um lugar onde a natu-reza sorri, o mar acalma e o ambiente residencial é agradável e amigável”.

A construtora Miríade existe há 5 anos, foi criada por um grupo de investi-dores com habilidades complementares (engenharia, administração, finanças, vendas e desenvolvimento imobiliário). Entre seus sócios a ética vem antes do lucro, por isso trabalham com afinco para oferecer o melhor aos seus clientes. A construtora tem como prioridade o desenvolvimento de seus colaboradores e o respeito ao meio ambiente, dentro e fora da empresa. Estas características certamente garantem a qualidade de suas obras e serviços e excelente retorno para seus clientes. Interessante notar que, nas suas duas obras em Ubatuba, Villa Mar e Villa Maiori, foram comercializadas 90% das unidades antes da entre-ga de chaves, fator que demonstra a confiança dos clientes na empresa.

tanto o Villa Maiori, quanto o Villa Mar são compostos por apartamentos de 2 ou 3 dormitórios, com suíte e espaço gourmet. Possuindo, ambos, área de lazer com piscina na cobertura e local para confraternização – um padrão nos empreendimentos da construtora.

Agora a Miríade se prepara para seu novo lançamento, o Villa di Capri. Mais um empreendimento de 2 dormitórios com suíte, piscina e área de lazer, e o Villa di Baresi (nome provisório) que ainda está na prancheta. U

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por AnA MARiA PAvãofotos Luis PAvão

Novo conceito de Villas chega a Ubatuba

Evento de entrega do empreendimento

(12) 3832-2537M i r í a d ec o n s t r u t o r a

Realização:Vendas:

www.vmaiori.com.br [email protected]

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